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Prefácio por Chuck Lorre

As pessoas dizem que tudo fica claro em retrospectiva, mas discordo. Pelo menos, era essa ideia que estava na minha mente quando fui entrevistado para este livro. Para mim, a retrospectiva é míope, daltônica e vítima de uma leve concussão cerebral. Mas gosto de acreditar que há um bom motivo para isso (além do escorregador rumo à demência presente aqui na LorreLândia). Para efetivamente participar dos processos de roteiro, elenco, direção, atuação e produção de uma série para a TV, nosso cérebro precisa se livrar de todas as informações não essenciais para poder focar no trabalho atual. Uma piada corriqueira, feita em muitas leituras de mesa nas manhãs de quarta-feira, era perguntar a um ator ou roteirista sobre o tema do episódio que tínhamos acabado de gravar na noite anterior. Doze horas antes. A reação era sempre a mesma: um olhar perplexo, confirmando que a informação já tinha sido completamente descartada. De maneira inconsciente, todo mundo estava criando espaço mental para o episódio seguinte. E isso aconteceu por 279 episódios. Doze anos, a maioria dos quais felizes e sempre repletos de risos.

Um velho ditado diz que “a história é contada pelos vencedores”. Eu acredito que The Big Bang Theory venceu, e este livro representa nossa história. Espero que você goste do resultado, que é a conclusão de anos de trabalho duro realizado pela incrível Jessica Radloff. Eu apenas sugiro que, enquanto você lê nossas lembranças e anedotas, não se esqueça do seguinte: na maioria das manhãs de quarta-feira, os “vencedores” tinham dificuldade para se lembrar do que acontecera na noite de terça-feira.

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