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Cresce a busca por cirurgias bariátricas para fins estéticos no Brasil

por Covid-19 como proporção da população; e que o plano do PCC para sequestrar e matar Sergio Moro, desarticulado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público paulista, não passava de “armação” do ex-juiz e senador – o tipo de afirmação que, se tivesse vindo de um certo ex-presidente para se referir a um adversário político, já teria sido incluída em um certo inquérito, ou ao menos rendido prazo para explicações por “desacreditar instituições” como a PF, o MP-SP e o Ministério da Justiça. Da mesma forma, Marina Silva pode dizer em Davos que 120 milhões de brasileiros passam fome, e parlamentares governistas podem dizer que o princípio da anterioridade impede que Lula reajuste a tabela do Imposto de Renda em 2023, como prometera na campanha. Tudo isso é mentira, é fake news no sentido mais cristalino do termo: afirmação comprovadamente falsa sobre algo factual. Mas, no mundo petista, quando tais afirmações não são consideradas a mais pura verdade, são no máximo um “deslize”, um “equívoco”, um “excesso de autenticidade” ou coisa parecida. Daí a Secom não ver a menor necessidade de incluir tais falas em seu portal “Brasil contra fake”. Para os responsáveis pelo site, petistas não mentem; só os outros são capazes disso, sempre movidos pelas razões mais sórdidas. Apenas eles merecem ser desmascarados. A parcialidade é tanta que mesmo as agências de checagem, muitas vezes criticadas por deixarem transparecer um certo viés político-partidário naquilo que escolhem verificar e na forma como o fazem, se incomodaram com a iniciativa governista.

Ainda que o governo atual fosse formado por pessoas completamente virtuosas, o portal “Brasil contra fake” já seria um absurdo, pois governo nenhum pode pretender ser árbitro da verdade e dizer o que é fato ou o que é fake. O absurdo se torna acinte quando se sabe muito bem que o Executivo é ocupado por mentirosos contumazes, pelo império da mentira. Não queremos com isso dizer que não existam fake news sobre o governo Lula, pois existem; muito menos que seja impossível chegar à verdade objetiva sobre os fatos – ela não só existe como tem de ser buscada e divulgada. Mas este não é trabalho do governo, muito menos de um governo que tem um conceito muito peculiar de verdade: não a “adequação do pensamento à coisa real” tomista ou o “dizer do que é que é e do que não é que não é, é dizer o verdadeiro” aristotélico, mas apenas “o que eu quero que seja verdade”, nem que para isso seja preciso repetir a mentira mil vezes.

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Médico do HONPAR que é especialista no assunto destaca que a cirurgia só deve ser feita em casos de obesidade grave A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além dos riscos à saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, a obesidade pode afetar a autoestima e a qualidade de vida de uma pessoa. Por isso, muitas pessoas optam por fazer a cirurgia bariátrica, que é um procedimento para redução de peso em pessoas com obesidade mórbida. No entanto, nos últimos anos, tem sido observado um aumento no número de cirurgias bariátricas realizadas com fins estéticos. Isso ocorre quando uma pessoa procura a cirurgia para melhorar a aparência física, mesmo sem apresentar obesidade mórbida. No Brasil, por exemplo, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 20% das cirurgias bariátricas realizadas no país são feitas com fins estéticos. Ainda segundo a SBCBM, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil vem aumentando a cada ano, chegando a mais de 100 mil procedimentos em 2019.

No mundo, o aumento das cirurgias bariátricas para fins estéticos também tem sido observado. De acordo com a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), a cirurgia bariátrica para fins estéticos é uma das dez cirurgias plásticas mais realizadas em todo o mundo. Em 2019, foram realizados mais de 175 mil procedimentos desse tipo em todo o mundo.

Apesar de muitas pessoas optarem pela cirurgia bariátrica para fins estéticos, é importante lembrar que esse é um procedimento cirúrgico complexo e que apresenta riscos à saúde. Por isso, é fundamental que o paciente seja avaliado por uma equipe multidisciplinar e que a decisão de fazer a cirurgia seja baseada em critérios médicos e não apenas estéticos. O médico Rafael Cassarotti, que é especialista em cirurgias bariátricas e atende no Hospital Norte ParanaenseHONPAR, destaca que a cirurgia bariátrica deve ser feita só em casos de obesidade e não para a parte estética apenas.

“A cirurgia bariátrica tem as suas indicações exatas, é muito difícil ver um cirurgião operando sem a real necessidade. As indicações para esse tipo de procedimento é quando o paciente tem o Índice de Massa Corporal (IMC) de 40 kgs por metro quadrado que já é considerado obesidade de grau grave. Mas para realmente ir para o procedimento cirúrgico ele precisa ter tentado outras formas de emagrecimento por pelo menos dois anos. Menores que esse IMC só em caso de doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, mas com encaminhamento de um médico endocrinologista que acompanhou esse processo”, alerta o especialista. De acordo com o especialista, o paciente só pode fazer cirurgia depois de 5 anos vivendo com a obesidade.

“Na pandemia vimos que muitas pessoas acabaram ganhando um quilos extras, mas não é por isso que ela já vai conseguir fazer a bariátrica. O paciente para o procedimento cirúrgico tem que ter todos os quadro anteriormente mencionados e estar a pelo menos 5 anos nessas condições”, comenta o cirurgião. Acirurgia bariátrica só está disponível para pessoas com idade entre 16 e 65 anos. Avaliações com outros especialistas são realizadas antes do procedimento cirúrgico, como nutricionista e psicóloga. O HONPAR é um centro de referência para esses procedimentos cirúrgicos tanto pelo SUS como pela rede privada.

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