Edição 385

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“Agindo Deus, quem impedirá?” (Isaías 43;13)

EDITORIAL A esquerda canta vitória, mas sai derrotada na Argentina Quando o peronismo saiu derrotado das primárias eleitorais de setembro – uma espécie de “prévia” em que os eleitores decidem quem terá o direito de disputar as eleições propriamente ditas –, o governo esquerdista de Alberto Fernández entrou em uma espiral de autofagia. A vicepresidente Cristina Kirchner fez duras críticas à política econômica de Fernández e seu grupo deflagrou uma rebelião interna em que saiu vencedor, forçando uma série de mudanças no ministério e no alto escalão do governo. Para esta ala do peronismo, os “erros” aos quais o presidente se referiu ao comentar o resultado das primárias eram o de não levar a Argentina ainda mais para a esquerda. Desde então, Fernández investiu em mais intervencionismo e anunciou um novo congelamento de preços, o que não impediu a inflação de avançar mais 3,5% em outubro, chegando a para 41,8% no ano e levando o acumulado de 12 meses para 52,1%. Foi neste contexto que os argentinos renovaram um terço do Senado e quase metade da Câmara de Deputados neste domingo, e os resultados deixaram claro que não era mais esquerdismo que o eleitor desejava quando, em setembro, havia imposto uma derrota aos peronistas. Pela primeira vez desde a redemocratização da Argentina, em 1983, o peronismo, representado pela coalizão Frente de Todos, perdeu a maioria no Senado. O governo, que tinha 40 das 72 cadeiras, agora terá 35, insuficientes para aprovar projetos sem depender de acordos com a oposição. Mesmo assim, Fernández ainda encontrou

o que comemorar, porque a derrota que se anunciava era ainda maior. Na Câmara, onde o peronismo já não era maioria, a Frente de Todos acabou perdendo apenas dois deputados – terá 118 dos 257 lugares e continua sendo a principal força na casa legislativa. A sobrevida do governo veio especialmente de três províncias: Chaco, Terra do Fogo e Buenos Aires – que, apesar do nome, não inclui a capital propriamente dita (onde o Juntos por el Cambio, principal grupo oposicionista, saiu vencedor), mas as cidades do entorno. preços (editorial de 23 de outubro de 2021) O alto preço do intervencionismo econômico na Argentina (editorial de 20 de fevereiro de 2021) A prisão mental do populismo argentino (editorial de 28 de outubro de 2019) Fernández e os peronistas podem seguir falando em “vitória”, mas nenhum discurso anula o fato de que o eleitor rejeitou as políticas econômicas intervencionistas do kirchnerismo, que apenas aprofundaram uma crise duradoura, agravada pela pandemia de Covid-19, à qual o governo respondeu com lockdowns que figuraram entre os mais longos do mundo. O antecessor de Fernández, Mauricio Macri, decepcionou ao não promover reformas na intensidade necessária para tirar a Argentina do caminho populista, e a continuação da crise custou sua reeleição. Mas terá a população argentina percebido que se enganou ao devolver o poder à esquerda em 2019, acreditando que ela faria algo diferente da destruição dos mandatos de Néstor e Cristina Kirchner?

Edição de Notícias

Auxílio Brasil foi criado para que as pessoa deixem de depender do Governo, diz Ricardo Barros Brasil é um programa de ascensão social. Criado para que as pessoas deixem de depender do Governo”, afirmou o líder do governo logo após a votação em segundo turno da PEC. Ricardo Barros reforçou que o Auxílio Brasil pagará o dobro da média do Bolsa Família, vai avaliar o desempenho dos alunos nas escolas e não apenas a freqüência, irá incentivar a qualificação profissional de jovens e a prática de esportes.

O deputado federal Ricardo Barros (PP) disse que a aprovação da PEC dos Precatórios vai permitir a criação do Auxílio Brasil e garantir apoio às pessoas que mais precisam. “O Auxílio

“Não é um programa para fazer clientela que ficará dependendo do Governo, votando no Governo. É um programa em que as pessoas passam a poder a ganhar a sua vida com o seu próprio trabalho. É isso o que pensa o Governo Bolsonaro”, frisou Ricardo Barros em entrevista a JP News.

HONPAR oferece centro oftalmológico de última geração com tratamentos novos na região

Abrir os olhos diariamente pelas manhãs é um hábito simples, mas, no entanto, sintetiza a própria vida. Manter cuidados com a visão é fundamental para trazer uma qualidade de bemestar para qualquer indivíduo. Com o passar dos anos e o envelhecimento, é preciso redobrar a atenção e buscar um acompanhamento constante para diversas enfermidades. O Hospital Norte Paranaense, o HONPAR, em Arapongas, oferece à população o que há de mais moderno em tecnologia e uma equipe extremamente qualificada em oftalmologia. Liderado pelos médicos Ricardo Ducci e Marcelo Villar, o hospital deu início à especialidade há um ano e ainda está em credenciamento do SUS (Sistema Único de Saúde). Mas, neste ano, foi firmada uma parceria com o CISVIR (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região), no qual as secretarias de saúde de cada cidade encaminham seus pacientes para a unidade. Entre os principais tratamentos disponíveis estão as cirurgias de catarata, retina e ceratocone, além de outras necessidades básicas como o acompanhamento de glaucoma. O centro conta com equipamentos de última geração para diagnóstico e procedimentos cirúrgicos, como

topografia computadorizada, biometria óptica, retinografia e tomografia de retina. Já entre os tratamentos está a aplicação de injeções intraoculares para doenças degenerativas na retina. Para que o atendimento seja agendado, é preciso que haja o encaminhamento de cada município. O paciente vai ao Honpar, faz os exames e já tem o retorno e exames agendados. “O paciente não precisa se deslocar, ir para cidades distantes. Ele é atendido estrategicamente dentro do estado”, afirma Villar, especialista do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. O centro oftalmológico vai dar suporte a médicos da região de Arapongas, inclusive executando serviços e exames que não existiam ainda. É o caso do Yag-laser, procedimento de tratamento pós-cirúrgico para catarata e melhor controle de pressão ocular, tomografia de coerência óptica (OCT), para diagnóstico e tratamento de doenças degenerativas. “É o único serviço na cidade que dispõe de centro cirúrgico especializado em oftalmologia, o que é um grande avanço para a região, se equiparando ao atendimento que antes só era possível em Curitiba”, compara Dr. Ricardo. As primeiras cirurgias já estão agendadas para dezembro, tanto para pacientes do CISVIR como particulares. A capacidade de atendimento é de 300 consultas por semana e já é esperada uma grande procura de serviços em janeiro.


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