Ativa Projetos Integradores - 5º Ano

Page 1

Aparecida mazão

5

MANUAL DO PROFESSOR

projetos integradores

1070-PROJETOS-INTEGRADORES-CAPA-MP_D2.indd 9

4/26/18 6:05 PM



5 Manual do professor

projetos integradores

Aparecida Mazão Licenciada em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora da rede particular de ensino de São Paulo.

D3-INT-F1-1073-V5-MPG-M18-I-VII.indd 1

26/04/18 20:56


Ativa – Projetos integradores – 5o ano Copyright © Aparecida Mazão, 2018 Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerente editorial Editoras Editores assistentes Assessoria Assistente editorial Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico Projeto de capa Ilustração de capa Supervisora de arte Edição de arte Diagramação Tratamento de imagens Coordenadora de ilustrações e cartografia Ilustrações Cartografia Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Revisão Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Iconografia Licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica

Lauri Cericato Silvana Rossi Júlio Natalia Taccetti Luciana Pereira Azevedo Remião, Deborah D’Almeida Leanza João Paulo Bortoluci, Leonardo de Sousa Klein, Luiza Sato Alexandre Albuquerque da Silva, Penelope Brito Carolina Bianchini Rodrigues Corrêa Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Bruno Attili, Juliana Carvalho Juliana Carvalho Beatriz Mayumi Patricia De Michelis Carolina Ferreira, Sergio Cândido Lima Estúdio Gráfico Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Marcia Berne Chris Borges, Clau Souza, Dayane Raven, Edu Ranzoni, Tel Coelho/Giz de Cera Allmaps Lilian Semenichin Viviam Moreira Carina de Luca, Felipe Bio, Fernando Cardoso Elaine Bueno Rosa Andre Bárbara Clara, Carla Marques, Erica Brambila, Luiz Botter Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Mazão, Aparecida Ativa : projetos integradores : volume 5 / Aparecida Mazão. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. Bibliografia. ISBN 978-85-96-01612-4 (aluno) ISBN 978-85-96-01613-1 (professor) 1. Interdisciplinaridade na educação 2. Livros – texto (Ensino fundamental) I. Título. 18-15284

CDD-372.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental 372.19

Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Produção gráfica

Avenida Antônio Bardella, 300 - 07220-020 GUARULHOS (SP) Fone: (11) 3545-8600 e Fax: (11) 2412-5375

D3-INT-F1-1073-V5-MPG-M18-I-VII.indd 2

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

www.twosides.org.br

26/04/18 20:56


APRESENTAÇÃO O debate relacionado à integração das áreas de conhecimento que compõem o currículo nacional é antigo e vocês, professores e professoras, certamente já desenvolveram práticas integradoras no cotidiano escolar em diferentes situações. Imagine como apresentar, por exemplo, os diferentes usos dos recursos hídricos sem relacionar conhecimentos tratados em Ciências, Geografia e História. Como descrever, mensurar ou representar graficamente ou de forma artística a utilização da água na prática diária dos alunos sem habilidades e competências desenvolvidas em Língua Portuguesa, Matemática e Arte? O ato de dividir o conhecimento em partes ou fatias não traduz o momento que vivemos na educação e no mundo. Os conhecimentos, as pessoas e as suas ações estão associadas e conectadas ao espaço da escola, da cidade, do país e do mundo em que vivemos. Assim, caro educador, a nossa coleção foi planejada e elaborada levando-se em consideração o universo da pesquisa e da construção do conhecimento de forma integradora, significativa e dinâmica. Dessa forma, alunos, educadores e toda a comunidade se envolvem de forma comprometida com o tempo e o espaço de vivência. Considerando que o livro é apenas um dos instrumentos disponíveis para a produção do conhecimento, neste manual sugerimos diferentes recursos e possibilidades para o desenvolvimento do seu valioso trabalho. Bom trabalho! A autora.

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-I-VII.indd 3

3/26/18 11:37


SUM ÁRIO CONHECENDO O MANUAL DO PROFESSOR ...................................... VI PROJETOS INTEGRADORES ..............................................................VIII METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM BASEADAS EM PROJETOS ................................................................................. XI O QUE SÃO METODOLOGIAS ATIVAS? ............................................XIII APRENDIZAGENS POR RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ......................................... XV Teorias cognitivistas ......................................................................................... XVI Papel central do docente ............................................................................... XVII O que é um problema? .................................................................................. XVII

CLAU SOUZA

PROJETOS INTEGRADORES, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ............................................................................XIX

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-I-VII.indd 4

3/26/18 11:37


ESTRUTURA DA OBRA .......................................................................XX O LIVRO DO ALUNO .............................................................................................. XX A SELEÇÃO DOS TEMAS ..................................................................................... XXII Volume 1 ........................................................................................................ XXIII Volume 2 .......................................................................................................XXVII Volume 3 ........................................................................................................XXXI Volume 4 ...................................................................................................... XXXV Volume 5 ..................................................................................................... XXXIX

AVALIAÇÃO .................................................................................... XLIII PROPOSTA DE QUADROS DE AVALIAÇÃO PARA O PROFESSOR .......................XLV Volume 1 .........................................................................................................XLVI Volume 2 .............................................................................................................. L Volume 3 ...........................................................................................................LIV Volume 4 ......................................................................................................... LVIII Volume 5 ..........................................................................................................LXII PROPOSTA DE QUADROS DE AVALIAÇÃO PARA OS ALUNOS ........................ LXVI Volume 1 ...................................................................................................... LXVIII Volume 2 ......................................................................................................... LXX Volume 3 ....................................................................................................... LXXII Volume 4 ...................................................................................................... LXXIV Volume 5 ...................................................................................................... LXXVI

REFERÊNCIAS ............................................................................ LXXVIII ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 1O ANO ...............................LXXX

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-I-VII.indd 5

3/26/18 11:37


CONHECENDO O MANUAL DO PROFESSOR Com o intuito de facilitar o trabalho do professor, mas sem engessá-lo, a parte específica de cada volume deste manual permite ampliar questões, conceitos e abordagens dos itinerários página a página. Seu formato permite que as dicas e sugestões apresentadas sejam facilmente relacionadas ao conteúdo do livro do aluno, favorecendo ao professor consultá-lo ao mesmo tempo que visualiza o conteúdo da página na qual os alunos estão trabalhando. No item A seleção dos temas, disponível a partir da página XXII deste Manual do professor, são apresentadas, para cada itinerário, uma justificativa e a problematização que ela traz. Além disso, foram listadas as competências gerais e habilidades desenvolvidas e quais são os principais objetos de conhecimento em cada área trabalhada, segundo a Base Nacional Comum Curricular. Os quadros também apresentam o desenvolvimento/cronograma sugerido, os objetivos que se espera alcançar em cada etapa dos itinerários, o produto final e uma sugestão de avaliação. Em todos os volumes da obra, apresentamos quatro diferentes itinerários – um para cada bimestre do ano letivo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Na parte específica deste Manual do professor, nas páginas de abertura dos itinerários, disponibilizamos o número aproximado de aulas que deverá ser utilizado para o desenvolvimento de cada um deles.

DESENVOLVIMENTO • Organizar os alunos em duplas para que possam fazer o contorno da silhueta do corpo em um papel Kraft grande, sobre o qual um colega se deita e seu par, usando lápis grafite ou caneta hidrográfica, o contorna. Depois das silhuetas prontas, sugerir aos alunos que se observem no espelho e pensem como representar as partes de seu corpo e rosto, caracterizando as diferenças físicas de cada um. • Caso os alunos tenham dificuldade em iniciar essa representação, fazer perguntas orientadoras, como:

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OLHOS VERDES:

PARA LER (ALUNOS)

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OS CABELOS PRETOS:

• QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS QUE EXISTEM • QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS QUE EXISTEM SEU CORPO E O SEUS DOS COLEGAS? SEUS COLEGAS? ENTREENTRE O SEUOCORPO E O DOS

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OS CABELOS CASTANHOS:

CORPO, DACABEÇA SUA CABEÇA ATÉ PÉS. SEUSAPÓS PÉS. APÓS CORPO, DA SUA ATÉ SEUS A OBSERVAÇÃO, SIGA AS ORIENTAÇÕES DE SEU A OBSERVAÇÃO, SIGA AS ORIENTAÇÕES DE SEU

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OS CABELOS LOIROS: BLOCBERRY/SHUTTERSTOCK.COM

COM A AJUDA DEESPELHO, UM ESPELHO, OBSERVE 1 A AJUDA DE UM OBSERVE SEU SEU 1 COM

BLOCBERRY/SHUTTERSTOCK.COM

RESPONDER A PERGUNTA, ESSA PERGUNTA, VAMOS CONHECER AS PARTES PARA PARA RESPONDER A ESSA VAMOS CONHECER AS PARTES QUE COMPÕEM O NOSSO CORPO. QUE COMPÕEM O NOSSO CORPO.

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OS CABELOS RUIVOS:

CABELOS

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM CABELOS LONGOS: NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM CABELOS MÉDIOS:

A) DEITE-SE GRANDE FOLHA DE PAPEL A) DEITE-SE SOBRESOBRE UMA UMA GRANDE FOLHA DE PAPEL NO CHÃO. CUIDADO QUE TODAS NO CHÃO. TOMETOME CUIDADO PARA PARA QUE TODAS AS AS

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM CABELOS CURTOS:

PARTES DOCORPO SEU CORPO ESTEJAM A FOLHA. PARTES DO SEU ESTEJAM SOBRESOBRE A FOLHA.

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OLHOS PRETOS:

UM COLEGA DE SALA IRÁ AJUDÁ-LO, CONTORNANDO B) UMB)COLEGA DE SALA IRÁ AJUDÁ-LO, CONTORNANDO O FORMATO DOCORPO SEU CORPO NO PAPEL, ENQUANTO O FORMATO DO SEU NO PAPEL, ENQUANTO

OLHOS

ESTIVER DEITADO. VOCÊ VOCÊ ESTIVER DEITADO.

EM SEGUIDA, A AJUDA DEPROFESSOR SEU PROFESSOR E C) EMC)SEGUIDA, COM COM A AJUDA DE SEU E COLEGAS DE SALA, ESCREVA NA FOLHA DE PAPEL COLEGAS DE SALA, ESCREVA NA FOLHA DE PAPEL

ESTATURA

D) DESENHE SEU ROSTO, E PINTE CABELOS, ROUPAS D) DESENHE SEU ROSTO, E PINTE CABELOS, ROUPAS E SAPATOS. E SAPATOS.

S DE MELO

E) EXPONHAM TODOS OS DESENHOS NA SALA E) EXPONHAM TODOS OS DESENHOS NA SALA DE AULA. DE AULA.

8

D2-INT-F1-1073-V1-U01-LA-M18-006-019.indd 8 D2-INT-F1-1073-V1-U01-LA-M18-006-019.indd 8

Como podemos representar os olhos? Que cores você utilizaria? O que temos acima dos olhos? Quais desses materiais nos ajudariam a representar os cabelos? A boca pode ser representada como? Existem outras partes na boca que você acha que precisa representar? Com que roupa você gostaria de se representar? Por quê? Para isso, que materiais poderia usar? Quais partes falta representar?

• Caso os alunos tenham dúvidas ao tentar responder aos questionamentos, convide-os a se olharem novamente no espelho e perceber o que pode estar faltando. Caso os alunos citem órgãos internos do corpo, é importante acolher esses comentários, localizar os órgãos com os alunos,

PARR, Todd. Tudo bem ser diferente. São Paulo: Panda Books, 2002. O livro de Todd Parr traz, de forma leve e divertida, diversos tipos de pessoas para mostrar que somos todos diferentes e, por isso, especiais em nossas singularidades. O link a seguir apresenta sugestões de atividades que podem ser feitas com os alunos baseando-se no livro. Disponível em: <http://ftd.li/h57opw>. Acesso em: 29 mar. 2018.

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OLHOS AZUIS:

AS PARTES DO CORPO QUE VOCÊ OBSERVAR. AS PARTES DO CORPO QUE VOCÊ PODEPODE OBSERVAR.

8

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OS CABELOS DE OUTRAS CORES:

PROFESSOR DESCOBRIR AS PARTES PROFESSOR PARA PARA DESCOBRIR AS PARTES QUE QUE FORMAM SEU CORPO. FORMAM SEU CORPO.

ATIVIDADE INICIAL • Uma sugestão para iniciar a etapa do

projeto de explorar as partes do corpo e as características físicas é propor uma canção por meio da qual os alunos possam identificá-las e nomeá-las, como a canção “Cabeça, ombro, joelho e pé”. Caso tenha interesse, assista ao vídeo do Little Baby Bum, disponível em: <http://ftd. li/zojadh>. Acesso em: 19 mar. 2018. • Propor aos alunos que cantem a canção e imitem seus gestos, colocando as mãos sobre a parte do corpo que é cantada. Depois que aprenderem a letra e os gestos, propor desafios como excluir uma das partes do corpo que são citadas ou cantar mais rápido sem errar os movimentos. Expressar uma música, coordenando movimentos do corpo com ritmo, é uma habilidade importante para ser desenvolvida em crianças dessa faixa etária e auxilia na identificação das partes do corpo.

NÚMERO DE ALUNOS QUE TÊM OLHOS CASTANHOS:

DE SEU PROFESSOR E COLEGAS, COMPLETEM O QUADRO SOBRE OS ALUNOS DA SALA.

EU VEJO TE VEJO EU TE

O ALUNO OU A ALUNA MAIS ALTO(A) DA SALA É

.

O ALUNO OU A ALUNA MAIS BAIXO(A) DA SALA É

.

3 CITEM OUTRAS CARACTERÍSTICAS QUE VOCÊS PODERIAM DESTACAR NOS DESENHOS PRODUZIDOS.

4 NA OPINIÃO DE VOCÊS, O QUE OS DESENHOS:

S DE MELO

to um espelho grande, em que os alunos possam se ver de corpo inteiro, rolo ou folhas grandes de papel Kraft para que todos possam desenhar as silhuetas de seus corpos, canetas hidrográficas, cola, tesoura com pontas arredondadas, materiais para compor as partes do corpo, como fios de lã para cabelos, folhas coloridas ou retalhos de tecidos para roupas, revistas ou imagens da internet para compor partes do rosto ou outros recursos que estiverem disponíveis para o trabalho. • Providenciar materiais diversos para esta etapa e deixar à disposição dos alunos para escolher o recurso que considerarem mais adequado para representarem a si próprios. Disponibilizar também cola, tesoura com pontas arredondadas, materiais de colorir e pintar com cores variadas.

• Solicitar aos alunos que sorteiem um nome de um colega e, utilizando a silhueta que ele construiu, apresente-o para os colegas do grupo fazendo descrições de aspectos representados e que podem ser semelhantes ou diferentes em relação ao aluno que está sendo apresentado. Incentivá-los a complementarem a apresentação, destacando o nome do colega, suas características físicas, como cor dos olhos, cabelos, e características do seu jeito de ser. Se possível, destacar para a classe como o aluno se representou no momento em que fez o desenho: se está rindo, se está sério ou outras percepções. Cuidar sempre para que as descrições sejam respeitosas, e os alunos apresentados não se sintam mal com as características levantadas. • Os trabalhos com as silhuetas devem ser guardados para montar o Museu da Pessoa, que será feito ao final do projeto.

2 APÓS A PRODUÇÃO, OBSERVEM OS DESENHOS E, COM A AJUDA

ETAPA EU VEJO, ME VEJO, ETAPA EU ME

Respostas pessoais. Espera-se que os alunos destaquem que

A) TÊM DE SEMELHANTE? as representações dos corpos dos alunos têm características

ILUSTRAÇÕES : MARCO

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ILUSTRAÇÕES : MARCO

PROGRAME-SE • Providenciar para esta etapa do proje-

B) TÊM DE DIFERENTE?

que são semelhantes. Como todos são seres humanos, têm cabeça, tronco e membros, e são diferentes em estatura, nos tipos de cabelos e na cor dos olhos, por exemplo.

9

3/20/18 15:05 3/20/18 15:05

comentar suas funções e perguntar se ficam aparentes.

• Com todas as silhuetas completas e se-

cas, expô-las em uma área da classe ou da escola onde seja possível dispor todas para serem observadas. Solicitar aos alunos que preencham uma tabela síntese com uma lista de todas as partes do corpo que o grupo conseguiu identificar, permitindo a eles identificar as partes com maior número de reconhecimento pela classe.

D2-INT-F1-1073-V1-U01-LA-M18-006-019.indd 9

Podemos agrupar os desenhos de alguma forma? E em relação aos tamanhos, poderíamos identificar as silhuetas grandes, médias e pequenas? Que outros aspectos poderíamos utilizar como critério de agrupamento (cor do cabelo, da pele, dos olhos etc.)?

• Espera-se que os alunos percebam que as representações têm características semelhantes, como todas mostrarem crianças ou seres humanos. E são diferentes no tamanho, nos tipos de cabelo, algumas silhuetas são mais finas, outras, mais largas, as roupas são parecidas entre outras características. Caso haja alunos com deficiência, parte do corpo am-

• Sugerir algumas comparações e análi-

ses sobre as silhuetas, como:

O que foi representado em todos os desenhos? O que eles têm de semelhante? O que têm de diferente?

3/20/18 15:05

putada ou outra característica que seja diferente da maioria dos alunos, problematizar essa questão, sem que os alunos se sintam constrangidos, naturalizando as diferenças. Note que as características na tabela da atividade 2 foram sugeridas com base nos critérios discutidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Leia mais a respeito em: PETRUCCELLI, José Luis; SABOIA, Ana Lucia (Org.). Características étnico-raciais da população: classificações e identidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. (Estudos e análises: informação demográfica e socioeconômica, 2). Disponível em: <http:// ftd.li/uioj75>. Acesso em: 19 mar. 2018.

9

8

D3-INT-F1-1073-V1-U01-MP-M18-001-019.indd 8

3/26/18 10:38

D3-INT-F1-1073-V1-U01-MP-M18-001-019.indd 9

3/26/18 10:38

A seção Programe-se permite ao professor ter informações sobre os materiais necessários para desenvolver aquela etapa com antecedência. Assim, independentemente da ordem de feitura das etapas que se escolha, é possível preparar o material adequado antecipadamente, consultando-se esta seção. Em boa parte das etapas é apresentada uma sugestão de Atividade inicial, pensada como um convite aos alunos para que mergulhem no assunto, resgatem o que já sabem e satisfaçam as curiosidades que eles têm, além de trocar informações e sensações proporcionadas pelos temas.

VI

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-I-VII.indd 6

3/26/18 11:37


ETAPA ETAPAFAMÍLIAS: FAMÍLIAS:

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PROGRAME-SE

CONHECEMOS CONHECEMOS DIFERENTES DIFERENTES FAMÍLIAS, FAMÍLIAS, COMO COMO ELAS ELAS PODEM PODEM SE SE RELACIONAR RELACIONAR E OE QUE O QUE ALGUMAS ALGUMAS FAZEM FAZEM JUNTAS. JUNTAS.

• Providenciar um bilhete orientando os familiares a fornecer informações sobre as origens dos alunos e das origens de seus nomes e sobrenomes. Se achar necessário, solicitar cópias de documentos de identidade ou da certidão de nascimento.

mes de cidades em Portugal. Em nossa cultura, temos vários sobrenomes de origem indígena relativos a elementos geográficos e da natureza, como Araripe, que vem do tupi-guarani ara (dia, tempo, mundo e até claridade), ari (o começo ou o nascimento) e pe (em, lugar, onde) e significa “lugar onde começa o dia”, e Capiberibe, da mesma origem, que significa “rio das capivaras”. Os sobrenomes também podem indicar a principal profissão dos ancestrais, como Ferreira, na língua portuguesa, e os exemplos a seguir, em língua alemã: Becker (padeiro), Schneider (alfaiate), Schumacher (sapateiro). [...]

NEM DEIXEI ELE TERMINAR: — MAS OS AVÓS DA VÓ HELENA TAMBÉM ERAM MEUS ANTEPASSADOS, NÃO ERAM? — EU PERGUNTEI. — ELES NASCERAM NA ITÁLIA, ELA ME CONTOU. ENTÃO, O MEU NOME PODIA SER ITALIANO EM VEZ DE AFRICANO. IA SER MAIS LEGAL. O VÔ ZINHO DEU UMA RISADA DAQUELAS BEM ALTAS. DEPOIS, FEZ UM CARINHO NA MINHA CABEÇA E ME DISSE: — ESCUTE AQUI, VÍTOR IORI: MUITAS PESSOAS TÊM NOME ITALIANO, INGLÊS, FRANCÊS... MAS NOME AFRICANO SÓ OS ESPECIAIS, COMO VOCÊ. [...]

QUAL QUALÉ ÉA AORIGEM ORIGEMDADASUA? SUA?

AGORA, AGORA, VAMOS VAMOS CONHECER CONHECER A HISTÓRIA A HISTÓRIA DEDE PESSOAS PESSOAS QUE QUE VIERAM VIERAM DEDE LONGE LONGE PARA PARA FORMAR FORMAR SUAS SUAS FAMÍLIAS FAMÍLIAS EMEM OUTROS OUTROS LUGARES, LUGARES, DIFERENTES DIFERENTES DAQUELES DAQUELES EMEM QUE QUE NASCERAM. NASCERAM. ESCUTE ESCUTE COM COM ATENÇÃO ATENÇÃO A HISTÓRIA A HISTÓRIA A A SEGUIR. SEGUIR. ELA ELA APRESENTA APRESENTA ASAS CONVERSAS CONVERSAS ENTRE ENTRE UMUM MENINO MENINO E SEU E SEU AVÔ. AVÔ.

CARMEN LUCIA CAMPOS. MEU AVÔ AFRICANO. SÃO PAULO: PANDA BOOKS, 2010. P. 4 E 6.

[...][...]

EM VERMELHO — O NOME DO MENINO. Vítor Iori. EM VERDE — O NOME DO AVÔ DO MENINO. Zinho.

2 O AVÔ EXPLICOU QUE DEU O NOME PARA O NETO PARA

HOMENAGEAR O LUGAR DE ORIGEM DOS ANTEPASSADOS DA FAMÍLIA DELES. DE QUE LUGAR O AVÔ DO MENINO ESTÁ FALANDO? Do continente africano.

3 QUE OUTROS LUGARES DE ORIGEM SÃO CITADOS NO TEXTO? Itália. 4 AGORA É A VEZ DA TURMA! COMO VIMOS NO TEXTO, MUITO DAS NOSSAS HISTÓRIAS DE VIDA SE RELACIONA COM AS ORIGENS DAS NOSSAS FAMÍLIAS. QUE TAL SELECIONAR TRÊS NOMES DE COLEGAS DA SALA E PESQUISAR QUAL É A ORIGEM DELES? SERÁ QUE ESSES NOMES SE ORIGINAM DE OUTROS PAÍSES?

ILUSTRAÇÕES: TEL COELHO/GIZ DE CERA

tem alguma palavra que os alunos não conhecem. Explorar o que compreenderam sobre o assunto que o texto desenvolve. • Organizar uma roda de conversa sobre a origem das famílias e como seus nomes podem refletir as origens. • Após a interpretação do texto, propor aos alunos que respondam às atividades 1 a 3, conforme as informações que descobriram com a leitura. • Depois, propor a atividade 4. Para realizá-la, os alunos podem precisar de informações sobre suas origens e como seus nomes foram escolhidos. Além disso, podem perguntar a familiares a origem de seus sobrenomes. • Orientar a pesquisa sobre a origem dos nomes e os seus antecedentes em livros, documentos, entrevista com familiares e na internet. • Propor aos alunos que façam um registro sobre o que descobriram na atividade 4; pode ser em uma folha avulsa. Depois, ajudá-los a reunir as informações em um cartaz para ser afixado na sala de aula.

1 COM A AJUDA DE UM COLEGA DE SALA, DESTAQUEM NO TEXTO:

NÃO NÃO É VITÓRIO. É VITÓRIO. É VÍTOR É VÍTOR IORI!!! IORI!!! QUANDO QUANDO EUEU ERA ERA PEQUENO, PEQUENO, VIVIA VIVIA REPETINDO REPETINDO ISSO. ISSO. É QUE É QUE ASAS PESSOAS PESSOAS SEMPRE SEMPRE ERRAVAM ERRAVAM O MEU O MEU NOME. NOME. AGORA, AGORA, QUE QUE JÁ JÁ TENHO TENHO NOVE NOVE ANOS, ANOS, NEM NEM LIGO LIGO MAIS. MAIS. ÀSÀS VEZES, VEZES, FALO FALO QUE QUE MEME CHAMO CHAMO SÓSÓ VÍTOR VÍTOR E PRONTO. E PRONTO. SERÁ SERÁ QUE QUE O VÔ O VÔ ZINHO ZINHO NÃO NÃO TINHA TINHA UMUM NOME NOME MELHOR MELHOR PRA PRA MEME DAR, DAR, NÃO? NÃO? COMO COMO A MINHA A MINHA MÃE MÃE DEIXOU DEIXOU O PAI O PAI DELA DELA FAZER FAZER UMA UMA COISA COISA DESSAS? DESSAS? UMUM DIA, DIA, RESOLVI RESOLVI CONVERSAR CONVERSAR COM COM O MEU O MEU AVÔ AVÔ SOBRE SOBRE ISSO. ISSO. ELE, ELE, ENTÃO, ENTÃO, MEME EXPLICOU: EXPLICOU: —— QUANDO QUANDO VOCÊ VOCÊ NASCEU, NASCEU, FIQUEI FIQUEI MUITO MUITO FELIZ. FELIZ. VOCÊ VOCÊ FOIFOI O O PRIMEIRO PRIMEIRO NETO NETO DADA FAMÍLIA FAMÍLIA E SUA E SUA MÃE MÃE MEME DEU DEU A HONRA A HONRA DEDE ESCOLHER ESCOLHER O SEU O SEU NOME. NOME. MAS MAS NÃO NÃO FOIFOI FÁCIL: FÁCIL: EUEU QUERIA QUERIA UMA UMA PALAVRA PALAVRA QUE QUE LEMBRASSE LEMBRASSE A TERRA A TERRA DEDE SEUS SEUS ANTEPASSADOS... ANTEPASSADOS... FINALMENTE FINALMENTE ENCONTREI ENCONTREI IORI, IORI, DEDE ORIGEM ORIGEM AFRICANA... AFRICANA...

DIEGO CERVO/SHUTTERSTOCK.COM

DESENVOLVIMENTO • Propor a leitura do texto e verificar se

32 32

D2-INT-F1-1073-V1-U02-LA-M18-020-039.indd D2-INT-F1-1073-V1-U02-LA-M18-020-039.indd 32 32

3/20/18 3/20/18 15:05 15:05

33

D2-INT-F1-1073-V1-U02-LA-M18-020-039.indd 33

Nomes próprios

3/20/18 15:05

Vários seres têm, além de seu nome comum, um nome que lhe é próprio. Um nome próprio é aquele que, em princípio, se aplica apenas àquele ser, individualmente. Entre os seres que possuem ou podem possuir um nome próprio, estão cidades, países, acidentes geográficos, festividades, rios, mares, animais, objetos de estimação e, naturalmente, seres humanos. [...]

Embora se tenha dito que os pais ou parentes têm liberdade de dar aos filhos o prenome que quiserem, isso pode não ser verdadeiro em alguns contextos. Os cartórios, em geral, impedem o registro de prenomes que façam lembrar nomes considerados palavrões ou prenomes compostos que caracterizam cacófatos.

Nomes próprios de pessoas: prenomes Nomes próprios de pessoas se dividem geralmente em duas partes: o prenome e o sobrenome. No Brasil, o Código Civil de 2002 (atualmente em vigência) estabelece, em seu artigo 16 (destaques nossos): Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. O prenome de uma pessoa é o nome que antecede o nome de família (sobrenome). Às vezes é chamado “nome dado”, porque é livremente escolhido pelos pais, pelos familiares ou por pessoas próximas. O prenome pode ser simples – Maíra, José, William – ou composto, com dois nomes que funcionam como se fossem um só – Antônio Carlos, Vera Lúcia, Luís Otávio, Ana Carolina. Os pais às vezes dão um prenome aos filhos em homenagem aos avós ou até a si mesmos. Não raro, tentam combinar no prenome de um filho ou de uma filha os próprios prenomes. Se o pai se chama Álvaro e a mãe, Marilise, eles podem escolher dar à filha o prenome Alvalise.

Nomes próprios de pessoas: sobrenomes O sobrenome de uma pessoa, que segue o prenome, também é chamado nome de família, pois é ele que identifica a família da qual a pessoa faz parte, a origem dela. Assim como o prenome, o sobrenome também pode ser composto. Alguns autores preferem dizer que uma pessoa pode ter vários sobrenomes. A razão é simples: como uma pessoa geralmente é registrada em nome de uma mãe e de um pai, e cada um tem um sobrenome próprio, eles podem optar por incluir, como sobrenome do filho ou da filha, tanto o sobrenome original da mãe como o do pai. Muitas vezes, os sobrenomes indicam o local de origem da família. Na língua portuguesa, por exemplo, é comum encontrarmos sobrenomes como Guimarães, Braga, Lisboa, Porto, Coimbra – todos no-

No Desenvolvimento, são apresentadas variadas sugestões e observações didáticas e pedagógicas que podem auxiliar no encaminhamento das etapas. Apresenta, também, textos auxiliares que definem ou problematizam parte dos conceitos, ideias ou fenômenos tratados nas etapas de cada itinerário.

Nomes próprios de pessoas: o nome completo O nome completo de uma pessoa inclui seu prenome (que, como visto, pode ser composto), seu sobrenome (que pode ser mais de um) e, quando usado, um ou mais agnomes ao final. Imaginemos que uma pessoa tenha um nome completo bem longo: José Roberto Magalhães e Machado da Costa Carvalho. No total, seis nomes, mais os conectivos “e” e “de”. O prenome composto é “José Roberto”. O sobrenome ou o nome que indica a família em que ele nasceu é “Costa Carvalho”. Os outros dois sobrenomes, “Magalhães e Machado”, nossa pessoa fictícia adotou quando se casou: Magalhães é o sobrenome da mãe de sua esposa (sogra dele) e Machado é o sobrenome do pai dela (sogro dele). No dia a dia, José Roberto só usa o nome “J. Carvalho” – o primeiro e o sexto nomes, e o primeiro ainda está abreviado. Esse é seu nome profissional, digamos. Ele omite os quatro nomes do meio, inclusive a segunda parte o prenome composto. É possível que haja inúmeras pessoas com essa combinação de nome e sobrenome: J. Carvalho (ou José Carvalho, ou mesmo José Roberto Carvalho). Mas com todos os seis nomes, incluindo os conectivos “e” e “de”, provavelmente, só há ele. Assim, o nome completo identifica melhor a pessoa e impede que ela seja confundida com outra, sendo mais adequado para lhe dar identidade e singularidade. CHAVES, Eduardo (Org.). Projetos colaborativos. São Paulo: FTD, 2016. p. 22-27.

32

33

D3-INT-F1-1073-V1-U02-MP-M18-020-039.indd 32

3/26/18 10:47

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

D3-INT-F1-1073-V1-U02-MP-M18-020-039.indd 33

3/26/18 10:47

ETAP A ORIGENS DOS ETAP A ORIGENS DOS

PARA AMPLIAR • Propor a brincadeira com os verbos relacionados ao brincar, conforme proposto a seguir.

VOCÊ SABIA QUE CRIANÇAS DE ANTIGAS CIVILIZAÇÕES JÁ VOCÊ SABIA QUE CRIANÇAS DE ANTIGAS CIVILIZAÇÕES JÁ BRINCAVAM DE BONECA, BOLINHA DE GUDE OU EMPINAVAM PIPAS? BRINCAVAM DE BONECA, BOLINHA DE GUDE OU EMPINAVAM PIPAS? DESDE MUITO ANTIGAMENTE, OS SERES HUMANOS JÁ SE DESDE MUITO ANTIGAMENTE, OS SERES HUMANOS JÁ SE DIVERTIAM COM BRINQUEDOS. ELES SE RELACIONAM COM A DIVERTIAM COM BRINQUEDOS. ELES SE RELACIONAM COM A CULTURA E SÃO FRUTO DE MUITA CRIATIVIDADE. CULTURA E SÃO FRUTO DE MUITA CRIATIVIDADE. 1 SELECIONEM UM BRINQUEDO E, COM A AJUDA DE SEU 1 SELECIONEM UM BRINQUEDO E, COM A AJUDA DE SEU PROFESSOR, PESQUISEM: PROFESSOR, PESQUISEM: • EM QUE PAÍS SE ORIGINOU O BRINQUEDO? • EM QUE PAÍS SE ORIGINOU O BRINQUEDO? • DO QUE ERA FEITO ORIGINALMENTE E QUE OUTROS MATERIAIS • DO QUE ERA FEITO ORIGINALMENTE E QUE OUTROS MATERIAIS FORAM UTILIZADOS NA SUA PRODUÇÃO ATÉ OS DIAS ATUAIS? FORAM UTILIZADOS NA SUA PRODUÇÃO ATÉ OS DIAS ATUAIS? • IMAGENS DO BRINQUEDO NO PASSADO E NA ATUALIDADE. • IMAGENS DO BRINQUEDO NO PASSADO E NA ATUALIDADE. COLE-AS NO ESPAÇO ABAIXO. COLE-AS NO ESPAÇO ABAIXO.

DESENVOLVIMENTO • Apresentar aos alunos os itens que precisam pesquisar. Organizá-los em duplas ou pequenos grupos para que façam a pesquisa. Orientar a pesquisa com os itens listados na questão 1.

SEU FRANÇULI, QUANDO ERA MENINO, OBSERVOU UM AVIÃO NO CÉU DA SUA CIDADE. FEZ ENTÃO SEU PRIMEIRO AVIÃO E NUNCA MAIS PAROU DE CONSTRUIR MÁQUINAS VOADORAS. O MESTRE ATUALMENTE TEM SEU PRÓPRIO MUSEU DE AVIÕES DE BRINQUEDO NA CIDADE ONDE MORA.

ANTIGAMENTE, OS BRINQUEDOS DE TODOS OS POVOS ERAM PRODUZIDOS EM CASA OU EM PEQUENAS OFICINAS POR MESTRES E ARTESÃOS. ATUALMENTE, EXISTEM GRANDES FÁBRICAS DE BRINQUEDOS. ENTRETANTO, ATÉ HOJE ALGUNS BRINQUEDOS SÃO PRODUZIDOS ARTESANALMENTE.

• Pedir aos alunos que observem as semelhanças e as diferenças entre as duas ou mais versões do brinquedo ou da brincadeira. Solicitar que escrevam frases simples sobre o que descobriram para compartilhar com os colegas do grupo ou façam algum registro como indício de memória. É uma boa oportunidade para trabalhar com a escrita espontânea dos alunos, sem destacar os deslizes, mas, sim, a informação a ser passada.

1 OBSERVE OS BRINQUEDOS QUE VOCÊ TEM EM CASA E DESCUBRA SE VOCÊ TEM: Respostas pessoais. • UM BRINQUEDO PRODUZIDO EM UMA FÁBRICA. ESCREVA O NOME DELE.

2 AGORA RESPONDAM: O BRINQUEDO MUDOU MUITO DESDE A SUA RESPONDAM: O BRINQUEDO MUDOU MUITO DESDE A SUA 2 AGORA ORIGEM ATÉ OS TEMPOS ATUAIS? 56

O que é um mestre?

• Propor uma pesquisa em um dicionário sobre o significado da palavra mestre. • Conversar com os alunos sobre quais dos significados encontrados eles consideram mais adequados para o contexto apresentado no itinerário. Conversar com eles sobre como podemos compreender o

• UM BRINQUEDO PRODUZIDO ARTESANALMENTE.

ORIGEM ATÉ OS TEMPOS ATUAIS?

• Organizar os alunos em roda e propor a pergunta que inicia o texto da página 57:

• Se possível, registre a conversa em alguma mídia ou, pelo menos, anote as ideias principais expostas pelos alunos em um cartaz, para que possam retomar o assunto se necessário.

MÁRCIO COELHO.

• VOCÊ JÁ VISITOU UM MUSEU OU UMA OFICINA ONDE BRINQUEDOS SÃO EXPOSTOS OU CONSTRUÍDOS?

• Solicitar aos alunos que escolham brinquedos ou brincadeiras que existiam no passado e que ainda se preservam no presente. Auxiliá-los a providenciar cópias das imagens para colar no livro.

• Permitir a eles que exponham suas hipóteses e incentivá-los a dizer suas suposições sobre como um mestre se relaciona com o tema de brinquedos do passado e do presente.

VERBOS QUE SÃO PURA DIVERSÃO QUERO VER VOCÊ FALAR QUERO VER VOCÊ FALAR UM VERBO DA NOSSA LÍNGUA QUE PAREÇA COM BRINCAR EU DIGO A LETRA VOCÊ VAI PALAVREAR UM VERBO DE BRINCADEIRA NA HORA QUE EU PARAR

MESTRE DOS BRINQUEDOS O QUE É UM MESTRE? É UMA PESSOA QUE TEM MUITA SABEDORIA. VAMOS CONHECER UM MESTRE DE BRINQUEDOS MUITO FAMOSO NO CEARÁ, NA CIDADE DE POTENGI.

TEL COELHO/GIZ DE CERA

SAPANN DESIGN/ SHUTTERSTOCK.COM

PROGRAME-SE • Providenciar livros, revistas e acesso à internet para os alunos pesquisarem sobre a origem de alguns brinquedos tradicionais. • Providenciar livros, revistas e acesso à internet para os alunos pesquisarem sobre brinquedos produzidos em fábricas e brinquedos produzidos artesanalmente.

SAPANN DESIGN/ SHUTTERSTOCK.COM

BRINQUEDOS BRINQUEDOS

56

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 56

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 56 significado de mestre em relação aos brinquedos e brincadeiras.

• Propor a leitura da proposta da página

57.

• Solicitar aos alunos que façam a atividade e, se achar necessário, pesquisar na internet alguns exemplos de brinquedos produzidos em fábricas e brinquedos produzidos artesanalmente para eles compararem com os que têm em casa. • Propor a leitura de textos que descrevem brinquedos e brincadeiras, como quadrinhas, parlendas, canções e poemas utilizados em brincadeiras, como pular corda, pega-pega, passa anel, roda e outras.

57

• Pedir aos alunos que, em grupos, escolham um dos textos e digam a que brincadeira se refere. Se souberem outras versões, pedir que descrevam a diferença e digam se o modo de brincar também se diferencia. Aproveitar para destacar algumas características do gênero textual em pauta, como as rimas, as frases curtas, as repetições etc. Fazer um cartaz com o texto e algumas regras de como brincar.

3/20/18 15:06

3/20/18 15:06

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 57

3/20/18 15:07

PARA LER (ALUNOS)

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

Por meio de poemas, a poeta descreve vários brinquedos e brincadeiras comuns ao universo infantil. Se poesia é brincar com palavras, de maneira leve e divertida todos poderão brincar com este livro. MURRAY, Roseana. Brinquedos e brincadeiras. São Paulo: FTD, 2014.

Conheça a origem de alguns brinquedos e algumas curiosidades sobre eles, no texto do site Ocitocina Atelie, disponível em: <http://ftd.li/btvtfa>. Acesso em: 19 mar. 2018. Veja o que mudou na tecnologia dos brinquedos desde a década de 1960 no artigo do G1 disponível em: <http://ftd.li/ ojjh6b>. Acesso em: 12 dez. 2107. Acesse o link do Mapa Cultural do Ceará para conhecer melhor o Mestre Françuli, disponível em: <http://ftd.li/ndwmem>. Acesso em: 12 dez. 2017.

• Organizar uma tarde de brincadeiras em um espaço aberto adequado, para que as crianças da comunidade escolar possam aprender as brincadeiras por meio dos cartazes produzidos.

Em seguida, antes de iniciar a brincadeira, faça com a turma uma lista de verbos relacionados ao “brincar”: CORRER, PULAR, BALANÇAR, JOGAR, RODAR, FANTASIAR, NADAR, ESCORREGAR, DANÇAR, MERGULHAR, PINTAR, INVENTAR, CANTAR. Organize uma roda com um dos alunos no centro. Todos devem recitar os versos e ficar com uma das mãos espalmada enquanto o aluno que está no centro percorre a roda batendo nas mãos dos colegas. Quando a canção parar, ele deve anunciar uma letra e aquele no qual ele deu a última batida deve falar um verbo relacionado ao “brincar”. Combine que o aluno que indicar a letra deverá saber um verbo com essa letra, para anunciar caso o colega escolhido não dê nenhuma resposta. Se o colega acertar, ele assume o papel do que está no centro e a brincadeira recomeça. Repita a brincadeira enquanto houver interesse. Apresente novamente à turma a tabela elaborada na etapa anterior e complete-a com os verbos relacionados ao “brincar”, problematizando a escrita. Ao final questione o que todas as palavras têm em comum na sua escrita. [...] Escolha aleatoriamente um aluno por vez para sortear um verbo e fazer a mímica correspondente para os colegas. Os alunos deverão estar sentados às mesas com uma folha para escrever. Quem descobrir o verbo apresentado não deve falar, mas sim escrever no papel. Escolha aleatoriamente um aluno por vez para sortear um verbo e fazer a mímica correspondente para os colegas. Finalizada essa etapa da mímica, selecione algumas formas de escrita produzidas e proponha uma correção coletiva, enfatizando a terminação de todos os verbos com a letra R. BORELLA, Regina Nogueira (Org.). Gêneros orais: sequências didáticas para oralidade e usos sociais: 1o e 2º anos do ensino fundamental. São Paulo: FTD, 2016. p. 34-35.

56

D3-INT-F1-1073-V1-U04-MP-M18-050-064.indd 56

57 3/26/18 10:56

D3-INT-F1-1073-V1-U04-MP-M18-050-064.indd 57

Para ler e Para acessar apresentam sugestões de textos e outros recursos que complementam e expandem os tópicos tratados nas etapas. Eles são identificados de acordo com o material a quem se direcionam, ou seja, ao professor ou aos alunos.

3/26/18 10:57

Para ampliar traz sugestões de ampliações que podem ser feitas com os alunos caso eles se mostrem ainda interessados no tema ou apresentem pontos para discussão ou curiosidades.

VII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-I-VII.indd 7

3/26/18 11:38


PROJETOS INTEGRADORES O que é um projeto integrador? É uma estratégia didática que apresenta etapas e procedimentos que favorecem a interdisciplinaridade, assim como a promoção de competências e habilidades necessárias à formação educacional e cidadã do educando. Utiliza experiências e vivências colaborativas para construir conhecimentos e promover o protagonismo do aluno, desenvolvendo habilidades relacionadas à pesquisa, à tomada de decisões e à atuação em equipe para atingir os objetivos. Para Paulo Freire, a construção do conhecimento está baseada no diálogo entre todos os integrantes do processo de ensino e aprendizagem.

[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. [...] FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011, p. 47.

Esse importante educador brasileiro evidencia que o ato de aprender acontece a todo momento, e que a pessoa e a comunidade apresentam papel fundamental na construção do conhecimento coletivo e individual. Desta forma, aprende-se com atividades motivadoras e experiências colaborativas, nas quais prevalece a comunhão de vivências de forma significativa e contextualizada. Quando essa coleção de projetos integradores começou a ser concebida, foram consideradas, de maneira muito contundente, as questões atuais do cotidiano na educação, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conforme apontadas a seguir:

• O que podemos fazer para transformar as salas de aula em ambientes de aprendizagem significativa?

• Como podemos realizar a transposição de conhecimentos mais complexos para a aplicação no cotidiano dos alunos?

• Como instigar os alunos a serem questionadores e protagonistas do aprendizado? • Como propiciar uma educação para além da sala de aula e dos muros escolares? Os questionamentos citados são recorrentes na prática escolar, e envolver os alunos como protagonistas no processo de ensino e aprendizagem se tornou um grande desafio. Diante dessas e outras questões enfrentadas nesse processo, foi desenvolvido o trabalho com projetos integradores. A metodologia dos projetos integradores desenvolvidos nesta obra privilegia, essencialmente, três disciplinas escolares: Ciências, História e Geografia, selecionadas pelo constante diálogo e as relações naturais, históricas, sociais e culturais existentes entre VIII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 8

3/26/18 13:27


essas áreas do conhecimento. Porém, devido à necessidade de olhar para as situações propostas como um todo, e não apenas por partes, quando oportuno, habilidades fundamentais de Língua Portuguesa, Arte e Matemática também foram desenvolvidas nas propostas apresentadas na obra. Cada uma das áreas e disciplinas colaboram com as suas habilidades específicas na busca por soluções para as perguntas-chave e outras problematizações presentes na obra. Os temas e as ações propostas em todos os projetos da coleção permitem que os alunos exercitem virtudes e valores relacionados ao desenvolvimento de respeito, ética, democracia, sustentabilidade e qualidade de vida do planeta e dos seres vivos que nele habitam. O esquema a seguir apresenta, de forma sintetizada, as principais características desta coleção de projetos integradores.

PROJETO INTEGRADOR

Atua no desenvolvimento de ações que possibilitam o exercício das virtudes ligadas a questões sociais e ambientais e da cidadania local e mundial.

Consiste na elaboração de uma proposta de trabalho que exige a participação dos alunos, de forma que a aprendizagem seja significativa.

EDITORIA DE ARTE

É um método que utiliza experiências e vivências colaborativas na busca da construção de conhecimento e de soluções de problemas como fonte de desafio e aprimoramento educacional.

IX

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 9

3/26/18 13:27


Tecendo projetos, cruzando histórias [...] Os projetos são formas de promover aprendizagens integradas e situadas para todos os envolvidos no processo educativo. Não são um método ou receita, mas um formato que ganha configurações diversas para cada grupo, etapa de escolarização, profissional da educação e familiar envolvido. Isso porque se relacionam diretamente com as experiências e os saberes de todas essas pessoas e daquelas com quem convivem em suas comunidades. E todas essas bagagens refletem-se nas indagações, temas e problemáticas abordadas nos projetos, tornando-se motores para a busca de soluções, respostas e propostas, e para a apropriação e a produção de conhecimentos. Segundo Fernando Hernandez, pesquisador e educador espanhol que propôs essa pedagogia, o que faz os projetos terem vida na educação escolar é o envolvimento do aprendiz naquilo que está aprendendo, conectando a comunidade escolar com o mundo vivido (HERNANDEZ, 2004). Esse formato proporciona a descoberta e o entendimento de relações entre fenômenos pessoais, naturais e sociais e, assim, promove a compreensão do mundo em que as crianças vivem. O ponto de partida para a definição de um projeto é a escolha de um tema ou de um problema motivador, em diálogo com as crianças. [...] Pode-se trabalhar com qualquer tema: o desafio é como abordá-lo de maneira dialogada e negociada em todas as etapas de seu desenvolvimento, considerando as crianças, mesmo as bem pequenas, como protagonistas desse processo e como corresponsáveis pela sua realização. […] Conhecer as crianças, abarcando desde suas trajetórias socioculturais e familiares até suas características físicas, socioeconômicas, afetivas e psicológicas, e saber escutar e interpretar seus desejos, interesses e motivações são ações fundamentais para a proposição dos projetos que apresentamos. Essas informações, junto ao tema de cada projeto, configuram um mapa que orienta seu desenvolvimento, mas, como todo mapa, é repleto de trilhas, locais de parada, rotas de fuga e retornos que dependem de decisões e da experiência de todos. […] Nas palavras de Hernandez, “um projeto não se constrói a partir da certeza do que se sabe, mas da inquietação de quem tem e reconhece seu desejo de saber e de se conhecer” (HERNANDEZ, 2004). Para além das aprendizagens que estão previstas em cada projeto, essa forma de organização promove o desenvolvimento e a ampliação de capacidades relacionadas à autonomia para aprender. [...] Como sujeitos ativos e participantes da aprendizagem, as crianças podem, com os projetos: • demonstrar o que sabem (observando, comparando, testando, refletindo, sistematizando); • trocar experiências e repertórios com parceiros e interlocutores privilegiados; • buscar, de modo organizado, o que precisam para conseguir solucionar problemas e/ou tomar parte das situações; • testar procedimentos e aplicar novos conhecimentos; • ampliar, transformar, confirmar e modificar a rede de conhecimentos; e • adquirir novas competências e aplicá-las em outras situações sociais. [...] BRASIL. Ministério da Educação. História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil. Brasília, DF, 2014. p. 22-24. Disponível em: <https://www.mpma.mp.br/arquivos/CAOPDH/HIST%C3%93RIA_E_CULTURA_ AFRICANA_E_AFRO-BRASILEIRA_NA_EDUCA%C3%87%C3%83O_INFANTIL.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2018.

X

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 10

3/26/18 13:27


PROJETOS INTEGRADORES, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO O nosso recorte de temáticas dos projetos integradores está circunscrito às áreas de Ciências, História e Geografia, embora, sempre que possível, tenha ocorrido correlação com outros componentes curriculares. No entanto, o componente curricular Língua Portuguesa pressupõe uma abordagem diferenciada, pela contribuição essencial aos alunos do 1o ao 5o anos do Ensino Fundamental. Entendemos que alfabetização e letramento são essenciais para a vida escolar e, com a finalidade de subsidiar o trabalho do professor, apresentamos, no quadro a seguir, características dos alunos nesta faixa etária e os objetivos gerais de Língua Portuguesa. O ALUNO DE 6 A 10 ANOS Esta fase de vida é marcada por importantes desenvolvimentos em todas as áreas: cognitivo, afetivo-social, psicomotor, da linguagem e de aprendizagem.

• A considerar as várias dimensões de uma situação e a relativizar seu ponto de atenção. • A abordar uma situação, partindo da realidade, mas ampliando a visão, inferindo conclusões individuais e, Os alunos nesta fase de desenvolvimento cognitivo devem ser estimulados:

coletivamente, realizar julgamentos.

• A ter o pensamento flexível, facilitando a relação entre ação e fenômeno, que é o facilitador para a verticalização de conteúdos e compreensão de conceitos.

• A iniciar o raciocínio sobre hipóteses. Embora saibamos que ainda é cedo para o desenvolvimento dessa habilidade, e que ela se consolidará na adolescência, é imprescindível iniciar esta mobilização nesta fase. A ter curiosidade intelectual e desejo natural de aprender.

Os alunos nesta fase de desenvolvimento afetivo-social devem ser estimulados:

• • A ampliar as relações de amizade, a cooperar, a respeitar, a ter tolerância e a desenvolver atitudes e comportamentos de participação.

• A conhecer os seus sentimentos e o de outras pessoas. • A consolidar sua identidade e adquirir consciência de suas limitações e capacidades. • A desenvolver a autonomia e os conceitos de moralidade, que são construídos individualmente, mas mediados em contextos coletivos.

Os alunos nesta fase de desenvolvimento psicomotor devem ser estimulados:

Os alunos nesta fase de desenvolvimento da linguagem devem ser estimulados:

• • • • • • • • • •

A ter consciência de seu corpo, tanto em movimento como em repouso. A adaptar a postura e o equilíbrio às circunstâncias e condições de cada atividade. A consolidar a noção de lateralidade e de organização espaço-temporal. A desenvolver a capacidade de expressar sentimentos por meio de dramatização, mímica e dança. A desenvolver a habilidade para falar e se expressar com rapidez. A linguagem torna-se um instrumento para a maturidade cognitiva, afetiva e social. Isso possibilita que eles compartilhem seus pensamentos e reações com os demais, sistematizem a ação e tracem planos. A utilizar estruturas sintáticas mais complexas, graças à aquisição de novos conhecimentos, e a serem capazes de desenvolver progressivamente as habilidades metalinguísticas, ou seja, utilizar a linguagem para analisar a própria linguagem. A ter discernimento no uso da linguagem em contextos e com interlocutores diferentes. A progredir no domínio da linguagem escrita e na leitura, possibilitando desenvolver novas formas de expressão. Com a mediação de um adulto, a desenvolver técnicas de estudo, atenção e memorização, que adquirem maior importância. A compreender as linguagens musical, matemática, plástica e artística.

Fonte de pesquisa: DANTAS, H.; OLIVEIRA, M. K.; DE LA TAILLE, Y. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

Neste contexto, para que os alunos possam desenvolver a linguagem e ter acesso a práticas socioculturais e à formação da cidadania, entendemos que o processo de alfabetização e letramento está intrinsicamente ligado à concepção de projetos integradores e às propostas desenvolvidas em todos os itinerários desta coleção. XIX

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 19

3/26/18 13:27


ESTRUTURA DA OBRA O LIVRO DO ALUNO

O livro do aluno é estruturado em itinerários que levam a um projeto final. São quatro diferentes itinerários por volume da coleção. Os Itinerários, divididos em etapas, têm como objetivo propiciar ao professor, de forma organizada, as diferentes facetas de aprendizagem possíveis de serem desenvolvidas com os alunos no processo de construção e descoberta do tema explorado. Do ponto de 3 vista estrutural, a organização do trabalho, ESCOL A dos espaços, dos tempos dos alunos e dos adultos pertence aos valores e às escolhas do projeto educativo. Os conhecimentos apresentados ao longo dos temas e itinerários buscam, por fim, não uma fragmentação em disciplinas estanques desprovidas de sentido, mas sim um diálogo com diferentes componentes curriculares, a cultura e a integração de saberes no desenvolvimento de competências. Áreas do conhecimento: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Arte e Matemática.

AGORA, CONVERSEM COM O PROFESSOR E COLEGAS DE SALA E IDENTIFIQUEM:

CLAU SOUZA

ITINE RÁRI O

• QUE ATIVIDADES ESTÃO REPRESENTADAS NAS ILUSTRAÇÕES? Alunos lavando as mãos; jogando; estudando; usando computadores; comendo.

• QUAIS SÃO AS DEPENDÊNCIAS ONDE ELAS COSTUMAM SER PRATICADAS? Banheiro; quadra esportiva; sala de aula; sala de informática; refeitório.

O TEMA DESSE ITINERÁRIO É BEM CONHECIDO DE TODOS VOCÊS.

• QUEM SÃO AS PESSOAS REPRESENTADAS EM CADA DEPENDÊNCIA? Os alunos e funcionários da escola, como professora e cozinheira.

PARA COMEÇAR, VEJAM OS AMBIENTES QUE ESTÃO POR TRÁS DAS JANELAS DA IMAGEM A SEGUIR.

• EM QUE LUGAR É POSSÍVEL ENCONTRAR ESSAS DEPENDÊNCIAS E AS ATIVIDADES REPRESENTADAS? Na escola.

ROTEIRO DO ITINERÁRIO

ESCOLA: QUAL É O MEU LUGAR DE AFETO?

JUSTIFICATIVA

CONHECER E REPRESENTAR A ESCOLA, AS SUAS DEPENDÊNCIAS E AS PESSOAS QUE NELA TRABALHAM, PARA VALORIZAR O ESPAÇO E OS PROFISSIONAIS QUE NELA ATUAM.

ETAPAS

O QUE VAMOS DESCOBRIR

NOSSA ESCOLA: VAMOS CONHECER

CONHECER AS DIFERENTES DEPENDÊNCIAS, SUAS UTILIZAÇÕES E PESSOAS QUE NELAS TRABALHAM.

NOSSA ESCOLA: QUEM TRABALHA NELA?

LISTAR OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA E DESCREVER SUAS FUNÇÕES.

ESCOLA: LUGAR DE AFETO

IDENTIFICAR EM TEXTO E IMAGENS A ESCOLA COMO UM LUGAR DE AFETO.

REPRESENTAÇÃO: MEU LUGAR NA ESCOLA

REPRESENTAR OS AMBIENTES E OS PROFISSIONAIS QUE APRESENTAM UMA RELAÇÃO DE AFETO NA ESCOLA.

PRODUTO DO ITINERÁRIO

MAPA MENTAL: MEU LUGAR DE AFETO.

40

D2-INT-F1-1073-V1-U03-LA-M18-040-049.indd 40

ETA PA OFICIN A DE BRINCAR

• O MELHOR LOCAL PARA A OFICINA;

• PARA QUE A OFICINA SEJA UM SUCESSO, QUE TAL ENSAIAREM AS TAREFAS DOS MONITORES COM SEUS COLEGAS DE SALA?; • PARA FINALIZAR, FAÇAM UM CONVITE PARA VISITAR A OFICINA USANDO O MODELO DA PÁGINA 71.

41

3/20/18 15:05

O ENCARTE FOLHINHA, PARTE DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO, REÚNE DIVERSAS BRINCADEIRAS PELO BRASIL AFORA PARA MOSTRAR SUAS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS. FOLHA DE S.PAULO. MAPA DO BRINCAR. SÃO PAULO, 20092011. DISPONÍVEL EM: <http:// ftd.li/u2eec8>. ACESSO EM: 12 MAR. 2018.

QUE TAL BRINCAR E COMPARTILHAR A DIVERSÃO COM OUTRAS CRIANÇAS? ASSIM QUE FINALIZAREM A PRODUÇÃO DOS BRINQUEDOS, CONVERSEM SOBRE A ORGANIZAÇÃO DE UMA OFICINA DE BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS COM SEU PROFESSOR E PLANEJEM JUNTOS:

• QUEM SERÃO OS MONITORES RESPONSÁVEIS POR EXPLICAR OS BRINQUEDOS E AS BRINCADEIRAS PARA AS CRIANÇAS CONVIDADAS;

D2-INT-F1-1073-V1-U03-LA-M18-040-049.indd 41

REFERÊNCIAS

BRINCAR É DIVERTIDO E AINDA DESENVOLVE O CORPO E A CRIATIVIDADE. ALÉM DISSO, ESTIMULA A INTERAÇÃO ENTRE AS PESSOAS.

• A DATA ADEQUADA;

3/20/18 15:05

AS CRIANÇAS DO SERTÃO DO CARIRI, NO CEARÁ, SÃO CONHECIDAS POR CABINHAS. NESTE LIVRO, A AUTORA TRAZ DIVERSAS BRINCADEIRAS COM AS QUAIS ESSAS CRIANÇAS COSTUMAM SE DIVERTIR. GABRIELA ROMEU. TERRA DE CABINHA: PEQUENO INVENTÁRIO DA VIDA DE MENINOS E MENINAS DO SERTÃO. SÃO PAULO: PEIRÓPOLIS, 2016.

Os eixos estruturantes foram pensados tanto para permitir o trabalho com contextos específicos como para contemplar uma formação cidadã e humanística. São caminhos para uma formação crítica, estruturada em informação obtida, e criada pelos alunos e pelo diálogo com colegas, professores e com a comunidade – tanto aquela na qual a escola está inserida como com a comunidade em geral. Ao final de cada itinerário, é realizado um projeto que abarca diversos aspectos trabalhados durante as etapas. PARA AMPLIAR

60

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 60

SUSAN MORISSE

SITE TERRITÓRIO DO BRINCAR É UM PROJETO COM O OBJETIVO DE DIVULGAR E REGISTRAR A CULTURA INFANTIL BRASILEIRA POR MEIO DO BRINCAR. NO SITE HÁ DIVERSOS VÍDEOS, ENTREVISTAS, DESCRIÇÕES DE BRINCADEIRAS E DIVERSAS OUTRAS INFORMAÇÕES. DISPONÍVEL EM: <http://ftd.li/ 3y4qwm>. ACESSO EM: 12 MAR. 2018.

61

3/20/18 15:07

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 61

3/20/18 16:40

XX

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 20

4/12/18 1:40 PM


D2-INT-F1-1073-V1-U01-LA-M18-006-019.indd 7

DEPOIS DE TUDO O QUE DESCOBRIMOS SOBRE BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS, VOCÊ CONSEGUE IMAGINAR UM COM O QUAL VOCÊ SE IDENTIFIQUE MAIS? A NOSSA TAREFA É CONSTRUIR ESSE BRINQUEDO.

VAMOS CONSTRUIR CONHEÇA NO TEXTO E NAS FOTOGRAFIAS A SEGUIR UM BRINQUEDO CONSTRUÍDO POR CRIANÇAS DO INTERIOR DO CEARÁ.

PARA COMEÇAR, RETOME OS BRINQUEDOS E AS BRINCADEIRAS DOS RELATOS DOS FAMILIARES, DOS ARTISTAS QUE PESQUISAMOS E AQUELES QUE JÁ CONHECEMOS. VOCÊ PODE TAMBÉM SE INSPIRAR NOS BRINQUEDOS DO PASSADO OU EM BRINCADEIRAS TRADICIONAIS BRASILEIRAS E DE OUTROS PAÍSES. O IMPORTANTE É CRIAR UM BRINQUEDO DIVERTIDO E MUITO PARECIDO COM O SEU JEITO.

FUTEBOL DE VIDRINHO

JANA HOROVA /SHUTTERSTOCK.COM

1 COM A AJUDA DE SEU PROFESSOR E COLEGAS DE SALA, CONSTRUAM O SEU BRINQUEDO UTILIZANDO MATERIAIS QUE GERALMENTE SÃO DESCARTADOS, COMO EMBALAGENS, PAPELÃO, GARRAFAS PET, ENTRE OUTROS. PARA REALIZAR A ATIVIDADE, SIGAM AS ORIENTAÇÕES A SEGUIR:

As Etapas identificam aspectos essenciais dos itinerários e as principais habilidades relacionadas a esses aspectos. Cada etapa é composta de um número variável de encaminhamentos e atividades. Nesses encaminhamentos, os alunos têm papel essencial, central e ativo. São eles que construirão, efetivamente, a pesquisa dos conteúdos e que os consolidarão. Apesar de ser possível fazer as etapas em qualquer ordem desejada pelo professor, ou que melhor se adaptem às turmas, elas não geram hiato significativo entre turmas, pois estão ancoradas no roteiro que, por sua vez, se ancora no itinerário. Desse modo, as peculiaridades de cada turma (até mesmo de cada aluno) podem ser contempladas respeitando-se a diversidade. • COM SEUS COLEGAS, PESQUISEM IDEIAS DE BRINQUEDOS QUE VOCÊS DESEJAM CONSTRUIR EM REVISTAS, LIVROS OU NA INTERNET.

GABRIELA ROMEU. TERRA DE CABINHA: PEQUENO INVENTÁRIO DA VIDA DE MENINOS E MENINAS DO SERTÃO. SÃO PAULO: PEIRÓPOLIS, 2016. P. 60 E 61.

• VOCÊS CONHECEM UMA BRINCADEIRA QUE PASSOU DE PAI OU MÃE PARA FILHO OU FILHA? CONVERSE COM SEU PROFESSOR E COLEGAS DE SALA.

• OBSERVEM OS MATERIAIS QUE TROUXERAM DE CASA E SELECIONEM QUAIS DELES SERÃO UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DO BRINQUEDO.

• COM A AJUDA DE SEUS COLEGAS, OBSERVEM QUE MATERIAIS FORAM UTILIZADOS PELAS CRIANÇAS PARA A CONSTRUÇÃO DO JOGO DE FUTEBOL. VOCÊS JÁ CONSTRUÍRAM ALGUM BRINQUEDO COM RESTOS DE MADEIRA OU OUTROS OBJETOS QUE TINHAM OUTRA UTILIDADE? COMPARTILHEM AS SUAS RESPOSTAS. 58

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 58

SMILESTUDIO / SHUTTERSTOCK.COM

SAMUEL MACEDO/INFÂNCIAS

OS JOGADORES SÃO DE VIDRINHOS [...]. A TRAVE É FEITA COM RESTOS DE MADEIRA E AQUELE SAQUINHO USADO PARA EMBALAR LIMÕES NA FEIRA VIRA A REDE. JÁ A BOLINHA QUE ROLA NO CAMPO VEM DO MEDIDOR DAS GARRAFAS [...]. AÍ É SÓ DESENHAR O CAMPINHO NO CHÃO E CHUTAR PRO GOL. ESSA É UMA DAS MUITAS BRINCADEIRAS QUE PASSAM DE PAI PRA FILHO. SAMUEL MACEDO/INFÂNCIAS [...] PARA JOGAR • TEM QUE DAR PETELECOS NA BOLINHA. • OS JOGADORES VIDRINHOS PODEM MUDAR DE POSIÇÃO A CADA JOGADA. • OS GOLS SÃO ANOTADOS NUM PLACAR.

Respostas pessoais.

3/20/18 15:05

MRJPEG /SHUTTERSTOCK.COM

UM BRINQUEDO ESPECIAL

ETA PA BRINQUEDO:

DAYANE RAVEN

ROTEIRO DO ITINERÁRIO

EU E VOCÊ: SOMOS IGUAIS? SOMOS DIFERENTES? Os Roteiros apresentados na JUSTIFICATIVA abertura estruturam os itinerários. CONHECER E REPRESENTAR AS CARACTERÍSTICAS DO CORPO E DA PERSONALIDADE DOS ALUNOS E VALORIZAR AS DIFERENÇAS E AS SEMELHANÇAS ENTRE AS CRIANÇAS DO Eles apresentam a questão probleCONVÍVIO ESCOLAR E DO MUNDO. ETAPAS O QUE VAMOS DESCOBRIR matizadora, orientam os aspectos CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EU ME VEJO, EU TE VEJO essenciais de cada itinerário e os ENTRE PESSOAS. EU ERA, EU SOU, EU SEREI TRANSFORMAÇÕES NAS PESSOAS NO DECORRER DO TEMPO. seus principais objetivos. Foram feiTRADIÇÕES E COSTUMES: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EU E VOCÊ: TEMOS ENTRE GRUPOS DE PESSOAS. COSTUMES DIFERENTES tos com o intuito de ajudar o aluno GOSTOS E PREFERÊNCIAS: PREFERÊNCIAS: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE TODO MUNDO TEM AS PESSOAS. e o professor a extrair o máximo de EU E VOCÊ: DESCOBRIMOS ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS PARA JUNTOS MONTAGEM DO MUSEU DA PESSOA. cada tema e a imergir, tanto quanto PRODUTO DO ITINERÁRIO MUSEU DA PESSOA. possível, no assunto proposto. A forma como os roteiros apresentam as etapas não é linear e, portanto, não precisam 7 ser trabalhadas na sequência em que aparecem. A ordem em que se trabalha cada etapa não influencia a vivência do itinerário. Apenas a última etapa, a que contém o projeto final, deve ser trabalhada depois de todas as outras.

• PLANEJEM A PRODUÇÃO, DESENHANDO O BRINQUEDO NO SEU CADERNO.

• SE FOR PRECISO, CRIEM AS REGRAS PARA BRINCAR COM O BRINQUEDO PRODUZIDO.

/ M IO O UD K.C ST C ’S STO ER

OM T RO UT SH

59

3/20/18 15:07

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 59

3/20/18 15:07

XXI

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 21

3/26/18 13:27


E A MINHA FAMÍLIA: COMO ELA É?

1 COM A AJUDA DE UM COLEGA DE SALA, DESTAQUE E COLE NOS

Respostas pessoais.

ESPAÇOS ABAIXO AS FIGURAS DISPONÍVEIS NA PÁGINA 75, QUE REPRESENTAM AS FAMÍLIAS QUE CONHECEMOS ANTERIORMENTE.

FAMÍLIA DE EDIVALDO.

FAMÍLIA DE DRICA E ÁLVARO.

FAMÍLIA DE JÔ E JULIÃO.

FAMÍLIA DE SIMÃO E DÉBORA.

FAMÍLIA DE MAFATI.

FAMÍLIA DE TÂNIA.

As Atividades apresentadas nas etapas estimulam os alunos a pesquisar, inquirir, averiguar e consolidar informações, fenômenos, fatos e conceitos. Também demandam trabalhos que envolvem destreza motora, senso estético e espacial. As habilidades leitora e de escrita são constantemente requeridas e desenvolvidas. As atividades são variadas justamente para estimular, permitir e possibilitar aos alunos que obtenham e construam seus conhecimentos de modo ativo, autoral e significativo.

1 AGORA É A SUA VEZ DE APRESENTAR A SUA FAMÍLIA. COMO ELA É COMPOSTA? NO ESPAÇO ABAIXO, COLE UMA FOTOGRAFIA OU FAÇA UM DESENHO DA SUA FAMÍLIA.

2 INDIQUE COM UM X A OPÇÃO QUE APRESENTA QUANTAS PESSOAS represente o número de indivíduos da família dele, peça que indique isso na atividade seguinte.

2 QUE TAL PRODUZIR UMA FRASE COLETIVA QUE EXPLIQUE O

SIGNIFICADO DE FAMÍLIA PARA VOCÊS? COPIE A SEGUIR A FRASE QUE VOCÊS PRODUZIRAM.

3 COM A AJUDA DE UM ADULTO DA SUA FAMÍLIA, PRODUZA UMA FRASE NO ESPAÇO ABAIXO, EXPLICANDO COMO A SUA FAMÍLIA É FORMADA E QUEM FAZ PARTE DELA.

Resposta pessoal.

24

D2-INT-F1-1073-V1-U02-LA-M18-020-039.indd 24

MARINA SHALY/ SHUTTERSTOCK.COM

FAZEM PARTE DA SUA FAMÍLIA. Caso algum aluno não encontre nas opções uma que

25

3/20/18 15:05

D2-INT-F1-1073-V1-U02-LA-M18-020-039.indd 25

A parte final do livro dos alunos apresenta o Material complementar, com conteúdo de apoio às atividades trabalhadas nos itinerários. Essas páginas apresentam espaços para o aluno desenhar e colar e, principalmente, elementos para serem destacados e usados em diferentes etapas dos itinerários. Os alunos serão orientados sempre que houver a necessidade de recorrer a esses materiais.

3/20/18 15:05

VOCÊ PRECISARÁ DESTAS FOTOGRAFIAS PARA A ATIVIDADE DA PÁGINA 20.

FOTOS: GALYAMIN SERGEJ/SHUTTERSTOCK.COM, RENATO SOARES/PULSAR IMAGENS, FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM, WAVEBREAKMEDIA/SHUTTERSTOCK.COM, ANNEKA/SHUTTERSTOCK.COM, SOLOVIOVA LIUDMYLA/SHUTTERSTOCK.COM

MATERIAL COMPLEMENTAR

63

D2-INT-F1-1073-V1-U04-LA-M18-050-064.indd 63

73

3/20/18 15:07

D2-INT-F1-1073-V1-ADESIVOS-LA-073-078.indd 73

3/20/18 15:08

A SELEÇÃO DOS TEMAS

Conscientes de que o processo de ensino e aprendizagem apresenta como compromisso primordial a construção do desenvolvimento humano global, intelectual, físico, afetivo, social e ético, selecionamos temas relacionados ao lugar e ao tempo nos quais as aprendizagens estão inseridas. Observe a seguir os quadros das temáticas desenvolvidas em todos os volumes desses projetos integradores destinados aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

XXII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 22

3/26/18 13:27


VOLUME 1 – ITINERÁRIO 1 – DIFERENTES E IGUAIS AO MESMO TEMPO

JUSTIFICATIVA

Os alunos têm a oportunidade de conhecer e representar características do corpo e da personalidade deles para identificar, acolher e valorizar as diferenças e as semelhanças entre as crianças do convívio escolar e ampliar para outras crianças do mundo. Ao entrar em contato com exemplos de outras culturas, as crianças poderão perceber que alguns costumes estão ligados a aspectos culturais de diferentes povos e contribuem para a formação da identidade das pessoas. Possibilitar às crianças situações em que possam compreender e refletir sobre o respeito à diversidade cultural das pessoas é mais um dos aspectos desenvolvidos no itinerário.

PROBLEMATIZAÇÃO

Eu e você: somos iguais? Somos diferentes?

COMPETÊNCIAS GERAIS

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo.

HABILIDADES

Ciências: (EF01CI02) Localizar e nomear partes do corpo humano, representá-las por meio de desenhos e explicar oralmente suas funções. (EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, de modo a constatar a diversidade de características, reconhecendo a importância da valorização, do acolhimento e do respeito a essas diferenças. Geografia: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. História: (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento, por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família. Língua Portuguesa: (EF01LP06) Relatar experiências pessoais de seu cotidiano, em sequência cronológica e nível de informatividade adequado. Arte: (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Ciências: Corpo humano; respeito à diversidade. Geografia: Situações de convívio em diferentes lugares; condições de vida nos lugares de vivência. História: As fases da vida e a ideia de temporalidade (passado, presente, futuro); a escola e a diversidade do grupo social envolvido. Língua Portuguesa: Relato oral; escrita de dados pessoais. Arte: Processos de criação; sistemas da linguagem.

DESENVOLVIMENTO/ CRONOGRAMA

Etapa – Eu me vejo, eu te vejo Produzir silhuetas com as características físicas e partes do corpo. Comparar e analisar as semelhanças e as diferenças das características físicas e do jeito de ser. Utilizar poema e desenho para apresentar e discutir a valorização da diversidade e da pluralidade cultural em “Eu me percebo e percebo o outro”. Etapa – Eu era, eu sou, eu serei Descrever histórias de vida e fases de crescimento. Ampliar tema com a montagem de um jogo com fases do crescimento. Produzir linha do tempo com etapas de vida e crescimento. Etapa – Eu e você: temos costumes diferentes Explorar imagens e texto para apresentar hábitos e costumes dos xavantes. Pesquisar outros povos indígenas brasileiros. Etapa – Gostos e preferências: todo mundo tem Entrevistar e produzir desenhos sobre preferências e gostos individuais. Ampliar tema com organização de tabela e gráfico das preferências e gostos das pessoas do grupo. Etapa – Eu e você: descobrimos juntos Organizar informações obtidas nas etapas de desenvolvimento. Planejar a exposição valorizando a diversidade cultural e as histórias de vida – Museu da Pessoa. Montar e apresentar os trabalhos no Museu da Pessoa.

PRODUTO DO ITINERÁRIO

Exposição – Museu da Pessoa Acervo colaborativo para valorizar a diversidade cultural e a história de cada pessoa, os costumes, as preferências e os autorretratos. O objetivo é registrar, preservar e transformar em informação a história de toda e qualquer pessoa da sociedade, restringindo-se, neste momento, às histórias coletadas, pesquisadas e organizadas no desenvolvimento do projeto pelos alunos.

AVALIAÇÃO

Considerar todas as etapas previstas, seja na avaliação coletiva, seja na individual: momentos de trabalho colaborativo, desenvolvimento das etapas, momentos de sistematização do conceito trabalhado e como cada aluno se desenvolveu. Utilizar sugestões de protocolos de avaliação e autoavaliação disponíveis nas páginas XLVI e LXVIII, respectivamente.

XXIII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 23

3/26/18 13:27



AVALIAÇÃO No contexto escolar, é essencial que a avaliação seja processual, visando os objetivos pedagógicos, e formativa. Por ser um processo contínuo e sistemático, que considera o aluno integralmente, a avaliação deve ser discutida com todos os envolvidos, especialmente os alunos, que precisam saber “como, por que e para que” estão sendo avaliados. Nesse sentido, o aluno compreende que não é avaliado pelo produto final, mas no decorrer das propostas de trabalho apresentadas, que vão compor toda a documentação pedagógica do projeto. Também é importante que a avaliação esteja relacionada à proposta educativa da escola e do professor para que haja coerência entre metas educacionais, metas da escola, conhecimentos, objetivos gerais, objetivos individuais e procedimentos metodológicos. De acordo com a metodologia por resolução de problemas, o professor pode organizar a sequência de suas aulas, atentando para o que deve ser ajustado no processo e para como deve orientar a avaliação. O “o que, como e por que ensinar” deve estar atrelado ao que se espera do aluno no contexto do processo educativo (RUÈ, 2004), permeado pela cultura e experiência dos envolvidos. [...] A avaliação formativa considera que o aluno aprende ao longo do processo e que vai reestruturando o seu conhecimento através da atividade que executa. Do ponto de vista cognitivo, a avaliação formativa centra-se na compreensão do funcionamento da construção do conhecimento. O enfoque deste tipo de avaliação refere-se às representações mentais do aluno e às estratégias utilizadas, para chegar a um determinado resultado. Os erros são objetos de estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo estudante. Este tipo de avaliação toma diferentes matizes de significado nas últimas décadas. Começa por contribuir para um ensino adequado e uma aprendizagem eficaz, depois passa a ser entendida como um meio que procura interpretar e compreender os processos desenvolvidos pelos alunos na construção do seu saber. Assim, a avaliação deixa de ser um fim em si mesmo, mas acima de tudo passa a ser encarada como parte de um todo mais amplo, o de ensino-aprendizagem (SANTOS, 2003). [...] PERES, A. T. D. O uso de critérios de avaliação na resolução de problemas. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2012. Dissertação de mestrado. p. 28. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7690/1/ulfpie042957_tm.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2018.

As teorias da aprendizagem podem associar-se à avaliação na medida em que proporcionam maior entendimento sobre como funciona o esquema mental de um indivíduo, ou seja, como esse indivíduo formula seu pensamento, como se relaciona com seus pares, como articula sua experiência ao novo conhecimento que está adquirindo e como interage com o que foi questionado. A partir dessas questões, o professor conseguirá saber o que perguntar e como perguntar. Por ser a avaliação um meio de saber como está o ensino relacionado a determinados conhecimentos, seus resultados devem ser, principalmente, uma reorientação do trabalho que o professor vem desenvolvendo, de seus objetivos e conteúdos e da própria metodologia. XLIII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 43

3/26/18 13:28


O PBL possibilita constante avaliação do trabalho do professor e contribui para a melhoria da qualidade do ensino e para o processo de formação dos professores, pois estes são levados a uma permanente reflexão a respeito de seus procedimentos em sala de aula. Sendo o problema o ponto de partida da aprendizagem, tal como Leite e Esteves (2006) preveem, é importante pensar e definir os procedimentos necessários para todo o processo. Os alunos escolherão a maneira de responder ao problema, com base em pesquisa e investigação. Entender assim a aprendizagem é compreender que o próprio conhecimento não é previsível, imutável, tampouco seguro; logo, não pressupõe respostas fechadas e isoladas de contextos. A avaliação é um procedimento complexo, dinâmico, processual e formativo, que leva o aluno a ser protagonista do seu processo de aprendizagem. A avaliação que utiliza metodologia por resolução de problemas requer uma leitura cognitiva do processo de aprendizagem, por se tratar de um conjunto de conhecimentos, competências e atitudes que interagem no desenvolvimento do aluno. É importante, portanto, que o professor considere todas as etapas previstas: momentos que eram de trabalho em grupo e qual foi o desenvolvimento do grupo, momento de sistematização do conceito trabalhado e como cada aluno se desenvolveu. A avaliação é uma tarefa fundamental no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Nos projetos integradores ela está diretamente relacionada à observação atenta e ao acompanhamento de cada proposta apresentada para os alunos. Uma variedade de instrumentos de avaliação pode ser utilizada ao longo das atividades investigativas, como as respostas dos alunos para as perguntas realizadas durante as atividades; as apresentações em que os alunos têm a oportunidade de comunicar seus resultados e explicar os dados; a elaboração e o refinamento da questão de pesquisa. Quanto mais diversos forem os instrumentos, mais oportunidades haverá de avaliar diferentes habilidades e captar todo o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a avaliação formativa demanda que o professor torne explícitos tanto os objetivos de aprendizagem quanto os critérios de avaliação que serão utilizados ao longo das atividades. Ao conhecerem, especialmente, os critérios de avaliação, os alunos têm mais clareza sobre as ações que devem ser colocadas em prática para que consigam realizar a tarefa, podendo planejar os passos para atingir os resultados esperados e superar suas dificuldades. Avaliar nessa perspectiva coloca a produção dos alunos em outro patamar, pois o mais importante é acompanhar o processo de escolha e a construção dos caminhos escolhidos para resolver os problemas, perceber os argumentos utilizados entre os alunos de um grupo, fundamentar a avaliação a partir dos objetivos definidos para cada vivência. Toda produção dos alunos constituirá a documentação pedagógica do projeto. O trabalho em seu conjunto – avaliação coletiva e individual – permite ao aluno uma real dimensão do que de fato aprendeu e, ao professor, o que deve ser feito para que ocorra a aprendizagem. Um grande diferencial dos projetos integradores é poder aproximar os alunos dos conhecimentos, com diferentes linguagens, favorecendo os alunos que possam apresentar alguma dificuldade. Documentar integra e estrutura as teorias educativas e didáticas, dando visibilidade e tornando explícita e avaliável a natureza dos processos de aprendizagem dos alunos e dos adultos, individualizados através da observação, tornando-os um patrimônio comum e compartilhado. XLIV

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 44

3/26/18 13:28


A documentação pedagógica pode constituir-se em uma poderosa e produtiva ferramenta de formação (no sentido que Foucault dá aos instrumentos que ajudam a pensar), tendo em vista que ela nos convida a pensar de outro modo sobre o que sabemos e o que fazemos em nosso cotidiano na escola infantil. A adoção de uma prática de documentação como uma perspectiva pedagógica não tradicional requer necessariamente uma abertura para a mudança e a inclusão de diferentes pontos de vista. Nesse sentido, podemos falar na dimensão formativa da documentação pedagógica: a documentação pode ser uma ferramenta potente porque ela não apenas estabelece uma nova relação entre os educadores e as crianças, mas também oportuniza outra maneira de trabalhar entre os adultos. Ela se constitui como uma produção pedagógica e como importante instrumento de trabalho. Documentar pode ser ainda um importante momento de crescimento profissional, de qualificação do serviço e da construção de condições de trabalho adequadas. [...] A documentação pedagógica, segundo Dalhberg, Moss e Pence (2003, p. 190), é usada por educadores de vários lugares do mundo “como um instrumento para a reflexão sobre a prática pedagógica e como um meio para a construção de um relacionamento ético com nós mesmos, com o Outro e com o mundo”. É a chamada ética de um encontro. Observar, documentar e interpretar ajuda a pensar de novo a didática — ou seria uma didática nova? — construída e compartilhada por adultos e crianças. Assim, o processo de documentação constitui-se em um processo de aprendizagem ao mesmo tempo individual e coletiva. Observar é produzir conhecimento, mas não um conhecimento abstrato, e sim a emoção de conhecer que ele está atravessado pela nossa subjetividade. BARBOSA, Maria Carmen S.; FERNANDES, Susana Beatriz. Uma ferramenta para educar-se e educar de outro modo. Pátio, n. 30, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/uma-ferramenta-paraeducar-se-e-educar-de-outro-modo.aspx>. Acesso em: 10 jan. 2018.

PROPOSTA DE QUADROS DE AVALIAÇÃO PARA O PROFESSOR

A experiência educativa assume significado pleno se a documentação produzida for revista, reconstruída, ressignificada, avaliada, interpretada, comparada e enriquecida com diversos pontos de vista, além de ser compreendida como um processo de estudo e construção de estratégias intencionais das próximas interações com os alunos e uma rotina de construção do processo de aprendizagem. É importante que todas as atividades estejam registradas para que sejam analisadas em seu conjunto, valorizando a produção de todos os alunos em relação aos seus saberes, competências e atitudes (os valores que foram aprendidos). Partindo desta necessidade, sugerimos a seguir duas propostas de quadros de avaliação: • Proposta de quadros de avaliação para o professor – que apresenta as competências gerais, as habilidades das disciplinas, os objetivos e as atividades propostas em cada itinerário. • Proposta de quadros de avaliação para os alunos – que apresenta de forma simplificada os objetivos e as atividades propostas em cada itinerário. Os quadros de avaliação propostos para o professor permitem o acompanhamento minucioso do desenvolvimento da produção dos alunos. Observe a seguir os critérios de avaliação adotados: P PA

atingido plenamente atingido parcialmente

PR NA

atingido com muitas restrições S não atingido AV

sempre às vezes

R N

raramente nunca XLV

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 45

3/26/18 13:28


VOLUME 1 – ITINERÁRIO 1 – DIFERENTES E IGUAIS AO MESMO TEMPO 2.Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar COMPETÊNCIAS soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. GERAIS 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo.

HABILIDADES (EF01CI02) Localizar e nomear partes do corpo humano, representá-las por meio de desenhos e explicar oralmente suas funções. Ciências

(EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, de modo a constatar a diversidade de características, reconhecendo a importância da valorização, do acolhimento e do respeito a essas diferenças.

Geografia

(EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares.

História

(EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento, por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família.

Língua Portuguesa

(EF01LP06) Relatar experiências pessoais de seu cotidiano, em sequência cronológica e nível de informatividade adequado.

Arte

(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).

OBJETIVOS PROPOSTOS OU OBJETIVOS QUE PRETENDEMOS ALCANÇAR

P

PA

PR

NA

S

AV

R

N

Conhecer e representar características do corpo e da personalidade. Aprender a respeitar e valorizar diferenças físicas e de personalidade entre os colegas. Identificar, acolher e valorizar as diferenças e as semelhanças entre as crianças do convívio escolar e ampliar para outras crianças do mundo. Perceber que alguns costumes estão ligados aos aspectos culturais de cada povo e contribuem para a formação da identidade das pessoas. Refletir sobre o respeito à diversidade cultural das pessoas.

ATIVIDADES PROPOSTAS NO DESENVOLVIMENTO POR ETAPA Eu me vejo, eu te vejo

Produzir silhuetas com as características físicas e partes do corpo. Comparar e analisar as semelhanças e diferenças das características e jeito de ser. Produzir desenho para apresentar e discutir a valorização da diversidade e da pluralidade cultural.

Eu era, eu sou, eu serei

Descrever histórias de vida e fases de crescimento. Montar um jogo com fases do crescimento. Produzir linha do tempo com etapas de vida e crescimento.

Eu e você: temos costumes diferentes

Explorar imagens e texto para apresentar hábitos e costumes dos Xavante. Pesquisar sobre outros povos indígenas brasileiros.

Entrevistar pessoas sobre preferências e gostos. Gostos e preferências: Produzir desenhos sobre preferências e gostos. todo mundo tem Organizar tabela e gráfico das preferências e gostos do grupo. Eu e você: descobrimos juntos

Organizar informações obtidas nas etapas de desenvolvimento. Planejar a exposição valorizando a diversidade cultural e as histórias de vida – Museu da pessoa. Montar e apresentar os trabalhos no Museu da pessoa.

OBSERVAÇÃO DAS ATITUDES Participa da aula fazendo perguntas e sugestões. Realiza trabalhos nas datas previstas com atenção e responsabilidade. É atento escutando as explicações do professor, colegas e outras pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem. Respeita e segue as regras propostas. Apresenta atitudes colaborativas respeitando professores, colegas de sala e outras pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem. Busca a solução de problemas e compartilha as suas propostas com os colegas. É organizado e mantém seu material em dia.

XLVI

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 46

3/26/18 13:28



PROPOSTA DE QUADROS DE AVALIAÇÃO PARA OS ALUNOS

Na proposta de construção da aprendizagem por projetos integradores, valores e normas são fundamentais para a obtenção do conhecimento. Os alunos são constantemente estimulados a desenvolver atividades em grupos e em duplas e, mesmo quando o trabalho é feito individualmente, compartilham os resultados das produções. Por essa razão, o aprender coletivo é praticado e o respeito e a solidariedade devem ser constantemente estimulados. A autoavaliação é um instrumento concebido para possibilitar que os alunos analisem seu próprio desempenho, destacando pontos positivos e negativos, necessidades ou avanços, em busca do alcance de seus propósitos, os quais consistiriam, mais imediatamente, em uma aprendizagem significativa de determinado conhecimento, no domínio de determinadas competências e em sua consequente aprovação no processo. [...] a autoavaliação constitui-se numa autocrítica efetivada pelos alunos quanto ao seu próprio desempenho, devendo centrar-se numa reflexão fiel em que conste a contextualização do curso ou da disciplina, a sua evolução, dificuldades, avanços, condições de produção, além da condução do trabalho docente nesse processo, devendo servir para diagnosticar o momento analisado, estimular a participação dos alunos no processo avaliativo e a condução de novos sentidos para a prática docente. [...] Podemos perceber, ainda, que os alunos demonstram um significativo desejo de melhorar sua aprendizagem quando se sentem incentivados a revelar suas percepções sobre o seu desempenho e o do grupo, numa espécie de corresponsabilidade no processo de avaliação, aferindo conceitos bem próximos de seu real desempenho. [...] [...] a autoavaliação, conduzida de forma que o aluno tenha uma visão clara de onde pretende chegar, expressada livremente e centrada na cooperação, visto buscar a aprendizagem significativa de todo um grupo, constitui-se em um instrumento privilegiado para uma avaliação autêntica. [...] SILVA, Robson Carlos. A autoavaliação como instrumento de conscientização de alunos de um curso de especialização lato sensu. Olhar de professor, Ponta Grossa, 10(2): 101-115, 2007. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index. php/olhardeprofessor/article/download/1490/1135>. Acesso em: 10 jan. 2018.

A seguir, sugerimos um quadro com 12 propostas ou temas básicos que podem ser apresentados no momento de autoavaliação e reflexão atitudinal dos alunos. Amplie o quadro com outros temas relacionados com a atitude e a postura dos alunos, conforme as necessidades do grupo e da comunidade escolar. O importante é permitir que, ao final da avaliação, os alunos, com o professor, estabeleçam compromissos e metas para as próximas etapas de produção do conhecimento.

LXVI

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 66

3/26/18 13:28


PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ATITUDINAL

SEMPRE

ÀS VEZES

RARAMENTE

NUNCA

1. Costuma fazer perguntas e esclarecer as suas dúvidas. 2. É atento às explicações do professor e dos colegas de sala. 3. Expressa suas opiniões com clareza. 4. Fala o necessário e respeita os momentos durante os quais o grupo precisa de silêncio. 5. Respeita as regras estabelecidas pelo professor e pelos colegas. 6. Pratica as atividades com organização e atenção. 7. Realiza as atividades com dedicação. 8. Demonstra interesse pelas atividades propostas. 9. Compartilha as atividades com os colegas. 10. É colaborativo com o professor. 11. É colaborativo com os colegas. 12. É sensível aos problemas e às dificuldades apresentados pelos colegas. Foco de desenvolvimento:

Os quadros de avaliação para os alunos apresentam os 12 itinerários propostos na obra e as suas etapas de desenvolvimento. Observe, a seguir, como os critérios de avaliação adotados são claros e diretos, possibilitando ao aluno momentos de reflexão. Eles deverão indicar:

• Desenvolvi as atividades plenamente • Desenvolvi as atividades parcialmente • Desenvolvi as atividades parcialmente e com dificuldade • Não fiz as atividades Os quadros podem ser preenchidos pelos alunos individualmente, no momento de finalização de cada etapa, ou no final do itinerário. Sugerimos que eles utilizem os quadros como ferramentas de reflexão e construção do automonitoramento. Após o preenchimento, se achar adequado, organizar conversas individuais ou coletivas com os alunos para identificar os possíveis problemas que ocorreram no processo da aprendizagem, sugerir métodos e práticas de aprimoramento, destacar os avanços na produção do conhecimento, entre outras estratégias, para aprimorar o desempenho dos alunos. LXVII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 67

3/26/18 13:28


VOLUME 1 Desenvolvi Desenvolvi as atividades as atividades plenamente parcialmente

ITINERÁRIO 1 – DIFERENTES E IGUAIS AO MESMO TEMPO Abertura do itinerário

Jogar – Eu e você: somos iguais? Somos diferentes?

Eu me vejo, eu te vejo

Observar semelhanças e diferenças entre o meu corpo e o dos outros alunos. Interpretar o texto da obra O cabelo de Cora. Fazer colagem para ilustrar frase.

Eu era, eu sou, eu serei

Entrevistar – a história do meu crescimento. Desenhar uma história divertida. Produzir linha do tempo.

Eu e você: temos costumes diferentes

Interpretar texto sobre xavantes da obra A arte de olhar crianças. Produzir desenho de vestimenta de festa. Pesquisar hábitos de povos indígenas.

Gostos e preferências: todo mundo tem

Entrevistar seus colegas sobre o que mais gostam de fazer nos momentos de lazer. Ilustrar momentos de lazer. Organizar um Museu da Pessoa.

Eu e você: descobrimos juntos

Elaborar uma exposição: Diferentes e iguais ao mesmo tempo.

Desenvolvi as atividades parcialmente e com dificuldade

Não fiz as atividades

VOLUME 1 ITINERÁRIO 2 – FAMÍLIAS Abertura do itinerário

Definir família utilizando colagem.

Famílias: como elas são?

Conhecer diferentes famílias. Produzir frase coletiva sobre família. Fazer colagem e frase sobre família do aluno.

Família: como vivemos?

Interpretar texto sobre família de menina indiana. Fazer colagem sobre atividades da família do aluno. Produzir lista sobre atividades de lazer das famílias dos alunos. Pintar ilustrações do texto da obra A bailarina especial. Produzir desenho e legenda sobre cuidados do aluno com pessoas da família dele.

Famílias: qual é a origem da sua?

Interpretar texto da obra Meu avô africano. Pesquisar a origem das famílias dos colegas. Entrevista sobre origem da família do aluno.

Desenvolvi as atividades plenamente

Desenvolvi as atividades parcialmente

Desenvolvi as atividades parcialmente e com dificuldade

Não fiz as atividades

Observar exemplos de caixa de memória de família e objetos que guardam memórias. Família: compartilhando Produzir caixa de memória. memórias Apresentar as caixas de memórias produzidas para as famílias.

LXVIII

D3-INT-F1-1073-V1-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 68

3/26/18 13:28


ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 5o ANO

D3-INT-F1-1073-V5-MPG-M18-VIII-LXXX.indd 80

4/9/18 2:42 PM



5 projetos integradores

Aparecida Mazão Licenciada em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora da rede particular de ensino de São Paulo.

D2-INT-F1-1073-V5-INICIAIS-LA-M18-001-005.indd 1

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 1

26/04/18 20:52

1

26/04/18 20:58


Ativa – Projetos integradores – 5o ano Copyright © Aparecida Mazão, 2018 Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerência editoral Editoras Editores assistentes Assessoria Assistente editorial Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico Projeto de capa Ilustração de capa Supervisora de arte Edição de arte Diagramação Tratamento de imagens Coordenadora de ilustrações e cartografia Ilustrações Cartografia Coordenadora de preparação e revisão Revisão

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Iconografia Licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica

Lauri Cericato Silvana Rossi Júlio Natalia Taccetti Luciana Pereira Azevedo Remião, Deborah D’Almeida Leanza João Paulo Bortoluci, Leonardo de Sousa Klein, Luiza Sato Alexandre Albuquerque da Silva, Penelope Brito Carolina Bianchini Rodrigues Corrêa Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Bruno Attili, Juliana Carvalho Juliana Carvalho Beatriz Mayumi Patricia De Michelis Carolina Ferreira, Sergio Cândido Lima Estúdio Gráfico Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Marcia Berne Chris Borges, Clau Souza, Dayane Raven, Edu Ranzoni, Tel Coelho/Giz de Cera Allmaps Lilian Semenichin Ana Lúcia P. Horn, Carolina Manley, Cristiane Casseb, Desirée Araújo, Edna Viana, Iara Soldera Mletchol, Jussara R. Gomes, Lucila Segóvia, Renato Colombo Jr., Solange Guerra, Yara Affonso Elaine Bueno Rosa Andre Bárbara Clara, Carla Marques, Erica Brambila, Luiz Botter Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Mazão, Aparecida Ativa : projetos integradores : volume 5 / Aparecida Mazão. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. Bibliografia. ISBN 978-85-96-01612-4 (aluno) ISBN 978-85-96-01613-1 (professor) 1. Interdisciplinaridade na educação 2. Livros – texto (Ensino fundamental) I. Título. 18-15284

CDD-372.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental 372.19

Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Produção gráfica

Avenida Antônio Bardella, 300 - 07220-020 GUARULHOS (SP) Fone: (11) 3545-8600 e Fax: (11) 2412-5375

2

D2-INT-F1-1073-V5-INICIAIS-LA-M18-001-005.indd 2

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 2

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

www.twosides.org.br

26/04/18 20:52

26/04/18 20:58


53

APRESENTAÇÃO Esta coleção busca a construção do conhecimento e a solução de problemas relacionados com o seu dia a dia. Os textos e as atividades estimulam a sua participação e possibilitam o exercício dos valores relacionados ao meio ambiente, às questões sociais e à cidadania e a reflexão sobre eles. Desta forma, esperamos que aconteçam momentos de convivência e interação que possibilitem o desenvolvimento de cidadãos comprometidos com a qualidade de vida do planeta e dos seres que nele habitam.

A autora

D2-INT-F1-1073-V5-INICIAIS-LA-M18-001-005.indd 3

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 3

3/26/18 15:38

3

4/9/18 2:44 PM


SUM ÁRIO ITINERÁRIO

1

ÁGUA DOS RIOS

6

Etapa • Um rio com histórias .................................................. 8 Rios brasileiros e a poluição................................................. 12 Etapa • Um rio brasileiro .......................................................16 Etapa • Consumo de água .....................................................18 Vamos entender o infográfico? ............................................ 19 Etapa • O rio é um patrimônio? ............................................20 Etapa • Nosso rio é um patrimônio? ................................. 22

ITINERÁRIO

2

FOME

24

Etapa • Fome: o que é? ..........................................................26 Segurança alimentar e fome ................................................ 28 Etapa • A fome no mundo .....................................................30 Etapa • Fome: por que ocorre? .............................................32 Etapa • Fome: tem solução? ..................................................34 Erradicar a fome: uma ação mundial.................................... 36 Etapa • Fome: vamos falar a respeito.. ................................38 Etapa • A fome no Brasil na atualidade ............................ 40

4

D2-INT-F1-1073-V5-INICIAIS-LA-M18-001-005.indd 4

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 4

3/26/18 15:38

4/9/18 2:44 PM


38

ITINERÁRIO

3

AVA NÇOS TECNOLÓGICOS 42

Etapa • Avanços tecnológicos: vamos conhecer? ...............44 Avanços tecnológicos: passado e presente ........................45 Linha histórica: avanços tecnológicos .................................. 46 Etapa • E se não existisse... ...................................................48 Etapa • Avanços tecnológicos e meio ambiente ................52 Etapa • Quem não tem acesso ..............................................54 Etapa • Relatos de avanços tecnológicos ............................58 Etapa • Relatos orais e escritos ............................................60

ITINERÁRIO

4

CONSUMO CONSCIEN TE 62

Etapa • Consumo consciente: o que é ..................................64 Etapa • Consumidor consciente ............................................66 Consumo consciente: os 5 Rs ............................................... 68 Etapa • Desenvolvimento sustentável .................................70 Etapa • Sustentabilidade: o que é precioso e vale muito ...............................................................72 Compartilhando objetos e carinho ....................................... 73 Etapa • Todo mundo tem uma história para contar ...........74

Referências ............................................................................................................. 78 Material complementar ......................................................................................... 79

D2-INT-F1-1073-V5-INICIAIS-LA-M18-001-005.indd 5

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 5

3/26/18 15:38

5

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

IT IN ER ÁR IO

ÁGUA DOS RIOS

PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revistas e

acesso à internet para pesquisarem o significado das palavras nascente, afluente e foz. E, caso considerar interessante realizar a atividade da seção Para ampliar, os alunos precisarão pesquisar um rio na cidade ou estado em que moram.

JUSTIFICATIVA O Brasil apresenta um vasto patrimônio hídrico: pelo território nacional circulam 12% da água doce superficial do mundo. Apesar da importância desse recurso, pouco conhecemos de todo o trajeto que a água faz para chegar até as torneiras de nossas moradias. A água é essencial por diversos motivos: está presente em todas as células dos seres vivos; é o meio em que muitos organismos vivem, como os peixes; participa do processo de reprodução de diversas plantas e animais; é elemento representativo de valores sociais e culturais; e está presente na produção de diversos bens de consumo. Pode-se dizer que, provavelmente, a água é o único recurso natural que se relaciona com todos os aspectos da civilização, como o desenvolvimento da agricultura e das indústrias e os valores culturais e religiosos. Cerca de 70% da superfície do planeta são constituídos de água. Dessa quantidade, o maior volume corresponde à água salgada e somente 2,5% são de água doce, da qual quase 98% estão na forma de água subterrânea. Isso significa que a maior parte da água de fácil acesso e adequada para consumo é ínfima se comparada com a quantidade total de água existente no planeta. Na atualidade, a busca pelo conforto implica, necessariamente, um enorme aumento do consumo de água. Neste itinerário, os alunos deverão pesquisar a importância das águas dos rios e representar um ciclo hidrológico. Nas diferentes etapas, eles identificarão o aproveitamento econômico e a situação ambiental comprometida pelo intenso processo de urbanização, poluição e degradação ambiental de diferentes rios. Além disso, terão a oportunidade de refletir sobre o desperdício desse valioso recurso em suas residências.

1

Áreas do conhecimento: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Arte e Matemática.

Qual é a importância dos rios na nossa vida? Para iniciar essa investigação, reúna-se com os colegas e divirtam-se com o jogo a seguir, que apresenta o trajeto de um rio. Vocês vão precisar de um dado, disponível na página 81, e de marcadores (feijões, milhos, botões) para representar os jogadores na trilha. A cada rodada, o jogador avança o número de casas sorteado no dado. Quem cair em alguma casa marcada, lê a mensagem e segue o comando indicado. Vence quem chegar primeiro ao fim da trilha. Após a finalização do jogo, amplie seus conhecimentos conversando com seus colegas de sala e definindo algumas das palavras presentes no jogo: • Nascente.

• Afluente.

• Foz. Casa sem esgoto tratado. VOLTE 3 CASAS!

A água do rio fica poluída a poucos metros da nascente. VOLTE PARA O INÍCIO DO JOGO!

Casa com esgoto tratado. AVANCE 2 CASAS!

A água da nascente do rio está preservada. AVANCE 3 CASAS!

A mata localizada nas margens do rio está preservada. AVANCE 5 CASAS!

A mata localizada nas margens dos rios foi destruída para ampliar o uso da terra na agricultura. Além disso, o agricultor está usando agrotóxico sem o devido cuidado. VOLTE PARA CASA 6 DO JOGO!

6

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 6

[...] Os recursos hídricos têm profunda importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. Em relação à produção agrícola, a água pode representar até 90% da composição física das plantas. A falta d’água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se obter diversos produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes superiores ao volume produzido. [...] EXPEDIÇÃO Rios Voadores: Brasil das águas. A importância da água. Disponível em: <http://riosvoadores.com.br/educacional/ a-importancia-da-agua/>. Acesso em: 18 jan. 2018.

3/26/18 15:38

DESENVOLVIMENTO • Propor aos alunos que brinquem com o

jogo sobre o trajeto de um rio. Para isso, organizar os alunos em duplas e conduzir a atividade de acordo com as orientações a seguir. Número de participantes: 2 jogadores. Do que os alunos precisam para jogar: dado disponível no Material complementar e marcadores, que podem ser feijões, grãos de milho, botões ou outros pequenos objetos. Os alunos começam o jogo lançando o dado. Aquele que obtiver o maior número inicia o jogo. O número registrado na face superior do dado indica quantas casas cada jogador deverá avançar na trilha. Em algumas casas

6

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 6

4/9/18 2:44 PM


5:38

Espera-se que os alunos citem que: nascente é o local da superfície onde a água emerge naturalmente do lençol subterrâneo e alcança o solo. As águas das nascentes são utilizadas para obras de captação e consumo humano. Afluente é rio, riacho ou córrego que alimenta as águas de um rio maior. Roteiro do itinerário Foz é onde a maioria dos rios finaliza o seu percurso, desaguando em um rio, mar ou outro curso de água. Água dos rios: qual é a importância dela?

Justificativa

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbitos local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

A nossa missão neste itinerário é investigar a importância da água e da preservação dos rios para as pessoas e para os ambientes.

Etapas

O que vamos descobrir

Um rio com histórias

Investigar o trecho de um rio e conhecer a sua importância para o meio ambiente e para a população local.

Um rio brasileiro

Pesquisar e investigar um rio brasileiro.

Consumo de água

Interpretar em um infográfico informações sobre o consumo de água.

O rio é um patrimônio?

Definir patrimônio e reconhecer um rio como patrimônio cultural.

Nosso rio é um patrimônio?

Elaborar artigo jornalístico sobre um rio local.

Produto do itinerário

Artigo jornalístico

COMPETÊNCIAS GERAIS

25 a 30 aulas

PARA AMPLIAR Fábricas despejando esgoto sem tratamento no rio. FIQUE UMA VEZ SEM JOGAR!

Cidade com tratamento de esgoto. AVANCE 3 CASAS!

O rio é considerado um patrimônio cultural e a população cuida com zelo. AVANCE 2 CASAS! O município não tem tratamento de esgoto e lança resíduos na foz do rio. VOLTE 8 CASAS!

Sugerir aos alunos que, em grupos de dois ou três componentes, selecionem um rio que atravessa a cidade ou o estado em que moram e façam uma pesquisa na internet ou em livros do trajeto entre a nascente e a foz. Eles podem incrementar a pesquisa buscando imagens do rio ou um mapa do trajeto. Pedir a eles que apresentem os resultados obtidos para os demais colegas de sala.

PARA ACESSAR (ALUNOS)

Afluente do rio principal poluído. VOLTE 3 CASAS!

CLAU SOUZA

Caminhão com produtos tóxicos sofreu um acidente na rodovia próxima ao rio, poluindo as casas que margeiam o rio. VOLTE 10 CASAS!

7

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 7

existem comandos relativos ao ciclo hídrico e ao trajeto de um rio. O aluno que estiver nessas casas deverá ler e seguir as orientações fornecidas para avançar ou voltar casas. Vence o jogador que conseguir chegar primeiro ao final da trilha.

• Evidenciar que o jogo sistematiza os principais conceitos relativos a recursos hídricos mobilizados neste itinerário. • Após a finalização do jogo, é proposta uma atividade para definir algumas palavras e conceitos relacionados com o tema, como matas ciliares. • Auxiliar os alunos nessa pesquisa, sugerindo o uso de diferentes fontes de informação, como dicionários, livros e sites.

No site a seguir, é possível encontrar uma ilustração que representa o percurso de um rio desde a nascente até a foz, além de o texto fazer uma comparação entre as três seções do curso do rio com três fases da vida humana. Acesse: PARANÁ. Secretaria da Educação. Hidrografia: esquema de um rio. Disponível em: <http://ftd.li/yuajd7>. Acesso em: 21 mar. 2018.

3/26/18 15:38

O que são as matas ciliares? [...] São florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos-d’água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos como são os cílios para nossos olhos. [...] WWF BRASIL. O que são as matas ciliares? Disponível em: <https://www.wwf.org.br/natureza_ brasileira/questoes_ambientais/matas_ciliares/>. Acesso em: 23 jan. 2018.

7

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 7

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DESENVOLVIMENTO • Ler o texto com os alunos. Solicitar que

pesquisem as palavras desconhecidas em um dicionário. • Perguntar aos alunos se já viram ou se imaginam como é um barco a vapor. • Se achar adequado e o texto tiver despertado o interesse dos alunos, procurar lê-lo na íntegra no site indicado na fonte. • As hidrovias são caminhos utilizados para o transporte e circulação de pessoas e produtos que trafegam pelas águas dos rios. Para ampliar seus conhecimentos sobre hidrovias e sobre o rio São Francisco, leia o artigo a seguir, publicado no site do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Hidrovia do São Francisco Com 2 354 quilômetros de extensão, a hidrovia se estende pelos rios São Francisco, Paracatu, Grande e Corrente. A Bacia do Rio São Francisco, com 641 mil km² de área, representa cerca de 7,5% do território nacional, e se distribui por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Goiás e Distrito Federal. São quatro trechos característicos. O Alto São Francisco, das cabeceiras até a Serra da Canastra, em Pirapora/ MG. O Médio São Francisco está localizado entre Pirapora e Remanso/BA. A partir daí, o Submédio São Francisco vai até Paulo Afonso/BA, onde o Baixo São Francisco se estende até a foz, no Oceano Atlântico.

ETAP A UM RIO

COM HISTÓRIAS Conheça uma história, escrita em 2008, que ocorreu no trecho de um importante rio que atravessa cinco estados e percorre aproximadamente 2 800 km no território brasileiro. Andava sumido o Benjamim. Alguns achavam que tinha morrido, pela idade avançada — nascera em 1913 e passara toda a vida trabalhando duro nos sertões de Minas Gerais e Bahia. Outros sabiam: o velho agonizava em Pirapora, rio abaixo, praticamente esquecido há mais de uma década. Quando todos achavam que era um caso perdido, eis que ele se reergueu, renovado e vigoroso. Em outubro de 2007, o Benjamim Guimarães, um dos últimos barcos a vapor em atividade no planeta, voltou a navegar pelas águas do rio São Francisco, a mítica artéria que atravessa cinco estados brasileiros ao longo de 2,2 mil quilômetros. Ele ainda roda devagarinho, a não mais que 17 quilômetros por hora, como fez por 70 anos. Mas continua levando alegria — e uma certa nostalgia — à pobre gente ribeirinha que agora o vê voltar a desfilar. O Sol já baixa [...] quando ouço, em terra, um apito. É ele. O Benjamim Guimarães anuncia com mais dois toques a sua chegada a São Romão, norte de Minas. [...] São Romão existe desde 1686, quando nem Ouro Preto nem Mariana tinham surgido no mapa. A cidade de 9 mil habitantes vive hoje de agropecuária e de pesca de subsistência. Ela ganhou destaque recente pelo privilégio de marcar o ponto final do bate e volta de seis dias e 170 quilômetros que o Benjamim percorre a partir de Pirapora. [...]

Barco a vapor Benjamim Guimarães, construído nos Estados Unidos em 1913. O barco começou a navegar no rio São Francisco na década de 1920 e entrou em decadência nos anos 1980. O barco foi restaurado e novamente abriga viagens turísticas. Pirapora, Minas Gerais, 2007.

8

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 8

3/26/18 15:38

Navegação Atualmente a navegação comercial acontece entre Juazeiro/Petrolina e Ibotirama, em uma extensão de 560 quilômetros. São usados no Rio São Francisco comboios do tipo integrado: um comboio com 120 metros de comprimento, 16 metros de boca e 1,5 metro de calado, com capacidade para 2 mil toneladas; ou dois comboios com 120 metros de comprimento, 22 metros de boca e 1,5 metro de calado e capacidade para 3 mil toneladas. O polo de Juazeiro/Petrolina é o centro do sistema de cargas da região, e se volta para o mercado interno e para exportação. Em um raio de

250 quilômetros de distância por rodovias, tem-se a produção de grãos da região de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Pelo modal hidroviário, são 610 quilômetros de distância até Muquém/Ibotirama. Por ferrovia, percorrem-se 550 quilômetros ao Porto de Aratu, na Baía de Todos os Santos. Além da produção de grãos e algodão no cerrado a oeste da Bahia e Sul do Piauí, esse sistema multimodal pode atender a cultura de frutas e de cana-de-açúcar irrigada na região do Vale do São Francisco. Outras atividades importantes na região são a avicultura concentrada no entorno de Feira de Santana/ BA, Recife, Caruaru/PE e Fortaleza, bem como os polos minerários: de gipsita em Araripina/PI, que alimenta a indústria do gesso e fornece gesso às culturas agrícolas; e o de calcário agrícola, perto de Ibotirama. O sistema do São Francisco é parte de uma cadeia multimodal de exportação de produtos agrícolas. A cadeia inicia com o transporte rodoviário a partir das áreas produtoras de Ibotirama, de onde se trafega por via fluvial até Pirapora. De lá, a carga segue por trem até o porto marítimo de Vitória/ES. Os principais terminais existentes são: Pirapora, em Minas Gerais, Ibotirama

8

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 8

4/9/18 2:44 PM


5:38

A terceira expedição do Benjamim a São Romão, a que vi chegar em maio, evidenciou a boa forma do velho e de seus 16 tripulantes, lobos do rio especializados nos “roda-popa” (como eles chamam as barcaças com rodas-d’água na traseira). “Foi a mais difícil das três viagens”, confessa o comandante Cassiano José de Castro, de 78 anos. “O São Francisco está muito assoreado, quase atolamos nos bancos de areia”, explica, lembrando que a profundidade do rio estava em 1,3 metro, e o calado do Benjamim é de 1,2 metro. Como aconteceu com o próprio vapor, Cassiano encerrou os 14 anos de aposentadoria para voltar a capitanear o barco em que estreara como comandante. Só não esperava enfrentar as águas rasas. A represa de Três Marias não liberou água, como fizera em outubro. A razão é ambiental: o rio mais cheio nesse período prejudica a reprodução de algumas espécies de peixe. [...] O vapor, construído no americano rio Mississippi [...], foi trazido desmontado para navegar no rio Amazonas e depois no São Francisco [...]. Embora tenha virado uma espécie de máquina do tempo para o ontem glorioso, o Benjamim renasceu em tempos críticos. Além das águas rasas, os peixes escasseiam em função da poluição, como a que verdejou o Velho Chico com o enxofre das cianobactérias em 2007, impedindo que os 400 pescadores da cidade trabalhassem por dois meses. [...] A volta do Benjamim não representa o retorno da navegação pelo São Francisco, como sonha a nação barranqueira. “Os tempos são outros. A lentidão de um vapor a lenha já não combina com o ritmo acelerado do mundo”, analisa Vânia Guedes Santos, de 51 anos, uma ex-moradora que voltou à cidade para acompanhar o casamento de sua filha, à beira do São Francisco, e que se emocionou ao deparar com aquela parte importante de sua história.

Cianobactérias [...] são fotossintetizantes, apresentando fotossistemas I e II mas sem estar organizados em cloroplastos, como as plantas. Devido à presença destes pigmentos ricos em clorofila, ficocianinas e ficoeritrinas foram por muitos anos chamadas de algas cianofíceas. Alguns gêneros são fixadores de Nitrogênio atmosférico (N2) enquanto outros produtores de hepatoxinas ou neurotoxinas. As cianobactérias são indivíduos muito antigos e os seus fósseis são datados de períodos muito distantes no pré-cambriano. Uma grande flexibilidade a adaptações bioquímicas, fisiológicas, genéticas e reprodutivas, garantiram aos organismos a sua perpetuação na superfície terrestre e a sua distribuição em diversos ambientes terrestres, aquáticos (de rios, estuários e mares) e na interface úmida da terra com o ar (rochas, cascas de árvores, paredes, telhados, vidros, etc.).

FERNANDO DONASCI/ FOLHAPRESS

Daniel Nunes Gonçalves. O velho e o rio. Same same. Disponível em: <http://samesame.com.br/477/o-velho-e-o-rio>. Acesso em: 29 dez. 2017.

LABORATÓRIO DE CIANOBACTÉRIAS E FICOTOXINAS. O que são cianobactérias? Disponível em: <http://www.cianobacterias.furg.br/index.php/ oquesaocianobacterias>. Acesso em: 18 jan. 2018.

PARA ACESSAR (ALUNOS) Para conhecer as doze regiões hidrográficas brasileiras, acessar o link a seguir. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Divisões hidrográficas do Brasil. Disponível em: <http://ftd.li/oboa2q>. Acesso em: 21 mar. 2018.

PARA ACESSAR (PROFESSOR) 9

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 9

(Muquém do São Francisco), Juazeiro, Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa e Santa Maria da Vitória, na Bahia; além de Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, em Pernambuco. Há potencial de expansão futura da navegação pelo rio São Francisco entre Juazeiro/Petrolina e a barragem de Itaparica, expandindo o estirão navegável em 400 km. Para isso, seria necessário construir, com eclusas, as usinas hidrelétricas Riacho Seco e Pedra Branca.

3/26/18 15:38

O vídeo a seguir, realizado em 2009 como trabalho de conclusão de um curso do Senac-SP, narra como a história da cidade de São Paulo está relacionada com seus recursos hídricos. ENTRE RIOS: história da ocupação do solo e rios da cidade de São Paulo. Direção: Caio Silva Ferraz. Produção: Joana Scarpelini. São Paulo, 2009. Vídeo (25min20s). Trabalho de conclusão de bacharelado em Audiovisual, em 2009, do Senac-SP. Disponível em: <http://ftd.li/ppdo6m>. Acesso em: 21 mar. 2018.

DNIT. Hidrovia do São Francisco. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/hidrovias/ hidrovias-interiores/hidrovia-do-sao-francisco>. Acesso em: 4 jan. 2018.

9

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 9

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

1 Selecione informações do texto sobre o barco Benjamim Guimarães que descrevam:

a) onde e quando foi construído;

DESENVOLVIMENTO • Pedir aos alunos que respondam aos

itens da atividade 1, localizando as informações solicitadas no texto. • Se possível, antes de os alunos responderem à atividade 2, providenciar um mapa do Brasil com tamanho suficiente para que os alunos possam identificar os estados que o rio São Francisco atravessa. Caso vivam em uma localidade pela qual o rio passa, perguntar aos alunos se já o viram e pedir que descrevam o trecho que conhecem. • Ampliar a discussão sobre os estados pelos quais passa o rio São Francisco, apresentando a divisão hidrográfica do rio. Mostrar também outras divisões hidrográficas brasileiras. • Reler o trecho: “A volta do Benjamim não representa o retorno da navegação pelo São Francisco, como sonha a nação barranqueira. ‘Os tempos são outros. A lentidão de um vapor a lenha já não combina com o ritmo acelerado do mundo’ [...]”. Para a produção da atividade 3, pedir aos alunos que conversem sobre o que entenderam desse trecho.

Foi construído nos Estados Unidos, no rio Mississippi, em 1913.

b) como e por quem ele foi trazido para o Brasil; O barco a vapor foi trazido desmontado para navegar no rio Amazonas e, depois, no rio São Francisco; foi comprado pela família de Benjamim Guimarães.

c) quando o texto e a fotografia foram produzidos. O texto foi escrito em 2008 e a fotografia é de 2007.

2 Em qual rio o barco a vapor Benjamim Guimarães voltou a navegar em 2007? Que estados brasileiros são atravessados por esse rio? O barco a vapor Benjamim Guimarães voltou a navegar por um trecho do rio São Francisco. O rio São Francisco atravessa cinco estados, sendo que a sua nascente está localizada em Minas Gerais, atravessando Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, onde deságua no oceano.

3 Explique o que a ex-moradora quis dizer com a frase: “Os tempos são outros. A lentidão de um vapor a lenha já não combina com o ritmo acelerado do mundo”. Espera-se que os alunos citem que a ex-moradora quis dizer que o barco a vapor trafega pelo rio lentamente e que, na atualidade, outros tipos de transporte, mais velozes e modernos, são mais adequados para acompanhar o ritmo acelerado do mundo.

10

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 10

3/26/18 15:38

Divisões hidrográficas do Brasil A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabelece as doze Regiões Hidrográficas brasileiras. São regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Esse critério de divisão das regiões visa orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos em todo o país. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Divisões hidrográficas do Brasil. Disponível em: <http://www3.ana.gov.br/portal/ ANA/panorama-das-aguas/divisoes-hidrograficas>. Acesso em: 18 jan. 2018.

10

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 10

4/9/18 2:44 PM


5:38

• Pedir aos alunos que produzam um painel com as notícias pesquisadas. Incentivá-los a deixar o painel atrativo, escolhendo a melhor forma de distribuir o texto e usando lápis e canetas coloridas para destacá-lo. • Possibilitar a leitura compartilhada das notícias, histórias ou relatos e incentivá-los a trocar informações.

4 Para ampliar os conhecimentos dos temas tratados no texto, pesquisem e colem no espaço abaixo notícias de jornais, revistas e internet que apresentem:

a) a atual situação do barco a vapor Benjamim Guimarães. Ele ainda trafega pelo rio?

b) histórias ou relatos sobre a importância histórica, social e econômica do rio citado no texto para a população local e para o Brasil. Peça aos alunos que produzam um painel com os artigos pesquisados. Possibilite a leitura compartilhada dos artigos e incentive os alunos a trocar informações sobre os temas pesquisados.

11

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 11

3/26/18 15:38

Região Hidrográfica São Francisco A Região Hidrográfica São Francisco ocupa 7,5% do território brasileiro, abrangendo sete estados: Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. A precipitação média anual na RH São Francisco é muito abaixo da média nacional, apresentando frequentes situações de escassez de água. Entretanto, a RH tem importante papel na geração de energia para a região Nordeste do país. [...] AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Região Hidrográfica São Francisco. Disponível em: <http://www3.ana.gov.br/ as-12-regioes-hidrograficas-brasileiras/sao-francisco>. Acesso em: 18 jan. 2018.

11

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 11

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Rios brasileiros e a poluição

PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revistas e

acesso à internet para pesquisarem a atual situação do vapor Benjamim Guimarães, histórias ou relatos sobre a importância do rio São Francisco e sua situação ambiental atualmente. • Providenciar materiais como canetas e lápis coloridos, para desenhar e colorir, além de cola e tesoura com pontas arredondadas para que os alunos possam trabalhar na atividade.

Com um colega de sala, releiam novamente o texto das páginas 8 e 9 e observem atentamente os trechos que descrevem os problemas ambientais que ocorrem no rio citado.

1 Agora, façam o que é solicitado nos itens a seguir.

a) Citem quais são os problemas ambientais citados no texto. Espera-se que os alunos citem como problemas ambientais no rio São Francisco a redução do volume das águas e o aumento da poluição, ocasionando problemas para o meio ambiente e para os moradores, por causa da redução dos peixes, por exemplo.

DESENVOLVIMENTO • Organizar os alunos em duplas para que

respondam à atividade 1. • Se achar adequado, compartilhe com os alunos os textos a seguir, que apresentam mais informações sobre os problemas ambientais que afetam o rio São Francisco.

b) Pesquisem informações na internet e descrevam a atual situação ambiental do rio citado no texto. Citem os problemas ambientais enfrentados pelas águas, pela fauna e flora e pela população que habita as margens ou que vive dos recursos disponíveis no rio.

12

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 12

3/26/18 15:38

Os principais problemas que afetam o Velho Chico Da nascente à sua foz, o rio São Francisco vem sofrendo degradações que levam a bacia hidrográfica do rio São Francisco a sofrer sérios impactos ambientais. Confira os 5 principais problemas que afetam o Velho Chico: 1) O desmatamento para as monoculturas e para as carvoarias, que compromete os mananciais e provoca o assoreamento; 2) A poluição urbana, industrial, minerária e agrícola; 3) A irrigação, que, além dos agrotóxicos, consome água demais; 4) As barragens e hidrelétricas que realocam comunidades inteiras e que impedem os ciclos naturais do rio; 5) A pobreza e o abandono da população, a que mais sofre com as consequências desses abusos. É preciso uma atenção maior voltada para esses assuntos, a fim de manter o rio e tudo mais que depende dele vivo. COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO. Os principais problemas que afetam o Velho Chico. 29 nov. 2016. Disponível em:<http://cbhsaofrancisco.org.br/2017/os-principais-problemas-que-afetam-o-velho-chico/>. Acesso em: 18 jan. 2018.

12

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 12

4/9/18 2:44 PM


5:38

c) Pesquisem e colem no espaço a seguir uma fotografia que represente

Felizmente, os riachos que abastecem o parque e vão transformando o pequeno arroio em um rio de verdade estão sobrevivendo à seca e continuam a abastecer o Velho Chico. “Ele ainda percorre 14 km no parque e sai aparentemente normal”, diz Castanheira. Mas a 400 quilômetros dali, em Três Marias (MG), o São Francisco está novamente prestes a desaparecer. Criada em 1962, a imensa barragem de Três Marias, com seus mais de 2,7 quilômetros de extensão, está tendo destino semelhante ao do reservatório da Cantareira, em São Paulo. De maneira lenta, porém persistentemente, os mais de 15 bilhões de metros cúbicos de água estão desaparecendo e dando lugar à terra barrenta e rachada pelo sol forte do centro de Minas Gerais.

a poluição do rio citado no texto.

[...] A diminuição do volume das águas do Velho Chico também começa a afetar o turismo e o transporte ao longo de sua extensão. Em Pirapora (MG), o barco a vapor Benjamin Guimarães, uma das maiores atrações do São Francisco, está ancorado desde agosto por não conseguir navegar em suas águas. Em Pernambuco, a Icofort, empresa especializada em transporte de caroço de algodão, suspendeu o transporte hidroviário de mercadorias em junho e passou a utilizar as rodovias. De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), a mudança deve aumentar em cerca de 20% e 30% o preço final do produto. [...]

13

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 13

3/26/18 15:38

[...] Com mais de 2,8 mil quilômetros, o São Francisco nasce num filetinho de água que brota na Serra da Canastra, na região central de Minas Gerais, e vai desaguar caudaloso no Oceano Atlântico dividindo os Estados de Alagoas e Sergipe. Por conta da estiagem, pontos específicos dessa longa trajetória estão simplesmente secando e o rio, desaparecendo da paisagem. “A gente nunca viu parar de correr água por aqui. Foi isso que assustou”, diz Luiz Artur Castanheira, analista ambiental do Parque Nacional da Serra da Canastra, onde oficialmente começa o São Francisco. Foi lá, a 1,3 mil metros de altitude, em uma área de mata localizada no município de São Roque de Minas (MG), que os funcionários do parque se depararam com a cena absolutamente insólita ao buscar água para tentar apagar um incêndio. Os pequenos filetes de água que brotavam do solo e formavam um pequeno arroio desapareceram. “A nascente sumiu, secou”, diz Castanheira, que saiu a entrevistar os mais antigos funcionários do parque para descobrir se algo semelhante já havia acontecido. Pela memória e pelo que já se pesquisou nos registros históricos, esta foi a primeira vez que a nascente do imponente São Francisco secou.

SOTO, César. O velho Chico secou. Isto é, 21 jan. 2016. Disponível em: <https://istoe com.br/384457_O+VELHO+CHICO+SECOU/>. Acesso em: 21 mar. 2018.

PARA ACESSAR (PROFESSOR) Acesse o link a seguir para assistir a um episódio da série Rio São Francisco, que apresenta a importância do rio São Francisco e descreve como ele é maltratado por quem mais precisa dele: o ser humano. PRAIA, Ana Dalla. Falta de preservação ambiental nos afluentes prejudica o São Francisco. G1, 10 abr. 2016. Disponível em: <http://ftd.li/7qjct4>. Acesso em: 21 mar. 2018.

13

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 13

4/10/18 10:41 AM


DESENVOLVIMENTO • Ler o trecho do texto apresentado com

os alunos. Organizá-los em duplas para levantarem e pesquisarem as palavras que desconheçam para montar um glossário. • Antes de solicitar que façam as atividades, apresentar alguns outros gráficos de setores aos alunos, com no máximo quatro setores, fazendo algumas perguntas: O que representam as cores? Onde identificamos essa informação? Por que o círculo é dividido em diferentes tamanhos? Por que as divisões não podem ser todas iguais? Vocês sabem o nome deste tipo de gráfico? Vocês acham que os dados assim organizados são mais fáceis de reconhecer?

Com seu professor e colegas de sala, leia, a seguir, o trecho de uma reportagem publicada em 2015 sobre uma pesquisa realizada pela SOS Mata Atlântica acerca da poluição de alguns rios brasileiros.

Pesquisa com 111 rios brasileiros mostra que 23% têm água ruim ou péssima Análise do grau de poluição de 111 rios brasileiros, divulgada hoje [18/03/2015] pela organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, revela que 23,3% das águas são de qualidade ruim ou péssima. De acordo com a legislação brasileira, as águas nessa situação não podem sequer receber tratamento para consumo humano ou ser usadas para irrigação de lavouras. Os pesquisadores coletaram água em 301 pontos de rios e mananciais do Rio de Janeiro, de

São Paulo, Brasília, Santa Catarina, Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e Distrito Federal, entre março de 2014 e fevereiro de 2015. De acordo com a pesquisa, em 21,6% dos pontos de coleta, a água foi considerada ruim e, em 1,7%, péssima. Em 186 pontos (61,8%), os pesquisadores encontraram água considerada regular e 45 pontos (15%) mostraram boa qualidade. Nenhum dos rios analisados tem água totalmente limpa, segundo o levantamento. [...]

GUENTERMANAUS/SHUTTERSTOCK.COM

Luana Lourenço (Ed.). Pesquisa com 111 rios brasileiros mostra que 23% têm água ruim ou péssima. EBC Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-03/pesquisa-com111-rios-brasileiros-mostra-que-23-estao-improprios-para-o>. Acesso em: 30 dez. 2017.

Poluição no Rio Negro, em Manaus, Amazonas, 2012.

14

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 14

3/26/18 15:38

14

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 14

4/9/18 2:44 PM


5:38

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

O gráfico abaixo foi produzido com os dados informados na pesquisa.

3

O texto a seguir traz uma discussão sobre a água que consumimos e formas de cuidarmos dos recursos hídricos, tentando limitar os prejuízos resultantes da urbanização e da poluição. EU PENSO MEIO AMBIENTE. Você sabe de onde vem a água que você bebe? Disponível em: <http://ftd.li/4z92fe>. Acesso em: 21 mar. 2018.

2 QUALIDADE DA ÁGUA

EDITORIA DE ARTE

1

4

1

Péssima

2

Ruim

4

Regular

3

Boa

1 Que título vocês dariam para o gráfico? Espera-se que os alunos elaborem títulos relacionados ao tema poluição e qualidade das águas dos rios.

2 Pinte o gráfico e sua legenda com as cores correspondentes. 3 Produzam um texto coletivo, descrevendo a qualidade das águas dos rios pesquisados de acordo com os dados da pesquisa.

15

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 15

DESENVOLVIMENTO • Pedir aos alunos que façam as ativida-

des da página e, ao final, compartilhem suas respostas. Incentivá-los a discutir as divergências de maneira construtiva. • Após a produção do gráfico, propor aos alunos a atividade 3, de criação de um texto coletivo com base nas informações obtidas sobre a qualidade dos rios pesquisados. É possível atuar como escriba ou selecionar alguns alunos para a tarefa. Utilize a lousa para a produção e escreva com os alunos as informações apresentadas. Após a escrita,

3/27/18 11:23

solicitar que façam uma leitura do texto e apontem o que precisa ser revisto. Se achar adequado, siga as orientações: — Releiam juntos a história diversas vezes; — Vejam se é necessário acrescentar outras informações; — Verifiquem se a sequência de informações e dos acontecimentos propostos é adequada e se o texto apresenta início, meio e fim; — Selecionem um título para o texto.

15

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 15

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ETAP A UM RIO

BRASILEIRO

PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revistas e

TEL COELHO/GIZ

DE CERA

acesso à internet para pesquisarem informações sobre um rio brasileiro. • Providenciar atlas para os alunos poderem copiar os mapas com o trajeto do rio pesquisado.

DESENVOLVIMENTO • Apresentar, em atlas ou usando um site,

um mapa físico do Brasil que mostre os principais rios brasileiros. Uma boa sugestão é o mapa do IBGE, disponível em: <http:// ftd.li/wcpmmo> (acesso em: 21 mar. 2018). • Solicitar aos alunos que, em grupos de três ou quatro integrantes, escolham um dos rios presentes no mapa. • Organizar as escolhas dos rios que deverão ser pesquisados de forma que os alunos não selecionem o rio São Francisco (já estudado no itinerário) nem rios repetidos. Além disso, garantir que rios de diferentes regiões brasileiras sejam selecionados para garantir a diversidade e a amplitude da pesquisa. • Pedir que realizem a pesquisa seguindo o roteiro indicado no itinerário. • Ao final, organizar uma roda de conversa em que os grupos possam compartilhar as dificuldades que tiveram e as informações mais interessantes que descobriram a respeito do rio pesquisado.

PARA AMPLIAR • Com base nas informações recolhidas

pelos alunos, pedir que produzam uma lista dos principais tipos de poluição que ocorrem nos rios pesquisados. • Propor ações que possam evitar a piora da poluição dos rios e elaborar uma outra lista com uma reflexão sobre ações pessoais que podem ser desenvolvidas para garantir a saúde dos rios e a preservação das águas no Brasil.

O extenso território brasileiro apresenta uma vasta rede hidrográfica com uma grande quantidade de rios. Deles, provém um recurso natural fundamental: a água utilizada por grande parte dos seres vivos. Vamos conhecer alguns desses rios, as suas condições ambientais e pesquisar a sua importância econômica, histórica e social para a população.

1 Organizados em grupos de trabalho, selecionem um rio no Brasil e produzam um texto descrevendo: • o trajeto; • a localização da nascente e da foz; • as condições ambientais do rio, citando se as águas do rio estão em boas condições ou se são vítimas de poluição; • a importância histórica, social e econômica do rio para a população local e do Brasil.

2 Para ilustrar o texto, insiram um mapa do Brasil com a localização e o trajeto do rio pesquisado.

3 Ampliem e enriqueçam o tema, pesquisando histórias, relatos de moradores ou artigos jornalísticos que descrevam a importância histórica, social ou econômica do rio para a população.

16

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 16

3/26/18 15:38

Degradação ambiental castiga os rios, lagos e mananciais do país Quando se fala em degradação ambiental, logo lembramos da poluição emitida pelos carros e as indústrias. Mas também existe uma degradação que ninguém vê, como a que acontece nas águas brasileiras. Isso gera consequências diretas na distribuição e uso da água, essencial à sobrevivência humana, e que tem seu consumo como direito reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Já o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) alerta que, se os níveis de interferência antrópica (ação humana) na natureza continuarem altos, a progressiva melhora nos índices sociais dos países em desenvolvimento será interrompida antes de 2050. Com cerca de 12% de toda a água doce do mundo, o Brasil é rico em biodiversidade e possui um patrimônio ambiental invejável. No entanto, boa parte de nossos ecossistemas e reservas hídricas estão comprometidos diante das ações de degradação ambiental, gerando diversas consequências. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta, por exemplo, para o número crescente de doenças associadas à destruição do meio ambiente. Com o desequilíbrio nos ecossistemas, há proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como a zika. Essa enfermidade, que já vinha causando medo à população brasileira, é uma das que mais preocupam o órgão. [...]

16

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 16

4/9/18 2:44 PM


5:38

4 Utilize o espaço a seguir para produzir um painel de imagens, como

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

mapas ou fotografias, do rio pesquisado.

O link a seguir traz uma notícia sobre a Lei das Águas e sua importância para a preservação dos mananciais brasileiros. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Água. Disponível em: <http://ftd.li/5tvtap>. Acesso em: 21 mar. 2018. O documento a seguir apresenta diversas informações sobre os recursos hídricos brasileiros e a importância de utilizá-los de maneira sustentável. CEBDS; ANA. Fatos e tendências: água. Brasília, DF, set. 2009. Disponível em: <http:// ftd.li/9jan4w>. Acesso em: 21 mar. 2018.

PARA ACESSAR (ALUNOS) O link a seguir traz informações sobre como é feita a purificação da água para nosso consumo. PLANETA ÁGUA. De onde vem a água de nossas torneiras? 16 jul. 2010. Disponível em: <http://ftd.li/337n5p>. Acesso em: 21 mar. 2018.

17

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 17

3/26/18 15:38

Poluição dos rios A poluição dos rios é comum em áreas das zonas urbanas brasileiras. São alguns exemplos o Rio Tietê, em São Paulo; Rio Iguaçu, no Paraná; e Rio Doce, em Minas Gerais. A poluição dos rios é muito comum em ambientes urbanos, havendo raríssimos casos em que cursos d’água em grandes áreas urbanas não se encontrem degradados. A principal causa da poluição urbana é a falta de saneamento básico, que obriga a população a jogar lixo nos rios – tanto de forma direta no leito das águas quanto pelos transbordamentos de dejetos que acabam chegando à bacia hidrográfica quando as chuvas ocorrem. Portanto, para conservar os rios urbanos, é necessário manter a limpeza das próprias cidades, com a limpeza das canalizações e dutos e o recolhimento apropriado dos rejeitos. Contaminação de lençóis freáticos ameaça segurança alimentar e nutricional A degradação ambiental ameaça seriamente a segurança alimentar e nutricional da população, já que os aditivos químicos lançados sobre as plantações são absorvidos pelo solo e atingem os lençóis freáticos, reservatórios naturais de água subterrânea acumulados entre as rachaduras das rochas.

Esses lençóis são responsáveis também pelo abastecimento dos rios que, por sua vez, irrigam as plantações. Por isso é de extrema importância o cuidado com a qualidade de tais recursos hídricos. A situação já chama a atenção das autoridades em alguns locais do país. Em março [de 2017], por exemplo, no Rio Grande do Sul, a Justiça determinou multa de R$ 1 milhão ao mês em caso de uso comprovado do agrotóxico Mertin 400 em lavouras de arroz irrigado no território do estado, independentemente da quantidade de unidades produtoras. A decisão, segundo a imprensa gaúcha, se deu a partir do entendimento do Ministério Público de que há risco de contaminação do lençol freático e da bacia hidrográfica do Rio Jacuí, para onde correm as águas utilizadas nas lavouras. [...] CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. Degradação ambiental castiga os rios, lagos e mananciais do país. Brasília, DF, 25 jul. 2017. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/ noticias/2017/julho/degradacao-ambientalcastiga-os-rios-lagos-e-mananciais-do-pais>. Acesso em: 18 jan. 2018.

17

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 17

4/9/18 2:44 PM


PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revistas e

acesso à internet para pesquisarem ações que podem ser realizadas na escola para reduzir o desperdício da água. • Providenciar materiais como canetas e lápis coloridos, além de cola e tesoura com pontas arredondadas para que os alunos possam trabalhar na atividade.

ETAP A CONSUMO

DE ÁGUA Com a ajuda de seu professor, leia o infográfico sobre o consumo humano diário de água. Você sabe o que é um infográfico? Infográfico é um recurso que utiliza gráficos, mapas, ilustrações, fotografias, entre outros elementos visuais, para explicar um assunto ao leitor de forma mais atrativa.

SAMAE/PR

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

DESENVOLVIMENTO • Apresentar o infográfico aos alunos,

destacando o que é importante observar: — o título: tem a finalidade de chamar a atenção do leitor, além de apresentar o tema e fazer a relação com as demais informações do infográfico; — as imagens e ilustrações: são elementos que compõem o infográfico com o intuito de deixá-lo mais atrativo; — as cores: destacam e evidenciam o tema ou o assunto tratado; — as informações matemáticas: o uso de recursos da Matemática facilita a compreensão do assunto ou tema.

• Mesmo sendo um elemento em abundância, lembrar aos alunos que grande parte da água presente no planeta não é potável e, por isso, é importante fazer um uso consciente dela. Organizar os alunos em grupos e pedir que discutam a forma como usam a água em suas moradias. • Solicitar aos alunos que, depois da discussão, respondam as atividades propostas. • Antes da construção do infográfico solicitado na atividade 4, elaborar com eles um roteiro de objetos visuais e formas de apresentar as informações de um infográfico. Lembrá-los das características desse gênero textual, enfatizando o público a que se destina: a comunidade escolar.

* Recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) ** Torneira aberta por 20 segundos

SAMAE. Quanto se gasta de água por dia. Antonina, Paraná. Disponível em: <http://www.samaeantonina. com.br/upload/tiny_mce/QUANTO_SE_GASTA_DE_AGUA.bmp>. Acesso em: 30 dez. 2017.

18

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 18

3/26/18 15:39

Ler infográficos na sala de aula A leitura não é uma habilidade neutra e uniforme que, uma vez aprendida, é aplicada nos mais diversos contextos. Cada texto tem características específicas, que variam de acordo com a situação comunicativa, o gênero do discurso, o contexto em que é produzido e circula etc. Por isso, é interessante ensinar o aluno a ler diferentes textos, com objetivos variados. Por exemplo, nas várias disciplinas escolares, as leituras requisitadas também são diversas e exigem que conhecimentos diferentes sejam mobilizados pelo leitor para construir os sentidos do texto. Esta atividade tem como principal objetivo trabalhar a leitura nas ciências, introduzindo o aluno às características dos textos científicos, principalmente às relações entre imagem, símbolo e palavra. Para isso, a proposta tem como base o gênero infográfico. É importante que o professor integre as atividades aqui indicadas a eventos ou conteúdos já planejados para a turma. [...] Esse tipo de texto pode ser usado em apresentações de eventos escolares, como uma feira de ciências, ou da própria turma, como apresentação de seminários. [...]

18

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 18

4/9/18 2:44 PM


5:39

PARA AMPLIAR • Explicar que a água é uma substância que

Vamos entender o infográfico?

existe em maior quantidade na superfície da Terra. Forma oceanos, mares, rios e lagos. Se possível, levar para a sala de aula um globo ou planisfério para que os alunos visualizem a proporção entre terra e água no planeta. Lembrar aos alunos que o planisfério é uma representação plana da Terra e que a parte azul corresponde aos oceanos, mares, rios e lagos. Todos os continentes e ilhas ocupam um quarto da superfície do planeta; os três quartos restantes são água. Mostrar também que nas regiões próximas aos polos também existe água, mas não em forma líquida: camadas de gelo cobrem o mar e a terra. Relacionar esse fenômeno com a inclinação do eixo da Terra e os movimentos de rotação e translação. • Informar que na atmosfera também há água. Ela está misturada com o ar, em forma de vapor, por isso não podemos vê-la. A água da atmosfera também pode ser encontrada no estado líquido: são as gotas que formam as nuvens e os nevoeiros. Parte dessa água acaba voltando para a superfície da Terra, principalmente quando chove. Abaixo da superfície da Terra também existe água, em grandes reservatórios que são chamados de lençóis d’água ou lençóis freáticos. • Explicar aos alunos que a água também existe na forma sólida nos picos das montanhas de grande altitude, uma vez que nas camadas mais altas da atmosfera as temperaturas são muito baixas. • Reunir os alunos em grupos para procurarem, em livros, revistas e na internet, fotos de lugares onde exista água em estado sólido e líquido.

1 Infográfico é um recurso gráfico usado para explicar um ou mais assuntos ao leitor. Qual é o tema principal tratado no infográfico presente na página 18? Espera-se que os alunos citem que o tema é o quanto se gasta de água por dia.

2 Gráficos são recursos visuais usados no cotidiano com a finalidade de facilitar a compreensão de uma informação. O que está sendo tratado no gráfico presente no infográfico? O consumo de água em alguns lugares do mundo.

3 Troque ideias com um colega de sala e registre as informações que mais chamaram a atenção de vocês no infográfico sobre os itens a seguir:

a) O consumo de água pelos seres humanos nos países e regiões citados no gráfico.

b) As formas de consumo diário de água citadas no infográfico. Além dessas, cite outras utilizadas no seu dia a dia. Consumo de água – espera-se que os alunos percebam a grande disparidade entre o consumo de água humano entre os países ou regiões mais ricos e os menos ricos. Formas de consumo diário – espera-se que percebam as formas de utilização da água na simulação (banho, descarga, lavar as mãos, escovar os dentes e água potável para beber) e o gasto, em litros, de cada uma das formas de consumo. Espera-se que os alunos citem outras formas de consumo de água utilizadas em suas moradias, como no preparo de alimentos, lavar roupas e louças, fazer a limpeza da moradia, regar plantas, entre outros usos.

4 Com a ajuda de um colega de sala, produzam na página 83 um infográfico que apresente informações sobre formas de economizar água na escola.

PARA ACESSAR (ALUNOS)

19

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 19

3/26/18 15:39

Infográfico Infográficos são textos multimodais, em que há a combinação da escrita com imagens, numeração, setas, cores para explicar um fenômeno ou processo na visão científica. Alguns infográficos constituem partes de reportagens ou artigos de divulgação científica; outros são independentes. Na internet, podemos encontrar inúmeros infográficos virtuais, interativos, que também combinam sons e imagens em movimento. GRANDE, Paula Baracat De. Ler infográficos na sala de aula. Plataforma do letramento. Disponível em: <http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-experimente/520/ ler-infograficos-na-sala-de-aula.html?pagina=1>. Acesso em: 18 jan. 2018.

• Pedir aos alunos que pesquisem não só ações que possam contribuir para a diminuição do desperdício da água na escola, bem como imagens e gráficos que possam ser usados. É importante que eles citem as fontes em que obtiveram as informações usadas.

O link a seguir traz uma notícia sobre a água – de onde ela vem e as formas de utilização desse recurso – e pode ser interessante para que os alunos façam uma reflexão em conjunto com os dados do infográfico a respeito do consumo de água por pessoa em diferentes países. SOUZA, Daniele. De onde vem a água? Rio de Janeiro: Fiocruz: invivo. Disponível em: <http://ftd.li/voim5u>. Acesso em: 21 mar. 2018.

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

Documento com informações sobre o uso que fazemos da água e atividades que podem ser feitas com os alunos para a conscientização de um uso sustentável. BRASIL: Ministério do Meio Ambiente. Água: um recurso cada vez mais ameaçado. Brasília, DF. Disponível em: <http://ftd.li/7o2f3i>. Acesso em: 21 mar. 2018.

19

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 19

4/9/18 2:44 PM


PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revis-

tas e acesso à internet para as atividades propostas.

DESENVOLVIMENTO • Ler o texto introdutório desta etapa com

os alunos, levantando conhecimentos prévios que possuam sobre o tema patrimônio. • Pedir aos alunos que respondam às atividades. Proporcionar momentos de reflexão em cada uma delas, para que os alunos pensem em conjunto sobre as respostas que darão. • Ler o texto a seguir, que descreve o encontro das águas como um dos maiores patrimônios paisagísticos do Brasil.

ETAP A O RIO É

UM PATRIMÔNIO? O patrimônio cultural é formado pelo conjunto dos saberes e expressões que remetem à memória e à história de um povo e que precisam ser valorizados e preservados pela sua importância. Em 2010, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considerou o encontro das águas dos rios Negro e Solimões um patrimônio cultural brasileiro.

• Para que os alunos consigam responder à atividade 4, ler o texto a seguir para eles.

Turistas de todo o Brasil e de diferentes partes do mundo visitam o encontro das águas, que é um fenômeno natural onde as águas dos dois rios correm lado a lado, sem se misturar, por aproximadamente 6 quilômetros. Manaus, Amazonas, 2007.

1 Organizados em grupos de trabalho, pesquisem e registrem os significados das palavras e termos a seguir:

a) Patrimônio

[...] O Encontro das Águas no Amazonas entre os rios Negro e Solimões é coberto de excepcionalidades e singularidades. Entre seus principais destaques estão o volume e a vazão das águas dos dois rios no momento do encontro. Os primeiros três quilômetros são marcados por uma linha quase rígida onde, à margem direita estão as águas claras e barrentas do Solimões e à esquerda, as escuras e transparentes do Rio Negro. Todos os seus aspectos configuram o Encontro das Águas no Amazonas como um dos maiores patrimônios paisagísticos do Brasil. IPHAN. Encontro das Águas ameaçado, 5 ago. 2011. Disponível em: <http://portal.iphan.gov. br/noticias/detalhes/1418>. Acesso em: 18 jan. 2018.

MAURICIO SIMONETTI/PULSAR IMAGENS

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A palavra patrimônio é utilizada para descrever os bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma empresa, de um país etc.

b) Patrimônio cultural O patrimônio cultural é formado pelo conjunto dos bens, dos saberes, das expressões, da história, da memória e da identidade de um povo.

20

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 20

3/26/18 15:39

Critérios de seleção Para serem incluídos na Lista do Patrimônio Mundial, os sítios devem satisfazer alguns critérios de seleção. Os bens culturais devem: i. representar uma obra-prima do gênio criativo humano, ou ii. ser a manifestação de um intercâmbio considerável de valores humanos durante um determinado período ou em uma área cultural específica, no desenvolvimento da arquitetura, das artes monumentais, de planejamento urbano ou de paisagismo, ou iii. aportar um testemunho único ou excepcional de uma tradição cultural ou de uma civilização ainda viva ou que tenha desaparecido, ou iv. ser um exemplo excepcional de um tipo de edifício ou de conjunto arquitetônico ou tecnológico, ou de paisagem que ilustre uma ou várias etapas significativas da história da humanidade, ou v. constituir um exemplo excepcional de habitat ou estabelecimento humano tradicional ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura ou de culturas, especialmente as que tenham se tornado vulneráveis por efeitos de mudanças irreversíveis, ou vi. estar associados diretamente ou tangivelmente a acontecimentos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, ou com obras artísticas ou literárias de significado universal excepcional [...].

20

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 20

4/9/18 2:44 PM


5:39

PARA AMPLIAR • Se na cidade ou estado em que os alu-

c) Patrimônio natural O patrimônio natural compreende áreas de importância histórica que devem ser

nos vivem houver um patrimônio cultural ou natural, solicitar que levantem hipóteses sobre por que esse lugar foi escolhido. Se possível, confirmar as hipóteses pesquisando o lugar em sites como o do IPHAN ou da Unesco.

preservadas e que transmitem à população a importância natural.

2 Pesquisem e descrevam como ocorre o fenômeno do encontro das águas

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

dos rios Negro e Solimões.

A TV Nova Amazônia apresenta, no vídeo a seguir, uma expedição que explora a cultura, a biologia e o misticismo do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. ENCONTRO das águas. Direção: Jonária França e Welder Alves. Vídeo (26min45s). Disponível em: <http://ftd.li/qgpn65>. Acesso em: 21 mar. 2018. Reportagem do G1 traz informações sobre o Parque Intervales, um exemplo de patrimônio da humanidade. PATRIMÔNIO da humanidade, Parque Intervales é repleto de nascentes e cachoeiras. G1: Itapetininga e região. Disponível em: <http://ftd.li/4ak3yu>. Acesso em: 21 mar. 2018.

Nas pesquisas dos alunos, espera-se que se evidencie que o rio Negro apresenta águas muito escuras devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação; além disso, suas águas fluem lentamente (cerca de 2 km por hora). O rio Solimões, por sua vez, apresenta cor barrenta devido à grande quantidade de sedimentos que a água carrega; ele flui com maior rapidez (cerca de 6 km por hora). A diferença de composição, a acidez, a temperatura, o fluxo e a densidade é o que evita a mistura dos rios quando eles se encontram. As águas desses rios não se misturam por cerca de 6 km e, quando elas se juntam, passam a receber o nome de rio Amazonas.

3 Expliquem por que o encontro das águas entre os rios Negro e Solimões foi escolhido como patrimônio cultural. Espera-se que, em suas pesquisas, os alunos observem que o encontro das águas dos rios Negro e Solimões foi selecionado como patrimônio cultural por ser reconhecido como uma manifestação de saberes e lugares que abriga práticas culturais coletivas, que precisa ser preservado para as gerações futuras, segundo o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico

Os sítios mistos têm, ao mesmo tempo, excepcional valor natural e cultural. Desde 1992, interações significativas entre o homem e o meio natural têm sido reconhecidas como paisagens culturais.

Nacional (Iphan). O fenômeno é uma das atrações turísticas da região.

4 Como um bem material e imaterial ou um sítio podem ser selecionados e escolhidos como patrimônio? Pesquisem e conversem sobre os critérios utilizados pela Unesco, um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), para selecionar os sítios e os bens incluídos na lista do Patrimônio Mundial.

Proteção de sítios em perigo

21

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 21

3/26/18 15:39

Os bens naturais devem: i. ser exemplos excepcionais representativos dos diferentes períodos da história da Terra, incluindo o registro da evolução, dos processos geológicos significativos em curso, do desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos e fisiográficos significativos, ou ii. ser exemplos excepcionais que representem processos ecológicos e biológicos significativos para a evolução e o desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos e de água doce e de comunidades de plantas e animais, ou iii. conter fenômenos naturais extraordinários ou áreas de uma beleza natural e uma importância estética excepcionais, ou iv. conter os habitats naturais mais importantes e mais representativos para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo aqueles que abrigam espécies ameaçadas que possuam um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação. Também são critérios importantes a proteção, a administração e a integridade do sítio.

A conservação do Patrimônio Mundial é um processo contínuo. Incluir um sítio na Lista serve de pouco se posteriormente o sítio se degrada ou se algum projeto de desenvolvimento destrói as qualidades que inicialmente o tornaram apto a ser incluído na relação dos bens do Patrimônio Mundial. Na prática, os países tomam essa responsabilidade muito seriamente. Pessoas, organizações não governamentais e outros grupos comunicam ao Comitê do Patrimônio Mundial possíveis perigos para os sítios. Se o alerta se justifica e o problema é suficientemente grave, o sítio será incluído na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo. UNESCO. O Patrimônio: legado do passado ao futuro. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/ pt/brasilia/culture/world-heritage/heritage-legacyfrom-past-to-the-future/>. Acesso em: 18 jan. 2018.

21

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 21

4/9/18 2:44 PM


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ETAP A NOSSO RIO É

UM PATRIMÔNIO?

PROGRAME-SE • Os alunos precisarão de livros, revistas e

A Unesco descreve um patrimônio como: [...] o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio cultural e natural é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade. [...]

acesso à internet para pesquisarem informações e imagens sobre um rio da região em que moram.

UNESCO. O Patrimônio: legado do passado ao futuro. Disponível em: <http:// www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/heritage-legacy-from-pastto-the-future/>. Acesso em: 30 dez. 2017.

• Que rio atravessa o estado ou a cidade onde você mora que pode ser considerado um patrimônio para você e toda a população local?

22

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 22

DESENVOLVIMENTO • Durante esta atividade, é evidenciada a

habilidade de Língua Portuguesa em “produzir texto com o intuito de opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola ou problemas da comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto”. • Antes de pedir aos alunos que elaborem seus textos jornalísticos, apresentar alguns textos interessantes em que eles possam se basear para levantar as características des-

se gênero textual e elaborar um roteiro das partes que serão elaboradas e o que precisarão pesquisar. • Além da pesquisa necessária para elaborar o texto jornalístico, os alunos precisarão construir argumentos de convencimento sobre sua escolha, fortalecendo os conteúdos apreendidos e sua opinião a respeito do tema. • Informar seus alunos de que o texto veiculado em jornais, revistas, rádio e televisão tem como principal objetivo informar ou entreter os leitores ou telespectadores.

3/26/18 15:39

• Depois de concluído, solicitar que leiam e apresentem o artigo aos colegas. Listar, com a ajuda de todos os alunos, os pontos positivos e o que poderia ser ampliado e melhorado. É importante lembrar que as críticas devem ser construtivas, sem o intuito de ofender os colegas. • Se achar adequado, o mesmo rio pode ser pesquisado por toda a turma, dividindo os itens solicitados na atividade entre os alunos. Assim, o artigo pode ser coletivo.

22

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 22

4/9/18 2:44 PM


5:39

PARA ACESSAR (PROFESSOR)

Imagine se você e seus colegas de sala pudessem selecionar e indicar para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um rio que atravessa o estado ou a cidade onde vocês moram como patrimônio.

O portal “Cuide dos rios” faz parte do projeto desenvolvido por Maristela Mitsuko Ono, Doutora em Arquitetura e Urbanismo (USP), tendo em vista promover a sustentabilidade de rios e bacias hidrográficas. O artigo a seguir auxilia nessa conscientização. CUIDE DOS RIOS. Importância dos rios. Disponível em: <http://ftd.li/3566em>. Acesso em: 21 mar. 2018.

• Que rio vocês escolheriam? • Por que esse rio poderia ser considerado um patrimônio? Para responder a essas perguntas, organizem-se em grupos de trabalho e produzam um texto, parecido com aqueles publicados em revistas e jornais, apresentando:

• informações sobre o trajeto e a localização do rio (onde ele nasce,

AVALIAÇÃO

qual é o seu trajeto, quais são seus afluentes, onde é a sua foz);

• descrição da importância histórica ou cultural do rio;

Avaliar o desempenho dos alunos em cada uma das etapas necessárias para a realização do projeto, bem como sua participação nos debates em sala de aula e o desenvolvimento das habilidades e competências. Utilizar sugestões de protocolos de avaliação e autoavaliação disponíveis nas páginas LXII e LXXVI, respectivamente.

• informações sobre as condições ambientais do rio; • as razões que levaram vocês a indicar esse rio como um patrimônio; • imagens, que podem ser mapas, gráficos, tabelas, desenhos, fotografias ou ilustrações.

REFERÊNCIAS

FOXYIMAGE/SHUTTERSTOCK.COM

PARA AMPLIAR Um rio que tinha a fala doce e se tornou amargurada. Essa foi a forma que o autor e o ilustrador desse livro encontraram para refletir sobre um desastre ambiental que ocorreu com um rio em Minas Gerais, o Rio Doce.

Leo Cunha. Um dia, um rio. Ilustrações de André Neves. São Paulo: Pulo do gato, 2017.

23

D2-INT-F1-1073-V5-U01-LA-M18-006-023.indd 23

3/26/18 15:39

PARA AMPLIAR • Se achar adequado, pedir aos alunos

que produzam um vídeo com a síntese das informações que coletaram sobre o rio selecionado. • Pedir que escolham um gênero textual para produzir o vídeo: telejornal, minidocumentário, ficção, narrativa de lenda etc. Permitir que usem a criatividade.

23

D3-INT-F1-1073-V5-U01-MP-M18-001-023.indd 23

4/9/18 2:44 PM



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.