Curso de Liderança CristÞa

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PRIMEIRA IGREJA EVANGÉLICA CONGREGACIONAL DO GRADIM Rua Cel. Francisco Lima – Lote 05 – Quadra 04 - Gradim – São Gonçalo – RJ Pastor Deivinson Bignon

PRIMEIRO PAINEL DE

LIDERANÇA CRISTÃ E CURSO UM MILHÃO DE LÍDERES (MANUAL 1) “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência” (Jeremias 3.15).

PRIMEIRO PAINEL DE LIDERANÇA CRISTÃ Adaptada pelo pastor Deivinson Bignon CONTEÚDO Introdução I - O que é Liderança Cristã II - Qualidades de um Líder Cristão III - Líderes no Antigo Testamento 3.1- Período Antediluviano 3.2 - Período Patriarcal 3.3 - Outros Líderes Pós Patriarcais IV - Liderança no Novo Testamento V - Liderança na Igreja 5.1. Líder Eficaz para a Igreja 5.2 - Liderando para todos 5.3 - Influência Interpessoal 5.4 - Líderes de Organizações e Departamentos da Igreja 5.5 - Comportamento do Líder à frente do seu grupo 5.6 - O líder, a Crítica e a Repreensão VI - As Leis da Liderança VII - Estilos de Liderança VIII - Liderança Cristã na Igreja Contemporânea Conclusão

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INTRODUÇÃO Quando Deus criou os céus e a terra, lá nos versículos 16, 17 e 18, do primeiro capítulo de Gênesis, registra: “Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom”. Reparem que Deus fez os grandes luzeiros (sol e lua) e as estrelas, e disse: “...para governar… fazerem separação entre luz e trevas...”. O que chama a atenção neste texto é a palavra governar. É claro, estes astros não exprimem palavras, são objetos inanimados, mas Deus os colocou como referência, como luz e para diferenciar a claridade e a escuridão, e de certa forma eles, principalmente, o sol e a lua, influenciam o clima e as estações do ano terrestre. Eles governam, exercem os seus poderes sobre o homem, animais, plantas e a vida em geral na terra. Há coordenação até na natureza. É a natureza comandada por Deus preservando a vida no Planeta Terra. Ao homem, Deus passou também o censo de coordenação, isto é, de liderança. Na sequência da criação, quando Deus resolveu formar o homem, está escrito: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. O que destacamos nesta passagem é a palavra domínio (algumas traduções falam em “sujeitai” e “dominai”). Observamos nestes textos, que Deus é um Deus organizado e disciplinado, as suas ações, seus feitos, tanto na natureza como no homem, reflete o equilíbrio, harmonia, boa administração, governo, coordenação e liderança. Deus foi criterioso na sua criação e o é também na preservação e na manutenção da ordem. Então, nas ações do homem, notadamente para o governo da Igreja, Deus requer as mesmas atitudes, e que os Seus servos ajam com zelo na Sua obra. O Espírito Santo, com poder e sabedoria, estará sempre escolhendo bons líderes, capacitando-os para o governo da Igreja, para que esta prossiga anunciando a obra da Redenção. I - O QUE É LIDERANÇA É dirigir, coordenar, guiar e orientar na condição de líder. O dirigente de uma empresa tem o dever e o poder de escolher seus diretores e líderes para que esta tenha o desempenho necessário para ter o sucesso desejado num mercado competitivo. Ele preocupa-se em formar uma boa equipe para a consecução de seus empreendimentos. Então, ele vai escolher pessoas capazes, de boa formação secular e curricular, o melhor possível para a liderança. Líderes, ainda que tenham excelentes qualidades para dirigir, não trabalham sozinhos. Precisam lidar com seguidores, subordinados e pessoas de várias índoles. Devem manter-se com sobriedade e equilíbrio. O líder é alguém que se sobressai por possuir uma capacidade inata de fazer com que as pessoas o sigam. Nem sempre é nomeado formalmente. Seus principais instrumentos para fazer com que os seus liderados trabalhem é a sua capacidade de > Página 3 <


motivação e a influência que exerce no grupo ou equipe. Líder, portanto, é aquele que conduz, guia e orienta. “É aquele que vê mais que os outros, vê mais longe que os outros e vê antes dos outros”. Chefe é aquele que, com autoridade e hierarquia, dirige e governa. Existe certa semelhança entre o líder e o chefe, porque ambos trabalham com grupos de pessoas. Mas há uma sutil diferença. O líder trabalha exercendo a sua influência, capacidade, qualidade e identificação com o grupo. O chefe trabalha exercendo a autoridade e hierarquia, é mais pautado pela formalidade. É claro que este também deve ser dotado de capacidade e qualidade. De fato, ambos lideram. Para qualquer atividade de um grupo em qualquer área, sempre haverá a necessidade de coordenação e orientação, ou mesmo a imposição de normas para disciplinar o comportamento do grupo. Na obra de Deus não é diferente. O Espírito Santo está à frente da Igreja para orientá-la e dirigi-la através dos Seus líderes (obreiros), pois é Ele quem vai apresentar a Igreja santa e majestosa ao seu noivo, Jesus Cristo. Para a Igreja que estava nascendo, Jesus instituiu os seus pastores e líderes. Vejamos o caso de Pedro, o discípulo. Ele negou Jesus, mas o próprio Senhor disse: “Pedro apascenta as minhas ovelhas...” (João 21.15,16). Apascentar também é liderar sob os cuidados do Espírito Santo. Jesus deu o maior exemplo de liderança. A Igreja do Senhor Jesus é provida do Espírito Santo, para torná-la imbatível e temível no reino das trevas. A escolha e a capacitação estão sob os cuidados do Espírito Santo. É evidente que quando se fala que o Espírito Santo escolhe, quer-se dizer que Ele orienta o pastor, o líder da igreja para indicar a pessoa, visando ao bom andamento da obra de Deus. Ele é quem prepara os Seus escolhidos. A sabedoria e capacidade humanas, naturalmente, não podem conduzir a obra de Deus (1 Coríntios 1.17-27). Mas Deus pode direcionar a qualificação, o conhecimento da pessoa para o Seu ministério. Foi o que aconteceu com Paulo. Deus usou o seu conhecimento intelectual, político, religioso, inclusive o conhecimento da Lei e do Judaísmo e de outros princípios, e os direcionou para Sua obra. A dependência do Espírito Santo e da sabedoria do alto é um fator essencial para um líder cristão, uma vez que a sua escolha, certamente, foi ordenada por Deus, o dono da Igreja. Deus escolhe, capacita, dá a sabedoria e entendimento para os lideres conduzirem o Seu povo. Deus não vai entregar a Sua Igreja ou uma atividade de liderança da mesma a qualquer pessoa que não esteja comprometida com a Sua obra. Sendo um Deus zeloso, quer o melhor para servir e conduzir o Seu povo. Quem foi escolhido não deve apenas ficar amparado na escolha, antes, tem que buscar conhecimento bíblico e correlato, aperfeiçoar-se desejando a orientação divina. Deus chamou líderes no passado, no Antigo e no Novo Testamentos, ao longo da História da Igreja, até os dias atuais, e continuará levantando verdadeiros líderes até a Sua vinda para buscar a Sua amada Igreja.

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II – QUALIDADES DE UM LÍDER CRISTÃO Por orientação do Espírito Santo, o apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo em 1 Timóteo 3.1 e seguintes, dá as seguintes características: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”. Paulo começa elogiando aquele que prefere o labor espiritual; depois, ele descreve algumas características no texto acima referido, onde destacamos algumas: temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro. O texto descreve outras que são mais direcionadas. Podemos ainda apontar as seguintes características: Amor - O pilar, a raiz de todas as qualidades do cristianismo; Fé - O sustentáculo da esperança; Humildade - O próprio Jesus disse: “... aprendei de mim que sou manso e humilde...” (Mateus 11.19); Mansidão - Jesus e Moisés tinham essa qualidade; Fruto do Espírito (Gálatas 5.22); E ainda: visão, paixão, justiça, honestidade, lealdade, responsabilidade, competência, determinação, autodisciplina, empatia, perseverança, comprometimento, conhecimento, companheirismo, dentre outras. É impossível estar envolvido com a obra do Senhor sem as características acima enumeradas, uma vez que o cristianismo foi sedimentado por líderes que se deixaram gastar para ver o crescimento do Reino de Deus. O escritor aos hebreus, poeticamente, nos informa: “...homens dos quais o mundo não era digno...” (Hebreus 11.38). A liderança cristã deve ser exercida com atitudes de servo. Jesus falou aos Seus discípulos: “Os reis dos povos dominam sobre eles, os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrario, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lucas 22.25,26). O próprio Jesus afirmou: “...O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.45). Portanto, sejamos líderes servos. No decurso da História da Igreja, o Espírito Santo levantou grandes líderes, e nos dias atuais contamos, também, com líderes que continuam apascentando o rebanho do Senhor Jesus, o Bom Pastor. Tanto é verdade que a Igreja continua poderosa e operosa, enfrentado lutas e sendo vitoriosa. Nos primeiros dias e séculos da Igreja, a coragem, a determinação e a abnegação, foram marcantes para pavimentar e fortalecer a fé. Notadamente com a companhia do Espírito Santo, que, sem dúvida, encontrou homens dispostos a pagarem o preço para tão nobre e difícil missão de levar avante as Boas Novas. Esses heróis nos deixaram grandes exemplos os quais devemos seguir, para que o Espírito Santo, também possa nos usar. Basta apresentarmos com o coração voltado para a obra do Senhor Jesus, que certamente nos capacitará para sermos um líder exemplar, através do Espírito Santo. III - LIDERES NO ANTIGO TESTAMENTO O propósito deste capítulo é apresentar como, na antiguidade, agiram os homens que Deus usou, na sua instrumentalidade, para desenvolver o que planejou, > Página 5 <


desde os tempos eternos, para a redenção humana. 3.1 - Período Antediluviano No período antediluviano, a Bíblia relata a história humana de maneira bem resumida. Todavia, faz o registro das gerações desde Adão até Noé. Neste período os nomes que se destacaram foram Abel, Enoque e Noé. Caim se destacou mais pelo lado negativo, como homicida, e chegou até a construir uma cidade (Gênesis 4.17). Adão, o primeiro homem, criado diretamente por Deus, tinha tudo para se firmar como um grande líder da raça humana, visto que Deus o colocou como “governante, como dominante” de tudo sobre a terra. Contudo, Adão não correspondeu às expectativas divinas. Pelo contrário, desobedeceu, pecando. Em vez de influenciar, foi influenciado. Podemos fazer menção ao nome de Abel, visto que Deus se agradou da sua oferta, como expressa em Gênesis 4.4: “E Abel também trouxe dos primogênitos das ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta”. Notamos que Deus se agradou de Abel, aceitou o seu culto. Jesus, falando aos escribas e fariseus, chamou Abel de justo (Mateus 23.35). Podemos ainda nos reportar ao livro de Hebreus 11.4, em que o escritor diz: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala”. Deus deu testemunho dos seus atos, deixou a sua marca. Enoque (Gênesis 5.21-24), parece que foi o melhor homem das primeiras gerações. Numa sociedade quase que totalmente pecaminosa, Enoque procurou agradar a Deus: “Andou Enoque com Deus e já não era, porque o Senhor o tomou para si” (Gênesis 5.24). O escritor aos Hebreus diz: “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes de sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus” (Hebreus 11.5). Ora, Enoque casou, teve filhos e filhas, inclusive Matusalém, o homem que mais viveu sobre a face da terra. Certamente Enoque evidenciou-se como líder, visto que andava em comunhão com Deus e fazia a Sua vontade. Judas, no seu livro, no verso 14, também faz menção ao nome de Enoque. Devemos observar que não basta ter comunhão e andar com Deus para ser um líder cristão. Muitos membros do Corpo de Cristo andam em comunhão, fazem a vontade de Deus e não são lideres. São Salvos. Para a Obra de Deus, os líderes são chamados. Deus sempre vê alguma coisa no homem que nós não vemos. Deus não olha a aparência, como por exemplo, na escolha de Davi (1 Samuel 16.7). Normalmente o líder se destaca, aparece, é notado. Abel, Enoque e Noé foram destaques para Deus. Isso é tão evidente que estão registrados na Bíblia como homens importantes e que agradaram a Deus. Podemos observar que na ponta, nas últimas gerações antes do dilúvio, aparecem os nomes de Enoque, seu filho Matusalém, Lameque e Noé, seu filho, bem como os filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé. Deus encerrou, deu cabo dos homens, das gerações pecaminosas, preservando Noé e sua família. Noé como homem que andava com Deus (Gênesis 6.9), conseguiu atravessar, transpor o dilúvio. Deus o preservou pela > Página 6 <


Sua misericórdia e pelo que viu em Noé. Por isso está escrito em Gênesis 6.8: “Porém Noé achou graça diante do Senhor”. Os estudiosos entendem que as contagens do capítulo 5 do livro de Gênesis levam a crer ter havido 1.656 anos de Adão até o Dilúvio. 3.2 - Período Patriarcal Nesse período, parece que Deus retoma o rumo da História, direcionando-a para a implantação definitiva do Plano da Redenção Humana, contando com a “participação” de três homens que Ele “selecionou” para formar a Nação de Israel: Abraão - Deus chamou Abrão (Gênesis 12) mais ou menos 400 anos depois do dilúvio, para ser o precursor, porque não dizer, o fundador da uma grande nação que mais tarde se chamaria Israel, da qual Deus concretizaria o Plano da Redenção. O nome Abrão significa “Pai exaltado”. Abraão significa “Pai de uma multidão”. Por que, no meio de tantos homens, Deus chamou Abrão? Ora, Deus conhece a quem chama. Naturalmente Ele viu em Abrão um líder com o qual poderia contar para o Seu propósito. Deus, mais adiante, fez grandes promessas a Abrão (Gênesis 13.14-18). Não restam dúvidas que, como homem, Abrão teve as suas falhas, mas Deus acompanhava tudo. Todavia ele agiu como um verdadeiro líder, mostrando as suas qualidades como homem humilde e determinado; inclusive, liderou o resgate de Ló, seu sobrinho (Gênesis 14.12 e seguintes). Está registrado, no mesmo capítulo, logo após a batalha vitoriosa de Abrão, o aparecimento de Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. Confirmando, assim, a chamada de Abrão. Deus ainda reforçou a promessa a Abrão e depois mudou o seu nome de Abrão para Abraão. A história de Abraão nos faz acreditar que ele foi um grande líder, onde, só pelo fato de obedecer a Deus, largando a parentela, vivendo em lugares inóspitos, peregrinando, mas sem desanimar, sendo provado mas aprovado e, por fim, recebendo o título de Pai da Fé. Consta, também, no pódio dos heróis da fé, registrado na carta aos Hebreus (capítulo 11). Isaque - Filho de Abraão, se destacou desde pequeno, convivendo em meio ao conflito da família, por causa do seu meio irmão, Ismael. Quando já moço, foi pedido em sacrifício, onde Deus provou Abraão. Isaque mostrou firmeza e obediência quando seu pai foi posto em prova, sendo ele, Isaque, o próprio objeto do holocausto. Assim, desde criança Deus o acompanhava, fazendo dele um líder na era patriarcal, qualificando-o, inclusive, na tipologia de Cristo. Isaque casou-se com Rebeca, por iniciativa de seu pai, porém apaixonou-se à primeira vista. Eles tinham conhecimento e comunhão com Deus, confiavam no seu Senhor. Conforme Gênesis 25.21-23: “E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher concebeu”. Observando os relatos bíblicos a respeito de seus filhos Esaú e Jacó, fica subentendido que o casal falhou como pais. Mas tudo estava no controle de Deus. Em Gênesis 25.22, Rebeca faz uma indagação a Deus sobre o que estava acontecendo com sua gravidez, uma vez que “Os filhos lutavam no seu ventre...”. Deus ouviu e assim registra a Bíblia Sagrada: “Respondeu o Senhor: duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho > Página 7 <


servirá o mais moço”. Apesar de tudo, Isaque foi próspero. Basta ver os incidentes por causa da sua mulher e dos poços em Gerar e a aliança com Abimeleque, rei dos filisteus (Gênesis 26). Ele sempre foi obediente e pacífico. Deus o abençoou e, de acordo com a Bíblia, em Gênesis 35.28,29: “Foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. Velho e farto de dias, expirou Isaque e morreu, sendo recolhido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram”. Teve Isaque o privilégio de viver longos anos, farto de dias, e seus filhos o sepultaram no túmulo da família. Jacó - O nascimento de Jacó foi a resposta das orações de seus pais, Isaque e Rebeca. Inicialmente, não importa se o nome Jacó significasse suplantador, e de certa forma o foi. No episódio do oportunismo para tirar a vantagem da primogenitura de seu irmão Esaú (Gênesis 25.27-34). Em outra ocasião, com ajuda de sua mãe, conseguiu receber de Isaque as bênçãos que eram de Esaú (Gênesis 27). O próprio Esaú reconheceu que Jacó era enganador, como exclamou em Gênesis 27.36: “Disse Esaú: Não é sem razão que se chama ele Jacó?. Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a benção que era minha...”. Por causa disso, Jacó fugiu, mas Deus estava acompanhando esses fatos. Na visão da escada (Gênesis 28.1022), o Senhor aparece, fala e faz promessas a ele. Jacó também foi enganado por Labão e, com muita fadiga e tempo, casou com suas filhas Lia e Raquel. Depois de muitos anos, Jacó retornou à terra de seus pais; se reconciliou com Esaú; Deus mudou o seu nome de Jacó para Israel, o qual seria pai de uma grande nação, que levaria o seu próprio nome Israel. As promessas de Deus ao seu avô, Abraão, ao seu pai Isaque e a ele próprio, Israel, se cumpriram de maneira prodigiosa. Esses três patriarcas são citados constantemente em muitas passagens na Bíblia, desde o Antigo até o Novo Testamento. O próprio Jesus fez citação desses patriarcas: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó” (Mateus 8.11). Os patriarcas, apesar das dificuldades da época, souberam administrar os conflitos; não deixaram de adorar e confiar em Jeová; sabiam da necessidade de fé pessoal em Deus que os guiasse por toda a vida e que os encorajassem com as promessas divinas. Uma vez que a vontade de Deus se tornasse conhecida só restava o caminho da obediência. Mesmo vivendo em peregrinação, quase nômades, mantiveramse firmes, obstinados e determinados nas suas missões, e conservaram suas identidades com Deus, o Deus que lhes fez as Promessas. Não obstante as fraquezas e limitações que são próprios do homem, que lições podemos tirar desses patriarcas? Podemos observar: humildade, coragem, mansidão, obediência a Deus, perseverança, fé e outras, quando nos detemos mais sobre a vida dos patriarcas. 3.3 Outros Lideres Pós-patriarcais José – Filho do patriarca Jacó (Israel) com Raquel. Pelas notas escriturísticas, José era o filho mais amado de Jacó, se não o preferido. Ele possuía um caráter imaculado, era um jovem de boa aparência e > Página 8 <


desenvolvia um dom natural de liderança. José sabia administrar bem as situações adversas. Vendido pelos seus irmão e levado ao Egito foi para casa de Potifar. Diz a Bíblia: “...tudo o que fazia o Senhor prosperava em suas mãos” (Gênesis 39.3) e depois, lançado na prisão (Gênesis 39 e 40), manteve um comportamento sóbrio e temente a Deus. Quando apresentado ao faraó para interpretar os seus sonhos, José se mostrou humilde e confiante em Deus, conforme Gênesis 41.61: “Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a faraó”. Com estas palavras, José se colocou em posição confortável diante do monarca, mostrou firmeza e coragem, e ainda deu conselhos ao faraó sobre o que fazer para se defender da seca revelada em sonhos (Gênesis 41.33-36). O monarca reconheceu que José tinha algo que o diferenciava dos outros sábios e, assim está registrado na Bíblia: “Disse faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?”. Toda a corte se dobrou diante do servo do Senhor. Pois, na realidade, Deus estava com José. José soube administrar o longo período de fome sobre aquela região. Sua influência, coragem, firmeza, perseverança, fé e humildade, dentre outras qualidades, fizeram de José um grande líder. Foi ele o agente de Deus para a preservação do Seu povo, quando estabeleceu a ponte para a formação do Estado de Israel, fazendo o assentamento da casa de seu pai Jacó nas terras do Egito, onde por cerca de quatrocentos anos eclodia a Nação Israelita. “Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles” (Êxodo 1.7). Moisés – Filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Moisés nasceu em um período de muita aflição, tendo em vista a multiplicação do povo hebreu, já escravizado no Egito. “Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eis, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se junte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra” (Gênesis 1.6,9,11). O rei ainda deu ordens para matar toda criança do sexo masculino que nascesse dos hebreus. “As parteiras, porém temeram a Deus e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito; antes, deixaram viver os meninos” (Êxodo 1.17). É como um paradoxo: embora escravizados e sendo afligidos, Deus estava no controle da situação e trabalhava pelo Seu povo. E nesse tempo de angústia, Deus levantou Moisés como o líder libertador. A vida de Moisés e as suas obras são os assuntos principais, não somente do livro de Êxodo, mas também de Levítico, Números e Deuteronômio. Moisés se destacou como um dos maiores, se não o maior dos homens do Antigo Testamento e do mundo pré-cristão. O historiador judeu Flávio Josefo escreveu que Moisés comandou um exército no sul. Por certo deve ter alcançado poder, reputação e habilidade consideráveis. Era um homem bem preparado e capaz de enfrentar situações adversas. Moisés, sendo criado na corte real do Egito, recebendo a melhor educação que um príncipe deveria receber no reino, não se deixou impressionar com o refinado > Página 9 <


conhecimento. Todavia, em sua mente estava a instrução que sua mãe Joquebede lhe dera a respeito do seu povo e do conhecimento de Deus. Certamente Joquebede lhe contou sobre a origem de Israel e as promessas que Deus tinha feito aos seus ancestrais, e que Deus os livraria daquela opressão. Pelo que expõe Estêvão no seu discurso, antes de ser apedrejado, conforme Atos 7.20-25, Moisés parecia ter a intuição de que ele seria usado por Deus para ser o libertador de Israel. E de fato, Deus o usou naquela árdua missão de levar a cabo, não obstante a rebeldia e desobediência do povo. Apesar de ser criado no palácio real, Moisés sabia que pertencia ao povo hebreu, e, certamente, estava sempre em contato com eles, até que certo dia, não suportando ver um dos seus irmãos sendo maltratado por um egípcio, matou-o. Ao tomar conhecimento de que fora descoberto, fugiu. Era Deus preparando-o para uma das mais, se não a mais difícil de todas as tarefas jamais realizada por um homem. Moisés saiu do Egito com cerca 600 mil homens – Êxodo 12.37: “Assim, partiram os filhos de Israel de Ramsés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças”. Alguns estudiosos acreditam que toda a multidão era de aproximadamente 2 milhões de pessoas. Sempre em uma grande multidão há grupos de oposição e críticos, e com Moisés não foi diferente, até seus irmãos o questionaram (Êxodo 12). Mas ele se mostrou sóbrio e Deus tomou partido da situação a favor de Moisés. Diz o versículo 3 do mesmo capítulo: “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. Essa qualidade, e outras de Moisés, agradavam a Deus que sempre estava com ele e lhe dava graça para levar adiante Seu Plano. O líder Moisés, como homem, tinha suas limitações, mas sempre mostrava firmeza diante de situações difíceis. Teve a humildade de aceitar o conselho do seu sogro Jetro (Êxodo 18.13-27). Como verdadeiro líder, Moisés soube ouvir e interpretar. Moisés é reverenciado como libertador, legislador, intercessor e porque não acrescentamos, o maior líder da sua época. Não era fácil naquele período da História, onde não existia uma escala de ordem moral ética firme, um homem libertar milhares de escravos, dando-lhes dignidade e nacionalidade. É bem verdade que Moisés era amparado por Deus. Mas, se Deus o escolheu e o capacitou, é porque sabia quem era Moisés e que poderia contar com ele. Moisés não apenas aprendeu com Deus as habilidades de liderança mas ensinou-as aos outros, virtude que todo o líder deve seguir. Havia um contraste muito acentuado entre Moisés e o faraó. Moisés inspirava e capacitava, isto é, passava a outros as lições. Faraó controlava e manipulava. Há ainda muitos outros personagens do Antigo Testamento, como Josué, sucessor de Moisés; Calebe, homem guerreiro e destemido; Débora, juíza e profetisa, mulher que julgou Israel e os livrou das mãos de Jabim, rei de Canaã; Gideão; Esdras; Neemias; Rute; Daniel e ainda muitos outros que surgiram como profetas, sacerdotes e reis, os quais exerceram a liderança influenciando povos de sua época. Davi – Não poderíamos deixar de mencionar Davi, homem que, segundo a > Página 10 <


Bíblia narra, era segundo o coração de Deus: “E, quanto este foi registrado, lhes levantou como rei Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade” (Atos 13.22). Como já falamos inicialmente, não existe perfeição no homem, mas Deus, segundo o Seu desígnio e soberania, usa quem Ele quer, como quer, para execução da Sua obra. E com Davi não foi diferente. Ele tinha, dentre tantas qualidades, a humildade. É considerado, até hoje, o maior rei de Israel. Davi começou a despontar sua liderança ainda jovem, quando foi ungido. Por que nos parece que Deus escolhe líderes que parecem desqualificados? Considere-se as seguintes razões: 1) Para obter a atenção do mundo; 2) Para levar glória a Ele; 3) Para conservar a mensagem simples; 4) Para promover confiança nele; 5) Para encher-nos com o Seu Poder; 6) Para mostrar a Sua Soberania. Daniel - Outro líder jovem escolhido por Deus para mostrar o Seu Poder, a Sua Glória e a Sua Soberania sobre os “poderosos” da Terra. Temente a Deus, Daniel exerceu sua liderança sobre os jovens cativos de Judá junto à corte do rei Nabucodonosor, ao ponto de influenciar o oficial do rei quanto à alimentação. Mostrou o jovem líder: caráter, competência, convicção, coragem, compromisso e compaixão. Ele chegou a ser governador no reino de Nabucodonosor (Daniel 2.49). Concluindo este capítulo, devemos salientar que os personagens citados até agora tiveram muito pouca ou nenhuma instrução. Eles possuíam apenas a fé, a obediência, a humildade e a perseverança, dentre outras virtudes. É verdade que alguns cometeram o que se pode chamar de “deslizes” mas, pela misericórdia de Deus, não comprometeram a missão que lhes fora dada. Eles sempre estavam voltados para Deus e para Suas Promessas. Sem dúvida, nos legaram muitas lições. IV – LIDERANÇA NO NOVO TESTAMENTO As promessas da Redenção e do nascimento do Messias vêm desde o Éden (Gênesis 3.15) e se estendem por todo o Antigo Testamento. O profeta Isaías descreveu com muita clareza o nascimento, a crucificação e a ressurreição de Jesus. Porém, Isaías profetizou também a respeito de João Batista, segundo narra Marcos, em seu Evangelho: “Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante de tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho; voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Marcos 1.2,3). João Batista - primo de Jesus, preparou o caminho para o Messias. Sua pregação era sem rodeios e contundente, falava com autoridade quando convocava o > Página 11 <


povo ao arrependimento. Assim pregava João Batista até apresentar Jesus como “...o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.19). João Batista exerceu uma liderança corajosa, convicta e decisiva. Ele aplicou a lei da influência, da qual adiante nos reportaremos, e convenceu muita gente. João Batista não persuadiu, mas convenceu, pois apresentava firmeza e segurança nas suas palavras. Ele também aplicou a lei do respeito, pois foi humilde quando falou de Jesus. Como Mensageiro de Deus, João Batista cumpriu o que lhe estava determinado e, ao seu tempo, demonstrou uma liderança corajosa. Jesus – Obviamente, sem qualquer comparação ou crítica, o maior de todos os líderes, dentro das Escrituras e fora dela, em todos os tempos, foi o Senhor Jesus, no qual toda a liderança cristã está baseada, tanto na sua escola como no seu exemplo. Jesus foi submisso e obediente ao Pai. Deu exemplo de humildade, amor, compaixão, justiça e mansidão. Jesus exerceu Seu ministério com sabedoria e autoridade. É notório que o Espírito do Senhor estava com Ele, como diz Lucas 4.18: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos”. Ma Jesus exerceu o Seu ministério como homem. Ele foi cem por cento homem e cem por cento Deus, todavia padeceu e sofreu como homem. Jesus se intitulou como o Bom Pastor. No Evangelho de João, capítulo 10, Ele dá uma aula sobre o que é ser pastor e o que é ser mercenário. Em outras palavras, o verdadeiro pastor e o falso pastor, uma vez que as ovelhas conhecem a voz do seu pastor. Em determinado momento, chegou a exclamar: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas”, e ainda: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim” (João 10.11,14). É claro que Jesus estava usando ovelhas animais para fazer uma comparação de como um bom pastor, um líder, cuida e protege suas ovelhas, e se necessário, até dá a sua vida por elas. Quem lidera, quem pastoreia trabalhando na obra do Senhor, tem que ser conhecido e conhecer suas ovelhas; cuidar com zelo, com amor, mansidão, compaixão e compreensão. Se as ovelhas seguem o seu pastor, é porque ele atende às necessidades delas. As ovelhas, isto é, as pessoas se sentem bem com o seu líder. Ele exerce influência sobre seus liderados ou sua equipe. Liderando uma equipe de 12 homens, seus discípulos, Jesus atraiu para si praticamente toda a província da palestina, inclusive as autoridades religiosas. O seu modo de agir e de falar contagiava as pessoas e as deixava desejosas de sempre estar com Ele, pois Sua Palavra e Seu ensino satisfaziam aos anseios do povo. É claro, Jesus encontrou oposição, foi criticado e questionado, mas de todas as situações tirou proveito e se saiu muito bem, ao ponto de afirmarem: “Jamais alguém falou como este homem” (João 7.46). Podemos ver que, ao longo do Seu ministério de três anos apenas, Jesus nos deixou grandes lições sobre liderança. Então, toda a liderança cristã deve estar baseada nos ensinos e exemplos que Jesus deixou registrados na Bíblia Sagrada.

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V - LIDERANÇA NA IGREJA A Igreja – Uma Instituição divina, o Corpo de Cristo, onde Ele é a cabeça (Colossenses 1.18). É também uma organização administrativa, admitindo, portanto, pessoas qualificadas para a sua administração em vários órgãos, departamentos, secretarias, tesourarias etc. A igreja deve ser provida pelo pastor local de pessoas plenamente capacitadas para gerir os seus atos administrativos junto aos órgãos estatais. Dos assuntos eclesiásticos, o Senhor Jesus se encarrega do provimento, conforme Efésios 4.11,12: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. Deus chama, capacita e coloca líderes no lugar certo no Corpo de Cristo. Quando Jesus falava aos discípulos sobre a Igreja, antes de sua crucificação, Ele disse que ela seria forte e combatente, a tal ponto que: “...as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Ora! O que é a Igreja? São os salvos na pessoa do Senhor Jesus Cristo, composta de membros e Seus líderes obreiros. Portanto, são eles a continuidade do Plano da Redenção, iniciado na Terra desde a antiguidade. Assim, a Igreja continua anunciando o Reino de Deus, as Boas Novas de salvação. Depois da Sua ressurreição, Jesus disse a Pedro: “...apascenta as minhas ovelhas” (João 21.16,17). Com essas palavras, Jesus estava dizendo que a Igreja ficaria sob a liderança dos Seus obreiros, pastores e líderes. É evidente que o Espírito Santo é quem cuida da Igreja, orientando Seus líderes, instruindo-os para o bom desempenho da evangelização. Pedro - Originalmente chamado Simão. Sempre encabeçava a lista dos discípulos de Jesus e fazia parte do círculo mais íntimo do Mestre. Era considerado como homem sem letra e indouto pelos líderes judaicos de Jerusalém (Atos 4.13), mas ele exercia certa liderança entre os discípulos. Estava sempre questionando e respondendo. Era tido como afoito, arrojado, como no caso de se lançar ao mar ao encontro de Jesus quando caminhava sobre as ondas (Mateus 14.28,29). Foi ele que recebeu a Revelação Divina a respeito de Jesus (Mateus 16.16). Por outro lado, negou Jesus, porém foi perdoado e indicado para apascentar o rebanho da Igreja. Na “descida” do Espírito Santo, com ousadia proferiu um veemente discurso em defesa daquele movimento, no qual discorreu desde as profecias do Antigo Testamento, nascimento, morte e ressurreição de Jesus (Atos 2.14 e seguintes), quando houve milhares de conversões. Ali nascia uma Igreja poderosa e operosa, e Pedro com coragem e fé continuou atuando de maneira eficaz ao ponto de escrever duas cartas, 1 Pedro e 2 Pedro, fortalecendo assim o cristianismo. Paulo - Considerado um dos mais, se não o mais influente de todos os apóstolos. Homem culto, letrado e conhecedor profundo do judaísmo e da Lei. Conforme ele mesmo disse: “Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois” (Atos 22.3). Paulo não > Página 13 <


andou com Jesus, como os demais discípulos, mas foi o próprio Jesus que se apresentou a ele, então conhecido como Saulo. O legado de Paulo para o cristianismo constituiu-se, na sua maioria, em ensinos para todas as épocas e classes de pessoas, porquanto, escreveu 13 epístolas, as quais contêm narrativas de caráter pessoal, universal e pastoral. Paulo exerceu seu ministério com firmeza, mostrando-se um líder eficaz. Deus usou-o como instrumento para desmistificar o cristianismo e o judaísmo, uma vez que ele, como homem erudito, direcionando o conhecimento de Paulo para a Sua obra. Em suma, é difícil falar a respeito de Paulo em poucas linhas, mas eis aí uma síntese do que foi esse grande apóstolo de Jesus. 5.1 - Líder Eficaz para a Igreja No Livro do Apocalipse de João, logo no primeiro capítulo, a partir do versículo quatro, na Dedicação às sete Igrejas da Ásia, dentre outros nomes, está narrado que o próprio Jesus diz: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Apocalipse 1.20). Jesus está se referindo aos líderes daquelas igrejas, onde Ele os denomina anjos, dando assim a entender o grau de importância que aplica aos obreiros, pastores e líderes das igrejas. Jesus faz elogios, advertências e recomendações. É o cuidado que Ele tem pela Igreja que lhe custou caro. É por isso que o Espírito Santo está no meio dela, orientado seus obreiros. Então vamos corresponder à altura a importância que Jesus nos dá. O apóstolo Paulo, um dos maiores lideres da era cristã, disse: “...se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3.1). Paulo disse isso porque o Senhor se agrada daqueles que desejam servi-lo. Apesar da necessidade, principalmente nos dias de hoje, de o obreiro procurar estudar em colégio ou faculdade e outros cursos, para obter conhecimentos seculares, não deve ele desprezar a chamada e vocação ministerial se lhe for dada essa oportunidade, pois trabalhar na obra do Senhor é um privilégio. Não devemos pensar que ter o conhecimento escolar, técnico ou profissional apropriados bastam para ser qualificado como líder. Tudo isso é necessário, mas não é o suficiente. A vocação e a chamada ministerial são os itens mais relevantes para a vida de um líder que deseja ver seu ministério crescer, frutificar. O preparo intelectual e o conhecimento específico em geral são de suma importância para uma vocação administrativa empresarial secular. Mas para a Obra de Deus, a sua Igreja, que tem suas doutrinas baseadas na Bíblia, o conhecimento da Palavra de Deus é indispensável, como disse Paulo: que “maneje bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15). No entanto, não deve o obreiro desprezar o conhecimento secular, também para ser usado na obra de Deus. Muito pelo contrário, deve buscá-lo. O verdadeiro líder, seja ele pastor ou tenha outra qualificação de obreiro, dirigente de uma igreja, grande ou pequena, regente de coral, de conjunto, orquestra, líder de mocidade, professor da Escola Bíblica Dominical e demais ocupações, em suas atitudes e tomadas de decisões deve sempre contar com a parceria do Espírito Santo. > Página 14 <


Resumindo: o líder que quer ver seu trabalho prosperar deve submeter-se à liderança do Espírito Santo. 5.2 - Liderando para todos Podemos, com muita propriedade, dar o exemplo de Paulo, pois ele sabia ser flexível no seu comportamento para influenciar as pessoas. Em um dos seus ensinamentos, falando sobre o seu apostolado, escreveu: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei”... Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. “Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos salvar alguns” (1 Coríntios 9.19,20,22). No verso 23 ele conclui: “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”. Observamos aí que o apóstolo sabia se identificar e se posicionar de acordo com a classe de pessoas com que ele queria se relacionar. O líder eficaz deve pelo menos observar como ele mesmo está se comportando à frente dos seus liderados, pois fazendo esta avaliação estará mais seguro para exercer sua liderança. Contudo, deve observar os seguintes aspectos, dentre outros: a) Sensibilidade Situacional - deve fazer a leitura da situação; b) Flexibilidade de Estilo ou Comportamento - capacidade de mudar o Estilo, a maneira de liderança de acordo com as circunstâncias; c) Gestão Situacional – Ter a habilidade de mudar determinada situação, se necessário, ou de reformá-la. 5.3 - Influência interpessoal Quando um pastor ou um líder procura atingir o comportamento de um membro ou liderado, está exercendo uma influencia interpessoal, a relação está diretamente ligada ao líder e à pessoa, como nos casos do: • Vendedor - freguês • Professor - aluno • Pastor - membro No estudo da influência interpessoal não se deve confundir liderança e poder. Uma pessoa pode ter poder e não desempenhar a liderança. A influência deve ser exercida sem a imposição de força, sem coação ou imposição por lei, mas sim com a sensibilidade de quem conhece sua equipe, seus grupos ou seus liderados. Paulo, para atingir e influenciar as pessoas de diversas classes, teve que se identificar com o grupo ou pessoas, a fim de atingir seus objetivos. Poderíamos falar ainda de muitos outros líderes da Igreja primitiva, como os outros apóstolos e os grandes líderes dos primeiros séculos da Igreja, da reforma e dos atuais, mas o tempo e o espaço nos limitam.

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5.4 - Líderes de Organizações e Departamentos da Igreja Na Igreja local existem corais, orquestras, Escola Bíblica Dominical, organização de mocidade, adolescentes, crianças etc. Todavia, os líderes dessas organizações ou departamentos devem ser qualificados de acordo com o serviço ou ocupação do grupo. O pastor ou o obreiro dirigente certamente não vai nomear uma pessoa sem conhecimento musical para reger o coral ou a orquestra, e assim por diante. Pela orientação do Espírito Santo, o pastor vai querer o melhor para a igreja, e o bom censo do obreiro vai colocar cada pessoa líder no seu devido lugar. Deus tem o líder preparado, chamado e capacitado, próprio para cada função na sua Igreja. Os líderes devem exercer a comunicação, isto é, a linguagem apropriada, a influência, a imparcialidade e, sobretudo, a humildade para tratar com os membros desses grupos, pois, muitas vezes, são grupos heterogêneos, e se esse líder não possuir tais habilidades poderá fracassar na sua tarefa. Não esqueçamos: o líder deve sempre estar em sintonia com o Espírito Santo. 5.5 Comportamento do líder a frente do seu grupo • Identificação - O líder deve identificar-se com o grupo que lidera. O seu comportamento tem que ser voltado para seus liderados. Por exemplo: O pastor conhece as suas ovelhas e as ovelhas, o seu pastor (João 10.14). O pastor deve conhecer os hábitos da ovelha. Conhecer como o general conhece seus soldados; o professor, os seus alunos; o maestro, os seus músicos. Ou seja, cada um conhecendo perfeitamente seus comandados. • Comunicação - A comunicação é a ponte, é o elo da corrente. Se o líder não se comunicar adequadamente, não haverá entendimento entre as partes. O pastor tem que falar a linguagem que a ovelha entende; o general dá o comando que o soldado entende. É fundamental que as pessoas saibam quem você é quando fala com elas. • Relacionamento – O líder que não se relaciona com seus liderados está fadado ao fracasso. O contato faz com que os líderes se aproximem do grupo, departamento ou equipe, pois ele vai acompanhar de perto o resultado, o crescimento e o objetivo proposto. É no relacionamento que ele vai descobrir as atitudes, virtudes, esforço, desempenho e a força de vontade de cada membro da sua equipe. Jesus, de contínuo, mantinha o relacionamento com Seus discípulos. Ele identificava-se e se comunicava, mantendo um bom relacionamento, ao ponto de Pedro exclamar: “...para quem iremos nós...” (João 6.68). O líder – seja ele pastor de igreja, líder de grupo, departamento como Escola Bíblica Dominical, professor, regente etc – tem que exercitar os itens acima enumerados. Isso faz com que ele seja conhecido e ao mesmo tempo conheça as pessoas que estão sob sua liderança. Os líderes de departamentos e organizações da igreja não devem ter a visão voltada só para o seu grupo, sem se importar com o crescimento da igreja. Eles têm que ter uma visão ampliada, ver a igreja como um todo, isto é, ter uma macrovisão, pois, afinal de contas, ele está prestando um serviço para Deus.

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5.4 - O Líder, a Crítica e a Repreensão Quem lidera deve estar ciente de que está sujeito a receber críticas, as quais podem ser construtivas ou destrutivas. O líder deve estar pronto para receber tais críticas, sejam elas boas ou más, pois, pode tirar proveito delas. Às vezes, por causa de uma critica, mudamos a direção de certas decisões ou posições equivocadas que tomamos ou deixamos de tomar. Basta ter humildade para aceitá-las. Moisés recebeu de bom grado as críticas e conselhos de Jetro, seu sogro, e teve a humildade de tomar decisões corretas ao estabelecer maiorais de mil, de cem, de cinquenta e de dez (Êxodo 18), o que foi um alívio para ele. Moisés foi muito criticado, mas teve a humildade de receber as críticas e suportá-las; quando injustiçado, Deus sempre estava ao seu lado, tomando-lhe as dores e repreendendo os criticadores. Por outro lado, Moisés compreendeu que se não repreendesse a pessoa que errava, muito provavelmente o caso se agravaria. Assim, Moisés estabeleceu diretrizes para tratar os que se comportavam mal: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele não levarás sobre ti o pecado. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos de teu povo; mas amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Levítico 19.17,18). Repreender será bom, tanto para nós quanto para a pessoa repreendida. A raiva e a amargura reprimidas, tanto para quem repreende como para quem recebe, deve ser um alívio. A disciplina aplicada no momento certo com serenidade, sem ódio, rancor ou vingança e não com objetivo de humilhar, faz bem. Aqui se está praticando a correção cristã dentro da Palavra de Deus. VI - AS LEIS DA LIDERANÇA O escritor, palestrante e conferencista de reconhecimento internacional, John C. Maxwel, um dos mais renomados conhecedores do tema Liderança, entre tantas publicações, escreveu recentemente a obra: “As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança”. Antes de falar e descrever essas leis que estabeleceu para liderança, o escritor fez o seguinte comentário: “Não importa em qual ponto você está no processo de liderança, saiba o seguinte: quanto mais leis você aprender, melhor líder se tornará. Cada lei é como uma ferramenta, pronta para ser apanhada e usada para ajudá-lo a realizar seus sonhos e agregar valor às outras pessoas. Escolha pelo menos uma, e você se tornará um líder melhor. Aprenda e todas e as pessoas o seguirão alegremente” (página 19). Naturalmente, o escritor não se refere às leis emanadas do Estado, mas sim leis, digamos assim, didáticas, no sentido de uma melhor aplicação na liderança, quer seja cristã ou secular, sendo que apresentaremos a seguir, algumas, que julgamos úteis para o estudo da nossa disciplina: A Lei do Limite – A capacidade de liderança é o limite que determina o grau de eficácia de uma pessoa. Quanto mais baixa a capacidade de liderança de uma pessoa, mais baixo o limite em seu potencial. Quanto maior a capacidade de liderar, maior o limite em seu potencial. Onde quer que procure, você pode encontrar pessoas inteligentes, talentosas e de sucesso que não são capazes de ir mais longe por causa dos > Página 17 <


limites de sua liderança. A Lei da Influência - A pessoa só é líder se tem seguidores, e isso sempre exige o estabelecimento de relações. Sendo assim, a verdadeira medida da liderança é a influência. Basta observar a dinâmica que há entre as pessoas em quase todos os setores da vida e verá algumas liderando e outras seguindo. “A verdadeira essência de todo o poder de influenciar está em levar outra pessoa a participar”. A Lei do Processo - O objetivo de cada dia deve ser um pouco melhor que o do dia anterior. Assim, é possível edificar a partir do progresso conquistado diariamente. A Lei do Respeito – As pessoas não seguem as outras por acaso. Elas seguem indivíduos cuja liderança elas respeitam. Quando os líderes demonstram respeito pelos outros, especialmente pelas pessoas que têm menos poder e uma posição inferior à deles, conquistam o respeito dos outros. As pessoas querem seguir pessoas que elas respeitam muito. A Lei do Circulo Íntimo – nenhum líder caminha sozinho. Um dos segredos do sucesso da liderança é a capacidade de influenciar as pessoas que influenciam as outras. Como fazer isso? Levem influenciadores para o seu círculo íntimo. A Lei do Fortalecimento - Só líderes seguros dão poder aos outros. A liderança se firmará e se fortalecerá. Mas antes, os lideres devem avaliar o potencial de cada pessoa. As Leis da vitória - “Os melhores líderes sentem-se compelidos a aceitar os desafios e a fazer todo o possível para conseguir a vitória para o seu pessoal. Na visão deles: > Liderança é responsável. > Perder é inaceitável. > Paixão é infindável > Criatividade é fundamental. > Desistência é impensável. > Compromisso é inquestionável. > Vitória é inevitável. Com essa disposição, abraçam a visão, abordam os desafios com decisão e levam seu pessoal à vitória”. A Lei do Sacrifício – Do que você estaria disposto a abrir mão em prol das pessoas que o seguiram? Esse líder deu sua vida. Por quê? Porque Ele compreendeu o poder da lei do sacrifício. Jesus estava tão comprometido com sua missão, que foi capaz de permitir que pessoas fracas o apanhassem, prendessem e crucificassem. Jesus abriu mão de sua vida praticando a Lei do Sacrifício. A vida de um líder pode ser glamourosa para as pessoas de fora. Mas a realidade é que liderança exige sacrifício. O líder precisa abrir mão para continuar. Mais recentemente, vemos líderes que usaram e abusaram de suas organizações em benefício próprio, e os escândalos empresariais resultantes são frutos dessa ganância e desse egoísmo. O cerne da boa liderança é o sacrifício. A Lei do Momento - Decisões tomadas na hora certa, no momento próprio podem evitar catástrofes. Você já deve ter ouvido falar do principio da oportunidade, onde um pequeno espaço de tempo é importante para tomada de decisões. A pregação das boas novas deve ser feita a tempo e fora de tempo (2 Timóteo 4.2), mas algumas > Página 18 <


decisões não podem ser proteladas pelos líderes cristãos em detrimento da obra de Deus. VII - ESTILOS DE LIDERANÇA Normalmente o líder quer imprimir um jeito pessoal na sua forma de liderar, e se não tomar cuidado, dependendo do seu estilo, pode levar a instituição ou grupo de trabalho ao fracasso. Citamos a seguir alguns tipos de diferentes estilos de liderança: 1) O maquiavélico - jamais reúne o grupo para trocar ideias, mas se comunica com cada membro em particular; é mestre em intrigas; joga um membro contra o outro e os usa como quer. É o tipo que divide para governar. 2) O vaidoso e ambicioso – favorece os membros do grupo que o bajulam, não consegue ser imparcial, torna-se líder por causa de títulos e/ou prestígio profissional. 3) O instável - muda de ideia como troca de roupas. Por isso, a equipe não consegue seguir suas instruções. Inicia muitas tarefas e não conclui nenhuma. 4) O paternalista - É bondoso até demais, trata os membros do grupo como seus filhos, procura lhes dar presentes, prêmios e conforto. Mas exige retribuição com mais trabalho. 5) O imparcial – Trata com igualdade todos os membros do grupo. Aplica o direito e deveres com imparcialidade. Na epístola de Tiago 3.17, diz: “Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”. A Bíblia contém ensinos e exemplos de boas lideranças. Todavia, não seja maquiavélico e nem tão pouco vaidoso e ambicioso, pois Deus rejeita o soberbo e dá graça ao humilde. Existem ainda, muitos pontos, tratados e literaturas sobre Liderança Cristã e outros tipos, sejam empresarial, industrial e demais campos da vida secular, mas o tempo e o período de aula são insuficientes para estudá-los aqui. VIII – LIDERANÇA CRISTÃ NA IGREJA CONTEMPORÂNEA Exercer a liderança não é um trabalho fácil, sobretudo, quando essa liderança tem de ser exercida na igreja, principalmente nos tempos atuais. No exercício da liderança, notadamente os pastores e outros obreiros têm sido machucados ao longo de seus ministérios na vida cristã, pois lideram pessoas de todas as qualidades, como já dissemos anteriormente, grupos heterogêneos. Os pastores e outros obreiros que lideram têm que aprender a “desviar-se das lanças de Saul em sua própria casa”. A Palavra de Deus, a mensagem da cruz, as boas novas são mensagens atualíssimas. Foram entregues para todas as épocas, porém a metodologia de transmissão, sem mudar a linguagem de Deus para os homens, deve ser observada para os tempos modernos. O ser humano se modernizou, o conhecimento a sabedoria e a ciência se multiplicaram, como escreveu o profeta Daniel: “E tu Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará” (Daniel 12.4). Hoje, devido à tecnologia, a vida parece que se tornou mais > Página 19 <


fácil de ser vivida. Mas há uma correria geral, para se obter sucesso, e até mesmo para se sobreviver. Na área de saúde, a medicina com seus medicamentos e aparelhos sofisticados faz até cirurgias usando a informática. Prolongou-se a expectativa de vida da humanidade. Na Idade Antiga, a média era pouco mais de 20 anos; na Idade Média 33 anos. Do início para o final do século XX, a expectativa de vida da população subiu de 45 para 75 anos, e segundo algumas fontes, a tendência é a média subir mais ainda. Apesar de todo o saber, conhecimento e ciência, a ética e a moral parecem não ter acompanhado desenvolvimento social. Pelo contrário, a violência, a prostituição, a corrupção e toda espécie de pecado, tem grassado nos tempos modernos. O homem, na sua pecaminosidade desafia a Deus, ignorando a mensagem da cruz. Chegamos a Apocalipse 22.11: “...quem é injusto faça injustiça ainda: quem está sujo suje-se ainda...”. O líder cristão deve estar bem atualizado no seu tempo. As ovelhas que estão chegando à igreja trazem consigo um alto grau de conhecimento, escolaridade e um estilo de vida cheio de vícios. Não falamos aqui de vícios como drogas, alcoolismos e outros, mas sim do sistema de vida da atual sociedade, onde os valores referenciais de condutas não são observados. Se o líder não estiver atento, perde a comunicação com o seu rebanho, por isso é importante os pastores e obreiros, de um modo geral, acompanhar a evolução social e estarem bem informados. CONCLUSÃO Devemos sempre agregar valores ao nosso conhecimento e colocá-los à disposição da obra de Deus, pois Ele observa aqueles que querem se colocar na brecha, conforme escreveu Ezequiel: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, pra que eu não a destruísse; mas ninguém achei” (Ezequiel 22.30). Você pode ser esse líder e certamente Deus te achará.

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CURSO UM MILHÃO DE LÍDERES (MANUAL 1) Adaptada pelo pastor Deivinson Bignon LIÇÃO 1 – O CHAMADO DE DEUS PARA LIDERARMOS Por que e Como Deus nos Chama para Liderar 1. Nascidos para Liderar 1. Sermos feitos conforme a imagem de Deus significa que fomos criados para LIDERAR. 2. Deus deu aos homens AUTORIDADE sobre toda a terra. 3. Se Deus nos mandou dominar, é porque nós temos a HABILIDADE para fazê-lo. 2. Permissão Divina para Liderar Desculpa 1: Quem sou eu? (Êx 3.11) Desculpa 2: Quem és tu? (Êx 3.13) Desculpa 3: E se eles não me ouvirem? (Êx 4.1) Desculpa 4: Nunca fui um bom orador (Êx 4.10) Desculpa 5: Sei que você encontrará outra pessoa (Êx 4.13) 3. A Crise Global de Liderança

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4. O período dos Juízes O caos reinava porque não havia nenhum precedente de AUTORIDADE ou RESPONSABILIDADE. Pelo fato dos judeus terem ocupado primeiro Canaã, eles estavam rodeados de INIMIGOS violentos. Não havia FUNDOS MONETÁRIOS do governo para a defesa ou para a segurança nacional. Outras NAÇÕES influenciaram Israel com seus ídolos e superstições. Heróis como Moisés e Josué já haviam MORRIDO, e não havia nenhuma EXPECTATIVA de ordem. O moral e a disposição estavam EM BAIXA, dificultando o crescimento. Não era fácil crescer nessas condições. 5. Os Fundamentos dos Líderes Eficazes 1. ELES PERCEBEM UMA NECESSIDADE Quando a liderança é pura… a) Sempre tem início a partir de uma necessidade. b) Essa necessidade faz nascer uma paixão em alguém. c) Esse alguém age em resposta à necessidade. d) Sua ação move outros a cooperarem. 2. ELES POSSUEM UM DOM Quando a liderança é pura… a) As pessoas encontram um DOM dentro de si mesmas. b) Elas se preparam e DESENVOLVEM esse dom. c) Elas associam o dom a um local de SERVIÇO. d) O dom serve como uma base a partir da qual elas poderão INFLUENCIAR. e) Elas acabam florescendo por causa do seu DOM. 3. ELES MOSTRAM PAIXÃO A paixão acontece quando um líder possui: 1) SENSIBILIDADE – interesses e preocupações. 2) CONVICÇÕES – valores, princípios e crenças. 3) DONS – habilidades dadas por Deus. 4) NECESSIDADES – circunstâncias desesperadoras ao seu redor. 5) OPORTUNIDADES – ocasião para se envolver. 4. ELES SÃO PERSUASIVOS Práticas comprovadas para alcançar a realização… 1. Aquilo que é falado se realiza. 2. Aquilo que é treinado se realiza. 3. Aquilo que é calculado se realiza. > Página 22 <


4. Aquilo que é planejado se realiza. 5. Aquilo que é confrontado se realiza. 6. Aquilo que é recompensado se realiza. 5. ELES PERSEGUEM UM PROPÓSITO Em Juízes, o propósito de cada líder era… 1. Pessoal: Estava associado aos seus dons e paixões. 2. Mensurável: Envolvia atividades que podiam ser avaliadas. 3. Memorável: Era específico o suficiente para ser lembrado e seguido. 4. Significativo: Relacionava-se a assuntos nacionais que fariam diferença na vida do povo. 5. Móvel: Podia viajar com eles para onde quer que fossem. 6. Moral: Era a coisa certa a ser feita. Eles sentiam que não somente podia ser feito, mas que deveria ser feito. LIÇÃO 2 – O CORAÇÃO DE UM LÍDER Desenvolvendo as Qualidades que Diferem os Líderes de Outras Pessoas Preparando os nossos corações O líder que Deus usa. . . 1. Tem um grande PROPÓSITO na vida Você conhece o propósito de Deus para sua vida? Responda a estas perguntas: a. O que mais toca você? b. Quais são os seus dons? c. Quais são os seus talentos naturais? d. Quais são os seus desejos e paixões? e. O que os outros afirmam sobre você? f. Quais são os seus sonhos e visões? g. O que lhe deixa mais satisfeito? h. Que oportunidades estão diante de você? O líder que Deus usa. . . 2. Tem, pela graça de Deus, removido todo OBSTÁCULO de sua vida. a. Caráter comunica CREDIBILIDADE. b. Caráter gera RESPEITO. c. Caráter cria CONSISTÊNCIA. d. Caráter o faz adquirir CONFIANÇA.

Os líderes devem escolher: a. Desenvolver a DISCIPLINA pessoal. > Página 23 <


b. Desenvolver a SEGURANÇA e a IDENTIDADE pessoais. c. Desenvolver CONVICÇÕES PESSOAIS, VALORES, e ÉTICA. O líder que Deus usa. . . 3. Tem-se colocado totalmente à DISPOSIÇÃO de Deus Três atitudes de total entrega a Deus: a. Não devemos ter nada a PROVAR b. Não devemos ter nada a PERDER c. Não devemos ter nada a ESCONDER O líder que Deus usa. . . 4. Aprendeu a prevalecer na ORAÇÃO Três Tipos de Oração: a. PEDIR – Esta é a oração da fé. b. BUSCAR – Esta é a oração de dedicação. c. BATER – Esta é a oração de intercessão. O líder que Deus usa. . . 5. É um estudioso da PALAVRA DE DEUS Os estudiosos da Palavra de Deus examinam as Escrituras para compreender seu significado: a. Naquele tempo: o que a passagem significou para os primeiros ouvintes? b. Em todo o tempo: qual é o princípio universal e eterno que podemos aprender com ela? c. No tempo presente: O que devemos fazer em resposta a ela em nosso tempo?

perdido

O líder que Deus usa. . . 6. Possui uma MENSAGEM vital, capaz de transformar o mundo Três atitudes de Paulo relativas ao Evangelho (Romanos 1.14-16): a. Sou DEVEDOR (v. 14) b. Estou PRONTO (v. 15) c. Não me ENVERGONHO (v. 16)

O líder que Deus usa. . . 7. Tem uma FÉ que espera resultados Características comuns aos homens e mulheres de fé (Hebreus 11.13): a. Visão – cada um deles “viu com os olhos da fé” as promessas à distância. b. Confiança – cada um deles tinha certeza das promessas de Deus. c. Forte Desejo – cada um deles abraçou e tomou posse das promessas. d. Resolução – eles confessaram que eram peregrinos na terra. e. Sonhos – os sonhos que Deus lhes deu os consumiram, não suas próprias lembranças. > Página 24 <


O líder que Deus usa. . . 8. Escolhe SERVIR em atitude e ação Sempre começa com uma necessidade. a. Essa necessidade faz nascer uma paixão em alguém. b. Esse alguém age em resposta à necessidade. c. Sua ação move outros a cooperarem. O líder que Deus usa. . . 9. Desperta os DONS em si mesmo e nos outros Os líderes surgem de maneira natural, de acordo com a seguinte ordem: 1. Em primeiro lugar, o líder identifica um dom natural primário. 2. Em segundo lugar, ele desenvolve o dom. 3. Em terceiro lugar, ele associa esse dom a um local de serviço. 4. Em quarto lugar, o dom funciona como uma base a partir da qual ele influencia.

5. Finalmente, o líder floresce por causa do seu dom. O líder que Deus usa. . . 10. É SEGURO o bastante para outorgar poder a outros a. O líder seguro se concentra no serviço. b. O líder seguro tira força da sua identidade. c. O líder seguro procura servir aos outros. d. O líder seguro quer agregar valor a outros. O líder que Deus usa. . . 11. Vive debaixo da UNÇÃO do Espírito Santo a. Os líderes ungidos possuem autoridade espiritual sobre os outros. b. Os líderes ungidos vêem Deus mover-se em seu ministério constantemente. c. A vida dos líderes ungidos só pode ser explicada de maneira sobrenatural. O líder que Deus usa. . . 12. Escolheu ser um EXEMPLO antes de liderar outros

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líderes:

Razões pelas quais um coração íntegro é tão importante para os

a. A liderança funciona na base da CONFIANÇA. b. A integridade tem alto VALOR de influência. c. Para combater nossa tendência a trabalhar mais na nossa IMAGEM do que na nossa integridade. d. Integridade significa VIVER a verdade em minha própria vida primeiro, antes de liderar outros. e. Uma personalidade carismática pode atrair pessoas, mas somente a INTEGRIDADE as manterá. f. Integridade é uma VITÓRIA, não um dom. g. Você só se TORNARÁ aquilo que você está se tornando nesse exato momento. h. Os líderes devem ter um PADRÃO de conduta mais elevado que seus seguidores. LIÇÃO 3 – EU TENHO UM SONHO! Recebendo e Implementando uma Visão dada por Deus 1. O que é visão? “Visão é ver o futuro no presente, construído sobre o passado.” “Visão é ver o invisível e torná-lo visível.” “Visão é uma ponte de informação do presente para um futuro melhor.” Atenção! É UMA IMAGEM MENTAL CLARA DE UM AMANHÃ MELHOR, DADA POR DEUS, QUE MOVE UMA PESSOA A ACREDITAR QUE ESSE AMANHÃ NÃO SOMENTE PODE SE REALIZAR, MAS QUE DEVE SE REALIZAR. 2. Ingredientes de Uma Visão Divina: a. Uma imagem clara. b. Uma mudança positiva. c. Um enfoque futuro. d. Um dom de Deus. e. Um Povo e um Tempo Específicos. 3. O nascimento de uma visão 1. INTIMIDADE 2. CONCEPÇÃO 3. GESTAÇÃO 4. TRABALHO DE PARTO 5. NASCIMENTO > Página 26 <


4. Visão dada por Homens a. Você a cria com base em seus dons e habilidades. b. Seu cumprimento depende de você estar à frente dos outros. c. Outras organizações semelhantes são vistas como concorrência. d. Seu objetivo é construir uma organização e gerar renda.

avance.

5. Visão dada por Deus a. Você a recebe como uma revelação de Deus. b. Seu cumprimento está ligado à obediência do líder. c. Outros ministérios semelhantes são vistos como complementares. d. Seu objetivo é servir as pessoas, honrar a Deus e fazer com que o Seu Reino

OBJETIVO FINAL DA VISÃO

6. Passos Para Alcançar o Cumprimento da Visão de Deus (Mateus 9.35 – 10.8):

1. Seja ativo no SERVIÇO e comece obedecendo. 2. Comunique a REVELAÇÃO que você já tem. 3. OBSERVE e entenda a realidade da condição humana. 4. Permita que Deus o TOQUE sobre uma necessidade específica. 5. Procure o diagnóstico divino: qual é o PROBLEMA A SER RESOLVIDO? 6. ORE para determinar aquilo que pode suprir a necessidade. 7. Escolha uma equipe e PREPARE-A para ajudá-lo. 8. AJA IMEDIATAMENTE para cumprir a visão. > Página 27 <


7. Que Voz Inspira Sua Visão? a. A voz interior b. A voz da indignação c. A voz do sucesso d. A voz do alto 8. Ferramentas Para Comunicar Sua Visão... PRIMEIRA FERRAMENTA: Um começo forte SEGUNDA FERRAMENTA: Um único tema TERCEIRA FERRAMENTA: Uma linguagem simples QUARTA FERRAMENTA: Ilustrações QUINTA FERRAMENTA: Um final emocionante 9. Como Devemos Conduzir a Visão… 1. Veja-a CLARAMENTE 2. Mostre-a CRIATIVAMENTE 3. Comunique-a CONSTANTEMENTE

LIÇÃO 4 – PRIORIDADES E TOMADAS DE DECISÃO Utilizando ao Máximo o Seu Tempo 1. Respostas Bíblicas sobre Prioridades… a. Qual era a Prioridade de Jesus?— Marcos 1.35-38 b. Qual é a Prioridade do Cristão? — Lucas 10.39-42 c. Qual é a Prioridade dos Líderes da Igreja?— Atos 6.2-4 d. O que fazer sobre as Distrações e Barreiras?— Hebreus 12.1b-2a e. Como o Nosso Propósito nos Ajuda na definição de Nossas Prioridades? — 1 Coríntios 9.24-27 2. O Princípio 80/20 Veja o gráfico na página seguinte.

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3. Lições que Aprendemos com o Princípio 80/20 1. ATIVIDADE NÃO É IGUAL A REALIZAÇÃO 2. TRABALHE MAIS SABIAMENTE, NÃO MAIS ARDUAMENTE 3. ORGANIZE OU AGONIZE 4. AVALIE-SE OU FIQUE ESTAGNADO 5. AGENDE SUAS PRIORIDADES 6. REAGIR NÃO É LIDERAR 7. DIGA NÃO ÀS PEQUENAS COISAS. 4. Como dizer “NÃO”, com graça… 1. DIGA “NÃO” À IDÉIA – NÃO À PESSOA. 2. RESPONDA LEVANDO EM CONTA O INTERESSE DA PESSOA QUE ESTÁ PEDINDO. 3. RECUSE COM CRIATIVIDADE. ENCONTRE UMA ALTERNATIVA. 5. Para Tirar o máximo Proveito do Seu Tempo… 1. Faça listas de TAREFAS 2. Estabeleça suas PRIORIDADES. 3. Evite o PERFECCIONISMO. 4. QUESTIONE tudo. 5. Dê boas vindas à TENSÃO. > Página 29 <


6. Evite a BAGUNÇA. 7. Evite PROTELAR. 8. Controle INTERRUPÇÕES E DISTRAÇÕES. 9. Delegue nas áreas de suas FRAQUEZAS. 10. Use um CALENDÁRIO. 6. Auto-Avaliação: Três Perguntas Sábias… Exigência: O QUE É EXIGIDO DE MIM? Resultados: O QUE TRAZ OS MAIORES RESULTADOS? Recompensa: O QUE ME DÁ A MAIOR RECOMPENSA?

LIÇÃO 5 – CULTIVANDO A HABILIDADE DE LIDAR COM PESSOAS O Papel Fundamental dos Relacionamentos na Liderança 1. Quatro Verdades sobre Liderança e Pessoas 1. As pessoas são o PATRIMÔNIO mais valioso da igreja. 2. O bem mais importante de um líder é sua HABILIDADE para lidar com PESSOAS. 3. Um bom líder sabe liderar vários grupos porque a liderança tem a ver com PESSOAS. 4. Você pode ter habilidade para lidar com pessoas e não ser um bom LÍDER , mas você não pode ser um bom líder se não tiver habilidade para lidar com pessoas. 2. Como Você se Vê determina o Modo como Você Serve às pessoas ao seu redor (Lucas 10.30-37): 1. OS LADRÕES: a. Eles usavam as pessoas. b. Eles manipulavam os outros. c. Eles viram o homem como uma VÍTIMA A SER EXPLORADA 2. OS SACERDOTES: a. Eles guardavam a lei. b. Eles eram puros. c. Eles viram o homem como um PROBLEMA A SER EVITADO 3. O SAMARITANO: a. Ele era desprezado. b. Ele sabia o que era sentir-se ignorado. > Página 30 <


c. Ele viu o homem como uma PESSOA A SER AMADA Atenção! CRISTIANISMO É RELACIONAMENTO! 3. Líder espiritual AQUELE QUE ASSUME A RESPONSABILIDADE PELA SAÚDE E PELO DESENVOLVIMENTO DOS SEUS RELACIONAMENTOS. 4. Quatro palavras que ilustram o líder: 1. A ANALOGIA DO ANFITRIÃO. 2. A ANALOGIA DO MÉDICO. 3. A ANALOGIA DO CONSELHEIRO. 4. A ANALOGIA DO GUIA TURÍSTICO.

5. O Que Todo Líder Deve Saber Sobre as Pessoas... 1. Pessoas são INSEGURAS. Ofereça a elas confiança. 2. As pessoas gostam de se sentir ESPECIAIS. Honre-as. 3. As pessoas buscam um AMANHÃ melhor. Ofereça a elas esperança. 4. As pessoas precisam ser COMPREENDIDAS. Ouça o que elas têm a dizer. 5. As pessoas precisam de DIREÇÃO. “Navegue” por elas. 6. As pessoas são CARENTES. Fale das necessidades delas primeiro. 7. As pessoas ficam DEPRIMIDAS. Encorage-as. 8. As pessoas querem ser BEM SUCEDIDAS. Ajude-as a vencer. 9. As pessoas desejam RELACIONAMENTOS. Ofereça-lhes comunhão. 10. As pessoas procuram MODELOS para seguir. Seja um exemplo.

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LIÇÃO 6 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Falhar em Planejar é Planejar Falhar 1. Exemplos Bíblicos de Planejamento... a. Deus Planejou… Isaías 37.26 b. Noé Planejou… Gêneses 7-9 c. Neemias Planejou… Neemias 1-5 d. Davi Planejou… 2 Samuel 7 e. Jesus contou parábolas sobre planejamento… Mateus 7.24-27; Lucas 14.28-30; Lucas 14.31-32; Lucas 16.1-8 2. O futuro Mutável A curva do crescimento a. Prevendo mudanças e o período de caos b. Prosperando em meio ao caos c. Progresso contínuo

3. Passos para um Planejamento Estratégico Eficaz 1. PLANEJE PLANEJAR 2. DETERMINE O SEU OBJETIVO PRINCIPAL 3. AVALIE A SITUAÇÃO Pontos de vista a serem avaliados: a. DE DENTRO da organização. b. DE FORA da organização. c. Ponto de vista ATUAL. d. Ponto de vista FUTURO. 4. PRIORIZE AS NECESSIDADES. 5. FAÇA AS PERGUNTAS CORRETAS. 6. ESTABELEÇA ALVOS ESPECÍFICOS. a. Escritos b. Realistas c. Pessoais d. Específicos e. Mensuráveis f. Convictos 7. COMUNIQUE E ESCLAREÇA. > Página 32 <


a. Conclusões escritas b. Listagem do projeto c. Prazos d. Listagem dos recursos e. Próximos passos (itens de ação) f. Responsabilidade (líderes do projeto) 8. IDENTIFIQUE OS POSSÍVEIS OBSTÁCULOS. 9. TENHA UM SISTEMA ABERTO DE PLANEJAMENTO. 10. GERENCIE E DIRECIONE SEUS RECURSOS. 11. MONITORE E CORRIJA. 12. AVALIE OS RESULTADOS. 4. A quem treinar: Qualquer líder ou líder em potencial que possua as seguintes características: D – Dignos de confiança O – Oferecem frutos N – Não precisam de influência (já a possuem) E - Exibem talentos S – Servem às pessoas 5. A IDEIA de Jesus para o treinamento da liderança: I – Instrução (Ensinou-lhes a verdade) D – Demonstração (Deu exemplos de tudo que ensinou) E – Experiência (Permitiu que eles participassem) A – Avaliação (Ele os avaliava constantemente)

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