ANO XLIII - MAIO/2014 Nº 395
Uso de imagem autorizado pela Folha de São Paulo
Pr. Enéas Tognini, pioneiro da renovação espiritual nas igrejas históricas brasileiras, comemora 100 anos
Págs. 8 a 14
Culto de gratidão a Deus pelo centenário do Pr. Enéas Tognini, na Igreja Batista do Povo, SP, com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alkimin.
O uso do tempo pela mulher na atualidade
O cristão e o trabalho
Pr. Enéas Tognini
Igreja em ação
O tempo se revela para nós como um inimigo feroz a ser vencido.
A história do 1º de maio é marcada pela celebração das conquistas dos trabalhadores.
Fundadores da IPRB relatam como foi a influência do Pr. Enéas Tognini sobre eles.
Discipulado, comemorações, eventos, retiros... Saiba o que as IPRs de todo o Brasil estão fazendo.
Pág. 2
Págs. 6 e 7
Págs. 10 a 13
Págs. 3, 5 e 16
Artigo
O uso do tempo pela mulher na atualidade
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor”. (Ef 5:14-17).
N
ada mais propício para os dias de hoje como falar sobre “remir o tempo”. Como serva de Deus com múltiplas funções, estou bem certa de que o bom uso do tempo reflete as nossas conquistas. Nossos objetivos são alcançados à proporção em que nos tornamos donas do tempo que Deus nos permite viver nesta terra.
Um inimigo a ser vencido O tempo se revela para nós como um inimigo feroz a ser vencido. Contudo, quando o “vencemos”, ele se torna nosso aliado. “Correr contra o tempo” é uma expressão que reflete as muitas atividades da mulher na modernidade e a sua capacidade em desempenhá-las. Não adianta fugir dessa corrida, é preciso buscar habilitação para superar os obstáculos e chegar triunfante ao final da jornada.
O que é o tempo? Apesar das muitas definições de “tempo”, ninguém consegue conceituá-lo de modo exato. Em uma definição bem básica, pode-se dizer que “o tempo é o espaço entre o começo e o fim de uma ação”. Particularmente, penso que o tempo seja aquele espaço dentro da eternidade que nos é concedido para vivermos na terra, pois o tempo não existe no além, para onde vamos. Sei também que o tempo é o hoje, pois o ontem passou e não mais nos pertence, e o amanhã pertence a Deus. “Hoje” é o dia ideal para refletirmos acerca daquilo que fazemos de nosso tempo.
O tempo e as prioridades O tempo traz benefícios para a vida, como oportunidades para realizações, amadurecimento e cura das feridas adquiridas no decorrer dos dias. Em contrapartida, ele traz também os resultados do que foi mal administrado e não aproveitado devidamente. A Bíblia diz que somos “povo de Deus”, “família celestial”, “peregrinos e forasteiros na terra”. Mas é fato notório que, apesar de não sermos deste mundo, vivemos nele o tempo da vida que temos na carne. E, convenhamos, é muito difícil definir prioridades. Precisamos muito da direção do Espírito Santo para nos ajudar a priorizar as atividades que a vida nos exige, dentro do tempo que ela nos oferece. Além de definir prioridades, necessitamos retomar o senso de “domínio”, a fim de fazermos do tempo nosso aliado e não nosso inimigo. Quando Deus fez o primeiro casal deu-lhes o poder de “dominar”, com autoridade e sabedoria sobre a criação 2
(Gn 1:29-30). Tal prerrogativa somente é resgatada mediante a vida transformada por Cristo e dirigida pelo Espírito Santo, já que o “domínio próprio” é fruto do Espírito disponível para o salvo (Gl 5:22).
Remissão do tempo O apóstolo Paulo diz que o tempo deve ser “remido”. “Remir” é o mesmo que resgatar, tomar de volta, readquirir, tirar do poder alheio. Quer dizer também “aproveitar cada oportunidade”. Paulo também explica o porquê de remir o tempo: “os dias são maus”. De acordo com o versículo, Paulo relaciona o “tempo” com “dias” e relaciona “dias” com “situações”. É realidade inegável que a maldade tomou conta da terra. Pessoas, famílias, entidades, governos, têm sido assolados pelas operações da maldade. O distanciamento de Deus tem levado a humanidade a sofrer todas as consequências desse estado espiritual, sendo as famílias as mais atingidas. A realidade, porém, nos ensina que somente Deus tem poder para agir em situações que fogem ao nosso controle. Assim, “remir o tempo” é uma ação humana; e “dar conta do tempo” exige a ação de Deus. Somente aliados com Deus conseguimos priorizar o que é de mais importância e agir para atingir as metas que traçamos em nossas prioridades.
O importante papel da mulher Salomão escreveu que “toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a destrói com as suas mãos” (Pv 14:1). Edificar e destruir são resultados daquilo que a mulher faz com o seu tempo. Ele também escreveu sobre os resultados obtidos pela mulher que opta por utilizar o seu tempo com virtude e sabedoria (Pv 31:10-31). Deus conferiu à mulher o sublime papel de não só gerar filhos para “encher a terra”, mas de educar filhos para “transformar” a terra. Se por meio da desobediência de Eva veio a maldição sobre a terra, por meio de Maria, a serva obediente, veio a salvação. Eva gerou filhos “em pecado”, mas Maria gerou seu primeiro filho em pureza, para “tirar o pecado do mundo”. Os outros filhos de Maria também buscavam e serviam a Deus (At 1:14). Assim, a mulher tem um papel fundamental na construção do caráter de seus filhos. Eles refletirão, no tempo, aquilo que lhes foi passado com o tempo utilizado pelos seus pais e, principalmente, pelas suas mães.
Como remir o tempo É bem verdade que o decorrer da existência traz desgastes, devido aos próprios
encargos da vida, aos relacionamentos, aos problemas que geram estresses e às ações ininterruptas do inimigo das nossas almas. Se descuidarmos, o tempo se torna aliado do inimigo, quando deixamos que o mau uso dele roube de nós o lugar da devoção a Deus, da família, da igreja e das ações benéficas junto à sociedade. O apóstolo Paulo relaciona o fato de “remir o tempo” a três qualidades: prudência, sabedoria e sensatez. A prudência nos leva a refletir sobre onde andamos, o que fazemos e quais as nossas responsabilidades, a fim de não cairmos nas ciladas que o tempo arma para todos. “Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros” (Pv 24:6). A sabedoria ensina como devemos nos comportar no relacionamento com as pessoas, porque quem vive jogando fora o seu tempo também procura roubar o tempo dos outros. “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4:5). E a sensatez deve nos conduzir à busca incessante da Palavra de Deus para iluminar nossos caminhos e nortear nossos passos na conquista da vitória. Como diz Paulo, a sensatez deve nos levar a escolhas acertadas, tolerando apenas aquilo que nos traga crescimento: “Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos” (2Co 11:19). A sensatez de Abigail salvou muitas vidas da morte (1Sm 25:3,17-34)
Conclusão Aquilo que fazemos de nosso tempo determina os resultados de nossa vida. Tal constatação deve nos advertir, corrigir e, ao mesmo tempo, nos estimular. Se os “dias são maus”, a mais perfeita estratégia de guerra é usar o tempo com sabedoria e transformar isso numa verdadeira arte de bem viver. Se os “dias são maus” e “os tempos trabalhosos” (2Tm 3.1-5), então devemos buscar o aperfeiçoamento, a fim de que “o bem” prevaleça em nossos dias. Por um lado, cuidando com zelo e sabedoria daquilo que adquirimos com o tempo vivido. Por outro, lutando para alcançar aquilo que ainda não adquirimos (Fp 3:13,14). A Bíblia diz que “tudo tem o seu tempo determinado”, diz ainda que “há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.13). Isso quer dizer que o tempo pode agir em nosso favor, se andarmos dentro dos propósitos de Deus, pois Ele mesmo nos “aperfeiçoará, confirmará, fortificará e estabelecerá” (1Pe :10). Lutemos, portanto, para transformar o tempo que ainda temos em valores eternos. Ev. Alaid Schiavone Schimidt Maringá, PR
Jornal Aleluia
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MAIO 2014
Igreja em ação
IPR de Aracaju, SE, comemora o Dia Internacional da Mulher “Mulher, você é especial para Deus” foi o tema da noite preparada pela IPR de Aracaju especialmente para as mulheres, no dia 7 de março de 2014.
missionária Cláudia Josepetti de Andrade.
Abrilhantaram também a noite o grupo musical Dissonance, com seus belos louvores, e a Drª Carla Verena, falanAs mais de 300 do sobre a saúde da mulheres ali presen- mulher. tes foram ricamente abençoadas com a mensagem: “Mulher, você tem grande valor”, ministrada pela
IPR de Paraguaçu Paulista, SP, celebra 38º aniversário Nos dias 15 e 16 de março, a IPR de Paraguaçu Paulista comemorou seus 38 anos de emancipação com uma grande festa de agradecimento a Deus. Na ocasião, ministrou a Palavra do Senhor o Pr. Jetro, pastor das igrejas 1ª Batista de Junqueirópolis e 3ª Batista de Andradina, SP.
IPR de Florianópolis, SC, completa 10 anos
Sob a direção do Pr. Fábio Ramos da Silva, a IPR de Paraguaçu caminha com a visão de crescimento e maturidade para o ano de 2014. “Vemos as pessoas sendo renovadas e desejando ganhar almas para Jesus”, afirmou a irmã Estefânia Malzinoti Ramos da Silva.
Em 23 de março, a IPR de Florianópolis comemorou seu 10º aniversário. Na ocasião, ministrou a Palavra o Pr. Jadilso Crispim, presidente do Presbitério Catarinense, que explanou acerca dos feitos de Deus sobre o povo de Israel, com base em 1Co 10:1-13.
Pr. Jaaziel Vieira em deixar Arapongas, PR, para implantar o trabalho renovado na capital catarinense.
Hoje a igreja é consolidada, respeitada e reconhecida na região. “Essa celebração foi um momento memorável para a igreja, que vem colhendo os frutos do empenho na Ao relembrar a história da IPR de realização do PESC”, informou o Florianópolis, a igreja encheu-se de Pr. Daniel dos Santos. gratidão a Deus pela disposição do
IPR Central de Assis, SP, realiza #UNIDOS-ACAMP2014 Formatura de PGs de discipulado em Mirassol D’Oeste, MT
A IPR de Mirassol D’Oeste realizou, em 15 de março, mais uma formatura de Pequenos Grupos (PGs) de discipulado, demonstrando afinidade com o PESC. MAIO 2014
Edição 395
Na ocasião, também foi feito o Pré-encontro com Deus Vida Renovada. O Encontro com Deus Vida Renovada ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de março.
Em março de 2014, a IPR Central de Assis promoveu o #UNIDOS-ACAMP2014. Participaram do evento a IPR de Tarumã, a 2ª IPR de Paraguaçu Paulista e também a IPB de Wenceslau Braz, SP.
Jornal Aleluia
“Foram momentos edificantes na presença do nosso Deus. Os louvores e a Palavra ministrada tocaram profundamente os nossos corações”, informou o irmão Carlide Gonçalves da Silva. 3
Institucional
Junho
Crise: uma oportunidade para Deus agir é uma
mensagem inspiradora. O autor nos convida a conhecer e a vencer as crises por meio do arrependimento, da confissão e da mudança de atitude. Aceite o desafio de sair da crise. Encha-se de coragem! Literatura que ensina e edifica 4
Jornal Aleluia
1
José Antônio da Cruz
Lençóis Paulista
SP
1
Juarez Casagrande
Umuarama
PR
1
Oziel Vicente de Souza
Cianorte
PR
2
Júlio César de Souza
João Pessoa
PB
2
Vitor Hugo Ribeiro Bolonhêis
Paranacity
PR
3
Alexssandro M. M. Sobrinho
Rio das Pedras
SP
3
João Luiz da Silva
Recife
PE
3
Jônatas Scheiffer Petroski
Ponta Grossa
PR
3
Laudemir Fernandes Simões
Campo Grande
MS
3
Mário de Jesus Arruda
Osasco
SP
3
Valdir Bielinki
São Fco. do Sul
SC
3
Waldemar Porto Filho
Goiânia
GO
4
Luiz Carlos de Oliveira
Contagem
MG
5
Daniel dos Santos
São José
SC
5
Gilberto Cavaleiro
Assis
SP
6
Adilson Nascimento Passos
Pau Brasil
BA
6
Ivailton José Soares
Anápolis
GO
6
João dos Santos Almeida
Teófilo Otoni
MG
6
José A. Araújo dos Santos
Isesaki-Shi
JP
6
Josué de Paula Alves
Sinop
MT
6
Paulo Fernando C. Mendes
Roswell
USA
7
Gilberto M. dos Santos
Campo Grande
MS
8
Isac Rodrigues
Bauru
SP
8
José Ferreira da Costa
Curitiba
PR
9
Gilberto Pinto Reis
Carapicuíba
SP
9
Hairton G. de Carvalho Júnior
Assis
SP
9
Haroldo N. de Almeida Sobrinho
Presidente Prudente
SP
9
Israel Fermino da Silva
Auriflama
SP
10
Cândido Diniz Santos Neto
Paço do Lumiar
MA
10
Daniel Júnior Dutra Pessoa
Jaguapitã
PR
10
Mônica da S. Emiliano Cunha
Brasília
DF
10
Sebastião Donizetti Guerra
Brasília
DF
11
Dorival Ferreira Cavalcante
Campo Grande
MS
11
Gustavo V. Rodrigues Pivo
Piedade
SP
11
Pablo R. Santana Ferreira
Mascote
BA
11
Valdeci José Gonçalves
Barueri
SP
12
Antenor Pedro dos Santos
Atibaia
SP
12
Jairo Silva de Oliveira
Alta Floresta
MT
12
João Batista Fernandes
Recife
PE
12
Marcelo de Paulo Melo
Catalão
GO
12
Nei Alves de Souza
Betim
MG
13
Davi Alves Soares
Edealina
GO
13
Erivelto Bezerra Maia
Jussara
GO
13
Nilson Romacheli Filho
Arapongas
PR
14
Marcos A. M. de Andrade
Eunápolis
BA
15
Eduardo de Lima
Maringá
PR
15
Estefânia Malzinoti R. da Silva
Paraguaçu Paulista
SP
15
Josafá Pereira Dominoni
Cassilândia
MS
15
Marcos da Silva Orlandi
Socorro
SP
16
Waldecy Barbosa
Samambaia
DF
17
Renato Jônatas Muniz Pereira
Jales
SP
18
Adilson Brússolo
Assis
SP
18
Alzino Silva Jardim
Ribeirão das Neves
MG
18
Arisomar Ribeiro dos Santos
Paranoá
DF
18
Digeral Panato Pereira
Cianorte
PR
18
Marcos Roberto S. Borges
Pinhais
PR
18
Vanderlei N. Moraes
Teófilo Otoni
MG
19
Cleydson G. Vasconcellos
Campo Grande
MS
19
Júlio César da Silva
Ritto
JP
19
Luiz Fernando Martins Souza
Anápolis
GO
19
Minelvino Barbosa de Souza
Ariquemes
RO
20
Josué da Silva Santos
Ouro Verde de Minas
MG
21
Daniel de Souza
Douradina
PR
21
Domingos Leal da Silva
Diamantina
MG
21
Edson Luiz de Oliveira
Sabáudia
PR
22
Divonsir Carneiro de Vargas
Ponta Grossa
PR
22
Hoeserlei Cândido Pereira
Altônia
PR
22
João Nogueira de Almeida
Presidente Prudente
SP
22
Shirley Pereira de M. Porto
Araçariguama
SP
22
Thiago Vinícius Cunha
Anápolis
GO
23
Denilson Vieira
Arapongas
PR
23
Joaquim Moreira dos Santos
Paracatu
MG
23
Mauro Lopes Pereira
Itamonte
MG
23
Rogério Galvão Mendes
São Luís
MA
23
Vanderlei de Souza Mello
Maringá
PR
24
João Batista de Moura
Igarassu
PE
24
João Batista de Oliveira
Ponta Grossa
PR
24
João Batista Negrini
Marechal C. Rondon
PR
24
João Batista P. de Medeiros
Natal
RN
24
João Paulo Marin
Londrina
PR
24
João Ramos de Oliveira
Matinhos
PR
24
José Batista de Oliveira
Cornélio Procópio
PR
24
José M. de Cerqueira
Camacan
BA
24
Manoel Hipólito Pedroso
Monte Aprazível
SP
25
José Alves de Almeida
Gama
DF
25
José Dias de Souza
São Bern. do Campo
SP
25
José Francisco Urtado
Madrid
ES
26
Ariston Pereira da Silva
Santa Maria
DF
27
Laudeci Santana
Ilhéus
BA
27
Vanderley Fiori Barizon
Umuarama
PR
28
Paulo Caldas Sobrinho
Jaru
RO
28
Rogério Wagner Resplande
Xinguara
PA
29
Belarmino Roberto Filho
Betim
MG
30
Adriano Alvim de Assis
Ipatinga
MG
30
João Marcos Albertoni Brizola
Maringá
PR
30
Wilson Silva de Souza
Brasília
DF
Edição 395
MAIO 2014
Igreja em Ação
Carlinhos Félix na Noite Jovem da IPR de Aracaju, SE
IPR de Ibirarema, SP, desfruta de comunhão em retiro Com base no tema “União entre irmãos” (Sl 133), o Pr. Silcrei ministrou uma propícia Palavra aos irmãos da IPR de Ibirarema, em 04 de março de 2014. Além do saboroso banquete espiritual, os irmãos também deleitaram-se com o caprichado café da manhã e o saboroso almoço que lhes foram preparados.
A IPR de Aracaju, SE, recebeu o cantor Carlinhos Felix em sua reunião de jovens denominada Noite Jovem. Na noite do dia 22 de fevereiro de 2014, mais de 1000 jovens se reuniram para adorar a Deus com canções que marcaram gerações e até hoje têm despertado corações para se renderem a Deus em louvor. “Deus falou poderosamente aos jovens por meio das canções e, sobretudo, da Palavra ministrada”, afirmou o Pr. Marcos Andrade.
A ocasião também foi oportuna para comemorar o aniversário do Pr. Silcrei. Durante a tarde, houve uma dinâmica com perguntas bíblicas. “Foi muito produtivo aprimorar nosso conhecimento bíblico descontraidamente”, afirmou o Pr. Silcrei.
Carlinhos Felix esteve ainda nos dois cultos de celebração, no domingo, ocasião em que gravou um clipe para SONY Music da nova música “Não posso me calar”.
2ª IPR de Governador Valadares, MG, em festa A 2ª IPR de Governador Valadares, MG, completou 40 anos em 20 de janeiro de 2014, e reservou o mês de março para comemorar. Em 15 de março, alguns irmãos que contribuíram substancialmente para a obra do Senhor e fizeram a história da 2ª IPR foram homenageados.
representando diversos setores da Em 27 de março, foi realizada sociedade, entre eles o presidente uma reunião especial na Câmara da Câmara Municipal, o vereador Municipal de Gov. Valadares em Geovanne Honório e o vereador homenagem à 2ª IPR. Glêdston Guetão.
Na manhã do dia 16, foi celebrado um culto de gratidão a Deus, com a presença de autoridades comunitárias, civis, militares (Exército, PM e Bombeiros) e eclesiásticas. Sob a regência do Maestro Rômulo Jr., a orquestra da 4ª IPR de Gov. Valadares tocou o Hino Nacional e alguns hinos históricos da IPRB.
Sebastião Cândido Francisco converteuse a Jesus em 1980. Por ter sido macumbeiro, sua conversão repercutiu bastante. Serviu ao Senhor por 34 anos, como servo fiel e exemplar, diácono dedicado, zeloso na Palavra. Em 5 de janeiro de 2014, o Senhor o levou para o lar celestial. Sebastião deixa esposa, Maria das Graças Marciano, e um filho, Jeremias Marciano Francisco. Ambos membros da IPR de Lambari, MG.
Na ocasião, pregou a Palavra o Pr. Marcos Pereira de Andrade, vice-presidente da IPRB. Ao término do culto, a igreja ofereceu almoço aos 830 irmãos e amigos presentes. A noite de domingo foi a festa de encerramento. Havia vários convidados ilustres, MAIO 2014
Edição 395
Falecimento
O Pr. Silva presta sua homenagem à irmã Graça pela esposa dedicada e fiel que foi, informou o Pr. Agenor Pereira da Silva.
Jornal Aleluia
5
Artigo
O cristão e o t trabalhadores protestaram contra as exemplo: em 1º de maio de 1940, condições desumanas de trabalho. o presidente Getúlio Vargas instituiu Mais tarde, em 1919, na França, o salário mínimo, o qual deveria suo senado francês ratificou a jornada prir as necessidades básicas de uma diária de trabalho de 8 horas e pro- família; em 1º de maio de 1941, foi clamou o dia 1º de maio como feria- criada a Justiça do Trabalho para do nacional. O Dia do Trabalho ou resolver as questões judiciais relao Dia do Trabalhador ganhou uma cionadas às relações de trabalho e data especial para ser comemorado. aos direitos dos trabalhadores; em 1º de maio de 1943, foi anunciada a Reivindicações trabalhistas em Chicago, 1886 No Brasil, em setembro de 1925, Consolidação das Leis do Trabalho A história do 1º de maio é mar- o presidente Artur Bernardes baixou – CLT para regulamentar as relações cada pela celebração das conquis- um decreto instituindo o dia 1º de individuais e coletivas de trabalho. tas dos trabalhadores. Começou em maio como feriado nacional. VáAo longo da história, como aconChicago, Estados Unidos, no mês de rias vitórias para os trabalhadores teceu com outras datas comemoramaio de 1886, quando milhares de aconteceram num 1º de maio, por
tivas importantes, o real significado do 1º de maio foi esquecido. Embora ainda sejam organizadas manifestações e eventos culturais, muitas pessoas veem no calendário o Dia do Trabalho apenas como um dia em que não têm de trabalhar, uma folga.
trabalho é uma bênção. Desde o princípio, Deus ensinou, com o trabalho da criação, o exemplo a ser seguido pelos homens. Trabalhou seis dias e, após ter descansado no sétimo, não mais parou de trabalhar. Deus atua na providência, no cuidado e no sustento das obras de suas mãos. O próprio Jesus afirma em João 5:17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
mor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens” (Efésios 6:5-7).
O
Deus colocou o homem no jardim do Éden para o lavrar e guardar a fim de que andem decentemente (Gênesis 2:15). Embora o primeiro aos olhos dos que são de fora e não dia do homem tenha sido o dia do dependam de ninguém.” descanso de Deus, Ele não o deixou ocioso, mas mostrou o que tinha de ser feito para que desfrutasse do O TRABALHADOR CRISTÃO E SEU TESTEMUNHO dom que lhe havia dado (Eclesiastes 3:13). A vida depende do trabalho. É por meio dele que o homem obtém sustento próprio, também dá provisão a sua família e ajuda os necessitados.
no amor ao próximo, não importando a área de atuação, o trabalhador cristão deve: buscar, em Deus, a sua vocação para o trabalho; abandonar a mediocridade (padrão médio), dando sempre o melhor de si; superar suas limitações; ser responsável e diligente em suas atribuições e no seu modo de agir (ser zeloso no cumprimento de horários, demonstrar respeito e cooperação, ser sincero e fiel, tratar os outros como gostaria de ser tratado); fazer além do que lhe é pedido; não contradizer nem maldizer o patrão; não defraudar (enganar); honrar, respeitar e obedecer às autoridades; buscar, diuturna e incansavelmente, a ilimitada fonte de sabedoria e de inspiração que há em Deus.
O cristão precisa ter consciência de sua responsabilidade como exemplo de trabalhador. Afinal, é sabedor de que, de todas as suas ações e omissões, prestará contas a Não pode existir na vida do cris- Deus. O padrão de excelência ensitão lugar para a preguiça nem para nado por Jesus é, ao mesmo tempo, a ausência de trabalho. O sábio es- simples de entender e profundo na critor de Provérbios (6:6-11) oferece ação: “Se alguém te obrigar a andar conselhos baseado em suas observa- uma milha, vai com ele duas” (Mações do trabalho diligente da formi- teus 5:41). ga. O apóstolo Paulo, em 1 TessaloO trabalhador cristão é abençoO trabalhador tem a confiança do nicenses 5:11-12, recomenda: ado quando honra a Deus com seu patrão quando cumpre a orientação “Esforcem-se para ter uma vida trabalho e obedece aos preceitos bí- bíblica: tranquila, cuidar dos seus próprios blicos, buscando o padrão de Cristo. “Vós, servos, obedecei a vossos negócios e trabalhar com as próUma vez que o fundamento da fé senhores segundo a carne, com teprias mãos, como nós os instruímos; cristã é alicerçado no amor a Deus e 6
Jornal Aleluia
Mobilizações trabalhistas no governo Vargas
Isto se aplica tanto aos patrões que professam a mesma fé quanto aos incrédulos. O testemunho do cristão abre uma porta para o evangelho no coração do não crente e o impede de blasfemar contra Deus (I Timóteo 1:2; 6:1-2; Tito 2:9-10; I Pedro 2:18-19). Além disso, o próprio trabalhador colhe os frutos de seu comportamento: do patrão recebe reconhecimento profissional e, muitas vezes, adequação pecuniária de seus proventos; do Senhor, a recompensa pelo bem que praticou (Efésios 6:79, Colossenses 3:23-24). Por ser o trabalho fonte de bênçãos, o trabalhador cristão deve rejeitar a tendência moderna de autocomiseração e de sentimento de injustiça permanente, como está escrito em Romanos 12: 2: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” Edição 395
MAIO 2014
Estudo Bíblico
trabalho O CRISTÃO COMO EMPREGADOR
A
l u t a por melhores condições de trabalho foi o marco original do dia do trabalhador. Assim, grandes responsabilidades recaem sobre os ombros dos patrões, especialmente do patrão cristão, pois a este não cabe apenas administrar tudo o que Deus confiou em suas
Tela “Operários” de Tarsila do Amaral
mãos, mas expressar o testemunho de Cristo em suas ações e relacionamentos interpessoais. Ele deve lembrar-se do preceito expresso em Colossenses 4:1: “Vós, senhores, dai a vossos servos o que é de justiça e equidade, sabendo que também vós tendes um Senhor no céu”.
A questão dos direitos e do salário do trabalhador deve ser sempre zelada com apreço: “Ai daquele que edifica a sua casa com iniquidade, e os seus aposentos com injustiça; que se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o pois não há o cuidado com corpo como templo do Espírito Santo. salário.” (Jeremias 22:13). O homem sem moderação coMuitos textos bíblicos corroboram este zelo, dentre os quais loca o trabalho como fim em si mesmo (Eclesiastes 2:10,11), perdestacam-se Malaquias 3:5 mite que ele seja o senhor de sua “E chegar-me-ei a vós para ju- vida (Mateus 6:24) e seja corromízo; e serei uma testemunha veloz pido pela cobiça e pela ganância. [...] contra os que defraudam o Agindo assim, o homem, lamentatrabalhador em seu salário, a vi- velmente, transforma a bênção do úva, e o órfão, e que pervertem o trabalho em pecado. Além disso, direito do estrangeiro, e não me inúmeras pessoas que se aprestemem, diz o Senhor dos exérci- sam em enriquecer, muitas vezes, tos” agem com desonestidade, mentem e defraudam o próximo. e Tiago 5:4: “Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos”. MODERAÇÃO: UMA PALAVRA DE ORDEM
Como imitador de Cristo, o patrão cristão deve desenvolver uma Temperança significa ter equiliderança saudável sobre aqueles líbrio nas atitudes. É uma virtude, que tem sob seu comando, conforuma qualidade que faz com que me os preceitos do Antigo Testaa pessoa seja comedida. A obsesmento, em Deuteronômio 24:14: são pelo trabalho, ou seja, a des“Não oprimirás o trabalhador proporcional devoção ao emprego pobre e necessitado, seja ele de acaba rompendo a comunhão e teus irmãos, ou seja dos estran- intimidade com Deus, danificangeiros que estão na tua terra e do os relacionamentos familiares e pessoais e prejudicando a saúde, dentro das tuas portas”. Este ensino é confirmado no Novo Testamento, em Efésios 6:9: “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas”. MAIO 2014
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Charlie Chaplin, em “Tempos modernos”
OBRA DE DEUS: UM TRABALHO PERMANENTE
Jesus ensinou a buscar primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas pelas quais os homens têm seus corações inquietos serão acrescentadas (Mateus 6.33). Deus estabeleceu o propósito da existência do trabalho. O cristão, portanto, deve cuidar para não lhe atribuir motivo e importância equivocados. Em João 6:27 está clara a motivação:
tanto no trabalho como na vida. E que a bênção e a alegria do Senhor sejam constantes àqueles que, além de executarem seu ofício diário, trabalham na obra dele.
*** Abaixo, o hino "Felicidade no serviço", do hinário Cantor cristão, a todos os trabalhadores do Reino:
No serviço do meu Rei eu sou feliz, Satisfeito, abençoado; Proclamando do meu Rei a salvação, No serviço do meu Rei. No serviço do meu Rei eu sou feliz, Obediente e corajoso; Na tristeza ou na alegria sei sorrir, No serviço do meu Rei. No serviço do meu Rei eu sou feliz, Jubiloso e consagrado; Ao seu lado desafio a todo mal, No serviço do meu Rei.
No serviço do meu Rei eu sou feliz, “Trabalhai não pelo alimen- Venturoso e decidido; to que perece, mas pelo alimento Quanto tenho no serviço gastarei, que permanece até a vida eterna, No serviço do meu Rei. e que o Filho do Homem vos dará, pois a este, Deus Pai o assinalou No serviço do meu Rei com seu selo.” Minha vida empregarei; Que a reflexão sobre o valor e Gozo, paz, felicidade, significado do trabalho e que o co- Tem quem serve a meu bom Rei. nhecimento do trabalho para o Senhor opere em cada leitor a transformação de sua mente, de forma a expressar um comportamento Gisele Veríssimo Paes no padrão da excelência de Crisé advogada empresarial to e o nome dele seja glorificado em Arapongas, PR
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Homenagem
Pioneiro da renovação espiritual no Brasil completa 100 anos
Enéas Tognini completou cem anos em abril de 2014. Nascido em 20 de abril de 1914, filho de imigrantes italianos, paulista de Avaré, Tognini é casado com Elia Tognini (sua segunda esposa) há mais de 30 anos, e tem três filhas (frutos de seu primeiro casamento, com Nadir França Lessa, de quem ficou viúvo em 1980), três netos e um bisneto.
As gerações mais novas que estão em nossas igrejas talvez não conheçam o pastor Enéas Tognini. Pastor batista, respeitado em todo o meio evangélico nacional, ele é um dos grandes nomes na história do avivamento brasileiro nas igrejas históricas na década de 1960. Autêntico desbravador, viajou por todo o Brasil pregando a mensagem do avivamento. Nesta edição, o Jornal Aleluia presta homenagem ao pastor Enéas pela comemoração do seu centenário. Assinante do Jornal Aleluia há décadas, mantém-se informado sobre o que acontece entre os presbiterianos renovados.
pastor Enéas é considerado um dos maiores avivalistas de nosso país. Formou-se em teologia no Seminário Teológico Batista do Sul, no Rio de Janeiro e exerceu o pastorado durante vários anos na Igreja Batista. Foi pastor da Igreja Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte, MG (19411946), e da Igreja Batista de Perdizes, SP (1946-1964).
dele que foi expulso da Convenção Batista Brasileira.
O
O batismo com o Espírito Santo Em entrevista concedida à TV Rede Gospel, em 17 de março de 2014, o veterano da igreja brasileira conta que o batismo com o Espírito Santo, em 1958, foi um marco em sua vida. Foi em decorrência
da Vila Mariana, em São Paulo, encerrando, assim, seu ministério itinerante. Fundou ainda o Seminário Teológico Batista Nacional Enéas Tognini, também em São Paulo. Além disso, foi um dos idealizadores e fundadores da Convenção Batista Nacional (CBN), da qual foi presidente por mais de dez anos (1983-1995). Hoje a CBN rai a pedra", "Vidas Poderosas", representa cerca de 1,5 mil igrejas “Passando por Jericó”, "O período em todo o país. interbíblico", utilizado em muitos Enquanto esteve à frente da seminários teológicos pelo país.
A renovação espiritual que experimentara não podia ficar contida, precisava ser compartilhada. Professor e diretor de escolas teológicas e seculares, a partir de 1965 ele abandonou tudo para levar a renovação espiritual Brasil afora. Passou cerca de 18 anos percorrendo o país, apregoando o batismo com o Espírito Santo e a contemporaneidade dos dons espirituais. Igreja Batista do Povo, o Pr. Enéas plantou cinco congregações, que hoje são igrejas emancipadas: São Fundador da Igreja José dos Campos; Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo; DiaBatista do Povo dema; Jardim São Paulo e Vila Granado. Em 2002, aos 88 anos, Em 17 de janeiro de 1981, aos entregou o pastorado ao Pr. Jo66 anos, Enéas Tognini fundou a nas Neves, que vem conduzindo a Igreja Batista do Povo, no bairro Igreja Batista do Povo desde então.
Escritor profícuo Hoje, o Pr. Enéas Tognini é presidente emérito da Sociedade Bíblica do Brasil (a qual presidiu por anos), membro da Academia Evangélica de Letras do Estado de São Paulo, vice-presidente da Igreja Batista do Povo e autor de 48 livros, entre eles: "Batismo no Espírito Santo", “Renovação Espiritual no Brasil”, "Do Conselho do Senhor", "O arrebatamento da Igreja", "Na corda de Jesus", "São Paulo será destruída", "Ti8
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Centenário e com mais de 70 anos de ministério, o Pr. Enéas Tognini não deixou de atuar no Reino. Ele continua pregando, ensinando a Palavra e ainda trabalha no preparo de mais alguns volumes. Não é à toa que Tognini conquistou respeito e reconhecimento ao longo de todos esses anos. É, sem dúvida, um notável líder evangélico brasileiro que influenciou e formou líderes de diversas denominações da igreja evangélica no Brasil, inclusive pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil, como Jonathan Ferreira dos Santos e Décio de Azevedo, e da Igreja Presbiteriana Independente, como Abel Amaral Camargo, Palmiro Francisco de Andrade, Jobel Cândido Venceslau e outros que foram os fundadores da Igreja Presbiteriana Renovada. Portanto, a Igreja Presbiteriana Renovada deve muito ao trabalho do pastor Enéas Tognini. Edição 395
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Homenagem
Eneás Tognini e a criação, em 1963, de um dia nacional de oração e jejum pelo Brasil Pr. Enéas Tognini, durante décadas, levou a igreja brasileira a interceder pela nação no dia 15 de novembro. O povo evangélico reunia-se para orar e jejuar pela pátria. Saiba como o pastor Enéas criou um dia nacional de oração e jejum pelo Brasil.
Não raras vezes, o Pr. Enéas Tognini recebia ameaças, por telefone, por manifestar sua posição contrária ao comunismo em seu programa de rádio, chamado “Renovação Espiritual”, que ia ao ar todos os domingos pela Rádio América, em São Paulo. Nas palavras de Tognini, “o comunismo ganhava terreno espantosamente; combatê-lo era arriscar a própria vida” (1984, p. 58).
endido em Paris. Tratava-se de um plano dos chineses, o “Plano Quinquenal”, para conquistar o Brasil. Segundo o militar, o comunismo era uma força espiritual do diabo, e para combatê-lo só uma força espiritual de Deus. Por essa razão ele chamara o Pr. Enéas Tognini, por entender que nos evangélicos estava a esperança para “salvar o Brasil das garras do comunismo” (idem).
Em abril de 1963, ele foi chaEntão, o Pr. Enéas Tognini famado pelo chefe do serviço secreto lou-lhe de um plano que já nutria do II Exército. O militar falou-lhe em seu coração de conclamar a sobre um documento que fora apre- igreja brasileira a um dia nacional
de jejum pela pátria, à semelhança do que Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos da América, fizera, cem anos antes, em 1863. De posse da mensagem de Lincoln dirigida à nação americana em 1863, o Pr. Enéas Tognini estabeleceu um paralelo entre 1863 e 1963 e redigiu sua mensagem à nação brasileira, da qual extraímos alguns fragmentos:
Em 30 de abril deste ano fez, precisamente, um século que o grande presidente Abraham Lincoln conclamou a nação norte-americana para um DIA DE JEJUM, ORAÇÃO E HUMILHAÇÃO diante do Todo-poderoso, para que Deus tivesse misericórdia daquele país, fustigado por terríveis problemas, ameaçado de divisão e assaltado por impiedoso inimigo [...]
Na presente conjuntura, e nessa hora sem precedente na história da nação brasileira, Deus, somente Deus, o Grande Deus poderá resolver os problemas todos de nosso estremecido Brasil.
E a nação atendeu ao pedido de Lincoln [...] jejuou, orou e se humilhou diante do Todo-poderoso, clamando-lhe por misericórdia; suplicando-lhe que afastasse a negra nuvem que escurecia a grande nação, que resolvesse os aflitivos problemas daquele povo [...] Deus ouviu o clamor do seu povo e abençoou a grande nação [...]
É por isso que, sentindo a gravidade da escura hora presente e ansiando real solução, em nome do Senhor Jesus, convocamos o povo de Deus que peregrina na nação brasileira para santificarmos o dia 15 de novembro de 1963 como DIA NACIONAL DE JEJUM E ARREPENDIMENTO.
E como poderá ter Deus oportunidade no curso dos acontecimentos da vida nacional? Com quem começará? E com quem contará? COM O POVO QUE SE CHAMA PELO SEU NOME! [...]
[...] A nossa pátria enfrenta um período sombrio. Ninguém ignora. A Esta convocação é para todo o povo de Deus, sem fronteiras denomisituação é calamitosa e grave, muito mais do que alguém possa pensar. nacionais [...] As ameaças estão aí, e por toda parte se fazem sentir [...] [...] Onde? Templos – Retiros – Colégios – Seminários – AcampamenHá um testemunho eloquente dado por Leslie T. Lyall, missionário tos – Lares, em todo o lugar. inglês que assistiu à implantação do regime comunista na China de Mao Assim tenha Deus misericórdia de nós, seja propício ao povo – que Tse-Tung. Há semelhança alarmante entre as condições da China daqueles dias com as atuais do Brasil. O clima aqui é propício para um golpe, temeu em arrependimento e se purificou no sangue do Senhor Jesus, e de lá do alto Deus favoreça, salve, liberte e perdoe a nação brasileira. de um momento para o outro [...] Além de ler essa mensagem diversas vezes em seu programa de rádio, o Pr. Enéas Tognini conseguiu uma substancial ajuda financeira para imprimir a mensagem e enviá-la às igrejas do Brasil. Alguns pastores e um bom grupo de irmãos viajaram para Porto Alegre, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e outros lugares levando a mensagem de convocação. Milhares também foram enviadas pelos correios.
do que os evangélicos estavam fazendo. Ele respondeu com dois telegramas de agradecimento. De Norte a Sul, de Leste a Oeste, todos os evangélicos do Brasil jejuaram, oraram e se humilharam diante
de Deus. E o Espírito Santo foi concluíram ser a derrocada do coderramado sobre todo o país. munismo. O Pr. Enéas Tognini e todos os Por muitos anos ainda o dia naque disseram “sim” à conclamação cional de oração e jejum pelo Brasil entenderam que a resposta veio em repetiu-se, ecoando a profundidade 31 de março de 1964, ao que muitos da obra da renovação no Brasil.
No dia 15 de novembro de 1963, o Pr. Enéas Tognini telegrafou ao presidente João Goulart informando-lhe a respeito MAIO 2014
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Entrevista
Pr. Jobel C. Venceslau, um dos fundadores da IPIR e da IPR, conta como foi levado à renovação pelo Pr. Enéas Tognini O Jornal Aleluia convidou o pastor Jobel Cândido Venceslau para falar da influência de Enéas Tognini na história da IPRB. Jobel é pastor em Assis e um dos pioneiros do movimento de renovação na Igreja Presbiteriana Independente. É um dos fundadores da Igreja Presbiteriana Independente Renovada (IPIR) e da Igreja Presbiteriana Renovada. Em visita ao Aleluia, concedeu esta entrevista: ALELUIA - Como foi a sua experiência de chamada para o pastorado? JOBEL - Eu nasci e fui criado em um lar profundamente evangélico. Meu avô foi um dos primeiros crentes do norte do Paraná. Meu pai foi presbítero por aproximadamente 40 anos, pregador do Evangelho, ganhador de almas. Ele teve muitos filhos. Éramos 19 irmãos. Meu pai sempre falava que queria que um de seus filhos fosse pastor. Mas eu não queria saber de ser pastor. Creio que foi a oração dele e o lindo exemplo que me dava que contribuíram para minha mudança de pensamento. Meu pai nunca falou: “Jobel, você precisa orar”. Mas eu sempre via meu pai orando, ajoelhado ao pé da cama, orando pelos pastores, pela igreja. Ele nunca falou que eu precisava ler a Bíblia, mas eu sempre via meu pai lendo a Bíblia. Nunca vi meu pai falar mal de um pastor. Isso foi para mim um grande testemunho, que de alguma maneira falava ao meu coração. Um dia, eu estava trabalhando na roça, em Cianorte, PR, e Deus foi falando ao meu coração. Não foi uma profecia, não foi um sonho, não foi uma visão, não foi um anjo. Nada disso. Foi o meu coração, um sentimento no meu coração. E eu acabei me rendendo. Chamei meu pai e meu irmão, cantei o hino “Quero ser um vaso de bênção” e falei: “Olha, eu sei que vou fazer falta aqui no sítio (eu era como um capataz no sítio), mas eu fui chamado para o ministério e quero me preparar para o ministério”.
Meu pai ficou muito contente. Em 1963, fui para Arapongas, PR, estudar no Instituto Bíblico João Calvino, onde permaneci até 1965. Após a conclusão dos meus estudos, em 1966, com o título de “Provisionado” na IPI, fui para Campo Mourão, PR. Em 7 de maio de 1967 fui ordenado ao pastorado, pelo Pr. Ner de Moura. Isso tudo na IPI. ALELUIA – Como foram os primeiros anos de ministério? JOBEL – Foram anos de muito trabalho. Naquela época, um pastor tomava conta de várias igrejas e congregações. Eu era pastor de uma região que compreendia as cidades de Campina da Lagoa, São José do Pitanga, Nova Cantu, Mamborê, Ivaiporã, Cruzeiro do Oeste, Japurá e Peabiru. Fiquei sete anos dando assistência a toda essa região. Era um enorme campo para eu tomar conta sozinho. Eu tinha um programa na rádio Colmeia, em Campo Mourão, chamado “Brado de fé”; foi um importante veículo de assistência às igrejas, já que o acesso a elas não era fácil. Eu não tinha carro. Andava muito a pé ou a cavalo. Lembro-me de que uma vez fui de Campina da Lagoa à Nova Cantu, cerca de 30 quilômetros, a cavalo. Fiquei doente nessa ocasião, quase morri. Até que, com muito custo, consegui comprar uma bicicleta. Depois de alguns anos, comprei um fusca. Não foi nada fácil essa jornada, mas valeu a pena cada passo. ALELUIA - Como se deu o seu contato com a Renovação Espiritual?
Ordenação do Pr. Jobel, em 7 de maio de 1967. 10
JOBEL - A década de 1960, principalmente a primeira metade, foi marcada pelo início da renovação espiritual nas igrejas. A IPI era fechada para esse assunto. Eu fui influenciado por pastores pentecostais, como o Pr. João
Porte dos Reis e outros. E eu lia muito também. Ainda quando seminarista, comecei a ler os livros do pastor Enéas Tognini, que falavam sobre avivamento, renovação espiritual. Foi então que aderi ao movimento de Renovação. A partir de 1964, comecei a pregar sobre o batismo com o Espírito Santo, dons espirituais, dar estudo nas igrejas, saudar com a “paz do Senhor”, incentivar as palmas durante os louvores, fazer apelos, ungir os enfermos etc. No início, nós, [os da Renovação] não sofríamos muita oposição. No seminário, depois das aulas, a turminha da Renovação se reunia para orar, e as reuniões pegavam fogo. Faziam aquele “barulho” pentecostal. O diretor, Antônio de Godoy Sobrinho, nunca impediu de nos reunirmos, graças a Deus. Como eu dizia, a igreja era fechada, mas não sofríamos muita oposição porque a IPI não tinha uma legislação que previsse isso. Estatutariamente, não havia nada que nos impedisse de apregoar a renovação espiritual. Quando eu assumi a Igreja Presbiteriana Independente de Campo Mourão, eu já tinha essa visão avivalista. ALELUIA – Como foi que aconteceu esse movimento de renovação espiritual nas igrejas do Paraná? JOBEL – Em Cianorte eram realizados grandes encontros de avivamento. Esses eventos deram um grande impulso ao avivamento no Paraná, sobretudo nas regiões oeste e sul do Paraná. Nesses encontros reuniam-se milhares de pessoas. O Pr. Jonathan Ferreira dos Santos foi um instrumento de Deus para a expansão do avivamento, porque o seminário que ele fundou em Cianorte [atual Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte] tornou-se um polo dos encontros de avivamento. Os encontros começaram por volta do final de década de 1960. Aconteciam todo ano. Reuniam-se no seminário cerca de quatro, cinco, seis mil pessoas.
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Havia oração, jejum, Palavra... E era aquele derramar gostoso do Espírito Santo. Isso trouxe um grande avivamento para a região. E, claro, houve pessoas que deram grande contribuição para o avivamento não só no Paraná, mas no Brasil. Um deles foi o Pr. Enéas Tognini, da Igreja Batista; outro foi o Pr. Antônio Elias, da Igreja Presbiteriana no Brasil. O pastor Enéas Tognini viajou por todo o Brasil, por mais de 30 anos, com suas pregações, seus estudos, sua literatura, levando o avivamento. O reverendo Antônio Elias também, com aquela pregação ungida, aquela simplicidade bíblica, promovendo a manifestação do Espírito Santo por onde quer que passasse. Era um homem verdadeiramente encharcado na graça de Deus. Ele e Enéas Tognini foram grandes expoentes da renovação espiritual no Brasil. Certamente as igrejas brasileiras foram muito beneficiadas com o trabalho desses homens de Deus. ALELUIA – Qual foi o impacto da renovação nas igrejas tradicionais?
JOBEL - Os pastores da IPI que aderiram à renovação espiritual começaram a ser excluídos. Na IPI, por exemplo, foram excluídos os pastores Abel Amaral Camargo, Nilton Tuller, Jamil Josepetti, Osvaldo Vieira, Joel do Prado, Adonias Ribeiro de Castro, eu e outros de cujos nomes não me lembro. Na Igreja Batista, o Pr. Enéas Tognini também foi expulso. O Pr. Antônio Elias por pouco não foi expulso da Presbiteriana do Brasil. O avivamento estava no Brasil todo. Então as igrejas histórias começaram a se dividir. Foram criadas igrejas renovadas. Da Igreja Presbiteriana do Brasil saiu a Igreja Cristã Presbiteriana, com o Pr. Jonathan. Da Igreja Batista saiu a Igreja Batista Nacional. Da Metodista saiu a Metodista Wesleyana. Da Igreja Presbiteriana Independente saiu a Igreja Presbiteriana Independente Renovada. Edição 395
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Entrevista ALELUIA – Como aconteceu esse rompimento na IPI? JOBEL - Como eu disse, a IPI não tinha instrumento legal para nos disciplinar. Mas, em janeiro de 1972, o Supremo Concílio se reuniu, em Brasília, e legislou contra o avivamento. Eles proibiram veementemente a saudação com a “paz do Senhor”, bater palmas, unção com óleo, apelos, manifestação de línguas estranhas, pregação sobre batismo com o Espírito Santo e qualquer referência à contemporaneidade dos dons espirituais. Com a legislação em mãos, os presbitérios foram se reunindo e excluindo os pastores. A acusação era de que havíamos nos “pentecostalizado” e a IPI não aceitava o pentecostes. Nós nos desenquadramos do arcabouço doutrinário da Igreja Presbiteriana Independente. Diante disso, nós, que éramos da Igreja Presbiteriana Independente, mas da ala da renovação, nos reunimos e formamos uma outra igreja, com abrangência nacional, com estatuto. Era a IPIR - Igreja Presbiteriana Independente Renovada. Mais tarde começou o “namoro” entre a IPIR e a Igreja Cristã Presbiteriana. As duas eram de renovação. Um grupo havia saído da IPI e outro da IPB. As igrejas foram se aproximando. Reuniões daqui, reuniões dali, entre os pastores Abel, Palmiro, Jamil, Nilton Tuller, Celsino, Jonathan, Décio de Azevedo, eu... Até que em 08 de janeiro de 1975 houve a fusão. Nasceu a Igreja Presbiteriana Renovada. ALELUIA – E sobre esses outros líderes, a literatura do pastor Enéas Tognini também teve influência? JOBEL - Certamente, porque a literatura do Enéas Tognini foi para o Bra-
sil inteiro. Eu mesmo não apenas lia como também vendia a literatura do Pr. Enéas Tognini, sobretudo enquanto seminarista, porque eu viajava bastante, pregando nas igrejas. Onde eu ia, vendia. Eu tinha uma porcentagem de lucro nas vendas e isso me ajudou muito quando seminarista. Como eu já havia lido os livros, ficava mais fácil vendê-los. Eu fazia uma resenha oral do livro para os irmãos. Eram livros pequenos, eles se animavam para ler. O Pr. Guaraciaba, que foi meu pastor, chegava nas casas das pessoas, via o livro do Enéas Tognini e falava: “É, o Jobel já passou por aqui”. Os livros eram, na verdade, mensagens que o Pr. Enéas Tognini pregava pelo Brasil afora. Do Livro “Avivamento real”, por exemplo, vendi mais de mil exemplares. Muitos anos depois, quando visitei o Pr. Enéas Tognini em São Paulo, ele mesmo me disse que eu fui o maior vendedor de livros dele no Paraná. ALELUIA – Então o senhor teve contato com o Pr. Enéas Tognini? JOBEL - Sim. Várias vezes ele aceitou o meu convite para pregar em algumas das igrejas que eu pastoreava. Pregou em Campo Mourão, Osasco, Goiânia, Brasília... Estive com Enéas Tognini muitas vezes. Lembro-me de uma vez que ele aceitou o meu convite para pregar em Campo Mourão. Foi por volta de 1970/71. Eu ainda era da IPI. Reservei um hotel para ele, como fazia com outros pastores. Eu morava numa casa de madeira, bem simples, quase caindo em cima da gente. Quando ele chegou em casa, eu falei: “Pr. Enéas, o senhor não vai ficar aqui. O senhor vai para o hotel”. Ele falou: “Eu não vou para o hotel coisa nenhuma”, com aquele jeitão
Diretoria provisória da IPR. Atuou de set. de 1974 a jan. de 1975. Da esquerda para a direita: Pr. Abel A. Camargo, Pr. Jonathan F. dos Santos, Pr. Nilton Tuller, Pr. Celsino M. de Azevedo, Pr. Jobel C. Venceslau e Pr. Drumond O. Caixeta. MAIO 2014
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italianão dele. Havia um quartinho em casa, com uma caminha, mas não tinha nem porta... era um quarto muito simples. Ele falou: “E esse quarto aqui?”. Eu falei: “Esse é o quarto, pastor”. Ele disse: “Eu vou ficar aqui. Vou dormir aqui. Não vou para hotel coisa nenhuma”. Enéas Tognini é um homem muito humilde. Lembro-me também de outra ocasião em que ele foi pregar numa igreja minha que ficava dentro de uma fazenda. Nós estávamos saindo, à noitinha, para ir à igreja e havia um lugar cheio de rãs. Era aquele coaxar de rã e de sapo, aquele barulho. E eu gostava de caçar rã. Eu falei: “Olha, pastor, escuta!". Ele falou: “O que é que foi?!” “As rãs, pastor! Quanta rã!” Ele disse: “Ah, rapaz, eu pensei que você estava ouvindo o gemer das almas. Você vem me falar de rã?” ALELUIA – O Pr. Enéas Tognini criou o dia de oração e jejum pela pátria. O senhor se lembra disso? JOBEL - Perfeitamente. Em 1963, ele convocou as igrejas para, no dia 15 de novembro, orarem e jejuarem pela pátria. Era um dia nacional de oração e jejum pelo Brasil. Estávamos no contexto de rumores de um golpe comunista. Estava aquele clima esquisito. Ouvíamos sobre o grupo dos 11, células comunistas trabalhando para mudar a situação política do Brasil. Lembro-me de uma reunião de que participei, em Londrina (eu ainda era seminarista em 1963), em que o Pr. Zaqueu de Melo dizia: “Irmãos, está tudo preparado para o domínio do Brasil. E a hora em que o comunismo dominar o Brasil, os pastores de Londrina serão fuzilados”. Esse era o contexto. Inclusive, conta-se que alguém estava orando e teve uma visão de duas nuvens que vinham sobre o Brasil, uma negra e outra branca. A nuvem negra era a nuvem da opressão comunista. A nuvem branca era a nuvem do avivamento. Com a oração, a nuvem negra foi dissipada e a nuvem branca caiu sobre o Brasil. Em 31 de março de 1964 veio o golpe militar. Nós não sabíamos que o exército estava trabalhando. Muitos pastores e padres que tinham afinidade com a esquerda foram presos. Alguns seminários foram fechados, como o de Campinas, da Igreja Presbiteriana do Brasil e o de Rudge Ramos, da Igreja Metodista. Outros seminários não chegaram a fechar porque haviam demitido os pastores e professores de tendência
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esquerdista. Foi o caso do seminário da IPI. Mas, voltando ao dia de oração pela pátria, ele perdurou por anos. Todo ano era lembrado nas igrejas. Quando eu assumi o pastorado, eu levava minhas igrejas a orar e a jejuar pela pátria. Todo dia 15 de novembro a gente se reunia e passava o dia em oração e jejum. ALELUIA – O que o senhor destacaria no Pr. Enéas Tognini? JOBEL - É um homem de Deus, um santo homem de Deus. Deu uma grande contribuição para o avivamento no Brasil, por meio de suas pregações, viajando pelo Brasil, levando a Palavra de Deus e apregoando o avivamento, e também por meio de seus livros. As igrejas foram muito beneficiadas com o trabalho dele. Ele pregou em tudo quanto é igreja por esse Brasil afora. Vendeu milhares de livros; eram dez, vinte mil exemplares. É, de fato, um grande líder evangélico brasileiro, grande influenciador de líderes evangélicos, mas, acima de tudo, um servo de Deus. ALELUIA – O senhor, que participou do início do movimento de renovação, que viveu o avivamento, como vê a igreja hoje? JOBEL - Vejo com certa tristeza. Eu passei por um avivamento, então, eu sei o que é a gênese de um avivamento. Já ouvi dizer por aí: “Nós estamos às portas de um grande avivamento!” Isso é conversa. Eu viajo pelo Brasil, pregando nas igrejas, e não vejo nada disso. A gênese de um avivamento é oração, jejum e Palavra. Nos encontros que fazíamos em Cianorte, era gente orando dia e noite, chorando, sendo cheia do Espírito Santo. Nos encontros de hoje, quase não se vê oração. Há pouco espaço para Palavra e oração e muito espaço para lazer. As reuniões de oração nas igrejas têm uma frequência baixíssima. Hoje, não vejo falar em oração, não vejo falar em jejum, não vejo falar em campanha de oração. Há pouquíssimas conversões. Poucos batismos. E também há muito trânsito de crentes nas igrejas: o crente chega, fica um tempo, depois sai, vai para outra igreja, não demora muito e já vai para outra... O crente não se firma, não se desenvolve. Tenho observado tudo isso nas viagens que faço. Então, eu lamento. Estamos precisando de um reavivamento, mas um reavivamento verdadeiro. 11
Homenagem
Pr. Jonathan Ferreira do Santos, um dos fundadores da Igreja Cristã Presbiteriana e, posteriormente, da IPR, conta como foi a influência de Enéas Tognini sobre ele Eu era um jovem pastor, abrindo um campo missionário no norte do Paraná. Residia na cidade de Cianorte. Havia estudado durante cinco anos como aluno interno em um seminário excelente, mas cujos professores ensinavam que batismo com o Espírito Santo, dons espirituais, curas, sinais, milagres foram somente para os apóstolos. Ordenado pastor e enviado para o campo missionário nacional, comecei a trabalhar com muito entusiasmo e esforço. Orava, evangelizava, pregava com todas as minhas forças, mas os resultados eram poucos. Desde adolescente eu lia biografias de homens e mulheres usados por Deus. Eram meus heróis da fé. Eu ansiava por um avivamento como o que lia nos livros. Mas os cultos que eu ministrava eram áridos; não havia quebrantamento. As pregações eram bem preparadas, transmitiam conhecimento bíblico, mas atingiam apenas a mente dos meus ouvintes. Eu até recebia elogios de pessoas que gostavam dos meus sermões, mas o que ficava, de fato, nos meus ouvintes era um pouco mais de conhecimento das verdades bíblicas. Puro intelecto. Faltava a unção do Espírito Santo. Eu procurava ficar longe dos pastores pentecostais. Eles pregavam heresias, segundo o meu entendimento. Suas igrejas estavam cheias de pessoas bem intencionadas, mas, para mim, era gente sem o conhecimento bíblico. Por outro lado, aquelas igrejas tinham um dinamismo que a minha não conhecia. Isso gerava sentimentos confusos dentro de mim. Ao mesmo tempo, eu desejava um derramamento do Espírito Santo sobre mim e sobre a minha igreja. Mas teria de ser um avivamento segundo a minha concepção de avivamento.
A influência da literatura de Enéas Tognini Em meio a esses sentimentos, chegou-me às mãos um pequeno livro escrito por Enéas Tognini. Quando vi o título, “Batismo com o Espírito Santo”, tive um acesso de rejeição. Tratava-se de um livro he12
rege, que eu não queria, não podia e não devia ler. Por isso, deixei-o de lado, mas sem coragem de lhe dar um fim. Eu não sabia que o Senhor estava trabalhando comigo. O desejo de ler o livro foi aumentando, em parte por curiosidade, afinal eu nunca havia lido nada sobre o assunto. Minha rejeição era fundamentada exclusivamente nos ensinos que havia recebido contra o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. A curiosidade acabou prevalecendo e eu li as primeiras páginas. Gostei, senti paz e tranquilidade, e continuei a leitura. O resultado foi que ainda não havia chegado ao final do livro e o Espírito Santo já me havia convencido de que eu precisava abrir o coração para aquela verdade bíblica. Quando terminei de ler o livro, orei: “Senhor, não importa que esse seja um ensinamento pentecostal; eu preciso do batismo com o Espírito Santo; dá-me, Senhor, essa bênção, para que meu ministério seja revitalizado”. E o Senhor ouviu a minha oração. Mas não foi tão rapidamente que tudo aconteceu. Eu não sabia como buscar e como receber o batismo com o Espírito Santo. Nunca tinha visto uma pessoa sendo batizada com o Espírito Santo. Todavia, de alguma maneira, meu coração descansou no Senhor. Resolvi esperar o que Ele haveria de fazer.
O contato com Enéas Tognini Passado algum tempo, convidei o Pr. Enéas Tognini para uma campanha evangelística em nossa cidade. Ele aceitou. Levei o assunto aos meus colegas pastores - presbiterianos, metodistas, batistas, luteranos – e eles aceitaram fazer a campanha evangelística. Conseguimos um salão bem grande no centro da cidade, as igrejas emprestaram suas cadeiras e bancos, e organizamos a campanha evangelística. Havia uma unção especial sobre aquele homem. Nossos corações se quebrantaram com suas pregações. Os apelos, as orações, enfim, tudo o que ele fazia trazia-me um forte sentimento de que eu estava entran-
do numa fase de avivamento, como aqueles avivamentos sobre os quais eu lia nos livros de Wesley, Moody, Finney, e outros avivalistas. Ao olhar para trás, percebo que o Senhor estava me levando aos poucos para o caminho que Ele queria que eu trilhasse. Assim, tornei-me conhecido do Pr. Enéas. Decorridos alguns meses, recebi um telegrama dele que dizia: “Pr. Jonathan, no próximo mês de julho teremos o primeiro encontro de renovação batista em Belo Horizonte. Eu o convido para participar. Venha. Enéas Tognini”. Meu Deus, isso era demais para mim! Ir para uma reunião batista? Nunca! E, ainda por cima, uma reunião batista com jeito de pentecostal. Eu era presbiteriano. De jeito nenhum! Assunto encerrado! Para o Senhor, porém, o assunto não estava encerrado, e foi travada uma batalha no meu íntimo naqueles meses. O Senhor queria me levar, mas eu não queria ir. Na última hora, pedi um sinal ao Senhor. E Ele o deu. Então, eu não poderia discutir mais. E fui.
O batismo com o Espírito Santo Quando cheguei, fiquei assustado com tanto choro naquelas reuniões, tanto quebrantamento. Ouvia-se “glória a Deus” e “aleluia” por todo lado. Eu, no entanto, era como se estivesse em um invólucro. Nada me atingia. Até que, na tarde do último dia, fui tocado poderosamente pelo Senhor. O banco no qual eu estava sentado, bem atrás, encostava na parede. Eu estava longe do corredor. Enquanto ouvia aquela última mensagem, meu coração foi quebrantado. O auditório todo chorava. Havia uma unção poderosa sobre todos nós. Na verdade, parecia que eu ia explodir. O pregador terminou a pregação e sentou-se ao lado de outros pastores. O dirigente levantou-se e começou a dizer que iria terminar a reunião porque todos precisavam se preparar para o encerramento, logo mais à noite. Eu mal ouvia o que ele dizia, pois uma força irresistível atraía-me para
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a frente do púlpito. Não sei explicar como, mas, de repente, comecei a me mover em direção ao corredor. Dali para a frente não me lembro como aconteceu. Percebi quando cheguei diante do púlpito e quando cai de joelhos. Nesse momento, veio sobre mim uma onda de poder de Deus que me fez sentir-me no céu. As ondas de poder de Deus continuaram vindo sobre mim. Era glorioso o que estava acontecendo, e eu não queria perder nenhuma gota de tudo aquilo. Não sei quanto tempo se passou, pois perdi a noção de tempo, lugar, circunstância. Não vi nem como e nem quando a reunião terminou, e só voltei a raciocinar quando duas mãos fortes tocaram-me os ombros e a pessoa me ajudou a ficar em pé. Não sei quem o fez. Mas quando abri os olhos, vi que muita gente tinha vindo atrás de mim, e havia muito quebrantamento ali diante do púlpito. Até hoje fico maravilhado com tudo o que se passou. Ninguém estava fazendo apelo. Na verdade, estavam nos mandando embora para nos prepararmos para a reunião de encerramento. Um pastor como eu dificilmente atenderia a um apelo para ir à frente. Somente a força do céu seria capaz de me arrancar daquele banco e me levar para a frente. Posteriormente, veio-me uma forte convicção de que eu precisava de algo muito forte para quebrar toda a minha incredulidade, medo, barreiras e tudo o mais. Voltei para a minha pequena cidade incendiado pelo fogo do Espírito Santo. Tudo era novo. Eu estava vivendo o que sempre sonhei – um tempo de avivamento espiritual. De repente as coisas começaram a acontecer. Muita gente salva, muita gente transformada pelo poder do Espírito. Crentes sendo renovados, cultos no poder do Espírito Santo, curas e milagres acontecendo. Muito obrigado, Pr. Enéas Tognini. Deus o usou para abrir as portas dessa graça abundante para mim.
Pr. Jonathan F. dos Santos Araçariguama, SP Edição 395
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Homenagem
O Pr. Enéas Tognini e o avivamento na IPI, nas palavras do Pr. Abel Amaral Camargo (in memoriam) O Pr. Abel Amaral Camargo, um dos fundadores da Igreja Presbiteriana Independente Renovada e da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, primeiro presidente da IPRB, atuando no cargo de 1975 a 1988, relata, no texto a seguir, a origem do avivamento espiritual na Igreja Presbiteriana Independente – IPI.
Pr. Lauro Celso de Souza comenta a influência da literatura do Pr. Enéas Tognini
O histórico, publicado na edi- pastor Enéas Tognini como um 1971, influenciando toda a região ção nº 4 do Jornal Aleluia, de abril dos líderes avivalistas que pre- da chamada Alta Sorocabana, de 1974, página 7, faz menção ao garam em Assis, SP, de 1967 a com o avivamento espiritual. Em 1933, esteve no Brasil o Rev. Dr. G. W. Ridout, grande evangelista norte-americano. Avivamento espiritual, entre nós, é pela primeira vez mencionado. Depois, a IPI de Cruzeiro, do pastor Altair Monteiro da Silva, foi sacudida por uma tempestade de avivamento. Recebeu os dons espirituais e teve de assentar no banco dos réus do Presbitério para receber a condenação. Portou-se humildemente diante das injúrias. Mais tarde, no oeste do Paraná, o Pr. Jobel Cândido Venceslau recebia e propagava a Bênção. O Brasil Independente até então desconhecia a obra e os seus benefícios. Depois de 1952 ou 1953, a IPI de Cambuci, SP, recebia norte-americanos que pregavam cura divina e avivamento. Em 1967 a Igreja de Assis movimentava-se no sentido de um trabalho mais vibrante e diferente. De 1967 a 1971, a convite do Conselho, líderes avivalistas pregam em Assis: Antonio Elias, Enéas Tognini, Daniel Soares Bonfim, Jabes Prudente da Silva e quantos outros mais. Em 1971 o trabalho chega ao seu clímax, influenciando grande parte do país. Em 1968, o Sínodo Meridional, num retiro espiritual, com a presença do Pr. Antonio Elias, fica marcado pela Bênção. Pastores alcançados
abandonam a dupla profissão e dedicam-se à obra do Senhor. Nestas alturas o movimento já estava se aprofundando e criando raízes na igreja nacional. Arapongas experimentava as primeiras influências marcantes da ação do Espírito. No mesmo ano, o nordeste brasileiro é atingido, destacando-se Natal. O Presbitério, não agindo com paciência, provocou uma divisão, e o grupo que sai da IPI organiza a Igreja Presbiteriana Nova Jerusalém. Líderes e igrejas entraram a fundo e a chama tornou-se inextinguível. Inquietação. A igreja de Bauru serviu de motivo para que a tormenta viesse e a igreja se dividisse em facções. A tocha estava acesa. A fogueira ardia. O fogo, lambendo os pecados das igrejas e dos crentes, as vidas iam sendo santificadas. Os frutos começaram a aparecer como resultados próprios das Bênçãos, em todas as igrejas. Deus estava operando. Curas, milagres, resoluções de problemas, espírito de perdão, abandono e confissão de pecados, acerto de vidas, santificação, conversão de almas e bênçãos que o papel não pode registrar. Pr. Abel Amaral Camargo
Primeira diretoria da IPR, eleita em jan. de 1975. Da esquerda para a direita: Pb. Joel R. de Camargo, Pr. Celsino M. de Azevedo, Pr. Jonathan F. dos Santos, Pr. Abel A. Camargo, Pb. José F. Pedrosa e Pb. Jamil Josepetti. MAIO 2014
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Fui alcançado pela obra de renovação espiritual no final da década de 60 quando ainda estudante do Instituto Bíblico João Calvino, em Arapongas, PR. No ano de 1969, li todos os livros da lavra do pastor Enéas Tognini. Fui tremendamente abençoado por meio de sua literatura. Quando esteve na região de Campo Mourão, Canaã e Campina da Lagoa, PR, foi instrumento de Deus para abençoar a vida dos irmãos que estavam iniciando a caminhada de renovação espiritual, ainda na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Quero parabenizá-lo pelo seu profícuo ministério e pelo seu 100º aniversário. Que Deus o conserve com este vigor e disposição no trabalho do Senhor. Pr. Lauro Celso de Souza 1ª IPR de Campo Mourão, PR
Pr. Abel Amaral Camargo
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Homenagem
Comemorações do centenário
Em virtude de seu centésimo aniversário, o Pr. Enéas Tognini tem recebido homenagens ao longo de todo este ano. Além dos tributos prestados pela Igreja Batista do Povo, Tognini foi homenageado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alkimin; pelo deputado federal Roberto
de Lucena, na Tribuna da Câmara dos Deputados; pela Convenção Batista Nacional de São Paulo; pelo Conselho de Pastores do Estado de São Paulo (CPESP); pelo Colégio Batista, do qual foi diretor, vice-diretor e professor; pela Igreja Renascer, no programa Rede Gospel; pela Igreja
Batista da Lagoinha, em seu jornal “Atos hoje”. A Igreja Presbiteriana Renovada não poderia deixar de reconhecer a importância do Pr. Enéas Tognini e sua influência sobre os líderes que fizeram a história da IPRB. Ao Pr. Eneás Tognini, nosso reconhecimento e respeito.
Referências As informações e imagens que compõem essa matéria foram extraídas das seguintes fontes: TOGNINI, Enéas. Renovação espiritual no Brasil. Renovação Espiritual: São Paulo, 1984. Pr. Enéas Tognini e o governador de São Paulo, Geraldo Alkimin. Culto de gratidão a Deus pelo centenário do Pr. Enéas Tognini, na Igreja Batista do Povo, SP, com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alkimin.
Acervo fotográfico da Editora Aleluia. http://www.batistadopovo.org.br/ portal/index.php/entrevistas/3409-pr-eneas-tognini https://pt-br.facebook.com/eneastognini/timeline http://www1.folha.uol.com.br/ poder/2014/03/1429815-psdb-e-pt-buscam-apoio-evangelico-em-sp. shtml
Pr. Enéas Tognini e o Pr. Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo.
http://www.hagnos.com.br/autores. asp?codigo=62 http://emunaheditora.com.br/ultimas-do-emunah/87-pr-eneas-tognini http://www.guiame.com.br/gospel/ reportagens-especiais/pr-eneas-tognini-o-povo-evangelico-do-senhor-esta-dormindo.html#.UzlvJ_ldUbM
Homenagem do Colégio Batista de São Paulo ao Pr. Enéas Tognini.
http://www.anajure.org.br/pastor-eneas-tognini-os-planos-da-anajure-tem-grande-importancia-fiquem-firmes-na-palavra-e-nao-pendam-nem-para-a-esquerda-nem-para-a-direita/
Pr. Jonathan Ferreira dos Santos em evento de homenagem ao Pr. Enéas Tognini, na Igreja Batista do Povo, SP.
http://www.guiame.com.br/gospel/ agenda-gospel/pr-eneas-tognini-sera-homenageado-hoje-na-batista-do-povo.html#.Uzl2JPldUbM http://noticias.gospelmais.com.br/pastor-eneas-tognini-recebe-homenagens-centesimo-aniversario-66164.html http://www.youtube.com/watch?v=c_ vtWcEZ4lI
Homenagem do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo (CPESP).
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Pr. Jonathan Ferreira dos Santos e Pr. Enéas Tognini. Jornal Aleluia
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Missões
Família Basso em Cidade do Cabo, África do Sul, rumo à implantação do projeto Madagascar O casal Fernando e Janaina Basso partiu, no segundo semestre de 2013, para a África do Sul, a fim de implantar o projeto Madagascar. Conforme página 7 da edição de maio de 2013 do Jornal Aleluia, o projeto Madagascar visa plantar igrejas cristocêntricas e contextualizadas, discipular novos membros e treiná-los para o
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serviço do Senhor. Fernando é agrônomo e Janaina é pedagoga. Ambos usarão a instrumentalidade de suas profissões para a missão que Deus lhes confiou. Antes de chegar à maior ilha do continente africano, Madagascar, o casal Basso está passando uma temporada na Cidade do Cabo,
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África do Sul, para aprimoramento da língua inglesa. Enquanto isso, o casal auxilia a Miss. Joanne nos trabalhos missionários desenvolvidos em Manemberg, Michellsplain e Wynberg. Em outubro de 2014, o casal pretende partir para a ilha de Madagascar e cumprir a missão de levar a Palavra do Senhor ao povo Bara.
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Maringá, PR
27º Aniversário do Círculo de Oração Ministério
A 2ª IPR de Maringá, PR, celebrou, de 28 a 30 de março, o 27º Sobrinho, da 1ª IPR de Umuarama. “Foi um evento muito abenaniversário do Círculo de Oração Ministério. Na ocasião, ministra- çoado. A igreja esteve repleta durante os três dias de festividade”, ram a Palavra os pastores Jeloilson Boher, pastor local, e Benedito informou o Pr. Aux. Antonio Sampaio.
Londrina, PR
Prelon promove encontro de pastores e esposas
O Presbitério de Londrina promoveu, em 15 de março, um encontro de pastores e esposas, na V IPR de Londrina, pastoreada pelo Pr. Adilton Ap. da Silva. Os pastores e
esposas foram recebidos com um apetitoso café da manhã. Em seguida, ouviram uma palavra edificante ministrada pelo Pr. Rodolfo Montosa, da IPI de Londrina,
cujo tema foi “Cuidando e sendo cuidado”, baseado no exemplo de Jesus. O evento foi encerrado com um delicioso almoço e um prazeroso momento de comunhão.
Vineyard apresenta álbum "Ao Vivo no Hangar"
Gravado no Museu da Aviação, em São Carlos, SP, novo trabalho traz 15 músicas com participações de Ana Paula Valadão, Heloisa Rosa e Juliano Son. Acesse o site www.apd.com.br e faça o seu pedido