Jornal Aleluia - setembro/2013/nº388

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ANO XLIII - SETEMBRO/2013 Nº 388

A fé bíblica não sabe dançar conforme a música!

Págs. 6 e 7

Uma reflexão sobre três jovens que, em nome da fé, não se renderam ao balanço imposto pelo mundo

Igreja em ação PUMI – Projeto Urbano de Missões Integrado

Pág. 5

São José dos Pinhas, PR

Rede de Discipulado

Pág. 3

Leia nesta edição

Por uma antropologia Pág. 2 bíblica cultural

Carapicuíba, SP

Aliançados para sempre – Casamento a toda prova Pág. 3

Carta a um filho

Pág. 8

Balido de ovelhas e Pág. 8 mugido de bois Florianópolis, SC

Culto de celebração pelo aniversário da igreja

Pág. 3

Fazei conhecidos entre os povos os feitos do Senhor Pág. 9

A vocação de pastor Pág. 11

São Miguel Paulista, SP


Artigo

Por uma antropologia bíblica-cultural Pode-se definir a antropologia bíblica como o estudo do ser humano a partir da Bíblia. Trata-se de um estudo amplo. Os estudiosos da antropologia bíblica estudam a natureza do homem (antes e depois da queda), a queda, o pecado e suas consequências, a nova vida do homem em Cristo Jesus. Outras questões, como sexualidade e convívio social, estão sendo debatidas na atualidade. De modo geral, elas visam entender como se dá o desenvolvimento do indivíduo.

Além do relacionamento particular que o homem mantinha com Deus, ele também deveria se relacionar com a criação de Deus (“tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” Gn 1:26). Mas não era bom que ele estivesse só, ele deveria conviver em um mundo sociável. Primeiro com sua auxiliadora adequada, Eva, depois com seus filhos e os filhos O homem é analisado de maneira dos filhos, e assim por diante (“E integral, isto é, tanto no aspecto físico Deus os abençoou e lhes disse: Sede quanto no espiritual. Esses aspectos fecundos, multiplicai-vos, enchei a são vistos em relação ao transcenden- terra e sujeitai-a ...” Gn 1:28). Essa te e ao restante de toda a criação. A sociabilidade evidencia uma ação de antropologia bíblica, inclusive, não proteção e domínio, responsabilidade se furta ao fato de que as relações do e liberdade, em que o homem tornahomem com o restante da criação são, se um “colaborador” de Deus. muitas vezes, marcadas pelo abanO Éden representa o verdadeiro dono dos princípios éticos e morais relacionamento que o Senhor deseapreendidos no relacionamento deste java ter com o homem. A partir do primeiro Adão, poderíamos ter tido com seu Criador. uma história/identidade perfeita, sem dores, divisões, lutas, angústias, enO homem e seu Criador fermidades, ânimo dobre etc. Contudo, Adão caiu, transgrediu a ordem do O homem faz parte do ato criatório Senhor (Gn 2:17) e a comunhão com de Deus. Lemos em Gênesis as pala- Deus foi rompida. Esse ato adâmico vras do Senhor: “Produza a terra rel- trouxe consequência a toda a raça huva, ervas que deem semente...” (Gn mana. 1:11); “Povoem-se as águas de enxames de seres viventes...” (Gn 1:20); “Produza a terra seres viventes...” (G1:24). Enquanto que, de modo especial, na criação do homem Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26). Seguramente, a expressão sugere um relacionamento mais direto entre Deus e o homem (essa combinação de barro terreno e sopro divino) do que aquele entre Deus e o restante da criação.

Apesar disso, Deus continua amando e cuidando do homem. Continua agindo por meio de sua providência, mesmo que o homem não consiga ver essa ação. O pecado trouxe deficiência ao pensamento humano, turvando sua compreensão de Deus, e até mesmo da vida. Sabemos, pois, que somente em Cristo podemos ter os olhos descortinados. A vitória humana está na transformação operada por Cristo sobre a velha natureza adâmica.

O homem e sua cultura

Redação

Ao considerar tudo isso, nos sobrevêm a temática da antropologia cultural, visto que o homem é observado a partir de seu grupo social, de sua história, de suas crenças, de seus usos e costumes, enfim de tudo o que o cerca e o constitui. Para Lévi-Strauss, “a verdadeira contribuição das culturas não consiste numa lista de suas invenções particulares, mas na maneira diferenciada com que elas se apresentam” (Lévi-Strauss, Claude – “Antropologia Estrutural”, RJ, Tempo Brasileiro, 1970). Com isso, infere-se que as invenções são extremamente importantes, o avanço tecnológico faz parte do desenvolvimento cultural, porém outras discussões têm chamado a atenção, por exemplo: diversidade religiosa, estrutura linguística e história. O conceito religioso de cada comunidade tem sido repensado na medida em que a sociedade apresenta cada dia mais pluralidade. O processo de comunicação entre as culturas/ comunidades é um fator determinante para conhecer suas histórias. A antropologia cultural tem caminhado com arqueologia em busca de vestígios culturais passados: "A aquisição e a perpetuação da cultura, portanto, é um processo social, resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às novas gerações o patrimônio cultural que recebeu de seus antepassados. Por isso, a cultura é também chamada de herança social" (Pérsio Santos de Oliveira, 2006, SP). O importante é que as ciências sociais têm alcançado espaço nas escolas, universidades e centros de pesquisa, levando a comunidade a repensar seus valores e conceitos. A multicultura está diante de nós, não podemos fechar os olhos para esse fato. O nosso papel, como filhos de Deus, cujo pensamento foi transformado por Cristo, é ativo nesse processo sociológico-cultural. Portanto, contribuamos para que nossos filhos, alunos, amigos, familiares e irmãos em Cristo desenvolvam um raciocínio produtivo de nossa herança cultural. Miss. Adriana Pires de Almeida Aguiar Goiânia, GO

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Igreja em ação

"Aliançados para sempre - Casamento a toda prova", em Florianópolis, SC

De 6 a 8 de setembro a IPR de Florianópolis, SC, realizou o curso “Aliançados para sempre - Casamento a toda prova”, ministrado pelo Pr. Jaaziel Vieira e sua esposa, Joicy Vieira, da IPR de Floripa, SC. “Durante todo o curso, foi um derramar de Deus entre os 60 casais participantes de toda denominação. Minha esposa, Cláudia Bacha, e eu representamos Minas Gerais nesse evento tão brilhante”, informou o Pr. Heverton Luiz Bacha, de Borda da Mata, MG.

IPR de São Miguel Paulista, SP, Encontro de Senhoras do Presbitério em comemoração de São Paulo - Zona Norte O Pr. José Vicente da Silva Filho, da IPR de São Miguel Paulista, completou, em 19 de maio, mais um ano de vida. A

comemoração, preparada pela A I IPR de São Miguel Paulista igreja, demonstrou o carinho e o foi o local escolhido para sediar respeito do rebanho para com seu o 9º Encontro de Senhoras do pastor. Presbitério de São Paulo - Zona Norte (PSP-ZN). O evento,

E em 13 de julho, a igreja celebrou seus 11 anos de existência. O evento, cujo tema foi “Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor” (I Sm 7:12), ocorreu na Escola Estadual

Padre Aristides Greve e teve por preletores os pastores Advanir Alves Ferreira (presidente da A IV IPR de Carapicuíba, IPRB) e Anairton Pereira (segundo alinhada ao PESC, iniciou, em maio tesoureiro da IPRB). de 2013, o Projeto de Discipulado Sistemático, denominado “Rede de Discipulado”, com a participação

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ocorrido em julho, teve por tema “E fechou-se a porta” (Mateus 25:10d), e reuniu mais de 15 igrejas de todo o presbitério, informou a irmã Ana Paula Castan.

IV IPR de Carapicuíba e o PESC

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de 12 discípulos. Em setembro, teve início a fase de multiplicação, quando é realizado o processo de formação de novos discípulos. Com reuniões semanais, faz-se estudo da Palavra e treinamento específico, visando à formação de novos discípulos. "Desta forma, cremos que estamos cumprindo com a ordem de Jesus 'ide e fazei discípulos', alcançando os propósitos do Reino de Deus", afirmou o Pr. Mario Arruda. 3


Institucional O homem foi criado para desfrutar de uma vida de prazer na presença de Deus. Porém, uma escolha errada feita no Éden teve como resultado o rompimento total das boas relações que havia entre Criador e criatura. A humanidade tornou-se escrava do pecado. O homem, por si próprio, não conseguiria voltar-se para Deus. Assim, o Senhor deu todos os passos necessários para salvar o homem. Nessa revista, você estudará o que as Escrituras ensinam sobre o plano de Deus para resgatar a humanidade e os efeitos da morte de Jesus sobre a vida dos que tomam a decisão de segui-lo. “Renascido por Cristo” é uma autobiografia impactante. Hércules Danilo Pacheco conta como vivia quando estava preso nos aguilhões de Satanás, até ser encontrado por Cristo e renascer. Ele, que já foi pai de santo, homossexual, presidiário, soropositivo e usuário de drogas, hoje é ministro da Palavra de Deus.

“Aos quatorze anos, fiz um pacto com Lúcifer, buscando poder. Desde esse dia, não parei mais de tirar sangue das minhas veias para saciar a vontade dele, a quem eu considerava como meu pai.” Hércules Danilo Pacheco é formado em Teologia. Participou de um treinamento de missões em Puerto Soares, na Bolívia. Hoje, é diretor da Comunidade Esperança Resgate Vidas (CERV), em Quatro Barras, PR.

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Literatura que ensina e edifica

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Adiel de Souza Quintela Alcides Fabrício dos Santos Ângelo Gabriel Matoso Ernesto Custódio Nório Júnior Euzídio Sartori Neil de Souza César Lúcio Sutil Gabriel Expedito Domingos Ticiany Silva Quintanilha Waldir Alves da Silva Arnaldo Luiz C. e Vasconcelos Israel de Jesus Daniel Ribeiro do Nascimento Gilvando Messias de Paula Marco Antônio Amâncio Valdeir José Ferreira Benjamim Franco Daniel de Moraes Zane Écio Ferreira Pousas Gerson Augusto Nimbu Luís Alberto da Cruz Tavares Adão Gomes de Oliveira Carlos Alberto Rodrigues Valdir Andrade Viana Vilmar Gomes Honorato Jacy Aguiar de Souza Crenilton Reis de Oliveira Éder Almeida Dias Flávio de Jesus Marques João Fidelis Moreira de Abreu Otoniel Antônio de S. Filho Zaqueu Pereira da Silva Eliã Marcos Caetano Valdivo de Oliveira Esdras Mendes Linhares Joselito Douglas de Lima Nelson Castaldelli Adilson Aparecido Fernandes Airthon Rodrigues Altamir Baptista dos Santos Braz Cartone José Amaro de Oliveira José Soares da Rocha Ailton Carlos Schiavone Roberto de Lima Melo Luiz Carlos Mendes Calisto de Deus Coutinho Lucivaldo da Silva Lima Timóteo de Souza Gaia Abner Aniloel de O. Pegoraro Pedro Rodrigues da Silva Herleans de Oliveira Martins Sidnei da Costa Pereira Carlos Alberto de Paula Lima Daniel Aparecido B. de Oliveira Leônidas de Oliveira Genival José da Silva Filho Gilson Manto Vanello Edson Apolinário Gladstone Souza dos Reis Jubel Ramos de Oliveira Osmar Fernandes Barreira Rivadávio Ferreira Guimarães Sebastião de Almeida Valdir Benedicto Wagner Aparecido Barbosa Antônio Avelino Fonseca Claudinei Ferreira José Gil Azevedo Ferrari Laertes Domenguetti Osmar José da Silva Roger Ribeiro Depollo Rodrigo Mesusaro Euclydes Cruciti Geraldo Geferson A. da Cunha João de Ribamar da Silva Nelson Salviano da Silva Saulo Leal Pinheiro Sebastião Ramiro Rosa Ariovaldo José da Silva Florêncio Moreira de Ataídes Denis Araújo Correia Gilmar Ferreira da Silva José Geraldo Campos Filho Geraldo Afonso de Pauli Luiz Roberto Florentino Rosmar Zancani Villela Heloísio de Oliveira Santos Robson Oliveira Souza Jonas Vitor Hugo da Silva Rosenil da Silva Machado Alex Schinaider Santos Jéferson Stori Rezende Josoel Franco Júnior Luiz Wellington Silveira Sebastião Evangelista Silva Aluízio Lino da Silva Antônio Rodrigues Macedo Daniel Vieira Mundim Edivan da Silva Merêncio José dos Santos Márcio Raphael S. dos Reis Nivaldo Salmazzi Vanderlei Silva Santos

Maringá Cachoeira Paulista Jussara Filipinas Rio Verde Jaru Telêmaco Borba Goiânia Maringá Jussara Brasília Brasília Londrina Campo Mourão Coronel Fabriciano Américo de Campos Presidente Médici Maringá Eugenópolis Miranda Taguatinga Tangará da Serra Rondon Santa Adélia Senador Canedo Maringá Betim São Paulo Brasília Colombo Recife Francisco Beltrão Pinhais Maringá Cianorte Nova Santa Bárbara Palotina Cianorte Ponta Grossa Ponta Grossa Patrocínio Contagem Londrina Maringá Jardim Alegre Aquidauana Cianorte Amambai Novo Progresso Araraquara Xique-Xique Sinop Itabuna Brasília Anápolis Braga Paulista Nova Bandeirantes Vilhena Itabirinha Cianorte Ourinhos Anápolis São Paulo Andradina Mariluz Montes Claros Nova Odessa Iúna Cianorte Nova Odessa Goianésia Maringá Osasco Ponta Porã Santo André Belo Horizonte Cianorte Acreúna Sinop Sorocaba S. Fco. do Guaporé Contagem Governador Valadares Ibiporã Aparecida de Goiânia Santa Fé do Sul Conceição da Barra General Salgado Ipatinga Ji-Paraná Salto de Pirapora Londrina Rondonópolis Nova Bandeirantes Ipatinga Olinda São Paulo Barra do Bugres Londrina Paranaíta Manaus Juína Colorado

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PR SP PR Ásia GO RO PR GO PR GO DF DF PR PR MG SP RO PR MG MS DF MT PR SP GO PR MG SP DF PR PE PR PR PR PR PR PR PR PR PR MG MG PR PR PR MS PR MS PA SP BA MT BA DF GO PT PE MT RO MG PR SP GO SP SP PR MG SP MG PR SP GO PR SP MS SP MG PR GO MT SP RO MG MG PR GO SP ES SP MG RO SP PR MT MT MG PE SP MT PR MT AM MT PR

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Igreja em ação

PUMI realiza atividades sociais no primeiro semestre de 2013

e representantes da população (representantes da Associação de Moradores dos bairros Quisisana e adjacências, Jd. Antares e Crichak) a fim de propor e fazer cumprir melhorias à população joeense, sobretudo no que tange à segurança e à atenção à família vítima do No primeiro semestre malefício das drogas. Também foram realizados, no de 2013, foram realizadas audiências com autoridades da primeiro semestre, eventos sociais, gestão pública (prefeito; vice- por meio dos quais o PUMI tem prefeito; secretário de urbanismo; adentrado onde a igreja por si representante do Ministério só teria algumas dificuldades, Público; representante da Câmara como condomínios residenciais, de moradores, Municipal; representantes da associações PM; representantes da Delegacia escolas e outros. Os eventos da Mulher e do Adolescente; visam oferecer uma esteira de líderes eclesiásticos, entre outros) serviços à comunidade, atrelada O Projeto Urbano de Missões Integrado (PUMI), de São José dos Pinhais, PR, está desde 2012 atuando de modo a integrar projetos sociais e igrejas. Seu principal objetivo é facilitar as relações entre a população e a gestão pública.

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ao Evangelho da salvação. Entre os serviços oferecidos, enumeramse: equipe de enfermeiros, que cuida da saúde da comunidade com exames básicos; equipe de cabeleireiros, que corta cabelos e orienta sobre higiene pessoal; equipe de advogados, que ouve, orienta e mostra o caminho para a solução dos imbróglios jurídicos; equipe de cozinha, que prepara os alimentos a serem servidos; equipe das camas elásticas, que cuida das crianças e orienta para a ordem e a participação de todas as crianças; equipe de pintura, que trabalha com os desenhos lúdicos na pele das crianças; equipe de distribuição de roupas, que cuida de vestir as

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pessoas com um toque de amor, o ingrediente mais altaneiro da festa; equipe de alimentos, que serve os alimentos durante o evento; equipe de som, que cuida de montar desmontar e dar manutenção aos equipamentos; equipe da boneca Teka, que leva as crianças ao ponto mais alto das brincadeiras. Nesses eventos, todos têm a oportunidade de falar e de ouvir acerca do evangelho de Jesus.

A equipe do PUMI conta, aproximadamente, 60 pessoas, que têm no coração o desejo de servir a comunidade, informou o Pr. Jair Rodrigues, diretor executivo do PUMI.

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Estudo Bíblico

A fé bíblica não sabe dan Sadraque, Mesaque e Abedenego são a prova de que a fé bíblica não dança conforme a música. A experiência desses três personagens revela que o desafio de apresentar o Deus verdadeiro cabe ao próprio Deus, mas o desafio de manifestá-lo cabe à fidelidade de seus servos.

Os amigos de Daniel, corretos nos compromissos sociais, são provados em seu compromisso religioso. A prova consistia em, tão somente, sacolejar o corpo e adorar a estátua de ouro erguida pelo rei, ao sinal da harpa e de outros instrumentos. Longe de distanciar a fé - viva no coração - da emoção (manifestada corporalmente), ou de dizer que o corpo não manifesta as intenções da alma, os servos de Deus decidem não dicotomizar o mundo dos negócios com a fé em Jeová. Decidiram demonstrar no corpo o que dizem no coração, isto é, ouviram a música babilônica, mas não dançaram aos pés da estátua do rei.

O mundo sempre impôs aos homens as músicas, os ritmos e os compassos para que eles pudessem se divertir e, assim, se esquecer de suas misérias e da verdade de Deus. De modo que mostrar-se em descompasso com o mundo, viver fora do ritmo de seus “batuques” é não servir para festa. E quem nunca se sentiu desconcertado com os valores do mundo ou Compreende-se nas ações desviu fluidez e vaidade, conforme ses jovens o desafio que a Palavra cantava Milton Nascimento, “nos de Deus nos faz. O mundo não esbailes da vida”? pera dos crentes apenas uma posSadraque, Mesaque e tura de palavras ou de expressões Abedenego eram ruins de corporais. O desafio de se manter dança. Durante o reinado de fiel a Deus só nos é possível em Nabucodonosor, Babilônia situações contrárias, quer sejam invadiu Jerusalém levando dela boas (como fora no início na vida reféns. Dentre eles estavam de Daniel e de seus amigos) ou Daniel, Mizael, Ananias e Azarias. más (como ocorreu no decurso de Eles foram selecionados com o fito suas vidas no palácio babilônio). de serem especialmente treinados na universidade real. Eles foram obrigados a se aculturar. Roupas e língua com valores e ideias diferentes tornaram-se objeto de aprendizagem de gosto e conceitos novos. Até seus nomes foram mudados. A vida numa realidade desafinada à deles foi vivida com discernimento e flexibilidade.

A história narrada no livro do profeta Daniel serve-nos de estímulo e consolo. Estímulo porque manifesta a excelência de um caráter nutrido de quesitos morais e sociais. Esses quesitos nos impedem de acreditar que é impossível ser fiel a Deus num ambiente onde tudo o que se vê ou toca é do diabo. Na Babilônia, a melhor maneira de amarrar o diabo seria com os laços da obediência a Deus (Tg 4:7). Consolo porque mostra que Deus jamais abandona aqueles que, corajosamente, manifestam em confissão pública (verbalizada e expressa de qualquer outra forma) a crença nele (Dn 3:16).

As Escrituras relatam que os jovem destacavam-se em conhecimento e habilidades. Mas não somente nisso, a resolução e a sensatez de caráter desses moços transcendiam o convívio sócio-cultural. A fé era-lhes entranhável, de modo a comprometerem a própria alma.

Nem sempre dançar conforme a música é a melhor forma de evitar ou sair de problemas (Dn 3:15). Os amigos de Daniel entendem que a melhor maneira de se livrar das lutas é depositar a fé em Deus, seja para morrer ou viver (Dn 3:16-18). Esses jovens

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não são exemplos de fé somente por estarem dispostos a morrer por Yahweh, mas, mormente, por terem a disposição de viver para o Senhor. A experiência de morrer como mártir pode ser singular e, óbvio, única. Porém, viver para Deus é dedicação e prova contínuas, em que se deve morrer todos os dias (Mt 10:38; 16:24; Rm 8:36; Gl 2:19). Os três amigos de Daniel figuram como testemunhas vivas do poder de Deus pelo simples fato de se disporem a pagar o preço que a fé lhes exigira. O preço não era a morte, mas a vida diária como reflexo de compromisso para com Deus (Rm 12:1,2)

Dizer não era-lhes imperativo. O silêncio acerca da fé no Deus de Israel soaria como consentimento à idolatria do reino. Esses moços foram escolhidos por Aspenaz, chefe dos eunucos, para fazerem parte da “escola real”. Aprenderam ciência, alcançaram sabedoria e conhecimento, aprenderam a língua. Contudo, abandonar a fé no Deus de Israel seria esquecer a própria história e identidade. Disseram “sim” para muitas coisas, mas “não” para todas as coisas na Babilônia (Dn 1:8).

Não há erro algum em querer conhecimento, querer subir na vida, ter um bom emprego, ter amigos... O perigo reside na “ração diária do rei” e o erro consiste em acreditar Ora, radicais, suicidas, fanáticos religiosos morque o corpo distancia-se da rem como mártires pela alma como o seco do úmido. fé em seu deus. Isso mostra que Não se deve ignorar que um vaso morrer por algo ou alguém em de argila se forma com o úmido e quem se crê não é tão difícil para o seco, os quais, uma vez misturamuitos homens. Já conviver com dos, formam um único objeto - o as lutas e tudo aquilo que se opõe vaso. à sua fé é, para muitos, mais in(b) Dizer não apesar de a músisuportável do que a morte. Essa ca parecer atrativa é uma diferença importante, uma Às vezes, dizer não implica vez que os servos de Yahweh não são chamados para morrer (às ve- permanecer com o mesmo salário, zes, isto é inevitável [Ap 12:11]) não subir de cargo, continuar por Deus, mas para demonstrar com o mesmo carro ou perder o que vale a pena viver pela fé nele namorado. Por que é tão difícil (Fp 1:21; 1Tm 3:7; 5:10; Ap 1:9; dizer não? Talvez porque a 6:9). maioria das pessoas saiba dançar Mesmo sob contextos que dis- conforme a música. Revelar que tanciavam os jovens hebreus de se é um “péssimo pé-de-valsa” no sua fé hebraica e dos olhos de seu meio do salão é nadar contra a maré povo, decidiram pela fidelidade (Dn 3:4,5). Porém, o verdadeiro a Deus. Ao que parece, a fé não cristão sabe que ser corretamente permite desculpas quando o as- religioso não significa ser fiel. A sunto é fidelidade (1Co 10:13). A prova da verdadeira fidelidade a música babilônica não os tocava Deus não parece ser projetada em na alma. obras grandiosas ou confissões de fé incriticáveis (Mt 24:1-13). A fidelidade é fruto de convivência A coragem de dizer não (Dn 3:18) perseverante e entrega aos cuidados do outro. Talvez, outros (a) Apesar de todos dizerem sim no lugar desses jovens hebreus (Dn 3:4,7) acreditariam que, distantes da terra É fácil dizer não quando não natal, não seria mais necessário existem complicações religiosas guardar a fé paterna. Mas para ou morais envolvidas. Esse não esses jovens, a fé paterna também era o caso dos amigos de Daniel. era a fé pessoal.

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Estudo Bíblico

nçar conforme a música! (c) Dizer não apesar dos negócios (Dn 3:12)

luta de se manter erétil e inflexível ao ritmo e batuques do mundo. A Apesar de Sadraque, Mesaque e música que o mundo toca muda Abdenego gozarem de certo prestí- repentinamente de ritmo a fim gio no reino de Nabucodonosor, não de obter o que deseja, a saber, se importaram em dizer não ao rei. o gosto musical do fiel. Quando não se acha falhas no caráter de Abrir mão de algo para sair da alguém, tenta-se encontrar em provação é bem diferente de sua religião. Porventura, não renunciar para entrar em uma! foi o que fizeram os inimigos de Não há escusas para obedecer Daniel? Não é o que o mundo a ordens humanas quando são canta nas ruas, na mídia, nas contrárias a Deus. universidades? Saber dizer não à musica do A fidelidade a Deus não é algo rei pode nos trazer perdas. Talvez o namorado, o amigo, o emprego. Tal- que começa diante de uma granvez alguém fique duro no final do de prova (Mt 25:21; Lc 16:10). mês só porque disse não ao dinheiro Ela começa desde muito cedo, em sujo do patrão. Mas não nos esque- acontecimentos diários, comuns, çamos: uma música não dura muitos com centavos, pedacinhos e menminutos, os seus efeitos, sim! tirinhas. Daniel demonstra essa (d) Dizer não apesar das propos- característica da fidelidade desde quando chegou à Babilônia. O rei tas (Dn 3:15) reconheceu nele um espírito de exAzarias e seus amigos recusaram celência, uma vida devota a Deus qualquer “proposta musical” que (Dn 1:8, 5:12). não fosse a de adorar ao Deus de Ora, muitos esperam a chegaIsrael. Qualquer proposta que nos seja feita que não vise ao louvor a da de uma crise para estabelecer Deus deve ser rejeitada, pois vale um propósito de fidelidade a Deus mais estar numa fornalha com Deus (como se isso fosse um favor a do que num palácio cheio de música Deus!): quando o médico o desensem a alegria do Senhor (Jó 41:22). ganou, o dinheiro acabou (mas as Nenhuma proposta pode ser melhor contas ainda não)... Na verdade, os do que a de estar com Deus para o momentos difíceis apenas salientaque der e vier. rão a fidelidade que o crente vive em qualquer momento de sua vida.

Realmente, os crentes não conseguem dançar a música que o mundo toca (Mc 10:43)! O mundo “canta” pertencer aos mais espertos e não aos fiéis. Ele “canta” que fidelidade conjugal é avessa ao instinto animal e que abrir mão dos prazeres por amor à fé em Deus é loucura. Daí que os crentes, para se manterem fiéis a Deus, devem, O texto deixa evidente que a além de discernir as “letras” das história desses jovens estava su- músicas, manter seus corpos ríjeita ao rumo que Yahweh quises- gidos aos batuques do diabo (Rm se dar e não aos caprichos de Na- 12:1; 6:12,19; 1Co 6:15; 2Co 4:10). bucodonosor. Não era o rei ou os Esse texto bem pode nos servir, sátrapas (Êx 7:3; 14:4; Pv 21:1; hoje, como analogia ao nosso comDn 6:14), nem os jovens mesmos, promisso com Deus e à luta que suque decidiriam (Sl 17:5; 37:23; Pv portamos por amá-lo. O desejo de 16:9; 20:24; Mt 8:20; Jo 21:18). Se Nabucodonosor por adoração pode a história do mundo segue sobre ser comparado ao coração dos hoas mãos soberanas de Deus, quanmens, que buscam a sua glória acito mais a de seus servos (Sl 73:2; ma de qualquer preço, ainda que 85:13; 1Pe 5:10)! seja para alcançar algo impossível (a) Fidelidade pressupõe, antes de por natureza: ser Deus. tudo, submissão à vontade de Deus O mundo tem vários caminhos É a expressão de um servo que que podem levar o crente à cornem sempre sabe por que Deus faz rupção de sua adoração a Deus. A o que faz, mas não deixa de confiar sutileza com a qual os amigos de que aquilo que ele faz é sempre o Daniel são chamados a se dobrar melhor (Dn 3). perante a estátua do rei poderia (b) A fidelidade e a fé nem sempre indicar uma fé que permitisse os livram os crentes da fornalha joelhos se dobrarem, mas não o Às vezes, é o que os leva para coração. Todavia, dificilmente um ela. De que nos vale a fé, então? A coração que só se dobra a Deus estimulará os nervos a se dofé e a fidelidade não se põem brarem perante aquilo que por ao nosso alcance para que nos Manter a postura de fé em Deus livremos das lutas. Antes, ao convicção sabe ser mentira. Coragem de manter a postura não implica apenas confissões que passarmos por elas, saibamos (Dn 3:14-16) Lembremo-nos que na tentapodem ser ouvidas pelos ouvidos que não estamos sozinhos e ção de nosso Senhor (Mt 4:1ss) humanos ou arrazoadas pelo inte- as suportemos como servos temos uma tentação neste queA vida fiel a Deus não consiste lecto; mas sejam estabelecidas no de Deus, em fidelidade àquele sito. Ela começa das sensações, em apenas dizer não; é também uma coração: que nos chamou (Rm 8:35; 12:12; músculos e nervos até que alcança Os servos de Deus não parecem 2Co 1:4,8; 7:4,5; Tg 1:1-8; 5:10). a alma. Neste ponto, Satanás pede estar preocupados com uma (c) A fidelidade é resoluta, seja por adoração. Jesus não separou confissão de fé pública e sonora. para a vida ou para a morte músculos e alma da adoração, mas Preocupa-os a confissão do coração, A fim de comprovar que a fé é disse: “só ao Senhor teu Deus adoque se dobra perante Deus e exige este poder (dom) que nos faz man- rarás”. de seu corpo a reação natural ter a postura “para o que der e vier”, Em Cristo temos a adoração imediata (Dt 6:6; 5:29; Sl 119:47; lembremo-nos do ensino de He- que se integraliza em pensamento 115; Jo 14:15; 1Jo 5:2). Esses moços breus. Para o autor dessa Carta, a fé e vontade, ossos e nervos, alma e hebreus parecem compreender que é muito mais do que aquilo que nos corpo (Mt 22:37). Juntos são os a fidelidade a Deus deve dominar faz apagar o fogo da fornalha. A fé elementos que constituem o hocorpo e alma da mesma maneira é aquilo que nos leva, até mesmo, mem em um único ser: instrumento que a música controla o corpo e a morrer por Deus (Hb 11:34-44). e razão de ser adoração a Deus. as emoções. Se sem música não se Pois, conforme o texto, aqueles que Pr. Eliandro Cordeiro dança, sem fidelidade a Deus não se venceram e aqueles que morreram, SPR-Cianorte, PR venceram igualmente por fé. pode servi-lo. SETEMBRO 2013

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Fidelidade a Deus não é pressuposto de que a fé fará aquilo que o crente espera. Os jovens hebreus demonstram submissão a Deus apesar de a fé não realizar o que muitos, hoje, esperariam que ela fizesse: impedir os crentes de ir para fornalha (Is 43:1,2). A fé determina o ângulo por meio do qual o crente vê a provação.

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Reflexões

Carta a um filho...

Amado filho!

O dia em que este velho não for mais o mesmo, tenha paciência e me compreenda. Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e lembre-se das horas em que passei lhe ensinado a fazer as mesmas coisas.

como enfrentar a vida tão bem como hoje o faz. Isso é resultado do meu esforço, da minha perseverança. Se, em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tenha paciência e me ajude a lembrar. Talvez a única coisa importante para mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, dando-me atenção, e não o que falávamos.

Se quando conversarmos eu repetir as mesmas histórias, cujos finais você já sabe de cor, não me interrompa; escute-me. Quando você era pequeno, tive de contar milhares de vezes a mesma história, até que você fechasse Se alguma vez eu não quiser comer, os olhinhos e dormisse. saiba insistir com carinho. Assim como Quando estivermos reunidos e, sem querer, eu fiz com você. Também compreenda eu fizer minhas necessidades, não fique com que com o tempo não terei dentes forvergonha. Compreenda que não tenho culpa tes nem agilidade para engolir. disso, pois já não posso controlar. Pense em E quando minhas pernas falharem por esquantas vezes, pacientemente, troquei suas tar tão cansado e eu já não conseguir mais me roupas para que estivesse sempre limpinho e equilibrar, com ternura, dê-me a sua mão para cheiroso. apoiar-me, como eu fiz quando você começou Não me reprove se eu não quiser tomar a caminhar com as suas perninhas tão frágeis.

Sempre quis ser o melhor para você e sempre me esforcei para que o seu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido. Não se sinta triste ou impotente por me ver assim. Não olhe para mim com cara de dó. Dê-me apenas o seu coração, compreenda-me e apoie-me como o fiz quando você começou a viver. Isso me dará forças e muita coragem. Da mesma maneira que o acompanhei no início da sua jornada, peço-lhe que me acompanhe para terminar a minha.

E se algum dia me ouvir dizer que não banho, seja paciente comigo. Lembre-se dos momentos em que o persegui e dos mil pre- quero mais viver, não se aborreça comigo. textos que eu inventava para convencê-lo a Algum dia você vai entender que isso não tem a ver com o seu carinho ou com o quanto tomar banho. eu o amo. Trate-me com amor e paciência e eu lhe Quando me vir inútil e ignorante na frente Você vai compreender que é difícil ver a devolverei sorrisos e gratidão, com o mesmo de novas tecnologias que já não poderei entender, suplico que me dê todo o tempo ne- vida abandonando aos poucos o meu corpo, amor que sempre tive por você. cessário e que não me machuque com um sor- e que é duro admitir que já não tenho mais o Atenciosamente, riso sarcástico. Lembre-se de que fui eu quem vigor para correr ao seu lado ou para tomá-lo Seu Velho Autor desconhecido lhe ensinou tantas coisas: comer, vestir-se e em meus braços como antes.

Balido de ovelhas e mugido de bois A obediência foi, é e sempre será o pilar número um para uma vida vitoriosa em todos os aspectos. 1Samuel 15:22b diz: “A obediência é melhor do que sacrifício”. O ser humano sempre teve dificuldade em obedecer. Essa atitude começou no Éden e perdura até hoje, no tempo da graça. Mesmo depois de termos passado pelo processo do novo nascimento, sendo salvos por Jesus, membros do Corpo de Cristo, continuamos tendo essa dificuldade. Precisamos trabalhar isso constantemente em nossas vidas. 1Samuel 15 nos ensina lições preciosas que nos ajudam a vencer as dificuldades na área da obediência. Vejamos algumas:

Deus tinha o compromisso de fazer justiça contra os amalequitas que haviam afrontado os israelitas quando saíram do Egito. A ordem era clara: “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos” (1Sm 15: 3). Era um juízo radical sobre os amalequitas, mas era ordem do Senhor. Não poupar nada e a ninguém.

rebanho. Precisamos ter cuidado com nossas ações e conduta. Ordem dada, ordem cumprida. Não podemos fazer concessão ao pecado. Saul e seus soldados encheram os olhos com o melhor dos amalequitas. Traduzindo para nossos dias, isso significa os prazeres e riquezas do mundo adquiridas fraudulosamente. O balido das ovelhas e o mugido dos bois denunciaram a desobediência de Saul. III - Assumir responsabilidade

Temos a tendência de transII - Ser radical no cumprimeto ferir responsabilidade como fez Saul. Quando Samuel pede exda ordem do Senhor plicações a Saul, Ele procura I - Ouvir a mensagem do Senhor Saul cumpriu em parte a ordem. transferir a responsabilidade para Poupou Agague e o melhor do os seus soldados. Saul procurou 8

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“sair pela tangente”, dizendo que havia ido sacrificar ao Senhor... Mas Deus deixa muito claro que sacrifício sem obediência é pecado. Precisamos ter muito cuidado ao celebrarmos ao Senhor. Sem obediência, a adoração, louvor, celebração, oração, pregação, entrega de dízimo e oferta ou qualquer outra coisa que se faça é pecado. Primeiro obediência, depois sacrifício. Concluindo, conclamo todos à obediência, custe o que custar. Humilhe-se, deixe a arrogância, o orgulho de lado e seja obediente como foi Jesus “até a morte e morte de cruz”. Obediência sem cruz não existe. Pela cruz nos foi aberto o caminho que nos dá acesso ao trono. Por Jesus, amém. Pr. Lauro Celso de Souza Campo Mourão, PR

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SETEMBRO 2013


Reflexões

"Fazei conhecidos entre os povos os feitos do Senhor" (Sl 105.1) O Salmo 105 nos motiva a contar as maravilhas que Deus fez e faz entre o seu povo. Isso é importante tanto para os que já estão há anos na caminhada com o Senhor, pois refresca a memória e revigora a fé, quanto para os que estão chegando agora, pois mostra que o Senhor está conosco e os encoraja a prosseguir. Tendo isso em vista, e os meus vinte e cinco anos de serviço ao Reino, na IPRB, quero lembrar de alguns feitos do Senhor por mim testemunhados desde que estou na IPR de São Paulo, capital. O versículo 1 do Salmo 105, ao dizer “Rendei graças ao Senhor”, faz-me lembrar dos louvores que entoávamos outrora. Eram louvores simples, os chamados “corinhos” e hinos do hinário Aleluia, mas subiam aos céus e o bondoso Deus derramava sua graça sobre nós. Saíamos do culto gratos a Deus e cheios de esperança, com desejo ardente de que chegasse o próximo culto para sentirmos a gloriosa presença de Deus. Esses louvores verdadeiramente nos preparavam para receber a santa e bendita Palavra com gozo e alegria de alma. Talvez hoje estejamos um pouco distantes dessa realidade.

A simplicidade deu lugar a inovações litúrgicas. Em geral, temos bons momentos de alegria, com os entusiasmados louvores ministrados pela equipe de louvor, alguns momentos de emoção, mas poucas transformações de vida. Em 1986, houve um trabalho marcante do nosso presbitério na cidade de Mauá, SP. Deus realizou muitas conversões e curas maravilhosas, entre elas, um irmão que usava muletas, ergueu-as e saiu andando e glorificando a Deus. Foi um trabalho verdadeiramente marcado pelos atos sobrenaturais do Senhor. Os irmãos profetizavam e tinham experiências espirituais estupendas. Todo o povo foi cheio pelo Espírito Santo de Deus. Ao final, cantamos o hino 71 do hinário Aleluia e todos se regozijaram na presença de Deus. O culto que deveria acabar às 22h, não conseguiu se encerrar antes das 23h. Bons tempos... Nos encontros que fazíamos nos colégios públicos era grandioso o trabalhar de Deus. As pessoas entravam para orar na sala de oração e quando terminava o tempo do revezamento, as pessoas não queriam parar de orar. Era preciso retirá-las da sala de

oração para que outras pudessem ali orar também. Quantas e quantas pessoas eram cheias do Espírito Santo e passavam horas regozijando-se na presença de Deus, falando em mistério, cantando cânticos espirituais. Tínhamos sede e fome da Palavra. Se a pregação durasse quarenta minutos, estava bom. Se durasse uma hora, estava muito bom. Se durasse duas horas, estava melhor ainda. Lembro-me especialmente de uma pregação do Pr. Jamil Josepetti no encontro de avivamento no colégio Campos Sales, em que ele pregou no texto de Eclesiastes 9:8: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”. O que aconteceu depois dessa pregação, foi algo inesquecível. O óleo do Senhor desceu sobre todos os que lá estavam. A simplicidade daquela pregação estava cheia da unção e da graça de Deus. Hoje, talvez, haja mais bons pregadores (oradores) do que profetas de Deus, isto é, pessoas que revelem a glória de Deus por meio da pregação, de modo que ela produza frutos de transformação de vidas. Bons tempos...

Era costume fazer cultos ao ar livre. Aos sábados, reuníamos IPRs de várias regiões e íamos cultuar ao Senhor nas praças. A Praça da Sé, região central de São Paulo, muitas vezes foi palco de nossos cultos. Quantas almas foram salvas, quantas vidas transformadas, quantos testemunhos vividos! Certa ocasião, na Praça da Sé, eu preguei um sermão de dez minutos no texto de Jeremias 22:29: “Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor”. Fiz o tradicional apelo e nove almas entregaram-se a Cristo. Mas o Pr. Elias Toseti, pegando o microfone e enfatizando as minhas palavras, fez novamente o apelo. Nesse dia, duzentas e trinta e quatro pessoas renderam-se a Cristo, para a glória de Deus. Bons tempos... Além de fazer conhecidos os feitos do Senhor, quero trazer à memória dos leitores que nosso Deus não mudou. Já nós... nós sim talvez tenhamos mudado... Que não nos esqueçamos de que nós O acharemos quando O buscarmos de todo o nosso coração (Jr 29:13). Que o bondoso e eterno Deus continue nos abençoando. Amém! Pr. João Marques Pedrosa São Paulo, SP

OS PARADOXOS DE NOSSO TEMPO Se observarmos atentamente à nossa volta, perceberemos alguns paradoxos peculiares de nosso tempo. Temos estradas mais largas e pontos de vista mais estreitos; gastamos mais e temos menos; compramos mais e desfrutamos menos. Temos mais lazer e menos união; mais variedade de alimento e menos nutrição. Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniência e menos tempo; mais academia e menos senso; mais proficiência e menos solução; mais medicina e menos saúde.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Odiamos muito e amamos pouco. Já fomos à lua, mas temos dificuldade em nos encontrar com nosso novo vizinho. Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caracteres baixos; lucros expressivos e relacionamentos rasos. Fala-se em paz mundial, mas há guerra nos lares. São dias de duas fontes de renda e mais divórcio; de residências mais belas e lares decaídos.

Dias difíceis num mundo de Brigamos muito e rimos pouco; facilidades. Deus nos livre desses irritamo-nos com facilidade, perdoa- paradoxos e nos ajude a salgar e a mos com dificuldade; vemos televisão iluminar este mundo. demais e lemos pouco; falamos dePr. Moizés Rodrigues dos Santos mais e escutamos pouco. Salvador, BA SETEMBRO 2013

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Obra “Côncavo e convexo”, de M. C. Escher. 9


Testemunho

Ex-católico, que quase se tornou padre, conta como se converteu ao Evangelho José dos Reis Mariano - Acreúna, GO Durante anos, o temor do inferno aterrorizou-me. Na época, minha religião era o catolicismo. Eu pensava que para ser salvo eu deveria tornar-me padre. Comuniquei aos meus familiares o meu desejo de ser padre. Todos gostaram, pois eram todos católicos. Comecei a participar de encontros vocacionais, até que entrei para Seminário Diocesano de São Luís de Montes Belos, GO. Tudo ali era bem diferente do que eu pensava. No ano seguinte, eu e mais dois seminaristas fomos encaminhados para estudar em Rubiataba, GO. Nesse ínterim, veio-me a notícia de que meus dois irmãos mais velhos haviam se convertido, agora eram crentes. Eu não aprovei, pois não concordava com o que os crentes pregavam. Além de estudar, eu dava aula de primeira comunhão e aula de crisma em uma comunidade da cidade. Também realizava celebrações e levava hóstia já consagrada pelos padres, repartindo na hora da celebração. Em meu interior, porém, não havia paz de espírito. Eu pregava algo que não vivia. Eu

falava de todos os santos católicos e não falava de Jesus. Pedia a intercessão dos santos junto a Deus, mas não orava a Jesus. Participei de numerosas festas em homenagem aos santos, mas não participei de nada que se referisse a Jesus. Um certo dia, na hora do almoço, o bispo e os padres falavam a respeito de um ex-padre que havia estado em uma cidade vizinha a Rubiataba e que havia se convertido, tornara-se crente. Eles falavam que se puxassem a ficha daquele padre iriam achar muitos erros cometidos por ele. Naquele momento, veio-me à mente o seguinte pensamento: “Como posso falar de arrependimento, de perdão, de mudança de vida, de amor ao próximo, se os meus superiores não acreditam na transformação do homem por Deus?” Certamente, isso era fruto das palavras de meus irmão, pois já estavam pregando para mim.

empolgação como era a minha vida, como eu era querido e bajulado pelas pessoas... Ele ouviu tudo atentamente. Quando terminei, ele começou a falar de um Jesus vivo, que pode todas as coisas. Faloume para abandonar aqueles santos e aceitar o maior de todos, que é Jesus, o único intercessor entre Deus e o homem. Enquanto ele falava e pregava para mim, pela primeira vez na vida eu fiquei mudo, sem reação e muito admirado. Deus usou uma criança de 11 anos de idade para me mostrar o verdadeiro Caminho, a única Verdade e a abundante Vida.

Mesmo assim, eu retornei para o seminário após as férias, mas muito diferente. Comecei a questionar muitas coisas: por que ajoelhar-se diante de uma imagem sendo que a bíblia condena a idolatria? Por que fazer tantas festas aos santos e esquecer-se de Jesus? E assim minhas dúvidas sobre ser padre Durante as férias, fui para foram aumentando. No final do Firminópolis, GO. Em um momento ano, eu falei com o bispo que iria de descontração, em meio ao deixar o seminário. Ele concordou. pomar de laranja da fazenda de Eu pensava em ficar um tempo meu sobrinho, eu lhe falava com fora e depois retornar.

Consegui um emprego em Goiânia, GO, e comecei a trabalhar. Meus irmãos sempre sugerindo que eu visitasse uma igreja evangélica. Um dia eu resolvi visitar. Logo fiquei espantado, pois jamais tinha visto alguém falar em línguas estranhas. Foi bonito ver pessoas chorando de alegria enquanto era entoado o louvor. Quando o pastor começou a pregar, parecia que havia somente eu naquele auditório, que ele estava falando tudo só para mim. Ao término da pregação, o pastor disse: “Onde está a primeira alma a entregar-se a Jesus nesta noite? Um jovem levantou-se chorando do banco, abraçou-me e disse: “Você quer entregar-se a Jesus?” Eu disse: “Sim, eu quero”. Ele conduziume à frente para receber a oração. Enquanto caminhávamos, o meu corpo parecia flutuar, um peso saiu de minhas costas. Por causa de minha decisão, várias pessoas que diziam ser minhas amigas afastaram-se de mim, mas eu ganhei o melhor e maior amigo de todos, Jesus Cristo. Deixo para reflexão o texto de Mateus 24:42-44.

Casamento, uma dádiva de Deus Casamento, de um modo geral, não é um assunto visto com bons olhos por aí, pelo menos é o que temos percebido na mídia. Isso é uma pena, porque casamento é uma dádiva de Deus para o homem e para a mulher. Sou casado com Rosilene Lopes Souza há 21 anos, portanto, penso ter certa propriedade para falar do assunto. Disse Deus: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Como filhos de Deus, devemos guardar a sua Palavra. Se Ele instituiu o casamento, ou seja, a união entre o homem e a mulher, é porque é bom para nós, é bom para nossos filhos, é bom para a sociedade. A Cerimônia, a troca de alianças no altar, a lua de mel... Maravilha! Mas depois vêm as diferenças. Precisamos nos adaptar um ao outro, pois cada um vem de uma 10

cultura familiar diferente. E, geralmente, essas diferenças não são percebidas no namoro, no noivado e até mesmo na lua de mel.

dos e os jovens (não crentes), em sua maioria, já não aspirem ao matrimônio como antigamente, ainda há muitos rapazes e moças (e esses crentes, em sua maioria) que sonham com o casamento. Entretanto, muitos se iludem pensando que o casamento será a solução para os problemas emocionais, psicológicos, financeiros, sexuais e outros. E aí partem para o casamento sem o devido preparo e orientação de Deus. Mas, como fazemos com as outras áreas de nossa vida, devemos entregar também, e principalmente, essa ao Senhor.

As diferenças, se não forem bem compreendidas e trabalhadas pelo casal, podem gerar um perigoso desgaste. Quando foi a última vez que você disse à sua esposa que a ama? Qual foi a última vez que você a elogiou, dizendo que ela está bonita, cheirosa etc.? Eu já vi mulheres crentes dizerem para seus maridos: “Você não vê a minha beleza, mas outros veem”. Pergunto-me de quem é a culpa, se dela ou do marido. Chego Casamento não é uma instituià conclusão de que ambos são ção falida como dizem por aí. Ele responsáveis. sempre será uma bênção de Deus Pois bem, o casamento é um dos na vida do homem e da mulher. Inpassos mais importantes na vida de felizmente, vejo muitos casais se um homem e de uma mulher. Em- separando porque mantêm Deus à bora os tempos estejam bem muda- margem de seus relacionamentos. Jornal Aleluia

Quando nós, pastores, fazemos um casamento, costumamos citar Efésios 5. Ali vemos que as responsabilidades do marido são determinantes para as responsabilidades da mulher (submissão, respeito...). Primeiro o marido deve amar a sua mulher como Cristo amou a Igreja. E, consequentemente, ele deve se entregar por ela, ou seja, trata-se de uma entrega sacrificial. Você já parou para pensar nisso? Deixe que Cristo reine em seu casamento, porque debaixo do senhorio de Cristo, com amor, verdade e compreensão, o casal vencerá as dificuldades. Para um casamento dar certo, a receita é sempre amor e compreensão com Jesus no coração. Que Ele seja o dono do seu matrimônio. Pr. Geraldo Gabriel II IPR de Ipatinga, MG

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Reflexões

A vocação de pastor (enganoso) disser sim. É não dar atenção demasiada para uns, esquecendo-se dos outros. É disciplinar com carinho e amor. É seguir a Deus, não o coração. É ser justo.

Ser pastor é muito mais que ser um pregador. Está além de ser um administrador de igreja. Muito além de um professor. Ser pastor é algo da alma, não apenas do intelecto. Ser pastor é sentir paixão pelas almas. É desejar a salvação de alguém de forma tão intensa que leve à atitude solidária de repartir das boas-novas com ele. É chorar pelos que se mantêm rebeldes. É pensar no marido desta irmã, no filho daquela outra, nos vizinhos da igreja, nos garotos da rua. Ser pastor é tudo fazer para conseguir ganhar alguns para Cristo. Ser pastor é festejar a festa da igreja. É alegrar-se com a alegria daquele que conquista um novo emprego, daquele que se gradua na faculdade, daquele que recebe a escritura da casa própria ou do

daquele que recebe alta no hospital. É festejar a conversão de um familiar de um membro da igreja por quem há tempos se vinha orando. Mas ser pastor também é chorar. Chorar pela ingratidão das pessoas. Chorar porque, muitas vezes, aqueles a quem tanto ajudamos são os primeiros a perseguir, a criticar, a levantar falso testemunho contra a igreja e contra nós. É chorar com os que choram, unindo-se ao enlutado que perdeu um ente querido. É oferecer o ombro ao entristecido. É ser a companhia do solitário.

ser uma bênção, mesmo sendo pecador. E quando pecam, sabem pedir perdão. Ser pastor é acreditar quando todos desacreditam. Saber esperar com confiança, saber transmitir otimismo e força de vontade. É fazer do púlpito um farol gigantesco, sob cuja luz o povo caminha sempre em direção a Deus.

Ser pastor é levantar-se quando todos estão dormindo, socorrendo ao necessitado. Ser pastor é não medir esforços pela paz. É pacificar pais e filhos, maridos e esposas, sogros e Ser pastor é ver o lado bom das genros, irmãos e irmãs. dificuldades. É vislumbrar uma Ser pastor é estar pronto para a saída quando todos imaginam solidão. É manter-se no Santo dos que é o fim do túnel. Ser pastor Santos de joelhos prostrados. Ser é inovar, é renovar. É oferecerpastor é ser sacerdote, mantendo se como sacrifício em prol da em sigilo o que é segredo e vontade de Deus. Ser pastor partilhando com as pessoas certas é fazer o povo caminhar mais aquilo que é “partilhável”. feliz, mais contente. É fazer Ser pastor é ser profeta, tor- a comunidade acreditar que o nar o seu púlpito um “assim diz impossível é possível. o Senhor”, uma tocha flamejante, um facho de luz, uma espada de dois gumes, afiada e afogueada, proclamando aos quatro ventos a salvação e a santificação do povo de Deus.

Ser pastor é saber envelhecer com dignidade, sem perder a jovialidade. Ser pastor é saber contar cada dia do ministério como uma pérola na coroa de sua história. É saber calar-se quando Ser pastor é ser marido e ser o silêncio for a expressão mais pai. É fazer do ministério motivo ressoante, e saber falar quando de louvor dentro e fora de casa. todos se calarem. Ser pastor é amar aos filhos da Ser pastor é saber morrer. É mesma forma que ensina aos pais deixar um legado aos filhos e aos cristãos a amarem os seus. filhos dos filhos, não de bens maSer pastor é pedir perdão. Ser teriais, mas de exemplo, daquele pastor é não ser super-homem, que viveu e ensinou o que é ser pois sendo passível de erros pode um pastor

Ser pastor é não ter outro interesse senão o de pregar a Cristo. É não se envolver nos negócios deste mundo, buscando riquezas, fama e posição. É saber dizer não quando o coração mostrar aos demais que é possível

Autor desconhecido

"Deixará seu pai e sua mãe..." Essa frase de Gênesis 2:24 é muito usada em casamentos. Simples de dizer, porém difícil de praticar. Verdadeiramente, seu significado suporta e norteia a vida conjugal. Trata-se de um mandamento divino para que o casamento se prolongue “até que a morte os separe”.

Podemos dizer que cada casal forma um novo núcleo, ou seja, um novo reflexo da glória da imagem de Deus. Esse reflexo não admite ser afetado por terceiros. O casal deve fortalecer sua união independentemente de outros. Qualquer ajuda oferecida deve ser cuidadosaDeus, em toda sua sabedoria, criou duas mente avaliada, com gratidão. pessoas de apenas uma. Ele extraiu uma das Essa referência nos ensina que os cônjuges costelas de Adão para criar sua companheira, devem privilegiar o “código genético matriEva. E ambos tornaram-se “uma só carne”. monial” sobre o código genético físico. À luz Essa união tão profunda estabelecida por Deus do mandamento conjugal, tanto pais quanto tem como premissa deixar pai e mãe. Em outro sogros devem ser respeitosamente “deixados” termos, significa que o relacionamento conju- com o nascimento da nova família. E não sogal toma precedência de todos os outros, inclu- mente os pais, mas toda e qualquer interferênsive dos elos entre pais e filhos. cia no casamento deve ser deixada de lado. SETEMBRO 2013

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Em resumo, podemos dizer que tudo o que afete a relação deve ser evitado como fator de interferência: amigos, esportes, TV, internet, carreira, igreja, bens, hobbies, até mesmo os próprios filhos. Cada casal deve, minuciosamente, avaliar até onde seus filhos estão interferindo no relacionamento conjugal. Apenas Deus deve tomar parte na união, pois, somente Ele é capaz de unir. Marcos Aparecido de Toledo Advogado, empresário e teólogo Lençóis Paulista, SP 11



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