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bel assunção azevedo Christianne Botosso Cristiane Boneto

5 ano • Parte 1

Língua Portuguesa

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Língua Portuguesa Parte 1 BEL ASSUNÇÃO AZEVEDO Escritora e pesquisadora da cultura popular brasileira desde 2008. Publicou vários livros, dentre eles: Mãe D'Água (Ozé, 2011); O raminho de arruda (Saraiva, 2012); Caraminholas (Autêntica, 2013); Quem conta um conto aumenta um ponto. Histórias criadas a partir de ditados populares (Autêntica, 2014). CHRISTIANNE FONGARO BOTOSSO Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Licenciada em Letras pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Professora de Ensino Fundamental e de Ensino Médio em escolas públicas e particulares de São Paulo. CRISTIANE BONETO DE ALMEIDA Graduada em Pedagogia e especialista em Educação Infantil pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Professora de Educação Infantil e de Ensino Fundamental em escolas públicas e particulares de São Paulo. Assessora pedagógica e atuante na formação de professores.

1.ª edição | São Paulo | 2016

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Copyright © Christianne Fongaro Botosso, Cristiane Boneto de Almeida, Maria Isabel Assunção Azevedo, 2016

Lauri Cericato Rosa Maria Mangueira, Silvana Rossi Júlio Luciana Ribeiro Guimarães Juliana Ribeiro Oliveira, Maria Tavares de Lima – Dalva, Marcos Soel, Sandra D'Alevedo Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de arte Daniela Máximo Projeto gráfico Estúdio A+/Daniela Máximo Capa Juliana Carvalho Supervisor de arte Vinicius Fernandes dos Santos Edição de arte Estúdio Anexo Diagramação Estúdio Anexo Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Coordenadora de ilustrações e cartografia Márcia Berne Ilustrações e cartografia Alexandre Dubiela, Anna Anjos, Arthur França/Yancom, Camaleão, Elder Galvão, Enagio Coelho, Fabiana Salomão, Imaginario Studio, Jessica Olmedo, Leo Fanelli/Giz de Cera, Marcos de Mello, Mirella Spinelli, NiD Possibilidades Ilustradas, Roberto Zoellner, Sidney Meireles/Giz de Cera, Tel Coelho/Giz de Cera Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Supervisora de preparação e revisão Viviam Moreira Preparação Iracema Fantaguci, Maria de Fátima Cavallaro Revisão Adriana Périco Coordenador de iconografia e licenciamento de textos Expedito Arantes Supervisora de licenciamento de textos Elaine Bueno Iconografia Gabriela Araújo, Irene Araújo Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Diretor editorial Gerência editorial Editora Editores assistentes

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Botosso, Christianne Fongaro Faça língua portuguesa, 5º ano : língua portuguesa : ensino fundamental : anos iniciais / Christianne Fongaro Botosso, Cristiane Boneto de Almeida, Maria Isabel Assunção Azevedo. –– 1. ed. –– São Paulo : FTD, 2016. ISBN 978-85-96-00463-3 (aluno) ISBN 978-85-96-00464-0 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Almeida, Cristiane Boneto de Almeida. II. Azevedo, Maria Isabel Assunção. III. Título. 16-04876 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6 123456789 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: central.atendimento@ftd.com.br

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Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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APRESENTAÇÃO Olá, caro(a) aluno(a)! Queremos fazer um convite para você: que tal passear conosco pelo mundo das palavras? Você vai conhecer muito mais sobre o universo dos textos, que é povoado de imaginação e de palavras. Por isso, criamos um percurso para apresentar os mais diferentes gêneros: para você. HIS

TÓR

DRAS, ADIVIN , QUA HAS S A D PO EN L , R S , A R A T P E S , E S I I A R P V OR EMA RE T N T E S, RE AG TAS, CEITAS, R EN A HIS C , S O T CON S, TÓR . . . S A IAS E I C Í M QUADRINHOS, NOT IAS,

BRINCAD

...e muito mais!

Escrevemos este livro pensando em você e em seus colegas, e nosso maior desejo é acompanhá-los durante essa fase tão boa de encontros e descobertas. Seja bem-vindo(a)! As autoras

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Universal History Archive/ Bridgeman Images/Keystone

SUMÁRIO UNID A

Parte 1 DE

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COISAS DE CRIANÇA

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CRIANÇAS NA PRAIA .................... 28 Leitura "Tem sol pequeno", Ferreira Gullar ........................... 29 Produção Crônica..................................... 36 Conhecendo a nossa língua Acentuação gráfica ................... 37 Em ação ........................................ 40

NAS RUAS, COM SEGURANÇA

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LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA ......... 10 Leitura "O menino e o homem", Fernando Sabino....................... 11 Linguagem oral Relato de memória .................. 18 Produção Memória literária ...................... 19 Conhecendo a nossa língua Substantivos e adjetivos ............ 21 Locução adjetiva ....................... 23 Uso do dicionário Página de dicionário ................. 24 Pelos caminhos da arte Memória retratada pela arte ..... 26

PARA COMEÇO DE CONVERSA .....43 11

DE BIKE, EM SEGURANÇA .............44 Leitura "Turma se transforma em ciclista cidadão", Caroline Ropero ........ 46 Produção Reportagem.............................. 52 Conhecendo a nossa língua Variedades linguísticas .............. 54 Remexendo no baú A evolução da bicicleta ............. 58

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SEGURANÇA NO VOLANTE ............61 Leitura "Se você não percebeu a criança aqui, imagine no trânsito", Denatran (Departamento Nacional de Trânsito)................. 62 Produção Propaganda .............................. 66 Linguagem oral Propaganda de rádio ............... 68 Conhecendo a nossa língua SC, SÇ e XC.............................. 69 Em ação ........................................ 72

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© Mauricio de Sousa Editora Ltda

DE OUTROS MUNDOS

PARA COMEÇO DE CONVERSA ..... 75

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PARA COMEÇO DE CONVERSA ... 107

VER SEM USAR OS OLHOS ........... 76 Leitura "Dorinha em: eu reparei que você não reparou!", Mauricio de Sousa .................... 78 Conhecendo a nossa língua Interjeição................................. 86 Produção História em quadrinhos ............. 89

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ESTAMOS SÓS NO UNIVERSO? ... 108 Leitura "Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida?", Eder Cassola Molina ............... 109 Linguagem oral Exposição oral ........................ 114 Conhecendo a nossa língua Junto ou separado? ................ 116

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VENDO COM NOVOS OLHOS ........91 Leitura "Os óculos mágicos", Moacyr Scliar ............................ 93 Produção Conto ....................................... 99 Outros links Braille .................................... 100 Conhecendo a nossa língua X e CH: outros sons do X ....... 101 Em ação ...................................... 104

22

VIDA LÁ FORA ...............................121 Leitura "Planetas habitados", André Granja Carneiro............ 122 Conhecendo a nossa língua Pontuação em diálogos........... 128 Produção Conto de ficção científica ...... 131 Remexendo no baú Um filme de grande sucesso ... 132 Em ação ...................................... 134

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FÁBULAS E SUAS VERSÕES

PARA COMEÇO DE CONVERSA ............137 11

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JEITOS DE VER

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FÁBULAS PARA ENCENAR ................... 138 Leitura "Os dois viajantes e a onça", José Carlos Aragão .........................139 Outros links Fábula de Esopo .............................145 Produção Texto teatral....................................146 Linguagem oral Esquetes ........................................147 Conhecendo a nossa língua Grau dos substantivos.....................148

22

FÁBULAS PARA SE DIVERTIR ............... 152 Leitura "Cão! Cão! Cão!", Millôr Fernandes ............................154 Conhecendo a nossa língua Pronomes .......................................160 Uso do dicionário Explorando o verbete ......................167 Linguagem oral Roda de piadas ..............................171 Em ação .............................................173

LEIA MAIS ............................................................... 176

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Parte 2 DE

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HISTÓRIAS DE OUTROS TEMPOS

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NA ESCOLA

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HISTÓRIAS QUE ENCANTAM ........195 Leitura "O grande desafio", Rogério Andrade Barbosa ....... 197 Fazendo contatos Matrizes culturais africanas e indígenas no Brasil ................. 205 Linguagem oral Roda de histórias ................... 206 Produção Reescrita de conto ou narrativa mítica .................. 207 Conhecendo a nossa língua Palavras que terminam com -ecer, -isar e -izar .......... 208 Pelos caminhos da arte Máscaras africanas.................. 211 Em ação ...................................... 212

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HISTÓRIAS QUE EXPLICAM O MUNDO ................... 182 Leitura "A queda do céu", Betty Mindlin e narradores indígenas ............ 184 Conhecendo a nossa língua Verbos .................................... 191

PARA COMEÇO DE CONVERSA .... 215 11

SEM BRIGAS NA ESCOLA .............216 Leitura "Por que ‘tirar sarro’ do diferente?", Rosely Sayão ........................... 218 Produção Texto de opinião ..................... 223 Linguagem oral Debate ................................... 225 Conhecendo a nossa língua As palavras mal e mau, meio e meia, mas e mais .................. 227

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O AMOR NA ESCOLA .................... 231 Leitura "Os calções verdes do Bruno", Ondjaki................................... 232 Produção Carta ...................................... 241 Outros links A língua portuguesa pelo mundo ............................ 243 Conhecendo a nossa língua Pontuação: uso da vírgula ....... 245 Em ação ...................................... 248

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ACONTECEU... VIROU NOTÍCIA!

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PARA COMEÇO DE CONVERSA ... 283

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NO RITMO DAS PALAVRAS

PARA COMEÇO DE CONVERSA .... 251 1

SALTANDO NO RITMO DAS PALAVRAS ................ 252 Leitura "O gato", Vinicius de Moraes ................. 253 Linguagem oral Declamação de poemas .......... 257 Conhecendo a nossa língua Palavras que evitam repetições 258

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NO RITMO DO CORDEL............... 263 Leitura "A Bela e a Fera" (em cordel), Clara Rosa Cruz Gomes .......... 265 Produção Acróstico ................................ 270 Linguagem oral Desafio de rimas ..................... 272 Outros links A Bela e a Fera ....................... 273 Conhecendo a nossa língua As letras S e Z......................... 274 Pelos caminhos da arte "A Bela e a Fera" em obras de arte .......................... 278 Em ação ...................................... 280

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UMA NOTÍCIA BOA ... ................. 284 Leitura "Deixa que eu pago", Folha de S.Paulo................... 286 Conhecendo a nossa língua Tempos verbais ....................... 291 Produção Notícia .................................... 294 Linguagem oral Telejornal ................................ 296

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DEU NO JORNAL ......................... 297 Leitura "Primeira página do jornal" O Estado de S. Paulo............ 298 Produção Jornal ..................................... 303 Remexendo no baú Página de jornal antiga ........... 305 Conhecendo a nossa língua Escrita de algumas formas verbais ........................ 307 Uso do dicionário Como procurar verbos no dicionário .......................... 311 Em ação ...................................... 314

LEIA MAIS ............................................................... 316 REFERÊNCIAS ........................................................ 318

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COISAS DE CRIANÇA

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1. O que você gosta de fazer quando não está na escola? 2. Você prefere brincar sozinho ou com outras crianças? 3. Observe as imagens e conte se já brincou em lugares como esses.

4. Você acha que vai se lembrar das brincadeiras de que gosta quando for adulto?

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CAPÍTULO NextMars/Shutterstock.com

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Editora Record

LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA ANTES DE LER

1. Observe a capa do livro onde foi publicado o texto que você vai ler a seguir.

a) Circule o nome do autor. b) Sublinhe o título. c) O subtítulo é uma pergunta. Como você responderia a essa pergunta?

2. Leia um trecho de uma sinopse do livro, publicada em um site. Nesta obra, o menino Fernando, que vem a ser o próprio autor, vive todas as fantasias de sua infância, através de aventuras mirabolantes. [...] Livraria Cultura. O menino no espelho: sinopse. [2009?]. Disponível em: <http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha. asp?nitem=53513&ranking=1&p=O%20menino%20no%20espelho& typeclick=3&ac_pos=header&origem=ac>. Acesso em: 13 mar. 2016.

a) Quem é o menino Fernando citado no texto? Sublinhe o trecho da sinopse que fornece essa informação.

b) De acordo com a sinopse, o autor vai contar histórias

de sua própria infância ou da infância de outra pessoa?

Sinopse é uma apresentação de forma resumida de um livro, uma peça teatral ou um filme.

3. Leia o título do texto na próxima página. O que você acha que vai acontecer com o menino e o homem? 10

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LEITURA Leia o texto abaixo e descubra qual foi a aventura do menino Fernando.

O menino e o homem [...] Naquele dia, assim que a chuva passou, fui como sempre brincar no quintal. Descalço, pouco me incomodando com a lama em que meus pés se afundavam, gostava de abrir regos para que as poças d’água, como pequeninos lagos, escorressem pelo declive do terreiro, formando o que para mim era um caudaloso rio. E me distraía fazendo descer por ele barquinhos de papel, que eram grandes caravelas piratas. Desta vez, o que me distraiu a atenção foi uma fila de formigas a caminho do formigueiro, lá perto do bambuzal, e que o rio aberto por mim havia interrompido. As formiguinhas iam até a margem e, atarantadas, ficavam por ali procurando um jeito de atravessar. Encostavam a cabeça umas nas outras, trocando ideias, iam e vinham, sem saber o que fazer. Algumas acabavam tão desorientadas com o imprevisto obstáculo à sua frente que recuavam caminho, atropelando as que vinham atrás e estabelecendo na fila a maior confusão. [...] Resolvi colaborar, apelando para os meus conhecimentos de engenharia. Em poucos instantes construí uma ponte com um pedaço de bambu aberto ao meio, e procurei orientar para ela, com um pauzinho, a fila de formigas. Estava empenhado nisso, quando senti que havia alguém em pé atrás de mim. Uma voz de homem, que soou familiar aos meus ouvidos, perguntou: — Que é que você está fazendo? 11

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Sem me voltar, tão entretido estava com as formigas, expliquei o que se passava. Logo consegui restabelecer o tráfego delas, recompondo a fila através da ponte. O homem se agachou a meu lado, dizendo que várias formigas seguiam por um caminho, uma na frente de duas, uma atrás de duas, uma no meio de duas. E perguntou: — Quantas formigas eram? Pensei um pouco, fazendo cálculos. Naquele tempo eu achava que era bom em aritmética: uma na frente de duas faziam três; uma atrás de duas eram mais três; uma no meio de duas, mais três. — Nove! — exclamei, triunfante. Ele começou a rir e sacudiu a cabeça, dizendo que não: eram apenas três, pois formiga só anda em fila, uma atrás da outra. Então perguntei a ele o que é que cai em pé e corre deitado. — Cobra? — ele arriscou, enrugando a testa, intrigado. Foi a minha vez de achar graça: — Que cobra que nada! É a chuva — e comecei a rir também. — Você sabe o que é que caindo no chão não quebra e caindo n’água quebra? — Sei: papel. Gostei daquele homem: ele sabia uma porção de coisas que eu também sabia. Ficamos conversando um tempão, sentados na beirada da caixa de areia, como dois amigos, embora ele fosse cinquenta anos mais velho do que eu, segundo me disse. Não parecia. Eu também lhe contei uma porção de coisas. Falei na minha galinha Fernanda, nos milagres que um dia andei fazendo, e de como aprendi a voar como os pássaros, e a minha aventura de escoteiro perdido na selva, as espionagens e investigações da sociedade secreta Olho de Gato, o sósia que retirei do espelho, o Birica, valentão da

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minha escola, o dia em que me sagrei campeão de futebol, o meu primeiro amor, o capitão. Patifaria, a passarinhada que Mariana e eu soltamos. Pena que minha amiga não estivesse por ali, para que ele a conhecesse. Levei-o a ver o Godofredo em seu poleiro: — Fernando! — berrou o papagaio, imitando mamãe: — Vem pra dentro, menino! Olha o sereno! [...] O homem disse que tinha de ir embora — antes queria me ensinar uma coisa muito importante: — Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto da sua vida? — Quero — respondi. O segredo se resumia em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: — Pense nos outros. Na hora achei esse segredo meio sem graça. Só bem mais tarde vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir. Mas que sempre deu certo quando me lembrei de segui-lo, fazendo-me feliz como um menino. O homem se curvou para me beijar na testa, se despedindo: — Quem é você? — perguntei ainda. Ele se limitou a sorrir, depois disse adeus com um aceno e foi-se embora para sempre. Fernando Sabino. O menino e o homem. In: Fernando Sabino. O menino no espelho. 84. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 14-18.

Flav io C iro /A

Aritmética: forma como era chamada a matemática antigamente. Caudaloso: com águas abundantes. Declive: descida. Imprevisto: que não foi previsto; inesperado. Rego: valeta para escoar a água.

ações S.A. unic om lC bri

Fernando Sabino nasceu em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, no ano de 1923. Aos 13 anos, escreveu seu primeiro trabalho literário: uma história policial. Trabalhou como jornalista e também foi cineasta. Faleceu em 2004.

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DEPOIS DE LER

1. O que você pensou que aconteceria entre o menino e o homem se confirmou? 2. Qual você acredita ser o objetivo desse texto? Apresentar um fato recente de pessoas famosas. Relembrar um momento importante da infância do autor. Relatar como é a vida das formigas.

3. Releia a fala do papagaio Godofredo. — Fernando! — berrou o papagaio, imitando mamãe: — Vem pra dentro, menino! Olha o sereno!

a) Quem era o Fernando que o papagaio chamava?

b) Você acha que essa história aconteceu de verdade com o autor Fernando Sabino? Justifique sua opinião.

4. Quem é o narrador dessa história? O homem.

O menino Fernando.

Um narrador que não é personagem.

O papagaio Godofredo.

• Sublinhe no texto um trecho que comprove sua resposta. 14

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Na memória literária, os escritores compartilham suas lembranças de vida com os leitores combinando o que é real e o que é fantasia.

5. É possível saber se o menino Fernando conhecia o homem que apareceu de repente no quintal? Por quê?

6. Mesmo sem conhecer aquele homem, Fernando gostou dele e os dois conversaram bastante. Observe as ilustrações e assinale aquelas que representam aventuras que o menino Fernando contou para o homem.

7. Em sua opinião, Fernando viveu todas essas aventuras de verdade ou algumas poderiam ser fruto de sua imaginação? Explique. 15

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8. Releia este trecho da conversa entre Fernando e o homem. Então perguntei a ele o que é que cai em pé e corre deitado. — Cobra? — ele arriscou, enrugando a testa, intrigado. Foi a minha vez de achar graça: — Que cobra que nada! É a chuva — e comecei a rir também. — Você sabe o que é que caindo no chão não quebra e caindo n’água quebra? — Sei: papel.

a) Nesse diálogo, qual era a brincadeira que Fernando e o homem estavam fazendo?

b) Você conhece alguma adivinha? Caso conheça, conte para seus colegas. 9. Depois que chove, você também costuma brincar ou já viu alguém brincando com as poças de água?

• Você já brincou com barquinhos de papel na água? Conte para os colegas. 10. Por que o menino Fernando gostou de seu amigo mais velho?

11. Antes de ir embora, o homem deu um conselho ao menino. a) Que conselho foi esse? b) Por que Fernando, quando era criança, achou o conselho “meio sem graça”?

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c) Quando Fernando cresceu, ele mudou de opinião sobre o conselho dado pelo homem? Por quê?

d) Você considera esse um bom conselho? Justifique sua resposta.

12. Fernando conta que seu encontro com o homem terminou assim: — Quem é você? — perguntei ainda. Ele se limitou a sorrir, depois disse adeus com um aceno e foi-se embora para sempre.

a) Quem poderia ser esse homem?

b) Por que você acha que esse encontro foi importante para o menino?

13. Por que será que Fernando Sabino escreveu o livro O menino no ­espelho, contando memórias de sua infância? Converse sobre isso com seus colegas. 17

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LINGUAGEM ORAL

Relato de memória Todos nós temos memórias para contar. Você já viveu alguma situação marcante que gostaria de contar aos colegas? Quando alguém relata um fato importante de sua vida, faz um relato de memória. Ele pode ser oral ou escrito e conta um fato verdadeiro vivido no passado.

» Passo a passo

1. 2.

Lembre-se de uma situação que marcou sua vida.

3.

Treine como você relatará o episódio. • Conte sua história em voz alta utilizando expressões faciais e gestos. • Procure articular bem as palavras e usar um tom de voz que todos escutem.

Você poderá ensaiar em sua casa, em frente ao espelho.

Na hora de apresentar seu relato de memória: • cumprimente a turma e relate da forma como ensaiou; • ao final, agradeça aos colegas e escute os outros relatos com atenção e respeito.

» Avaliação 1. Você se lembrou dos detalhes do fato marcante durante a apre-

Natashadub/Shutterstock.com

4.

Recorde os detalhes. • Onde você estava? Com quem? • O que aconteceu? Como tudo terminou?

Se quiser, faça uma lista das recordações de que for se lembrando.

sentação?

2. Você utilizou gestos e expressões faciais para enriquecer seu relato? 3. Você se expressou com clareza e usou um tom de voz adequado? 4. Você acha que seus colegas gostaram do seu relato de memória? Por quê? 18

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PRODUÇÃO

Memória literária Depois de ler um trecho das memórias de Fernando Sabino e de relatar para os colegas um fato que aconteceu com você, que tal escrever uma memória literária baseada nesse relato? Ao final, outras pessoas poderão conhecer essa história e ela fará parte do livro de memórias literárias da classe. Para isso, siga os passos abaixo.

Quando for escrever sua memória literária, você vai relatar o episódio para o leitor, podendo usar uma linguagem mais expressiva, além de não precisar relatar exatamente o que ocorreu, ou seja, pode imaginar um pouco também! Memória literária: “Descalço, pouco me incomodando com a lama em que meus pés se afundavam, gostava de abrir regos para que as poças d’água, como pequeninos lagos, escorressem pelo declive do terreiro, formando o que para mim era um caudaloso rio.” (Fernando Sabino)

» Passo a passo

1.

Kimazo/Sutterstock.com

Veja os exemplos a seguir.

Avalie o relato de memória que você apresentou oralmente aos colegas:

a) O seu relato apresentou situação inicial, desenvolvimento e desfecho?

b) Todos os detalhes recordados foram importantes para que os colegas entendessem seu texto?

Você pode recriar o momento com liberdade e usar linguagem expressiva.

c) É preciso melhorar o seu texto (ordenar ou acrescentar fatos)? 19

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Planeje o seu texto de memória literária, dividindo-o em três partes:

a) situação inicial (abertura do texto); b) desenvolvimento (início do conflito, ação); c) desfecho (resolução do conflito).

3.

Escreva uma primeira versão de seu texto, organizando-o de acordo com esses três momentos.

4.

Quando terminar essa primeira versão, releia o texto para verificar se há partes que podem ser melhoradas.

5.

Escreva a versão final de sua memória literária.

6.

Em roda, leia para a turma seu texto e ouça com atenção e respeito a memória literária dos colegas.

7.

Participe da conversa que o professor organizará, após a leitura de todos os textos, sobre as diferenças entre um relato oral de memória e uma memória literária.

» Avaliação 1. Você relembrou detalhes de seu relato de memória? 2. Você organizou seu texto em partes: início, desenvolvimen3. 4. 5. 6.

Lembre-se: você vai precisar usar recursos diferentes daqueles usados na linguagem oral, tais como os sinais de pontuação.

Natashadub/Shutterstock.com

2.

to e desfecho? Você escreveu uma primeira versão, lembrando-se de usar os sinais de pontuação? Você usou travessão e empregou verbos que introduzem os atos de fala? Você releu, corrigiu erros e inadequações, para depois escrever a versão final de sua memória literária? Você participou da conversa sobre as duas formas de contar uma memória, a oral e a literária?

7. Você sentiu dificuldade em algum momento? Qual? 20

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CONHECENDO A NOSSA LÍNGUA Substantivos e adjetivos 1. Complete com substantivos o trecho em que Fernando Sabino relata uma de suas aventuras. Você vai escrever: Nomes de animais

Nomes de plantas ou frutas

Nomes de objetos ou lugares

Nomes próprios de cidades

1

6

4

1

Ao chegar da

Os substantivos dão nomes aos seres, lugares e sentimentos, lembra?

Fique atento aos elementos que aparecem na ilustração do texto.

, dei com a novidade: uma no

.

O quintal de nossa

era

grande, mas não tinha

,

como quase toda casa de naquele tempo. Tinha era uma porção de pé de

: [...] um , um de branca, outro

de um pé de

vermelha, e até um pé

de

. Fernando Sabino. Galinha ao molho pardo. In: Fernando Sabino. O menino no espelho. 84. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 19.

a) Você achou fácil ou difícil completar o texto? Por quê? b) Fique atento à leitura que o professor vai fazer do texto completo e compare-o com o que você escreveu. 21

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Os adjetivos dão características aos substantivos.

2. Saiba mais sobre a ave que estava no quintal do menino Fernando. Leia o texto a seguir, completando-o com um dos adjetivos entre parênteses. Era uma galinha (branco – branca) e (gorda – gordas), que não me deu muito trabalho para pegar. Foi só correr atrás dela um pouco, ficou logo (cansados – cansada).

Fernando Sabino. Galinha ao molho pardo. In: Fernando Sabino. O menino no espelho. 84. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 22.

• O que você observou para completar o texto? As frases do texto. O singular e o plural.

Singular e plural número Masculino e feminino gênero

O masculino e o feminino.

3. Escolha um adjetivo para caracterizar os substantivos abaixo. menino

meninos

menina

meninas

Você deve usar o mesmo adjetivo para completar todo o quadro!

• O que mudou em cada caso? O sentido do que se queria dizer.

O número.

O gênero.

Os substantivos e os adjetivos podem variar quanto ao gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número. 22

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Locução adjetiva 1. Releia o título deste capítulo. Lembranças da infância

a) Qual adjetivo poderia substituir a expressão “da infância”? b) Você acha que a expressão “da infância” funciona como um adjetivo?

benchart/ Shutterstock.com

Os adjetivos podem ser de várias formas. grande gostoso casa café de madeira com leite As expressões “de madeira” e “com leite” são locuções adjetivas.

kolopach/Shutterstock.com

Por quê?

2. Olhe em volta e escolha um objeto que esteja perto de você. Descreva-o utilizando adjetivos ou locuções adjetivas, mas não escreva o nome do objeto!

3. Substitua os símbolos ★ criando locuções adjetivas para cada substantivo. aventuras de ★

brincadeira de ★

barcos de ★

passeio de ★

casa de ★

papel de ★

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LINGUAGEM USO DO DICIONÁRIO ORAL Página de dicionário 1. Observe esta página de dicionário e responda às questões a seguir. Editora Saraiva

Palavras-guia

Verbete

Saraiva Júnior: dicionário da língua portuguesa ilustrado. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 58.

a) Sublinhe as palavras circular e classificar. Por que elas aparecem duas vezes nessa página do dicionário?

b) As palavras colocadas no início da página do dicionário chamam-se palavras-guia. Faça um X nas palavras-guia dessa página. 24

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c) Para que servem essas palavras? d) O verbete clicar estará antes ou depois dessa página do dicionário?

Os verbetes são os termos explicados em dicionários ou em enciclopédias.

2. Observe a imagem da página anterior. a) Circule o verbete que corresponde a essa imagem. b) Qual dos sentidos do verbete a imagem representa? Sublinhe-o.

a) Por que há imagens na capa?

Editora Saraiva

3. Observe ao lado uma capa de dicionário.

b) A qual público esse dicionário se destina?

• O que observou para chegar a essa conclusão? 4. Leia a frase abaixo e procure a palavra destacada na página do dicionário. As nuvens claras formavam desenhos no céu.

a) Como essa palavra aparece no dicionário? b) Por que isso acontece? No dicionário, os substantivos e os adjetivos geralmente são escritos no masculino singular. 25

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PELOS CAMINHOS DA ARTE

Memória retratada pela arte Alguns artistas costumam retratar a própria infância em suas obras. É o caso do grande pintor brasileiro Candido Portinari. Observe estas duas obras e leia a ficha técnica de cada uma delas.

Imagens: Candido Portinari. 1933. Coleção particular. Autorizado por Jõao Candido Portinari

A ficha técnica de uma obra de arte contém informações gerais sobre ela: o título, quando foi realizada, qual foi a técnica utilizada, breve descrição, tamanho, entre outras.

FICHA TÉCNICA Título: Jogo de futebol em Brodowski.

FICHA TÉCNICA Título: Jogo de futebol em Brodowski.

Data: 1933. Técnica: pintura a óleo sobre tela.

Data: 1933.

Tamanho: 49,5 cm

Técnica: desenho a grafite sobre papel.

Descrição: Composição nos tons terra, verdes, cinza, branco, ocre, vermelho, azuis e amarelos. [...] Composição representando oito crianças jogando futebol perto de cemitério, com poste, burrinho, vegetação e céu claro com manchas acinzentadas. [...]

Tamanho: 28 cm

35 cm.

Descrição: Composição em preto e branco. Linhas de contorno. Cena de crianças jogando futebol, em descampado, perto de um cemitério. [...] Projeto Portinari. Jogo de futebol em Brodowski. [2010?]. Disponível em: <http://www.portinari. org.br/#/acervo/obra/537/detalhes>. Acesso em: 17 mar. 2016.

124 cm.

Projeto Portinari. Jogo de futebol em Brodowski. [2010?]. Disponível em: <http://www.portinari.org.br/#/acervo/obra/2972>. Acesso em: 17 mar. 2016.

Reproduções das obras de arte Jogo de futebol em Brodowski. Na primeira imagem, Portinari apresenta um esboço do desenho. Na segunda, a obra está finalizada e a técnica é pintura a óleo sobre tela, 1933.

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1. Em relação às duas obras, responda. a) Na sua opinião, qual foi feita primeiro? Por quê? b) O que há de semelhante e de diferente entre as duas obras?

c) Como era o lugar em que os meninos jogavam futebol? 2. Leia um trecho da biografia de Candido Portinari.

sd. C Autorizado po icular. r Jõ ao part Ca ção nd ole

Candido Portinari nasce em 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café perto do pequeno povoado de Brodowski, no estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, tem uma infância pobre. Recebe apenas a instrução primária. Desde criança manifesta sua vocação artística. Começa a pintar aos 9 anos. E — do cafezal às Nações Unidas — ele se torna um dos maiores pintores do seu tempo. [...]

ri tina Por ido

O tema essencial da obra de Candido Portinari é o Homem. Seu aspecto mais conhecido do grande público é a força de sua temática social. Embora menos conhecido, há também o Portinari lírico. Essa outra vertente é povoada por elementos das reminiscências de infância na sua terra natal: os meninos de Brodowski com suas brincadeiras, suas danças, seus cantos; o circo; os namorados; os camponeses... o ser humano em situações de ternura, solidariedade, paz. [...] Candido Portinari morre no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas [...]. Projeto Portinari. Cândido Portinari: apresentação. [2010?]. Disponível em: <http://www.portinari.org.br/#/pagina/candido-portinari/apresentacao>. Acesso em: 17 mar. 2016.

a) Quantos anos Portinari tinha quando pintou Jogo de futebol em Brodowski?

• O que você observou para descobrir? b) Você acha que Portinari era um dos meninos que aparecem jogando futebol na tela? Por quê?

c) Se você fosse desenhar ou pintar um fato marcante de sua vida, o que seria? Em uma folha, faça um esboço e, depois, a pintura definitiva.

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