Congo negro

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Vachel Lindsay

Congo negro Tradução de Luci Collin Edição Bilíngüe


© Editora Éblis Título original: The Congo – A Study of the Negro Race, 1914

Capa e Projeto gráfico: Ronaldo Machado e Ronald Augusto, editores

L749c Lindsay, Nicholas Vachel, 1879–1931 Congo negro./ N. Vachel Lindsay. ; tradução Luci Collin. – Porto Alegre: Editora Éblis, 2009. 32p. (Coleção Tradução) Tradução de: “The Congo – a study of the Negro Race” Edição bilíngüe 1. Poesia norte-americana I. Collin, Luci II. Título Impresso no Brasil CDD 811.5

www.editoraeblis.com eblis@editoraeblis.com


Congo negro



APRESENTAÇÃO

T

he Congo - a study of negro race é o poema mais significativo da obra de Vachel Lindsay. A intensidade rítmica do poema, que a presente tradução procurou, na medida do possível, recriar, faz dele uma peça poética para ser lida em voz alta, e quase cantada, ou até mesmo gritada, como queria Lindsay. As indicações de leitura à margem do poema, indissociáveis do corpo do texto, indicam o ritmo e o tom de voz a ser empregado na interpretação. É um poema para performance e, neste sentido, pede que a voz invada o texto, perturbando uma recepção mais racional, na busca do arrebatamento e do delírio. Assim, sua inventividade está justamente em dar o corpo ao literário, fazendo as palavras do poema-partitura soarem pela boca do leitor, do mesmo modo que no revival pentecostal ou no encantamento vodu. Graças a este ritmo é que uma profusão de imagens sucedem-se no desencadear vertiginoso da leitura, justapondo diferentes tempos e espaços: do distante Congo, ancestral e selvagem, ao próximo meio-oeste dos EUA, com seu fantástico imaginário evangélico do primeiro terço do século XX. Do ponto de vista de sua ideologia, o poema tem algo de patético, pois a intenção pretensamente esclarecedora contida no sintagma que complementa o título, se revela tão vincada de superstições e estereótipos com relação ao seu objeto de estudo, que acaba por obliterar a possibilidade efetiva de algum desvelamento. Congo negro é, em certa medida, um poema ultrapassado para o paladar contemporâneo. Como diria Oliveira Silveira (1941–2009), trata-se de um poema “negrista”, isto é, um experimento eventual de linguagem no percurso textual do seu autor, como também o foram os “poemas negros”, de Raul Bopp, e “Essa Negra Fulô”, de Jorge de Lima, entre outros tantos. Como poema bom que é, Congo leva em seu bojo essas e outras contradições. Mas, as grandes obras de arte são o que são porque envelhecem naquilo em que podem envelhecer, deixando sempre a possibilidade de recriação, como se concretizou nesta primeira tradução para o português do poema de Lindsay, levada a efeito graças a inteligência e a sensibilidade de Luci Collin. Os Editores


The Congo – A Study of the Negro Race


Congo negro

I


THEIR BASIC SAVAGERY

Fat black bucks in a wine-barrel room, Barrel-house kings, with feet unstable, Sagged and reeled and pounded on the table, Pounded on the table, Beat an empty barrel with the handle of a broom, Hard as they were able, Boom, boom, BOOM, With a silk umbrella and the handle of a broom, Boomlay, boomlay, boomlay, BOOM. THEN I had religion, THEN I had a vision. I could not turn from their revel in derision. THEN I SAW THE CONGO, CREEPING THROUGH THE BLACK, CUTTING THROUGH THE FOREST WITH A GOLDEN TRACK. 8

A deep rolling bass.

More deliberate. Solemnly chanted.


SUA SELVAGERIA ESSENCIAL

Negros corpulentos numa cava de vinho, Reis do cabaré, ginga nos pés, Um baixo Volvem, revolvem e batem na mesa, percutido. Percutem a mesa, Com um cabo de vassoura batem num tonel vazio, Forte o quanto podem, Tuum, tuum, TUUM, Com um cabo de vassoura e com um guarda-chuva, Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, TUUM. ENTÃO percebo a religião, ENTÃO eu tive uma visão. Não posso me safar de sua mofa de satisfação. ENTÃO EU VI O CONGO SERPEAR DENTRO DO NEGRO, CORTANDO A FLORESTA NUMA TRILHA D’OURO. 9

Mais devagar. Cantar solene.


Then along that riverbank A thousand miles Tattooed cannibals danced in files; Then I heard the boom of the blood-lust song And a thigh-bone beating on a tin-pan gong. A rapidly piling climax of speed And “BLOOD” screamed the whistles and the and racket. fifes of the warriors, “BLOOD” screamed the skull-faced, lean witch-doctors, “Whirl ye the deadly voo-doo rattle, Harry the uplands, Steal all the cattle, Rattle-rattle, rattle-rattle, Bing. Boomlay, boomlay, boomlay, BOOM.” A roaring, epic, rag-time tune With a philosophic From the mouth of the Congo pause. To the Mountains of the Moon. Death is an Elephant, Shrilly and Torch-eyed and horrible, with a heavily Foam-flanked and terrible. accented BOOM, steal the pygmies, metre. BOOM, kill the Arabs, BOOM, kill the white men, HOO, HOO, HOO. 10


Então naquelas margens Por muitas milhas Canibais pintados dançavam em filas; Então troa a canção da sede de sangue E um fêmur bate num gongo estridente. “SANGUE” berravam as flautas dos guerreiros, “SANGUE” gritavam caveirosos feiticeiros, “Girai o fatal chocalho vodum, Pilhai as terras altas, Roubai todo o gado, Chocalhai o chocalho, Vai. Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, TUUM.” Um épico ragtime vivo e sincopado Vem da foz do Congo Às Montanhas da Lua. A Morte é um Elefante, Com olhos-tocha e horrível, Espumento e terrível. TUUM, roubar pigmeus, TUUM, matar árabes, TUUM, matar brancos, HUU, HUU, HUU. 11

Clímax cumulativo de velocidade e clamor.

Com uma pausa meditativa.

Agudo e com ritmo bem marcado.


Listen to the yell of Leopold’s ghost Burning in Hell for his hand-maimed host. Hear how the demons chuckle and yell Cutting his hands off, down in Hell. Listen to the creepy proclamation, Blown through the lairs of the forest-nation, Blown past the white-ants’ hill of clay, Blown past the marsh where the butterflies play:– “Be careful what you do, Or Mumbo-Jumbo, God of the Congo, And all of the other Gods of the Congo, Mumbo-Jumbo will hoo-doo you, Mumbo-Jumbo will hoo-doo you, Mumbo-Jumbo will hoo-doo you.”

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Like the wind in the chimney.

All the o sounds very golden. Heavy accents very heavy. Light accents very light. Last line whispered.


Ouçam o fantasma de Leopoldo a berrar Por mãos mutiladas foi pro Inferno queimar. Escutem os risinhos e os urros dos demônios Cortam-lhe as mãos lá no fundo dos Infernos. Ouçam a horrenda proclamação, Sussurrada pelas covas da selvagem nação, Sussurrada além dos murundus de cupim, Sussurada além das borboletas no apecum:– “Cuide com o que faz, Ou o Mumbo-Jumbo, Deus do Congo, E todos os outros Deuses do Congo, Mumbo-Jumbo faz vodum em você, Mumbo-Jumbo faz vodum em você, Mumbo-Jumbo faz vodum em você.”

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Como o vento pela chaminé.

Sons muito vivos. Sílabas fortes bem fortes. Sílabas fracas bem fracas. Último verso sussurrado.



II


THEIR IRREPRESSIBLE HIGH SPIRITS

Wild crap-shooters with a whoop and a call Danced the juba in their gambling-hall And laughed fit to kill, and shook the town, And guyed the policemen and laughed them down With a boomlay, boomlay, boomlay, BOOM.

Rather shrill and high.

THEN I SAW THE CONGO, CREEPING THROUGH THE BLACK, CUTTING THROUGH THE FOREST WITH A GOLDEN TRACK.

Read exactly as in first section.

Lay emphasis A negro fairyland swung into view, on the delicate A minstrel river ideas. Keep as Where dreams come true. light-footed as The ebony palace soared on high possible. Through the blossoming trees to the evening sky. The inlaid porches and casements shone With gold and ivory and elephant-bone. And the black crowd laughed till their sides were sore At the baboon butler in the agate door, And the well-known tunes of the parrot band That trilled on the bushes of that magic land. 16


SUA VIVACIDADE IRREPRIMÍVEL

Selvagens jogam dados aos gritos e berros Dançam o maculelê na sala de jogos Riem às gargalhadas e pertubam a cidade, Ganham dos meganhas e os calam com o alarde Com um tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, TUUM.

Com som agudo e alto.

ENTÃO EU VI O CONGO SERPEAR DENTRO DO NEGRO, CORTANDO A FLORESTA NUMA TRILHA D’OURO.

Ler como na primeira parte.

Um reino encantado dos negros se apresenta, Um rio menestrel Onde os sonhos acontecem. O palácio de ébano se eleva nas alturas Chega ao céu noturno pelas árvores floridas. Portas e janelas adornadas e brilhantes Com ouro, marfim e ossos de elefantes. E o tropel de negros riu até ficar engasgado Do criado-babuíno na porta de esmaltado, E do canto repetido dos jurus em bando Trinando nas moitas deste reino encantado.

Ênfase nas idéias sutis. O mais vivo possível.

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A troupe of skull-faced witch-men came Through the agate doorway in suits of flame, Yea, long-tailed coats with a gold-leaf crust And hats that were covered with diamond-dust. And the crowd in the court gave a whoop and a call And danced the juba from wall to wall. But the witch-men suddenly stilled the throng With a stern cold glare, and a stern old song:– “Mumbo-Jumbo will hoo-doo you.” . . . Just then from the doorway, as fat as shotes, Came the cake-walk princes in their long red coats, Canes with a brilliant lacquer shine, And tall silk hats that were red as wine. And they pranced with their butterfly partners there, Coal-black maidens with pearls in their hair, Knee-skirts trimmed with the jessamine sweet, And bells on their ankles and little black feet. And the couples railed at the chant and the frown Of the witch-men lean, and laughed them down. (O rare was the revel, and well worth while That made those glowering witch-men smile.) The cake-walk royalty then began To walk for a cake that was tall as a man To the tune of “Boomlay, boomlay, BOOM,” While the witch-men laughed, with a sinister air, And sang with the scalawags prancing there:– 18

With pomposity.

With a great deliberation and ghostliness. With overwhelming assurance, good cheer, and pomp.

With growing speed and sharply marked dance-rhythm.


Surge uma trupe de encovados feiticeiros Pelo pórtico esmaltado em trajes fulgurosos, Sim, com trajes a ouro folheados E chapéus com pó de diamante recamados. E o bando no paço berra e braveja E dança o maculelê pra cá e pra lá. Mas, súbito os feiticeiros calmam a multidão Olhar sério e frio, entoam a séria canção:– “Mumbo-Jumbo faz vodum em você.”... Nisso, da porta, gordos como bacorinhos, Entram reis do cake-walk em fraques rubros, A camada de verniz botou brilho em seus bastões E de seda cor de vinho são seus chapelões. E se exibem com os amigos, feito borboletas, Pérolas nos cabelos das donzelas carvoentas, E perfume de jasmim que emana das suas saias, Pezinhos negros e nos tornozelos as guizeiras. E os casais praguejavam contra o canto e a carranca Dos bruxos calados por tanta risada. (Que farra fabulosa, que jogo vantajoso Que pôs nos carrancudos feiticeiros um sorriso!) Os reis do cake-walk se dirigem a seguir A um bolo quase impossível de medir Ao som do “Tuum-tá, tuum-tá, TUUM,” Enquanto os feiticeiros riem um riso assustador, E cantam com os cafajestes que se agitam ao redor:– 19

Com pompa.

De modo resoluto e fantasmagórico. Com opressiva convicção, vigor e pompa.

Com velocidade crescente e ritmo de dança bem marcado.


“Walk with care, walk with care, Or Mumbo-Jumbo, God of the Congo, And all of the other Gods of the Congo, Mumbo-Jumbo will hoo-doo you. Beware, beware, walk with care, Boomlay, boomlay, boomlay, boom. Boomlay, boomlay, boomlay, boom, Boomlay, boomlay, boomlay, boom, Boomlay, boomlay, boomlay, BOOM.” Oh rare was the revel, and well worth while That made those glowering witch-men smile.

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With a touch of negro dialect, and as rapidly as possible toward the end.

Slow philosophic calm.


“Ande com cuidado, cuide como anda, Ou o Mumbo-Jumbo, Deus do Congo, E todos os outros Deuses do Congo, Mumbo-Jumbo faz vodum em você. Cuidado, cuidado, caminhe com cuidado, Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, tuum. Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, tuum, Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, tuum, Tuum-tá, tuum-tá, tuum-tá, TUUM.” Que farra fabulosa, que jogo vantajoso, Que pôs nos carrancudos feiticeiros um sorriso.

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Com um toque de dialeto negro e tão rápido quanto possível em direção ao fim.

Com serenidade filosófica.



III


THE HOPE OF THEIR RELIGION

Heavy bass. A good old negro in the slums of the town With a literal Preached at a sister for her velvet gown. imitation of Howled at a brother for his low-down ways, camp-meeting His prowling, guzzling, sneak-thief days. racket, and trance. Beat on the Bible till he wore it out Starting the jubilee revival shout. And some had visions, as they stood on chairs, And sang of Jacob, and the golden stairs, And they all repented, a thousand strong From their stupor and savagery and sin and wrong And slammed with their hymn books till they shook the room With “glory, glory, glory,” And “Boom, boom, BOOM.” THEN I SAW THE CONGO, CREEPING THROUGH THE BLACK, CUTTING THROUGH THE JUNGLE WITH A GOLDEN TRACK. 24

Exactly as in the first section. Begin with terror and power, end with joy.


A ESPERANÇA DA RELIGIÃO

Um bom negro velho faz a pregação no gueto Contra aquela irmã em vestes de veludo. Pela vida abjeta vocifera contra o irmão, Na vadiagem, bebedeira e com conduta de ladrão. Bate na Bíblia até a capa ficar gasta Proclamando a renovação ele exulta. Em pé nas cadeiras, visões alguns tinham, E Jacó na Escadaria para o Céu louvavam, E todos se arrependeram profundamente Da bruteza, dos pecados e da vida indiferente Batiam com os hinários e a sala tremia Com “Glória, glória glória,” E “Tuum, tuum, TUUM.” ENTÃO EU VI O CONGO SERPEAR DENTRO DO NEGRO, CORTANDO A SELVA NUMA TRILHA D’OURO. 25

Contrabaixo. Imitando o clamor e o transe de um culto ao ar livre.

Como na primeira seção. No início, potente e intimidante, ao final, com alegria.


And the gray sky opened like a new-rent veil And showed the apostles with their coats of mail. In bright white steel they were seated round And their fire-eyes watched where the Congo wound. And the twelve Apostles, from their thrones on high Thrilled all the forest with their heavenly cry:– Sung to the tune of “Hark, ten thousand “Mumbo-Jumbo will die in the jungle; harps and voices.” Never again will he hoo-doo you, Never again will he hoo-doo you.” Then along that river, a thousand miles The vine-snared trees fell down in files. Pioneer angels cleared the way For a Congo paradise, for babes at play, For sacred capitals, for temples clean. Gone were the skull-faced witch-men lean. There, where the wild ghost-gods had wailed A million boats of the angels sailed With oars of silver, and prows of blue And silken pennants that the sun shone through. ‘Twas a land transfigured, ‘twas a new creation. Oh, a singing wind swept the negro nation And on through the backwoods clearing flew:– 26

With growing deliberation and joy.

In a rather high key – as delicately as possible.


E o céu cinzento, como véus sendo rasgados, Mostrou os apóstolos com mantos entrançados. Sentados à roda de um tampo brilhante Seus olhos candentes vêem o Congo supurante. E os doze apóstolos, de tronos nas alturas Abalavam a floresta com rogos celestiais:– “Mumbo-jumbo vai morrer na selva; Nunca mais faz vodum em você, Nunca mais faz vodum em você.” Ao longo do rio, milhares de milhas Videiras trançadas caíram em filas. Anjos condutores continuam a avançar Prum Éden no Congo, pra crianças a brincar, Pra centros sagrados e templos imaculados. Os caveirosos feiticeiros estão acabados. Ali, onde os espíritos selvagens pranteavam Milhares de barcas com anjos deslizavam Com remos de prata e proas em azul E flâmulas de seda transpassadas pelo sol. Terra transfigurada, hora de renovação. Oh, um vento sibilante varre a negra nação E pelas clareiras nas matas ecoava:– 27

Cantado ao som de “Glória, glória, aleluia”.

Com crescente cuidado e enlevo.

Num tom mais alto – o mais delicado o possível.


“Mumbo-Jumbo is dead in the jungle. Never again will he hoo-doo you. Never again will he hoo-doo you.”

To the tune of “Hark, ten thousand harps and voices.”

Redeemed were the forests, the beasts and the men, And only the vulture dared again By the far, lone Mountains of the Moon To cry, in the silence, the Congo tune:– Dying dow into “Mumbo-Jumbo will hoo-doo you, a penetranting , Mumbo-Jumbo will hoo-doo you. terrified whisper. Mumbo . . . Jumbo . . . will . . . hoo-doo . . . you.”

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“Mumbo-jumbo está morto na selva. Nunca mais faz vodum em você. Nunca mais faz vodum em você.” Selva, feras, homens são redimidos, E só o abutre ousou ainda assim Nas remotas e ermas Montanhas da Lua Gritar no silêncio, a toada do Congo:– “Mumbo-Jumbo faz vodum em você, Mumbo-Jumbo faz vodum em você. Mumbo... Jumbo … faz… vodum …em você.”

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Ao som de “Glória, glória, aleluia”.

Extinguindo-se num sussurro pungente e assustador.


Nicholas Vachel Lindsay nasceu em Springfield, Illinois (EUA), a 10 de novembro 1879 e suicidou-se em 5 de dezembro de 1931 na mesma cidade. Formou junto com Carl Sandburg e Edgar Lee Master, entre outros, a chamada “Renascença de Chicago”, geração de poetas ligados a Poetry: a magazine of verse. De 1906 a 1912 fez várias viagens a pé pelos Estados Unidos recitando seus poemas em troca de hospedagem e alimentação, do que são exemplares suas Rhymes to be Traded for Bread (1912). É autor de, entre outros, General William Booth Enters into Heaven and Other Poems (1913), The Chinese Nightingale and Other Poems (1917), Daniel Jazz and Other Poems (1920), The Litany of Washington Street (1929). Escreveu ainda um importante ensaio sobre cinema, The Art of the Moving Picture (1915). Luci Collin nasceu em Curitiba (PR) em 1964. Poeta, ficcionista e tradutora. Doutora em Letras pela USP, é professora de Literaturas de Língua Inglesa e Tradução Literária na UFPR. É autora de, entre outros, Todo Implícito (poesia, 1998) e Acasos Pensados (contos, 2008). Traduziu Re-habitar: ensaios e poemas, de Gary Snyder (Azougue, 2005), Etnopoesia no Milênio, de Jerome Rothenberg (Azougue, 2006), Contos Irlandeses do Início do Século XX (Travessa dos Editores, 2007).


COLEÇÃO TRADUÇÃO Congo negro, Vachel Lindsay Tradução de Luci Collin

COLEÇÃO POESIA No assoalho duro, Ronald Augusto Solecidades, Ronaldo Machado 51 Mendicantos, Paulo de Toledo Passeios na floresta, Ademir Demarchi Camisa qual, Cândido Rolim Dente de leão, Cecília Borges


Porto Alegre, verão de 2009 nos 100 anos do Manifesto Futurista de Filippo Tommaso Marinetti

Este livro foi composto em Arno Pro, corpo 12, e impresso em papel Off-Set 120 g/m2 na Gráfica Calábria, Rua Aracaju, 650 Capa impressa em cartão triplex Art Premium 250 g/m2 na Serigráfica Pedott, Rua Garibaldi, 1243 tiragem: 300 exemplares




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