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Art
36 Fortificando a Automação Industrial: Melhores Práticas em Segurança Cibernética
38 Defesa digital no mar: Proteção da infraestrutura offshore de petróleo e gás
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Próxima Edição
– Manutenção e suporte à confiabilidade
2023
A WEG S.A. anunciou que, dentro do planejamento sucessório, estruturado e conduzido pelo Conselho de Administração com apoio de renomadas consultorias, o Senhor Harry Schmelzer Júnior deixará o cargo de Diretor Presidente Executivo da Companhia, com efeito a partir de 31 de março de 2024, encerrando um ciclo executivo de mais de quatro décadas, sendo 16 anos presidindo o Grupo WEG. Como sucessor, com efeito a partir de 01 de abril de 2024, será nomeado o Senhor Alberto Yoshikazu Kuba, executivo com mais de 21 anos de carreira na Companhia, e atual Diretor Superintendente da divisão de Motores Elétricos Industriais.
Kuba é engenheiro eletricista, com especialização em gestão empresarial, tendo construído sua carreira na Companhia nas áreas de vendas de motores industriais no Brasil, entre 20042009, e, por dez anos na China, onde atuou na área comercial entre 2010-2015, então assumindo a posição de Diretor Superintendente das operações locais até 2019, retornando ao Brasil em 2020, quando assumiu sua posição atual. Sua formação é complementada com especializações em finanças corporativas pela Fundação Dom Cabral (2003), APG Middle Amana-Key (2007), Execu ve Program for Growing Companies (Stanford, 2015), Leading Business Transforming (INSEAD, 2022/2023), dentre outras capacitações de classe mundial.
Após as deliberações do Conselho de Administração, acima, os representantes do Acionista Controlador informaram que proporão o nome do Senhor Harry Schmelzer Júnior para a Assembleia Geral Ordinária da Companhia a ser realizada em abril de 2024, como candidato a um dos assentos no Conselho de Administração, para o biênio 2024-2025.
A trajetória do Senhor Harry Schmelzer Júnior na Direção da Companhia alcançou pleno reconhecimento dentro da organização pelo seu arrojo, dedicação e capacidade de entregar resultados notáveis ao longo de dezesseis anos, o que foi corroborado nas inúmeras premiações de parte de diversas entidades, fóruns empresariais e da imprensa especializada. Também, foi capaz de entender e replicar a cultura dos fundadores da Companhia, nos mais de 40.000 colaboradores ao redor do mundo, levando a um crescimento contínuo e sustentável dos negócios do Grupo WEG em cenários desafiadores, levando o valor da Companhia, de uma small cap, em 2007, para uma das 10 companhias mais valiosas da bolsa de valores brasileira, em 2023.
O Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) elegeu presidente e vice-presidentes para o biênio 2024-2025. Renata Oliva Battiferro foi eleita presidente do Conselho de Administração. Alessandra Gadelha e André Vasconcellos foram eleitos vice-presidentes. Renata Oliva Battiferro substitui Geraldo Soares, que presidiu o Conselho do Instituto no período 2022-2023. Renata Oliva Battiferro lidera a área de Relações com Investidores da Gerdau. Atua há quase 20 anos em Relações com Investidores, passando por empresas como Positivo Tecnologia, Track&Field, CSU Digital, Smiles, Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) e Banco Unibanco. Em 2018, assumiu a Vice-Presidência Executiva do IBRI, sendo eleita em 2019 (mandato 2020/2021) e em 2021 (mandato 2022/2023) como membro do Conselho de Administração do Instituto, este último como Vice-Presidente. Alessandra Eloy Gadelha é Consultora de Relações com Investidores. Tem mais de 20 anos de experiência na área financeira, principalmente em RI, Governança e Planejamento Estratégico, tendo trabalhado na Vale S.A. (2002-2010), Mills Estruturas e Serviços de Engenharia S.A. (2010-2015), Springs Global Participações (2015-2023) e Enauta Participações S.A. (2023). E é Membro das Comissões Técnica e de Educação e Inovação do IBRI, e de Mercado de Capitais do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).
André Vasconcellos é Diretor Financeiro e de Relações com Investidores na Companhia Carioca de Securitização (Rio Securitização), e Assessor Especial na Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR). Já trabalhou na Marinha do Brasil, na Organização das Nações Unidas (ONU), nas companhias abertas: Vale e Eletrobras. Na Eletrobras, atuou na área de Relações com Investidores com foco no preparo de eventos societários, na elaboração de relatórios, no compliance de RI e na adoção de melhores práticas do mercado de capitais.
Em ordem alfabética, os eleitos para o Conselho de Administração do IBRI para o biênio 2024-2025 foram: Alessandra Eloy Gadelha; André Luiz Carneiro de Vasconcellos; Bruna Rodrigues Gambôa; Carolina Luiza Ferreira Antunes Campos de Senna; Eduardo Pavanelli Galvão; Geraldo Soares Leite Filho; Guilherme Setubal Souza e Silva; Janaina Storti; Melissa Angelini; Renata Costa Couto; Renata Oliva Battiferro; e Sandra Silva Calcado.
Os eleitos para o Conselho Fiscal do IBRI para o biênio 20242025 foram: Luis A. O. Navarro; Rodrigo Lopes da Luz; e Vagner Ricardo Alves.
O IBRI registrou número recorde de 19 candidaturas ao Conselho. O número de mulheres no pleito quadruplicou. Foram eleitas 8 mulheres e 7 novos Conselheiros de Administração.
A Honeywell nomeou José Fernandes como presidente e CEO da região da América Latina da Honeywell. José Fernandes sucede Manuel Macedo, que deixa a empresa para prosseguir em outras oportunidades profissionais, a partir de janeiro de 2024.
José Fernandes manterá sua função como vice-presidente e gerente geral do negócio de materiais e tec- nologias de desempenho (PMT, na sigla em inglês), que fará a transição para uma nova unidade, chamada de soluções de energia e sustentabilidade (ESS, na sigla em inglês), a partir do próximo ano. A criação da área está alinhada ao recente anúncio da companhia em concentrar seu portfólio em três megatendências críticas: automação, futuro da aviação e transição energética. Fernandes ingressou na Honeywell vindo da Dover Corporation, onde atuou como presidente para a América Latina, de 2011 a 2018. Antes disso, trabalhou na Dow Chemicals após a aquisição da Rohm and Haas Company, onde atuou em importantes funções seniores de operações e gerenciamento de negócios, em mais de 20 anos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Ele possui MBA pela Temple University, Fox School of Business and Management, na Filadélfia, Pensilvânia.
A Honeywell também anunciou Luis Ize, atual gerente geral da Honeywell Advanced Materials (AM) na América Latina, como presidente da Honeywell no México. Ize tem mais de 20 anos de experiência nas indústrias química e de materiais de desempenho, onde reprojetou negócios com sucesso e incorporou princípios ESG. Desde que ingressou na Honeywell, em 2019, ele tem sido uma força motriz por trás do crescimento do portfólio AM. É formado em Biotecnologia e Engenharia Química, e possui MBA pela Universidade IPADE.
RHI Magnesita inova na aplicação robotizada de refratários em alto-forno na América do Sul
A RHI Magnesita se torna pioneira na América do Sul, na projeção refratária robotizada para alto-forno, de modo 100% automatizado. O robô, acoplado com câmeras, é manuseado por controle remoto, e monitorado em tempo real pelo operador, de dentro de uma cabine e fora da área de risco do alto-forno, garantindo a segurança da equipe durante a aplicação do material. Desta forma, a RHI Magnesita oferece para o mercado uma aplicação muito mais segura, com mais rapidez e assertividade – além da qualidade do produto e do seu monitoramento.
A companhia está oferecendo recursos que agregam uma atuação vertical integrada, incluindo a utilização de tecnologias em todas as fases do processo, para proporcionar soluções abrangentes centradas no desempenho dos nossos clientes. Por isso, investe cada vez mais em um portfólio completo de soluções e conhecimento técnico, para proporcionar mais segurança e eficiência operacional.
Com essa nova tecnologia, a qualidade da aplicação é muito superior à da realizada com os robôs convencionais, conduzida pelo operador no “janelão” do forno. Da cabine de controle, o técnico obtém imagens de alta resolução de todos os ângulos do equipamento, captadas pelo robô, e analisa os pontos que precisam de mais projeção, para que toda a superfície seja coberta uniformemente com o refratário. Também proporciona baixo nível de poeira e rebote, permitindo melhor visibilidade, devido à alta tecnologia do produto refratário. A estabilidade da aplicação é garantida, graças aos recursos de programação e automatização do robô com relação ao seu giro e movimentação vertical.
Outra vantagem da instalação robotizada de concreto projetado (shotcrete) é o escaneamento a laser 3D. Ele monitora o revestimento refratário do alto-forno, tanto antes quanto depois da aplicação, analisando o residual da parede. Essa é uma técnica inovadora, que substitui métodos manuais e pontuais, proporcionando a geração ágil e precisa de dados, para orientar de maneira eficaz a tomada de decisão. Além disso, permite a previsão antecipada do desgaste com base em informações e medições previamente registradas no processo.
A instalação robotizada de shotcrete garante agilidade no processo para o cliente. Dependendo do tamanho do alto-forno, a aplicação pode durar de 3 a 4 dias, se comparada com a técnica manual, que demora no mínimo 10 dias. A instalação é rápida, pois, são cerca de 12 toneladas por hora de refratário aplicado.
A segurança é outro fator que garante o pioneirismo dessa técnica de revestimento. O forno não precisa ser resfriado. A presença de gases tóxicos não é um problema, pois, o operador não fica em contato direto com o alto-forno, operando de forma segura, dentro de uma cabine.
O serviço de instalação robotizada de concreto projetado (shotcrete) já é oferecido pela RHI Magnesita em outras regiões, e agora está disponível para os clientes da companhia na América do Sul. Toda a instalação do robô, monitoramento a laser 3D do remanescente, aplicação e avaliação do desempenho do produto refratário é realizado nos clientes com apoio da equipe de assistência técnica especializada e altamente capacitada da RHI Magnesita em preservação de alto-forno. A companhia também possui um completo portfólio de produtos refratários com produção local, alinhando qualidade e tecnologia.
A Veracel, indústria de celulose com operações no Sul da Bahia, está celebrando um marco em sua trajetória de negócios, ao alcançar, em 2023, dois anos antes do prazo previsto, a produção de 20 milhões de toneladas. Com 18 anos de operação, e diversos investimentos em tecnologia, a fábrica da empresa é considerada um ativo de classe mundial, e é uma das indústrias com o melhor índice de automação do setor de celulose.
Inaugurada em 2005 com uma capacidade de produção de 900 mil toneladas de celulose por ano, a fábrica poderia ter seguido os padrões do mercado, que requerem atualizações em seus equipamentos, após aproximadamente 10 anos de operação, com o objetivo de aumentar a produção fabril em cerca de 10%. No entanto, a Veracel se antecipou e, em 2011, realizou seu primeiro grande investimento em melhorias tecnológicas e expansão de capacidade na caldeira de recuperação da fábrica, com apenas seis anos de operação. A iniciativa impulsionou a produção da fábrica para 1,100 milhão de toneladas de celulose ao ano, de forma consistente e estável, já a partir de 2012.
“O conceito do projeto da fábrica era de que, somente em 2017, estaríamos prontos para produzir 1,100 milhão de toneladas de celulose ao ano. No entanto, a Veracel demonstrou agilidade em acompanhar as tendências tecnológicas e investiu rapidamente, antecipando em quase 10 anos o aumento de nossa capacidade produtiva, e nos permitindo chegar ao marco de 20 milhões de celulose produzidas dois anos antes do previsto”, afirma Ari Medeiros, Diretor de Operações Industriais da Veracel, desde 2011, e que atuou como gerente de comissionamento na inauguração da fábrica.
Esse investimento inicial definiu o tom para a fábrica, e a empresa continuou a apostar em tecnologia ao longo dos anos, além de otimizar processos, e reforçar a segurança e a gestão de pessoas. Somente em 2023, a companhia investiu mais de R$ 100 milhões em melhorias, novas tecnologias e atualizações na fábrica.
Um exemplo importante desse processo foi a instalação de quase 1 mil sensores, que medem a vibração e a temperatura nos equipamentos de maior criticidade da fábrica, e enviam as informações para um algoritmo de inteligência artificial. Isso prediz possíveis falhas, antes mesmo que elas ocorram, e permite que a operação da planta seja resguardada de possíveis pa-
@Divulgação/Quélvin Clécio
radas imprevistas por necessidade de manutenções.
A Veracel também evoluiu na inspeção sensitiva de seus equipamentos, instituindo um sistema de mobilidade, acompanhado de câmeras térmicas, para coletar, em campo, informações sobre possíveis anomalias, além um padrão de validação das máquinas via QR Code. Com isso, o colaborador faz seu turno de inspeção na área com o apoio da tecnologia digital, e os dados coletados dos equipamentos mais críticos (que provocam paradas de processos), dentre os mais de 5 mil equipamentos da planta, se unem às informações dos softwares e sensores, para um mapeamento completo e preventivo dos ativos da fábrica.
@Divulgação/Quélvin Clécio
Todas essas informações são enviadas para a sala de confiabilidade da empresa. A sala é uma central de monitoramento, que integra as principais informações operacionais da companhia e entrega, aos gestores e demais profissionais próprios e de empresas parceiras envolvidos com a gestão efetiva dessas informações, em tempo real, dados estratégicos de produção e indicativos de melhorias operacionais. No entanto, o investimento em tecnologia é apenas uma das frentes de trabalho da empresa, como explicou Ari Medeiros: “ O sucesso de nossa planta é determinado pela aplicação das tecnologias no trabalho preventivo, tanto para os equipamentos quanto para melhorias nos processos. Fundamentalmente, toda a nossa evolução está focada na qualificação contínua de nossas pessoas, que de fato fazem a diferença na efetivação dessas melhorias. Com a ampla automação de nossa fábrica, conseguimos liberar nossas equipes para que se concentrem em atividades mais estratégicas. Com isso, incorporamos o conceito de Indústria 5.0, em que a tecnologia e o fator humano trabalham juntos em prol da excelência operacional ” destaca o executivo.
A empresa continua em sua jornada de transformação digital, seguindo uma estratégia de investimento estruturada ao longo de cinco anos, para manter a atualização de sua fábrica e seus processos.
“A verdadeira realização é saber que alcançamos a marca de 20 milhões de toneladas de celulose produzidas, entregando não apenas um produto de qualidade aos nossos acionistas e ao mercado, mas também construindo uma jornada de pioneirismo, competitividade, respeito ao meio ambiente e às pessoas”, comemora Medeiros.