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Copyright © 2015 Ana Cristina Melo ILUSTRAÇÕES: Fabio Maciel CAPA, PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: Patrícia Melo REVISÃO: Andréia Regina N. O. Moraes 1ª edição – agosto 2015 / 1ª impressão - agosto 2015
M528m
O menino, o bilhete e o vento / Ana Cristina Melo; ilustrações de Fabio Maciel. – 1. ed. – Rio de
Melo, Ana Cristina. Janeiro : Bambolê, 2015.
36 p. : il. ; 20 cm.
ISBN 978-85-69470-01-4 1. Literatura infantojuvenil. I. Maciel, Fabio. II. Título.
CDD: 028.5
CDU: 087.5
Ficha catalográfica elaborada por Fabio Maciel, CRB-7 6284
Todos os direitos reservados e protegidos. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida total ou parcialmente, sem a expressa autorização da editora. O texto deste livro contempla a grafia determinada pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, vigente no Brasil desde 1º de janeiro de 2009.
contato@editorabambole.com.br www.editorabambole.com.br Impresso no Brasil
Para meus filhos: que possam sempre descobrir o encantamento nas simplicidades do caminho. Ana Cristina
Para Patrícia Melo, minha parceira e responsável por me apresentar o universo da literatura infantojuvenil; para Ana Cristina Melo que, com sua sensibilidade única, é capaz de criar textos maravilhosos (sou apaixonado pelo que você escreve); para minha família – Janice, Zé, Júlio, Jane, Vivi, Marcela, Fernanda, Andréia, Bia e João; e, especialmente, para a criança Carolina Melo. Ah! Não posso esquecer de Nira, Solange, Marcelo e Renato. Fabio
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— Leva o bilhete pro Seu Olavo – a avó pediu para o menino. O menino largou seu lugar preferido na janela para prestar atenção na avó. Logo fez uma cara de quem não tinha ideia de onde morava esse Olavo. — É lá na cidade. É só perguntar. Ah, disso ele entendia. Como gostava de fazer pergunta! Então, problema resolvido. Assim ele achava.
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O bilhete ficou bem guardado no bolso da camisa. Na estrada vazia, muito verde. De um lado e do outro. O caminho, ele conhecia. Sempre fazia, ou no lombo do cavalo, ou na caçamba da caminhonete. Mas era a primeira vez que ia a pÊ. E assim parecia que tudo ficava diferente.
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No caminho, ele viu o bem-te-vi fazendo ninho. Quem tinha ensinado isso para o passarinho? O menino ficou com uma vontade danada de perguntar. Um pouco depois, viu uma codorna colocando seus ovos. Que tamanho devia ter o filho da codorna? Viu o tatu entrando na toca. Será que a toca também tinha uma porta? Ai, que vontade de perguntar! Um tanto andou pra direita, outro tanto pra esquerda, até que viu o céu colorido de nuvem branca.
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Ah, como adorava adivinhar os bichos que as nuvens desenhavam! Foi a avó quem lhe ensinou a ver a magia das nuvens. No meio da adivinhação, deu vontade de saber o que tinha no bilhete. O dedo do menino também ficou curioso. E lá foi o dedo cutucar a mão, e a mão pegar o papel. O bilhete saiu do bolso, beeeeeem devagar, tão devagar quanto o passo do menino até ali. Mas quando faltava pouco para se ajeitar na mão dele... O vento veio curioso também. E puxou o bilhete com mais força que o menino.
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O papel gostou mais da curiosidade do vento. E voou para longe. Alto, baixo, rรกpido, devagar, perto, longe, muito longe. O menino congelou de susto.
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O menino recebe da avó uma grande missã o: achar Seu Olavo e
lhe entregar um bilhete. Mas como iria cumprir sua tarefa, se ele sequer sabia onde esse homem morava?
No caminho até a cidade, alé m das descobertas que faz, ele se vê
em apuros, quando o bilhete se solta de sua mã o curiosa e foge dançando pelo ar.
Numa disputa com o vento, que també m se torna personagem
dessa aventura, o menino pode descobrir que a soluçã o de um problema, à s vezes, pode vir do que parecia ser um contratempo.
9 788569 470014