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O Patinho Feio

Era um belo dia de verão. O trigo estava dourado, a aveia, verde, e o capim, já todo enfardado. A garça passeava sobre suas longas pernas vermelhas, falando egípcio, língua que aprendera com a mãe. Florestas rodeavam os campos, e, no meio delas, havia lagos profundos.

O sol iluminava um velho palacete, perto de uma pequena lagoa, onde os patos costumavam nadar. Trepadeiras enormes, capazes de cobrir uma criança, desciam pelos muros do casarão até o chão. Era nesse lugar, onde tudo crescia a olhos vistos, que uma futura mamãe pata de primeira viagem chocava sua ninhada. Rezava para que os patinhos nascessem logo; não aguentava mais esperar. Chocar ovos era muito demorado, e não tinha ninguém com quem pudesse conversar. Todos preferiam nadar a vir papear com ela sob as trepadeiras.

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