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Um dos mais importantes artistas da história da música popular brasileira, Noel Rosa, em pouco tempo de vida compôs mais de trezentas músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Conheça neste livro um pouco mais sobre sua história e suas obras.
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´ Sumario Biografia ______________________________ 6 Entrevista Póstuma ______________________ 8 Arranjei Um Fraseado _____________________ 13 Cansei de Pedir __________________________ 15 Com Que Roupa ________________________ 17 Coração ______________________________ 19 Dona Emília ___________________________ 21 Estamos Esperando ______________________ 23 Estrela da Manhã _______________________ 25 Felicidade _____________________________ 27 Fita Amarela ___________________________ 29 Gago Apaixonado _______________________ 31 Já Não Posso Mais _______________________ 33
´ Sumario Julieta ________________________________ 35 Mentir ________________________________ 37 Na Bahia ______________________________ 39 Não Faz, Amor __________________________ 41 Onde Está a Honestidade__________________ 43 Por Causa da Hora_______________________ 45 Discografia ____________________________ 46 Filmes sobre Noel ________________________ 48 Livros sobre Noel ________________________ 49 Créditos _______________________________ 50
Biografia
Noel Rosa foi um compositor, cantor e violonista brasileiro. Um dos mais importantes artistas da história da música popular brasileira. Em pouco tempo de vida compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre suas músicas destacam-se, “Com Que Roupa”, seu primeiro sucesso, “Conversa de Botequim”, “Feitiço da Vila” e “Fita Amarela”. Ficou conhecido como “O Poeta da Vila”.
Rio de janeiro, no dia 11 de dezembro de 1910. Filho do comerciante Manuel Medeiros Rosa e da professora Marta de Medeiros Rosa foi aluno do tradicional Colégio São Bento. Muito cedo aprendeu a tocar violão e bandolim. Em 1930 ingressa na Faculdade Nacional de Medicina, mas depois de dois anos abandonou o curso. Já estava envolvido com a música e a boemia. Formou junto com os músicos Almirante, Braguinha, Alvinho e Henrique Brito, o conjunto Bando de Tangarás.
Noel Medeiros Rosa (1910-1937) nasceu no bairro de Vila Isabel, 6
Entre os anos de 1930 a 1937, Noel compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre seus sucessos destacamse, “Com Que Roupa”, seu primeiro sucesso, “Conversa de Botequim”, “Feitiço da Vila” e “Fita Amarela”. Entre os interpretes de seus sambas estão: Aracy de Almeida, Francisco Alves e Mário Reis. Mestres da Música Popular Brasileira como Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola, fazem questão de realçar a influência que Noel Rosa teve em suas músicas.
pelos cabarés do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, cantando, bebendo e fumando. Acometido de tuberculose, foi para Belo Horizonte para tratamento de saúde. Na volta para o Rio de Janeiro, achandose curado, volta à vida boêmia. Noel Rosa foi homenageado em filmes e peças de teatro. Em 2010, a Escola de Samba Unidos da Vila Isabel, apresentou o enredo do carnaval com o samba Noel: A presença do Poeta da Vila, de autoria de Martinho da Vila. Noel Rosa faleceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 4 de maio de 1937.
Em 1934 casa-se com Lindaura, moça da alta sociedade, mas tinha várias amantes e passava noites
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´ Entrevista Postuma Trinta e seis anos depois de sua morte (morreu dia 4 de maio de 1937), procurei Noel Rosa para uma entrevista. – Eu não tenho nada a dizer. O que você quiser saber está na minha obra – disse ele modestamente. O resultado foi esta entrevista. Se não estiver boa, não ponham a culpa exclusivamente no repórter. Afinal, o entrevistado não dá entrevista há, pelo menos, 36 anos”.
– Você um cara cheio de problemas de saúde, não saía dos bares, bebendo a noite inteira, batendo papo, etc.
saber qual era o dia que eu deixaria de viver. – Você sofreu várias decepções mas continuou amando.
– Saber sofrer é uma arte. E pondo a modéstia de parte, eu sei sofrer.
– Nunca se deve jurar não mais amar a ninguém.
– Então você sofreu pra burro.
– Quer dizer que você não tem nada contra o amor.
– Mesmo assim não cansei de viver. – Mas as mulheres de vez em quando, te faziam sofrer mais ainda.
– Quem fala mal do amor não sabe a vida gozar. – Mas você, de vez em quando, fala mal da mulher.
– Quem sofreu mais do que eu não nasceu.
– A mulher mente brincando e, às vezes, brinca mentindo.
– Uma das suas mulheres foi até visitá-lo, quando você esteve doente. Mas você estava fora. Por que ela foi lá?
– Explica isso melhor. – Quando ri está chorando e quando chora está sorrindo.
– Porque pretendia somente 8
– Você sabe se a Betty Friedman o conhecesse teria uma imensa bronca de você que é contra a mulher trabalhando.
– O mundo é um samba em que eu danço sem nunca sair do meu trilho. – Você acha mesmo o samba um troço importante?
– Todo cargo masculino, seja grande ou pequenino, hoje em dia é pra mulher.
– Exprime dois terços do Rio de Janeiro.
– Mas o que é que atrapalha isso, Noel?
– Tenho vários amigos que não gostam de samba, querem voar mais alto.
– E por causa dos palhaços, ela esquece que tem braços. Nem cozinhar ela quer.
– Mas quem voa em grande altura leva sempre grande queda.
– Mas os direitos são iguais.
– Não fale assim, Noel, os caras podem se chatear.
– Os direitos são iguais, mas até nos tribunais a mulher faz o que quer.
– O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado.
– Então não são tão iguais assim.
– Assim como você está falando, o que é que quer que eles pensem de você?
– Pois o homem já nasceu dando a costela à mulher. – Essa história não é bem assim, não. É preciso discutir.
– Que entre nós o páreo é duro.
– Mas não quero discussão.
– Mas vão acabar seus inimigos.
– Da discussão sai a razão. – Mas às vezes sai pancada.
– Meus inimigos, que hoje falam mal de mim, vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
– Você gosta mesmo é de samba, não é?
– Pelo que vejo, não se pode falar mal do samba perto de você. 9
– O samba é a corda e eu sou a caçamba.
– O samba em Vila Isabel é de noite ou de dia?
– Você não tem medo de ninguém?
– O sol da Vila é triste. Samba não assiste porque a gente implora: “Sol, pelo amor de Deus, não venha agora que as morenas vão logo embora”.
– Sou independente como se vê. – Independente? Está rico?
– Mas tem mais samba em outros lugares, Noel.
– Não consigo ter nem pra gastar. – Ou seja: está durão.
– Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, Oswaldo Cruz e Matriz.
– Já estou coberto de farrapo, eu vou acabar ficando nu. Meu paletó virou estopa e eu nem sei mais com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou.
– E a Vila, como é que fica nisso? – A Vila não quer abafar ninguém. Só quer mostrar que faz samba também.
– Você não vai porque está com medo dos malandros do samba.
– Conforme você disse, o samba exprime dois terços do Rio de Janeiro.
– Não tenho medo de bamba. Na roda do samba, eu sou bacharel.
– Mas tenho que dizer: modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila.
– Como é que é esse negócio de bacharel?
– Assim não pode, Noel. Com esta banca é melhor a gente acabar a entrevista.
– Quando me formei no samba recebi uma medalha. – Você vive em tudo que é samba, não é?
– Ofereço meu auxílio. Passe bem, vá pela sombra.
– A polícia em todo canto proibiu a batucada. Eu vou pra Vila onde a polícia é camarada.
– Está me mandando embora, Noel?
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– Não mandei você embora porque sou benevolente.
– Desta vez, juntou-se a fome com a vontade de comer.
– Sabe que se você dissesse isso para certos jornalistas, eles entenderiam como um desafio para briga?
– Mas eles tem prestígio por aí, numa certa roda. – Vassouras nos salões da sociedade.
– De lutas não entendo abacate.
– Você não freqüenta essa roda, não é?
– Ué, eu soube que você já lutou profissionalmente.
– Você pode crer que a palmeira do Mangue não vive em Copacabana.
– Cheguei até ser contratado para subir em um tablado para vencer um campeão.
– Vamos falar mal das pessoas. E o Roberto Campos, hem?
– E daí, venceu?
– Que é também brasileiro. E em três lotes vendeu o Brasil inteiro.
– Mas a empresa, pra evitar assassinato, rasgou logo o meu contrato, quando me viu sem roupão.
– Sabe que andaram pixando você sob o pretexto de que você é bom de letra mas não de música?
– E como é que você se vira com esses valentões? – No século do progresso, o revólver teve ingresso para acabar com a valentia.
– Sendo as notas sete apenas, mais eu não posso inventar. – Bem, Noel, vamos acabar a entrevista. Adeus.
– Você sabe que o Josué Montello...
– Adeus é pra quem deixa a vida. Três palavras vou gritar por despedida: até amanhã, até já, até logo.
– Escreve sal com c cedilha. – Pois é. Ele agora é da Academia Brasileira de Letras, junto com a Pedro Calmon.
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´ Musicas
Um samba típico de Noel, que gravou como cantor acompanhado do que chamou “Turma da Vila” - conjunto jamais identificado por qualquer dos pesquisadores da vida e da obra do compositor. É provável que seja apenas um nome utilizado pelo “Poeta da Vila” para identificar um grupo que, eventualmente, se reuniu na gravação. Primeira gravação lançada em abril de 1933, por Noel Rosa e sau Turma da Vila, em discos Odeon.
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Arranjei Um Fraseado Noel Rosa
Arranjei um fraseado Que já trago decorado Para quando lhe encontrar: “Como é que você se chama”? Onde é que vamos morar? Como eu vou indagar Quando é que eu posso lhe encontrar Para conseguir combinar Onde é o lugar Em que você quer morar? Como vou saber ao certo Quando é que você vem ficar perto E que já designou Onde é o lugar Do nosso lindo château? “Como é que você se chama”? Quando é que você me ama? Onde é que eu vou lhe falar? Como é que você não me diz Quando é que você me faz feliz? Onde é que vamos morar?
Ouça esta música.
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´ Musicas
Neste belo samba, tipicamente noelesco, o autor desenvilve um tema apresentado pelo compositor Sinhô, em 1928, com o samba "Gosto que me Enrosco". A diferença é que Sinhô colocava-se como uma terceira pessoa, para dizer que "não se deve amar sem ser amado". Noel Rosa, mais assumido que qualquer compositor da sua época, apresenta-se como personagem que não ama, mas é amado. Uma postura raríssima nos casos de amor abordados pelos letristas da música popular brasileira. Primeira gravação lançada em julho de 1935, por Aracy de Almeida, em discos Victor.
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Cansei de Pedir Noel Rosa
Já cansei de pedir Pra você me deixar Dizendo que não posso mais Continuar amando Sem querer amar Meu Deus, estou pecando Amando sem querer... Me sacrificando sem você merecer! Amar sem ter amor é um suplício Você não compreende a minha dor Nem pode avaliar O sacrifício que eu fiz Para você ser feliz! Com a ingratidão eu não contava Você não compreende a minha dor Você, se compreendesse Me deixava sem chorar Para não me ver penar
Ouça esta música.
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´ Musicas
Foi a música que, com sucesso, lançou o nome de Noel Rosa para o grande público. Entre as muitas curuiosidades sobre este samba, há o fato de Noel Rosa ter pedido ao amigo e professor de música, Homero Dornelas, para escrever a melodia na pauta. Na primeira demonstração, Noel teve que modificá-la, pois "Com que Roupa?" começava com a mesma melodia do Hino Nacional Brasileiro, como advertira Homero. Levado ao disco, virou nome de fantasia de carnaval, de revista teatral e acabou transformando-se numa gíria até hoje utilizada. Primeira gravação lançada em novembro de 1930, por Noel Rosa, em discos Parlophon. 16
Com Que Roupa Noel Rosa
Agora vou mudar minha conduta Eu vou pra luta Pois eu quero me aprumar Vou tratar você Com a força bruta Pra poder me reabilitar
Eu hoje estou pulando como sapo Pra ver se escapo Desta praga de urubu Já estou coberto de farrapo Eu vou acabar ficando nu Meu terno já virou estopa E eu nem sei mais com que roupa Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou?
Pois esta vida não está sopa E eu pergunto: com que roupa? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou?
Seu português agora deu o fora Já foi-se embora E levou seu capital Esqueceu quem tanto amou Outrora Foi no Adamastor pra Portugal
Agora eu não ando mais Fagueiro Pois o dinheiro Não é fácil de ganhar Mesmo eu sendo Um cabra trapaceiro Não consigo ter nem pra gastar
Pra se casar com uma cachopa Mas agora com que roupa? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou?
Eu já corri de vento em popa Mas agora com que roupa? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou? Com que roupa que eu vou Pro samba que você Me convidou?
Ouça esta música.
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´ Musicas
Em 1931, Noel Rosa prestou concurso para a Faculdade de Medicina. Passou raspando, mas passou. Porém, o sonho de seus pais de vê-lo formado em médico, como bisavô, o avô e um tio, não se realizou. Noel permaneceu apenas alguns meses na faculdade, frequentando pouquíssimas aulas e, antes que o primeiro semestre se findasse, já havia desistido da profissao. "Prefiro ser um bom sambista do que um mau médico", teria afirmado. Do curso de medicina, o que restou foi o samba "Coração". A primeira gravação foi lançada em fins de 1932, por Noel Rosa, em discos Odeon.
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Coracao Noel Rosa
Coração Grande órgão propulsor Transformador do sangue venoso e arterial Coração Não és sentimental, mas entretanto dizem Que és o cofre da paixão Coração Não estás do lado esquerdo, nem tampouco do direito Ficas no centro do peito - eis a verdade! Tu és pro bem-estar do nosso sangue O que a casa de correção é para o bem da humanidade Coração De sambista brasileiro Quando bate no pulmão faz a batida do pandeiro Eu afirmo sem nenhuma pretensão Que a paixão faz dor no crânio Mas não ataca o coração Conheci Um sujeito convencido Com mania de grandeza e instinto de nobreza Que, por saber que o sangue azul é nobre Gastou todo o seu cobre Sem pensar no seu futuro Não achando quem lhe arrancasse as veias Onde corre o sangue impuro Viajou a procurar de norte a sul Alguém que conseguisse Encher-lhe as veias Com azul de metileno Pra ficar com sangue azul
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Ouça esta música.
´ Musicas
Marcha que Noel (letra) e Glauco Vianna (música) fizeram para ser cantada no desfile do blococarnavalesco "Faz Vergonha, de Vola Isabel". Segundo Jão Máximo e Carlos Didier, no livro "Noel Rosa", uma biografia, o letrista desfilou fantasiado de mulher: sapatos, bolsa, chapéu e vestido de sua mãe, Dona Marta. A primeira gravação foi lançada em janeiro de 1931, por Almirante, em discos Parlophon.
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´ Dona Emilia Noel Rosa
Sai da frente Dona Emília Que o nosso bloco Só tem gente de família O nosso bloco vai a todas as batalhas Só pra ganhar muitas medalhas. E se houver muita concorrência Eu trago o prêmio da violência. O nosso bloco tem cordão de isolamento Só pra barrar mau elemento E dona Emilia anda despeitada Por não entrar na batucada. A dona Emilia foi pedir por compaixão Pra penetrar no meu cordão Mas eu não quero essa tagarela Porque ela samba lá na favela.
Ouça esta música.
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´ Musicas
João Máximo e Carlos Didier contam, em seu livro "Noel Rosa", uma biografia que, certa noite, depois de passarem por uma das famosas batalhas de confetes da Rua Dona Zulmira, os compositores Cartola e Noel Rosa pediram 50 mil réis a Francisco Alves, como uma espécie de adiantamentopelos sambas que ainda iriam compor. Francisco Alves concordou, desde que os dois fizessem, cada um, uma música naquela hora. Desafio aceito, Noel compôs "Estamos Esperando", cujos versos indicam que o autor já não fazia mais questão da autoria: "E este samba que fiz de parceria/Depois de feito, não é dele nem meu". Primeira gravação lançada em janeiro de 1993, por Francisco Alves e Mário Reis, em discos Odeon. 22
Estamos Esperando Noel Rosa
Estamos esperando Vem logo escutar O samba que fizemos pra te dar A rua adormeceu E nós vamos cantar Aquilo que é só teu Que nos faz penar Da tua voz tirei a melodia E a harmonia eu fiz com teu olhar Já estava perdendo a paciência Quando roubei a cadência Do teu modo de pisar (Chega à janela...) E este samba que fiz de parceria Depois de feito não é dele nem é meu Escuta o violão que está gemendo Tuas cordas vão dizendo Que este samba é só teu (Até amanhã...)
Ouça esta música.
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´ Musicas
Uma das três músicas da parceria Noel Rosa - Ary Barroso (as outras foram "De Qualquer Maneira" e "Mão no remo"). Madelou de Assis, que gravou "Estrela da Manhã" com Francisco Alves, não chegou a ter destaque na música popular brasileira, embora (pelo menos, fisicamente) tenha chamado a tenção de jornalistas influentes, como (o também compositor) Orestes Barbosa, que a classificou de "uma primavera de carne nos estúdios, fazendo os pianistas errarem com a sua presença, deixando o microfone entoxicado pelo perfume de morango orlada de tinta e pérolas..." apesar do entusiasmo de Orestes, Madelou gravou, em toda sua carreira, apenas quatro discos. Primeira gravação lançada em dezembro de 1933, por Francisco Alves e Madelou de Assis, em discos Odeon. 24
Estrela da Manha~ Noel Rosa
A estrela da manhã Quando brilha na amplidão Faz lembrar uma saudade Que guardei no coração Quando à noite olho as estrelas A brilhar no firmamento Fica distraída ao vê-las Esquecendo o meu tormento E dos amores que tive A gozar a mocidade Só um no meu peito vive Sob a forma de saudade
Ouça esta música.
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´ Musicas
Como Noel Rosa nunca deu muita importância para a autoria das músicas, este samba acabou sendo motivo de alguns equívocos, desde a sua primeira gravação, pois o disco saiu sem o nome de Noel, embora a partitura original tirasse qualquer dúvida sobre os verdadeiros autores da música. O próprio René Bittencourt, muitos anos depois da morte do parceiro, quando ele não poderia maisdefender-se, encarregou-se de agravar o equívoco, afirmando que jamais fizera música com Noel. Como se o "poeta da vila" precisasse de usar expediente desse gênero. Primeira gravação lançada em fevereiro de 1932, por Noel Rosa, em discos Colúmbia. 26
Felicidade Noel Rosa
Felicidade! Felicidade! Minha amizade foi-se embora com você Se ela vier e te trouxer Que bom, felicidade que vai ser! Trago no peito O sinal duma saudade Cicatriz de uma amizade Que tão cedo vi morrer Eu fico triste Quando vejo alguém contente Tenho inveja dessa gente Que não sabe o que é sofrer (Felicidade...) O meu destino Foi traçado no baralho Não fui feito pra trabalho Eu nasci pra batucar Eis o motivo Que do meu viver agora A alegria foi-se embora Pra tristeza vir morar (Felicitá...) Ouça esta música.
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´ Musicas
Um grande sucesso de Noel Rosaque também lhe rendeu algumas dores de cabeça, porque o compositor Donga, que lançara anteriormente um samba feito de parceria com o maestro Aldo Taranto, correu para os jornais a fim de denunciar Noel como plagiário. Um exagero de Donga, pois um samba nada tinha a ver com o outro. Na época, Almirante saiu em defesa de Noel, contando que foi ele quem sugeriu o tema ao compositor, baseado numa batucada que circulava no mundo do samba carioca e que dizia: "Quando eu morrer/ Não quero choro nem nada/Eu quero ouvir um samba/Ao romper da madrugada". Primaira gravação lançada em janeiro de 1933, por Francisco Alves e Mário Reis, em discos Odeon. 28
Fita Amarela Noel Rosa
Quando eu morrer Não quero choro nem vela Quero uma fita amarela Gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores nem coroa com espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente, consolado por saber Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer. Não tenho herdeiros Não possuo um só vintém Eu vivi devendo a todos Mas não paguei a ninguém Meus inimigos que hoje falam mal de mim Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
Ouça esta música.
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´ Musicas
Em entrevsta que concedeu a um jornal carioca, Noel Rosa assim respondeu ao reporter que queria saber a sua múcia favorita: "É Gago Apaixonado, porque, além de ser original, os meus vizinhos e os seus papagaios não conseguem cantá-lo." É, sem dúvida, um dos melhores exemplos do humor e da criatividade de Noel. A gravação, feita pelo próprio autor, é histórica, pois apresentava, além de Napoleão Tavares no pistom com surdina e Luiz Americano no clarinete, o extraordinário cantor Luiz Barbosa não cantando, mas fazendo o rítmo com um laps batendo em seus dentes. Primeira gravação lançada em março de 1931, por "Noel Rosa e seu Grupo", em discos Columbia. 30
Gago Apaixonado Noel Rosa
Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago Não po-posso com a cru-crueldade da saudade Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago Tem tem pe-pena deste mo-moribundo Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo Só só só só por ter so-so-sofri-frido Tu tu tu tu tu tu tu tu Tu tens um co-coração fi-fi-fingido Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago Não po-posso com a cru-crueldade da saudade Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago Teu teu co-coração me entregaste De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda Tu tu tu tu tu tu tu tu Tu vais fi-fi-ficar corcunda!
Ouça esta música.
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´ Musicas
Produto típico do envolvimento de Noel Rosa e de Almirante com os sambistas dos morros cariocas. Canuto envolveu-se tanto com os compositores "da cidade" que acabou fazendo músicas com eles e ficou na história como o primeiro rítmista a tocar tamborim num estúdio de gravação, pois foi ele que Almirante convidou para participar da gravação de Pavuna. E chamava a atenção até de desconhecidos, perguntando: "Sabe quem está tocando esse tamborim? Sou eu." Canuto morreu jovem, tuberculoso. Puruca, o outro parceiro, era o morro do Salgueiro. Primeira gravação lançada em novembro de 1931, por Almirante e o Bando de Tangarás, em discos Parlophon. 32
~ Ja Nao Posso Mais Noel Rosa
Adeus, mulher fingida Eu já vou-me embora Tu estás arrependida Já não posso mais Deus me perdoe pelo que fiz Deixando abandonada Aquela pobre infeliz O teu mau procedimento Fez meu coração sofrer E teu arrependimento Não me pôde comover Tu encheste meus ouvidos Com frases de ocasião Nem sempre os arrependidos Nos merecem o perdão. (Agora) Se tu fosses processada Diante de um auditório Tu ficavas bem calada Pois tens culpa no cartório Há bastantes testemunhas Do que fui e do que sou Quando me botaste as unhas Meu dinheiro se pirou. (Por quê?) Ouça esta música.
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´ Musicas
Marcha que Noel (letra) e Glauco Vianna (música) fizeram para ser cantada no desfile do blococarnavalesco "Faz Vergonha, de Vila Isabel". Segundo Jão Máximo e Carlos Didier, no livro "Noel Rosa", uma biografia, o letrista desfilou fantasiado de mulher: sapatos, bolsa, chapéu e vestido de sua mãe, Dona Marta. A primeira gravação foi lançada em janeiro de 1931, por Almirante, em discos Parlophon.
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Julieta Noel Rosa
Julieta, não és mais um anjo de bondade Como outrora sonhava o teu Romeu Julieta, tens a volúpia da infidelidade E quem te paga as dívidas sou eu... Julieta, tu não ouves meu grito de esperança Que afinal, de tão fraco Não alcança as alturas do teu arranha-céu Tu decretaste a morte aos madrigais E constróis um castelo de ideais No formato elegante de um chapéu Julieta, nem falar em Romeu tu hoje queres Borboleta sem asas, tu preferes Que te façam carícias de papel Nos teus anseios loucos, delirantes Em lugar de canções queres brilhantes Em lugar de Romeu, um coronel!
Ouça esta música.
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´ Musicas
Uma noite (Noel) foi levado por amigos à residência de uma família, cuja dona da casa desejavaconhecê-lo de perto. No instante da apresentação, a senhora não pode esconder a surpresa diante de Noel. Certamente, imaginara uma guapa figura e se decepcionava com a realidade. A Noel não escapou o quase imperceptível tique da mulher no seu desapontamento e, com uma insolência ferina, indagou: - A senhora está passando mal? - Não, não! Senti uma pontada... Já passou... A caridosa inverdade atiçou a musa dopoeta e, dias depois, compôs "Mentir". A primeira gravação foi lançada em janeiro de 1931, por Almirante, em discos Parlophon. 36
Mentir Noel Rosa
Mentir, mentir Somente para esconder A mágoa que ninguém deve saber Mentir, mentir Em vez de demonstrar A nossa dor num gesto ou num olhar Saber mentir é prova de nobreza Pra não ferir alguém com a franqueza Mentira não é crime É bem sublime o que se diz Mentindo para fazer alguém feliz É com a mentira que a gente se sente mais contente Por não pensar na verdade O próprio mundo nos mente, ensina a mentir Chorando ou rindo, sem ter vontade E se não fosse a mentira, ninguém mais viveria Por não poder ser feliz E os homens contra as mulheres na terra Então viveriam em guerra Pois no campo do amor A mulher que não mente não tem valor Saber mentir é prova de nobreza Pra não ferir alguém com a franqueza Mentira não é crime É bem sublime o que se diz Mentindo para fazer alguém feliz Ouça esta música.
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´ Musicas
Única música de Noel Rosa dedicada à Bahia, foi incluida no filme Cidade Mulher, de Carmem Santos e Humberto Mauro, sendo interpretada pela atriz Bibi Ferreira, então com 15 anosde idade. Mas, na época, nenhu cantor se interessou em levá-la para o disco. Permaneceu 47 anos sem ser gravada. Primeira gravação lançada em 1983, pelo Conjunto Coisas Nossas, em discos Estúdio Eldorado.
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Na Bahia Noel Rosa
Aonde é que o nosso grande Brasil principia? Na Bahia! Na Bahia! Aonde foi que Jesus pregou sua filosofia? Na Bahia! Na Bahia! Todo santo dia Nasce um samba na Bahia Samba tem feitiço Todo mundo sabe disso! A minha Bahia Forneceu a fantasia mais original Que se vê no carnaval! Em São Salvador Terra de luz e de amor Só o samba cabe Disso todo mundo sabe!
Ouça esta música.
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´ Musicas
Em "Quem da mais?", Noel fala de um samba "feito nas regras de arte/Sem introdução e sem segunda parte/Só tem estribilho, nasceu no Salgueiro/Eexprime dois terços do Rio de Janeiro". Referia-se às músicas lançadas lançadas nas escolas de samba e que só tinham uma parte, ficando a segunda para os improvisadores (geralmente, de voz muito potente. Na época, as escolas desfilavam sem microfine). "Não faz, amor" era um samba assim e foi cantado pela Mangueira, no carnaval de 1932. Francisco Alves gostou dele e pediu uma segunda parte, para poder gravá-lo. Noel fez, mas não permitiu que o seu nome aparecesse no disco, como um dos autores. Primeira gravação lançada em 1932, por Francisco Alves. 40
~ Nao Faz, Amor Noel Rosa
Não faz, amor, deixa-me dormir Oh, minha flor, tenha dó de mim Sonhei, acordei assustado Receoso que tivesses me enganado (Eu não durmo sossegado) Só tens ambição e vaidade Não pensas na felicidade E eu não descanso um momento Por pensar que o teu amor é só fingimento Mas eu vou entrar com meu jogo E vou pôr à prova de fogo A tua sincera amizade Para ver se tu falaste verdade Amar sem jurar é bem raro O verbo cumprir custa caro Amor é bem fácil de achar O que acho mais difícil é saber amar O mundo tem suas surpresas Mas nós temos nossas defesas Por isso eu estou prevenido Pra saber se sou ou não traído
Ouça esta música.
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´ Musicas
Que compositor foi mais oportuno, mais contundente e mais verdadeiro na denúncia dos pecados da nossa sociedade? No ano em que este samba foi lançado, já começavam a mostrar a cara os primeiros beneficiários da nova situação política, surgida com a vitória dos chamados revolucionários de 1930. Os novos-ricos apareciam aqui e ali e uma nova classe preparava-se para ocupar as colunas sociais. Sem dúvida, era a essa hente que Noel se referia nasua obra. Primeira gravação lançada em abril de 1933, por Noel Rosa.
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Onde Esta´ a Honestidade Noel Rosa
Você tem palacete reluzente Tem jóias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança nem parente Só anda de automóvel na cidade E o povo já pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e até felicidade Vassoura dos salões da sociedade Que varre o que encontrar em sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente
Ouça esta música.
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´ Musicas
Sempre atento a tudo, a introdução do horário de verão determinada pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas, para economizar energia elétrica, não poderia passar impunemente pela argúcia do grande cronsta da música popular. A mudança do horário, por sinal, rendeu duas músicas de Noel: "Por causa da hora" e "Que horas são?", também conhecido como "O pulo da hora". Observa-se nessa letra, mais uma vez, que o pagamento das prestações era uma das grandes preocupações do compositor. Primeira gravação lançada em novembro de 1931, por Noel Rosa.
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Por Causa da Hora Noel Rosa
(Senhorita adiantou o seu relógio?) Meu bem Veja quanto sou sincero No poste sempre eu espero Procuro bonde por bonde E você nunca que vem Olho, ninguém me responde Chamo, não vejo ninguém Talvez seja por causa dos relógios Que estão adiantados uma hora Que eu, triste, vou-me embora Sempre a pensar porque Não encontro mais você? Terei que dar um beijo adiantado Com o adiantamento de uma hora Como vou pagar agora Tudo o que comprei a prazo Se ando com um mês de atraso? Eu que sempre dormi durante o dia Ganhei mais uma hora pra descanso Agradeço ao avanço De uma hora no ponteiro: “Viva o Dia Brasileiro!” Ouça esta música.
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Discografia 1952
1954
1955
1955
O poeta da Vila
Noel Rosa
Canções de Noel Rosa Cantadas por Noel Rosa.
Noel Rosa na voz de Nelson Gonsalves
1955
1956
1958
1962
Canções de Noel Rosa com Aracy de Almeida
Polêmica
Noel Rosa e sua turma da Vila
Noel Rosa
1962
1963
1965
1967
Noel Rosa vinte e cinco anos depois
História musical de Noel Rosa
Noel Rosa
Noel Rosa
1967
1969
1971
1974
Noel Rosa na vos de Aracy de Almeida
A bossa dos Bambas - Noel Rosa e Vassourinha
Noel por Noel
Noel Rosa x Wilson Baptista
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Discografia 1975
1976
1977
1977
Noel Rosa
A música de Noel Rosa
Noel Rosa especial com Marília Batista
Série Nova Histório da Música Popular Brasileira
1978
1979
1979
1982
Noel Rosa
O Melhor de Noel Rosa
A grande música de Noel Rosa
Noel Rosa
1983
1985
1987
1987
Noel Rosa Inédito e Desconhecido
A noiva do Condutor
Uma rosa para Noel
Feitiço Carioca
1989
1990
Noel Rosa - Série Gander Autores
Noel Rosa - Feitiço da Vila
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Filmes sobre Noel O próprio Ricardo Van Steen, realizador de Noel - Poeta da Vila, dirigiu um curta-metragem, Com Que Roupa? (1997), com Cacá Carvalho no papel de Noel Rosa. Rogério Sganzerla (1946-2004), um dos principais nomes do chamado Cinema Marginal, era fascinado pela vida e obra de Noel Rosa, e planejava fazer o seu próprio longa-metragem. O projeto acabou não vingando, mas durante esta espera, realizou dois documentários, um de curta-metragem, Noel Por Noel (1978), e um de média-metragem, Isto é Noel Rosa (1991). O primeiro longa-metragem sobre o compositor, Noel - Poeta da Vila, foi baseado na biografia de Máximo e Didier e dirigido por Ricardo van Steen. Teve sua estreia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2006 e na 30ª Mostra de Cinema de São Paulo. Entrou em circuito em agosto de 2007, ano que marcou os 70 anos da morte do poeta do samba.
Antes de ser tema de filmes, a música de Noel Rosa esteve presente em um sem-número de filmes brasileiros. Mesmo enquanto o Poeta da Vila ainda era vivo: na comédia musical Alô, Alô, Carnaval, de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia — 1936), duas marchas de carnaval de Noel Rosa estavam em sua trilha sonora: Pierrot Apaixonado (parceria com Heitor dos Prazeres) e Não Resta a Menor Dúvida (parceria com Hervé Cordovil).
Antes deste filme, outros filmes, de curta e média-metragem, foram realizados sobre Noel Rosa. 48
Livros sobre Noel Dentre os livros a respeito do artista, algumas obras são de grande importância para se estudar Noel Rosa: No Tempo de Noel Rosa, escrita pelo amigo Almirante, e a Essencial Noel Rosa, Uma Biografia de João Máximo e Carlos Didier. Noel Rosa e sua Época (Jacy Pacheco), a primeira biografia sobre Noel Rosa, publicado em 1955. O Cantor da Vila (Jacy Pacheco), publicado em 1958. Língua e Estilo (Castellar de Carvalho e Antonio Martins de Araujo). Songbook Noel Rosa 1, 2 e 3 (Almir Chediak). Noel Rosa: Para Ler e Ouvir (Eduardo Alcantara de Vasconcellos). O Jovem Noel Rosa (Guca Domenico). O Estudante do Coração: A História Secreta do Samba e A Geração do Ouro Solar: Noel Rosa, a Alquimia e o Tarot (Luis Carlos de Morais Junior, Lui Morais), publicados em 2010 e 2011. Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil. (Luiz Ricardo Leitão), publicado em 2009. O poeta do Samba e da Cidade (André Diniz), publicado em 2010. O Humor na Canção (Mayra Pinto), publicado em 2012.
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´ Creditos Noel Rosa, o gago apaixonado é um projeto gráfico de caráter acadêmico, como parte do projeto integrado do primeiro semestre de 2017. Diagramado por Caixa Criativa, grupo composto de alunos do terceiro semestre do curso de Design Gráfico, da Faculdade das Américas (2017). EDER HENRIQUE, 014604 JULIANE CRISTINA, 011416 JEAN YOSHIOKA, 013892 JEAN LEYVA, 011482 GABRIEL PIRES, 013792 As ilustrações foram feitas por JULIANE CRISTINA, 011416. As canções reproduzidas neste livro foram retiradas de CHEDIACK, Almir. Songbook Noel Rosa. vol. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1991. A entrevista trata de um texto fictício, redigido por Sérgio Cabral e publicado no jornal O Pasquim, nº 201. Rio de Janeiro, 8 a 14 de maio de 1973, p. 15 e disponível em: <https://blogln.ning.com/profiles/blogs/entrevista-postuma-com-noel>. E na discografia completa do artista, intitulada Noel pela primeira vez. Rio de Janeiro: MEC/Funarte, 2000. A biografia e a lista de discos, livros e filmes foram retiradas das seguintes fontes: https://www.ebiografia.com/noel_rosa, pág 6 CHEDIACK, Almir. Songbook Noel Rosa, vol. 2 As fotografias foram retiradas das seguintes fontes:
http://www.pexels.com, imagem de Capa. http://multishow.globo.com/musica/materias/musicas-de-noel-rosa.htm, pág 6 http://zedobelo.com.br/noel-rosa-o-cantor-de-todas-as-classes, pág 7 https://terradamusica.com.br/noel-rosa-a-fita-amarela-e-o-malandro, pág 48
Curso Tecnológico em Design Gráfico da Faculdade das Américas Rua Augusta, 973, São Paulo, SP, 01305-100, (11) 3257-4088
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Noel Rosa e sua Turma da Vila - 1968 Noel por Noel - 1971 Noel Rosa - 1975 Coisas Nossas - 1982 Noel Rosa - 1983 Noel Rosa - Inédito e Desconhecido - 1983 Uma Rosa para Noel - 1987 De Babado Sim - Noel Rosa e Marília Batista - 1991 Noel Rosa e Aracy de Almeida - 1994 Feitiço da Vila - 1994 Que se Dane - 1999 Noel Rosa - Pela primeira vez - Box - 2000
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Um dos mais importantes artistas da história da música popular brasileira, Noel Rosa, em pouco tempo de vida compôs mais de trezentas músicas, entre sambas, marchinhas e canções.
Ouça as músicas deste livro
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