ANO XLVI - MARÇO/2017 Nº 426
Encontro do JEM reúne dezenas de jovens em Assis, SP
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Juventude participa de culto para despertamento missionário promovido pelo ministério Jovem em Missões - JEM
Trabalho missionário em Quixeramobim, no Ceará, avança com contrução de templo
Bazar Solidário abençoa famílias carentes em Cidade Industrial, Montes Claros, MG
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Leia nesta edição A centralidade da pregação na práxis ministerial pág. 2 Verborragia pág. 4
Velho barro, novo vaso: é a roda da vida pág. 5 A escola do futuro pág. 6
Artigo
A CENTRALIDADE DA PREGAÇÃO NA PRÁXIS MINISTERIAL
Q
uando se fala em práxis ministerial, não podemos deixar de destacar a seriedade que se deve ter com a pregação das Escrituras. É lamentável a forma como as Escrituras têm sido tratadas nos púlpitos das igrejas denominadas “evangélicas”, o que é uma contradição de termos, uma vez que o evangelho de Cristo não tem sido proclamado. Fala-se de tudo, menos do genuíno evangelho. Jesus não pregava o que a multidão gostaria de ouvir, mas o que ela realmente precisava ouvir. Por isso, os seus sermões eram confrontadores e levavam os ouvintes a tomarem uma decisão: segui-lo ou não. Atualmente, os ministros têm caído na tentação de focar suas mensagens na satisfação dos desejos egocêntricos do indivíduo pós-moderno, em vez de pregar o evangelho que confronta o pecador, que o chama ao arrependimento e que o desafia a viver uma nova vida em Cristo. Diante desse cenário lastimável, faz-se necessário resgatar a centralidade, a natureza e a aplicabilidade da pregação das Escrituras Sagradas. O lugar da pregação no ministério e na liturgia é uma das grandes problemáticas do exercício ministerial. O ministério da Palavra tornou-se algo secundário, e outras atividades, aos poucos, foram tendo maior destaque no ministério e no culto, resultando em prejuízos significativos ao rebanho de Cristo. Lloyd-Jones (1998) ressalta que os períodos de decadência espiritual da igreja estavam intrinsecamente relacionados com a perda da centralidade da exposição das Escrituras. A ausência da pregação significa ausência de piedade, de avivamento, de transformação; e o empobrecimento espiritual do povo de Deus caminha junto com o empobrecimento dos púlpitos. Há um consenso quanto à importância da pregação, mas falta a compreensão do lugar central que ocupa no ministério e na liturgia. O ministério da Palavra é a prioridade, o critério, o fundamento e a medida do ministério pastoral (cf. MOHLER, 2009). A negligência de muitos pastores quanto à centralidade da pregação se dá por causa de uma filosofia ministerial deturpada pela influência de modelos eclesiásticos não-bíblicos propagados nos tempos atuais. No ministério de Jesus, a proclamação do evangelho era prioridade. Por isso ele afirmou: “Também é necessário que eu pregue as boas novas do Reino noutras cidades, porque para isso fui enviado” (Lc 4:43-44). E depois disse aos doze: “[...] pregai que está próximo o reino dos céus” (Mt 10.7). Atos dos apóstolos, capítulo seis, mostra que, quando outras atividades eclesiásticas 2
estavam tomando o tempo e o espaço do ministério da Palavra, houve a sábia decisão de escolher pessoas capazes para lidar com essas atividades para que a proclamação da Palavra continuasse a ter primazia no ministério dos apóstolos. A pregação tinha lugar de primazia no ministério de Paulo. Ele exorta Timóteo a fazer o mesmo: “[...] dedique-se à leitura das Escrituras, à exortação e ao ensino” (1Tm 4:13). Depois disse: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2). Em Colossenses 1.24,25, Paulo afirma que o ministério a ele confiado em favor da igreja era proclamar a Palavra, mistério que estivera oculto e fora revelado aos santos. E em 1Co 1:14,15 deixa claro que seu chamado primordial foi pregar a mensagem da cruz, e não batizar, embora estivesse disposto a fazê-lo. As Escrituras comprovam que não se pode conceber a ideia do ministério pastoral sem a centralidade da pregação. A postura da Igreja Primitiva é o paradigma para o exercício de um ministério pastoral bíblico. Contudo, durante a Idade Média, a pregação das Escrituras foi perdendo seu lugar de primazia. O resultado foi séculos de trevas e decadência teológica, moral e espiritual. Foi uma época em que a proclamação do evangelho foi substituída por tradições humanas que apenas escravizam o povo. A igreja caminhou na escuridão, corrompeu-se, perdeu sua identidade e deixou de ser relevante para a sociedade. Daí a necessidade da Reforma. Sproul lembra que uma das coisas que surgiram da Reforma Protestante foi a mudança principal na arquitetura da Igreja. Na Igreja Católica medieval, o centro do santuário, o ponto focal, era o altar, porque ali o sacramento da ceia do Senhor era celebrado em todas as missas. Assim, toda a ênfase estava na função sacerdotal ou clerical que era comunicada por meio dos sacramentos. Os púlpitos ficavam geralmente de lado e não eram tão importantes na celebração da manhã de domingo. Mas, uma vez que a Reforma aconteceu na Igreja e a arquitetura começou a mudar, o público foi mudado para o centro do santuário e o culto de adoração começou a enfatizar a pregação. Lutero, Calvino e John Knox foram os maiores responsáveis por essa mudança de ênfase na adoração (SPROUL, 2009, p.85).
Lutero e Calvino entendiam que o ministério da Palavra define o ministério pastoral e que as outras atividades são decorrentes e dependentes dele. Para Lutero (1966 apud MOHLER, 2009, p.17), a pregação é a marca essencial da igreja. Ele afirmou que “onde a Palavra é pregada, professada e vivida, não Jornal Aleluia
tenha dúvida de que ali está a verdadeira ecclesia sancta catholica”. Calvino, embora conhecido como um grande teólogo, estadista e pensador cristão, era, acima de tudo, um pregador eficiente e extremamente comprometido das Escrituras. Durante vinte e cinco anos como pastor em Genebra, Calvino fez da pregação sua tarefa primordial. “Ele estimou e exaltou a pregação bíblica ao nível da mais elevada importância, e também fez dela o seu compromisso vitalício” (LAWSON, 2008, p.17). Conforme afirmou Kelly (apud LAWSON, 2008), o púlpito era o coração do ministério de Calvino. Seguramente, a Reforma resgatou a centralidade da pregação das Escrituras, colocando-a novamente em local de destaque e primazia como era na igreja do primeiro século. Além desses notáveis reformadores, deve-se destacar a histórica contribuição dos puritanos para a elevação da importância da pregação. Packer (1996) comenta que os puritanos tratavam a pregação como um momento solene e a hora mais importante do culto e da atividade pastoral. Eles acreditavam que pregar era a responsabilidade principal do ministro, dedicavam-se à preparação dos sermões e, por isso, deixaram para nós um valioso legado. As palavras de Lloyd-Jones resumem bem a contribuição dos puritanos quanto à importância da pregação: “Interesso-me pelo puritanismo porque me parece uma das coisas mais úteis que qualquer pregador pode fazer. Não há nada que tanto estimule o verdadeiro ministério da Palavra, pois aqueles homens foram grandes modelos nestes aspectos” (LLOYD-JONES apud LOPES, 2011, p.114). Hoje, embora o púlpito continue no centro, lamentavelmente não se pode dizer o mesmo das Escrituras Sagradas, que têm sido marginalizadas. Uma mudança de arquitetura não é suficiente. É preciso uma mudança na práxis ministerial, pois perderam-se os valores da Igreja Primitiva e da Reforma, principalmente no que diz respeito à centralidade da pregação. No dia do julgamento, os ministros da Palavra serão julgados. O critério crucial é se o ministério da Palavra foi cumprido fielmente, pois a pregação é a prioridade central, inegociável, imutável e essencial do ministério pastoral. Certamente, há uma necessidade de resgatar a primazia da pregação, a marca da Igreja Apostólica no sec. I, da Reforma no sec. XVI e do Movimento Puritano no sec. XVII. Pr. Sergio Dario Costa Silva SPR - Anápolis, GO
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MARÇO 2017
Missões
Jovens em Missões (JEM) reúnem-se em Assis, SP
O Jovens em Missão - JEM foi lançado para trabalhar exclusivamente com a juventude, e tem três objetivos: A evangelização de adolescentes e jovens, o despertamento missionário e a capacitação de líderes para esses ministérios. Para alcançar esses objetivos, estão sendo realizados trabalhos, cultos, eventos e cursos.
No dia 17 de setembro de 2016, foi realizado na IPR Central de Assis um culto para despertamento missionário, envolvendo várias igrejas da cidade e da região. Houve louvor, coreografia, testemunho do Pr. Nasir Rafiq, do Paquistão, que está como refugiado religioso no Brasil, e pregação da Palavra feita pelo Pr. Sebastião Jr.
E dia 19 de novembro de 2016, foi realizado na Mispa o primeiro curso de capacitação, com base no livro “Princípios da Autoridade Eficaz”, de Alaid S. Schimidt, ministrante do curso. Participaram do curso 35 pessoas, entre eles pastores e líderes. Cada participante recebeu um exemplar do livro, além de prêmios que foram sorteados.
Neste ano de 2017, continuaremos investindo na juventude do Brasil com programações e atividades. Conheça mais do projeto em www.mispa.org.br/jem, veja seus programas, além do nosso Facebook e Instagram. Contato com Pr. Junior Schimidt pelos telefones (18) 33026800 / (18) 98139-4460 (Whats) ou pelo e-mail jem@mispa.org.br.
Trabalho missionário em Quixeramobim, CE O Pr. Francisco Lopes está fazendo uma grande obra no Sertão do Ceará. Está plantando a igreja e construindo um templo. “Mais alguns dias de muito trabalho e estaremos inaugurando o templo da Igreja Presbiteriana Re-
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novada de Quixeramobim. Agradeço a Deus por levantar pessoas com o coração no Reino para nos ajudar. Esta comunidade onde estamos construindo o templo da IPR é uma das mais carentes de Quixeramobim. Acredito profun-
damente que a vontade de Deus é Inclua em suas orações a vida alcançar o homem por completo. do pastor, sua família, ministério e Então peço orações e contribui- o povo de Quixeramobim. ções para irmos até o fim com esta obra. No mais, sei que Deus há de Pr. Florencio de Ataídes recompensar a todos”, declarou o Presidente da Mispa Pr. Francisco.
Jornal Aleluia
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Atualidade Institucional / Artigo
Cristão é queimado vivo por grupo terrorista no Egito Em fevereiro de 2017, um cristão egípcio foi queimado vivo pelo Estado Islâmico (EI) e seu pai foi assassinado a tiros em Alarixe, na região nordeste da península do Sinai. Segundo matéria publicada no site da IstoÉ, pouco antes das duas mortes, os jihadistas ameaçaram atacar cristãos egípcios, sobretudo os do grupo étnico-religioso dos copta. O homem carbonizado se chamava Medhat Hana e tinha 45 anos. A vítima morta a tiros era seu pai, Saad, de 65 anos.
Os corpos foram encontrados na manhã do dia 22 de fevereiro atrás de uma escola no centro de Alarixe. Os coptas, que representam aproximadamente 10% da população do Egito e a maior comunidade cristã do Oriente Médio, foram chamados de "presa favorita" pelos jihadistas egípcios do EI. Estes também afirmaram que o atentado a uma igreja no Cairo que resultou na morte de 27 pessoas foi “apenas o começo” da perseguição contra aqueles “infiéis”. Só neste ano, outros três
coptas foram mortos a tiros em Alarixe, onde o grupo terrorista conduz há três anos e meio uma sangrenta guerrilha contra as forças armadas do Egito.1 Esse é apenas um entre muitos ataques e perseguições que os cristãos enfrentam no mundo, sobretudo no Oriente Médio. Oremos pela igreja de Cristo espalhada pela face da terra. 1
Matéria publicada no site da IstoÉ em 22 de fevereiro de 2017. Disponível em http://istoe.com.br/cristao-e-queimado-vivo-pelo-estado-islamico-no-egit.
Verborragia Verborragia é a característica daquele que fala ou discute com abundância de palavras, mas com poucas ideias. Há um ditado antigo que diz: “Quem fala demais, dá bom dia a cavalo”. Quase sempre os ditados populares carregam alguma verdade. Aliás, muitos deles são plagiados da Bíblia. Este, por exemplo, segue a verdade expressa pelo apóstolo Paulo: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a ouvem” (Ef 4:29).
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Tanto nosso trabalho como nossas palavras devem ser proveitosas para os outros. As palavras são como flechas lançadas pelo flecheiro, uma vez ditas, não voltam atrás. É por isso que devemos ter cuidado especial em pronunciá-las. As palavras devem sempre edificar a quem ouve. O correto é, se for para lançar maldição, palavras torpes, de baixo calão, sem sentido algum, é melhor ficar em silêncio, já que temos dois ouvidos e apenas uma boca. Aquele que fala muito, mas é detentor de poucas ideias, passa a ser verborrágico e acaba dando bom dia a cavalo.
Portanto, é preciso sopesar muito bem cada palavra que iremos pronunciar. A boca, ou melhor, a língua tanto pode ser uma fonte de bênçãos como pode ser um poço de maldição. Em Eclesiástico 28:21, livro deuterocanônico, lemos o seguinte: “O golpe do flagelo faz nódoas roxas, mas o golpe da língua esmigalhará os ossos”. Se, em Eclesiástico, o autor enfatiza de forma contundente o perigo do uso indevido da língua, no livro de Tiago, Novo Testamento, esse perigo fica ainda mais realçado: “Se alguém não tropeça em palavra, esse homem é perfeito e capaz de refrear todo corpo. Ora, quando pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, sendo tão grandes, e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se Jornal Aleluia
voltam para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque tão pequeno fogo incendeia. A língua também é fogo, mundo de iniquidade situada entre os nossos membros. Ela contamina todo o corpo, inflama o curso da natureza, e é por sua vez inflamada pelo inferno. Toda espécie de feras e aves, de répteis e animais tem sido domados pelo gênero humano, mas a língua nenhum homem pode domar, é mal incontido, está cheia de veneno mortal. Com ela se bendiz a Deus, e com ela se amaldiçoa os homens, feitos à semelhança de Deus" (Tg 3:2-9). Assim, se as palavras em nada edificam, o melhor é edificar por meio do silêncio.
Marcos Ap. de Toledo Advogado, empresário e teólogo Lençóis Paulista, SP
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Ademir Dias da Silva Cerejeiras RO Elione da Silva Santos Vitória da Conquista BA Felipe Veloso Coelho Meireles Governador Valadares MG Hélbio Balbino de Oliveira Carapicuíba SP José Roberto Figliano Assis SP Kristian Mildemberg Ponta Grossa PR Roberto Wagner Fernandes Campo Grande MS Cícero André Teixeira Paulista PE Tadeu Batista de Aguilar Ponto dos Volantes MG Alexandre Orlandi Palmital SP Carlos Alberto Guimarães Assis SP João Olímpio Araújo Mauá SP Luiz Carlos Macedo Nova Friburgo RJ Ramsés De Jesus de Azevedo Barueri SP Ricardo Souza Alves Itabuna BA Uelinton Erone Gomes Navegantes SC Cláudio Custódio Diadema SP Eronilde dos Santos Rocha Santo Anastácio SP Herbert Cardoso de Oliveira Santo André SP Idelfonso de Souza Mairiporã SP José Altair Vedovelli Santa Fé PR Pedro Carlos Lourenço Barueri SP Urandilson Cardoso de Oliveira Rio Pardo de Minas MG Alessandro Bem Anápolis GO Jéssica da Silva Burati Valência Espanha Luís Antônio de Souza São Lourenço PR Benedito Vieira da Silva Bauru SP Cleres Pacheco Wroclaw Polônia Durval Marques dos Santos Junior Salvador BA Luciano Garcia Araranguá SC Marcelo Carvalho de Santana Moacir Brito de Aguiar Presidente Venceslau SP Thiago Stênio Moreira Gilberto Rosa Simões Itabira MG Oscar da Cunha Filho Sorocaba SP Adelço Belchior da Silva Montes Claros MG Wilson Lemes Batista Paranaguá PR José Benedito de Almeida Aparecida SP José Carlos Cardoso Uberlândia MG Willian de Souza Palma Santo Inácio PR Edmilson Eles Romano Itapebi BA Joel do Prado Cruzeiro do Oeste PR Rafael Martins Filho Caçapava SP Wanderley da Silva Lemes Passos MG Jorge Luiz da Silva Arapongas PR Marcos Ferreira Soares Novo Oriente de Minas MG Johnny Lewer de Araujo Nova Londrina PR José Roberto S. de Oliveira São Paulo SP Mateus Rodrigues Prado Umuarama PR Sebastião Teles Neto Contagem MG Gedeon Jacó de Souza Costa Marques RO Ivan De Macedo Contagem MG Marcelo De Moraes Pretti West Yarmouth - Ma EUA Antônio Celmo Ferreira Contagem MG Edson de Souza Sarandi PR Guilherme Dias Pereira Caldas Novas GO Kléberson Oliveira Gomes Atibaia SP Giancarlo Barbosa de Moura Sarandi PR Jonathas Radai Lopes GO Reinaldo Vieira da Fonseca Goiânia GO Lauro Celso de Souza Campo Mourao PR Luiz Carlos Leite Mirassol SP Marcos Aparecido da Costa Tuneiras do Oeste PR Sebastião Luiz Soares Presidente Médici RO Adenoel Xavier de Oliveira São Bernardo do Campo SP Alexander Ramos De Oliveira São Paulo SP Cirano Soares de Campos Cuiabá MT Joldemir Oliveira Lima Salgueiro PE Tanisvarde Leite da Silva Brazlândia DF Valdir Alves de Andrade Abadia De Goiás GO Sinésio Antônio Guedes São Joaquim da Barra SP Weidson Ramos Lira da Silva Edimar Guidino Campo Mourão PR Flávio Pratis Macedo Vila Velha ES Gerson Severino da Silva Perobal PR Onerson Ribas de Gois Anápolis GO Pedro José Trindade São Paulo SP Diogo Soares Costa Goiânia GO Luís Carlos Ayres Iretama PR Natã Alves Pereira Peabiru PR Oduvaldo Fernando da Silva Duartina SP Paulo Prates Borges Filho Presidente Venceslau SP João Marques Pedrosa São Paulo SP Natanael Antônio Palazin Várzea Grande MT Ronaldo de Gois Francisco Alves PR Diego Xavier de Assis Anápolis GO Geraldo Gomes da Costa São Bernardo do Campo SP Elias Alves Lachert Teófilo Otoni MG Adilson de Melo Ramos Brasília DF Adriano Cordeiro Ponta Grossa PR Daniel Barteli da Silva Governador Valadares MG Geraldo Antônio dos Santos Araçoiaba da Serra SP José Paulo Soares da Silva Viçosa AL Valmir Almeida Rocha Camacan BA Cláudio David Ramos Júnior Aparecida de Goiânia GO Jaime Gomes Nova Aurora PR Marcos Henrique da Silva Santana Anápolis GO Anderson do Vale Maciel Várzea Grande MT José Juliano de Matos Joinville SC Lucas Gomes de Almeida Ponta Grossa PR Paulo Cézar Amaral Ribeirão das Neves MG Paulo De Abreu Guajará-Mirim RO Valdemir Gueirós da Silva Umuarama PR Wilson Gonçalves Rocha Dourados MS Avail Ferreira Santiago Goiânia GO Éber Magalhães Lopes Vera MT Nelson Antônio de Jesus Santo Ângelo RS Paulo Roberto Fiorindo Juara MT
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Artigo
Velho barro, novo vaso: é a roda da vida Reflexão em Jeremias 18:1ss
A
didática divina em ensinar aos homens as verdades eternas é insuperável. Dispõe-se de todos os recursos do mundo para dar significação à semântica da vida. Paulo Freire, em “O menino que lia o mundo”, credita à educação o dever de inserir o indivíduo na abstração da vida mediante o seu mundo tangível. De modo que, por exemplo, a matemática tinha o cheiro da manga do quintal da já distante infância, das brincadeiras. O giz, uma varinha; a lousa, o chão. A didática divina faz a sua escrita na lousa do coração humano. Sem linhas, giz, apagador ou livros, ela escreve a história da vida do homem nele próprio. Jeremias é chamado para ler/ envolver-se nessa didática. Deve aprender sentindo o cheiro das mangas no quintal de Israel. Deus o chama para ouvir o que Ele tem a dizer por meio daquilo que Jeremias deve ver. Trata-se do recurso didático do ouvir vendo e ver ouvindo. Aquilo que já diziam os árabes: a eloquência é a arte de ver com os ouvidos. E se isso é a excelência do discurso, Deus sabe como ninguém fazer com que os homens ouçam com os olhos e vejam com os ouvidos. Por isso, Jeremias desce à casa do oleiro para ouvir o que vê e ver o que ouve. Nessa casa, há uma analogia rica em aprendizagens. Israel é o barro (ato) nas mãos
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do Oleiro (Deus), que habilmente trabalha com a sua potência de vaso. Que me perdoem os aristotélicos ou tomistas, mas o Oleiro dá forma, potência e ato àquilo que nunca foi. O velho barro é essência, origem, estatuto do SER: a sua origem é simples. Como de matéria tão simples se acha tamanha riqueza de ontologia, metafísica? Mas, de ser metafísico, o homem evade o seu princípio constitutivo, acreditando ser mais do que criatura, objetivando o ontológico, e se perde ao descobrir o que se é sem Deus: “não-ser”. Volta a ser o que há de rudimentar; isto é, simples barro. Aquilo que poderia ser chamado de vaso corrompeu-se, voltando à forma que lhe encarnou o velho nome de BARRO. Não mais o barro primitivo do qual se fez Adão. É agora o barro destituído do ser que era enquanto Adão, cuja liga só por milagre da criação é possível de se retornar. Observemos que o corrompido vaso recebe uma nova forma que, aos olhos do Oleiro, é boa. O Oleiro vê em seu poder a contínua criação do bom (Jo 5:17). E isso se deve ao fato de que a vontade do Oleiro é oriunda de sua santidade; isto é, pureza incondicional (Hc 1:12,13). O mesmo barro na roda (história), do mesmo Deus que faz tudo sempre novo com o mesmo princípio: ex-nihilo. O poder de Deus é visto em atuação sobre o barro.
Eis aqui o esboço do contraste entre aquilo que há de mais inferior e Aquele que é mais sublime: o princípio da criação. O barro é aquilo que é rudimentar, bruto, inconsciente. Em sua natureza e potencialidade, encontra-se a condescendência divina: Deus se entrega, está absorto sobre a essência bruta do homem. Por que Deus se entretece com o que há de mais desprezível (2Co 4:7)? Por que se interessa em ser aquilo (Criador) que, se não o fosse, não diminuiria em nada o seu SER? Esta pergunta perpassa as gerações, e a resposta continua a mesma: graça! Orígenes respondeu que Deus fez o homem para ser o depositório do seu amor. Dizem que graça é favor imerecido, mas não me parece ser uma resposta satisfatória. Pois, semelhante à fé, a resposta é, tão somente, uma observação de seus efeitos sobre o vaso. É o vaso que se desfaz nas mãos do Oleiro, que, podendo ser deixado de lado, continua sobre a roda a trabalhar com o barro. No texto de Jeremias, Deus colocou o homem acima do valor do barro. Essa condescendência divina me alegra e humilha. Deus não perde o interesse sobre o vaso; não o abandona. Ele “teima” e não abre mão desse amontoado orgânico. Absorto pela obra, gira a roda, molda a história, muda os homens e restaura a vida. Ora, nas mãos do oleiro, Jeremias não vê vaso ou barro. Há sobre a roda que o artesão pedala uma massa meio barro, meio vaso. Ambos nada são se não fossem moldados pelo girar da vontade do Oleiro. Pois, vaso quebrado é tão destituído de valor quanto o barro que não se pode aproveitar. O vaso fora da roda divina é barro puro. O princípio é o mesmo: o barro ganha vida por sua vontade, mas a vida só ganha sentido se na vontade de Deus. Que se me perdoe o trocadilho, mas, na roda Jornal Aleluia
do Oleiro, o barro ganha a estrutura do ser: físsil e o estatuto de SER – Deus é mais bem visto a cada contorno que o vaso recebe pelo giro da roda. A roda gira: o barro é o mesmo. Deus refaz, a partir do mesmo, o outro, mas nunca de um outro aquele que se perdeu. Aquele que se perderia é sempre o mesmo outro pelo poder criador de Deus. Por isso que Jeremias observa que o vaso que se desmancha nas mãos do Oleiro torna-se outro sempre a partir do “mesmo barro”. A roda da história gira todos os barros. Os vasos se quebram, racham, desmontam, esboroam. Roda a roda e o vaso desliza sob a mão do Oleiro, empenhando-lhe a forma desejada. O vaso é outro. A vontade é a mesma. O eu é outro. A cada dia, a roda me mostra a graça do Criador. Ontem, menos do que hoje, tinha a alegria de me ver nas mãos do Oleiro. Hoje, bem mais do que ontem, tenho vergonha de me ver nas mãos do Oleiro tal qual sou. A roda me humilha e me alegra. Talvez seja o que o apóstolo Paulo tenha sentido ao receber de Cristo o consolo da graça de Cristo. “A minha graça te basta”, disse Cristo ao miserável homem (2Co 12:9ss) quando este, atormentado por um "espinho na carne", orou-lhe três vezes. Cristo só lhe dá a graça. Esta seria tanto o poder para Paulo na fraqueza quanto o moderador de seu orgulho. Assim, não me interessa quantas vezes serei reconstruído. É melhor ser um amontoado de barro nas mãos de Deus do que um vaso, pretensamente acabado, longe delas. Nas mãos do Oleiro, é o melhor lugar para teimar ser sempre o mesmo outro. Estou em processo de formação... Como cantava Cartola: “Preste atenção, querida: o mundo é um moinho...” Pr. Eliandro da Costa Cordeiro SPR - Cianorte, PR 5
Artigo
A ESCOLA DO FUTURO Com o advento da tecnologia, o quer hora em que estivessem estuconhecimento saiu de dentro das bidando. Uma revolução! Olhando para a história, notamos bliotecas e passou a estar acessível a que grandes mudanças, no passado, todos, em todo tempo, em todos os levavam em torno de 100 anos para lugares. Isso acontece dentro dessa ocorrer. Com o passar do tempo e o nova realidade que diretores, proavanço da tecnologia, foram dimi- fessores e alunos da Escola do Futunuindo, passando para 50, 10, 5 anos ro já estão enfrentando. Essa Escola e, agora, elas antecipam os aconte- armazena suas informações e conhecimentos. Os estudiosos chamam cimentos na nuvem. Tudo está lá; A Escola Bíblica teve início com isso de “tendências”. Quais serão as é só acessar. Um clique e o assunto Robert Raikes, na Inglaterra, a par- tendências daqui a tantos anos? Elas pesquisado aparece diante dos olhos. tir de uma necessidade local e muito são previsíveis? As tendências para a Um chip do tamanho de um grão de personalizada. Raikes sentiu que pre- moda, para a saúde, para a educação, arroz armazena mais informação que cisava assistir algumas crianças po- para a comunicação e para todos ou- muitas bibliotecas juntas. A nuvem tornou-se a biblioteca bres que trabalhavam a semana toda tros aspectos são previsíveis. e, aos domingos, ficavam nas ruas Gostaria de refletir sobre a es- mais consultada da história da humasem ter o que fazer. Ainda em nos- cola do futuro e as tendências que nidade, fazendo com que as pessoas sos dias, alguns líderes vêm sofrendo assediam a escola chamada bíbli- busquem ali a informação que quisecom a decadente frequência que as ca, a comunicação dentro da igreja, rem. Nelas estão depositados a água Escolas Bíblicas estão enfrentando. o comportamento do nosso povo limpa e também os resíduos contamiNão somente a Escola Bíblica pas- para daqui a uma ou duas décadas, nados pelos poluentes químicos e hesa por esse momento, mas também a baseando-nos nas mudanças tecno- réticos que os homens têm lançado lá. Voltando de uma reunião de liderança, em que foram discutidos vários assuntos pertinentes, veio-me a preocupação com a Escola Bíblica que algumas igrejas ainda conservam. Colegas abordaram-me com a difícil questão de como fazer para insuflar um ânimo novo na igreja e refazer aquela escola que sobreviveu ao longo desses mais de 230 anos.
escola secular. Entender essa tran- lógicas ocorridas e nas tendências sição, fazendo uma leitura do novo advindas dessas mudanças. caminho que esse modelo percorre, Escola pós-moderna deve ser a reflexão dos líderes, proA era pós-moderna tem a sua fessores, diretores, pastores e pessoas marca própria e é chamada de “era ligadas à educação. do vazio”. O que mais tem marcado Mudanças estão ocorrendo. Quer esse tempo é o compromisso com o queiramos ou não, aquele modelo nada. Parece que nos familiarizamos antigo de salas de aula, fila de carteicom as mudanças tão constantes que ras, uma pessoa falando à frente do nosso senso já não separa mais o que grupo, a velha e antiga lousa, tudo é bom e o que é ótimo. As mudanças isso já tem seus dias contados. Com ocorrem com tanta facilidade e rapio advento da tecnologia, em que as dez que o homem da pós-modernipessoas carregam as informações no dade não discerne mais se o rio está bolso, precisamos ficar cientes de que subindo ou descendo, ou, para ele, a mudança já está acontecendo. É tanto faz. As questões do gênero viratão real que até a terminologia usaram questões genéricas; tanto faz ser da é outra. Para aqueles que ficaram homem ou mulher: “É só uma quesno modelo antigo, é bom que fique tão de escolha”, dizem. Já não perclaro que não tem protesto: é entrar cebemos que tanta informação que ou sentir-se excluído, sem direito a chega até nós, porém nada informa. reclamações.
A pedagoga Há aproximadamente 18 anos, uma pedagoga de nossa igreja foi fazer um curso para a nova dinâmica pedagógica que surgia. Quando voltou, disse: “A lousa é eletrônica, cada aluno tem um tablet e se comunica com a professora através dele”. As dúvidas eram tiradas por comunicação virtual. Tanto os alunos como os professores ficavam de plantão para quaisquer esclarecimentos. De casa mesmo, entravam em contato uns com os outros via internet, a qual6
Existe outro aspecto que deve ficar saliente na realidade dessa nova escola: a diversidade das formas pelas quais o aluno pode se manter informado. As informações chegam pelas “redes sociais”, pelos canais um pouco mais privativos (e-mails), pela via de comunicação individual (telefone com imagem), por torpedo. Não nos esqueçamos de que todos esses meios são rastreados e tudo fica gravado, mas essa preocupação faz parte da variedade de opções oferecidas pela Escola do Futuro.
É uma escola versátil com múltiplas possibilidades, fazendo com que todos os que com ela estão envolvidos tenham opções que lhes garantam ter tudo que precisam. É realmente uma escola para cada gosto! O aluno faz a opção, escolhe o que quer estudar e já nos primeiros anos elimina as matérias que não fazem o seu gênero. Até Escola onipresente o Ministério da Educação já está enOutra característica dessa Escola xergando a necessidade de mudança do Futuro é seu aspecto onipresente. no sistema para atender às demandas Não há como fugir; onde a pessoa da nova escola. for, conseguirá acessar a aula, a matéEscola dos conectados ria, contatar o professor, rever assunEsses dias, uma bisavó de 93 anos tos já discutidos, deixar suas considedisse: “A gente olha para as pessoas rações. e só vê gente ciscando”, referindo“Online” é a marca dessa nova Es- -se àqueles que não deixam o seu cola. Quem não usar esse uniforme smartphone nem quando estão dornão entra! É necessário também ter mindo. É a geração dos conectados, algum conhecimento de informática daqueles que não desconectam para (algum conhecimento é algum curso nada, levando alguns terapeutas a mais avançado), senão é chamado de montar clínicas de recuperação para analfabeto digital ou tecnológico. viciados em conexão, como várias Os alunos que fazem parte dessa que já existem no Brasil.
Escola sabem que, antes de nascer, já estão sendo “monitorados” e que suas vidas estão dentro de um HD. Não tem como escapar dessa realidade. A babá que cuida desses alunos chamaArmazenamento em nuvem -se "eletrônica". O berço é embalado por sensores. Aniversário do primeiHá um tempo não muito distanro ano? Tablet ou IPhone de última te, as universidades eram avaliadas geração para logo, logo ensinar os por suas bibliotecas e pelo volume pais a usar tais recursos. de livros nelas contidos. O primeiro Os aplicativos usados pelos alulugar que auditores do MEC (Minos da nova escola são instrumentos nistério da Educação e Cultura) observavam numa universidade era sua que dizem onde estão, o que fazem, biblioteca. Sabiam que a vitalidade como fazem. Além de monitorar, universitária e o conhecimento esta- gravam tudo e, pasmem, não tem vam armazenados naquele lugar tão como apagar. O que a pessoa faz, o importante. O conhecimento estava site que acessa, o que a pessoa fala, à disposição dos acadêmicos, todavia, tudo fica registrado no onisciente só podiam acessá-lo com a devida e dessa nova escola. Apaga-se do histórico, mas não do registro na nuvem. prévia autorização. Jornal Aleluia
Escola multiforme
A Escola do Futuro também vai trabalhar tempo, horário e vai ensinar os alunos não se tornarem escravos da tecnologia. Vamos esperar para ver.
Para onde iremos nós se só Jesus tem palavras de vida eterna? Com um perfil tão indefinido, característica bipolar, informações esquizofrenizadas e um mundo de descobertas quase sem nada descobrir, essa é a Escola do Futuro. Tão cheia de detalhes para fazer jus à sua profundidade no vazio. Que tal darmos uma aula de escola bíblica e os membros da igreja ficarem assistindo em casa pelo Facebook, Instagram ou videoconferência? Talvez tenhamos que rever nossos conceitos! Pr. Isac Pereira José Bonifácio, SP Edição 426
MARÇO 2017
Igreja em ação / Falecimentos
Solidariedade em Montes Claros, MG A Congregação da IPR de Montes Claros no bairro Cidade Industrial, MG, realizou, em 7 de janeiro de 2017, o Bazar Solidário, em que foram doadas cestas básicas e roupas para as famílias carentes do bairro. Além das bênçãos materiais, muitas pessoas puderam ser alcançadas por bênçãos espirituais por meio da Pa-
lavra ministrada pelo Presb. Gilmar Ferreira e pelas canções entoadas pelo Ministério de Louvor. Para Carla Santos, da equipe organizadora, “realizar um evento assim alegra o coração de quem doa e é uma forma de colocar em prática o que o Senhor ensina na sua Palavra”. O diácono Alexandre Alves
afirma que “é muito gratificante ajudar o próximo, vê-lo bem e feliz, mas, acima de tudo, isso faz parte de cumprir nosso chamado como servo de Deus”. Nas palavras do Presb. Gilmar Ferreira, “quando Deus toca em nosso coração para fazer algo, devemos prontamente realizar; e este even-
to foi assim. Agradecemos a Deus pela direção e pela bênção que foi o Bazar Solidário. Várias famílias puderam ser ajudadas, e isso é muito gratificante”. A equipe organizadora agradece a todos os irmãos, amigos e parentes que ajudaram com doações. Informou Carla Santos.
Falecimentos
Uma das fundadoras da IPR de Arapongas, Maria Moraes de Lima nasceu no ano em que o Titanic naufragou: 1912. Completaria 105 anos no dia 19 de abril. O segredo dessa longevidade foi o constante cultivo de sua vida espiritual e o cuidado da família. Fora aluna e professora de Escola Dominical, leu a Bíblia toda por mais de quinze vezes, sabia de cor vários trechos e vários salmos inteiros. Em sua adolescência e MARÇO 2017
Edição 426
Maria Moraes de Lima mocidade foi muito ativa na Igreja evangélica que existia na fazenda de seu pai. Fiel dizimista, gostava de cantar (fazia a segunda voz) e participou de corais. Conheceu muitos pastores, especialmente os mais antigos líderes da Igreja Independente, e também os hospedou. Seu nome consta entre os que participaram da primeira Assembleia constitutiva da IPR de Arapongas. Nascida e criada na fazenda de seu pai, João Jacinto de Moraes, em Ibirarema, SP, de onde guardava muitas lembranças: o monjolo onde fazia farinha, a tulha do café, o paiol de milho, onde brincava de se esconder, os animais, especial-
Nadir Pires Murback mente o cavalo que ela montava sem uso da sela e cavalgava pela fazenda. Apelidada de “Fiica”, era assim conhecida. Casou-se em 1933 com José Pedro de Lima. O casal mudou-se para o Paraná, vindo a residir na região de Bandeirantes. Depois em Marialva e, por fim, em 1950, em Arapongas, PR. Maria Moraes teve nove filhos, todos evangélicos, os quais constituem hoje uma grande família. Faleceu firme na fé no dia 25 de fevereiro de 2017. A família agradece ao pastor Edson Luiz de Oliveira, da IPR de Sabáudia, que mensalmente vinha trazer-lhe a Santa Ceia e orar com ela. Agradece de modo muito especial ao Rev. Antônio Carlos Ferreira, de Apucarana, PR, pela direção da cerimônia fúnebre. E também aos irmãos da IPR local e de outras igrejas irmãs que se fizeram presentes ao ato fúnebre. “O Senhor no-la deu e o Senhor a levou: bendito seja o nome do Senhor!”. Sueli de Lima Ribeiro de Camargo Arapongas, PR Jornal Aleluia
Faleceu, em 17 de janeiro de 2017, aos 88 anos, a irmã Nadir Pires Murback, da IPR de Mamborê, PR. Pioneira dessa igreja, sempre amorosa, hospitaleira e assídua aos cultos. Deixa 6 filhos, 18 netos e 31 bisnetos. Deixou um lindo testemunho de serva do Senhor. O Pr. Lauro Celso, da 1ª IPR de Campo Mourão, PR, levou uma consoladora palavra aos presentes no velório. Pr. Eli B. Carvalho Mamborê, PR 7
Igreja em ação
1ª IPR de Mauá realiza Congresso de Avivamento durante um mês A 1ª IPR de Mauá, SP, realizou, do dia 1º ao dia 31 de janeiro, o Congresso de Avivamento. Os cultos ocorreram às terças, sextas e domingos de manhã e à noite. Sob o tema “Herói da fé produz vencedores”, ao longo de todo o mês, os preletores destacaram personagens bíblicos que foram heróis da fé. “Foram dias de grande mover de Deus, em que pudemos estar reunidos, adorando ao Senhor e aprendendo mais sobre a sua Palavra”, declarou o Pr. João Olímpio.
Livraria e Editora Aleluia Aba, Pai
- Flávio Santos
Este livro surgiu de mensagens pregadas sobre os relatos nos quais a expressão “Aba, Pai” aparece nas páginas do Novo Testamento. Existem três relatos no NT em que somos convidados à oração ao “Aba, Pai”. O primeiro está no Evangelho de Marcos (Mc 14:32-42), o segundo é encontrado na Carta aos Romanos (Rm 8: 14-17) e o terceiro está na Carta aos Gálatas (Gl 4:17). Jesus, em suas orações, chamava Deus de Pai. Aba, em sua origem, é uma forma de balbucio de uma criança recém-desmamada e, também, uma forma de filhos adultos chamarem o pai. “Saúdo o meu amado irmão Flávio Santos pela iniciativa de publicar o livro 'Aba, Pai - A inauguração de um caminho'. Suas páginas, escritas com evidente cuidado teológico e paixão cristã, convidam-nos à fé e ao descanso na alegria da revelação de Deus como Pai. Destaco o modo como estruturou sua reflexão a partir de textos emblemáticos e fundamentais, bem como a explicação a respeito da palavra “Aba”, marca da ipissíssima voz do Mestre. Indico a leitura. Será edificante e abençoadora, com certeza.” Pr. Marcelo Gomes Londrina, PR
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