dagostini_miolo_grafica_final.pdf 1 06/02/2017 17:47:28
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DESIGN DE SINALIZAÇÃO
Este livro tem como objetivo estudar os métodos, os processos e o conjunto de componentes que envolvem o projeto de comunicação para os espaços construídos, utilizando dados de pesquisas sobre o ambiente, o usuário, a forma e a informação.
D’Agostini
Design de Sinalização é mais do que o simples projeto de comunicação visual para um ambiente: é, antes de tudo, um meio de organizar e pensar as questões que envolvem a relação entre os espaços construídos, seus usuários, a tecnologia de materiais e os processos de fabricação, além da própria comunicação. Constitui uma das disciplinas mais completas do design, pois reúne, em um só corpo teórico, todos os fundamentos de que um designer necessita para atuar profissionalmente.
Douglas D’Agostini
Design de sinalização © 2017 Douglas D’Agostini Editora Edgard Blücher Ltda.
Publisher Edgard Blücher
Projeto gráfico e diagramação Douglas D’Agostini
Editor Eduardo Blücher
Preparação e revisão de texto Fernanda da Silva Rodrigues Rossi, Nathalie Fernandes Peres
Produção editorial Bonie Santos, Isabel Silva, Júlia Knaipp, Marilia Koeppl, Milena Varallo
Produção gráfica Alessandra Ferreira Comunicação Jonatas Eliakim
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057
Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4° andar 04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br
D’Agostini, Douglas Design de sinalização / Douglas D’Agostini. - São Paulo: Blucher, 2017. 368 p. : il. color. Bibliografia ISBN 978-85-212-1096-2 1. Desenho industrial 2. Desenho (Projetos) 3. Sinais e placas de sinalização 4. Comunicação visual I. Título
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da Editora.
Todos os direitos reservados a Editora Edgard Blücher Ltda.
16-0915
CDD 741.6
Índices para catálogo sistemático: 1. Desenho industrial : Sinais e placas de sinalização
Sumário
8
APRESENTAÇÃO
18 INTRODUÇÃO
Sinalizar futuros: design industrial (Ligia Medeiros e Luiz Vidal Gomes)
DESIGN DE SINALIZAÇÃO
USUÁRIO
26 DESIGN DE SINALIZAÇÃO
66 PROJETOS DE SINALIZAÇÃO
138 USUÁRIO
28 FOCOS DE ESTUDO
66
Sinalização de regulamentação
139 Fator antropológico
30 FATORES PROJETUAIS
67
Sinalização de fachadas comerciais
141 Fator ergonômico
68
Sinalização temporária
152 Fator psicológico
32 A PRÁTICA
69
Sinalização privada
34
Importância do projeto de sinalização
70
Sinalização pública
34
A profissão
71
Sinalização de promoção
36
O profissional e a capacitação
72
Sinalização rodoviária
37
O mercado de trabalho
73
Sinalização de segurança
38
Associações da área e premiações
74
Sinalização digital
40
Escritórios 76
METODOLOGIA
42 DEFINIÇÃO DE TERMOS
78
Planejamento
43
Architectural signs
82
Projeto
44
Signage
125 Fabricação
161 Aspectos estéticos
45
Wayfinding
126 Implantação
162 Aspectos funcionais
47
Placemaking
126 Verificação
163 Aspectos morfológicos
50
Interpretive signage
127 Documentação
167 Aspectos naturais
51
Environmental graphic design
52
Señalética
128 Hora de criar o conceito:
168 AEROPORTOS
54 SINALIZAÇÃO: ETIMOLOGIA 58 FUNÇÕES DA SINALIZAÇÃO
AMBIENTE 160 AMBIENTE
que caminho devo tomar?
172 CIDADES
Três abordagens para conceituação de projetos
174 CONDOMÍNIOS
de sinalização (Gabriel Gallina)
176 ESCOLAS E UNIVERSIDADES 178 ESCRITÓRIOS 182 ESTÁDIOS
60 ABORDAGENS DE PROJETO
186 EVENTOS ESPORTIVOS
60
Sistemas de sinalização
188 FÁBRICAS
62
Sinalização de orientação - wayfinding
190 FACHADAS COMERCIAIS
64
Sinalização de ambientação - placemaking
192 HOSPITAIS
65
Sinalização de exposição - interpretive signage
196 HOTÉIS 198 PARQUES E PRAÇAS 200 SHOPPING CENTERS 204 SUPERMERCADOS 208 ZOOLÓGICOS
FORMA 214 FORMA
INFORMAÇÃO 258 INFORMAÇÃO
216 ESCALA
342 OUTRAS INFORMAÇÕES 342 Informações táteis
218 COERÊNCIA FORMAL
260 COR
343 Informações olfativas
220 SISTEMAS DE FIXAÇÃO
262 A cor como discriminadora
346 Informações gestuais
224 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
263 A cor como expressão de identidade
347 Informações sonoras
264 A cor como código 226 MATERIAIS
264 Critérios para o uso da cor na sinalização
227 Critérios ecológicos 227 Critérios econômicos
270 DIAGRAMAÇÃO
228 Critérios estéticos
270 Técnicas de diagramação
229 Critérios funcionais 229 Critérios tecnológicos
284 IDENTIDADE VISUAL
230 Madeiras
286 IMAGENS
233 Metais
288 INFOGRÁFICOS
236 Plásticos
290 ILUSTRAÇÕES E GRAFISMOS
242 Vidros
292 MAPAS
354 IMAGENS
294 PICTOGRAMAS
368 SOBRE O AUTOR
348 REFERÊNCIAS
244 Outros materiais 246 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
296 Pictogramas modernos 300 Pictogramas olímpicos
252 SINALIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
308 Pictogramas DOT e AIGA
252 Sustentabilidade em projetos de sinalização
311 Conceito de pictograma
253 Longevidade e sinalização sustentável
311 Categorias de pictogramas
254 Estratégias de sustentabilidade na sinalização
313 O desenho de pictogramas 316 SETAS 322 TIPOGRAFIA 322 Classificação dos tipos 328 Aspectos ergonômicos dos tipos 340 Aspectos estéticos dos tipos 341 Critérios para escolha dos tipos na sinalização
DESIGN DE SINALIZAÇÃO
Design de sinalização é mais do que o simples projeto de comunicação visual para um ambiente: é, antes de tudo, um meio de organizar e pensar a relação entre os espaços construídos, seus usuários, a tecnologia de materiais e os processos de fabricação, além da própria comunicação. Constitui uma das disciplinas mais completas do design, pois reúne, em um só corpo teórico, todos os fundamentos que um designer necessita para atuar profissionalmente. Essa disciplina, que nasce não só das expertises do Design como também das áreas da arquitetura, da engenharia e da comunicação, apresenta um conjunto de abordagens focadas em atender a demandas de comunicação dos ambientes, adequando as mensagens à diversidade de públicos de cada local. Por isso, o design de sinalização tem um caráter abrangente, entendendo a comunicação como uma ferramenta multissensorial, capaz de tornar os espaços mais acessíveis e com informações pertinentes para seu uso. O design de sinalização tem como objetivo estudar os métodos, os processos e o conjunto de componentes que envolvem o projeto de comunicação para os espaços construídos, utilizando dados de pesquisas sobre o ambiente, o usuário, a forma e a informação. É uma disciplina fundada sobre os pilares da área de projeto e, em virtude disso, precisa acompanhar a evolução de métodos de trabalho, os processos tecnológicos, bem como as modificações na relação entre a comunicação dos ambientes com seus usuários.
26
SINALIZAÇÃO
Campo do design de sinalização
27
USUÁRIO
Projetos de sinalização caracterizam-se pelo poder de organizar a comunicação em um ambiente, favorecendo a compreensão pelas pessoas daquilo que está a sua volta. Mas como definir o perfil do público em um espaço? Que características essas pessoas têm? Que mecanismos cognitivos elas acionam quando estão em um ambiente desconhecido? E como construir um projeto de sinalização que atenda a um público diversificado? Independentemente das características físicas, motoras, psíquicas ou culturais de um usuário, qualquer ambiente deve ser projetado para fornecer informações seguras para o uso autônomo de seus espaços. Por isso, os projetos de sinalização exigem que o designer se concentre em compreender, de maneira ampla, as características dos usuários de um ambiente, para oferecer a eles soluções que garantam o uso eficiente e seguro do espaço a sua volta. Hoje, qualquer espaço construído deve ser pensado em função dos usuários, englobando não só suas necessidades de locomoção, como também as de comunicação. A diversidade de pessoas que fazem uso dos ambientes reflete, proporcionalmente, os desafios de um projeto de comunicação em espaços construídos cada vez mais complexos. Nesse cenário, em que as pessoas possuem a liberdade de ir e vir e fazem o uso dos ambientes sem restrições, é importante olhar para os aspectos que verdadeiramente podem influenciar suas experiências dentro de um ambiente, seja de modo positivo ou negativo. A diversidade de perfis de usuários fazendo uso de um mesmo espaço pode ser algo comum em um projeto de sinalização, principalmente quando vemos, no ambiente, pessoas com diferentes idades, condições físico-motoras e aspectos culturais a serem considerados. Mapear essas diferenças dos usuários é fundamental para o projeto de sinalização, pois, a partir desses dados, é possível direcionar as alternativas que melhor atendam à demanda de comunicação dessas pessoas em um ambiente. Esse mapeamento deve levar em consideração pelo menos três fatores projetuais: o antropológico, para conhecermos quem são os usuários e quais são seus códigos culturais; o ergonômico, para percebermos os limites físico-motores dos usuários; e o psicológico, para entendermos as condições cognitivas dos usuários.
138
USUÁRIO
Fator antropológico Uma das principais observações que podemos fazer dentro de um contexto antropológico é relativa aos meios utilizados pelas pessoas para estabelecer uma comunicação. A linguagem é o elemento fundamental nesse momento, pois é a partir dela que são definidos e registrados os códigos para a troca de informações e a aquisição de conhecimento. Esse pode ser o ponto de partida para a elaboração de estratégias para o projeto de sinalização, adequando-se as informações ao repertório cultural dos usuários e à linguagem que utilizam para se comunicar em um ambiente. Talvez o principal desafio para um designer em um projeto de sinalização seja o estudo do tipo de linguagem com que irá trabalhar para transmitir as informações. Levando em consideração que os usuários devem compreender as mensagens para fazer uso dos espaços de forma segura, é importante conhecer os códigos de comunicação que atendem o público – ou os públicos – de um ambiente. A utilização do idioma inglês em sinalizações para espaços públicos, por exemplo, é fundamental, pois se trata de um código universal para a comunicação entre as pessoas de diferentes partes do mundo. É comum vermos o uso de informações bilíngues, principalmente em aeroportos, estações de trem e eventos esportivos internacionais, em que há a circulação de um público culturalmente diversificado. Nesses locais, as mensagens em inglês estão sempre presentes, acompanhadas de informações no idioma local.
2.1
2.1 | 2.2 Utilizando dois idiomas nos suportes de sinalização as informações podem atender à demanda de comunicação de culturas distintas.
2.2
139
AMBIENTE
A construção de qualquer espaço é o resultado de uma intervenção do homem no ambiente. Uma trilha pela mata, uma estrada de pedras, a cerca de uma propriedade, locais de culto, entre outros, são exemplos de como podemos modificar as características do nosso entorno. Ao longo da história, a transformação dos ambientes para abrigar demandas por moradia, transporte, comércio, saúde, lazer, além de tantas outras utilidades, seguiu a própria evolução da vida em sociedade. Hoje, quando pensamos nesses espaços construídos, notamos que a necessidade de comunicação está cada vez mais presente. Podemos circular por um ambiente sem o auxílio de qualquer informação, mas isso só ocorre quando conhecemos o lugar onde estamos, seja porque faz parte de um percurso diário, seja por ser um espaço que é utilizado frequentemente. Muitos ambientes não são conhecidos e exigem que o usuário compreenda sua estrutura e características enquanto assimila o seu entorno, por isso, a comunicação cumpre um papel fundamental, utilizando o design de sinalização como ferramenta para tornar os espaços construídos, locais mais legíveis ao público. O olhar sobre um ambiente pode trazer informações valiosas para o projeto de sinalização. É a oportunidade para perceber que existe, além das necessidades de informação, um conjunto de características fundamentais, que influenciam a comunicação e o uso de um espaço. Qualquer ambiente, por mais complexo que seja, pode ser dissecado para compreendermos sua essência e suas características. Para isso, existem pelo menos quatro aspectos importantes para considerarmos na análise de um espaço: aspectos estéticos, funcionais, morfológicos e naturais.
160
AMBIENTE
3.1
3.2
Aspectos estéticos Qualquer espaço construído possui uma identidade, que pode ser ressaltada pela expressão tanto da arquitetura quanto dos elementos naturais que o compõem. A análise sobre os aspectos estéticos procura revelar elementos da identidade do espaço analisado e a atmosfera do seu entorno. A identidade de um ambiente é o motor para o projeto de comunicação desses espaços, pois é a partir dela que são revelados elementos gráficos, formais e materiais que fazem parte da sua imagem. É a partir da análise dos aspectos estéticos de um local que podemos alinhar o projeto de sinalização com a atmosfera do espaço estudado.
3.1 | 3.2 Detalhes da arquitetura do ambiente que ajudam a captar a personalidade do espaço.
A análise estética de um ambiente baseia-se na identificação de elementos que possam traduzir a atmosfera de um local e que, de alguma forma, influenciam na construção de sua identidade. Por isso, quando um ambiente é projetado, os detalhamentos fornecidos pelo projeto arquitetônico e paisagístico, como tipo de piso, acabamentos em paredes, cores, texturas, além do mobiliário e da vegetação, são referências importantes para identificarmos os traços da perso-
161
FORMA
A forma corresponde a todo elemento físico que cumpre, no ambiente, o papel de carregar uma mensagem destinada ao público. Tais elementos podem ser chamados, também, de suportes de comunicação. Projetos de sinalização, invariavelmente, necessitam deles para, em conjunto com a informação que carregam, reforçar as características e a identidade de um espaço, seja por meio de materiais, de acabamentos ou do próprio desenho desses elementos. Totens, placas, luminosos, painéis, letreiros e até o próprio ambiente são os exemplos mais comuns das formas que podem ser exploradas como suportes de comunicação em projetos de sinalização. A definição de materiais, processos de fabricação, acabamentos e dos detalhes para a produção são fundamentais nesse tipo de projeto. Por isso, a tarefa do designer é compreender a relação entre o aspecto estético que esses suportes terão e o espaço em que serão inseridos.
4.1 | 4.2 | 4.3 O estudo da forma é fundamental para a definição de proporções, tipos de fixação, materiais e acabamentos dos suportes de sinalização em um ambiente.
A definição de formatos adequados para um suporte, muitas vezes, vai depender do grau de conhecimento que o designer tem dos materiais com que vai trabalhar. Buscar o melhor aproveitamento e economia de recursos materiais, hoje, é fundamental em projetos de sinalização. Além disso, alinhar a estética dos materiais às características do local irá reforçar a personalidade do espaço, tornando os suportes mais integrados com o ambiente. A relação entre o ambiente e a forma pode revelar, além da complementaridade de suas características estéticas, desafios na adequação entre suas escalas. Isso impacta diretamente na percepção dos usuários. Assim, o estudo de proporções entre os suportes de comunicação, o público e o espaço deve ser contemplado no projeto. Conhecer os diferentes sistemas de fixação e iluminação dos suportes de comunicação, além de buscar constantemente atualizar-se com novas tecnologias, é requisito fundamental. Por isso, o estudo da forma em um projeto de sinalização vai além de suas características estéticas e formais, pois leva em consideração um conhecimento abrangente dos dispositivos e das novas tecnologias empregadas em materiais e processos produtivos, sua adequação ao ambiente e sua relação com os usuários.
214
FORMA
ESCALA
4.4 A pouca distância entre a informação e o observador determina que o suporte ou a própria informação possuam dimensões reduzidas adequando-se à leitura do usuário. 4.5 Quando suportes de grandes proporções estão muito próximos ao observador podem ser percebidos como elementos escultóricos ou decorativos, além de cumprir as funções aos quais se destinam.
4.4
216
Seja qual for o ambiente em que uma determinada mensagem é exposta, é fundamental que sejam estudadas as relações de proporção entre o suporte de comunicação que carrega essa mensagem, o espaço e o público que circula pelo local. Essas relações podem ser estabelecidas tanto a partir da área disponível para a implantação do suporte, quanto das distâncias em que o público irá captar a informação. As dimensões de um suporte de comunicação podem, dependendo do ambiente, causar um impacto maior ou menor na percepção do público. Grandes letreiros, por exemplo, fixados em fachadas de fábricas ou nas empenas de prédios, normalmente, devem ter uma escala maior, devido à distância em que podem ser visualizados. Esses mesmos letreiros, quando dispostos perto da circulação do público, são percebidos não mais como simples elementos de informação, e sim como objetos ou mobiliários. Nesses casos, a escala torna o suporte um objeto escultórico, que agora pode ser percebido na relação com o tamanho de uma pessoa, cumprindo o papel de ambientar um espaço.
4.5
FORMA
INFORMAÇÃO
Tudo o que vemos, ouvimos, tocamos ou inalamos pode se tornar uma informação, e são as experiências anteriores com alguns estímulos captados por nossos sentidos que irão determinar de que forma vamos interpretá-los. Nossa capacidade em decodificar estímulos sensoriais na forma de mensagens, para uma posterior ação, foi gradativamente construída à medida que eles ganhavam significado. O desenvolvimento do nosso sistema sensorial nos permitiu transformar estímulos visuais, por exemplo, em sinais que podem ser racionalmente interpretados. Entre um estímulo sensorial, que é processado e organizado em nosso cérebro, e um sinal, posteriormente codificado e interpretado, surge o conceito de informação. O reconhecimento do desenho de um pictograma em uma placa de sinalização, por exemplo, é possível a partir da experiência anterior com a imagem representada. Ou seja, dependemos do aprendizado do código formal do desenho, tal como sua proporção, configuração e característica, associando sua imagem a um significado para compreendermos essa informação visual. Uma determinada cor, quando utilizada em um ambiente, também pode cumprir uma função específica a partir do código de informação cromática ao qual foi designada ou associada por sua representação dentro de um contexto, como as placas de trânsito, por exemplo. O mesmo pode ocorrer quando temos experiências com determinados sinais sonoros que, assim como os visuais, também se tornam informações a partir de um aprendizado anterior ou de um contato prévio. A base desse aprendizado vem da retenção de um conhecimento sobre as características desse tipo de sinal, como o tom, o ritmo, o volume, o tempo etc. e, assim, passam a ser reconhecidos como elementos de informação.
5.1 Uma informação visual pode ser codificada por meio da forma, da cor ou dos símbolos gráficos, como em uma placa de trânsito.
258
Tal como os sinais visuais e sonoros, que se constituem como elementos de informação, os sinais táteis também podem ser explorados como códigos, adaptando mensagens às características físicas das pessoas. A informação contida neles é captada por meio do contato físico com superfícies em relevo, que são produzidas e instaladas em pontos em que esse tipo de sinal é necessário, principalmente para pessoas com deficiência visual.
INFORMAÇÃO
5.2
5.3
Além disso, códigos de informação podem estar contidos em simples gestos, a partir de movimentos realizados pelo corpo, ou por odorantes dispersos em um ambiente. Nessas situações, bastante específicas, esses sinais podem ser assimilados como mensagens, assim como os sinais gráficos, os sonoros e os táteis, em um processo que requer uma experiência de aprendizado anterior, para que possam ser compreendidos como informações. Quando convencionados como códigos, esses sinais formam a base do estudo das informações, que podem ser explorados nos mais diversos tipos de projetos de sinalização. Dentro de um ambiente, têm o objetivo de carregar mensagens capazes de estabelecer uma comunicação entre o espaço construído e o público.
5.2 As informações tatéis são utilizadas em espaços públicos para a orientação de deficientes visuais.
5.3 Agentes de trânsito utilizam informações gestuais e sonoras para ordenar a circulação de veículos.
259
5.28 Podemos utilizar o alinhamento como estratégia para reforçar uma mensagem de orientação nos suportes de sinalização.
5.28
5.29 Quando possuímos mais de uma orientação no layout, é preciso estudar alternativas para que o alinhamento não prejudique a compreensão da mensagem. Neste caso, uma seta apontada no sentido contrário ao alinhamento pode ter sua leitura prejudicada, quando comparada ao alinhamento que reforça o sentido da seta.
5.29
textos também disposto no mesmo sentido reforçará a orientação de indicação da seta, pois a linha definida a partir desse alinhamento à direita concentra a tensão visual no sentido em que aponta a seta. Alguns casos podem ser considerados inadequados no que tange a percepção visual dos usuários sobre alinhamentos de informações de orientação, como em situações em que setas são dispostas na direção das palavras. Neste caso, o que temos não é uma seta apontando imediatamente para uma direção, mas sim para um outro elemento de informação. Podemos compor as informações em um layout e definir os alinhamentos que melhor atendam a demanda de comunicação. Tudo dependerá da área que se tem para o layout, da quantidade de informações e da mensagem que se quer reforçar.
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Design de Sinalização Douglas D’Agostini ISBN: 9788521210962 Páginas: 368 Formato: 20,5 x 25,5 cm Ano de Publicação: 2016 Peso: 1.146 kg