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La Fontaine FAbulas de
ILustracoES Anita Prades
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12 Fabulas Recontadas
As f ábulas de La Fontaine, consideradas obras-primas da literatura francesa, têm um estilo refinado e ao mesmo tempo simples, e por isso são capazes de conquistar adultos e crianças.
Enquant o os adultos sorriem ao perceber a ironia e as críticas veladas à sociedade e ao poder, os leitores mais jovens se divertem com as histórias e os protagonistas, às vezes animais falantes, outras homens inteligentes ou terrivelmente bobos, orgulhosos ou humildes, verdadeiros ou mentirosos, mas sempre hilariantes.
E sta adaptação de Fernanda Lopes de Almeida, com seu texto conciso e divertido, vai deliciar as crianças e ensinar-lhes grandes verdades sobre a alma humana, com uma história e um sorriso.
Sumario
O lobo e o cordeiro 8
O galo e a raposa 10
A galinha dos ovos de ouro 12
A pomba e a formiga 14
A raposa e a cegonha 16
O leão envelhecido 18
O cão, a sua presa e o reflexo 20
A rã e o boi 22
O leão doente e a raposa 24
O rato da cidade e o rato do campo 26
O corvo com penas de pavão 28
A raposa com a cauda cortada 30
Biografias 32
O lobo e O cordeiro
O cordeiro matava a sede na água clara de um regato quando apareceu um lobo que estava sem comer havia uns três dias.
– Quem lhe deu lic ença para sujar a minha água? – gritou ele, furioso.
O c ordeiro, muito inocente, respondeu:
– S enhor Lobo, se Vossa Majestade reparar bem, verá que está mais perto da nascente do que eu. Então não posso sujar a vossa água.
Não me de sminta. Eu já disse que você a emporcalha
– berrou o lobo. – E, aliás, me lembro que você falou mal de mim no ano passado.
– Is so não seria possível, Majestade, porque no ano passado eu ainda não tinha nascido.
– S e não foi você, então com certeza foi o seu irmão.
– Não t enho irmão, Majestade.
– P are de me responder, atrevido. Foi alguém da sua família e acabou-se. Andam caçoando de mim e não acho graça nisso. Vou me vingar.
O c ordeiro percebeu então como é fácil para os mais fortes se acharem donos da razão. Mas er a tarde.
O lobo o empur rou para dentro do mato e o comeu, sem se preocupar nem um pouco com essa tal de justiça, que para ele era uma bobagem.
O galo e a raposa
O velho galo estava de sentinela sobre um galho de árvore quando a raposa se aproximou com ares de santinha.
– Amigo – dis se ela. – Ainda não sabes da novidade? Acabou-se a guerra entre nós. Foi declarada a paz entre todos os seres vivos.
– É me smo? – respondeu o galo, sem se mexer. – É bom saber disso.
– Pois é. Desce daí para que eu te dê um beijo. Desce logo, porque ainda tenho de comunicar a boa-nova a uma centena de animais.
– O t eu carinho me comove. Vou descer já. Só espero a chegada dos dois cães de caça que estou avistando aqui de cima. Com certeza são mensageiros encarregados de espalhar a notícia.