Jornal Aleluia - abril/2015/nº 405

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ANO XLIV - ABRIL/2015 Nº 405

Jornal A práxis pastoral e eclesiástica Aleluia em tablets e e as implicações da pós-modernidade smartphones Uma análise a partir da realidade nada diferente do antigo mundo de Timóteo

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Mamborê comemora Jubileu de Rubi A IPR de Mamborê, PR comemorou, nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2015, seu 40º aniversário. Pág. 3

Págs. 8 e 9

Nesta edição A boa notícia do céu para você! Pág. 5

Jubilação de pastor Pastor José Cabral de Melo é jubilado em Campo Grande, MS. Pág. 12

Nossos pastores Biografia do pastor Valdeci José Gonçalves. Pág. 10

Crack, um monstro mentiroso Arrependei-vos!

Pág. 7

Pág. 10

Pág. 13

Pioneiro da IPRB fala sobre o início da Renovada nas regiões de Assis e Paraguaçu Paulista, SP

A alegria do novo templo IPR de Colorado, PR, comemora um ano de inauguração do novo templo e conta parte de sua história. Pág. 16

Uma boa voz, um bom discurso

A influência do ensino bíblico na sociedade A Igreja não pode se omitir, mas precisa se envolver com as pessoas que estão a sua volta. O ensino bíblico é um instrumento que a Igreja tem e que muda positivamente a vida do ser humano. Pág. 2

Abel Pereira da Silva é um dos membros fundadores da Igreja Presbiteriana Independente Renovada do Brasil – IPIR – e da Igreja Presbiteriana Renovada - IPR. Págs. 14 e 15


Artigo

A influência do ensino bíblico na sociedade O povo brasileiro é religioso por natureza. É conhecido como um povo que tem muita fé. E essa crença tem influenciado gerações. Mesmo o Estado sendo laico, vivemos num país fortemente cristão. Diante disso, podemos ver quanto o ensino bíblico pode ser um fator importante para a sociedade em que a Igreja está inserida. Sobre o valor e influência da religião na sociedade, o escritor Tomazi afirma: A igreja além de um espaço onde se pode rezar [orar] e cantar (...), é também uma instituição que, na sociedade brasileira, tem um peso muito grande no processo de socialização e integração dos indivíduos, pois a maioria das crianças, no Brasil, tem alguma ligação com a religião desde muito cedo, qualquer que seja ela. (TOMAZI, 1997, p. 35). Em 1780, um jornalista inglês chamado Robert Raikes (17351811), natural da cidade de Gloucester, acreditou na transformação da sociedade através do ensino bíblico. Ele começou a observar que as crianças trabalhavam nas fábricas de segunda a sábado e, aos domingos, ficavam nas ruas, desocupadas, quase abandonadas, passando o tempo brincando, brigando e aprendendo toda espécie de vícios. “Raikes constatou que

estavam a um passo do mundo do crime. E as prisões na época eram terríveis” (Robert Raikes, 2014). Com muito amor e dedicação, Raikes resolveu implantar uma escola gratuita. “Ele ensinava crianças pobres de 6 a 14 anos a ler e escrever e dava-lhes instrução bíblica” (MATOS, 2014). A partir dessa atitude surgia a primeira, e que se tornaria conhecida como “Escola Dominical”. A metodologia aplicada era a alfabetização e tinha como livro didático a Bíblia. O local inicialmente era adaptado e simples, a residência da dona Meredith. Quando Raikes iniciou a Escola Dominical, se deparou com muita dificuldade. A desigualdade social na época era muito grande. Segundo Lemos (2014), Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos. Raikes se preocupou com as diferenças e com o futuro das crianças. Essa realidade impulsionou-o e fez com que entrasse em ação, e o resultado foi ver crianças ocupadas, comprometidas com o es-

tudo e disciplinadas. Realmente, esse homem foi usado por Deus para mudar a sociedade em que vivia. Ele obteve resultados imensamente satisfatórios. No Brasil, o médico e missionário Robert Kalley também acreditou que seria possível a implantação da Escola Dominical. Matos relata que, A escola dominical chegou ao Brasil com as primeiras missões protestantes. A primeira escola dominical permanente foi fundada pelo casal Robert e Sarah Kalley em Petrópolis, no dia 19 de agosto de 1855. Sarah Kalley havia sido grande entusiasta desse movimento na sua pátria, a Inglaterra. (2014). A partir desses exemplos, podemos observar que o ensino das Escrituras teve e continua tendo grande influência na sociedade. A Igreja não pode se omitir, mas precisa se envolver com as pessoas que estão a sua volta. O ensino bíblico é um instrumento que a Igreja tem e que muda positivamente a vida do ser humano. Assim como Raikes e o casal Kalley, precisamos nos sentir desafiados e acreditarmos na transformação da sociedade. Essa mudança acontece quando temos iniciativa, compromisso e disciplina. E o nome de Jesus será glorificado. Referências IPRB. Robert Raikes: Criador da Escola Dominical. Maringá. 2014. Disponível em: <http://www.iprb.org.br/biografias/ vultoscristianismo/RobertRaikes.htm> Acesso em 14 de novembro de 2014. LEMOS, Ruth Doris. A Minúscula Semente de Mostarda que se Transformou numa Grande Árvore. Rio de Janeiro. 2014. Disponível em: <http://www.editoracpad. com.br/escoladominical/historia.php> Acesso em 14 de novembro de 2014. MATOS, Alderi Souza de. Pequena História da Escola Dominical. São Paulo. 2014. Disponível em: <http://www.mackenzie.com.br/6980.html> Acesso em 14 de novembro de 2014. TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997.

Pb. Valdinei Valim Terra Curitiba, PR 2

Jornal Aleluia

ÓRGÃO OFICIAL DA IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO BRASIL Editado mensalmente, exceto em janeiro

Redação Pr. Rubens Paes Luana Cimatti Zago Publicações de matérias de interesse interno da Igreja, sem finalidade lucrativa. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Textos e fotos remetidos para impressão entram, a partir da publicação, em domínio público, não cabendo ao autor qualquer reclamação quanto a direitos autorais.

Registros Registro nº 84 - Títulos e documentos Apontamentos nº 2541 - 27/04/81 Logotipo e marca “ALELUIA” registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob nº 819688851 e 819688860

Fundado em janeiro de 1972 por Pr. Abel Amaral Camargo Rev. Azor Etz Rodrigues Pr. Nilton Tuller Pr. Palmiro F. de Andrade

Junta de Publicações da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil Diretoria 2013/2015

Presidente de honra: Prof. Joel R. Camargo Presidente: Pr. Rubens Paes Vice-presidente: Pr. Adilton Ap. da Silva I Secretário: Pr. Marcelo dos Santos Gaspari II Secretário: Pr. Edson de Souza I Tesoureiro: Pr. Genival Pereira Cruz II Tesoureiro: Pr. Benedito Vieira da Silva

Aquisição do Jornal Novos preços a partir de 1/4/2015 Assinatura anual..........................R$ 55,00 Número avulso..............................R$ 5,50 Exterior...................................... US$ 30,00 Cotas - 10 jornais mensais.........R$ 390,00 Cotas - 20 jornais mensais.........R$ 728,00 Cotas - 30 jornais mensais......R$ 1.045,00 televendas@editoraaleluia.com.br Assinaturas: 0800-400-0005 Loja Virtual: www.editoraaleluia.com.br jornal@editoraaleluia.com.br

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sa e sua finalidade).

Abreviaturas e Siglas AEEB: Associação Evangélica Educacional e Beneficente - AEEB-BC: Associação Educacional e Beneficente Brasil Central - AGE: Assembléia Geral Extraordinária - AGO: Assembléia Geral Ordinária - EBD: Escola Bíblica Dominical - EBF: Escola Bíblica de Férias - EMPA - Escola de Missões da MISPA FUNPREV: Fundo de Previdência - IPR: Igreja Presbiteriana Renovada - IPRB: Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (a denominação) - MISPA: Missão Priscila e Áquila - PESC: Planejamento Estratégico de Crescimento Integral Sustentável - Pr.: pastor - Pr. Aux.: Pastor Auxiliar - Presb.: Presbítero - SAT: Seminário de Atualização Teológica - SC: Secretaria Central - SPR: Seminário Presbiteriano Renovado.

Arte e impressão

ALELUIA EMPREENDIMENTOS GRÁFICOS LTDA Fone: (43) 3172-4000 Rua Gavião da Cauda Curta, 115 Parque Industrial II CEP 86703-990 - Arapongas, PR Edição 405

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Igreja em ação

10º Retiro de Jovens da IPR de Vila Camargo, em Curitiba, PR De 14 a 17 de fevereiro de 2015, a IPR de Vila Camargo realizou seu 10º Retiro de Jovens, sob liderança do Pr. José Domingos Rampin. O tema foi “Levando a vida com Deus a sério”, e a Palavra foi ministrada pelo missionário Romildo, da Jocum de Curitiba. Informou Valdinei Valim Terra.

IPR de Mamborê comemora Jubileu de Rubi A IPR de Mamborê, PR comemorou, nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2015, seu 40º aniversário. O preletor foi o Pr. Zedequias Vieira. Também esteve presente o Pr. Lauro Celso de Souza. Na ocasião, foi homenageado o presbítero Pedro Braido, pelos 50 anos de presbiterato e relevantes serviços prestados à igreja. Informou o Pr. Eli Carvalho.

32º Encontro de Avivamento Espiritual do PRESVAP O Presbitério do Vale do Paraíba (PRESVAP) promoveu, dos dias 14 a 17 de fevereiro de 2015, seu 32º Encontro de Avivamento Espiritual. O preletor foi o Pr. Admir Riqueto, de Joinvile, SC.

bitérios de Curitiba, São Paulo, Sul de Minas e Catarinense.

“Foi um encontro abençoado. Tivemos mais de mil pessoas no período da noite. Muitos foram renovados pelo Espírito Também participa- Santo”, declarou Eunice ram do encontro os Pres- Hernandes de Souza.

Batismos A IPR de Santa Fé, PR, recebeu, jurisdição, transferência e reconciliaEm 30 de novembro de 2014, a vos membros por batismo. Inforem 9 de novembro de 2014, vinte e ção, na sede e congregações. InforIPR de Irupi, ES, recebeu 19 no- mou o Pr. Oniel Storck. quatro novos membros por batismo, mou o Pr. José Altair Vedovelli.

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Maio

Ânderson dos Santos de Oliveira Blumenau SC Antônio Lopes Souza Filho Anápolis GO Eurípedes de Menezes Taguatinga DF Moacir Gomes da Silva Ponto dos Volantes MG Ailton José da Silva Ipojuca PE Erivaldo Souza de Oliveira Teixeira de Freitas BA Marcos Valério Fernandes Votuporanga SP Manoel de Paula Silva Campina Grande PB Isaías Gomes de Oliveira Santo André SP Ronaldo Ferreira da Cruz Luziânia GO Antônio Carlos Paiva Cianorte PR Augusto José da Silva Anápolis GO Ítalo de Souza Moraes Iguatu CE Samuel Rodrigues São Carlos do Ivaí PR José Carlos da Silva Apucarana PR Moizés Rodrigues dos Santos Salvador BA Aldeir Goulart de Oliveira Betim MG André Silva Sola Santo Antônio da Platina PR Elvécio Juvenal da Silva Goiânia GO Silas Moreira da Silva Pereira Barreto SP Marco Antônio Pacheco Bruxelas Bélgica Samuel da Costa Filho Joinville SC Altair Rodrigues de Castilho Assis SP Cleber de Oliveira Santos Paulista PE Daniel Cotrin Leme SP Manuel Lopes Varela Da Prata C. Verde Charles Bruno da Silva Myclos Governador Valadares MG Cláudio Roberto Gondim Goiânia GO Gerivaldo Rodrigues de Lima Aracaju SE Héctor Antônio V. Troncoso Tuneiras do Oeste PR João Antônio da Silva Fazenda Rio Grande PR Valdecir Canela Mandaguari PR José Anselmo Ribeiro Rocha Governador Valadares MG Marcos Alexandre Sgorlon Campo Grande MS Genival Bispo dos Santos Potiraguá BA Gilson Bruno da Silva Campo Mourão PR Alessandro Francisco da Silva São Paulo SP Benedito da Silva Rodrigues Vitória ES Valdecir de Souza Moraes Bebedouro SP Éder Carlos Silvério Londrina PR Gordon Chown Jundiaí SP Valmir de Jesus Moreira Camaçari BA Amós Pereira da Silva Olinda PE Ernesto Swartele Cocalzinho GO Gerson Teixeira Cruz Feira de Santana BA Paulo Alves B. dos Santos Itapetinga BA Mauro Moreira da Costa Tanabi SP Luís Grangeiro de Lima Caraí MG Márcio Fernandes Gomes Douradina MS Ânderson Cleiton Souza de Oliveira Governador Valadares MG Élder Antônio L. de Oliveira Paraguaçu Pta. SP José Eduardo Brandão Duartina SP Paulo Donizete Perussi Santo André SP José Vicente da Silva Filho São Paulo SP Denisart de Almeida Júnior Foz do Iguaçu PR Juraci Gomes dos Santos Ribeirão das Neves MG Ademilson Alves da Costa Porteirinha MG João Batista de Melo Nova União RO José Roberto de Moraes Auriflama SP Márcio de Alencar Abrucez Faxinal PR Rodrigo Moreira Silva Vazante MG Edvan Antônio de Oliveira Samambaia DF José Carlos C. de Santana Paulista PE Leandro César da Silva Santa Fé do Sul SP Marcos Pereira de Andrade Aracaju SE Arthur Renato Gomes Edeia GO Gerosino Gonçalves de Assis Teófilo Otoni MG José Bonfim de Carvalho Ubiratã PR Magno Santos Martinelli Ariquemes RO Marcionílio Alves Sobrinho São Jorge do Ivaí PR Marcos Soares da Rocha Londrina PR Ademar Pereira dos Anjos Neto Pedra Azul MG Adir da Silva Ribas Rio de Janeiro RJ Gizely Santos da Luz Silva Contagem MG Ismael de Souza Rezende Ariquemes RO Jair Rodrigues Moura Itaobim MG Jorge Alves Rodrigues São Bern. do Campo SP José Barbosa dos Santos Filho Maceió AL Mauro Ney Costa Santos Alto Garças MT Joezer da Silva Lençóis Paulista SP Lucimaro de Goes Maringá PR Gilberto Meirelles L. de Oliveira Passa Quatro MG Renato Esteves Damasceno Diadema SP Esdra Pereira Filho Paranatinga MT Fernando dos Santos Farol do Oeste PR Hélio Annanias Neto Santa Bárbara do Oeste SP Henrique Zomerfeld Costa Marques RO Marcos Aurélio de Souza Santa Maria DF Altair Mateus Nunes Júnior Osasco SP Gilson de Souza Campo Largo PR João de Paula Marcelândia MT Ricardo Andrian Apucarana PR Wilson Silva Vidal Gandu BA Denair Gonçalves Dias Potim SP Edson Batista Teodoro Santo Ant. Descoberto GO Elias dos Santos Ponte Nova MG Jadson Farias de Mendonça Sapezal MT Adelson Batista Barros Pimenta Bueno RO

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Artigo

A boa notícia do céu para você! “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai” (Gálatas 1:4).

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izem que as notícias não correm, voam, principalmente as más. Note e você vai acabar concordando. Acordamos todos os dias e, já nas primeiras horas, ao nos conectarmos ao mundo lá fora, seja por meio da internet, do rádio ou da televisão, quase sempre nos deparamos com notícias pouco animadoras. É a fome que atinge uma região no mundo, mortes causadas por violência ou pelo descaso na saúde pública, assaltos e toda sorte de mazelas que atingem o mundo enquanto ainda estamos dormindo. Gosto da história contada por Warren W. Wiersbe de um menino jornaleiro que, ao encontrá-lo, ofereceu-lhe o jornal nas primeiras horas do dia. Ao responder negativamente, a insistência do garoto foi marcada por uma manobra bem persuasiva: “Compre esse jornal, ele é diferente de todos os outros!” “E qual a diferença?”, perguntou Warren. “A diferença é que esse jornal só traz boas notícias!” Que bom se fosse assim, não? Viver em um mundo repleto de problemas faz com que busquemos refúgio em boas notícias. Nenhum incômodo ou chateação. Nada que venha nos alterar o humor. Seria como fecharmos os olhos e imaginarmos o mundo dos nossos sonhos. Posso imaginar o que se passava na mente de Paulo quando começou a escrever sua epístola aos cristãos da Galácia. Essa igreja havia sido fundada por ele mesmo em sua primeira viagem missionária (Atos 13-14). As declarações de Paulo revelam sua preocupação: a) livrar a igreja da mensagem distorcida pregada por alguns judaizantes, que causava distanciamento do evangelho puro e simples de Jesus Cristo; b) fazê-los se lembrar de que o sacrifício de Cristo era suficiente. Qual é o problema desses ensinamentos distorcidos no meio da igreABRIL 2015

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deveria estampar a capa de todos os jornais da terra, em letras garrafais: Jesus se entregou para morrer na cruz DO CALVÁRIO por TODOS nós!

segurança mesmo que momentânea. Você, certamente, busca isso, assim como eu. Mas a boa notícia para você é esta: Cristo nos libertou por meio da cruz! A cruz que era nossa, ele tomou para si. O pecado Por isso, esqueça tudo o que que nos dominava e nos afastava de A ideia de meios naturais eficazes para responder a todo você tem feito para tentar fazer Deus, ele tomou sobre si. problema que nos cerca, assim com que Deus o ame mais. EsAgora pare e pense: o que você como naqueles dias, nos parece queça o tentar ganhar o céu atramelhor do que aceitar o ato li- vés dos velhos rituais e atitudes pode fazer para salvar-se? Que bertador de Cristo para uma vida ineficazes. Isso é perda de tempo. preço você está pagando todos os Você não vai conseguir construir dias para ter a salvação? abençoada. Não é verdade? uma escada até o céu somente com Hoje, assim como Paulo aos E, se folhearmos a Bíblia Sagra- boas obras. É isso que Paulo está da, descobriremos que este sempre dizendo aos irmãos esquecidos da cristãos da Galácia, eu trago essa foi e sempre será o objetivo do ini- Galácia. Se alguém anunciar um grande notícia do céu para você, migo para todo aquele que serve a evangelho diferente daquele que a mensagem central do evangelho Deus: dizer que a fé, somente, não Cristo anunciou e viveu, ainda de Cristo, a boa nova de Deus a é suficiente para nos fazer vencer que seja um anjo, que seja amal- todos os homens. Eis a notícia: O tantas infordiçoado! (Gl preço já foi pago! mações ruins 1:8,9). Jesus E a nós? O que resta? A nós que chegam já fez tudo o só resta uma coisa: aceitá-la de Esqueça tudo o que até nós todos que era pregraça! Sem custo algum. Como os dias e que, ciso por você aqueles prêmios que recebemos você tem feito para tende alguma e por mim. sem merecer. E quando o receforma, nos tar fazer com que Deus I m a g i n e bemos, exclamamos: “Eu? Mas afetam; dizer uma conta eu não fiz nada para merecer!” que Deus não o ame mais. sem fim, e Sim, é para você. É assim que se importa você, todos esse grande presente veio até com os nosos dias, ten- nós, de graça. Aceitemo-lo de sos dilemas; todo o coração. que Ele se ausentou, ou que está tando pagar essa conta. Cada vez que você chega ao caixa para pamuito ocupado para nos ouvir. “Mas a todos quanto o recegar, percebe que a conta não dimi- beram, deu-lhes o poder de serem Certamente, não é difícil que nui, aumenta ainda mais! Era esse feitos filhos de Deus, aos que crevocê seja levado a buscar subter- o nosso estado. Mas o preço foi em no seu nome” (Jo 1:12). fúgios que tragam certa segurança pago por Jesus. Não com dinheiro e o faça racionalizar a fé com so- nem com riquezas da terra. Mas Oração: luções paliativas e terrenas, porém com a própria vida. Pai, como é bom saber que o ineficazes. Contudo, é impossível Senhor me ama incondicionalE o que nos constrange é que construir a vida real sobre atitudes enganosas. As palavras de Ele, por si mesmo, decidiu isso, mente, a ponto de dar teu único Sir Walter Scott representam bem (Gl 1:4). E para quê? Com qual filho, Jesus Cristo, para morrer na isso: "Oh! Que teias emaranhadas propósito? Com o propósito de cruz por mim. Perdoa-me por tentecemos, quando, primeiramente, nos libertar de nós mesmos e da tar seguir um caminho mais curescravidão do pecado que antes to, por tentar me salvar ao meu a arte de enganar praticamos!” nos dominava e nos afastava de modo. Hoje confesso que aceito o Paulo detectou bem isso. Sua Deus, bem como nos libertar da sacrifício de Cristo. E que preciso mensagem aos gálatas nos arreba- lei que nos faz voltar a buscar por somente disso para viver em paz ta de um caminhar vacilante e nos meios humanos a salvação que até chegar ao céu. Obrigado por traz ao eixo de uma vida cristã sau- somente Cristo Jesus, o nosso Se- essa graça que superabundou em minha vida através de Jesus Crisdável e abençoadora. Ele relembra nhor, pode nos dar. to, meu salvador. Amém! da boa notícia do céu para você e para mim. Na verdade, ele fala da Num mundo dominado pelo Pr. Fábio Ramos maior e melhor notícia de todos os mal, o natural é buscarmos inforParaguaçu Paulista, SP tempos, e de maior urgência, que mações que nos tragam garantia de ja, não só da Galácia, mas na igreja de hoje? Retornar aos rituais e formas de culto já abolidos por Cristo e, por isso, inadequados à nova vida que Deus propôs ao homem.

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Igreja em ação

IPR de Aracaju, SE Lançamento do aplicativo para smartphones e tablets Seguindo a tendência da co-

O aplicativo contém vídeos, nectividade e da mobilidade, a mensagens, bíblias on line, localização dos templos na cidade, Igreja Presbiteriana Renovada de mensagens em áudio e diversos Aracaju lançou um aplicativo. outros recursos para evangeliza-

ção e edificação, além da Web Rádio e Web TV. É gratuito e está disponível para as plataformas Android (http://goo.gl/glS2a4) e IOS (http://goo.gl/HG90Uh).

O lançamento oficial foi feito pelo Pr. Marcos Andrade nos cultos de celebração do dia 22 de fevereiro, na sede da igreja.

Ministração de Asaph Borba No dia 22 de fevereiro, a IPR de Aracaju recebeu o cantor Asaph Borba. Asaph ministrou canções que marcaram época e edificou a igreja através de seu testemunho e pregação. Em sua mensagem, orientou a igreja a viver o que a Bíblia nos en-

sina em 1 Coríntios 16:13: “Vigiai, permanecei firmes na fé, portai-vos corajosamente, sede fortes! Fazei tudo com grande amor fraternal.” Foram dois cultos que lotaram o templo de pessoas com disposição a adorar a Deus e a viver sua Palavra.

Na tarde desse mesmo dia, foi realizado o Seminário de Louvor e Adoração para os membros envolvidos com esse ministério. Asaph foi o preletor. Com sua experiência de 40 anos de ministério, ensinou verdades da palavra

de Deus e compartilhou seu testemunho, visando ao crescimento espiritual dos ouvintes. Participaram do seminário, todas as igrejas e congregações da IPR em Aracaju, somando 300 pessoas. Informou o pastor Marcos Andrade.

I IPR de Uberlândia faz festa de sete dias para Jesus A I IPR de Uberlândia, MG, presidida pelo pastor Sebastião Augusto, encerrou o ano de 2014 com a grande festa Salmo 23 – “O Senhor é o meu pastor, nada me

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faltará". Foram sete dias de louvor e adoração ao Bom Pastor, Jesus Cristo, em gratidão por mais um ano de vitória. A festa foi celebrada de 25 a 31 dezembro 2014, pelo

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vigésimo ano consecutivo, e contou com a presença de vários pastores e cantores convidados, dentre eles: pastor Nelson Nunes (IPR de São Carlos), pastor Braz Cartony

(IPR de Patrocínio), pastor Eser Augusto (IPR de Unai) e outros. No dia 28 de dezembro, também foi realizado o batismo de 11 pessoas.

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Artigo

Uma boa voz, um bom discurso

A

voz é o som produzido 1. Disfonia funcional pelo ser humano e expressa suas emoções e É aquela que não apresenta nepensamentos. É instrumento de nhuma alteração visível nas preaproximação entre indivíduos e gas vocais, é decorrente do mau sem ela nossa comunicação e con- uso ou do abuso da voz. vívio social ficam prejudicados. Existem três fatores que podem Setenta por cento da população desencadear a disfonia funcional: ativa usa a voz como instrumento de trabalho, todos são considera- a) Uso incorreto da voz. Ocorre dos profissionais da voz: leiloei- em quem utiliza a voz intensaros, professores, agentes de pátio, mente durante todo dia, mas não cantores, telefonistas, vendedores, toma nenhum cuidado especial. jornalistas, atores, advogados, po- b) Inadaptações vocais. Temos líticos, líderes religiosos, atenden- no corpo humano a adaptação tes e tantos outros. de várias estruturas para formar A utilização incorreta ou abuso o aparelho fonador. Quando não vocal podem levar ao aparecimen- existe uma boa adaptação desto de problemas na produção da sas estruturas à produção da fala, voz. Essas alterações, chamadas como por exemplo alterações de disfonias, podem afetar a vida anatômicas e má formação da laringe, ocorre o que chamamos de pessoal, social e profissional. inadaptações vocais. A disfonia é um distúrbio de comunicação caracterizado pela c) Alterações psicoemocionais. dificuldade na emissão vocal, Emoções intensas, como raiva, apresentando impedimento na ansiedade e alegria, podem reperprodução natural da voz. Esse im- cutir em nossa voz, provocando a pedimento pode estar relacionado disfonia funcional. com a altura, a intensidade e/ou a qualidade da voz. Pode ser ocasio- 2. Disfonia orgânico-funcional nada por disfunção orgânica, abuÉ, em geral, iniciada com uma so vocal ou uso incorreto da voz, alterações psicoemocionais ou disfonia funcional, mas tem seu também por falta de higiene vocal. diagnóstico tardio, evoluindo A ausência total da voz recebe o com lesão secundária nas pregas vocais. Por exemplo, um nódunome da afonia. lo vocal (“calo”). O diagnóstiHá três tipos de disfonia: co deve ser feito por um médico otorrinolaringologista e, após o 1. Disfonia funcional; 2. Disfonia orgânico-funcional; exame físico, podem ser necessários outros exames para avaliar 3. Disfonia orgânica.

as cordas vocais (laringoscopia, laringoestroboscopia). Nos casos funcionais, o principal tratamento é com fonoterapia. O paciente aprende como usar a fala de maneira mais equilibrada e adequada. Isso é conseguido pela realização de exercícios específicos, orientados por profissional capacitado, o fonoaudiólogo. Nos casos de disfonia orgânica o tratamento pode ser fonoterapia e/ou cirurgia.

• Enquanto estiver falando, faça pausas para beber alguns goles de água para umidificar a garganta. • Evite falar ou cantar competindo com ruídos sonoros. • Evite gritar, tossir ou pigarrear. •

Durma bem.

• Evite o ar condicionado. Se não for possível evitá-lo, procure beber água durante todo o tempo que estiver exposto a ele. • Evite o consumo de leite, chocolate e seus derivados antes de intensa atividade vocal, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.

3. Disfonia orgânica É aquela que apresenta alteração anatômica nas pregas vocais: nódulos, pólipos, paralisia das pregas vocais, tumores e papilomas, cistos, edema de Reinke (desencadeado pelo tabagismo e doença do refluxo), laringites. Com cuidados adequados, podemos manter a voz sempre saudável ou melhorá-la, proporcionando qualidade à comunicação.

Cuidados com a voz • Hidrate-se. Beba água diariamente, de preferência, em temperatura ambiente.

• Consuma alimentos fibrosos, como maçã, que é adstringente, ou seja, age limpando a boca e a faringe. • Use roupas confortáveis, de modo que seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório. • Mantenha a cabeça ereta durante a fonação, com os dois pés apoiados no chão, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor. Ao observar alterações na sua voz, como falhas, rouquidão frequente ou persistente, procure um médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo. Dra. Jacyane Liberati Fransozio CRFa. 3/9442 Fonoaudióloga Clínica, Especialista em Voz e Educação Especial Londrina, PR

Mispa consagra obreiro No dia 18 de janeiro de 2015, tivemos o privilégio de consagrar ao sagrado ministério Cláudio Schimidt Júnior, como pastor auxiliar. A cerimônia foi na IPR Central de Assis, SP. Cláudio, que é filho do Pr. Cláudio Schimidt e Alaid Schiavone Schimidt, é natural de Maringá, onde serviu por 14 anos a 2ª IPR como secretário, coordenador de alguns departamentos, tendo sido consagrado a evangelista e presABRIL 2015

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bítero nessa igreja. Desde 2014, ele está servindo como obreiro na base Mispa, junto com sua esposa, Ariela Cordeiro Schimidt. Agradecemos ao Pr. Josué da Silva, Pr. José Roberto e ao Conselho da IPR Central de Assis por fazerem parte desse momento tão importante na vida do Pr. Júnior e da Mispa. Pr. Florencio Moreira de Ataídes Presidente da Mispa Jornal Aleluia

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Reflexão teológica

A práxis p e eclesiástica e da pós-mod

Uma análise a partir da realidade nada O século XXI, caracteristicamente, se recu- O conceito de práxis e pós-modernidade sa a protocolos e rótulos. Informações, notícomo realidades intraeclesiásticas cias, mudanças, avanços científicos, violência, sexualidade, depressão, religiosidade, pobreza Curiosamente, “práxis” não significa “práe riqueza dividem o mesmo cenário. Estudiotica”, embora o termo designe ação. Prima fasos denominam esta época como “pós-modercie, conforme Marx e Engels, práxis designa o nidade ou contemporaneidade”. fruto da relação existente entre teoria e prática Embora a Igreja faça parte de um Reino nas relações sociais econômicas e, portanto, que não é deste mundo, sua missão e razão capitalistas. Assim, teoria e a prática é quem de ser só se motivam em atuação aqui. Fato dão suporte à práxis. que a insere nos mesmos emaranhamentos e A práxis, por si só, demonstra a deficiência superficialidade existencial percebidos na fuda concretização de qualquer verdade quando gaz mudança social e intelectual do mundo apenas uma das partes (teoria ou prática) é uticontemporâneo. lizada. Fica claro que toda técnica é fruto da O pastor contemporâneo sabe que não teoria, bem como esta daquela. deve abandonar os valores bíblicos, mas Convém ao pastor e à Igreja, como agentes reconhece que precisa ter voz e cor no azafamado mundo “pós-moderno”. Entre- de presença do Reino, considerarem a relevântanto, alguns não conseguem coadunar as cia de se pensar em práxis e pós-modernidade, verdades bíblicas às exigências e situações já que esta é uma realidade inserida à vida econômica, social e religiosa de todos nós. sempre novas de seus membros. Doutra parte, alguns não conseguem A contemporaneidade bíblica nem ao menos organizar no intelecto uma e a pós-modernidade “contemporânea” teoria teológica. Afirmam que teoria e prática se anulam mutuamente quando de semiCom base nos conselhos do apóstolo narista passa-se a pastor. No campo pastoral, Paulo ao jovem Timóteo, podemos arroshá de se ser ou teórico ou prático. tar, anacronicamente, a “modernidade” do Tal dificuldade não é estranha nem ao mundo de Timóteo à realidade hodierna. A pastor nem aos membros da igreja. O munpós-modernidade traz as mesmas exigências do parece querer convencê-los de que há uma incoerência no modo como se vive o Cristia- acerca do comportamento cristão que o prinismo entre os crentes e a sua aplicabilidade meiro século exigia do moço. Que direcionafora do convívio eclesiástico. Fato é que a se- mento tomar em realidades semelhantes? A cularização é um dos elementos característicos seguir, veremos três conselhos de Paulo capazes de direcionar o comportamento pastoral da pós-modernidade. e eclesiástico na realidade pós-moderna. A secularização, no contexto da igreja, impõe a existência de dois mundos paralelos: o mundo de Deus (abstrato, ideal) e o dos ho- 1- A pós-modernidade deve levar o crente mens (diabólico, mas real). Por estranho que a buscar o contentamento em, tão somente, ser fiel ministro de Cristo (1Tm 6:6,7) pareça, o secularismo incute a noção de que viver o mundo divino é mais fácil do que viver o dos homens. Isso porque o secularismo soA satisfação do ministro é saciada numa fisma a ideia de divinização humana mediante única coisa: ser fiel ministro (Mt 25:23ss). a religião. Entretanto, a Bíblia não dualiza a Para Calvino, “a honra mais excelente que existência desses mundos, mas ensina que há pode sobrevir a um pastor piedoso é ser conum só mundo - o de Deus (tão real quanto o é siderado um bom ministro de Cristo, de tal para os homens). É neste mundo divino que o modo que, durante todo o seu ministério, pós-modernismo quer ser senhor. não tenha ele outro alvo além desse.” 8

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Paulo aconselha Timóteo a aplicar-se à leiDuas razões para a busca do contentamento resultante da práxis cristã: tura. Embora ele esteja falando da prática da (a) - A satisfação para com a vocação divina leitura pública das Escrituras nas sinagogas, é opõe-se sobremodo à noção de satisfação da interessante observar o valor instrucional e pedagógico que ela assume na vida do jovem. Tiera pós-moderna: móteo deve aplicar-se (prosecho), voltar a mente Na pós-modernidade, a satisfação do para a leitura. Isto parece apontar a diligência e homem deve ser para consigo mesmo, em a dedicação necessárias da parte do pastor à conrealização pessoal, profissional, e não em fa- templação. O pastor contemporâneo deve saber vor de outrem. Como contraponto, o pastor que os passos da eternidade podem não ser tão sabe que seu coração deve estar voltado para rápidos como os seus; contudo, são mais largos. a salvação do rebanho e não para o enriqueOra, como é possível ensinar a outros cimento pessoal ou para a atividade pastoral como se esta fosse a sua profissão. Só assim aquilo que se tem dificuldade de aprender? entenderá que “de fato, grande fonte de lucro é a piedade com contentamento” (1Tm 6:6). Ministério é contentamento! (b) - A terminologia “ministro” opõe-se a uma das ideias da pós-modernidade: “[...] Bom ministro de Cristo [...]”: O termo designativo a ministro é diácono, mas também funciona como servo. Resulta que os ministros já não podem mais realizar seus deveres religiosos por obrigação, mas compreendendo, como sempre deveriam ter compreendido, que assuntos eternos estão na balança, que almas estão em jogo e que eles são apenas diáconos, servos. Obviamente, o termo diácono repele a ideia de individualidade para assumir a de “koynonia”, pois quem serve serve a outrem e não a si próprio. 2- O tempo imposto pela contemporaneidade não deve mudar o fato de que o desejo de ser aprendiz precede ao de ser mestre (1Tm 4:13) A pós-modernidade exige que o aluno prove imediatamente dos frutos de seu esforço. Isto exige do homem cursos rápidos e, em alguns casos, de pouca profundidade. Universidades e empresas têm criado cada vez mais cursos técnicos de duração mínima, a fim de preparar o indivíduo rapidamente para o trabalho.

Como aprender se não calar a ansiedade que a pós-modernidade ocasiona ao dar a ideia de que se perde tempo o tempo todo!

A aprendizagem evoca humildade, desconstrução de ideias frágeis para que se erga em seus lugares noções de verdades firmes e Resta ao aluno a dura disciplina de calar eternas que não surgem em curto tempo. a ansiedade e aprender a aprender, pois nem A pós-modernidade reclama sempre o todas as árvores têm genes para produção de tempo que os crentes gastam com Deus e frutos em tão pouco tempo. Edição 405

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pastoral e as implicações dernidade

diferente do antigo mundo de Timóteo exige maior atenção para as necessidades mente na piedade”, recomenda o apóstolo. Ora, por mais que um pastor se aprofunde dos próprios homens. em conhecimento, não terá crédito algum se, O crente é desafiado a descobrir sua com a sabedoria adquirida pelo estudo das forma pessoal de manter-se em comunhão Escrituras, não for exemplo. com Deus e, ao mesmo tempo, se relacioTimóteo poderia demonstrar à igreja de Éfenar com a fluidez cada vez mais exigente do tempo. O que fazer? Organize-se, aproveite o so todo o seu conhecimento bíblico, revelar tudo presente, use o tempo próprio daquilo que o que aprendera desde a infância com Eunice e está fazendo para fazer exatamente aquilo. Lóide, mas se o ensino não fosse acompanhado No culto, cultue; no trabalho, trabalhe; em de excelente exemplo, sua mensagem não teria casa, ame, viva em família! Aproveite cada efeito algum sobre seus ouvintes (3:2). momento, sabendo que o mundo e sua vida Paulo deixa claro que o cuidado consigo mesmo não é completo quando não se zela pela estão igualmente nas mãos de Deus! doutrina cristã. Aqui, doutrina refere-se a todo o legado deixado por Jesus aos discípulos que divulgaram e embasaram seus ensinos. É a revelação inteira da verdade cristã, todos os ensinamentos que fazem parte da fé cristã.

(pois qualquer que venha a ser sua origem, sempre serão marcadas pelos fundamentos da Reforma, irrevogavelmente europeia, além de poder levar, facilmente, o culto à heresia), a cultura pós-moderna tornou flexível a linguagem sagrada. Com isso, o culto toma formas e significados mais inteligíveis. As verdades bíblicas (c)- O abandono e/ou a superficialidade dos e teológicas ficam ao alcance do povo. paradigmas da fé cristã: Conclusão No mundo pós-moderno, Cristo é apenas exemplo moral e não realizou a obra de ex-se negativo quando o número de membros da igreja aumenta devido ao misticismo anti-intelectual. O desafeto com o conhecimento leva à “fé religiosa”. O risco é que, passado o período de novidade religiosa, o indivíduo se volte ao ateísmo ou a misticismos e heresias.

piação pelos nossos pecados, pois, nessa perspectiva, os pecados são atos individuais, sem solidariedade adâmica. A noção de inferno é vencida pela teoria de aniquilamento da alma, bem como outras transformações na teologia.

A era pós-moderna ensina que as decisões e Alguns pontos positivos ações de alguém são livres. Portanto, não se deve da pós-modernidade para a vida cristã satisfação a ninguém, a não ser a si mesmo. O homem é dono de si mesmo e de seu próprio destino. O conselho paulino, porém, não con- (a)- Acesso ao conhecimento: diz com esse ensino pós-moderno de liberdade. Se conhecimento é poder, a pós-moderniComo se observa, a noção de práxis impos- dade abriu-nos portas para ele. Crentes e nãosibilita a ideia de que teoria e prática convivam -crentes têm acesso a universidades seculares ou em mundos diferentes. A práxis determina que teológicas. Isso exige maior preparo da lideranteoria e prática não se divorciam. Se se separa- ça da igreja na execução de qualquer exercício rem, uma ou outra estará errada, quer como litúrgico. EBDs e pequenos grupos tornam-se conceito, quer como aplicada à realidade. ainda mais produtivos. Consequentemente, a evangelização é mais clara e coerente à realidade Alguns pontos negativos da pós-moderni- contemporânea. dade que interferem na vida pastoral e eclesiástica (b)- Passagem da estratégia do “macro” para a (a) - Subjetivação ou pluralização da Verdade estratégia do “micro”:

3- O pastor e a igreja pós-modernos devem entender que práxis cristã consiste em zelar por si mesmo e pela doutrina como um ato que rompa o interesse meramente pessoal (1Tm 4:16):

Ricardo Gouvêa diz que “o pós-modernismo rejeita e busca desconstruir qualquer noção de verdade que se proponha [...] universal.” Se existe uma verdade que seja absoluta, ela deve se manifestar de modo prático e funcional na sociedade. Assim, a verdade durará enquanto for útil em determinado espaço de tempo ou cultura. Transformam-se os homens e o tempo, e a verdade se amoldará à nova realidade.

Valoriza-se mais o indivíduo como parte ativa no culto. Os pequenos grupos e o indivíduo são notados na igreja. Esta, por sua vez, mostra sua voz na comunhão dos indivíduos, aproximando-se dos lares cristãos e não-cristãos e assumindo formas características às realidades locais.

(c)- A preocupação com uma teologia e liturgia Diz Paulo: “Tem cuidado, zela por si (b)- O “desencantamento do mundo”: marcadamente cultural: mesmo [...]”. Timóteo deveria ter a mais pura doutrina no púlpito e a mais pura or- Este fenômeno tanto leva o homem à crença Embora beire ao perigo buscar teolotopraxia ao descer dele. “Exercita-te pessoal- em Deus quanto o leva à sua negação. Torna- gia e liturgia originalmente “tupiniquins” ABRIL 2015

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A pós-modernidade é uma realidade que se posta à nossa frente sem reconhecer nossas limitações, crenças ou valores. Não é uma filosofia, mas o resultado das operações inter-relacionais dos homens sob interesses e necessidades heterogêneos (financeiro, político, intelectual, religioso, etc.). Trata-se de “um estado de espírito em que se manifesta um paradoxo de ruptura e continuidade com a modernidade. Observamos no horizonte um momento de crise de valores absolutos. Mal surgiu a modernidade e, a passos largos, alcança-nos a pós-modernidade, obrigando-nos a agarrá-la, ou ficamos para trás. O pastor e a igreja têm de assumir o desafio da pós-modernidade sem abrir mão dos valores inegociáveis da Palavra de Deus. Podemos fingir que essa realidade não existe e nos agarrarmos ao passado. Contudo, a fé não nos deixa sem esperança. Os valores eternos são possíveis de ser vividos, isto é, a práxis é possível. A igreja pode buscar no moderno o que há de sólido e bom e, com discernimento, se abrir ao futuro. Este aspira escatologia e aponta que a pós-modernidade nada mais é que o desdobramento das verdades reveladas por Paulo ao jovem Timóteo e à igreja deste século. Os conselhos paulinos não fizeram bem só a Timóteo, eles nos ajudam a encontrar equilíbrio e esperança num mundo cada vez mais volúvel e perto do fim.

Pr. Eliandro da Costa Cordeiro SPR-Cianorte, PR 9


Nossos pastores Família

Conheça um pouco mais do Pr. Valdeci José Gonçalves Pr. Valdeci José Gonçalves

Nasci em 11 de junho de 1957, na cidade de Cândido Mota, SP. Sou filho de Dalvino José Gonçalves e Ana da Cruz Gonçalves. Sou o quarto filho, dos seis que meus pais tiveram. Vivi a infância, adolescência e juventude em Cândido Mota. Oriundo de família humilde, trabalhei com meus pais como cortador de cana até os dezenove anos, na usina Nova América, no distrito de Tarumã, hoje cidade de Tarumã. Meus pais eram membros da Igreja Presbiteriana Independente de Cândido Mota. Nascido em berço evangélico, fui criado na Escola Bíblica Dominical. Minha família sempre recebeu visitas de pastores em nossa humilde casa, mas um marcou minha vida, o Rev. Pedro Damião. No momento em que minha família mais precisou de alimentação, roupas e remédios, ele e sua equipe deram total assistência.

Compromisso e chamado

Ministério pastoral

Família

No ano de 1975, ouvindo uma pregação do pastor Evaldo, da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, o Senhor Jesus renovou minha vida e me deu uma nova experiência com Deus. A partir de então, passei a frequentar aquela igreja. Em 1976, mudei-me para Itapevi, SP. Em 11 de abril do mesmo ano, fui batizado nas águas, na Assembleia de Deus. De 1976 até 1983, pertenci à Assembleia de Deus do Jardim da Rainha, em Itapevi. Neste período, fui presidente de jovens local e do campo de Barueri, subi à escala de auxiliar interno, auxiliar de escala, diácono e presbítero dirigente de congregação.

Em 5 de dezembro de 1985, fui consagrado a pastor auxiliar da IPRB, pelo Presbitério de Osasco. Pastoreei a igreja do Jardim Belval de 1984 a 1986. Auxiliei o Pr. Josias na sede de 1987 a 1988. Pastoreei a II IPR de Osasco de 1989 a 1991, a IPR de Sorocaba em 1992 e a III IPR de Osasco em 1993. Em dezembro de 1993, assumi a I IPR de Barueri, onde permaneci até dezembro de 2005. De dezembro de 2005 até a presente data, estou pastoreando a I IPR de Carapicuíba, SP.

Sou casado com Rachel Garcia Constantino Gonçalves, desde 13 de março de 1982. Ela foi e sempre será minha fiel adjutora. Jamais meu ministério seria o que foi e o que é se não fosse seu grande esforço, sua dedicação, sabedoria, coragem e muita perseverança. Dessa união, nasceram três filhos e uma filha: Elienai, Abner, Quezia e Jonatha.

Estudos teológicos

Sou membro da Diretoria do Presbitério desde 1990. Exerci os cargos de 2º tesoureiro, secretário executivo, 2º secretário, presidente e vice-presidente. Fiquei fora da Diretoria do Presbitério de Osasco por dois anos, 2003 e 2004. Atualmente, sou presidente do Presbitério de Osasco, pela quinta vez. Neste ano de 2015, completarei 23 anos de trabalho junto à Diretoria do Presbitério de Osasco.

Em 1980, formei-me em Teologia, no Seminário Instituto Bíblico Betel. Em 1984, mudei-me para Barueri, SP, onde fui convidado pelo saudoso pastor Josias Ferreira Rezende, da IPR do Jardim Tupã, hoje I IPR de Barueri, a filiar-me à Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil e assumir a congregação do Jardim Belval. O convite foi aceito e fui recebido como evangelista.

Membro de diretoria

Formação profissional Trabalhei 22 anos como metalúrgico, torneiro mecânico e ferramenteiro. Formei-me em Pedagogia, em 2000. Trabalhei na área de educação de Barueri por 11 anos e seis meses, como secretário de EMEF (Escola Municipal de Educação Infantil) e vice-diretor. Resido em Barueri desde 1984, cidade que tem sido bênção para mim e minha família. Sou pastor nessa cidade e adjacências há 30 anos. Agradeço a Deus pela vida do Excelentíssimo Sr. Gilberto Macedo Gil Arantes, que muito me ajudou profissionalmente, desde 1996 até o momento. Que Deus continue abençoando o prefeito de Barueri, sua família e administração.

Crack, um monstro mentiroso Não sejamos ingênuos em cruzar os braços, colocar “panos quentes” ou mentir. O monstro existe e sua boca está escancarada para tragar vidas. E mais, suas promessas são mentirosas. Ele promete prazer, euforia, autoconfiança, poder e ausência de cansaço. Até aí existe alguma verdade. Ele só não diz que toda essa sensação, aparentemente boa, não dura mais de dez minutos, quando muito. Astuto, esconde o que vem de contrapeso: irritabilidade, agitação, alteração de percepção e pensamento, taquicardia, tremores, perda do apetite, do sono, da saúde e, em muitos casos, perda da vida. De acordo com o Dr. Eduardo de Andrade Aquino, fundador do Núcleo de Neurociências de Belo Horizonte, muitos dependentes ficam com algum tipo de demência 10

e tornam-se esclerosados entre os 30 e 50 anos. Outros, tornam-se doentes mentais e se “esquizofrenizam”. Estatísticas indicam que o dependente químico prejudica a si e a mais quatro pessoas. A única verdade é que a droga escraviza. Porque a sensação foi boa, a pessoa quer usar mais uma vez, mais outra e outras vezes, a ponto de o uso se tornar compulsivo e incontrolável por toda a vida, exceto se optar por um tratamento longo e difícil. Esse monstro cobra um preço altíssimo do usuário, pois o afasJornal Aleluia

ta dos familiares e amigos, o faz perder a projeção social, o emprego, os bens, a saúde e, na maioria das vezes, a própria vida. Quase sempre leva o drogado à prática de outros crimes: furto, roubo e assassinato. É comum o usuário, para obter a droga, envolver-se com traficantes e convencer outras pessoas a usá-la. Entretanto, temos uma boa notícia àqueles que querem se recuperar. Deus fala a cada coração aflito, pois há esperança para a árvore derrubada e morta: “Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu tronco morra

na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova” (Jó 14:8,9). Lembremo-nos do valor que Jesus deu a uma porção de água: “Quem der um copo de água a vocês, porque vocês são de Cristo, com toda a certeza receberá a sua recompensa” (Mc 9:41). Assim como aquele homem rico da parábola de Jesus, os dependentes químicos estão clamando: “Mande que alguém molhe o dedo na água e venha refrescar a minha alma porque estou sofrendo muito na minha cracolândia” (cf. Lc 16:24). O certo é que pessoas estão gemendo e chorando à espera de ajuda, já que a seara é grande, mas, poucos são os trabalhadores. Que Deus abençoe cada trabalhador. Marcos Aparecido de Toledo Lençóis Paulista, SP Edição 405

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Família Igreja em ação

II IPR de Teófilo Otoni, MG Comemoração do aniversário de 34 anos Nos dias 18 e 19 de outubro de 2014, a II IPR de Teófilo Otoni comemorou seus 34 anos de organização. Uma grande programação foi realizada com a presença das congregações. O preletor foi o pastor Geraldo Rosa de Oliveira, da V IPR Governador Valadares, MG, e primeiro secretário IPRB. No dia 19, foi realizada a 4ª Marcha pela Paz, da qual

participaram mais de 1000 pessoas. A prefeitura municipal cedeu um ônibus para o transporte de pessoas idosas e gestantes, e a igreja contratou o Trem Mineiro, veículo adaptado para o transporte de crianças e adolescentes. A congregação de Poté doou uma rês, que foi preparada e servida num grande almoço festivo. Informou o Pr. João Ferreira.

Batismo

Centenário Em 16 de novembro de 2014, a II IPR de Teófilo Otoni recebeu nove membros por batismo. A cerimônia foi realizada pelos pastores Vanderlei Em 8 de novembro Morais e João de 2014, o irmão SeveFerreira. rino Evangelista dos An-

Brilho Celeste Nos dias 19 a 24 de novembro de 2014, a sociedade feminina Brilho Celeste promoveu seu congresso anual baseado no tema “Mulher, a hora é agora, desperta que o teu Deus já vem”. As preletoras foram: Maria Lúcia, de Araçuaí, MG; Betinha Santos, Zilly Linhares e

jos, conhecido por todos como irmão Severo, completou 100 anos de vida. Os membros da igreja se reuniram num culto de ação de graças organizado pela família para agradecer e Deus e comemorar tão significativa data. O culto foi dirigido pelo Pr. Vanderlei N. Moraes e pela irmã Zily Linhares.

Batizado em 29 de setembro de 1991, irmão Severo sempre foi um aluno assíduo da EBD. Quando as dificuldades inerentes à idade tornaram suas idas menos frequentes à igreja, ele foi inserido projeto EBD domiciliar, do qual participa com muito entusiasmo. Informou o Pr. João Ferreira.

Classe Ágape Juliana. No sábado e no domingo, A classe Ágape, que trabalha a preletora foi Sandra Cabral, de com casais, reuniu-se, no dia 14 Governador Valadares. de dezembro de 2014, para sua “Foram dias abençoados, em confraternização anual, no síDeus falou profundamente através dos louvores, teatros coreografias, poesias, jograis e mensagem profética”, declarou Lene Alcântara.

tio Renovado. O preletor foi o pastor Daniel Gusmão, de Governador Valadares, que trouxe uma edificante mensagem sobre a vida de Jacó. Participaram da confraternização 25 casais e aproximadamente 60 pessoas. À frente desta classe em 2014 esteve uma equipe formada pelos professores Lene Alcântara, Dâmares Ellen e Walter Araújo, informou o Pr. João Ferreira.

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Igreja em ação Família

Discípulos recebem certificados na II IPR de Gov. Valadares, MG Em noite de muita alegria e gratidão a Deus, a II IPR de Gov. Valadares, MG, reuniu-se para certificar os 12 discípulos da primeira geração (G1) que concluíram a segunda etapa em 2014. Sessenta e quatro discípulos da segunda geração (G2) também foram certificados,

pois concluíram a primeira etapa e irão iniciar a segunda. Além das diplomações, foram apresentados os 209 novos discípulos. O trabalho de Pequenos Grupos, que teve início com o Pastor Manuel Sabino Neto, alcança um total de 286 irmãos, discípulos e

discipuladores. Esse projeto faz a igreja mirar nos valores da unidade, santidade, responsabilidade cristã, amor a Deus e ao próximo, valorização da igreja local e da IPRB, valorização da liderança, cuidados mútuos, evangelização e crescimento espiritual.

Além dos 286 discípulos e discipuladores, há 146 intercessores destes discípulos, unindo, portanto, as diversas gerações na igreja em torno dos ideais cristãos. Informaram Alba Almeida V. Sabino e Lucas Gomes Silveira, secretários especiais de Pequenos Grupos.

Pr. José Cabral de Melo é jubilado III IPR de Goiânia, GO, homenageia em Campo Grande, MS pastor e esposa

A jubilação foi aprovada pela Diretoria Executiva do Presbitério de Mato Grosso do Sul (Premasul), no dia 31 de outubro de 2014. Pastor José Cabral nasceu em 20 de dezembro de 1938, em Pernambuco, na cidade de Bom Conselho. Converteu-se aos 17 anos, e teve seu chamado pastoral aos 34 anos, em Itaporã, MS. Exerceu seu ministério em São José dos Quatro Marcos, Mirassol D'Oeste, Tangará da Serra, Pontes e Lacerda,

Caramujo, Cáceres, todas cidades do Mato Grosso, encerrando em Campo Grande, MS, na 6ª IPR. José Cabral tem 76 anos de idade. É casado com a irmã Irene W. do Prado e Melo, sua ajudadora, companheira fiel e dedicada. Possui cinco filhos, vinte netos e duas bisnetas. Dedicou sua vida à família e à igreja. É, sem dúvida, exemplo de fé e fidelidade. Pastor José Cabral passou o cajado para o Pr. Fabrício de Souza Moura, em cerimônia realizada pelo pastor José Pereira de Loyola Júnior, presidente do Premasul. Encerra o seu pastorado com a seguinte frase: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”. Informou Dorival Ferreira Cavalcante.

Em 15 de janeiro de 2015, o pastor Benjamim Dias de Oliveira, da 3ª IPR de Goiânia, GO, foi homenageado por completar 63 anos de idade e 30 anos de ministério pastoral, juntamente com sua esposa, missionária Irene Alves Calvão de Oliveira. Estiveram presentes familiares, amigos, pastores e representantes da 19ª, 20ª e 21ª IPR

de Goiânia e também a congregação do Setor Gentil Meireles, todas oriundas da 3ª IPR de Goiânia. “Agradecemos ao casal, Pr. Benjamim e Miss. Irene, que tem feito da 3ª IPR de Goiânia uma igreja atuante e acolhedora, firmada no estudo e ensino da palavra de Deus”, declararam Fabio e Rúbia Sousa.

Pastores em ação Pastor Héverton Luiz Bacha, da IPR de Borda da Mata, MG, usando criatividade e dinamismo, entrou em igreja da região disfarçado de mendigo, com o propósito de verificar

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a reação das pessoas. Ele mesmo foi o preletor da noite e proporcionou ao auditório uma reflexão sobre a responsabilidade do cristão de anunciar o evangelho e amar ao próximo.

Pastor Héverton representou o Presbitério do Sul de Minas (Presul), na qualidade de 1º secretário, e a Mispa, na

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qualidade de 2º vogal, no 32º Encontro de Avivamento Espiritual do Presbitério do Vale do Paraíba (Presvap).

Pastor Geraldo Gabriel vem há 15 anos fazendo trabalhos sociais com os carentes. No último Natal, duas crianças receberam bicicletas novas, na região do Vale do Aço, MG. Tamanha foi a alegria, que elas mal dormiram à noite. Pastor Geraldo ressalta a importância dos trabalhos sociais, não só na igreja, mas na comunidade em que a igreja local está inserida. “É sempre bom lembrar de onde o Senhor nos tirou. Jesus

mudou nossa sorte. Temos a grande dádiva de Deus de nada faltar em nossa mesa, muitos têm com fartura. Mas não é assim em todos os lares. Precisamos, como Igreja de Cristo, estar sensíveis a isso”, declarou Pr. Geraldo, presidente do Presbitério do Vale do Aço e vice-presidente da Mispa.

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Família Igreja em ação

Presbitério do Rio de Janeiro reflete sobre “Missões” em retiro anual O Presbitério do Rio de Janeiro (Presrio) realizou, de 14 a 17 de fevereiro de 2015, seu retiro anual. O tema definido previamente para este ano foi “Missões”. Na segunda-feira, foi feito o DIP (Dia da Igreja Perseguida), com a participação de representantes de missionários da Portas Abertas, que partilharam a realidade dos cristãos que sofrem perseguição. Informou Érica Fonseca Afonso.

IPR de Porto Alegre, RS, realiza Café Colonial A IPR de Porto Alegre, RS, realizou, em 7 de fevereiro, o Café Colonial 2015. Foi uma oportunidade para desfrutar de comunhão e de bons momentos na presença do Senhor. Informou Karla Mincola.

Arrependei-vos! Existe perdão sem arrependimento? O texto de Mateus 3:1,2 registra que João Batista pregava o batismo de arrependimento. No mesmo evangelho, capítulo quatro, versículo dezessete, lemos: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Na língua grega, a palavra usada para “arrependimento” é “metanoia”, que quer dizer mudar de atitude, mudar de mente, converter-se a Deus. O Senhor Jesus Cristo deu início ao seu ministério terreno pregando arrependimento para remissão de pecados, e o terminou pregando e ensinando assim (cf. Lc 24:47). O arrependimento gera sincera tristeza por causa do pecado. O pecador arrependido compromete-se a renunciar o pecado e seguir a Cristo. O arrependimento é uma mudança que ocorre na mente e no coração da pessoa. Por isso, é tanto intelectual quanto emocional. ABRIL 2015

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Uma vez arrependidos, passamos a enxergar a depravação da natureza humana e, consequentemente, nos sentimos envergonhados e profundamente tristes pelo estado de miséria provocado pelo pecado. Então, tomamos a decisão de nos afastar do pecado e viver uma nova vida em Cristo. A nova vida é, portanto, fruto do arrependimento. Hoje em dia, quase não se vê mais a pregação do arrependimento. As pessoas não querem ser confrontadas pelas verdades bíblicas. Todavia, não existe algo mais confrontador do que o evangelho de Cristo. Se o evangelho pregado não confronta, então não é o evangelho de Cristo. Infelizmente, há muitos pregadores pregando o que o auditório gosta de ouvir. No entanto, a santa palavra de Deus é absoluta, é a verdade revelada para ser aplicada à vida do crente, gostando ele ou não. Ela é luz para nosso caminho, é lâmpada para nossos pés (Sl 119:105). A palavra de Deus é viva, e eficaz,

e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hb 4:12). A palavra de Deus tem poder transformador e salvador de Deus em nossa vida. Se não formos confrontados pela palavra de Deus, jamais haverá arrependimento e mudança de vida. É por isso que

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muitos não gostam de ouvir o verdadeiro evangelho, pois não querem mudança em sua maneira de viver. Vivem para si mesmos, da maneira que os agrada, da maneira que o mundo vive. Mas nós, que somos novas criaturas em Cristo, sejamos sal e luz nesta terra. Que o bondoso e eterno Deus nos dê graça para podermos vencer todas as adversidades desta vida. Pr. João Marques Pedrosa São Caetano do Sul, SP

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IPRB 40 anos - Nossos pioneiros Família

Pioneiro da IPRB fala sobre o início da Renovada nas regiões de Assis e Paraguaçu Paulista, SP Abel Pereira da Silva é um dos membros fundadores da Igreja Presbiteriana Independente Renovada do Brasil – IPIR – e da Igreja Presbiteriana Renovada - IPR. É membro da II IPR de Paraguaçu Paulista e presbítero em disponibilidade. É um dos fundadores da I e da II IPR de Paraguaçu. Foi agente do Jornal Aleluia durante muitos anos. Teve dois irmãos, também presbíteros atuantes na IPRB, Antônio Pereira da Silva e Waldomiro Porto da Silva, ambos já falecidos. Antônio dedicou-se à IPR de Sorocaba, SP; Waldomiro exerceu o presbiterato por longos anos na IPR de Assis, SP, ao lado do pastor Abel Amaral Camargo. Os pais de Abel (João Pereira da Silva e Iracema Miranda Porto, já falecidos) foram membros da IPR Central de Assis. Abel: Meu pai não gostava de evangélicos. Nós morávamos em um sítio próximo a Bernardino de Campos, SP. E havia um senhor ALELUIA: Onde e quando o se- da Congregação Cristã do Brasil que nos visitava. Chamava-se José nhor nasceu? Benedito. Muitas vezes, papai saía Abel: Nasci em Botucatu, SP, em para a catira, dança típica do inte4 de junho de 1931. rior paulista, e o Sr. José Benedito ALELUIA: Como se chama sua ia ao sítio e pregava o evangelho esposa? Está casado há quanto para mamãe. Ele presenteou meus pais com uma Bíblia e falava com tempo? eles sobre a Palavra de Deus. Abel: Sou casado com Ruth PedroMeu pai dizia: “Se o que esse so da Silva há 59 anos. Ruth nasceu em 1º de março de 1933. Em 2015 homem diz é verdade, um dia vou vamos comemorar Bodas de Dia- precisar procurar a ajuda dele”. mante: 60 anos juntos. Temos um ALELUIA: E houve o dia em casal de filhos: Josué e Joseli. que seus pais precisaram procu-

ALELUIA: Sua família é de ori- rar esse senhor? gem evangélica? Abel: Sim. E a situação foi muiAbel: Meus pais não eram nem to triste, contavam minhas irmãs. evangélicos, nem católicos. Algu- Minha mãe ficou gravemente mas tias minhas, irmãs de minha oprimida e tentou o suicídio mais mãe, moravam em Santa Cruz do de uma vez. Chegou a comprar Rio Pardo, SP. Elas eram mem- cordas para se enforcar. Papai ficou muito preocupado porque a sibros da IPI. tuação dela só piorava. E viu que ALELUIA: Então, como o se- havia chegado a hora de procurar nhor conheceu o Evangelho? José Benedito e de pedir ajuda. Abel: Há uma história interessante ALELUIA: E foram falar com ele? sobre a conversão da minha mãe e do meu pai que um de meus so- Abel: Papai e mamãe foram até brinhos relatou. Ele ouviu a histó- Botucatu, relatavam minhas irria contada por minhas irmãs mais mãs. Mamãe estava muito mal. velhas. Nem eu mesmo sabia dos A estrada passava por uma serra. detalhes. Mas o fato é que é foi por A obra maligna contra a vida da meio desses acontecimentos que minha mãe era tão violenta que o fomos resgatados pelo Senhor. ônibus teve problemas mecânicos Meu pai e minha mãe não eram na subida. O diabo queria destruir convertidos. Eu era bem pequeno a vida de mamãe. O ônibus quaainda, mas minhas irmãs, já ado- se despencou em uma ribanceira. lescentes, foram testemunhas dos Mas, finalmente, conseguiram enfatos que Deus usou para levar pa- contrar o Sr. José Benedito. Pediram oração e mamãe foi liberta. pai e mamãe a Jesus. ALELUIA: Que fatos foram esses? ALELUIA: E foram batizados? 14

Jornal Aleluia

Abel: Aquela experiência foi muito marcante. Mamãe se converteu. Papai demorou-se mais para se decidir por Jesus. Mas os dois foram batizados no mesmo dia, em Sodrélia, SP, na Igreja Presbiteriana Independente. Os filhos foram se convertendo.

ALELUIA: Naquela época se falava em avivamento?

Minha irmã Alzira relatou a um de meus sobrinhos uma experiência muito interessante vivida pelo meu pai na casa dela. Certo dia, eles estavam sentados ao redor de uma mesa, na cozinha, cantando o hino: “Eis a escrava resgatada! Grande preço Cristo deu, não foi ouro, nem foi prata; próprio sangue, Ele verteu.” Papai debruçou-se sobre mesa e caiu em prantos, fazendo uma entrega incondicional a Jesus.

ALELUIA: Qual era a sua profissão?

Assim, meus irmãos e irmãs foram se convertendo. Vi as ações de Deus na vida deles. E também me entreguei a Jesus.

Abel: Ainda não. Mas a gente percebia um mover de Deus na vida da Igreja, que estava crescendo. Havia conversões. O crescimento continuou e foram organizadas, então, a 3ª e a 4ª IPIs.

Abel: Eu trabalhava em uma serraria e a Ruth era zeladora da 2ª Igreja. Nós morávamos lá também. Havia uma casa para o zelador. Nessa época, o pastor Abel Amaral Camargo já era pastor em Assis, auxiliar do rev. Azor Etz Rodrigues na 1ª Igreja. Certo tempo depois, deixei o trabalho na serraria e fui trabalhar como zelador na 1ª IPI. ALELUIA: E quando o senhor trabalhava na 1ª Igreja, já havia algum movimento de avivamento lá?

ALELUIA: Quando o senhor Abel: Ainda não. Mas havia um começou a frequentar a igreja? movimento se iniciando na segunAbel: Em 1950, meus pais se mu- da igreja e eu fiquei interessado. daram para Assis, SP. Eu estava Como eu era zelador na 1ª Igreja, com 19 anos. Passamos a frequen- abria o templo nos dias de culto e ia participar das reuniões na 2ª IPI. tar a 1ª IPI daquela cidade, pastoreada pelo reverendo Azor Etz ALELUIA: Que pastores mais Rodrigues. impulsionaram o movimento de renovação em Assis? ALELUIA: Quando o senhor foi Abel: Os pastores Nilton Tuller eleito presbítero? e Abel Amaral Camargo. A prinAbel: A 1ª IPI cresceu em Assis e, cípio, o pastor Nilton era o mais por isso, foi organizada a 2ª Igreja. ardoroso. Assim que criaram a 2ª Igreja, na Vila Xavier, me transferi para lá. ALELUIA: E havia conversões? Em 1965, fui eleito presbítero. O Abel: Sim, inúmeras! Eram feipastor, à época, chamava-se Alí- tos muitos cultos nas casas. E as rio. No mesmo ano, a Ruth, minha pessoas procuravam os líderes, pediam que cultos fossem feitos em esposa, foi eleita diaconisa. Edição 405

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Família IPRB 40 anos - Nossos pioneiros suas residências. Tinham até de esperar porque eram muitos cultos já programados. ALELUIA: E a igreja ia crescendo? Abel: Crescia bastante. Na época do pastor Nilton Tuller, a IPI cresceu muito em Assis. Ele era muito dinâmico. ALELUIA: E de que o senhor se lembra quanto ao pastor Abel? Abel: Ele foi para o avivamento porque viu que a igreja precisava de renovação espiritual. Ele começou a desejar o poder espiritual que havia no avivamento, queria poder do Espírito para pregar. E depois, quando estava no movimento de renovação, era muito usado por Deus. Ele orava e havia pessoas endemoninhadas que eram libertas. Tinha visões e revelações espirituais. ALELUIA: Havia gente que não aceitava o avivamento? Abel: Existiam, sim, pessoas que eram muito resistentes e se opunham à renovação espiritual. Muitos não criam nos dons. ALELUIA: O senhor participou de uma reunião histórica em Arapongas, em 1972? Abel: Participei. Foi a “Quarta Reunião de Líderes de Avivamento Espiritual” em Arapongas. Meu nome está lá em um documento que assinamos em 21 de abril de 1972. Eu era presbítero representante de igreja. (O Jornal Aleluia de abril de 1974, página 2, tem a lista de pessoas que assinaram o documento.)

que o senhor está sendo demitido do seu serviço.” A razão era uma só: as divergências doutrinárias. Eu havia abraçado ardorosamente o avivamento.

ALELUIA: E havia muito trabalho de evangelização no começo da IPIR?

Abel: Um homem a quem sou muito grato. Seu nome: Loudomiro Carneiro, o Mirinho. Ele tinha uma função de gerência na CEAALELUIA: O senhor se lembra GESP de Assis e conseguiu trados nomes de algumas pessoas balho para mim na CEAGESP de que assinaram o documento? Paraguaçu Paulista, onde trabalhei Abel: Dentre os pastores, estavam por vários anos até me aposentar. José Zaponi, Nilton Tuller, Ner de ALELUIA: Depois da divisão, os Moura, Laércio Dias, Jessé de Anrenovados ficaram sem templo? drade, Saulo Franco de Melo, Abel Amaral Camargo, Adolfo Neves, Abel: Ficaram. O pastor Abel e os Palmiro Francisco de Andrade, Jo- que com ele saíram da IPI foram bel Cândido Venceslau, Joaquim para um barracão onde funcionara Ferreira Bueno, Walter Batista de uma oficina mecânica. Do templo Carvalho. Dentre os presbíteros lindo em que estávamos na 1ª IPI estavam: Jamil Josepetti, José Fer- fomos para um barracão. Ali conandes Pedrosa, Cornélio Pinheiro meçaram os cultos da IPIR. Lemda Silva, Ary Bernini, Alvim Casbro-me de que o povo, curioso, ia tro e Souza e vários outros. (A reà 1ª IPI e também ao barracão para lação está na edição do Aleluia de ver o que acontecia. abril de 1974, página 2.) ALELUIA: O que chamou a ALELUIA: E como foi a reunião? atenção do senhor nesse período? Abel: Durou a noite toda. Os líderes se retiravam para discutir Abel: As conversões que havia, o algum tema, depois traziam ideias grande número de pessoas que repara o plenário. Foram longas ho- cebiam o batismo com o Espírito ras de debates. No dia seguinte, Santo. Mas a divisão da igreja foi pela manhã, foi tomada a decisão algo triste. Na mesma família, um ficava na IPI, outro saía. de que se aceitava o avivamento.

ALELUIA: O que mais marcou o senhor no início do avivamento na IPI?

to Santo como bênção para todos os crentes, críamos no exercício dos dons espirituais para os nossos dias, recomendávamos a necessidade de corrigir exageros; também recomendávamos a glorificação a Deus nos cultos e nas reuniões de oração, de forma espontânea. Ali também declarávamos que aceitávamos, por serem bíblicos, o cumprimento com a paz do Senhor, a unção com óleo, etc.

Abel: Sim, eram feitos inúmeros trabalhos evangelísticos. Cultos ALELUIA: Quem lhe ajudou eram realizados nas praças. Pessoas se convertiam e iam para a igreja. nesse momento?

No entanto, embora a divisão ALELUIA: Qual foi a reação da liderança da Igreja Presbiteria- tenha sido algo triste, saí contente porque a obra do avivamento era na Independente? muito gostosa. Eu tinha prazer naAbel: Por causa do avivamento, mui- quele movimento. Havia muito tratos membros da IPI foram excluídos. balho conjunto, muito ardor. ALELUIA: Mas já havia nasciPresbitérios executado a Igreja Presbiteriana Inderam sumariamente paspendente Renovada? tores e presbíteros, que Abel: Ainda não. Éramos, ainda, perderam seus campos da IPI. Esse documento foi ende- e cargos na igreja. reçado ao Rev. Dr. José Coelho ALELUIA: E o seu Ferraz, presidente do Supremo trabalho na 1ª IPI Concílio da IPI. de Assis sofreu alguALELUIA: O que era esse docu- ma consequência? mento? Abel: Por causa do Abel: Era uma declaração de que avivamento, perdi o não podíamos cumprir em nossas emprego como zelaigrejas a resolução do Supremo dor da 1ª IPI de Assis. Concílio da IPI contrária ao aviva- O reverendo Azor me mento, por questão de consciência. chamou e me disse: Nesse documento, declaramos que “Cumpre-me o dolocríamos no batismo com o Espíri- roso dever de dizer ABRIL 2015

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Jornal Aleluia

Abel: O que mais me marcou foram as manifestações de dons espirituais. Havia revelação, profecias que se cumpriam, dons de línguas. Havia também libertação de endemoninhados. Isso nunca tínhamos visto. Muitas pessoas eram curadas de suas enfermidades. Quantas conversões sinceras nós testemunhamos. A trajetória da igreja é muito curiosa. Sem o avivamento, a igreja estava parada; com o avivamento a igreja cresceu. ALELUIA: E como foi seu trabalho na IPR de Paraguaçu Paulista? Abel: Em Paraguaçu, lembro-me de que, no princípio, os cultos eram realizados nas casas. Depois, foi organizada a igreja. Fui um dos membros fundadores. Trabalhei com diversos pastores. Dentre eles: João Batista de Oliveira, Josué da Silva e outros. Com o crescimento da igreja, fui incumbido de tomar conta de um ponto de pregação. O trabalho cresceu, tornou-se congregação e hoje é a II IPR, onde sou membro. Dou graças a Deus pela tão rica oportunidade que ele me tem dado de servi-lo.

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IPR de Colorado, PR, comemora um ano de inauguração do novo templo e conta parte de sua história Chegamos a Colorado, PR, no dia 14 de dezembro de 2004. Encontramos um pequeno número de irmãos que, junto conosco, estavam desejosos de trabalhar para o Senhor. Éramos congregação da 4ª IPR de Maringá.

A igreja não tinha condições de se autossustentar. O salão alugado, na rua Alagoas, estava em péssimas condições. Mas o Senhor nos deu graça e fomos, aos poucos, fazendo as reformas necessárias em toda a estrutura interna e externa para dar mais conforto e segurança a todos. Ficamos neste local por cinco anos, onde, junto com os membros, fomos trabalhando e o Senhor foi acrescentando aqueles que ele havia chamado.

meçamos a guardar dinheiro para comprar um terreno. Quando o local que queríamos foi loteado, já tínhamos parte do dinheiro. Compramos o terreno, e o restante que faltava seria pago em um ano. Contudo, Deus nos abençoou e em seis meses quitamos nossa dívida. Era julho de 2011.

los fechado, louvado seja Deus! Sabíamos que Deus iria conosco nesta jornada desafiadora.

Em agosAgora, outro desafio es- to do mesmo tava às portas, a construção ano, tínhado templo. A igreja estava mos apenas muito feliz. Sonhamos e pla- R$ 35.000,00 para iniciar. Adnejamos como seria, mas não quirimos os pré-moldados para havia condições financeiras a construção. Neste mesmo mês, para tal. Sempre confiando iniciamos a construção, contando na intervenção do Senhor e com irmãos e irmãs num grande trabalhando com afinco, fomos mutirão. E, dia a dia, Deus enviagranjeando recursos para cons- va os recursos necessários para truirmos nossa igreja. Todos, des- prosseguirmos. de o menor ao maior, tinham esse Com 70% da obra concluída, projeto no coração. Respirávamos Deus me orientou a comprarmos esse sonho e trabalhávamos por o terreno ao lado para fazer um ele. estacionamento. Assim o fizemos.

Então, em 2012, Deus começou a mover em nosso favor. Ganhamos todos os projetos. Quando estava no escritório do engenheiro, definindo os detalhes, recebi uma ligação dizendo que um doador Em 2009, precisamos mudar de anônimo estava nos enviando tijosalão. O aluguel estava muito caro los e que eu (Pr. Vanderlei) deveria e não havia mais condições de recebê-los no terreno. Quando lá permanecer ali. Procuramos outro cheguei, era um caminhão de tijoambiente e alugamos um salão na rua Dep. Branco Mendes, nº 770. Era um bar, e foi preciso fazer uma reforma completa no local.

Compramos, parcelado, e continuamos o trabalho. Todos os feriados, finais de semana, dias de folga, eu e os varões valorosos da igreja estávamos, desde o nascer do sol até o findar do dia, trabalhando duro e louvando a Deus com muito amor. As mulheres se revezavam em equipes e faziam os mais deliciosos almoços, cafés,

Em todo esse tempo, tínhamos em nosso coração o desejo de construir um templo. Com muita oração e trabalho, em 2009 co-

contribuindo nesta tarefa tão gloriosa. Em novembro de 2013, com um ano, um mês e vinte cinco dias, terminamos a construção, totalizando a área construída de 401 m², situada na rua Espírito Santo, nº 320, Jardim Deville II. No dia 9 de novembro de 2013, inauguramos nossa igreja. Nessa ocasião, também fizemos sua organização, com 111 membros arrolados. Não há palavras para descrever nossa gratidão a Deus. A ele sejam toda honra e glória. Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rm 11:36). Aos membros dessa igreja, homens e mulheres de valor, que o Senhor os abençoe ainda mais, mantendo nosso lema: “Ninguém é tão bom sozinho quanto todos nos juntos”. Pr. Vanderlei Silva Santos Colorado, PR

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