ANO XLV - OUTUBRO/2016 Nº 422
1517 - 2016
Debate entre protestantes e católicos, em 1519, cujos representantes foram Martinho Lutero e João Eck
499 anos da Reforma Protestante Págs. 8-11
1ª IPR de Mauá, SP, realiza Congresso Regenerar
IPR de Medina, MG, comemora Jubileu de Ouro
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Círculo de oração Unidas por Cristo completa 26 anos
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4ª IPR de Osasco, SP, inaugura novo templo
Mocidade Estrela do Amanhecer (MEA) promove 9º ENJOR
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14º Congresso do Grupo de Oração da IPR do Jd. Los Angeles, Umuarama, PR
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Artigo
O cristão, a internet e as redes sociais O último século foi marcado pelo extraordinário avanço científico-tecnológico. Um marco deste período foi a criação da internet. Essa ferramenta foi desenvolvida nos Estados Unidos, em 1969, no período da Guerra Fria, e a sua função era manter uma comunicação nacional entre os computadores caso houvesse algum tipo de ataque. Em 1973, foi sistematizada para se tornar popular e facilitar a interação entre as pessoas. Daí surgiram os e-mails, salas de bate-papos e, ainda, compartilhamentos de arquivos pessoais, como fotos, músicas e vídeos. As chamadas redes sociais surgiram no processo. Na verdade, o conceito de “rede social” é muito amplo. Representa uma interação entre pessoas e não se restringe apenas ao uso da internet. Com o passar dos anos, mais pessoas começaram a se relacionar através da internet. Surgiram muitos sites e programas de relacionamentos que aproximavam as pessoas, mesmo as que estavam mais distantes. Ainda hoje ela cumpre bem esse papel. Mas, à mesma medida que crescem em numero os que comungam na grande rede e desfrutam de seus benefícios, também aumentam as reclamações e práticas pecaminosas e ilícitas que vivenciamos todos os dias. Nós, cristãos, não estamos longe dessas práticas. Estamos completamente inseridos numa realidade em que o mundo virtual tem-se tornado uma grande ferramenta para influenciar os nossos jovens e adolescentes quanto a sua identidade, compartilhar o que deveria ser privado, desfazer boas amizades, arruinar casamentos e manchar a imagem da Igreja de Cristo. Tendo conhecimento dessas realidades, proponho uma abordagem bíblico-teológica para repensarmos nossa atuação como cristãos nas redes sociais.
minha presença” (Sl 101:7). Nosso Senhor Jesus Cristo disse ser ele a “verdade” (Jo 14:6). Se ser cristão é seguir os passos de Jesus, qual é a necessidade de fingir ser o que não é? A verdade nos mostra que todo cristão é chamado para revelar a sua identidade: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9).
1. As redes sociais refletem quem eu sou
3. A amplitude de um conflito na internet
As bases fundamentais das redes sociais são as pessoas e as suas relações. Existe a possibilidade de uma pessoa usar a internet fingindo ser o que não é. Isso também é chamado de fake. Não falo apenas de criar um perfil com fotos e nomes inventados. Estou me referindo às ações praticadas no ambiente virtual que normalmente não são praticadas na vida real. Sejam elas boas ou ruins. Uma vida apenas de aparência. São os sermões não vividos, as falsas expressões de felicidade, o padrão de vida que nunca existiu ou, ainda, a publicação de comentários sobre os quais não haveria coragem de falar no privado com alguém. Quanto a essas coisas, recordo-me quando a Bíblia afirma: “O mentiroso não entrará na 2
2. O cuidado com o que é público e o que é privado Nas redes sociais, as pessoas criaram o hábito de compartilhar a sua vida. Compartilhar é algo muito comum do ser humano. Existe beleza nisso. Porém, isso tomou outra forma na internet. As pessoas não compartilham apenas suas conquistas ou recordações que testemunham sobre algo que Cristo realizou em suas vidas. Quase tudo se tornou público: a comida, a academia, o corpo, o seriado, o relacionamento amoroso, as frustrações, os desabafos, as queixas, as reclamações. A exibição pública ainda tem sérios agravantes quando cresce o hábito do compartilhamento de fotos sensuais, chamadas nudes. Facilmente podem ser usadas para envergonhar uma pessoa na internet. Aquele momento íntimo que durou um tempo entre duas pessoas passa a ser algo público por tempo indeterminado, acessível a qualquer pessoa do mundo. A Bíblia nos mostra lições importantes. A primeira é que o cristão deve apresentar seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12:1). O corpo deve ser visto apenas pelo cônjuge; sem provocar outras pessoas ao pecado. E depois, o cristão precisa estabelecer limites sobre o que pode se tornar público e o que deve permanecer reservado. Vale o exemplo deixado pelas Escrituras: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3:30).
É muito comum usar as redes sociais para expressar pensamentos e sentimentos. Devido à interatividade característica desses meios, provavelmente haverá respostas para seu pensamento ou sentimento. Geralmente, é aí que o conflito se inicia. Quando um cristão decide entrar numa dessas discussões e defender veementemente sua posição, talvez seja interessante lembrar-se de algumas passagens da Bíblia: quem repreende o zombador será odiado (Pv 9:8); o Senhor abomina o que semeia contendas entre os irmãos (Pv 6:16-19). Caso exista a necessidade de uma resposta, ela deve ser sem ira, indignação, maldade ou linguagem indecente (Cl 3:8). Jornal Aleluia
4. Distanciamento da imoralidade Um grande mal que cresceu com a internet foi a facilidade de acesso a conteúdos pornográficos. A indústria pornográfica é a que mais cresce no mundo. O Brasil está entre os países com altos índices de acesso a esse conteúdo, tanto por parte dos homens como das mulheres. É cientificamente comprovado que tal prática causa dependência, além de gerar diversos conflitos familiares. Jesus afirmou que qualquer que olhar para uma mulher e desejá-la já cometeu adultério em seu coração (Mt 5:27-30). Também está escrito que o casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros (Hb 13:4). As formas humanas de comunicação podem mudar, mas a mensagem que Deus comunicou para o seu povo, registrada nas Escrituras, é atemporal. A sociedade ainda vai viver outras transformações tecnológicas, que vão gerar outras mudanças de comportamento. Ainda assim, a Bíblia continuará sendo a direção para o cristão, as lentes apropriadas para ele enxergar a realidade e saber ter uma vida espiritual saudável. Na cosmovisão cristã reformada, o universo é visto sob a perspectiva de criação, queda e redenção. O Deus criador concedeu à criatura capacidade de inteligência e de criar. Logicamente, não do modo do Criador, que fez tudo a partir do nada; mas a inteligência de inventar coisas. A internet é uma ferramenta criada para uma boa finalidade: compartilhar informações, manter comunicação entre as pessoas. Entretanto, o ser humano caído, sempre tendencioso para o mal, consegue usar uma ferramenta boa para uma finalidade destrutiva. A redenção está em entender que Cristo veio ao mundo trazer salvação e voltará novamente para uma restauração plena da criação. Por causa disso, os cristãos buscam viver uma vida santa para, de alguma forma, reverter os efeitos da queda até o dia que Cristo gloriosamente voltará para buscar a sua Igreja. Portanto, o cristão deve apregoar sua identidade como povo santo, apresentando-se como sacrifício vivo e agradável, com toda cautela para não se expor em vãs discussões nem promover conflitos na comunidade; e se guardar de toda forma de impureza que a internet oferece. É possível viver em santidade mesmo na internet. Ela é apenas uma ferramenta. Podemos usá-la com sabedoria para exaltar o nosso Criador. A Igreja pode e deve dar respostas a este mundo caído. E nossa resposta sempre será por meio das Escrituras. Pr. Diony Henrique Dias Anápolis, GO
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OUTUBRO 2016
Igreja em ação
IPR de Medina, MG, comemora Jubileu de Ouro
Com muita gratidão em nossos corações, comemoramos, nos dias 20 e 21 de agosto do corrente ano, o aniversário de 50 anos da IPR de Medina, MG. Foram dias de muita alegria, os quais palavras não são dignas de descrever, pelo simples fato de vermos o manifestar do amor e da misericórdia de Deus. Tivemos a presença dos amados pastores: Ailton Amaral Costa (presidente do Presbitério do Vale do Jequitinhonha e pastor da IPR de Comercinho); Eliabe Souza Soares (pastor da 3ª IPR de Governador Valadares); José Geraldo Campos Filho (copastor na 9ª IPR de Governador Valadares), todos filhos da IPR de Medina. Esteve
também presente o querido pastor João de Souza Matos (pastor desta igreja durante 27 anos e pastor na cidade de Extrema, MG). Faço uso das palavras de Martha Mendes, membro de desta igreja há 39 anos: “Porque a Igreja vem. E veio com força para essa cidade, proclamando o reino e salvando vidas. A igreja pequena continua pequena em espaço, mas seu tamanho em qualidade... é imensurável. Gente simples, dedicada, acolhedora, responsável, unida, dinâmica, adoradora, serva. Das menos de cem ovelhas do início, hoje somos mais de 2.000 espalhadas por todo o Brasil e mundo.
Pessoas que foram membros desta casa e, hoje, espalhadas por aí, continuam proclamando que o Rei está voltando! Ninguém detém... Daqui saíram oito pastores atuantes no campo, três missionárias e agora mais um seminarista. É um celeiro de obreiros. Uma igreja fiel nos ensinamentos da sã doutrina. Nossa igreja caminha para o alvo. E eu a exalto porque é a Noiva de Cristo que se adorna, se santifica e se prepara para o grande encontro com o Noivo. Meu Deus é incrível. Ele fez tudo isso. A Ele, somente a Ele, sejam o louvor, a glória, a exaltação, a honra e o poder!” A minha esposa Daniely Chaves Almeida, que tem sido de um
Café da Comunhão na 1ª IPR de Feira de Santana, BA
Em 18 de setembro de 2016, a 1ª IPR de Feira de Santana, BA, realizou o Café da Comunhão, em comemoração ao dia da EBD. O café foi organizado pela superintendência da EBD, cuja presidente é
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Edição 422
a irmã Mirianice Almeida e a vice, a irmã Elizete Almeida. “Foi uma ótima oportunidade para desfrutar de comunhão e de bons momentos de descontração na presença do Senhor”, declarou o pastor Gerson Cruz.
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auxílio imensurável; ao Conselho da igreja: Israel André Rodrigues Cardoso, Carlos André Fernandes da Silva, Oséas Souza Soares, Darcy Lúcio Alves de Souza; a todos que contribuíram, seja no mais simples trabalho; a todos que, no decorrer desses 50 anos, derramaram lágrimas e promoveram alegria como pastores, presbíteros, diáconos, diaconisas, intercessores(as); ao círculo de oração; a todos os ministérios (Louvor, Teatro, Coreografia, Infantil); a toda Família Renovada de Medina nossos mais sinceros agradecimentos. Pr. Edilson Ornelas Azevedo
Renovadas de Ji-Paraná, RO, celebram ceia juntas
Em 4 de setembro, as três Igrejas Presbiterianas Renovadas de Ji-Paraná, RO, e seus respectivos pastores – Silvano Franco, Arlindo Gonçalves da Silva e Rosenil da Silva Machado – reuniram-se
para celebrar a Ceia do Senhor, no templo da 2ª igreja. Informou Seilza Machado de Almeida.
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Institucional Institucional
Série Estudos Bíblicos (91) - Movidos pela Esperança “Sou professora de EBD há quase 30 anos. Cada vez me surpreendo mais com as coisas de Deus, que se renovam a cada dia. Quero parabenizar os irmãos que se dedicam tanto no preparo das revistas de EBD, pois fazem algo tão extraordinário para os nossos estudos bíblicos, sejam dominicais ou em outros dias da semana. Obrigada.” Maria das Graças da Silva Pereira Cianorte, PR
Pastor Rubens Paes completa 30 anos de serviço ao Senhor na Gráfica e Editora Aleluia - Edição nº 420 "O sucesso nasce do querer, da determinação e da persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos no mínimo fará coisas admiráveis", é assim que o estadista e escritor José de Alencar fala da perseverança e do sucesso. Alude a obstáculos e alvo, bem como a feitos admiráveis, termos estes que são, todos, características da história do laborioso Pr. Rubens Paes, nosso querido "Rubinho". Tive o privilégio de ser seu companheiro de trabalho em nossa querida Editora Aleluia; grande prazer, o meu, tê-lo como amigo, o que me fez admirá-lo ainda mais. Se antes o profissional, por sua competência, encantava-me, agora a pessoa passava a me impressionar. O Rubens tem aquela grandeza notoriamente característica dos incansáveis e nobres que não precisam da luz dos holofotes para produzir ou para se destacar: teólogo, escritor, advogado, pastor, tradutor, administrador... e não param por aqui suas competências. O Pr. Rubens Paes é um luxo para a IPRB; um homem à frente de seu tempo e, desde cedo, muito habilidoso e bem preparado. Congratulações pela tenacidade: 30 anos na Gráfica e Editora Aleluia! Sua história é linda, perfeita e abençoada; seu feito, admirável! Novamente: Parabéns, meu amigo." Pr. Davilson José de Araújo Sorocaba, SP "Li a matéria sobre os trinta anos de atividades do pastor Rubens na Gráfica e Editora Aleluia. Parabéns! Deus o abençoe ricamente. Obrigado por investir sua vida em uma de nossas instituições." Pr. Flávio Santos Guarantá do Norte, MT
Igreja pobre ou pobre igreja? - Edição nº 421 "Não poderia deixar de parabenizar o Jornal Aleluia pela publicação da mensagem de autoria do Pr. Natanael Palazin, na edição nº 421, de setembro de 2016. Lemos nesse artigo aquilo que pensamos e aprovamos no Arraial Renovado. Que nosso bom Deus continue a abençoar o amado Pr. Natanael e os seus." Pr. João Marques Pedrosa São Caetano do Sul, SP 4
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Edmilson Soares dos Santos Boituva SP Márcio Sobreira de Souza Anápolis GO Otacílio Gonçalves de Oliveira Suzano SP Héverton Luiz Bacha Borda da Mata MG Junival Alves dos Santos Anápolis GO Antônio Braz Teodoro Anápolis GO Élcio Roberto Caetano Gama DF Ermiro Malaquias de Oliveira Araras SP Luiz Carlos Pinto Ouro Preto do Oeste RO Altair Batista Linhares Teófilo Otoni MG Edivaldo Ferreira Ariquemes RO Rodrigo Correia da Silva Assis SP Edmilson Lopes da Silva Curitiba PR Luciano André Andrian Apucarana PR Mariano Carlos Mateus Dourados MS Reinaldo Gonçalves Sinop MT Erasmo Carlos dos Santos São Luís MA Fernando Vanalli Maringá PR Joel Lopes Farias Campo Grande MS Maxwell de Moura Lima Jaraguá GO Florêncio Gomes de Lima Campo Grande MS Francisco de F. Nunes Oliveira Porto Velho RO Gilberto Luís Malaspina Goiânia GO José Valmir Dias Rosa Jussara GO Hugo Vieira da Costa Wattignies França Ilto Paulo Da Silva Lencóis Paulista SP Isaías Ventura Itaúna MG Valdivino Remes da Silva Guarulhos SP Célio Rodrigues Alto Araguaia MT João Sabino Moreira Gov. Valadares MG Cléverson de Souza Assêncio Sta. Cecília do Pavão PR Émerson Jorge da Silva S. Bernardo do Campo SP João Edmar da Silva Goiânia GO Paulo Bispo Maringá PR João Ferreira de Freitas Filho Teófilo Otoni MG Lucas Cardoso Almir Rogério Ruiz Jaime Valinhos SP Osvaldo Rodrigues Zengo Cascavel PR Ruben Dario Guzman de los Santos Corumbá MS Thiago Henrique Santos Vianna Itaobim MG Luiz Almeida de Moraes Júnior Arari MA Luiz Antônio Barbosa Padre Paraíso MG Maurício Pinheiro de Jesus Terra Boa PR Nilson Alberto Vila Velha ES Pedro Henrique Moraes Borges Itumbiara GO Robert Stephen Cooper Londres SP Edson Luiz de Souza São Paulo SP Isaías Aparecido de Souza Ariquemes RO Josué da Silva Assis SP Julio Cézar de Oliveira Gov. Valadares MG Marcílio Joaquim dos Santos Recife PE Ailton Cesar Garbosse Lages SC David Doria Gonçalves Aracaju SE Manoel Barbosa de Sousa Gama DF Levi Neves de Miranda Nova Santa Rosa PR Marcos Antônio Figueiredo Maciel Manaus AM Vilson Júnior Machado Curitiba PR David Correia Brasil Maringá PR Francean Belo Mendes Porto Acre AC Josias do Amaral Florianópolis SC Lucas Pereira da Silva Porteirinha MG Marcus Vinícius Cunha Bauru SP Wendel Antônio Porto Anápolis GO Andrey Marcelo Garcia Mandaguari PR Benício Máximo de Carvalho Aquidauna MS Elio Ferreira dos Santos Juranda PR Gilson Luís de Paula Reis Goiânia GO Marcos de Souza Franco Londres Inglaterra Rômulo de Arruda Júnior Gov. Valadares MG Wagner André de Barros Palmares PE Edson Pinheiro Gonçalves Governador Valadares MG Luís Benedito de Jesus Machado Cândido Mota SP Wanderley da Silva São José SC Adalberto Pereira de Jesus Camaçari BA Cosme Ribeiro Maringá PR Gédison Cardoso da Silva Joanito Ribeiro de Oliveira Gov. Valadares MG Jobel Cândido Venceslau Assis SP José Santana de Souza Cuiabá MT Junio Ferreira de Jesus Tapejara PR Oziel Fernandes Viana Lagamar MG João Bortolato Sobrinho Barueri SP Paulo Ricardo Costa Guilherme Natal RN Eli Berbeth Carvalho Mamborê PR Francisco Vieira de Sá Filho Iporâ PR Giovanni Franchescolli Cabral Ferronato Nivaldo Cecílio Christianini Bauru SP Adolfo Neves Maringá PR Manoel Santos Coutinho Cabreúva SP Marcello Scopel Santa Catarina SC Charliton dos Santos de Sousa Fortaleza CE Jayme Gervasio Villela Santa Fé do Sul SP Claudomiro Ferreira da Silva Maringá PR Edes Guimarães da Silva Governador Valadares MG Divino de Deus Eterno Goiânia GO Leandro Stori Resende Ariquemes RO Nivaldo Luiz da Silva Tucuma PA Ronaldo Costa Maia Assis SP Geraldo Vieira De Aguiar Ribeirão das Neves MG João Adalberto de Freitas Júnior Fortaleza CE Osvandi Pedroso Tietê SP Tiago Donizete de Matos Mairinque SP Israel Florenciano de Matos Belo Horizonte MG Moacir Sgorlon Campo Grande MS José Osvaldo Mendes Costa Angatuba SP Renato Santos Gomes Valdir Luiz de Almeida Goiânia GO William Roberto Rodrigues Calvão Goiânia GO
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Igreja em ação
Círculo de oração Unidas por Cristo completa 26 anos
41º aniversário do ministério de jovens Andai na Luz Nos dias 17 e 18 de setembro, a 2ª IPR de Curitiba, sob a liderança do Pr. José Domingos Rampin, comemorou o 41º aniversário do ministério de jovens Andai na Luz. A Palavra de Deus foi ministrada expositivamente pelo Pr. Marcelo Meira, da 1º IPR de Curitiba. O louvor foi ministrado pelo Ministério de Louvor Vila Camargo, Conjunto Atos de Louvor, Filhas de Sião, e também teve participação do Ministério de Louvor da IPR Bairro Alto. A igreja foi
abençoada e Deus, mais uma vez, engrandecido. Informou o Presb. Valdinei Valim Terra.
Em 10 e 11 de setembro, o círculo de oração Unidas por Cristo, da 3ª IPR de Ji-Paraná, RO, comemorou seu aniversário de 26 anos. Informou Seilza Machado de Almeida.
1ª IPR de Araçatuba, SP, despede-se de sua missionária, Dálida A. Ruiz
Em 25 de setembro de 2016, a 1ª IPR de Araçatuba, SP, presidida pelo pastor Eustáquio Veras de Oliveira, realizou um culto de despedida de sua missionária Dálida Amaral Ruiz. A missionária foi enviada a Moçambique, África. A estratégia missionária abrange sua participação como professora voluntária de uma escola comunitária naquele país.
O trabalho visa atender mulheres com HIV e crianças carentes, levando o evangelho, esperança e dignidade. A missionária Dálida saiu de Araçatuba na quinta-feira, dia 29, e já está em solo africano. Para saber como participar desse trabalho, ligue para: igreja (18) 3301-4388; pastor (18) 996427544; missionária (18) 98117-9517.
A IPR de Juara, MT, juntamente com sua congregação de Nova Fronteira, MT, realizaram, no dia 10 de setembro de 2016, o batismo de seis pessoas, sendo quatro da igreja de Juara e dois da congregação de Nova Fronteira. O
Juara e Nova Fronteira, MT OUTUBRO 2016
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Batismos
pastor Paulo Roberto Fiorindo, presidente da igreja de Juara, dirigiu-se com alguns de seus obreiros e equipe de louvor para Nova Fronteira, onde realizou-se o batismo. Este ocorreu às 11h, seguido de um delicioso almoço. À noite, foi celebrado o culto de recepção dos novos membros e entrega de certificado. “Ficamos muito honrados com a presença do nosso presidente do campo e por receber com festa os novos membros. Até aqui nos ajudou o Senhor, por isso toda glória seja dada ao nosso Deus”, declarou o presbítero Francinaldo P. R. de Lima, dirigente da congregação. Jornal Aleluia
Em 11 de setembro, a Igreja Presbiteriana Renovada de Santa Fé, PR, e suas congregações receberam 30 novos membros por batismo, jurisdição e transferência. Informou o Pr. José Altair Vedovelli.
Santa Fé, PR 5
Igreja em ação
1ª IPR de Mauá, SP Congresso de jovens e adolescentes A 1ª IPR de Mauá realizou, de 26 a 28 de agosto, um Congresso de Jovens e Adolescentes, sob o tema “Regenerar: de volta ao primeiro amor”, com base em Apocalipse 2:2-5. Os preletores foram Pr. Felipe Henrique,
irmã Angela Cristina, Ev. Ivany Moura e Pr. Elessandro Garcia. Palavra, louvor, coreografia, teatro, enfim, todos os atos do culto serviram de instrumentos de Deus para abençoar muitas vidas. Informou o Pr. João Olímpio.
Vencedoras em Cristo O ministério de mulheres “Vencedoras em Cristo”, da 1ª IPR de Mauá, SP, promoveu, em 20 de agosto, um chá para mulheres, cujo tema foi “Qual é a tua petição”, baseado em Ester 5:6b. O evento, que durou
a tarde toda, teve como preletora a irmã Telma Garcia e, também, contou com a presença das cantoras Erica Castro e Eliana. Foram agradáveis momentos de comunhão. Além de ouvirem uma abençoada Pala-
vra, as irmãs puderam louvar ao Senhor juntas e participar de sorteios, com a ajuda do grupo das jovens e adolescentes “Princesas de Cristo”. Informou Rosimeire, líder do ministério Vencedora em Cristo.
4ª IPR de Osasco, SP, inaugura novo templo Em 28 de agosto, a 4ª IPR de Osasco, SP, inaugurou seu novo templo, situado na Rua Vicente Celestino, nº 100, no bairro Santo Antônio. O espaço, que antes era utilizado
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para festas seculares, foi reformado pelos próprios membros da igreja. O culto de inauguração contou com a presença de Francisco Rossi, ex-prefeito de Osasco, e de sua filha
Ana Paula Rossi. O presidente da IPRB, Pr. Advanir Alves Ferreira, preletor do culto, trouxe uma palavra sobre a visão de um vencedor, baseada no livro de Neemias 2.
Jornal Aleluia
Congresso Inconformados
A UJA - União de Jovens e Adolescentes da II IPR de Teófilo Otoni, MG, realizou, de 19 e 21 de agosto de 2016, o congresso Inconformados 2016. O tema foi "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor
de muitos esfriará" (Mt 24:12). Os preletores foram os pastores Jadiel Soares, da Bahia; Jonas Boaventura, de Teófilo Otoni; e Daniel Gusmão, de Novo Cruzeiro. Informou o pastor João Ferreira.
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OUTUBRO 2016
Igreja em ação
2ª IPR de Ribeirão das Neves, MG 2º Clama Neves - Tempo de arrependimento “Tempo de arrependimento”, esse foi o tema do 2º Clama Neves, realizado em 13 e 14 de agosto pela 2ª IPR de Ribeirão das Neves. O evento tem o objetivo de exaltar a Deus e clamar em favor da cidade, de sua economia, segurança, saúde, estrutura social e política. Oportunamente, neste ano foram intensificadas as ora-
ções pelos governantes e autoridades. Participaram do evento a cantora Ceildes Alencar, do Estado do Espírito Santo; o ministério de dança Shekinah, da IPR do Botafogo; e os militares do 40º Batalhão de Ribeirão das Neves. O preletor foi o Pr. Washington Ribeiro do Nascimento, presidente do Presbitério de Belo Horizonte,
que pregou uma mensagem desafiadora e edificante, baseada no livro do profeta Jonas. “O Clama Neves é um evento que tem nos despertado à oração e à evangelização, além de nos lembrar que a igreja está nesta terra para fazer a diferença. Que venha o terceiro Clama Neves! Essa cidade é do Senhor Jesus”, declarou o Pr. Ademilson Alves.
5 Estações Por ocasião do 2º Clama Neves, a 2ª IPR de Ribeirão das Neves organizou o projeto evangelístico denominado 5 Estações. A ideia foi utilizar placas com dizeres evangelísticos para chamar a atenção das pessoas que estivessem dentro de veículos ou a pé. A primeira etapa ocorreu em 9 de julho, na rodovia LMG 806, que dá acesso ao distrito de Justinópolis, à área central e à BR
040. “Cremos que muitos tiveram uma viagem diferente, pois o simples fato de ler uma placa dizendo ‘Jesus te ama’ pode mudar a viagem e a vida de muitas pessoas”, declarou Ademilson Alves, pastor da 2ª IPR de Ribeirão das Neves. Em pontos estratégicos, os irmãos formaram as quatro estações; a quinta estação foi no semáforo ao final da rodovia. Nes-
ta última, os motoristas recebiam livretos do evangelho. No dia 13 de agosto, pela manhã, a evangelização foi na praça central da cidade, onde, também, muitas pessoas foram sensibilizadas. Esse evangelismo, além de levar as boas-novas de salvação, serviu para alertar à igreja que não podemos ficar enclausurados. Ainda há muito o que fazer. Informou o Pr. Ademilson.
14º Congresso do Grupo de Oração da IPR do Jd. Los Angeles, Umuarama, PR A IPR do Jd. Los Angeles, Umuarama, PR, realizou, de 26 a 28 de agosto, o 14º Congresso de Grupo de Oração. Os preletores foram o Pr. Luciano Andrian e sua esposa, Elisangela, da IPR de Apucarana, PR. O coral das mulheres entoou hinos a Deus sob a regência do pastor Daniel Carneiro Correia. Informou o pastor local, Juarez Casagrande.
Mispa reúne-se com missionários no sertão nordestino Os pastores Florencio M. de Ataídes, presidente da Mispa, e Sebastião Júnior, 1º secretário, estiveram no sertão nordestino para se reunirem com os obreiros locais. Os pastores narram o encontro, conforme segue:
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"Em 6 de setembro de 2016, estivemos na cidade de Juazeiro do Norte, CE, reunidos com os missionários que trabalham no sertão nordestino. Foi uma reunião muito produtiva, em que os obreiros puderam compartilhar suas experiências no campo e apresentar suas dificuldades, desafios e expectativas de evangelização naquela região. Os missionários também tiveram a oportunidade
de se conhecer e orar uns pelos outros. Estamos plantando 15 igrejas na região, com várias iniciativas sociais, como reforço escolar, alfabetização, escola de futebol, aulas de músicas, aulas de canto, etc. Também iniciamos um Centro de Treinamento para obreiros sertanejos na cidade de Serra Talhada, PE. Temos 15 alunos matriculados." Jornal Aleluia
IPR em Juazeiro, BA A IPR em Juazeiro, na Bahia, já é uma realidade. Trata-se de mais um resultado do Projeto PAS, desenvolvido pela Mispa. À frente dessa igreja, plantada em uma das cidades mais importantes da Bahia, está Pr. Geraldo Antonio dos Santos.
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Reforma Protestante
Reforma Protes
Em 31 de outubro de 2016, a Reforma Protestante completa 499 anos. Nós, história do Cristianismo no século XVI. O Jornal Aleluia convidou os p dos principais reformadores, Martinho Lutero e Jo
Martinho Lutero e a Reforma Protestante
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prouve a Deus, na loucura da sua sabedoria (1Co 1:25-29), usar homens para realizar o ministério que os anjos almejaram bem atentar (1Pe 1:12). Homens divinamente chamados existem para o louvor da glória da graça de Deus (Ef. 1:6). Martinho Lutero foi um desses homens, dentre muitos outros. Nasceu em Eisleben, cidade da Turíngia, na Alemanha, aos 10 de novembro de 1483. Seu pai, João Lutero, e sua mãe, Margarethe Lindemann, eram pobres, muito embora ele exercesse a profissão de mineiro e gerenciasse as várias minas de cobre de sua região.
Lutero e os estudos Após os 14 anos, Martinho foi para Magdeberg para estudar com os Irmãos da Vida Comum. Ali, ele e seus companheiros pediam esmola nas portas das casas para terem o que comer. Providencialmente, Deus levantou um nobre casal, Conrado e Úrsula Cota, para oferecer moradia e alimentação completa para o estudante. Nesse período, ele desenvolveu grandemente sua habilidade de refletir, falar, cantar e tocar alaúde, distinguindo-se dos seus colegas. Em 1501, Lutero estava com 18 anos. Seu pai, com uma condição financeira melhor, o enviou para a Universidade de Erfurt, onde pôde estudar filosofia, línguas, gramática, retórica, história natural e astronomia. Sua dedicação era imensa, de tal modo que, ao fim do terceiro semestre, já era Bacharel em Artes. O jovem tornou-se leitor ávido. Aos 20 anos encontrou na biblioteca da universidade um livro clássico que era de leitura proibida pelos padres. Ao verificar o registro, sentiu-se profundamente tocado pelo testemunho de uma mulher que era estéril, mas que, depois de uma experiência com Deus, 8
foi mãe de vários filhos, consagrando o primeiro inteiramente a Deus. Essa era a história de Ana, lida em I Samuel. A Palavra de Deus começava a fazer a diferença na vida do futuro reformador!
Lutero e a religião Lutero era um homem religioso e aparentemente alegre em meio aos colegas. Todavia, em sua alma havia um tormento em relação à morte e ao julgamento eterno. Assim desenvolveu um senso de santidade extremo, desejando satisfazer a justiça divina pelos seus próprios méritos. Entretanto, sua consciência era sempre um fardo muito pesado. Num final de semana, ao regressar a pé até sua cidade natal, quase foi atingido por um raio em meio à tempestade. Tomado de medo, clamou à sua padroeira: “Santa Ana, livra-me e me tornarei monge”. Em 1505, depois de fazer uma festa de despedida junto aos amigos, comunicou-lhes a decisão de se tornar monge. Mesmo desacreditado pelos colegas e contra a vontade de seu pai, vendeu seus livros de Direito e, em 17 de agosto aquele ano, dirigiu-se ao convento agostiniano em Erfurt. O neófito monge acreditava que sua paz estava num lugar. Sua esperança, ao entrar no convento, era ganhar o céu por meio da observação de muitas regras monásticas, da crucificação da carne, de jejuns, de privações e de vigílias. Durante o dia, por sete ou oito vezes, rezava 25 pai-nossos e 25 ave-marias, além de outras orações numerosas, sem se esquecer de nenhuma palavra. Adotou 21 santos, aos quais dedicava veneração particular. Confessava-se minuciosamente toda semana, mas, em sua cela, a luta contra os maus pensamentos e as inclinações pecaminosas do coração não cessavam. Analisando sua vida no convento, registrou: Jornal Aleluia
Eu era o homem mais miserável da terra. Dia e noite eram gritos e desespero, e ninguém podia ajudar-me. Se um monge pudesse ganhar o céu por suas práticas fradescas, com certeza eu o teria ganho. Todos os religiosos que me conheceram podem dar testemunho disso. Se tivesse ficado mais tempo ali, eu me haveria martirizado até morrer, por causa de tantas macerações. Rodeado de trevas, não achava paz em parte alguma.
lizou Lutero mostrando-lhe o perdão gratuito, a fé no Salvador e a santidade advinda do amor a Deus. Esse encontro foi um grande refrigério para a alma de Martinho. Entretanto, só no terceiro ano de convento, após meditar dia e noite em Romanos 1.17, é que a “justiça de Deus” floresceu em sua mente e desceu ao seu coração.
As inquietações de Lutero O mundo de Lutero era, de fato, de grandes mudanças e inquietações profundas com a morte, a culpa e a perda de sentido. As Américas estavam sendo descobertas. A política entre imperadores, reis, comandantes e papas procuravam vestir uma nova Europa. A Igreja Católica era poderosa em aspectos políticos e culturais; algumas intenções de reforma da igreja, com Wycliffe e Huss, foram silenciadas pela fogueira. No entanto, a teologia bíblica do futuro reformador seria uma resposta às ansiedades dessa época. A ordenação de Lutero a padre ocorreu no dia 2 de maio de 1507, na Catedral de Santa Maria. Nessa época, ele conheceu o vigário-geral da ordem dos agostinianos na Alemanha, João Staupitz. Este era amante do evangelho e já havia percebido que a salvação era pela fé somente, o que jamais poderia ser ventilado publicamente. O semblante triste e abatido do jovem padre chamou-lhe a atenção. Num diálogo sincero, Lutero lhe abriu o coração, relatou os seus conflitos, seu anseio por perdão e paz e que seu empenho era inútil para alcançar a santificação. Staupitz percebeu que a raiz das angústias de Lutero eram as próprias crenças falsas da justiça inexorável de Deus e da majestade vingadora de Cristo. Staupitz evange-
Lutero e a luz da Palavra Lutero foi professor das Escrituras nas Universidades de Wittemberg e Erfurt. A Palavra de Deus gradativamente lhe fazia mais sentido, muito embora a tradição da igreja ainda lhe fosse muito forte. Em 1511, foi enviado à Roma para resolver algumas pendências entre alguns conventos agostinianos. Aproveitou e aprofundou-se na língua hebraica. Ali, ficou escandalizado com o testemunho do clero, com a suntuosidade e promiscuidade dos monastérios e com a venda de indulgências para conclusão da Basílica de São Pedro, ocupação do papa Júlio II. Um dia, com a mente ainda ofuscada em busca da indulgência plena, subiu de joelhos a escada de Pilatos, Edição 422
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Reforma Protestante
stante: 499 anos
os presbiterianos renovados, somos fruto desse movimento que mexeu com a pastores Jeloilson Boher e Oziel Vicente de Souza para falar sobre dois oão Calvino, e o impacto de suas obras no mundo. quando ouviu como voz de trovão o texto de Romanos: “O justo viverá pela fé“. Atingido na consciência, aquele momento foi um divisor de águas para ele. Ao regressar para a Alemanha, Lutero recebeu ordens do vigário-geral João Staupitz para continuar seus estudos. Em 19 de outubro de 1512, tornou-se doutor em Teologia, podendo pregar a Palavra de Deus. Em Wittenberg, havia a Igreja do Castelo
e a Igreja da Cidade, onde se dedicava mais frequentemente. Fez exposições bíblicas em Salmos (1513-1515), Romanos (1515-1516), Gálatas (15161517) e até 1546 pregou cerca de três mil sermões, com uma média de um sermão a cada dois dias. Seu labor teológico rendeu uma gama inacreditável de publicações, todas voltadas para a igreja. Em 1520, Lutero escreveu 133 obras; em 1522, 130; em 1523, 183, e a mesma quantidade em 1524. Nesse sentido, podemos indubitavelmente afirmar que a maior contribuição de Martinho Lutero para com a Reforma foi um retorno à Palavra de Deus! Através do retorno à Palavra e de sua dedicação a ela, Lutero percebeu que mais religião não resolvia os conOUTUBRO 2016
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flitos e temores da alma humana; que a justificação do homem é só pela fé e que, ao mesmo tempo, a fé que justifica nunca está só. Ao entender Romanos 1.17, ele afirmou: Noite e dia eu ponderei, até que vi a conexão entre a justiça de Deus e a afirmação de que “o justo viverá pela fé”. Então eu compreendi que a justiça de Deus era aquela pela qual, pela graça e pura misericórdia, Deus nos justifica através da fé. Com base nisso eu senti estar renascido e ter passado através de portas abertas para dentro do paraíso. Toda a Escritura teve um novo significado, e se antes a justiça me enchia de ódio, agora ela se tornou para mim inexprimivelmente doce em um maior amor. Essa passagem de Paulo se tornou para mim um portão para o céu.
Assim, a redescoberta da justificação graciosa pela fé, que é fruto de um retorno à Palavra, passou a ser para Lutero, e mais tarde para os protestantes, o artigo pelo qual a igreja se mantém ou cai. Por isso, quando o monge João Tetzel, com boa oratória, apareceu na Alemanha vendendo indulgências, Lutero, pelo poder da Palavra, passou a refutá-lo; ao fazê-lo, naturalmente atacava os dogmas da Igreja Católica. Tetzel argumentava que Santo Estêvão foi apedrejado, São Lourenço foi queimado, São Bartolomeu sofreu o mais cruel dos suplícios, então, sacrificar uma pequena quantia de dinheiro pelos pais e amigos que estavam gemendo nos tormentos do purgatório era uma pequena esmola. Ainda, afirmava que as indulgências eram o mais precioso e sublime dom de Deus, por meio do qual os pecados eram perdoados e que ele não trocaria seus privilégios pelos de São Pedro, uma vez que havia salvado mais almas com as indulgências do que o apóstolo com suas pregações.
As 95 teses Nesse ambiente, em 31 de outubro de 1517, Lutero fixou as famosas 95 Teses na porta do castelo de Wittenberg, que, à luz da Bíblia, refutavam
as heresias da Igreja Romana. 1º de novembro era Dia de Todos os Santos e muitos fiéis iriam à igreja. Em pouco tempo, a refutação de Lutero estava espalhada por toda a Europa. Algumas das teses são: - Pregam doutrina humana aqueles que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu]. - Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito da remissão plena de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência. - Inútil é a confiança de salvação conferida pelas cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa dessem sua alma como garantia por elas. Como era de se esperar, Lutero foi chamado pela Igreja Romana para se retratar, mas, diante das autoridades, dizia que só poderia fazê-lo se sua consciência fosse convencida pela Palavra de Deus. Em 15 de julho de 1520, foi enviada uma Bula Papal denunciando os “abusos” de Lutero. Em 10 de dezembro de 1520, Lutero com um grupo de estudantes e irmãos queimaram a Bula, reconhecendo mais de 30 doutrinas falsas. Esse ato marcou a ruptura de Lutero com a Igreja Romana. Nesse mesmo ano, Martinho escreveu uma Carta à Nobreza Alemã, onde demonstrava a natureza de seu verdadeiro combate em três partes: “A Igreja Romana levantou três muralhas que se apõem como obstáculo insuperável a toda reforma: 1) a do poder religioso que se coloca acima do poder civil, 2) a da supremacia do papa sobre as Sagradas Escrituras e 3) a do direito de convocar concílios que somente o papa tem”. Em 5 de janeiro de 1521, Martinho Lutero foi excomungado da Igreja Católica. Dentro dos embates políticos, em 1529 a Instituição Romana enviou uma resolução aos príncipes luteranos que impedia a introdução da Reforma em seus territórios, mas exigia Jornal Aleluia
liberdade de culto romano nos territórios conquistados pela Reforma. Os príncipes recusaram solenemente, em nome da fé evangélica, a concordar com essa imposição; por isso, a partir dali foram conhecidos como protestantes. Aos 62 anos de idade, em 18 de fevereiro de 1546, Lutero foi chamado para os tabernáculos eternos, em Eisleben. Ao som de todos os sinos, com um grande cortejo, ele foi sepultado onde sempre pregou o evangelho, na Igreja do Castelo de Wittenberg. Filipe Melanchthon, seu grande amigo, realizou o culto fúnebre em 22 de fevereiro. A Reforma seguia firme em toda a Europa.
Seguindo o exemplo da Reforma Aprendemos com Lutero que Deus não tem novidade para seu povo, mas sim verdade, a verdade da Palavra! O homem do século XXI não precisa de modismos, mas da prática da verdade revelada na Palavra. A Reforma foi um retorno à Palavra, em que a Bíblia foi colocada novamente nas mãos do povo. A Reforma, ou o avivamento que hoje muitos esperam, deve começar com o anseio pela Palavra. Medite, estude, pregue e viva as Escrituras, pois, como afirma o autor aos Hebreus: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4:12). Referências bibliográficas: SAUSSURE, A. de. Lutero. São Paulo: Vida, 2003. FERREIRA, Franklin. Gigantes da fé. São Paulo: Vida, 2001. PIPER, John. O legado da alegria soberana. São Paulo: Sheed Publicações, 2005. HAGGLUND, Bengt. História da teologia. Porto Alegre: Concordia, 1999
Pr. Jeloilson Boher Maringá, PR 9
Reforma Protestante Família
Calvino: coerência histórica e teológica
A Reforma Protestante e seu contexto A Reforma Protestante foi um movimento que surgiu dadas as circunstâncias religiosas que embalaram o século XVI. Para a entendermos melhor, faz-se necessário um olhar sobre o pano de fundo daquelas regiões onde o movimento se fez mais intenso. Muitas das obras teológicas utilizadas hoje são produtos desse contexto, e, portanto, a coerência histórica e teológica não pode ser ignorada na leitura de um autor da época. O que quero apontar é que não se pode distanciar o discurso teológico dessa realidade contextual. Nesse sentido é que venho apresentar um dos grandes vultos da teologia protestante, João Calvino. O teólogo viveu um período de transformações significativas de uma sociedade que transitava da Idade Média para a Moderna. Essa transposição de período demonstrava a insatisfação dos burgos, em ascendência, com o regime econômico feudal e clerical, o que ensejou um momento de maior expressividade social. Em outras palavras, renascia o homem livre, democrático, dos antigos filósofos gregos.
A influência do Humanismo Um dos pensamentos revalidados nesse contexto foi o de Protágoras (480-410 a.C.). Em 10
seu discurso, encontramos a base para a renascença humanista. Esta, ancorada pelo pensamento de que “o homem é a medida de todas as coisas, da existência das que existem e da não existência das que não existem”, suplantou o teocentrismo desenvolvido pelo corpo religioso da Idade Média e, em seu lugar, estabeleceu o antropocentrismo como um modelo coerente do progresso social que almejavam. Dada a importância do Humanismo para a Reforma Protestante, Timothy George (1933, p. 50) o apresenta como a “parte da estrutura que possibilitou aos reformadores questionarem certas suposições da tradição recebida, mas que em si mesma não era suficiente para fornecer uma resposta às obsessivas perguntas da época”. Nesse sentido, o reformador em questão, bem como a sociedade quinhentista, não esteve aquém das influências, sendo, assim, correto descrevê-lo como um reformador humanista. A despeito da importância, o movimento forneceu subsídios para duas concepções teológicas divergentes: a de João Calvino e a de Jacó Armínio. A primeira, ainda que com bases humanistas, diverge do pensamento de Armínio quando diz que: “na Reforma, o ponto central não é o homem; ele não é considerado ‘a medida de todas as coisas’; antes, a sua dignidade consiste em ter sido criado à imagem de Deus. Portanto, a dissociação entre Renascença e Reforma teria de ser como foi: inevitável” (COSTA, 2009, p. 22). Para a segunda, e sob a influência de Erasmo de Roterdã, “o homem renascentista [...] se julga em plena condição de planejar o seu próJornal Aleluia
prio futuro, sua existência individual, e aproximar-se da perfeição; tudo está em suas mãos, nada lhe escapa” (COSTA, 2009, p. 52). É sob a perspectiva das contribuições do estimado pastor de Genebra, João Calvino, das quais somos beneficiados na contemporaneidade, que me proponho neste texto a olhar para a Reforma.
Calvino: legado teológico A retomada do pensamento clássico, que possibilitou novas perspectivas àquela sociedade, foi um movimento de retorno às fontes primárias, que viabilizou o estudo das Escrituras a partir dos originais. Diferentemente de alguns cristãos que se deixaram levar pelo humanismo extremista, “Lutero, Zuínglio (1484-1531) e Calvino, apesar das divergências de compreensão, de ênfase e de estilo, estavam de acordo quanto à centralidade da Palavra de Deus”. (COSTA, 2009, p. 21). O detrimento da revelação, num período em que se supervalorizava a razão, levou os tutores da Reforma a primarem pelo estudo das Escrituras. “Contudo, os reformadores esbarraram em um problema estrutural: o analfabetismo generalizado entre as massas. A leitura era um privilégio de poucos” (COSTA, 2009, p. 23). Decorrente dessa realidade, os diversos extratos da sociedade lutaram para garantir a acessibilidade da educação em favor de seus interesses. A classe mercantil (burguesa) lutou pela viabilização da alfabetização, para que seus filhos pudessem desenvolver os papéis das transações comerciais; os luteranos, para que seus descendentes fossem capazes de ler a Palavra de Deus na língua vernácula, bem como para propagarem as queixas de Lutero contra a Igreja. Já os puritanos queriam se utilizar do poder da leitura para reprimir três grandes males daquele contexto: a ignorância, a profanidade e o ócio. Os católicos viram na leitura a oportunidade de promover um sentimento maior de obediência às Escrituras; no entanto, em meados do século XVI, eles perceberam
que a leitura se tornou um estímulo para a desintegralização de sua hegemonia e proibiram a leitura sacra na língua vernácula. Desse momento em diante, estimulou-se o culto à divindade pela leitura das imagens, pois, assim, não se necessitava de alfabetização, apenas um olhar reverente para as elas.
a) Compromisso com a educação Postman (2006) e Lawson (2008) registram que na Escócia presbiteriana encontramos o mais intenso compromisso com a alfabetização para todos, possivelmente fruto daqueles sermões que John Knox ouvia de Calvino, quando de seu exílio em Genebra, fugindo da rainha da Inglaterra “Maria Sanguinária”. É nessa perspectiva que se pode afirmar que João Calvino deixou um legado sem precedentes para a educação, bem como para o progresso do cristianismo, pois, como aponta a historiadora Ruth Tucker (2010), a Escócia, juntamente com os países do Reino Unido, deve ser considerada o berço das missões modernas, que revolucionou a história das missões protestantes. Apoiado na ideia de que a instrução é uma obrigação para todos os cidadãos e um dever da Igreja e da administração da cidade – o Estado –, Calvino empenha-se na reforma do modelo educativo, reestruturando o velho Colégio de Genebra, em sintonia com os ideais do humanismo, mas profundamente apegado aos ideais de uma reforma religiosa. (JARDILINO, 2009, p. 28).
Outros fatores favoreceram a rápida propagação da Palavra. Nesse sentido, pode-se destacar o papel fundamental da imprensa, que possibilitou a impressão e divulgação das Escrituras, de modo que a sociedade pudesse ter acesso à Palavra de Deus. Esse destaque fundamenta um dos grandes frutos da Reforma. Nessa lógica, Steven Lawson argumenta que: logo depois, as chamas da Reforma começaram a surgir na Alemanha e se espalharam rapidamente pela Europa, atingindo principalmente as universidades da Escócia e Inglaterra. Enquanto isso, os cinco solas Edição 422
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Família Reforma Protestante da Reforma — salvação só pela graça, mediante a fé somente, unicamente por meio de Cristo, exclusivamente para a glória de Deus e baseado somente nas Escrituras — eram forjados nas mentes que estavam sendo renovadas pelas Escrituras (LAWSON, 2008, p. 19).
b) Somente Cristo Ao perceberem a leitura das Escrituras como uma possibilidade de libertação daquelas opressões promovidas pelo clero, concernente às confissões auriculares, os reformadores manifestaram-se também com o solus Christus, para confirmar que somente Cristo é o verdadeiro sacerdote que nos permite aproximarmo-nos do trono da graça com toda confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento de necessidade (Hb 4:16). João Calvino pregava que qualquer discurso que usurpasse de Cristo esse direito de mediação esvaziava-O do sentido sacerdotal, conferido a Ele pelo Pai. É nesse sentido que encontramos o pensamento do teólogo dizendo sobre essa passagem que: “o poder é eliminado do sacerdócio de Cristo sempre que os homens hesitam e ansiosamente buscam outros mediadores como se o Cristo não fosse suficiente”. (CALVINO, 2012, p. 115).
de amor e graça deliberada e operacionalizada pela Santíssima Trindade. Na má compreensão dessa postura teológica sustentaEis a relevância de João Cal- da pelo pastor de Genebra é que vino para as Igrejas Protestantes, se afirma que “não há, talvez, nepois, valorizando a dignidade hu- nhuma pessoa da História mais mana, não esvaziou a divina de mal compreendida do que João sua majestade; antes, justifica que Calvino”, (D’ALBIGNÉ, 2008, o brio do homem se dá pela fé, p. 31 apud COSTA, 2009, p. 11), unicamente por uma ação de graça pois sua teologia se trata de uma mediada por Cristo, a fim de que apreciação fiel às Escrituras sem a glória seja atribuída somente a desvios de propósitos, nem falseDeus. Esse processo se caracteriza ação de sentidos. pelo retorno às Escrituras, que em O pensamento sua máxima O apresenta vestido da Reforma: uma de poderes de soberania. necessidade para hoje Diferentemente de Erasmo, que reconsiderou o pensamento de Enfim, o pastor e teólogo da Protágoras ao reafirmar a capaci- Reforma lutou por uma sociedade humana para solucionar to- dade mais equânime. Para tanto, dos os seus problemas, a Teologia buscou na educação esse fator de Reformada prega que “a genuína equilíbrio, bem como numa teoAntropologia deve ser sempre e logia que reelabora a dignidade incondicionalmente teocêntrica”, humana como derivativa da graça (COSTA, 2009, p. 54). Assim, de Deus que intervém por meio sustenta que não se pode esquecer de Cristo. Com isso, o pensador d’Aquele que ressignifica a digni- distingue a posição de dependêndade humana, Cristo, ao reparar a cia humana daquele que em tudo imagem de Deus em nós pelo seu tem a proeminência, “porque nele sacrifício de redenção. foram criadas todas as coisas que Dessa teologia, temos um dos há nos céus e na terra, visíveis e mais belos discursos resgatados invisíveis, sejam tronos, sejam dodas Sagradas Escrituras, o da so- minações, seja principados, sejam berania de Deus, que nos justifica potestades; tudo foi criado por ele inteiramente no papel sacerdotal e para ele” (Cl 1:16). Assim, num de Cristo, por meio de uma ação resgate da teologia paulina, Calvi-
c) Valorização da dignidade humana sem esvaziar a divina
no retoma o apontamento de que “todas as coisas subsistem por ele”, até mesmo o sustento da nossa fé, pois ela nos fora dada como um presente de Deus (Ef 2:8). Tendo isso em vista, reafirmo o pensamento que permeou a mentalidade Reformada do século XVI como uma necessidade para a fé cristã contemporânea, pois muitas igrejas cederam suas tribunas para um sermão antropocêntrico, para satisfazer a ansiedade de seus ouvintes, quando deveriam resgatar a teocentricidade na liturgia, para manifestar a excelência de sua santidade, uma vez que tudo quanto tem subsistência nEle também deve viver para glorificá-lo. Referências bibliográficas: CALVINO, J. Hebreus - série comentários bíblicos. São José dos Campos: Fiel, 2012. COSTA, H. M. P. D. João Calvino 500 anos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. GEORGE, Timothy. Teologia dos reformadores. Vida Nova. JARDILINO, J. R. L. Lutero & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. LAWSON, S. J. A Arte expositiva de João Calvino. São José dos Campos: Fiel, 2008. POSTMAN, N. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2006. TUCKER, Ruth. Até os confins da terra. Shedd Publicações.
Pr. Oziel Vicente de Souza Cianorte, PR
2017: 500 anos da Reforma Protestante “Um construtor da Modernidade – Lutero – Teses – 500 Anos.” Este é o tema do congresso que a Universidade de Lisboa promoverá de 9 a 11 de novembro de 2017 para comemorar os cinco séculos da Reforma Protestante. O objetivo é apresentar e discutir abordagens críticas sobre a relevância da Reforma Protestante como bem cultural e sobre a pertinência do pensamento reformado na construção das identidades e representações da cultura europeia, em geral, e portuguesa, em particular. O evento terá cinco eixos temáticos: (1) Os percursos do longo século XVI; (2) Teologia(s) da(s) Reforma(s); (3) As novas fronteiras da epistemologia; (4) Reforma, Sociedade e Cultura; (5) A Reforma para cá dos Pirineus e para lá do Atlântico. Historiadores e teólogos portugueses e brasileiros compõem a comissão científica que organiza o congresso. Mais informações: http://www.congressolutero500anos.org/index_PT.html. OUTUBRO 2016
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Igreja em ação Família
Mocidade Estrela do Amanhecer (MEA) realiza 9º ENJOR O Ministério Jovem MEA – Mocidade Estrela do Amanhecer, da 1ª IPR de Montes Claros, MG, realizou, de 29 a 31 de julho, o 9º ENJOR – Encontro de Jovens Renovados, cujo tema foi “É tempo de santificação”. No sábado à noite, o Pr.
Ismael, da IPR de Salinas, MG, ministrou sobre santificação nos dias atuais. No domingo pela manhã, depois de um momento coletivo de louvor e adoração, houve palestras para rapazes e moças separadamente, em que os jovens puderam falar um
pouco mais abertamente sobre santidade e sexualidade, tirando dúvidas e fazendo perguntas. Participaram do 9º ENJOR as IPRs: 2ª de M. Claros, Cidade Insdustrial, Vilage do Lago e Nova Esperança. Informou Samuel de Freitas, líder do MEA.
Encontro do curso Aliançados para Sempre, em Florianópolis, SC A Igreja Presbiteriana Renovada de Florianópolis, SC, realizou, de 9 a 11 de setembro, um encontro para casais, do curso Aliançados para Sempre. Os preletores do encontro são o Pr. Jaaziel Vieira e sua esposa, Joyce Vieira, autores dos módulos 1 e 2 do curso Aliançados para Sempre, publicados pela Editora Aleluia.
Culto missionário – IPR de Borda da Mata, MG Em 18 de setembro, a Igreja Presbiteriana Renovada de Borda da Mata, MG, realizou um culto missionário. Além de trazer a importância do assunto à pauta, a igreja teve o propósito de ajudar o Pr. Elias Rodrigues e sua família, missionários em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia.
Congresso de missões – 4ª IPR de Contagem, MG A 4ª IPR de Contagem, MG, sob a direção do Pr. Aldeir G. de Oliveira, promoveu, em 24 e 25 de setembro, um congresso de missões, cujo tema foi baseado em Isaías 6:8: "Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim". O preletor foi o Pr. Héverton Luiz Bacha, da IPR de Borda da Mata e vogal da Mispa. 12
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Família Falecimentos
Adeus a uma mãe guerreira e intercessora “Tudo aquilo que sou ou pretendo ser, devo a um anjo, minha mãe” (Abraham Lincoln)
Mãe é sempre mãe e sua presença é tudo para nós nesta vida. Quando ela deixa este mundo, seu lugar em nossa vida fica vazio para sempre, porque não há nada que possa preenchê-lo, ainda que tenhamos uma ótima família, bens, dinheiro e estejamos rodeados de irmãos, amigos e parentes. Para uma mãe, seu filho será sempre seu filho, mesmo que tenha sido rejeitado ou incompreendido por outros por algum motivo. O amor de mãe é algo inexplicável! Perder a mãe é um dos fatos mais doloridos da vida. Como é difícil conviver com esta realidade. O tempo até poderá ser um paliativo, mas jamais apagará da lembrança aquele que morreu. Quem já passou por este momento sabe que não é uma situação fácil. Essa tem sido a experiência de
nossa família, pois no dia 9 de setembro deste ano, mais ou menos às 22h15min, perdemos a nossa querida mãe, que estava internada havia noventa dias, na Santa Casa de Maringá. No dia 22 de agosto, ela havia completado 82 anos. Nesse dia, meu irmão mais velho, Luiz Ferreira, e sua esposa, Estael, que moram em Londrina, PR, compraram um bolo e, juntamente com a nossa irmã Fátima, cantamos os parabéns e agradecemos a Deus a sua vida. Foi um momento memorável, apesar de estarmos no hospital. Nossa mãe sempre foi uma mulher corajosa e disposta. Ao lado do nosso pai, Adolfo Alves Ferreira (1929-1990), baiano de Caculé, a cidade dos sonhos, que trabalhava com o plantio de café, lutou pela nossa formação, educação e cidadania. Meu pai a conheceu em Cajuru, SP, sua cidade natal, onde se casaram, em 1952. De lá, mudaram-se para Londrina, PR, onde nasceu o Luiz, em 1954. Depois, voltaram para Cajuru, onde nasceu a Fátima, em 1955. Retornaram para Londrina, onde nasci, em 1956. Em 1957, mudamos para a região cafeeira de Paranacity, PR, a 70 km de Maringá. Deixamos aquela cidade, em 1974, e viemos para
Cleuza Lucio Felipe - IPR do Bairro Novo, Curitiba, PR Com muito pesar comunicamos que, no dia 15 de agosto de 2016, Deus recolheu mais uma flor de seu jardim, a nossa amada irmã Cleuza Lucio Felipe. Uma mulher guerreira que, ao lado de seu esposo, pastor Adherbal Francisco Felipe, casados há 43 anos, completaria 62 anos no dia 14 de novembro. Incessantemente serviu ao Senhor nas IPR’s por onde passou, especialmente na IPR do Bairro Novo, em Curitiba, onde trabalhava, havia vários anos, em prol da obra do Senhor. Deixou três filhos, oito netos, um genro e uma nora. Cleuza Lucio Felipe (14/11/1954 – 15/08/2016), “combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé” (cf. 2Tm 4:7). OUTUBRO 2016
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Maringá, porque nossa mãe queria que seus filhos estudassem e fizessem faculdade. Seu espírito de luta, renúncia e perseverança sempre levou o nosso pai a tomar decisões coerentes. Tive o privilégio de ganhá-la para Jesus. Minha conversão, em 1977, foi para ela algo inaceitável, porque era uma mulher muito católica. No final de 1986, ficou muito enferma e não havia nada que a curasse. Meu pai a trouxe para a nossa casa, pois a sua morte era iminente. Eu e a Jucieni cuidamos dela, fato que a levou a uma sincera conversão a Jesus, recebendo uma cura instantânea. Nessa ocasião, convidamos o pastor da 1ª IPR, Márcio Pereira de Andrade, para lhe fazer o apelo de salvação e orar pela sua vida. Foi um dia maravilhoso! Depois de sua conversão, tornou-se uma mulher extremamente comprometida com Deus e passou a ser uma crente fervorosa. Não era mais uma religiosa como antes, mas uma cristã que viveu alegremente todos os seus dias para Deus, em todos os aspectos, mesmo depois que ficou viúva (1990). Interceder pelas pessoas era o seu ministério. Orava constantemente pelas pessoas pelo telefone e fazia vários períodos de intercessão ao dia. Sempre
frequentou com disposição os trabalhos da igreja. Era uma serva de Deus realizada, e que desfrutava de comunhão com todos. Teve a oportunidade de evangelizar e ganhar muitas e muitas vidas para Jesus. Fazendo uso das palavras de Lincoln, posso dizer: Sou grato a Deus por tudo aquilo que sou ou pretendo ser, porque minha mãe fez a diferença em minha vida familiar, profissional e ministerial. Sua participação no meu ministério como presidente da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil foi de fundamental importância. Foi minha fiel intercessora! Em nome de toda a nossa família, agradecemos a todos que nos apoiaram em oração, sendo solidários nesse momento de dor. A Bíblia diz que a nossa vida é “um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tg 4:14). Por isso, precisamos a cada dia reafirmar nossa fé e esperança em Jesus. Nossos pais, parentes, irmãos em Cristo, amigos e muitos dos nossos conhecidos já se foram, mas a vida continua como missão a ser cumprida, até que os propósitos de Deus, também, se cumpram em nossas vidas. Pr. Advanir Alves Ferreira Presidente da IPRB
Luzia Maria de Jesus - 2ª IPR de T. Otoni, MG Faleceu, no dia 27 de gosto de 2016, a irmã Luzia Maria de Jesus. Era membro da 2ª IPR de Teófilo Otoni desde 1984. Devido à enfermidade, teve uma das pernas amputadas, mas, mesmo de muletas, continuou congregando e servindo ao Senhor. Com o agravamento da enfermidade, precisou amputar a outra perna, o que acabou limitando suas idas ao templo, porém sua fé permanecia inabalável. Era fiel intercessora pela igreja. Todos que a visitavam eram contagiados por sua alegria, carisma e fé. Aos domingos, arrumava-se para receber a equipe da EBD domiciliar, oportunidade em que seu testemunho e simplicidade tocaram profundamente muitas vidas. Informou o pastor João Ferreira Jornal Aleluia
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Reflexão Família
O cristão e a política Juízes 9:7-20 Nos últimos meses, acompanhamos no cenário nacional o processo de impeachment da, agora, ex-presidente da república Dilma Rousseff, processo este que mexeu com a população inteira e que trouxe consequências em todos os setores do país. Há quem afirme que tudo isso poderia ter sido evitado se os brasileiros tivessem escolhido seu candidato corretamente no período eleitoral. Outros defendem que esse processo não teve validade e que estão, com ele, deturpando a constituição brasileira, infringindo diversas outras leis. Seja como for, nosso questionamento neste texto é o seguinte: como a igreja deve se comportar diante do quadro político de sua comunidade, cidade, estado ou país? No texto de Jz 9:7-20, Jotão, filho de Jerubaal, sobrinho de Gideão, escreve uma parábola que reflete o seguinte quadro político: onde há indisposição dos bons os maus governam. Nesta parábola, podemos ver claramente o que levou os “bons” – representados pelas árvores boas, de grande importância e estima aos palestinos da época – a negarem o governo. O resultado foi o governo ditador, cruel e ruim dos “maus”, representado pelo espinheiro. Três coisas levaram ao recuo dos bons diante da missão de governar. I. Estabilidade pessoal (vs. 8-9); “Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: Deixar-me-ia a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria labutar sobre as árvores?” II. Qualidades pessoais (vs. 1011); “Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a figueira lhes disse: Deixar-me-ia a minha doçura, o meu bom fruto, e iria labutar sobre as árvores?" 14
III. Prestatividade social (vs. 1213); “Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a videira lhes disse: Deixar-me-ia o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria labutar sobre as árvores?” Nos três casos, percebemos que as características boas foram suprimidas pelo individualismo e pela reclusão social, o que é muito perigoso, principalmente para o cristão, que foi chamado para estar entre as pessoas, levando luz. Nota-se que, por não ter opções boas para o governo, o resultado foi terrível. Quem assumiu foi o espinheiro, um governo ditador e incompassivo, como vemos nos vs. 14 e 15. “Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós. E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano.” O texto bíblico nos leva a refletir em como o cristão deve se comportar politicamente. Vejamos alguns aspectos importantes.
verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram” (Mt. 22.15-21). No texto de Mateus, Cristo deixa claro que o fato de ser servo do Senhor não anula nossos deveres e direitos como cidadãos da terra. Precisamos cumprir nossa função como cidadãos desta terra e como cidadãos do céu. Vejamos dois exemplos bíblicos: • “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13:7). Nesse texto, o apóstolo Paulo nos instrui acerca dos deveres 1- Não ser omisso para com as autoridades constituà cidadania terrena ídas por Deus, isto é, nossas obri“Então, retirando-se os fari- gações de cidadania terrena. seus, • "E, sendo já dia, os maconsulgistrados mandaram quadrilheitaram ros, dizendo: entre si Soltai aqueles como o homens. E o s u r p re carcereiro
enderiam nalguma palavra. E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és Jornal Aleluia
e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora. E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos. E, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade. E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram” (At. 16.35-40). Aqui, o apóstolo Paulo faz uso de seu direito de cidadão romano e o reivindica, a ponto de conseguir que os magistrados, que outrora o destrataram, suplicassem-lhe perdão. Eis o apóstolo Paulo exercendo seus direitos de cidadão terreno. 2 - Obedecer às ordens de prioridade na vida
Mesmo sabendo de nossos direitos e deveres como cidadãos terrenos, não podemos nos esquecer do que Cristo disse em Mt 6:33: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Jesus afirma que a primazia da igreja é o reino, contudo não despreza a vida terrena. Ao contrário do que muitos pensam, a Bíblia não prega abandono do nosso relacionamento com o mundo, mas sim que, ao nos relacionarmos com ele, levemo-lo ao verdadeiro conhecimento de Deus. Esse caminho se dá por meio do exemplo. • O exemplo levará o nome do Senhor a ser glorificado entre os ímpios que nos cercam “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e gloria n u n - fiquem a vosso Pai, que está nos ciou a céus” (Mt 5:16.) • O exemplo será uma referênPaulo estas palavras, dizendo: Os cia do verdadeiro comportamento magistrados mandaram que que transforma a sociedade vos soltasse; agora, pois, saí “Para que sejais irrepreensíe ide em paz. Mas Paulo veis e sinceros, filhos de Deus inreplicou: Açoitaram- culpáveis, no meio de uma gera-nos publicamente ção corrompida e perversa, entre Edição 422
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Família Igreja em ação a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp 2:15). Mas, para isso, precisamos estar inseridos em todos os seguimentos da sociedade, inclusive o político. Não tem como alcançar isso se não formos cidadãos que participam da vida comunitária. 3 - Desfazer-se de qualquer preconceito político Política é “a arte de governar”, segundo Mario Sergio Cortella, em seu livro Política para não ser idiota. Nesse livro, ele diz que, há 2.500 anos, os gregos chamavam as pessoas que não participavam da vida coletiva, que buscam seus próprios interesses e olhavam para seu próprio umbigo, de “idiotes”. Daí originou-se a palavra “idiota”, que originalmente significa
“aquele que está fechado em si mesmo”. Isso confirma o que Salomão disse: “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração” (Pv 18.1-2). Cortella ainda fala de outro termo dado àquelas pessoas que participavam da coletividade; a estes os gregos chamavam de “político”, pois significa “aquele que participa da vida da cidade e da comunidade”. Desfazer-se do preconceito político no meio cristão é jogar fora frases como “política é coisa do diabo”, “todo político é ladrão; e quem entra na política, se não for, vira”. É importante não confundir política, em seu mais
puro sentido, com politicagem. Ao entramos por este caminho, incorremos no erro registrado em Os 4.6: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento”. A falta de conhecimento tem levado muitos de nós a maldizer os governos, que foram instituídos pelo próprio Deus: “Toda a alma esteja sujeita aos governos superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Rm 13:1-2) Diante disso, não podemos viver alienados da vida terrena. O Salmo 115:16 afirma: “Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra a deu aos filhos dos homens”.
Conclusão Estamos vivenciando um quadro político difícil em nosso país. Cada escolha que fizermos será a expressão do que, de fato, acreditamos. Por isso, vale um conselho: escolha sabiamente em quem você votará. As eleições municipais passaram, mas temos outras pela frente. Busque apoiar aqueles que de fato irão ser representantes do povo. Votar é muito mais do que uma obrigação, é dar voz aos direitos e deveres; é exercer o mandamento de Cristo. Por isso lembrem-se: "Quando os justos se governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme" (Pv 29:2).
Pr. Patrick Dias do Vale Ribeiro Taiobeiras, MG
IPR de Brasília realiza 2ª Conferência de Homens O ministério Homens de Fibra, da IPR de Brasília, organizou, nos dias 19 a 21 de agosto, a 2ª Conferência de Homens, cujo o tema foi:
“O valor de um homem”, baseado no texto de Juízes 6:12: “O Senhor é contigo, homem valoroso”. Esteve presente o coordenador da Univer-
sidade da Família (UDF), Marcos Phol, que ministrou uma palavra abençoada aos homens e realizou a primeira condecoração Christian
Men’s Network (CMN) em Brasília, àqueles que concluíram cinco cursos do currículo de hombridade. Informou Antônio Hugo Barbosa Neto.
Pastor Guerra e esposa, Jandira, celebram bodas de prata No dia 17 de outubro de 2015, a IPR de Brasília celebrou os 25 anos de união do pastor Guerra e sua esposa, Jandira. Participaram do culto de ação de graças familiares, amigos, membros da igreja local e da Diretoria Nacional da IPRB, dentre eles o Pr. Advanir Alves Ferreira, presidente da IPRB. Ao ministrar, o Pr. Advanir convidou a igreja para ler Cantares 8:7: "As muitas águas não podem apagar este amor, nem os OUTUBRO 2016
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rios afogá-lo (...)", a fim de ressaltar que o amor verdadeiro supera desafios e obstáculos. A cerimônia foi repleta de muitos momentos de emoção, como a renovação dos votos matrimoniais pelo Pr. Joel Perrould, o mesmo que realizara o casamento há 25 anos, e a homenagem do Pr. Guerra à sua esposa, repetindo a música cantada no dia do casamento. Após o culto, o casal recebeu os cumprimentos no salão da igreja. Jornal Aleluia
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Santo André, SP
IPR do Jardim Oriental celebra Dia das Crianças Em 8 de outubro, a IPR do Jardim Oriental, Santo André, SP, promoveu um dia de brincadeiras, ação social e evangelização. Aproximadamente 350 crianças e pais participaram do evento. Informou o Pr. Reginaldo Matos.
Série
Escola de Discipuladores - Módulo 2 Já está à sua disposição o segundo volume da série Escola de Discipuladores.
O material produzido pelo Pr. Gleidson Costa une conhecimento com prática, proporcionando um discipulado que ultrapassa os muros da igreja. Ao fim dessa série, os alunos estarão habilitados para ensinar, um a um, as Escrituras Sagradas. Assim, tornando-se discipuladores uma a um, poderão liderar Pequenos Grupos de Crescimento e Discipulado.