MANUAL DO PROFESSOR
Tereza
FINAIS
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Eliana Santos Beltrão
Gordilho Lingua Portuguesa ENSINO FUNDAMENTAL ANOS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
MANUAL DO PROFESSOR
ELIANA LÚCIA SANTOS BELTRÃO
(Eliana Santos Beltrão)
Mestra em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Graduada em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Especialista em Linguística Textual pela Faculdade de Educação da Bahia
Professora de Língua Portuguesa, Literatura e Produção de Texto no Ensino Fundamental e no Ensino Médio
TEREZA CRISTINA SANTOS GORDILHO
(Tereza Gordilho)
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Sedes Sapientiae (SP) & Centro de Estudos e Terapias integradas de Salvador (Cetis)
Psicóloga na área educacional
1a edição São Paulo • 2022 9
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
A conquista Língua Portuguesa – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina Santos Gordilho, 2022
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de conteúdo e negócios Cayube Galas
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Paulo Roberto Ribeiro (coord.)
André Saretto, Caroline Zanelli Martins, Fabiana Marsaro Pavan, Joana Figueiredo
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.)
Diogo Souza Santos
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.)
Projeto de capa Sergio Cândido
Imagem de capa Liana Monica Bordei/Getty Imagens
Arte e Produção Rodrigo Carraro (coord.)
Daniel Cilli, Gislene Benedito (assist.)
Diagramação C2 Artes
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno
Licenciamento de textos Erica Brambila
Iconografia Erika Neves do Nascimento, Emerson de Lima (trat. imagens), Leticia dos Santos Domingos (trat. imagens)
Ilustrações Lasca Studio, Sidney Meireles/Giz de Cera
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Beltrão, Eliana Lúcia Santos
A conquista língua portuguesa : 9o ano : ensino fundamental : anos finais / Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina Santos Gordilho. -1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Língua portuguesa.
ISBN 978-85-96-03571-2 (aluno)
ISBN 978-85-96-03572-9 (professor)
1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
I. Gordilho, Tereza Cristina Santos. II. Título.
22-115063
CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
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Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
APRESENTAÇÃO
Caro professor, cara professora, Esta coleção foi desenvolvida fundamentalmente comprometida com estudantes vivos, curiosos e participantes, com professores inquietos e destemidos diante de suas próprias dúvidas e com uma escola que, de fato, ofereça condições para formar jovens e adultos que enfrentem os desafios da atualidade.
Nesse sentido, é preciso preparar os estudantes para a vida, de modo integral, e não para o mero acúmulo de informações. O foco da escola passa a ser não apenas a transmissão de conteúdos, mas também o desenvolvimento de habilidades. Isso significa que não basta, por exemplo, que os estudantes saibam ler e escrever textos; eles precisam também escutar com atenção, interesse e respeito o que é dito por outras pessoas para compreendê-las melhor.
As propostas pedagógicas da coleção têm como objetivo assegurar, de modo efetivo, o desenvolvimento das competências definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), possibilitando, assim, experiências de aprendizagem e uma participação significativa e crítica dos estudantes nas práticas sociais, culturais e literárias.
Em consonância com o que é proposto pela BNCC, a coleção apresenta práticas de linguagem contextualizadas em todos os campos: jornalístico-midiático, de atuação na vida pública, das práticas de estudo e pesquisa e artístico-literário.
Outro ponto de destaque é a abordagem de gêneros textuais digitais. As propostas com práticas de leitura e produção de gêneros multissemióticos e multimodais visam ampliar o trabalho com esses gêneros, assim como estimular os estudantes a lidar de forma crítica e ética com os conteúdos que circulam na web, entre outras finalidades.
A nossa proposta pedagógica pretende ampliar a capacidade de os estudantes participarem com criticidade de situações comunicativas diversificadas, interagindo com um número de interlocutores cada vez maior, buscando fortalecer sua autonomia e seu protagonismo.
Assim, o que pretendemos é contribuir, juntos e efetivamente, para alcançar os objetivos do ensino de Língua Portuguesa e fornecer instrumentos aos nossos estudantes para essa transformação tão necessária.
As autoras
Introdução V
Conheça seu Manual do Professor VI
Organização da coleção VIII
Base Nacional Comum Curricular XIII
Competências propostas pela BNCC para a Educação Básica XIV
Objetos de conhecimento e habilidades XV
A coleção no contexto da BNCC XXXII
Eixo Leitura XXXIII
Eixo Produção de textos XXXIII
Eixo Oralidade XXXIV
Eixo Análise linguística/semiótica XXXIV
Campos propostos pela BNCC XXXIV
Atitudes e valores no Ensino Fundamental ................................................ XXXV
Concepções de língua, linguagem e aprendizagem XXXV
Variedades linguísticas e ensino de língua XXXVII
Gêneros textuais e ensino XXXIX
Ensino de leitura e escrita XLI
Ensino de oralidade XLIII
Ensino de gramática e análise linguística/semiótica XLIV
Novas tecnologias, gêneros multissemióticos/multimodais e multiletramento XLV
Metodologias ativas e ensino XLVII
Pensamento computacional XLVIII
Interdisciplinaridade e Temas Contemporâneos Transversais XLIX
O processo de avaliação LI
Cultura juvenil, cultura de paz e educação para a cidadania LV
Sugestões de projetos LV
Introdução LV
Proposta de pesquisa para 6o e 7o anos LVII
Proposta de pesquisa para 8o e 9o anos LXV
Quadro programático do 9o ano LXXII
REFERÊNCIAS COMENTADAS LXXIV
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Esta coleção, composta de quatro volumes, traz o resultado de uma intensa jornada de discussões com professores e leitores críticos, além de ser fruto de pesquisas sobre as principais abordagens concernentes ao ensino-aprendizagem de línguas.
Para organizar a proposta, optamos pela divisão de cada um dos volumes em sete módulos. Tal divisão se justifica ao considerarmos sete meses efetivos de aula, excluindo os períodos de avaliação. Assim, além de explorar os assuntos dos módulos, o professor pode ampliar o trabalho com questões suscitadas pelos conteúdos e temas abordados, desenvolver atividades de interdisciplinaridade, intertextualidade, relação com outros componentes da área de Linguagens, com base no interesse dos estudantes, enriquecendo ainda mais o trabalho em sala de aula.
Os módulos, em sua maior parte, estão organizados em torno de dois gêneros textuais principais e contemplam temas como Meio Ambiente, Ciência e tecnologia, Multiculturalismo, Cidadania e civismo, Saúde e Economia, entre outros. Alinham-se, dessa forma, ao que é apresentado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento de referência nacional para a formulação dos currículos e das propostas pedagógicas de todas as escolas do país. Esse documento, que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica, teve como fundamento a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e o Plano Nacional de Educação (PNE).
Esses documentos nortearam a seleção de gêneros, textos e temas, bem como as atividades de leitura, de escuta, de produção, de análise linguística e semiótica, ao longo de toda a coleção, com o objetivo de contemplar todas as habilidades previstas no componente curricular Língua Portuguesa, considerando os objetos de conhecimento aos quais essas habilidades se relacionam. Buscou-se, assim, que os estudantes desenvolvessem, ao final de cada volume, diferentes habilidades de leitura e de produção, bem como de análise linguística e semiótica, sendo capazes de acionar diversos conhecimentos para atuar nas diferentes situações de comunicação e de contextos interacionais.
Em relação ao estudo dos conhecimentos linguísticos e semióticos, a coleção busca focar ora o uso da língua, ora a análise e a reflexão sobre ela, em uma abordagem que envolve ações de descrição e reflexão sistemática sobre
aspectos linguísticos e o uso de determinados recursos da língua para a construção de sentidos. Procuramos, sempre que possível, priorizar os eixos do uso e da análise no tratamento didático dos conteúdos/objetos de ensino nos diferentes volumes.
Com essa seleção de conteúdos, organização e abordagem didática, pretendemos promover a construção gradativa de saberes sobre os textos (multissemióticos, multimodais ou não)1 de diferentes gêneros que circulam socialmente. Na abordagem do multiculturalismo, por exemplo, os textos possibilitam acesso a variados bens culturais, contemplando não só a diversidade sociocultural brasileira como também outros universos, outras culturas, outras manifestações literárias representativas da diversidade cultural existente. Isso se dá, por exemplo, ao propormos atividades que fazem referência às tradições culturais de povos indígenas e de brasileiros com ascendência africana, aos costumes e às tradições dos povos do campo, como os quilombolas, de povos de diferentes continentes, entre outros, buscando, assim, promover uma educação multicultural. Além disso, por meio de propostas com base em obras de arte, filmes e outras manifestações artísticas e produções culturais, procuramos desenvolver práticas de multiletramentos.
Dada a multiplicidade e a natureza das informações que circulam nas sociedades contemporâneas, esperamos que, ao utilizarem esta coleção, os professores se coloquem na condição de aprendizes e busquem, com os estudantes, respostas a questionamentos suscitados, considerando que seu papel não seja apenas o de ensinar um conteúdo, mas também, e sobretudo, o de orientar a pesquisa e a aprendizagem. Esperamos que, juntos à comunidade escolar, os professores estejam atentos para as diferenças individuais e entre grupos a fim de evitar que, em torno delas, se construam mecanismos de exclusão.
Com o intuito de explicitar os pressupostos desta obra, apresentamos mais adiante as discussões teórico-metodológicas tomadas como base para esta edição. Discorremos sobre a natureza da língua, a concepção de aprendizagem e de ensino, a variação linguística, a abordagem dos gêneros textuais e a perspectiva de avaliação que norteiam a coleção, além de apresentar reflexões mais específicas sobre os multiletramentos, a interdisciplinaridade, o ensino de leitura e escrita, o ensino de oralidade e o ensino de conhecimentos linguísticos.
V
1 Os textos multissemióticos e multimodais apresentam diferentes linguagens em sua composição. Podem se constituir, por exemplo, de linguagem visual, verbal, sonora e ser veiculados em mídias digitais.
CONHEÇA SEU MANUAL DO PROFESSOR
Este Manual do Professor está organizado em duas partes: a primeira parte, geral, apresenta os princípios que embasam a proposta teórico-metodológica desta coleção; a segunda parte, específica para cada volume, apresenta orientações didáticas para apoiá-lo nas práticas pedagógicas em sala de aula.
Na primeira parte, além da fundamentação que embasa a proposta da coleção, apresentamos também o quadro programático do respectivo volume do Livro do Estudante, assim como sugestões de projetos e referências comentadas.
Na segunda parte, apresentamos a reprodução das páginas do Livro do Estudante em tamanho reduzido e, ao redor, objetivos, eventuais respostas ou respostas sugeridas, proposições pedagógicas, competências e habilidades contempladas, Temas Contemporâneos Transversais abordados, sugestões de integração com outros componentes curriculares etc. As páginas reproduzidas a seguir são representativas da segunda parte do Manual do Professor.
Competências do módulo
Gerais: 1, 3, 4
Linguagens: 1, 2, 5
Língua Portuguesa: 1, 3, 7, 9 Arte: 1
Habilidades da abertura • EF67LP23 EF69AR03 • EF69AR05 EF69AR31
Tema Contemporâneo Transversal Diversidade cultural
INTRODUÇÃO Neste módulo, o tema desenvolvido é a leitura literária. O eixo de leitura aborda textos de capa e quarta capa de livro e narrativa de aventura. Os textos que compõem o módulo têm como personagem principal o superherói Pantera Negra, de grande apelo cultural e identificação na cultural juvenil na contemporaneidade. O suporte de circulação de suas aventuras –as HQs – é bastante apreciado pelos estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental. Dessa forma, contemplase o trabalho com o Tema Contemporâneo Transversal (TCT) Diversidade cultural. Esse TCT se relaciona à apresentação de narrativa do superherói Pantera Negra, cuja história faz referência à diversidade cultural dos povos africanos. Se quiser conhecer mais sobre o filme, acesse o link: https://revistagalileu.globo. com/Cultura/noticia/2018/02/ pantera negra e repleto dereferenciashistoricaseculturais.html (acesso em: 25 maio 2022). O eixo de análise linguística/semiótica tem como foco as linguagens verbal e não verbal, as variações linguísticas, os substantivos e os sinais de pontuação relacionados ao discurso direto e ao discurso indireto. Também são abordados textos de comentário do
BNCC
leitor, buscandose, a partir das experiências dos estudantes como usuários da internet, analisar os fenômenos da língua e dos novos gêneros textuais. No eixo de produção textual, o trabalho enfoca a produção oral de uma roda de leitura.
OBJETIVOS
• Reconhecer e aprender as características dos gêneros capa e quarta capa de livro, comen
tário do leitor e narrativa de aventura.
• Identificar textos relativos aos gêneros capa e quarta capa de livro.
• Distinguir linguagem verbal de linguagem não verbal em textos variados.
• Identificar os tipos de variação linguística e o conceito de normapadrão.
• Retomar o conceito de substantivo e suas classificações.
Indica as competências (gerais, de área e específicas), as habilidades e os Temas Contemporâneos Transversais trabalhados.
INTRODUÇÃO
Introduz, de modo geral, o trabalho realizado nas diferentes seções do respectivo módulo, apresentando os textos que serão trabalhados e os conteúdos abordados em cada uma delas.
• Compreender os usos de sinais de pontuação.
• Participar de práticas de compartilhamento de leitura e recepção de obras literárias e objetos culturais.
• Realizar produção oral de uma roda de leitura.
FIQUE POR DENTRO
• Capa de livro e quarta capa • Comentário do leitor • Linguagem verbal e linguagem não verbal Variação linguística e adequação da linguagem
• Narrativa de aventura
Substantivo: comum e próprio, concreto e abstrato, primitivo e derivado, simples e composto, coletivo • Sinais de pontuação: travessão, ponto de exclamação, ponto de interrogação e reticências • Produção oral: roda de leitura • Arte e universo literário
Observe a imagem que faz parte do curta-metragem Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg. Depois, discuta as perguntas com os colegas.
1. Quais são os elementos da imagem que mais chamam a sua atenção? Por quê?
Respostas pessoais.
2. Observe o ambiente representado na imagem. Que lugar você imagina que seja esse? Você já esteve em um lugar parecido?
Se necessário, estabeleça com eles, de modo coletivo e colaborativo, maneiras adequadas de tratamento com os colegas e o professor em sala de aula e de participação nos debates, para que os turnos de fala sejam respeitosos e as discussões sejam proveitosas. Proponha-lhes que analisem a imagem e pensem em histórias que conheceram em livros, filmes, seriados, HQs ou videogames. Peça que comentem e justifiquem as histórias de que se lembraram. Garanta que os estudantes construam um comentário crítico e pessoal a respeito das histórias escolhidas.
REALIZAÇÃO
1. Incentive os estudantes a observar com atenção a imagem. Ressalte que esse é um frame de um curta-metragem de animação, ou seja, é uma imagem estática que compõe a sequência do audiovisual. Deixe que exponham livremente suas opiniões e, depois, peça-lhes que argumentem o porquê.
3. Para você, qual é a relação da personagem com os livros que estão no chão? Resposta pessoal.
4. Como é a sua relação com os livros e com a literatura?
Respostas pessoais. Respostas
PROPOSIÇÕES
As atividades propostas em Imagem em foco permitem levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre as temáticas abordadas no módulo, como o contato e o interesse por livros e o conhecimento sobre narrativas de aventura, bem como incentivá-los a identificar e analisar elementos da linguagem não verbal.
OBJETIVOS
2. Incentive-os a prestar atenção nos detalhes da cena e chame atenção para a maneira pela qual uma imagem não verbal pode comunicar diversas informações e apresentar possibilidades narrativas por meio de cores, tons, formas, dimensões etc.
3. O objetivo da atividade é incentivar os estudantes a buscar sentidos e interpretações voltadas para o tema do módulo. Lembre-se de que eles podem não conhecer o curta-metragem; por isso, deixe que a turma trace hipóteses de maneira livre.
4. Comente com a turma que a prática de leitura é essencial na formação escolar e que a literatura amplia nosso conhecimento acerca de assuntos variados.
Apresenta os objetivos de aprendizagem a serem alcançados.
PROPOSIÇÕES
Traz comentários e orientações para o desenvolvimento dos conteúdos abordados.
REALIZAÇÃO
Apresenta eventuais respostas, sugestões ou complementos de respostas a atividades do Livro do Estudante.
BNCC
FILME DE WILLIAN JOYCE, BRANDON OLDENBURG. OS FANTÁSTICOS LIVROS VOADORES DO SENHOR LESSMORE. EUA. 2012. FOTO: PHOTO 12/ALAMY/FOTOARENA MÓDULO NO
DA LEITURA Frame do curta-metragem Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg (Estados Unidos, 2012). 1 12 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LA-G24_AVU.indd 12 10/08/22 09:11 12 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LP-G24_AVU.indd 12 10/08/22 09:13
MUNDO
pessoais. IMAGEM EM FOCO 13
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VI
autor de outros livros de ficção derivados de obras cinematográficas.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA Explique aos estudantes que a capa de um livro é formada por quatro páginas: a primeira capa, a segunda capa, a terceira capa e a quarta capa, e que eles só irão analisar a primeira e a quarta capas. Após ouvir os comentários da turma, explique que as capas e quartas capas têm a função de identificar o livro para o consumidor e, por
isso, apresentam elementos que visam instigar o interesse pelo seu conteúdo. Em seguida, peça que observem a capa, identifiquem quais elementos sugerem o assunto que será tratado no livro e explicitem o título, a figura da capa, as cores, o conhecimento do filme, da personagem etc. Solicite que observem a quarta capa e o título que aparece nela, imaginando o que poderá acontecer na história com base nesse
ARTICULAÇÃO COM
elemento e que antecipações de fatos ele sugere. Peça a eles que avaliem a capa e a quarta capa, digam se elas cumprem o objetivo e comentem se se sentiram atraídos pela leitura do livro com base nas informações que localizaram até o momento e por quê. Após essa conversa inicial, proponha uma leitura silenciosa dos textos e, depois, a leitura compartilhada em voz alta.
REALIZAÇÃO
Caso você ainda não tenha abordado as informações contextuais dos textos lidos, elas podem ser encontradas em Quem é o autor e exploradas com os estudantes. Verifique com a turma se há dúvidas de vocabulário, esclareça-as coletivamente e leia o boxe Vocabulário
ARTICULAÇÃO COM
GEOGRAFIA
Indica-se a possibilidade de desenvolvimento de trabalho de maneira interdisciplinar com o componente Geografia. Com base na representação do país fictício de Wakanda, conhecido por sua industrialização e tecnologia avançadas, é possível explorar o objeto de estudo identidade sociocultural. O professor convidado pode propor que os estudantes identifiquem e analisem as modificações feitas pelo ser humano nas paisagens naturais em diferentes comunidades a fim de construir novos espaços de vivência. Esse estudo pode ser realizado por meio de imagens e representações relativas aos povos originários, em especial. Cabe também, se possível, incluir nessa seleção sociedades oriundas do universo da ficção.
Indica possibilidades de articulação dos conteúdos ou temas com outros componentes curriculares.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Sugere estratégias adequadas aos objetivos de leitura e ao propósito dos textos.
FORMAÇÃO CONTINUADA
Apresenta leituras complementares com o objetivo de aprimorar continuamente o trabalho docente.
• O rei soltou um suspiro demorado.
Substantivo concreto e abstrato
Substantivo concreto é a palavra que nomeia seres, reais ou imaginários, que têm existência própria, isto é, que não dependem de outro ser para existir. Mesmo seres imaginários, como dragões e fadas, são substantivos concretos. Exemplo: O rei ativou o motor da moto
Substantivo abstrato é a palavra que representa algo dependente de outro ser, como uma ação um sentimento ou uma qualidade Exemplo: O rei soltou um suspiro demorado. Suspiro depende de rei para se tornar uma ação ou um sentimento.
Substantivo primitivo e derivado
Substantivo primitivo é a palavra que não deriva de nenhuma outra palavra. Exemplo: O rei desligou o aparelho Aparelho forma o substantivo aparelhagem
Substantivo derivado é a palavra formada a partir de outra palavra, substantivo ou não.
Exemplo: Está presa no desabamento Desabamento forma-se a partir da palavra desabar
Substantivo simples e composto
Substantivo simples é um nome formado por uma só palavra. Exemplo:
Eu não deixarei minha mãe indefesa. Substantivo composto é um nome formado por mais de uma palavra, que são combinadas para designar um único ser ou ideia. Exemplo: Você defenderá a Rainha Mãe Rainha e mãe formam um ser único, a personagem Rainha Mãe
Há substantivos compostos que podem ser escritos com hífen. Exemplos: super-herói arranha-céus. Há substantivos compostos que podem ser escritos sem hífen, a partir da junção de outros dois nomes. Exemplos: pontapé passatempo
Substantivo coletivo São palavras que nomeiam em si um conjunto de seres ou coisas de uma mesma espécie, referindo-se a uma coletividade. Exemplo: As tropas lutariam até o último homem. Nomeia um conjunto de soldados.
Se julgar necessário, peça aos estudantes que busquem outras ocorrências em textos, listando outros exemplos de cada tipo de substantivo no caderno ou em uma folha à parte. É possível também propor que elaborem coletivamente um cartaz com os novos exemplos, afixandoo no mural da sala de aula para consultas posteriores. Se considerar interessante, explique aos estudantes as diferenças de sentido no uso do substantivo.
Comente que, em situações formais e informais de comunicação, os substantivos podem ser usados pelos falantes para reforçar certos aspectos do que querem dizer. Ao escolherem usar um nome em vez de outro para referirse a alguém, por exemplo, os falantes evidenciam algo a respeito dessa pessoa sobre a qual estão falando. Leia para eles estas frases:
• T’Challa passou a mão por sua moto a jato.
• O Pantera Negra assentiu, subiu na moto e acionou a moto. Diga a eles que cada nome ou expressão usada para referirse ao personagem principal da narrativa enfatiza um aspecto diferente. Na primeira, o substantivo próprio T’Challa dá ênfase ao personagem principal da história em sua individualidade; o substantivo comum rei evidencia seu cargo e destaca seu poder e sua relevância em Wakanda; o substantivo próprio Pantera Negra enfatiza seu papel de superherói.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Jogo com dicionário
Proponha um jogo com dicionário: fale uma palavra derivada e peça aos estudantes que pesquisem no dicionário a palavra primitiva correspondente. Quem encontrar primeiro a palavra correta desafia os colegas a encontrar a próxima palavra derivada. Vá anotando as palavras indicadas por eles. Ao final, peça que elaborem um quadro ou um cartaz com todos os exemplos apresentados.
PARA LER
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação uma proposta para o ensino de gramática no 1 e 2 graus. 14. ed.
São Paulo: Cortez, 2016. Esse livro, destinado à leitura do professor, propõe o ensino de gramática por meio de atividades que desenvolvem a competência comunicativa. Nele, o autor busca refletir sobre a função e o modo de se ensinar gramática, relacionando o ensino gramatical ao de produção e compreensão de textos.
PROPOSIÇÕES
Em Pronomes pessoais retos e oblíquos, se julgar oportuno, chame a atenção dos estudantes para o fato de que a classificação dos pronomes retos e oblíquos não é fixa; o que a determina é a função sintática que eles exercem na oração, seja de sujeito (retos) ou de complemento (oblíquos). Esse assunto será abordado posteriormente, quando tratarmos das funções sintáticas.
FORMAÇÃO CONTINUADA
No excerto a seguir, a linguista Ingedore Villaça Koch aborda as estratégias de coesão referencial e destaca o uso dos pronomes, em especial os pessoais, para construir os sentidos do texto.
Os pronomes são palavras que podem substituir ou acompanhar um nome e possibilitam ao falante fazer referências e retomadas. Os pronomes analisados anteriormente são chamados de pronomes pessoais
Pronome pessoal é a palavra que representa as pessoas do discurso, indicando quem fala, com quem se fala ou de quem se fala dentro de uma situação de interação.
Veja o exemplo a seguir.
Estamos apenas começando a descobrir o tamanho do QI dos golfinhos. E ele é maior do que imaginávamos Nesse trecho, extraído da reportagem de divulgação científica, o pronome pessoal ele refere-se ao QI dos golfinhos Ao mesmo tempo em que evita a repetição da expressão, ele a retoma para dar sentido ao trecho.
Os pronomes pessoais podem ser usados para ligar diferentes partes do texto, garantindo a coesão e a coerência. Isso porque os pronomes pessoais possibilitam fazer referências, isto é, indicar de que ou de quem se está falando.
Observe este exemplo.
Logo a golfinha também percebeu que o tamanho do lixo não fazia diferença, o lanche era sempre o mesmo. Ela não teve dúvidas [...].
Nesse trecho, o pronome pessoal ela indica que foi a golfinha nome ao qual se refere, que não teve dúvidas.
Os pronomes pessoais são empregados para indicar as três pessoas do discurso
1 pessoa (quem fala)
2 pessoa (com quem se fala)
3 pessoa (de quem se fala)
Pronomes pessoais retos e oblíquos
Os pronomes pessoais podem ser classificados como retos ou oblíquos de acordo com a função que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos são aqueles que representam as pessoas do discurso e evidenciam quem realiza a ação declarada pelo verbo. Veja:
1 pessoa (quem fala) – eu, nós 2 pessoa (com quem se fala) – tu, vós
3 pessoa (de quem se fala) – ele/ela, eles/elas 158
[…] A coesão por remissão pode, no meu entender, desempenhar a quer função de (re)ativação de referentes, quer a de “sinalização” textual. A reativação de referentes no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se, deste modo cadeias coesivas mais ou menos longas. Aquelas que retomam referentes principais ou temáticos (por exemplo, protagonista e antagonista, na narrativa; ser que é objeto de uma descrição; tema de uma discussão, em textos opinativos) percorrem em geral o texto inteiro. Esse tipo de remissão pode ser efetuado […] por meio de recursos de ordem “gramatical” – pronomes pessoais de terceira pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes (possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos, relativos), os diversos tipos de numerais, advérbios pronominais
(como aqui aí lá ali) e artigos definidos; ou por intermédio de recursos de natureza lexical, como sinônimos. hiperônimos, nomes genéricos, descrições definidas; ou, ainda, por reiteração de um mesmo grupo nominal ou parte dele; e, finalmente, por meio da elipse.
por exemplo, o todo a partir de uma ou de algumas partes; um conjunto a partir de um ou mais subconjuntos, o gênero ou espécie a partir de um indivíduo; enfim, conhecimentos que fazem parte de um mesmo “frame” ou “script”, a partir de um ou vários de seus elementos explícitos na superfície textual ou vice-versa. […] KOCH, Ingedore G. V. O texto e a construção dos sentidos. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p. 46-47. 158
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Propõe atividades complementares para ampliar a aprendizagem dos estudantes.
PARA LER / ASSISTIR / ACESSAR
Apresenta sugestões de sites, leituras ou outros recursos para ampliar o trabalho do professor e apoiar a aprendizagem dos estudantes.
Quarta capa do livro Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra? publicado pela editora Novo Século, em 2018. HOLLAND, Jesse J. Pantera Negra: quem o Pantera Negra? Tradução de Caio Pereira. São Paulo: Novo Século, 2018. Capa e quarta capa. Massiva: numerosa, imensa. VOCABULÁRIO Jesse J. Holland (1971-) é um jornalista estadunidense que escreveu a adaptação em livro das histórias em quadrinhos do personagem Pantera Negra. Além de trabalhar como repórter cobrindo assuntos relacionados à raça e etnia, ele também é
QUEM É O AUTOR RACHEL LUNA/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/ EDITORA NOVO SÉCULO 15 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LA-G24_AVU.indd 15 10/08/22 09:15 15 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LP-G24_AVU.indd 15 10/08/22 09:16
41 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LA-G24_AVU.indd 41 06/06/22 16:16 41 D2-012-051-POR-F2-2102-V6-M1-LP-G24_AVU.indd 41
[…] Muitas vezes, a (re)ativação de referentes, a partir de “pistas” expressas no texto, se dá via inferenciação. Pode-se inferir, D2-140-193-POR-F2-2102-V6-M4-LP-G24_AVU.indd 158 16/07/22 09:36 VII
ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO
Cada um dos quatro volumes desta coleção – destinados ao 6o, 7o, 8o e 9o anos do Ensino Fundamental –é organizado em sete módulos. Cada um dos módulos apresenta seções, subseções, boxes e outros componentes especialmente pensados para o ensino de Língua Portuguesa e para as temáticas que atendem às necessidades dos estudantes em seus desafios na atualidade.
Abertura
O objetivo da abertura dos módulos é focar a linguagem não verbal de um objeto artístico-cultural (fotografia, pintura, cena de filme etc.) que possibilite relacionar os elementos presentes e/ou sugeridos na imagem aos conhecimentos prévios dos estudantes e acessar suas experiências de mundo, antecipando os conteúdos que serão abordados nos textos. As perguntas apresentadas na subseção Imagem em foco visam desenvolver a habilidade dos estudantes de ler imagens e de utilizar a linguagem não verbal como meio para produzir sentidos e expressar ideias, bem como fazê-los refletir sobre a importância dos elementos não verbais na construção de sentidos. Também apresenta o Fique por dentro, que traz os principais conteúdos abordados no módulo.
Capítulo e Texto
Os módulos estão organizados em Capítulo 1 e Capítulo 2. Cada um dos capítulos se inicia com a seção Texto, com base na qual são desenvolvidas atividades que englobam o estudo dos gêneros textuais em suas três dimensões – conteúdo temático, forma composicional e estilo (marcas linguísticas) –, visando ao desenvolvimento de habilidades de leitura como: localização de informações, inferência, levantamento de hipóteses, reconhecimento de elementos composicionais do gênero em estudo e análise de recursos linguísticos e discursivos.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. A leitura do texto confirmou a sua expectativa quanto à decisão tomada por T’Challa entre a sua missão ou a proteção de sua família? Resposta pessoal.
2. No trecho que você leu, percebe-se que as mulheres são muito importantes no reino de Wakanda. Na sua opinião, em nossa sociedade, as mulheres tem o mesmo protagonismo que as guerreiras de Wakanda? Resposta pessoal.
3. Nesse recorte, que atitudes de T’Challa o caracterizam como um líder, um super-herói para o seu país? Você vê semelhanças entre ele e outros heróis? Respostas pessoais.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
1. Resposta pessoal. Espera-se que, por meios dessas atividades, os estudantes possam expressar uma avaliação sobre o texto lido e estabelecer preferências por gêneros, temas e autores.
2. a) Sugestões de resposta: A vida em palácios, o uso de armaduras invencíveis, existência de vilões superpoderosos, a presença de seres extraordinários como um homem radioativo, o uso de tecnologias inexistentes como uma motocicleta de motor de íon.
1. O que você achou de conhecer uma das aventuras do Pantera Negra? Ficou com vontade de ler o livro? Troque ideias com os colegas.
CAPA DE LIVRO E QUARTA CAPA CAPÍTULO1
Além da capa, a maioria dos livros apresentam textos na quarta capa. Você acredita que a função da capa de um livro é só atrair os leitores? De que maneira ela pode ajudar na interpretação da obra? Por que algumas capas conquistam os leitores e outras não? A quarta capa tem a mesma função que a capa de um livro? Que informações você imagina que um texto de quarta capa precisa ter? Compartilhe suas opiniões respeitosamente com os colegas e escute com atenção as respostas deles. Respostas pessoais.
TEXTO Leia a seguir capa e a quarta capa do livro Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra? adaptação de uma história em quadrinhos de mesmo nome.
Capa do livro Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra? publicado pela editora Novo Século, em 2018. Editora Novo Século 14
Conversando sobre o texto
2. b) Esses elementos são utilizados para proporcionar ao leitor a visualização dos cenários das personagens da história.
2. As narrativas de aventura de super-heróis geralmente apresentam elementos fantásticos e ligados à imaginação. a) Que elementos imaginários aparecem no texto? b) O que esses elementos acrescentam à construção dessa narrativa? c) Outros elementos citados no texto fazem parte do nosso cotidiano. Quais são esses elementos? d) Que efeitos de sentido a presença desses elementos do cotidiano acrescentam à narrativa?
2. c) Sugestões de respostas: O tablet o comunicador (telefone), o fone de ouvido e motocicleta são elementos presentes em nosso cotidiano.
2. d) Esses elementos produzem um efeito de aproximação do leitor, mobilizando seus conhecimentos de mundo.
3. No trecho do texto que você leu, T’Challa enfrenta a ameaça de invasão de Wakanda por um vilão.
3. a) O inimigo a ser vencido é M’Butu, do reino de Niganda; nesse reino, o povo vive de forma indigna e passa por momentos muito difíceis.
a) Quem é esse vilão? O que é possível afirmar sobre o povo que vive sob o comando dele? b) Considerando a temática da narrativa e as características do super-herói e do vilão, qual o provável público leitor desse livro?
3. b) Adolescentes adultos que se interessam pelo gênero de aventura, que admiram personagens que têm superpoderes que lutam com vilões, sempre com o objetivo de fazer o bem ou salvar alguém.
4. O livro Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra? foi publicado em 2018 e, assim como ocorreu com o filme, o personagem fez sucesso e passou a ser uma referência para as pessoas ao redor do mundo. a) Por que você acha relevante haver uma referência de super-herói negro, como o Pantera Negra? b) Na sua opinião, que elementos sociais, históricos e culturais presentes na sociedade podem ter contribuído para que a história do Pantera Negra tenha tido tanto destaque?
4. a) Espera-se que os estudantes infiram que o fato de existir um super-herói negro é uma maneira de dar representatividade protagonismo às pessoas negras, reforçando papéis de destaque que elas ocupam na sociedade.
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que ainda há muitas situações em que se observam discriminação e o preconceito em relação às pessoas negras, aspectos que vêm sendo combatidos por todas as pessoas já que todos que vivem em uma sociedade possuem valores devem ter seu lugar respeitado.
Esta seção ocorre logo após a seção Texto e tem por finalidade promover um espaço em que os estudantes possam apresentar as primeiras impressões a respeito do que leram, além de expor suas ideias e opiniões sobre os temas ou fatos presentes nos textos considerando seus conhecimentos prévios. Eles poderão verificar se as hipóteses construídas anteriormente na antecipação realizada na introdução dos textos foram confirmadas ou não, relacionar as informações lidas com seu conhecimento de mundo e emitir pontos de vista com base em uma situação narrada ou apontada nos textos.
FILME WILLIAN JOYCE, BRANDON OLDENBURG. FANTÁSTICOS LIVROS VOADORES DO SENHOR LESSMORE. EUA. 2012. FOTO: PHOTO 12/ALAMY/FOTOARENA MÓDULO NO MUNDO DA LEITURA Frame do curta-metragem Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg (Estados Unidos, 2012). 1 12 Capa de livro e quarta capa • Comentário do leitor • Linguagem verbal e linguagem não verbal • Variação linguística e adequação da linguagem • Narrativa de aventura Substantivo: comum e próprio, concreto e abstrato, primitivo e derivado, simples e composto, coletivo • Sinais de pontuação: travessão, ponto de exclamação, ponto de interrogação e reticências Produção oral: roda de leitura Arte e universo literário FIQUE POR DENTRO Observe a imagem que faz parte do curta-metragem Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg. Depois, discuta as perguntas com os colegas. 1. Quais são os elementos da imagem que mais chamam a sua atenção? Por quê? 2. Observe o ambiente representado na imagem. Que lugar você imagina que seja esse? Você já esteve em um lugar parecido? 3. Para você, qual é a relação da personagem com os livros que estão no chão? Resposta pessoal. 4. Como é a sua relação com os livros e com a literatura? Respostas pessoais. Respostas pessoais. Respostas pessoais. IMAGEM EM FOCO 13
A leitura pode nos levar a muitos lugares e nos fazer conhecer personagens e histórias incríveis. Ao adentrar nesse universo, geralmente, o primeiro contato que um leitor tem é com a capa de um livro. Por isso, ela é considerada o cartão de visita de um livro, sendo um de seus elementos mais chamativos.
34 VIII
Explorando o texto
1. A leitura do texto confirmou a sua expectativa quanto à decisão tomada por T’Challa entre a sua missão ou a proteção de sua família? Resposta pessoal.
2. No trecho que você leu, percebe-se que as mulheres são muito importantes no reino de Wakanda. Na sua opinião, em nossa sociedade, as mulheres tem o mesmo protagonismo que as guerreiras de Wakanda? Resposta pessoal.
3. Nesse recorte, que atitudes de T’Challa o caracterizam como um líder, um super-herói para o seu país? Você vê semelhanças entre ele e outros heróis? Respostas pessoais.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
1. Resposta pessoal. Espera-se que, por meios dessas atividades, os estudantes possam expressar uma avaliação sobre o texto lido e estabelecer preferências por gêneros, temas e autores.
2. a) Sugestões de resposta: A vida em palácios, o uso de armaduras invencíveis, a existência de vilões superpoderosos, a presença de seres extraordinários como um homem radioativo, o uso de tecnologias inexistentes como uma motocicleta de motor de íon.
1. O que você achou de conhecer uma das aventuras do Pantera Negra? Ficou com vontade de ler o livro? Troque ideias com os colegas.
2. As narrativas de aventura de super-heróis geralmente apresentam elementos fantásticos e ligados à imaginação.
a) Que elementos imaginários aparecem no texto?
b) O que esses elementos acrescentam à construção dessa narrativa?
2. b) Esses elementos são utilizados para proporcionar ao leitor a visualização dos cenários e das personagens da história.
c) Outros elementos citados no texto fazem parte do nosso cotidiano. Quais são esses elementos?
2. c) Sugestões de respostas: O tablet o comunicador (telefone), o fone de ouvido e a motocicleta são elementos presentes em nosso cotidiano.
d) Que efeitos de sentido a presença desses elementos do cotidiano acrescentam à narrativa?
2. d) Esses elementos produzem um efeito de aproximação do leitor, mobilizando seus conhecimentos de mundo.
3. No trecho do texto que você leu, T’Challa enfrenta a ameaça de invasão de Wakanda por um vilão.
3. a) O inimigo a ser vencido é M’Butu, do reino de Niganda; nesse reino, o povo vive de forma indigna passa por momentos muito difíceis.
a) Quem é esse vilão? O que é possível afirmar sobre o povo que vive sob o comando dele?
Esta seção é dedicada ao estudo das dimensões discursivas do texto. Em Texto e contexto, as atividades de análise e compreensão contemplam o conteúdo temático, os fatores de textualidade e a situação de produção (finalidade, papel do interlocutor, esfera de produção e circulação, suporte etc.). Em Composição e linguagem, o objetivo é analisar o modo de organização das informações e da sequência textual predominante no gênero explorado, bem como propor atividades de análise e compreensão dos estilos do gênero textual e do autor, por meio da análise linguística do registro escolhido (formal e informal), do léxico, dos elementos coesivos, entre outros fatores.
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b) Considerando a temática da narrativa e as características do super-herói e do vilão, qual é o provável público leitor desse livro?
3. b) Adolescentes e adultos que se interessam pelo gênero de aventura, que admiram personagens que têm superpoderes e que lutam com vilões, sempre com o objetivo de fazer o bem ou salvar alguém.
4. O livro Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra? foi publicado em 2018 e, assim como ocorreu com o filme, o personagem fez sucesso e passou a ser uma referência para as pessoas ao redor do mundo.
a) Por que você acha relevante haver uma referência de super-herói negro, como é o Pantera Negra?
4. a) Espera-se que os estudantes infiram que o fato de existir um super-herói negro é uma maneira de dar representatividade protagonismo às pessoas negras, reforçando papéis de destaque que elas ocupam na sociedade.
b) Na sua opinião, que elementos sociais, históricos e culturais presentes na sociedade podem ter contribuído para que a história do Pantera Negra tenha tido tanto destaque?
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que ainda há muitas situações em que se observam a discriminação e o preconceito em relação às pessoas negras, aspectos que vêm sendo combatidos por todas as pessoas já que todos que vivem em uma sociedade possuem valores e devem ter seu lugar respeitado.
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Essa organização do estudo do texto em duas partes foi feita para fins didáticos. Contudo, vale ressaltar que o agrupamento dessas duas subseções foi pensado considerando o aspecto predominante a ser tratado. Assim, ao se enfatizar uma questão temática, não significa que se está excluindo o diálogo com os outros elementos, uma vez que todos eles estão interligados e não podem ser completamente desvinculados. O tratamento do texto nessa perspectiva busca favorecer o processo de leitura, a construção de sentidos e a compreensão dos estudantes quanto à situação de comunicação e às características do gênero. Nesta seção, em geral, encontram-se atividades de leitura que visam contemplar os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) e a diversidade de gêneros presentes nos diferentes campos de atuação definidos pela BNCC. Os gêneros, mídias e modalidades abordados na coleção tomam como referência o universo cultural dos estudantes e linguagens por eles conhecidas com práticas de linguagem que envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos, caracterizando, assim, uma abordagem de multiletramentos.
Textos em diálogo
Esta seção promove o diálogo entre a leitura principal do Capítulo 1 e outros textos, a fim de buscar uma interligação entre eles no aspecto composicional (organização e estrutura do gênero), na linguagem e/ou no conteúdo temático. O objetivo da seção é promover a percepção de diferentes linguagens na construção de sentidos dos textos e de aspectos de intertextualidade, levando os estudantes a estabelecer relações de semelhanças e diferenças, assim como conexões entre textos de diferentes gêneros ou de outras linguagens.
Narrativa de aventura e resenha de game Histórias de aventuras, com heróis enfrentando inimigos ou outros desafios e desbravando novos lugares, não estão presentes apenas nos livros. Esse tema também é apresentado em filmes, séries e games Apesar de terem elementos semelhantes, cada uma dessas produções tem linguagens diferentes. Diante da variedade de opções relacionadas a um tema específico, como saber se vale a pena, por exemplo, assistir a um novo filme ou série, ou conhecer um game lançado recentemente? Como você faz para se informar dessas novidades sobre livros, filmes, séries e jogos? Comente com os colegas e ouça com atenção o que eles têm a dizer. Respostas pessoais.
Além das indicações de colegas e amigos, podemos recorrer às resenhas críticas e aos comentários publicados em blogues, sites, revistas, jornais e saber como uma produção é avaliada, quais são os pontos positivos e os negativos. Agora, leia a resenha de um game chamado Sea of Thieves ("Mar de ladrões", em português), publicada em um site especializado em apresentar informações sobre jogos eletrônicos. 62
O jogo tem uma mecânica bem simples, existem dois modos de jogo, o modo corveta, para até dois jogadores, este é um modo mais fácil para jogadores que não tem tanta experiência com o game ou falta de amiguinhos para jogar, e o outro modo é onde você e seus amigos controlam um galeão, um navio para quatro pessoas. O grande charme de Sea of Thieves é o vasto mundo e a experiência cooperativa entre os jogadores, com diversas batalhas entre navios, caçando tesouros e até mesmo podendo derrotar um Kraken. Apesar de todas essas qualidades citadas o jogo peca em um fator importantíssimo para o jogo mais ambicioso da Rare, o conteúdo. As missões de caçadas aos tesouros são repetitivas e seguem uma mesma linha em TODAS as missões, apenas o método de como chegar ao tesouro dá uma pequena variada, tornando assim o segmento das missões muito parecido entre uma e outra, você vai para o porto, pega uma missão, encontra a ilha do mapa, encontra o tesouro (Batalha com alguns esqueletos amaldiçoados) e entrega no porto. [...] Contudo, o pvp agrada muito os jogadores tornando-se o grande acerto da Rare no jogo, o triunfal momento do jogo onde dois barcos piratas se confrontam é de total satisfação e a grande recompensa é o tesouro do navio abatido, a camaradagem é o essencial para você ter sucesso no jogo, não só apenas nos duelos, como também na diversão do jogo. [...]
Kraken é um dos personagens do jogo Sea of Thieves Ele é um monstro que vive em águas profundas costuma atacar embarcações de grande porte.
VOCABULÁRIO
pvp: sigla para a expressão, em inglês, player versus player ou seja, “jogador contra jogador”, em tradução livre. No pvp em equipe, duas ou mais equipes de aliados entram na disputa com outros grupos também controlados por jogadores reais.
a trilogia Donkey Kong Country para Super Nintendo) para os holofotes das indústrias dos games [...]. Dois meses após o seu lançamento e muitas horas de jogatina online com meus amigos, eu vi a necessidade de dar uma opinião sobre o game que apesar de ser bem ambicioso na sua proposta, ele acaba se tornando exaustivo.
Além de promover a intertextualidade, buscamos desenvolver um trabalho de multiletramento. Os gêneros textuais, por serem compostos de múltiplas linguagens, exigem do estudante capacidades e práticas de compreensão para cada uma das linguagens que os compõem (isto é, multiletramentos), a fim de estabelecer sentidos.
Reconhecer essas relações entre os textos é importante para a formação de um leitor crítico e serve para ilustrar a importância do conhecimento de mundo e como esse fator interfere tanto na compreensão do texto quanto na produção textual. Ao relacionar um texto com outro, o leitor pode compreendê-los em sua profundidade.
09:17 DIÁLOGO TEXTOS EM Sea of Thieves – Um Mar de Decepções Luigi 22 de maio de 2018 4 Comments e3 games microsoft pc rare sea of thieves x box one O jogo foi lançado no dia 20 de março de 2018 e demonstrou até o momento uma grande oportunidade perdida. Quando o jogo foi anunciado na E3 de 2015 muitos diziam que seria a volta da Rare (Empresa que produziu
SEA OF THIEVES, 2018/RARE LTD/XBOX GAME STUDIOS/© 2021 MICROSOFT CORPORATION 63 IX
Questão de fala e escrita
A seção tem como objetivo permitir aos estudantes o aprendizado dos elementos notacionais da escrita (pontuação, acentuação, irregularidades ortográficas), assim como de outros aspectos da língua, como as estratégias linguísticas, os recursos discursivos, os elementos de textualidade e os marcadores conversacionais, presentes em textos de diferentes campos de atuação.
QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
2. a) O trecho 1 apresenta a descrição dos penhascos. Espera-se que os estudantes indiquem que a descrição produz efeito de tensão e medo no leitor, dando ênfase ao perigo daquele local.
Recursos descritivos, prescritivos e de ordenação de fatos Para elaborar um texto oral ou escrito são usados alguns recursos que possibilitam ao interlocutor ou ao leitor entender melhor o que está sendo dito ou escrito.
1. No trecho do relato pessoal que você leu, a bióloga Deise Nishimura inicia descrevendo o local onde os fatos aconteceram. Releia-o.
E... foi um dia que eu tava limpando peixe, é... preparando o almoço, né? Eu tava limpando o peixe no deque de fora de minha casa e foi quando um jacaré me atacou slide ao fundo do palco mostra uma representação, em desenho, da casa e do jacaré] Eu tava na parte de fora da casa, o jacaré veio por trás, eu tava sentada, né, no chão, limpando no chão [riso nervoso; faz gestos para a plateia, exemplificando a situação] e o jacaré veio por trás e... e pulou mais de um metro, abocanhou a minha perna e ele me levou lá pro fundo da água, né?
• Em sua opinião, a ordem em que os fatos foram relatados contribui ou dificulta o entendimento do texto?
Espera-se que os estudantes infiram que a sequência em que os fatos foram
relatados prioriza a ordem em que se sucederam os acontecimentos, contribuindo para entendimento do texto.
relatados prioriza a ordem em que se sucederam os acontecimentos, contribuindo para o entendimento do texto.
2. Um recurso empregado em textos orais e escritos, principalmente em textos narrativos, é o recurso descritivo. Releia trechos de “O cruzeiro do coracle”.
Trecho 1
Estava bem próximo do Morro da Mezena. Naquele trecho o mar batia em penhascos de 40 ou 50 pés de altura cercados de grandes pedras caídas no mar. Estava perto e meu primeiro pensamento foi remar de volta para a terra.
Trecho 2
Um pouco mais ao norte, o terreno se estendia por um longo trecho, revelando com a maré baixa uma longa faixa de areia amarela. A ponta oposta dessa praia era chamada de Ponta das Florestas no mapa, e merecia o nome. Era coberta por pinheiros verdes que vinham até a beira do mar.
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ao personagem para ele chegar à praia.
PRODUÇÃO MULTIMODAL
Narrativa de aventura
Agora, é a sua vez de escrever uma narrativa de aventura para compor, com os outros textos da turma, uma coletânea, que pode ser intitulada Grandes aventuras, grandes leituras! Depois, essas histórias serão gravadas para serem ouvidas em formato de audiobook A coletânea audiobook com as produções da turma comporão o acervo da biblioteca, de modo que os estudantes de outras turmas, familiares e amigos possam ler, ouvir e se encantar com essas aventuras.
Planejando a narrativa de aventura Espaço
1 Defina o espaço dos acontecimentos que serão narrados. Para isso, pense em quais elementos fazem parte desse cenário e que permitiriam aos personagens viverem uma aventura. Por exemplo, uma história que se passa em uma ilha deserta pode trazer animais selvagens e plantas venenosas como elementos hostis e desafiadores para a narrativa de aventura; uma floresta densa pode ter animais peçonhentos, desconhecidos.
Escrevendo a narrativa de aventura
1 Defina se o narrador vai participar da história como personagem – narração em 1 pessoa – ou se vai narrar apenas como observador – narração em 3 pessoa. Para isso, pense nos efeitos de sentido que você quer provocar no leitor.
2 Ao narrar as peripécias e aventuras da personagem, descreva o lugar, a cena, os obstáculos e como ela os supera. Dessa forma, revele ao leitor as habilidades da personagem, como coragem e determinação.
3 Atente-se para os recursos que ajudam a dar sentidos ao texto torná-lo compreensível. Para isso, observe:
• a escolha de palavras para caracterização do cenário e dos personagens, como os adjetivos que ajudam o leitor visualizar na imaginação os obstáculos vividos pela personagem.
<Aplicar p. 94 e 95 do LE 6o ano>
Por exemplo: pesada nuvem, encosta íngreme velejo selvagem. Lembre-se de fazer a concordância adequada do adjetivo com relação ao substantivo a que se refere; as associações que ajudam a realçar características, como: ondas pico azul comparações, como: leve como um pássaro as substituições de substantivos por sinônimos para dar continuidade e estabelecer relações de sentido entre as partes do texto. Por exemplo: rochas pedras recifes os recursos de coesão para interligar as partes e dar continuidade ao texto, como em: “A estava com a vela principal e duas bujarronas desfraldadas ao vento. Quando vi pela primeira vez, as velas estavam enfunadas e ela rumava para noroeste” (os pronomes a e ela substituem a palavra escuna produzindo continuidade ao texto);
2 Inspire-se no cenário escolhido e pense no enredo da aventura: Que obstáculos e desafios a personagem deverá superar nesse ambiente?
Protagonista O protagonista tem um modo de ser e de agir que se destaca dos demais personagens. As qualidades atribuídas ao protagonista vão ajudar você a pensar como ele vai encarar os acontecimentos, obstáculos e desafios no ambiente escolhido. Escreva algumas características do seu protagonista, como nome, idade, habilidades, virtudes e defeitos. Considere também como complicação da narrativa vai colocar essas características à prova. Por exemplo: um defeito de caráter do protagonista pode gerar o conflito da história.
O enredo As informações do quadro a seguir ajudam no planejamento das etapas do enredo. É com base nelas que você vai desenvolver sua história.
• as expressões que marcam onde os fatos acontecem. Por exemplo: Estava bem próximo do Morro da Mezena. Naquele trecho o mar batia em penhascos de 40 ou 50 pés de altura”;
• as expressões que constroem passagem do tempo, como: “Logo depois ela começou a buscar cada vez mais o rumo oeste”; “de vez em quando dava uma ou duas pequenas remadas”; por algum tempo finalmente • os tempos verbais no pretérito perfeito ou no pretérito imperfeito, evidenciando que as ações ocorreram em um tempo passado, como em: “Navegou suavemente por cerca de 1 minuto e ficou mais uma vez com o nariz voltado para o vento” (as formas verbais estão no pretérito perfeito, indicando que o fato ocorreu e foi finalizado); “Entre as pedras, a arrebentação espumava uivava As ondas reverberavam pesadas, uma após a outra, borrifando água salgada que ia alto e caía com tudo” (as formas verbais estão no pretérito imperfeito, indicando um acontecimento passado).
3. Leia a seguir um trecho do Estatuto da Pessoa com Deficiência que trata das garantias e dos direitos das pessoas com deficiência relacionadas à educação. Esse trecho compreende três incisos do Capítulo IV, Artigo 28 desse documento.
Incisos são as partes que tratam de aspectos específicos de um artigo. O artigo é uma parte do texto legal, o qual serve para localizar uma informação dentro da lei, por maior que ela seja.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; [...] VIII participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar; [...] XV – acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar; [...] de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Senado Federal, 2015. Disponível em: www2.senado.leg.br/bdsf/ bitstream/handle/id/513623/001042393.pdf. Acesso em: 17 dez. 2021.
a) Em sua opinião, o que pode ter levado o governo a criar o Estatuto da Pessoa com Deficiência? Resposta pessoal b) Para você, os direitos expressos nesse artigo estão sendo garantidos às pessoas com deficiência? Por quê? c) Com base no inciso XV, o que o poder público deve garantir à pessoa com deficiência? d) De acordo com o Artigo 28, o poder público é o responsável por garantir o cumprimento desses direitos. Que ações são atribuídas a esse poder?
Nos textos que você analisou nesta seção, foram empregados recursos linguísticos de ordenação de fatos, de descrição e de prescrição. Cada um desses recursos tem a sua finalidade e são empregados em diferentes textos. O recurso da ordenação de fatos é usado em textos para evidenciar a sequência em que os fatos ocorrem. Normalmente, em textos narrativos, os fatos se organizam em uma relação de causa e consequência. Exemplo:
3. c) Deve garantir o acesso da pessoa com deficiência jogos a atividades recreativas, esportivas e de lazer no ambiente escolar.
Mas eu consegui chegar dentro da casa, peguei o rádio, chamei por ajuda e... depois de mais ou menos uns 10 minutos, uns... guias turísticos de uma pousada que fica lá perto chegaram. E eles fizeram um torniquete na minha perna, tudo...
Respostas pessoais. No trecho, a forma como os fatos estão escritos possibilita ao leitor compreender a sequência de ações realizadas pela bióloga até o momento do seu resgate.
3. d) O poder público precisa assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar se os direitos às pessoas com deficiência estão sendo cumpridos.
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Produção
Nesta seção, há uma proposta de produção de texto (escrito, oral ou multimodal) relacionada a um dos gêneros textuais estudados no módulo. Os gêneros selecionados para orientar a proposta são produzidos e circulantes em diferentes esferas da atividade humana, como a literária, a jornalística, a publicitária, a da vida pública e a de estudo e pesquisa.
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Situação inicial Complicação Clímax Desfecho Apresentação do protagonista e dos demais personagens, fatos iniciais, localização da aventura no espaço (onde) e no tempo (quando).
Parte em que surge o conflito, que vai trazer tensão à narrativa.
Momento de maior tensão da narrativa, que prende atenção do leitor.
Momento em que o conflito é resolvido e a história termina.
4 Escolha um título adequado à narrativa. Revisando e reescrevendo a narrativa de aventura Nesta etapa, você deve ler, reler e avaliar seu texto. Se necessário, deve reescrevê-lo. Em seguida, a turma vai organizar a coletânea. Faça dupla com um colega e troquem seus textos. Leia a narrativa do colega e avalie o texto, de acordo com os aspectos apresentados a seguir. 95
A proposta considera as fases essenciais de planejamento – execução, reescrita, avaliação –, além da divulgação do texto em diferentes mídias, suportes e contextos de produção. Essa sequência didática tem a finalidade de ajudar o estudante a apreender o gênero produzido de modo a poder usá-lo, de forma adequada, em determinada situação de comunicação, considerando o interlocutor, o suporte em que o texto vai circular, a intenção do locutor, entre outros elementos da situação de comunicação.
A seção também possibilita aos estudantes realizar a autoavaliação e observar o que aprenderam e o que ainda precisam aprender, assim como os incentiva a avaliar a produção do colega, opinar e trocar experiências e conhecimentos.
Os critérios avaliativos que vão orientar a autoavaliação e a heteroavaliação devem ser considerados em seu conjunto, de forma contextual, e analisados segundo os objetivos que orientaram o ensino. De modo geral, eles podem ajudar os estudantes a verificar se escrevem textos com pontuação e ortografia convencional; se produzem textos escritos e orais considerando as características do gênero e a situação de comunicação; e aspectos ligados a questões linguísticas gerais e especificas dos gêneros produzidos.
a) Os trechos apresentam a descrição de cenários onde se passam os fatos narrados. Que elemento é descrito no trecho 1? Que efeito de sentido essa descrição produz na narrativa? b) No trecho 2 que elementos são descritos? Que sensações a descrição pode expressar ao leitor sobre esse ambiente com relação à situação vivida pelo personagem na narrativa? 2. b) O trecho descreve o local que personagem estava vendo (a longa faixa de areia e a praia Ponta das Florestas). A descrição desses elementos pode dar ideia de esperança e de tranquilidade, já que ambiente pode representar segurança conforto
XI
Arte e ciência Neste módulo, você estudou uma reportagem de divulgação científica e um verbete de enciclopédia e refletiu sobre a importância da ciência para as sociedades. Agora, você vai conhecer um trabalho artístico que relaciona arte e ciência para propor reflexões ao público. A instalação artística Mundus Admirabilis, da artista gaúcha Regina Silveira (1939-), formada por grandes adesivos colados em paredes, tetos e chão de ambientes. Para produzir esses adesivos, a artista consultou livros científicos do século XVIII e selecionou ilustrações de insetos classificados como daninhos, isto é, que de alguma maneira fazem mal ao ambiente em que vivem. É importante notar que essas ilustrações foram produzidas antes da criação da fotografia, por isso tinham a mesma importância de um registro científico e eram elaboradas com grande riqueza de detalhes.
Linguagens em conexão
1. Observe as imagens da instalação e imagine-se andando dentro desse ambiente. Quais sensações você acha que teria?
personagens brasileiros
História da arte com Regina Silveira Vídeo (5min41s). Canal
Quem é
pessoal. Resposta pessoal.
A seção apresenta uma proposta de integração entre um conteúdo ou tema do módulo e algum aspecto ou algum componente curricular da área de Linguagens, da qual Língua Portuguesa faz parte. O objetivo da seção é interligar diferentes componentes curriculares, contribuindo para o aprofundamento da aprendizagem em diferentes linguagens e para um aprendizado cada vez mais interligado.
2. Em sua opinião, o que a presença de insetos considerados daninhos pode sugerir ao público?
3. Quando a artista retira as imagens dos livros científicos do século XVIII e insere em uma instalação artística do século XXI, os sentidos das imagens continuam os mesmos? Por quê? 4. Em sua opinião, a arte e a ciência podem se relacionar? Como? De quais maneiras?
Cultura. Disponível em: you tube.com/watch?v=qEhjzD7OsSc. Acesso em: abr. 2022.
vídeo uma produção da TV Cultura apresenta a artista Regina Silveira contando um pouco mais sobre o trabalho Mundus Admirabilis
Este boxe traz dados biográficos resumidos sobre o autor do texto, o fotógrafo ou o artista. Tem como objetivo apresentar o perfil do produtor dos principais conteúdos selecionados para a coleção, a fim de ampliar o repertório e o conhecimento de mundo dos estudantes.
O contexto do texto
O boxe acompanha alguns textos principais e tem como finalidade apresentar informações fundamentais para a compreensão de seus contextos de produção, além de despertar o interesse dos estudantes pela leitura integral das obras em que os textos lidos foram publicados.
Vocabulário
O boxe traz uma lista de palavras e seus respectivos significados no contexto em que aparecem nos textos propostos, com o objetivo de auxiliar os estudantes na compreensão textual. Os termos apresentados aparecem em destaque no texto.
Saiba mais
Este boxe apresenta informações complementares a conteúdos e temas suscitados pelos textos do módulo e até mesmo curiosidades que buscam ampliar o repertório dos estudantes.
Língua em cena
Este boxe tem como objetivo propor pesquisas e atividades que levem os estudantes a ampliar seu conhecimento linguístico. Como estratégia, incentiva os estudantes na busca pelo conhecimento instigando-os a levantar hipóteses, desenvolver a capacidade de observação, análise e comparação, e estabelecer conclusões, a fim de realizar as próprias descobertas.
Outros boxes
• Para ler / assistir / acessar / ouvir / visitar: oferece aos estudantes sugestões de livros, textos, filmes, vídeos, sites, músicas e locais de visitação relacionados aos conteúdos apresentados, por meio das quais se pode aprofundar os assuntos abordados.
• “Explicativo”: complementa, detalha, sintetiza ou relembra informações e conceitos que podem auxiliar os estudantes no entendimento de algum tema ou de alguma atividade.
• “Conceito”: apresenta os principais conceitos das seções.
CONEXÃO LINGUAGENS EM SILVEIRA, Regina. Mundus Admirabilis. 2007. Vinil adesivo, 20 m × 20 m × 7 m. CCBB, Brasília, DF. REGINA SILVEIRA/MUNDUS ADMIRABILIS 192
PARA
REGINA SILVEIRA/MUNDUS ADMIRABILIS
XII
Grandes
–
TV
O
ASSISTIR
Resposta
Respostas pessoais. Respostas pessoais. 193
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Esta obra está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (doravante BNCC), documento normativo de referência nacional para a formulação dos currículos e das propostas pedagógicas de todas as escolas do país. Ao considerar as necessidades e demandas dos estudantes brasileiros contemporâneos, a BNCC, elaborada em conjunto com a sociedade, profissionais da educação e especialistas, define o conjunto de aprendizagens essenciais que todas as escolas do território nacional devem desenvolver em todos os anos ao longo da Educação Básica.
Já prevista na Constituição Federal de 1988, a BNCC teve como base outros marcos legais já existentes, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, lei no 9.394/1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) e o Plano Nacional de Educação (PNE, 2014-2024). Esse documento integra uma política nacional que visa contribuir para o alinhamento das políticas municipais, estaduais e federais relativas à Educação Básica, para a diminuição das desigualdades entre as escolas e para a garantia de uma formação básica comum aos estudantes, por meio do estabelecimento de competências e diretrizes em que se respeitem os valores culturais e artísticos nacionais e regionais. Portanto, escolas públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil, devem construir currículos e planos de ação e de gestão curricular baseando-se nas aprendizagens essenciais estabelecidas na BNCC.
A BNCC aponta que a Educação Básica brasileira deve promover a formação e o desenvolvimento humano global dos estudantes para que eles sejam capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária. Isso significa orientar-se por uma concepção de educação integral, que proporcione o desenvolvimento de crianças e jovens em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural.
Para abarcar todas essas dimensões, a ideia, de acordo com a BNCC, é que os currículos e as decisões pedagógicas devem estar orientados para o desenvolvimento de competências.
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
(BRASIL, 2018, p. 8).
As competências previstas na BNCC para serem desenvolvidas no Ensino Fundamental não se restringem, portanto, aos conhecimentos que os estudantes devem adquirir, mas também abrangem a aplicação desses mesmos conhecimentos na resolução de problemas da comunidade em que vivem e da sociedade, de modo que os jovens exerçam a cidadania e se insiram no mundo do trabalho.
Direitos humanos, ética, justiça social e consciência ambiental são valores e atitudes que a escola e os professores devem promover na formação e aprendizagem de todos os estudantes brasileiros, uma vez que, para viver em sociedade atualmente, mais do que simplesmente obter conhecimentos e informações, é necessário desenvolver
[...] competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.
(BRASIL, 2018, p. 14).
O trabalho desenvolvido nesta coleção, portanto, guia-se pela proposta pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes considerando suas dimensões éticas, morais, afetivas, sociais e simbólicas, reconhecendo suas singularidades e promovendo a valorização das diferenças.
XIII
COMPETÊNCIAS PROPOSTAS PELA BNCC PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
A BNCC apresenta dez competências gerais que fazem referência ao que, de fato, é necessário trabalhar, oferecer e desenvolver para formar jovens e adultos que deem conta dos novos desafios do século XXI, caracterizados por um alto nível de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Nesse contexto, as Competências gerais da Educação Básica definem o ser humano que se quer formar e tratam das diferentes dimensões humanas (intelectual, física, emocional, social e cultural).
Competências gerais da Educação Básica
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
(BRASIL, 2018, p. 9-10).
As competências gerais definem competências específicas para cada área de conhecimento. Para a área de Linguagens – à qual pertencem os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Arte, Língua Inglesa e Educação Física – são estabelecidas seis competências que devem ser desenvolvidas ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental.
Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental
1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
XIV
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.
(BRASIL, 2018, p. 65).
Com base nas competências gerais e nas competências da área de Linguagens, são definidas competências específicas para o componente curricular Língua Portuguesa.
Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionandose ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
(BRASIL, 2018, p. 87).
Objetos de conhecimento e habilidades
Para garantir o desenvolvimento das competências específicas de Língua Portuguesa, a BNCC define um conjunto de habilidades que expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento – entendidos como conteúdos, conceitos e processos –, organizados em diferentes práticas de linguagem e de acordo com campos de atuação.
XV
As habilidades para o Ensino Fundamental – Anos Finais estão organizadas em blocos comuns do 6o ao 9o ano, do 6o e do 7o ano, do 8o e do 9o ano e em blocos específicos para cada um dos anos, com progressão de complexidade. As cores indicam os campos de atuação a que pertence cada grupo de habilidades dos quadros a seguir.
• Campo jornalístico-midiático
• Campo de atuação na vida pública
• Campo das práticas de estudo e pesquisa
• Campo artístico-literário
• Todos os campos de atuação
Objetos de conhecimento Habilidades comuns: 6 o ao 9 o ano
(EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
Apreciação e réplica
Relação entre gêneros e mídias
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
Efeitos de sentido
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais
(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc. – e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor.
Textualização
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero, utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Revisão/edição de texto informativo e opinativo
(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
XVI
Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.
Produção de textos jornalísticos orais
(EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros.
(EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles.
Planejamento e produção de textos jornalísticos orais
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/ redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social.
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ ou de relevância social
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/ questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos.
Construção composicional
(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc.
Estilo
(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/terceiro lugar, finalmente, em conclusão” etc.).
Efeito de sentido
(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc.
XVII
Reconstrução
das condições de produção e circulação e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero (Lei, código, estatuto, código, regimento etc.)
(EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
Apreciação e réplica
(EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.
(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
Textualização, revisão e edição
(EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários âmbitos da escola – campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando em conta o contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
Discussão oral
(EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. –, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.
(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.
Registro
(EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados).
Análise de textos legais/normativos, propositivos e reivindicatórios
(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido.
Modalização
(EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibilidade) como, por exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis.”, e os mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”, “Discordo das escolhas de Antônio.”, “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.”
XVIII
Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero
(EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características desses gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
Relação entre textos
Apreciação e réplica
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.
Estratégias e procedimentos de leitura
Relação do verbal com outras semioses
Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.
Consideração
das condições de produção de textos de divulgação científica
Estratégias de escrita
(EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa, infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
Estratégias de produção
Estratégias de produção: planejamento e produção de apresentações orais
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
XIX
Estratégias de produção
(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
Construção composicional Elementos
paralinguísticos e cinésicos
Apresentações orais
(EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento.
Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais
(EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
Construção composicional e estilo Gêneros de divulgação científica
(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3a pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
Marcas linguísticas Intertextualidade
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/ amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos. Reconstrução
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/ vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD’s, DVD’s etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
das condições de produção, circulação e recepção Apreciação e réplica
XX
Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
Adesão às práticas de leitura
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.
Relação entre textos
Consideração das condições de produção
Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão/ edição
Produção de textos orais
(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
Produção de textos orais
Oralização
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão.
XXI
Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
Variação linguística
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
Objetos de conhecimento
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Apreciação e réplica
Relação entre textos
Estratégia de leitura
Distinção de fato e opinião
Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos
Apreciação e réplica
Efeitos de sentido
Efeitos de sentido
Exploração da multissemiose
Habilidades comuns: 6 o e 7o anos
(EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos noticiosos publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma escrita hipertextual.
(EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e on-line, sites noticiosos etc., destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges, assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de maneira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor.
(EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos e mídias, analisando e avaliando a confiabilidade.
(EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância.
(EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, topicalização de elementos e seleção e hierarquização de informações, uso de 3a pessoa etc.
(EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e perceber seus efeitos de sentido.
(EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc.
XXII
Estratégias de produção: planejamento de textos informativos
(EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/ espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc. –, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).
Textualização, tendo em vista suas condições de produção, as características do gênero em questão, o estabelecimento de coesão, adequação à norma-padrão e o uso adequado de ferramentas de edição
(EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3a pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.
Estratégias de produção: planejamento de textos argumentativos e apreciativos
(EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo do game para posterior gravação dos vídeos.
Textualização de textos argumentativos e apreciativos
(EF67LP12) Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e produções e gêneros próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), que apresentem/descrevam e/ou avaliem produções culturais (livro, filme, série, game, canção, disco, videoclipe etc.) ou evento (show, sarau, slam etc.), tendo em vista o contexto de produção dado, as características do gênero, os recursos das mídias envolvidas e a textualização adequada dos textos e/ou produções.
Produção e edição de textos publicitários
(EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta o contexto de produção dado, explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ou convencimento e criando título ou slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
Planejamento e produção de entrevistas orais
(EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, por que aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o roteiro de perguntas e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
Estratégias e procedimentos de leitura em textos legais e normativos
(EF67LP15) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as circunstâncias de sua aplicação, em artigos relativos a normas, regimentos escolares, regimentos e estatutos da sociedade civil, regulamentações para o mercado publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito, ECA, Constituição, dentre outros.
XXIII
Contexto de produção, circulação e recepção de textos e práticas relacionadas à defesa de direitos e à participação social
(EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.
Relação entre contexto de produção e características composicionais e estilísticas dos gêneros (carta de solicitação, carta de reclamação, petição on-line, carta aberta, abaixo-assinado, proposta etc.)
Apreciação e réplica
Estratégias, procedimentos de leitura em textos reivindicatórios ou propositivos
Estratégia de produção: planejamento de textos reivindicatórios ou propositivos
Curadoria de informação
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
(EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros.
(EF67LP18) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua sustentação, explicação ou justificativa, de forma a poder analisar a pertinência da solicitação ou justificação.
(EF67LP19) Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas e legislações.
(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas.
(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações.
Conversação espontânea
Procedimentos de apoio à compreensão
Tomada de nota
Textualização
Progressão temática
Textualização
Relação entre textos
(EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.
(EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a progressão temática de seus textos.
(EF67LP26) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de notas de rodapés ou boxes.
(EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos.
Estratégias de leitura Apreciação e réplica
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
XXIV
Reconstrução da textualidade
Efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
Construção da textualidade
Relação entre textos
(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros.
Fono-ortografia (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita.
Elementos notacionais da escrita (EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
(EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação.
Léxico/morfologia
(EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas.
Coesão (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
Sequências textuais
Figuras de linguagem
Objetos de conhecimento
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto
Apreciação e réplica
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto
Apreciação e réplica
(EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade, sequências descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
(EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.
Habilidades comuns: 8 o e 9 o anos
(EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos.
(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada.
XXV
Efeitos de sentido
(EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre).
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido.
Efeitos de sentido Exploração da multissemiose
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.
Estratégia de produção: planejamento de textos informativos
(EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. –, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc., da produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes variados).
Estratégia de produção: textualização de textos informativos
(EF89LP09) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa), organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com as escolhas feitas e reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as características do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização hipertextual e o manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e imagem e adequação à norma-padrão.
Estratégia de produção: planejamento de textos argumentativos e apreciativos
(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores.
Estratégias de produção: planejamento, textualização, revisão e edição de textos publicitários
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas.
Estratégias de produção: planejamento e participação em debates regrados
(EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
XXVI
Estratégias de produção: planejamento, realização e edição de entrevistas orais
(EF89LP13) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e informações sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em estudo, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de informações sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas, garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática, realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo uma contextualização inicial e uma fala de encerramento para publicação da entrevista isoladamente ou como parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa
Estilo
(EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados.
(EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui assumida etc.
Modalização
(EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos legais e normativos
(EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância universal, nacional ou local que envolvam direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA –, e a regulamentação da organização escolar – por exemplo, regimento escolar –, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando possíveis motivações, finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).
Contexto de produção, circulação e recepção de textos e práticas relacionadas à defesa de direitos e à participação social
(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos etc.), no município ou no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.
Relação entre contexto de produção e características composicionais e estilísticas dos gêneros Apreciação e réplica
(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou não de uma breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para problemas de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais digitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa natureza e poder se posicionar de forma crítica e fundamentada frente às propostas.
XXVII
Estratégias e procedimentos de leitura em textos reivindicatórios ou propositivos
(EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando o que se pretende fazer/implementar, por que (motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências esperados), como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, contrastando dados e informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações usados em fundamentação de propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar decisões fundamentadas.
Estratégia de produção: planejamento de textos reivindicatórios ou propositivos
(EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção.
Escuta
Apreender o sentido geral dos textos
Apreciação e réplica
Produção/Proposta
Movimentos argumentativos e força dos argumentos
Curadoria de informação
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.
(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.
(EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.
Conversação espontânea
Procedimentos de apoio à compreensão
Tomada de nota
(EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários e afins, identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo e realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas, questionamentos, considerações etc.
Textualização
Progressão temática
(EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas (remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do conhecimento.
Textualização
(EF89LP30) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de links
XXVIII
Modalização
(EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda com (“realmente, evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo como quase certo (“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).
Relação entre textos
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.
Estratégias de leitura
Apreciação e réplica
Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc.
Construção da textualidade
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
Relação entre textos
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como poemas concretos, ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de sentido.
Figuras de linguagem
Objetos de conhecimento
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Léxico/morfologia
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras.
Habilidades específicas: 6 o ano
(EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos.
(EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia.
(EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
XXIX
Morfossintaxe
(EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.
(EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o gênero textual e a intenção comunicativa.
(EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).
(EF06LP07) Identificar, em textos, períodos compostos por orações separadas por vírgula sem a utilização de conectivos, nomeando-os como períodos compostos por coordenação.
(EF06LP08) Identificar, em texto ou sequência textual, orações como unidades constituídas em torno de um núcleo verbal e períodos como conjunto de orações conectadas.
(EF06LP09) Classificar, em texto ou sequência textual, os períodos simples compostos.
Sintaxe
Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe
Semântica Coesão
(EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da oração.
(EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
(EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).
Objetos de conhecimento Habilidades específicas: 7o ano
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Léxico/morfologia
(EF07LP01) Distinguir diferentes propostas editoriais – sensacionalismo, jornalismo investigativo etc. –, de forma a identificar os recursos utilizados para impactar/chocar o leitor que podem comprometer uma análise crítica da notícia e do fato noticiado.
(EF07LP02) Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes mídias, analisando as especificidades das mídias, os processos de (re)elaboração dos textos e a convergência das mídias em notícias ou reportagens multissemióticas.
(EF07LP03) Formar, com base em palavras primitivas, palavras derivadas com os prefixos e sufixos mais produtivos no português.
(EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das orações.
(EF07LP05) Identificar, em orações de textos lidos ou de produção própria, verbos de predicação completa e incompleta: intransitivos e transitivos.
(EF07LP06) Empregar as regras básicas de concordância nominal e verbal em situações comunicativas e na produção de textos.
(EF07LP07) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, a estrutura básica da oração: sujeito, predicado, complemento (objetos direto e indireto).
Morfossintaxe
(EF07LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, adjetivos que ampliam o sentido do substantivo sujeito ou complemento verbal.
(EF07LP09) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, advérbios e locuções adverbiais que ampliam o sentido do verbo núcleo da oração.
(EF07LP10) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: modos e tempos verbais, concordância nominal e verbal, pontuação etc.
(EF07LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, períodos compostos nos quais duas orações são conectadas por vírgula, ou por conjunções que expressem soma de sentido (conjunção “e”) ou oposição de sentidos (conjunções “mas”, “porém”).
Semântica Coesão
(EF07LP12) Reconhecer recursos de coesão referencial: substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos).
XXX
Coesão
Modalização
(EF07LP13) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos –pessoais, possessivos, demonstrativos), que contribuem para a continuidade do texto.
(EF07LP14) Identificar, em textos, os efeitos de sentido do uso de estratégias de modalização e argumentatividade.
Objetos de conhecimento Habilidades específicas: 8 o ano
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Relação entre textos
Textualização de textos argumentativos e apreciativos
Fono-ortografia
Léxico/morfologia
(EF08LP01) Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e digitais e de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de fato que são noticiados e comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o que não noticiar e o destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.
(EF08LP02) Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma mesma informação veiculada em textos diferentes, consultando sites e serviços de checadores de fatos.
(EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase.
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etc.
(EF08LP05) Analisar processos de formação de palavras por composição (aglutinação e justaposição), apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em palavras compostas.
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos constitutivos da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus complementos e modificadores).
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso frequente.
(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos na voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e passivo (agente da passiva).
Morfossintaxe
(EF08LP09) Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos adnominais – artigos definido ou indefinido, adjetivos, expressões adjetivas) em substantivos com função de sujeito ou de complemento verbal, usando-os para enriquecer seus próprios textos.
(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.
(EF08LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, agrupamento de orações em períodos, diferenciando coordenação de subordinação.
(EF08LP12) Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com conjunções de uso frequente, incorporando-as às suas próprias produções.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.
Semântica
Coesão
Modalização
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando o antecedente de um pronome relativo ou o referente comum de uma cadeia de substituições lexicais.
(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.).
XXXI
Objetos de conhecimento Habilidades específicas: 9 o ano
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital
Relação entre textos
Textualização de textos argumentativos e apreciativos
Fono-ortografia
(EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos etc.
(EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de relevância social, comparando diferentes enfoques por meio do uso de ferramentas de curadoria.
(EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos – de autoridade, comprovação, exemplificação, princípio etc.
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.
(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
(EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”.
Morfossintaxe
(EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.
(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe
Coesão
Variação linguística
(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período composto.
(EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais).
(EF09LP12) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a pertinência, ou não, de seu uso.
(BRASIL, 2018, p. 140-191.)
A COLEÇÃO NO CONTEXTO DA BNCC
O trabalho proposto nesta coleção articula-se com os pressupostos teóricos e as orientações da BNCC, documento que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica.
Com base nessa concepção, a nossa proposta pretende assegurar a aprendizagem de conhecimentos curriculares aos estudantes, e também o desenvolvimento de competências, compreendidas como a soma de conhecimentos (saberes), de habilidades (capacidade de aplicar esses saberes na vida cotidiana), de atitudes (disposição para utilização desses conhecimentos e habilidades) e de valores (aptidão para utilizar esses conhecimentos e habilidades com base em valores universais, como direitos humanos, ética, justiça social e consciência ambiental). Busca-se, dessa maneira, promover a formação e o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. Na coleção, as dez competências gerais norteiam e são o propósito final do que os estudantes irão vivenciar, aprender e desenvolver ao longo da Educação Básica. Assim, a seleção de textos e temas, as atividades de leitura, de escuta, de estudo da gramática e de análise linguística, de produção escrita e oral, contemplam as aprendizagens
XXXII
essenciais, mas também têm como foco ampliar a capacidade de lidar com pensamento crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, diversidade de saberes, cultura digital, trabalho e projeto de vida, capacidade de argumentação, autoconhecimento, autocuidado, empatia, desenvolvimento pessoal e social, responsabilidade, consciência socioambiental e cidadania, entre outros aspectos importantes para a vida no século XXI.
Objetiva-se, portanto, expandir as possibilidades de participação dos estudantes nas mais diversas práticas de linguagem e as experiências nos letramentos de natureza multissemiótica e multimidiática no mundo contemporâneo cada vez mais digital, para fortalecer a autonomia dos estudantes, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação.
Nesta fase escolar, os jovens são colocados diante de situações de aprendizagem mais desafiadoras, uma vez que elas mobilizam conhecimentos de diferentes áreas e fontes de informação para que eles sejam capazes de analisar e compreender a complexidade do mundo em que vivem. Dessa maneira, as atividades e as orientações deste material favorecem o desenvolvimento da autonomia, bem como o aprofundamento e a ampliação do repertório dos estudantes.
Ainda, a adolescência é uma época da vida em que se vivenciam muitas experiências novas, além de mudanças físicas e sociais; por isso, este material também privilegia o desenvolvimento dos aspectos afetivos e das singularidades de cada estudante, ao considerar a formação da identidade e a inserção na sociedade.
A partir das competências gerais e das competências da área de Linguagens, foram definidos eixos de aprendizagens relativos às práticas de linguagem:
[...] oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão –, textuais, discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses). [...]
(BRASIL, 2018, p. 71).
Eixo Leitura
O eixo da leitura, tal como concebido na BNCC, não diz respeito somente à leitura de textos escritos, mas também às imagens estáticas (fotografias, pinturas, gráfico etc.), às imagens em movimento (filmes e vídeos, por exemplo) ou aos sons (música). Essa abrangência de textos busca contemplar a complexidade dos gêneros digitais que fazem parte do cotidiano dos estudantes. Esse eixo “compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação” (BRASIL, 2018, p. 71). A fim de cumprir essa orientação, nesta coleção, os estudantes são incentivados, por exemplo, a fruir esteticamente de textos literários, a entender textos da área jornalística, como reportagens, artigos de opinião e outros e também a ler textos multissemióticos e multimidiáticos próprios da cultura digital, assim como a realizar pesquisas para apoiar trabalhos escolares e a inferir informações implícitas nos textos. Destaca-se, nessa perspectiva, a diversidade de gêneros textuais e de culturas nas propostas e atividades.
Eixo Produção de textos
O eixo da produção de textos “compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos” (BRASIL, 2018, p. 76). As propostas exploram esse eixo por meio de atividades em que são solicitadas aos estudantes a seleção de dados em fontes confiáveis para a defesa de posicionamentos, a produção de textos com uso de recursos da linguagem próprios para o objetivo comunicativo ou o público-alvo, a análise de aspectos composicionais dos gêneros entre outras ações. Também se considera importante o desenvolvimento de um trabalho contextualizado e específico por meio de situações humanas nas quais os gêneros estejam inseridos.
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Eixo Oralidade
O eixo da oralidade “compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face” (BRASIL, 2018, p. 78). Nesta coleção, considerando a importância dessas práticas, busca-se desenvolver nos estudantes as habilidades da oralidade em situações de aprendizagem em que eles são convidados a produzir textos orais, a utilizar uma escuta ativa, a conhecer as tradições orais e seus gêneros, a promover o debate e o questionamento de forma a valorizar e respeitar o pensamento divergente, entre outras propostas nos diferentes campos de atuação.
Eixo Análise linguística/semiótica
Por fim, o trabalho com o eixo da análise linguística não tem um fim em si mesmo, mas busca promover o aperfeiçoamento das habilidades dos estudantes considerando que o conhecimento sobre a linguagem perpassa todos os campos de atuação e é essencial para a inserção na sociedade.
Neste material, além da abordagem que envolve o estudo da ortografia, morfologia, sintaxe, semântica, pontuação, há atividades em que os estudantes analisarão textos orais e os elementos próprios da fala, como os paralinguísticos e cinésicos e textos multissemióticos, considerando as características dos elementos que os compõem e o estilo das diferentes linguagens utilizadas. Considera-se também o estudo sobre o fenômeno da variação na língua portuguesa, o preconceito linguístico e o prestígio de determinadas variedades da língua. As propostas oportunizam situações de reflexão sobre a língua e os aspectos analisados.
CAMPOS PROPOSTOS PELA BNCC
Para desenvolver as habilidades de cada eixo, foram considerados campos de atuação, uma vez que cada prática de linguagem ocorre em uma situação da vida social. Assim, a aprendizagem do componente Língua Portuguesa se organiza de maneira contextualizada e significativa para os estudantes e com progressão de complexidade.
A escolha por campos de atuação considera que a formação dos estudantes se dá dentro e fora da instituição escolar – ela também acontece, por exemplo, no espaço familiar e na esfera pública. Por isso, por meio de um conjunto de práticas, atividades e leituras, nesta coleção, criam-se condições, atividades e leituras que possibilitam aos estudantes desenvolver seu protagonismo no exercício da cidadania e da inserção na sociedade.
No campo artístico-literário, por exemplo, são estudados gêneros como narrativa de aventura, cordel e conto popular, além de manifestações culturais das mais variadas, como intervenção artística, grafite, lambe-lambe, microrroteiro. As atividades contribuem não só para a formação leitora dos estudantes como também permitem o contato com diversificados valores e comportamentos, levando os estudantes a desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente.
O campo jornalístico-midiático envolve as práticas relativas ao trato da informação e da opinião. Alguns dos gêneros desse campo são: notícia, carta do leitor, comentário, charge, meme e propaganda. O estudo das práticas desse campo objetiva levar os estudantes à incorporação da leitura, escuta e produção de textos desses gêneros, de forma crítica e autônoma, além de contribuir para que tenham sensibilidade e interesse pelos temas que fazem parte do cotidiano do mundo e da comunidade em que vivem.
No campo de atuação na vida pública, destacam-se os gêneros legais e normativos, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal. Por meio do estudo de textos reivindicatórios, propositivos e regimentais, os estudantes abrem-se para a discussão de ideias, de forma ética e propositiva, e para a valorização dos direitos humanos. A partir de vivências significativas, fomentam-se a autonomia e a formação cidadã dos estudantes.
O campo das práticas de estudo e pesquisa propicia situações em que os jovens atuem como protagonistas nas atividades científicas, de modo que reconheçam e valorizem os procedimentos da ciência para a compreensão do mundo ao redor. Nesta coleção, por exemplo, propõem-se a pesquisa de fenômenos de uso da língua portuguesa no cotidiano, a produção de relatório, a análise de resultados etc. Estão incluídos no campo das práticas de estudo e pesquisa gêneros como apresentação oral, debate, podcast e reportagem de divulgação científica.
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ATITUDES E VALORES NO ENSINO FUNDAMENTAL
A escola é o espaço onde crianças e jovens se desenvolvem diariamente, aprendendo sobre si mesmas e sobre o outro a partir das experiências informais e espontâneas, assim como por meio de experiências formais e planejadas. Essas experiências contemplam as dimensões humana, intelectual, social e emocional do estudante e se colocam como possibilidades para que ele possa se desenvolver em sua maturidade pessoal e coletiva.
Neste sentido, propõe-se a formação do jovem em valores fundamentais, como empatia, respeito à natureza, à cultura e às diferenças, assim como trabalhos em grupo, debates, fóruns de discussão, que desenvolvem superação, perseverança e disciplina, qualidades notórias e tão necessárias para a formação humana, social e emocional, uma vez que, posteriormente, ajudarão nas decisões de modo mais consciente sobre si e sobre seu papel na sociedade.
Na coleção, as atividades pedagógicas proporcionam aos estudantes constatar que os valores estão sempre presentes nas escolhas e nas ações propostas, concretas e reais. Merecem destaque algumas propostas em que os estudantes são mobilizados a realizar campanhas de conscientização visando ao bem-estar social, assim como o trabalho voluntário no ambiente escolar, refletindo sobre a importância da solidariedade, do serviço gratuito e da doação pessoal. Isso é, sem dúvida, um instrumento poderoso e eficaz na formação dos valores dos estudantes, que se colocarão como agentes transformadores da sociedade.
Assim, há diversas propostas em que os estudantes são convidados a posicionar-se em relação a direitos e responsabilidades, a identificar valores importantes para si e para o coletivo, a realizar projetos escolares e comunitários e a propor soluções para problemas de modo coletivo e colaborativo, revelando-se como um caminho possível e saudável para a formação em valores como trabalho em equipe, superação, perseverança e disciplina.
CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, LINGUAGEM
E APRENDIZAGEM
O primeiro aspecto importante, tanto na elaboração de materiais didáticos de Língua Portuguesa quanto nas práticas de ensino, são as noções de língua e de aprendizagem que se adotam. Assim, toma-se por um primeiro prisma, como referência nesta coleção, a visão sociointeracionista de Bakhtin (2003), Bakhtin e Volochínov (1999) e Vigotski (1984, 2003), a fim de enfatizar o papel das interações sociais na constituição da língua; por um segundo prisma, assume-se o conceito de mediação no processo de desenvolvimento e aprendizagem do sujeito.
No que diz respeito à concepção de língua, parte-se do princípio de que ela “constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores” (BAKHTIN; VOLOCHÍNOV, 1999, p. 127). Isso é contemplado nesta coleção em seções como Linguagem e sentidos, em que são estudadas as questões de variações linguísticas, preconceito linguístico e adequação de linguagem; Palavra aberta, em que são propostas atividades de produção de textos orais diversos nos quais os estudantes deverão ajustar a linguagem ao público e ao contexto situacional; Produção, em que as propostas orientam os estudantes a adequar a linguagem à função social, aos interlocutores, à situação de comunicação, aos objetivos pretendidos e ao veículo de publicação desses textos.
Aqui se assume a linguagem como dialógica, isto é, constituída por meio da interação, aspecto fundamental da língua, que só pode ser compreendida com base em sua natureza social, na medida em que “as palavras são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações em todos os domínios” (BAKHTIN; VOLOCHÍNOV, 1999, p. 41).
Quando se fala ou se escuta, não são apenas palavras ditas ou ouvidas, uma vez que elas vêm carregadas de valores, de julgamentos, de impressões do mundo e do outro. A enunciação, portanto, é o resultado da interação entre pelo menos dois interlocutores reais ou representantes ideais, mas nunca abstratos. A palavra reflete as transformações sociais e se orienta em função do interlocutor, podendo variar se o participante da interação fizer parte de um determinado grupo social ou se mantiver com o seu interlocutor uma relação mais ou menos afetiva, por exemplo. É um fenômeno ideológico por natureza, ou seja, toda palavra
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[...] é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do interlocutor. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra, defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.
(BAKHTIN; VOLOCHÍNOV, 1999, p. 113).
A língua é, assim, mais do que um conjunto de recursos simbólicos de expressão e comunicação: ela atua como um espaço de interação, de interlocução humana; é viva e dinâmica. Bakhtin (2003) relaciona a língua às condições concretas de vida dos sujeitos – ela não pode ser concebida fora da sua dimensão social e histórica. O discurso, para Bakhtin (1993), apresenta uma orientação dialógica, isto é, emana sempre do outro e é marcado pela presença de múltiplas vozes. Desse modo, o dialogismo, que designa formas da presença do outro dentro do discurso, é o princípio constitutivo da linguagem e a condição do sentido do discurso.
Em resumo, a língua apresenta uma natureza transformadora, interativa, estando sujeita a mudanças. Precisa ser vista como “ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história” (BRASIL, 1998, p. 20). Por meio dela, significamos o mundo, temos acesso à informação, partilhamos e/ou construímos visões de mundo, defendemos pontos de vista, expressamos emoções, nos relacionamos e influenciamos pessoas, muitas vezes alterando a forma como o outro e nós mesmos vemos a realidade e as sociedades e provocando (re)ações. Conceber a língua dessa forma implica a criação de situações que favoreçam seu uso efetivo e a utilização de textos passíveis de reflexão nas práticas de ensino, como é realizado no estudo dos gêneros notícia (Módulo 5 – “Natureza em alerta”) e reportagem de divulgação científica (Módulo 4 – “Vozes da ciência”), ambos do volume do 6o ano, em que se discutem temas relativos à saúde, ao meio ambiente e à ciência.
Com esse trabalho, os estudantes são levados a perceber que as escolhas feitas a cada enunciação não são aleatórias (nem sempre conscientes), mas decorrem da situação de comunicação, isto é, da intenção do locutor, dos conhecimentos prévios sobre o(s) interlocutor(es), da relação entre eles, da posição social de cada um etc., o que determina também a escolha do gênero de texto no qual o discurso se realizará.
Em relação à concepção de aprendizagem, nesta obra, destaca-se o papel da linguagem e da educação formal (escolar) no desenvolvimento do indivíduo. De acordo com Vigotski (1984, 2003), o desenvolvimento ocorre por meio da interação do indivíduo com o contexto sócio-histórico e com os outros membros do grupo cultural do qual faz parte. Assim, a interação social desempenha um papel de formadora e construtora dos processos psicológicos superiores, como a linguagem, os quais não podem surgir nem se constituir sem ela. Nesse sentido, a linguagem é responsável pela própria constituição do sujeito e possibilita ao indivíduo se relacionar com os membros de seu grupo social, agir sobre o outro e expressar desejos, sentimentos, ideias etc.
Para Vigotski, a construção do conhecimento não ocorre isoladamente, mas por meio do processo de aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento das funções mentais superiores – por exemplo, a linguagem. Nesse sentido, a aprendizagem é intermediada pelos indivíduos que estão ao redor do sujeito e que repassam significados sócio-histórico-culturais. A aprendizagem “pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que as cercam” (VIGOTSKI, 1984, p. 99).
Para incentivar a aprendizagem, é importante que o professor desenvolva um trabalho em parceria com os estudantes, por meio de atividades em pares, em pequenos grupos ou com toda a turma, para que eles possam construir significados. Considerando isso, nesta coleção, propomos atividades que promovem o trabalho em duplas ou grupos – por exemplo, as das seções Palavra aberta e Língua em cena – e outras que propiciam a interação entre professor e estudantes, tendo em vista a construção de sentidos – como as de Imagem em foco, Conversando sobre o texto e Linguagens em conexão. Atividades dessa natureza favorecem a constituição do indivíduo, uma vez que ocorrem na sua relação com o outro e na mediação entre instrumentos e signos.
Nesse contexto de aprendizagem, o professor assume um papel essencial, porque passa a ser o elo entre o conhecimento (objeto de ensino) e os estudantes ao trabalhar com eles a fim de explicar e dar informações (com o intuito de XXXVI
ampliar os esquemas mentais já existentes, modificando-os ou substituindo-os por outros mais sólidos e abrangentes), questionar e corrigir (verificando se a sua interferência foi compreendida e capaz de fazer os estudantes alcançarem os objetivos esperados) e, por fim, motivar a explicação do conteúdo apreendido (certificando-se de que o conhecimento novo tornou-se real e significativo para os estudantes).
Também nesta coleção as propostas e atividades visam contribuir para desenvolver nos estudantes o compromisso como protagonistas no seu próprio processo de aprendizagem. Assim, a coleção mobiliza os conhecimentos que já possuem (de anos anteriores de escolarização e de mundo) e propõe novos olhares e perspectivas a eles, possibilitando, no andamento das aulas, uma construção coletiva do conhecimento (entre professor-estudantes e estudantes-estudantes) no processo de aprendizagem.
Variedades linguísticas e ensino de língua
Considerando que a língua é constituída sócio-historicamente e as diferenças são características inerentes a ela, este material se apoia no trabalho com as variedades linguísticas em sala de aula, pois, além de serem eficazes nas interações sociais, elas identificam as comunidades em que são utilizadas.
As variações fazem parte da natureza própria da língua e resultam da diversidade de grupos sociais, ocorrendo em todos os níveis linguísticos – fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico, lexical e estilístico-pragmático (BAGNO, 2007). Elas podem decorrer de vários fatores, como idade, gênero, status socioeconômico e inserção no mercado de trabalho. As diferenças linguísticas derivadas desses e de outros fatores podem ser reunidas em quatro tipos de variação.
• Variação geográfica: constituída por diferenças derivadas da cultura de determinada região; por exemplo, diferenças fonéticas (pronuncia-se “tchia” [no Pará] e “tia” [na Bahia]) e lexicais (semáforo [em São Paulo], sinaleira [na Bahia], sinal [no Rio de Janeiro]).
• Variação sociocultural: constituída por diferenças derivadas da classe social, da profissão, da idade, do nível de escolaridade etc.; por exemplo, gírias e jargões profissionais (“usar datação de carbono” – na Arqueologia; “criar um layout ” – na Publicidade).
• Variação histórica: constituída por diferenças decorrentes do tempo, da evolução natural da língua; por exemplo, diferenças entre o português arcaico e o português contemporâneo (segujmte > seguinte; asy > assim).
• Variação situacional: diferenças originadas pela adaptação à situação de comunicação (suporte, objetivo, interlocutor, contexto sócio-histórico etc.).
Não se pode, diante do fenômeno da variação, conceber a língua como única, baseando-se nas prescrições normativas dos compêndios gramaticais, pois o uso de uma ou outra forma de expressão depende de diversos fatores. E, se existem diferentes formas de usar a língua,
[...] Não cabe o argumento de trabalhar apenas com a norma culta porque o aluno já domina as demais: isso não é verdade, uma vez que o aluno, quando chega à escola, pode dominar bem uma ou duas variedades e alguns elementos de várias, mas sempre tem muito que aprender de diversas variedades, inclusive das que domina. (TRAVAGLIA, 2016, p. 41).
Desse modo, a coleção traz uma abordagem sociolinguística, pois considera a língua essencialmente heterogênea, visto que está sempre em desconstrução e reconstrução, sendo, portanto, um processo, uma atividade social realizada pelos falantes nos momentos de interação social. Assim, estudo das variações se dá não só em textos, explorando as questões de variação geográfica, sociocultural, situacional e os efeitos de sentidos que o seu uso produz, como também na seção Linguagem e sentidos, que tem como uma de suas finalidades abordar, de forma sistemática, questões relacionadas a variação, adequação de linguagem, preconceito linguístico e outros aspectos.
Ainda com relação às variedades linguísticas, vale destacar a diferença entre norma-padrão e norma urbana de prestígio, visto que a primeira corresponde ao modelo ideal de língua “correta”, fundamentado em gramáticas normativas; e
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a segunda, a uma variedade social legitimada como meio público de comunicação, geralmente usada em situações mais formais. A norma urbana de prestígio diz respeito “aos usos que se consideram mais adequados aos contextos (orais e escritos) de uso da língua formal, aceitando-se, ainda, que essa formalidade da língua pode admitir graus e variações diversos” (ANTUNES, 2007, p. 91).
Portanto, observa-se que a norma-padrão não corresponde aos usos sociais da língua, ou seja, não corresponde a nenhum uso real, constituindo-se apenas em um modelo abstrato. Contudo, [...] apesar de ser um produto cultural, de natureza diferente das variedades linguísticas efetivamente empregadas pelos falantes, a norma-padrão tem que ser incluída em qualquer estudo sobre as relações entre linguagem e sociedade. E, exatamente por isso, a norma-padrão tem lugar garantido na educação linguística. Só não pode ser, como tem sido, um lugar exclusivo e excludente.
(BAGNO, 2013, p. 67).
Com relação à norma urbana de prestígio, vale destacar que ela:
I. não implica uso efetivo em todas as situações de comunicação;
II. é usada em situações que exigem maior grau de formalidade;
III. está relacionada, por exemplo, às atividades de divulgação de informação escrita (jornais) e ao poder político-administrativo;
IV. é requisitada de acordo com o grau de formalidade da situação de comunicação e não pelo fato de ser uma situação de fala ou de escrita.
Quanto a esse último aspecto, é importante considerar que, para interagir em algumas situações de comunicação, como as que ocorrem via mensagens instantâneas (chats de redes sociais ou aplicativos de conversas, por exemplo), o usuário faz uso da escrita informal; já em situações de exposição oral, como seminários ou palestras, o falante se vale da modalidade oral formal, o que contradiz a ideia de que a oralidade é o lugar da informalidade e a escrita, o da formalidade. Com o intuito de promover essa reflexão, apresentamos atividades que focam na oralidade tanto no aspecto informal (como nas interações em sala de aula, propostas nas seções Imagem em foco, Conversando sobre o texto, Linguagens em conexão e em algumas atividades da seção Palavra aberta) quanto no mais formal (como nas propostas de Produção oral, de debates ou exposição e em algumas atividades também na seção Palavra aberta). Em outros momentos da coleção, também exploramos a escrita em situações informais, como troca de mensagens por meio de aplicativos para esse fim.
Assim, sobre o reconhecimento das variedades linguísticas e sua abordagem em sala de aula, é necessário ressaltar aos estudantes que existem outras formas usadas pelos falantes, e não apenas as prestigiadas, conscientizando-os de que as formas usadas por cada um são tão valiosas quanto aquela ensinada na escola. Estudar o funcionamento da língua sem desconsiderar as origens e as culturas da turma é primordial nas aulas de Língua Portuguesa. Contudo, isso não implica abandonar o ensino das variedades mais prestigiadas; envolve o trabalho com a língua de modo a ampliar as variedades linguísticas dominadas pelos estudantes, mostrando-lhes que as de menor prestígio não são erradas ou inferiores e que a questão é saber como utilizar a língua de acordo com a situação de comunicação.
Tal abordagem pode favorecer o acesso dos estudantes às variedades linguísticas, contestando-se, assim, o preconceito que existe contra aquelas menos prestigiadas, tendo em vista que o “preconceito linguístico, como qualquer outro preconceito, resulta de avaliações subjetivas dos grupos sociais e deve ser combatido com vigor e energia”, e levando os estudantes a entender que “todas as variedades linguísticas são legítimas e próprias da história e da cultura humana” (BRASIL, 1998, p. 82). Desse modo, fomenta-se o combate a quaisquer manifestações de ódio e preconceito contra as variedades menos prestigiadas e a valorização das diferenças.
Portanto, cabe ao professor criar situações de aprendizagem que possibilitem aos estudantes utilizar as variedades linguísticas da língua materna, orientando-os quanto à prática de uma ou outra variedade, de forma que eles as usem proficientemente, segundo suas intenções e a situação de comunicação.
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Gêneros textuais e ensino2
De acordo com Bakhtin (2003), os locutores podem formular e comunicar ideias a partir dos gêneros. Constituídos socialmente, os gêneros são maleáveis, uma vez que possibilitam aos falantes a criação de novas formas discursivas de acordo com as necessidades e situações comunicativas.
Os gêneros refletem as situações de produção dos textos e as finalidades da esfera de atividade humana e são também “tipos relativamente estáveis de enunciados”, pois
[...] organizam nossa fala da mesma maneira que a organizam as formas gramaticais (sintáticas). Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir a fala do outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras, pressentir-lhe o gênero, adivinhar-lhe o volume (a extensão aproximada do todo discursivo), a dada estrutura composicional, prever-lhe o fim, ou seja, desde o início, somos sensíveis ao todo discursivo que, em seguida, no processo da fala, evidenciará suas diferenciações. Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo de fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível.
(BAKHTIN, 1993, p. 302).
Ao enfatizar o aspecto “relativo” no conceito, Bakhtin destaca que é preciso levar em consideração a historicidade desses instrumentos semióticos e seu caráter maleável. Por isso, devemos ter cuidado para não tornar o ensino de gêneros algo normativo, priorizando apenas as propriedades formais (estrutura narrativa, argumentativa etc.) e esquecendo-nos de que eles se constituem na interação social, não são estanques, estão diretamente relacionados às atividades humanas, se modificam continuamente e apresentam uma variedade infinita, visto que as possibilidades de interação são inesgotáveis.
Os gêneros, portanto, devem ser entendidos em sua função no processo de interação, uma vez que os seres humanos agem diferentemente de acordo com as esferas de atividades: na escola, na igreja, no trabalho, na política, na família etc., ou seja, “falamos sempre por meio de gêneros no interior de uma dada esfera de atividade. O gênero estabelece, pois, uma interconexão da linguagem com a vida social” (FIORIN, 2006, p. 61).
Vale mencionar que, segundo Bakhtin (2003), os gêneros são constituídos por três elementos: conteúdo temático, forma composicional e estilo (marcas linguísticas) – elementos que se fundem indissoluvelmente no todo do enunciado, mas que apresentam certas regularidades, descritas a seguir.
• Conteúdo temático: o conteúdo temático está fundamentado não apenas no assunto abordado, mas também em vínculos dialógicos que o enunciado (texto) estabelece com outros textos, visto que, ao compor seu enunciado, o sujeito leva em consideração também outras enunciações, que estão correlacionadas ao tema ou assunto de que trata seu texto.
• Forma composicional: é o modo de estruturar ou organizar o texto. Essa análise possibilita que os estudantes possam entender a lógica do texto, em suas partes e no todo, compreendendo não só o que o autor quis dizer, mas também fazendo-o reconhecer o jeito, a forma, como algo foi dito.
• Estilo: equivale à seleção de meios lexicais, fraseológicos e gramaticais em função do interlocutor, do lugar em que o texto vai circular, da situação de comunicação, da finalidade etc., o que atribui entonação própria ao enunciado, garantindo a identidade e a singularidade aos textos de cada interlocutor.
Seguindo essa orientação, é de fundamental importância lembrar que, antes de começar a escrever, o estudante precisa saber por que vai escrever aquela mensagem e quem será seu possível leitor. Ele deve estar ciente do gênero que vai produzir e conhecer suas características típicas, o que implica domínio de vocabulário e de expressão adequados, da estrutura e do contexto de circulação; em síntese, precisa considerar os aspectos de produção, circulação e recepção de um texto.
2 Para este bloco, levamos em consideração diferentes abordagens sobre gênero, a fim de elaborar uma proposta de ensino que contemplasse seus vários aspectos. Assim, não diferenciamos, nesta coleção, os conceitos de gênero textual e gênero discursivo.
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É necessário ainda considerar que “a falta de domínio do gênero é a falta de vivência de determinadas atividades de certa esfera. Fala-se e escreve-se sempre por gêneros e, portanto, aprender a falar e a escrever é, antes de mais nada, aprender gêneros” (FIORIN, 2006, p. 69). Por isso, é função das aulas de Língua Portuguesa possibilitar o contato com múltiplos gêneros, relacionados a diferentes esferas da atividade humana, assim como alertar para o fato de que gêneros são ressignificados ao longo do tempo, isto é, podem mudar, ganhar novos sentidos ou até desaparecer, enquanto outros podem surgir.
Quando se fala em gênero, trata-se ainda de distinguir tipos ou sequências textuais de gêneros. Os gêneros são formas de discurso social (ROJO, 2005); os tipos textuais, por sua vez, são sequências definidas pela natureza linguística que envolve questões relacionadas à estrutura sintática, aos tempos verbais, às relações lógicas etc. Segundo Bronckart (2007), há seis sequências: descritiva, explicativa, argumentativa, narrativa, injuntiva e dialogal
Vale mencionar que pode haver textos organizados em torno de uma única sequência ou de várias sequências. No romance, por exemplo, predomina a sequência narrativa, mas outras poderão ser identificadas nele, como a dialogal e a descritiva.
Quanto ao ensino de gênero textual, reconhecemos os gêneros (e seus componentes) como objetos de ensino e como “instrumentos que fundam a possibilidade de comunicação” (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004, p. 171).
Como destacam Schneuwly e Dolz, ao adentrar na escola, o gênero exerce a função tanto de instrumento de comunicação quanto de objeto de ensino-aprendizagem. Em sala de aula, sofre transformações porque ocupa um novo lugar social, diferente daquele em que foi criado; conforme explicam os autores:
Toda introdução de um gênero na escola é o resultado de uma decisão didática que visa a objetivos precisos de aprendizagem, que são sempre de dois tipos: trata-se de aprender a dominar o gênero, primeiramente, para melhor conhecê-lo ou apreciá-lo, para melhor saber compreendê-lo, para melhor produzi-lo na escola ou fora dela; e, em segundo lugar, de desenvolver capacidades que ultrapassam o gênero e que são transferíveis para outros gêneros próximos ou distantes. Isso implica uma transformação, pelo menos parcial, do gênero para que esses objetivos sejam atingidos e atingíveis com o máximo de eficácia.
(SCHNEUWLY; DOLZ, 2004, p. 80-81).
Na situação de ensino, para ajudar os estudantes a dominar melhor um gênero e permitir que escrevam ou falem mais adequadamente conforme a situação de comunicação, sugere-se o uso de sequências didáticas que correspondem a “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).
A proposta desta coleção toma o texto como ponto de referência e, com essa finalidade, apresenta aos estudantes diferentes gêneros, de diversos ambientes de produção e circulação, considerando o campo de atuação em que estão inseridos, a finalidade de cada um, os elementos que os compõem e suas características.
Ainda sobre o tratamento dos gêneros na escola, é preciso levar em consideração sua dinamicidade. Não cabe, portanto, reduzir o ensino ao preenchimento de “uma forma vazia com certo conteúdo”; cabe, ao contrário, “desenvolver a habilidade [do estudante] para manipular ao mesmo tempo a forma e o conteúdo” (ALVES FILHO, 2011, p. 19). Desse modo, é equivocado querer associar os gêneros apenas à forma ou imaginar que se reduzam ao conteúdo. A forma “precisa ser vista como funcional, como tendo uma finalidade, uma razão de ser ou produzindo certo efeito de sentido”, e o conteúdo “precisa ser visto como algo semiótico, já que as ideias somente são veiculadas e mesmo pensadas através dos signos” (ALVES FILHO, 2011, p. 29). Como entidades holísticas que são, merecem atenção a forma, o conteúdo, os valores, as ideologias, os papéis sociais dos interlocutores, o suporte, o propósito comunicativo do gênero, a intencionalidade do locutor etc. Com base nesses pressupostos teóricos, a escola deve realizar um trabalho com diferentes gêneros possibilitando aos estudantes o acesso a novas práticas de linguagem ou àquelas que eles ainda não dominam, por meio de atividades que contemplem:
• a situação de comunicação (Quem são os possíveis interlocutores? Quais são os possíveis objetivos do locutor? Qual é a finalidade do gênero? Quais são os veículos em que circula?);
• a estrutura (fases de organização interna do gênero e sequência textual predominante);
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• as características semióticas (linguagens verbal, visual, sonora que constituem o gênero);
• as marcas linguísticas (tempo verbal priorizado, tipo de discurso mais utilizado, uso de modalizadores e de operadores argumentativos etc.).
Por isso, conforme recomendado pela BNCC, é preciso uma abordagem em relação à multiplicidade de gêneros e, especificamente, dos gêneros multimodais. Com o objetivo de contribuir para a apropriação, pelos estudantes, de diferentes gêneros que fundem diversas situações de interação, destaca-se na coleção o trabalho com gêneros multimodais ou multissemióticos presentes no cotidiano, como post, blogue, podcast, videos, infográficos etc. Essas abordagens evidenciam as práticas de multiletramentos na leitura e na escrita, pois acredita-se que a compreensão dos recursos multissemióticos associados à linguagem verbal envoltos nessas práticas contribui para a ampliação da produção de sentidos pelos estudantes.
Ensino de leitura e escrita
Koch e Elias (2010) afirmam que a concepção de leitura está associada à forma de conceber o sujeito, a língua, o texto e o sentido. Para as autoras, dependendo da visão de língua, a leitura pode ser entendida como atividade de captação de ideias (língua como representação do pensamento), como reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto (língua como estrutura) e como uma atividade interativa (língua como uma atividade dialógica).
Rojo (2004) também se refere às concepções de leitura apresentando diferentes maneiras de conceber o ato de ler: como processo de percepção e associação entre som e letra (decodificação); como ato cognitivo; como interação entre leitor e autor; e como apreciação e réplica ativa.
O trabalho com leitura nesta coleção baseia-se na perspectiva interacional. A leitura é, assim, considerada um espaço de produção de sentidos, que engloba o uso de diferentes estratégias, e é regulada pela situação de comunicação. Alguns componentes dessa situação são os sujeitos (autor e leitor), a ideologia, o suporte e os diferentes tipos de discurso. Ela é reconhecida aqui como um processo que transcende o próprio texto. Também destaca-se, na coleção, a leitura de textos da esfera digital, os hipertextos, e as relações entre diversas linguagens que compõem esses textos, estabelecendo os sentidos necessários à sua compreensão, considerando o impacto que essas novas tecnologias trazem para o ensino da língua.
A leitura como interação entre autor-texto e leitor está ancorada na perspectiva interacional (dialógica) da língua. Nessa concepção, o leitor é visto como um sujeito ativo que não apenas decodifica, mas também produz sentidos por sua interação com o texto-autor. O leitor desempenha o papel de “construtor de sentido”, valendo-se, para isso, de estratégias como antecipação e inferência. De acordo com essa visão, o sentido é “construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação”. A leitura “se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização” (KOCH; ELIAS, 2014, p. 11). É uma atividade que leva em consideração as experiências e os conhecimentos do leitor, e não apenas o conhecimento do código linguístico.
O texto, portanto, não pode ser concebido fora de sua relação com os processos de produção, distribuição e consumo, que caracterizam as esferas de atividade humana nas quais ele se inscreve. Ele é “um tecido único, cujo resultado global decorre exatamente dos efeitos conseguidos por meio de cada um de nós, feitos textualmente, e pressupostos contextualmente” (ANTUNES, 2010, p. 17). A compreensão de um texto, portanto, decorre da relação entre os elementos linguísticos e os não verbais e da situação na qual as interações acontecem.
A leitura do texto não consiste apenas na decodificação de informações que estão objetivamente inscritas nele. Toda leitura tem sua história, o que implica leituras diferentes em condições diferentes de um mesmo texto, porque as relações entre leitores e textos se modificam. Afirmar, contudo, que é possível ler um mesmo texto de diferentes maneiras não significa aceitar qualquer tipo de compreensão, porque o que se depreende de um texto precisa estar em conformidade com a situação de produção e com sua materialidade linguística.
Quando lemos, consideramos tanto o que está explícito quanto o que está implícito. Assim, as relações de sentido ocorrem também na relação entre os textos uns com os outros, a qual chamamos de intertextualidade.
A intertextualidade stricto sensu (daqui por diante, apenas intertextualidade) ocorre quando, em um texto, está inserido outro texto (intertexto) anteriormente produzido, que faz parte da memória social de uma coletividade ou da memória discursiva
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(domínio estendido de referência [...]) dos interlocutores. Isto é, em se tratando de intertextualidade stricto sensu, é necessário que o texto remeta a outros textos ou fragmentos de textos efetivamente produzidos, com os quais estabelece algum tipo de relação.
[...]
Diversos tipos de intertextualidade têm sido relacionados, cada qual com características próprias: intertextualidade temática, intertextualidade estilística; intertextualidade explícita, intertextualidade implícita; autotextualidade, intertextualidade com textos de outros enunciadores, inclusive um enunciador genérico [...].
(KOCH; BENTES; CAVALCANTE, 2012, p. 17-18).
Ao lermos um texto, acessamos outros textos (relação intertextual) para que possamos compreendê-lo e, assim, produzir sentidos sobre a leitura. Portanto, é importante levar o estudante a considerar as relações intertextuais nos processos de leitura. O conceito de intertextualidade é tido como fundamental para os estudos de textos no ambiente escolar.
Os sentidos não são propriedade privada do leitor nem do autor. É na interação entre leitor, texto e autor que o sentido é construído. Além disso, o lugar social dos interlocutores é parte constitutiva do processo de significação.
Assim, na interação instaurada pela leitura, os sujeitos produtores de sentido – leitor e autor – são ideologicamente constituídos e sócio-historicamente determinados. O leitor é aquele que se assume como tal na prática de leitura, em uma dada ordem social, em um lugar específico. Ele tem identidade de leitura configurada pelo seu lugar social, e é em relação a esse seu lugar que se define a sua leitura. O autor é o responsável pela unidade do texto, entre outros elementos, e está na base da coerência do discurso.
Em síntese, a leitura é aqui tomada como uma atividade de interlocução em que leitor e autor participam do processo de construção de sentidos mediado pelo texto.
O leitor, nessa acepção, é um sujeito que atua ativamente na (re)construção dos sentidos. Nesse processo, segundo Antunes (2003), os sinais gráficos presentes funcionam apenas como guia para o leitor, pois os elementos linguísticos não são os únicos responsáveis pela compreensão. Os conhecimentos prévios e contextuais são essenciais no ato da leitura, porque permitem ao leitor formular hipóteses sobre o assunto ou o fato do texto.
A leitura é também uma atividade de apreciação e de réplica ativa (BAKHTIN; VOLOCHÍNOV, 1999). Segundo Rojo (2004, p. 3-4), nessa vertente teórica, o “discurso/texto é visto como um conjunto de sentidos e apreciações de valor das pessoas e coisas do mundo, dependentes do lugar social do autor e do leitor e da situação de interação entre eles”. A leitura é, portanto, sempre uma atitude assumida diante do discurso do outro, e os sentidos de um texto resultam:
• dos elementos contextuais em que esses textos funcionam como parte de eventos comunicativos;
• do conhecimento de mundo ativado pelo conjunto de elementos contextuais e textuais;
• das unidades lexicais postas ou pressupostas na superfície do texto;
• das unidades gramaticais em suas múltiplas categorias, relações e funções. (ANTUNES, 2010, p. 18).
A escrita mantém uma relação de interdependência e intercomplementaridade com a leitura. Segundo Antunes (2003, p. 67), “a atividade da leitura completa a atividade da produção escrita”. A escrita, para a autora, é uma “atividade interativa de expressão [...], de manifestação verbal das ideias, informações, intenções, crenças ou dos sentimentos que queremos partilhar com alguém, para, de algum modo, interagir com ele” (ANTUNES, 2003, p. 45). Há, portanto, uma relação de interdependência entre os envolvidos na situação comunicativa.
Para a referida autora, as propostas de produção escrita precisam prever três etapas: planejamento, escrita e reescrita. A primeira fase consiste na delimitação do tema e na seleção dos objetivos. A segunda é o ato de escrever propriamente dito. A terceira corresponde àquele momento em que o sujeito avalia o que escreveu – observando a organização textual e a temática, além dos aspectos referentes à segmentação da escrita, entre outros – e reelabora seu texto.
Nesta coleção, com o intuito de trabalhar a escrita como processo, organizamos as propostas de produção de textos em etapas a fim de ajudar os estudantes na escolha do tema ou fato, no planejamento, na escrita propriamente dita, XLII
na revisão, na reescrita e na avaliação, o que acontece, por exemplo, na seção Produção. Além das etapas principais, apresentamos etapas intermediárias, igualmente importantes, em que se definem: o(s) destinatário(s) (público-alvo ou leitor do texto que será produzido); o suporte (mídia ou local em que a produção será divulgada); após a escrita, o processo de edição, com eventuais escolhas de imagens e sua disposição junto ao texto (diagramação) e escolhas de linguagem; os ajustes de escolhas feitas no planejamento e que precisam ser repassadas e revistas; a avaliação do resultado da divulgação ou da socialização da produção (se atingiram o propósito estabelecido durante o planejamento) etc.
Tudo isso vai ao encontro do que preconiza a BNCC:
Da mesma forma que na leitura, não se deve conceber que as habilidades de produção sejam desenvolvidas de forma genérica e descontextualizadas, mas por meio de situações efetivas de produção de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana. Os mesmos princípios de organização e progressão curricular valem aqui, resguardadas a mudança de papel assumido frente às práticas discursivas em questão, com crescente aumento da informatividade e sustentação argumentativa, do uso de recursos estilísticos e coesivos e da autonomia para planejar, produzir e revisar/editar as produções realizadas.
(BRASIL, 2018, p. 78).
Com isso, vimos até aqui que a linguagem é dialógica. Logo, tanto na escrita quanto na leitura, o interlocutor está presente, ainda que não esteja materializado, interpelando indiretamente o locutor. Em outras palavras, há sempre um interlocutor na prática da escrita que influencia o discurso do locutor. Segundo Britto (1999, p. 119), “a presença desse interlocutor no discurso de um indivíduo não é algo neutro, sem valor”. É necessário, portanto, saber para quem se escreve, e o interlocutor previsto precisa ser real, estar inserido em um contexto sócio-histórico.
Com base nessas considerações, podemos afirmar que a escrita, independentemente de ser uma produção multissemiótica ou multimodal, é um processo, uma atividade que pressupõe a identificação dos objetivos, da situação em que o gênero é utilizado, da mídia em que será veiculada, da relação entre os interlocutores e da natureza da informação.
Ensino de oralidade
Segundo Marcuschi (2003), o estudo da oralidade favorece o tratamento de aspectos como variação, níveis de uso da língua e relação entre escrita e fala; para Antunes (2003), o trabalho com a oralidade permite observar, entre outros aspectos, que: a depender da situação, utilizamos determinados gêneros; a oralidade segue um princípio de textualidade; os textos orais estão organizados em torno de um tema.
A produção oral, sistematizada e adequada à situação discursiva, é importante para o desenvolvimento das habilidades de expressão oral em situações formais e informais.
Vale destacar que, na escola, a oralidade está presente quase sempre em forma de conversas informais, e pouco se dá atenção ao ensino de gêneros orais formais. Nessa instituição, é muito recorrente conceber a oralidade como sinônimo de registro informal, como o espaço do “erro”, da espontaneidade e da falta de planejamento. No entanto, essa é uma noção equivocada, visto que as ações do falante serão menos ou mais planejadas, menos ou mais informais, a depender do gênero oral. Por isso, nesta coleção, propomos não só a produção, mas também a leitura de textos de gêneros orais. Dessa maneira, as atividades das seções Palavra aberta e Produção (oral) oferecem ferramentas para que os estudantes aprendam a transitar das formas cotidianas de produção oral para formas constituídas em esferas de produção e circulação que exigem a utilização da língua na modalidade oral de modo mais formal.
Ao enfatizar gêneros orais nos quatro volumes, pretendemos também que os estudantes percebam que não existe uma única oralidade, mas várias (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004), e que tanto a oralidade quanto a escrita apresentam suas especificidades e estão a serviço da interação verbal, podendo variar e ser menos ou mais formais e planejadas. Ambas estão ligadas às situações comunicativas, uma vez que as diferentes práticas de linguagem requerem usos diferenciados.
Além de propor atividades que envolvem o uso de um registro mais formal e ações mais planejadas, criamos situações que dão a oportunidade de os estudantes utilizarem a língua falada, como em Imagem em foco e Conversando sobre
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o texto. Nessas e em outras seções, por meio de interações com os colegas e o professor, os estudantes podem expressar suas opiniões, negociar sentidos, socializar conhecimentos e saberes, apresentar e defender uma posição utilizando argumentos em situações didáticas das mais diversas.
Tal abordagem se justifica dada a importância do ensino da oralidade, como bem destaca Marcuschi (2003), na medida em que contribui com a conscientização de que a língua sofre variação e mudança, favorecendo a formação de estudantes atentos à natureza da linguagem: heterogênea, dinâmica e ideológica. Desse modo, sempre que possível, o professor deve trabalhar a fala, que tem suas particularidades, suas regras e seus modos de organização, por meio de situações em que o estudante faça uso de gêneros orais considerando a circunstância de comunicação.
Ensino de gramática e análise linguística/semiótica
São vários os estudos que se propõem a discutir o ensino de gramática. Há, inclusive, a discussão sobre a necessidade de ensiná-la ou não. Como enfatizam os PCN, trata-se de uma “falsa questão: a questão verdadeira é o que, para que e como ensiná-la” (BRASIL, 1998, p. 28), reflexão também reforçada pela BNCC. O fundamental é não tornar as aulas de Língua Portuguesa meramente descritivas e prescritivas, tal como consta nos manuais gramaticais em geral.
A BNCC afirma que as questões gramaticais devem ser pontuadas em função das atividades de produção, leitura e escuta de textos. Nessa perspectiva, a atividade metalinguística (o reconhecimento, a categorização e a classificação de tópicos gramaticais) deve ser instrumento de apoio para a discussão dos aspectos da língua em uso, e não o centro do ensino. Tal atividade precisa “fornecer ao aluno informação cultural sobre a língua, para que ele tenha um conhecimento básico sobre como a língua é constituída e como funciona” e “instrumentalizar o aluno com um meio auxiliar aos demais tipos de atividade de ensino de gramática”, favorecendo a apropriação de uma metalinguagem com o objetivo de “facilitar a referência aos elementos da língua” (TRAVAGLIA, 2018).
Segundo Travaglia (2016), o estudo da gramática em sala de aula propicia uma melhoria na qualidade de vida dos estudantes, visto que o mundo da cultura é constituído pela linguagem e só é possível mover-se nele e perceber os significados nele produzidos dominando a língua. Além disso, o domínio linguístico contribui para o desenvolvimento da competência comunicativa, pois possibilita ao falante conhecer e utilizar os recursos da língua conforme as interações sociais.
De acordo com esses pressupostos, o ensino de gramática deve envolver atividades epilinguísticas e metalinguísticas. As primeiras estão voltadas para o uso da língua e para a exploração dos recursos expressivos utilizados pelo falante em situações de comunicação. As atividades metalinguísticas, por sua vez, correspondem à descrição, à categorização e à sistematização de elementos linguísticos e devem ser instrumento de apoio para a discussão dos aspectos da língua, e não o centro do ensino.
Dada a complementaridade de ambas as atividades na situação didática, pois permitem que os estudantes levantem as regularidades da língua e construam explicações sobre os fenômenos linguísticos, as propostas desta coleção englobam aspectos gramaticais que contemplam essas duas dimensões do ensino.
Nas propostas de atividades de leitura, há também discussões sobre os elementos verbais e não verbais (semióticos) e sobre o uso de elementos linguísticos que permitem a atribuição de múltiplos sentidos a um texto.
O trabalho com elementos linguísticos específicos torna-se significativo à medida que possibilita reflexões sobre o uso e a função de tais elementos na construção e na intensificação de sentidos dentro do texto.
Dessa forma, em Por dentro da língua, Linguagem e sentidos, Questão de fala e escrita e Língua em cena, focamos a reflexão sobre a língua em situações de leitura, produção e compreensão e a análise dos fatos linguísticos, seus usos e os efeitos de sentidos que produzem na construção do texto.
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NOVAS TECNOLOGIAS, GÊNEROS MULTISSEMIÓTICOS/ MULTIMODAIS E MULTILETRAMENTO
Os novos letramentos e os multiletramentos tornaram-se capacidades básicas para a atuação do professor em seu contexto educacional e para a participação em diferentes interações, em decorrência das novas demandas sociais. O letramento digital e os multiletramentos merecem atenção na perspectiva da formação e no trabalho em sala de aula com os estudantes. De modo geral, esses conceitos se referem, respectivamente, à capacidade do indivíduo para compreender e produzir textos orais e escritos no meio digital e à capacidade do indivíduo de ler, assistir e produzir textos orais e escritos que combinam várias semioses (verbal, imagética, sonora, gestual, espacial), bem como para reconhecer a pluralidade e a diversidade cultural. Desenvolver letramentos múltiplos ajuda, assim, os indivíduos a participar de diversas situações de interação em diferentes meios de comunicação e, ao mesmo tempo, lidar com tecnologias digitais.
A sociedade tem passado por constantes mudanças sociais, culturais, econômicas e históricas decorrentes do surgimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), o que vem impactando a convivência social e alterando a organização de trabalho. Ao utilizarem tablets, celulares e computadores, adolescentes e jovens atuam como protagonistas da cultura digital, não somente como consumidores, mas também como usuários que interagem de maneira rápida e instantânea com outros usuários nas redes sociais por meio da utilização de diferentes linguagens e mídias.
As mudanças provocadas pelo uso das TICs não se restringem ao uso de novas tecnologias digitais; elas abrangem uma nova maneira de existir e viver em sociedade, em que o conhecimento é produzido de modo compartilhado, colaborativo e interativo. Nesse sentido, novos letramentos (ou multiletramentos) são necessários para acompanhar e possibilitar a construção de um olhar crítico às novas dinâmicas da produção do conhecimento na sociedade contemporânea, uma vez que:
As demandas sociais devem ser refletidas e refratadas criticamente nos/pelos currículos escolares [...], para que a escola possa qualificar a participação dos alunos nas práticas da web, na perspectiva da responsabilização, deve propiciar experiências significativas com produções de diferentes culturas e com práticas, procedimentos e gêneros que circulam em ambientes digitais: refletir sobre participações, avaliar a sustentação das opiniões, a pertinência e adequação dos comentários, a imagem que se passa, a confiabilidade de fontes, apurar os critérios de curadoria e de seleção de textos/produções, refinar os processos de produção e recepção de textos multissemióticos.
(ROJO; BARBOSA, 2015, p. 135).
Daí vem a necessidade de a escola promover o desenvolvimento dos multiletramentos, conceito que aponta para “a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais ela se informa e se comunica” (ROJO, 2012, p. 13). A pedagogia dos multiletramentos em sala de aula
[...] caracteriza-se como um trabalho que parte das culturas de referência do alunado (popular, local, de massa) e de gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático – que envolva agência – de textos/discursos que ampliem o repertório cultural, na direção de outros letramentos, valorizados (como é o caso dos trabalhos com hiper e nanocontos) ou desvalorizados (como é o caso do trabalho com picho).
(ROJO, 2012, p. 8-9)
Trabalhar com os multiletramentos significa, portanto, considerar as experiências relativas ao contexto familiar, social e cultural em que os estudantes estão inseridos e levá-los a produzir análises críticas, ampliando seu repertório. Ou seja, propõe-se uma valorização dos conhecimentos e das habilidades que os estudantes já dominam, incentivando-os a cultivar uma postura curiosa, criativa e crítica para a compreensão do mundo e de si mesmos.
Nessa perspectiva, já não é suficiente trabalhar o texto verbal escrito; é preciso relacioná-lo com outras modalidades de linguagem (imagem em movimento, som, fala), sendo o texto multimodal ou multissemiótico:
XLV
[...] aquele que recorre a mais de uma modalidade de linguagem ou a mais de um sistema de signos ou símbolos (semiose) em sua composição. Língua oral e escrita (multimodalidade verbal), linguagem corporal (gestualidade, danças, performances, vestimentas – modalidade gestual), áudio (música e outros sons não verbais – modalidade sonora) e imagens estáticas e em movimento (fotos, ilustrações, grafismos, vídeos, animações – modalidades visuais) compõem hoje os textos da contemporaneidade, tanto em veículos impressos como, principalmente, nas mídias analógicas e digitais.
(ROJO; BARBOSA, 2015, p. 108).
Ao considerar as incessantes transformações tecnológicas possibilitadas pela internet, como o surgimento e a proliferação de novos e diferentes gêneros, é necessário, portanto, que a escola aborde a organização e a constituição dos gêneros e opere com as diferentes semioses (múltiplas linguagens) ou com a multimodalidade, compreendendo como ocorre a construção dos sentidos do texto, visto que levar os estudantes a pesquisar nos motores de busca (por exemplo, sites de pesquisa) não é o suficiente. Os textos veiculados nesse meio exigem, assim, a capacidade de compreensão e de produção de cada semiose para que haja a construção de sentidos.
De acordo com Rojo (2012), o surgimento dos multiletramentos, que englobam a multiplicidade de linguagens, semioses (verbal, visual, sonora) e mídias presentes na criação de significação para os textos multimodais, não só modifica as funções cognitivas humanas como também implica “mutação da relação com o saber” sobre a leitura e a escrita, na medida em que os avanços tecnológicos possibilitam a (re)combinação de outras mídias e outras semioses, instaurando novas formas de produzir e compreender textos, em que apenas o conhecimento da língua (conjunto de signos linguísticos) não se mostra suficiente.
Os multiletramentos apresentam as seguintes características:
(a) são interativos; mais que isso, colaborativos;
(b) fraturam e transgridem as relações de poder estabelecidas, em especial as relações de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das ideias, dos textos [verbais ou não]);
(c) são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas). (ROJO, 2012, p. 23).
O uso de lousa e giz, ainda que instrumentos legítimos e necessários, podem ser insuficientes, nessa perspectiva, uma vez que o hipertexto, a hipermídia, a internet e os gêneros digitais são a expressão característica dos multiletramentos. Os estudantes, nascidos já no ambiente digital, participam de situações sociais em que produzem textos dessa natureza, com base no domínio de “habilidades técnicas”, como editar vídeos para vlogues, elaborar posts para rede social ou produzir gifs. No entanto, as práticas deste material buscam fomentar uma análise crítica dos contextos de produção e circulação dos diferentes gêneros, assim como de suas funções e formas de composição, levando os estudantes a fazer apreciações e a elaborar valorações estéticas e afetivas de produtos culturais locais e mundiais e a participar como autores nesses mesmos gêneros.
Os gêneros, que utilizamos para nos comunicar e interagir em diferentes esferas, se alteram conforme as práticas sociais, que também mudam. A escola, em contrapartida, ainda privilegia o estudo do texto escrito, impresso ou não, principalmente aquele que compõe o cânone e faz parte da cultura “letrada”. No entanto, a articulação entre as diferentes semioses e mídias faz-se necessária em função dos sentidos/significados múltiplos que os gêneros possibilitam aflorar. Esses significados são influenciados pelos aspectos imagético, musical, verbal etc., articulados de acordo com a intenção comunicativa.
Esta coleção, orientada pela pedagogia dos multiletramentos e gêneros multissemióticos e multimodais, contempla atividades que envolvem a análise de fotografias, de gêneros multimodais (tirinhas, infográficos, anúncios de propaganda etc.) e de pinturas, bem como a sugestão de criação de blogue, de gravação de entrevistas, entre outras práticas, buscando desenvolver múltiplos letramentos, a fim de que os estudantes passem a dominar as novas maneiras de ler, de produzir e de colocar textos em circulação nas diversas esferas da atividade humana.
Busca-se enfatizar, nesta coleção, práticas que privilegiam os valores da democracia e da ética na formação dos estudantes, além do respeito à diferença e à diversidade cultural. Para isso, as propostas dialogam com as vivências dos estudantes e contemplam manifestações artístico-culturais oriundas de diferentes espaços e épocas, fruto de subjetividades variadas, produzidas por grupos marginalizados e por aqueles que compõem a tradição erudita.
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Assim, espera-se que, com base em diferentes letramentos, os estudantes possam desenvolver habilidades para se apropriarem, de forma autônoma e crítica, de diversos saberes com o objetivo de elaborar experimentações e formar novos sentidos criativamente, à medida que atuam em prol da construção de uma sociedade mais justa e democrática.
O uso de novas tecnologias e de novas práticas metodológicas deve impulsionar, portanto, possibilidades de ensino-aprendizagem que acompanhem as mudanças de um mundo globalizado, regido pela velocidade de acesso à informação e à comunicação, e que contemplem a pluralidade cultural e das linguagens e as novas formas de participar e interagir em sociedade.
METODOLOGIAS ATIVAS E ENSINO
Considerando os estudantes como protagonistas do processo de aprendizagem e agentes ativos na construção do conhecimento, produzido em rede e a partir de diferentes linguagens, faz-se necessário adotar novas pedagogias, em que se abandone a premissa de que há uma hierarquia em que o professor é o detentor absoluto dos saberes, para que a sala de aula se torne, de fato, um espaço mais democrático.
Há muitos desafios relativos ao ensino e à aprendizagem atualmente. Muitos deles dizem respeito às dificuldades para motivar os estudantes e envolvê-los nesses processos. As chamadas metodologias ativas visam a uma posição ativa na aprendizagem por parte dos estudantes e à atuação dos professores como mediadores e facilitadores desse processo, possibilitando que os estudantes “aprendam fazendo”.
Nesta coleção, as propostas e atividades estão alinhadas com essa metodologia, aspirando a uma melhoria da qualidade do ensino e entendendo, nesse ambiente de desafios, que para o sucesso da aprendizagem é imprescindível que os estudantes se conectem com os conteúdos, por meio de uma relação positiva com os saberes, a fim de que a aprendizagem seja, de fato, significativa.
Nesse sentido, os conteúdos estão organizados de maneira que os estudantes possam fazer descobertas por eles mesmos, em atividades investigativas e contextualizadas, orientadas para que se engajem em novas experiências. Busca-se, por exemplo, incentivar os estudantes a pensar sobre os conteúdos, a formular hipóteses e a construir conceitos, articulando teoria e prática. Para isso, as propostas são encadeadas em etapas gradativas, de forma dinâmica, para que os estudantes se envolvam no próprio processo de aprendizagem e deem sentido àquilo que aprendem.
O trabalho aqui desenvolvido considera essencial conhecer os estudantes, seus interesses e suas preferências, para a elaboração de práticas que partam dos conhecimentos prévios deles para, em seguida, mobilizá-los em direção a novos desafios, tornando-os críticos e reflexivos. Assim, propõe-se o fomento da leitura, da análise, da comparação e discussão de textos ou de manifestações artístico-culturais, para que eles possam apreciá-las, formar opiniões e elaborar as próprias ideias.
Do mesmo modo, considera-se importante criar situações de aprendizagem que requerem o trabalho em duplas ou grupos visando a um objetivo comum, para que os estudantes possam interagir e compartilhar ideias, testar hipóteses etc., ao mesmo tempo em que aprendem a manter a escuta ativa, a respeitar posicionamentos divergentes e a negociar posições.
Além disso, as metodologias ativas, centradas na aprendizagem e não no ensino, permitem que os estudantes reflitam sobre o próprio processo de aprendizagem ao registrar etapas e processos, de maneira que desenvolvam autonomia, construam os próprios valores e se comprometam com a aquisição de conhecimento. O professor, aqui, propõe as atividades, orienta os estudantes e define as estratégias.
Por fim, espera-se que o trabalho orientado por essa abordagem contribua para que os estudantes possam pensar sobre si mesmos, a comunidade em que vivem e a sociedade, e ampliem seu repertório e visão de mundo a partir de situações vivenciadas na prática. Assim, democratizam-se o conhecimento e a aprendizagem, e os estudantes tornam-se seres protagonistas e transformadores na sociedade.
Como exemplos de metodologias ativas podemos citar: resolução de problemas, trabalho de campo, sala de aula invertida, projetos de pesquisa, aprendizagem colaborativa. Todas essas estratégias de ensino, articulando teoria e prática, objetivam levar os estudantes a aplicar na vida cotidiana os conceitos, as habilidades, os valores e os conhecimentos que aprenderam. Elas também consideram os diferentes modos de aprendizagem dos estudantes, a cultura juvenil e os seus interesses. Apresentamos, a seguir, cada um desses exemplos citados.
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• Resolução de problemas
A resolução de problemas propicia que os estudantes elaborem hipóteses, criem estratégias de resolução, busquem e analisem informações para solucionar um problema bem definido. Ao aplicar conceitos em atividades práticas, essa estratégia visa desenvolver nos estudantes o pensamento crítico e a capacidade de ação como agentes propositores. Nesse trabalho, os estudantes se sentem encorajados a investigar um problema, por meio da observação de uma situação real, em que decidirão quais são os conhecimentos necessários para chegar ao objetivo proposto.
• Trabalho de campo
O trabalho de campo correlaciona teoria e prática ao propor aos estudantes uma vivência fora do espaço da sala de aula. É um estudo de investigação que proporciona que eles tenham contato com objetos e situações reais e possam aplicar os conceitos aprendidos. Não se trata de uma atividade de natureza recreativa para a turma, pois o trabalho de campo relaciona-se a uma pesquisa em que os estudantes devem fazer entrevistas, observações ou registros que, em seguida, serão analisados e interpretados por eles. Ainda que seja uma oportunidade interessante, em que os estudantes são convidados a interagir com o mundo, o trabalho de campo é também estruturado e faz parte de uma sequência de atividades e objetivos.
• Sala de aula invertida
A sala de aula invertida pretende alterar a lógica tradicional em que o professor faz uma aula expositiva. Nessa estratégia, o professor orienta os estudantes a conhecer um conteúdo por meio de uma aula expositiva registrada, como uma videoaula, de uma sequência ilustrada, de leituras ou outro recurso. Após esse primeiro momento, o professor sana possíveis dúvidas dos estudantes e orienta projetos, exercícios e atividades, em que eles possam aprofundar os conhecimentos sobre o conteúdo estudado. Por fim, o professor sistematiza o conteúdo de modo colaborativo com os estudantes, que podem compartilhar suas experiências. Essa metodologia propicia que o ambiente de sala de aula seja dedicado às experiências ativas e organizadas em duplas, trios e grupos de estudantes.
• Projetos de pesquisa
Os projetos de pesquisa permitem que os estudantes participem mais ativamente do processo de construção do conhecimento. De modo coletivo, os estudantes podem selecionar temas de relevância para a cultura juvenil e investigar os aspectos que julgarem mais interessantes, tornando a aprendizagem mais significativa, uma vez que se engajam no processo. Aqui também eles são protagonistas, pois elaboraram as perguntas, as hipóteses e as conclusões, acompanhados e orientados pelo professor.
• Aprendizagem colaborativa
A aprendizagem colaborativa é uma metodologia que privilegia o desenvolvimento de trabalhos em grupo entre os estudantes. Ela propõe que eles trabalhem em grupos em torno de um objetivo comum de modo colaborativo. Essa estratégia possibilita que os estudantes desenvolvam as habilidades no campo dos afetos e das relações pessoais, como a capacidade de ouvir o outro com respeito e atenção, de liderar um grupo, tomar decisões, mediar conflitos, regular as próprias emoções etc.
Assim sendo, em diferentes momentos da coleção, fazemos uso dessas e de outras metodologias que colocam os estudantes no papel de protagonistas em seu processo de aprendizagem, utilizando recursos e abordagens adequados para eles, para os conteúdos e para os objetivos definidos, baseando-se na ideia de que ensinar não é transmitir conhecimento (professor-estudantes), mas propiciar formas de participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento e fazer com que ele possa ser aplicado em sua vida cotidiana.
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
O conceito de pensamento computacional está relacionado à habilidade de mobilizar conhecimentos para a solução de problemas, por meio da tecnologia, de maneira crítica, criativa e estratégica. Nesse sentido, ele está relacionado tanto ao uso e à apropriação da tecnologia quanto às diferentes áreas do conhecimento.
O pensamento computacional se sustenta com base em alguns pilares. XLVIII
• Decomposição: habilidade de decompor um problema maior em partes menores, propiciando sua compreensão e consequente resolução.
• Abstração: capacidade de filtrar e classificar os dados mais relevantes para a solução de um problema, em vez de focar nos detalhes.
• Identificação de padrões: análise de dados, de modo a chegar a generalizações e abstrações.
• Pensamento algorítmico: habilidade de definir etapas sistematizadas ou ordenadas para solução de problemas complexos. (É importante lembrar que os algoritmos são parte do pensamento computacional. O pensamento algorítmico ajuda a definir uma série de etapas ordenadas para a resolução de problemas complexos).
Nesta coleção, o pensamento computacional diz respeito especialmente à capacidade dos estudantes de identificar padrões. Essa capacidade, não restrita à Matemática, auxilia os estudantes na resolução de problemas, nas inferências, na argumentação, na investigação, na representação e comunicação de ideias e na elaboração de etapas.
Considerando a abundância de informações no contexto digital atual, é necessário fomentar situações de aprendizagem em que os estudantes possam desenvolver o raciocínio lógico, o pensamento computacional e a análise e interpretação de dados, para que atuem, de maneira autônoma e crítica, nas diversas esferas de atuação social.
Assim, nesta coleção, é solicitado aos estudantes, por exemplo, que desenvolvam um estudo de recepção de produtos da cultura juvenil. Em uma das etapas da pesquisa proposta, relativa à tabulação e análise de dados, eles são convidados a elaborar estratégias do pensamento computacional para análise de informações que comporão o relatório de pesquisa. Além disso, abordagens que levam em consideração o pensamento computacional propiciam maior autonomia aos estudantes ao privilegiar atividades práticas e que exigem deles uma postura ativa, com o exercício da criatividade nos trabalhos interdisciplinares.
INTERDISCIPLINARIDADE E TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS
A abordagem interdisciplinar facilita a organização coletiva e cooperativa do trabalho pedagógico. Segundo Fazenda (2002), ela visa à integração das diferentes áreas do conhecimento e das pessoas por meio de um trabalho de cooperação que prevê o diálogo e o planejamento. Facilita também a integração do processo formativo dos estudantes e pressupõe um trabalho pedagógico centrado em eixos temáticos.
A concepção de interdisciplinaridade respeita a especificidade de cada área do conhecimento, mas pressupõe a colaboração integrada de diferentes especialistas envolvidos nas propostas de ensino. Esse trabalho pode acontecer por meio da criação de práticas de ensino visando resolver um problema ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista.
Nesta coleção, na escolha dos temas e na seleção e organização dos conteúdos, propusemos, sempre que possível, a abordagem interdisciplinar. Além disso, para buscar a integração de diversas áreas do conhecimento, apresentamos sugestões e atividades ao longo das orientações didáticas do Manual do Professor, que ampliam as propostas do Livro do Estudante e envolvem diferentes componentes curriculares. Com isso, pretendemos fomentar iniciativas entre professores para que articulem os seus campos de saber, seguindo, assim, princípios da interdisciplinaridade.
Queremos, desse modo, enfatizar que a função primordial da escola não é a de informar o estudante, mas a de fornecer a ele os instrumentos necessários para que consiga compreender o mundo em que vive e interagir (mediar, articular, acessar, selecionar etc.) com a quantidade de informações e conceitos que circulam à sua volta.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs), previstos na BNCC são organizados em grandes áreas temáticas – Meio Ambiente, Economia, Saúde, Cidadania e Civismo, Multiculturalismo e Ciência e Tecnologia – que objetivam possibilitar um conhecimento contextualizado, que seja relevante para a formação dos estudantes. Assim, busca-se que os estudantes atuem de forma autônoma e crítica, a fim de mudar a realidade em que vivem, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e democrática.
As grandes áreas temáticas dos TCTs possuem temas mais específicos, aqueles a que nos referimos nesta coleção.
XLIX
No volume do 6o ano desta coleção, por exemplo, exploram-se temas como o do personagem Pantera Negra, de grande identificação com a cultura juvenil, e gêneros próprios do universo digital como comentário de leitor na internet e compartilhamento de resenhas e objetos culturais na rede. Assim, propõe-se um estudo sobre a representatividade da cultura africana e das populações afrodescendentes em diferentes países, levando os estudantes a refletir sobre a herança cultural africana e a valorizar suas contribuições no Brasil. Essa proposta dialoga especialmente com o TCT Diversidade cultural (parte da área temática Multiculturalismo), além de levar os estudantes a compreender a diversidade da realidade em que vivemos, refletindo sobre o universo digital e utilizando as tecnologias digitais de forma ética e respeitosa.
MEIO AMBIENTE
Educação ambiental Educação para o consumo
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Ciência e tecnologia
MULTICULTURALISMO
Diversidade cultural
Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
Temas Contemporâneos Transversais na BNCC
ECONOMIA
Trabalho
Educação financeira
Educação fiscal SAÚDE Saúde
Educação alimentar e nutricional CIDADANIA E CIVISMO
Vida familiar e social Educação para o trânsito Educação em Direitos Humanos Direitos da Criança e do Adolescente Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
Fonte: BRASIL, 2019, p. 13.
Para uma aprendizagem mais significativa e conectada com as realidades dos estudantes, no Livro do Estudante e no Manual do Professor desta coleção, há indicações de trabalhos interdisciplinares com os temas apresentados nas diferentes seções, subseções e boxes, com o oferecimento de orientações para o planejamento de maneira individual e em parceria, dialogando com as competências gerais, as de Linguagens e as específicas de Língua Portuguesa, além das habilidades propostas pela BNCC.
Ciente, portanto, de que a aprendizagem não se dá de forma fragmentária e rígida, mas integrada entre as diferentes áreas do conhecimento e também com o contexto, esta coleção apresenta uma variedade de estratégias e orientações para que o professor, de forma flexível, de acordo com os interesses da turma e com as possibilidades da instituição de ensino, proponha atividades em que se relacionem conteúdos de outros componentes curriculares, visando a uma aprendizagem que abarque a complexidade dos saberes e dialogue com a realidade local, regional e global. O objetivo desta abordagem é contribuir para um ensino cada vez mais plural, conectado com as necessidades dos estudantes e comprometido com uma aprendizagem integral, que respeita a diversidade dos estudantes e as experiências vivenciadas por eles.
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O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Diariamente, ocorrem situações que exigem reflexões e avaliações. Na escola, a dimensão avaliativa da construção do conhecimento é essencial. Avaliam-se constantemente os estudantes, seja de forma sistemática e planejada, seja de forma assistemática. No entanto, o que é avaliação e como se deve avaliar?
Nesta coleção, avaliação é concebida como
[...] a ação processual de construir um valor provisório para o ser focalizado, mediante categorias social e culturalmente marcadas e interativamente elaboradas. Avaliar, portanto, envolve concepções de mundo, conhecimentos partilhados e a emissão de juízos de valor, juízos esses formulados a partir de informações coletadas e selecionadas em contextos sócio-históricos específicos.
(MARCUSCHI; SUASSUNA, 2007, p. 66).
A avaliação também é compreendida como uma sequência de ações orientadas para a obtenção de informações sobre o que os estudantes aprenderam e de que forma. Essas ações podem ser realizadas por um conjunto de procedimentos que possibilita a intervenção pedagógica para tornar possível o ensino-aprendizagem. Os procedimentos e os instrumentos utilizados para avaliar devem orientar não só o professor como também os estudantes, no que diz respeito ao que aprenderam e às suas dificuldades. Para que isso seja possível, a avaliação precisa ocorrer no início e durante todo o processo de ensino-aprendizagem, e não apenas no final de cada etapa de ensino. Nesse sentido, “a avaliação implica a retomada do curso de ação, se ele não tiver sido satisfatório, ou a sua reorientação, caso esteja se desviando” (LUCKESI, 2011, p. 59).
São as informações obtidas no início e ao longo do processo didático-pedagógico que orientam os passos do professor quanto às futuras intervenções pedagógicas. Para que isso ocorra, é preciso recorrer a outros modos de avaliação que forneçam informações importantes para organizar suas ações – por exemplo, a análise das produções para conhecer as dificuldades reais dos estudantes e, com base nisso, selecionar o que será alvo de ensino. “A avaliação deve caminhar para além da mera constatação e classificação do estudante, tornando-se parte integrante do processo de ensino, subsidiando o professor com informações que vão ajudá-lo a orientar e reorientar a sua prática” (BESERRA, 2007, p. 49). Não se deve confundir, portanto, avaliação com nota, pois esta é apenas uma das formas de expressar os resultados de uma avaliação.
Nessa perspectiva, a avaliação é o eixo central de qualquer proposta pedagógica e precisa ser pensada em suas múltiplas funções. Assim, segundo Ferreira e Leal (2007), ela ocorre em diferentes momentos com finalidades diversas, visando identificar os conhecimentos prévios dos estudantes, conhecer suas dificuldades, verificar se aprenderam, por exemplo.
LI
Acompanhar sistematicamente as aprendizagens dos estudantes.
se
o
Planejar ações de intervenção pedagógica. estudantes
Verificar
os objetivos foram alcançados. Conhecer
que os
sabem.
Para que avaliar?
A avaliação como orientadora no ensino-aprendizagem.
No processo de ensino-aprendizagem, a definição de critérios avaliativos permite ao professor avaliar a aprendizagem dos estudantes de forma mais confiável.
O professor deve utilizar diferentes estratégias para avaliar os estudantes. Para isso, é necessário usar, além da avaliação somativa (para mensurar e classificar os resultados), a avaliação diagnóstica (realizada no início do processo, com a função de obter informações sobre os conhecimentos e as habilidades dos estudantes) e a formativa (feita para regular e adaptar o ensino às necessidades deles), uma vez que avaliação implica levar em conta o processo, não apenas o produto.
Obter informações sobre os conhecimentos, as habilidades e as capacidades dos estudantes.
Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, verificando o que os estudantes aprenderam e o que eles ainda devem aprender.
Fazer balanço somatório da sequência de trabalho, informando e situando o avaliado.
FORMATIVA SOMATIVA DIAGNÓSTICA
A avaliação é um processo dinâmico e interativo e parte integrante do ensino-aprendizagem.
O professor precisa atentar-se aos diferentes níveis de aprendizagens que os estudantes de uma turma possam apresentar. Nesse sentido, o processo de avaliação pode contribuir para a elaboração de um planejamento adequado que funcione como um guia de práticas que auxiliem os estudantes em situação de defasagem a se recuperarem e acompanhem também o processo de aprendizagem do restante da turma.
Da mesma forma, a avaliação é importante para que cada estudante desenvolva a autonomia. Assim, instrumentos de autoavaliação são fundamentais para que ele tome consciência do que sabe e do que precisa saber. É por meio da autoavaliação que o estudante assume participação ativa em seu processo de aprendizagem.
Além do desempenho dos estudantes em relação à recepção e à aprendizagem da língua, é preciso avaliar suas habilidades e atitudes em relação à escuta atenta na sala de aula; à receptividade às propostas de trabalho e de atividades em sala de aula; à postura nas atividades desenvolvidas em grupo; à interação com o grupo e com o professor.
Sendo assim, a avaliação é uma prática docente que ocorre de modo permanente, não sendo restrita ao momento da avalição formal, como a “prova”, tradicionalmente realizada de maneira individual e por escrito e cujo resultado é uma nota numérica. A avaliação, em nossa abordagem, deve guiar todo o processo de ensino-aprendizagem, inclusive considerando aqueles aspectos relativos ao comportamento e envolvimento dos estudantes nas propostas.
Outra finalidade da avaliação é preparar os estudantes para a participação em exames de larga escala, tais como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), a Prova Brasil, vestibulinhos e, futuramente, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e os vestibulares. Diante disso, esta coleção apresenta propostas de atividades que consideram o formato desses exames, como atividades contextualizadas, de múltipla escolha, de seleção, de raciocínio.
Nesta coleção, apresentamos também orientações e procedimentos para a realização de trabalho com grupos grandes, pensando na diversidade de conhecimentos e nas habilidades dos estudantes que compõem uma turma, bem como nas diferenças de valores e atitudes entre eles. Essa abordagem visa contribuir para o sucesso do processo de aprendizagem, ao respeitar a pluralidade de formas de aprender.
Considerando as propostas presentes na coleção, o papel do professor é essencial, pois é preciso não só acompanhar de perto os estudantes, desafiando-os à autorreflexão, como também estabelecer diálogos a fim de que eles sejam bem orientados e possam identificar e dizer o que conseguiram aprender e em que precisam melhorar.
A seguir, sugerimos uma ficha de avaliação com critérios de acordo com as práticas a serem desenvolvidas. Essa ficha pode ser adaptada a cada situação de ensino, consoante com os objetivos a serem atingidos e as habilidades a serem desenvolvidas.
LII
FICHA DE AVALIAÇÃO
Tendo em vista o trabalho desenvolvido, pode-se considerar que o(a) estudante: Sempre Às vezes Ainda não
LEITURA, COMPREENSÃO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS
1. Localiza informações explícitas em textos.
2. Identifica o tema de um texto.
3. Infere informações implícitas.
4. Relaciona elementos não verbais e verbais na construção de sentidos.
5. Identifica a finalidade dos textos.
6. Percebe a relação de sentido estabelecida pelos conectivos.
7. Identifica as informações principais e secundárias em um texto.
8. Distingue um fato de uma opinião relativa a esse fato.
9. Infere o sentido de palavras ou expressões.
10. Reconhece diferentes formas de abordar uma informação na comparação entre textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que foram produzidos.
11. Identifica as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto.
12 Identifica efeitos de ironia, humor ou crítica.
Observações:
PRODUÇÃO DE TEXTOS
1. Escreve textos considerando o interlocutor e o propósito comunicativo.
2. Organiza textos de acordo com as capacidades de relatar, argumentar, narrar, descrever, expor.
3. Usa o padrão escrito relativo à paragrafação e à pontuação.
4. Escreve textos coerentes e coesos.
5. Usa o sistema ortográfico corretamente.
6. Adapta o registro da língua (formal ou informal) à situação de comunicação.
7. Utiliza recursos multissemióticos de forma articulada e adequada, bem como elementos paralinguísticos e cinésicos.
8. Escreve textos de acordo com gênero, suporte e mídia.
9. Emprega articuladores textuais adequados às relações que deseja estabelecer.
10. Revisa o próprio texto.
11. Cuida da apresentação da sua produção (letra legível, texto limpo e sem rasuras etc.).
12. Utiliza os recursos disponíveis nos meios digitais, como editores que proporcionem cores, movimentos, formas, sons, entre outros, para produzir textos multimodais/multissemióticos.
13. Emprega, em textos orais, recursos como efeitos sonoros e expressividade.
Observações:
LIII
ORALIDADE
1. Produz textos orais de acordo com os gêneros estudados.
2. Faz uso de gestos e da entonação para a construção de sentidos.
3. Segue as fases de planejamento, produção e autoavaliação de suas produções.
4. Adapta o registro (formal e informal) conforme a situação de comunicação.
5. Expõe os fatos de modo organizado, com apresentação, desenvolvimento e conclusão.
6. Conta histórias mantendo a ordem temporal dos fatos e o tipo de relação existente entre eles.
7. Usa material escrito apenas como apoio, sem ficar lendo o texto.
8. Mantém boa postura e contato visual com o seu interlocutor.
9. Usa recursos visuais para dinamizar sua apresentação.
10. Emprega expressões para organizar a fala.
11. Utiliza recursos como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade.
Observações:
1. Identifica o assunto dos textos.
2. Resume ideias de textos orais.
COMPREENSÃO ORAL
3. Identifica os gêneros em que os textos se realizam.
4. Identifica a finalidade dos gêneros.
5. Reconhece os interlocutores envolvidos na interação.
6. Reconhece a função das pausas, hesitações e repetições nos textos orais.
7. Elenca palavras relativas às temáticas dos textos.
8. Emite opiniões e pontos de vista a respeito dos textos lidos.
9. Estabelece relações com outros textos e/ou com situações vividas.
10. Posiciona-se de forma crítica em relação à tese apresentada em textos argumentativos.
Observações:
ANÁLISE LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA
1. Conhece e aplica adequadamente as normas que regem a ortografia e a acentuação das palavras.
2. Identifica e analisa os efeitos de sentido decorrentes de elementos como volume, timbre, intensidade, pausas e ritmo em textos orais.
3. Estabelece relações de sentido com base nos conectivos.
4. Percebe a função de adjetivos, substantivos e advérbios na produção e na compreensão dos textos.
5. Identifica os diferentes tipos de variedades linguísticas e de registro, assim como sua adequação de acordo com a situação de comunicação.
6. Analisa os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos.
7. Identifica repetições ou substituições que estabelecem relações entre as partes do texto.
8. Identifica o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação.
9. Analisa adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções adverbiais etc. como elementos modalizadores.
10. Reconhece o papel das figuras de linguagem na construção de sentidos do texto.
Observações:
LIV
CULTURA JUVENIL, CULTURA DE PAZ E EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA
A adolescência é um período de mudanças na vida de um indivíduo que passa da infância à juventude. Nessa fase, os adolescentes vivenciam intensas transformações biológicas, sociais, psicológicas e emocionais, cada um à sua maneira, de acordo com a dinâmica da comunidade em que está inserido. Eles vivenciam um processo de amadurecimento, em que a relação com o mundo ao redor se amplia, bem como os laços afetivos com amigos. Tornam-se capazes de elaborar raciocínios mais complexos e definir seus valores éticos.
Os professores que atuam com essa faixa etária de estudantes (11 a 14 anos) necessitam se atentar às particularidades próprias desse grupo e reconhecer também em si mesmos o papel de formadores, uma vez que esse período pode trazer à tona conflitos emocionais e sociais e gerar comportamentos violentos em sala de aula, nos demais ambientes escolares e fora deles.
Esta coleção, no intuito de contribuir para mudanças significativas na sociedade, apresenta uma seleção de textos e temas direcionados a essa faixa etária, para que os estudantes se interessem pelos conteúdos e assuntos abordados, debatendo-os e refletindo sobre questões importantes, como o combate: à propagação de discursos de ódio (na mídia e em redes sociais); à desigualdade em relação às mulheres (especialmente no campo profissional); ao racismo e à xenofobia; à violência de gênero e de identidade de gênero etc. Assim, além de discutir temas próprios da juventude, propõe discussões sobre a violência doméstica, o bullying (intimidação sistemática), o sexismo e a luta por igualdade de gênero na sociedade contemporânea, exposição excessiva em redes sociais e suas consequências, entre outros.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que explora o caráter lúdico que o componente curricular pode propiciar, esta coleção apresenta atividades e propostas em que os estudantes podem explorar e apreciar diferentes manifestações artísticas e culturais e suas práticas, fazendo uso delas nas diferentes mídias e linguagens. As atividades em dupla ou em grupo, bem como as discussões com toda a turma, buscam desenvolver os valores da empatia e da cooperação, propondo situações que necessitam do estabelecimento do diálogo e da argumentação para chegar a um objetivo comum.
A coleção, com sua estrutura e seleção de conteúdos, busca reforçar o ideal de uma cultura de paz e valores como cidadania e respeito, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia, a formação humana dos estudantes em toda a sua singularidade, a criação de um projeto de vida significativo que possibilite o desenvolvimento pessoal e a atuação significativa na comunidade.
SUGESTÕES DE PROJETOS
Introdução
O objetivo da proposta de trabalhar com projetos é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares por meio do tratamento dado à informação, visto que somente o acesso a ela não garante que o estudantes adquiram conhecimento. Para compreendê-la, é preciso confrontar ideias e reelaborá-las. Por isso, propomos envolver os estudantes em atividades de projetos de pesquisa que lhes possibilitem “aprender a aprender”, tomando as diferentes informações disponíveis sobre determinado tema para transformá-las em conhecimento próprio.
Tomamos como base os princípios das metodologias ativas – conjunto de processo que visa incentivar a autoaprendizagem e a curiosidade do estudante para pesquisar, refletir e analisar possíveis situações de determinado problema. Nessa perspectiva, contribui-se de forma significativa para o desenvolvimento da autonomia e da motivação do estudante, à medida que ele interage, articula, observa, reflete sobre o que vê e emite opinião acerca da situação como forma de intervir na realidade. Ao assumir uma postura mais ativa, o estudante não só aprende, mas também desenvolve valores sociais importantes, como respeito, compreensão e solidariedade, aprendendo a ouvir e a falar.
A seguir, descrevemos as etapas básicas para o desenvolvimento de um projeto de estudo e pesquisa. Logo depois, com base nesse roteiro, apresentamos propostas para desenvolver com os estudantes do 6o e do 7o anos e do 8o e do 9o anos.
LV
Etapas para a realização de uma pesquisa
O trabalho será feito em grupos e a organização deve prever as tarefas de cada membro do grupo em cada etapa.
1. Escolha do tema
A primeira etapa para a realização de uma pesquisa consiste em conhecer as opções de temas para que os grupos possam escolher o que for de seu interesse. A escolha do tema de pesquisa, portanto, é o primeiro passo. Esse tema por si só não constitui um problema de pesquisa, mas dele procede o problema a ser investigado. Essa escolha requer considerar os conhecimentos dos estudantes sobre o que será investigado; por isso, deve ser atraente e interessante para que eles tenham curiosidade e interesse em ler, investigar e se aprofundar no tema.
Propomos que, em vez de o professor apresentar uma lista prévia aos estudantes, eles escolham o tema por meio de discussões, leituras de notícias e artigos sobre determinados assuntos de interesse próprio e da turma. Escolhido o tema, parte-se para a formulação de um conjunto de perguntas a respeito do “problema” que se pretende responder com os estudos e a pesquisa. As perguntas vão ajudar a levantar o que será preciso buscar e definirão todo o processo de investigação e pesquisa posterior.
Apresente como exemplo o problema do lixo na sociedade atual, que possibilita perguntas como as seguintes.
• Por que o lixo é um problema nas cidades?
• Que implicações o problema do lixo causa na saúde pública?
• Qual é a relação entre consumo e lixo?
• Que fatores provocam o aumento do lixo?
• De que forma o consumismo interfere na produção de lixo?
Nessa perspectiva, podemos perguntar: Quais são as consequências do consumismo exagerado para a saúde e o meio ambiente? Seguindo por essa trilha, podemos abrir interfaces com outros componentes curriculares, como História, Ciências e Geografia, fazendo as seguintes perguntas.
• Quanto lixo sua família produz por semana? Compare com os dados dos colegas: isso é muito ou pouco?
• Que produtos são mais encontrados na composição do lixo urbano? Qual é o tempo de duração desses materiais na natureza?
• A composição do lixo no século passado era diferente da atual? Por quê?
• O que ocorre quando o lixo fica exposto durante muito tempo nas ruas?
• Quais são as consequências do excesso de lixo para a saúde?
2. Fontes de pesquisa
A segunda etapa requer que o professor indique algumas fontes aos estudantes, ao menos para o começo da pesquisa principalmente para os estudantes do 6o e do 7o anos. Essas fontes podem ser sites confiáveis, revistas e livros; depois, os próprios estudantes poderão ampliá-las à medida que avançam na pesquisa e procedem à seleção das informações.
É importante, também, que o professor ajude a fazer a análise das referências coletadas pelos estudantes, descartando fontes não confiáveis ou não científicas, e indique a necessidade de buscar outras fontes quando necessário.
3. Leitura e análise das informações
Essa etapa compreende aprender a tomar notas, resumir, ler e elaborar gráficos. Os estudantes podem entrevistar pessoas e avaliar comportamentos, criando tabelas e gráficos que documentem e facilitem as análises, e podem, da mesma forma, recorrer a levantamentos científicos já disponíveis em livros, revistas, filmes e na internet para que subsidiem suas análises. Se desejarem, podem documentar em vídeo seus trabalhos e suas entrevistas.
LVI
4. Produção escrita dos resultados e das conclusões da investigação
Essa etapa consiste em integrar de maneira coerente e pessoal as informações coletadas nas várias fontes, sempre tendo em mente a necessidade de responder às perguntas iniciais sobre o problema investigado e às questões secundárias, que surgirão ao longo da pesquisa.
A produção escrita pode ser na forma de artigo, como fazem cientistas e pesquisadores profissionais. Nesse caso, é importante trabalhar cada tópico em aula e ajudar na definição de objetivos, justificativas e conclusões, seguindo a estrutura desse gênero textual.
5. Compartilhamento dos resultados da pesquisa
Nessa etapa, os estudantes vão compartilhar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa, divulgando os resultados, as conclusões e propostas de solução, por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, página/blogue na internet etc. Também podem ser organizadas atividades como mesa-redonda, debates, feiras de ciências e mostras na escola.
É importante lembrar que toda pesquisa é um estudo, mas não se resume à coleta de dados/informações e sua apresentação. É preciso que o trabalho envolva uma reflexão sobre os dados e as informações coletados e, por isso, é fundamental a orientação do professor aos estudantes/grupos ao longo de todas as etapas da pesquisa. Para isso, é importante planejar encontros de acompanhamento, durante os quais se deve conversar com os estudantes/grupos para verificar o andamento do trabalho, elucidar dúvidas e oferecer ajuda com embasamento teórico, além de dicas de materiais e indicações de fontes de referências específicas.
Proposta de pesquisa para 6o e 7o anos
Para esta atividade de pesquisa, levamos em conta os conhecimentos prévios dos estudantes e os componentes curriculares Geografia e Ciências, conforme as seguintes habilidades da BNCC.
6 o ano – Geografia
(EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.
(EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades.
(EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.
(EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
7o ano – Ciências
(EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de combustível e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços, questões econômicas e problemas socioambientais causados pela produção e uso desses materiais e máquinas.
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias (como automação e informatização).
(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro.
(EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação.
LVII
Parcerias possíveis e interessantes
Para o projeto com os estudantes do 6o ano, sugerimos uma parceria com o professor de Geografia, uma vez que há mais possibilidades de conteúdos para pesquisa com esse componente curricular. Já com os do 7o ano, sugerimos uma parceria com o professor de Ciências. No entanto, isso não significa que outros componentes não possam contribuir com a atividade, pois o conhecimento é interdisciplinar. Considerando isso, a proposta de tema para cada ano, possivelmente, terá diferentes leituras e encaminhamentos voltados para as respectivas áreas (mesmo levando em conta que os conhecimentos não são estanques e perpassam as diferentes áreas).
O tema da pesquisa
O tema ou assunto para ambos os anos partirá do filme de animação Wall-E (ou outro, adaptando a proposta), que propicia a discussão de diversos pontos sobre a questão do meio ambiente, além de mostrar facetas do consumismo e consequências das facilidades da vida moderna, como alienação, comodismo, sedentarismo, problemas de saúde. A exploração desses pontos vai direcionar as diferentes propostas de pesquisa.
Organização dos grupos
A atividade de pesquisa, quando realizada em grupos, traz mais benefícios para o aprendizado, porque os estudantes aprendem com a troca de pontos de vista, ganham espaço para criar e passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações para construir conhecimentos.
Sugerimos que a atividade seja realizada em grupos com quatro ou cinco estudantes. No entanto, avalie, antecipadamente, como os grupos vão trabalhar: se todos pesquisarão o mesmo tema, se cada grupo pesquisará um tema diferente ou se uma parte dos grupos pesquisará um tema e outra parte, outro. Considere, nessa escolha, o fato de que caberá ao professor indicar, pelo menos inicialmente, fontes de pesquisa relacionadas ao tema de cada grupo.
Procedimentos de leitura e gêneros para registro da pesquisa
Com os estudantes do 6o ano, sugerimos que sejam abordados procedimentos como tomar notas, sublinhar e esquematizar informações, ler e produzir gráficos de barra e de setores. Com os estudantes do 7o ano, sugerimos: procedimentos de esquematizar e resumir informações, ler e produzir gráficos de barras, de setores e de linhas.
Essa divisão é apenas uma sugestão. Caso ache importante e necessário abordar o resumo e os demais tipos de gráfico no 6o ano, considere as possíveis diferenças de experiências entre os estudantes.
Compartilhamento dos resultados da pesquisa
A proposta de compartilhamento descrita adiante visa promover a troca de conhecimentos e a divulgação das informações adquiridas com os estudos e as pesquisas; por isso, sugerimos que seja discutido com os estudantes quem serão os interlocutores reais (leitores e ouvintes) antes da produção do material.
Apresentamos, a seguir, orientações específicas para o desenvolvimento da atividade de pesquisa com os estudantes.
1. Escolha do tema
Nessa etapa, os estudantes devem escolher o tema e planejar a coleta de informações. Converse com a turma sobre o propósito da exibição do filme, direcionando o olhar dos estudantes para o objetivo pedagógico: reconhecer e analisar as questões ambientais, de consumo, de saúde, entre outras, como problemas para o planeta.
O filme Wall-E (direção e roteiro: Andrew Stanton. EUA, 2008) é uma animação dos estúdios Disney e Pixar, de 97 minutos. A história se inicia no ano de 2700, tendo como cenário principal o planeta Terra, onde não há mais recursos naturais e que se apresenta como um grande depósito de lixo, com a atmosfera poluída por gases tóxicos.
Nesse ambiente inóspito, encontra-se o robô Wall-E (Waste Allocation Load Lifters – Earth; “Levantador de Carga para Alocação de Lixo – Classe ‘Terra’”, em tradução livre), deixado na Terra para compactar e organizar todo o entulho. Ele e sua barata de estimação são os únicos habitantes, porque os seres humanos, para se protegerem da toxidade do planeta, foram morar na estação espacial Axiom. O plano era ficar somente cinco anos nessa estação, esperando a conclusão do LVIII
trabalho de Wall-E, para então retornar à Terra, mas a permanência deles em Axiom já dura aproximadamente 700 anos. De tempos em tempos, são enviados robôs para a Terra a fim de verificar se o planeta já está habitável novamente. Um desses robôs é Eva (acrônimo, em português, para “Examinadora de Vegetação Alienígena”), que se encanta com Wall-E. Enquanto isso, os seres humanos, a bordo da estação espacial, estão tão acomodados que são incapazes de se levantarem sozinhos e de se locomoverem sem auxílio de aparelhos especiais. Os robôs executam todas as tarefas e realizam os desejos mais banais dos seres humanos – que são obesos, visto que passam a maior parte do tempo comendo. Além disso, vivem envoltos por uma tela que projeta imagens, deixando-os tão passivos que se tornam incapazes de reconhecer e analisar o mundo à volta – assim como de se relacionarem com as outras pessoas.
Ao final da exibição, com a turma organizada em grupos, retome o objetivo da atividade e peça a cada grupo que aponte os aspectos que consideraram mais significativos em relação ao meio ambiente, à poluição, à saúde, ao consumismo, às tecnologias, à automação, entre outros aspectos. Em seguida, permita que os grupos troquem suas interpretações e impressões, tornando essa interação um momento de aprendizagem significativa, em que os estudantes possam perceber a multiplicidade de visões e conhecimentos. Destacamos, a seguir, aspectos que consideramos interessantes.
Meio ambiente: o filme apresenta o resultado que a poluição e a geração desenfreada de lixo causaram. O cenário desolador retrata a consequência da ação do homem sobre o planeta, caso não haja um desenvolvimento consciente. Podem-se trabalhar a relação do homem com a natureza e o consumo exagerado e a produção de lixo; e cada estudante pode avaliar a própria consciência ecológica, como age em relação ao meio ambiente, suas atitudes para propor mudanças etc.
Poluição: pode-se observar que, no filme, o poluente mais agravante é o lixo, mas é possível deduzir a participação de outros tipos, como a queima de combustíveis da atividade industrial, de automóveis, de centrais termoelétricas, e assim por diante. Podem-se abordar os tipos de poluição (do solo, atmosférica, hídrica, sonora, térmica, luminosa, visual, entre outros), os efeitos negativos causados no ambiente, na saúde, nos seres vivos e em todo o ecossistema, e as diversas medidas de prevenção que os próprios estudantes podem tomar para cuidar do meio ambiente. Recomenda-se propor que os estudantes pensem na correlação do cotidiano deles com o local em que vivem, discutindo a situação da poluição no bairro onde a escola se situa, a responsabilidade de cada um, o papel do poder público etc.
Saúde: no filme, a questão da saúde pode ser explorada ao se observar como, na estação espacial, todos estão acima do peso e ociosos; não realizam atividades físicas; ficam sempre sentados em confortáveis cadeiras que se locomovem; e passam a maior parte do tempo comendo o que é servido por robôs, que ainda escovam seus dentes, lavam seus rostos, arrumam seus cabelos, vestem suas roupas etc. É possível trabalhar com os estudantes a questão da obesidade, iniciando um debate que questione até que ponto é boa essa automação, de que maneira o desenvolvimento de novas tecnologias pode melhorar ou prejudicar a saúde, além dos temas “alimentação saudável” e “estilo de vida”.
Registre as questões que despertaram mais interesse nos estudantes e, juntos, discutam os temas das pesquisas. Em seguida, formulem conjuntamente as perguntas, ou seja, os “problemas”, a que se pretende responder com a prática proposta. Essas perguntas nortearão o trabalho, as leituras e a busca de informações.
2. Fontes de pesquisa
Para a coleta de informações e de dados sobre o tema, oriente os estudantes a buscar fontes como textos de livros didáticos, artigos e reportagens de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), infográficos, vídeos variados de canais de divulgação científica. Se achar pertinente, proponha também que façam entrevistas com especialistas no assunto. Peça aos estudantes que fiquem atentos às perguntas que norteiam a pesquisa, como forma de orientar a quantidade de informação. Oriente-os a organizar o material coletado em uma pasta e combinem a data em que deverão levar o material para a aula.
3. Leitura e análise das informações
A pesquisa é um trabalho que requer, além da investigação, o registro escrito do que se leu, observou e coletou, de modo que possa apoiar o estudo e as conclusões sobre o objeto de estudo, produzindo respostas para as questões colocadas. Sugerimos que esses procedimentos de leitura – tomar notas, sublinhar informações importantes, fazer esquemas e resumir –, assim como produzir tabelas e gráficos, sejam objeto de estudo, uma vez que são indispensáveis às atividades escolares e acadêmicas dos mais diferentes componentes curriculares.
LIX
4. Produção escrita dos resultados e das conclusões da investigação
A seguir, destacamos os procedimentos de estudo e os gêneros textuais que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades com as turmas do 6o e do 7o anos e constituem um aprendizado útil para os estudantes durante toda a vida escolar.
Tomar notas: fazer anotações das informações consideradas importantes durante aula, exposição oral ou palestra, por exemplo, para retomar posteriormente o conteúdo.
Ressalte a importância das notas, que não têm um formato rígido, mas devem ser úteis para o autor reconstruir a informação mais tarde, no momento de estudar. Promova o exercício desse procedimento de estudo, primeiro como modelo: em apresentações dos estudantes ou seminários em grupos, faça anotações e compartilhe-as com a turma. Comente a necessidade de ser rápido ao anotar; portanto, o uso de abreviações é uma ótima opção. Dê exemplos de diferentes modos de tomar nota, como tópicos, palavras-chave, frases inteiras, esquemas e desenhos. Para exercitar essa habilidade, prepare uma exposição oral sobre um tema de estudo e convide os estudantes a tomar notas das informações que considerarem importantes, usando o modelo de preferência, mas com rapidez, para treinar o registro mais completo possível.
Faça a exposição normalmente, com clareza, objetividade e sem digressões. Durante a explanação, dê ênfase a algumas expressões que indicam uma informação importante, como fator decisivo, isso é muito sério e outras como concluímos que, por isso que. Para ajudar os estudantes, registre os termos mais complexos na lousa. Ao finalizar, convide-os a ler as anotações que fizeram em voz alta e compará-las com as dos colegas. Peça a eles que observem como as formas de registro deixam o conteúdo mais claro e por que isso ocorre. Incentive-os a trocar suas anotações uns com os outros e revisá-las, debatendo sobre os dados considerados importantes.
Alguns aspectos que devem ser observados nesse primeiro registro dos estudantes estão listados a seguir. Com base nestes aspectos, ensine-os a aprimorar as próximas anotações.
• Atenção ao tema exposto para que percebam as informações importantes sobre ele.
• Uso de subtítulos para organizar as informações, o que torna mais fácil a retomada do conteúdo depois.
• Anotações com base nas observações pessoais e na própria compreensão do conteúdo.
• Seleção das informações e dos dados que merecem registro – os principais geralmente são enfatizados pelo orador –, distinguindo-os de informações secundárias.
• Confirmação de que não há dados incorretos e de que não estão faltando informações; averiguação de que foram usadas diferentes técnicas de registro, como frases completas, tópicos e desenhos.
Depois da explanação, produza uma nova nota em conjunto com a turma, descartando dados que não são essenciais para a compreensão do tema e explicando a escolha das diferentes técnicas de registro para que os estudantes possam se apropriar delas.
Sublinhar informações: consiste em marcar (sublinhar) um número reduzido de trechos do texto com o objetivo de ressaltar as informações que melhor sintetizam seu conteúdo.
Sublinhar pressupõe saber selecionar as informações mais importantes, ou seja, saber ressaltar os dados essenciais para a compreensão do texto e omitir os secundários ou menos relevantes. Para isso, pode-se usar marca-texto ou lápis e anotar nas laterais do texto. Para desenvolver esse procedimento de leitura, selecione textos relacionados ao tema da pesquisa. Inicialmente, realize a atividade com algum texto já conhecido dos estudantes. Oriente-os a ler o texto todo antes e a sublinhar as informações que sintetizam seu conteúdo. Esclareça que nem todos os parágrafos apresentam informações que precisam ser ressaltadas.
Analise os dados que os estudantes selecionaram no texto para discutir sua pertinência e relevância em relação ao que está sendo estudado. Observe com eles se as seguintes situações ocorrem.
• Marcação de parágrafos inteiros, o que pode dificultar a identificação das ideias principais. Nesse caso, retome o parágrafo e pergunte: Qual é a informação essencial nesse parágrafo?
LX
• Destaque de palavras soltas, que parecem não fazer sentido sozinhas. Peça-lhes que releiam o trecho em que a palavra está inserida e indiquem/expliquem a relação entre a palavra sublinhada e o trecho.
• Omissão de dados relevantes. Para corrigir, pergunte aos estudantes o que consideraram essencial no texto e anote na lousa. Em seguida, veja se todos os dados importantes aparecem e debata com eles a relevância do que foi anotado. Depois disso, peça a eles que revejam o texto e marquem o que não selecionaram antes.
Em outro momento, proponha-lhes que repitam esse procedimento em outro texto, que trate de um assunto novo para eles. Se achar producente, a atividade pode ser feita em duplas.
Fazer esquemas: um esquema é a representação gráfica de um tema e reflete sua síntese, com seus principais conceitos e a relação entre eles.
Reproduza o modelo de esquema a seguir na lousa.
IDEIA PRINCIPAL 1
TÍTULO (ideia geral)
IDEIA PRINCIPAL 2
ideia secundária ideia secundária
ideia secundária ideia secundária
ideia secundária ideia secundária
detalhe detalhe
detalhe detalhe
detalhe detalhe detalhe
Esquema de setas Esquema de subordinação 1. 1.1 1.2 1.2.1 2. 2.1 2.2 2.2.1 Mapa de ideias Ideia principal EDITORIA DE ARTE EDITORIA DE ARTE EDITORIA DE ARTE LXI
EDITORIA DE ARTE {
{
{
{ {
{
IDEIA PRINCIPAL 3 {
Analise com os estudantes as características do esquema para reconhecerem que ele começa pelo conceito central do conteúdo apresentado em texto, vídeo ou aula, por exemplo. Esse conceito é a palavra-chave e deve aparecer em destaque. Em seguida, aparecem as ideias principais a respeito desse assunto; depois, as secundárias, criando uma hierarquia. Mostre aos estudantes que há variadas formas de esquematizar as informações, como nos exemplos a seguir.
Para melhor compreensão desse procedimento, selecione um texto sobre um assunto ainda não estudado pelos estudantes e peça a eles que o leiam e sintetizem as informações de forma esquemática.
Antes, leia o texto e identifique o tema – a palavra central. Considerando as informações do texto, avalie qual é o tipo de esquema mais adequado para organizá-las e mostre aos estudantes. Em seguida, oriente-os a ler o texto todo e a identificar as informações, os conceitos e a relação deles com a palavra central, separando (com grifos de cores diferentes) as ideias gerais das específicas.
Ao concluir a atividade, peça que comparem as construções que escolheram. Explique que não há uma forma única e certa: cada um pode eleger informações diferentes como principais, porém, por ser importante reconhecer as ideias mais relevantes, distinguindo-as das ideias secundárias, pergunte aos estudantes se, olhando o esquema, é possível saber quais são as informações principais. Também é possível pedir a eles que expliquem o tema por meio do esquema construído, a fim de ajudá-los a reconhecer se os elementos são suficientes para essa explanação e o que deveriam retirar ou acrescentar para tornar isso mais claro. Explicar o conteúdo para os colegas, com base nos próprios esquemas, possibilita aos estudantes confirmar a compreensão do assunto.
Resumo: procedimento de escrita para organizar informações e facilitar a compreensão do conteúdo, elegendo os aspectos mais relevantes.
Consiste em, depois de ler e reler o texto para entender o assunto, definir as informações mais importantes e transcrevê-las de forma resumida. Na construção do resumo, podem-se usar algumas estratégias, entre elas: a supressão – dispensa de exemplos ou dados secundários; a generalização – reformulação das informações com termos mais genéricos; e a construção – reorganização do conteúdo por meio da elaboração de uma ideia central.
Prepare um resumo e apresente-o aos estudantes. Para isso, selecione um texto do livro de História, Ciências ou Geografia já lido por eles e leia-o em sala de aula. Comente o tema, o que está sendo dito sobre ele, quais palavras-chave resumem o assunto ou as informações mais importantes do texto.
Em seguida, leia para os estudantes o resumo que você escreveu e analise-o com eles: Todos os conceitos, informações importantes e necessárias à compreensão estão presentes no resumo? O que foi suprimido pode prejudicar a compreensão? Alguém que não leu o texto do livro é capaz de compreender e explicar o assunto com base no resumo? Há alguma informação que não estava no texto?
Mostre aos estudantes algumas as estratégias que usou em seu resumo, tais como: informações suprimidas; generalizações (por exemplo, uso da expressão “animais carnívoros” no lugar da enumeração “cobra, gavião e onça”); exemplos de reformulação de informação, ou seja, a reescrita com as próprias palavras.
Após essa atividade, proponha aos estudantes que escrevam resumos. Oriente-os com base nos passos a seguir.
1. Ler e reler o texto.
2. Sublinhar algumas palavras-chave sobre o assunto, frases importantes para a compreensão do texto, nomes e datas se forem importantes (em História), nomes das partes do ser vivo em estudo (Ciências), conceitos básicos etc.
3. Organizar as ideias: retomar palavras-chave, frases, nomes e conceitos sublinhados; perguntar-se “Como eu explicaria esse assunto para alguém?”, “Quais informações são necessárias para que alguém entenda esse assunto?”. Reforce a orientação de que o autor do resumo deve usar suas próprias palavras, pois, dessa forma, estará apreendendo e fixando o conteúdo.
Gráficos: são representações visuais utilizadas para exibir dados, a fim de facilitar sua visualização, bem como torná-los mais claros e informativos, deixando a interpretação e/ou análise mais rápida e objetiva. Costumam aparecer em diversas áreas de estudo (Matemática, Estatística, Geografia, Economia, História etc.).
Selecione alguns gráficos simples e mostre aos estudantes, em um primeiro momento, apenas os elementos que os compõem. Explique a eles que, em geral, os gráficos apresentam: título, dados numéricos, legendas e fonte. Explique cada um dos elementos à turma.
• Título: informa a que se referem os dados contidos no gráfico, por exemplo: População de jovens no Brasil; Número de habitantes por região; Renda per capita no mundo.
• Fonte: identifica a procedência dos dados, ou seja, de onde as informações foram retiradas, com indicação do ano de publicação.
• Dados numéricos: compreendem os dados quantitativos dos gráficos e a indicação de período de tempo/abrangência a que os dados se relacionam (mês, ano, trimestre, década, século etc.), essenciais para comparar as informações apresentadas.
LXII
• Legendas: auxiliam na leitura das informações indicando a que corresponde cada uma delas. Em geral, são empregadas cores que destacam diferentes dados ou períodos.
• Tabelas: são representações visuais utilizadas para exibir informações organizadas e separadas por linhas e colunas, de forma que facilitem sua leitura e seu entendimento. Também costumam apresentar título e outros elementos, dependendo dos tipos de dados.
Promova a leitura conjunta de cada gráfico. Mostre aos estudantes diferentes tipos de gráfico, explicando cada tipo em linhas gerais. Para isso, selecione gráficos com dados relacionados a algum tema ou assunto de interesse da turma.
• Gráfico de barras: usado para mostrar dados comparativos ou mesmo demonstrar valores pontuais de determinado período; aparece com muita frequência em jornais, revistas, livros e outros materiais impressos. As barras podem ser utilizadas na horizontal ou na vertical (nesse último caso, é também conhecido como gráfico de colunas).
Utilize o exemplo a seguir para mostrar aos estudantes que é possível apresentar os mesmos dados em um gráfico ou em uma tabela. Faça a leitura e a análise coletiva dos dados. (Os dados apresentados são mera referência para exemplificação da proposta; para uma abordagem mais profunda, é necessária a pesquisa atualizada das informações junto às fontes indicadas).
Fonte de pesquisa: BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). [São José dos Campos]: [202-?]. Site. Disponível em: http://www.inpe.br/. Acesso em: 11 jul. 2022.
Fonte de pesquisa: BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). [São José dos Campos]: [202-?]. Site. Disponível em: http://www.inpe.br/. Acesso em: 11 jul. 2022.
12 1 994 824 719 225 163 58 Pará Amazonas Mato Grosso Rondônia Acre Roraima Maranhão Amapá Tocantins Em junho de 2019 Em km2 Acumulado de jan.-jun. de 2019 Em km2 O DESMATAMENTO NA ÁREA DA AMAZÔNIA LEGAL 300,07 193,28 142,8 99,421 10,94 7,92 7,56 0,15 0,14 Pará Amazonas Mato Grosso Rondônia Acre Roraima Maranhão Amapá Tocantins
1.410
desmatamento
Legal Em junho de 2019 (em km2) Acumulado de jan.-jun. de 2019 (em km2) Pará 300,07 Pará 1.410 Amazonas 193,28 Amazonas 994 Mato Grosso 142,8 Mato Grosso 824 Rondônia 99,421 Rondônia 719 Acre 10,94 Acre 225 Roraima 7,92 Roraima 163 Maranhão 7,56 Maranhão 58 Amapá 0,15 Amapá 12 Tocantins 0,14 Tocantins 1
O
na área da Amazônia
EDITORIA DE ARTE LXIII
• Gráfico de setores: também conhecido como “gráfico de pizza”, é utilizado, em geral, para representar partes de um todo.
Veja, a seguir, como os mesmos dados do gráfico de barras anterior podem ser representados em um gráfico de setores.
O DESMATAMENTO NA ÁREA DA AMAZÔNIA LEGAL
Fonte de pesquisa: BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). [São José dos Campos]: [202-?]. Site. Disponível em: http://www.inpe.br/. Acesso em: 11 jul. 2022.
• Gráfico de linhas: também conhecido como gráfico de segmentos, é utilizado, em geral, para representar a evolução dos valores de uma variável no decorrer do tempo.
• Histograma: as frequências absolutas e as relativas de dados agrupados em intervalos de classes podem ser representadas por meio de um tipo de gráfico denominado histograma, o qual é composto de retângulos justapostos cujas bases são apoiadas em um eixo horizontal.
5. Compartilhamento dos resultados da pesquisa
Proponha que a divulgação dos resultados da pesquisa seja feita de duas maneiras: no 6o ano, por meio de painéis, gráficos, ilustrações e apresentações orais; no 7o ano, por meio de um artigo de divulgação científica.
O painel é um banner (pôster com cerca de 1 m × 1,2 m) utilizado para apresentações de resultado de pesquisas em eventos. Mostre aos estudantes alguns exemplos e aspectos composicionais do painel, como a localização do título e dos nomes dos autores e a organização das informações (introdução, objetivos e resultados da pesquisa).
Oriente os estudantes do 6o ano a organizar o material coletado e a selecionar as informações importantes sobre o tema trabalhado. Explique também a escrita do primeiro parágrafo – a introdução –, com uma breve explicação do tema da pesquisa, e do desenvolvimento – os resultados, as conclusões e ações propostas. Esclareça que a escrita deve ser sintética e o painel pode ser ilustrado com imagens, gráficos, tabelas e fotografias que auxiliem na compreensão da questão abordada. Em seguida, oriente a preparação dos grupos para fazer uma apresentação oral, tendo o painel como apoio e referência das informações.
Com os estudantes do 7o ano, retome o estudo do gênero artigo de divulgação científica e oriente a escrita do artigo sobre o tema da pesquisa, considerando os aspectos composicionais: título, linha fina, intertítulos, parágrafo de introdução, parágrafos de desenvolvimento (com dados, exemplos, explicações, resultados), conclusão. Auxilie-os a inserir ilustrações, esquemas, gráficos e tabelas, por exemplo, para mostrar uma ideia ou resultado, intercalando trechos de texto com esses recursos visuais, e a usar a linguagem impessoal (em 3a pessoa).
Em junho de 2019 Em km2 Acumulado de jan.-jun. de 2019 Em km2 Pará Amazonas Mato Grosso Rondônia Acre Roraima Maranhão Amapá Tocantins 7,56 0,15 12 0,14 1 7,92 10,94 99,421 142,8 193,28 300,07 Pará Amazonas Mato Grosso Rondônia Acre Roraima Maranhão Amapá Tocantins 58 163 225 719 824 994 1.410
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Proposta de pesquisa para 8o e 9o anos
Para essa atividade de pesquisa, levamos em conta os conhecimentos prévios dos estudantes e o componente curricular Geografia, conforme as seguintes habilidades da BNCC.
8 o ano – Geografia
(EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
(EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
9 o ano – Geografia
(EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e lugares.
(EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.
Parcerias possíveis e interessantes
Sugerimos uma parceria com o professor de Geografia do 8o e do 9o anos, uma vez que o componente traz mais possibilidades de conteúdos para a pesquisa. No entanto, isso não significa que outros componentes curriculares não possam contribuir com a atividade, que é interdisciplinar. Dessa forma, a proposta de tema a ser escolhida para cada ano, possivelmente, terá diferentes leituras e encaminhamentos voltados para as especificidades do tema.
O tema da pesquisa
Para ambos os anos, o tema da pesquisa partirá da discussão do filme O menino que descobriu o vento (direção e roteiro: Chiwetel Ejiofor. EUA, 2019). A obra fornece diversos pontos relativos às questões políticas e econômicas do continente africano, mas vai além, ao mostrar outras facetas da vida, por exemplo, a exploração humana, o descaso dos governos, assim como a capacidade de superação diante das dificuldades.
Organização dos grupos
A atividade de pesquisa, quando realizada em grupos, traz mais benefícios para o aprendizado, uma vez que os estudantes aprendem na troca de pontos de vista, ganham espaço para criar e passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações para construir conhecimentos.
Sugerimos que a atividade seja feita em grupos de quatro a cinco estudantes. Todavia, avalie, antecipadamente, como eles vão trabalhar: se todos pesquisarão sobre o mesmo tema; se cada grupo pesquisará um tema diferente; ou se uma parte deles pesquisará um tema e outra parte, outro. Considere, nessa escolha, o fato de que caberá ao professor indicar, pelo menos inicialmente, fontes de pesquisa relacionadas ao tema de cada grupo.
Procedimentos de leitura e gêneros para registro da pesquisa
Além dos procedimentos de leitura e gêneros abordados na proposta de pesquisa com os estudantes de 6 o e 7o anos – tomar notas, sublinhar informações importantes, fazer esquemas, resumir, usar tabelas e gráficos –, trazemos como objeto de estudo para os estudantes de 8 o e 9 o anos os seguintes procedimentos: mapa conceitual, quadro sinóptico (ou sinótico) e quadro comparativo. Avalie a necessidade de trabalhar também com os procedimentos explorados com as turmas de 6 o e 7o anos.
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Compartilhamento da pesquisa
A proposta de compartilhamento está descrita no final destas orientações, mas seria interessante adiantar para os estudantes suas linhas gerais. Ela visa promover a troca de conhecimentos e a divulgação das informações adquiridas com os estudos e as pesquisas; por isso, sugerimos que, antes da produção do material, seja discutido com os estudantes quem serão os interlocutores reais (leitores e ouvintes).
1. Escolha do tema
Nessa etapa, os estudantes devem escolher o tema e planejar a coleta de informações. Converse com a turma sobre o propósito da exibição do filme O menino que descobriu o vento, direcionando o olhar deles para o objetivo pedagógico: reconhecer e analisar as questões políticas e econômicas, as consequências do colonialismo no continente africano, as ações do governo diante do problema da fome, assim como a importância da educação e o poder de superação.
Inspirado em uma história real, O menino que descobriu o vento narra a jornada de William Kamkwamba, um garoto que mora no povoado de Wimbe, na República do Malauí, país da África oriental. Ele cresceu vendo os pais e vizinhos trabalhando como agricultores para sobreviver. Porém, em 2001, o cenário do povoado muda quando, em função do desenvolvimento industrial, o governo começa a comprar terrenos próximos e derrubar árvores – o que traz mudanças climáticas para a região, produzindo chuvas torrenciais e longos períodos de seca, arruinando as terras aráveis e a agricultura. Essas condições climáticas, somadas ao abandono e descaso do governo, culminam em um período de fome e escassez de suprimentos, vitimando as produções agrícolas e, consequentemente, a população. Sem as plantações, cria-se um clima de turbulência social. O governo é brutal na repressão a toda oposição. Diante de tudo isso, William, então com 14 anos, depois de frequentar clandestinamente a biblioteca da escola – de onde fora expulso por falta de pagamento –, aprende, com a ajuda do livro Using Energy (“Usando energia”, em tradução livre) e por meio da energia eólica, como construir um moinho para produzir energia elétrica e acionar uma bomba de captação de água do solo.
A engenhoca permitiu romper uma violenta seca pós-inundação que submetia os moradores do Malauí à fome e à miséria. O jovem fez um moinho de cinco metros de altura utilizando uma bicicleta quebrada, uma pá, um amortecedor velho e árvores de eucalipto azul. Depois o ligou a uma bateria de carro para armazenamento. O moinho foi posteriormente estendido: passou a ter 12 metros para melhor captar o vento acima das árvores. Um terceiro moinho bombeava água para irrigação.
A história narrada no filme ressalta a força da cultura africana, enraizada na ancestralidade, e mostra a importância da educação e da união em momentos de crise. O filme revela questões políticas que permeiam a história do continente africano, cujas democracias recentes ainda sofrem com governos frágeis. A seguir, destacamos aspectos que consideramos interessantes serem abordados.
Para o 8o ano:
I. O filme traz acontecimentos de uma época ainda bem próxima – ano de 2001, em plena era da revolução da internet –e vemos pessoas vivendo de forma simples e rudimentar, em que uma bicicleta e um rádio são recursos especiais por oferecer rapidez de locomoção e acesso à informação. Assim, pode ser trabalhada a questão da atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica no contexto africano.
II. No filme, os interesses econômicos levaram ao abandono dessas pessoas do lugar, pois o governo só queria comprar terras, cortar árvores, pagar um preço irrelevante pela produção; o desmatamento tornou a terra extremamente árida, dificultando a plantação, e a produção não deu os frutos esperados, provocando saques, embates com o governo e a evasão de famílias.
Para o 9o ano:
I. A obra também expõe o abismo entre os países considerados grandes potências mundiais e as nações africanas quanto aos problemas enfrentados por estas, especialmente as regiões mais distantes dos grandes centros. O Malauí foi colonizado pela Inglaterra e, como toda colônia, sofreu dominação econômica, cultural e político-militar, tornando-se independente em julho de 1964. No filme, 37 anos após sua independência, o país continuou tendo um governo opressor e negligente nas questões de saúde, educação, urbanização etc., o que provocou o agravamento das tensões sociais. Nesse contexto, pode-se abordar a relação entre a atuação do governo na região e a forma como a hegemonia inglesa atuou em suas colônias.
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II. O garoto investiga fontes de energia e descobre a força do vento e uma possível maneira de gerar energia e água para o povoado, por meio da construção de um moinho de vento. Além da investigação sobre as diferentes fontes de energia e as consequências dos usos de recursos naturais de cada fonte, pode-se pesquisar a importância da ciência e do uso de fontes renováveis como um caminho para mudanças significativas em nossa sociedade, pautas que são cada vez mais relevantes para o planeta.
Ao final da exibição do filme, com a turma organizada em grupos, retome o objetivo da atividade e peça aos estudantes que cada grupo aponte os aspectos que considerou mais importantes em relação às questões apresentadas. Em seguida, separe um momento para que os grupos troquem suas interpretações, tornando essa interação um momento de aprendizagem significativa em que os estudantes possam perceber a multiplicidade de visões, ideias e conhecimentos. Registre as questões que despertaram mais interesse nos estudantes e proponha uma discussão para definir os temas da pesquisa. Em seguida, formulem conjuntamente as perguntas, ou seja, os “problemas”, a que se pretende responder com a prática proposta. Essas perguntas nortearão o trabalho, as leituras e a busca de informações.
2. Fontes de pesquisa
Essa etapa é importante e requer que o professor indique algumas fontes aos estudantes, pelo menos para o começo da pesquisa, que podem ser sites confiáveis, revistas e livros; depois, os próprios estudantes poderão ampliá-las à medida que avançam na pesquisa e procedem à seleção das informações.
Assim, oriente-os a buscar o assunto em fontes como: textos de livros didáticos, artigos, reportagens e vídeos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia (impressa e digital) e infográficos. Se considerar pertinente, proponha também que façam entrevistas com especialistas no assunto.
Lembre aos estudantes que, como forma de orientar a quantidade de informação, fiquem atentos às perguntas que norteiam a pesquisa. Oriente-os a organizar o material coletado em uma pasta.
3. Leitura e análise das informações
Reforce com a turma a ideia de que a pesquisa não se resume à mera coleta de dados ou informações. A busca de respostas para uma questão requer, além da coleta de informações mediante leituras e pesquisas, a reflexão sobre os dados coletados. Dessa forma, é importante registrar por escrito o que se leu, observou e coletou, de modo a apoiar o estudo, a reflexão e as conclusões sobre o objeto de estudo.
É fundamental o acompanhamento e a orientação do professor durante o processo de coleta e produção dos estudantes. Nesse momento, se surgirem dúvidas, você poderá ajudá-los com embasamento teórico, além de dicas de materiais e indicações de fontes de referências específicas.
4. Produção escrita dos resultados e das conclusões da investigação
Além dos procedimentos de leitura abordados na proposta de pesquisa com os estudantes de 6o e 7o anos – tomar notas, sublinhar informações importantes, fazer esquemas, resumir, montar tabelas e gráficos –, para os estudantes do 8o e do 9o anos propomos abordar os procedimentos: mapa conceitual, quadro sinóptico (ou sinótico) e quadro comparativo. A seguir, descrevemos esses procedimentos e ilustramos apenas o primeiro deles (mapa conceitual). Sugerimos que busque exemplos dos demais e os apresente aos estudantes, conforme julgar conveniente.
Mapa conceitual: estrutura gráfica que apresenta os conceitos de determinado assunto dispostos em uma espécie de rede e torna mais clara a exposição do conhecimento, segundo a compreensão cognitiva de seu idealizador.
Em um mapa conceitual, os conceitos aparecem relacionados entre si por meio de palavras-chave que explicitam essa relação. Dessa forma, conceito + palavra de ligação + conceito formam uma proposição que evidencia o significado da relação conceitual.
Como exemplo, reproduza o mapa conceitual a seguir na lousa.
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Conceitos
Veja a seguir aspectos a serem ressaltados pelo professor e observados pelos estudantes.
• Como o conceito/tema de estudo do mapa é identificado.
Oriente os estudantes a observar como são indicados os diversos níveis de hierarquia entre os conceitos, por exemplo: árvore (conceito principal) e lenha > papel > livros.
• Como as proposições de cada segmento conceito + palavra de ligação + conceito exprimem a relação entre eles. Por exemplo: árvore + pode hospedar + ninho de vespa / árvore + quando + cortada + pode produzir + lenha + se + triturada + pode produzir + papel.
• A importância das palavras de ligação no mapa conceitual.
Esclareça que as palavras de ligação são essenciais para dar sentido aos conceitos. Por essa razão, incentive os estudantes a usá-las na confecção de mapas conceituais. Porém, esse recurso não torna os mapas autoexplicativos; eles devem ser explicados por quem os faz. Mostre-lhes as ramificações, como em: triturada + transforma-se em + polpa / triturada + pode produzir + papel / triturada + produz + fibra; e as ligações cruzadas, como em: triturada + em um + moinho / crescer + até ser + cortada.
Ressalte que não há mapa conceitual certo ou errado, o importante é que ele evidencie a relação atribuída aos conceitos. Para isso, é necessária uma leitura atenta do texto que servirá de base para a construção do mapa, porque muitos estudantes podem ter dificuldades para relacionar palavras se tentarem fazê-lo depois de uma leitura rápida. Entretanto, é importante dar um retorno positivo para os estudantes e encorajá-los na construção dos mapas, pois, com a prática, eles vão percebendo quais são as palavras de ligação mais usadas na área de estudo em questão (Ciências, Geografia,
usado para em um pode produzir produz se Moinho Água Madeira transforma-se em movido a Cortada quando pode produzir Lenha Papel Livros Escrita Fibra Polpa Ninho de vespa Suave pode Crescer Triturada pode hospedar até ser de maneira transforma-se em de vespa
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História etc.). Os estudantes passam, também, a ler textos com mais atenção, estabelecendo relações entre os conceitos (formando proposições) e de modo não linear, como são apresentados no texto.
Explique-lhes que, em geral, o fluxo para a leitura de um mapa conceitual é do centro para as extremidades e de cima para baixo. No caso de ligações cruzadas, usam-se setas para indicar o fluxo correto. O mapa conceitual pode ser usado com diferentes objetivos, como os listados a seguir.
• Revelar o conhecimento prévio do estudante para desenvolver um tópico.
• Resumir conteúdos e fazer anotações por meio de um texto escrito.
• Preparar exposições orais em seminários e apresentações.
• Revisar e estudar um conteúdo.
• Avaliar conhecimentos adquiridos depois do estudo de um conteúdo. Para exercitar as habilidades dos estudantes na construção de mapas conceituais, sugerimos duas atividades. A primeira consiste em fornecer os conceitos-chave fundamentais para se compreender um tema. Peça aos estudantes que elaborem um mapa conceitual relacionando estes e outros conceitos adicionais relevantes, de modo que formem proposições que tenham sentido. Liste os conceitos relacionados ao conceito principal Hidrosfera
Em seguida, explique-lhes que deverão conectar os conceitos por meio do conceito principal (um par de cada vez), por uma linha na qual deve ser expressa a relação entre eles de uma maneira que faça sentido para o autor do mapa. Incentive-os a incluir outros conceitos à medida que forem lembrando, para que seus mapas sejam únicos e significativos para eles. Dê ênfase especial às ramificações, aos vários níveis de hierarquia e às ligações cruzadas entre conceitos em áreas diferentes do mapa. Dê tempo suficiente aos estudantes para que consigam relacionar significativamente todos os conceitos. Quando concluírem, em grupos de três, peça-lhes que apresentem seus mapas oralmente para os colegas. Depois, selecione outros três estudantes para que compartilhem seus mapas com a turma e os leiam em voz alta, e assim sucessivamente. Chame a atenção deles para ligações apropriadas entre conceitos e para a diversidade e a criatividade na produção dos mapas. Enfatize que não há problema se os mapas ficarem um pouco confusos a princípio, pois eles podem ser refeitos quantas vezes quiserem. Lembre aos estudantes que um mapa conceitual é uma representação da compreensão de quem o cria; entretanto, as ligações de um mapa devem estar cientificamente corretas. Lembre-os também de que existem várias maneiras de organizar e representar o que eles sabem. Comente sobre a importância da criatividade e dê ênfase ao fato de que não existe apenas uma resposta “correta”.
Após as apresentações da turma, dê um tempo para que eles revejam seus mapas, adicionando, excluindo e reorganizando as informações, ou, se acharem necessário, para que comecem um novo mapa.
Para a segunda atividade, peça a colaboração do professor de Geografia para selecionar dois textos do Livro do Estudante desse componente curricular: um referente a um assunto já estudado e outro sobre um assunto que os estudantes ainda não tenham estudado.
Inicialmente, proponha a eles que façam um mapa com base no texto referente ao assunto já estudado. Para isso, terão de reler o texto e listar, no máximo, 20 conceitos (mas, a depender do texto, pode ser menos), além do conceito principal, presente, via de regra, no título do texto.
Explique aos estudantes que, quando considerarem o trabalho pronto, devem ler o mapa observando se as ligações entre os conceitos fazem sentido e se as proposições são verdadeiras, tomando cuidado em terminar a leitura de um ramo (e suas ramificações secundárias) antes de passar para o seguinte. Se possível, devem procurar estabelecer ligações
Águas subterrâneas Lagos Oceanos Vapor de água Seres humanos Mares Pesca Geleiras Transporte Rios
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cruzadas, isto é, ligar conceitos entre ramos e hierarquias diferentes, demonstrando o aprofundamento da leitura. Quando concluírem, peça-lhes que compartilhem o mapa com dois colegas, observando e perguntando o que significam as relações, a localização de certos conceitos, a inclusão de alguns e a omissão de outros.
Proponha aos estudantes que façam em casa o mapa conceitual do segundo texto (sobre um assunto ainda não estudado por eles). Eles poderão utilizar figuras, papel e lápis; post-it de diferentes tamanhos; ilustrar a hierarquia e dar cor às ligações entre os conceitos. Também poderão utilizar softwares ou programas on-line para criar mapas conceituais.
Quadro sinóptico (ou sinótico): esquema gráfico-visual que permite a distribuição das informações de um texto, uma ideia, um documento e até mesmo de uma aula. É uma excelente estratégia de estudo e de organização das ideias. Também pode servir de material de apoio para exposições orais, oferecendo ao espectador uma perspectiva geral do tema que será abordado.
O termo sinóptico refere-se ao fato de que o quadro equivale a uma sinopse ou a um resumo do tema, sendo necessário determinar a ideia principal (geralmente enunciada no título) e as ideias secundárias (informações concretas, exemplos que ilustram a ideia principal). Pode ser elaborado com a utilização de chaves, diagramas e até mesmo uma série de colunas e fileiras, como tabelas. Devem-se considerar os seguintes aspectos: não incluir ideias próprias, apenas os pontos em destaque no texto, de maneira breve e concisa; indicar os conceitos centrais ordenados, de modo sistemático; partir do geral para o particular; elaborar os subtítulos com frases curtas e que tenham sentido.
A principal diferença entre o quadro sinóptico e o mapa conceitual está no fato de que, no quadro sinóptico, é fundamental resumir e hierarquizar as informações; no mapa conceitual, a representação das informações é mais ampla, variada e pessoal, obedecendo a uma forma particular de ver o assunto.
Para desenvolver a habilidade de escrita de um quadro sinóptico, proponha aos estudantes construí-lo com base em um texto do livro de Geografia ou de História, a ser selecionado juntamente com os professores desses componentes. Veja a seguir os passos para a elaboração do quadro sinóptico.
• Ler, buscando a compreensão do assunto.
• Identificar e anotar, à parte, as ideias principais e as secundárias.
• Identificar e anotar, à parte, os exemplos e casos específicos ou particulares que sirvam para entender as ideias principais ou secundárias.
• Definir o tipo de quadro e organizar as informações.
Como em uma lista, podem-se organizar os tópicos principais na primeira coluna e as informações relacionadas a esses tópicos ao lado. Em forma de esquema, primeiro devem ser escritas as informações principais – aquelas ligadas ao tema; depois, para cada uma dessas informações, abre-se uma nova chave e escrevem-se as informações secundárias. Repete-se essa operação com os temas secundários e acrescentam-se exemplos, detalhes e informações que os complementam. Ao final, oriente os estudantes a revisar o conjunto, fazendo as correções necessárias.
Quadro comparativo: esquema que permite comparar e contrastar diferentes elementos em relação a dois ou mais elementos similares sobre determinado tema, possibilitando, pela visualização, maior compreensão do assunto.
O quadro comparativo é uma interessante ferramenta de estudo ao:
• proporcionar uma síntese de informações;
• comparar dados relevantes;
• destacar as diferenças e as semelhanças entre conceitos ou temas;
• tornar mais visual e didático o estudo, permitindo melhor aprendizado e rápida assimilação de um tema.
Os quadros comparativos são aplicados em variados tipos de atividade. Selecione alguns exemplos desses quadros e apresente-os aos estudantes – um exemplo é o quadro disponível em: https://www.diferenca.com/jogo-e-esporte/ (acesso em: 10 jun. 2022).
As tabelas e os quadros comparativos facilitam a sistematização das informações. Dessa maneira, um tema pode ser comparado a outro. Os conceitos ou as ideias, dispostos lado a lado, proporcionam uma visão global; por isso, torna-se mais viável conhecer um assunto específico.
LXX
Para desenvolver essa habilidade, proponha aos estudantes a construção de um quadro comparativo a respeito de um tema de interesse ou de um assunto que estejam estudando em outro componente curricular. Também pode-se sugerir um tema da área de Linguagens, por exemplo: comparar os gêneros conto e crônica. Para isso, oriente os estudantes a:
I. selecionar os conceitos ou tópicos que serão comparados;
II. escolher os principais elementos, características, conceitos ou ideias a serem comparados;
III. construir uma tabela com o número de colunas necessário à quantidade de tópicos e com o número de linhas suficiente à quantidade de elementos, características, conceitos ou ideias que serão comparados;
IV. escrever as informações de maneira sintetizada.
Quando os estudantes concluírem, peça a eles que, em grupos de três, compartilhem os quadros, analisem e discutam as diferenças encontradas, avaliando a necessidade de acrescentar outros dados ou de excluir determinadas informações.
5. Compartilhamento dos resultados da pesquisa
Para divulgar os resultados das pesquisas e compartilhar os conhecimentos adquiridos, sugerimos uma apresentação oral, explorando os gêneros multimodais, como gráficos, infográficos, mapas conceituais, quadros comparativos, quadros sinópticos e vídeos.
Para isso, converse com os estudantes sobre a proposta e sugira que, durante determinado período (uma semana), observem o cotidiano da escola – colegas, professores, funcionários –, do bairro e da cidade e identifiquem os problemas nos quais poderiam intervir para tornar a vida coletiva melhor.
Identificados os problemas, motive-os a ir em busca de soluções, pesquisando sobre o assunto em livros e sites e procurando projetos já encaminhados em outros lugares. O desenvolvimento dessa proposta de ação poderá ser acompanhado por um grupo de professores, dando suporte, apoio e, principalmente, incentivo.
Para isso, formados os grupos, os estudantes deverão:
I. conversar sobre problemas ou situações, na comunidade escolar, no bairro ou na cidade, que merecem a busca de soluções, tendo em vista a transformação na vida das pessoas;
II. fazer uma lista com sugestões, que poderá ser complementada por outras;
III. tendo definido o problema sobre o qual vão atuar, elaborar um projeto escrito do que pretendem realizar.
Reproduza o roteiro de projeto detalhado a seguir e distribua-o aos grupos.
Título: a escolha de um nome que possa despertar a curiosidade e o interesse das pessoas.
Identificação: os nomes dos integrantes do grupo, o ano e a turma.
Tema: a informação do tema e a descrição do problema que será objeto da pesquisa e alvo da ação do grupo.
Objetivo: perguntas às quais o grupo pretende responder com o projeto, como: O que o projeto deve mudar na comunidade em termos de acessibilidade/locomoção/higiene etc.? Que impacto o projeto terá sobre o ambiente externo à escola? Por exemplo: um projeto cujo tema é “meio ambiente” pode ter como um dos objetivos tornar mais agradável, limpo, saudável e bonito o ambiente da própria escola.
Justificativa: respostas às perguntas: Por que este projeto é importante? Por que vale a pena realizar este projeto? Quem se beneficiará?
Metodologia: explicação sobre como o grupo pretende executar o projeto; quem, além dele, será envolvido na execução (pais, professor, moradores); e a inclusão de pessoas cuja formação ou atividade profissional poderá colaborar com a proposta.
Atividades: descrição das atividades principais que levarão à realização da proposta, explicitando: o que será feito, com que finalidade, como será feito, onde e com que recursos.
Avaliação e divulgação: explicação de como serão medidos os efeitos do projeto com os beneficiados direta ou indiretamente, de como será compartilhado o que se aprendeu e para quem será divulgado (outras escolas, comunidade escolar, pais), pois é importante que outros possam aprender com essa experiência.
LXXI
QUADRO PROGRAMÁTICO DO 9 o ANO
Módulos Conteúdos
• Poema
• Paródia
Módulo 1
Retratos sociais
• Versificação
• Figuras de linguagem: anáfora, gradação e pleonasmo
• Crônica
• Conto
• Estudo de recepção de contos afro-brasileiros e podcast
• Estrutura das orações: revisão
• Texto teatral
• Pontuação: recursos estilísticos
• Produção multimodal: festival de paródias
• Arte e luta social
Módulo 2
Família, gerações e relações
• Crônica visual
• Predicado nominal
• Sentidos dos verbos de ligação
• Artigo de divulgação científica
• Esquete
• Predicado verbo-nominal
• Produção escrita: crônica
• Arte na terceira idade
• Vídeo de divulgação científica
• Produção multimodal: apresentação multimídia
Módulo 3
Esporte com ciência
• Infográfico
• Formas nominais do verbo
• Hipônimo e hiperônimo
• Artigo de opinião
• Oração subordinada adverbial reduzida
• Operadores argumentativos
• Reportagem
• Saúde mental nos esportes
Módulo 4
Mídias, vozes e ruídos
• Notícias com diferentes enfoques
• Oração subordinada adjetiva
• Expressões idiomáticas
• Editorial
• Fotorreportagem
Módulo 5
Em movimento
Módulo 6
Futuro e realizações
Módulo 7
Agir pela paz
• Oração subordinada substantiva
• Estrangeirismos
• Artigo de opinião
• Peça de campanha
• Colocação pronominal
• Manifesto
• Grafite
• Regência verbal
• Checagem de fatos e mensagem de áudio
• Pronome relativo
• Pontuação da oração subordinada adjetiva
• Proposta pública
• Revisão bibliográfica (estado da arte) sobre prática esportiva e apresentação oral
• Parônimo
• Postagem em blogue
• Concordância verbal: verbo ser
• Polissemia
• Entrevista
• Regência nominal
• Produção escrita: artigo de opinião
• A juventude e o audiovisual
• Oração subordinada substantiva reduzida
• Produção escrita: proposta pública
• Ação juvenil
• Produção oral: seminário
• Arte e consumo
• Produção multimodal: campanha
• A arte transforma
LXXII
Habilidades
EF69LP03, EF69LP04, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP21, EF69LP25, EF69LP36, EF69LP37, EF69LP44, EF69LP46, EF69LP47, EF69LP48, EF69LP49, EF69LP51, EF69LP53, EF69LP54, EF69LP56, EF89LP05, EF89LP16, EF89LP27, EF89LP32, EF89LP33, EF89LP36, EF89LP37, EF09LP04, EF09LP05, EF69AR01, EF69AR02, EF69AR05, EF69AR31, EF69AR33
EF69LP02, EF69LP03, EF69LP04, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP44, EF69LP46, EF69LP47, EF69LP48, EF69LP49, EF69LP51, EF69LP52, EF69LP53, EF69LP54, EF69LP55, EF69LP56, EF89LP03, EF89LP05, EF89LP06, EF89LP27, EF89LP32, EF89LP33, EF89LP34, EF89LP35, EF89LP37, EF09LP05, EF09LP06, EF69AR09, EF69AR15, EF69AR31, EF89EF14
EF69LP02, EF69LP03, EF69LP04, EF69LP05, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP29, EF69LP30, EF69LP32, EF69LP33, EF69LP34, EF69LP38, EF69LP41, EF69LP42, EF69LP43, EF69LP56, EF89LP05, EF89LP16, EF89LP24, EF89LP25, EF89LP26, EF89LP27, EF89LP28, EF89LP29, EF89LP30, EF09LP04, EF09LP08, EF09LP11, EF89EF05, EF89EF08
EF69LP01, EF69LP02, EF69LP03, EF69LP04, EF69LP05, EF69LP06, EF69LP07, EF69LP08, EF69LP11, EF69LP12, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP17, EF69LP32, EF69LP38, EF69LP48, EF69LP55, EF69LP56, EF89LP01, EF89LP02, EF89LP03, EF89LP04, EF89LP05, EF89LP06, EF89LP10, EF89LP14, EF89LP16, EF89LP24, EF89LP25, EF89LP27, EF89LP29, EF89LP32, EF09LP01, EF09LP02, EF09LP03, EF09LP04, EF09LP09, EF09LP10, EF69AR03, EF69AR05, EF69AR07, EF69AR31, EF69AR35
EF69LP03, EF69LP04, EF69LP05, EF69LP11, EF69LP13, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP17, EF69LP21, EF69LP22, EF69LP23, EF69LP25, EF69LP27, EF69LP32, EF69LP34, EF69LP35, EF69LP36, EF69LP38, EF69LP56, EF89LP01, EF89LP03, EF89LP04, EF89LP05, EF89LP06, EF89LP14, EF89LP16, EF89LP17, EF89LP18, EF89LP19, EF89LP20, EF89LP21, EF89LP22, EF89LP23, EF89LP24, EF89LP25, EF89LP26, EF89LP27, EF89LP28, EF89LP29, EF89LP30, EF89LP31, EF09LP04, EF09LP08, EF09LP09, EF09LP11, EF09LP12, EF69AR01, EF69AR05, EF69AR31, EF69AR33
EF69LP02, EF69LP03, EF69LP05, EF69LP07, EF69LP12, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP17, EF69LP19, EF69LP21, EF69LP32, EF69LP33, EF69LP38, EF69LP39, EF69LP40, EF69LP41, EF69LP56, EF89LP01, EF89LP03, EF89LP04, EF89LP06, EF89LP14, EF89LP16, EF89LP24, EF89LP25, EF89LP27, EF09LP04, EF09LP10, EF69AR01, EF69AR05, EF69AR31
EF69LP01, EF69LP02, EF69LP03, EF69LP04, EF69LP05, EF69LP07, EF69LP08, EF69LP09, EF69LP13, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP17, EF69LP20, EF69LP21, EF69LP25, EF69LP27, EF69LP28, EF69LP56, EF89LP03, EF89LP04, EF89LP05, EF89LP06, EF89LP11, EF89LP14, EF89LP16, EF89LP18, EF89LP19, EF89LP22, EF89LP27, EF89LP29, EF09LP04, EF09LP07, EF09LP08, EF09LP09, EF69AR05, EF69AR31, EF69AR33, EF69AR34, EF09LI18 4
1 o Bimestre 2 o Trimestre 1 o Semestre
2 o Bimestre
2 o Trimestre
3 o Bimestre 2 o Semestre
3 o Trimestre
LXXIII
o Bimestre
REFERÊNCIAS COMENTADAS
ALVES FILHO, Francisco. Gêneros jornalísticos: notícias e carta de leitor no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção Trabalhando com... na escola, 2).
O autor discorre sobre as concepções de gênero pontuando os principais elementos caracterizadores dos gêneros (os propósitos comunicativos, o evento deflagrador, o tema etc.) e mencionando parâmetros para o ensino de gêneros. Promove também uma discussão sobre as notícias e as cartas de leitor na mídia e apresenta sugestões de trabalho com ambos os gêneros na sala de aula.
ANTUNES, Irandé. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 21).
A publicação busca orientar o docente diante do desafio do ensino da língua, que pode levá-lo a se restringir ao estudo da morfologia e da sintaxe apenas. O objetivo é que a pesquisa da produção textual, voltada para a coesão e a relevância dos temas seja uma forma de ampliar o programa de ensino dos professores.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. (Série Aula, 1).
A autora reflete sobre o ensino de leitura, escrita/oralidade e gramática, destacando que essas áreas se sobrepõem e precisam ser articuladas nas práticas de ensino. Foca o texto como unidade de análise e reflexão na atividade diária das aulas de Língua Portuguesa e sugere ainda pistas que podem orientar a prática docente.
ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples“. São Paulo: Parábola Editorial, 2014. (Estratégias de ensino, 49).
Irandé Antunes trata de questões ligadas ao ensino buscando esclarecer o que é uma gramática contextualizada. Entre outros itens, a autora discorre sobre a linguagem como interação social e a gramática na atividade discursiva, além de apresentar análises contextualizadas do uso dos conectores e dos pronomes.
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. (Estratégias de ensino, 5).
O livro tem como objetivo oferecer uma compreensão mais ampla, mais científica e mais relevante dos usos da linguagem. É destinado não apenas aos professores de Língua Portuguesa, mas também a quem se preocupa com questões de gramática e de seu ensino na escola e queira se inteirar das descobertas da Linguística.
ANTUNES, Irandé. Território das palavras: estudo do léxico em sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. (Estratégias de ensino, 28).
Esse livro discute a marginalização do léxico e do vocabulário no ensino da língua portuguesa, conduzindo o leitor a uma percepção mais fina sobre o papel das palavras na organização textual.
BAGNO, Marcos. A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
Nessa obra, o autor trata das relações entre língua e poder no Brasil considerando que o preconceito linguístico enraizado na sociedade brasileira é, na verdade, um entranhado preconceito social.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação Linguística. São Paulo: Parábola, 2007. (Educação linguística, 1).
Com linguagem acessível e pragmática, o autor apresenta conceitos como variação e mudança, norma-padrão e norma culta, estigma e prestígio. Aborda ainda maneiras de como tratar essas discussões em sala de aula, apresentando sugestões. Trata-se de um manual para o trabalho pedagógico sobre as variações linguísticas. BAGNO, Marcos. Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística no ensino de português. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Estratégias de ensino).
A obra investiga o papel dos livros didáticos na formação educacional brasileira, mas levanta um debate sobre o caráter tradicional e de apego às normas-padrão da língua que essas publicações trazem como gênero discursivo. Além disso, o autor aborda as variantes linguísticas e como elas são tratadas nessas publicações, que compõem a base para a aquisição da língua materna.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
O livro traz produções do autor em três momentos importantes, como um extrato de sua primeira obra mais relevante e a descrição fenomenológica do ato de criação. Esses textos ajudam a entender sua teoria e os princípios fundamentais de sua trajetória.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Tradução e organização: Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2016.
A publicação apresenta os ensaios “Os gêneros do discurso” e “O texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas”, que são de importante peso para compreender a dialogia entre o texto e a linguagem viva. Também traz “Diálogos”, um conjunto de dois textos, até então inéditos no Brasil, que serviram de base para a teoria dos gêneros do discurso e delinearam novas ideias do autor sobre a natureza da língua.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Tradução: Aurora Fornoni Bernardini et al. São Paulo: Hucitec, 1993.
O autor investiga o romance como um universo interno da cultura popular. A obra percorre a trajetória desse gênero passando pelos romances de cavalaria e pelo folclore, por exemplo, para relacionar a produção romântica como expressão de uma consciência da realidade concreta da linguagem.
BAKHTIN, Mikhail; VOLOCHÍNOV, Valentin N. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1999.
Originalmente publicado entre 1929 e 1930, o livro apresenta as principais tendências no estudo da linguagem que atualmente fundamentam as Ciências Humanas, como a Linguística Aplicada.
LXXIV
BATISTA, Ronaldo de Oliveira. A palavra e a sentença: estudo introdutório. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino, 16).
O livro apresenta os conteúdos básicos das áreas de morfologia (com tópicos de lexicologia) e de sintaxe, dos pontos de vista formal e funcional, trazendo uma introdução sobre o que é considerado como análise linguística, além de exercícios para treinar a análise nos níveis linguísticos da palavra e da sentença.
BESERRA, Normanda da Silva. Avaliação da compreensão leitora: em busca da relevância. In: MARCUSCHI, Beth; SUASSUNA, Livia (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 45-59. Disponível em: http://www.serdi gital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/8.pdf. Acesso em: 25 jul. 2022.
No capítulo indicado, a autora aborda o tratamento de textos literários e traz exemplos de atividades, formas de interação e avaliação, tanto da turma quanto de si.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. (Linguagem, 4).
Esse livro apresenta fundamentos teóricos sobre Sociolinguística e suas aplicações práticas. O intuito é instrumentalizar o professor com saberes que o ajudem a criar situações didáticas em que os estudantes das classes sociais menos favorecidas tenham acesso à cultura letrada, contribuindo para a formação plena do cidadão. A obra contempla os fenômenos de variação e mudança linguísticas e busca mostrar que não existe “erro de português“.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. (Lingua[gem], 11).
Essa obra, fruto da pesquisa sociolinguística realizada no Brasil, apresenta fundamentação teórica e adequada exemplificação de entrevistas sociolinguísticas, eventos de oralidade, análise de erros e episódios comunicativos associados a problemas sociais e comunitários.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris et al (org.). Por que a escola não ensina gramática assim? São Paulo: Parábola Editorial, 2014. (Estratégias de ensino, 47).
Esse livro apresenta reflexões e discussões sobre tópicos de gramática, fenômenos morfossintáticos, semânticos, fonéticos e fonológicos, que ocorrem tanto na variedade de prestígio quanto nas variedades estigmatizadas, nas modalidades escrita e oral. Também traz sugestões de como trabalhar em sala de aula cada tema apresentado.
BRAGA, Denise Bértoli. Ambientes digitais: reflexões teóricas e práticas. São Paulo: Cortez, 2013. (Trabalhando com... na escola, 6).
A autora contextualiza a emergência e a evolução das TICs. A autora apresenta uma reflexão sobre a história da escrita e discorre sobre a tecnologia e as mudanças nos modos de ensinar. Descreve ainda os ambientes virtuais de aprendizagem e as ferramentas da internet (blogue, buscadores, tradutores automáticos, redes sociais) incorporadas às práticas de ensino.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 13 jun. 2022.
Texto da Constituição Federal de 1988, que apresenta o conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento do país, estabelecendo direitos e deveres para todos os cidadãos.
BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Casa Civil, 1996. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 13 jun. 2022.
Legislação que define e regulamenta o sistema educacional público e privado no país, a partir dos princípios presentes na Constituição Federal de 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 27 abr. 2022.
Documento que apresenta as bases curriculares a serem consideradas pelos sistemas educacionais e pelas escolas em território brasileiro para todos os segmentos da Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes curriculares nacionais da educação básica Brasília, DF: MEC/SEB/DICEI, 2013. Disponível em: http:// portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman& view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-novapdf&Itemid=30192. Acesso em: 13 jun. 2022.
Documento oficial que estabelece direcionamentos curriculares a serem adotados por todas as esferas da Educação Básica no Brasil. As diretrizes são o resultado de debates ocorridos entre diversos agentes da educação e visam estabelecer uma organização pedagógica atualizada para a nova realidade de ensino no país.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, DF: MEC/SEB, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
Documento que apresenta resultados de estudos e pesquisas demográficas, estabelecendo a inserção dos estudantes de seis anos de idade no sistema de ensino de forma a prolongar o contato com o ambiente escolar e desenvolver suas potencialidades de forma mais efetiva.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal. mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/portugues.pdf. Acesso em: 27 abr. 2022.
O documento apresenta reflexões e sugestões para abordar o conhecimento em sala de aula, contribuindo para a formação continuada e permanente do professor no ensino da língua portuguesa.
LXXV
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Plano Nacional de Educação. Brasília, DF: MEC/SEF, 2014. Disponível em: https://pne.mec.gov. br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional -de-educacao-lei-n-13-005-2014. Acesso em: 13 jun. 2022.
Plano do Governo Federal que estabelece metas para a Educação entre os anos de 2014 e 2024, que preveem, entre outros pontos, maior universalização do ensino público, melhorias nos índices de alfabetização e aumento de investimento na rede pública escolar.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, DF: MEC/SEB, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/implementacao/contextualizacao_temas_contempora neos.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
Documento que estabelece os assuntos ligados à contemporaneidade dos temas ligados à realidade dos estudantes. De caráter diversificado, os temas transversais adicionam ao currículo uma formação voltada ao trabalho, à cidadania e à democracia.
BRITTO, Luiz Percival Leme. Em terra de surdos-mudos: um estudo sobre as condições de produção de textos escolares. In: GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1999. p. 117-126.
O texto busca identificar os elementos que compõem a produção textual dentro das escolas, considerando os objetivos comumente atribuídos à composição da redação – como o fato de ser uma ferramenta de acesso ao Ensino Superior via vestibular, por exemplo, entre outras condições que subjazem à produção escrita em sala de aula.
BRONCKART, Jean-Paul. Atividades de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. Tradução: Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: Educ, 2007.
O autor discorre sobre as noções de atividade social e linguagem. Reflete também sobre condições de produção de textos, mecanismos de textualização, mecanismos enunciativos e tipos de discurso. Além disso, faz menção às seis sequências textuais que podem aparecer combinadas em um texto, embora quase sempre haja a predominância de uma ou de algumas delas: a narrativa, a descritiva, a explicativa, a argumentativa, a injuntiva e a dialogal.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 8. ed. São Paulo: T. A. Queiroz: Publifolha, 2000.
Antonio Candido analisa as contribuições das ciências sociais para o estudo literário. Para o autor, o crítico literário deve levar em consideração o vínculo entre a obra e o ambiente, sem abandonar a análise estética da literatura. O contexto e a obra são inseparáveis, e é preciso observar todos os aspectos para uma análise satisfatória.
CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do folclore brasileiro São Paulo: Global, 2001.
Esse livro reúne informações sobre o povo brasileiro. Para divulgar as investigações no campo da folclorística, o autor seleciona obras expressivas deixadas pelos viajantes estrangeiros e estudiosos brasileiros dos séculos XIX e XX, apresentando conceitos e manifestações populares ainda hoje presentes no cotidiano do brasileiro, como o bumba meu boi e festas religiosas.
CASCUDO, Luís da Câmara. Literatura oral no Brasil. São Paulo: Global Editora, 2006.
O livro explora as diversas manifestações da literatura oral, que compõem uma rica trama cultural que envolve o canto, a dança, mitos, lendas e anedotas
CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 2004. (Repensando o ensino).
A obra aborda o uso da língua portuguesa por meio da análise de exemplos cotidianos, como tirinhas, anúncios, títulos e subtítulos de notícias. Desta forma, é possível compreender os aspectos da língua de maneira prática.
CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no Ensino Fundamental: poema, narrativa, argumentação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2018. (Aprender e ensinar com textos, 7).
Nessa obra, a autora demonstra como o exercício permanente da leitura e da escrita é essencial para o desenvolvimento e a formação do conhecimento dos estudantes, além de colaborar para o próprio ensino da língua materna.
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário São Paulo: Contexto, 2014.
O livro apresenta possibilidades para reformular, fortalecer e ampliar o estímulo à leitura, propondo a construção de uma comunidade de leitores e sugerindo oficinas para a eficácia do letramento literário.
DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita (org.). Leitura de literatura na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Estratégias de ensino).
Esse livro traz questionamentos e propõe a reflexão sobre a forma como se utiliza a literatura para o ensino da língua portuguesa na atualidade, sugerindo uma forma diferente de ensino, que potencialize ainda mais a exploração da literatura.
DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Livro didático de português: múltiplos olhares. Campina Grande: EDUFCG, 2020. E-book. Disponível em: https:// editora.ufcg.edu.br/ebooks/151/view_bl/66/publicacoes -2020/83/livrodidatico-de-portugues-multiplos-olhares.html. Acesso em: 6 maio 2022.
O livro preserva os resultados de uma pesquisa publicada em 2001, contribuindo para a construção da história dos estudos sobre o livro didático no Brasil, sobretudo o de Língua Portuguesa, com informações sobre diferentes abordagens de linguagem, língua e ensino.
DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 18).
Esse livro traz artigos que tratam da letra de canção, do verbete, da história em quadrinhos, da entrevista, da carta do leitor etc. como gêneros textuais. Há também reflexões sobre o que são gêneros, textos, sequências tipológicas, entre outros aspectos teóricos e metodológicos relacionados ao ensino de gênero textual.
DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização: Roxane Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.
Em seu texto, os autores apresentam propostas para a elaboração de um ensino a partir da oralidade, passando pelo estudo de gêneros e pela produção de conteúdos de forma clara e bem sistematizada.
LXXVI
DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxane; DECÂNDIO, Fabrício. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem Campinas: Mercado de Letras, 2010.
Nesse livro, os autores propõem um procedimento de análise de textos para guiar o diagnóstico das produções escritas dos estudantes e das dificuldades de aprendizagem mais frequentes no contexto brasileiro.
ELIAS, Vanda Maria (org.). Ensino de língua portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo: Contexto, 2014.
Vários artigos discorrem sobre a oralidade e a escrita no ensino de Língua Portuguesa, a relação entre oralidade e poesia, a avaliação e reescrita de textos escolares, a escrita e as práticas comunicativas na internet, o ato de ler e compreender tirinhas, entre outros assuntos que podem auxiliar o professor no momento da seleção dos objetos de ensino e no planejamento das aulas.
FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira; AQUINO, Zilda Gaspar Oliveira de (org.). Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2017.
Esse livro apresenta questões recorrentes de escrita e de oralidade, além do conhecimento mais atual sobre tais questões e como aplicá-las em sala de aula.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. São Paulo: Loyola, 2002.
Nessa obra, a autora defende o uso da interdisciplinaridade e do conteúdo integrado no processo de ensino e aprendizagem. Nesse aspecto, a articulação interdisciplinar leva a estabelecer um elo sobre o que é ensinado e o que é vivido pelo estudante, permitindo sua identificação com a realidade.
FERREIRA, Andréa Tereza Brito; LEAL, Telma Ferraz. Avaliação na escola e ensino da língua portuguesa: introdução ao tema.
In: MARCUSCHI, Beth; SUASSUNA, Livia (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 11-26. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/ arquivos/8.pdf. Acesso em: 9 maio 2022.
Nesse documento, escrito por diversos estudiosos da educação, é proposta uma reflexão sobre o processo de avaliação como etapa fundamental para o desenvolvimento do ser humano, inclusive fora do contexto escolar. Para isso, são investigadas as abordagens que a escola tem adotado em torno desse tema e são feitas propostas para o aprimoramento no processo avaliativo como parte integrante da aprendizagem.
FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin
São Paulo: Ática, 2006.
O autor apresenta a complexidade e a riqueza da concepção da linguagem no pensamento de Bakhtin, abordando temas que moldaram a obra do pensador russo como o dialogismo, o “eu” e o “outro” na interação linguística e sua relação com assuntos da atualidade.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e interdisciplinaridade. Alea: Estudos Neolatinos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 29-53, jan./jun. 2008. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php? pid=S1517-106X2008000100003&script=sci_arttext.
Acesso em: 13 jun. 2022.
O autor assume que a linguagem é heterogênea e multifacetada; por isso, a interdisciplinaridade promove um impacto positivo no processo pedagógico. Além disso, Fiorin estabelece uma breve história das relações entre a linguística e a literatura no Brasil, assim como sua relação com outras ciências.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 36. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
A autora apresenta sua teoria de avaliação mediadora, refletindo sobre o mito da avaliação classificatória. Além disso, discorre sobre o verdadeiro significado da ação avaliativa, o significado de testar e medir, e a avaliação como mediação.
KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher (org.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino, 25).
A obra reúne nomes como Luiz Antônio Marcuschi e Roxane Rojo, entre outros, para abordar questões relacionadas aos gêneros textuais. Inclui um importante capítulo sobre letramento digital, com proposta de formação continuada para o professor (via web) visando ao desenvolvimento de práticas de leitura e escrita. Trata-se de uma fonte para os estudiosos da linguagem que desejam iniciar ou aprofundar as pesquisas sobre gêneros textuais.
KOCH, Ingedore Villaça. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 2002.
O livro representa um estudo sobre a argumentatividade na língua portuguesa. Composta por um denso embasamento teórico, a obra contribui para o trabalho de leitura dos textos argumentativos.
KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem 11. ed. São Paulo: Contexto, 2015.
Nesse livro, a autora encara a linguagem como um espaço de interação dos membros de uma sociedade e explica a capacidade humana de interagir socialmente por meio da língua.
KOCH, Ingedore Villaça. As tramas do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
Esse livro é dedicado a todos os leitores que desejam refletir teoricamente sobre a escrita, a leitura, o mecanismo de construção textual e a capacidade humana de interpretar.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
O livro apresenta questões relativas à compreensão das modalidades escrita e falada do texto e se aprofunda no estudo da construção dos sentidos no texto falado, nas atividades discursivas e em suas marcas linguísticas.
KOCH, Ingedore Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2012.
A obra traz a intertextualidade para o campo das discussões da Linguística Textual, que são cada vez mais presentes pela sua importância na interação com o outro, tanto na produção da escrita e da fala quanto no diálogo.
LXXVII
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2014.
As autoras estabelecem estratégias para a melhor compreensão do leitor sobre um texto. Seguindo sua proposta, ler um texto não é apenas identificar as palavras em uma produção, mas também se apropriar do texto e criar maneiras de interagir com ele de forma a se aproximar de seu sentido e ser incorporado pela mensagem que o produtor busca alcançar.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2010.
Nesse livro encontram-se informações sobre conhecimentos referentes à língua, aos textos e à situação de comunicação. Com exemplos comentados (quadrinhos, crônicas, músicas, entre outros), as autoras mostram a aplicação dos conceitos teóricos abordados, favorecendo a compreensão das peculiaridades de cada gênero textual.
KÖCHE, Vanilda Salton; MARINELLO, Adiane Fogali; BOFF, Odete Maria Benetti. Estudo e produção de textos: gêneros textuais do relatar, narrar e descrever. 2. ed.
Petrópolis: Vozes, 2015.
As autoras expõem estudos teórico-analíticos sobre gêneros textuais e apresentam sugestões de atividades com cada um deles, buscando aprimorar a pedagogia dos professores no ensino da língua portuguesa e o letramento dos estudantes.
LEMKE, Jay L. Letramento metamidiático: transformando significados e mídias. Trabalhos em linguística aplicada, Campinas, v. 49, n. 2, p. 455-479, jul./dez. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tla/a/pBy7nwSdz6nNy98ZMT 9Ddfs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 jul. 2022.
O autor identifica outros veículos de letramento que extrapolam o texto verbal, buscando na semiótica e na semiótica multimidiática a investigação entre imagem e texto como fenômenos complementares, e dotados de maior complexidade, à medida que as tecnologias de difusão de informações tornam-se cada vez mais sofisticadas.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2011.
Cipriano Luckesi, considerado por vários especialistas o grande nome da avaliação na era contemporânea, aponta nessa obra os fatores históricos, filosóficos e sociológicos da avaliação nos processos de aprendizagem na escola. O autor também apresenta possibilidades práticas de avaliação no cotidiano escolar.
MARCONDES, Beatriz; MENEZES, Gilda; TOSHIMITSU, Thaís. Como usar outras linguagens na sala de aula São Paulo: Contexto, 2015.
As autoras elaboraram esse material visando apoiar os professores no tratamento de diversos gêneros textuais de circulação social. Por isso, são propostas atividades que consideram textos de jornais, televisão, publicidade, entre outros, de forma a despertar no estudante não só o prazer na leitura, mas sua incorporação no cotidiano.
MARCUSCHI, Beth; SUASSUNA, Lívia (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. Disponível em: http:// www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/8. pdf. Acesso em: 9 maio 2022.
Esse livro reúne conceitos e métodos pedagógicos esclarecedores para o docente, propondo reflexões sobre o porquê ensinar a língua portuguesa e como avaliar seu aprendizado e sugerindo uma reconstrução do nosso conhecimento atual sobre as formas de avaliação do saber dos estudantes.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
A obra baseia-se na concepção de que fala e escrita não são opostas entre si. Assim, o autor propõe a construção dessa relação por meio de estudos sobre os diversos gêneros textuais, com base na oralidade, de forma a promover um letramento que se interconecta a esses paralelos de produção da linguagem.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 18).
A produção visa destrinchar os gêneros textuais conforme sua funcionalidade e estrutura. A obra colabora no trabalho do docente para que ele possa identificar os tipos textuais e fazer uma abordagem mais profícua em sala de aula.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010. (Acadêmica, 71).
O especialista em análise textual/discursiva Luiz Antônio Marcuschi aborda nesse livro, por meio de ensaios, a evolução dos gêneros textuais na era tecnológica e aponta formas de analisar e trabalhar os gêneros que circulam no meio digital.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora. O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
A oralidade costuma ser desconsiderada das abordagens no ensino da língua, no entanto, ela é central na comunicação humana. Por isso, por meio dessa obra, Marcuschi põe em relevo esse aspecto da comunicação, que a escola tem tendência a obliterar na formação curricular. Dessa forma, se incorporada na abordagem didática, a inserção da oralidade no ensino ajuda a tratar a linguagem em sua totalidade.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. (Educação linguística, 2).
A obra traz um panorama sobre a Linguística e faz uma análise sobre os gêneros textuais, a leitura e a compreensão dos textos, mostrando como a linguagem pode ser utilizada na produção escrita.
MOLLICA, Maria Cecília. Fala, letramento e inclusão social. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
A autora aborda métodos pedagógicos para auxiliar a apropriação da norma-padrão pelos estudantes, elencando o letramento, a fala, a teoria e a prática como ferramentas para inclusão social.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Lingua[gem]).
LXXVIII
A autora aborda a multiplicidade de arranjos linguísticos possíveis, considerando a linguagem tanto como meio de conhecimento e de apreciação de mundo quanto como recurso autoanalítico (a “metalinguagem”), e defende que aos estudantes seja dada a oportunidade de conhecer esses aspectos complexos e extraordinários.
NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora Unesp, 2000.
Recomenda-se a leitura dessa gramática – principalmente dos capítulos que tratam dos substantivos e adjetivos, em que a autora aborda algumas questões de concordância nominal a partir de excertos de textos autênticos – a fim de que o professor retome alguns contrapontos entre a perspectiva normativa e as realizações dos usuários da língua.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na língua portuguesa. São Paulo: Contexto, 2006.
Esse livro questiona o atual ensino de língua portuguesa, visto que muitos estudantes saem das escolas sem entender o que leem, e propõe que o método de ensino seja mais científico, para que os estudantes possam utilizar a língua de forma legítima.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 17).
Esse livro analisa a gramática normativa e a teoria sobre o ensino da língua portuguesa e propõe reflexões teóricas acerca do método de ensino e da teoria da aprendizagem por parte dos estudantes, sem deixar de se preocupar com a efetividade do ensino linguístico.
PALOMANES, Roza; BRAVIN, Angela Marina (org.). Práticas de ensino de português. São Paulo: Contexto, 2012.
A obra apresenta conceitos sobre o processamento cognitivo e a aquisição de conhecimento, além de críticas ao atual ensino da língua portuguesa e seus principais desafios, levando o leitor a ter uma visão mais crítica e analítica e aprimorando o conhecimento do docente.
PEREIRA, Katia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014. (Como usar na sala de aula).
O livro apresenta exemplos práticos e sugestões de atividades para trabalhar as artes visuais em aulas de qualquer área e traz também reflexões sobre arte, cultura e sociedade.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. 2. ed. São Paulo: Mercado de Letras, 2009.
O autor reúne nessa obra ideias sobre o papel que a gramática exerce na educação. O livro se organiza em duas partes: uma em que apresenta algumas teses para um bem-sucedido ensino de Língua Portuguesa e outra em que expõe alguns conceitos de gramática que considera relevantes para pensar o ensino
POSSENTI, Sírio. Questões de linguagem: passeio gramatical dirigido. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Educação linguística, 7).
Esse livro aborda e questiona o modo como a língua portuguesa é ensinada nas escolas, buscando alimentar a curiosidade e o interesse no estudo da gramática e tendo em vista que a língua é um objeto complexo sempre em construção.
ROJO, Roxane Helena (org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Estratégias de ensino, 40).
Os artigos desse livro contemplam alguns campos dos multiletramentos e focam gêneros que circulam e são produzidos em ambiente digital. Neles, discorre-se sobre a relação entre gêneros discursivos e multiletramentos, vidding, multiletramentos em ambientes digitais, fanfics, práticas de letramento em MUD (jogo de RPG on-line para múltiplos usuários), entre outros.
ROJO, Roxane Helena. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MEURER, José Luiz; BONINI, Adair; MOTTA-ROTH, Désirée (org.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 184-207. (Lingua[gem], 14).
A autora investiga diferentes conceitos de gênero para expor que, embora haja diferenças de método e de concepção, em primeira instância, os estudos da área recorrem a uma base comum: os estudos de Bakhtin.
ROJO, Roxane Helena. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. Disponível em: https://www.academia.edu/1387699/ Letramento_e_capacidades_de_leitura_para_a_cidadania. Acesso em 26 jul. 2022.
A autora faz uma provocação sobre a forma como a leitura é tratada na escola, que circunscreve o ato de ler como uma atividade voltada apenas para demandas escolares. Também defende uma maneira de promover um letramento capaz de dotar o estudante de capacidades para analisar sua realidade, formar-se como leitor e possuir autonomia para intervir socialmente por meio de uma prática cidadã.
ROJO, Roxane Helena. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. (Estratégias e ensino, 29).
Nesse artigo encontra-se uma discussão sobre a necessidade de introduzir na escola diferentes gêneros discursivos que circulam em meios digitais, a fim de que os estudantes assumam o papel de protagonistas na construção de conhecimentos e ocupem o lugar de produtores e consumidores de bens culturais.
ROJO, Roxane Helena; BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. (Estratégias de ensino, 51).
A obra relaciona a abordagem bakhtiniana com outros pensadores para estabelecer os gêneros discursivos na realidade das relações sociais. Além disso, explica de forma clara a estrutura interna desses gêneros em um contexto complexo, o da Hipermodernidade, na qual se insere um cruzamento dinâmico da linguagem contemporânea. O livro aborda esses conceitos de forma didática, mas não simplista, bem como a importância do multiletramento para o atual contexto escolar.
ROJO, Roxane Helena; BATISTA, Antônio Augusto Gomes (org.). Livro didático de língua portuguesa, letramento e cultura da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 2009. (As faces da Linguística Aplicada).
Reunindo diversos artigos, esse livro questiona as intenções atuais do ensino da língua materna, que hoje em dia parece apenas preparar os estudantes para avaliações, em vez de formá-los para a vida cidadã, como é a intenção dos referenciais de ensino.
LXXIX
ROUILLÉ, André. A fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2009.
Trata-se de um estudo sobre a trajetória da fotografia, partindo de sua invenção e tecendo uma reflexão sobre o fazer fotográfico e o consumo da fotografia nos tempos atuais. O autor analisa, desde os primeiros registros fotográficos até a imagem digital, os movimentos estéticos da história da fotografia e seus usos ao longo do tempo.
SANTAELLA, Lucia. Leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
Lucia Santaella apresenta conceitos fundamentais sobre a percepção e as interpretações dos signos visuais, das artes plásticas, da publicidade. Propõe sugestões didáticas para o trabalho com anúncios publicitários e com outras linguagens, como a pintura, a escultura, o desenho e a fotografia.
SCHNEUWLY, Bernard. Palavra e ficcionalização: um caminho para o ensino da linguagem oral. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola Tradução e organização: Roxane Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. (As faces da Linguística Aplicada, 6).
O autor ressalta a importância da oralidade na percepção da língua e que, por meio dela, a escola permite que o estudante perceba a linguagem de outra forma. Ao praticar a oralidade, o estudante toma consciência de sua expressividade, o que dá a ele capacidade para alcançar meios mais elaborados de comunicação, que vão, por consequência, revelar uma escrita mais desenvolvida.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
(As faces da Linguística Aplicada, 6).
Os autores discutem vários aspectos relacionados aos gêneros orais e escritos, em uma perspectiva teórica e prática. Há, por exemplo, reflexões sobre os gêneros como objetos de ensino e o oral como texto, bem como a descrição e a análise dos gêneros seminário e debate.
SCHERRE, Maria Marta Pereira. A norma do imperativo e o imperativo da norma: uma reflexão sociolinguística sobre o conceito de erro. In: BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2004. p. 217-252. (Humanística, 6).
O texto traz pesquisas realizadas junto a diversos falantes da língua portuguesa com base na sua produção de enunciados imperativos. A tendência de usar formas sintaticamente “incorretas” nessas formulações representa a maioria das amostragens, e isso suscita uma análise morfológica e social sobre o vão entre as normas gramaticais estabelecidas e sua apropriação subvertida pela oralidade.
SILVA, Luiz Antônio da (org.). A língua que falamos: português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.
O livro traz noções sobre a formação histórica da língua portuguesa e sua situação no mundo, as variações linguísticas e a língua falada, além de outras pesquisas no campo da Linguística.
SOARES, Doris de Almeida. Produção e revisão textual: um guia para professores de português e de línguas estrangeiras. Petrópolis: Vozes, 2009.
Entre várias questões, a autora trata de assuntos como o ensino da escrita e a importância do feedback do professor nas produções escritas dos estudantes. Apresenta também diversas propostas de atividades para serem utilizadas em sala de aula como alternativas à tradicional correção de textos.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino).
A obra utiliza o hip-hop como ferramenta ativa para o letramento dos estudantes, visto que suas letras retratam diversas desigualdades existentes na sociedade brasileira relacionadas a aspectos como escolaridade, inserção profissional, classe social, gênero, raça e faixa etária.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2016.
Travaglia propõe o ensino de gramática utilizando atividades que desenvolvem a competência comunicativa do estudante. Nele, o autor busca refletir sobre as finalidades e os meios de ensinar gramática, o que ensinar nas aulas de gramática e como relacioná-las às de produção e compreensão de textos.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2018.
Esse livro busca auxiliar o professor a cumprir um “ensino plural”, isto é, possibilitar aos estudantes que desenvolvam diferentes conhecimentos e habilidades linguísticas para utilizá-los em situações variadas.
VARGAS, Maria Valíria. Verbos e práticas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011. (Linguagem e ensino).
A obra trata de questões sobre identificação, dominação e ensino do uso adequado de diversos tempos verbais da língua portuguesa, com base em estudos do texto e do discurso.
VIGOTSKI, Lev Semionovitch. A formação social da mente Tradução: José Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto e Solange Castro Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
Obra basilar para compreender o pensamento de Vigotski, o livro reúne alguns dos ensaios mais importantes do pensador, introduzindo conceitos-chave de sua teoria, como as funções psicológicas superiores e a relação do indivíduo com o mundo físico e social.
VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem Tradução: Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
A obra descreve estudos experimentais sobre o desenvolvimento do significado das palavras na infância e a relação da aquisição dos conhecimentos científicos em face dos conhecimentos espontâneos da criança. A pesquisa relaciona, ainda, o que outros pensadores, como Piaget, estabeleceram como fundamentos para o desenvolvimento cognitivo.
XAVIER, Glayci; REBELLO, Ilana; MONNERAT, Rosane (org.). Semiolinguística aplicada ao ensino. São Paulo: Contexto, 2021.
Essa obra reúne reflexões baseadas na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, trazendo a aplicação da teoria proposta para o estudo da língua portuguesa em funcionamento com base em uma gramática do sentido.
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COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
ELIANA LÚCIA SANTOS BELTRÃO
(Eliana Santos Beltrão)
Mestra em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Graduada em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Especialista em Linguística Textual pela Faculdade de Educação da Bahia
Professora de Língua Portuguesa, Literatura e Produção de Texto no Ensino Fundamental e no Ensino Médio
TEREZA CRISTINA SANTOS GORDILHO
(Tereza Gordilho)
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Sedes Sapientiae (SP) & Centro de Estudos e Terapias integradas de Salvador (Cetis)
Psicóloga na área educacional
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1a edição São Paulo • 2022
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A conquista Língua Portuguesa – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina Santos Gordilho, 2022
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de conteúdo e negócios Cayube Galas
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Paulo Roberto Ribeiro (coord.)
André Saretto, Caroline Zanelli Martins, Fabiana Marsaro Pavan, Joana Figueiredo
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.)
Diogo Souza Santos
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.)
Projeto de capa Sergio Cândido
Imagem de capa Liana Monica Bordei/Getty Imagens
Arte e Produção Rodrigo Carraro (coord.)
Daniel Cilli, Gislene Benedito (assist.)
Diagramação Lima Estúdio Gráfico
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno
Licenciamento de textos Erica Brambila
Iconografia Erika Neves do Nascimento, Emerson de Lima (trat. imagens), Leticia dos Santos Domingos (trat. imagens)
Ilustrações Lasca Studio, Sidney Meireles/Giz de Cera
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Beltrão, Eliana Lúcia Santos
A conquista língua portuguesa : 9o ano : ensino fundamental : anos finais / Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina Santos Gordilho. --
1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Língua portuguesa.
ISBN 978-85-96-03571-2 (aluno)
ISBN 978-85-96-03572-9 (professor)
1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
I. Gordilho, Tereza Cristina Santos. II. Título.
22-115063
CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6
Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427
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APRESENTAÇÃO
Caro estudante, cara estudante, Nenhuma obra, descoberta ou invenção é fruto do trabalho de uma única pessoa ou de um único grupo. Esta coleção é resultado de um trabalho colaborativo em que nos empenhamos bastante para que chegasse até você, juntamente com uma entusiasmada equipe de colaboradores: editores, professores, especialistas em Língua Portuguesa, profissionais de arte.
Nosso desejo é que você se sinta motivado(a), atraído(a) e desafiado(a) a entender cada vez mais o universo da Língua Portuguesa e assuma maior protagonismo nas práticas de linguagem realizadas dentro e fora da escola, de modo a apresentar soluções para as diferentes demandas com ética e de modo colaborativo.
Esperamos que você interaja ativamente dando continuidade a esta criação, multiplicando a riqueza de cada proposta, e que enriqueça seu repertório utilizando esta obra como aliada da sua aprendizagem.
Desejamos que suas palavras e ações construam uma ponte bela e iluminada entre você, o seu próximo e o mundo!
As autoras
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CONHEÇA O LIVRO
ABERTURA DE MÓDULO
Apresenta uma imagem significativa e atividades orais, propostas no Imagem em foco, que possibilitam relacionar os elementos presentes na imagem aos conhecimentos prévios e acessar suas experiências de mundo, antecipando os conteúdos que serão abordados nos textos. Também apresenta o Fique por dentro, com os principais conteúdos a serem estudados no módulo.
• Artigo de divulgação científica
• Infográfico
• Formas nominais do verbo
• Hipônimo e hiperônimo
• Vídeo de divulgação científica
Oração subordinada adverbial reduzida
CAPÍTULO E TEXTO
Os módulos estão organizados em Capítulo 1 e Capítulo 2 Cada um dos capítulos inicia sempre com a seção Texto, que traz diferentes gêneros textuais para leitura, estudo e reflexão.
título do poema é “José”. Quem você imagina que seja essa pessoa? Estabeleça hipóteses, compartilhe-as com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
José E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio,
2 estrofe: 15 versos estrofe: versos
Antes de iniciar a leitura do texto, ouça as orientações do professor. Em seguida, leia o poema em voz alta e descubra as sensações que ele desperta em você. o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia e tudo acabou tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio — e agora?
• Operadores argumentativos
• Produção multimodal: apresentação multimídia
• Saúde mental nos esportes
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Ao observar a fotografia de Ntando Mahlangu, o que mais chama a sua atenção e por quê?
Respostas pessoais.
2. Em sua opinião, como a ciência pode se relacionar com a prática esportiva?
3. Em sua opinião, quais são os benefícios da prática de atividades físicas?
4. Como é a sua relação com a prática de atividades físicas?
Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
4 estrofe: 8 versos 5 estrofe: 9 versos
6 estrofe: 9 versos
VOCABULÁRIO
Utopia: situação ideal em que tudo perfeito. Gula: vício por comida. (terreno de) exploração de metais ou pedras preciosas. Teogonia: conjunto de divindades de um povo politeísta.
69. ed. Rio de Janeiro: Record, 2022. p. 28-30.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira, cidade de Minas Gerais, onde passou sua infância. Na adolescência, mudou-se para Belo Horizonte (MG) para estudar em um colégio interno. Entretanto, devido a um problema de saúde, retornou a sua cidade natal, só dois anos mais tarde pôde retomar os estudos em um colégio interno no Rio de
MÓDULO ESPORTE COM CIÊNCIA
IMaGes 3
Dean Mouhtaropoulos/Getty
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O atleta sul-africano Ntando Mahlangu (2002-) durante competição de salto em distância nos Jogos Paralímpicos de Verão, em Tóquio, no Japão, no ano de 2020.
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IMAGEM
EM FOCO
FIQUE POR DENTRO 97
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Os poetas, muitas vezes, são as vozes que nos representam, trazendo em seus textos inquietudes existenciais e sentimentais, assim como questões sociais e individuais com as quais o leitor estabelece uma identificação, uma afinidade. O poema que você vai ler trata dessas inquietações inseparáveis da condição humana e sintetiza algumas preocupações da época em que o poeta viveu. Como seria essa época para despertar tantas inquietações? Seria tão diferente de hoje? Que elementos pode ter esse poema para representar uma voz brasileira? O
1 estrofe: 12 versos POEMA CAPÍTULO1 TEXTO 14 Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse… Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho do mato, sem teogonia sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde? DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. José. In DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Antologia poética
Janeiro. Em 1923, voltou a morar em Belo Horizonte, onde cursou Farmácia, por decisão do seu pai. No entanto, não atuou na profissão, dedicando-se docência, à tradução à literatura. O autor ganhou seu primeiro prêmio em 1922, no Concurso da Novela Mineira, com o conto “Joaquim do Telhado”; em 1925, com um grupo de amigos, funda A Revista publicação que difundia o modernismo mineiro. QUEM É O AUTOR Jor fernanDo se Xas aBr caÇÕes s.a. 15 D3-012-059-POR-F2-2102-V9-M1-LA-G24_AVU.indd
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1. a) Marta foi entrevistada por ser a maior futebolista da história e por ter recebido pela sexta vez prêmio de melhor do mundo, marca jamais atingida nem sequer por craques do futebol masculino. Essa condição bastante interessante e chama a atenção do público.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. Suas hipóteses em relação às dificuldades enfrentadas por Marta ao longo da carreira se confirmaram após a leitura do texto? Resposta pessoal.
2. Você conhece outra atleta brasileira que também tenha um desempenho excepcional como a jogadora? Quem é? Em sua opinião, é importante falar sobre essas atletas? Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, o que pode contribuir para a desvalorização do futebol feminino no mundo? Resposta pessoal.
1. b) Provavelmente, pelo fato de ambos os jornalistas terem ampla experiência no mundo do esporte e trabalharem há certo tempo com jornalismo esportivo. 2. a) A descrição feita pelos jornalistas revela que Marta é uma pessoa simples, humilde e que aparenta ser agradável no convívio.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO TEXTO EXPLORANDO O TEXTO E CONTEXTO
2. b) Sugestão de resposta: Para afastar a ideia de que a melhor jogadora do mundo poderia ser uma pessoa deslumbrada pelo sucesso e, por isso, de comportamento arrogante.
1. Marta foi entrevistada por dois jornalistas para um jornal. a) Quais características da jogadora podem ter levado à escolha dela como entrevistada? b) Com base nas informações fornecidas sobre os entrevistadores, quais aspectos podem ter determinado a escolha deles, entre outros jornalistas, para realizar a entrevista?
2. No início da entrevista, os jornalistas descrevem o comportamento de Marta. a) O que é possível saber da personalidade da jogadora com base nesse trecho? b) Por que os entrevistadores julgaram necessário fazer esse comentário no início da entrevista?
3. Marta foi eleita pela sexta vez a melhor jogadora de futebol do mundo, disputando com outras duas atletas. Ao demonstrar confiança em sua vitória, ela teve o cuidado de destacar as qualidades de suas concorrentes. O que esse modo de agir revela sobre a jogadora?
Início do estudo do texto, com um trabalho oral que possibilita explorar as primeiras impressões da leitura, confirmar ou revisar algumas hipóteses iniciais e estabelecer relações entre o texto e o conhecimento de mundo do leitor, além de posicionar-se diante de questões apresentadas nos textos.
evidenciar o espírito esportivo, que defende a competição com respeito ao adversário.
4. Ao longo da entrevista, Marta revela que, apesar de sua boa condição financeira, não tem o mesmo padrão de vida dos atletas do futebol masculino. a) Ao abordar esse tema na entrevista, o que a atleta pretende? b) Leia um trecho do artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. [...] BRASIL. Decreto-lei n 5.452, de de maio de 1943 Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, DF: Presidência da República, 1943. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 26 jul. 2022.
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Revela a sua humildade, já destacada no início da entrevista, além de 4. a) Pretende não só deixar claro para os leitores e esportistas em geral sua insatisfação com a desvalorização do futebol feminino, mas também, como uma jogadora tão importante, ser uma voz em defesa de mais igualdade no esporte.
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EXPLORANDO O TEXTO
Estudo do texto com foco no contexto de produção, na estrutura, na composição e na linguagem. A seção está organizada em duas partes: Texto e contexto e Composição e linguagem
DIÁLOGO
TEXTOS EM Fotorreportagem um gênero jornalístico que relata os fatos por meio de fotografias. Como outros gêneros do jornalismo, informa e pode expor um ponto de vista, mas faz isso predominantemente por meio de imagens, que podem ter caráter artístico.
Editorial e fotorreportagem O editorial que você leu na seção anterior traz o posicionamento de um jornal sobre o tema "mobilidade urbana" com base no serviço de compartilhamento de patinetes, considerado uma solução que não polui, de baixo custo, porém que precisa ser regulamentada. A fotorreportagem que você vai ler a seguir também apresenta um posicionamento sobre o mesmo assunto, mas utilizando, predominantemente, imagens. Leia o trecho da fotorreportagem a seguir e observe algumas das imagens que a compõem.
Na China, bikes compartilhadas são abandonadas e formam montanhas de desperdício Parece uma obra de arte mas é, em verdade, desperdício e símbolo dos excessos do capital. Depois que, no ano passado, as bicicletas compartilhadas passaram a fazer um imenso sucesso na China, dezenas de empresas inundaram as cidades com magrelas coloridas, prontas para serem utilizadas e pedaladas por todo o país. Acontece que a infraestrutura e a legislação local não estava pronta para tamanha oferta e tanto serviço – e, com isso, muitas dessas empresas viram seu estoque empacar em depósitos que hoje mais parecem cemitérios de bicicletas.
TEXTOS EM DIÁLOGO
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TEXTO EXPLORANDO O 1. a) Essa proposta tem como finalidade planejar investimentos em políticas públicas de incentivo e desenvolvimento do esporte para os habitantes do estado de Minas Gerais. 1. b) É possível concluir que essa proposta apresenta metas mais amplas para prática esportiva, como a melhoria da qualidade de vida para toda a sociedade e o fomento do esporte em diversos âmbitos do país.
TEXTO E CONTEXTO
1. Uma proposta pública dirige-se a diversos grupos sociais de uma cidade, estado ou país. a) Qual é a finalidade da proposta que você leu, considerando a sociedade a que ela se destina?
b) A prática esportiva não deve se resumir à conquista de meda- lhas, recordes e títulos. Com base nessa afirmação do texto, o que se pode concluir a respeito dos objetivos dessa proposta? 2. A proposta está publicada no site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por meio do qual o público tem acesso a documentos, atividades desenvolvidas pelos parlamenta- res, publicações e, principalmente, pode opinar sobre as proposições.
a) Você já acessou algum site governamental? Em caso positivo, com que finalidade? Respostas pessoais. b) Em sua opinião, qual é a importância de os governos estaduais e municipais disponibilizarem canais ou sites como esse para a população? Resposta pessoal. c) Imagine que você tem uma proposta para alguma situação com a qual não concorde ou deseja apresentar uma solução para um problema recorrente na escola. A que local (secretaria, direção, coordenação) ou pessoa da escola você terá de se dirigir? 3. O primeiro parágrafo apresenta contribuições do esporte para o desenvolvimento social. a) Você acha que a prática esportiva pode contribuir com o turismo de uma região? Como? Explique. b) Em sua opinião, quais aspectos desenvolvidos pelo esporte podem contribuir para a redução da marginalização social, da criminalidade e da violência? 4. A proposta pública é um texto que fundamenta uma política pública. Por isso, ela abrange diversas áreas a fim de justificar a relevância das medidas propostas. a) No caderno, transcreva as alternativas que indicam as áreas que a proposta pública lida abrange.
Resposta pessoal.
Alternativas A C D, E H
Para-heróis deJoanna de Assis. Caxias do Sul: Belas-Letras, 2021.
PARA LER BElaSlEtraS
O livro conta dez histórias reais de atletas brasileiros com deficiência que sonham em participar de Paralimpíadas.
3. a) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes mencionem que o investimento na construção de espaços para a prática esportiva aumenta a probabilidade de a comunidade sediar eventos esportivos e competições da própria região e de outros estados também, o que atrai atletas e estimulandoespectadores, o turismo local.
3. b) O esporte desenvolve características individuais, como disciplina, criatividade, responsabilidade e senso de coletividade, o que contribui de forma direta para a redução da marginalização social e da evasão escolar, levando à diminuição da criminalidade e da violência.
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Apresentação de texto que se relaciona à leitura principal do Capítulo 1, com o objetivo de perceber diferentes linguagens na construção de sentidos dos textos, relações de intertextualidade e de conexões entre eles.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Apresentação de conhecimentos linguísticos visando à aprendizagem e ao reconhecimento de diferentes tópicos gramaticais, assim como a reflexão sobre eles.
Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes compreendam que os custos referem-se aos aspectos desagradáveis negativos que existem em qualquer profissão, enquanto os benefícios são aquilo que elas trazem de bom e de positivo.
Colocação pronominal Os pronomes pessoais oblíquos átonos me te lhe o a vos lhes as são sempre empregados com verbos e podem vir em diferentes posições: antes, depois ou no meio do verbo.
1. Releia um trecho do artigo de opinião.
[...] mesmo amando uma profissão você pode não gostar de uns aspectos dela, da obrigação de exercê-la todos os dias ou não ser bom em todas as suas áreas. […]
Por isso precisamos escolher com base tanto no coração quanto na razão, buscando fazer o que gostamos, porém observando os seus custos e benefícios.
a) De acordo com o articulista, é preciso escolher uma profissão observando custos e benefícios. Como você entendeu essa afirmação? Você concorda com ela? A que aspectos ela se refere?
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b) Identifique o pronome oblíquo na oração em destaque no trecho. Que posição ele ocupa em relação ao verbo? c) Se a posição do pronome fosse diferente, o sentido mudaria?
O pronome oblíquo ocorre na forma pronominal la ), que se encontra após o verbo
2. A seguir, leia a tirinha de Digo Freitas
POR DENTRO
1.
DA LÍNGUA
a)
exercer 1. c) Espera-se que os estudantes infiram que a posição do pronome oblíquo não muda os sentidos das orações. FREITAS, Digo. [Falta tempo]. Diário de ideias gráficas (quase) originais l. 26 fev. 2022. Disponível em: https://digofreitas.com/hq/ falta-tempo/. Acesso em: 21 ago. 2022. 242
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PALAVRA ABERTA
Atividade
ABERTA PALAVRA
Estudo de recepção de contos afro-brasileiros e podcast O conto “Aluado” foi publicado no 40 número dos Cadernos Negros, uma iniciativa literária independente que veicula textos de escritores afro-brasileiros. Nesse conto, o personagem principal, Jorge Lucas, é um menino negro morador da periferia que se torna o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma expedição da Nasa à Lua. Em 2005, uma pesquisa sobre a produção literária do Brasil conduzida pela pesquisadora Regina Dalcastagnè, professora da Universidade de Brasília (UnB), elaborou um perfil do escritor brasileiro: homem branco, heterossexual, de classe média e morador da região Sudeste.
Com relação às personagens, constatou-se que 93,9% são brancas –em sua maioria, homens (62,1%) e heterossexuais (81%). Aos 7,9% de personagens negros, estão relegados papéis de bandidos ou contraventores (20,4%), empregados(as) domésticos(as) (12,2%) ou escravizados (9,2%). Destes, apenas 5,8% são protagonistas e 2,7% narradores, o que evidencia um olhar carregado de estereótipos e que não abrange a complexidade dos sujeitos negros.
A série Cadernos Negros foi concebida em 1978 por jovens estudantes afrodescendentes que acreditam no poder de conscientização, sensibilização e acolhimento da literatura e que veem nessa iniciativa uma possibilidade de expressar promover uma arte propriamente negra. Os cadernos são um espaço para escritores negros publicarem suas produções literárias.
Na literatura afro-brasileira, da qual o conto que você leu é um exemplo, as personagens negras atuam como protagonistas de suas histórias, sejam elas tristes ou alegres, não mais como coadjuvantes ou pertencentes a uma subclasse.
Com base nessas informações, nesta seção, a proposta é que você conheça outros escritores da literatura afro-brasileira e observe como o público leitor os recebe. Para isso, você e os colegas vão desenvolver um estudo de recepção de contos afro-brasileiros.
A pesquisa será realizada em duas etapas. Sigam as orientações.
Etapa 1: Preparação e desenvolvimento
Passo 2: Encontro e leitura dos contos
1 Definam com antecedência o dia, o local e o horário do encontro e informem às pessoas convidadas para que possam se organizar.
2 Providenciem cópias dos contos escolhidos para distribuir aos leitores no dia do encontro.
3 Escolham um colega do grupo para realizar a filmagem do encontro e das reações dos convidados à leitura do conto. Vocês serão filmados durante a atividade e depois farão uma análise de como foi a receptividade do público a cada texto.
4 Façam a leitura do primeiro conto. Se quiserem dar mais dinamismo, em vez de uma leitura silenciosa, realizem a leitura do texto em voz alta e de modo expressivo.
Em seguida, façam a leitura do segundo conto.
Passo 3: Aplicação de questionário Agora, vocês vão avaliar a recepção dos convidados aos contos lidos por meio da aplicação de um questionário. Para elaborá-lo, sigam as próximas orientações.
1 Definam o objetivo da pesquisa: O que vocês querem saber dos convidados a respeito da recepção dos contos por meio das perguntas do questionário? Vocês podem verificar, por exemplo: a compreensão que os convidados tiveram de cada conto; de qual gostaram mais; as impressões que tiveram a respeito das histórias narradas; se houve alguma identificação com as narrativas e/ou com as personagens; se fizeram alguma remissão a casos da vida real; se estabeleceram alguma relação de intertextualidade com outros contos, filmes ou séries que conhecem; se consideram que as personagens e os enredos dão representatividade e visibilidade aos afrodescendentes; se ficaram interessados em conhecer mais contos da literatura afro-brasileira etc.
2 Antes de elaborar as perguntas, pensem no público-alvo. Os entrevistados precisam entendê-las facilmente e se identificar com elas. Para isso, escrevam de um jeito que seu público possa entender e usando termos conhecidos.
3 Escolham também o tipo de pergunta. Veja, a seguir, diferentes tipos de acordo com as respostas. Resposta única: o enunciado da pergunta deve pedir uma resposta objetiva. Exemplos: “De qual conto você mais gostou?” ou “Com qual dos textos você mais se identificou?”.
Passo 1: Seleção do público e dos contos
1 Forme grupo com três colegas, escolham quem será o seu público leitor (estudantes de outros anos, familiares, funcionários da escola etc.) e selecionem dois contos da literatura afro-brasileira.
2 Para fazer essa seleção, busquem contos que tenham sido escritos por autores negros que assumem seu pertencimento étnico e criam uma literatura comprometida com as questões raciais, como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Geni Guimarães, Cuti, Miriam Alves, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Cidinha da Silva e Cristiane Sobral. 3 Os contos devem ser adequados ao público-alvo e agradar aos leitores; por isso, escolham histórias envolventes e atentem para que não sejam muito longas.
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LINGUAGEM E SENTIDOS
Proposta de trabalho com diferentes linguagens e apresentação de aspectos estilísticos, semânticos, entre outros, em uma abordagem para a construção de múltiplos sentidos.
• Resposta múltipla o enunciado da pergunta sugere várias possibilidades de resposta. Exemplo: “Que características dos contos lidos mais chamaram sua atenção?”. Caso seja essa a opção, para facilitar, vocês podem acrescentar ao enunciado do exemplo um comando como “Cite as três principais”. Assim, os convidados priorizarão as respostas que vão dar, o que vai gerar um volume de dados menor para a análise que vocês farão posteriormente. • Resposta aberta: o enunciado da pergunta deve permitir declarações e depoimentos mais amplos sobre o assunto que está sendo pesquisado. No momento de analisar os dados, requer atenção e mais tempo. 45
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E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
1. a) A expressão faz referência à rapidez com que as pessoas digitam suas mensagens no celular. O uso dela, nesse contexto, produz um tom crítico pelo fato de o substantivo dedinho estar no diminutivo.
QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
Pontuação da oração subordinada adjetiva Nas orações subordinadas adjetivas, a pontuação também possibilita a atribuição de sentidos.
1. Releia, a seguir, dois trechos da reportagem "É tendência: millennials abandonam, e geração Z nem entra nas redes sociais" que você leu na seção Texto deste capítulo.
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Trecho 1 [...] Desde 2017, eles estudam o comportamento dos brasileiros que não estão nas redes sociais […]
1. b) Espera-se que os estudantes infiram que uma informação essencial atribuição de sentidos, pois especifica quais brasileiros são objeto do estudo, informação necessária para o entendimento do enunciado.
Trecho 2 [...] Embora o principal problema seja a falta de acesso à internet, um perfil chamou a atenção dos pesquisadores, que eles chamaram de nativos sociais
2. b) Espera-se que os estudantes reconheçam que as informações acrescentadas pela oração adjetiva podem ser excluídas sem prejuízo ao entendimento do enunciado.
a) Em cada trecho, há uma oração subordinada adjetiva em destaque. Releia o trecho 1 A que termo oração em destaque se refere? A oração destacada se refere ao termo brasileiros b) A informação que a oração adjetiva acrescenta a esse termo é acessória ou essencial para a atribuição de sentidos? Justifique.
2. Agora, releia a oração subordinada adjetiva em destaque no trecho 2 a) A que termo a oração em destaque está relacionada? Ao termo perfil
b) E as informações que ela acrescenta, são essenciais ou podem ser excluídas sem prejuízo ao entendimento do enunciado? Justifique.
3. a) A oração subordinada adjetiva cuja informação não é essencial à compreensão do enunciado.
3. Agora, observe os sinais de pontuação dessas orações que você analisou nas ativi- dades anteriores a) De acordo com sua análise, qual das orações deve vir pontuada por vírgula?
b) E qual oração não deve vir pontuada por vírgula?
4. De acordo com as suas respostas à atividade 3 pode-se concluir que as orações subordinadas adjetivas pontuadas por vírgulas são restritivas ou explicativas?
A oração subordinada adjetiva cuja informação necessária à compreensão do enunciado. São orações subordinadas adjetivas explicativas.
Como você viu nas atividades anteriores, as orações subordinadas adjetivas podem ou não vir pontuadas por vírgulas. O que vai determinar o uso dessa pontuação é o tipo de informação que ela acrescenta ao termo ao qual se refere e ao contexto.
A oração subordinada adjetiva explicativa vem sempre entre vírgulas ou, quando está no final do período, é antecedida por vírgula. A oração subordinada adjetiva restritiva não é introduzida ou separada por vírgula.
Expressões idiomáticas
1. b) Refere-se ao fato de as pessoas compartilharem notícias, fatos, situações, às vezes inverídicas, apenas para "dar em primeira mão"; o uso da expressão dá ao contexto um tom de crítica.
A língua apresenta algumas expressões que possibilitam destacar sentidos e tornar a escrita e a fala mais criativas, além de despertar emoção e sensibilidade no interlocutor.
1. Releia o trecho do artigo de opinião "Fake news: as mentiras que viram notícias".
[…] Ao receber aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que afirmam ser de uma determinada figura pública, e com nosso “dedinho ansioso” compartilhamos o conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de reporta-
gem” que até então eram coisa apenas de jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
a) A que a expressão dedinho ansioso faz referência nesse contexto? Que efeito de sentido o uso dela produz?
1. c) Para evidenciar que são expressões usadas em um sentido diferente do habitual, em sentido conotativo.
b) E a expressão furo de reportagem a que se refere? Que tom imprime ao que está sendo dito?
c) Por que essas expressões estão com destaque entre aspas no artigo de opinião?
Provavelmente, a vontade de atenuar o que está sendo dito. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes
d) No artigo de opinião, predomina uma linguagem mais monitorada. Considerando o tema abordado, o que pode ter levado o articulista a empregar essas expressões entre aspas?
e) Em sua opinião, o articulista alcançou seu objetivo?
2. Existem algumas expressões conotativas que, de tão utilizadas, acabaram sendo incoporadas à língua e são usadas de modo recorrente. Leia estes títulos jornalísticos, que apresentam alguns exemplos.
deduzam que sim, pois as expressões suavizam e acrescentam à mensagem um tom diferente do da linguagem convencional.
TÍTULO 1
Como o morcego se tornou bode expiatório da pandemia COMO morcego se tornou bode expiatório. Guia do estudante S. l.], 12 jul. 2021. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/como-os-morcegos-setornaram-o-bode-expiatorio-da-pandemia/. Acesso em: 12 jul. 2022.
TÍTULO 2
A gente adoece mesmo é de tanto engolir sapos DAWN, Clara. A gente adoece mesmo de tanto engolir sapos. Jornal de Barretos [Barretos], 4 jun. 2022. Disponível em: gente-adoece-mesmo-e-de-tanto-engolir-sapos/.https://jornaldebarretos.com.br/artigos/aAcesso em: 12 jul. 2022.
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QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
Atividades de percepção das convenções da escrita, como pontuação, acentuação, regularidades ortográficas, elementos de textualidade e marcadores de oralidade.
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que tem por objetivo promover a expressão oral e desenvolver as habilidades de falar em público e de posicionar-se criticamente, por meio de situações reais de comunicação.
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PRODUÇÃO
Trabalho orientado de produção escrita, oral ou multimodal de um gênero textual, considerando as fases de planejamento, execução, revisão, avaliação e divulgação de um texto em diferentes mídias, suportes e contextos de produção.
LINGUAGENS EM CONEXÃO
Proposta de integração entre o tema principal do módulo e algum aspecto da área de Linguagens, da qual o componente curricular Língua Portuguesa faz parte, contribuindo com o aprofundamento da aprendizagem em diferentes linguagens.
QUEM É
PRODUÇÃO ESCRITA
Crônica Nesta seção, você vai escrever uma crônica para fazer parte de uma antologia de crônicas da turma. Essa antologia será dedicada àqueles que, do alto dos seus anos de vida, têm muito a ensinar aos mais jovens, de todas as idades. Assim, as crônicas terão como tema o convívio entre gerações. A proposta é que você aguce o olhar para o cotidiano das pessoas idosas e, como um cronista que observa tudo ao seu redor, encontre o inusitado, o pitoresco, o original ou o incomum que inspire você a refletir e expressar esse convívio. A antologia poderá ser impressa e, depois, doada à biblioteca da escola, possibilitando a outros leitores um novo olhar sobre esse tema.
Planejando a crônica
Escolha o assunto que será o mote de sua crônica que conte algo sobre você e algum idoso com o qual convive ou conhece: aquele dia em que você ouviu um conselho e percebeu a sabedoria dele; aquela experiência inesquecível e engraçada que viveram juntos; uma cena a que assistiu e que foi triste de ver; aquela história engraçada, de perigo, de coragem contada tantas vezes.
2 Em uma folha à parte, faça anotações sobre o fato escolhido e formule algumas ideias a respeito.
• Ao vivenciar, presenciar ou saber desse fato, como você se sentiu?
• O que esse fato ou cena despertou em você? Qual(is) reflexão(ões) esse acontecimento pode provocar nas pessoas?
3 Em seguida, defina os próximos elementos.
• Que personagens participarão da crônica.
• Qual será o tipo de narrador e o ponto de vista (1 ou 3 pessoa).
Como a crônica será iniciada e como vai aparecer o fato, a cena ou a frase que escolheu.
• Como a crônica será finalizada (por exemplo, com uma frase poética ou algo que surpre- enda o leitor).
Escrevendo a crônica
Com base na etapa anterior, escreva a primeira versão da crônica, organizando o texto de acordo com a sequência: introdução desenvolvimento conclusão.
Use recursos como:
• interlocução com o leitor para estabelecer aproximação; recursos da linguagem poética, como metáforas, para tornar o texto mais lírico e emotivo; analogias ou comparações inusitadas, para tornar a descrição mais rica de sentidos;
• alusões a outras manifestações artísticas, culturais e históricas para surpreender o leitor;
• verbos significativos para intensificar as ações; palavras e expressões com sentido conotativo para enriquecer a linguagem do texto.
3 Empregue o registro formal ou mais informal, de acordo com os objetivos da crônica, mas obedecendo à norma-padrão.
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4 Dê um título criativo à crônica, que chame a atenção do leitor.
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Revisando e reescrevendo a crônica
Troque o seu texto com o de um colega. Cada um deve ler o texto e, em uma folha avulsa, elaborar comentários sobre a crônica do outro, de acordo com os critérios de avaliação a seguir.
A crônica tem como mote um acontecimento que reflete o tema?
• Há um modo pessoal de compreender e apresentar esse acontecimento?
A apresentação do fato desperta a curiosidade do leitor?
A conclusão surpreende o leitor? Foram usados recursos linguísticos variados para tornar a linguagem mais poética?
A crônica provoca uma reflexão sobre o fato que aborda?
O texto está organizado de acordo com a estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão?
O registro da linguagem é adequado aos objetivos da crônica, seja ele formal ou mais informal? Há correção quanto às regras de concordância, pontuação e à ortografia das palavras?
O título é criativo e sugere o assunto da crônica?
2 Ao concluir a revisão do texto, entregue-o ao colega com as suas observações. Com base nos apontamentos no seu texto, reescreva a versão final da crônica, fazendo as correções necessárias. Montando a antologia de crônicas Para a montagem da antologia de crônicas, será necessária a participação de toda a turma. Decidam de que maneira vão organizar a antologia de crônicas: se será uma versão escrita à mão ou se vão utilizar o computador para digitá-las. Se a antologia não for impressa, escolham um tipo único de folha para que cada estudante escreva a versão final da crônica.
2 Combinem se as crônicas poderão ou não vir acompanhadas de ilustrações ou de imagens relacionadas ao assunto do texto. Escolham um colega da turma para elaborar o sumário da antologia, que pode ser organi- zado em ordem alfabética, por autor ou por título. 4 A turma toda ou alguns integrantes podem ficar responsáveis por escrever o prefácio, ou seja, uma breve apresentação da antologia para os leitores, contando do que ela trata, como foi o processo de escrita das crônicas, quem são os autores e quem é o professor responsável. 5 Criem uma capa com título e data de publicação. Se a turma desejar, pode haver imagens ou ilustrações na capa.
Apresentando a antologia de crônicas 1 Se possível, combinem com o professor uma data para o lançamento da antologia de crôni- cas. Vocês podem combinar com outras turmas da escola um horário para lerem as crônicas, transformando esse momento em uma roda de leitura. 2 Antes de doar a antologia de crônicas para a biblioteca da escola, avaliem a possibilidade de convidar também familiares e amigos para o lançamento ou, então, se possível, elaborem cópias desse material e façam-no circular
CONEXÃO LINGUAGENS
EM
Em 2022, o surfista brasileiro Gabriel Medina também anunciou que ficaria um tempo sem participar de novas competições para cuidar de sua saúde mental, contando que estava sofrendo de um esgotamento.
O surfista brasileiro Gabriel Medina (1993-) durante competição de surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
de um tempo para tratar uma depressão.
A tenista japonesa Naomi Osaka (1997-) durante partida contra a suíça Viktorija Golubic (1992-) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
O nadador estadunidense Michael Phelps (1985-) durante competição da final do estilo medley 4 x 100 m masculino, nos Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro, em 2016.
Esses casos são exemplos, entre muitos outros, de atletas profissionais que sofrem com problemas de saúde mental devido à pressão que sofrem diante de uma rotina estressante de treinos e de preparos físicos para alcançar altos rendimentos, quebrar recordes e conquistar medalhas em competições.
É importante que todos olhem com mais empatia para os atletas profissionais e que eles possam equilibrar os treinos e competições com os cuidados necessários para a manutenção da saúde mental, sem cobranças excessivas por um rendimento sobre-humano.
A ginasta estadunidense Simone Biles (1997-) durante a competição da final da trave de equilíbrio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
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Dados biográficos resumidos sobre o autor do texto, o fotógrafo ou o artista.
O CONTEXTO DO TEXTO
Apresentação de informações fundamentais para a compreensão do contexto de produção de alguns dos textos.
SAIBA MAIS
Boxe com informações complementares ou curiosidades que ampliam a compreensão de algum tema ou conteúdo abordado no módulo.
Também em 2021, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, a ginasta Simone Biles, conhecida mundialmente como uma das maiores ginastas de todos os tempos, desistiu de competir na final individual alegando precisar cuidar de sua saúde mental. A declaração da ginasta foi notícia no mundo todo, e outros atletas de alto rendimento, como o nadador Michael Phelps – maior medalhista em Jogos Olímpicos –, posicionaram-se apoiando a escolha dela e contando que também já sofreram com problemas de saúde mental.
VOCABULÁRIO
1. Após a leitura do texto e a observação das imagens, o que você percebe que esses atletas têm em comum? Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, por que é comum atletas profissionais sofrerem com problemas de saúde mental?
3. Por que é importante que todas as pessoas cuidem da própria saúde mental mesmo que não sejam atletas profissionais? Resposta pessoal. 4. O que você faz para cuidar de sua saúde mental?
E o que acha que poderia fazer para melhorar esse cuidado? Respostas pessoais.
Saúde mental no esporte. Quando a autovobrança vira um desafio. 2022. Vídeo (25m12s). Canal LabJor FAAP. Disponível em: www.youtube. com/watch?v=cXLGLFBC-rI Acesso em: 31 jul. 2022. O vídeo, produzido por estudantes de Jornalismo de uma universidade particular da cidade de São Paulo (SP), traz a entrevista
Lista de palavras e seus respectivos significados no contexto em que aparecem nos textos propostos.
LÍNGUA EM CENA
Propostas de pesquisa e atividades que proporcionam a ampliação do conhecimento linguístico.
PARA LER / ASSISTIR / ACESSAR / OUVIR / VISITAR
Sugestões de livros, textos, filmes, vídeos, sites, músicas e locais de visitação relacionados aos conteúdos apresentados.
entre essas pessoas. 93 D3-060-095-POR-F2-2102-V9-M2-LA-G24_AVU.indd 09:55
140 Saúde mental nos esportes Neste módulo, você refletiu sobre a importância da prática de atividades físicas e sobre a relação entre esporte e ciência por meio da leitura de artigo e de vídeo de divulgação científica e de um infográfico. Nesta seção, você vai aprofundar seus conhecimentos a respeito de outro tema relacionado ao esporte: a importância da saúde mental para uma prática esportiva saudável, especialmente entre atletas profissionais. Em 2021, a tenista Naomi Osaka, conhecida como uma das melhores tenistas do mundo, desistiu de disputar dois torneios e alegou precisar
MÜller/alaMy/Fotoarena laIne/Getty
141
com o psicólogo do esporte e ex-atleta Gilson Maia sobre a relação entre esporte e saúde mental. PARA ASSISTIR toMan/shutterstoCK.CoM ers Resposta pessoal. D3-096-141-POR-F2-2102-V9-M3-LA-G24_AVU.indd
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MÓDULO RETRATOS SOCIAIS 12 CAPÍTULO 1 • Poema 14 TEXTO: José, Carlos Drummond de Andrade 14 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 16 EXPLORANDO O TEXTO 16 Texto e contexto 16 Composição e linguagem 18 TEXTOS EM DIÁLOGO: Poema e paródia 20 POR DENTRO DA LÍNGUA: Versificação 22 Atividades 29 LINGUAGEM E SENTIDOS: Figuras de linguagem: anáfora, gradação e pleonasmo 32 Atividades 34 CAPÍTULO 2 • Conto 36 TEXTO: Aluado, Samuel Neri 36 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 39 EXPLORANDO O TEXTO 40 Texto e contexto 40 Composição e linguagem 42 PALAVRA ABERTA: Estudo de recepção de contos afro-brasileiros e podcast 44 POR DENTRO DA LÍNGUA: Estrutura das orações: revisão 47 Atividades 49 QUESTÃO DE FALA E ESCRITA: Pontuação: recursos estilísticos 53 Atividades 54 PRODUÇÃO MULTIMODAL: Festival de paródias 55 LINGUAGENS EM CONEXÃO: Arte e luta social 58 1 MÓDULO FAMÍLIA, GERAÇÕES E RELAÇÕES .......... 60 CAPÍTULO 1 • Crônica 62 TEXTO: O homem que conheceu o amor, Affonso Romano de Sant’Anna 62 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 64 EXPLORANDO O TEXTO 64 Texto e contexto 64 Composição e linguagem 66 TEXTOS EM DIÁLOGO: Crônica e crônica visual 68 POR DENTRO DA LÍNGUA: Predicado nominal 69 Atividades 71 LINGUAGEM E SENTIDOS: Sentidos dos verbos de ligação 74 Atividades 76 CAPÍTULO 2 • Texto teatral 78 TEXTO: Amor à vista, Antonio Rocco 78 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 83 EXPLORANDO O TEXTO 83 Texto e contexto 83 Composição e linguagem 84 PALAVRA ABERTA: Esquete 87 POR DENTRO DA LÍNGUA: Predicado verbo-nominal 88 Atividades 90 PRODUÇÃO ESCRITA: Crônica 92 LINGUAGENS EM CONEXÃO: Arte na terceira idade 94 2 D3-001-011-POR-F2-2102-V9-INICIAIS-LA-G24_AVU.indd 8 25/08/22 09:45 8
SUMÁRIO
MÓDULO MÍDIAS, VOZES E RUÍDOS ...................... 142
CAPÍTULO 1 • Artigo de opinião 144
TEXTO: Fake news: as mentiras que viram notícias, Danillo Xavier
É tendência: millennials abandonam, e geração Z nem entra nas redes sociais, Marília Marasciulo 163
MÓDULO ESPORTE COM CIÊNCIA ............................ 96 CAPÍTULO 1 • Artigo de divulgação científica 98 TEXTO: Exercício físico diário não basta para melhorar saúde e qualidade de vida de entregadores de aplicativos, Jornal da USP 98 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 102 EXPLORANDO O TEXTO 102 Texto e contexto 102 Composição e linguagem 104 TEXTOS EM DIÁLOGO: Artigo de divulgação científica e infográfico 107 POR DENTRO DA LÍNGUA: Formas nominais do verbo 109 Atividades 112 LINGUAGEM E SENTIDOS: Hipônimo e hiperônimo 116 Atividades 117 CAPÍTULO 2 • Vídeo de divulgação científica 120 TEXTO: Qual a velocidade máxima que o ser humano poderia suportar?, Canal Incrível 120 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 125 EXPLORANDO O TEXTO 125 Texto e contexto 125 Composição e linguagem 127 POR DENTRO DA LÍNGUA: Oração subordinada adverbial reduzida 130 Atividades 132 QUESTÃO DE FALA E ESCRITA: Operadores argumentativos 135 Atividades 137 PRODUÇÃO MULTIMODAL: Apresentação multimídia 138 LINGUAGENS EM CONEXÃO: Saúde mental nos esportes 140 3
144 CONVERSANDO SOBRE
TEXTO 146 EXPLORANDO O TEXTO 146 Texto e contexto 146 Composição e linguagem 147 TEXTOS EM DIÁLOGO: Artigo de opinião e notícias com diferentes enfoques 151 POR DENTRO DA LÍNGUA: Oração subordinada adjetiva 154 Atividades 157 LINGUAGEM E SENTIDOS: Expressões idiomáticas 160 Atividades 162 CAPÍTULO 2 • Reportagem 163
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 166 EXPLORANDO O TEXTO 166 Texto e contexto 166 Composição e linguagem 168 PALAVRA ABERTA: Checagem de fatos e mensagem de áudio 171 POR DENTRO DA LÍNGUA: Pronome relativo 174 Atividades 177 QUESTÃO DE FALA E ESCRITA: Pontuação da oração subordinada adjetiva 182 Atividades 183 PRODUÇÃO ESCRITA: Artigo de opinião 185 LINGUAGENS
CONEXÃO: A juventude e o audiovisual
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Saes
O
TEXTO:
EM
188 4
MÓDULO EM MOVIMENTO 190 CAPÍTULO 1 • Editorial 192 TEXTO: Equilíbrio necessário, O Tempo 192 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 193 EXPLORANDO O TEXTO 194 Texto e contexto 194 Composição e linguagem 195 TEXTOS EM DIÁLOGO: Editorial e fotorreportagem 198 POR DENTRO DA LÍNGUA: Oração subordinada substantiva 201 Atividades 205 LINGUAGEM E SENTIDOS: Estrangeirismos 208 Atividades 209 CAPÍTULO 2 • Proposta pública 211 TEXTO: Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, Governo do Estado de Minas Gerais 211 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 213 EXPLORANDO O TEXTO 214 Texto e contexto 214 Composição e linguagem 215 PALAVRA ABERTA: Revisão bibliográfica (estado da arte) sobre prática esportiva e apresentação oral 220 POR DENTRO DA LÍNGUA: Oração subordinada substantiva reduzida 222 Atividades 224 PRODUÇÃO ESCRITA: Proposta pública 228 LINGUAGENS EM CONEXÃO: Ação juvenil 230 5 MÓDULO FUTURO E REALIZAÇÕES 232 CAPÍTULO 1 • Artigo de opinião 234 TEXTO: Artigo de opinião: Por que pode ser tão difícil escolher a profissão?, Rodrigo Tavares Mendonça 234 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 236 EXPLORANDO O TEXTO 236 Texto e contexto 236 Composição e linguagem 237 TEXTOS EM DIÁLOGO: Artigo de opinião e peça de campanha 240 POR DENTRO DA LÍNGUA: Colocação pronominal 242 Atividades 245 LINGUAGEM E SENTIDOS: Parônimo 247 Atividades 248 CAPÍTULO 2 • Postagem em blogue 249 TEXTO: Orçamento familiar: como usar a técnica ABCD para organizar as finanças, Larissa Reis 249 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 252 EXPLORANDO O TEXTO 252 Texto e contexto 252 Composição e linguagem 253 POR DENTRO DA LÍNGUA: Concordância verbal: verbo ser 255 Atividades 257 PRODUÇÃO ORAL: Seminário 260 LINGUAGENS EM CONEXÃO: Arte e consumo 262 6
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Estudante,
Este livro foi produzido para apoiar sua trajetória em busca do conhecimento e da aprendizagem. Cuide bem dele para que, ao final do ano, você possa devolvê-lo para a escola e ele possa ser utilizado por outro colega no ano seguinte.
Assim, não escreva nas páginas deste livro, pois todas as atividades foram pensadas para que sejam respondidas oralmente, por escrito no caderno ou produzidas em outros suportes.
Alguns cuidados adicionais também podem ajudar na conservação do livro: manuseá-lo com cuidado para não danificar suas páginas; não rasgar, arrancar ou recortar as folhas; e protegê-lo da chuva ou de situações que possam molhá-lo.
Com esses cuidados, seus estudos e os de outros colegas estarão garantidos!
MÓDULO AGIR PELA PAZ ........................................ 264 CAPÍTULO 1 • Manifesto 266 TEXTO: O Manifesto Jovem #ENDviolence, Unicef 266 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 268 EXPLORANDO O TEXTO 268 Texto e contexto 268 Composição e linguagem 270 TEXTOS EM DIÁLOGO: Manifesto e grafite 272 POR DENTRO DA LÍNGUA: Regência verbal 274 Atividades 278 LINGUAGEM E SENTIDOS: Polissemia 280 Atividades 281
CAPÍTULO 2 • Entrevista 283 TEXTO: Se jogasse no futebol masculino, não precisaria trabalhar nunca mais, diz Marta, Luiz Cosenzo e Bruno Rodrigues 283 CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 286 EXPLORANDO O TEXTO 286 Texto e contexto 286 Composição e linguagem 287 POR DENTRO DA LÍNGUA: Regência nominal 291 Atividades 293 PRODUÇÃO MULTIMODAL: Campanha 296 LINGUAGENS EM CONEXÃO: A arte transforma 298 REFERÊNCIAS COMENTADAS 300
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Competências do módulo
Gerais: 2, 3, 6, 9
Linguagens: 1, 3, 5, 6
Língua Portuguesa: 1, 3, 7, 9, 10
Arte: 1, 3, 7
Habilidades da abertura
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF69LP21
• EF69LP25
• EF69LP46
• EF89LP27
Temas Contemporâneos Transversais
• Diversidade cultural
• Vida familiar e social
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros poema, paródia e conto, com textos que têm como temas questões sociais e humanas, como as inquietações e conflitos diante das adversidades, a imagem da mulher na sociedade, os estereótipos e preconceitos sociais, e a cultura e saberes de grupos historicamente excluídos, contemplando, assim, os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Diversidade cultural e Vida familiar e social. O eixo de análise linguística/semiótica trata da versificação, das figuras de linguagem anáfora, gradação e pleonasmo, do uso da pontuação como recurso estilístico, além de uma revisão da estrutura das orações. No eixo de produção textual, propõe-se a criação de paródias. Os estudantes também são orientados a desenvolver uma prática de pesquisa e de estudo de recepção de contos afro-brasileiros e um podcast
OBJETIVOS
• Explorar as características dos gêneros poema, paródia e conto.
• Compreender a versificação.
• Identificar as figuras de linguagem anáfora, gradação e pleonasmo e compreender
RETRATOS SOCIAIS 1
Fotografia do ambiente da exposição Portinari para todos, no MIS Experience, em São Paulo (SP). Fotografia de 2022. A mostra apresenta espaços interativos, possibilitando ao público conhecer a obra e a vida do artista Candido Portinari (1903-1962) de maneiras diferentes da tradicional.
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como elas contribuem para a construção de efeitos de sentido nos textos.
• Realizar estudo de recepção de contos afro-brasileiros e apresentar os resultados em um podcast
• Revisar a estrutura das orações.
• Compreender o uso da pontuação como recurso estilístico.
• Organizar um festival de paródias e participar dele.
PROPOSIÇÕES
A imagem desta abertura é da exposição Portinari para todos, que ocorreu no MIS Experience, em São Paulo (SP), em 2022, e cuja proposta era apresentar a vida e a obra do artista paulista Candido Portinari por meio de uma experiência imersiva do público. A mostra, de curadoria de Marcello Dantas, era dividida em
12
BNCC
MÓDULO
Delfim martins/Pulsar imagens
12
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REALIZAÇÃO
• Poema
• Paródia
• Versificação
• Figuras de linguagem: anáfora, gradação e pleonasmo
• Conto
• Estudo de recepção de contos afro-brasileiros e podcast
• Estrutura das orações: revisão
• Pontuação: recursos estilísticos
• Produção multimodal: festival de paródias
• Arte e luta social
IMAGEM EM FOCO
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Que sensações as obras de Candido Portinari, apresentadas na fotografia, despertam em você? Por quê?
Respostas pessoais.
2. Quais são as relações que você enxerga entre a imagem e o título deste módulo?
Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, quais são as diferenças entre visitar uma exposição interativa, como a representada na imagem, e uma exposição tradicional, com as pinturas dispostas em paredes?
Resposta pessoal.
4. Quais outros artistas que retrataram povos e culturas brasileiras você conhece?
Resposta pessoal.
5. Em sua opinião, por que é relevante haver obras artísticas que retratem diversos grupos culturais e sociais brasileiros?
Resposta pessoal.
três espaços expositivos: no primeiro deles, havia sete instalações interativas para que o público pudesse conhecer informações sobre a vida do artista; o segundo era uma sala intitulada “Portinari imenso”, que apresentava as obras em tamanhos grandes e em um espaço acolhedor; já o terceiro espaço apresentava as relações da obra do artista com a cultura e a história
do Brasil, ressaltando a importância da valorização e da preservação do legado de Portinari.
Comente que uma das obras mais famosas de Portinari é a dupla de murais Guerra e Paz, pintados entre 1953 e 1956, para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.
1. Encaminhe uma conversa para que todos possam compartilhar suas respostas e trocar opiniões. Aproveite para perguntar se eles já conheciam alguma obra do pintor e, se quiser, proponha que façam uma pesquisa para ampliar os conhecimentos.
2. Espera-se que os estudantes compreendam que a obra de Portinari relaciona-se diretamente com o retrato da diversidade social e cultural brasileira.
3. Pergunte à turma se alguém já visitou exposições convencionais e interativas e, em caso afirmativo, peça que relate(m) a experiência aos colegas. Aproveite para comentar que uma não é, necessariamente, melhor do que a outra, mas que têm objetivos e propostas diferentes.
4. Sugira que não pensem apenas em artistas visuais, como Portinari, mas também em artistas de outras linguagens, como a dança e a música. Destaque que muitos artistas trazem essa temática em suas produções e, se quiser, faça uma pesquisa e apresente a eles alguns novos exemplos.
5. Esta pergunta tem o objetivo de incentivar uma reflexão sobre representatividade na arte, nas imagens e na cultura. Verifique se os estudantes compreendem que é essencial que a arte e a cultura compreendam a diversidade da sociedade, sem ignorar ou apagar grupos e culturas. Ressalte também a importância de valorizar essas produções e não apenas as obras eurocentradas.
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FIQUE POR DENTRO 13 D3-012-059-POR-F2-2102-V9-M1-LA-G24_AVU.indd 13 22/08/22 19:35
BNCC
Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF69LP44
• EF69LP53
• EF69LP54
• EF89LP27
• EF89LP33
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP44
• EF89LP27
• EF89LP33
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP44
• EF69LP48
• EF89LP16
• EF89LP33
• EF89LP37
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP44
• EF89LP32
• EF89LP33
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP48
• EF69LP53
• EF69LP54
• EF89LP33
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP04
• EF69LP44
• EF69LP48
TEXTO
• EF89LP33
• EF89LP37
PROPOSIÇÕES
Descreva o contexto de produção do poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, de forma a despertar o interesse dos estudantes pela leitura. Explique a eles que o poema foi escrito em 1942, ano em que o então presidente Getúlio Vargas acabava de declarar guerra à Alemanha e à Itália, no contexto da Segunda Guerra Mundial, como uma resposta ao afundamento de cinco navios brasileiros pelo submarino alemão U-507. O contexto histórico e social era de caos: a população sentia-se insegura e sem emprego; havia repressão política; as condições de trabalho eram precárias; a indústria ainda se modernizava etc. Esses eventos agravaram ainda mais a situação de miséria enfrentada pela população, aumentando a desigualdade social e intensificando a formação de classes opressoras. Explique aos estudantes que Carlos Drummond de Andrade era um homem que se angustiava e se inquietava com o cenário político e social de sua época.
Os poetas, muitas vezes, são as vozes que nos representam, trazendo em seus textos inquietudes existenciais e sentimentais, assim como questões sociais e individuais com as quais o leitor estabelece uma identificação, uma afinidade. O poema que você vai ler trata dessas inquietações inseparáveis da condição humana e sintetiza algumas preocupações da época em que o poeta viveu.
Como seria essa época para despertar tantas inquietações? Seria tão diferente de hoje? Que elementos pode ter esse poema para representar uma voz brasileira? O título do poema é “José”. Quem você imagina que seja essa pessoa? Estabeleça hipóteses, compartilhe-as com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
Antes de iniciar a leitura do texto, ouça as orientações do professor. Em seguida, leia o poema em voz alta e descubra as sensações que ele desperta em você.
José
E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
1a estrofe: 12 versos
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio,
o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
2a estrofe: 15 versos
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio — e agora?
3a estrofe: 9 versos
ARTICULAÇÃO COM HISTÓRIA
Antes da leitura do poema, a fim de aprofundar os conhecimentos sobre o Estado Novo (1937-1945) e a obra poética de Carlos Drummond de Andrade, proponha aos estudantes um estudo interdisciplinar em parceria com o professor de História, trabalhando a habilidade EF09HI02 . Nesse
momento histórico, Drummond publicou dois livros: Sentimento do mundo e A rosa do povo, respectivamente em 1940 e 1945. Neles, é possível observar as críticas e reflexões sobre o contexto social em que vivia. Proponha uma aula registrada sobre o Estado Novo em que se destaquem as principais características desse período histórico brasileiro. Em seguida, faça uma leitura compartilhada de uma seleção de
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POEMA CAPÍTULO1
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Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
4 a estrofe: 8 versos
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse… Mas você não morre, você é duro, José!
5a estrofe: 9 versos
Sozinho no escuro qual bicho do mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?
6a estrofe: 9 versos
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. José. In: DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Antologia poética. 69. ed. Rio de Janeiro: Record, 2022. p. 28-30.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira, cidade de Minas Gerais, onde passou sua infância. Na adolescência, mudou-se para Belo Horizonte (MG) para estudar em um colégio interno. Entretanto, devido a um problema de saúde, retornou a sua cidade natal, e só dois anos mais tarde pôde retomar os estudos em um colégio interno no Rio de Janeiro. Em 1923, voltou a morar em Belo Horizonte, onde cursou Farmácia, por decisão do seu pai. No entanto, não atuou na profissão, dedicando-se à docência, à tradução e à literatura. O autor ganhou seu primeiro prêmio em 1922, no Concurso da Novela Mineira, com o conto “Joaquim do Telhado”; em 1925, com um grupo de amigos, funda A Revista, publicação que difundia o modernismo mineiro.
VOCABULÁRIO
Utopia: situação ideal em que tudo é perfeito.
Gula: vício por comida.
Lavra: (terreno de) exploração de metais ou pedras preciosas.
Teogonia: conjunto de divindades de um povo politeísta.
as características próprias do gênero, principalmente seus efeitos sonoros. Depois, solicite voluntários que leiam cada estrofe em voz alta, observando as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, a sonoridade do poema devido às rimas, às aliterações e às assonâncias. Peça que atentem à postura corporal e à gestualidade no momento da leitura.
REALIZAÇÃO
Ao terminar a leitura, pergunte aos estudantes se há, no poema, palavras cujo significado desconhecem, incentivando-os a inferir o sentido por meio do contexto em que foram utilizadas. Se necessário, instrua-os a ler o boxe Vocabulário ou a recorrer a dicionários.
Proponha a exploração do boxe Quem é o autor sobre Carlos Drummond de Andrade. Se desejar, faça uma roda de conversa com os estudantes sobre as imagens e ideias que têm a respeito da vida de poetas. Espera-se, neste momento, contribuir para a desconstrução de eventuais estereótipos sobre a escrita poética, como o distanciamento dos autores, supostamente alheios à realidade social em que vivem, e enfatizar o fato de que expressam, por meio da palavra, sentimentos comuns aos seres humanos.
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poemas e oriente os estudantes a aprofundar o estudo de alguns aspectos como a política trabalhista, as ações do Departamento de Imprensa e Propaganda, o autoritarismo, a política econômica etc. Por fim, auxilie-os a explorar como o contexto histórico e social é registrado nos poemas e a compartilhar o que descobriram em uma roda de conversa com a turma toda.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Antes da leitura, chame a atenção dos estudantes para o primeiro verso do poema “José”; pergunte se conhecem esse famoso verso da literatura brasileira. Pergunte também que sensações e sentimentos essa indagação desperta neles.
Inicie a leitura do poema com a entonação adequada, para que os estudantes observem
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É O AUTOR Jorm s/shutterstock.com fernanDo seiXas aBril comunicaÇÕes s.a. 15
QUEM
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22/08/22
PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, promova uma conversa com os estudantes de modo que possam validar hipóteses e compartilhar ideias e opiniões sobre o poema lido. Em Texto e contexto, as atividades favorecem a reconstrução da textualidade, possibilitando reflexões e o trabalho com pressupostos, inferências e analogias. Sugere-se, antes desse trabalho, que seja proposta aos estudantes a atividade de Articulação com História , no início das orientações deste capítulo, neste Manual. Como forma de subsidiar a condução das atividades e aprofundar-se nos estudos sobre a obra poética de Carlos Drummond de Andrade, se possível, conheça o site de A Revista para ler os números da revista mencionados no boxe Quem é o autor (disponível em: https://br.revistasdeideias.net/ pt-pt/a-revista; acesso em: 26 jul. 2022).
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. e 3. Incentive os estudantes a expressar seus pontos de vista, relacionando-os com o contexto histórico estudado e sustentando seus posicionamentos com argumentos, e a ouvir com ate nção a opinião dos colegas.
2. Incentive-os a descrever as imagens criadas inicialmente e a comentar como elas se alteraram ou se consolidaram após a leitura.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Espera-se que os estudantes reflitam sobre o contexto histórico analisado e percebam que se trata de uma indagação endereçada ao interlocutor (José) e que se espera uma resposta dele.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. Em sua opinião, a atividade realizada antes da leitura ajudou você a entender melhor o contexto histórico e político do poema ou a leitura em voz alta seria suficiente?
Resposta pessoal.
2. A imagem que você criou de José, antes de ler o poema, confirmou-se após a leitura?
3. Para você, esse poema pode ser considerado uma expressão da voz do povo brasileiro? Justifique.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes tenham levantado hipóteses que sejam confirmadas, isto é, de que José é um homem sofrido, solitário e desesperançoso, como o brasileiro da época. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois o poema traz à tona questionamentos e situações vividas pelos brasileiros não só na época em que o poema foi escrito, como também na atualidade, dando voz a pessoas que não têm espaço na sociedade.
TEXTO EXPLORANDO O
PARA LER
Antologia poética, de Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: Record, 2022.
1. a) Representa a busca de José por um caminho, por uma saída possível.
1. b) Espera-se que os estudantes deduzam que é muito difícil, como é evidenciado ao longo de todo o poema, mas ele segue tentando.
TEXTO E CONTEXTO
2. José não é o eu lírico, uma vez que em todo o poema uma voz (o eu lírico) se dirige a José, indagando-o. As indagações levantadas pelo eu lírico são direcionadas a José.
1. O poema começa com uma indagação que se repete em quase todas as estrofes.
a) O que essa indagação representa?
b) Com base no contexto sócio-histórico do poema, é possível José encontrar uma saída? Justifique sua resposta.
2. Considerando que o eu lírico é a voz que se manifesta no poema, pode-se afirmar que o personagem José seja o eu lírico? Justifique sua resposta.
3. Os primeiros versos da primeira estrofe indicam que houve uma mudança brusca na vida de José.
a) Qual foi a mudança?
Nessa antologia, estão reunidos poemas do escritor, organizados em nove seções: o indivíduo; a terra natal; a família; os amigos; o mundo social e político; o amor; a própria poesia; divertimentos poéticos; a condição existencial.
b) Que visão de mundo é expressa nesses versos? Em sua opinião, que elementos do contexto histórico podem ter contribuído para criar essa visão?
4. Releia estes versos da primeira estrofe do poema. [...] e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? [...]
3. a) José vivia uma vida alegre, com festas e cercado de pessoas, até que um dia tudo se foi e sua vida se tornou triste e solitária.
3. b) Uma visão de mundo pessimista, provavelmente relacionada a aspectos sociais, políticos e econômicos enfrentados pela população brasileira e mundial, como desemprego, medo da guerra, ditadura e repressão.
2. Se necessário, explique aos estudantes que eu lírico é a voz que expressa a subjetividade do poeta no poema, podendo ou não se identificar com ele. Por meio do eu lírico, o leitor conhece uma visão de mundo particular. Espera-se que os estudantes compreendam que “José” não é o eu lírico do poema, mas com quem o eu lírico busca estabelecer um diálogo.
3. a) Espera-se que os estudantes compreendam que é possível inferir que a alegria e a
felicidade já existiram, mas agora, “a festa acabou” e o personagem vai perdendo tudo o que daria algum sentido à vida.
3. b) Auxilie-os a compartilhar seus posicionamentos por meio de argumentos coesos e coerentes. Espera-se que eles consigam relacionar eventos do contexto histórico-social com a visão de mundo expressa pelo eu lírico no poema.
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4. a) Esse recurso chama a atenção do leitor para evidenciar que agora, além de José, o leitor também é seu interlocutor, isto é, traz o leitor para o contexto do poema.
a) No primeiro verso, o termo José é substituído por você. Que efeito de sentido esse recurso produz? Com que finalidade foi usado?
b) O eu lírico usa a expressão sem nome para caracterizar seu interlocutor. Em sua opinião, com que sentido essa expressão é empregada no poema e o que ela evidencia?
c) Com base nesses versos, o que se pode inferir sobre o ofício de José e a forma como ele o realiza?
Pode-se inferir que José é um artista, poeta ou músico, já que faz versos e utiliza sua arte para protestar.
5. Releia os seis primeiros versos da segunda estrofe.
5. a) Reforçam as ideias de solidão e vazio, assim como de ausência e carência de tudo que permeia a existência de José.
a) O que esses versos reforçam a respeito do estado em que se encontra José?
b) Considerando o contexto sócio-histórico em que o poema foi produzido, qual das alternativas a seguir está relacionada à situação indicada nos versos “já não pode beber, / já não pode fumar, / cuspir já não pode”? Transcreva-a no caderno.
Alternativa B
A. Tristeza desenvolvida pelo personagem diante das perdas que sofreu.
B. Censura imposta pelo regime ditatorial vigente na época, que tolhia a liberdade das pessoas.
C. Escolha pessoal do personagem, que buscava cuidar de sua saúde.
D. Falta de recursos financeiros devido à escassez de empregos da época.
6. Na terceira estrofe, são mencionadas tanto as características pessoais de José – “Sua doce palavra” – quanto as materiais – “sua biblioteca, / sua lavra de ouro”. O que se busca evidenciar com essa descrição?
Busca-se evidenciar que nada mais restou na vida de José, destacando-se, dessa forma, como a situação em que ele se encontra é difícil e dramática.
7. Releia a quarta estrofe, que descreve as intenções de José para fugir da situação que o aflige.
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
7. a) Pode-se inferir que José não sabe como agir, não encontra uma solução e mostra-se angustiado na busca por uma saída para a situação desoladora na qual está vivendo.
7. b) O eu lírico tem uma visão pessimista, porque não há saída para a situação de José, uma vez que todas as tentativas de fuga foram frustradas.
7. c) Espera-se que os estudantes infiram que os versos evidenciam que não existe nem mesmo a possibilidade da morte como último recurso, já que o “mar secou”, o que reforça a perspectiva pessimista do poeta.
a) O que se pode inferir sobre José nesses versos?
8. a) É natural que uma pessoa, ao passar por grande sofrimento, tenha reações que demonstrem sua dor, como gritar, gemer ou sentir-se cansada. Assim, o eu lírico mostra-se inconformado com a inércia e a passividade de José com relação à situação em que se encontra.
b) Com base nesses versos, que imagem o eu lírico deseja expressar sobre José: otimista ou pessimista? Justifique sua resposta.
c) Que efeitos de sentido podem ser atribuídos aos versos em destaque no trecho?
8. Na quinta estrofe, o eu lírico declara que espera algumas reações por parte de José.
a) Para você, o que faz o eu lírico pensar dessa maneira?
b) O que a ausência dessas reações revela sobre o caráter de José?
4. b) A expressão sem nome é empregada para retratar uma pessoa comum, sem identidade específica, notoriedade ou importância, o que evidencia o contraste social e econômico existente no Brasil entre os que têm nome (as pessoas ditas importantes, aquelas que têm poder aquisitivo e influência social) e os sem nome (a população pobre).
4. a) Espera-se que a turma perceba os efeitos de sentido produzidos pela mudança no poema. Reforce que ela não é aleatória, mas obedece à intencionalidade do autor do poema.
4. b) O Brasil é conhecido por ser um país com notável desigualdade social. Se desejar, proponha uma abordagem interdisciplinar com o componente Geografia (habilidades EF09GE14 e EF09GE15), em que os estudantes possam realizar um trabalho em
grupo em que evidenciem, por meio da análise de dados e gráficos, a desigualdade social brasileira.
4. c) Espera-se que os estudantes infiram pela leitura do poema a atividade desempenhada por José.
5. a) Auxilie-os a perceber que os versos reforçam a ideia de vazio, de ausência e de carência de tudo, como se José não tivesse liberdade para fazer aquilo que tem vontade.
5. b) Espera-se que os estudantes relacionem o verso ao contexto histórico-social da época. Se desejar, discuta com os estudantes por que as demais alternativas estão incorretas.
6. Auxilie-os a compreender que o poema evidencia que nada resta na vida de José. Se desejar, proponha que compartilhem as interpretações de cada verso da terceira estrofe.
7. a) Espera-se que, a partir das imagens presentes na estrofe, percebam a gravidade da situação em que se encontra José. Para isso, proponha que imaginem as cenas descritas no poema e relatem os sentimentos despertados neles.
7. b) e 7. c) Incentive os estudantes a responder a essa pergunta justificando tanto a resposta afirmativa quanto a negativa, por meio da elaboração de argumentos bem-organizados. Auxilie-os a perceber como a ideia de não solução/ ausência de saída é construída no poema.
8. Espera-se mobilizar nesta atividade os conhecimentos que os estudantes têm em relação a reações e sentimentos humanos diante de situações que geram grande sofrimento.
PARA ASSISTIR
DRUMMOND | Poesia e prosa com Maria Bethânia e Arnaldo Antunes (1/5). 2020. Vídeo (5min34s). Publicado pelo Canal Arte1. Disponível em: https:// youtu.be/gaNW-1TOY9g. Acesso em: 26 jul. 2022.
Nessa série de vídeos, a cantora Maria Bethânia conversa com o professor José Miguel Wisnik e o músico Arnaldo Antunes sobre a obra de Drummond.
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8. b) Revela que José é forte, resiliente e capaz de suportar o sofrimento com certa serenidade.
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REALIZAÇÃO
Texto e contexto
9. Auxilie-os a analisar o sentido construído pelas imagens da última estrofe. Se necessário, analise coletivamente e de maneira dialogada cada verso, para que os estudantes possam compartilhar as suas considerações.
10. Se necessário, retome que, no ano de 1942, o Brasil vivia o chamado Estado Novo, regime ditatorial marcado pelo autoritarismo e pela censura. O então presidente Getúlio Vargas, com ajuda do exército, instaurou um golpe de Estado em 1937 e, a partir daí, adotou uma série de ações que atacavam diretamente as instituições democráticas. Em seguida, estabeleceu total controle sobre as redes de informação, consolidando, dessa forma, seu poder absoluto sobre a população. Esse regime durou até 1945, ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial. Comente que, ainda que o poema discuta questões políticas, sociais e econômicas de uma época, seu principal objetivo é refletir sobre a vida do indivíduo nesse contexto.
PROPOSIÇÕES
A partir da leitura do boxe Conceito sobre o gênero poema, comente com os estudantes que é possível expressar diferentes sentimentos nos poemas. Se possível, convide-os a se familiarizar com o gênero e a explorar as diferentes manifestações nele expressas. Depois, conduza as atividades de Composição e linguagem
9. b) Os dois últimos versos trazem uma ideia oposta ao que foi dito anteriormente, mostrando que, apesar do desamparo, José marcha, segue em frente, mesmo sem saber o objetivo ou a direção, podendo contar apenas consigo mesmo, com seu próprio corpo.
9. Leia novamente a última estrofe do poema.
a) O que os sete primeiros versos dessa estrofe revelam sobre a condição de José?
b) Os dois últimos versos reiteram os sentidos dos versos anteriores ou dão uma nova visão sobre José?
9. a) Esses versos apontam para um total desamparo, pois não há nada nem ninguém que possa ajudar José a sair da condição em que se encontra.
10. No caderno, transcreva a alternativa que descreve o principal objetivo do poema.
A. Propor uma reflexão sobre as condições de vida do indivíduo em um determinado contexto social.
Alternativa A .
B. Sensibilizar o leitor acerca dos dilemas vividos por um homem que foi abandonado por sua amada.
C. Criticar a ausência de comunicação entre as pessoas na atualidade.
D. Ressaltar as questões políticas, sociais e econômicas da época em que o poema foi escrito.
O poema é um gênero do campo artístico-literário em que o poeta, por meio do eu lírico, ou seja, da voz que fala no poema, pode expressar sentimentos diversos, desde o amor por alguém, sensações íntimas e conflitos existenciais até a indignação diante de injustiças sociais, com a finalidade de sensibilizar o leitor.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. A escolha por um nome comum, como José, sugere que o interlocutor do eu lírico é a representação do povo brasileiro que resiste e segue vivendo, apesar de todos os problemas sociais que enfrenta no cotidiano.
1. De que maneira a escolha do nome José para o título contribui para evidenciar a representação do povo brasileiro?
2. O poema é composto de seis estrofes.
2. a) Não. A quantidade varia de 8 a 15 versos nas estrofes.
a) No poema, a distribuição de versos em cada estrofe segue um padrão? Explique.
b) Em sua opinião, é possível estabelecer relação entre essa distribuição de versos e a questão abordada no poema?
3. Na composição do poema predominam versos livres, isto é, sem rimas. Além de ser uma das influências do movimento modernista, de que maneira a escolha por esse estilo de escrita pode contribuir para os sentidos do poema?
A ausência de rimas reforça a ideia de desencontro, de desarmonia e de ausência de certezas vividos por José.
4. No início de muitos versos do poema é utilizada uma figura de linguagem que consiste na repetição de termos. Releia o trecho a seguir.
[...] e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou [...]
2. b) Pode-se relacionar a situação em que José se encontra –uma vida sem rumo e perdida em desesperança e solidão – com a distribuição irregular dos versos, que também trazem essa ideia de algo instável, inconstante e sem padronização, como a vida de José.
a) Qual é o efeito de sentido que essa figura produz?
Enfatiza a ideia de uma grande e devastadora perda.
b) Que efeito de sentido a repetição da palavra tudo traz aos versos? Reforça a ideia de vazio que perpassa todo o poema.
REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
1. Se desejar, de modo interdisciplinar com os componentes Matemática e Geografia, proponha aos estudantes interpretar dados sobre a ocorrência do nome José ao longo do tempo. As informações estatísticas podem ser verificadas no site do IBGE, https:// censo2010.ibge.gov.br/nomes/#/search/
(acesso em: 26 jul. 2022). É possível também que os estudantes conduzam uma pesquisa sobre quão comum esse nome é na comunidade em que vivem.
2. Se necessário, retome os conceitos de verso e estrofe. Se desejar, comente que Drummond foi um importante representante do Modernismo brasileiro, que propunha um rompimento com as características rígidas
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5. Nos versos a seguir, o eu lírico expressa a precariedade na vida de José fazendo referência a diferentes elementos.
[...] o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia
6. a) Um efeito de levantamento de hipóteses, de possíveis soluções que nunca se concretizam ou são interrompidas e que poderiam fazer José mudar o próprio rumo.
São o dia, o bonde, o riso e a utopia, que representam o cotidiano (dia, bonde), sentimentos (riso) e sonhos (utopia).
• Quais são esses elementos? O que eles representam?
6. Na quinta estrofe, a maioria dos versos está escrita com a forma verbal no pretérito imperfeito do subjuntivo.
a) Que efeito de sentido o uso dessas formas verbais expressa nesses versos?
b) Além da forma verbal, que outros recursos criam tal efeito nesses versos?
O uso da conjunção condicional se e de reticências.
7. Releia os versos a seguir, que revelam um aspecto da natureza de José.
[...]
Mas você não morre, você é duro, José!
7. a) A resiliência, a força e a capacidade de sobreviver a situações difíceis, adversas, que demonstram que, apesar de tudo, ele não desiste de viver.
a) Que característica(s) demonstra(m) seu jeito de ser?
b) Que recursos linguísticos usados no segundo verso possibilitam fazer essa inferência?
O uso do adjetivo duro e o ponto de exclamação no final do verso.
8. Na última estrofe, há uma comparação entre José e um bicho do mato.
a) O que essa comparação evidencia sobre José?
b) Que sentimentos ou emoções busca-se produzir no leitor com essa comparação?
9. O poema inicia e termina com uma pergunta direcionada a José. Releia o primeiro e o último verso e responda: Houve alguma mudança de sentido nas perguntas? Justifique sua resposta.
Espera-se que estudantes infiram que, na pergunta inicial, José não tem uma solução, um caminho certo a percorrer, e isso já imprime a angústia
Carlos Drummond de Andrade foi representante da segunda geração do Modernismo brasileiro – movimento cultural que rompeu com a tradição literária baseada no modelo europeu. Em boa parte de sua obra, o poeta rejeitava versos metrificados, rimas, formas poéticas fixas e outras características próprias da poesia convencional. Ele foi precursor da chamada Poesia de 1930, com a publicação de seu primeiro livro, intitulado Alguma poesia. Em 1928, Drummond publicou “No meio do caminho”, considerado um escândalo à época, mas hoje consagrado como um dos maiores poemas da literatura brasileira.
8. a) A comparação evidencia a solidão de José, pois, assim como um bicho do mato vive isolado na escuridão da mata, ele vive isolado no escuro.
8. b) Enfatiza-se o sofrimento vivido pelo personagem, produzindo, no leitor, um sentimento de piedade.
O poema é estruturado em versos, e cada conjunto de versos forma uma estrofe. O ritmo, uma de suas principais características, é construído de diversas formas: alternância de sílabas tônicas e átonas entre os versos, repetição de palavras ou fonemas, pontuação etc. Quanto à linguagem, são utilizados recursos linguísticos que produzem efeitos sonoros e múltiplos sentidos no texto.
característica do poema; na pergunta final, algo mudou: ele sabe o que fazer, só precisa definir a direção que vai seguir. Esse sentido é reforçado pelo verso anterior “você marcha, José!”, afirmação em que a forma verbal marcha evidencia uma reação, um movimento de mudança em relação à situação construída ao longo do poema.
quanto à estrutura do poema. Comente que a forma de um poema se relaciona com o sentido expresso nele.
3. Comente que o Modernismo se caracterizou por romper com os padrões estéticos e formais vigentes. São exemplos desse rompimento: liberdade formal dos versos, sem métrica nem rimas definidas, e uso de linguagem informal. Se possível, retome o poema
“O poeta e a rosa”, de Vinicius de Moraes, estudado no volume de 8o ano desta coleção, que apresenta um esquema fixo de ritmo e rimas, para que os estudantes possam perceber as diferenças entre um poema de formato mais rígido e um poema modernista.
4. Espera-que os estudantes compreendam o efeito de sentido de total devastação e desamparo expresso no poema.
5. Auxilie os estudantes a compreender que um poema utiliza elementos expressivos, como o uso de figuras de linguagem, para criar os efeitos de sentido pretendidos.
6. a) Se necessário, retome as ideias expressas pelo uso do modo verbal subjuntivo, como indicar dúvida, incerteza, suposições de difícil realização.
6. b) Auxilie-os a perceber que o uso da conjunção e da pontuação contribuem para a ideia que se quer expressar no poema.
7. a) Chame a atenção para a resiliência de José que, apesar de todo sofrimento, ainda sobrevive.
7. b) Espera-se que percebam que o eu lírico parece se surpreender com a sobrevivência de José.
8. Incentive-os a refletir sobre as características atribuídas a um “bicho do mato”. Comente que o termo é utilizado hoje em dia, por exemplo, para se referir a pessoas que evitam o convívio social e vivem afastadas da sociedade. Auxilie-os a perceber que o eu lírico busca mover no leitor o sentimento de pena em relação à José.
9. Considere diferentes posicionamentos dos estudantes, desde que sejam sustentados por argumentos coesos e coerentes. Incentive-os a comprovar as interpretações por meio de fragmentos do poema lido.
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[...]
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PROPOSIÇÕES
Em Textos em diálogo, a leitura da paródia promove um diálogo com o poema “José”, estabelecendo relações de sentidos com base em uma ótica femina, em que há uma intenção explícita de apontar os paradoxos entre o homem e a mulher, numa inversão do pensamento tradicional. O José do poema de Carlos Drummond de Andrade é um homem com uma existência já explorada e vivida; a Maria do poema de Alice Ruiz é uma mulher limitada pela existência dentro de um “padrão” que se espera do feminino: viver para o marido e para os filhos. Comente com os estudantes que, ao dialogar com o texto de Drummond, o texto de Ruiz estabelece um outro sentido, com problemas diferentes dos de José, mas tão graves quanto os dele.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Analisando paródias
Proponha uma atividade de prática de pesquisa, conhecida como estudo de recepção.
Solicite aos estudantes que selecionem algumas paródias (canções, poemas ou outras produções que queiram, inclusive com aspectos transmidiáticos).
Em grupos, proponha que apresentem as obras parodiadas a grupos de diferentes perfis (professores, familiares, funcionários da escola etc.). Por meio da aplicação de um questionário elaborado previamente – o que também contemplaria construção e uso de questionários –, os estudantes poderão avaliar, por exemplo, impressões, entendimentos e eventuais relações que os participantes da pesquisa tenham acerca das produções em foco. Assim, os estudantes
Poema e paródia
7. Espera-se que os estudantes infiram que, no poema de Alice Ruiz, a concisão evidencia as poucas oportunidades da mulher em sua vida e a limitação dos papéis que ela pode desempenhar: mulher e mãe, apenas; diferentemente do poema “José”, cuja extensão explora outras perspectivas, além da pessoal, como os contextos social e político da época, evidenciando que, apesar de tudo, José ainda tem a esperança de continuar a luta pela vida.
No poema “José”, exploram-se a solidão do ser humano, sua crise existencial, a falta de espaço e de esperança no mundo, temas que revelam uma profunda angústia pela vida. Esse poema serviu de inspiração para diversos artistas em várias linguagens, como a música, e até hoje é uma referência, mesmo tendo sido escrito na década de 1940.
O poema que você vai ler a seguir foi inspirado nesse poema de Drummond. Essa paródia escrita por Alice Ruiz traz a perspectiva de uma mulher: Maria, que também se encontra em uma crise existencial, enfrenta o mundo sozinha, sem filhos, sem marido, sem apoio de ninguém. E agora, Maria?
Paródia é uma obra ou manifestação artística que tem como inspiração uma obra já existente. Geralmente é parecida com a obra original em aspectos formais, ou seja, é uma releitura, e quase sempre tem sentidos diferentes, explorando a ironia e a comicidade, por exemplo.
Leia o poema “Drumundana”.
Drumundana e agora maria?
o amor acabou a filha casou o filho mudou teu homem foi pra vida que tudo cria a fantasia que você sonhou apagou à luz do dia
e agora maria? vai com as outras vai viver com a hipocondria
RUIZ, Alice. Drumundana. In: RUIZ, Alice. Navalhanaliga Curitiba: Edição ZAP, 1980.
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poderão refletir sobre como indivíduos de diferentes grupos se relacionam com a construção de sentidos de diversas obras.
Após a realização da pesquisa, para contemplar a oralidade, os estudantes podem apresentar os resultados na forma de seminário, gravar um podcast ou um videoartigo.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
Jorm s/shutterstock.com
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1. Releia o título do poema: “Drumundana”. De que maneira ele foi composto? A que ele faz alusão?
O título constitui-se de uma palavra composta, formada pelas palavras Drummond e mundana. Ele faz alusão a Carlos Drummond de Andrade, que escreveu o poema “José”.
2. A palavra mundana pode ter como significado uma pessoa que gosta dos bens e prazeres do mundo material, de luxos e vaidades. No poema, o sentido dessa palavra pode ser atribuído à personagem Maria?
Espera-se que os estudantes infiram que não, pois o poema traz
a visão de uma mulher trabalhadora, que vive para a família e não tem nenhuma vaidade nem preocupação consigo mesma.
3. No poema de Drummond, o nome do homem é José. No de Alice Ruiz, a mulher chama-se Maria.
3. a) Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois Maria também é um nome comum e pode remeter a qualquer mulher que vivencie a situação do poema.
a) Pode-se afirmar que o nome Maria foi escolhido com a mesma intenção de José?
b) No poema “José”, o homem passa por conflitos, por uma crise existencial, cheia de vazios e angústias, mas não sucumbe e vai em busca de uma solução. Em “Drumundana”, Maria apresenta as mesmas características?
4. O poema termina com um conselho ou, dependendo da
interpretação, com uma ordem à Maria, em uma espécie de resposta à pergunta “E agora, maria?”.
4. A última estrofe do poema de Drummond não rompe com as dúvidas, suposições e angústias expressas ao longo dos versos e termina com a pergunta: “José, para onde?”. Como termina o poema “Drumundana”?
5. Evidencia a desvalorização da figura feminina, pois retrata uma mulher que renega seus sonhos e desaparece como pessoa diante da sociedade, restando
5. No poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, o nome do personagem é escrito com letra maiúscula, enquanto no poema de Alice Ruiz, o nome da personagem Maria é grafado com letra minúscula. O que o uso desse recurso linguístico evidencia em relação aos sentidos do poema de Alice Ruiz?
a ela apenas viver à base de remédios e esperar a morte.
6. No caderno, transcreva a alternativa que não pode ser associada ao poema “Drumundana”.
Alternativa A
A. Aborda a situação da mulher na sociedade da época em que foi escrito, sem nenhuma semelhança com o papel desempenhado pela mulher hoje.
B. Questiona o papel da mulher na sociedade não só na época em que o poema foi escrito, mas também na atualidade, já que a obra é atemporal.
C. Tem a função de denunciar, chamar a atenção do leitor para a visão machista existente na sociedade.
4. A afirmação presente nos versos “vai com as outras / vai viver / com a hipocondria”, dependendo da intepretação que se faça do poema, pode ter o sentido de que Maria, assim como muitas mulheres da sociedade brasileira, dedica-se somente à sua família e às tarefas domésticas do lar e deixa de cuidar de si mesma e de seus próprios interesses e vontades. Se necessário, explique que hipocondria é um estado psíquico em que o indivíduo tem excessiva preocupação com o próprio estado de saúde.
D. Dialoga com o texto de Drummond, mas tem outra perspectiva, mostrando problemas diferentes dos que são enfrentados por José.
3. b) Espera-se que os estudantes infiram que a Maria de Alice Ruiz não tem mais vida, já que, na perspectiva em que o poema se inscreve, a mulher nasceu para casar e ter filhos e, pelo fato de já ter cumprido os papéis de esposa e mãe, não tinha mais
7. Comparando a extensão dos dois poemas, observa-se que o de Alice Ruiz é bastante conciso. Em sua opinião, com base na perspectiva abordada em cada poema, é possível estabelecer alguma relação de sentidos quanto ao tamanho do texto?
QUEM É A AUTORA
função social nem familiar; portanto, diferentemente de José, ela não tem uma saída, pois sua vida acabou.
Alice Ruiz (1946-) nasceu em Curitiba (PR) e desde cedo demonstrou interesse pela escrita. Seu primeiro livro, Navalhanaliga, em que se encontra o poema lido, foi publicado quando ela tinha 34 anos. Também compõe letras de canções, algumas das quais alcançaram grande sucesso na voz de intérpretes como Arnaldo Antunes, Cássia Eller e Gal Costa, que gravaram “Socorro” em diferentes versões. A pluralidade das criações da poeta a faz dialogar com autores de diferentes épocas e estilos, inspirando-a nas suas produções poéticas e musicais.
7. A resposta desta atividade encontra-se na página anterior.
REALIZAÇÃO
1. Auxilie os estudantes a perceber que o título explicita a relação de paródia que será estabelecida entre os poemas de Alice Ruiz e Drummond.
2. Verifique se os estudantes percebem que a vida da mulher descrita no poema é oposta ao significado apresentado do termo mundana
3. a) Espera-se que os estudantes percebam que Maria é uma espécie de representação da condição e da vida de muitas mulheres.
3. b) Se achar oportuno, proponha uma discussão sobre os papéis sociais historicamente atribuídos aos gêneros, em que, de maneira geral, à mulher caberia a função somente de ser mãe, esposa e dona de casa, enquanto ao homem caberia o papel de provedor.
5. Verifique se os estudantes observam que, ainda que o poema “Drumundana” esteja inteiramente em escrito com letras minúsculas, isso também produz efeitos de sentido, principalmente por causa da intertextualidade explícita com o poema “José”, de Drummond.
6. Se possível, discuta cada uma das alternativas dessa atividade, propondo aos estudantes que justifiquem por que estão corretas.
7. Se desejar, aproveite para propor uma conversa em que os estudantes discutam se houve avanços em direção à igualdade de gênero na sociedade brasileira e quais conquistas ainda são necessárias para alcançá-la.
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PROPOSIÇÕES
Para dar início ao trabalho com o conteúdo da seção Por dentro da língua, se possível, organize os estudantes em pequenos grupos e distribua entre eles exemplos de poemas, com diferentes composições de estrofes e versos, para que, à medida que aprofundam os conhecimentos sobre os elementos de versificação, analisem esses aspectos em grupo, enquanto ampliam o repertório artístico-cultural sobre esse gênero textual.
REALIZAÇÃO
1. Comente que as formas verbais do pretérito perfeito do indicativo contribuem para o efeito de sentido de completude, de ação acabada.
2. a) e 2. b) Se necessário, explique que o verso corresponde a cada linha do poema. Se desejar, solicite aos estudantes que numerem cada linha das estrofes em comparação.
2. c) Comente que a composição das estrofes dos poemas pode ser fixa ou variável e que ela está intrinsecamente ligada ao que o poeta deseja expressar em seu poema.
Versificação
Muitos poemas apresentam em sua composição alguns elementos que ajudam a potencializar o(s) sentido(s) do que está sendo dito, assim como expressam beleza e sonoridade, como pode ser visto no poema “José”, que você leu anteriormente.
1. Releia a primeira estrofe do poema “José”.
E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
Espera-se que os estudantes infiram que esses versos evidenciam que os tempos são outros, as coisas mudaram e é necessário que José tome uma atitude, procure um caminho.
• Na estrofe, os versos “A festa acabou, / a luz apagou, / o povo sumiu” referem-se a um determinado momento. O que eles evidenciam? Com base neles, o que se espera que José faça?
2. Leia novamente a estrofe observando sua estrutura.
a) Por quantos versos ela é formada?
12 versos.
b) Compare essa estrofe com a segunda que compõe o poema. Elas têm o mesmo número de versos?
Não, a segunda estrofe é composta de 15 versos.
c) O que se pode concluir com base na análise dessas estrofes? No caderno, transcreva a alternativa que indica a resposta correta.
Alternativa B
A. O poema segue uma estrutura padrão.
B. As estrofes sofrem variação quanto ao número de versos em cada uma delas.
C. O poema tem uma composição baseada nos padrões, pois todos os poemas têm variação quanto ao número de versos por estrofe.
D. A mudança no número de versos nas estrofes não altera os sentidos do poema.
Os versos e as estrofes são elementos que fazem parte da composição da maioria dos poemas. Para criá-los, os poetas fazem uso da versificação.
Versificação é a técnica ou a arte de dispor palavras e frases em versos, dos mais variados jeitos e formas.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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Elementos de versificação
Estrofe
É o nome de cada grupo de versos que forma um poema. As estrofes podem ter números de versos variados, como nos poemas lidos. A escolha por determinado número de versos e pela sua distribuição em estrofes é um recurso do poeta para construir a mensagem que deseja expressar em seu poema. Exemplo:
Canção de vidro
E nada vibrou...
Não se ouviu nada...
Nada...
Mas o cristal nunca mais deu o mesmo som.
Cala, amigo...
Cuidado, amiga...
Uma palavra só
Pode tudo perder para sempre...
E é tão puro o silêncio agora!
QUINTANA, Mario. Canção de vidro. In: QUINTANA, Mario. Canções seguido de sapato florido e a rua dos cataventos. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2012. © by Herdeiros de Mario Quintana.
O poema “Canção de vidro”, de Mario Quintana, é formado por quatro estrofes. Observe que, nas estrofes compostas de um só verso, o eu lírico expressa conclusões importantes para a construção de sentidos do poema.
As estrofes são classificadas de acordo com a quantidade de versos que as compõem. Observe no quadro a seguir.
Quantidade de versos Classificação
Um verso Monóstico
Dois versos Dístico
Três versos Terceto
Quatro versos Quarteto ou quadra
Cinco versos Quinteto ou quintilha
Seis versos Sextilha
Sete versos Sétima, hepteto ou septilha
Oito versos Oitava
Nove versos Nona
Dez versos Décima
PROPOSIÇÕES
Nesta seção, propõe-se o estudo dos elementos de versificação – estrofe e métrica –, com base na observação e na análise desse recursos linguísticos na construção do gênero poema. Ressalte que a estrofe pode ser composta de um número variado de versos e que não existe uma regra única para a construção de poemas, exceto no caso dos sonetos e de algumas outras formas fixas. O estudo do poema “Canção de vidro”, de Mário Quintana, possibilita um diálogo com o TCT Vida familiar e social, ao abordar o poder da fala e a fragilidade das relações humanas, como as estabelecidas entre amigos. Além disso, propicia também que os estudantes explorem uma composição de estrofes e versos diferenciada.
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PROPOSIÇÕES
Para o estudo da métrica e da escansão de poemas, explique que conhecer a organização de estrofes e versos, bem como as sílabas poéticas de um verso, contribui para apreciar e compreender melhor os sentidos de um poema, uma vez que os aspectos sonoros e formais contribuem para a construção dos sentidos do texto.
À medida que explicar as regras da contagem das sílabas, faça uma leitura em voz alta bem marcada dos versos selecionados no Livro do Estudante, para que os estudantes possam perceber a divisão das sílabas, distinguindo as tônicas das átonas.
Estrofes com mais de dez versos são pouco comuns nos poemas de forma fixa, portanto não têm designação própria.
Com base nessa classificação, o poema “José” é composto por esta sequência de estrofes: a primeira estrofe tem 12 versos; a segunda, 15 versos; a terceira é uma nona; a quarta, uma oitava; a quinta e a sexta são nonas. Já o poema “Canção de vidro” é formado por um terceto, um monóstico, uma quadra e um monóstico
Métrica e escansão
A métrica é o estudo da medida, do ritmo e da organização de versos e estrofes em um poema; escansão é a contagem das sílabas de um verso. Essas sílabas são denominadas métricas ou poéticas. A contagem das sílabas métricas ou poéticas é feita de forma diferente das sílabas gramaticais. Elas são contadas auditivamente, com base na pronúncia das palavras durante a recitação do poema. Exemplos:
1 2 3 4 5
E a / go / ra, / Jo / sé?
cinco sílabas poéticas (seis sílabas gramaticais)
1 2 3 4 5
A / fes / ta a / ca / bou, cinco sílabas poéticas (seis sílabas gramaticais)
A última sílaba da contagem deve sempre ser tônica. Considera-se a última sílaba tônica e desprezam-se as demais sílabas da palavra final do verso, se forem átonas. Exemplos:
1 2 3 4 5
e a / go / ra, / vo / cê? cinco sílabas poéticas
1 2 3 4 5 vo / cê / que é / sem / no / me, cinco sílabas poéticas (só se conta até a sílaba em destaque porque é tônica)
Quando uma palavra termina com vogal e a palavra seguinte começa com vogal, ocorre elisão, formando-se apenas um som ou sílaba poética. Exemplos:
1 2 3 4 5 a / noi / te es / fri / ou, elisão
1 2 3 4 5 e a / go / ra, / Jo / sé? elisão
Para contar as sílabas poéticas dos versos de um poema, é preciso observar a última sílaba tônica de cada verso e a presença de alguns sons vocálicos na mesma sílaba poética. Em relação à quantidade de sílabas, os versos podem ser classificados da seguinte maneira.
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Quantidade de versos Classificação
Uma sílaba
Duas sílabas
Três sílabas
Quatro sílabas
Cinco sílabas
Seis sílabas
Sete sílabas
Oito sílabas
Nove sílabas
Dez sílabas
Onze sílabas
Doze sílabas
Rima
PROPOSIÇÕES
Monossílabo
Dissílabo
Trissílabo
Tetrassílabo
Pentassílabo ou redondilha menor
Hexassílabo
Heptassílabo ou redondilha maior
Octossílabo
Eneassílabo
Decassílabo
Hendecassílabo
Dodecassílabo ou alexandrino
Rima é a identidade ou semelhança de sons entre duas palavras que, geralmente, aparecem no final dos versos (rima externa).
As rimas podem também aparecer no interior dos versos (rima interna). Ela ocorre quando o poeta combina a última palavra de um verso com outra palavra no meio do verso seguinte. Exemplo:
Admirável gado novo
Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do fut uro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receb er [...]
ADMIRÁVEL gado novo. Intérprete: Zé Ramalho. Compositor: Zé Ramalho.
In: A PELEJA do diabo com o dono do céu. Intérprete: Zé Ramalho. Rio de Janeiro: Epic, 1979. 1 disco vinil, lado A, faixa 2.
No trecho da letra dessa canção de Zé Ramalho, gravada originalmente no disco A peleja do diabo com o dono do céu, de 1979, as partes das palavras em destaque são exemplos de rimas internas.
As rimas também podem ser classificadas como perfeitas ou imperfeitas
Em alguns períodos da literatura, a rima foi de grande importância no fazer poético. Na atualidade, os poetas podem escolher entre usar ou não esse recurso em seus poemas.
PARA ASSISTIR
Zé Ramalho - Admirável Gado Novo (Ao Vivo 2005) (Clipe Oficial). 2015. Vídeo (5min55s). Canal Zé Ramalho. Disponível em: www. youtube.com/wa tch?v=YwqoeKla JQs . Acesso em: 30 jun. 2022. Acesse o link para assistir ao videoclipe oficial da canção e ouvi-la na íntegra.
Nesse momento, retoma-se o estudo dos elementos de versificação, da rima e do ritmo na construção dos sentidos do poema. Agora, o foco recairá na apresentação de diferentes esquemas de rimas.
À medida que avança no estudo, leia os conceitos e os exemplos que os acompanham.
Se possível, ouça, com a turma, a canção “Admirável gado novo”, sugerida no boxe Para assistir e ajude os estudantes a perceber que o cantor enfatiza, em sua interpretação, as rimas internas, colocadas em destaque com cores diversas na transcrição da estrofe.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Métrica e rima
Como forma de complementar os estudos sobre métrica e rima, proponha aos estudantes que se reúnam em grupo e selecionem dois sonetos, uma vez que, por apresentarem uma estrutura fixa, é mais fácil reconhecer neles as sílabas poéticas e o uso das rimas.
Em seguida, proponha a eles que façam a análise da métrica e das rimas utilizadas em cada um deles.
Por fim, peça que os grupos compartilhem as suas análises e os motivos pelos quais selecionaram determinados poemas, expressando os sentimentos despertados neles com base na leitura.
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As rimas perfeitas têm entre si uma completa identidade dos sons ou fonemas finais das palavras.
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PROPOSIÇÕES
Explique aos estudantes que a rima está ligada à sonoridade, e não ao registro escrito, o que fica mais evidente no caso das rimas imperfeitas.
Convém ressaltar que, ao abarcarem uma variedade de textos produzidos por autores em diferentes contextos históricos que expressam diferentes subjetividades e experiências humanas, os poemas selecionados possibilitam ampliar o repertório nesse gênero.
O estudo do fragmento do poema “Aonde?...”, de Florbela Espanca, possibilita aos estudantes o contato com a produção literária de uma mulher portuguesa do início do século XX. Em “Eu vou pra Vila”, eles se familiarizam com poema de Noel Rosa, grande expressão da música popular brasileira.
FORMAÇÃO CONTINUADA
No excerto a seguir, a professora Renira Lisboa de Moura Lima, da Universidade Federal de Alagoas, trata do papel estruturante das rimas em sonetos, destacando que os esquemas métrico e de rimas podem decorrer do que se chama licença poética.
O estudo da utilização e distribuição das rimas leva à compreensão da importância desse instrumento sonoro e linguístico, de reconhecido valor mnemônico, pela dupla função que exerce na composição do soneto: delimitação de verso e de estrofe e organização textual. O esquema rimático se liga tanto à organização da estrofe, como na oitava rima – abababcc –, em que três ecos rimáticos se dispõem em rimas cruzadas nos seis primeiros versos e em rimas emparelhadas nos dois últimos, como se um sexteto se combinasse a um dístico, quanto à configuração do próprio poema, como comprova
Exemplo:
[...]
A festa acab ou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou,
[...]
As rimas imperfeitas têm entre si uma identidade de sons parcial.
Exemplo: [...]
O vento, aos meus ouvidos, soluça a murmurar; Parece a tua voz, a tua voz tão linda Cantando como um rio banhado de luar! [...]
ESPANCA, Florbela. Aonde?... In: ESPANCA, Florbela. O livro d’ele. [S. l.: s. n.], 1915-1917. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000145.pdf. Acesso em: 24 jun. 2022.
As partes das palavras em destaque nesse trecho do poema “Aonde?...”, da poeta portuguesa Florbela Espanca, são exemplos de rimas imperfeitas.
As rimas podem ser combinadas de diferentes maneiras. Conheça algumas delas a seguir.
Rimas emparelhadas
Nessa combinação, as rimas se sucedem de duas em duas, formando pares. Correspondem ao esquema AABBCC. Exemplo:
Eu vou pra Vila
Não tenho medo de bamba (A)
Na roda de samba (A)
Eu sou bacharel ( B) (Sou bacharel) ( B)
Andando pela batucada (C)
Onde eu vi gente levada (C)
Foi lá em Vila Isabel
EU VOU pra Vila. Intérpretes: Almirante e Bando de Tangarás. Compositor: Noel Rosa. In: NOEL pela primeira vez. Diversos intérpretes. Produção: Omar Jubran. [S. l.]: Funarte/Velas, 2000. 1 CD, faixa 8. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004324.pdf. Acesso em: 24 jun. 2022.
Rimas alternadas ou cruzadas
Nessa combinação de rimas, o primeiro verso rima com o terceiro (e com os demais versos ímpares que houver no poema), e o segundo verso rima com o quarto (e com os demais versos pares). As rimas correspondem ao esquema ABAB. Exemplo:
o esquema abba, abba, cdc, dcd, utilizado em uma das formas italianas do soneto […].
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No entanto, apesar de serem respeitadas as exigências estruturais da língua utilizada, a elas se sobrepõem, predominantes, as exigências dos esquemas métrico e rímico, de que vão decorrer as chamadas “licenças poéticas’’, em diversos níveis, como o deslocamento da sílaba tônica […] […] as rimas quanto à consonância e principalmente quanto à tonicidade não podem ser tratadas, nas composições po-
éticas, como se fossem apenas um mero recurso mnemônico ou um simples ornamento, que embeleza, mas que pode ser dispensável. O papel estruturante das rimas é fundamental na leitura das formas poéticas, especificamente o soneto.
LIMA, Renira Lisboa de Moura. Papel estruturante das rimas em sonetos. Leitura, Maceió, v. 2, n. 34, p. 13-34, 2019. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/ article/view/7380. Acesso em: 5 ago. 2022.
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[...]
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Poemeto irônico
O que tu chamas tua paixão, (A)
É tão somente curiosidade. ( B)
E os teus desejos ferventes vão (A) Batendo as asas na irreal idade... ( B)
[...]
Rimas intercaladas ou opostas
BANDEIRA, Manuel. Poemeto irônico. In: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 56.
Nesse caso, as rimas ocorrem entre dois versos, combinando-se em uma ordem oposta. Correspondem ao esquema ABBA. Exemplo:
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver, (A) é ferida que dói, e não se sente; ( B) é um contentamento descontente, ( B) é dor que desatina sem doer (A) [...]
CAMÕES, Luís Vaz de. Amor é um fogo que arde sem se ver. In: CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf.
Acesso em: 24 jun. 2022.
Rimas encadeadas
Combinação que ocorre quando as palavras que rimam estão no fim de um verso e no início ou no meio do verso seguinte. Exemplo:
No final de linda t arde
O sol arde, fico triste.
Mesmo com tanta beleza
A rudeza em mim resiste.
Ah! Se nesse mar prof undo
Meu mundo se transformasse
Nas suas ondas eu renasceria
Talvez a aleg ria voltasse!
MOLINA, Ludimar Gomes. [No final de linda tarde]. Movimento Ativista. [S. l.], [1 jan. 2013]. Blogue. Disponível em: http://movimentoativista. blogspot.com/2013/01/rima-encadeada-concurso-poetico.html. Acesso em: 25 jun. 2022.
Rimas mistas
Arranjo que ocorre quando as rimas apresentam combinações diversas, sem seguir um padrão. Exemplo:
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PROPOSIÇÕES
No excerto de “Poemeto irônico”, de Manuel Bandeira, pode-se explorar o tema do amor e da paixão. Em “Amor é um fogo que arde sem se ver”, de Luís Vaz de Camões, a turma conhece um fragmento de um dos sonetos mais famosos em língua portuguesa. Em “Final de tarde”, de Ludimar Gomes Molina, poeta contemporânea do litoral paulista, os estudantes podem se conectar com a expressão dos sentimentos humanos e com a natureza.
PARA LER
ARRAES, Jarid (org.). Poetas negras brasileiras: uma antologia. São Paulo: Editora de Cultura, 2021.
Antologia de poemas criados por mulheres negras na contemporaneidade, contemplando diferentes experiências e perspectivas dessas mulheres, como Cristiane Sobral, Esmeralda Ribeiro e Mel Duarte.
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PROPOSIÇÕES
O ritmo de leitura dos poemas é determinado, em grande parte, pelas rimas, mas também pode surgir da alternância entre sílabas fortes e fracas, da repetição de palavras e/ou expressões, dos sinais de pontuação, da métrica (versos curtos, por exemplo, geralmente contribuem para um ritmo de leitura mais rápido).
A seleção de trechos dos poemas “Balada das meninas de bicicleta”, de Vinicius de Moraes, “José”, de Drummond, e “Aonde?...”, de Florbela Espanca, possibilita a realização de um estudo cujo enfoque é a sonoridade e o uso do ritmo nos poemas.
PARA LER
MOISÉS, Carlos Felipe. Poesia para quê?: a função social da poesia e do poeta. São Paulo: Unesp, 2017.
Nesse livro, são reunidos ensaios do crítico literário e professor de literatura Carlos Felipe Moisés sobre a prática poética na contemporaneidade.
Balada das meninas de bicicleta
Meninas de bicicleta (A)
Que fagueiras pedalais ( B)
Quero ser vosso poeta!
Ó transitórias estátuas (C)
Esfuziantes de azul ( D)
Louras com peles mulat as (C)
Princesas da zona sul: ( D)
[...]
MORAES, Vinicius de. Balada das meninas de bicicleta. In: MORAES, Vinicius de. Poemas, sonetos e baladas e Pátria minha. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesiasavulsas/balada-das-meninas-de-bicicleta. Acesso em: 25 jun. 2022.
Versos livres e versos brancos
Os versos livres são aqueles sem métrica regular. Os versos brancos não têm rimas. Exemplo:
[...] e a / go / ra, / vo / cê? vo / cê / que é / sem / no / me, que / zom / ba / dos ou / tros, vo / cê / que / faz / ver / sos, que a / ma, / pro / tes / ta? e a / go / ra, / Jo / sé?
No trecho da estrofe do poema “José”, há versos com quatro e com cinco sílabas poéticas; portanto, sem métrica regular. Também não há rimas, em um uso de versos brancos.
Ritmo
O ritmo de um poema pode ser construído com o emprego de alguns recursos linguísticos, entre eles a alternância entre sílabas tônicas e átonas, a semelhança de fonemas vocálicos e consonantais, a pontuação dos versos, a repetição de palavras. Exemplo:
[...]
Eu grito a minha dor, a minha dor intensa! Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E só a voz do eco à minha voz responde...
[...]
ESPANCA, Florbela. Aonde?... In: ESPANCA, Florbela. O livro d’ele. [S. l.: s. n.], 1915-1917. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000145.pdf. Acesso em: 24 jun. 2022. Nesse outro trecho do poema “Aonde?…”, de Florbela Espanca, o ritmo poético é construído com o emprego dos seguintes recursos.
• Repetição da palavra voz e das expressões a minha dor e esta saudade
• Pontuação: as vírgulas nos dois primeiros versos marcam pausas; o sinal de exclamação dá o tom de emoção; e, no último verso, as reticências sugerem uma interrupção.
• Semelhança de fonemas entre os adjetivos intensa e imensa
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ATIVIDADES
1. Leia a seguir o poema do poeta piauiense H. Dobal, um dos mais expressivos nomes da literatura moderna brasileira.
Passarada
Vem da mangueira a flauta tristíssima dos sabiás
Voa da casa
o canto cativo dos canários
Ressoa na calmaria da tarde o aviso arrastado dos bem-te-vis
Vem de perto, o latejar, o soluçar sereno, o fogo apagado das rolinhas.
E de algum lugar insituável, chega implacável, regular, ritmado, batendo duro como a própria vida o martelar das arapongas.
PROPOSIÇÕES
As propostas de Atividades possibilitam aos estudantes colocar em prática os conhecimentos adquiridos na análise de poemas, considerando o uso de recursos sonoros e formais (como a rima, o ritmo, a organização das estrofes etc.) para a construção de seus efeitos de sentido.
REALIZAÇÃO
a) O poema tem como tema os diferentes cantos dos pássaros. Qual é o efeito de sentido produzido por essa temática? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa A
A. Ressaltar a beleza e a diversidade dessas aves, assim como sua importância para a preservação do meio ambiente.
B. Denunciar a falta de cuidado do homem com a preservação de espécies animais, que leva algumas delas à extinção.
C. Chamar a atenção para os problemas provocados pelo excesso de pássaros em determinados locais.
D. Tornar público o problema da comercialização ilegal de pássaros para exploração.
b) Embora os pássaros cantem durante todo o dia, o eu lírico parece descrever em seus versos um momento específico. Qual é esse momento? Que pistas do texto permitem chegar a essa conclusão?
O momento descrito pelo eu lírico é o entardecer, parte do dia em que os pássaros se recolhem e cantam para chamar o bando. É possível notar isso no verso “Ressoa na calmaria da tarde”.
1. O trabalho com o poema “Passarada”, de H. Dobal, possibilita aos estudantes apreciarem a produção poética de um escritor nordestino contemporâneo. Além disso, propicia uma reflexão sobre o cuidado com a natureza. Após a leitura silenciosa do poema, solicite aos estudantes que copiem no caderno as metáforas, ou seja, todo o poema, com exceção da primeira estrofe. Peça, em seguida, que expliquem oralmente algumas das metáforas. Chame a atenção dos estudantes para a divisão irregular das estrofes. Pergunte a eles: Considerando o tema do poema, que efeitos de sentido essa composição irregular pode sugerir ao leitor?
1. a) Espera-se que os estudantes percebam a perspectiva adotada pelo eu lírico ao descrever as aves. Se considerar interessante, proponha à turma uma pesquisa de poemas cuja temática sejam as aves, para observar os diferentes tratamentos dados aos animais e à natureza.
1. b) Auxilie os estudantes a identificar, no poema, o momento descrito pelo eu lírico.
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DOBAL, H. Passarada. In: DOBAL, H. Gleba de ausentes: uma antologia provisória. Teresina: Corisco, 2002. p. 111.
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REALIZAÇÃO
2. a) Se desejar, comente que a ave araponga é do gênero Procnias. De médio porte (30 cm) e alimentação com base em frutas, a principal característica dessa ave é seu canto estridente e alto, semelhante ao martelar de um ferreiro. No Brasil, existem três espécies de arapongas, que vivem ameaçadas por causa da destruição de seu hábitat e da captura ilegal.
2. b) Se possível, projete imagens desse animal e reproduza áudios ou vídeos com o som de seu canto para que os estudantes possam conhecê-lo, como este vídeo da araponga-daamazônia: https://youtu. be/SUv2Bjwpc_Y (acesso em: 27 jul. 2022).
2. c) Se necessário, faça uma nova leitura da estrofe, marcando o ritmo, para que eles observem a semelhança entre a sonoridade do trecho e o som produzido pela ave.
3. a) Se desejar, exiba vídeos em que seja possível ouvir o canto do sabiá, como este, que mostra o canto do sabiá-laranjeira: https:// youtu.be/dJjnum0jwgw (acesso em: 27 jul. 2022).
3. b) Explique que a figura de linguagem aliteração diz respeito à repetição de sons consonantais. Se desejar, ofereça mais exemplos à turma, como a primeira estrofe da “Canção do vento e da minha vida”, de Manuel Bandeira: “O vento varria as folhas, / O vento varria os frutos, / O vento varria as flores… / E a minha vida ficava / Cada vez mais cheia / De frutos, de flores, de folhas.”, em que há a repetição dos sons /f/ e /v/.
2. a) Provavelmente, as arapongas.
2. b) Espera-se que os estudantes notem que, ao se referir a essas aves, o eu lírico não só descreve o canto delas, mas também o associa às marteladas da vida.
Aliteração é uma figura de linguagem relacionada ao som, em que fonemas consonantais se repetem em início ou final de palavras para sugerir uma imagem sonora aos versos.
2. c) Espera-se que os estudantes infiram que o uso de mais versos na composição da última estrofe também evidencia que o eu lírico dá mais ênfase a essa ave, além de produzir, na escolha de sons e palavras, um efeito que sugere a martelada do canto dos pássaros.
3. a) Sugere o som suave do canto dos sabiás.
3. b) Sim. Espera-se que os estudantes observem a repetição do fonema /c/ nas palavras casa, canto, cativo e canários para sugerir um canto forte.
4. a) Na composição, exploraram-se semelhanças e diferenças na forma e no sentido: ao se referir aos sabiás, canários e bem-te-vis, o eu lírico usa dois versos nas primeira, segunda e terceira estrofes, sugerindo semelhanças no canto desses pássaros; ao falar das rolinhas, ele acrescenta um verso, diferenciando-a do grupo anterior; e, na estrofe final, evidencia o ritmo do canto das arapongas, em uma estrofe de sete versos.
2. O eu lírico faz referência a diferentes tipos de ave.
a) Qual delas parece chamar mais a atenção dele?
b) Por que é possível fazer essa inferência?
c) Que relação pode ser estabelecida entre a composição e os sentidos da última estrofe?
3. Releia em voz alta a primeira estrofe do poema. [...] Vem da mangueira a flauta tristíssima dos sabiás [...]
a) O que sugere a repetição dos sons /f/ e /s/ nas palavras flauta, tristíssimo e sabiás?
b) Essa figura de linguagem é chamada aliteração. É possível afirmar que ela foi usada na segunda estrofe? Justifique.
4. O poema é constituído de estrofes com diferentes quantidades de versos.
a) O que se pode inferir sobre a forma como o poema “Passarada” foi composto?
b) No caderno, classifique as estrofes do poema de acordo com a quantidade de versos que apresentam.
I. Primeira estrofe.
I I. Segunda estrofe.
II I. Terceira estrofe.
IV Quarta estrofe.
V. Quinta estrofe.
A . Dístico.
B Terceto.
C . Quinteto.
D. Sétima ou hepteto.
5. a) Na terceira estrofe: “o aviso arrastado dos bem-te-vis”. Na quarta estrofe: “o fogo apagado das rolinhas”.
5. Em alguns versos do poema há elisão.
a) No caderno, transcreva os versos da terceira e quarta estrofes em que esse recurso precisa ser utilizado para a contagem das sílabas poéticas.
b) Em seguida, indique as sílabas poéticas em que ocorre a elisão.
4. a) Reforce que a composição das estrofes contribui para a construção de sentidos do poema.
4. b) Oriente os estudantes a numerar as linhas de cada estrofe para identificar a quantidade de versos que elas apresentam.
5. Se necessário, reforce que a elisão ocorre quando uma palavra termina com vogal e a palavra seguinte começa com vogal. Comente que, quando ocorre a elisão, forma-se apenas um som ou sílaba poética.
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I, II e III: A ; IV: B; V: D
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A elisão ocorre em: o aviso arrastado; fogo apagado.
6. Leia um poema da poeta goiana Cora Coralina, que publicou seu primeiro livro aos 75 anos.
Meu destino
Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida. Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –íamos sozinhos por estradas diferentes. Indiferentes, cruzamos.
Passavas com o fardo da vida... Corri ao teu encontro. Sorri. Falamos. Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos juntos pela vida...
CORALINA, Cora. Meu destino. In: CORALINA, Cora. Meu livro de cordel. São Paulo: Global, 1987. p. 78.
a) O poema trata de encontros da vida que já estariam traçados pelo destino. No caderno, transcreva o(s) verso(s) que confirma(m) esse sentido.
A. Corri ao teu encontro. / Sorri. Falamos.
REALIZAÇÃO
6. b) A partir desses versos, infere-se que o eu lírico e a pessoa com quem se encontrou não se separaram mais.
B. Nas palmas de tuas mãos / leio as linhas da minha vida.
C. Esse dia foi marcado / com a pedra branca / da cabeça de um peixe.
D. Não te procurei, não me procurastes – / íamos sozinhos por estradas diferentes.
b) Com base nos dois últimos versos, o que se pode inferir a respeito desse encontro?
7. Observe a composição do poema.
a) Quantas estrofes ele tem?
Alternativa B Quatro estrofes.
7. b) Primeira estrofe: quadra ou quarteto; segunda estrofe: terceto; terceira estrofe: sextilha; quarta estrofe: dístico.
b) Como cada estrofe pode ser classificada em relação à quantidade de versos que possui?
8. No poema, a distribuição das sílabas átonas e tônicas ajuda na construção do ritmo.
a) No caderno, copie a segunda estrofe e contorne as sílabas tônicas dos versos. Depois, releia o trecho em voz alta, prestando atenção nesse recurso.
b) Além dessa distribuição de sílabas átonas e tônicas, no caderno, transcreva a(s) alternativa(s) que indica(m) outros recursos que imprimem ritmo ao poema.
A. As rimas fortemente marcadas.
B. A variação do número de versos nas estrofes.
C. A repetição de algumas palavras.
D. O uso da pontuação e a quebra dos versos.
PARA ASSISTIR
FILHA da poeta Cora Coralina fala sobre a mãe nos 130 anos de seu nascimento. 2019. Vídeo (3min34s). Publicado pelo canal Estadão. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=lyAClAaDUPg.
Acesso em: 27 jul. 2022.
Nesse breve vídeo, uma das filhas de Cora Coralina, Vicência Brêtas Tahan, fala o que aprendeu com a mãe e lê o poema “Minha cidade”.
Alternativas C e D.
8. a) Não te procurei, não me procurastes – / íamos sozinhos por estradas diferentes. / Indiferentes, cruzamos.
6. O tema do poema “Meu destino”, de Cora Coralina, oferece a oportunidade de discutir com os estudantes a possibilidade de o destino determinar os acontecimentos em nossas vidas, inclusive os encontros e os desencontros amorosos. Peça a eles que leiam o poema e observem os versos em que o eu lírico faz menção ao dia em que encontrou o amor, dizendo que esse dia foi marcado “com a pedra branca / da cabeça de um peixe”. Pergunte qual é o possível significado desses versos no poema – pedra, nesse caso, pode representar um amor maduro e racional e, por estar associado à cor branca, pode simbolizar também a clareza do eu lírico quanto ao seu sentimento. Comente que há outras possíveis interpretações.
6. a) Se necessário, comente com os estudantes que há pessoas que acreditam e recorrem à leitura das linhas das mãos para tentar predizer o futuro.
6. b) Espera-se que eles compreendam o sentido da expressão caminhamos juntos
7. Se desejar, oriente-os a numerar os versos que compõem cada estrofe do poema.
8. Para auxiliar os estudantes, faça uma leitura em voz alta em que reforce a sonoridade expressa nos versos.
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PROPOSIÇÕES
Antes de realizar as atividades iniciais de Linguagem e sentidos, se possível, leve para a sala de aula alguns textos de diferentes gêneros (anúncios publicitários, letras de canções, poemas, provérbios etc.) e identifique com os estudantes a presença da linguagem figurada nos diferentes contextos. Apresente exemplos de metáfora, antítese, anáfora, catacrese, gradação, hipérbole, ironia e personificação presentes nos textos que foram selecionados para a exploração em conjunto.
REALIZAÇÃO
1. a) Auxilie os estudantes a compreender os sentidos construídos em cada verso do poema. Se desejar, explique que a interpretação não é totalmente livre e que deve se apoiar na materialidade do texto.
1. b) Explique que a antítese é uma figura de linguagem que consiste na utilização de palavras opostas para evidenciar o contraste de ideias.
2. Auxilie os estudantes a elaborar hipóteses sobre as ideias expressas nos versos. Oriente-os a compartilhar considerações pertinentes e considere diferentes respostas, desde que sejam apoiadas em argumentos coesos e coerentes com o texto.
3. Se desejar, explique aos estudantes que: o item B refere-se à comparação; o item C apresenta a definição de metáfora; o item D, de hipérbole.
Figuras de linguagem: anáfora, gradação e pleonasmo
As figuras de linguagem podem ser usadas para enfatizar sentidos, construir imagens, dar mais expressividade ao que se deseja dizer, além de conferir mais criatividade e beleza aos textos.
1. Releia a terceira estrofe do poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade.
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora?
1. a) José está em crise existencial e vive em conflito: uma hora está tranquilo (sua palavra é doce); logo depois, agitado (instante de febre); em outro momento, sente fome e, em seguida, já não deseja comer.
a) Os versos reforçam a situação de angústia de José. O que se pode inferir sobre José nos quatro primeiros versos?
b) A figura de linguagem empregada nesse contexto é a antítese. Que efeito de sentido o seu uso produz?
A figura dá ênfase à ideia de que José é marcado por sentimentos opostos, conflitantes, enfim, como diz o próprio verso, por “sua incoerência”.
2. Releia estes versos. [...] sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, [...]
2. a) Espera-se que os estudantes infiram que “sua biblioteca” pode representar os livros, o conhecimento adquirido com a leitura e os estudos; já “sua lavra de ouro” pode representar riqueza, dinheiro, poder econômico. Esses versos evidenciam que José é uma pessoa apegada às coisas materiais.
2. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que a expressão terno de vidro representa a fragilidade emocional de José, reforçando seu caráter oscilante e conflituoso.
a) A que os versos “sua biblioteca” e “sua lavra de ouro” podem se referir? Que ideia eles evidenciam sobre José?
b) Em sua opinião, o que poderia ser “seu terno de vidro”?
3. Nesses versos, foi usada a figura de linguagem chamada metonímia. Com base em sua análise, transcreva, no caderno, a alternativa que contém a definição dessa figura.
A. Substitui um termo por outro, mantendo relações de sentido e possibilitando uma série de associações e significações.
Alternativa A
B. Usa alguns termos de conexão para comparar características entre dois ou mais elementos.
C. Compara de forma implícita, sem termo comparativo, estabelecendo uma relação de semelhança entre os termos.
D. Exagera uma ideia com finalidade expressiva.
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E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
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Nos versos que você analisou nas atividades anteriores, observa-se que figuras de linguagem como antítese e metonímia possibilitam a atribuição de sentidos ao poema, trazendo significados novos, particulares, próprios ao contexto.
Figuras de linguagem são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase e expressividade aos textos.
Você já estudou algumas figuras de linguagem nos anos anteriores. Conheça outras a seguir.
Anáfora
Consiste na repetição de uma ou mais palavras, geralmente, no início de versos seguidos. É um recurso muito utilizado para realçar o ritmo e a musicalidade dos textos poéticos. Exemplo:
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...
Na quinta estrofe do poema “José”, a repetição de se você pretende enfatizar as possibilidades ou hipóteses levantadas para que José possa encontrar uma solução para a angústia que sente.
Gradação
Trata-se da organização de ideias em uma ordem crescente ou decrescente, para evidenciar certos sentidos. Exemplo:
Última canção
Deus, eu faço parte do teu gado estranhamente humano, marcado para correr amar morrer querendo colo, explicação, perdão e permanência
LUFT, Lya. Última canção. In: LUFT, Lya. Secreta mirada. São Paulo: Mandarim, 1997. p. 259.
Nos termos em destaque no poema “Última canção”, da escritora gaúcha Lya Luft, as ideias são dispostas de forma progressiva para acentuar as sensações de dor, sofrimento e necessidades expressas pelo eu lírico.
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PROPOSIÇÕES
As figuras de linguagem são modos intencionais de o locutor obter um efeito específico na interpretação de seu interlocutor. Trata-se de práticas que privilegiam os usos conotativos da linguagem, ou seja, os vários significados que uma mesma expressão pode adquirir conforme o contexto da produção.
Leia com os estudantes o boxe Conceito sobre as figuras de linguagem. A cada figura apresentada, solicite aos estudantes que expliquem os exemplos e, se necessário, complementem as informações do livro anotando novas descobertas.
Pergunte aos estudantes se conhecem canções que utilizem a anáfora e anote os títulos no quadro para ouvi-las posteriormente, se possível. Se desejar, apresente-lhes as canções: “Águas de março”, de Tom Jobim, ou “Pedro Pedreiro”, de Chico Buarque. Para o estudo da figura gradação, se desejar, utilize como exemplos as músicas: “Flor de lis”, de Djavan, “Mar e lua”, de Chico Buarque, e “Pato Pateta”, de Toquinho e Vinicius.
A leitura dos poemas “José”, de Drummond, e “Última canção”, de Lya Luft, possibilita o estudo das figuras de linguagem anáfora e gradação, respectivamente. Reforce como a utilização desses recursos confere mais expressividade aos poemas.
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PROPOSIÇÕES
Esclareça que o pleonasmo só é considerado figura de linguagem quando contribui para enriquecer os sentidos de um texto, como é o caso do “mar salgado”, cuja repetição enfatiza o sal presente no mar e nas lágrimas. Casos usuais na linguagem oral cotidiana, como “subir para cima”, não são considerados figuras de linguagem.
Como forma de preparação para o desenvolvimento das propostas de Atividades, ofereça aos estudantes o poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Camões, na íntegra, para uma leitura de fruição e para a realização das atividades propostas a seguir. Para isso, acesse o link indicado na referência do texto no Livro do Estudante.
Se possível, antes da leitura desse poema, peça aos estudantes que respondam: Qual é a palavra que inicia e termina esse poema? (Resposta: A palavra amor.)
Após a leitura, pergunte se, ao final do poema, o eu lírico consegue definir o amor. Espera-se que os estudantes percebam que isso não ocorre, pois o poema se constrói com antíteses, mostrando o caráter contraditório do sentimento para o eu lírico e sua impossibilidade de compreendê-lo.
REALIZAÇÃO
1. O estudo do poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Camões, oportuniza uma situação em que os estudantes podem fruir esteticamente de um texto literário clássico da literatura portuguesa. Pode ser uma oportunidade para aproximar os estudantes dessa tradição poética; por isso, é desejável apresentar esse texto e o autor de modo a despertar o
QUEM É O AUTOR
Luís Vaz de Camões (1524-1580) é considerado o maior escritor português de todos os tempos, devido à sua obra-prima, “Os lusíadas” um poema épico que celebra feitos marcantes da história de Portugal. A própria obra está envolta em uma história de superação: vítima de um naufrágio, Camões se salvou e conseguiu manter consigo os originais de sua obra-prima. Além de poemas, escreveu também peças de teatro.
Pleonasmo
É o uso expressivo da redundância, isto é, da repetição de termos, para dar mais ênfase ao que está sendo dito. Exemplo:
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal! [...]
PESSOA, Fernando. Mar português. In: PESSOA, Fernando. Mensagem Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf. Acesso em: 25 jun. 2022.
Nesses versos de um dos poemas mais famosos do português Fernando Pessoa, os termos em destaque foram usados como uma redundância, pois a característica evidenciada (salgado) é comum a todos os mares. A escolha ressalta a ideia de que o mar de Portugal é mais salgado devido às lágrimas derramadas pelos portugueses ao chorarem seus mortos, durante as expedições para a conquista de novas terras.
ATIVIDADES
1. A seguir, leia as duas primeiras estrofes do poema do português Luís Vaz de Camões, escrito no século XVI.
Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.
1. a) Trata-se de um sentimento forte e intenso que pode, algumas vezes, causar dor e sofrimento.
CAMÕES, Luís Vaz de. Amor é um fogo que arde sem se ver. In: CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf. Acesso em: 25 jun. 2022.
a) Nessas estrofes, o eu lírico tenta definir o amor. Identifique o que esse sentimento representa nelas.
b) Em sua opinião, que verso mais revela o que é o amor? Justifique.
Resposta pessoal.
2. Releia o primeiro verso do poema. Que figuras de linguagem podem ser identificadas? Que efeitos de sentido essas figuras evidenciam?
Metáfora e hipérbole; elas evidenciam o amor como um sentimento intenso, grandioso, exacerbado.
interesse deles pela leitura. Nesse sentido, se possível, declame o poema na íntegra para os estudantes, para que essa experiência literária se torne mais significativa na trajetória deles como leitores.
1. a) e 1. b) Peça aos estudantes que destaquem trechos que mostram essa tentativa de definição, como em “Amor é fogo que arde”, “é ferida que dói” ou “é dor que desatina”. Destaque também o uso
reiterado da forma verbal é nessa tentativa de explicação. Comente com eles que essa figura de linguagem, chamada anáfora, dá musicalidade e ritmo ao poema.
2. É importante os estudantes perceberem que a utilização dessas figuras de linguagem contribui para a construção de uma visão de amor como um sentimento intenso e avassalador.
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3. Observe a construção dessas duas estrofes do poema. Para iniciar os versos é utilizado um recurso linguístico.
a) Que recurso linguístico é esse?
Com exceção do primeiro verso, os demais se iniciam com a forma verbal é, flexão do verbo ser
b) Considerando os sentidos do poema, o que o uso desse recurso deseja evidenciar?
Deseja evidenciar que todos esses versos são definições do amor.
c) Como essa figura de linguagem é denominada? Que efeito de sentido ela provoca?
É a anáfora, que dá ritmo e musicalidade ao poema.
4. Além da figura de linguagem que você identificou na atividade anterior, no trecho do poema existem outras figuras de linguagem.
a) No caderno, transcreva a alternativa que indica a figura de linguagem que predomina na construção desses versos.
Alternativa D
A. Anáfora.
B. Gradação.
C. Pleonasmo.
D. Antítese.
5. a) Sim, é possível. Espera-se que os estudantes notem que o título indica que a reportagem de capa trata das consequências decorrentes da pandemia de coronavírus em 2020, como mudanças de hábitos, econômicas e sociais, por exemplo.
b) Que significado essa figura de linguagem atribui ao sentimento amoroso? No caderno, transcreva a alternativa que indica a resposta correta.
Alternativa A
A. Enfatiza a imagem de que o amor é contraditório e ambíguo.
B. Reforça a ideia de que o amor é um sentimento de resignação.
C. Ressalta a exatidão do amor.
D. Deixa clara a diferença entre o eu e o outro no vínculo afetivo.
5. Observe esta capa de revista.
a) A capa da revista mostra a imagem de um globo terrestre partido em vários pedaços. Considerando o título em destaque, “O mundo pós coronavírus”, é possível inferir de quais temas essa edição trata? Explique.
b) Observe que o globo terrestre apresenta alguns pontos em destaque, como recortes do mapa do continente americano e de partes do Brasil. Qual é a finalidade dessa estratégia na construção dos efeitos de sentido da imagem?
c) O recurso de usar a imagem de um mapa-múndi para representar o planeta Terra caracteriza qual figura de linguagem? Metonímia.
SUPERINTERESSANTE. [São Paulo]: Abril, ed. 415, maio 2020. Disponível em: https://super.abril.com. br/superarquivo/415/. Acesso em: 25 jun. 2022.
REALIZAÇÃO
3. a) e 3. b) Espera-se que os estudantes percebam a utilização reiterada da forma verbal é como uma busca do eu lírico por definir o que é o amor.
3. c) Explique que a anáfora é a figura de linguagem que consiste na repetição de uma palavra (ou mais) no início de frases sucessivas para indicar ênfase.
4. Espera-se que percebam que o uso da antítese acentua as contradições do sentimento amoroso.
5. A opção de trabalhar com a capa de revista visa possibilitar aos estudantes analisar os elementos verbais e não verbais presentes nesse gênero textual. Reserve um momento para que eles observem, detalhadamente, os elementos que compõem a capa.
5. b) Espera-se que observem que a escolha da imagem de destaque na capa segue uma intenção comunicativa.
5. c) Comente que se trata de uma metonímia, uma vez que a imagem do globo terrestre substitui o planeta em si.
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5. b) Essa estratégia tem como finalidade evidenciar que, apesar de o título da capa referir-se à situação do mundo, a abordagem terá como foco, principalmente, as mudanças causadas pelo coronavírus no Brasil.
BNCC
Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
• EF89LP27
• EF89LP33
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP44
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP44
• EF69LP47
PALAVRA ABERTA
• EF69LP36
• EF69LP37
• EF69LP44
• EF69LP46
• EF89LP33
• EF89LP37
• EF69LP49
• EF69LP53
• EF89LP33
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP03
• EF69LP44
• EF69LP56
• EF89LP05
• EF89LP16
• EF09LP04
• EF09LP05
QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
• EF69LP48
• EF69LP53
TEXTO
• EF69LP54
PRODUÇÃO MULTIMODAL
• EF69LP51
• EF69LP53
• EF69LP54
• EF89LP32
• EF89LP36
PROPOSIÇÕES
No Capítulo 2 deste módulo, é apresentado um conto representativo da literatura de cunho social, especificamente da literatura negra contemporânea brasileira. São obras que buscam preservar sua cultura e problematizar os conflitos advindos das relações de preconceito e desigualdades. Dessa forma, nessa literatura, podem ser encontrados personagens que desconstroem estereótipos, temas que vão além do folclore, conflitos profundos que vão além da aparência, produzindo um real resgate da dignidade e da identidade negras.
Retome com a turma as características que os estudantes conhecem do gênero textual conto. Pergunte o que sabem dele (características gerais, forma de composição etc.) e, se necessário, anote na
No Capítulo 1, você leu um poema modernista que aborda as inquietudes existenciais de um homem que viveu em uma época conturbada, de muitos conflitos sociais e políticos no Brasil e no mundo. Embora o poema tenha sido escrito na década de 1940, algumas das questões abordadas são atuais (e até mesmo atemporais) e poderiam ser vivenciadas por qualquer cidadão brasileiro no momento.
Neste capítulo, você vai ler um conto que trata de uma história singular e representativa de um jovem afrodescendente brasileiro. Nele, o personagem, um jovem morador da periferia, combate estereótipos e surpreende a todos que o conheciam.
Antes da leitura, levante hipóteses: Que estereótipos, possivelmente, esse personagem romperá? Que aspectos sociais o conto poderá abordar? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
Agora, leia o conto e reflita se conhece alguma história parecida com essa.
Aluado
1o parágrafo
Os frenéticos anos oitenta apenas começavam. A rua já era pavimentada, coberta pelo asfáltico manto negro. Entretanto, a terra vermelha ainda se fazia presente sob as unhas roídas de toda a molecada.
2o parágrafo
O campinho, hoje raro até mesmo nas mais longínquas periferias, era de terra, como os incontáveis terrenos baldios existentes naquela época. Apenas alguns ralos matinhos, que não podia se chamar de grama, se reproduziam e cresciam no entorno da cancha que emanava poeira, enquanto os habilidosos pés descalços davam o devido trato à velha bola de capotão, cobiçado prêmio, conquistado a duras penas com o total preenchimento do álbum de figurinha do campeonato nacional de futebol.
[...]
3o parágrafo
Eram sempre muitos mais meninos do que as meninas a tramarem os pegas e as disputas, mas na brincadeira de roubar bandeira elas mandavam. Um risco feito com um pedaço de tijolo dividia a rua em dois campos e cada time tinha de defender sua bandeira –representada por um chinelo, por uma camiseta ou por qualquer objeto que pudesse ser facilmente conduzido em uma corrida – de ser roubada pelos oponentes que invadiam o território e tentavam tomá-la sempre ao ritmo de muita correria. Aquele que fosse tocado em campo adversário deveria ficar imóvel até que fosse salvo por um companheiro, ou até que um dos dois times vencesse ao roubar primeiro a bandeira do adversário. A molecada era boa nessa brincadeira, afinal, naquela idade… Põe correria nisso!
4 o parágrafo
Naquele tempo nem se sonhava com um fenômeno similar ao reluzente raio jamaicano que desfila nas pistas o poder e a velocidade emergente de seus negros músculos,
lousa, para consultar posteriormente e verificar as hipóteses levantadas por eles.
Antes da leitura, explore o título, perguntando aos estudantes se já ouviram a palavra aluado e se imaginam o que significa. Segundo a versão on-line do Dicionário Houaiss, é “aquele que ficou distraído, amalucado, por influência da Lua” e, por extensão, “quem tem acessos de loucura”. Ainda de
acordo com o dicionário, é equivalente a lunático. Pergunte se imaginam por que esse é o título do conto. Indague também: Quem será o “aluado”? Será assim por ser amalucado ou por sofrer alguma influência da Lua? Leia o texto introdutório e explique, se necessário, o significado do termo estereótipo. Segundo o dicionário Aulete Digital, é a “visão ou compreensão (de algo ou alguém)
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CONTO CAPÍTULO2 36 D3-012-059-POR-F2-2102-V9-M1-LA-G24_AVU.indd 36 22/08/22 19:35
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
demolindo o tempo e acumulando recordes. Mas que ali alguns eram bons candidatos, ah, isso eram. Bastava que um desses olheiros os visse, acreditasse e investisse naqueles talentos a serem lapidados, especialmente o pequenino da casa do quintal arborizado da esquina. Jorge Lucas, acinzentadas perninhas finas, doces olhos cor de mel e o cabelinho pixaim sempre cortado à máquina, era o mais lépido, o mais ligeiro. A bandeirinha, quase invariavelmente, acabava em suas mãos.
5o parágrafo
Jorge Lucas era sempre o primeiro a ser escolhido para o rouba-bandeira, mas por vezes, estranhamente, abandonava a brincadeira em pleno ápice e desatava carreiras a esmo em volta do quarteirão.
6o parágrafo
A meninada, então, se levantava incrédula da calçada e punha-se a debater sobre o que levava a tais atitudes. Esses rompantes davam-se sempre nas tardes de céu azul e poucas nuvens, mas mesmo ocorrendo com alguma frequência durante anos, não se chegava, nesses debates, a nenhuma conclusão convincente e definitiva.
Durante a leitura, várias estratégias podem ser adotadas: leitura silenciosa, leitura oral compartilhada, leitura do professor. Caso opte pela leitura compartilhada, oriente-os quanto à fluência, à modulação e ao volume da voz. Uma leitura oral expressiva contribui para despertar o interesse pelo enredo e para a criação de efeitos de sentido.
7o parágrafo
Alguns anos se passaram e os episódios foram ficando mais raros, até o momento em que, quando o pequeno Jorge já gozava de seus treze anos ou quatorze anos, ocorreu o último que se soube, e que, aparentemente, foi definitivo, derradeiro.
8o parágrafo
Era uma sexta-feira do mês de abril, céu de outono, límpido, azul e de raríssimas nuvens que cobriam e descobriam a Lua, que teimava em se mostrar inteira, enquanto a molecada corria à solta atrás da bola no poeirento campinho de terra. Subitamente, o pequeno Jorge, de cabeça raspada e olhos cor de mel, abandonou a pelada e retomou o velho debate sobre as razões de tal fenômeno, até que no meio da fervente conversa ouviu-se a frase que provocou um estalo e a reflexão conjunta:
9o parágrafo
— Alguém já reparou que isso sempre acontece quando a Lua aparece de dia?
10o parágrafo
Eis que surgiu a pergunta que poderia elucidar os fatos e todos esses estranhos eventos; observação que todos já haviam feito ao menos uma vez, mas nunca se deram
Se houver necessidade, podem ser realizadas interrupções estratégicas para comentar atitudes dos personagens ou para instigar a curiosidade dos leitores. Pergunte se acharam o desfecho surpreendente e solicite que expliquem por quê. Pergunte se compreenderam o título: o termo aluado pode dizer respeito ao modo amalucado como Jorge corria no meio da brincadeira, à sua atração pela Lua e, ainda, ao fato de ele ter se tornado um astronauta. Converse sobre a quebra dos estereótipos: Quem imaginaria que o menino negro e pobre da periferia se tornaria um astronauta?
Aproveite para conhecer as preferências literárias dos estudantes: Costumam ler contos? Têm autores ou autoras preferidos(as)? Por que gostam (ou não) de ler textos desse gênero? Esse mapeamento inicial pode contribuir, por exemplo, para o delineamento de projetos futuros com a turma.
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muito generalizada, formada somente na comparação com padrões fixos e preconcebidos, sem nuanças, sem distinção de características próprias, mais sutis” (disponível em: https://aulete.com.br/estereotipo; acesso em: 5 ago. 2022). Verifique se eles percebem a relação entre visões estereotipadas da realidade e a formação de preconceitos.
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REALIZAÇÃO
Texto
Depois da leitura, retome alguns elementos composicionais das narrativas, aplicando-os ao conto “Aluado”:
• personagens: solicite que caracterizem o personagem Jorge Lucas (menino negro e magrelo) e os demais meninos e meninas (também moradores da periferia). Pergunte por que, na história, apenas Jorge Lucas recebeu um nome;
• espaço: a periferia e o campinho são elementos que contribuem na caracterização de um ambiente de pobreza, o que reforça a criação do estereótipo do menino negro e pobre;
• tempo: alguns anos após a primeira visita do homem à Lua, que ocorreu em 1969;
• ação: uma longa, mas importante introdução para apresentar personagens e cenário; aparecimento do conflito – o menino Jorge e suas corridas sem rumo, a influência da Lua, o desaparecimento misterioso do garoto; e o desfecho – a volta de Jorge Lucas, como astronauta.
Reserve um momento para verificar se há palavras no texto cujo significado os estudantes desconhecem e oriente-os a inferir o sentido pelo contexto em que foram utilizadas. Se necessário, instrua-os a consultar o boxe Vocabulário
Em seguida, leia o boxe Quem é o autor com informações sobre o autor e a fonte de publicação. Comente sobre os Cadernos Negros , importante série de coletâneas de contos e poemas de autores afrodescendentes brasileiros publicada desde 1978.
A história que passou a ser contada repetidas vezes pela turma que vivenciou os fenômenos acabou ganhando ares de lenda. Na rua, algumas pessoas mais velhas, com lembranças, experiências e causos contados em suas cidades de origem em todo o interior de São Paulo e até do Brasil, terminaram por imprimir ainda mais credibilidade à história, principalmente porque, depois deste último ocorrido, Jorge Lucas desapareceu da rua e não deu o ar da graça nos dias seguintes, nem mesmo para ajudar a levantar a poeira do campinho de terra.
Teria sido o menino realmente sequestrado ou abduzido pela Lua? Mesmo com toda sua leveza e ligeireza? Mesmo com todas as bandeirinhas conquistadas? — A rua indagava. Correu então, de boca em boca, a história de que, como toda mulher grávida que se enche de desejo de comer algo e não sacia esse desejo antes do fim da gestação acaba gerando um filho com uma marca de nascença alusiva ao que foi desejado, assim teria ocorrido à Dona Conceição. Ela que, com seus gestos largos e tranquilos, com uma imensa força interior que se agigantava a cada contratempo, criou o seu menino sozinha, cujo pai ninguém, nem mesmo o próprio Jorge, conheceu.
Contava-se que Dona Conceição, ao ver pela TV, aos três meses de gestação, a inacreditável imagem do astronauta Neil A. Armstrong, dando seu enorme passo para a humanidade sobre o solo lunar, foi tomada por um louco e insaciável desejo de também caminhar sobre o solo do longínquo e belo satélite. O menino, por sua vez, teria tomado inconscientemente para si o desejo irrealizável de sua mãe, e era absorvido pelo magnetismo da Lua toda vez que essa dava as caras em límpidos dias ensolarados.
Na semana seguinte, quando ainda não se havia visto o menino de volta à rua, o caminhão parou em frente da casa da esquina e os homens puseram-se a carregar móveis e objetos, e acomodar tudo sobre a carroceria do veículo que levaria de vez a mudança, e deixaria para trás o rastro de dúvida sobre o que, verdadeiramente, ocorrera com o velocista menino dos doces olhos de mel, que todos aguardavam para ver subir no caminhão, mas essa expectativa foi frustrada.
Mudança ajeitada no caminhão, apenas Dona Conceição subiu à boleia e partiu. Mas onde estaria o magricelinha das pernas acinzentadas?
[...] Porém, assim como tudo ocorreu de forma inesperada – o sumiço de Jorge Lucas e a mudança de Dona Conceição –, o inesperado ocorre também agora, coisa de trinta anos mais tarde, quando todos, surpreendidos diante de seus televisores, recebem a notícia da mais nova tripulação a ser enviada ao espaço.
As imagens tomam conta da tela enquanto o apresentador discorre sobre essa nova empreitada.
“A NASA divulgou na tarde de hoje a formação de uma nova equipe de astronautas que participará no próximo mês, em missão conjunta com Rússia e China, de uma jornada de exploração do solo lunar. A equipe, que já trabalha há dez meses no projeto, conta com tripulantes das três nações empreendedoras, mais o primeiro astronauta brasileiro a integrar uma expedição que pisará, depois de quarenta e cinco dias, o solo lunar.”
PARA ACESSAR
REVISTA Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 31, 2008. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index. php/estudos/issue/view/880. Acesso em: 29 jul. 2022.
Publicação da Universidade de Brasília (UnB), esse número da revista do Grupo de Estudos em Literatura
Brasileira Contemporânea traz uma série de artigos sobre relações raciais e literatura. Entre eles, destaca-se como subsídio para aprofundar o trabalho com o conto o artigo “Literatura afro-brasileira: um conceito em construção”, de Eduardo Duarte, professor da UFMG.
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REALIZAÇÃO
20o parágrafo
E o apresentador continua:
21o parágrafo
“Formado na Academia da Força Aérea Brasileira em Pirassununga, interior de São Paulo, onde morou desde os treze anos de idade, vindo da capital, o Capitão Jorge Lucas de Oliveira Conceição embarcará em sua mais longa e importante viagem em busca de novas fronteiras.”
22o parágrafo
A televisão então corta para a equipe de astronautas formada por dois americanos, um russo, um chinês e, nesse momento, o mais ilustre brasileiro em sua impecável farda de Capitão, com medalhas que realçam o brilho negro de sua retinta pele. Com os olhos marejados e voz embargada a fluir entre os trêmulos e grossos lábios, diz emocionado diante das câmeras e do mundo inteiro:
23o parágrafo
VOCABULÁRIO
Frenéticos: agitados, alvoroçados.
Cancha: campo de futebol.
Pixaim: muito crespo.
Lépido: ágil; alegre.
Ápice: auge, apogeu, ponto máximo.
A esmo: ao acaso, à toa; sem fundamento.
Conversando sobre o texto
1. Espera-se que os estudantes tenham se surpreendido, pois, dado o contexto socioeconômico em que vivia, pode ser considerado inesperado que o menino pobre da periferia tenha se tornado o primeiro astronauta brasileiro a ir para a Lua.
24o parágrafo
— Será mais que a realização de um sonho meu, a indescritível satisfação de realizar um divino desejo de minha querida mãe, Dona Conceição.
A Lua cheia iluminava as calçadas. As cadeiras voltaram, desta vez num dia de feira, e o zum-zum-zum das conversas preencheu a noite com intermináveis considerações.
25o parágrafo
— Viram só? E não é que o neguitinho aluado chegou lá?
— Vai chegar…
26o parágrafo
— Não é? São Jorge Lucas da Conceição!
27o parágrafo
NERI, Samuel. Aluado. In: RIBEIRO, Esmeralda; BARBOSA, Márcio (org.). Cadernos negros 40: contos. São Paulo: Quilombhoje, 2017. p. 253-258.
QUEM É O AUTOR
Samuel Neri nasceu na cidade de Ipecaetá (BA), mas mora em São Paulo desde a infância. Graduado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), escreve contos, poemas e crônicas em um blogue. Participou de quatro números dos Cadernos negros , importante veículo criado em 1978 para a divulgação da produção literária afro-brasileira.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. O conto surpreendeu você? Compartilhe sua resposta.
Resposta pessoal.
2. Se você fosse retratar uma questão social do momento em que vive, o que gostaria de abordar? Por quê?
Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, qual é a importância da leitura de contos que tratam de desigualdades, preconceitos e estereótipos de cunho social?
Resposta pessoal.
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, promova a conversa entre os estudantes, de modo que possam confirmar as hipóteses construídas e compartilhar ideias e opiniões sobre o conto. As atividades propiciam reflexões e posicionamento diante da temática abordada no conto. Se desejar, proponha aos estudantes uma conversa sobre representatividade na literatura. Questione-os: Quantos escritores e escritoras negros conhecem?
Boleia: cabine do motorista nos caminhões.
Retinta: muito escura.
2. Incentive os estudantes a compartilhar as ques tões sociais que gostariam de abordar e a justificar os motivos da escolha.
3. Espera-se que os estudantes se posicionem de acordo com a defesa dos direitos humanos, identificando na leitura de contos com temática social uma maneira de conhecer outros universos. Comente com a turma que a literatura tem o poder de nos levar, por meio da imaginação, a viver outras vidas que não a nossa. Nesse sentido, ter contato com realidades de pessoas em situação social menos favorecida pode levar o leitor a sentir mais empatia pelo outro.
A partir das respostas deles, leve-os a refletir sobre a importância de valorizar o patrimônio das culturas africanas, especialmente aquelas que contribuíram para a diversidade brasileira. Espera-se que os estudantes se sintam motivados a fruir manifestações artístico-culturais diversificadas, como as literaturas negro-brasileira e afrodescendente, ampliando o repertório e a visão de mundo, para que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
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PROPOSIÇÕES
As atividades de Texto e contexto têm como objetivo a compreensão do texto e suas condições de produção. Caso julgue necessário, proponha aos estudantes uma nova leitura do conto, especialmente se houve um intervalo entre a leitura inicial e o desenvolvimento das atividades desta seção.
REALIZAÇÃO
1. Comente como a narrativa foi construída para chegar a esse desfecho de superação e conquista de um garoto negro da periferia.
2. a) Espera-se que os estudantes percebam que o termo aluado tem relação com a Lua. Se necessário, instrua-os a consultar um dicionário.
2. b) Auxilie os estudantes a perceber o estigma social que carrega um jovem pobre e negro. Se for possível, oriente os estudantes a fazer uma pesquisa em sites de notícias em que tentem mapear as representações e imagens de jovens afrodescendentes divulgadas pela mídia.
3. Espera-se que os estudantes infiram que os protagonistas são o foco da história do conto.
4. Se necessário, retome a leitura do conto para que os estudantes identifiquem o evento que modificou o comportamento do protagonista, as consequências desse evento na história e os fatos que levaram os personagens a confirmar suas hipóteses.
5. Se desejar, comente que Academia da Força Aérea Brasileira é uma instituição de Ensino Superior situada na cidade de Pirassununga (SP), destinada à formação de pilotos militares.
TEXTO EXPLORANDO O
2. a) Características de lunático, amalucado, uma pessoa que vive no mundo da Lua.
2. b) O título retrata, de modo sutil, o estereótipo e o preconceito contra negros da periferia, que são os elementos-chave tratados nesse conto de cunho social. Isso ocorre na alusão ao senso comum, que atribui as características de insano, lunático etc. a uma pessoa negra e pobre que almeja mais do que se acredita que ela pode conquistar.
3. Porque o enredo que se desenvolve é sobre eles; as demais personagens são secundárias, pois estão ali para compor um cenário do cotidiano e para mostrar como vive aquele grupo social.
4. a) O nascer da Lua durante o dia.
4. b) Concluíram que a Lua influenciava o comportamento de Jorge Lucas.
5. O menino estar de cabeça raspada, o que indica que ele teria ido estudar em um colégio militar e, assim, seguido carreira na Academia da Força Aérea Brasileira.
6. O narrador conta que as crianças jogavam descalças, mesmo em campo de terra batida, e ressalta que meninos e meninas brincavam juntos na rua.
Alguns contos da literatura afro-brasileira são uma forma de denúncia e de luta pelos direitos dos afrodescenden tes, principalmen te aqueles que são excluídos e vivem nas periferias. Muitos desses contos tratam de questões sociais relacionadas ao preconceito e ao combate de estereótipos.
TEXTO E CONTEXTO
1. Qual é o principal evento narrado no conto?
A conquista profissional e a ascensão social de um garoto negro da periferia.
2. O título do conto é “Aluado”.
a) Que características esse título atribui ao personagem Jorge Lucas?
b) Que ideia esse título reforça sobre o personagem?
3. No conto, só duas personagens são identificadas pelos nomes: Jorge Lucas e Dona Conceição. Considerando as características das demais personagens, explique por que apenas esses são nomeados.
4. O narrador conta que, ao nascer da Lua em uma tarde de sexta-feira, mais uma vez Jorge Lucas “abandonou a pelada e retomou o velho debate sobre as razões de tal fenômeno”.
a) O que provocou esse comportamento, de acordo com os meninos?
b) A qual conclusão eles chegaram sobre esse comportamento de Jorge Lucas?
c) O que confirmou a suspeita dos meninos sobre o sumiço de Jorge Lucas?
5. Uma informação apresentada sutilmente pelo narrador sobre o personagem em sua última corrida é uma pista que explica seu desaparecimento e a mudança de sua mãe. Qual é a informação e o que ela explica? Justifique.
6. O narrador apresenta os espaços e as brincadeiras como momentos de muita diversão entre as crianças, demonstrando sua simpatia por esse modo de vida. Explique essa afirmativa.
7. A vida das personagens do conto é marcada pelas diferenças sociais. No caderno, escreva as informações que indicam as questões socioeconômicas considerando cada um dos aspectos a seguir.
a) Tipos de brincadeira e de brinquedo das crianças.
b) Locais em que brincavam.
Futebol e rouba-bandeira. Em campos de terra batida e na rua.
8. O conto induz à reflexão sobre situações de exclusão e preconceito, sem fazer críticas ou denúncias diretas, mas por meio de alguns indícios.
6. e 7. Comente que a longa introdução, responsável por situar o leitor no universo das brincadeiras de antigamente, como a pelada e o rouba-bandeira (também conhecido em algumas regiões como pique-bandeira), tem a função justamente de mostrar ao leitor como se organizava o universo das brincadeiras de rua nos anos 1980 em uma periferia não especificada diretamente. É nesse contexto que o
menino Jorge será apresentado e é preciso que o leitor tenha uma imagem vívida do ambiente e dos personagens para perceber a importância do feito do garoto pobre que virou astronauta. Se desejar, pergunte aos estudantes se conhecem as brincadeiras mencionadas ou se identificam no trecho semelhanças ou diferenças com a própria infância. Auxilie os estudantes a identificar esses aspectos socioeconômicos no conto.
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O fato de que ele não foi mais visto e a mudança da mãe.
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8. b) A ascensão e a conquista de Jorge na profissão de astronauta demonstram o preconceito e o estereótipo, pois, em geral, a sociedade não espera que um negro realize esse tipo de façanha; o esperado, segundo o próprio conto, seria que ele se tornasse um bom esportista.
a) Em que contexto a exclusão e o estereótipo são percebidos pelos leitores do conto? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa C
A. Pelos fatos expostos.
B. Pelas brincadeiras das personagens.
C. Na ascensão e na conquista da personagem principal.
D. Nas situações do cotidiano das crianças.
b) Explique sua resposta ao item anterior.
9. Releia o 12o, o 13o e o 14o parágrafos, em que os moradores da comunidade comentam o desaparecimento de Jorge Lucas.
a) A que estão relacionados os motivos aos quais as pessoas mais velhas creditaram o desaparecimento de Jorge? Por que elas deram esse tipo de justificativa?
b) As justificativas dadas por esses moradores mais antigos reforçam qual destas ideias? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa B
A. A ideia de que as dificuldades levam crianças e jovens a desistir de buscar novas conquistas.
B. A ideia de que as crianças e os jovens daquela comunidade não teriam como almejar e ocupar uma condição social privilegiada.
C. A ideia de que as crianças e os jovens da comunidade podem almejar e conquistar o que quiserem.
D. A ideia de que só na imaginação crianças e jovens poderiam almejar conquistas.
10. Na última corrida de Jorge, um dos amigos questiona os motivos dos rompantes dele. Releia.
— Alguém já reparou que isso sempre acontece quando a Lua aparece de dia?
• Que expectativa essa pergunta cria no leitor?
11. No desfecho, há uma quebra da expectativa construída pelo leitor em torno do personagem Jorge Lucas.
a) Como essa quebra de expectativa ocorre?
b) No conto, qual é a importância desse momento?
12. O conto sugere ao leitor uma reflexão para conscientizar as pessoas das desigualdades sociais. Que conscientização essa história provoca? Em sua opinião, qual é a importância dessa reflexão na sociedade?
8. Se necessário, explique que o racismo pode se manifestar de diversas formas na sociedade, o que contribui negativamente no desenvolvimento de crianças e adolescentes negros, levando-os a não desenvolver suas capacidades produtivas e potencial humano plenamente.
9. Se necessário, auxilie-os a localizar os parágrafos a que o enunciado da atividade faz referência. Leve os estudantes a perceber como o racismo afeta também a comunidade
9. a) Os motivos estão relacionados à violência e à superstição. Possivelmente, as justificativas refletem as experiências de vida das pessoas na comunidade, dificultando que elas imaginem uma situação diferente, como a conquistada por Jorge.
10. A expectativa de que a explicação para as corridas repentinas de Jorge tenha algo de sobrenatural.
11. a) O personagem Jorge Lucas, descrito como um menino aluado e de quem pouco ou nada se esperava, surge como um astronauta, profissão que poucos têm condições de exercer.
11. b) É o momento em que o leitor, ao se surpreender, compreende e reflete sobre o preconceito contra pessoas negras.
12. Essa conscientização mostra a importância da escola e da educação na formação pessoal e profissional de jovens de classes sociais menos favorecidas, o que confirma que, além de ser um dos principais fatores de mobilidade e ascensão social no nosso país, a educação também é fundamental para enfrentar e superar os preconceitos de todas as ordens.
Na literatura afro-brasileira , autores afrodescendentes relatam seus conflitos e particularidades sociais, econômicas e históricas. O objetivo é levar os leitores a uma percepção mais crítica da realidade desnudando estereótipos, rompendo preconceitos e denunciando a realidade que desejam ver transformada.
em que as crianças vivem, cuidadores e pais responsáveis por elas. Como consequências, é possível apontar a autoestima fragilizada das crianças, que se sentem marginalizadas e desvalorizadas pela sociedade.
9. a) e 9. b) Comente como as experiências de vida, muitas vezes, moldam as expectativas de futuro e como a educação pode ampliar e mudar perspectivas.
10. Se necessário, explique que existem muitas lendas e mitos associados à Lua, como a do lobisomem, a ideia de que os bebês nascem nos dias de lua cheia, a crença de que afeta o sono, entre outras.
11. a) Se desejar, retome o contexto inicial do conto em que se percebe que nada se espera do protagonista por causa de estereótipos sociais.
11. b) Comente que o fato de o autor do conto ser negro pode contribuir para a disseminação de narrativas em que a perspectiva sobre as crianças negras seja diferente, isto é, em que sejam protagonistas, sejam representados positivamente e tenham visibilidade em diferentes áreas.
12. Comente a importância de buscar de maneira ativa a redução de preconceitos na sociedade e a adoção de políticas socioeconômicas para a redução das desigualdades sociais. Se desejar, proponha à turma que indique ações individuais que podem ser tomadas para o combate ao racismo e a valorização das diferenças.
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PROPOSIÇÕES
Antes de Composição e linguagem, se possível, retome com a turma as hipóteses levantadas inicialmente sobre o gênero conto. Verifique, de maneira coletiva e dialogada, se as considerações iniciais dos estudantes se revelaram adequadas ou não. Caso perceba inadequações, chame a atenção desses aspectos com a turma no decorrer da realização das atividades a seguir.
REALIZAÇÃO
1. a) Se necessário, explique aos estudantes que o conflito da narrativa pode ser compreendido como a situação em que os personagens se deparam com obstáculos cuja superação é necessária para a conquista de seus objetivos. Se possível, ofereça exemplos de conflitos de outras narrativas.
1. b) Se necessário, explique que o clímax é o momento de maior tensão da narrativa.
1. c) Espera-se que identifiquem o momento de resolução da narrativa.
2. a) Auxilie-os a perceber os valores sociais e a visão de mundo expressa no conto, a partir da análise da composição do espaço na narrativa.
2. b) Comente que a narrativa descontrói estereótipos e preconceitos historicamente reproduzidos relativos às crianças e adolescentes negros, nas periferias brasileiras.
2. c) Evidencie que localidades distantes dos centros urbanos, geralmente, não propiciam espaços adequados para o lazer das crianças e adolescentes.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. c) Sim. A rua volta a ser o ponto de encontro dos moradores, momento em que dialogam sobre a conquista de Jorge Lucas.
1. O conto é uma narrativa breve, em que há poucas personagens, as ações giram em torno de um único conflito e o tempo e o espaço são reduzidos.
a) O narrador inicia contando como era a vida das crianças. Em que momento um fato inesperado dá início ao conflito?
b) Qual momento da narrativa é o clímax?
O momento em que, subitamente, Jorge Lucas abandona o jogo. O momento em que Dona Conceição sobe à boleia do caminhão e vai embora sem Jorge Lucas.
c) O desfecho é a resolução do conflito. Isso ocorre no final do conto? Explique.
2. No conto, o espaço onde se desenvolve a narrativa é fundamental para entender as características das personagens ou inferir situações sociais. O espaço na narrativa pode ser físico e real, relativo ao cenário da ação, ou interior e psicológico, relativo ao interior da personagem e aos seus pensamentos.
a) Qual é o espaço onde se passa a história e como ele ajuda a construir os sentidos do conto?
b) Com base na descrição do espaço físico, como Jorge Lucas e as demais personagens vivenciam e se sentem nesse espaço?
c) O conto reproduz o modo de vida singular das crianças de uma região. Quais são os espaços ocupados por essas crianças?
O campinho de terra batida em terreno baldio e a rua onde aconteciam as brincadeiras.
3. Toda história é contada por um narrador a partir de um ponto de vista denominado foco narrativo, que pode ser em 1a (narrador-personagem) ou em 3a pessoa (narrador-observador ou narrador-onisciente).
a) Qual é o foco narrativo e o tipo de narrador do conto?
O foco narrativo está na 3a pessoa, e o narrador é onisciente.
b) Em relação aos fatos narrados, o que o narrador demonstra? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa C
A. Proximidade, como se participasse das brincadeiras e dos jogos no campinho.
B. Distanciamento, como se apenas os observasse, ainda que demonstre alguma simpatia pelas personagens.
C. Conhecimento de toda a história e de pensamentos e emoções das personagens.
D. Desconhecimento, pois só conta o que as personagens vivenciam.
4. Releia os trechos a seguir, em que as personagens são reveladas pelas imagens criadas pelo narrador.
Trecho 1
2. a) A história ocorre em uma comunidade ou bairro de periferia, que pode ser em qualquer cidade do país, onde ainda há campinhos ou campos de terra batida e crianças jogam descalças e brincam na rua, o que pressupõe um lugar de casas e pessoas simples.
[…] chegaram à conclusão de que Jorge Lucas era mentalmente sequestrado pela Lua em suas aparições diurnas. [...]
Trecho 2
2. b) Apesar de a história se passar em um bairro pobre da periferia, sem nenhuma infraestrutura de diversão, há uma boa convivência entre as personagens, que se divertem muito com as brincadeiras feitas nos campinhos e nas ruas.
[…] o mais ilustre brasileiro em sua impecável farda de Capitão, com medalhas que realçam o brilho negro de sua retinta pele. [...]
3. a) Se desejar, solicite aos estudantes que comprovem a opção pelo narrador onisciente em 3a pessoa a partir da análise de trechos do conto.
3. b) Comente que o narrador onisciente tem como característica conhecer os eventos
narrados e a intimidade dos pensamentos e sentimentos dos personagens. Relembre-os de que o narrador-observador só relata o que presenciou, sem entrar na mente dos personagens e contar ao leitor o que eles estão pensando.
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a) Qual trecho contribui para criar a ideia de que Jorge Lucas era aluado? Que expressão revela essa ideia?
O trecho 1, por meio da expressão mentalmente sequestrado pela lua
b) Qual trecho contribui para criar a imagem de que a conquista e a cor de pele de Jorge Lucas eram um orgulho para os brasileiros?
O trecho 2
5. Ao escrever um texto, o autor escolhe palavras para produzir efeitos de sentido diversos, usando recursos como as figuras de linguagem. Releia os trechos a seguir.
Trecho 1
[...] raio jamaicano que desfila nas pistas o poder e a velocidade emergente de seus negros músculos, demolindo o tempo e acumulando recordes. [...]
Trecho 2
6. a) Resposta pessoal. Os estudantes podem interpretar que as falas indicam uma atmosfera festiva e alegre pela conquista do personagem; outros podem considerar que as falas expressam um tom irônico, de certo descrédito.
Teria sido o menino realmente sequestrado ou abduzido pela Lua? Mesmo com toda sua leveza e ligeireza? Mesmo com todas as bandeirinhas conquistadas? — A rua indagava
Trecho 3
6. b) Foi alçado à condição de divino, de santo, o que é expresso pelo termo São
[…] se reproduziam e cresciam no entorno da cancha que emanava poeira, enquanto os habilidosos pés descalços davam o devido trato à velha bola de capotão [...].
• No caderno, relacione as expressões em destaque de cada trecho ao tipo de substituição que ocorre nessas construções, conforme as definições a seguir.
I. O lugar em vez dos habitantes.
II. Uma parte em vez do todo.
III. O atributo pela pessoa que o tem.
I: trecho 2, as pessoas que indagavam; II: trecho 1, o poder e a velocidade são atributos do jamaicano que desfila; III: trecho 3, os meninos que eram habilidosos.
6. Releia os últimos parágrafos, nos quais se constrói a cena de uma rua com suas calçadas tomadas por cadeiras e muitas conversas.
— Viram só? E não é que o neguitinho aluado chegou lá?
— Vai chegar…
— Não é? São Jorge Lucas da Conceição!
a) Qual é a atmosfera sugerida na cena?
b) Com base nesse diálogo, a que condição o personagem foi alçado? Que elemento confirma isso?
A metonímia é uma figura de linguagem que consiste na substituição de um termo por outro, devido à proximidade ou à relação de sentidos que existe entre eles.
Os recursos linguísticos, como figuras de linguagem e uso do vocabulário comum ao grupo social das personagens, contribuem para a construção desse conto, que apresenta um discurso identitário.
No conto, o enredo é organizado em situação inicial, conflito (ou complicação), clímax e desfecho. Geralmente, apresentam-se os elementos tempo e espaço, uma vez que os contos abordam questões que acontecem em determinado momento (ou época) e em um lugar específico. O foco narrativo pode ser a 1a ou 3a pessoa do discurso.
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REALIZAÇÃO
4. a) Auxilie os estudantes a identificar o trecho e a expressão que revela a principal característica de Jorge Lucas.
4. b) Auxilie-os a perceber que o autor cria uma narrativa que dá visibilidade aos feitos de um protagonista negro, valorizando suas conquistas e sua cor.
5. Se desejar comente que, nos textos literários, há um uso diferenciado da língua a partir de recursos expressivos como as figuras de linguagem. Por isso, o autor faz substituições para tornar a leitura do texto mais rica e interessante.
6. Considere diferentes respostas dos estudantes. Incentive-os a fundamentar o ponto de vista defendido com argumentos elaborados e organizados adequadamente com base no conto. Espera-se que identifiquem como Jorge Lucas foi visto pela comunidade ao final do conto.
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PROPOSIÇÕES
A proposta da seção Palavra aberta possibilita aos estudantes desenvolverem noções de prática de pesquisa em um estudo de recepção de obras literárias. Por meio da realização dessa atividade, eles podem articular teoria e prática, aplicando o que aprenderam. Nesse sentido, são utilizadas as premissas das metodologias ativas, em que os estudantes, organizados em grupos, procedem com um projeto de trabalho e se tornam protagonistas do próprio processo de aprendizagem de forma colaborativa, em todas as etapas, inclusive na construção e uso de questionários.
Além disso, esse trabalho propicia que os estudantes promovam uma perspectiva positiva da imagem de afrodescendentes, considerando a atuação desse grupo social em diferentes trabalhos, e ao valorizar a cultura e história afro-brasileira e suas contribuições para a sociedade brasileira.
Mais dados sobre a pesquisa de Regina Dalcastagnè, mencionada no Livro do Estudante, e sobre o trabalho com a literatura afro-brasileira podem ser consultados no link: www.escrevendoofuturo.org.br/ blog/literatura-em-movimento/ literatura-afro-brasileira/ (acesso em: 30 jul. 2022).
Estudo de recepção de contos afro-brasileiros e podcast
O conto “Aluado” foi publicado no 40 o número dos Cadernos Negros, uma iniciativa literária independente que veicula textos de escritores afro-brasileiros. Nesse conto, o personagem principal, Jorge Lucas, é um menino negro morador da periferia que se torna o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma expedição da Nasa à Lua.
Em 2005, uma pesquisa sobre a produção literária do Brasil conduzida pela pesquisadora Regina Dalcastagnè, professora da Universidade de Brasília (UnB), elaborou um perfil do escritor brasileiro: homem branco, heterossexual, de classe média e morador da região Sudeste. Com relação às personagens, constatou-se que 93,9% são brancas –em sua maioria, homens (62,1%) e heterossexuais (81%). Aos 7,9% de personagens negros, estão relegados papéis de bandidos ou contraventores (20,4%), empregados(as) domésticos(as) (12,2%) ou escravizados (9,2%). Destes, apenas 5,8% são protagonistas e 2,7% narradores, o que evidencia um olhar carregado de estereótipos e que não abrange a complexidade dos sujeitos negros.
A série Cadernos Negros foi concebida em 1978 por jovens estudantes afrodescendentes que acreditam no poder de conscientização, sensibilização e acolhimento da literatura e que veem nessa iniciativa uma possibilidade de expressar e promover uma arte propriamente negra. Os cadernos são um espaço para escritores negros publicarem suas produções literárias.
Na literatura afro-brasileira, da qual o conto que você leu é um exemplo, as personagens negras atuam como protagonistas de suas histórias, sejam elas tristes ou alegres, não mais como coadjuvantes ou pertencentes a uma subclasse. Com base nessas informações, nesta seção, a proposta é que você conheça outros escritores da literatura afro-brasileira e observe como o público leitor os recebe. Para isso, você e os colegas vão desenvolver um estudo de recepção de contos afro-brasileiros.
A pesquisa será realizada em duas etapas. Sigam as orientações.
Etapa 1: Preparação e desenvolvimento
Passo 1: Seleção do público e dos contos
1 Forme grupo com três colegas, escolham quem será o seu público leitor (estudantes de outros anos, familiares, funcionários da escola etc.) e selecionem dois contos da literatura afro-brasileira.
2 Para fazer essa seleção, busquem contos que tenham sido escritos por autores negros que assumem seu pertencimento étnico e criam uma literatura comprometida com as questões raciais, como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Geni Guimarães, Cuti, Miriam Alves, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Cidinha da Silva e Cristiane Sobral.
3 Os contos devem ser adequados ao público-alvo e agradar aos leitores; por isso, escolham histórias envolventes e atentem para que não sejam muito longas.
REALIZAÇÃO
No Passo 1: Seleção do público e dos contos da Etapa 1: Preparação e desenvolvimento, acompanhe a pesquisa dos estudantes de perto, mas, para que realizem
a tomada de decisão de forma autônoma, faça intervenções somente quando necessário. Para a realização dessa etapa, verifique a possibilidade de reservar com antecedência a sala de informática da escola, se houver.
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ABERTA PALAVRA
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Passo 2: Encontro e leitura dos contos
1 Definam com antecedência o dia, o local e o horário do encontro e informem às pessoas convidadas para que possam se organizar.
2 Providenciem cópias dos contos escolhidos para distribuir aos leitores no dia do encontro.
3 Escolham um colega do grupo para realizar a filmagem do encontro e das reações dos convidados à leitura do conto. Vocês serão filmados durante a atividade e depois farão uma análise de como foi a receptividade do público a cada texto.
4 Façam a leitura do primeiro conto. Se quiserem dar mais dinamismo, em vez de uma leitura silenciosa, realizem a leitura do texto em voz alta e de modo expressivo.
5 Em seguida, façam a leitura do segundo conto.
Passo 3: Aplicação de questionário
Agora, vocês vão avaliar a recepção dos convidados aos contos lidos por meio da aplicação de um questionário. Para elaborá-lo, sigam as próximas orientações.
1 Definam o objetivo da pesquisa: O que vocês querem saber dos convidados a respeito da recepção dos contos por meio das perguntas do questionário? Vocês podem verificar, por exemplo: a compreensão que os convidados tiveram de cada conto; de qual gostaram mais; as impressões que tiveram a respeito das histórias narradas; se houve alguma identificação com as narrativas e/ou com as personagens; se fizeram alguma remissão a casos da vida real; se estabeleceram alguma relação de intertextualidade com outros contos, filmes ou séries que conhecem; se consideram que as personagens e os enredos dão representatividade e visibilidade aos afrodescendentes; se ficaram interessados em conhecer mais contos da literatura afro-brasileira etc.
2 Antes de elaborar as perguntas, pensem no público-alvo. Os entrevistados precisam entendê-las facilmente e se identificar com elas. Para isso, escrevam de um jeito que seu público possa entender e usando termos conhecidos.
3 Escolham também o tipo de pergunta. Veja, a seguir, diferentes tipos de acordo com as respostas.
• Resposta única: o enunciado da pergunta deve pedir uma resposta objetiva. Exemplos: “De qual conto você mais gostou?” ou “Com qual dos textos você mais se identificou?”.
• Resposta múltipla: o enunciado da pergunta sugere várias possibilidades de resposta. Exemplo: “Que características dos contos lidos mais chamaram sua atenção?”. Caso seja essa a opção, para facilitar, vocês podem acrescentar ao enunciado do exemplo um comando como “Cite as três principais”. Assim, os convidados priorizarão as respostas que vão dar, o que vai gerar um volume de dados menor para a análise que vocês farão posteriormente.
• Resposta aberta: o enunciado da pergunta deve permitir declarações e depoimentos mais amplos sobre o assunto que está sendo pesquisado. No momento de analisar os dados, requer atenção e mais tempo.
No Passo 2: Encontro e leitura dos contos da Etapa 1: Preparação e desenvolvimento, caso os estudantes optem por fazer a leitura em voz alta, solicite que treinem antecipadamente, para realizá-la com expressividade e desenvoltura.
Confira se os estudantes explicam a natureza desse encontro aos convidados, sem prejudicar os objetivos da pesquisa, para que fiquem à vontade, e de que eles autorizem a realização da gravação.
No Passo 3: Aplicação de questionário da Etapa 1: Preparação e desenvolvimento, reforce com os estudantes a importância de definir com clareza os objetivos da pesquisa. No momento de elaboração das perguntas, explique que o formato deve se adequar ao público-alvo. Se necessário, reserve um momento para explicar à turma cada questionário.
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Palavra aberta
Na Etapa 2: Análise de dados e apresentação dos resultados, caso julgue necessário, peça a um dos estudantes com maior domínio no uso de planilhas e tabelas que compartilhe seus conhecimentos técnicos com os demais. Reforce a importância da organização ao tabular os dados, e do uso de um registro formal da linguagem na redação do relatório escrito de pesquisa.
No momento da elaboração do roteiro de podcast, oriente os estudantes a não lerem o relatório, elaborado anteriormente, na gravação de áudio, mas, sim, a fazerem as adaptações necessárias ao formato de podcast
• Resposta fechada: são oferecidas alternativas de resposta para a pergunta feita no enunciado. É um formato que tende a tornar a análise dos dados mais rápida.
4 Finalizadas as perguntas do questionário, é o momento de revisar e fazer as adequações necessárias. Leiam novamente as perguntas e, se houver, as opções de resposta, garantindo que todas estejam claras, corretas e de acordo com o objetivo inicial da pesquisa. Para garantir, façam um teste com alguns colegas e verifiquem se são necessários ajustes.
5 Imprimam o questionário na quantidade correspondente ao número de convidados e levem para o dia do encontro. Reservem um tempo para que eles respondam ao questionário e esclareçam as dúvidas, mas sem direcionar as respostas.
Etapa 2: Análise de dados e apresentação dos resultados
1 Computem as respostas dos questionários entregues pelos participantes da pesquisa. Para isso, vocês podem utilizar tabelas e planilhas, além de gráficos para visualizar melhor os resultados.
2 Elaborem um relatório escrito da pesquisa, iniciando por uma descrição dos primeiros procedimentos.
3 Assistam às filmagens do encontro e organizem as observações no relatório. Comparem as reações dos participantes e verifiquem se eles demonstraram envolvimento, se estavam interessados, atentos etc.
4 Finalmente, acrescentem ao relatório as conclusões do grupo e as impressões que vocês tiveram quanto à recepção dos contos pelos convidados.
5 Organizem esse material e apresentem no dia marcado pelo professor na forma de um podcast
6 Para elaborar o podcast, atentem-se aos itens a seguir.
• Releiam o relatório de pesquisa e, com base nele, elaborem o roteiro do podcast, indicando quem vai falar cada trecho, a ordem dos tópicos, quais serão as falas de apresentação e de encerramento, se haverá efeitos sonoros etc.
• Depois que o podcast estiver roteirizado, ensaiem as falas antes de iniciar a gravação. Fiquem atentos ao grau de formalidade da linguagem e ao tom de voz a ser usado.
• Com o auxílio de um celular, gravem todo o podcast, em algum local silencioso. Escutem o áudio e confirmem se é possível ouvi-lo bem.
• Depois, utilizem aplicativos de edição de áudio do próprio celular ou de um computador para editar o podcast, eliminando pausas e repetições, além de inserir efeitos sonoros, caso tenha sido planejado no roteiro.
• No dia combinado com o professor, apresentem o podcast para a turma. Após a apresentação, revisem a gravação de acordo com as instruções e os comentários do professor. Se necessário, façam os ajustes e regravem o áudio ou partes dele.
• Divulguem o podcast finalizado em plataformas de compartilhamento de áudio, se possível, e com os familiares e colegas de outras turmas por meio de aplicativos de troca de mensagens. Não esqueçam de enviar também para os participantes da pesquisa.
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PROPOSIÇÕES
Estrutura das orações: revisão
Você já estudou que os elementos básicos de uma oração são o sujeito e o predicado e que, na maioria das vezes, sua estrutura está organizada segundo a sequência padrão sujeito, verbo e complemento (S + V + C). Contudo, há outras maneiras de organizar a oração.
1. Releia a seguir o trecho do conto “Aluado” em que o narrador descreve o campinho onde os meninos jogavam futebol.
O campinho, hoje raro até mesmo nas mais longínquas periferias, era de terra, como os incontáveis terrenos baldios existentes naquela época. Apenas alguns ralos matinhos, que não podia se chamar de grama, se reproduziam e cresciam no entorno da cancha que emanava poeira, enquanto os habilidosos pés descalços davam o devido trato à velha bola de capotão, cobiçado prêmio, conquistado a duras penas com o total preenchimento do álbum de figurinha do campeonato nacional de futebol.
1. a) Sugere um local sem infraestrutura, um campinho de terra, empoeirado, sem grama, semelhante a outros que existiam em bairros da periferia.
a) Ao se referir ao campinho, o narrador dá pistas sobre o contexto social em que se passa a história. O que a descrição sugere a respeito desse local?
b) Qual era a classe social desses meninos que jogavam no campinho? Justifique sua resposta com elementos do trecho lido.
2. Nesse trecho, o narrador se refere a uma outra época.
Eram meninos pobres da periferia que certamente viviam ali ou no entorno, conforme demonstra o trecho “os habilidosos pés descalços davam o devido trato à velha bola de capotão”.
a) Em relação aos campinhos de futebol, o que diferencia o tempo em que se passa o conto do momento anterior a ele?
Antes, havia muitos campos; hoje, eles são raros, mesmo nas mais longínquas periferias.
b) As crianças costumavam preencher álbuns de figurinha do campeonato nacional de futebol. Esse hábito persiste ainda hoje ou foi próprio daquela época?
3. Releia o primeiro período do trecho.
2. b) Espera-se que os estudantes infiram que ainda existe esse hábito, principalmente em época de Copa do Mundo.
3. b) A frase intercalada “hoje raro até mesmo nas mais longínquas periferias” completa o sentido de campinho, caracterizando-o e especificando-o.
O campinho, hoje raro até mesmo nas mais longínquas periferias, era de terra, como os incontáveis terrenos baldios existentes naquela época. [...]
a) O período é simples, ou seja, formado apenas por uma oração. Por que é possível fazer essa afirmação?
Porque em todo o período há apenas uma forma verbal: era
b) A oração, além de seus elementos essenciais, também contém outros termos intercalados. Qual é a função desses termos na oração?
c) Em sua opinião, esses termos são importantes para atribuir sentidos ou poderiam ser excluídos sem nenhum prejuízo à compreensão do trecho?
Espera-se que os estudantes infiram que são importantes, pois acrescentam informações específicas a cada um deles, evidenciando julgamento e inserindo ponto de vista do narrador.
As atividades iniciais propostas na seção Por dentro da língua têm como objetivo revisar os conhecimentos que os estudantes já adquiriram sobre a estrutura da oração.
REALIZAÇÃO Por dentro da língua
1. Auxilie os estudantes a inferir as características do espaço utilizado pelos meninos como lazer. Explique que essa descrição pode contribuir para que o leitor se aproxime da história contada, uma vez que ela ainda é comum no Brasil. Espera-se que infiram a classe social dos meninos a partir da leitura do trecho.
2. a) Se desejar, pergunte se conhecem campos de futebol como esse ou se já jogaram bola em espaços semelhantes.
2. b) Se desejar, pergunte se já tiveram um álbum de figurinhas, ou ajudaram na troca de figurinhas.
3. a) Se necessário, explique que o núcleo da oração é o verbo.
3. b) e 3. c) Auxilie os estudantes a identificar a oração, que não é principal, mas contribui para a construção de sentidos do texto. Se necessário, faça duas leituras do trecho, com e sem a oração intercalada, para que os estudantes observem a diferença na construção de sentidos.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
4. a) Se for possível, considere a possibilidade de anotar o trecho na lousa e destacar o núcleo das orações com cores diversas. A visualização da estrutura pode facilitar o aprendizado dos estudantes.
4. b) Comente que o sujeito da oração estabelece uma relação de concordância com o verbo, núcleo da oração.
4. c) Se desejar, explique que, na escrita literária, os autores podem fazer escolhas não convencionais, relativas à estrutura dos termos da oração, para a construção de sentidos nos textos.
PROPOSIÇÕES
Caso ache necessário, separe outros trechos e divida-os entre os estudantes, organizados em pequenos grupos, para que analisem, de modo coletivo e colaborativo, as orações complexas no trecho. Espera-se que compreendam as diferentes finalidades do uso desse recurso da linguagem nos textos.
4. c) Espera-se que os estudantes reconheçam que as orações analisadas não se encontram na estrutura padrão, porque os sujeitos das formas verbais se encontram em outras orações, exceto na última, em que o sujeito se encontra antes da forma verbal.
4. Agora, releia este trecho.
[...] Apenas alguns ralos matinhos, que não podia se chamar de grama, se reproduziam e cresciam no entorno da cancha que emanava poeira, enquanto os habilidosos pés descalços davam o devido trato à velha bola de capotão, cobiçado prêmio [...].
a) Quantas orações esse período possui? Que formas verbais exercem a função de núcleo dessas orações?
O período possui cinco orações, cujas formas verbais podia se chamar, reproduziam, cresciam, emanava e davam são o núcleo de cada oração.
b) Identifique o sujeito de cada forma verbal que você indicou no item anterior.
c) Nas orações que você analisou, o sujeito encontra-se ligado às formas verbais? Elas seguem uma estrutura padrão ou estão organizadas de outra forma?
Nas atividades anteriores, observa-se que as orações não estão construídas na estrutura padrão sujeito + verbo + complemento, pois apresentam formas mais complexas de composição, com termos intercalados necessários para atribuir sentidos ao texto.
As construções complexas são de grande importância para criar sentidos em um texto, e seu uso é bastante recorrente e produtivo na língua portuguesa.
Exemplo:
4. b) O sujeito das formas verbais podia se chamar, reproduziam e cresciam é o sintagma nominal alguns ralos matinhos; de emanava, o substantivo cancha; e de davam, o sintagma pés descalços
Era uma sexta-feira do mês de abril, céu de outono, límpido, azul e de raríssimas nuvens que cobriam e descobriam a Lua, que teimava em se mostrar inteira, enquanto a molecada corria à solta atrás da bola no poeirento campinho de terra. [...]
O exemplo é um período composto de seis orações, cada uma diferente da outra.
1. A primeira oração, que informa o momento em que o fato aconteceu, não tem sujeito, já que o verbo ser está sendo usado no sentido impessoal
2. Na segunda e terceira orações, o sujeito (nuvens) encontra-se na oração anterior.
3. Na quarta oração, além de estar na oração anterior, o sujeito (Lua) tem como complementação de seus sentidos outra oração (em se mostrar inteira).
4. A quinta oração completa os sentidos da oração anterior.
5. A sexta e última oração é a única que apresenta a estrutura básica da oração, com todos os seus elementos em ordem: sujeito (a molecada) + verbo intransitivo (corria) + adjuntos adverbiais (à solta atrás da bola no poeirento campinho de terra).
A construção complexa é um recurso sintático que permite agregar outras informações ao enunciado, com as mais diferentes finalidades, como revelar uma fonte de informação para garantir credibilidade ou modalizar o enunciado para se comprometer ou não.
Essas diferentes construções sintáticas são motivadas pelas necessidades comunicativas próprias de cada situação de interação. A análise dessas construções complexas possibilita reconhecer e estabelecer a dependência entre elementos que não estão próximos na oração, mas que se relacionam, como sujeito e predicado, quando deslocados ou separados.
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ATIVIDADES
1. Leia o trecho de uma reportagem sobre uma manifestação cultural de origem africana: a boneca abayomi
Com tecidos descartados por confecções, mulher produz bonecas de herança africana: ‘Valorização da cultura’
Segundo artesã de Tietê (SP), que também ministra oficinas, as bonecas abayomi eram produzidas dentro dos navios negreiros, pelas mães escravizadas, para “possibilitar que as crianças saíssem um pouco daquele cenário de horror”.
Por Júlia Nunes, g1 Itapetininga e Região – 20/11/2021
A arte-educadora Aniete Abreu, de Tietê (SP), encontrou nas bonecas abayomi um artesanato que une a preocupação ambiental com a possibilidade de resgatar a herança africana e disseminar a cultura negra no interior de São Paulo.
“Tenho uma amiga jornalista que me apresentou essas bonecas um dia na minha casa, aí tive curiosidade. Quando eu soube da história, fiquei impressionada. E o que me deu ainda mais vontade de conhecer foi ver que, do lixo, é possível contar uma história tão bonita”, relata Aniete.
De acordo com a moradora, as bonecas abayomi eram produzidas dentro dos navios negreiros, pelas mães negras escravizadas. Ela contou que as mulheres rasgavam um pedaço de tecido das roupas e confeccionavam as bonecas, através de nós.
“Era para possibilitar que as crianças saíssem um pouco daquele cenário de horror. É como se fosse um amuleto, um acalanto. Eu fico imaginando como essas mulheres podiam ter um olhar fraterno, materno, acolhedor, naquelas condições”, afirma a artesã.
Se para fazer as bonecas é necessário apenas um pouco de tecido, o município de Tietê não poderia ser mais adequado para a produção. A cidade tem várias confecções de roupas e Aniete contou que utiliza os resíduos das fábricas [n]o artesanato.
“É um artesanato sustentável. A boneca é melhor feita com malha e tem uma confecção na cidade que já conhece meu trabalho, então eu vou até lá e retiro o material. É a sobra, tudo gratuito. Nem todas as confecções têm um descarte para isso, então elas até agradecem que eu faça a retirada”, afirma.
PROPOSIÇÕES
Em Atividades, a leitura da reportagem possibilita que os estudantes conheçam manifestações artístico-culturais de origem africana e valorizem o protagonismo da mulher negra em diferentes trabalhos. Além disso, propicia a valorização da cultura e história afro-brasileira, ao destacar práticas e tradições de povos que contribuíram para a diversidade brasileira. Verifique a possibilidade de realizar, em conjunto com o professor do componente Arte, trabalhando a habilidade EF69AR34, uma atividade em que os estudantes possam confeccionar uma boneca abayomi Há vários tutoriais disponíveis na internet, como deste link : https://spleituras.org.br/noticia/ veja-o-passo-a-passo-paraconstruir-sua-boneca-abayomi (acesso em: 30 jul. 2022).
REALIZAÇÃO Atividades
1. Antes da leitura da reportagem, a partir da observação do título, das imagens, legendas e fonte, incentive os estudantes a antecipar as informações do texto, elaborando hipóteses. Em seguida, proponha uma leitura em voz alta e compartilhada do texto, fazendo, se desejar, intervenções para chamar a atenção para algum aspecto. Ao final, retome as considerações iniciais elaboradas pelos estudantes e verifique se as hipóteses se confirmaram.
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[...]
aniete
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Mulher produz bonecas de herança africana em Tietê.
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REALIZAÇÃO
1. a) Se desejar, discuta com os estudantes de que maneiras os indivíduos podem se conectar com as suas origens e por que é importante preservar as práticas e saberes tradicionais.
1. b) Para responder a essa pergunta, oriente-os a retomar as imagens da reportagem e observar com atenção os materiais utilizados na confecção das bonecas.
2. Se desejar, reserve um momento para contextualizar a criação do Dia da Consciência Negra no Brasil. É possível se aprofundar nas informações no site indicado a seguir: www12.senado.leg.br/ noticias/infomaterias/2021/11/ dia-da-consciencia-negra-50anos-liberdade-conquistadanao-concedida (acesso em: 30 jul. 2022).
3. a) Auxilie os estudantes a identificar as orações do período, por meio da identificação das formas verbais.
3. b) Comente que se trata de uma estratégia para reportar o discurso direto.
3. c) Auxilie-os a perceber que a oração acrescenta informação à oração anterior.
4. Se possível, discuta com os estudantes cada uma das alternativas, de modo que percebam a função dos elementos da oração.
1. b) As bonecas são feitas de retalhos que sobram de confecções e que, sem um descarte adequado, podem produzir danos ao meio ambiente. Portanto, ao serem confeccionadas com as sobras dessas fábricas, as bonecas estão contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Aniete também contou que faz acessórios, brincos, tiaras e materiais escolares com bonecas abayomi para vender. Ela disse que o artesanato é uma forma das crianças negras se sentirem representadas.
“Eu quero espalhar essa história para as pessoas. Eu sou uma ativista e acredito que, como mulher negra, apesar de não ser tão retinta, é necessário você se enxergar, ter a autoestima trabalhada. O preconceito existe, então a gente tem que buscar maneiras de se unir, conhecer nossa ancestralidade e repassar para os demais”, finaliza a artesã.
NUNES, Júlia. Com tecidos descartados por confecções, mulher produz bonecas de herança africana: ‘Valorização da cultura’. G1 Itapetininga e região, [Tietê], 20 nov. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ sp/itapetininga-regiao/noticia/2021/11/20/com-tecidos-descartados-por-confeccoes-mulher-produz-bonecas-deheranca-africana-valorizacao-da-cultura.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2022.
a) A reportagem refere-se ao trabalho desenvolvido por uma arte-educadora da cidade de Tietê (SP). De acordo com o texto, o que a fez se interessar em confeccionar essas bonecas?
Segundo o texto, a arte-educadora encontrou na confecção das bonecas uma forma de resgatar a herança e a ancestralidade africanas e de disseminar a cultura negra.
b) A arte-educadora também afirmou que as bonecas abayomi contribuem com a preservação do meio ambiente. Em sua opinião, como se dá essa contribuição?
2. A reportagem foi publicada em 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra.
a) Com que finalidade, provavelmente, foi escolhido esse dia para a publicação da reportagem?
Provavelmente para trazer à tona a questão da valorização da cultura negra e da ancestralidade africana, como forma de resgatar a identidade da população afro-brasileira.
b) Ao se referir à origem das bonecas, que perspectiva a reportagem deseja evidenciar sobre as mulheres negras?
Deseja evidenciar a coragem e o amor das mulheres negras por suas crianças, assim como ressaltar o caráter de luta e resistência dessas mulheres.
3. Releia a linha fina abaixo do título da reportagem.
a) Quantas orações esse período possui?
Quatro orações.
b) O período começa com uma referência à artesã: “Segundo artesã de Tietê (SP)”. Por que essa informação pode ter sido inserida?
c) Analise a oração “que também ministra oficinas”. Com que termo ela estabelece relação? Qual é a função dela?
Ela está relacionada ao termo artesã e tem a função de especificá-lo.
4. Releia esta outra oração que também faz parte da linha fina.
[...] as bonecas abayomi eram produzidas dentro dos navios negreiros, pelas mães escravizadas [...].
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[...]
Artesã de Tietê disse que bonecas abayomi eram produzidas nos navios negreiros.
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3. b) Provavelmente, para revelar a fonte da informação, garantindo credibilidade e, ao mesmo tempo, não se comprometer com a informação dada.
5. b) A oração que vem introduzida pelo conectivo que complementa os sentidos da primeira oração, exercendo a função de um complemento verbal.
• No caderno, transcreva a alternativa que não corresponde a essa oração.
A. A oração é considerada a principal do período.
B. É uma oração coordenada assindética.
REALIZAÇÃO
Alternativa B.
C. A locução verbal eram produzidas encontra-se na voz passiva analítica.
D. A expressão pelas mães escravizadas é o agente da voz passiva.
5. Releia o período a seguir, que informa como as mulheres faziam as bonecas.
[...] Ela contou que as mulheres rasgavam um pedaço de tecido das roupas e confeccionavam as bonecas, através de nós.
5. a) Ela é formada por sujeito (ela) e forma verbal (contou).
a) Observe a composição da oração em destaque. Por quais elementos ela é formada?
b) Se essa oração terminasse na forma verbal, ela seria compreendida? Qual é a função da oração que aparece na sequência?
c) Agora, releia a última oração desse período. É possível afirmar que ela possui uma estrutura básica ou uma construção complexa? Justifique.
6. Leia novamente um trecho da fala de Aniete.
5. c) Espera-se que os estudantes reconheçam que, pelo fato de o sujeito (mulheres) encontrar-se na oração que a antecede, a oração analisada apresenta uma estrutura complexa.
“Eu quero espalhar essa história para as pessoas. Eu sou uma ativista e acredito que, como mulher negra, apesar de não ser tão retinta, é necessário você se enxergar, ter a autoestima trabalhada. [...]”, finaliza a artesã.
a) Ao trazer essa fala para o seu texto, o que a jornalista que escreveu a reportagem provavelmente deseja destacar?
O espírito de luta e determinação e a valorização das mulheres negras.
b) Nas duas primeiras orações, Aniete usa o pronome pessoal eu: “Eu quero espalhar” e “Eu sou”. Na oração “é necessário você se enxergar”, ela usa o pronome de tratamento você. Em sua opinião, considerando o contexto, que efeito de sentido pode ser atribuído a essa troca de pronomes?
7. Agora, observe a oração em destaque no depoimento de Aniete, reproduzido na atividade anterior.
a) O que se pode inferir sobre a artesã com base nessa oração?
b) O adjetivo retinto é usado pelos ativistas para se referir aos negros de pele mais escura. Com que finalidade a artesã pode ter inserido esse termo em sua fala?
Provavelmente, para reiterar seu papel de ativista e de defensora da cultura afro-brasileira.
8. Releia este trecho da reportagem.
[...] é necessário você se enxergar [...].
7. a) Pode-se inferir que, mesmo não tendo provavelmente a pele muito escura, ela se considera uma mulher negra e luta pelos direitos das mulheres afrodescendentes.
• No caderno, transcreva a alternativa que não está de acordo com a análise dessas orações.
5. a) Auxilie-os a perceber que a oração é formada por sujeito e forma verbal.
5. b) Se desejar, leia em voz alta a oração “Ela contou…” e leve-os a perguntar ao verbo (Contou o quê?), para que percebam que a oração está incompleta.
5. c) Auxilie-os a perceber que se trata de uma oração de estrutura complexa, uma vez que ela complementa o sentido da anterior. Se achar oportuno, diga que ela é objeto direto da oração anterior, complementando o predicado contou (Ela contou o quê?).
6. a) Comente que a escolha por incluir uma fala em uma reportagem está orientada pela intenção comunicativa da jornalista, autora da reportagem.
6. b) Comente que o uso do pronome você no trecho também evidencia que Aniete se inclui no grupo de mulheres negras. Explique que esse uso é bastante coloquial e faz parte do registro oral da língua.
7. a) Espera-se que os estudantes infiram que, mesmo tendo a pele clara, Aniete se declara como negra.
A. A oração “é necessário” dá um tom impessoal, favorecendo um distanciamento do falante e não comprometendo o que se diz.
B. A oração “você se enxergar” completa o sentido da oração “é necessário”.
C. As construções das duas orações são complexas.
Alternativa D
D. As duas orações apresentam em suas composições uma estrutura básica ou padrão.
6. b) Espera-se que os estudantes infiram que, ao usar o pronome eu, Aniete assume o seu papel como mulher negra e ativista; já ao usar você, ela está se dirigindo à leitora, incluindo-a na sua causa e pressupondo que ela seja também uma mulher negra.
7. b) Para saber mais de como o preconceito pode estar relacionado à tonalidade da pele, leia um artigo que traz contribuições do pesquisador Messias Basques, doutor em antropologia pelo Museu Nacional. Disponível em: www.uol.com.br/ecoa/ ultimas-noticias/2021/09/08/ o-que-e-colorismo-e-comoele-afeta-a-vida-de-negrosde-pele-retinta.htm (acesso em: 30 jul. 2022).
8. Se for possível, discuta cada alternativa com os estudantes. Incentive-os a explicar por que as alternativas estão corretas ou não.
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REALIZAÇÃO
Atividades
9. Considere diferentes respostas. Incentive-os a justificar seus pontos de vista com argumentos coesos e coerentes. Se puder, faça uma nova leitura em voz alta dos títulos, para que os estudantes percebam as diferenças na construção de sentidos e observem que a escolha das palavras garante diferentes enfoques ao mesmo fato relatado.
PROPOSIÇÕES
A proposta de Língua em cena tem a finalidade de incentivar os estudantes a localizar em manchetes jornalísticas as atividades abordadas na seção de análise linguística, levando-os a reconhecer como os tópicos gramaticais estudados alteram a significação do texto; que efeitos de sentido provocam; para que são usados; a que pretensões comunicativas atendem e outros aspectos, de modo que compreendam que estão no texto por conta de alguma função ou de sentido pretendido.
Por meio de estratégias didáticas das metodologias ativas (projeto de pesquisa, aprendizagem colaborativa), os estudantes são orientados a trabalhar em grupo, desenvolvendo neles o protagonismo, ao realizar prática de pesquisa de análise documental.
Ao longo dos volumes anteriores, os estudantes já se familiarizaram com as noções dessa prática de pesquisa, proposta com recorrência no boxe Língua em cena, em que colocam em prática as questões e os tópicos abordados na seção de análise linguística ao analisar textos de gêneros variados e de circulação em contextos reais de uso.
9. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que a escolha da palavra estabelece uma diferença de sentidos entre os dois títulos, embora seja muito sutil.
9. Leia o título de uma notícia sobre esse mesmo fato, publicada em outro veículo, e compare-a com o da reportagem que você leu.
Com tecidos descartados, artesã de Tietê produz bonecas de herança africana
COM TECIDOS descartados, artesã de Tietê produz bonecas de herança africana. GNTC. [S. l.], 22 nov. 2021. Disponível em: www.gntc.com.br/post?i=com-tecidos-descartados--artesa-de-tiete-produz-bonecas-deheranca-africana--3816. Acesso em: 27 jun. 2022.
a) Com base na leitura dos títulos, é possível afirmar que há diferentes abordagens em relação ao fato ou não? Justifique sua resposta.
b) No título da notícia, o trecho inicial é “Com tecidos descartados”. Comparando esse título com o da reportagem da atividade 1, qual deles é mais enfático? Por quê?
c) O título da reportagem usa o termo mulher enquanto o da notícia usa artesã. Em sua opinião, há diferença de sentidos entre essas duas palavras? Explique.
d) Com base nessa análise, qual dos títulos pode estar mais relacionado ao ativismo do movimento negro? Espera-se que os estudantes infiram que é o título da reportagem, pelo fato de ter usado palavras com conotações mais fortes.
9. b) Espera-se que os estudantes reconheçam que é o da reportagem da atividade 1, porque informa quem é o agente de descarte dos tecidos, destacando-o.
LÍNGUA EM CENA
Períodos e orações em manchetes jornalísticas
Nesta atividade, você e um colega vão pesquisar duas manchetes de notícias e/ou reportagens e analisar os períodos e orações empregados em suas composições.
Inicialmente, selecionem as manchetes, cujos temas podem estar ou não relacionados a questões sociais e raciais, como as abordadas no texto principal deste capítulo. Em seguida, analisem essas manchetes reconhecendo o tipo de período usado em sua composição, identificando o número de orações e como estão organizadas.
Depois, verifiquem a estrutura dessas orações – se predomina algum tipo específico de estrutura; se elas possuem estrutura padrão ou uma estrutura complexa –, explicando os efeitos de sentido que a escolha de cada tipo de estrutura produz. Observem também a forma como as orações estão organizadas dentro do período – se seguem uma sequência ou se estão intercaladas –, analisando os sentidos e as funções que essas orações desempenham.
Agora, analisem as orações verificando os termos que as compõem: se há sujeito e em que posição ele se encontra, se está na mesma oração ou em outra; que sentido a oração traz ao período. Observem também se há algum termo no título que expressa algum posicionamento implícito ou um juízo de valor, e se o tom que evidencia é de neutralidade ou de posicionamento.
Anotem as análises e conclusões no caderno utilizando os conhecimentos linguísticos e gramaticais, como concordâncias, pontuação, ortografia etc. No dia marcado pelo professor, apresentem suas conclusões aos colegas. Ouçam atentamente as explicações dos colegas e, se quiserem fazer alguma interferência, esperem o momento adequado.
9. c) Resposta pessoal. É possível que os estudantes informem que cada um dos veículos quis dar um enfoque: no título Com tecidos descartados por confecções, mulher produz bonecas de herança africana: ‘Valorização da cultura’, a palavra mulher dá uma conotação de valorização ao gênero feminino; no título Com tecidos descartados, artesã de Tietê produz bonecas de herança africana, a palavra artesã especifica uma função.
REALIZAÇÃO
Língua em cena
Para o desenvolvimento do trabalho proposto, incentive os estudantes a desenvolver as análises de maneira autônoma. Também oriente as duplas a observar os
efeitos de sentido construídos pela escolha vocabular ou pela organização sintática das orações e períodos nas manchetes jornalísticas selecionadas.
No momento de compartilhamento de resultados, reforce a importância da escuta ativa, para que as discussões sejam produtivas.
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QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
Pontuação: recursos estilísticos
Os sinais de pontuação são recursos que ajudam a estabelecer sentido no que está sendo escrito. Esse recurso linguístico também é usado em textos poéticos, contribuindo para dar ritmo ao poema.
1. Em voz alta, leia a primeira estrofe do poema “Aonde?…”, de Florbela Espanca.
Ando a chamar por ti, demente, alucinada, Aonde estás, amor? Aonde... aonde... aonde?... O eco ao pé de mim segreda... desgraçada. E só a voz do eco, irônica, responde!
a) O que o eu lírico sente nesse momento?
O eu lírico sente-se angustiado, infeliz e desnorteado.
b) Nesses versos, que recursos linguísticos evidenciam essas sensações?
Os sinais de pontuação, como as vírgulas, reticências, exclamações e interrogações.
2. No primeiro verso, há o uso de vírgulas. Com qual finalidade elas foram usadas?
Com a finalidade de acentuar o estado em que se encontra o eu lírico (“demente, alucinada”).
3. Agora, analise o segundo verso.
a) Que efeito de sentido o uso do sinal de interrogação produz no verso?
b) Observe o uso das reticências no trecho. O que elas sugerem?
4. No quarto verso, que efeito de sentido produz o uso de vírgulas entre o adjetivo irônica?
Acentuar o que o eu lírico pensa a respeito do eco ou da voz que responde ao seu chamado.
Nos versos analisados anteriormente, observa-se a importância dos sinais de pontuação para evidenciar os sentidos e dar ritmo ao poema.
Os sinais de pontuação também podem ser usados como recursos estilísticos em um poema. Eles permitem dar pausas longas ou curtas, o que confere ritmo ao texto, e evidenciar dúvidas ou inserir interrupções, entre outras possibilidades.
Exemplos:
3. a) Enfatiza a dúvida e a angústia sentidas pelo eu lírico nesse momento.
3. b) No segundo verso, sugerem a ideia de repetição e, no terceiro, de interrupção, para introduzir a voz do próprio eu lírico (desgraçada).
[…] quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
Nos quatro primeiros versos desse trecho do poema “José”, os sinais de pontuação possibilitam que se façam pausas curtas (com o uso das vírgulas) e longas (com o uso do ponto e vírgula e do ponto-final); já no último verso, o emprego do ponto de interrogação evidencia a dúvida do eu lírico.
REALIZAÇÃO
Questão de fala e escrita
1. Se possível, solicite por voluntários para que leiam o trecho do poema indicado de maneira expressiva para que a turma perceba os sentimentos do eu lírico. Espera-se que os estudantes percebam que os recursos linguísticos contribuem para a construção dos efeitos de sentido do poema.
2. Espera-se que percebam que o uso da pontuação pode evidenciar sensações no texto. No caso em foco, elas ajudam a atribuir características ao eu lírico ao organizar a enumeração.
3. a) Espera-se que os estudantes compreendam os efeitos de sentido produzidos pelo uso do sinal de interrogação no texto. Se desejar, proponha a troca do sinal de pontuação, para verificar as mudanças de sentido no poema.
3. b) Comente que o significado de cada sinal de pontuação não é fixo, mas depende do contexto em que está sendo utilizado.
4. Oriente os estudantes a perceber que se trata de uma avaliação do eu lírico sobre a voz do eco no poema, especificando a forma como ele interpretou essa voz.
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PROPOSIÇÕES
As atividades de Questão de fala e escrita propiciam uma reflexão com os estudantes sobre como o uso da pontuação pode contribuir para a construção de
sentidos nos textos. Busque realizar uma leitura expressiva dos poemas apresentados, em que se evidencie o ritmo e a sonoridade provocados pelo uso dos sinais de pontuação.
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PROPOSIÇÕES
Em Atividades, o trabalho com as trovas populares se relaciona com o TCT Diversidade cultural, ao possibilitar aos estudantes ampliarem o repertório intelectual, a partir de diferentes leituras, a fim de que valorizem o Patrimônio Cultural Material e Imaterial brasileiro.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. Se possível, faça uma leitura expressiva em voz alta das trovas com os estudantes para que percebam os efeitos de sentido dos textos. Auxilie-os a identificar o tema abordado nelas.
1. b) Incentive-os a compartilhar suas experiências livremente em sala de aula e a apresentar justificativas coesas e coerentes.
2. Se necessário, solicite por voluntários que façam uma nova leitura das trovas. Espera-se que percebam os usos do sinal de dois-pontos no texto e o diferenciem da expressão dois pontos, que denota topicalização.
3. e 4. Oriente os estudantes a compreender o uso das reticências e das exclamações nos textos. Espera-se que percebam que o sinal de pontuação é utilizado como um recurso expressivo nos textos. Se considerar oportuno, peça a eles que substituam a pontuação nos dois casos e avaliem as mudanças de sentido.
Breve
Bom, diz ele, Dia!, diz ela.
Vamos?, diz ele, Não!, diz ela.
Que há?, diz ele, Nada!, diz ela.
Então, diz ele, Adeus!, diz ela.
O’NEILL, Alexandre. Breve. In: FERRAZ, Eucanaã (org.). A lua no cinema e outros poemas. São Paulo: Seguinte, 2011. p. 67. © Herdeiros de Alexandre O'Neill e Assírio & Alvim / Grupo Porto Editora. Nesse poema, os versos construídos de forma concisa e com poucas palavras expressam o sentido de brevidade do título. Os sinais de pontuação são essenciais para que se possa atribuir sentidos ao texto. Por meio deles, percebe-se que o assunto do poema é o término de um relacionamento amoroso, o que vai sendo construído também com o recurso dos sinais de pontuação.
ATIVIDADES
1. As trovas populares são pequenas composições poéticas. Leia os exemplos a seguir.
TROVA 1
Amar e saber amar são dois pontos delicados: os que amam são sem conta; os que sabem são contados.
TROVA 2
As rosas é que são belas, são os espinhos que picam, mas são as rosas que caem, são os espinhos que ficam...
TROVA 3
Venci! Cheguei a subir!
Nada! Ninguém me ajudou! Mas comecei a cair, toda gente me puxou!...
1. a) Espera-se que os estudantes infiram que essas trovas transmitem ensinamentos, abordando o amor e as dificuldades da vida.
OTÁVIO, Luiz; JORGE, José Guilherme de Araújo. 100 trovas populares (anônimas) Rio de Janeiro: Vecchi, 1959. (Trovadores brasileiros, v. 8). Disponível em: https://falandodetrova.com.br/08cemtrovaspopulares. Acesso em: 7 jul. 2022.
a) As trovas podem abordar sentimentos, transmitir ensinamentos ou provocar riso. Quais desses efeitos de sentido essas trovas produzem?
b) Alguma delas traz uma mensagem com a qual você se identifica? Qual? Explique por quê.
Respostas pessoais.
2. Agora, leia as trovas em voz alta.
a) Como o ritmo delas é construído?
2. b) Eles anunciam o que os versos seguintes explicitarão, a diferença entre amar e saber amar.
Com as rimas e com os sinais de pontuação.
b) Releia a trova 1. Que efeito de sentido os dois-pontos atribuem ao texto?
c) Na trova, fala-se em “dois pontos”. Em sua opinião, essa referência tem alguma relação com o sinal de pontuação empregado na trova?
Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois reforça a ideia de que são duas coisas diferentes. Sugerem uma proposta de reflexão para o leitor, isto é, indicam uma incompletude da ideia, que deverá ser intuída pelo leitor.
3. Observe o uso das reticências na trova 2 . O que elas sugerem?
4. A trova 3 é pontuada por vários sinais de exclamação. O que a repetição desse sinal pretende realçar?
A emoção do que é dito na trova: o que as pessoas sentem quando passam por momentos semelhantes.
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PROPOSIÇÕES
PRODUÇÃO MULTIMODAL
Festival de paródias
Agora, você vai produzir uma paródia. A proposta é que, em duplas, você e os colegas escolham um texto-fonte e, ao recriá-lo, promovam a reflexão sobre alguma questão social importante para vocês, por meio da crítica ou do humor. As paródias produzidas serão compartilhadas com os estudantes de outras turmas e com os familiares em um festival de paródias na escola. Além da paródia poética que você estudou neste módulo, existem várias outras. Observe as imagens a seguir.
IMAGEM 1
IMAGEM 2 © antonio de LuCa
Uma paródia pode ser criada com base em uma pintura, uma música, uma peça de teatro, um filme, uma fotografia, entre outras possibilidades.
A proposta de Produção multimodal permite que os estudantes explorem um gênero muitas vezes considerado “menor”, como a paródia, mas cujo domínio possibilita a compreensão de diferentes linguagens. Assim, eles podem ampliar a compreensão de textos desse gênero e participar de sua produção e recepção de maneira mais crítica e qualificada.
REALIZAÇÃO
Produção multimodal
Ao conduzir a leitura da imagem 1, proponha aos estudantes analisar, com atenção e detalhadamente, os elementos verbais e não verbais que a compõem, a fim de compreender os efeitos de humor produzidos na paródia. Proponha a eles observar as obras que deram origem a ela e justificar por que podemos considerá-la como um meme, ou seja, uma peça textual que se espalha pelas redes.
MUNCH, Edvard. O grito. 1893. Óleo, têmpera e pastel sobre cartão, 91 cm × 73,5 cm. Galeria Nacional, Oslo, Noruega.
Paris, França.
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Meme do siciliano Antonio de Luca com intervenção brasileira no balão de fala.
IMAGEM 3
Museu do Louvre,
DA VINCI, Leonardo. Mona Lisa. c. 15031506. Óleo sobre madeira, 77 cm × 53 cm. Museu do Louvre, Paris, França. Foto: s unny Ce L este/aL a M y/Fotoarena Museu naCionaL de arte, arQuitetura e desiGn, osLo, norueGa. Foto: asar studios/aLaMy/Fotoarena
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REALIZAÇÃO
Na etapa Planejando a paródia, certifique-se de que a turma compreendeu o conceito de paródia. Se necessário, aproveite o momento para sanar eventuais dúvidas. Incentive-os a utilizar a criatividade, ao escolher o tipo de paródia e a mensagem a ser compartilhada.
Na etapa Produzindo a paródia, enfatize aos estudantes que o leitor deve reconhecer na paródia a obra original que lhe deu origem. Oriente-os a testar várias possibilidades até selecionar aquela que mais agradou à dupla.
O meme é um gênero que circula em meio digital e é exaustivamente compartilhado e reproduzido pelos usuários com o objetivo de criticar e provocar humor. Pode se materializar em imagens legendadas, vídeos ou bordões engraçados, por exemplo. Costuma fazer referência a filmes, séries de televisão, personalidades famosas e celebridades.
A imagem 1 é um meme que também pode ser considerado uma paródia, já que dá um novo significado às pinturas das imagens 2 e 3 e, com o uso das linguagens verbal e não verbal, convida o leitor a refletir por meio do humor.
Mona Lisa, de Leonardo da Vinci (1452-1519), é mundialmente conhecida por seu sorriso enigmático. No meme, ela parece estar em uma janela, com cara de enfado. O grito, do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944), é uma pintura famosa pela expressividade no rosto da personagem, que parece emitir um grito.
No meme, os personagens das telas, emoldurados como em um museu, ganham vida, como se um estivesse gritando para o outro, e o texto verbal deixa clara a reação de Mona Lisa diante de O grito. Assim, de certa forma, essa paródia desmitifica telas emblemáticas da história da arte e o inusitado provoca o humor.
Planejando a paródia
Agora é a sua vez de soltar a criatividade e produzir uma paródia. Para isso, siga as instruções.
1 Forme dupla com um colega.
2 Juntos, escolham o tipo de paródia que vão produzir. Pode ser uma paródia poética, criada com base em um poema conhecido da literatura; uma paródia visual, feita a partir de uma pintura famosa, como no exemplo que você viu anteriormente; ou ainda uma paródia musical, que use uma canção (letra e música) como base.
3 Depois de escolher o tipo de paródia, selecionem o texto-fonte e, no caderno, anotem uma justificativa para a escolha do poema, da imagem ou da música.
4 No caderno, escrevam também qual será o objetivo da paródia, sobre qual questão social vocês querem fazer o público refletir e se farão isso por meio do humor ou da crítica.
Produzindo a paródia
1 Analisem o texto-fonte escolhido para a paródia e decidam que elementos serão alterados ou substituídos para criar os efeitos de sentido planejados.
2 Definam também os elementos que serão mantidos para garantir que o público reconheça que se trata de uma paródia e identifique o texto-fonte.
3 Caso tenham escolhido a paródia poética, uma possibilidade é modificar palavras e expressões, mas manter o ritmo e a estrutura
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dos versos, por exemplo. Para realizar a paródia visual, vocês podem fazer intervenções em uma cópia impressa da imagem escolhida ou usar um programa de edição de imagens no celular ou no computador. Se a opção tiver sido a paródia musical e alguém da dupla tocar um instrumento musical, vocês podem improvisar em cima da melodia da canção escolhida, por exemplo.
4 Testem várias possibilidades para a paródia e, juntos, avaliem qual ficou mais engraçada ou gerou uma crítica mais contundente.
5 Registrem essa primeira versão da paródia poética no caderno. A paródia visual pode ser impressa em tamanho pequeno. Para a paródia musical, gravem um áudio usando o celular e anotem no caderno a letra com as alterações realizadas.
Revisando e reescrevendo a paródia
1 Troquem a paródia com outra dupla e avaliem a produção dos colegas observando os critérios a seguir.
• É possível reconhecer o texto-fonte da paródia?
• A paródia recria o texto original trazendo outra perspectiva?
• É possível identificar um tema social na paródia? Se sim, qual é esse tema?
• Há coerência entre o texto original e a paródia?
• Qual(is) sugestão(ões) gostaria(m) de dar para melhoria do trabalho?
2 Verifiquem os apontamentos dos colegas e reelaborem as partes que necessitam de aperfeiçoamento.
Elaborando a versão final da paródia
1 Digitem a versão final da paródia poética ou a letra da paródia musical.
2 Para a paródia visual, providenciem uma cópia em tamanho grande da imagem.
Realizando o festival de paródias
1 Agora, a turma vai apresentar as produções em um festival de paródias na escola. Para isso, combinem com o professor o dia e o horário do evento e reservem um espaço adequado para receber o público. Definam também a ordem das apresentações. Convidem colegas de outras turmas e familiares para participar.
2 No dia do evento, as paródias poéticas podem ser lidas pelas duplas, as paródias visuais projetadas ou exibidas em cartazes e as paródias musicais executadas com o acompanhamento de instrumentos, se possível. Lembrem-se de registrar as apresentações em fotografias e/ou vídeos.
3 Depois, compartilhem as paródias nas redes sociais da escola ou no blogue da turma. As publicações devem ser acompanhadas do texto-fonte e de uma explicação sobre os objetivos da recriação.
REALIZAÇÃO
Na etapa Revisando e reescrevendo a paródia, incentive a turma a propor melhorias, caso necessário, de forma respeitosa com as duplas.
Na etapa Elaborando a versão final da paródia , oriente-os a verificar se a apresentação da versão final foi feita em tamanho adequado para fácil visualização do leitor, ou se está audível, sem ruídos.
Na etapa Realizando o festival de paródias, crie um ambiente em que os estudantes se sintam confiantes para o momento de compartilhar as produções, com palavras de incentivo. Registre os resultados por meio de fotos, a fim de valorizar o trabalho da turma.
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BNCC
Habilidades de encerramento
• EF69LP13
• EF69LP14
• EF69LP15
• EF69LP21
• EF89LP27
• EF69AR01
• EF69AR02
• EF69AR05
• EF69AR31
• EF69AR33
PROPOSIÇÕES
Em Linguagens em conexão, são exploradas relações entre arte e luta social. O mural de grafite Orí – A raiz que sustenta é a mesma que floresce é um dos mais conhecidos da artista Criola. Orí significa “cabeça” em iorubá e, na obra, a cabeça e o cabelo da mulher negra são inseridos como símbolos de culturas africanas e da origem afrodescendente. A cabeça da mulher negra pode significar, então, a representatividade e o resgate da identidade africana. Na obra, também há plantas, como a espada-de-são-jorge, muito presente em culturas brasileiras e entendida como um símbolo de proteção, e folhas de coqueiros, que mostram a influência tropical. Segundo a própria artista, os grafismos conectam culturas indígenas e africanas, ressaltando a história do povo brasileiro.
A obra Cunhatain, antropofagia musical, de Denilson Baniwa, propõe reflexões complexas e importantes a respeito do uso de tecnologias por povos indígenas. O próprio artista ressalta que não é possível esquecer que os primeiros contatos dos indígenas com ferramentas tecnológicas originárias de outras sociedades foram marcados por muita violência e com o objetivo explícito de explorar e dominar. Culturas europeias e colonizadoras impuseram o uso de suas tecnologias a esses povos, recusando e desmerecendo as tecnologias e
Arte e luta social
Neste módulo, você estudou diversos poemas, paródia e conto e, por meio deles, pôde refletir sobre a diversidade e a representatividade do povo brasileiro em obras literárias. Agora, você vai conhecer obras de três artistas brasileiros que utilizam a arte para lutar pelos direitos de grupos sociais minorizados e pela valorização de suas culturas. Observe as imagens.
A artista mineira Tainá Lima, mais conhecida como Criola (1990-), costuma fazer grandes murais de grafite em espaços urbanos públicos. Com eles, a artista valoriza as mulheres negras e problematiza preconceitos sofridos por elas. Como mulher negra, a própria artista luta pela representatividade na arte e nas imagens que fazem parte do cotidiano das cidades.
conhecimentos dos próprios indígenas. Porém, nessa obra, Baniwa mostra que houve uma reviravolta nessa lógica e que, atualmente, os indígenas podem utilizar essas ferramentas sem necessariamente abandonar ou desmerecer a própria cultura; muito pelo contrário, as tecnologias podem servir para o fortalecimento delas.
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Já a obra Pivete, de Joelington Rios, surgiu do contato do artista com o cotidiano de pessoas negras na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e da evidente desigualdade social. O simples ato de descolorir os cabelos “marca” jovens negros de favelas como alvos ainda maiores de preconceito e racismo por outras pessoas da cidade.
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CONEXÃO LINGUAGENS EM
CRIOLA. Orí – A raiz que sustenta é a mesma que floresce. 2015. Mural de grafite em Belo Horizonte (MG).
A artista Criola, em Belo Horizonte (MG). Fotografia de 2014.
BANIWA, Denilson. Cunhatain, antropofagia musical . 2018. Tinta acrílica sobre tecido, 160 cm × 200 cm.
martins / agÊncia o gloBo @criola/
O artista Denilson Baniwa, no Rio de Janeiro (RJ). Fotografia de 2022.
© Denilson
Baniwa/coleÇão
P articular leo
athos souZa @criola/ athos souZa
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Já o artista indígena Denilson Baniwa (1984-), nascido na cidade de Barcelos, no interior do Amazonas, ficou muito conhecido por sua arte e atuação como ativista pelos direitos dos povos indígenas. Em suas obras, ele critica preconceitos, questiona estereótipos e propõe ao público que se aproxime de culturas indígenas, valorizando-as. As produções do artista propõem a reflexão sobre questões sociais e políticas de extrema relevância, como os genocídios que ocorrem com povos indígenas e a preservação ambiental.
O terceiro artista é o quilombola Joelington Rios (1997-), nascido no Quilombo Jamary dos Pretos, na cidade de Turiaçu (MA). Atualmente, ele vive e trabalha entre seu quilombo de origem e a cidade do Rio de Janeiro e produz trabalhos que criam e recriam narrativas sobre a população negra brasileira e propõe novas formas de existência.
1. Observe as imagens. Quais reflexões essas obras causam em você após o estudo deste módulo?
Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, qual é a importância de haver grafites que valorizem as matrizes africanas, independentemente de época e de contexto, e as mulheres negras?
Resposta pessoal.
3. Como você interpreta a obra Cunhatain , antropofagia musical, de Denilson Baniwa?
Resposta pessoal.
4. Como você relaciona o título Pivete à obra de Joelington Rios?
Resposta pessoal.
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REALIZAÇÃO
1. Incentive os estudantes a observar cada uma das imagens com atenção e a fazer uma leitura, relacionando-as com o que aprenderam neste módulo. Verifique se eles notaram que as obras possuem relação direta com a história e o contexto social dos artistas – apresentado no texto. Se quiser, enfatize a importância de valorizar e reconhecer a diversidade social e cultural brasileira.
• Projeto Afro Criola
Disponível em: https: //projetoafro.com/ artista/criola/. Acesso em: 20 jul. 2022. No site do Projeto Afro, é possível conhecer outros trabalhos da artista Criola e ver onde eles estão localizados.
• Denilson Baniwa. Disponível em: https:// www.premiopipa. com/denilson-ba niwa/. Acesso em: 20 jul. 2022. Acesse o site para conhecer a trajetória do artista e apreciar mais obras dele.
• Joelington Rios. Disponível em: https:// joelingtonrios.com/. Acesso em: 20 jul. 2022. Acesse o site para ver outras colagens do artista.
locais públicos e de grande circulação de pessoas, propondo reflexões a todos os transeuntes.
3. Peça aos estudantes que observem novamente a obra de Denilson Baniwa e façam uma interpretação mais aprofundada da imagem. Em seguida, promova uma conversa para que todos exponham oralmente suas interpretações, possibilitando a troca de ideias e de saberes. Após a conversa, comente com eles que uma das possibilidades interpretativas é a de que a obra questiona um estereótipo muito comum atualmente, o de achar que pessoas indígenas não têm acesso ou não deveriam ter acesso às tecnologias digitais. Ressalte que isso é uma forma de preconceito e que os indígenas devem poder agir com liberdade nas sociedades.
4. Se necessário, comente que a palavra pivete costuma ser utilizada como uma ofensa ou julgamento a meninos ou jovens que não fazem o que a sociedade espera ou deseja que façam. Você também pode destacar que a obra de Joelington Rios nasceu de uma curiosidade do artista sobre um ato comum em jovens de favelas do Rio de Janeiro (RJ): descolorir o cabelo.
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2. Incentive-os a analisar a imagem e perceber como o grafite de Criola dialoga com elementos de culturas africanas e com as mulheres negras. Garanta que eles compreendam que a valorização das mulheres negras e de culturas africanas e afrodescendentes são importantes em todas as linguagens artísticas, mas que os grafites possibilitam uma grande difusão das ideias da artista por estar em
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RIOS, Joelington. Pivete. 2020. Fotocolagem, 140 cm × 100 cm.
O artista Joelington Rios. Fotografia de 2022.
PARA ACESSAR
victor Pollak
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© Joelington rios coleÇão P articular
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Competências do módulo
Gerais: 3, 4, 9, 10
Linguagens: 2, 3, 5
Língua Portuguesa: 3, 7, 9
Arte: 1, 7
Educação Física: 3, 5, 6
Habilidade da abertura
• EF89LP27
Temas Contemporâneos Transversais
• Vida familiar e social
• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros crônica, crônica visual e texto teatral, com foco nas relações afetivas, na figura do idoso e nos sentimentos humanos, contemplando, assim, os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Vida familiar e social e Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso. O eixo de análise linguística/semiótica trata do predicado nominal, do predicado verbo-nominal, dos verbos de ligação e da pontuação do predicativo. No eixo de produção textual, a proposta é produzir um esquete e escrever uma crônica. Os estudantes também são orientados a desenvolver uma prática de pesquisa de análise documental sobre o uso do predicativo em peças de campanha.
OBJETIVOS
• Explorar as características dos gêneros crônica, crônica visual e texto teatral.
• Entender o predicado nominal e o predicado verbo-nominal.
• Compreender os sentidos dos verbos de ligação.
• Produzir um esquete.
• Escrever uma crônica e organizar coletivamente uma antologia do gênero.
FAMÍLIA, GERAÇÕES E RELAÇÕES 2
Fotopinturas produzidas pelo cearense Mestre Júlio Santos (1944-) em exibição na mostra Retrato popular – do vernáculo ao espetáculo que ocorreu no Sesc Belenzinho, São Paulo (SP), em 2016.
PROPOSIÇÕES
A imagem desta abertura é da exposição Retrato popular – do vernáculo ao espetáculo, que ocorreu em São Paulo (SP), em 2016. A curadoria da mostra foi assinada por Rosely Nakagawa, Valeria Laena e Titus Riedl e reunia fotografias de acervos particulares e do acervo do Museu da Cultura Cearense – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de Fortaleza (CE).
Caso ache pertinente, conte aos estudantes que os retratos que podem ser vistos na imagem desta abertura são chamados de fotopinturas e foram feitos pelo Mestre Júlio Santos, um dos artistas da fotopintura mais conhecidos do Brasil. Essa técnica consiste em restaurar e colorir fotografias deterioradas ou em preto e branco e era muito popular até meados do século XX, época em que a fotografia ainda era um processo
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BNCC
MÓDULO
Fábio TiTo/G1/Globo ComuniCação e Par TiCiP ações s.a.
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caro e não acessível a toda população. Uma das vantagens das fotopinturas era a possibilidade de criar retratos de família sem a necessidade de gastar financeiramente para a produção; para isso, eram utilizadas diferentes fotografias como base – na maioria das vezes, imagens de documentos – para unir todos os rostos da família em uma mesma imagem.
FIQUE POR DENTRO
• Crônica
• Crônica visual
• Predicado nominal
• Sentidos dos verbos de ligação
• Texto teatral
• Esquete
• Predicado verbo-nominal
• Produção escrita: crônica
• Arte na terceira idade
IMAGEM EM FOCO
Esta imagem fez parte de uma mostra que reuniu várias obras para narrar a história da fotografia popular, entre elas retratos diversos de famílias. Observe-a e depois converse sobre as perguntas a seguir com os colegas e o professor.
2. A resposta a esta pergunta depende do contexto e do repertório dos estudantes. É essencial garantir o respeito aos direitos humanos e combater ideias preconceituosas. Aproveite para valorizar as diferenças e enfatizar que todos os arranjos familiares devem ser respeitados.
1. A quais memórias a imagem lhe remete?
Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, o que significa família?
3. Como é a relação da sua família com a fotografia?
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
4. Como você se relaciona com familiares de gerações diferentes?
REALIZAÇÃO
Resposta pessoal.
3. Até meados do século XX, as fotografias de família eram caras e raras, produzidas esporadicamente com o objetivo principal de registrar a memória. Depois disso, ainda no século XX, a fotografia se popularizou, mas ainda não era tão acessível, portanto era destinada a datas especiais e eventos, por exemplo. Atualmente, com os smartphones, é comum que muitas pessoas façam diversas fotografias diariamente e compartilhem por redes sociais e aplicativos de mensagens com o restante dos familiares. Aproveite essa reflexão para perguntar aos estudantes como acham que essas fotografias e o compartilhamento de imagens pela internet e aplicativos auxiliam (ou não) na criação e na preservação de memórias familiares.
4. Acolha todas as respostas garantindo o respeito às diferenças e a todas as idades e gerações. Se desejar, ressalte que as convivências intergeracionais podem ser muito enriquecedoras para todos por possibilitar trocas de saberes e de conhecimentos.
1. Verifique se os estudantes percebem que as fotopinturas parecem ser retratos de famílias e pergunte se eles têm memórias relacionadas a esse tipo de registro. Caso nenhum deles conheça a técnica da fotopintura, conte um pouco dela e proponha que perguntem aos familiares se possuem algum retrato desse tipo guardado.
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Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF89LP27
• EF89LP33
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP44
• EF89LP27
• EF89LP33
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP44
• EF69LP47
• EF89LP32
• EF89LP37
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP44
• EF69LP49
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP02
• EF69LP03
• EF69LP04
• EF69LP15
• EF69LP44
• EF69LP47
• EF69LP56
• EF89LP05
• EF09LP05
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LINGUAGEM E SENTIDOS
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• EF69LP44
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PROPOSIÇÕES
A leitura e compressão da crônica “O homem que conheceu o amor” possibilita o estabelecimento de um diálogo com os TCTs Vida familiar e social e Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso. A partir de um trabalho com temas que fazem parte da vida dos estudantes, espera-se que os vínculos familiares sejam fortalecidos e se desenvolva o sentimento de empatia e civilidade, também no contexto comunitário e escolar, contribuindo para a formação ética deles. Espera-se também que os estudantes contribuam para a cultura da paz, se comprometam com a agenda de não violência contra a mulher e problematizem preconceitos e discriminação de qualquer natureza.
Antes de propor a leitura do texto, mobilize os conhecimentos prévios dos estudantes
O texto que você vai ler a seguir, escrito por Affonso Romano de Sant’Anna, revela as impressões de um sujeito a respeito de alguém que diz ter conhecido o amor. Considerando essa informação, estabeleça hipóteses sobre o que significa “conhecer o amor”. O que esse sentimento tem de especial para despertar o interesse do autor? Que motivos ele pode ter para transformá-lo em um tema? Ouça as hipóteses dos colegas com atenção e compartilhe as suas com eles, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
TEXTO
Leia a crônica e descubra como o autor abordou o amor, esse sentimento tão universal quanto desconhecido.
O homem que conheceu o amor
Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar.
A crônica que você vai ler dá nome à coletânea O homem que conheceu o amor
A obra reúne diversas crônicas sobre temas como o amor, o cotidiano das relações, os sentimentos e a experiência de viver, em um total de 72 textos.
Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. [...] Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros, ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). [...]
Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula.
sobre o gênero crônica. Pergunte se já leram textos desse gênero, de qual(is) autor(es), em que suporte (jornal, coletânea de crônicas, internet etc.). Se possível, anote as considerações dos estudantes para conferência em momento oportuno.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Antes da leitura da crônica, leia o título “O homem que conheceu o amor” e pergunte aos estudantes como imaginam que será a história e como é o homem a que o título se refere. Incentive-os a elaborar hipóteses sobre o texto, descrevendo como supõem que seja o enredo e o personagem principal.
Em seguida, leia o primeiro parágrafo para eles e pergunte se algo lhes chamou a atenção.
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O CONTEXTO DO TEXTO eDiTora roCCo
1o parágrafo 2o parágrafo 3o parágrafo 4o parágrafo CRÔNICA CAPÍTULO1
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5o parágrafo
Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”.
6o parágrafo
Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção.
7o parágrafo
Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque, quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar – ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim.
Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A história é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor.
Reconhece-se a 50 m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100 m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele.
Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
O que ama é um disseminador. Tocar nele é colher virtudes.
O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades.
15o parágrafo
O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
SANT’ANNA, Affonso Romano de. O homem que conheceu o amor. In : SANT’ANNA, Affonso Romano de. O homem que conheceu o amor . 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 222-224.
Affonso Romano de Sant’Anna (1937-) nasceu em Belo Horizonte (MG). É doutor em Literatura Brasileira e, na década de 1990, foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Autor de dezenas de livros de crônicas, poemas e ensaios, sempre gostou de mostrar nos textos sua relação com a vida social e política do país.
VOCABULÁRIO
Petulância: atrevimento, ousadia.
Fastio: ausência de apetite, aborrecimento, tédio.
Coerção: ação de forçar alguém a fazer algo, imposição.
Desfechou: disparou, descarregou.
Salomônico: sábio, criterioso.
Retumbante: que provoca um som alto, de grande repercussão.
REALIZAÇÃO
Para que os estudantes tenham melhor compreensão da crônica, apresente algumas informações complementares a respeito das personalidades citadas no texto.
• Arnaldo Jabor (1940-2022): cineasta, roteirista, dramaturgo, crítico e jornalista brasileiro, comentarista de temas polêmicos em diversos jornais.
• Ataulfo Alves (1909-1969): cantor e compositor brasileiro de samba, autor de sucessos como “Ai, que saudades da Amélia”, em parceria com Mário Lago.
• Átila (406-453): foi o rei dos Hunos, conquistador responsável pela destruição de muitas cidades do Império Romano.
• Olavo Bilac (1865-1918): jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro.
• Sigmund Freud (1856-1939): médico neurologista criador da psicanálise, cuja teoria descreve os transtornos mentais e o desenvolvimento humano. Leia com os estudantes o boxe Quem é o autor e, a partir da informação “sempre gostou de mostrar nos textos sua relação com a vida social e política do país”, pergunte-lhes se o texto lido tem essa natureza. Espera-se que respondam que sim, uma vez que as relações amorosas e as reflexões sobre a existência humana fazem parte da vida em sociedade.
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Incentive-os a compartilhar as impressões iniciais. Pergunte como imaginam que será a vida deles aos 80 anos: Onde morarão? Com quem? Terão tido filhos? Pergunte também se consideram a frase dita pelo homem banal ou surpreendente. Incentive-os a justificar as respostas.
Se possível, oriente uma leitura silenciosa, seguida de uma leitura em voz alta compartilhada. Ao propor essa estratégia, oriente os estudantes a se atentar à fluência, ao volume
da voz e à modulação, para que a leitura auxilie na manutenção do interesse da turma pela história e para que se torne uma facilitadora na compreensão dos sentidos do texto. Depois da leitura, retome o texto e verifique com a turma se as suposições iniciais se confirmaram ou não. Peça que compartilhem as impressões sobre a leitura, se gostaram ou não do texto, por meio de argumentos coesos e coerentes.
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8o parágrafo
9o parágrafo 10o parágrafo
11o parágrafo
12o parágrafo
13o parágrafo
14o parágrafo
QUEM É O AUTOR Valério a yres/Cb/D.a Press 63
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, promova uma conversa com os estudantes de modo que possam validar hipóteses e compartilhar ideias e opiniões sobre o tema abordado na crônica. Em Texto e contexto, oriente os estudantes a desconstruir ideias equivocadas, como a de que idosos são solitários, não são capazes de tomar as próprias decisões etc. Se desejar, proponha que conversem com idosos para conhecer como vivem.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Considerando que o personagem é um idoso de oitenta anos, incentive os estudantes a compartilhar com os colegas histórias e lembranças de experiências e relações com pessoas idosas dessa faixa etária, como avós, tios, amigos da família etc.
2. e 4. Incentive-os a compartilhar suas experiências pessoais e vivências com o tema do amor e a dar sua opinião sobre a maneira como o tema foi abordado no texto.
3. Espera-se que infiram que ele reconhece ter sido amado e valoriza isso, disseminando amor aos quatro cantos, diferente da grande maioria das pessoas, que, embora devessem, não percebem como são amadas.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. e 2. Espera-se que os estudantes percebam que a frase é muito marcante e causou impacto no íntimo do autor.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. A personagem da crônica se parece com alguém que você conhece ou fez com que se lembrasse de alguém?
2. Para você, é importante experimentar o amor, assim como a personagem da crônica? Por quê?
3. Em sua opinião, o que torna esse homem diferente das demais pessoas ao reconhecer e dizer a todos que foi muito amado?
4. Dê sua opinião sobre a maneira como o tema foi abordado. Há algum aspecto apontado pelo cronista do qual você discorda? Justifique.
Resposta pessoal. Respostas pessoais. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
1. O narrador inicia o texto mencionando uma frase que ouviu de um idoso de 80 anos, a quem dedicou sua crônica. Por que essa frase foi marcante para o narrador?
Porque a frase revela uma constatação sobre o amor que poucas pessoas reconhecem ou percebem.
2. Pode-se afirmar que o narrador parte da frase que ouviu de um idoso para abordar uma questão da existência humana. Qual é a questão?
A questão é o que é amar na sociedade atual.
3. Na apresentação desse tema, o narrador expressa uma visão com base em sua experiência pessoal ou em conhecimentos técnicos sobre o assunto? Explique.
Em sua visão pessoal. O texto traz reflexões com base na experiência do autor, nos conhecimentos adquiridos nas leituras que ele fez.
4. Releia o trecho em que o narrador menciona o que as pessoas geralmente dizem.
[...] Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li num revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. [...]
4. a) Essas falas expressam uma visão do amor como uma relação de uma via só, o que não garante que uma pessoa foi amada pela outra; diferentemente da fala do idoso, que revela ter sido amado.
a) Em que sentido essas falas se diferenciam da fala do idoso citado no texto?
b) Com base nessas diferenças, como o narrador acredita que deva ser uma relação pautada no amor?
Ele acredita que deve ser uma relação em que o amor é vivenciado e demonstrado por todos os envolvidos.
5. O que essa visão do narrador deixa subentendido sobre o homem contemporâneo e o seu modo de viver o amor?
Deixa subentendido que os homens contemporâneos evitam demonstrar seus sentimentos e falar sobre eles, isto é, não conseguem demonstrar o amor que sentem nem perceber que são amados.
3. Espera-se que os estudantes entendam que a crônica reflexiva é um gênero produzido a partir da subjetividade de um autor, que compartilha suas inquietações com o leitor.
4. e 5. Se desejar, comente que os padrões de masculinidade têm se transformado e, gradualmente, os homens de nossa sociedade têm se aberto à possibilidade de compartilhar o que sentem, sem atribuir a isso um sinal de fraqueza.
4. a) Espera-se que compreendam que a frase dita pelo idoso é muito mais profunda e íntima, uma vez que diz respeito à sua experiência individual, e não ao cumprimento de “obrigações sociais”.
4. b) Se necessário, explique que relações saudáveis pressupõem trocas afetivas por meio de palavras ou gestos, e que a vivência de sentimentos prazerosos e interações positivas contribuem para a saúde física e mental dos indivíduos.
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7. As alternativas A e D expressam a visão das personalidades citadas; a visão do narrador é expressa na alternativa C . As personalidades citadas não reconhecem quando são amadas, mesmo quando recebem carinho e cuidados; já para o narrador, assim como para o idoso, amar deve ser recíproco.
6. Para comprovar seu ponto de vista, o narrador faz referência a algumas personalidades relevantes em suas áreas de atuação – Sigmund Freud, Olavo Bilac, Arnaldo Jabor e Ataulfo Alves – e que trazem, de diferentes maneiras – em estudos, em versos, em prosa e em canções –, uma visão do amor.
a) O que há em comum entre essas personalidades quanto à visão do amor?
b) Segundo o narrador, por que predomina essa visão sobre o amor?
Para eles, o amor é algo passageiro, difícil de ser correspondido e compreendido. Porque as pessoas não sabem reconhecer quando são amadas.
7. No caderno, transcreva a(s) alternativa(s) que expressa(m) a visão das personalidades citadas e a(s) que expressa(m) a visão defendida pelo narrador. Depois, justifique sua resposta.
A. Eu era amado e não sabia.
B. Eu era amado e sabia.
C. Eu amei e fui amado.
D. Eu amei e não fui amado.
8. Resposta pessoal. O estudante poderá escolher qualquer razão relacionada a algum dos trechos a seguir: Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. / É como ver um filme de amor. / Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. / Pássaros pousam em seus ombros e frases. / Flores estão colorindo o chão em que pisou. / O que ama é um disseminador. / Tocar nele é colher virtudes. / O bem-amado dá a impressão de inesgotável. / E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. / O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
8. O narrador cita várias razões para mostrar a grandeza do idoso ao dizer a frase citada no início da crônica. Releia os parágrafos 8 a 15 e escolha, entre as razões apresentadas, aquela que você achou mais significativa. Justifique sua resposta.
9. A crônica não se limita a contar um fato. Nela, o narrador conversa diretamente com o leitor, compartilhando suas impressões, ideias e reflexões sobre o amor e como ele é percebido na sociedade. Que reflexões o leitor pode fazer com base na leitura desse texto?
A crônica expressa a mensagem de que o amor é algo valioso e que é importante fazer um exercício cotidiano para percebê-lo em nossas vidas. Com base nessa reflexão, o leitor poderá adotar outra postura, outro modo de pensar, transformando-se em uma pessoa melhor.
10. O narrador finaliza a crônica com uma comparação. Releia o trecho a seguir.
O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
a) O que essa conclusão sugere sobre o bem-amado?
b) Você concorda com essa ideia? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
e discuta as raízes históricas da violência de gênero no Brasil. Em seguida, se desejar, organize os estudantes em grupos, em que cada um investigue um aspecto específico do problema, por exemplo: definir o que é violência doméstica, conhecer as leis que protegem as mulheres etc. Em conjunto, defina com a turma a melhor maneira de compartilhar os resultados para a comunidade (por meio de cartazes, videominutos, entre outros gêneros).
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
6. e 7. Au xilie os estudantes a identificar as ideias defendidas pelos escritores citados e pelo autor da crônica.
10. a) Sugere o quanto uma pessoa bem-amada ilumina a vida e faz bem a todos com quem convive, tornando-se uma pessoa necessária para todos.
11. A crônica aborda o amor partindo da perspectiva de uma pessoa idosa. Em sua opinião, essa é uma abordagem comum desse sentimento? Você considera importante abordá-lo nessa perspectiva?
O texto que você leu é um exemplo de crônica reflexiva. Nela, o narrador não conta uma história, mas se debruça sobre sentimentos, impressões e questões existenciais. De forma breve e simples, a crônica parte de um momento ou de um flagrante no dia a dia para levar o leitor a refletir sobre aspectos ligados às pessoas, suas angústias e alegrias. Há também crônicas humorísticas, esportivas e líricas, por exemplo. Originárias do campo jornalístico, geralmente são publicadas em jornais e revistas e, posteriormente, em livros, mas também é possível encontrá-las em blogues e postagens nas redes sociais.
11. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam que abordar o amor na perspectiva de uma pessoa idosa não é tão comum, mas reconheçam que isso é importante, já que mostra de que modo essas pessoas lidam com esse sentimento.
ARTICULAÇÃO COM HISTÓRIA
Proponha um trabalho interdisciplinar com o professor do componente História, trabalhando a habilidade EF09HI36, em que os estudantes possam refletir sobre o tema da violência doméstica contra mulheres. Segundo dados de 2015 da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quinto
país do mundo onde mais se mata mulheres (saiba mais em: https://brasil.un.org/ pt-br/72703-onu-taxa-de-feminicidios-nobrasil-e-quinta-maior-do-mundo-diretrizesnacionais-buscam; acesso em: 6 ago. 2022).
Proponha aos estudantes investigar as formas de violência contra as mulheres e as ações necessárias de prevenção e combate. Para isso, o professor de História pode oferecer uma contextualização em que identifique
8. e 9. Se desejar, proponha uma reflexão sobre como expressar e perceber o afeto do amor no cotidiano. Espera-se, assim, contribuir para que os estudantes reconheçam as próprias emoções e as dos outros e aprendam a lidar com os sentimentos.
10. Espera-se que compreendam que as pessoas que se sentem amadas são, consequentemente, mais seguras, capazes de se relacionar de maneira saudável, demonstram empatia e expressam amor e carinho e sentimentos positivos às pessoas ao redor.
11. Comente que a crônica possibilita ao leitor experimentar e enxergar esse sentimento sob outro ponto de vista, o que reforça o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
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PROPOSIÇÕES
Antes de Composição e linguagem, se possível, retome as considerações iniciais dos estudantes sobre as características de gênero. Verifique, de modo colaborativo, o que se confirmou, a partir da leitura do boxe Conceito sobre crônica reflexiva.
REALIZAÇÃO
1. Explique aos estudantes que a narração das emoções pessoais com mais realidade confere a impressão de comprometimento com a verdade do que está sendo dito, além de expressar uma ideia de intimidade, como se a crônica fosse escrita especialmente para o leitor.
2. Se desejar, explique que, nos textos literários, a linguagem empregada é diferenciada, uma vez que os autores selecionam palavras para dar mais expressividade às ideias no texto. Se julgar necessário, oriente os estudantes a consultar um dicionário.
3. Se possível, leia os trechos selecionados com a turma e verifique coletivamente cada um dos recursos utilizados pelo autor.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
O tema de uma crônica
Para ajudar os estudantes a perceber que os temas nas crônicas são oriundos do cotidiano, leia em aula um trecho do primeiro parágrafo de “A última crônica”, de Fernando Sabino.
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. A crônica que você leu não tem uma estrutura narrativa, pois não apresenta acontecimentos, mas reflexões íntimas do narrador.
a) Qual é o tipo de narrador da crônica?
b) No caderno, transcreva a alternativa que explica a ação do narrador na crônica.
A. Descreve uma situação que vivenciou.
B. Defende uma opinião com argumentos.
C. Narra um acontecimento e suas circunstâncias.
D. Discute uma questão existencial.
2. A escolha de determinadas palavras e expressões contribui para a construção de sentidos na narrativa. Releia o trecho a seguir.
Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. [...]
2. a) Nesse contexto, o verbo desfechar equivale a disparar, descarregar
a) Que significado o verbo desfechar adquire nesse contexto?
b) Que efeito de sentido o uso desse verbo produz no trecho?
3. Releia os trechos a seguir.
Trecho 1
2. b) Evidencia a força da frase do idoso e o impacto que o narrador sentiu ao ouvi-la.
Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. [...]
Trecho 2
O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades.
Trecho 3
[...] Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia [...].
Trecho 4
O bem-amado é uma usina de luz. [...]
Trecho 5
[...] Porque, quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. [...]
• No caderno, associe cada trecho aos recursos indicados nos itens a seguir.
A. Alusão a outras manifestações artísticas, culturais ou históricas para surpreender o leitor.
B. Uso de metáfora para tornar o texto mais lírico, poético.
C. Comparações inusitadas para tornar a descrição mais rica de sentidos.
D. Referências a personalidades conhecidas para tornar o texto mais crível.
E. Substituição do sentimento por uma representação.
do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. […] Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
SABINO, Fernando. A última crônica. In: DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos et al Elenco de cronistas modernos. 21. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005. Disponível em: https://www. escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/texto/ a-ultima-cronica/index.html. Acesso em: 27 jul. 2022.
Comente que o escritor, sem assunto para elaborar a crônica que deveria enviar para o jornal publicar em sua coluna, resolve caminhar pela rua e, ao entrar em um botequim, observa cenas que podem inspirá-lo a escrever aquela que se tornou uma de suas melhores e mais conhecidas crônicas.
Se possível, leia-a na íntegra para eles. Em seguida, sugira que encontrem dois assuntos que poderiam servir de tema para uma
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D.
Narrador em 1a pessoa. Alternativa
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Trecho 1: C; trecho 2: A ; trecho 3: D; trecho 4: B; trecho 5: E
REALIZAÇÃO
6. a) Assim como a lagarta, que precisa passar por um do processo doloroso de metamorfose para se transformar em libélula, o idoso também precisou se esforçar e sofreu para adquirir a sabedoria de reconhecer que foi amado.
4. Releia o trecho a seguir.
Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem [...].
4. b) Ela aproxima o narrador dos leitores, desenvolvendo a crônica com base em um conjunto de conhecimentos partilhados sobre o tema.
a) Com quem o narrador estabelece uma interlocução nesse trecho?
b) Qual é o efeito de sentido produzido por essa interlocução?
Com o leitor.
5. Na construção da crônica costumam aparecer diferentes sequências textuais. No caderno, indique se os trechos a seguir são exemplos de sequências argumentativas, narrativas ou descritivas.
Sequência narrativa.
Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar.
Sequência descritiva.
[...] Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. [...]
Sequência argumentativa.
4. Se desejar, faça uma leitura expressiva do trecho. Pergunte aos estudantes como responderiam à provocação, uma vez que foi endereçada ao leitor.
5. Se necessário, comente que, nas sequências narrativas, o narrador conta uma sequência de ações. Nas sequências descritivas, ele apresenta as características de alguém ou de um objeto. Já as sequências argumentativas (com explicações, exemplos de situações, citação de outras vozes) ajudam o cronista a fazer o leitor refletir sobre um comportamento humano.
6. Para evidenciar seu ponto de vista, o narrador recorre a argumentos que apelam à emoção. Releia o trecho a seguir.
6. b) Espera-se que os estudantes respondam que a metáfora enfatiza a ideia de transformação por meio de uma analogia.
[...] Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula.
a) De que maneira a metáfora da transformação da lagarta em libélula pode ser relacionada ao idoso que se considera bem-amado?
b) Qual é o efeito de sentido que essa ideia gerou no texto? Explique.
7. No caderno, transcreva a alternativa correta sobre a linguagem utilizada na crônica.
A. Uso constante de regionalismos, que restringe o texto a leitores de uma região específica.
B. Predomínio da linguagem formal, o que contribui para a impessoalidade do texto.
C. Predomínio da linguagem informal e subjetiva, com o objetivo de envolver o leitor.
D. Uso de linguagem técnica, o que aproxima o texto do seu público-alvo.
[...] O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. [...] Alternativa
8. Para você, o desfecho da crônica esgota a reflexão acerca do tema ou dá a possibilidade de o leitor continuar pensando no assunto? Por quê?
A crônica é um texto em que prevalece o registro formal, mas há a possibilidade de o autor usar um registro mais informal, além de marcas de oralidade. Por ser um texto em que o olhar subjetivo do autor é evidente, recorre-se ao uso frequente de recursos estilísticos, como comparação, metáfora, alusões e ironia, para produzir os sentidos pretendidos. É possível, ainda, aproximar-se do leitor por meio da interlocução.
8. O desfecho não esgota a reflexão acerca do tema, permitindo ao leitor continuar pensando sobre o tema, uma vez que a própria linguagem metafórica usada nessa parte do texto exige de quem lê um tempo para apreensão e compreensão das ideias.
crônica, aguçando o olhar para o mundo que os cerca ao observar cenas do cotidiano, para situações inusitadas ou para acontecimentos curiosos que poderiam ser fonte de inspiração. Depois, reserve um momento para que os estudantes compartilhem com os colegas os assuntos escolhidos, comentando os motivos da escolha: que sentimento a cena, o acontecimento ou a situação despertou? O que o fez lembrar-se de sua experiência pessoal e
afetiva? O que é possível dizer de interessante sobre esse fato?
Para finalizar, sugira a eles que pesquisem e identifiquem temas observados por cronistas consagrados.
6. Espera-se que os estudantes infiram que, no processo de aprendizagem, há sofrimento, segundo o autor. A comparação está relacionada à transformação na vida do senhor ao conhecer o amor. Antes de ser amado, era um ser limitado, que não atraía os olhares das pessoas. Ao amar, tornou-se mais bonito e livre, ainda que essa transformação tenha sido dolorosa. As figuras de linguagem são comuns em crônicas. Ajude os estudantes a perceber que é necessário ter um conhecimento de mundo para compreender a analogia de que as libélulas, em sua fase inicial, são lagartas e que a transformação pela qual passam lhes garante atingir sua forma final.
7. Explique que é possível também encontrar crônicas cuja linguagem utilizada tem registro mais formal.
8. A conclusão da crônica mantém a essência do texto, aguçando a imaginação do leitor. Espera-se que eles notem que a conclusão não esgota o tema, já que permite ao leitor continuar refletindo sobre ele.
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c)
a) b)
C
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PROPOSIÇÕES
A crônica “O homem que conheceu o amor” envolve o leitor, levando-o a refletir. A crônica visual, em foco em Textos em diálogo, exerce o mesmo papel, pois, a depender do olhar que o fotógrafo imprima em seu registro, a imagem poderá envolver e impressionar o leitor. Esclareça que a crônica visual depende, portanto, de um componente narrativo que pode aparecer em uma única fotografia ou em uma série delas.
REALIZAÇÃO
Textos em diálogo
1. e 2. Para encaminhar a leitura da imagem, chame a atenção dos estudantes para os elementos que a compõem. Se houver tempo, proponha-lhes que deem um título à fotografia. As respostas poderão ser variadas. Peça-lhes que digam o que os motivou a dar esses títulos. Ouça as respostas, mas não deixe de enfatizar a situação corriqueira apresentada nessa cena: um casal de idosos de mãos dadas, usando alianças, em um momento cotidiano. Também pode ser produtivo ler com os estudantes trechos do Estatuto da Pessoa Idosa (disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/2003/l10.741. htm; acesso em: 2 ago. 2022), a fim de que estejam cientes dos direitos e dos deveres assegurados por lei a essa parcela da população.
3. Espera-se que os estudantes observem que o enquadramento mostra que a fotógrafa não se propõe apenas a mostrar beleza, mas também levar o leitor a refletir sobre os
7. Respostas pessoais. Os estudantes podem citar como mote para a crônica uma frase desse familiar idoso, como na crônica lida na seção Texto deste capítulo, ou uma experiência que viveu com essa pessoa, um gesto de carinho, um jeito inusitado de ser. Incentive-os a pensar de que modo esse elemento escolhido poderia ser transposto para uma imagem, em uma crônica visual.
Crônica e crônica visual
Na crônica que você leu, por meio da linguagem escrita, o cronista emoldura fatos do cotidiano e propõe ao leitor análises e reflexões sobre questões da sociedade contemporânea. Você já parou para pensar se também é possível fazer isso por meio de imagens?
Na crônica visual, a fotografia é utilizada de forma poética para captar cenas do cotidiano e registrar comportamentos, hábitos e costumes, levando o observador à reflexão e à crítica. Observe a imagem a seguir, uma fotografia da baiana Fernanda Matos que pode ser considerada uma crônica visual.
6. Repostas pessoais. Espera-se que os estudantes comentem, por exemplo, que a fotografia sugere uma visão positiva do idoso, valorizando a união de duas pessoas mais velhas e reconhecendo o amor entre elas.
Registro de comemoração de aniversário de 90 anos de Moacyr e de 89 anos de Lourdes, casados há mais de 66 anos. Fotografia de 2015.
1. Descreva a imagem.
Duas mãos, de um homem e de uma mulher, uma sobre a outra, apoiadas sobre uma mesa forrada com um tecido bordado em tons de dourado. A mão que está em cima da outra tem uma a aliança no dedo anelar.
2. Como você imagina que são as pessoas representadas na fotografia? São jovens ou idosos? Por quê?
3. Para você, que sensações e sentimentos essa imagem sugere?
4. Em sua opinião, qual é o contexto dessa fotografia?
São idosos, porque a pele das mãos apresenta manchas e marcas características da idade. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem sensações e sentimentos como união, carinho e amor. Espera-se que os estudantes citem a comemoração de aniversário de ambos os idosos.
5. O cronista dispõe da linguagem verbal para construir sentidos. Com base na imagem analisada, de que recursos dispõe um fotógrafo para construir os sentidos de uma crônica visual?
6. A fotografia pode sugerir alguma reflexão sobre o idoso na sociedade? Qual?
7. Você conhece ou convive com algum familiar idoso? Se fosse escrever uma crônica sobre essa pessoa, qual poderia ser um bom ponto de partida? E se você fosse criar uma crônica visual? O que buscaria captar por meio de uma fotografia?
5. Além da câmera, sua ferramenta principal, o fotógrafo dispõe do ângulo da fotografia, dos modelos fotografados, da iluminação do ambiente, do contraste de luz, das cores da imagem, do foco de enquadramento, da distância etc. Todos esses elementos possibilitam a construção de sentidos da fotografia.
valores da convivência humana, pois ela preferiu retratar as mãos juntas (como símbolo de união entre duas pessoas) a fotografar os rostos dos idosos. O olhar da fotógrafa promove uma reflexão a respeito de amar e ser amado e sobre o valor do companheirismo e da vida em harmonia.
4. Explique que as unhas pintadas da mulher e o uso de uma toalha de mesa nova e
bordada podem sugerir uma ocasião especial.
5. Com base na descrição da imagem feita inicialmente e do conhecimento de mundo sobre fotografia, os estudantes poderão inferir os recursos de construção de sentidos da crônica visual.
6. Essa atividade propicia aos estudantes construir uma imagem positiva dos idosos
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DIÁLOGO TEXTOS EM
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PROPOSIÇÕES
1. b) Espera-se que os estudantes infiram que não, pois, normalmente, flores só são ofertadas em momentos especiais, assim como também não é comum comer ostras à beira-mar todos os dias.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado nominal
1. c) Provavelmente, o narrador deseja evidenciar que o que o idoso diz é tão inusitado e especial para ele quanto essas ações. Nesse trecho, evidencia-se que as pessoas, de modo geral, não têm o hábito de declarar seu amor ou sua amizade umas às outras no dia a dia.
Você estudou que os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Também aprendeu que o núcleo dos predicados pode ser um verbo, mas essa não é a única possibilidade na língua.
1. Na crônica “O homem que conheceu o amor”, desde o primeiro parágrafo, o narrador evidencia seu ponto de vista sobre o idoso de 80 anos. Releia o trecho a seguir.
Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar.
a) Qual é esse ponto de vista?
O narrador demonstra admiração e, ao mesmo tempo, surpresa pela simplicidade com que o idoso afirma ter sido muito amado.
b) As ações com as quais o narrador compara a fala do idoso são exemplos de atividades cotidianas, rotineiras?
c) O que o narrador deseja enfatizar ao fazer essa comparação? Que valores humanos são evidenciados por meio desse trecho?
2. Releia o primeiro período do trecho. Ele é formado por quantas orações? Como é possível saber isso?
O período é formado por duas orações. É possível saber isso porque ele é composto por duas formas verbais: disse e fui
3. Agora, releia a segunda oração do primeiro período do trecho apresentado na atividade 1
a) Qual é o sujeito dessa oração? Como é possível identificá-lo?
b) O que o predicado dessa oração informa?
c) Qual é o termo mais significativo para a compreensão dessa oração?
O predicado informa o estado do sujeito. O termo amado
4. Compare a oração analisada na atividade 3 com esta outra.
[...] sempre comi ostras à beira-mar.
3. a) O sujeito é o pronome pessoal eu, que está oculto e pode ser identificado pelo contexto e pela desinência da forma verbal fui (na 1a pessoa do singular).
a) O sujeito dessa oração é o mesmo da oração analisada na atividade anterior?
b) O predicado dessa oração informa uma ação ou um estado do sujeito?
c) Que termo exerce a função de núcleo desse predicado? Como ele pode ser classificado quanto à transitividade?
Informa uma ação do sujeito. A forma verbal comi. É um verbo transitivo direto.
Nas orações analisadas anteriormente, observa-se que há dois tipos de predicado: o predicado verbal e o predicado nominal.
Predicado nominal é aquele que apresenta um nome como núcleo e indica estado ou qualidade do sujeito. O nome geralmente é um substantivo ou um adjetivo e, em alguns casos, pode ser um pronome ou um numeral.
4. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, pois, embora esse sujeito também seja oculto, é possível identificá-lo pela desinência da 1a pessoa do singular (eu).
na sociedade, ao evidenciar, por exemplo, as relações de amor e parceria entre eles.
7. Essa atividade relaciona os gêneros crônica e crônica visual com o repertório dos estudantes. Ao final do módulo, eles poderão mobilizar essas reflexões na seção Produção escrita
PARA LER
SONTAG, Susan. Sobre fotografia: Tradução: Rubens Figueiredo. ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Nesse livro, a ensaísta estadunidense argumenta que a fotografia é um rito social, utilizando como exemplo as fotografias de família, cujos álbuns registram a crônica visual de um grupo.
Em Por dentro da língua, para auxiliar os estudantes na compreensão do conceito de predicado nominal, explore as ideias de ação e estado.
REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
1. Espera-se que os estudantes infiram, pelo inusitado da comparação, os sentimentos do autor diante da afirmação. Auxilie-os a perceber que o autor deseja evidenciar um comportamento humano, uma vez que, geralmente, as pessoas não compartilham seus sentimentos umas com as outras.
2. Se necessário, comente que cada oração contém uma forma verbal.
3. a) Se necessário, explique que o sujeito é o termo com o qual o verbo estabelece uma relação de concordância.
3. b) Explique que o predicado indica um estado do sujeito, e não ação ou movimento, ou ainda fenômeno da natureza. Se possível, dê exemplos relativos a cada um dos tipos de predicado, retirados do texto lido.
3. c) Auxilie os estudantes a perceber que o adjetivo amado indica um estado do sujeito.
4. a) Comente que, ainda que o sujeito não seja explícito, o verbo estabelece com ele uma relação de concordância.
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que é a ação de comer.
4. c) Se necessário, explique que o núcleo do predicado verbal é o verbo. Comente que o verbo é transitivo direto, uma vez que exige um complemento (Comeu o quê? A resposta aparece sem o uso de preposição).
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PROPOSIÇÕES
De acordo com alguns teóricos da língua, quando o verbo é significativo, ou seja, de ação, o sujeito demonstrará atividade (na voz ativa) ou passividade (na voz passiva) em relação ao verbo, mas, em qualquer dos casos, haverá uma atitude dele relativa à ação expressa pelo verbo. Por outro lado, quando o verbo indicar um estado – o que ocorre com os verbos de ligação –, a atitude do sujeito será neutra, pois ele não age nem recebe a ação. Por esse motivo, o núcleo do predicado não é o verbo (como ocorre no predicado verbal), mas, sim, o nome (entendido aqui como adjetivo, substantivo com função adjetiva, pronome ou numeral) que qualifica o sujeito, ou seja, o termo classificado sintaticamente como predicativo do sujeito
Caso considere necessário, busque outros textos (manchetes ou provérbios, por exemplo) com orações que tenham predicado nominal.
Procure deixar claro que só é possível classificar o verbo como de ligação dentro de um contexto. Não é eficaz, portanto, memorizar a lista dos verbos que comumente funcionam sintaticamente como verbos de ligação. Explore os exemplos oferecidos, comparando o valor diferente que os verbos como andar, ficar e estar podem ter, dependendo do contexto em que são empregados.
Exemplos:
núcleo do predicado
O bem-amado é uma usina de luz. [...] predicado nominal
núcleos do predicado
Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. [...] predicado nominal
Nos predicados nominais, o verbo exerce o papel de ligar o sujeito ao termo que o caracteriza. Por isso, é chamado de verbo de ligação. São considerados de ligação os verbos ser, estar, ficar, andar, parecer, permanecer e continuar
Exemplo:
[...] Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.
No exemplo, as orações em destaque têm predicados nominais: as formas verbais parecia e estivera são verbos de ligação e o núcleo dos dois predicados é o adjetivo pronto
O núcleo do predicado nominal é chamado de predicativo do sujeito
Predicativo do sujeito é o termo da oração que atribui uma característica ao sujeito, sendo, portanto, o núcleo do predicado nominal. O núcleo é essencial para a construção de sentidos da oração e determina o seu sentido.
Exemplos:
[...] E é justa a reprimenda. [...]
No exemplo, o predicado nominal é justa e o predicativo do sujeito justa é que determina o sentido atribuído ao sujeito a reprimenda
O que ama é um disseminador
No exemplo, o predicado nominal é um disseminador e o predicativo do sujeito disseminador é que determina o sentido atribuído ao sujeito o que ama (o amante).
O predicativo pode fornecer um atributo ou uma característica ao sujeito.
Exemplos:
• “O homem que conheceu o amor” é minha crônica favorita
predicativo do sujeito (atributo)
• A crônica “O homem que conheceu o amor” é a do idoso apaixonado pela vida
predicativo do sujeito (característica)
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As duas orações apresentam sentidos semelhantes, mas, enquanto no primeiro exemplo o predicativo explicita um atributo (a preferência) do sujeito, no segundo exemplo o predicativo especifica uma característica do sujeito (de que a crônica trata).
Além de substantivos e adjetivos, o predicativo do sujeito pode ser representado por pronomes, numerais e orações.
Exemplos: pronome
• Para aquele homem o amor era tudo numeral
PROPOSIÇÕES
Antes de iniciar as atividades da seção Atividades, se achar necessário, retome alguns conceitos, como sujeito (termo da oração sobre o qual se declara algo) e predicado (termo da oração que declara algo sobre o sujeito).
REALIZAÇÃO
• A verdade é que ele foi muito amado
• As pessoas entrevistadas eram cinco oração
Predicado nominal: alguns usos
É possível encontrar diferenças nos usos do predicativo do sujeito nas modalidades oral e escrita da língua.
Exemplos:
Modalidade oral
Modalidade escrita
Agradável aquela pracinha! Aquela pracinha é muito agradável. Assustador o som daquela trovoada! O som daquela trovoada foi assustador.
Observe que os exemplos da modalidade oral dispensam o verbo de ligação. Os adjetivos –agradável e assustador – que funcionam como predicativos, no início, têm o efeito de chamar a atenção para as características, o que produz efeitos de sentido emocionais no ouvinte.
Já na modalidade escrita, as construções incluem os verbos de ligação para associar ao sujeito a característica expressa no predicativo.
ATIVIDADES
1. A seguir, leia o trecho de uma reportagem sobre a presença de idosos no mercado de trabalho.
Mercado de trabalho: idosos estão presentes e mais ativos
Atualmente o estilo de vida das pessoas da melhor idade mudou. Homens e mulheres nessa faixa etária estão bem ativos, inclusive no mercado de trabalho. Seja por
1. Ao propor a leitura da reportagem que serve de base para as atividades 1 a 6, explore alguns dos elementos que compõem o gênero: título e subtítulo (que adiantam as informações do texto) e citação de discurso de terceiros por meio do uso de discurso direto, registrado entre aspas. Peça aos estudantes que observem o título da reportagem e, com base nele, digam qual é a expectativa para a abordagem do texto – a de que o mercado de trabalho está adequado às novas perspectivas de vida e às necessidades dos idosos, e também mais receptivo a eles.
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REALIZAÇÃO
1. a) e 1. b) Auxilie-os a compreender a intenção comunicativa que aparece, por exemplo, no título da reportagem: “idosos estão presentes [no mercado de trabalho] e mais ativos”; por isso, deveriam ser contratados.
2. a) Auxilie os estudantes a perceber que a seleção do depoimento da turismóloga tem como objetivo corroborar o ponto de vista defendido no texto.
2. b) Leve-os a perceber que a turismóloga se posiciona com relação à ideia de que os idosos não dominam os recursos disponíveis da tecnologia atual.
2. c) Incentive-os a expressar seus pontos de vista sobre a pergunta, empregando argumentos que sustentem seus posicionamentos. Reforce que, ao se posicionar, eles devem seguir princípios éticos e que não firam os direitos humanos ou o Estatuto da Pessoa Idosa.
3 a) Explique que o título pretende chamar a atenção do leitor e resumir a perspectiva com que a notícia será abordada.
3. b) e 3. c) Pergunte por que foi usado o predicado nominal no título e não o verbal. Ajude-os a concluir que, nesse caso, era importante caracterizar os idosos como “presentes e mais ativos”, para que o fato de estarem disponíveis para o mercado de trabalho fosse deduzido pelo leitor.
4. Se necessário, explique que o predicado é composto por toda a oração, com exceção do sujeito. Explique que o predicativo é o termo que caracteriza o sujeito da oração.
1. b) Com a finalidade de chamar a atenção da sociedade para o problema, pois pessoas idosas têm competência, capacidade e experiência de trabalho; elas precisam apenas ser aceitas nas empresas sem preconceito ou discriminação.
necessidade de complementar a renda ou por paixão pela profissão que exercem, muitos idosos estão dispostos a trabalhar, porém ainda enfrentam dificuldade para se inserir no mercado.
[...]
Kika Carvalho, 63 anos, turismóloga, possui uma mente jovial refletida também em sua aparência. Para ela, o empresariado tem uma visão distorcida sobre a contra tação de pessoas com idades avançadas.
“Na realidade, pensa: idoso? Não contrato porque adoece mais e isso vai me custar mais dinheiro. O empresário ignora que com a experiência que esse idoso tem agregada ao uso da tecnologia, ele será mais produtivo para a empresa”, defende.
[...]
MERCADO de trabalho: idosos estão presentes e mais ativos. Midiamax, [s. l.], 6 maio 2019. Disponível em: https://midiamax.uol.com.br/midiamais/2019/mercado-de-trabalho-idosos-estao-presentes-e-mais-ativos/. Acesso em: 23 jun. 2022.
2. a) Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois sua fala reforça a abordagem do texto dando um exemplo de como os empresários pensam para não contratarem idosos.
a) Qual é a perspectiva adotada na reportagem a respeito do assunto?
b) Com que finalidade a reportagem traz essa abordagem?
2. No segundo parágrafo, há uma fala da turismóloga Kika Carvalho.
a) O que ela diz está de acordo com o enfoque dado pela reportagem ao assunto? Justifique.
b) O que ela contra-argumenta em defesa dos idosos?
c) Você concorda com o contra-argumento apresentado pela turismóloga? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
3. O título da reportagem destaca um aspecto positivo relacionado aos idosos.
a) Com que finalidade é usada essa estratégia? O que esse título sugere sobre o que será abordado na reportagem?
2. b) Ela afirma que com a experiência que têm, se houver apoio nas questões tecnológicas, os idosos serão muito produtivos para as empresas.
b) O título da reportagem é formado por uma oração. Que termo exerce a função de predicado?
O termo estão presentes e mais ativos
c) Qual é o sujeito da oração? O que o predicado informa a respeito desse termo?
O sujeito é idosos. O predicado informa uma qualidade do sujeito.
4. Releia esta oração.
[...] Homens e mulheres nessa faixa etária estão bem ativos, inclusive no mercado de trabalho. [...]
4. a) O predicado é estão bem ativos, inclusive no mercado de trabalho; o predicativo do sujeito é ativos
a) No caderno, transcreva essa oração. Depois, com o uso de canetas de cores diferentes, destaque o predicado e o predicativo do sujeito dela.
b) Pode-se afirmar que esse predicado exerce a mesma função que o predicado que você analisou na atividade anterior? Explique.
Sim, pois ele também atribui uma qualidade ao sujeito da oração.
3. a) A finalidade do título é chamar a atenção do leitor para fazer a leitura da reportagem. O título sugere que a reportagem vai abordar oferta de empregos devido à vitalidade dos idosos.
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Mulher idosa usando notebook no ambiente de trabalho. Fotografia de 2021.
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Evidenciar que o mercado ainda não favorece a contratação de idosos, embora eles sejam produtivos.
5. Releia a oração a seguir, que enfatiza a disposição dos idosos ao trabalho.
[...] muitos idosos estão dispostos a trabalhar [...].
• Que palavra foi empregada para atribuir uma característica ao sujeito muitos idosos? Como esse termo pode ser classificado?
O termo dispostos. Ele pode ser classificado como predicativo do sujeito.
6. Em outro trecho da reportagem, a turismóloga Kika Carvalho afirma que o idoso “será mais produtivo para a empresa”.
a) Com que finalidade ela faz essa afirmação?
b) Que termo empregado atribui um estado ao sujeito?
c) Como pode ser classificado o predicado dessa oração?
Para se contrapor ao que dizem os empresários sobre os idosos e valorizar sua capacidade de trabalho. O adjetivo produtivo Como predicado nominal.
7. Leia uma peça de campanha criada para divulgar e homenagear o Dia Nacional do Idoso.
7. a) Para lembrar a sociedade em geral que essas pessoas têm direitos e deveres assegurados pela lei e devem receber atenção e cuidado de todos, principalmente das próprias famílias.
8. a) A imagem mostra um casal de idosos sorrindo, sugerindo que são respeitados e valorizados, e o slogan destaca o valor dos idosos ao associá-los a um tesouro precioso.
8. b) O predicado é são um tesouro precioso
8. c) O predicativo do sujeito é tesouro Seu uso gera um efeito de sentido de valorização dos idosos, fazendo com que a peça de campanha alcance seu objetivo.
PREFEITURA DE SANTA TEREZA DO TOCANTINS. [Campanha]
1o de Outubro – Dia Nacional dos Idosos. 2021. 1 cartaz. Disponível em: https:// santaterezadotocantins.to.gov. br/2021/10/01/1-de-outubro-dianacional-dos-idosos/. Acesso em: 23 jun. 2022.
a) Em sua opinião, por que se faz necessária uma campanha sobre o Dia Nacional do Idoso?
b) Essa campanha foi veiculada na cidade de Santa Tereza do Tocantins (TO). Você acha que sua região, seu município ou sua comunidade também precisam de uma campanha de conscientização como essa? Explique.
Resposta pessoal.
8. A peça de campanha apresenta uma imagem e um slogan.
a) Que mensagem é expressa por esses dois elementos?
b) O slogan é composto de uma oração. Qual é o predicado dessa oração?
7. a) Espera-se que os estudantes compartilhem seus posicionamentos, considerando que as pessoas dessa faixa etária são, frequentemente, desvalorizadas e têm seus direitos desrespeitados.
7. b) Incentive os estudantes a expressar seus pontos de vista, seus argumentos e exemplos, se tiverem, para justificar seus posicionamentos. Aproveite para verificar de que modo eles percebem a presença de idosos na comunidade em que vivem e nas famílias e se há algo que possa ser feito para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e assegurar o cumprimento de seus direitos.
8. a) Oriente-os a observar a imagem com atenção. Se necessário, explique que o slogan, geralmente, tem poucas palavras e enfatiza o objetivo da campanha de conscientização.
8. b) Oriente-os a identificar o sujeito da oração para, em seguida, identificar o predicado.
8. c) Auxilie-os a identificar o termo que atua como predicativo do sujeito. Explique que a seleção do atributo do sujeito não é aleatória, mas está orientada pela intenção comunicativa da campanha.
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REALIZAÇÃO
5. Caso seja possível, escreva a oração na lousa para que os estudantes possam, coletivamente, visualizar os termos que a compõem e as relações entre eles.
6. a) Espera-se que os estudantes percebam que a turismóloga se apropria do posicionamento das empresas para refutá-lo.
6. b) e 6. c) Espera-se que identifiquem o adjetivo produtivo como termo que atribui um estado ao sujeito. Auxilie os estudantes a perceber que o adjetivo é classificado como um predicado nominal na oração.
7. A escolha da peça da campanha de conscientização objetiva possibilitar aos estudantes explorar textos multissemióticos e, também, a valorizar e respeitar os idosos.
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PreFeiTura De sanT a TereZa
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c) Que termo exerce a função de predicativo do sujeito? Que efeito de sentido ele produz na peça de campanha? 09:55
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PROPOSIÇÕES
Os estudos de Linguagem e sentidos têm como objetivo explorar os diferentes efeitos de sentido que os verbos de ligação, notadamente ser, estar, ficar, continuar, parecer, tornar-se e permanecer, podem adquirir conforme o contexto em que são empregados. Assim, os verbos de ligação indicam alguns aspectos verbais, como duração (longa ou breve), permanência, continuidade, certeza ou dúvida.
REALIZAÇÃO
1. a) Incentive os estudantes a se posicionar a partir dos conhecimentos de mundo e experiências individuais. Oriente-os a se apoiar em argumentos coesos e coerentes.
1. b) Espera-se que infiram que aqueles que se sentem amados colaboram para a comunidade em que vivem e o mundo ao seu redor, uma vez que constroem relações empáticas e são solidários com os outros.
2. a) Auxilie os estudantes a identificar o predicado nominal da oração.
2. b) e 2. c) Explique que o verbo de ligação serve para conectar o sujeito ao predicado nominal da oração. Comente que o verbo de ligação pode apresentar características do sujeito, que podem ser mutáveis/transitórias/eventuais ou permanentes. Se desejar, pergunte que substituição fariam para conferir o primeiro sentido. Espera-se que indiquem a mudança no verbo: estar no lugar de ser.
3. Auxilie os estudantes a identificar as mudanças de sentido provocadas pela alteração do verbo de ligação.
1. a) Espera-se que os estudantes infiram que, para o narrador, a pessoa que ama e é correspondida tem um brilho que emana em todas as direções e em tudo o que faz, o que permite compará-la à imagem de uma usina de luz.
Sentidos dos verbos de ligação
Os verbos de ligação exercem a função de ligar o sujeito ao seu predicativo e podem atribuir diferentes sentidos a depender do contexto em que são empregados.
1. Releia o último parágrafo da crônica “O homem que conheceu o amor”.
O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
a) Em sua opinião, por que o bem-amado é descrito pelo narrador como uma usina de luz?
b) Ao se referir à pessoa bem-amada como um bem de utilidade pública, o que o narrador enfatiza?
Enfatiza que a pessoa bem-amada faz bem para o coletivo, gerando benefícios para todos com quem convive.
2. Na primeira oração, o cronista define o bem-amado.
2. a) O termo usina de luz
a) O predicado dessa oração é nominal. Que termo atribui uma característica ao sujeito?
b) Como esse termo vem ligado ao sujeito dessa oração?
Por meio do verbo de ligação ser (forma verbal é).
c) No caderno, transcreva a alternativa que indica o caráter da característica atribuída ao sujeito.
Alternativa C
A. Transitória. B. Eventual. C. Permanente. D. Mutável.
3. A seguir, leia uma reescrita dessa oração.
O bem-amado parece uma usina de luz.
3. Espera-se que os estudantes concluam que não, pois o verbo parecer sugere uma comparação, aspecto que modifica totalmente os sentidos da oração.
• Nessa outra versão, os sentidos atribuídos à oração são os mesmos? Explique.
As orações analisadas nas atividades anteriores têm predicado nominal e são constituídas por verbos de ligação e predicativos do sujeito. Os verbos de ligação podem atribuir diferentes sentidos relacionados ao sujeito.
Os verbos de ligação indicam diferentes sentidos, como estado, modo e sentimento, e podem também evidenciar uma característica.
Exemplos:
• O cronista ficou impressionado com o homem de 80 anos. Nesse exemplo, a forma do verbo de ligação ficou indica o estado para o qual passou o cronista ao conhecer o homem de 80 anos.
• O homem de 80 anos está feliz.
No exemplo acima, a forma do verbo de ligação está indica o estado, o modo em que se encontra o sujeito da oração.
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LINGUAGEM
E ESCRITA
SENTIDOS E
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Os verbos de ligação podem atribuir diferentes estados relacionados ao sujeito.
1. Estado permanente. Exemplos:
• O cronista vive triste.
• O homem de 80 anos é sábio. Nos exemplos, as formas dos verbos de ligação viver e ser atribuem um estado permanente (que já não muda) aos respectivos sujeitos.
2. Estado mutatório. Exemplos:
• O idoso tornou-se uma usina de luz naquele momento.
• O cronista ficou surpreso com a serenidade do idoso. Nos exemplos, as formas dos verbos de ligação tornar-se e ficar atribuem um estado mutatório (que se transforma) aos respectivos sujeitos.
3. Estado de continuidade. Exemplos:
• O conto “O homem que conheceu o amor” continua atual.
• O cronista permanece admirado pelo idoso.
Nos exemplos, as formas dos verbos de ligação continuar e permanecer atribuem um estado de continuidade às características dos respectivos sujeitos.
4. Estado transitório. Exemplos:
• O cronista andava descrente no amor.
• O homem de 80 anos está feliz.
Nos exemplos, as formas dos verbos de ligação andar e estar atribuem um estado transitório (que está de tal jeito em determinado momento) às características dos respectivos sujeitos.
Existem orações, como as dos exemplos a seguir, que, mesmo aparentemente semelhantes, têm sentidos diferentes graças aos verbos de ligação. Exemplos:
• Eu estou preocupado.
• Eu sou preocupado.
característica momentânea, que ocorre apenas em determinado momento ou circunstância característica permanente, que faz parte do jeito de ser do sujeito
• Eu continuo preocupado.
característica que já fazia parte do sujeito e continua fazendo, embora não seja definitiva
• Ele parece preocupado.
característica que é uma suposição
• Ele tornou-se preocupado.
mudança de estado, pois o sujeito não estava preocupado e algo provocou uma mudança em seu estado
• Ele permanece preocupado.
manutenção de um estado, pois o sujeito já estava preocupado antes
Existem várias possibilidades de emprego dos verbos de ligação. É possível escolhê-los de acordo com os sentidos que se deseja atribuir ao enunciado.
PROPOSIÇÕES
Apresente aos estudantes os exemplos citados na apresentação do conteúdo, alternando os verbos de ligação e mantendo o predicativo do sujeito ( preocupado), para que percebam que o sentido se alterará de modo claro. Caso seja necessário, faça o mesmo com outros predicativos.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Verbo de ligação em provérbios
Os provérbios populares, tipos de frases feitas usadas para ensinar, coibir ou caracterizar situações, são transmitidos oralmente entre gerações. Trabalhe com os exemplos a seguir.
• A pressa é a inimiga da perfeição.
• A voz do povo é a voz de Deus.
• Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
• Um dia é da caça, o outro, do caçador.
Pergunte aos estudantes se conhecem esses provérbios. Comente que são mais conhecidos pelas pessoas mais velhas, que os usam em diversas situações de comunicação. Faça-os notar que em todos esses períodos o predicado é nominal e o verbo de ligação empregado é ser. Como os provérbios têm também a característica de persuadir, convencer, alertar o interlocutor, as formas verbais do verbo ser são as mais indicadas para essas construções, porque atribuem um sentido de certeza ao que o provérbio afirma, isto é, de que aquilo que se diz é o certo.
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PROPOSIÇÕES
Em Atividades, a postagem de blogue que serve de base para as atividades de 1 a 3 possibilita aos estudantes desconstruir crenças equivocadas, como a de que os idosos vivem de maneira solitária e triste, afastados da família e dos amigos. O objetivo é ampliar a visão deles sobre a terceira idade, considerando que nela é possível viver relacionamentos amorosos e compartilhar novas experiências e sonhos.
REALIZAÇÃO
1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem o propósito da postagem de blogue: evidenciar os benefícios do cultivo de relacionamentos amorosos na terceira idade.
1. b) Os estudantes devem perceber que o início do texto tem como objetivo chamar a atenção dos leitores para a leitura da postagem.
ATIVIDADES
1. A seguir, leia trechos de uma postagem publicada em um blogue direcionado a idosos e que trata de relacionamentos afetivos na velhice.
Relacionamentos na terceira idade: como lidar com casamento, namoro e amizade?
Casal de idosos de mãos dadas. Fotografia de 2021.
Existem muitas dificuldades em lidar com a velhice. Entre elas, estão as tecnologias complexas, as novas gerações que pensam diferente e os impedimentos físicos que podem surgir. Ainda, esses fatores podem dificultar os relacionamentos na terceira idade. No entanto, manter relações – inclusive amorosas – não é privilégio dos mais jovens. [...]
Importância dos relacionamentos na terceira idade
Envelhecer não deve ser sinônimo de solidão. Interagir com outras pessoas é essencial para a saúde física e mental de qualquer indivíduo, independentemente da sua idade. Assim, embora a tendência seja de diminuir as relações sociais, elas ainda são importantes. O motivo é que as relações interpessoais influenciam diretamente na satisfação do idoso com sua vida pessoal. Isso leva a um maior bem-estar para todos os envolvidos no relacionamento. Além disso, o contato social com amigos, parceiros ou familiares agrega mais diversão e sorrisos na vida. Um idoso mais feliz e realizado tem menos problemas com sentimento de solidão, estresse, ansiedade e depressão. Portanto, esse é um assunto que precisa ser debatido. [...]
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Benefícios de se relacionar na terceira idade
Existem diversos benefícios que podem ser percebidos pelos idosos que se relacionam com outras pessoas. [...]
Evita a solidão
Um relacionamento, seja ele amoroso ou não, permite que o idoso tenha com quem compartilhar seu dia, suas alegrias e seus desejos. Nessa fase, é comum que as pessoas fiquem mais isoladas, pois os familiares, muitas vezes, estão ocupados com trabalhos e estudos. As relações, então, surgem como alternativa – proporcionando companhia e momentos de interação, felicidade e companheirismo.
RELACIONAMENTOS na terceira idade: como lidar com casamento, namoro e amizade? Geridades. [S. l.], 28 jun. 2021. Blogue. Disponível em: https://geridades.com.br/2021/06/28/ relacionamentos-na-terceira-idade-como-lidar-com-casamento-namoro-e-amizade/. Acesso em: 23 jun. 2022.
a) Com que finalidade esse tema pode ter sido abordado em uma postagem de um blogue voltado a esse público-alvo?
Para mostrar aos idosos, público-alvo do blogue, que os relacionamentos afetivos na velhice podem ser muito benéficos.
b) No início da postagem, há uma introdução ao assunto. Com base nas informações que ela traz, qual é o objetivo dessa parte do texto?
O objetivo é, principalmente, atrair a atenção do leitor para o conteúdo que será desenvolvido.
2. Na introdução, um período explicita o tema abordado na postagem. Releia o trecho a seguir.
2. a) Porque o período traz uma ideia que se opõe ao que foi dito anteriormente (que alguns fatores podem dificultar os relacionamentos na velhice).
[...] No entanto, manter relações – inclusive amorosas – não é privilégio dos mais jovens. [...]
2. b) Essa parte é apresentada entre travessões para chamar a atenção do leitor para o fato de que as relações amorosas estão em foco na postagem. O uso dessa estratégia visa a persuadir o leitor a ler o texto.
a) Por que o período começa com o uso da conjunção no entanto?
b) Observe que uma parte do período está entre travessões. Considerando a informação que essa parte traz, por que ela pode ter sido apresentada desse modo? Que efeito de sentido essa estratégia produz?
c) A oração em destaque no período é composta de um predicado nominal. Que elementos em sua composição justificam essa classificação?
A forma do verbo de ligação ser (é) e o predicativo do sujeito jovens
3. Releia o período a seguir, que explica o porquê do isolamento das pessoas idosas.
[...] Nessa fase, é comum que as pessoas fiquem mais isoladas, pois os familiares, muitas vezes, estão ocupados com trabalhos e estudos. [...]
a) Você concorda com o que diz esse trecho? Que exemplos e situações observados por você comprovam seu posicionamento?
Respostas pessoais.
b) Que tipo de predicado predomina nas orações que compõem esse período?
REALIZAÇÃO
2. a) Se desejar, pergunte que outras conjunções poderiam substituir a conjunção “no entanto”, preservando os efeitos de sentido do texto.
2. b) Comente que o uso da pontuação contribui para a construção de sentido, destacando algumas informações do texto, por exemplo.
2. c) Comente que o predicado nominal se caracteriza por apresentar um verbo de ligação e um predicativo do sujeito.
3. a) Essa atividade possibilita mobilizar as experiências de vida e os conhecimentos de mundo dos estudantes. Incentive-os a expressar suas opiniões livremente, de forma sustentada, podendo ou não concordar com o que diz o trecho. Ressalte para a turma que o Estatuto da Pessoa Idosa prevê que o cuidado com as pessoas idosas seja responsabilidade principalmente da família e que cabe às pessoas que convivem com esses idosos assumir esse cuidado a fim de que esse direito seja assegurado.
Predomina o predicado nominal.
c) Considerando as informações que o período traz, esse predomínio se justifica?
d) Que termos funcionam como predicativo do sujeito nessas orações?
Os termos comum, isoladas e ocupados
3. b) Espera-se que os estudantes indiquem o uso do predicado nominal.
3. c) Leve os estudantes a perceber que o uso do predicado nominal está adequado, pois o período retrata de situação (“estados” do sujeito) no cotidiano.
3. d) Espera-se que os estudantes indiquem os adjetivos do período.
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3. c) O período descreve uma situação do cotidiano, portanto justifica-se o uso do predicado nominal. 77
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Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
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EXPLORANDO O TEXTO
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PALAVRA ABERTA
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TEXTO TEATRAL CAPÍTULO2
Ao ler a crônica do Capítulo 1, você refletiu sobre a importância das pessoas idosas, não só pelas experiências de vida que trazem como também pela perspectiva que têm em relação aos sentimentos e à vida.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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PRODUÇÃO ESCRITA
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PROPOSIÇÕES
No texto teatral apresentado no Capítulo 2, um desentendimento em um cartório é o ponto de partida para o autor criticar a sociedade em que vivemos. As atividades de leitura são propostas tanto para a recuperação de sentidos do texto como para ampliar o reconhecimento das características do gênero. Além disso, propõe-se um trabalho com leitura dramatizada, em que os estudantes serão orientados a observar a entonação de voz, a gesticulação e a postura corporal no momento da leitura de um texto teatral.
A obra O falecido e outras comédias é uma coletânea de peças de Antonio Rocco editada pelo N.Ex.T (Núcleo Experimental de Teatro), núcleo dedicado à nova dramaturgia brasileira que ele criou em São Paulo. O livro, publicado em 2002, engloba a peça do título (“O falecido”, de grande sucesso no teatro); o texto “Amor à vista”, em foco neste módulo; e ainda “A alegria do palhaço” e “A verdadeira história dos piolhos, dos homens e o futuro”.
A lei assegura que os idosos tenham o apoio e recebam os cuidados da família, que é essencial para essas pessoas. Muitas famílias começam com um casamento, quando duas pessoas se encontram e se unem por amor, amizade, respeito, mas também por outras razões, como você vai ver neste capítulo.
O texto teatral que você vai ler a seguir é uma comédia em que um homem e uma mulher que não se conhecem vão a um cartório para se casar cada um com seu respectivo par. Porém, no desenrolar da história, algo acontece, provocando uma reviravolta inesperada.
Antes de ler o texto, levante hipóteses: Qual pode ter sido essa reviravolta? O que pode ter levado a ela? Como isso será contado em um texto teatral? Compartilhe suas hipóteses com os colegas e ouça as deles com atenção, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
Leia o texto silenciosamente e entenda o que aconteceu com as personagens. Após a leitura silenciosa, siga as orientações do professor para fazer uma dramatização do texto.
Amor à vista
Personagens:
Berenice Urge Vênder. 40 anos. Benedito Silva Junqueira. 35 anos. Nara Testagallo. 23 anos.
Juiz de Paz. 65 anos, um pouco surdo e bastante míope.
Cenário: salão de um cartório de registro civil. Vê-se o balcão do Juiz e apenas duas cadeiras, uma em frente à outra.
(Benedito está sentado à direita, visivelmente ansioso. Berenice chega com pressa. Está à procura de alguém que não encontra. Contrariada e aflita, senta-se na cadeira em frente a Benedito.)
Dito — Minha senhora, me perdoe, mas este lugar está ocupado. Berê — Perdão, não entendi. O que o senhor disse?
Dito — Só estou querendo lhe dizer que a cadeira em que a senhora se sentou está ocupada, ou melhor, está reservada.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Escreva na lousa o título “Amor à vista” e solicite aos estudantes que levantem hipóteses sobre o assunto que será tratado no texto. Peça que observem a configuração do texto (nome dos personagens e respectivas falas) e desafie-os a identificar características estruturais ou formais do gênero texto teatral.
Comente que farão, primeiramente, uma leitura silenciosa e, em seguida, uma leitura
colaborativa. Comente que, ao fazerem as leituras, observem as rubricas entre parênteses, que não fazem parte da ação propriamente dita, mas indicam de que forma a ação e a fala devem ser encenadas.
Durante a realização da leitura, peça que anotem no caderno os acontecimentos que constituem o enredo. Se achar oportuno, apresente as perguntas a seguir, que podem servir de roteiro de leitura.
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O CONTEXTO DO TEXTO eDiTora neXT TEXTO
Berê — Ah, agora eu entendi. E posso saber para quem esta cadeira estava reservada?
Dito — É evidente que pode. A cadeira está reservada para minha noiva, que já está para chegar.
Berê — Que coincidência! Eu também estou esperando o meu noivo. Aliás, meu noivo é bem maior que o senhor, bem mais forte, se é que o senhor me entende...
[...]
Dito — [...] O que estou querendo lhe dizer é que meu casamento está marcado para as doze horas. Estamos a poucos minutos das doze... Isso significa que meu casamento será o próximo. Como esse lugar em que a senhora está sentada é reservado à noiva, só estou querendo poupar-lhe o constrangimento de ter que se levantar assim que minha noiva chegar.
Berê — Pelo que o senhor está me dizendo, há aqui uma pequena confusão. O meu casamento também está marcado para as doze horas. Dessa maneira, também posso concluir que a cadeira em que o senhor está é a reservada ao meu noivo. Portanto, se eu fosse o senhor, me levantaria agora mesmo, pois, se meu noivo se sentar sobre o senhor, não vai sobrar muita coisa nem do senhor, nem desse seu terninho de segunda. Ele pesa 130 quilos e tem um metro e noventa e sete de altura.
Dito — Fico feliz em saber que seu noivo é grande, pois para suportar uma vida a dois com a senhora ele precisará ter tudo grande – principalmente a paciência. Já a minha noiva pode se sentar sobre a senhora que não lhe fará mal algum. Ela é esbelta, elegante, está na flor da idade, é uma joia, um botão de flor. Se ela se sentar aí, nessa cadeira, aposto que pensará estar se sentando em um pufe.
Berê — Pufe????
Dito — Pufe! A senhora deve conhecer. É um tipo de almofadão.
Berê — Almofadão? Eu vou lhe dizer quem é almofadão.
(Quando a discussão vai realmente pegar fogo, entra o Juiz de Paz.)
Juiz — Calma, calma, meus pombinhos. Nem casaram ainda e já estão brigando. O que é isso? Vamos acalmar nossos espíritos. Hoje é dia de festa. Depois do casamento, vocês vão ter muito tempo para brigar. Bem, são doze horas; vamos começar o casamento.
Dito — O senhor deve estar brincando. Não me caso com essa bruaca nem por todo dinheiro do mundo.
Berê — Eu é que não vou casar com esse mico amestrado, essa amostra grátis de homem.
[...] (Juiz se retira.)
Berê — Valha-me, meu São Benedito!
Dito — O que foi? Está com medo de que o noivão não apareça?
Berê — É claro que ele virá; deve estar preso no trânsito. E a sua noiva? Por onde andará?
Dito — Com certeza entrará por aquela porta a qualquer momento.
(Berenice corre até a porta e Benedito vai à janela, ambos à procura dos respectivos noivos. Como nada encontram, trocam de lugar, cruzando-se no meio da cena. A procura é inútil. Na volta, sentam-se outra vez, cada um assegurando o seu lugar.)
REALIZAÇÃO
Converse sobre as características de um texto dramático e como ele é constituído: um texto principal, composto pelas falas dos personagens, e um texto secundário – as rubricas – com informações para as pessoas envolvidas na encenação, como atores, diretor, cenógrafo, figurinista, sonoplasta etc.
Peça aos estudantes que leiam o texto de maneira silenciosa. Em seguida, proponha uma leitura colaborativa. Chame a atenção para as rubricas entre parênteses, que não fazem parte da ação propriamente dita, mas indicam de que forma a ação e a fala devem ser encenadas. Durante o processo, destaque o modo como Benedito e Berenice começam a se agredir: quais imagens eles empregam? Espera-se que os estudantes notem o seguinte: ela afirma que seu noivo é grande o suficiente para esmagar Benedito; ele, por sua vez, afirma que sua noiva é “esbelta, elegante, está na flor da idade, é uma joia, um botão de flor” e faz uma clara contraposição a Berenice ao associá-la a um “pufe”, chamando-a de “bruaca”; Berenice o chama de “mico amestrado”, “amostra grátis de homem”. Chame a atenção deles também para o trecho em que ocorre a reviravolta no enredo. Berenice pede a Benedito que se case com ela a fim de poder receber a herança de seu avô.
• Como se inicia a narrativa? (Em um cartório, com os personagens esperando pelo juiz para se casarem.)
• Qual foi o início do conflito? (Berê se senta no lugar da noiva de Dito.)
• Como se soluciona o conflito? (Com o casamento entre Berê e Dito.)
• O que marca o desfecho da história? (A chegada da noiva e a descoberta do plano de Berê.)
• Quanto tempo durou a ação da narrativa? (O
tempo da conversa e do casamento – aproximadamente meia hora.)
• Qual é o espaço da narrativa? (Um cartório.)
• Quais são os elementos que criam um efeito de sentido cômico? (Ao ver Berê e Dito no meio de uma discussão, o juiz não sabe que, na verdade, cada um aguarda a chegada de seu respectivo par; começa a fazer perguntas a eles, que respondem afirmativamente, reforçando o equívoco do juiz, até que o mal-entendido seja revelado.)
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REALIZAÇÃO
Para que sintam como são os preparativos da representação de um texto teatral, proponha aos estudantes que façam, após a leitura inicial, uma leitura dramatizada. Oriente-os a se revezar na leitura das falas de cada personagem e a utilizar as indicações das rubricas para modular a leitura.
Em seguida, proponha que façam uma dramatização do texto. Para isso, organize a turma em sete grupos, de modo que cada um fique responsável pela dramatização de uma parte do texto. Peça aos grupos que escolham as cenas que vão dramatizar. Explique que elas estão organizadas na sequência em que os fatos ocorrem no texto e deverão ser apresentadas nessa ordem.
Cenas:
1. O encontro no cartório: até o trecho “se é que o senhor me entende”.
2. O desentendimento: até o trecho “eu vou lhe dizer quem é almofadão”.
3. A chegada do juiz: até o trecho “sentam-se outra vez, cada um assegurando o seu lugar”.
4. O entendimento: até o trecho “mais uma vez se frustram e voltam a sentar-se”.
5. A explicação: até o trecho “Logo retornam.”
6. A proposta: até o trecho “Começam a bater na porta”.
7. O casamento: até o final.
Em seguida, solicite a cada grupo que escolha quem vai representar os personagens da cena escolhida. Explique-lhes que eles não precisam decorar as falas, pois poderão fazer a leitura de forma expressiva. Recomende que imaginem a cena e como os personagens
Berê — [...] O senhor me desculpe se fui rude na minha entrada, mas estou muito nervosa. Casamento é uma coisa que mexe com os nervos da gente.
Dito — Nem me diga... Na verdade, fui eu quem não lhe tratou com o devido respeito. Peço desculpas por meu comportamento. Com sua permissão, quero me apresentar: Benedito Silva Junqueira, ao seu inteiro dispor.
Berê — Muito prazer. Bem, vamos esquecer todo aquele mal-entendido. Eu sou Berenice Urge Vênder.
Dito — Muito prazer.
[...] (Entra o Juiz.)
Juiz — Ah, finalmente! Estão aqui os pombinhos. Muito bem, muito bem: quem é o primeiro? Vamos lá! Não temos o dia todo... É o casamento de vocês que está marcado para as doze horas?
Berê e Dito — Sim!
Juiz — (Olhando Berê e Dito, que agora estão se dando bem.) Felizmente aqueles dois briguentos foram embora... Como é lindo o amor. Vejo que estão felizes com o casamento.
Berê e Dito — Sim!
Juiz — Estão aqui de livre e espontânea vontade?
Berê e Dito — Sim!
Juiz — Então, não percamos mais tempo. Meio-dia, panela no fogo, barriga vazia. Com o poder que a lei me confere, eu vos declaro marido e mulher.
Berê e Dito — Não!
Juiz — Mas como não? Vocês não estão apaixonados?
Berê e Dito — Estamos!
Juiz — Então que diabo é isso? Estão felizes, apaixonados, vieram aqui de livre e espontânea vontade e agora não querem se casar?
Dito — Não é isso, senhor Juiz. Estamos noivos, vamos casar, mas não um com o outro. Minha noiva e o noivo de dona Berê ainda não chegaram. Estamos aqui à espera, lembra-se?
Juiz — Ah, a situação não mudou? Que coisa! Bom, pelo menos vocês não estão mais brigando. Infelizmente, vou ter que fechar o cartório: casamento só depois do almoço.
Berê — Não, pelo amor de Deus! O senhor não pode fazer isso comigo. Eu lhe imploro.
[...]
(Juiz sai resmungando. Berê corre até a janela e Dito até a porta, na esperança de encontrarem os respectivos noivos. Como nada encontram, trocam de lugar. Mais uma vez se frustram e voltam a sentar-se.)
Dito — E então?
Berê — Nada! E a sua?
Dito — Nem sinal!
Dito — Seu noivo lhe telefonou? Como não percebi?
Berê — (Irada.) Telefonou nada, foi uma mentirinha. (Retomando a calma.) Às vezes a gente tem que transformar a verdade para poder atingir um objetivo justo.
Dito — Entendo... Mas, se me permite a curiosidade, por que esse desespero em casar antes do almoço?
Berê — Pois então, seu Dito...
Dito — Dito, só Dito...
Berê — Desculpe. Pois então, Dito, como eu ia lhe dizendo: meu avô, um homem muito rico, dono de cinco fazendas enormes, me tornou a sua única herdeira.
se colocam diante da situação apresentada. Oriente-os a treinar a leitura e como vão se posicionar durante a apresentação.
Ao seu comando, o grupo 1 iniciará a apresentação. Oriente os grupos subsequentes a ficar atentos para que não haja interrupção na sequência dos fatos.
Lembre os estudantes de que, para caracterizar os personagens na dramatização, eles deverão se atentar ao modo como falam,
adequando o timbre e o tom de voz, fazendo pausas e hesitações nos momentos adequados e prestando atenção à entonação e à expressividade, de acordo com a cena que estão dramatizando, além de considerar os gestos e os deslocamentos dos personagens conforme as indicações nas rubricas.
Após a apresentação dos grupos, avalie com a turma se a atividade lhes possibilitou melhor entendimento do texto; se os personagens
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Dito — Meus parabéns! Estou falando com uma milionária!
Berê — Antes fosse, Dito. A situação não é tão simples assim.
Dito — Como não? Seu avô era riquíssimo e você é a única herdeira.
Berê — É, mas há uma cláusula no testamento de vovô... Essa maldita cláusula pode fazer que eu perca tudo.
Dito — Mesmo?
Berê — Sim. Vovô queria que eu me casasse cedo, que eu tivesse muitos filhos, ao contrário dele próprio e de meu pai. Portanto, a condição para que eu receba a herança... Não sei se devo falar; é um assunto tão íntimo... Afinal, nós apenas acabamos de nos conhecer.
Dito — Ora, Berê, apesar do pouco tempo que passamos juntos, já a considero minha amiga. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-la.
Berê — Fará mesmo?
Dito — Claro!
Berê — Muito obrigada; já lhe agradeço de antemão. Pois bem, o caso é o seguinte: para receber a herança, eu tenho que estar casada, e muito bem casada, antes de completar quarenta anos de vida. O prazo está expirando; tenho apenas mais quinze minutos.
(Desesperada.) Se este Juiz estúpido fechar o cartório antes que eu me case, perderei tudo.
Dito — Minha Nossa Senhora, agora entendo sua aflição! Não é para menos.
(Os dois correm outra vez para a janela e a porta. Logo retornam.)
[...]
Berê — Você poderia fingir que é o meu noivo, é só dizer “sim” e assinar o livro. Esse Juiz já está mais pra lá do que pra cá; não vê um palmo à frente do nariz.
[...]
Dito — Berê, fico bastante lisonjeado, mas me parece um pouco absurdo...
Berê — Absurdo é jogar fora vinte milhões de dólares em terras, cafezais, cabeças de gado. Case-se comigo! Eu sou uma excelente cozinheira. Ninguém me supera num virado à paulista.
[...]
Dito — (Como que acordando de um transe.) Berê, me diga uma coisa: nosso casamento seria com comunhão de bens?
Berê — Claro, meu Ditinho...
Dito — Então, chama o Juiz, que eu vou trancar a porta. Neste cartório não entra mais ninguém.
(Berê sai. Quando entra, vem puxando pelo braço o Juiz.)
Juiz — Mas que pressa, que pressa! Calma! O mundo não vai acabar. [...] Os pombinhos finalmente chegaram?
Berê e Dito — Sim!
[...]
Juiz — Quer dizer que os dois resolveram casar?
Berê e Dito — Sim!
Juiz — Estão felizes?
Berê e Dito — Sim!
Juiz — Estão aqui de livre e espontânea vontade?
Berê e Dito — Sim!
foram representados com a postura corporal e a gestualidade adequadas; se as modulações de voz, timbre e pausas estavam adequados aos momentos dramatizados e aos personagens; se os espaços onde as cenas se passam foram considerados.
MAGALDI, Sábato. O texto no teatro. São Paulo: Perspectiva, 2001.
Coletânea de ensaios do maior crítico teatral brasileiro e ensaísta, Sábato Magaldi, que também foi teatrólogo, professor, jornalista, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras. Ele aborda a maior parte dos autores, peças e movimentos teatrais brasileiros e internacionais.
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PARA LER
REALIZAÇÃO
Texto
Depois da leitura, converse com os estudantes sobre o desfecho da peça, perguntando-lhes o que acharam. Pergunte-lhes se consideraram o desfecho surpreendente, pedindo que indiquem por quê. Espera-se que afirmem que se surpreenderam com o desfecho, visto que, ao aprisionar Nara, Berenice parece ter forjado antecipadamente toda a situação para poder se casar com Benedito, atitude que também indica que ela não tinha noivo.
Aproveite para sanar eventuais dúvidas de vocabulário dos estudantes, uma vez que a peça utiliza termos oriundos da área do Direito. Para isso, instrua-os a verificar o significado no boxe Vocabulário
Se desejar, verifique também com os estudantes como foi a experiência de ler uma peça teatral. Pergunte se já haviam lido um texto desse gênero antes, qual peça e de que autor(a), sobre qual tema etc. A depender do interesse da turma, outras peças de teatro podem ser selecionadas e encenadas pela turma. Esse momento pode contribuir para que os estudantes compartilhem as suas experiências de fruição literária e se sintam protagonistas do processo de aprendizagem.
VOCABULÁRIO
Constrangimento: circunstância de vergonha.
Bruaca: mulher feia.
Amestrado: treinado, ensinado.
Cláusula: condição que faz parte de um contrato ou documento.
Transe: estado de consciência alterada, fora da realidade.
Prerrogativas: privilégios, vantagens, benefícios.
Juiz — Olhem lá! Se isso for mais uma das suas brincadeiras... É brincadeira?
Berê e Dito — Não!
Juiz — (Para o público.) Pois bem: se existe alguém que se oponha a esse enlace, por conta de algum impedimento legal, que fale agora ou cale-se para sempre.
(Começam a bater na porta.)
Juiz — Então, usando as prerrogativas que a lei me garante, eu vos declaro marido e mulher. Assinem aqui, por favor.
(Eles assinam.)
Juiz — Pode beijar a noiva.
(Berê agarra Dito. Ela carrega o rapaz no colo e lhe dá um beijo cinematográfico.)
Juiz — O amor é lindo! Pena que acabe tão depressa... Vocês não estão escutando um barulho esquisito?
(Estão esmurrando a porta.)
Berê e Dito — Não!
Juiz — Acho que estão batendo na porta... Mas quem trancou a porta? Vou abrir...
(O Juiz abre a porta. Berê e Dito se escondem atrás do balcão do Juiz. Nara, ex-noiva de Benedito, entra pulando, de mãos e pés atados e amordaçada. Berê e Dito saem de fininho.)
Juiz — Minha filha, o que aconteceu com você?
Nara — (Amordaçada.) Hmmm... Hmmm...
Juiz — Calma, me deixe tirar sua mordaça...
Nara — (Grita.) Dito... Dito...
Juiz — Dito?
Nara — Cadê aquela louca que me amarrou?
Juiz — Louca?
Nara — Onde está o meu noivo?
Juiz — Noivo? Não, não e não! Sinto muito! Casamento só depois do almoço!
Nara — Como depois do almoço?
(Juiz sai.)
Nara — Volte aqui, senhor Juiz. O senhor não pode fazer isso comigo. (Nara segue o Juiz, pulando, de mãos e pés atados.)
Cai o pano.
ROCCO, Antonio. Amor à vista. In: ROCCO, Antonio. O falecido e outras comédias: textos para teatro. São Paulo: N.Ex.T, 2002. p. 36-53.
QUEM É O AUTOR
Antonio Rocco (1961-) nasceu em São Paulo (SP), é dramaturgo e escreve para teatro desde 1980. Cursou Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).
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1. Casamentos como o de Berê e Dito só ocorrem na ficção? Justifique. Resposta pessoal.
2. Se você estivesse na situação de Dito, aceitaria se casar com Berê? Justifique seu posicionamento. Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, que valores sociais, culturais e humanos estão em foco nesse texto? E qual visão de mundo o texto destaca? Respostas pessoais.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
2. a) Sim, pois possibilitam ao leitor saber antecipadamente quem são as personagens que participam da cena e quais são as suas principais características, o que ajuda na compreensão da narrativa.
2. b) Espera-se que os estudantes notem que essas informações são dirigidas tanto ao leitor de modo geral quanto a pessoas que queiram transformar esse texto teatral em uma peça, como atores e diretores. A finalidade é auxiliar o leitor a imaginar o cenário e a entender as circunstâncias da situação.
1. Qual é o objetivo desse texto teatral, além de divertir? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa B.
A. Moralizar mostrando que o bem sempre vence.
B. Criticar questionando os casamentos por interesse, sem amor.
C. Ensinar transmitindo um conhecimento decorrente de experiências sociais.
D. Confundir o leitor fazendo-o duvidar de quem está certo na história.
2. O texto teatral inicia com a apresentação de algumas informações.
a) As informações apresentadas são necessárias para atribuir sentidos ao texto?
b) A quem essas informações são dirigidas? Com que finalidade? Explique.
3. Esse texto teatral tem início com uma discussão entre duas personagens, seguida de um mal-entendido do juiz. No caderno, transcreva a alternativa que indica a resposta correta para cada um dos itens a seguir.
a) O que motivou o conflito entre as personagens Dito e Berê?
Alternativa B
A. O fato de haver apenas duas cadeiras no salão do cartório.
B. A aparente coincidência de horário reservado para os dois casamentos.
C. Os noivos de Dito e de Berê terem se atrasado.
D. A ansiedade demonstrada por Dito à espera de sua noiva.
b) O que provocou o mal-entendido do juiz?
Alternativa C
A. Não ter consultado a agenda com os horários dos casamentos.
B. Não ter orientado o novo escrivão sobre o horário de fechamento do cartório para o almoço.
C. Ter concluído precipitadamente que os noivos que estavam ali se casariam um com o outro.
D. Ter chegado atrasado à cerimônia.
PROPOSIÇÕES
Proponha a realização das atividades da seção Conversando sobre o texto para que os estudantes possam fazer inferências e assimilar a temática e o contexto apresentado. Comente que o teatro é uma das manifestações artísticas mais difundidas entre os povos do mundo todo e que há registros de encenações teatrais desde os primórdios da humanidade.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Espera-se que os estudantes infiram que casamentos como esse também ocorrem na vida real e que, muito provavelmente, o autor abordou esse tema para que o leitor reflita a respeito.
2. Comente que Dito pensou apenas no dinheiro e em se dar bem na vida ao aceitar se casar com uma pessoa que acabou de conhecer.
3. Espera-se que reconheçam que o texto retrata uma sociedade voltada para a cultura de bens materiais, em que as pessoas se unem umas às outras muitas vezes por interesse, desconsiderando a importância do amor, do entendimento e do companheirismo o que, provavelmente, poderá trazer situações de tensão e de desarmonia na vida delas e de seus familiares.
PROPOSIÇÕES
Caso trabalhe com um número grande de estudantes, considere a possibilidade de organizar a turma em duplas ou pequenos grupos para o desenvolvimento das atividades de Texto e contexto
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Se possível, discuta com os estudantes cada uma das alternativas propostas, para que verifiquem os motivos pelos quais estão incorretas.
2. a) Complementando a pergunta sobre as informações iniciais do texto teatral, pergunte se é possível afirmar que um mero espectador da peça tem acesso a elas e peça que expliquem o que pensam a esse respeito. Espera-se que eles respondam que não, pois o espectador tem acesso apenas ao que está em cena – o cenário, os personagens em ação –, mas não ao texto teatral.
2. b) Se possível, oriente os estudantes a explorar essa característica do texto teatral por meio de uma pesquisa por peças de teatro, para que entendam que se trata de uma regularidade desse gênero textual
3. Auxilie-os a compreender o motivo do conflito da peça e o mal-entendido do juiz.
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO 83
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REALIZAÇÃO
Texto e contexto
4. a) Se desejar, explique que a comédia do engano tem longa tradição no teatro, desde Plauto, dramaturgo romano do século III a.C., passando por Shakespeare, dramaturgo inglês do século XVI, a Ariano Suassuna, dramaturgo paraibano.
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que Berê mentiu para atingir seus objetivos.
5. Caso ache interessante, solicite aos estudantes que imaginem e construam a ação anterior à cena inicial da peça. Pergunte a razão de essa cena não ser apresentada ao público. Espera-se que percebam que, caso o público soubesse das intenções de Berenice, parte da expectativa e do humor se perderia.
6. a) Auxilie os estudantes a perceber os artifícios utilizados por Berê para conseguir se casar a tempo de não perder o direito à herança.
6. b) Os estudantes poderão achar que sim, pois Berê e Dito poderiam se apaixonar um pelo outro, porém o mais provável é que ela, depois, arranjasse uma desculpa e anulasse o casamento para não precisar dividir a herança com ele.
7. Comente que nem sempre as características são citadas nominalmente no texto. Muitas vezes é preciso inferi-las com base no comportamento e nas atitudes dos personagens.
8. a) Caso eles não conheçam a expressão amor à primeira vista, explique que indica a atração instantânea entre duas pessoas que, ao se encontrarem pela primeira vez, desejam ficar juntas.
7. Sugestão de resposta: Berenice é astuta e dissimulada, pois desde o início havia planejado casar-se naquele dia, devido à condição imposta pelo avô para que recebesse a herança; Dito, inicialmente, é um noivo sincero que espera a chegada da noiva, mas, ao final, mostra-se interesseiro e ambicioso ao aceitar casar-se com Berê por dinheiro.
4. Em uma comédia, uma personagem pode ser vítima de um engano, que origina consequências que fazem a plateia rir.
4. a) O personagem Dito. Porque ele realmente foi ao cartório com a intenção de se casar com sua noiva, Nara.
a) Nesse texto teatral, qual personagem é vítima de um engano? Por quê?
b) Que estratégia Berê usa para enganar Dito?
Ela cria uma história de que está, como ele, esperando o noivo para realizar o seu casamento.
5. O noivo de Berê é citado no texto, mas em nenhum momento ele aparece em cena. Considerando o desfecho do texto, o que a ausência do noivo revela? Explique.
6. Em um determinado trecho, ainda à espera de seus respectivos noivos, as personagens conversam. Releia o diálogo.
5. Revela que Berê não tinha noivo. Percebe-se, então, que ela elaborou um plano para se casar com o noivo que havia marcado o casamento para aquele dia e horário.
Dito — Seu noivo lhe telefonou? Como não percebi?
Berê — (Irada.) Telefonou nada, foi uma mentirinha. (Retomando a calma.) Às vezes a gente tem que transformar a verdade para poder atingir um objetivo justo.
a) O que a fala de Berê sugere sobre a personagem?
b) Considerando esse aspecto do caráter de Berê, você acha que ela tem a intenção de dividir o dinheiro da herança com Dito? Justifique seu ponto de vista.
6. a) Sugere que tudo o que ela está dizendo é mentira, com o intuito único de conseguir se casar no tempo determinado para receber a herança do avô. Resposta pessoal.
7. As atitudes de Dito e Berê revelam os valores de cada um deles. O que se pode inferir sobre as personagens com base em suas atitudes?
8. O título do texto teatral é Amor à vista
8. a) O título refere-se ao encontro de duas pessoas que não se conheciam e que de repente se casam, sugerindo que elas podem ter encontrado o amor à primeira vista.
a) Considerando os sentidos em que geralmente a expressão à vista é usada, a que aspecto do texto o título se refere?
b) Sabendo que o texto é uma comédia e que a situação narrada ironiza comportamentos e atitudes, em sua opinião, que outros sentidos podem ser atribuídos ao título?
9. Na crônica que você leu no Capítulo 1, o narrador fala de um idoso que conheceu o amor. Em sua opinião, Dito, personagem do texto teatral, teria características semelhantes às desse idoso?
8. b) Espera-se que os estudantes infiram que a expressão à vista pode ser relacionada à ideia de compra; isto é, Berê comprou o amor à vista ao se casar com Dito.
O texto teatral ou texto dramático tem como principal propósito a encenação. O texto é materializado por personagens caracterizadas em um espaço – o palco – diante de uma plateia, que configura o público. A função social desse gênero é diversificada, podendo variar do simples entretenimento até a reflexão mais profunda sobre um tema.
9. Espera-se que os estudantes infiram que não, pois ser amado e saber amar, como declarou o idoso da crônica, é algo bem diferente de se relacionar ou de se casar com alguém, principalmente em relação à situação apresentada na peça e vivenciada pelo personagem Dito, em que a união ocorre por interesse.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. O texto teatral conta com diversos elementos narrativos, como personagens, tempo e espaço.
a) Identifique quem são as personagens principais e as personagens secundárias de Amor à vista
As personagens principais são Dito (Benedito) e Berê (Berenice), e as personagens secundárias são o juiz de paz e Nara.
b) Qual é o espaço em que se desenrola a narrativa?
c) Qual é o tempo de duração da ação das personagens?
O espaço é uma sala de cartório, onde geralmente são realizadas as cerimônias de casamento civil. De cinco a dez minutos, tempo decorrido entre o encontro das personagens e a hora marcada pelo juiz para fechar o cartório (meio-dia).
8. b) Mobilize os conhecimentos da turma sobre as formas de pagamento existentes na sociedade.
9. Espera-se que infiram que não, uma vez que são dois tipos de relacionamento: um recíproco e generoso; e outro com base em interesses.
PROPOSIÇÕES
Após Composição e linguagem , se possível, considere a possibilidade de agendar uma visita à biblioteca da escola, se houver, ou da comunidade em que a escola está inserida, para que os estudantes possam explorar as formas composicionais e fruir esteticamente textos teatrais.
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2. a) Estão indicadas com destaque em itálico e dentro de parênteses.
2. b) Espera-se que os estudantes observem que é possível compreender em parte o que está acontecendo, mas que faltam informações sobre as ações das personagens, as quais só podem ser entendidas por meio das rubricas.
2. Nesse texto teatral, há indicações que não fazem parte da fala das personagens. Trata-se de rubricas ou indicações cênicas usadas para indicar gestos, movimentos dos atores, o clima da cena e outras informações.
a) De que maneira elas estão indicadas no texto teatral?
b) Releia o texto excluindo as rubricas e, em seguida, explique se é possível compreender todo o contexto das cenas.
c) Pode-se afirmar que as rubricas têm o mesmo efeito de sentido para o leitor do texto teatral e para o espectador da peça teatral, caso ela seja encenada?
3. Imagine que você seja um produtor de televisão e queira transformar esse texto dramático em uma cena de um programa de humor. Que elementos seriam necessários acrescentar para dar sentidos à cena no formato audiovisual?
4. O texto teatral é predominantemente narrativo. No caderno, transcreva a alternativa que apresenta o fato que marca o clímax da narrativa.
Alternativa B
A. A segunda tentativa fracassada do juiz de casar Dito e Berê.
B. As batidas na porta durante a cerimônia de casamento.
C. A explicação de Berê a Dito sobre o motivo de precisar se casar naquele exato momento.
D. A intolerância do juiz em se recusar a esperar a chegada dos noivos para celebrar o casamento.
5. A expressão cai o pano aparece ao final do texto teatral. Explique o que ela significa.
6. O texto teatral costumeiramente utiliza os registros formal e informal. Qual é o registro predominante no texto teatral lido? Registro formal.
7. Em uma de suas falas, o personagem Dito refere-se a Berê como bruaca , enquanto ela o chama de mico amestrado e amostra grátis de homem.
a) Que efeitos de sentido esses termos produzem na cena? O que seu uso evidencia sobre o que as personagens sentem uma pela outra?
b) No caderno, transcreva a alternativa que indica a classificação desses termos em destaque.
A. Neologismos.
B. Expressões pejorativas.
REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
Alternativa B
C. Palavras afetivas.
D. Gírias.
As rubricas são as indicações cênicas para o desenvolvimento da encenação, isto é, orientam o que deve ser encenado. Elas também permitem compreender o contexto da cena, além de caracterizar as personagens e suas ações.
2. c) Espera-se que os estudantes percebam que as rubricas têm o mesmo efeito de sentido para o leitor do texto teatral e para diretores e atores de uma peça, pois fornecem indicações para a dramatização. Já para o espectador da peça teatral, o que está sendo indicado nas rubricas é compreendido por meio da encenação.
3. Sugestão de resposta: Poderia ser acrescentada uma trilha sonora, figurinos específicos e maquiagem para cada personagem, indicações de cortes e efeitos de câmera, como o close no rosto de determinada personagem nos momentos de maior tensão, entre outras possibilidades.
5. Significa que o texto terminou. É uma indicação cênica clássica em peças teatrais para que o pano (as cortinas do palco) seja baixado, encerrando o espetáculo, independentemente de as cortinas correrem vertical ou horizontalmente ou mesmo de não haver cortina. Neste último caso, é comum que as luzes direcionadas ao palco sejam apagadas, para que instantes depois todas as luzes se
que irão assistir à peça, visualizando as rubricas na prática. Explique que as rubricas são lidas e imaginadas pelo leitor do texto teatral e recebidas “prontas” pelo espectador na representação dos atores em cena. Esclareça que o texto teatral é geralmente escrito por um dramaturgo – também chamado de teatrólogo –, levado à cena por produtores teatrais e por um diretor. Além de encenado, ele pode ser publicado em livro.
3. Com esta atividade, pretende-se mobilizar os conhecimentos que os estudantes têm, a partir das experiências que tiveram ao assistir textos teatrais encenados e também enfatizar que a construção de sentidos de um texto é possível com a utilização de diversos elementos de composição.
4. Retome o conceito de clímax: momento em que há uma reviravolta que surpreende tanto os personagens como o leitor/espectador.
5. Caso os estudantes nunca tenham tido a experiência de assistir a uma peça teatral, reserve um momento para descrever o espaço cênico e o significado da expressão.
6. Chame a atenção para o fato de que o texto teatral é escrito, mas destinado à reprodução oral. Dessa forma, os diálogos precisam ser elaborados considerando-se a fluência da fala, ainda que o registro seja predominantemente formal.
1. Auxilie os estudantes a identificar os personagens principais e os personagens secundários da narrativa, o local em que se passa a história e o tempo de duração dos acontecimentos.
2. a) e 2. b) Se necessário, retome o texto da peça teatral e explique que as rubricas são
indicações necessárias aos profissionais que trabalham na peça, inclusive a como os atores devem encenar as falas. Explique que as rubricas oferecem uma contextualização das falas e são necessárias para a compreensão do que ocorre na cena.
2. c) Espera-se que os estudantes compreendam que sim, uma vez que as rubricas fornecem indicações sobre a dramatização, seja para aqueles que irão encená-la, ou para aqueles
7. a) e 7. b) Espera-se que os estudantes compreendam que o uso dessas expressões confere humor à peça e expressa a irritação dos personagens.
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acendam.
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7. a) Produz um efeito de humor e revela a irritação das personagens. O uso delas evidencia a raiva que Dito sentia de Berê nesse momento e vice-versa.
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REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
7. c) Espera-se que os estudantes percebam que a linguagem utilizada está adequada, uma vez que dá mais autenticidade à peça teatral e também contribui no efeito de humor pretendido. Para ampliar, pergunte aos estudantes se, em um texto que vai ser representado oralmente, podem existir marcas típicas da linguagem oral – as marcas de oralidade. Peça a eles que as encontrem no texto. Espera-se que percebam que no texto há marcas típicas da linguagem oral, como pausas, interrupções e repetições. Explorando ainda mais o texto de “Amor à vista”, mostre aos estudantes que nele se encontram algumas frases feitas, expressões com significado não literal e em geral entendidas pela maioria: “Meio-dia, panela no fogo, barriga vazia.”; “não vê um palmo à frente do nariz”. Pergunte a eles se já conheciam essas expressões e peça que expliquem seu sentido. A primeira indica metaforicamente que é preciso ser rápido para lidar com outras prioridades (como a fome); a segunda indica, também por metáfora, que a pessoa é ignorante ou incapaz de perceber evidências da realidade.
8. a) Se desejar, explique que o uso da pontuação não é aleatório, mas está orientado segundo à intenção comunicativa do autor.
A pontuação expressiva é um recurso muito utilizado para construir os sentidos e enfatizar as emoções na fala das personagens.
7. c) Sim. A situação de confronto permite que termos desse tipo sejam usados para conferir mais veracidade ao texto teatral e, ao mesmo tempo, intensificar o tom humorístico pretendido.
8. a) Nos dois casos, as reticências indicam uma fala que termina suavemente, sem a interrupção brusca de um ponto-final. No segundo caso, criam também suspense e alertam o leitor para o fato de que acontecerá um fato inesperado.
9. No texto teatral, os acontecimentos ocorrem no momento presente, isto é, os fatos narrados se materializam no momento da encenação, daí o predomínio desse tempo verbal.
c) Considerando o contexto e o registro identificado na atividade 6, a linguagem utilizada no texto teatral é adequada? Explique.
8. O uso da pontuação também ajuda na construção de sentidos do texto.
a) Releia a fala do juiz.
Juiz — Acho que estão batendo na porta... Mas quem trancou a porta? Vou abrir...
• Que efeito de sentido o uso das reticências produz nesse trecho?
b) Releia o trecho a seguir.
Berê — Pufe????
Dito — Pufe! A senhora deve conhecer. É um tipo de almofadão.
• Que efeito de sentido o uso repetido do sinal de interrogação produz nesse trecho?
Evidencia o tom de indignação e surpresa na fala da personagem ao ser chamada de pufe.
9. Observe que na composição do texto teatral predomina o emprego de formas verbais no presente do indicativo. Considerando as características desse gênero, por que se justifica o predomínio desse tempo verbal?
O texto teatral pode ser organizado em quatro elementos –situação inicial, complicação, clímax e desfecho – e é composto de personagens, tempo e espaço. No texto teatral, há a combinação de elementos verbais e não verbais. Pelo fato de o texto teatral ser representado, e não contado, os atores assumem papel de destaque por meio de um discurso direto e de outros recursos não verbais, como pausas, gestos, expressões faciais, diferentes entonações, entre outros elementos. As rubricas, indicadas com algum destaque no texto teatral, têm funções diferentes, dependendo de quem está fazendo a leitura: para os leitores em geral, orientam a leitura do texto, de modo que eles imaginem a cena que estão lendo; para os atores e demais profissionais envolvidos na encenação de uma peça teatral, orientam a direção de cena, a representação e indicam gestos e movimentos das personagens.
N.Ex.T. (Núcleo Experimental de Teatro). Disponível em: www.teatro next.com.br/. Acesso em: 27 jun. 2022.
Acesse o site oficial e conheça a história e os projetos do N.Ex.T., um espaço alternativo voltado ao desenvolvimento e à difusão da dramaturgia localizado no centro de São Paulo.
8. b) Espera-se que entendam o efeito conferido ao uso da pontuação para enfatizar a fala da personagem.
9. Espera-se que entendam que o uso do tempo verbal presente se relaciona com o fato de que a peça apresenta as ações que ocorrem no momento em que são encenadas.
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PROPOSIÇÕES
ABERTA PALAVRA Esquete
O texto teatral também pode promover reflexões sobre comportamentos e costumes da sociedade atual. Nesta seção, você e os colegas vão experimentar fazer isso por meio da criação de uma esquete, uma encenação de curta duração – não deve ultrapassar dez minutos – com poucos atores e um único cenário. A turma, organizada em grupos de cinco integrantes, deve preparar e apresentar aos colegas esquetes que retratem o cotidiano de idosos em diferentes situações, levando o público a refletir sobre os direitos dessas pessoas e a valorizar a participação delas na sociedade. Para isso, sigam as instruções.
1 Cada grupo deverá escolher um dos contextos a seguir para dar origem a uma esquete.
• O idoso e o jovem.
• O idoso e a família.
• O idoso e a vida social.
• O idoso e o trabalho.
2 Com base no contexto que você e seu grupo escolheram, conversem sobre situações que os idosos vivenciam no dia a dia e que podem ilustrar dificuldades e facilidades dessa parcela da população. Lembrem-se que o objetivo é levar o público à reflexão e promover a valorização dos idosos e de seus direitos.
3 Juntos, definam:
• a cena que vai retratar a situação;
• o conflito;
• o clímax;
• o desfecho da situação;
• quem serão as personagens (lembrem-se de que são poucas);
• o tempo em que a ação vai transcorrer (como é uma cena curta, a ação deve durar poucos minutos);
• o cenário em que a esquete se passa.
4 Elaborem o texto teatral que sirva de base para a encenação da esquete. Para isso:
• deem um título à esquete;
• descrevam o cenário e as personagens, indicando o nome de cada uma;
• escrevam as falas das personagens na ordem em que a ação transcorre, colocando o nome de cada personagem antes de suas respectivas falas;
• incluam rubricas indicando as ações das personagens, além de movimentações no palco ou alterações no cenário, se houver.
5 Com o texto teatral pronto, ensaiem a cena e façam ajustes ou correções.
6 Durante os ensaios, observem se usam tom de voz adequado, fazem pausas e hesitações e exploram entonações, expressões faciais e gestos para caracterizar as personagens.
7 Definam também o figurino e a maquiagem de cada personagem, os elementos do cenário e se haverá efeitos sonoros ou de iluminação. Procurem pensar em recursos simples, que possam ser executados com objetos da sala de aula ou materiais reutilizados.
8 Na data combinada com o professor, cada grupo deve apresentar sua esquete para os colegas.
9 Ao final de todas as encenações, organizem uma roda de conversa e discutam as situações apresentadas em cada esquete e de que modo é possível intervir para ajudar a solucionar os problemas que envolvem os idosos na sociedade.
A proposta de Palavra aberta dialoga com os TCTs Vida familiar e social e Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso, ao possibilitar que os estudantes reflitam sobre o cotidiano de idosos na sociedade. Por meio da utilização de estratégias didáticas das metodologias ativas, os estudantes são convidados a se colocar na posição de protagonistas da aprendizagem, ao criar e encenar um esquete, em grupo. Se considerar oportuno, proponha uma parceria com o professor de Arte para desenvolver a atividade, trabalhando as habilidades EF69AR26 , EF69AR29 e EF69AR30 Espera-se contribuir para o desenvolvimento de valores como a empatia, valorização dos idosos, respeito às diferenças e também para o exercício da cidadania e construção de uma sociedade mais ética, justa e democrática.
REALIZAÇÃO
Palavra aberta
Incentive os estudantes a utilizar a criatividade e a colocar em prática os conhecimentos apreendidos até aqui. Para o sucesso da atividade, enfatize a importância do bom relacionamento com os colegas de grupo, indicando a eles que pratiquem a escuta atenta e falem no momento oportuno. Oriente-os quanto aos recursos cinestésicos (como a postura corporal, os movimentos e a gestualidade significativa, a expressão facial e o contato visual com a plateia) e relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, altura, intensidade, respiração etc.).
Após a apresentação, proponha uma avaliação, por meio da qual os estudantes reflitam sobre suas expectativas, experiências e aprendizados.
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PROPOSIÇÕES
Com as atividades propostas em Por dentro da língua pretende-se que os estudantes coloquem em prática os conhecimentos adquiridos sobre predicado nominal e predicado verbal, por meio da análise de orações contextualizadas. Se possível, selecione mais exemplos para ampliar a análise dessa questão gramatical, desde que também sejam extraídos de textos autênticos.
REALIZAÇÃO
1. a) Auxilie os estudantes a perceber que, no início do texto, não é possível saber que ela está mentindo.
1. b) Espera-se que infiram que ela poderia ter algum conhecido no cartório que passou as informações para ela, ou conhecer a noiva de Dito, que provavelmente falou do casamento, dia, horário e quem era o noivo.
1. c) Espera-se que infiram o significado associado ao nome da protagonista. Urge pode se relacionar com a flexão do vergo urgir (no sentido de algo ser urgente) no presente do indicativo; Vênder pode remeter ao verbo vender
2. a) e 2. b) Se possível, escreva o período na lousa e utilize cores diferentes para demarcar cada oração. Oriente os estudantes a identificar a forma verbal de cada oração, a fim de analisar o tipo de predicado de cada uma.
2. c) Retome que o núcleo do predicado verbal é o verbo, e o núcleo do predicado nominal, o predicativo do sujeito.
3. a) Espera-se que infiram as reais intenções de Benê. Se necessário, retome a leitura de outros trechos do texto.
Predicado verbo-nominal
Os predicados podem ser verbais e nominais. Esses predicados são usados de acordo com a finalidade do que se deseja informar.
1. Releia um trecho do texto teatral, que se inicia com o encontro de Berê e Dito no cartório.
Dito — Minha senhora, me perdoe, mas este lugar está ocupado. Berê — Perdão, não entendi. O que o senhor disse? [...]
Dito — Só estou querendo lhe dizer que a cadeira em que a senhora se sentou está ocupada, ou melhor, está reservada.
Berê — Ah, agora eu entendi. E posso saber para quem esta cadeira estava reservada?
Dito — É evidente que pode. A cadeira está reservada para minha noiva, que já está para chegar.
a) Já no início do texto teatral é possível perceber as pretensões de Berê?
b) Em sua opinião, como ela poderia saber o horário do casamento de Dito e quem era a noiva?
c) O nome completo da personagem é Berenice Urge Vênder. Pronuncie esse nome e sobrenome em voz alta. Que associação pode ser feita entre o nome e as atitudes da personagem?
2. Releia a primeira fala de Dito.
1. c) Pronunciado em voz alta, o sobrenome da personagem remete à expressão urge vender, que se relaciona ao fato de Berenice não estar preocupada em se casar por amor, mas sim pelo interesse em receber a herança do avô, que ela provavelmente irá esbanjar.
Dito — Minha senhora, me perdoe, mas este lugar está ocupado.
a) Esse período é formado por quantas orações?
O período é formado por duas orações.
b) Observe o predicado de cada uma das orações. Eles indicam uma ação realizada pelo sujeito ou atribuem uma característica ao sujeito?
c) Que termos podem ser considerados núcleos dos respectivos predicados?
Na primeira oração: perdoe; na segunda: ocupado
3. Agora, releia a segunda fala de Berê.
2. b) Na primeira oração, o predicado indica uma ação realizada pelo sujeito; na segunda, atribui uma característica ao sujeito lugar
Berê — Ah, agora eu entendi. E posso saber para quem esta cadeira estava reservada?
a) Por que a personagem está agindo como se estivesse esperando pelo noivo?
b) Qual é o predicado da primeira oração? Como ele pode ser classificado?
Agora entendi; predicado verbal.
c) No período, há uma oração com predicado nominal. Qual é ele? Que termo exerce a função de predicativo do sujeito nessa oração?
A oração é esta cadeira estava reservada; o predicativo do sujeito é reservada
3. b) Explique que o predicado é verbal, pois o verbo indica uma ação.
3. c) Auxilie os estudantes a identificar o predicado nominal. Para isso, explique que o predicado nominal, cujo núcleo é um predicativo do sujeito, indica um estado.
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1. a) Não; ela age como uma noiva à espera de seu noivo, exatamente como Dito. Resposta pessoal.
POR DENTRO DA LÍNGUA
3. a) Para fazer com que Dito acredite que ela realmente tem um noivo e que tem um motivo para estar ali.
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4. Releia a fala a seguir.
4. a) Provavelmente, diante da situação, é possível que fale em tom firme, com um pouco de impaciência.
Dito — É evidente que pode. A cadeira está reservada para minha noiva, que já está para chegar.
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que não; a forma verbal está só indica estado do sujeito na primeira ocorrência.
a) Com que tom você imagina que Dito fale com Berê nesse momento?
b) No período em destaque, aparece duas vezes a forma verbal está. Nas duas ocorrências, ela indica um estado do sujeito? Justifique sua resposta.
c) Em qual das duas orações o predicado é classificado como nominal?
Na primeira oração.
Nas atividades anteriores, as orações têm predicados verbais e nominais. Agora, você vai conhecer o predicado verbo-nominal
Predicado verbo-nominal é um predicado que apresenta duas informações – uma ação e uma característica – e que, portanto, possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo
Exemplo:
informa a ação informa a característica do sujeito
O juiz de paz chegou atrasado ao cartório
predicado verbo-nominal
Desdobrando esse exemplo, o que se tem é:
1. O juiz de paz chegou ao cartório
predicado verbal
2. O juiz de paz estava atrasado
predicado nominal
No exemplo, pode-se observar que o predicado verbo-nominal engloba os dois predicados: o verbal (chegou ao cartório) e o nominal (estava atrasado). O termo atrasado é o predicativo do sujeito.
Exemplo:
informa a ação informa a característica do objeto direto
Dito considerou absurda a proposta de Berê
predicado verbo-nominal
Desdobrando o exemplo anterior, o que se tem é:
1. Dito considerou a proposta de Berê
predicado verbal
2. A proposta de Berê era absurda
predicado nominal
No exemplo, pode-se observar que o predicado verbo-nominal engloba os dois predicados: o verbal (considerou a proposta de Berê) e o nominal (era absurda). O termo absurda, por estar caracterizando o objeto proposta, é predicativo do objeto
REALIZAÇÃO
4. a) Espera-se que considerem o contexto da cena para compreender o tom da fala do personagem.
4. b) e 4. c) Auxilie os estudantes a perceber que em “A cadeira está reservada para minha noiva”, há um predicado nominal, uma vez que expressa um estado.
PROPOSIÇÕES
Para ajudar os estudantes a compreender o conceito de predicado verbo-nominal, ressalte a ideia de que, nesse tipo de predicado, ocorrem um elemento do predicado verbal (o verbo significativo) e um predicativo (que caracteriza o sujeito ou o objeto).
É importante esclarecer que nem todo adjetivo na oração funcionará sintaticamente como predicativo. Forneça exemplos de adjetivos em várias funções na frase:
• O juiz atrasado chegou.
Atrasado está ligado diretamente ao substantivo juiz, sem o intermédio de um verbo. Nesse caso, trata-se de um adjunto adnominal
• O juiz chegou atrasado
Atrasado caracteriza o juiz, mas há um verbo (significativo ou de ligação) entre o sujeito e o adjetivo. Trata-se, portanto, de um predicativo do sujeito. O mesmo ocorrerá no predicativo do objeto:
• O juiz considerou o réu culpado
Nesse caso, é possível incluir na oração um verbo de ligação: “o juiz considerou o réu” e “o réu era culpado”. Também é possível verificar que, substituindo-se o objeto direto por um pronome oblíquo, o adjetivo se separa do objeto (O juiz considerou-o culpado.). Assim, o adjetivo culpado, nesse caso, classifica-se como predicativo do objeto. O predicativo costuma atribuir outro efeito de sentido ao objeto, ao incluir uma caracterização distinta do objeto.
Saliente que é preciso analisar cada período e não classificar automaticamente os adjetivos como predicativos.
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PROPOSIÇÕES
Se possível, considere propor aos estudantes que realizem as propostas de Atividades em duplas ou pequenos grupos, exercitando a aprendizagem colaborativa.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. No gênero textual relato de memória, o autor conta casos da própria vida, formando uma narrativa que reconstrói os fatos de toda uma existência ou de determinado momento dela. Explique aos estudantes que esse texto foi publicado no livro Minha mãe era do Prado e meu pai também, em que Maria Salomé Ramos da Silva registra suas memórias mais significativas. Nele, a autora relata a ida da família a uma ilha onde tinham casa, cujo caminho tinha uma etapa de travessia por um rio muito caudaloso.
2. Explique que a oração que informa a causa do fato relatado contém um predicado nominal, porque há um verbo de ligação (estava) e um predicativo do sujeito (firme)
3. a) Espera-se que os estudantes identifiquem a sequência de eventos.
3. b) Explique qu e a oração contém um predicado verbal, porque o verbo cair expressa uma ação.
3. c) Ressalte, no trecho, a presença das vírgulas que separam o predicativo deslocado, antecedendo o verbo.
4. Verifique se estudantes identificam o predicado verbo-nominal. Se julgar necessário, discuta com os estudantes as demais alternativas.
Predicativo do objeto é o termo que caracteriza um estado do objeto direto ou indireto.
Exemplo:
O avô de Berê a tornou sua única herdeira. No exemplo, o pronome pessoal oblíquo a (ela) é objeto direto e sua única herdeira é o predicativo do objeto, pois atribui uma característica ao objeto. O predicado é, portanto, verbo-nominal.
ATIVIDADES
1. O trecho a seguir faz parte de um relato de memórias de uma idosa de 90 anos. Ela fala da época em que era menina e passava as férias com a família em uma ilha. Leia para descobrir por que ela não conseguia nadar.
[...] eu me lembro como se fosse hoje, eu era bem pequena. A canoa encostava e nós tínhamos que entrar por uma rampa com degraus. Quando chegou a minha vez de passar, um dos degraus não estava firme, eu caí e, apavorada, mergulhei. Um amigo de meu pai que ia junto conosco rapidamente me pegou pelo cabelo, então, meu pai e o canoeiro, preocupados, correram para ajudar. Mas eu tomei um susto tão grande que a partir daí não consigo mesmo fazendo cursos de natação. [...]
SILVA, Maria Salomé Ramos da. Minha mãe era do Prado e meu pai também [Depoimento cedido a Regina Castelo Branco.] Salvador: Cartograf, 2011. p. 52.
1. a) Porque fez que ela tivesse medo de água e não conseguisse aprender a nadar, sentimento que permaneceu durante toda a vida.
a) Por que o fato narrado foi marcante na vida da autora?
Maria Salomé aos 13 anos, na praia da cidade do Prado, Bahia.
b) Com base na reação das demais pessoas, o que se pode inferir sobre esse fato? A autora teria motivos para ter medo de água? Explique.
2. Releia o período a seguir, em que se relata um momento tenso do episódio.
Sim, ela tem motivos para ter medo de água. A seriedade da situação pode ser inferida pela rápida reação do amigo de seu pai e pela preocupação do pai e do canoeiro.
[...] um dos degraus não estava firme, eu caí e, apavorada, mergulhei. [...]
a) Que oração informa a causa do fato relatado?
A oração um dos degraus não estava firme
b) Como pode ser classificado o predicado dessa oração? Por quê?
Predicado nominal, porque ele atribui ao sujeito (um dos degraus) uma característica (não estava firme).
3. Analise as duas últimas orações desse trecho.
a) O que elas informam ao leitor?
A sequência de eventos que aconteceram com a autora, nas formas verbais caí e mergulhei
b) Como pode ser classificado o predicado da primeira dessas orações? Por quê?
c) Agora, analise a última oração do trecho. Pode-se afirmar que o predicado dessa oração é do mesmo tipo da oração anterior? Justifique sua resposta.
5. O trabalho com o poema se justifica pois possibilita uma reflexão sobre os sentimentos e as relações amorosas. A expectativa é de que os estudantes infiram que somente alguém muito ingênuo poderia acreditar ser correspondido apenas pelo fato de ouvir outra voz (no caso, a própria voz em eco) dizendo “te amo”.
6. a) Para ampliar os sentidos do poema, pergunte aos estudantes quem pode ser esse
eu lírico. Espera-se que eles percebam que se trata de um jovem sem nenhuma experiência afetiva, que acabou de descobrir o amor e se sente totalmente envolvido por esse sentimento.
6. b) Complemente a atividade perguntando aos estudantes quais sentidos o emprego desse tipo de predicado evidencia sobre o eu lírico. Espera-se que eles notem que o uso desse tipo
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3. b) Predicado verbal, porque informa uma ação (caí ) realizada pelo sujeito (eu).
aCerVo Pessoal
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3. c) Não, esse predicado é verbo-nominal, visto que contém duas informações a respeito do sujeito: o que ele fez (mergulhei) e seu estado (apavorada).
4. No caderno, transcreva a alternativa que corresponde a uma oração que também tem predicado verbo-nominal. Em seguida, justifique sua resposta.
A. [...] Um amigo de meu pai que ia junto conosco [...].
B. [...] rapidamente me pegou pelo cabelo [...].
C. [...] então, meu pai e o canoeiro, preocupados, correram [...].
D. [...] para ajudar. [...]
5. Leia o poema a seguir, em que o eu lírico descobre-se apaixonado.
Ingenuidade
Na boca da caverna gritei, vibrando:
— TE AMO!
TE AMO!
TE AMO!
PROPOSIÇÕES
Alternativa C
A oração traz duas informações a respeito do sujeito: eles estavam preocupados e, por isso, correram.
E o eco respondeu, lá de dentro da caverna:
— TE AMO!
TE AMO!
TE AMO!
E eu, ingênuo, acreditei...
JOSÉ, Elias. Ingenuidade. In: JOSÉ, Elias. Amor adolescente. São Paulo: Atual, 1999. p. 43.
• Em sua opinião, por que o poema se chama “Ingenuidade”?
6. Os dois primeiros versos de cada estrofe formam orações.
Resposta pessoal.
a) Considerando os sentidos que podem ser atribuídos a elas, como é classificado o predicado de cada uma? Por quê?
Predicado verbal, porque essas orações indicam ações – gritei, vibrando, respondeu – realizadas pelos respectivos sujeitos.
b) O último verso, composto de apenas uma oração, apresenta o desfecho do poema. Qual é o predicado dessa oração e como ele pode ser classificado?
c) Que elementos em sua composição comprovam essa classificação?
O predicado é ingênuo, acreditei; predicado verbo-nominal. O predicado é composto de dois núcleos: o verbo significativo acreditei e um predicativo do sujeito, ingênuo
Predicativo em peça de campanha
Reúna-se com um colega para pesquisar uma peça de campanha que contenha um predicativo do sujeito ou um predicativo do objeto no slogan ou no texto que a compõe.
Em seguida, analisem o material escolhido: qual é o objetivo da peça de campanha; quem é o público-alvo; quais recursos verbais foram utilizados para persuadir o leitor (jogos de palavras, figuras de linguagem etc.); que elementos não verbais estão presentes na peça (imagens, ilustrações, tipos diferentes de letras, etc.); se há alguma referência a outros textos, como músicas e poemas. Depois, analisem o termo que funciona como predicativo e o efeito que ele atribui à construção de sentidos da peça de campanha. Verifiquem se é um atributo do sujeito ou do objeto. Verifiquem de que maneira esse termo contribui para persuadir o leitor a aderir à causa divulgada. Anotem as conclusões no caderno e, em uma data combinada com o professor, apresentem-nas aos colegas.
de predicado evidencia a ação realizada pelo eu lírico e a maneira como ele se sentiu ao descobrir que era apenas um eco que respondia a ele, em vez da pessoa amada, como imaginava.
6. c) Retome com os estudantes que o predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um verbo significativo (de ação) e um predicativo do sujeito (atribuição de uma característica ao sujeito).
O objetivo da proposta de Língua em cena é incentivar as práticas de pesquisa de análise documental, por meio da observação, análise e comparação de textos autênticos, de modo que os estudantes elaborem as próprias conclusões a respeito do assunto gramatical estudado neste capítulo aplicando-o em exemplos reais. Dessa forma, também será possível trabalhar o pensamento computacional, por meio do reconhecimento de padrões. Essa atividade possibilita também que se explorem metodologias ativas, com o desenvolvimento da autonomia e da capacidade de trabalho colaborativo dos estudantes.
REALIZAÇÃO
Língua em cena
Oriente a atividade, indicando sites que disponibilizam anúncios e campanhas publicitárias. Revistas e jornais também podem ser consultados. Peça aos estudantes que reproduzam o anúncio e elaborem um texto com as informações solicitadas na atividade.
Reserve um momento para que as duplas apresentem os resultados da pesquisa para a turma. Atue como mediador da atividade, orientando os estudantes quanto ao momento de cada dupla falar. Solicite que esperem o momento adequado para fazer interrupções ou comentários. Ouça as análises feitas e, caso haja alguma incoerência em relação ao conteúdo, faça a retomada após a apresentação da dupla, explicando a ocorrência.
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LÍNGUA EM CENA 91
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PROPOSIÇÕES
O objetivo da proposta de Produção escrita é que os estudantes elaborem uma crônica, retomando as especificidades desse gênero, para depois publicá-la em uma antologia que será doada à biblioteca da escola. A atividade será dividida em etapas. Antes de propor o planejamento da crônica, se considerar interessante, apresente aos estudantes alguns títulos de notícias ou reportagens recentes acerca do tema “convívio entre gerações”. Se preferir, mostre também algumas fotografias. Depois desse momento de leitura dos títulos e de visualização de fotografias, retome a ideia de que a crônica pode ser produzida com base em um recorte do cotidiano, com a finalidade de promover uma reflexão sobre o assunto.
PARA ACESSAR
PORTAL da Crônica Brasileira. [S.l.], c2018. Site. Disponível em: https:// cronicabrasileira.org.br/. Acesso em: 1 ago. 2022.
Esse site, recomendado para professor e estudantes, reúne textos de cronistas consagrados da literatura e do jornalismo nacionais, como Humberto Werneck (editor do portal), Otto Lara Resende, Rubem Braga e Paulo Mendes Campos.
REALIZAÇÃO
Na etapa Planejando a crônica, espera-se se que os estudantes criem uma crônica com base em uma situação real. Com base no tema gerador, eles podem criar a crônica, desenvolvendo seu próprio estilo, mantendo um registro próximo do informal; lembre-os de que os textos dos grandes cronistas da atualidade são quase uma conversa com o leitor e que a
Crônica
Nesta seção, você vai escrever uma crônica para fazer parte de uma antologia de crônicas da turma. Essa antologia será dedicada àqueles que, do alto dos seus anos de vida, têm muito a ensinar aos mais jovens, de todas as idades. Assim, as crônicas terão como tema o convívio entre gerações. A proposta é que você aguce o olhar para o cotidiano das pessoas idosas e, como um cronista que observa tudo ao seu redor, encontre o inusitado, o pitoresco, o original ou o incomum que inspire você a refletir e expressar esse convívio.
A antologia poderá ser impressa e, depois, doada à biblioteca da escola, possibilitando a outros leitores um novo olhar sobre esse tema.
Planejando a crônica
1 Escolha o assunto que será o mote de sua crônica e que conte algo sobre você e algum idoso com o qual convive ou conhece: aquele dia em que você ouviu um conselho e percebeu a sabedoria dele; aquela experiência inesquecível e engraçada que viveram juntos; uma cena a que assistiu e que foi triste de ver; aquela história engraçada, de perigo, de coragem contada tantas vezes.
2 Em uma folha à parte, faça anotações sobre o fato escolhido e formule algumas ideias a respeito.
• Ao vivenciar, presenciar ou saber desse fato, como você se sentiu?
• O que esse fato ou cena despertou em você?
• Qual(is) reflexão(ões) esse acontecimento pode provocar nas pessoas?
3 Em seguida, defina os próximos elementos.
• Que personagens participarão da crônica.
• Qual será o tipo de narrador e o ponto de vista (1a ou 3a pessoa).
• Como a crônica será iniciada e como vai aparecer o fato, a cena ou a frase que escolheu.
• Como a crônica será finalizada (por exemplo, com uma frase poética ou algo que surpreenda o leitor).
Escrevendo a crônica
1 Com base na etapa anterior, escreva a primeira versão da crônica, organizando o texto de acordo com a sequência: introdução desenvolvimento conclusão.
2 Use recursos como:
• interlocução com o leitor para estabelecer aproximação;
• recursos da linguagem poética, como metáforas, para tornar o texto mais lírico e emotivo;
• analogias ou comparações inusitadas, para tornar a descrição mais rica de sentidos;
• alusões a outras manifestações artísticas, culturais e históricas para surpreender o leitor;
• verbos significativos para intensificar as ações;
• palavras e expressões com sentido conotativo para enriquecer a linguagem do texto.
3 Empregue o registro formal ou mais informal, de acordo com os objetivos da crônica, mas obedecendo à norma-padrão.
4 Dê um título criativo à crônica, que chame a atenção do leitor.
crônica não reproduz a realidade, mas uma visão pessoal dela, recriada pela imaginação do cronista.
Na etapa Escrevendo a crônica, oriente os estudantes a escrever o texto segundo a norma-padrão, mas que também utilizem recursos para tornar a leitura interessante e agradável ao leitor.
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Revisando e reescrevendo a crônica
1 Troque o seu texto com o de um colega. Cada um deve ler o texto e, em uma folha avulsa, elaborar comentários sobre a crônica do outro, de acordo com os critérios de avaliação a seguir.
• A crônica tem como mote um acontecimento que reflete o tema?
• Há um modo pessoal de compreender e apresentar esse acontecimento?
• A apresentação do fato desperta a curiosidade do leitor?
• A conclusão surpreende o leitor?
• Foram usados recursos linguísticos variados para tornar a linguagem mais poética?
• A crônica provoca uma reflexão sobre o fato que aborda?
• O texto está organizado de acordo com a estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão?
• O registro da linguagem é adequado aos objetivos da crônica, seja ele formal ou mais informal?
• Há correção quanto às regras de concordância, à pontuação e à ortografia das palavras?
• O título é criativo e sugere o assunto da crônica?
2 Ao concluir a revisão do texto, entregue-o ao colega com as suas observações. Com base nos apontamentos no seu texto, reescreva a versão final da crônica, fazendo as correções necessárias.
Montando a antologia de crônicas
Para a montagem da antologia de crônicas, será necessária a participação de toda a turma.
1 Decidam de que maneira vão organizar a antologia de crônicas: se será uma versão escrita à mão ou se vão utilizar o computador para digitá-las. Se a antologia não for impressa, escolham um tipo único de folha para que cada estudante escreva a versão final da crônica.
2 Combinem se as crônicas poderão ou não vir acompanhadas de ilustrações ou de imagens relacionadas ao assunto do texto.
3 Escolham um colega da turma para elaborar o sumário da antologia, que pode ser organizado em ordem alfabética, por autor ou por título.
4 A turma toda ou alguns integrantes podem ficar responsáveis por escrever o prefácio, ou seja, uma breve apresentação da antologia para os leitores, contando do que ela trata, como foi o processo de escrita das crônicas, quem são os autores e quem é o professor responsável.
5 Criem uma capa com título e data de publicação. Se a turma desejar, pode haver imagens ou ilustrações na capa.
Apresentando a antologia de crônicas
1 Se possível, combinem com o professor uma data para o lançamento da antologia de crônicas. Vocês podem combinar com outras turmas da escola um horário para lerem as crônicas, transformando esse momento em uma roda de leitura.
2 Antes de doar a antologia de crônicas para a biblioteca da escola, avaliem a possibilidade de convidar também familiares e amigos para o lançamento ou, então, se possível, elaborem cópias desse material e façam-no circular entre essas pessoas.
REALIZAÇÃO
Na etapa Revisando e reescrevendo a crônica, se possível, oriente os estudantes a digitar os textos revisados. Após a revisão, proponha uma discussão para que possam expor os aspectos observados nos textos que leram. Pergunte-lhes o que mais chamou a atenção no texto do colega. Apresente alguns critérios como: o texto é (ou se aproxima) do
gênero proposto? A linguagem é formal (ou informal) na medida certa? O autor parece ter pensado no público leitor ao produzir a crônica?
Recolha aqueles textos apontados como distantes do gênero crônica. Com cuidado para não constranger os estudantes, proponha a eles uma leitura em voz alta para que, coletivamente, todos possam contribuir com sugestões. Outra possibilidade é recolher os
textos e trazer alguns deles transcritos em papel, em uma próxima aula, para que, com a autorização do autor, todos possam contribuir com sugestões. O processo de revisão e reescrita dos textos é uma excelente oportunidade de aprendizagem. Se possível, oriente os estudantes a redigitar os textos corrigidos.
Na etapa Montando a antologia de crônicas , oriente os estudantes a trabalhar de maneira colaborativa, para o desenvolvimento dessa etapa do trabalho. Para isso, incentive a participação de todos e instrua-os a falar no momento oportuno e a escutar com atenção as ideias e propostas dos colegas.
Na etapa Apresentando a antologia de crônicas, avalie também a possibilidade de convidar os familiares e amigos dos estudantes para o lançamento da antologia. Os estudantes podem ficar responsáveis pela confecção de convites, organização do espaço escolhido para o evento etc. Se houver o momento de leitura das crônicas, combine com a turma de ensaiarem essa leitura em casa, de modo que, no dia combinado, estejam preparados para fazer a leitura em voz alta para outras pessoas.
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Habilidades de encerramento
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PROPOSIÇÕES
O trabalho artístico apresentado em Linguagens em conexão ressalta como a velhice pode ser uma fase feliz e produtiva da vida. Enfatize aos estudantes que é possível ter uma velhice ativa, saudável e prazerosa de diversas maneiras, dependendo do contexto de cada um, mas que, para isso, é essencial que os idosos sejam respeitados e reconhecidos como pessoas que integram a sociedade de forma ativa.
Aproveite as imagens para ressaltar também a importância da atividade física em todas as idades, comentando que ela possibilita um envelhecimento mais saudável e maior mobilidade corporal na velhice, podendo ser importante para prevenir quedas, por exemplo.
A coreografia Axe foi produzida por Mats Ek como uma despedida da criação coreográfica. Ele fez a peça especialmente para sua esposa e parceira artística Ana Laguna e para o dançarino Yvan Auzely. Em quinze minutos de dança, os dançarinos interagem de forma a instigar reflexões sobre a relação amorosa em um casal, temática comum nas criações de Ek. Além disso, a obra mostra a relação entre a necessidade de trabalhar e de tirar tempo para realizar sonhos pessoais. É interessante notar que os dançarinos são valorizados e reconhecidos como indivíduos e não como corpos que apenas interpretam uma dança, como ocorre, muitas vezes, no balé clássico.
Arte na terceira idade
Neste módulo, você estudou crônica, crônica visual e texto teatral e, ainda, participou da produção de uma esquete. Assim, pôde refletir sobre relações humanas e sobre as diferentes fases da vida. Nesta seção, você vai refletir um pouco mais sobre a fase da terceira idade conhecendo o trabalho de três artistas da dança: o coreógrafo e dançarino sueco Mats Ek (1945-), a dançarina espanhola Ana Laguna (1964-) e o dançarino e ator sueco Yvan Auzely (1959-).
Os três artistas são idosos e produtivos e atuantes na arte da dança. A coreografia Axe [Machado] foi criada por Mats Ek especialmente para ser interpretada por Ana Laguna e Yvan Auzely. O trabalho é um dueto que propõe reflexões importantes sobre a vida, como a profundidade das relações amorosas e a necessidade de conciliar trabalho e momentos da vida pessoal.
Em 2017, esse trabalho participou do Elixir Festival, em Londres, na Inglaterra, criado para celebrar e valorizar os processos de envelhecimento e a criatividade na velhice. Desde 2014, o festival reúne artistas idosos de várias partes do mundo para workshops, palestras, exibição de filmes e apresentações artísticas. Além disso, reúne a produção de artistas famosos e reconhecidos à produção de artistas amadores e não profissionais.
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As imagens desta página e da página anterior são dos dançarinos Ana Laguna e Yvan Auzely em apresentação da coreografia Axe, de Mats Ek. O espetáculo ocorreu no Elixir Festival, em Londres, na Inglaterra, em 2017.
1. Que sensações e reflexões essas imagens causam em você?
2. Em sua opinião, o que esses artistas idosos enfatizam por meio de suas produções?
3. Como é a sua relação com as pessoas idosas de seu convívio?
Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
4. Na região em que você vive, há políticas sociais que se preocupam com a qualidade de vida dos idosos? O que você acha que poderia melhorar? Respostas pessoais.
REALIZAÇÃO
1. Incentive os estudantes a observar e a analisar as imagens com atenção. Em seguida, peça-lhes que relembrem o que aprenderam ao longo deste módulo com relação ao tema. A interpretação das imagens e do trabalho coreográfico são pessoais; por isso, esta pergunta não tem uma resposta correta. Acolha todas as considerações dos estudantes e garanta que sejam respeitosas.
Axe, de Mats Ek. 2015. Vídeo (38s). Canal Dansens Hus. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=K7HJ6tEBQGk
Acesso em: 29 jul. 2022. Acesse o link e assista ao trailer do espetáculo Axe, de Mats Ek, com a apresentação dos dançarinos Ana Laguna e Yvan Auzely.
Se necessário, promova uma nova conversa sobre respeito e valorização do idoso e dos processos de envelhecimento.
2. Verifique se os estudantes compreendem que a apresentação de um espetáculo de dança criado e interpretado por artistas idosos pode incentivar a reflexão de que a velhice é uma fase da vida que pode ser tão produtiva, ativa e feliz como todas as outras. Ressalte aos estudantes que é
comum encontrar pessoas que têm preconceitos contra idosos e que desvalorizam essa fase, mas que esse tipo de pensamento deve ser combatido e desestimulado. Se considerar necessário, ressalte que a produção de dança que eles observaram por meio das imagens é apenas um exemplo, mas que é possível utilizar muitos outros para tratar positivamente da velhice.
3. Após o trabalho com este módulo e com as perguntas anteriores, proponha aos estudantes que pensem em como eles se relacionam pessoalmente com pessoas idosas da família, da comunidade e da escola. Sugira que façam uma autorreflexão sobre a maneira como tratam essas pessoas, como lidam com os processos de envelhecimento e como valorizam a troca de saberes que elas podem proporcionar.
4. Finalize o módulo propondo aos estudantes que pensem em ações consistentes para a vida das pessoas idosas da comunidade em que vivem. Sugira que recordem se conhecem alguma política governamental ou atuação social de outras instituições que se preocupam com a vida dos idosos da região e mobilizam ações para uma melhor mobilidade urbana, para um convívio social mais ativo ou para facilitar a prática de atividades físicas, por exemplo. Caso eles não se lembrem de nenhuma, sugira aos estudantes que façam uma pesquisa na internet e, em seguida, pensem em novas ações e melhorias que poderiam ser feitas.
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ASSISTIR
PARA
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FOTOS: VibranT PicTureS/alamy/FOTOarena
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Competências do módulo
Gerais: 1, 2, 4, 5, 8, 9
Linguagens: 2, 3, 6
Língua Portuguesa: 3, 7, 10
Educação Física: 3, 4, 5
Habilidades da abertura
• EF69LP13
• EF89LP27
Temas Contemporâneos Transversais
• Ciência e tecnologia
• Saúde
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros artigo de divulgação científica, infográfico e vídeo de divulgação científica, com textos que têm como tema a relação entre ciência, tecnologia e esporte, contemplando, assim, os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Ciência e tecnologia e Saúde. O eixo de análise linguística/semiótica trata das formas nominais dos verbos, da função de hipônimos e hiperônimos e das orações adverbiais reduzidas. O eixo de oralidade aborda a função e a importância dos operadores argumentativos, relacionando-os, também, à produção escrita. No eixo de produção textual, propõe-se a produção de uma apresentação multimídia sobre desempenho e saúde física e mental de atletas.
OBJETIVOS
• Explorar os gêneros artigo de divulgação científica, infográfico e vídeo de divulgação científica.
• Conhecer características do artigo de divulgação científica, reconhecendo a relação entre a linguagem formal e a circulação social de textos do gênero.
• Conhecer e analisar características multimodais de vídeo de divulgação científica.
• Compreender usos das formas nominais do verbo e reconhe-
ESPORTE COM CIÊNCIA
O atleta sul-africano Ntando Mahlangu (2002-) durante competição de salto em distância nos Jogos Paralímpicos de Verão, em Tóquio, no Japão, no ano de 2020.
cer os efeitos de sentido produzidos por elas nos textos.
• Compreender a função de hipônimos e hiperônimos na construção de texto coeso e coerente.
• Identificar a estrutura e a função da oração adverbial reduzida, reconhecendo as relações de sentido que estabelecem nos períodos.
• Identificar e analisar a função de operadores argumentativos.
• Produzir apresentação multimídia.
PROPOSIÇÕES
A imagem desta abertura mostra o atleta Ntando Mahlangu durante uma competição masculina de salto em distância T63, que deu a ele uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, em Tóquio, no Japão. Além dessa medalha, o atleta também ganhou ouro na competição de 200 metros T61 masculino. Em 2016, com
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FIQUE POR DENTRO
• Artigo de divulgação científica
• Infográfico
• Formas nominais do verbo
• Hipônimo e hiperônimo
• Vídeo de divulgação científica
• Oração subordinada adverbial reduzida
• Operadores argumentativos
• Produção multimodal: apresentação multimídia
• Saúde mental nos esportes
IMAGEM EM FOCO
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Ao observar a fotografia de Ntando Mahlangu, o que mais chama a sua atenção e por quê?
Respostas pessoais.
2. Em sua opinião, como a ciência pode se relacionar com a prática esportiva?
Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, quais são os benefícios da prática de atividades físicas?
Resposta pessoal.
4. Como é a sua relação com a prática de atividades físicas?
Resposta pessoal.
com deficiência como inferiores em comparação àquelas sem deficiência. Se necessário, explique aos estudantes que o capacitismo é um tipo de preconceito e precisa ser combatido.
REALIZAÇÃO
1. Atente-se a opiniões capacitistas, que reduzam o atleta à sua deficiência ou que o enxerguem como um exemplo de superação, pois essa é uma visão preconceituosa que deve ser problematizada em sala de aula.
2. Sugira-lhes que se baseiem na imagem para iniciar a reflexão. Verifique se notam as próteses do atleta e relacione-as ao avanço científico na área esportiva, comentando que elas são cada vez mais inovadoras e permitem novas possibilidades de mobilidade e rendimento aos atletas em geral.
3. É interessante destacar o fato de que as atividades físicas são benéficas para todas as pessoas. Além de importantes para garantir a saúde física a curto e a longo prazo, elas promovem a saúde mental, o descanso, o lazer e o convívio social.
apenas 14 anos, Mahlangu já havia se destacado nos Jogos Paralímpicos de Verão no Rio de Janeiro (RJ), conquistando medalha de prata nos 200m T42 masculino. Explique aos estudantes que as siglas T63, T61 e T42 referem-se a categorias no esporte paralímpico; a primeira é destinada a atletas com ausência de uma das pernas acima do joelho; a segunda, àqueles com ausência de ambas as pernas
acima do joelho; e a terceira, a atletas com transtorno de movimento moderado em uma das pernas ou com a ausência de uma ou das duas pernas.
Destaque o protagonismo juvenil de Ntando Mahlangu, que, desde a adolescência, atua em competições esportivas. Fique atento para não fazer uma abordagem capacitista, isto é, não se referir às pessoas
4. Comente com os estudantes que são muitas as possibilidades para a prática de atividades físicas e que os esportes de alto rendimento, como o apresentado na imagem de abertura, são apenas um dos exemplos possíveis. Se necessário, explique que todas as pessoas podem praticar atividades físicas que sejam adequadas para seus corpos, contextos e faixa etária.
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Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
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EXPLORANDO O TEXTO
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TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP29
• EF69LP33
• EF69LP42
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP03
• EF69LP05
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• EF69LP42
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• EF09LP04
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP03
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PROPOSIÇÕES
O gênero textual artigo de divulgação científica tem como intenção comunicativa a transmissão de conhecimentos e dados obtidos por meio de pesquisa. Se considerar interessante, explique aos estudantes que, neste módulo, predominam gêneros textuais do campo das práticas de estudo e pesquisa, que favorecem o desenvolvimento de habilidades e procedimentos relacionados ao estudo e à divulgação científica. A discussão sobre o tema abordado também possibilita uma reflexão sobre relações próprias do mundo do trabalho e mobilidade urbana. Para os estudantes obterem mais informações sobre essa questão – como pesquisas, estatísticas e notícias –, indique a consulta ao site da ONG Mobilize, neste link: https://www.mobilize. org.br/ (acesso em: 3 ago. 2022).
Durante a pandemia de covid-19, a necessidade de isolamento social obrigou diversos estabelecimentos comerciais, como restaurantes, a manter as portas fechadas ou a funcionar em sistema de entregas, o que fez com que o número de entregadores por aplicativo crescesse vertiginosamente. Esses profissionais têm uma jornada de trabalho extenuante para tentar chegar o mais rápido possível ao local de entrega, seja de bicicleta, carro ou motocicleta, muitas vezes, sem que isso resulte em um aumento de renda.
Essa questão chamou a atenção do pesquisador Eduardo Rumenig Souza, que resolveu abordar o tema em sua tese de doutorado, intitulada Rebocadores urbanos e capitalismo de plataforma: ensaio sobre a entrega por bicicleta em São Paulo. O texto que você vai ler a seguir é um artigo de divulgação científica que tem como base as informações e descobertas levantadas pelo pesquisador nesse estudo.
Tendo em vista essas informações e o título do artigo, levante algumas hipóteses: O que pode ter motivado o pesquisador a escolher os ciclistas e não outros entregadores para desenvolver essa pesquisa? Quais problemas enfrentados por esses profissionais você imagina que serão mencionados no texto? Que aspectos relacionados a esse tema você consideraria importante abordar? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção.
Respostas pessoais.
TEXTO
Antes de iniciar a leitura do texto, ouça com atenção as informações que serão apresentadas pelo professor. Em seguida, faça uma leitura silenciosa do artigo e verifique se suas hipóteses sobre o trabalho dos ciclistas entregadores foram confirmadas.
Exercício físico diário não basta para melhorar saúde e qualidade de vida de entregadores de aplicativos
Dia a dia desses entregadores é marcado por condições precárias de trabalho, sobrecargas, riscos de lesões e acidentes e exposição intensa à poluição do ar 27/05/2022 – Texto: Redação
As condições precárias de trabalho e o esforço físico e mental exigido nas atividades dos entregadores por bicicleta a serviço de aplicativos digitais frequentemente passam despercebidos. Por essa razão, em sua tese de doutorado, o pesquisador Eduardo Rumenig Souza, formado em Ciências Sociais e em Educação Física, acompanhou o trabalho de ciclistas entregadores na cidade de São Paulo para analisar sua qualidade
Antes de promover a leitura do texto, se possível, leia o artigo “Ipea: Brasil tem 1,5 milhão de motoristas e entregadores de produtos”, disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ geral/noticia/2022-05/ipea-brasil-tem-15-milhaode-motoristas-e-entregadores-de-produtos (acesso em: 14 jul. 2022).
Comente com os estudantes que, no Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de
pessoas trabalham com transporte de passageiros e entrega de mercadorias, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com dados de 2021, há no país 945 mil motoristas de aplicativo e taxistas, 322 mil motociclistas que fazem entregas, 222 mil mototaxistas e 55 mil trabalhadores que usam outro meio de transporte para entregar produtos. Os
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CIENTÍFICA CAPÍTULO
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO
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de vida. Segundo a pesquisa, realizada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, esta modalidade de entregas transmite a imagem de sustentabilidade e vida ativa, mas isso não se reflete em saúde e bem-estar para o trabalhador, devido às cobranças constantes de desempenho, sobrecargas, riscos de lesões e acidentes e exposição intensa à poluição do ar.
A análise foi feita a partir do acompanhamento de cinco ciclistas entregadores durante parte de suas jornadas diárias. O pesquisador observou os trabalhadores de março a agosto de 2020, pedalando junto com eles durante quatro horas por dia. A partir disso, foi elaborada uma etnografia do grupo. De acordo com o autor do trabalho, essa etnografia consiste em observar o cotidiano, tentando entender a vida social e traduzir determinada cultura urbana para outras pessoas que não são parte daquele universo. Também foram levantados dados quantitativos como poluição atmosférica nos trajetos percorridos e intensidade e volume do esforço físico.
A economia de plataforma tem sido uma grande tendência dos últimos anos em termos de modelos de negócio. Nesse sistema, os serviços são disponibilizados por meio de uma plataforma digital – um aplicativo de celular, por exemplo –, que gerencia as demandas dos clientes e a prestação do serviço. Transportes e entregas são setores que adotaram intensamente esse modelo, sendo que uma boa porção do trabalho é feita por ciclistas entregadores. Uma característica apontada pelo estudo foi a gamificação do trabalho, que acontece por meio da atribuição de pontos calculados pelos algoritmos levando em consideração uma série de fatores, como a performance dos ciclistas, condições climáticas, dia da semana e horário das entregas, além da avaliação dos atores imbricados no processo. É dessa forma que os ciclistas são constante e intensamente cobrados pelo próprio aplicativo a serem cada vez mais rápidos e eficientes, mesmo que isso resulte em riscos de lesões e acidentes.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Enquanto os estudantes fazem a primeira leitura do texto, de forma silenciosa, oriente-os a anotar informações que consideram relevantes e que dialogam com as hipóteses levantadas inicialmente a fim de compor um resumo.
Solicite a leitura silenciosa do primeiro parágrafo do artigo de divulgação científica. Após a leitura desse trecho, apresente aos estudantes o resumo a seguir e pergunte se ele está de acordo com as informações do parágrafo: “O pesquisador Eduardo Rumenig Souza, formado em Ciências Sociais e em Educação Física, acompanhou o trabalho de ciclistas entregadores na cidade de São Paulo para comprovar as condições precárias de trabalho e o esforço físico e mental exigido nas atividades desses profissionais”. Espera-se que os estudantes reconheçam que o resumo contém as principais informações do parágrafo.
Depois, solicite a leitura dos parágrafos subsequentes e peça aos estudantes que elaborem, no caderno, um resumo da leitura, organizado parágrafo a parágrafo. Esses resumos serão retomados em atividades posteriores.
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trabalhadores atuam como autônomos, não tendo, portanto, nenhum vínculo empregatício nem garantia trabalhista. O maior rendimento médio dos motoristas de aplicativos e taxistas fica em torno de R$ 1,9 mil. Em 2016, eles recebiam, em média, R$ 2,7 mil. Para os motociclistas que fazem entregas, o rendimento é de aproximadamente R$ 1,5 mil por mês, e para os mototaxistas,
cerca de R$ 1 mil. O estudo mostra que a maioria desses trabalhadores é homem e tem menos de 50 anos. O maior número de motociclistas que entregam mercadorias, de motorista de aplicativos e de taxistas concentra-se na região Sudeste. As regiões Norte e Nordeste têm o maior número de mototaxistas no país.
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Para alcançar a expressividade adequada à leitura oral de textos de diferentes gêneros, ou realizada em situações comunicativas diversas, o estudante deve observar a entonação, o ritmo, a dicção, o tom de voz, entre outros aspectos, o que também desafia a habilidade de compreender e interpretar os sentidos dos textos lidos. Por isso, se desejar, proponha uma leitura coletiva em voz alta em seguida.
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[…]
A pressão exercida pelas plataformas gera nos ciclistas uma busca frenética pela eficiência e produtividade.
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REALIZAÇÃO
Ao final da leitura, convide alguns voluntários a compartilhar os resumos com os colegas e, juntos, verifiquem qual está mais completo, qual é o mais claro e que ajustes poderiam ser feitos.
Se considerar oportuno, apresente alguns dados sobre o serviço de delivery no Brasil. É possível obter mais informações na publicação “Delivery cresce de forma acelerada no Brasil, e abre novas possibilidades aos restaurantes”, de Alice Reis, disponível neste link : https://respostas.sebrae. com.br/delivery-cresce-de-formaacelerada-no-brasil-e-abre-novaspossibilidades-aos-restaurantes/ (acesso em: 22 jul. 2022). Se julgar conveniente, leia-o e selecione mais algumas informações para compartilhar com os estudantes como modo de ampliar a contextualização do trabalho com o texto.
ARTICULAÇÃO COM GEOGRAFIA
De modo articulado com o professor de Geografia, a fim de trabalhar a habilidade EF09GE11, proponha aos estudantes a seguinte situação-problema: De que modo o desenvolvimento tecno-científico e as mudanças que têm ocorrido no processo de industrialização impactam o mundo do trabalho? Como essa realidade pode servir de referência para a sua própria formação e escolha profissional? Essas são questões que também estão relacionadas à competência geral 6 da Educação Básica, que estabelece a necessidade de os estudantes compreenderem as relações do mundo do trabalho e refletirem sobre seu projeto de vida. Organize os estudantes em grupos e oriente-os a fazer a curadoria de artigos científicos e reportagens, por exemplo, com a finalidade de analisar e
Sobrecarga
Ser mais eficiente, no caso das entregas por bicicleta, significa carregar cada vez mais peso de forma mais rápida. A constante sobrecarga das bicicletas – algumas delas modificadas para acomodar ainda mais produtos – e a rotina de trabalho extenuante podem gerar lesões crônicas e dores articulares. Até mesmo a relação com os espaços urbanos entra na equação que envolve produtividade, deslocamento com sobrecarga e demanda por velocidade. É comum observar ciclistas entregadores circulando de forma não convencional por vias de pedestres, por exemplo. Devido ao conhecimento particular do terreno urbano e suas irregularidades, o trajeto calculado matematicamente pelo GPS é substituído por caminhos que exigem menos esforço físico. “A interpretação corpográfica da cidade, mediada pela bicicleta, enseja modos alternativos de perceber e viver o espaço”, comenta o pesquisador.
A circulação pelos espaços urbanos se apresenta como mais um desafio a ser enfrentado pelos ciclistas. Não apenas pela falta de estrutura para suprir as necessidades básicas, como uso do banheiro ou espaço para se alimentar, mas também pelo intenso contato com a poluição. Segundo os dados levantados por meio de um equipamento acoplado à bicicleta e um monitor cardíaco, os ciclistas chegam a inalar cinco vezes mais poluentes do que uma pessoa em deslocamento sedentário, como o carro ou o ônibus. [...]
A poluição pode gerar inúmeros efeitos colaterais deletérios ao organismo relacionados a processos inflamatórios, aumento da pressão arterial, estresse oxidativo, dentre outros. O pesquisador comenta que, sob o ponto de vista estritamente biológico, os benefícios superam os malefícios na saúde considerando deslocamentos ativos e sedentários. Isso porque o exercício físico ativa respostas anti-inflamatórias e torna os organismos menos reativos aos poluentes inalados. Mesmo quando realizado em ambiente poluído, o exercício físico gera benefícios próprios ao organismo ativo. Além disso, a economia de plataforma fornece uma atividade remunerada de maneira rápida e desburocratizada a pessoas que encontram poucas oportunidades no mercado de trabalho tradicional. Porém, essa facilidade não vem sem um custo no formato de trabalho precarizado. Para atender às demandas, segundo o pesquisador, os entregadores reorganizam “a própria vida, colocando necessidades básicas como ritmo circadiano, alimentação, asseio, tudo isso em função do esquema de funcionamento das plataformas”.
comentar essas transformações. Incentive-os, também, a aprofundar a discussão, associando aos projetos de vida pessoais.
Propostas de pesquisa em grupo são formas de ensinar os estudantes a estudar, assim como de desenvolver as habilidades de localizar, selecionar e usar informações. Além disso, a atividade proposta aqui trabalha metodologias ativas por meio da resolução de problemas e da aprendizagem colaborativa.
Discuta com a turma métodos de pesquisa e formas de organização das informações obtidas: eles devem entender que não basta copiar dados disponíveis na internet para realizar o fichamento; essas informações precisam ser tratadas para que a pesquisa gere uma síntese do que leram.
Aproveite a oportunidade para avaliar a participação de cada estudante na atividade e observar se os dados foram organizados de
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Bicicleta adaptada para aumentar a capacidade de carga.
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REALIZAÇÃO
Para o autor do estudo, a melhora na qualidade de vida dos ciclistas passa pelo engajamento do governo em elaborar e adotar políticas públicas que tragam condições mais dignas para o exercício das funções. Isso ocorre mediante mobilização política e organização da classe. Ele cita a manifestação ocorrida em junho de 2020 em São Paulo denominada BrequedosApps, na qual milhares de entregadores suspenderam, provisoriamente, sua rotina laboral para protestar por melhores condições laborais.
VOCABULÁRIO
Etnografia: estudo descritivo das características sociais e antropológicas de um povo ou grupo de pessoas.
Demandas: pedidos, solicitações.
Gamificação: atribuição de característica de jogo a determinada ação.
Algoritmos: sequências de etapas utilizadas no cumprimento de tarefas.
Performance: desempenho, atuação.
Imbricados: envolvidos.
Extenuante: cansativo, exaustivo, fatigante.
GPS: sigla de Sistema de Posicionamento Global (do inglês Global Positioning System), ferramenta utilizada na localização geográfica.
Proponha a leitura do boxe Quem é o autor e certifique-se de que os estudantes compreenderam que Eduardo Rumenig é autor da tese que está sendo divulgada, não do artigo de divulgação científica, que foi produzido pela equipe de redação do Jornal da USP
PARA ACESSAR
Ciclistas entregadores durante manifestação em 2020.
[...]
O estudo foi orientado pelo professor Luiz Dantas e defendido em dezembro de 2021 na EEFE da USP.
A tese, intitulada Rebocadores urbanos e capitalismo de plataforma: ensaio sobre a entrega por bicicleta em São Paulo, está disponível no Banco de Teses e Dissertações da USP e pode ser acessada neste link .
EXERCÍCIO físico diário não basta para melhorar saúde e qualidade de vida de entregadores de aplicativos. Jornal da USP, [São Paulo], 27 maio 2022. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/exercicio-fisico-diario-nao-melhora-saude-e-qualidadede-vida-de-entregadores-de-app/. Acesso em: 10 jul. 2022.
QUEM É O AUTOR
O artigo de divulgação científica foi produzido pela equipe de redação do Jornal da USP, veículo em que foi publicado. O autor da tese de doutorado na qual o artigo se baseia é o pesquisador Eduardo Rumenig Souza, formado em Educação Física pela Universidade Ibirapuera e em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Desde 2017, ele se dedica ao estudo da mobilidade urbana sustentável.
Corpográfica: relativo à corpografia, cartografia corporal, feita com base nas diferentes experiências urbanas vividas por cada um.
Enseja: possibilita.
Suprir: garantir, fornecer.
Acoplado: que está fisicamente unido ou ligado.
Inalar: aspirar.
Sedentário: que se movimenta pouco.
Deletérios: danosos, insalubres, prejudiciais à saúde.
Estresse oxidativo: estado em que fica o corpo quando a quantidade de antioxidantes não é suficiente para superar os efeitos nocivos dos radicais livres.
Precarizado: instável, inseguro.
Ritmo circadiano: variação nas funções biológicas dos seres vivos que se repete a cada 24 horas.
JORNAL da USP. São Paulo, c2019. Disponível em: https://jornal.usp. br/. Acesso em: 3 ago. 2022. No site do Jornal da USP é possível encontrar outros artigos de divulgação científica, notícias, reportagens e podcasts que abordam estudos das diferentes áreas do conhecimento e que podem ser acessados pelo professor e pelos estudantes.
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acordo com as suas orientações e a condição de o estudante fazer síntese do que foi pesquisado. Essa é, também, mais uma oportunidade para assumirem o protagonismo e se responsabilizarem pela construção do próprio conhecimento, sob sua orientação.
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, promova uma conversa com os estudantes de modo que possam compartilhar ideias e opiniões a respeito do tema abordado no artigo de divulgação científica. Em Texto e contexto, se considerar oportuno, solicite ocasionalmente a leitura de trechos em voz alta, para que, por meio das atividades propostas, os estudantes localizem informações e interpretem os efeitos de sentido do texto.
REALIZAÇÃO Conversando sobre o texto
1. Retome com os estudantes os procedimentos de leitura realizados (levantamento de conhecimentos prévios, leitura silenciosa, leitura oral, consulta de vocabulário etc.) e ajude-os a perceber a importância deles para a compreensão do texto. Retome também as anotações que fizeram para construir o resumo.
2 Discuta com os estudantes que os fatores econômicos desfavoráveis, como desemprego, que influenciam no aumento do número de entregadores por aplicativos nas grandes cidades, poderiam ser minimizados por meio de políticas públicas que impulsionassem a criação de empregos no país.
3. Leve os estudantes a perceber que as condições de infraestrutura nas principais ruas da cidade, como ciclovias, sinalização e banheiros públicos, além de qualidade do trânsito e níveis de poluição, podem impactar de forma positiva ou negativa o trabalho desses profissionais.
3. a) O acompanhamento foi necessário para que o pesquisador pudesse experimentar as vivências reais dos entregadores por aplicativo, com a finalidade de lhe garantir maior confiabilidade e propriedade a respeito do assunto sobre o qual escrevia.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. A estratégia de leitura realizada ajudou você a compreender o artigo? Por quê?
Respostas pessoais.
2. Em sua opinião, que fatores explicam o aumento do número de ciclistas entregadores por aplicativo nas ruas das grandes cidades brasileiras? O que poderia ser feito para modificar essa situação?
Respostas pessoais.
3. Você considera que sua cidade tem estrutura adequada para acolher entregadores que utilizam bicicletas? Por quê?
Respostas pessoais.
3. b) Se o pesquisador tivesse acompanhado um único ciclista, os resultados poderiam não ser conclusivos, pois, ao acompanhar um grupo, considerando a diversidade entre os indivíduos, ele consegue observar diferentes variáveis e constatar traços em comum entre todos os ciclistas, o que comprova que determinadas
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
atitudes ou comportamentos são comuns a toda a categoria, dando mais amplitude e credibilidade à pesquisa.
4. a) A sociedade constrói essa imagem de sustentabilidade e de vida ativa pelo fato de os profissionais se deslocarem de bicicleta, transporte que não polui e garante a prática de atividade física.
1. b) Sugestões de resposta: Pesquisadores, professores e estudantes universitários, pois o site do jornal é acessado comumente pela comunidade acadêmica.
1. O artigo foi veiculado no site do Jornal da USP, publicação da Universidade de São Paulo.
1. a) O fato de ser um veículo que publica textos e diversos conteúdos relacionados ao ambiente acadêmico, pertencente a uma das maiores universidades públicas do Brasil.
a) O que torna esse jornal ideal para a publicação de um texto como esse?
b) Quem são os possíveis leitores desse artigo? Justifique sua resposta.
2. Os artigos de divulgação científica abordam estudos relacionados às mais diversas áreas do conhecimento.
2. a) A tese faz referência a áreas como esporte, saúde, política e economia.
a) A que áreas do conhecimento a tese de doutorado abordada no artigo faz referência?
b) O autor da tese tem conhecimento suficiente para tratar de um tema que envolve diversas áreas? Explique.
O autor tem formação em Educação Física e em Ciências Sociais, o que comprova seu conhecimento acerca dessas áreas.
3. Para realizar seu estudo, o pesquisador acompanhou, de março a agosto de 2020, a rotina de cinco ciclistas que trabalham como entregadores por aplicativo.
a) Por que você acredita que foi necessário o pesquisador acompanhar esses ciclistas durante tal período?
4. b) O artigo evidencia que os ciclistas estão expostos à poluição dos grandes centros, além de serem submetidos a pressões e a cobranças constantes de
b) Se o pesquisador tivesse acompanhado apenas um ciclista, os resultados obtidos seriam conclusivos? Justifique sua resposta.
produtividade, o que pode provocar acidentes ou lesões.
4. No artigo, é desconstruída a ideia de que a rotina dos entregadores por aplicativo simboliza sustentabilidade e vida ativa.
a) Que situações do dia a dia desses profissionais fizeram a sociedade construir essa imagem?
b) Quais aspectos são apresentados no artigo para a desconstrução dessa ideia?
c) O que seria necessário para garantir melhores condições aos entregadores no que se refere a essa questão?
REALIZAÇÃO
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Além de uma cidade menos poluída, seriam necessárias melhores condições de trabalho, como cargas horárias menores para garantir o descanso a esses profissionais, assim como outros direitos trabalhistas.
presente se relacione com a função social da instituição.
Texto e contexto
1. Converse com os estudantes sobre a importância de observar o contexto de produção e a circulação dos artigos de divulgação científica para interpretação dos sentidos do texto. Verifique se eles percebem que, por ser uma publicação vinculada a uma universidade, espera-se que o conteúdo ali
2. Retome o resumo feito pelos estudantes para ajudar na identificação dos temas. Se necessário, peça que releiam o boxe Quem é o autor
3. In centive os estudantes a compartilhar seus pontos de vista fundamentando suas posições com argumentos consistentes. Comente que a estratégia utilizada pelo
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5. Uma empresa que utiliza os serviços dessas plataformas garante, pela quantidade de entregadores disponíveis, mais rapidez na entrega de suas encomendas.
6. a) O desempenho dos ciclistas, as condições climáticas, os dias da semana, os horários das entregas, a avaliação dos clientes e das plataformas.
5. O texto afirma que a economia de plataforma digital tem sido uma grande tendência de mercado nos últimos anos, principalmente no setor de entregas e de transporte. Em sua opinião, quais são as vantagens de uma empresa contratar essas plataformas?
6. As empresas que gerenciam essas plataformas trabalham com a perspectiva da gamificação do trabalho dos colaboradores.
a) Quais fatores são considerados nessa gamificação?
b) Quem é o beneficiado por essa estratégia: o entregador ou a empresa? Justifique sua resposta.
7. a) O trânsito intenso em algumas vias associado à pressa de cumprir a entrega para ser bem avaliado contribui
7. Segundo o estudo divulgado no artigo, com frequência os entregadores por aplicativos ignoram a rota traçada pelo GPS e optam por caminhos alternativos, transitando, inclusive, por espaços exclusivos de pedestres.
para que, às vezes, o entregador ignore a rota traçada pelo GPS, transitando pelas calçadas.
a) Que fatores você imagina que podem influenciar os entregadores a tomarem essa decisão?
b) Quais riscos podem surgir diante dessa atitude de alguns entregadores?
Essa atitude pode gerar, sobretudo, riscos de acidentes, que podem afetar tanto o ciclista quanto o pedestre.
c) Você considera pertinente essa postura dos entregadores? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
8. a) O pesquisador conclui que, apesar de a poluição, em princípio, poder causar
8. Na pesquisa, há uma análise sobre os impactos da poluição na saúde desses ciclistas.
uma série de prejuízos à saúde, os benefícios oriundos da prática da atividade física minimizam os malefícios provocados por ela.
a) A que conclusão o pesquisador chega sobre essa questão?
b) Pode-se considerar que o fato de o deslocamento acontecer de bicicleta interfere nessa conclusão? Explique.
9. O artigo revela, ainda, que a tese considera que na economia de plataformas há tanto aspectos positivos quanto negativos para seus colaboradores.
a) Sob quais perspectivas há vantagens em trabalhar como entregador por aplicativo?
É uma maneira rápida e desburocratizada de ganhar dinheiro.
b) Quais são as desvantagens dessa relação de trabalho?
10. Após ter lido todo o artigo, você acredita que essa pesquisa de doutorado pode contribuir com a melhoria de vida desses entregadores por aplicativo?
A prática de delivery, ou seja, de pedir algo para receber em casa, começou no Brasil por volta da década de 1980. Os primeiros produtos a viajar nas bicicletas e nas mobiletes (transportes usados na época) dos entregadores foram as pizzas. Hoje, entrega-se de tudo por delivery, e os entregadores utilizam desde bicicletas a motocicletas equipadas.
6. b) O principal beneficiado é a empresa, pois submete o entregador a uma constante superação de metas no trabalho, o que gera maior lucro para a plataforma, enquanto o profissional, nessa busca incessante por se superar, enfrenta esgotamento físico e psicológico.
8. b) Apesar da grande exposição à poluição, o deslocamento de bicicleta compromete menos o organismo, pois a prática de atividade física ativa respostas anti-inflamatórias e torna os organismos menos reativos aos poluentes inalados.
turnos de fala e observando uma postura de respeito e tolerância no convívio com os colegas.
4. a) Comente a diferença entre a prática de atividade física para fins de trabalho e como rotina de lazer e autocuidado.
4. b) Oriente os estudantes a voltar ao texto e retomar os resumos que fizeram para buscar trechos que comprovem suas respostas.
6. e 7. Se necessário, retome o boxe Vocabulário para os estudantes consultarem o conceito de gamificação. Proponha que reflitam sobre os jogos que conhecem e as estratégias que utilizam neles, relacionando com o tema proposto. Considere diferentes respostas, desde que fundamentadas em trechos do artigo ou justificadas por meio de argumentos coesos e coerentes.
8. Chame a atenção dos estudantes para os diversos tipos de poluição que podem afetar a saúde. Além da poluição atmosférica, são prejudiciais a sonora e a visual.
9. b) O entregador por aplicativo não tem os direitos trabalhistas básicos,
como férias remuneradas, 13o salário, licença médica, licença-paternidade, licença-maternidade e estabilidade.
O artigo de divulgação científica é um texto que tem por finalidade tornar público um conhecimento científico produzido por meio de pesquisas. Costuma explicar como a investigação foi realizada e destacar as principais descobertas, em linguagem acessível para o público não especializado. Os suportes mais usados para divulgação desses textos são jornais e revistas científicas, livros ou plataformas digitais vinculadas a universidades e a institutos de pesquisa.
10. A pesquisa pode contribuir no sentido de divulgar as reais dificuldades enfrentadas pelos ciclistas entregadores, encorajando-os a reivindicar seus direitos e melhoria de condições de trabalho junto às empresas e ao governo.
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pesquisador é chamada trabalho de campo e reforce qu e a realização de pesquisas demanda dedicação e estudos constantes e embasados.
4. e 5. Incentive os estudantes a refletir sobre a situação desses trabalhadores. Se considerar oportuno, busque e forneça mais dados da rotina dos entregadores, como os apresentados no estudo Condições de trabalho, direitos e diálogo social para
trabalhadoras/es do setor de entrega por APP em Brasília e Recife, feito pela Central Única dos Trabalhadores em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, disponível neste link : https:// www.cut.org.br/acao/condicoes-detrabalho-direitos-e-dialogo-social-para-trabalhadoras-e-trabalhador-ac01 (acesso em: 3 ago. 2022). Incentive a troca de ideias entre os estudantes, com respeito aos
9. Sugere-se a construção de um quadro na lousa com duas colunas: uma para as vantagens e outra para as desvantagens, de modo que os estudantes retomem esses aspectos no texto e indiquem seu enquadramento.
10. Aproveite a oportunidade para conversar sobre a importância da pesquisa científica na melhoria de condições de vida em geral e a necessidade de sua aplicação, seja por indivíduos, seja por instituições, para que o processo de estudo seja instrumento de mudança positiva da realidade.
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SAIBA MAIS
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PROPOSIÇÕES
As atividades de Composição e linguagem favorecem o desenvolvimento de capacidades de leitura relativas à compreensão e à apreciação dos textos, considerando o contexto de produção dos artigos de divulgação científica: a finalidade comunicativa, a circulação e os interlocutores preferenciais do texto, os recursos linguísticos e estruturais utilizados etc.
REALIZAÇÃO
1. e 3. Se desejar, antes de realizar a atividade, oriente os estudantes a pesquisar exemplos de títulos, subtítulos e intertítulos de outros textos científicos, como artigos, reportagens, monografias, dissertações, teses etc. Desafie-os a observar os recursos usados para chamar a atenção do leitor – o que principalmente é feito por meio do título – e a delimitação do assunto estabelecida pelos subtítulos. Além disso, no desenvolvimento do texto, são usados intertítulos, que permitem a organização do texto e a localização mais rápida de informações. Auxilie-os a entender como essa organização tende a facilitar a leitura, uma vez que o leitor pode selecionar informações que lhe interessam.
1. c) Avalie a pertinência dos títulos elaborados pelos estudantes, verificando se estão relacionados aos resumos dos parágrafos.
2. Se considerar conveniente, volte à introdução do texto e solicite aos estudantes que localizem a referência à temática do artigo e à formação do autor do estudo.
4. Ao estudar os recursos textuais e discursivos utilizados
1. a) É importante porque, ao apresentar o assunto, conquista o leitor que, de fato, tem interesse em ler o texto.
1. b) O subtítulo amplia as informações do título, deixando claro quais são os aspectos que interferem na qualidade de vida dos entregadores por aplicativo.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
2. a) Ambientar o leitor sobre o que será abordado no artigo e deixar claro que as informações divulgadas foram retiradas de uma determinada fonte.
1. O título é um elemento obrigatório em um artigo de divulgação científica.
a) Qual é a importância do título para textos como esses?
b) Além do título, há um subtítulo nesse artigo. Que relação ele estabelece com o título?
c) Retome os resumos do primeiro e do segundo parágrafos do artigo que foram produzidos durante a leitura do texto e dê um título a cada um deles. Resposta pessoal.
2. No primeiro parágrafo do texto, há uma introdução sobre o tema do artigo, mencionando a tese de doutorado à qual se refere, bem como a problemática abordada nela.
a) Qual é a finalidade de apresentar essas informações logo na introdução?
b) Com que objetivo o autor da tese é apresentado no artigo?
O objetivo é respaldar o
estudo, já que, além do nome do pesquisador, aparecem, ainda, informações relacionadas à formação dele.
3. O texto apresenta um intertítulo: "Sobrecarga". Que função o intertítulo cumpre nesse texto?
Os intertítulos ajudam o leitor a compreender a divisão das informações no texto, bem como permite encontrar mais rapidamente uma determinada informação por associação.
4. Ao longo do texto, há algumas fotografias. Analise essas imagens e, em seguida, responda ao que se pede.
4. a) As fotografias ampliam as informações do texto ou permitem uma melhor visualização para o leitor daquilo que está sendo explicado.
a) Qual é a importância desse recurso na construção do texto?
b) Por que essas fotografias costumam ser acompanhadas de legendas?
c) Em sua opinião, a ordem em que as fotografias são apresentadas é aleatória? Justifique.
5. No artigo, são empregados alguns recursos para auxiliar o leitor na compreensão do texto. Releia os trechos a seguir.
Trecho 1
4. b) As legendas sintetizam o que a fotografia representa, informando ao leitor o contexto em que as imagens foram produzidas; além disso, apresentam informações que complementam o texto, contribuindo para que seja feita uma associação mais rápida das imagens com o que está sendo dito.
[...] De acordo com o autor do trabalho, essa etnografia consiste em observar o cotidiano, tentando entender a vida social e traduzir determinada cultura urbana para outras pessoas que não são parte daquele universo. [...]
Trecho 2
4. c) A ordem das fotografias não é aleatória, pois elas estabelecem uma relação com o texto, de modo a ilustrar as situações que estão sendo descritas.
[...] Uma característica apontada pelo estudo foi a gamificação do trabalho, que acontece por meio da atribuição de pontos calculados pelos algoritmos levando em consideração uma série de fatores, como a performance dos ciclistas, condições climáticas, dia da semana e horário das entregas [...].
Trecho 3
[...] É comum observar ciclistas entregadores circulando de forma não convencional por vias de pedestres, por exemplo. [...]
Trecho 4
[...] “A interpretação corpográfica da cidade, mediada pela bicicleta, enseja modos alternativos de perceber e viver o espaço”, comenta o pesquisador.
na elaboração de textos de divulgação científica, destaque a importância de articulação entre os recursos verbais e não verbais. Além de fotografias, textos desse campo utilizam infográficos, mapas, tabelas, entre outros recursos multimodais para auxiliar na exposição das informações e na construção efetiva dos sentidos.
5. No momento da correção da atividade, retome com os estudantes o conhecimento
que têm das estratégias usadas em gêneros textuais argumentativos – como em artigo de opinião, editorial e resenha – e desafie-os a comparar com os recursos usados pelo autor do artigo de divulgação científica. A utilização de citação, exemplificação e definição conceitual, por exemplo, também é estratégia frequentemente utilizada em textos que circulam na esfera jornalístico-midiática. Além de auxiliarem no entendimento do texto, dão
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8. b) Diferenciar a citação do pesquisador da tese das informações apresentadas no artigo, permitindo, assim, que o leitor faça a leitura do texto, identificando cada uma das partes que o compõem.
• No caderno, relacione cada um dos trechos a um dos itens a seguir, correspondentes a recursos usados no texto.
Trecho 1: D; trecho 2: A ; trecho 3: C; trecho 4: B
A. Reformulação: explica um termo de outra forma.
B. Citacão de fala ou de fonte.
C. Exemplificação.
D. Definição.
6. Releia este trecho do final do artigo de divulgação científica.
Para o autor do estudo, a melhora na qualidade de vida dos ciclistas passa pelo engajamento do governo em elaborar e adotar políticas públicas que tragam condições mais dignas para o exercício das funções. Isso ocorre mediante mobilização política e organização da classe. [...]
a) No caderno, transcreva a alternativa com a estratégia usada nesse parágrafo.
Alternativa A
A. Apresentação de uma proposta de intervenção para garantir dignidade aos entregadores por aplicativo.
B. Resumo das principais informações que foram apresentadas ao longo do texto.
C. Reflexão sobre como seria a vida dos entregadores se fossem submetidos a melhores condições.
D. Comparação entre os entregadores ciclistas e os ciclistas que utilizam a bicicleta como esporte e lazer.
b) Qual é a importância de ressaltar essa informação?
6. b) Evidenciar que a pesquisa busca, além de problematizar a situação dos ciclistas que trabalham com entrega por aplicativo, pensar em meios para resolver suas demandas, reforçando, assim, a relevância do estudo.
7. Na conclusão do artigo, há um hiperlink para os interessados que desejam ler a tese na íntegra.
7. a) O hiperlink é inserido no fim do artigo porque se espera que o leitor, ao concluir a leitura, decida se deseja ou não ler a tese na íntegra.
a) Por que esse hiperlink é inserido apenas no fim do artigo?
b) Que vantagem você conclui sobre o uso desse recurso em textos digitais?
7. b) O hiperlink permite que o leitor acesse instantaneamente outro texto, ampliando, com isso, suas informações e, consequentemente, seus conhecimentos.
8. Releia este trecho do artigo em que há uma citação do pesquisador da tese.
8. a) Validar as informações apresentadas e dar credibilidade ao texto, já que a reprodução da citação do pesquisador constitui um argumento de autoridade, uma vez que o autor da tese é referência nesse campo de pesquisa.
[...] Para atender às demandas, segundo o pesquisador, os entregadores reorganizam “a própria vida, colocando necessidades básicas como ritmo circadiano, alimentação, asseio, tudo isso em função do esquema de funcionamento das plataformas”.
a) Qual é o objetivo de reproduzir uma citação do pesquisador no texto?
b) Para demarcar a citação, são usadas as aspas. Qual é a importância desse recurso gráfico?
9. O artigo que você leu apresenta características do registro formal, respeitando a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Considerando o gênero do texto e o contexto em que circula, a que se deve o uso dessa modalidade da língua?
9. b) Porque fazem parte da linguagem acadêmica e remetem o leitor às áreas em que o conhecimento científico foi produzido.
b) No texto, há alguns termos próprios do ambiente acadêmico e da área em que a pesquisa foi realizada, como tese, etnografia, dados quantitativos, interpretação cartográfica e estresse oxidativo. Por que essas palavras foram utilizadas?
9. a) O texto é um artigo de divulgação científica publicado no jornal de uma universidade. Portanto, é necessário o uso da norma-padrão e de um registro mais formal por se tratar de uma situação e de uma comunicação mais monitorada.
credibilidade às informações e/ou opiniões apresentadas.
6. a) Mostre aos estudantes que todas as alternativas apresentam ideias de como o texto poderia ser concluído, mas a escolha do autor foi apresentar uma proposta de intervenção. Se achar interessante, comente que esse tipo de conclusão é exigido na redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
que mantêm uma relação direta com o assunto tratado no hipertexto de origem, seja de complementariedade, seja de aprofundamento.
8. Retome a discussão sobre o uso de estratégias que auxiliam no desenvolvimento dos artigos de divulgação cientifica, como a apresentação de conceitos, a comparação entre teorias ou pontos de vista, a citação de outros estudos e pesquisas, a explicação de termos técnicos, entre outros. Comente que, em trabalhos científicos, além das aspas, também são usados recursos como recuo de texto e diferenciação no corpo da letra, principalmente em citações extensas.
9. Auxilie-os a compreender que a utilização de um registro informal em textos do gênero estaria inadequada. Além disso, o uso de termos técnicos relacionados à área de estudo é coerente com o público leitor esperado.
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6. b) Retome com os estudantes a discussão sobre a importância de a pesquisa científica ter aplicabilidade e que o estudo contribua para mudanças significativas na realidade.
7. É importante os estudantes perceberem que o uso de hiperlinks permite maior interação dos leitores com o texto, diversificando e ampliando as possibilidades de associação de informações e de acesso a outros conteúdos
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REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
10. Ajude os estudantes a perceber a função anafórica do pronome nesse. Perceber essas relações é fundamental tanto para a leitura e compreensão de um texto quanto para a produção textual.
11. Destaque a importância de mobilizar operadores argumentativos e recursos coesivos diversos para sustentar as ideias apresentadas, construir a progressão temática, a coerência e os efeitos de sentido do texto.
12. Os estudantes devem sintetizar as principais informações do artigo de forma esquemática, por meio de tópicos, mapa mental, entre outras estratégias. Para isso, peça que retomem o resumo dos parágrafos, elaborado durante a leitura. Na introdução , eles devem mencionar que o pesquisador Eduardo Rumenig Souza, formado em Ciências Sociais e em Educação Física, acompanhou o trabalho de ciclistas entregadores na cidade de São Paulo (SP) para analisar a qualidade de vida del es, tema de sua tese de doutorado. A pesquisa pretende comprovar que esta modalidade de entregas, embora construa a imagem de sustentabilidade e vida ativa, traz consequências à saúde e ao bem-estar para o trabalhador, devido a várias questões. No desenvolvimento, é importante citar: o acompanhamento de cinco ciclistas entregadores durante parte de suas jornadas diárias no período de março a agosto de 2020; a elaboração de uma etnografia do grupo; as exigências
10. a) A expressão nesse sistema refere-se ao termo economia de plataforma, que se encontra na oração anterior.
10. b) Retomar a informação da oração anterior, promovendo a coesão entre as orações e garantindo a coerência do trecho.
10. Releia um trecho retirado do terceiro parágrafo do texto.
A economia de plataforma tem sido uma grande tendência dos últimos anos em termos de modelos de negócio. Nesse sistema, os serviços são disponibilizados por meio de uma plataforma digital – um aplicativo de celular, por exemplo –, que gerencia as demandas dos clientes e a prestação do serviço. [...]
a) Observe a expressão em destaque. A que termo ela se refere e onde ele se encontra?
b) Qual é a importância do uso desse recurso de substituição para a construção do texto?
11. Releia este trecho do artigo sobre os desafios enfrentados pelos ciclistas.
[...] Não apenas pela falta de estrutura para suprir as necessidades básicas, como uso do banheiro ou espaço para se alimentar, mas também pelo intenso contato com a poluição. [...]
11. b) O operador como está sendo usado para exemplificar, já o operador mas também introduz uma noção de acréscimo ao que está sendo dito.
a) As palavras em destaque são operadores argumentativos e são usadas para encadear as ideias e dar sentido ao texto. No caderno, transcreva a alternativa que indica a ideia que o operador apenas atribui ao trecho. Alternativa A
A. Inclusão.
B. Comparação.
C. Causa.
D. Consequência.
b) Que ideia os outros operadores argumentativos em destaque evidenciam no trecho?
12. No caderno, elabore um esquema do artigo de divulgação científica que você leu, sintetizando as ideias do texto. Para isso, organize as principais informações apresentadas em introdução, desenvolvimento e conclusão. Resposta pessoal.
13. Com base no esquema elaborado na atividade anterior, produza uma resenha do artigo de divulgação científica que você leu, inserindo no texto as vozes dos autores do artigo e do autor da pesquisa, por meio do uso de paráfrases, do discurso reportado e de citações, e também a sua posição como resenhador diante da questão. Resposta pessoal.
Em geral, as resenhas organizam-se da seguinte maneira: apresentação das informações principais do texto resenhado; descrição das partes do texto e do que cada uma delas apresenta; avaliação, em que o resenhador pode apresentar suas críticas, desde que embasadas, e indicar pontos positivos e negativos do texto resenhado.
No artigo de divulgação científica, a linguagem utilizada é formal, ainda que acessível ao público em geral. Há uso de termos científicos, geralmente relacionados ao campo da pesquisa, e predominância de formas verbais no presente do indicativo, por se tratar de um tema atual.
Sua estrutura conta com uma introdução, que apresenta a pesquisa e seu pesquisador, seguida de informações diversas que detalham a pesquisa, por meio de dados, exemplos, argumentos de autoridade, entre outros recursos. Dependendo da extensão do artigo, pode ter a entrada de intertítulos, que dividem o texto em partes para facilitar a leitura. É comum o uso de imagens relacionadas à pesquisa divulgada por meio do artigo.
das plataformas de trabalho às quais esses ciclistas entregadores estão relacionados, que fazem com que eles sejam cada vez mais rápidos mesmo que isso resulte em lesões e acidentes; a sobrecarga das bicicletas, algumas delas modificadas para acomodar ainda mais produtos; a falta de estrutura para suprir as necessidades básicas, como uso do banheiro ou espaço para se alimentar e a poluição que pode gerar inúmeros
efeitos colaterais relacionados a processos inflamatórios, aumento da pressão arterial, estresse oxidativo, entre outros. Na conclusão, eles devem citar que, para que haja melhorias na qualidade de vida dos entregadores, é necessário mobilização política e organização da classe para cobrar do governo a elaboração e a adoção de políticas públicas que tragam condições mais dignas para esses trabalhadores.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
Artigo de divulgação científica e infográfico
O artigo de divulgação científica que você leu na seção anterior apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com ciclistas entregadores, a qual constatou que, mesmo diante de uma rotina extenuante como a desses profissionais, a prática de atividade física pelo uso da bicicleta traz benefícios à saúde.
PROPOSIÇÕES
Em Textos em diálogo, o objetivo da comparação entre o artigo de divulgação científica e o infográfico é levar os estudantes a estabelecer relações de semelhanças e diferenças e conexões entre textos de diferentes gêneros ou de outras linguagens. No processo de desenvolvimento da competência leitora, eles devem ser levados a estabelecer relações de intertextualidade e interdiscursividade, ou seja, precisam reconhecer o diálogo entre textos e a manifestação de diferentes discursos por meio deles.
REALIZAÇÃO
Textos em diálogo
Inicie o trabalho propondo aos estudantes que observem atentamente o infográfico e o descrevam: Quais cores predominam? Como as diferentes cores ou tons ajudam o leitor a identificar informações?
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13. Oriente os estudantes a utilizar o esquema feito para estruturar a resenha. Observe, na leitura e na apresentação dos textos, se eles contemplaram os esquemas elaborados anteriormente e se apresentam adequadamente as vozes dos autores do artigo e do autor da pesquisa, além do posicionamento dos estudantes em relação ao texto lido e ao tema. Comente com os estudantes que a resenha é um texto que apresenta
e descreve outro texto com o objetivo de informar ao leitor o que pode ser encontrado na leitura desse texto e expressar a opinião do resenhador a respeito da leitura. Se necessário, relembre que o discurso reportado é aquele que faz referência a vozes de terceiros.
Oriente-os a ler e a analisar não só as informações visuais, mas também as escritas, relacionando-as aos seus conhecimentos de mundo e ao artigo de divulgação científica lido, a fim de reconhecer o infográfico como um gênero multissemiótico. Indague, por exemplo: Qual a finalidade principal do texto? A que interlocutor preferencial ele se destina? Destaque também os dados relativos à fonte do texto. Essas e outras questões serão detalhadas nas atividades, mas o levantamento de hipóteses iniciais é uma importante estratégia de antecipação a ser desenvolvida com os estudantes em sala de aula.
PARA ASSISTIR
PARATODOS. Direção: Marcelo Mesquita. Brasil: Sala 12 Filmes. 2016 (110 min).
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Esse documentário, indicado para professor e estudantes, acompanha alguns dos principais atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro (RJ). 107
O infográfico a seguir, publicado em um texto jornalístico no site do Ministério da Saúde, aponta os benefícios do esporte para a saúde física e mental de pessoas com deficiência (PcD). Leia-o, prestando atenção ao uso de recursos verbais e não verbais.
BRASIL. Ministério da Saúde. O esporte pode transformar a vida de pessoas com deficiência. [Brasília, DF], 7 dez. 2017. Disponível em: www.gov. br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/ eu-quero-me-exercitar/noticias/2017/oesporte-pode-transformar-a-vida-depessoas-com-deficiencia. Acesso em: 30 jul. 2022.
REALIZAÇÃO
Textos em diálogo
1. Mostre aos estudantes que, no processo de compreensão de um texto, é importante situá-lo em um contexto, o que significa identificar os interlocutores, o propósito da comunicação, o suporte textual e o veículo em que é divulgado etc.
2. Auxilie os estudantes a perceber que o processo de (re)construção dos sentidos do texto exige que o leitor analise as multissemioses do gênero em questão, daí a necessidade de observar os recursos gráfico-visuais, relacionando-os aos recursos verbais.
3. e 4. Ao fazerem a retextualização proposta, é importante que os estudantes observem se as duas versões contêm as mesmas informações e se, ao escrever o próprio texto, apreenderam algo a mais em relação à primeira leitura do infográfico. Verifique se eles percebem que as duas estratégias podem ser utilizadas em diferentes situações comunicativas, a depender dos interlocutores, dos objetivos do locutor, da finalidade do gênero etc.
5. Verifique se os estudantes percebem que o uso de formas verbais no imperativo na segunda parte do infográfico também é uma forma de responder à pergunta “Como fazer?”, trazida no subtítulo.
6. Converse com os estudantes sobre as diferentes maneiras de ler um texto. A leitura de um texto escrito em prosa e organizado em parágrafos, por exemplo, é mais linear, contínua, enquanto a compreensão de um texto multimodal demanda do leitor a capacidade de articular outros recursos de linguagem.
1. Sugestão de resposta: Mostrar aos leitores, inclusive aqueles com deficiência, a importância de praticar esportes e
1. Considerando o tema e o veículo em que o infográfico foi publicado, com que propósito o infográfico pode ter sido produzido?
destacar os benefícios que a prática esportiva traz à vida das pessoas com deficiência.
2. O infográfico é composto de recursos verbais e não verbais.
a) Qual é a relação entre esses recursos no infográfico?
2. a) Eles se complementam,
possibilitando a construção dos sentidos de todo o infográfico.
b) Que recursos gráfico-visuais são usados no texto? Que efeito de sentido eles produzem?
3. No caderno, escreva um texto com base nas informações contidas na primeira parte do infográfico, que corresponde ao subtítulo "Por que fazer? Porque favorece!".
Resposta pessoal.
4. Agora, compare o texto que você escreveu com a apresentação das informações no infográfico. Em sua opinião, em que situação comunicativa cada uma delas se aplicaria melhor? Por quê?
Respostas pessoais.
5. Observe que na segunda parte do infográfico, correspondente ao subtítulo "Como fazer?", há uma mudança na composição dos tópicos, que não se iniciam mais com substantivos.
a) Como os tópicos são predominantemente iniciados nessa segunda parte? Que efeito de sentido o uso desse recurso linguístico produz?
b) Em sua opinião, o uso desse recurso ajuda a fazer com que o propósito do infográfico seja alcançado?
Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, visto que esse é um dos recursos empregados para alcançar o propósito do texto: persuadir o leitor a praticar esportes.
6. A leitura do artigo de divulgação é feita na sequência dos parágrafos. Pode-se afirmar que a leitura do infográfico é realizada do mesmo modo? Por quê? Justifique.
7. O artigo de divulgação científica que você leu na seção Texto é acompanhado de fotografias. Considerando as características desse gênero, você acha esse texto poderia ser acompanhado de um infográfico? Por quê?
8. Releia este trecho do artigo de divulgação científica.
6. Espera-se que os estudantes
reconheçam que, no infográfico, a leitura é orientada por meio de recursos gráfico-visuais,
indicando uma sequência. No infográfico em análise, o intertítulo "Por que fazer? Porque favorece!" orienta o leitor a fazer a leitura das informações que se encontram à direita.
A poluição pode gerar inúmeros efeitos colaterais deletérios ao organismo relacionados a processos inflamatórios, aumento da pressão arterial, estresse oxidativo, dentre outros. O pesquisador comenta que, sob o ponto de vista estritamente biológico, os benefícios superam os malefícios na saúde considerando deslocamentos ativos e sedentários. Isso porque o exercício físico ativa respostas anti-inflamatórias e torna os organismos menos reativos aos poluentes inalados. Mesmo quando realizado em ambiente poluído, o exercício físico gera benefícios próprios ao organismo ativo. [...]
7. Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, pois o infográfico inserido junto ao artigo de divulgação científica poderia complementar ou ampliar as informações apresentadas nesse texto.
• No caderno, transforme o trecho em um infográfico semelhante ao que você leu nesta seção. Para isso, coloque como título A poluição e seus efeitos nos ciclistas entregadores: malefícios e benefícios. Depois, apresente as informações em tópicos. Relacione os tópicos com alguma imagem, ícone ou outro recurso visual que faça referência ao assunto. Use cores diferentes e, se desejar, insira também setas, quadros ou outros recursos para destacar informações e/ou orientar a ordem de leitura.
5. a) Eles são iniciados, em sua maioria, por formas verbais no modo imperativo afirmativo, o que produz o efeito de sentido de incentivar o leitor a agir, já que as formas verbais dirigem-se diretamente a ele. Resposta pessoal.
2. b) As cores, predominando o verde e suas variações e a cor laranja, que destacam alguns tópicos; a variação no tamanho das letras, escritas na cor branca; as ilustrações do ciclista e do corredor. Esses recursos produzem dinamismo ao texto, chamam a atenção do leitor e tornam as informações mais acessíveis a ele.
7. Comente com a turma que o uso de infográficos e outros recursos multimodais em textos científicos é muito comum, mas que não devem ser gratuitos, ou seja, é necessário que contribuam para o desenvolvimento do texto e a apresentação dos estudos e pesquisas realizados.
8. O formato do infográfico pode ser variado, de livre escolha do estudante. Comente com eles que as informações, as ideias principais
e a forma esquemática na organização podem ser apresentadas de diferentes formas. Se desejar, apresente alguns exemplos de infográficos, levando-os a perceber a forma como as informações verbais e visuais se organizam.
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REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
Formas nominais do verbo
1. b) Espera-se que os estudantes respondam que o artigo foi publicado no Jornal da USP pelo fato de o pesquisador Eduardo Rumening Souza fazer parte da Universidade de São Paulo e ter desenvolvido a pesquisa científica nessa própria instituição de ensino.
Os verbos exercem várias funções, podendo ser conjugados em vários tempos e modos. Eles têm também a chamada forma nominal, que é muito utilizada.
1. Releia este trecho do artigo de divulgação científica.
2. a) O leitor precisa saber o que significa etnografia, um termo usado na área científica.
[...] O pesquisador observou os trabalhadores de março a agosto de 2020, pedalando junto com eles durante quatro horas por dia. A partir disso, foi elaborada uma etnografia do grupo. De acordo com o autor do trabalho, essa etnografia consiste em observar o cotidiano, tentando entender a vida social e traduzir determinada cultura urbana para outras pessoas que não são parte daquele universo. [...]
a) Considerando a finalidade do texto, qual é a importância da explicação apresentada nesse trecho?
Fazer o leitor entender o processo realizado pelo pesquisador para ter acesso às informações e aos dados que foram coletados, apresentados em sua tese e, posteriormente, no artigo.
b) O artigo foi publicado no site do Jornal da USP, um veículo voltado também para a divulgação de pesquisas científicas. Considerando essa informação, por que você acha que esse estudo foi publicado nesse veículo?
2. De acordo com o trecho, durante a pesquisa foi elaborada uma etnografia do grupo.
a) Que conhecimentos o leitor precisa ter para entender o que foi realizado?
b) Que recurso linguístico é utilizado para facilitar a compreensão do leitor?
3. Releia o primeiro período do trecho.
2. b) O artigo explica ao leitor que etnografia consiste em observar o cotidiano, para que as pessoas entendam como é a vida desses entregadores.
[...] O pesquisador observou os trabalhadores de março a agosto de 2020, pedalando junto com eles durante quatro horas por dia. [...]
a) Quantas orações esse período tem? Quais formas verbais exercem a função de núcleo dessas orações?
O período é formado por duas orações. As formas verbais observou e pedalando exercem a função de núcleo.
b) Uma das formas verbais que você identificou no item a é uma forma nominal do verbo. Identifique-a e a registre no caderno. É a forma verbal pedalando
c) No caderno, transcreva a alternativa que descreve a ação dessa forma verbal. Alternativa B
A. Indica uma ação já acabada.
B. Especifica uma ação em desenvolvimento, em curso.
C. Não faz referência ao tempo em que a ação ocorre.
D. Indica uma ordem.
4. No terceiro período do trecho da atividade 1, há dois verbos em destaque.
a) Eles estão empregados em outra forma nominal. Qual é ela?
Espera-se que os estudantes reconheçam que as formas verbais encontram-se no infinitivo, uma das formas nominais.
PROPOSIÇÕES
Em Por dentro da língua, são apresentadas as formas nominais do verbo – conteúdo importante para a compreensão das orações reduzidas, sobretudo as orações reduzidas adverbiais, que serão apresentadas ainda neste módulo. Se necessário,
retome a estrutura dos verbos, palavras compostas por radical (base da palavra, que contém o significado), vogal temática (elemento de ligação entre o radical e as desinências, responsável por determinar a conjugação verbal) e desinências (elementos responsáveis por determinar a pessoa, o número, o tempo e o modo).
1. O objetivo da atividade é explorar o uso do infinitivo em um contexto significativo. Para os estudantes refletirem sobre os recursos linguísticos usados na construção de um texto, eles deverão situá-lo em um contexto, levando em consideração o gênero textual, a finalidade comunicativa, os interlocutores preferenciais, a circulação do texto, o suporte, o veículo etc.
2. Retome com os estudantes as reflexões sobre as estratégias comumente usadas pelos artigos de divulgação científica para facilitar o entendimento do texto pelos leitores em geral. A conceituação, como acontece no caso de etnografia, é um dos recursos linguísticos que favorece a compreensão do artigo, explicitando não só o significado, mas também o uso que se faz do conceito no estudo.
3. Retome os conceitos de oração e período. Sugere-se escrever o trecho citado na lousa para que os estudantes coletivamente identifiquem as formas verbais.
3. c) Aproveite a oportunidade para conversar sobre as alternativas incorretas e recordar os sentidos expressos por determinados tempos verbais. Por exemplo: a alternativa A se relaciona ao verbo flexionado no pretérito perfeito, que denota uma ação já acabada, concluída; a alternativa C poderia ser exemplificada com o verbo na forma infinitiva; já a D remete ao uso do modo imperativo.
4. Se considerar oportuno, retome a diferença entre verbos de ação e verbos de estado. Para ampliação da atividade, poderia ser selecionado um parágrafo do artigo lido em que ambos são usados, para que os estudantes os localizem e observem as diferenças de sentido.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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REALIZAÇÃO
5. Auxilie os estudantes a identificar a função adjetiva do termo. É importante que sejam levados a refletir sobre os efeitos de sentido que determinadas construções linguísticas provocam no texto.
PROPOSIÇÕES
As formas nominais recebem essa denominação porque, paralelamente à função de verbo, podem exercer a função de nome: o infinitivo pode exercer a função de substantivo (“recordar é viver ”); o particípio pode desempenhar a função de adjetivo (“pessoa conhecida”); o gerúndio pode valer como um advérbio ou adjetivo (“água fervendo”). É importante notar que, no caso do gerúndio, alguns falantes utilizam construções com o verbo ir, no presente do indicativo, acompanhado do infinitivo do verbo estar e de uma forma no gerúndio, dando origem ao que se convencionou chamar de gerundismo
Exemplos:
• O médico vai estar atendendo no consultório a partir da próxima semana.
• Vamos estar respondendo à sua reclamação no máximo em uma semana.
Considerando os sentidos que podem ser inferidos pelas formas verbais, pode-se concluir que o falante, ao usar essas construções, quer evidenciar que as ações terão início em determinado momento e continuarão ocorrendo até o tempo expresso nos enunciados.
b) No caderno, transcreva a alternativa que indica os sentidos que essas formas verbais estabelecem no trecho. Alternativa C
A. Ação e flexão de tempo.
B. Estado e flexão de modo.
C. Ação, mas não há determinação de tempo.
D. Estado, mas nenhum tipo de flexão.
5. Ainda no último período do trecho da atividade 1, foi empregada a forma verbal determinada
a) Com que finalidade essa forma verbal está acompanhando o termo cultura urbana?
Com a finalidade de caracterizar, especificar e definir o termo cultura urbana
b) Com base na análise do item a, o que se pode concluir sobre a forma verbal determinada? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa A .
A. É uma forma verbal que também tem a função de adjetivo.
B. É um adjetivo apenas, já que foi usada para caracterizar algo.
C. É uma forma verbal que acompanha o verbo traduzir
D. É uma forma verbal que exerce a função de substantivo.
As formas verbais analisadas nas atividades anteriores estão empregadas em modos específicos chamados formas nominais do verbo
Formas nominais são formas verbais que podem desempenhar a função de nomes, isto é, de algumas classes gramaticais. São elas: o infinitivo (que pode ter função de substantivo); o gerúndio (que pode ter função de advérbio ou adjetivo); e o particípio (que pode ter função de adjetivo). Essas formas verbais geralmente não apresentam flexão.
Exemplos:
[...] A constante sobrecarga das bicicletas – algumas delas modificadas para acomodar ainda mais produtos [...].
infinitivo
gerúndio
[...] levando em consideração uma série de fatores, como a performance dos ciclistas, condições climáticas [...].
[...] Uma característica apontada pelo estudo foi a gamificação do trabalho [...]. particípio
FORMAÇÃO CONTINUADA
É comum ouvir falar em “gerundismo”. No excerto de artigo a seguir, o linguista Sírio Possenti retoma a constatação de que as construções linguísticas provocam efeitos de sentido e faz provocações que buscam desconstruir o estigma do uso do gerúndio. Reflexões como essa favorecem o uso consciente e reflexivo da norma-padrão.
[…] Tem-se chamado de gerundismo a construções como vou estar enviando meu trabalho, vamos estar providenciando seu cartão, vou estar dando aula. O nome, evidentemente, se deve ao uso da forma verbal em -ndo, um gerúndio. Gerundismo seria a proliferação de uso (inadequado?) do gerúndio.
Considere-se primeiro a sintaxe da construção. A ordem dos verbos auxiliares é perfeitamente canônica. Sabe-se que
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Como as demais formas verbais, as formas nominais também são formadas por radical + vogal temática + desinência. Exemplos:
Forma verbal Radical Vogal temática Desinência acomodar acomod- + a + r levando lev- + a + ndo apontada apont- + a + da
A desinência - r indica o infinitivo, a desinência - ndo indica o gerúndio e a desinência - do/- da indica o particípio
Infinitivo
O infinitivo representa o verbo ou nomeia uma ação, sem determinar ideia de tempo. Pode ter a função de um substantivo. Exemplo:
[...] acompanhou o trabalho de ciclistas entregadores na cidade de São Paulo para analisar sua qualidade de vida. [...]
No exemplo, a forma nominal analisar exerce a mesma função que o substantivo análise (análise de sua qualidade de vida).
Gerúndio
O gerúndio exprime uma ideia de desenvolvimento, de andamento. Desempenha função semelhante à de um advérbio e, eventualmente, à de um adjetivo. Exemplos:
[...] É comum observar ciclistas entregadores circulando de forma não convencional por vias de pedestres [...].
• Os ciclistas entregadores, morando em periferias, têm que enfrentar desafios ainda maiores, como longas distâncias e muitas horas de trabalho.
No primeiro exemplo, o gerúndio circulando exerce a função de um advérbio, pois indica o modo como os ciclistas entregadores agem. Já no segundo exemplo, o gerúndio morando exerce a função de um adjetivo (moradores), pois exprime uma característica dos ciclistas entregadores.
Particípio
O particípio exprime uma ideia de algo terminado, concluído. Desempenha função semelhante à dos adjetivos e admite flexão de gênero e número. Exemplo:
[...] As condições precárias de trabalho e o esforço físico e mental exigido nas atividades dos entregadores por bicicleta a serviço de aplicativos digitais frequentemente passam despercebidos. [...]
No exemplo, as formas verbais encontram-se na forma nominal do particípio. Veja que a primeira, exigido, encontra-se no masculino singular porque concorda com o substantivo esforço
A segunda, despercebidos, encontra-se no masculino plural porque está se referindo a condições precárias e esforço físico e mental
eles vêm sempre antes do principal (como em vou sair). Se houver mais de um auxiliar na mesma construção, haverá ordens permitidas e outras proibidas (tenho estado viajando, mas não *estive tendo viajado; vou estar saindo, mas não *estarei indo sair).
Além disso, cada auxiliar pede que o verbo seguinte tenha uma forma específica, ou melhor, não aceita qualquer forma do verbo seguinte. Assim, o verbo ir pede um infinitivo: vou sair, mas não * vou saído.
O verbo estar pede gerúndio (ou particípio): estar dormindo, estar vestido, mas não *estar dormir.
Em resumo, a tal construção está em perfeito acordo com a sintaxe do português: sua ordem é ir + estar + ndo. Portanto, do ponto de vista estritamente sintático, não há nada demais com o chamado gerundismo. Sua estrutura é perfeitamente regular: cada verbo está na posição e na forma em que estaria se, ao invés de
aparecer numa trinca, aparecesse numa dupla (vou sair, vou estar, estou dormindo, estar dormindo).
Vejamos agora o que a construção significa. Os que não gostam dela dizem que não serve para nada, que há outra melhor para expressar “a mesma coisa” (eles não são nada sutis). Ao invés de vou estar mandando, alegam, por que não dizer logo vou mandar, ou mandarei? Mas estão errados. Pode ser que nem todos os casos sejam claros, mas, geralmente, a forma com estar + gerúndio veicula um aspecto durativo, ou seja, expressa um evento que não é instantâneo.
POSSENTI, Sírio. Vamos estar considerando sobre o gerundismo. Linguasagem , São Carlos, v. 1, n. 1, p. 1-7, dez. 2008. Disponível em: https:// www.linguasagem.ufscar.br/ index.php/linguasagem/article/ view/541/304. Acesso em: 4 ago. 2022.
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PROPOSIÇÕES
No uso da língua, em textos falados ou escritos e tanto em situações formais quanto nas informais, é comum a preferência pelo emprego da forma irregular dos verbos que têm as duas opções para o particípio. Veja estes casos:
Particípio: os particípios regulares dos verbos ganhar (ganhado), gastar (gastado), pagar (pagado) pegar (pegado), eleger (elegido) e salvar (salvado) vêm sendo substituídos, aos poucos, pelos particípios irregulares: ganho, gasto, pago, pego (é/ê), eleito e salvo.
Antes de Atividades, retome os usos das formas verbais nominais, relacionando-os às próprias produções de texto dos estudantes. Indague, por exemplo, sobre as dificuldades que possam ter encontrado em algumas situações, como o emprego do particípio de verbos irregulares: fazendo / feito , escrevendo /escrito. Também é interessante relacionar as diferentes funções que adquirem em gêneros textuais diversos: o infinitivo geralmente tem valor infinitivo em textos instrucionais ou injuntivos; o particípio costuma ter função adjetiva em anúncios publicitários.
Particípio: alguns usos
Há alguns verbos na língua portuguesa que apresentam duas formas diferentes para o particípio, por isso são chamados de verbos abundantes. Exemplos:
• acender: aceso, acendido
• entregar: entregue, entregado
• enxugar: enxuto, enxugado
• fritar: frito, fritado
• pagar: pago, pagado
• suspender: suspenso, suspendido
Os usos do particípio são definidos pelos verbos que o acompanham. Exemplos:
1. Particípio terminado em - do: geralmente é empregado junto aos verbos ter e haver Exemplos:
• O pesquisador havia aceitado o convite do Jornal da USP para publicar o artigo de divulgação científica.
• O ciclista entregador não tinha entregado a encomenda na hora combinada.
2. Particípio com outra terminação: geralmente é empregado junto aos verbos ser, estar ou ficar. Exemplos:
• O convite para a publicação do artigo foi aceito pelo pesquisador.
• A encomenda não foi entregue ao responsável pelo entregador.
O particípio terminado em - do é considerado regular. Já os demais particípios são considerados irregulares. Alguns verbos têm apenas o particípio irregular. Exemplos:
• abrir: aberto
• cobrir: coberto
ATIVIDADES
• fazer: feito
• pôr: posto
• ver: visto
• dizer: dito
• escrever: escrito
• vir: vindo
1. Leia o trecho de uma reportagem que aborda a dificuldade que uma pessoa com deficiência visual tem para assistir à TV, principalmente a eventos esportivos.
Como é ser uma pessoa cega assistindo à Olimpíada pela TV
Gustavo Torniero – 3 de agosto de 2021
Dois dias depois do início das Olimpíadas de Tóquio, no domingo (25 de julho), me propus a assistir as finais do skate, com grande perspectiva de medalha para o Brasil com Kelvin Hoefler. A experiência de assistir pela TV foi frustrante.
A narração televisiva, de modo geral, não leva em consideração que do outro lado pode ter uma pessoa com deficiência visual. Em esportes mais complexos para pessoas leigas, como o skate, isso fica escancarado.
REALIZAÇÃO
1. A reportagem apresentada dialoga com a temática esportiva que vem sendo abordada no módulo. A partir do título, levante hipóteses sobre o texto. Pergunte, por exemplo: Qual é o assunto do texto? Onde foi publicado? Por que será que ele é assinado? Como você responderia à indagação
contida no título? De que modo a observação da fotografia que ilustra o texto e a leitura da legenda antecipam informações textuais e atraem a atenção dos leitores? Essas e outras questões constituem uma estratégia de antecipação que tanto serve de motivação para a leitura e a resolução das atividades, quanto favorecem a compreensão leitora.
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1. a) O fato de ele tentar assistir a um evento de skate e não conseguir entender na narração da TV as manobras realizadas pelo skatista, assim como saber que outras pessoas tiveram a mesma dificuldade que ele naquele momento.
Nesse caso, por exemplo, enquanto os narradores e comentaristas informavam, em inglês, o nome das manobras, uma pessoa que enxerga podia ter uma informação visual que completasse sua experiência, mesmo que não entendesse sobre o esporte.
Mas, para mim, naquele momento, tudo o que eu ouvia eram expressões como “wooooow”, “que manobra”, “que maravilhoso”, com uma ausência quase que completa sobre os detalhes.
[...]
Assistir a algumas modalidades, como skate, cheio de termos em inglês, é difícil para quem não consegue ver o que está acontecendo na competição.
Isso se repetiu outras vezes na minha experiência assistindo à Olimpíada. Como se presume que o usuário está vendo a imagem, as informações dadas pelos narradores e comentaristas são mais redundantes e cumprem o objetivo de dar ritmo para aquela transmissão, com informações adicionais e comentários.
Até mesmo no vôlei, que é um esporte mais popular, é possível verificar a carência de detalhes sobre as jogadas, comportamento em quadra, posicionamento, entre outras informações descritivas.
Em uma dessas partidas nas Olimpíadas, entre Brasil e Estados Unidos, presenciei uma falta total de informações. O ponto dos norte-americanos que fechou o set com vitória para os EUA por 32 a 30 não recebeu nenhum tipo de narração, fato este que fez com que eu demorasse alguns segundos para entender o que tinha acontecido.
A temática da narração esportiva da televisão ou do rádio levar em consideração as pessoas cegas já foi discutida inclusive em trabalhos acadêmicos. O que ajudaria a tornar essas transmissões mais acessíveis seria utilizar elementos da audiodescrição, um recurso de acessibilidade para traduzir as imagens em palavras.
[...]
Descrição da imagem: O atleta Kelvin Hoefler, durante a competição de skate street na Olimpíada de Tóquio. Kelvin está com as pernas flexionadas e os pés em cima do skate. A prancha do skate está no ar e prestes a encostar em um corrimão. O atleta usa um boné azul marinho virado para trás, uma camiseta azul marinho com a bandeira do Brasil do lado esquerdo, calça azul marinho e tênis preto.
TORNIERO, Gustavo. Como é ser uma pessoa cega assistindo à Olimpíada pela TV. Yahoo! Notícias, [s. l.], 3 ago. 2021. Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/como-e-ser-uma-pessoacega-assistindo-a-olimpiada-pela-tv-080041212.html. Acesso em: 11 jul. 2022.
a) Gustavo Torniero é jornalista, ativista pelos direitos das pessoas com deficiência e consultor em acessibilidade. Que fato desencadeou nele a vontade de escrever sobre esse tema?
b) Pelo fato de ser um ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, com que finalidade Gustavo pode ter abordado esse tema em seu texto?
Provavelmente, para reforçar a necessidade de adotar audiodescrições nas transmissões esportivas feitas pela TV e também pelo rádio.
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REALIZAÇÃO
1. a) e 1. b) Promova uma reflexão a respeito da acessibilidade nos produtos midiáticos, como as transmissões esportivas. Reforce que recursos como a audiodescrição são fundamentais para garantir esse acesso. Comente que, no Brasil, todos os projetos audiovisuais financiados com recursos públicos devem ter recursos de acessibilidade, como legendas descritivas, audiodescrição e janela de LIBRAS.
PARA ACESSAR
FREITAS, Fernando. O que é audiodescrição? Fundação Dorina Nowill para cegos. São Paulo, 14 nov. 2018. Blogue. Disponível em: https:// fundacaodorina.org.br/blog/o-quee-audiodescricao/. Acesso em: 4 ago. 2022.
Nessa postagem do blogue da Fundação Dorina Nowill para Cegos são apresentadas informações a respeito da audiodescrição, com um vídeo exemplificativo. Se possível, compartilhe a indicação com os estudantes.
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REALIZAÇÃO
2. Comente com os estudantes que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão (saiba mais neste link : ht tp://portal.mec. gov.br/ultimas-noticias/202
264937351/58391-datareafirma-os-direitos-daspessoas-com-deficienciavisual ; acesso em: 4 ago. 2022). Reforce que o recurso de descrição possibilita que essas pessoas tenham acesso aos mesmos programas e eventos que as demais pessoas, possibilitando uma sociedade mais inclusiva.
3., 5. e 6. Como as atividades são mais objetivas e retomam concepções detalhadas na seção Por dentro da língua, sug ere-se que sejam realizadas oralmente. Se considerar necessário retomar o que foi trabalhado, oriente os estudantes a consultar os conceitos sistematizados.
3. c) Certifique-se de que os estudantes sabem o que é desinência. Ao resolver a atividade, peça que indiquem outras desinências formadoras de verbos, como as que indicam determinados tempos verbais, por exemplo, a que marca o pretérito imperfeito do subjuntivo: falasse, falássemos, falassem.
4. Para discutir os efeitos de sentido provocados pelo uso do gerúndio, solicite aos estudantes a reescrita do título por meio de outros recursos. Exemplos: “Como é ser uma pessoa cega que assiste à Olimpíada pela TV”; “Como é ser uma pessoa cega ao assistir
2. a) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes reconheçam que, embora alguns detalhes como o fone de ouvido e a corrente no pescoço do atleta não tenham sido citados, por meio da descrição é possível compreender o que o atleta está fazendo com o skate
2. No final da reportagem, há uma descrição da imagem que a acompanha.
a) Feche os olhos e peça a um colega para ler o trecho para você. Em seguida, observe a imagem novamente. A descrição corresponde à imagem? Em sua opinião, faltou algum detalhe que comprometa a visualização da manobra realizada pelo atleta?
b) Você considera o uso desse tipo de descrição importante? Explique seu ponto de vista.
Resposta pessoal.
3. Agora, releia o título da reportagem.
a) No título, foi utilizada uma forma nominal. Que forma é essa? É a forma verbal assistindo.
b) Qual é a classificação dessa forma nominal que você indicou como resposta no item a? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B A. Infinitivo. B. Gerúndio. C. Particípio.
c) Que marcas na composição dessa forma nominal possibilitam essa conclusão?
A desinência -ndo, junto à vogal temática, indica que essa forma verbal está no gerúndio.
4. Essa forma nominal desempenha função semelhante à de um advérbio ou de um adjetivo.
a) Considerando os efeitos de sentido, essa forma nominal corresponde a qual classe de palavras?
Espera-se que os estudantes reconheçam que corresponde à classe do advérbio, pois indica uma circunstância de tempo, expressa quando ele assiste à Olimpíada pela TV.
b) Comparando as duas formas, por que o jornalista optou pelo uso da forma nominal?
Espera-se que os estudantes infiram que a forma nominal dá mais ênfase ao que está sendo dito, produzindo um efeito de sentido mais objetivo ao título.
5. Releia o período a seguir.
[...] A experiência de assistir pela TV foi frustrante.
a) Um termo deixa clara a posição de Gustavo diante do fato. Qual é o termo e o que ele enfatiza?
b) O período é composto de duas orações. Qual das formas verbais está na forma nominal?
c) No caderno, transcreva a alternativa correta sobre o que expressa a forma verbal que você indicou como resposta no item b Alternativa A
A. Nomeia uma ação sem determinar ideia de tempo.
B. Nomeia uma ação e determina uma ideia de algo concluído
C. Exprime uma ideia de desenvolvimento, de andamento.
D. Exprime uma ideia de algo finalizado, realizado.
5. b) A forma assistir
6. Releia este período do trecho que descreve a fotografia da reportagem.
[...] Kelvin está com as pernas flexionadas e os pés em cima do skate. [...]
a) No trecho, foi empregada a forma nominal flexionadas. Em que modo verbal ela foi empregada? No particípio.
b) No trecho, que ideia a forma nominal flexionadas expressa?
5. a) O adjetivo frustrante deixa clara a decepção diante do fato de não poder compreender as manobras que estavam sendo realizadas pelo skatista durante a competição. Expressa algo que foi terminado, concluído.
c) Considerando os efeitos de sentido, pode-se afirmar que essa forma nominal exerce a função de substantivo, adjetivo ou advérbio? Justifique sua resposta.
Essa forma nominal exerce a função de adjetivo, pois qualifica o substantivo pernas
à Olimpíada pela TV”; “Como é ser uma pessoa cega e assistir à Olimpíada pela TV”. A comparação os ajudará a perceber a intenção de remeter ao momento/tempo em que se assiste à Olimpíada.
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não se espalhasse.
REALIZAÇÃO
7. Se necessário, retome com a turma algumas características do gênero charge: ilustração com ou sem legenda ou balões de fala, cujo objetivo é satirizar uma situação cotidiana, criticando-a indiretamente. Pergunte que fato pode ter originado a situação representada na charge e comente que, em 2019, manchas de óleo de origem desconhecida invadiram praias de todo o Brasil, notadamente na região Nordeste.
DUKE. [Óleo no Nordeste]. O Tempo, [s. l.], 23 mar. 2019.
a) Que estratégia o chargista emprega para realçar as consequências da mancha de óleo no mar?
8. b) Ela reforça o que está sendo dito na fala do peixe, enfatizando o tom de crítica que o chargista deseja expressar em seu texto.
b) O título que está ao lado esquerdo do peixe é "Previsão do tempo". Sabendo que a previsão do tempo é algo esperado, o que o título deseja enfatizar?
8. a) Os olhos do peixe esbugalhados e com traços que denotam espanto e medo.
8. A charge faz uma crítica ao desastre e às consequências geradas ao meio ambiente por causa do derramamento de óleo em oceanos.
a) Que elementos visuais evidenciam que as consequências citadas já estão acontecendo?
b) Como essa imagem contribui para a construção de sentidos do texto?
9. Na fala do peixe, foi empregada uma forma nominal.
8. Chame a atenção dos estudantes para a necessidade de associar os recursos verbais aos não verbais ao lerem textos do gênero. Os recursos visuais retomam o texto escrito e o complementam. Além da expressão facial do peixe, verifique se os estudantes apontam a tela ao lado dele, que ilustra a chegada da mancha de óleo.
9. a) e 9. b) Como retomam conhecimentos trabalhados na seção e nas atividades anteriores, esses itens podem ser realizados oralmente, tornando mais dinâmica a resolução das perguntas.
a) Qual é essa forma nominal?
A forma nominal é causando, empregada no gerúndio. D3-096-141-POR-F2-2102-V9-M3-LA-G24_AVU.indd
b) Que ideia o uso dessa forma nominal exprime ao texto?
9. b) Exprime a ideia de algo em andamento, isto é, que já está acontecendo e que continuará a acontecer se nada for feito.
c) Em sua opinião, essa forma nominal exerce uma função semelhante à de um advérbio ou de um adjetivo? Justifique sua resposta.
9. c) Espera-se que os estudantes infiram que a forma nominal causando estabelece uma característica (que estraga/que causa estragos) da “grande mancha de óleo” (sujeito da oração) e, portanto, exerce a função de adjetivo.
9. c) Incentive os estudantes a compartilhar suas respostas, assim como as estratégias que utilizaram para elaborá-las.
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7. Leia esta charge, que aborda um fato ocorrido em 2019, quando manchas de óleo poluíram um grande número de praias brasileiras, principalmente no Nordeste.
7. a) Apresenta a cena no fundo do mar, com um peixe exercendo o papel de um meteorologista, semelhante a um jornal televisivo.
7. b) Deseja enfatizar que a chegada do óleo aos recifes de corais era prevista, pois já tinha sido detectada e, portanto, poderia ter sido evitada, com meios de contenção para que o óleo
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PROPOSIÇÕES
Em Linguagem e sentidos, os estudantes poderão conhecer uma das diversas estratégias de construir a coesão nos textos. Em especial nos textos científicos, o uso de hipônimos e hiperônimos é importante para evitar repetições desnecessárias de termos, sem que o sentido seja prejudicado.
Se possível, amplie a discussão sobre a importância da pesquisa científica para a melhoria da vida cotidiana. De modo articulado com o professor de Ciências, trabalhando a habilidade EF09CI13, proponha que os estudantes pesquisem iniciativas individuais e coletivas criadas para solucionar problemas que afetam a cidade ou a comunidade em que vivem. Para delimitar a pesquisa, parta da seguinte situação-problema:
De que modo a pesquisa e o desenvolvimento científico ajudam a solucionar problemas que afetam a cidade em que vivem ou a comunidade em que a escola está situada?
Ao final, com sua orientação, eles podem criar postagens nas redes sociais da escola para divulgar as iniciativas descobertas.
REALIZAÇÃO
Linguagem e sentidos
1. Explique que metodologia de pesquisa é o conjunto de procedimentos que um pesquisador adota para coletar e analisar dados. Se considerar pertinente, pergunte aos estudantes quais procedimentos eles adotariam se fossem realizar uma pesquisa como a descrita no artigo de divulgação científica lido e justifiquem as ideias apresentadas.
2. Sugere-se reproduzir o quadro na lousa e realizar a atividade coletivamente,
Hipônimo e hiperônimo
1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, pois o pesquisador, ao acompanhar os ciclistas entregadores, teve acesso às dificuldades, facilidades, problemas e necessidades pelos quais esses trabalhadores passam em seu cotidiano, dados que ele buscava para sua pesquisa.
Quando se escreve ou se fala, por vezes, empregam-se palavras que precisam ser substituídas por outras na sequência dos enunciados a fim de dar encadeamento às ideias do texto. Essa substituição não é um ato mecânico de trocar uma palavra por outra, mas requer que a palavra tenha alguma relação de sentido de equivalência ou de aproximação, para que a continuidade do texto seja mantida.
1. Releia este trecho do artigo de divulgação científica.
1. b) A pesquisa pode confirmar, por meio de dados científicos, que existe um desgaste físico e uma dinâmica de trabalho que exige muito desses profissionais, para que seja criada uma legislação e/ou uma fiscalização por parte de órgãos do governo para a realização dessa atividade.
aspectos que podem ser considerados
As condições precárias de trabalho e o esforço físico e mental exigido nas atividades dos entregadores por bicicleta a serviço de aplicativos digitais frequentemente passam despercebidos. Por essa razão, em sua tese de doutorado, o pesquisador Eduardo Rumenig Souza, formado em Ciências Sociais e em Educação Física, acompanhou o trabalho de ciclistas entregadores na cidade de São Paulo para analisar sua qualidade de vida. Segundo a pesquisa, realizada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, esta modalidade de entregas transmite a imagem de sustentabilidade e vida ativa, mas isso não se reflete em saúde e bem-estar para o trabalhador, devido às cobranças constantes de desempenho, sobrecargas, riscos de lesões e acidentes e exposição intensa à poluição do ar.
a) Em sua opinião, a metodologia escolhida pelo pesquisador possibilita que ele obtenha os dados que deseja? Justifique sua resposta.
b) De que modo pesquisas como essa podem contribuir para a melhoria de vida dessas pessoas?
2. No trecho, afirma-se que as condições precárias e o esforço físico e mental desses trabalhadores passam despercebidos. No caderno, elabore um quadro conforme o modelo a seguir e preencha-o com as informações solicitadas.
Imagem de sustentabilidade e vida ativa. Cobrança de desempenho, sobrecarga, riscos de lesões e acidentes e exposição intensa à poluição do ar.
3. Releia os termos em destaque no trecho apresentado na atividade 1.
3. a) Os termos se referem a investigações realizadas na área acadêmica.
a) Esses termos fazem parte do mesmo campo semântico, isto é, apresentam sentidos ligados a um mesmo ramo ou área. A que eles se referem?
b) Observe que essas palavras têm sentidos diferentes. Qual delas tem o sentido mais amplo, genérico? Qual tem um sentido mais específico?
A palavra pesquisa tem um sentido mais genérico, pois refere-se a qualquer tipo de investigação; já a expressão tese de doutorado é mais específica porque determina a qual pesquisa o texto se refere.
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pedindo aos estudantes que apontem no texto as informações que indicarem.
3. e 4. Certifique-se de que os estudantes entendem a ideia de campo semântico. Essa sequência de atividades tem como objetivo levar os estudantes a fazer descobertas com autonomia, formulando hipóteses e construindo conceitos, articulando teoria e prática. Antes de ler os conceitos de hipônimo e hiperônimo e
fazer uma explanação do assunto, desafie-os a dar exemplos. Ao questionar os termos mais amplos ou genéricos, peça aos estudantes que justifiquem suas respostas. Se considerar pertinente, sugira que pesquisem os termos em dicionários para avaliar as acepções adotadas no contexto.
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O que é transmitido pela modalidade de entregas Realidade do trabalhador
LINGUAGEM SENTIDOS E
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4. No trecho, são empregados diferentes termos para se referir às pessoas que exercem a função de entregadores.
a) Quais são esses termos?
4. a) São entregadores por bicicleta, ciclistas entregadores e trabalhador
b) Qual desses termos é o mais genérico? Justifique sua resposta.
c) Observe que os outros dois termos têm uma equivalência de sentidos. Pode-se afirmar que o uso deles produz os mesmos efeitos de sentido? Justifique sua resposta.
As palavras analisadas nas atividades anteriores ajudam a tornar o texto coerente e compreensível e constituem uma cadeia de sentidos que promovem a coesão do trecho. Essas palavras são chamadas hipônimos e hiperônimos
4. b) É o termo trabalhador, pois se refere a qualquer pessoa que exerça algum tipo de trabalho, alguma profissão.
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico. O hiperônimo tem um significado mais genérico, abrangente (o prefixo hiper- indica muito, excessivo, amplo). O hipônimo tem um significado mais específico (o prefixo hipoindica redução, diminuição).
Exemplo:
4. c) Espera-se que os estudantes infiram que, embora sejam muito semelhantes, há diferença de sentidos entre eles. O primeiro termo destaca a função que esses trabalhadores exercem (entregadores); já o segundo, o meio que eles usam para desempenhá-la (ciclistas).
[...] Nesse sistema, os serviços são disponibilizados por meio de uma plataforma digital
um aplicativo de celular, por exemplo –, que gerencia as demandas dos clientes e a prestação do serviço. [...]
No exemplo, a expressão plataforma digital refere-se a um lugar para a troca de informações, bens ou serviços entre produtores e consumidores; portanto, é um nome genérico ou hiperônimo; já o termo um aplicativo de celular refere-se a um dos meios pelos quais os usuários podem acessar as plataformas digitais; portanto, é um nome específico ou hipônimo
ATIVIDADES
1. A capoeira é uma prática que traz benefícios à saúde física e mental. A seguir, leia o trecho de uma reportagem que aborda a capoeira praticada nas periferias de Salvador.
Sem incentivos, capoeira resiste nas periferias de Salvador
Projetos sociais como o Motumbaxé Mirim se tornam divisores de água ao proporcionarem atividades esportivas para crianças e jovens
Joyce Melo, da ANF – 17 maio 2022
Princípios sobre moralidade, cidadania, disciplina, educação e saúde são trabalhados na prática esportiva. Além disso, o esporte se encaixa também como uma forma de lazer. E dessa forma, pode atuar como um importante aliado no desenvolvimento D3-096-141-POR-F2-2102-V9-M3-LA-G24_AVU.indd
PROPOSIÇÕES
Comente com os estudantes que o uso de hiperônimos e hipônimos estabelece nexos que possibilitam a continuidade de sentidos do texto. Muitas vezes, há dificuldade em encontrar uma palavra que tenha um sentido semelhante a outra, que tenha a mesma equivalência semântica. Nesse caso, opta-se pelo uso do hiperônimo ou de um
hipônimo que possa ser compreendido como seu equivalente. Essa espécie de correspondência ou aproximação entre os termos cria e sinaliza a continuidade do texto, mantendo sua coerência.
As propostas de Atividades têm como base um trecho de reportagem que dialoga não só com a temática dos esportes, mas também trabalha o tema do patrimônio cultural. Dessa forma, tem-se
um contexto significativo para a ampliação do estudo de hipônimos e hiperônimos. Se considerar pertinente, solicite uma pesquisa sobre patrimônio cultural no site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para que os estudantes conheçam alguns dos bens culturais materiais e imateriais tombados no Brasil (disponível em: https://www. gov.br/iphan/pt-br; acesso em 4 ago. 2022). A capoeira, por exemplo, é considerada Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro.
REALIZAÇÃO Atividades
1. Antes de solicitar a leitura do texto, peça aos estudantes que identifiquem características estruturais do gênero textual, como a forma de apresentação do título e a presença de fotografia acompanhada de legenda ilustrando o assunto. Além disso, sugere-se aproveitar a oportunidade para a observação (e até mesmo avaliação, se achar conveniente) da fluência de leitura. Solicite, primeiramente, a leitura silenciosa do texto. Em seguida, peça a alguns estudantes para lerem trechos do texto para os colegas e faça perguntas, de modo a recuperar informações textuais. Nessa dinâmica, dê destaque, também, aos recursos linguísticos usados na escrita do texto, como a presença de expressões conjuntivas que explicitam sentidos do texto e promovem relações de coesão e coerência: “Apesar de atrativo e efetivo no desenvolvimento físico e mental de jovens, [...]. E dessa forma, a prática esportiva [...]. Diante dessa realidade, projetos sociais [...]”. Chame a atenção, também, para as aspas indicativas de discurso direto.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Jogo dos hipônimos
Convide os estudantes a brincar com o campo semântico das palavras.
Providencie papeizinhos com palavras genéricas, que podem ser consideradas hiperônimos de outras, como imóvel, automóvel, vestimenta, animal, planta, calçado, roupa masculina, roupa feminina, meio de transporte, médico, esporte, dança
Em cada rodada, sorteia-se um hiperônimo e um estudante para iniciar. Cada estudante (pode-se seguir a ordem das fileiras, por exemplo) deverá dizer um hipônimo da palavra sorteada. A rodada continua até que algum estudante não consiga dizer um hipônimo, momento em que será eliminado. Vencem aqueles que permanecerem no jogo.
A depender do tamanho da turma, pode-se jogar em grupos menores.
PARA ACESSAR
TERRA, Ernani. Hiperônimos e hipônimos. Blogue do Ernani Terra. [S.l.], c2017-2022. Blogue. Disponível em: https://www. ernaniterra.com.br/hiperonimose-hiponimos/. Acesso em: 28 jul. 2022.
Esse artigo, recomendado para professor e estudantes, apresenta os hipônimos e hiperônimos como mecanismos responsáveis pela coesão textual.
dos jovens. Apesar de poucos esportes estarem disponíveis nas periferias, a capoeira, uma prática historicamente de resistência e periférica, persiste e alcança os jovens de classe baixa.
[...]
“Sou praticante de capoeira desde os 12 anos de idade. A capoeira é e está sendo na minha vida um divisor de águas, pois por meio dela eu consegui ser um cidadão pertencente na sociedade, e por esse motivo hoje sou formado em Educação Física e realizo aulas particulares e em projetos sociais na minha comunidade”, afirmou o professor de educação física Marcos do Sacramento, 37, mais conhecido como Mestre Atrevido, morador de Sussuarana, bairro de Salvador.
Apesar de atrativo e efetivo no desenvolvimento físico e mental de jovens, as periferias estão cada dia mais carentes de iniciativas que incentivam o esporte. E dessa forma, a prática esportiva se torna cada vez mais elitizada e uma possibilidade distante para pessoas mais pobres que buscam uma atividade, especialmente no contraturno escolar.
Diante dessa realidade, projetos sociais como Motumbaxé Mirim, [com] o qual Atrevido contribuiu como professor de capoeira, tornam-se essenciais para proporcionar atividades esportivas às crianças e aos jovens da periferia. [...]
[...]
Capoeirista desde os 15 anos, o técnico de manutenção automotiva Gustavo Henrique conta que a prática o beneficiou de diversas formas, desde a saúde, até a comunicação e formação de personalidade.
“Eu me beneficiei da saúde, em primeiro lugar, porque eu era uma pessoa muito sedentária, e a pessoa que pratica capoeira tem um treino planejado. A comunicação também melhorou porque eu era uma pessoa muito fechada, calada, perdi muito a vergonha. Por último, a formação de personalidade, a capoeira ajuda você a se entender como cidadão, como ser humano mesmo”, disse Gustavo.
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Aula de capoeira do grupo Pé de Biriba, com o professor Atrevido.
aCerVo Da CapoeIra pÉ De BIrIBa
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1. b) Provavelmente para destacar os projetos sociais realizados por grupos como o Motumbaxé Mirim, assim como o trabalho desenvolvido por professores de capoeira para crianças e jovens, e, principalmente, valorizar a capoeira como um esporte que traz benefícios físicos e mentais aos praticantes.
A capoeira, no entanto, é uma arte marcial desvalorizada no Brasil, seu país de origem. As razões vão desde a sua origem negra e provinda do processo de escravidão, até ao longo período de criminalização de sua prática que se estendeu da Primeira República até a década de 1930. […]
MELO, Joyce. Sem incentivos, capoeira resiste nas periferias de Salvador. Terra, [Salvador], 17 maio 2022. Disponível em: www.terra.com.br/comunidade/visao-do-corre/deu-jogo/sem-incentivos-capoeira-resiste-nasperiferias-de-salvador,756d09e1aac6dee3aa177405d7f478f0hpeq9lk1.html. Acesso em: 12 jul. 2022.
a) O título da reportagem ressalta a perspectiva abordada nela. Qual é essa perspectiva e o que é ressaltado?
b) Com que finalidade essa reportagem pode ter sido publicada?
1. a) A perspectiva é criticar o pouco valor dado à capoeira pela sociedade em geral e pelas autoridades que não promovem essa prática. O título ressalta as dificuldades encontradas pelos praticantes de capoeira especificamente nas periferias de Salvador.
2. A reportagem traz uma fotografia do grupo de estudantes capoeiristas e do professor do projeto social. De que maneira essa imagem pode contribuir para a valorização da capoeira?
3. No primeiro parágrafo, há três termos em destaque.
3. a) Sim, pois os três referem-se à área esportiva.
Ao destacar a socialização promovida pela capoeira, mostrando a alegria das pessoas ao praticá-la, a fotografia enfatiza os benefícios sociais e de saúde mental que ela traz aos praticantes, contribuindo para que seja mais valorizada.
a) Pode-se afirmar que eles pertencem ao mesmo campo semântico? Explique.
b) Qual deles pode ser considerado um hipônimo?
A palavra capoeira, pois especifica o tipo de esporte.
c) Quais termos podem ser considerados hiperônimos? Justifique sua resposta.
4. Releia o trecho da reportagem que traz a voz de Marcos do Sacramento, mais conhecido como Mestre Atrevido.
3. c) As expressões prática esportiva e esportes, pois explicitam um sentido genérico e abrangente, já que prática esportiva refere-se a toda atividade esportiva, assim como esportes
“Sou praticante de capoeira desde os 12 anos de idade. A capoeira é e está sendo na minha vida um divisor de águas, pois por meio dela eu consegui ser um cidadão pertencente na sociedade, e por esse motivo hoje sou formado em Educação Física e realizo aulas particulares e em projetos sociais na minha comunidade”, afirmou o professor de educação física Marcos do Sacramento, 37, mais conhecido como Mestre Atrevido, morador de Sussuarana, bairro de Salvador.
REALIZAÇÃO
1. a) e 1. b) Verifique se os estudantes percebem que, apesar das dificuldades, os projetos sociais seguem atuando, e que a reportagem busca destacar tanto a importância da prática da capoeira, enquanto manifestação cultural, como a necessidade de os projetos terem apoio da sociedade e do Estado.
2. Destaque que a fotografia também tem a função de mostrar praticantes reais da capoeira, demonstrando que existe demanda para a atuação dos projetos sociais em questão.
3., 4. e 5. Essas atividades possibilitam que os estudantes identifiquem os hipônimos e hiperônimos em contexto, analisando seus efeitos de sentido. Sugere-se que sejam realizadas oralmente, com anotações suas na lousa que indiquem e relacionem os termos a partir dos apontamentos da turma.
a) O que a inserção dessa fala enfatiza na reportagem?
4. a) A jornalista deseja enfatizar o papel desempenhado por projetos sociais voltados a crianças e a adolescentes das periferias, como as aulas de capoeira desenvolvidas pelo professor, que têm o poder de transformar pessoas em cidadãos conscientes e responsáveis na sociedade.
b) No trecho, vários termos são usados para se referir a Marcos do Sacramento. Quais são eles?
Os termos são praticante de capoeira, cidadão, professor de educação física e morador de Sussuarana
c) Qual termo que você indicou como resposta ao item b é um hiperônimo? Por quê?
A palavra cidadão, pois engloba em seu sentido todos os demais termos usados para se referir ao professor.
5. No último parágrafo do trecho da reportagem, são explicadas as razões pelas quais a capoeira é discriminada como esporte.
5. a) O adjetivo desvalorizada, que sugere que, no Brasil, país de origem da capoeira, essa luta marcial não é valorizada.
a) No trecho, que adjetivo é usado para explicar essa questão e o que ele sugere?
b) Ainda nesse trecho, o termo capoeira se relaciona com a expressão arte marcial, estabelecendo um nexo de sentidos. Qual desses termos é um hiperônimo? E qual é um hipônimo? Justifique sua resposta.
O hiperônimo é arte marcial, pois esse termo engloba outros esportes como kung fu, caratê, judô e capoeira. O hipônimo é capoeira, que se refere a um desses esportes.
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Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
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EXPLORANDO O TEXTO
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VÍDEO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA CAPÍTULO2
• EF69LP42
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
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PRODUÇÃO MULTIMODAL
• EF69LP32
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PROPOSIÇÕES
O Capítulo 2 amplia as reflexões sobre esporte e saúde. A atividade de leitura é feita com base na transcrição de um vídeo de divulgação científica que trata das velocidades que o corpo humano pode atingir e cuja análise parte de imagens sequenciais que constituem capturas de tela. Importante observar que o texto foi transcrito para fins didáticos com indicações dos aspectos não verbais.
Neste módulo, portanto, os estudantes têm oportunidade de confrontar gêneros textuais diferentes, sendo levados a desafios relativos à identificação, à inferência e à justificativa de situações em que diferentes linguagens são integradas, como em textos multissemióticos.
O CONTEXTO DO TEXTO
O vídeo cuja transcrição você vai ler foi publicado no canal Incrível, que existe desde 2017 em uma plataforma de compartilhamento de vídeos e conta com cerca de 18 milhões de inscritos. As publicações nesse canal apresentam informações curiosas relacionadas a várias áreas da ciência.
TEXTO
No Capítulo 1, você leu um artigo de divulgação científica que descreve o resultado de uma pesquisa realizada com ciclistas entregadores, a qual comprova, por meio de dados científicos, os malefícios provocados pela atividade exercida por esses profissionais ainda que a prática de exercícios físicos lhes traga benefícios.
Não é só por meio de textos escritos que as descobertas científicas podem chegar até as pessoas. O texto que você vai ler a seguir é a transcrição de um vídeo de divulgação científica que trata das velocidades que o corpo humano pode atingir, não só em atividades esportivas, mas também em outras situações comprovadas pela ciência.
Antes de ler o texto, levante algumas hipóteses: Qual você imagina que seja a maior velocidade já atingida por um ser humano correndo? Que instrumentos o ser humano pode utilizar para atingir altas velocidades? Você acha que o ser humano é o animal mais veloz do mundo? Por quê? Qual é a importância da ciência no estudo desses aspectos? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
Leia o texto com atenção para verificar se suas hipóteses se confirmaram.
Qual a velocidade máxima que o ser humano poderia suportar?
OK! Coloque esses óculos de proteção, aperte o cinto e não se esqueça de segurar firme. Vamos ver que velocidade podemos alcançar! [inicia a narração em tom descontraído]
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Inicie o trabalho propondo a eles que elaborem hipóteses sobre o texto a ser lido a partir das perguntas apresentadas antes dele.
Leia as informações do boxe O contexto do texto para que se informem sobre o contexto de produção e circulação do vídeo.
Se possível, apresente o vídeo em sala de aula ou permita que ele seja acessado pelos estudantes; disponível em: https://youtu.be/ yjewh8fPCEs (acesso em: 4 ago. 2022). Dessa forma, durante a leitura, eles terão a oportunidade de observar com mais atenção as estratégias de transcrição adotadas.
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REALIZAÇÃO
Pernas longas em uma estrutura alta, mas musculosa, não é exatamente a norma quando comparado ao padrão menor de corredores de curta distância, mas o homem vivo mais rápido faz com que pareça fácil se mover de maneira tão veloz. [som de tiro de início de competição]
Até agora, o máximo que alguém atingiu correndo foi pouco mais de 43 km/h, marca alcançada brevemente pelo velocista jamaicano Usain Bolt, na metade do seu recorde mundial de 100 m rasos.
E os humanos podem ir ainda mais rápido! [música suave ao fundo] A velocidade máxima que poderíamos alcançar pode se reduzir à rapidez com que os músculos do nosso corpo são capazes de se mover. Eles podem chegar a até 64 km/h. [diz enfaticamente]
Promova uma leitura coletiva das imagens capturadas. Oriente os estudantes a observar a sequência de cenas selecionadas (primeiramente sem a leitura dos textos transcritos), para que explorem a informação que representam. Para isso, eles devem levar em conta as informações iniciais, como o assunto do vídeo, o veículo em que foi publicado etc. Estratégias de antecipação favorecem o interesse pela leitura e a condição de entendimento do texto. Para essa dinâmica, é importante criar um ambiente de respeito mútuo, em que os estudantes respeitem os turnos de fala dos colegas.
Em seguida, solicite a leitura silenciosa do texto. Incentive os estudantes a fazer anotações ao longo da leitura, seja em relação às informações apresentadas no vídeo, seja sobre os recursos multimodais explorados pelo texto.
Mas o motivo pelo qual não conseguimos fazer isso é que ficamos no ar por muito tempo. Nossos membros suportam apenas uma certa quantidade de força quando atingem o solo. É por isso que nos patins é possível ultrapassar um corredor. Deslizar permite mais tração.
O que nos faria correr muito mais é simples: pernas
mais longas, quadris realmente largos ou pernas extras, como os insetos. Eu tentaria correr de quatro. Seria divertido pelo menos! [diz em tom jocoso]
Para facilitar, eles podem esboçar um esquema durante a leitura individual e silenciosa e, depois, na leitura coletiva em voz alta, acrescentar e consolidar as anotações. Dê abertura para que se manifestem durante a leitura coletiva caso tenham alguma dúvida ou comentário a fazer, de modo que possam compartilhar percepções e, eventualmente, esclarecer pontos de forma colaborativa.
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PROPOSIÇÕES
O ensino de Língua Portuguesa vem passando por muitas mudanças em busca de contextualizar o estudo da língua materna em práticas sociais. No entanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, visto que ainda se observa, em sala de aula, certa relevância do saber disciplinar sobre o saber experiencial, do isolamento disciplinar sobre a interdisciplinaridade etc.
Nesse contexto, faz-se relevante refletir sobre formas de aproximação entre as disciplinas escolares; uma estratégia é a elaboração de projetos interdisciplinares. A temática do vídeo “Qual a velocidade máxima que o ser humano poderia suportar?” favorece práticas interdisciplinares, por isso seria interessante contar com a parceria de professores de outras áreas de conhecimento, como de Ciências e Educação Física. Se considerar interessante, proponha uma parceria com os professores desses componentes curriculares para que os estudantes busquem respostas à pergunta do vídeo em outras fontes, de modo que possam confrontar as informações e alcançar as próprias conclusões.
Em 2016, os recordes de velocidade não foram quebrados apenas na pista de corrida, mas também nas de esqui na França. [música de fundo bem suave] O recorde mundial de downhill pertence a um instrutor de esqui e guia de montanha italiano. Em 2016, auxiliado apenas pela gravidade, o cara estabeleceu um recorde de velocidade terrestre humana de cerca de 255 km/h, esquiando na zona próxima ao final de um trajeto em pouco mais de dois segundos. Bom, eu mal consigo ficar de pé em esquis, quanto mais me mover com metade dessa velocidade! [diz em tom de riso] [...].
Não vamos nos mover tão rápido tão cedo, mas temos alguns truques na manga graças a nossos grandes cérebros. Podemos usar tecnologia... Uoouuu... [comemora] O mais veloz que viajamos em terra por mais de 1,5 km foi a 1.227 km/h. Isso foi feito em 1997, em Nevada, em um Thrust SSC. E isso é uma grande melhoria em relação ao primeiro detentor do recorde.
Em 1898, um francês atingiu a incrível velocidade de 62 km/h em seu carro elétrico. Pelo ar, chegamos a Mach 3,3, o que dá cerca de 3.400 km/h. Tudo graças ao avião a jato mais rápido do mundo: o Lockheed SR-71 Blackbird.
PARA ACESSAR
GARNER, Rob. NASA at home: virtual tours and apps. National Aeronautics and Space Administration. Washigton, DC, 9 dez. 2021. Disponível em: https://www. nasa.gov/nasa-at-home-virtual-tours-and-augmented-reality. Acesso em: 30 jul. 2022.
A NASA é a agência norte-americana para o desenvolvimento de tecnologias aeronáuticas e a exploração espacial. Em uma visita virtual ao site, é possível ter acesso a informações sobre pesquisas que demonstram a busca dos seres humanos pela superação de limites. A visita virtual também promove o contato com ferramentas que permitem a expansão do universo de referências dos estudantes no campo tecnológico.
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Surpreendentemente, essa aeronave não tem velocidade máxima. A única coisa que a limita é a temperatura.
REALIZAÇÃO
Ao longo da leitura, verifique o entendimento que os estudantes têm das indicações dos aspectos não verbais, feitas na cor verde e entre colchetes.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Se ela voasse tão rápido quanto sua capacidade, literalmente derreteria no ar. [fala pausadamente]
Transcrevendo vídeos de divulgação científica Proponha aos estudantes que eles próprios façam e compartilhem com a turma transcrições de vídeos de divulgação científica. A ideia é que eles se atentem tanto à narração quanto às formas de indicar verbalmente os aspectos não verbais (como acontece no texto deste capítulo, com as indicações em verde, entre colchetes e a seleção de frames).
Na água, o recorde é de pouco mais de 275 nós ou algo em torno de 510 km/h. Um hidroavião a jato chamado Spirit of Australia fez isso em 1978. Nada mal se você quiser chegar rapidamente ao seu local de pesca favorito! [comenta em tom descontraído] [...]
Um homem chamado Félix foi levado a mais de 39 km de altitude, na borda do espaço, em um balão que, ao ser totalmente inflado, tinha, aproximadamente, o tamanho da Estátua da Liberdade.
Para isso, eles podem recorrer a vídeos postados em perfis de redes sociais de vídeos curtos, nas quais costumam haver conteúdos que podem despertar o interesse deles. Estabeleça uma dinâmica em sala de aula, para que compartilhem com a turma as transcrições realizadas. Dinâmicas como essa correspondem ao uso de metodologias ativas, pois favorecem a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem e potencializam o desenvolvimento de uma postura autônoma, comprometida com a própria aquisição de conhecimento.
Ao final, eles podem compartilhar as transcrições e os links dos vídeos originais com os colegas e explanar e (auto)avaliar as estratégias utilizadas nas transcrições, pensando também em possibilidades de aprimoramento.
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REALIZAÇÃO
Texto
Ao final da leitura, oriente os estudantes a consultar o boxe Vocabulário, a fim de sanar eventuais dúvidas em relação aos termos do texto. Se considerar oportuno, exiba novamente o vídeo para a turma, de modo que eles possam revisitá-lo e confrontá-lo novamente com a transcrição lida.
Destaque o boxe Saiba mais, em que há informações complementares sobre o atleta Usain Bolt, cuja imagem é colocada em destaque em uma das cenas do vídeo.
PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, proponha a realização das atividades de forma oral e coletiva. Promova em sala de aula um clima de cooperação mútua, em que os estudantes se sintam confortáveis e seguros para compartilhar suas ideias, percepções e posicionamentos livremente.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Incentive os estudantes a justificar suas escolhas, usando argumentos que as sustentem e garantindo que a diversidade de opiniões seja valorizada durante a aula.
2. e 3. Ajude os estudantes a ponderarem os riscos desses experimentos e discuta com eles as possíveis razões pelas quais o ser humano busca se superar em questões de velocidade e a aplicabilidade disso na vida cotidiana.
Não tendo escolha, a não ser pular, ele, finalmente, atingiu a velocidade de queda livre mais rápida de todos os tempos, 1.357 km/h, em um traje especialmente projetado, é claro! [diz com ênfase] Aterrissando em solo firme em pouco mais de nove minutos, o cara se tornou a primeira pessoa a quebrar a barreira do som em queda livre.
O mais rápido que um ser humano já se deslocou foi a cerca de 40.000 km/h. A tripulação da Apolo X alcançou isso em 26 de maio de 1969. Essa também foi a marca mais alta já alcançada por um veículo tripulado.
VOCABULÁRIO
Downhill: modalidade de esqui alpino ou descida livre, percurso no qual se atingem as velocidades mais elevadas.
Mach: razão entre a velocidade de um corpo e a do som. Se o Mach exceder a 1, o corpo encontra-se na velocidade supersônica.
SAIBA MAIS
Usain Bolt (1986-) é um velocista jamaicano conhecido como a lenda do atletismo mundial. Desde os 14 anos, compete em diversas provas de atletismo e, aos 15, recebeu suas primeiras medalhas. Participou de quatro Jogos Olímpicos, entre 2004 e 2016, e foi premiado com oito medalhas de ouro, distribuídas em diversas modalidades: 100 metros rasos, 200 metros rasos e revezamento 4 x 100, esta com a seleção jamaicana. Hoje aposentado, é detentor do recorde mundial na modalidade de 100 metros rasos, tendo percorrido essa distância, em Berlim, em pouco mais de nove segundos.
PROPOSIÇÕES
Em Texto e contexto, as atividades propostas favorecem o desenvolvimento de capacidades de leitura relativas à compreensão e à apreciação dos textos, considerando o contexto de produção dos gêneros textuais de divulgação científica – a
finalidade comunicativa, a circulação e os interlocutores preferenciais do texto – para compreender informações explícitas e implícitas. Sugere-se organizar os estudantes em duplas ou em pequenos grupos, de modo que possam experimentar a aprendizagem colaborativa.
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Transcrito de: QUAL A VELOCIDADE máxima que o ser humano poderia suportar? 2021. Vídeo (8min35s). Publicado pelo canal Incrível. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=yjewh8fPCEs. Acesso em: 12 jul. 2022.
shahJehan/shutterstoCK.CoM
O atleta Usain Bolt, nos Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro (RJ), em 2016.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. Qual informação apresentada mais o surpreendeu? Por quê? Respostas pessoais.
2. Você teria coragem de participar de experimentos de velocidade como os citados no texto? Por quê? Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, por que a busca por superar velocidade é uma constante na história da humanidade? Resposta pessoal.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
2. a) Sugestão de resposta: Qualquer internauta interessado em ampliar o conhecimento relacionado à ciência, como o apresentado no vídeo transcrito.
2. b) A internet democratiza e facilita o acesso à informação, de modo que vídeos como esse fazem com que os conhecimentos científicos cheguem ao maior número de pessoas mais rapidamente.
1. Considerando a transcrição lida, qual é o principal objetivo de um vídeo de divulgação científica?
Apresentar informações curiosas cujas explicações se pautam no conhecimento das ciências.
2. Os vídeos de divulgação científica são publicados em plataformas de compartilhamento de vídeos na internet. Com base nessa informação, responda ao que se pede.
a) Quem é o provável público-alvo desse vídeo?
b) Qual é a vantagem desse tipo de informação científica ser veiculado na internet?
3. O que você acha que é necessário para produzir um vídeo como esse? Que profissionais podem ter contribuído para a criação dele?
4. No início do vídeo, aparece a imagem a seguir.
4. b) Essa solicitação garante a fidelização do público, que, ao se inscrever no canal, será espectador assíduo dos vídeos que são publicados.
(acesso em: 4 ago. 2022). O texto foi publicado no site IBGE Educa, que é direcionado a jovens e à pesquisa escolar.
3. Indague os estudantes sobre os conhecimentos que têm a respeito da produção e edição de vídeos; pode ser que exista na turma alguém que tenha esse tipo de experiência. A internet disponibiliza gratuitamente aplicativos para realização de edição de imagem e áudio, e essa experiência será importante para o desenvolvimento da produção textual deste módulo.
4. Comente que nas diferentes redes sociais, incluindo às destinadas ao compartilhamento de vídeos, o engajamento (obtido por meio de visualizações, curtidas, comentários e compartilhamentos) é importante para potencializar o alcance dos conteúdos por meio dos algoritmos.
3. É necessário ter algum conhecimento do assunto e também em edição de vídeos. A produção de um vídeo como esse pode envolver a participação de roteiristas, ilustradores, editores, designers, entre outros profissionais.
a) A quem se destina o apelo feito por meio da forma verbal inscreva-se?
4. a) Esse apelo se destina a quem está assistindo ao vídeo.
b) Por que esse tipo de solicitação costuma ser feito em vídeos publicados em plataformas de compartilhamento?
c) Considerando as informações sobre o número de inscritos nesse canal, pode-se afirmar que esse apelo foi atendido pelo público?
4. c) Espera-se que os estudantes reconheçam que um canal que tem 18 milhões de inscritos deixa claro que o apelo foi atendido pelo público.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Lembre os estudantes das reflexões realizadas sobre o artigo de divulgação científica e o infográfico. Assim como o vídeo de divulgação científica, trata-se de textos cuja finalidade principal é compartilhar informações que têm como base a pesquisa e o conhecimento científico.
2. Se possível, aproveite a oportunidade para conversar sobre o impacto da internet na forma de circulação de informações e conhecimento. Sugira a leitura do texto “Uso de internet, televisão e celular no Brasil”, que apresenta dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD Contínua) sobre o acesso à internet pelos brasileiros, disponível no link : https://educa.ibge.gov. br/jovens/materias-especiais/20787-uso-deinternet-televisao-e-celular-no-brasil.html
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REALIZAÇÃO
Texto e contexto
5. Faça uma sondagem de repertório com os estudantes para avaliar a familiaridade deles com ilustrações digitais. Essa linguagem pode ser vista em diferentes produções multimodais, especialmente em desenhos animados e textos do campo publicitário.
6. Ao propor a análise dos comentários, se possível, acesse com os estudantes a página do vídeo para que eles possam ler outros posicionamentos. Reforce para eles que é importante que publicações como essa sejam feitas com cordialidade e respeito. Se considerar interessante, proponha que elaborem comentários hipotéticos que poderiam ser publicados na plataforma em que o vídeo foi divulgado; para isso, eles devem pensar em algum aspecto que chamou a atenção e dizer o que acharam dele.
7. Reforce com a turma a impor tância de confrontar informações sobre um mesmo tema com base em fontes distintas, desde que sejam fidedignas e confiáveis. Dessa forma, é possível observar eventuais imprecisões e informações inverídicas.
PROPOSIÇÕES
O objetivo de Composição e linguagem é analisar o modo de organização das informações e da sequência textual do vídeo de divulgação científica, assim como compreender características próprias desse gênero. Para a realização das atividades, seria interessante orientar os estudantes a trabalhar em duplas ou pequenos grupos. Além de dinamizar a rotina de sala de aula, é importante criar situações de aprendizagem que requeiram o trabalho conjunto, para que os estudantes possam interagir e compartilhar ideias, testar hipóteses etc., ao mesmo tempo que aprendem a manter a escuta ativa e a respeitar posicionamentos divergentes, negociando posições.
5. As imagens são ilustrações digitais e têm como objetivo aproximar o leitor do conteúdo apresentado no vídeo, fazendo com que ele possa visualizar e compreender melhor as informações narradas.
5. A transcrição do vídeo vem acompanhada de imagens que reproduzem algumas cenas. Qual técnica foi utilizada para produzi-las? Qual é a finalidade dessas imagens no vídeo?
6. Leia dois comentários publicados na plataforma em que o vídeo foi divulgado.
Eu só queria saber como que eles descobrem isso! Isso é incrível msm
Aprendo muito com seus vídeos
6. Sim, pois os comentários trazem um olhar e uma avaliação positivos, destacando a satisfação do espectador diante do conteúdo, bem como do aprendizado adquirido.
• Pelo teor dessas mensagens, pode-se afirmar que o vídeo atingiu seu objetivo? Explique.
7. A seguir, leia o trecho de uma notícia publicada em um site de tecnologia e compare-o com o segundo trecho, retirado da transcrição do vídeo.
Trecho 1
[COMENTÁRIOS A] QUAL A VELOCIDADE máxima que o ser humano poderia suportar? 2021. Vídeo (8min35s). Publicado pelo canal Incrível. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=yjewh8fPCEs. Acesso em: 12 jul. 2022. [...]
Quando algo se move a certa velocidade, uma série de ondas sonoras se formam no ar à frente e atrás do objeto. Se ele superar o limite de velocidade das partículas, essas ondas se juntam em uma única onda de choque, que viaja na velocidade crítica conhecida como Mach 1 — aproximadamente 1.225 km/h, ao nível do mar e à temperatura de 15 ºC.
[...]
CAVALCANTE, Daniele. Velocidade do som: entenda como funciona e o que acontece se for ultrapassada. Canaltech. [S. l.], 10 jan. 2022. Disponível em: https://canaltech.com.br/ciencia/velocidade-do-somentenda-como-funciona-e-o-que-acontece-se-for-ultrapassada-206044/. Acesso em: 12 jul. 2022.
Trecho 2
7. a) A imprecisão está relacionada ao valor de Mach. No trecho 1, afirma-se que a Mach 1 corresponde a 1 225 km/h, o que não está de acordo com a informação do trecho 2, que calcula Mach 3,3 como 3 400 km/h, o que só seria possível se o valor de Mach 1 fosse cerca de 1 030 km/h.
a) Ao comparar os trechos, percebe-se uma imprecisão de informações sobre determinado dado. Qual é essa imprecisão?
b) Como você poderia confirmar essa informação? Que critérios você utilizaria para determinar qual é a fonte mais segura para fazer isso?
7. b) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes respondam que, para confirmar o valor correto de Mach, eles deveriam procurar outras publicações a respeito e comparar os dados. Para garantir a confiabilidade das fontes, eles devem dar preferência a canais científicos ou a textos especializados no assunto.
REALIZAÇÃO
[...] Pelo ar, chegamos a Mach 3,3, o que dá cerca de 3.400 km/h, tudo graças ao avião a jato mais rápido do mundo: o Lockheed SR-71 Blackbird. D3-096-141-POR-F2-2102-V9-M3-LA-G24_AVU.indd
Composição e linguagem
1. Espera-se que os estudantes entendam que a forma de apresentação do título estabelece diálogo com o espectador, atraindo-o para que assista ao vídeo.
2. a) Solicite aos estudantes que apontem outros gêneros textuais em que a forma verbal imperativa tem a mesma função.
Essa interlocução é comum, por exemplo, em anúncios publicitários e em textos injuntivos ou instrucionais.
2. b) É importante os estudantes perceberem que a compreensão de textos de gêneros multimodais exige do leitor a associação de recursos verbais e não verbais. Além disso, ao produzir textos como o que está sendo estudado, é fundamental estabelecer diálogo entre esses recursos. Ao pensar
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O vídeo de divulgação científica tem como objetivo tornar mais conhecidos fatos e descobertas científicas. Trata-se de um gênero multimodal que circula em meio digital e é divulgado na internet, em diversas plataformas. Seu público-alvo é diversificado e costuma interagir por meio de comentários que são postados após a visualização do vídeo.
1. O título em forma de pergunta aguça a curiosidade do público, motivando as pessoas a assistir ao vídeo em busca da resposta.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. Releia o título do vídeo.
Qual a velocidade máxima que o ser humano poderia suportar?
• Que efeito de sentido o título em forma de pergunta provoca no público-alvo?
2. Leia novamente o primeiro parágrafo da transcrição, que corresponde à introdução do vídeo.
a) Que estratégia linguística é usada pela narração para prender a atenção de quem está assistindo ao vídeo?
b) Nesse trecho, que nova informação a imagem referente ao tema do vídeo permite depreender?
3. O primeiro exemplo apresentado na transcrição do vídeo é o do velocista jamaicano Usain Bolt, que atingiu a marca de 43 km/h em uma corrida.
a) Que qualidade do atleta contribuiu para que ele fosse citado no vídeo?
Ser o ser humano mais rápido do mundo em corridas.
b) Por que a menção a esse atleta é importante no vídeo analisado?
4. Ao longo da transcrição do vídeo, são mencionados outros recordes de velocidade atingidos pelo ser humano nos mais diversos espaços: terra, ar e água. Qual é o objetivo da apresentação dessas informações?
5. Ao final da transcrição, é apresentada a velocidade mais rápida com a qual o ser humano já se deslocou: 40.000 km/h. Por que essa informação só é revelada nessa parte do vídeo?
Para prender a atenção do público e fazê-lo assistir ao vídeo até o final.
6. Na atividade 6 de Texto e contexto, você leu alguns comentários feitos por pessoas que assistiram ao vídeo. Qual é a importância desses comentários para o canal em que ele foi publicado?
Os comentários são essenciais para que o canal balize seu conteúdo, podendo, por meio deles, verificar se os vídeos estão agradando ou não aos espectadores.
2. a) O uso de formas verbais no imperativo, de modo que o público se sinta participando de um diálogo.
2. b) A imagem associada a esse trecho do vídeo amplia o que está sendo narrado e permite depreender que será abordada não apenas a velocidade máxima que o humano atinge correndo, mas também a que ele alcança usando meios de transporte, como a motocicleta que aparece na cena.
Geralmente, o vídeo de divulgação científica tem um tema ou temática central que vai servir como pano de fundo para as discussões levantadas em cada vídeo. Os temas costumam permitir um diálogo com diversos assuntos e áreas do conhecimento.
3. b) Como Usain Bolt é um corredor renomado, citá-lo no vídeo respalda as informações apresentadas, denotando maior segurança e credibilidade aos dados fornecidos no vídeo.
4. Essas informações permitem que o espectador tenha uma dimensão mais ampla sobre as velocidades máximas já atingidas pelos humanos, em diversas modalidades, ao longo da história.
6. Converse com os estudantes sobre a experiência que têm de ler comentários e avaliações associados a textos publicados na internet. Por exemplo, é comum as pessoas acessarem essas opiniões no momento de escolherem uma produção cultural, como assistir a um filme: os comentários postados podem influenciar positivamente ou fazer com que desistam de vê -lo. Outra situação em que esses comentários ocorrem frequentemente se dá quando alguém faz compras on-line: a avaliação do produto ou da empresa que realiza a venda são importantes referências tanto para o consumidor quanto para quem disponibiliza um serviço ou produto on-line (a empresa, por exemplo, pode avaliar a satisfação de seus clientes). Em situações como essas, os julgamentos feitos por terceiros são uma referência importante.
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nessas relações, a turma está também se preparando para a apresentação multimídia que realizarão ao final deste módulo.
3. Comente que a exemplificação é uma importante estratégia usada em gêneros textuais diversos para construir credibilidade para o interlocutor do texto. Além disso, a menção a uma personalidade conhecida também pode atrair os espectadores para o vídeo.
4. e 5. Garantir a qualidade e uma certa quantidade de informação é necessário para a construção de textos de divulgação científica, como ocorre com o vídeo estudado. Além disso, a diversidade de informações e a precisão delas são estratégias importantes para expressar veracidade e garantir credibilidade ao texto. Esse tipo de constatação mais uma vez reforça a importância de pesquisa em fontes confiáveis.
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REALIZAÇÃO
7. É importante destacar o papel das imagens que ilustram o vídeo: ao apresentar textos verbais, elas podem enfatizar informações dadas na narração e favorecer a compreensão do texto.
7. a) A imagem mostra o que é um Thrust SSC, já que se trata de um veículo não convencional, projetado especificamente para atingir altas velocidades.
7. Releia um trecho da transcrição do vídeo e observe a imagem que o acompanha.
8 e 9. Explique aos estudantes que, por pretenderem atingir um público leigo e diverso, alguns gêneros de divulgação científica geralmente são produzidos com linguagem mais informal, mas que obedece à norma-padrão da língua. Além disso, geralmente apresentam recursos que ajudam o leitor/interlocutor a entender termos técnicos considerados desconhecidos. 128
[...] O mais veloz que viajamos em terra por mais de 1,5 km foi a 1227 km/h. Isso foi feito em 1997, em Nevada, em um Thrust SSC. E isso é uma grande melhoria em relação ao primeiro detentor do recorde.
a) Qual é a importância dessa imagem para a compreensão do trecho?
b) Agora, analise as imagens a seguir.
7. b) Espera-se que os estudantes reconheçam que não. A primeira imagem ilustra uma possibilidade científica irrealizável, de forma bem-humorada; já a segunda imagem possibilita que quem está assistindo ao vídeo compare o tamanho do balão com a Estátua da Liberdade, visualizando, assim, a grandeza e o perigo do feito realizado pelo balonista.
• Essas imagens apresentam as mesmas informações? Justifique sua resposta.
8. A linguagem usada em um vídeo de divulgação científica varia de acordo com seu objetivo e público-alvo. No caderno, transcreva a alternativa que melhor sintetiza a linguagem usada na transcrição lida. Alternativa B
A. Uso de registro formal, por meio de termos rebuscados, tendo em vista o conteúdo veiculado.
B. Predomínio de registro informal, compreensível pelos mais diversos públicos.
C. Recorrência de linguagem técnica, restrita a profissionais de áreas científicas.
D. Uso de registro informal, mas com termos científicos específicos de áreas ligadas à velocidade, o que dificulta a compreensão em alguns trechos.
9. Releia este trecho que compara a velocidade de um corredor à de um patinador.
[...] É por isso que nos patins é possível ultrapassar um corredor. Deslizar permite mais tração.
a) Que termo técnico aparece nesse trecho? O termo tração
b) Por que você acha que o significado desse termo não foi explicado no vídeo?
Provavelmente porque se espera que o público o conheça, visto que se trata de um conhecimento básico para quem gosta de assuntos relacionados ao mundo das ciências e da Física. Além disso, é possível depreender o sentido pelo contexto, pois o termo é utilizado em uma comparação.
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CANAL INCRÍVEL CANAL INCRÍVEL
CANAL INCRÍVEL
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10. Releia o trecho em que um comentário pessoal é acrescentado à informação apresentada.
10. a) O período Nada mal se você quiser chegar rapidamente ao seu local de pesca favorito!.
Na água, o recorde é de pouco mais de 275 nós ou algo em torno de 510 km/h. Um hidroavião a jato chamado Spirit of Australia fez isso em 1978. Nada mal se você quiser chegar rapidamente ao seu local de pesca favorito!
a) Nesse trecho, que período expressa uma opinião?
b) Com que objetivo comentários como esse são feitos ao longo do vídeo?
Com o objetivo de dar um tom mais informal ao vídeo, pois expressam ironia e humor.
11. Releia este trecho, que apresenta mais uma velocidade incrível atingida por um humano.
Um homem chamado Félix foi levado a mais de 39 km de altitude, na borda do espaço, em um balão que, ao ser totalmente inflado, tinha, aproximadamente, o tamanho da Estátua da Liberdade.
Não tendo escolha, a não ser pular, ele, finalmente, atingiu a velocidade de queda livre mais rápida de todos os tempos, 1.357 km/h, em um traje especialmente projetado, é claro! [diz com ênfase] Aterrissando em solo firme em pouco mais de nove minutos, o cara se tornou a primeira pessoa a quebrar a barreira do som em queda livre.
11.
a) Que expressão é retomada pelo uso do pronome ele no segundo período do trecho?
b) Qual é a importância dessa estratégia de substituição para a construção do texto?
Evitar a repetição, garantindo, assim, a progressão das ideias do texto.
c) Essa estratégia é utilizada novamente em outro período do trecho. Qual termo é usado para fazer essa retomada?
É usado o termo o cara para retomar um homem chamado Félix.
Nos vídeos de divulgação científica, é comum o uso de palavras e expressões para se dirigir ao público, estabelecendo uma espécie de diálogo. Esses termos são chamados marcas de interlocução
Pílula #17. As reais necessidades do corpo para se correr a maratona em menos de 2 horas!, de canal O Cientista do Esporte. Podcast (7min1s). Disponível em: https:// open .spotify.com/ episode/4aSMKr
1l6pbAzQuJEx27sl.
Acesso em: 13 jul. 2022. Esse episódio do podcast O Cientista do Esporte traz uma breve análise da pesquisa de Andrew Jones, doutor em fisiologia do exercício, que envolveu atletas que participaram do desafio de correr uma maratona em menos de duas horas.
O vídeo de divulgação científica, em geral, tem um título, cujo objetivo é aguçar a curiosidade do público para seu conteúdo. Na introdução, costuma-se buscar uma aproximação com o interlocutor para prender a atenção dele. Na sequência, são apresentadas informações sobre o assunto, pautadas em dados e exemplos que respaldam a veracidade do que se informa. A informação mais significativa, muitas vezes, costuma ser apresentada ao final do vídeo, para garantir que o espectador o assista na íntegra. Por ser um gênero multimodal e que circula em meio digital, as imagens e outros recursos têm um papel importante na construção de sentidos. A linguagem utilizada é dinâmica, e o registro varia entre mais formal ou mais informal dependendo da situação comunicativa. Apresenta geralmente termos ligados ao campo científico, mas que não impossibilitam a compreensão do conteúdo pelo público leigo. É recorrente o uso de marcas de interlocução com o objetivo de aproximar quem está assistindo ao vídeo.
10. Comentários opinativos em textos de divulgação científica podem ampliar o diálogo com o leitor e disparar reflexões, o que torna o texto mais atraente. Lembre os estudantes de outras situações em que marcas de interlocução foram usadas, como na forma de apresentação do título em forma de pergunta ou no uso de formas verbais imperativas.
11. Reforce com os estudantes a importância de identificar recursos coesivos no processo da leitura e compreensão de um texto, assim como de usá-los nas próprias produções textuais.
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REALIZAÇÃO
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a) A expressão retomada por ele é um homem chamado Félix.
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PARA OUVIR
PROPOSIÇÕES
Em Por dentro da língua, para o estudo dos períodos que contêm orações subordinadas adverbiais reduzidas, é importante retomar com os estudantes a noção de período e oração. Sugere-se selecionar trechos da transcrição do vídeo e identificar as orações que constituem alguns períodos. Nessa preparação para as atividades iniciais da seção, é importante que os estudantes sejam levados a diferenciar o uso de formas nominais em locuções verbais e iniciando orações.
REALIZAÇÃO
1. Comente com os estudantes que estudos científicos divulgados na revista Nature, realizados por pesquisadores estadunidenses, mostraram que a capacidade de correr mais riscos está ligada a uma região específica do cérebro, o córtex parietal superior direito, e o tamanho dessa área, que varia conforme a idade, pode explicar por que, em algumas fases da vida, as pessoas são mais corajosas ou muito comedidas. Mais informações sobre a pesquisa estão disponíveis em: https:// www.correiobraziliense. com.br/app/noticia/cienciae-saude/2016/12/14/ interna_ciencia_saude,561207/ ciencia-explica-por-quealgumas-pessoas-se-arriscammais-que-outras.shtml (acesso em: 13 jul. 2022). Se julgar pertinente, compartilhe o link com os estudantes.
2. Retome com os estudantes os exemplos de recursos de aproximação com o leitor usados tanto no vídeo quanto em outros textos que circulam no dia a dia.
3. a) Registre o período na lousa, para identificar coletivamente
POR DENTRO DA LÍNGUA
1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que são vários os fatores: pessoas que gostam de viver aventuras, de correr perigos, de sentir a sensação de frio no estômago, de ir além dos limites do ser humano, de experimentar coisas novas e de comprovar estudos, experiências etc.
Oração subordinada adverbial reduzida
Ao estudar as formas nominais, você deve ter observado que elas introduzem orações que completam o sentido da oração principal e podem exercer diferentes funções.
1. Releia este trecho da transcrição do vídeo de divulgação científica, que se refere à experiência realizada por Félix, um homem que se lançou de um balão a 39 km de altitude para tentar quebrar a barreira do som.
1. b) A experiência foi documentada e serve
para comprovar o que está sendo exposto no vídeo, pois Félix conseguiu com a velocidade de seu próprio corpo atingir a barreira do som, algo até então não realizado pela ciência.
Não tendo escolha, a não ser pular, ele, finalmente, atingiu a velocidade de queda livre mais rápida de todos os tempos, 1.357 km/h, em um traje especialmente projetado, é claro! [diz com ênfase] Aterrissando em solo firme em pouco mais de 9 minutos, o cara se tornou a primeira pessoa a quebrar a barreira do som em queda livre.
a) Em sua opinião, o que move as pessoas a enfrentar desafios como o de Félix?
b) O tema do vídeo é a velocidade máxima que um ser humano pode suportar. A experiência descrita no trecho comprova o propósito comunicativo do vídeo?
2. Um vídeo de divulgação científica publicado em uma plataforma de compartilhamento costuma possibilitar a interação com o público por meio de comentários.
a) Que expressão empregada nesse trecho do vídeo é usada para estabelecer uma interação com o interlocutor? A expressão é claro!
b) Que efeito de sentido essa interação pretende produzir no vídeo?
3. Releia o primeiro período do trecho.
2. b) O uso de expressões como essa, própria do registro informal, aproxima o público do conteúdo.
Não tendo escolha, a não ser pular, ele, finalmente, atingiu a velocidade de queda livre mais rápida de todos os tempos, 1.357 km/h, em um traje especialmente projetado, é claro! [...]
a) O período é composto de quatro orações. Qual delas é a oração principal?
b) Agora, analise a primeira oração do período. Que forma verbal exerce a função de núcleo dessa oração? Como ela é chamada?
A forma verbal é tendo, que é uma forma nominal no gerúndio.
c) As formas nominais exercem a função de substantivo, adjetivo ou advérbio. No caderno, transcreva a alternativa que indica a função que a forma nominal analisada no item b exerce em relação à oração principal. Alternativa C .
A. Substantivo, pois nomeia o que o sujeito realizou.
B. Adjetivo, porque expressa uma característica relacionada à queda livre.
C. Advérbio, pois expressa uma circunstância de causa relacionada à oração principal.
D. Advérbio, porque exprime uma circunstância de tempo.
3. a) A oração principal é ele, finalmente, atingiu a velocidade de queda livre mais rápida de todos os tempos, 1.357 km/h, em um traje especialmente projetado
as quatro orações. Para isso, é importante desafiar os estudantes a localizar todas as formas verbais.
3. b) Se considerar necessário, retome as informações relativas às formas nominais dos verbos trabalhadas anteriormente no módulo.
3. c) Retome com a turma a função dos substantivos (nomear), dos adjetivos (determinar características dos substantivos) e dos advérbios (modificar adjetivos, verbos e advérbios).
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4. Releia esta oração extraída do trecho da atividade 1
.
[...] Aterrissando em solo firme em pouco mais de 9 minutos [...].
a) Qual é a circunstância expressa por essa oração? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa A
A. Temporalidade. B. Causa. C. Finalidade. D. Condição.
b) A oração que você analisou é subordinada, pois depende dos sentidos de outra oração para ser entendida. Ela é introduzida por uma conjunção subordinativa? Justifique sua resposta
Não. Embora expresse a ideia de temporalidade, essa oração é iniciada por um verbo na forma nominal, sem conjunção subordinativa.
5. Considerando a ideia atribuída por essa oração, ela poderia ser substituída por qual das orações a seguir? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa C
A. Porque aterrissou em solo firme em pouco mais de 9 minutos.
B. Se aterrissasse em solo firme em pouco mais de 9 minutos.
C. Quando aterrissou em solo firme em pouco mais de 9 minutos.
D. Para que aterrissasse em solo firme em pouco mais de 9 minutos
As orações analisadas nas atividades anteriores expressam circunstâncias, semelhante à função desempenhada pelas orações subordinadas adverbiais e pelos advérbios. São orações construídas sem conjunção e nas quais o verbo se encontra em uma das formas nominais. São, portanto, exemplos de oração subordinada adverbial reduzida
Oração subordinada adverbial reduzida é aquela que tem o verbo em uma de suas formas nominais – infinitivo, gerúndio ou particípio – e não é introduzida por conjunção subordinativa.
Exemplo:
[...] o cara estabeleceu um recorde de velocidade terrestre humana de cerca de 255 km/h, esquiando na zona próxima ao final de um trajeto em pouco mais de dois segundos. […]
oração subordinada adverbial reduzida com verbo no gerúndio
No exemplo, a oração subordinada adverbial reduzida indica uma circunstância de tempo em relação à oração principal. A oração subordinada adverbial correspondente é: quando esquiava na zona próxima ao final de um trajeto em pouco mais de dois segundos. Observe que se trata de outra forma de reproduzir a oração subordinada adverbial. Quando ela contém conjunção, é chamada de desenvolvida; quando não, é uma oração reduzida Independentemente de se apresentar em forma desenvolvida ou reduzida, a classificação da oração é sempre determinada pelos sentidos que ela atribui ao contexto. Em esquiando na zona próxima ao final de um trajeto em pouco mais de dois segundos, a oração é subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.
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4. e 5. Ajude os estudantes a perceber a estrutura da oração reduzida, levando-os a fazer comparações. No texto, “Aterrissando em solo firme em pouco mais de nove minutos”, há oração introduzida por gerúndio. Solicite a substituição da oração por outra, utilizando outros recursos da língua, mas mantendo o sentido, para que percebam a relação de temporalidade. Por exemplo: “Ao aterrissar em solo firme em pouco mais de nove minutos, o cara se tornou a primeira pessoa a quebrar a barreira do som em queda livre”; “Quando aterrissou em solo firme em pouco mais de nove minutos, o cara se tornou a primeira pessoa a quebrar a barreira do som em queda livre”. No primeiro caso, não há conjunção, a oração é reduzida de infinitivo; no segundo, a relação temporal é marcada pelo uso da conjunção quando
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RE ALIZAÇÃO
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PROPOSIÇÕES
Para trabalhar o conceito de orações adverbiais reduzidas, relembre o período composto por subordinação e as orações subordinadas adverbiais. Escreva na lousa o período a seguir.
• Quando disputava em competições internacionais, Usain Bolt venceu todas as corridas. Com a turma, orientando a análise do período, estimulando a associação entre a estrutura sintática e a construção de sentidos. Pergunte:
1. Quantas orações há nesse período? (Resposta: Duas.)
2. Entre essas orações existe uma relação de coordenação ou de subordinação? (Resposta: Subordinação. Caso sinta necessidade, relembre os estudantes de que a coordenação ocorre quando as orações são sintaticamente autônomas e têm sentidos independentes, ainda que estejam interligadas por conjunções coordenativas. Já na subordinação, uma oração exerce uma função sintática da outra e, por isso, depende dela para que seus sentidos sejam apreendidos.)
3. Qual das orações traz a informação necessária ao entendimento das demais e não é iniciada por nenhuma conjunção? (Resposta: A oração principal é “Usain Bolt venceu todas as corridas”.)
4. A outra oração do período exerce função de adjetivo, advérbio ou substantivo? (Resposta: “Quando disputava em competições internacionais” exerce função adverbial, pois oferece uma circunstância temporal para a oração principal, ou seja, é uma oração subordinada adverbial.)
Peça, então, que identifiquem a conjunção que introduz a oração subordinada e desafie-os
Para analisar uma oração subordinada reduzida, é necessário seguir algumas etapas.
1. Desenvolver a oração subordinada reduzida, isto é, tirá-la da forma reduzida, interpretando seus sentidos e fazendo aparecer o conectivo.
2. Analisar a oração desenvolvida, percebendo as ideias que ela atribui à oração principal.
3. Aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as expressões reduzida de gerúndio, reduzida de particípio ou reduzida de infinitivo
Para transformar as orações reduzidas em desenvolvidas, é necessário acrescentar a elas conectivos que expressem ideias equivalentes às expressas pelas reduzidas e também substituir as formas nominais por formas verbais equivalentes.
É importante destacar que nem todas as orações reduzidas podem ser desenvolvidas. Essa escolha é feita pelo usuário da língua, que deve analisar o que é mais adequado às diferentes situações de comunicação.
O emprego de orações reduzidas é um importante recurso para dar concisão ao texto, pois seu uso evita o excesso de conectivos.
ATIVIDADES
1. Leia o trecho de uma reportagem que aponta 12 motivos para convencer o leitor a pedalar, dos quais foram selecionados três.
12 motivos para adotar a bike já
[...]
Desde emagrecer e driblar o trânsito para o trabalho até economizar grana no fim do mês, não faltam vantagens em fazer da bicicleta sua melhor amiga. [...] [...]
5. O intestino funciona melhor
De acordo com cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, exercícios aeróbicos, como o ciclismo, ajudam a reduzir o tempo que os alimentos levam para passar pelo intestino grosso e estimulam os músculos dessa parte do órgão, responsável pela absorção de água e pela eliminação das fezes. [...]
6. O cérebro fica sarado
Não é todo mundo que encara pedalar no trânsito das grandes cidades para ir ao trabalho ou à faculdade todo dia. Se você ainda não tomou coragem, vale saber que usar a bicicleta só para se exercitar traz vários benefícios para o dia a dia profissional ou de estudo. É que atividades que exigem equilíbrio e reflexo rápido, como pedalar, ajudam a desenvolver a concentração e a controlar melhor a ansiedade e o stress — benefícios mais do que bem-vindos na nossa rotina louca, certo?
a reescrevê-la eliminando a conjunção e alterando a forma verbal para uma das três formas nominais (particípio, gerúndio ou infinitivo) abordadas na primeira ocorrência da seção Por dentro da língua neste módulo. Sugestões: “Ao disputar / Disputando em competições internacionais, Usain bolt venceu todas as corridas”. Explique que o que fizeram foi reduzir a oração subordinada. Em seguida, oriente a
resolução dos exercícios iniciais e leia para a turma o texto que apresenta o conceito de orações subordinadas reduzidas.
Após essa sistematização, conduza as propostas de Atividades, para que os estudantes possam continuar aplicando os conceitos estudados.
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REALIZAÇÃO
1. a) Para evidenciar que o ciclismo pode trazer, além das vantagens conhecidas, muitos ganhos para a saúde do praticante desse esporte.
9. O coração fica protegido
Como todo exercício aeróbico, pedalar eleva a frequência cardíaca e estimula a respiração, diminuindo o risco de infarto. De acordo com a Associação Médica Britânica, pedalar 32 quilômetros por semana é suficiente para cortar pela metade o risco de doenças do coração. Pode ser difícil entrar no ritmo, mas vale a pena insistir. [...]
TOZZI, Elisa. 12 motivos para adotar a bike já. Boa Forma. [S. l.], 9 abr. 2020. Disponível em: https://boaforma. abril.com.br/movimento/12-motivos-para-adotar-a-bike-ja/. Acesso em: 13 jul. 2022.
a) Os motivos selecionados referem-se a aspectos ligados à saúde. Com que finalidade eles podem ter sido incluídos na reportagem?
b) Como é possível saber se essas informações são realmente fundamentadas em estudos científicos e comprovadas por eles?
2. Releia esta oração extraída da reportagem.
[...] para passar pelo intestino grosso [...].
1. b) Em dois dos motivos selecionados, são mencionados estudos e pesquisas científicas realizados por uma universidade e uma associação médica, o que comprova que são informações verdadeiras e de credibilidade.
2. a) Ela é uma oração subordinada, pois a
informação que traz é um complemento da oração principal.
a) Essa oração é principal ou subordinada? Justifique sua resposta.
b) Que forma verbal exerce a função de núcleo dessa oração? Como ela é chamada?
c) Que função essa forma verbal exerce em relação à oração principal? Justifique.
3. Releia este período.
2. b) A forma verbal é passar, que é uma forma nominal no infinitivo.
2. c) Exerce a função de advérbio, pois expressa uma circunstância de finalidade relacionada à oração principal.
Não é todo mundo que encara pedalar no trânsito das grandes cidades para ir ao trabalho ou à faculdade todo dia. [...]
a) Quantas orações ele tem? O período é formado por três orações.
3. b) É a oração para ir ao trabalho ou à faculdade todo dia.
b) Uma dessas orações tem como núcleo uma forma nominal. Qual é essa oração?
c) Pelos sentidos que ela atribui, como essa oração pode ser classificada? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa B
A. Oração subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.
B. Oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
C. Oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo.
D. Oração subordinada adverbial final reduzida de particípio.
4. Agora, releia este período.
4. a) É a oração para cortar pela metade o risco de doenças do coração, pois ela não começa com uma conjunção e tem como núcleo uma forma nominal: cortar
[...] De acordo com a Associação Médica Britânica, pedalar 32 quilômetros por semana é suficiente para cortar pela metade o risco de doenças do coração. [...]
a) Uma das orações do período é uma subordinada adverbial reduzida. Qual é essa oração? Que características ela apresenta que permitem essa classificação?
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1. Para a realização de atividades que levem os estudantes a novos desafios de identificação de orações reduzidas a partir de um contexto significativo, eles lerão trechos de uma reportagem que dialoga com a relação entre prática desportiva e saúde, temática explorada em todo o módulo. Sugira que acessem o texto completo no link indicado na referência do texto.
1. a) e 1. b) Reforce novamente para os estudantes a importância de embasar as informações apresentadas em dados da realidade.
2. Oriente-os a retornar ao texto para que identifiquem a relação de subordinação estabelecida em contexto. Para isso, é importante que eles identifiquem as formas verbais das orações que compõem o período.
3. Nesta atividade, os estudantes poderão articular os conceitos de formas nominais do verbo e de orações subordinadas adverbiais reduzidas estudados no módulo. Se necessário, oriente-os a retomar as explanações oferecidas no livro.
4. a) Registre o período na lousa para coletivamente identificar as orações que o compõem. Para isso, é importante desafiar os estudantes a localizar todas as formas verbais.
ELO perdido – O Brasil que pedala. 2018. Documentário (30min08s). Publicado pela canal Bike é Legal. Disponível em: https://youtu.be/e7BqJUpBgFY.
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Acesso em: 14 jul. 2022.
Curta-metragem que retrata o cotidiano de ciclistas no Brasil, em que predomina o uso de veículos motorizados, como carros, caminhões e motos. O documentário também aborda os fatores que levam ciclistas brasileiros a adotar um meio de transporte sustentável nas cidades.
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PARA ASSISTIR 133
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REALIZAÇÃO
Atividades
4. b) e 4. c) Para que os estudantes entendam as relações semânticas das orações adverbiais, sejam elas reduzidas ou introduzidas por conjunções, é interessante sugerir a reescrita de alguns períodos com recursos diferentes da língua. Ajude-os a reconhecer a ideia de finalidade estabelecida pela conjunção para fazendo uma pergunta que destaca esse valor semântico: Em “Vale saber que usar a bicicleta só para se exercitar traz vários benefícios para o dia a dia profissional ou de estudo”, fala-se em usar a bicicleta para quê? Com que objetivo? Qual a finalidade?
5. O anúncio apresentado dialoga com a abordagem de temáticas científicas em foco no módulo, propiciando reflexões sobre o meio ambiente. Retome os elementos que compõem o gênero anúncio: imagem sugestiva e atrativa, uma frase de efeito ( slogan) que expresse a mensagem e chame a atenção do leitor, texto explicativo, logotipo da empresa ou instituição que anuncia. Solicite que identifiquem essas partes e que analisem de que forma a diagramação dos elementos verbais e não verbais contribui para criar o efeito de sentido desejado pelo anunciante. Retome com os estudantes a finalidade comunicativa do anúncio: persuadir, convencer. Se possível, acesse com os estudantes o site da revista ou oriente-os a fazê-lo em casa, para que entendam o contexto de produção e circulação textual: https://cienciahoje.org.br/ (acesso em: 4 ago. 2022).
4. b) Uma circunstância de finalidade.
4. c) A oração informa que basta pedalar para que o risco de doenças do coração seja reduzido pela metade. Nessa oração, a jornalista enfatiza a relação do uso da bicicleta com a saúde.
b) Se uma oração é adverbial, ela exerce a função de um advérbio, expressando, portanto, uma circunstância. Que circunstância é expressa pela oração analisada no item a?
c) Considerando os sentidos atribuídos à oração analisada anteriormente, como ela pode contribuir para que o texto atinja o objetivo pretendido?
5. Leia o anúncio a seguir, veiculado na revista que se dedica à divulgação científica no Brasil.
13 jul. 2022.
• Com que finalidade esse anúncio foi produzido?
6. a) Pretende provocar impacto e alertar para o que está acontecendo com as florestas.
6. No anúncio, a imagem de uma floresta devastada se destaca.
a) Que sensação a imagem que está em primeiro plano pretende provocar no leitor?
b) De que maneira essa imagem pode contribuir para reforçar a mensagem presente no slogan?
7. No slogan, há uma oração reduzida.
A imagem de uma árvore cortada com um coração entalhado, hábito comum de pessoas enamoradas, reforça a ideia de que é preciso agir de forma mais consciente para demonstrar amor e respeito pela natureza.
a) Qual é ela e que circunstância atribui à oração principal?
b) Qual seria a oração subordinada desenvolvida correspondente à oração reduzida?
c) Agora, compare o slogan com a oração desenvolvida que você indicou como resposta ao item b. Se o slogan tivesse sido escrito na forma desenvolvida, o efeito de sentido seria o mesmo? Explique. necessário ao objetivo do slogan do anúncio. Portanto, a oração reduzida é mais adequada.
Não. A oração desenvolvida, por ser mais extensa, reduziria o impacto
6. Destaque a importância de associar recursos verbais e não verbais no processo de leitura e compreensão do anúncio.
7. Escreva o período na lousa para que os estudantes identifiquem as formas verbais e, consequentemente, cada oração e entendam que a segunda oração – subordinada – é gramaticalmente dependente da primeira: “Há uma maneira melhor / de eternizar seu amor pelas florestas”.
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1. a) Porque, ao correr, o tempo que o ser humano fica no ar entre uma passada e outra faz com que a velocidade diminua. Além disso, as passadas dadas não têm a força necessária para impulsionar o corpo para aumentar a rapidez.
QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
Operadores argumentativos
1. b) Espera-se que os estudantes infiram que provavelmente é para chamar a atenção do leitor para a informação que virá a seguir e também para destacar o feito de Usain Bolt, que conseguiu correr 43 km/h, algo inimaginável até então.
Para produzir sentidos, é necessário usar palavras que têm como função ligar partes do texto, sejam elas orações, períodos, parágrafos ou até blocos de parágrafos, estabelecendo a coesão e a coerência do texto.
1. Releia este trecho da transcrição do vídeo de divulgação científica que informa a velocidade máxima que o corpo humano pode alcançar.
E os humanos podem ir ainda mais rápido! [música suave ao fundo] A velocidade máxima que poderíamos alcançar pode se reduzir à rapidez com que os músculos do nosso corpo são capazes de se mover. Eles podem chegar a até 64 km/h.
Mas o motivo pelo qual não conseguimos fazer isso é que ficamos no ar por muito tempo. Nossos membros suportam apenas uma certa quantidade de força quando atingem o solo. É por isso que nos patins é possível ultrapassar um corredor. Deslizar permite mais tração.
a) Os músculos do corpo humano podem se mover na velocidade de 64 km/h. Apesar disso, por que não é possível alcançar essa velocidade?
b) Se não é possível alcançar essa velocidade, por que você acha que essa informação foi mencionada no vídeo?
REALIZAÇÃO
Questão de fala e escrita
1. e 2. Além de localizar informações no texto, é importante os estudantes realizarem inferências, ou seja, chegar a conclusões por meio do raciocínio. Um texto contém informações explícitas e implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações, ou seja, é mobilizar os próprios conhecimentos para interpretar os sentidos do que se lê. Retome com os estudantes outros recursos usados em textos de divulgação científica para tornar claras as informações que veicula, como a conceituação e a exemplificação. A comparação é também um importante recurso usado em textos do gênero.
2. No trecho, é feita uma comparação entre um corredor e um patinador.
2. a) O patinador não fica muito tempo no ar, pois as passadas são rápidas, o que faz com que tenha mais força para impulsionar o corpo, adquirindo, assim, mais velocidade.
a) O que faz com que o patinador ultrapasse o corredor?
b) Em sua opinião, essa comparação é procedente? Se houvesse uma competição entre esses dois esportistas, o esforço dos atletas para conseguir seus objetivos seria o mesmo? Justifique sua resposta.
3. No primeiro parágrafo do trecho, foi usada a preposição até.
a) Que ideia essa palavra atribui ao trecho? A ideia de limite.
b) A palavra até pode ser usada para atribuir outros sentidos, como neste exemplo: Até Usain Bolt não conseguiu alcançar tal velocidade! No caderno, transcreva a alternativa que expresssa esse sentido. Alternativa B
A. Explicação.
B. Inclusão.
C. Exclusão.
D. Comparação.
2. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que o exemplo é para comprovar a impossibilidade de o ser humano chegar a tal velocidade usando apenas os músculos; e que esse tipo de disputa seria improvável, pois a diferença no gasto de energia seria muito grande, e o corredor, certamente, seria derrotado.
PROPOSIÇÕES
Os articuladores textuais são responsáveis, como o nome indica, pela articulação entre as ideias do texto. Entre eles, os operadores argumentativos, em foco em Questão de fala e escrita , têm um papel muito importante. Eles designam os morfemas
da gramática, cuja função é indicar a força argumentativa dos enunciados, introduzindo variados tipos de argumentos que indicam conclusões. São considerados operadores argumentativos algumas categorias gramaticais invariáveis, como os advérbios e as conjunções.
3. a) Explique que a palavra até é uma preposição e pode adquirir diferentes sentidos. Peça aos estudantes para falar outras frases em que até tem o mesmo sentido de limitação de espaço.
3. b) Sugira que falem a mesma frase de outra maneira, para perceberem o sentido de até no contexto. Exemplo: “Inclusive Usain Bolt não conseguiu alcançar tal velocidade!”. Além disso, solicite que criem outros contextos em que a preposição até adquire diferentes sentidos. Exemplo: “Viajou até a fronteira” (ideia de limite de espaço).
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REALIZAÇÃO
Questão de fala e escrita
4. Se achar relevante, retome a diferença entre mas (ideia de contraste, oposição) e mais (ideia de adição).
5. Se achar oportuno, trabalhe com a turma a diferença entre estabelecer causa e explicação.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Análise de operadores argumentativos em notícias
Selecione alguns títulos de notícias que contenham operadores argumentativos.
Em duplas ou trios, os estudantes deverão analisar o papel do operador em um título. Para isso, oriente-os a escrever o título sem o operador e comparar a versão com o original. O objetivo é que os estudantes percebam de que forma o uso dessa categoria de palavras pode ser responsável por demonstrar implicitamente o ponto de vista do autor do texto.
Após a realização da atividade, reserve um momento para a troca de ideias sobre as conclusões dos estudantes e esclareça eventuais dúvidas.
PARA ACESSAR
TERRA, Ernani. Operadores argumentativos. Blogue do Ernani Terra. [S. l.], c2017-2022. Blogue. Disponível em: https://www. ernaniterra.com.br/operadoresargumentativos/. Acesso em: 28 jul. 2022.
A postagem, indicada para professores e estudantes, analisa o papel dos operadores argumentativos por meio de exemplos claros e objetivos.
4. Releia o segundo parágrafo que consta na atividade 1. Ele apresenta uma informação que se contrapõe à do parágrafo anterior, no mesmo trecho.
a) Que termo indica essa posição contrária?
A conjunção mas, que se encontra no início do segundo parágrafo.
b) Pode-se afirmar que esse termo está conectando os parágrafos do trecho apresentado na atividade 1? Explique.
A conjunção mas está ligando ideias entre os dois parágrafos, pois ela expressa uma oposição ao que está sendo apresentado no primeiro parágrafo.
5. Releia este período do trecho.
[...] Nossos membros suportam apenas uma certa quantidade de força quando atingem o solo. É por isso que nos patins é possível ultrapassar um corredor. [...]
• No caderno, transcreva a alternativa que indica o sentido atribuído pela conjunção em destaque. Alternativa B.
A. Introduz uma ideia de conclusão ao que foi apresentado anteriormente no trecho.
B. Introduz uma explicação ao que foi apresentado antes no trecho.
C. Apresenta um argumento contraditório ao anterior.
D. Estabelece uma comparação com o que foi apresentado antes no trecho.
Os elementos analisados nas atividades anteriores encadeiam e ajudam na construção de sentidos das orações, períodos e parágrafos. Essas palavras exercem a função de articuladores textuais e são chamadas operadores argumentativos
Operadores argumentativos são palavras ou expressões fundamentais à coesão textual, responsáveis por articular as partes do texto, conferindo-lhes os sentidos pretendidos. Essas palavras podem pertencer a diversas classes gramaticais: conjunções, preposições, advérbios, sendo as respectivas locuções as mais comuns.
Exemplos:
[...] Bom, eu mal consigo ficar de pé em esquis, quanto mais me mover com metade dessa velocidade!
No exemplo, os operadores argumentativos mal e quanto mais evidenciam a ideia de comparação com o feito realizado pelo instrutor de esqui que estabeleceu um recorde de 255 km/h, informação apresentada na transcrição do vídeo de divulgação científica que você leu neste capítulo.
Em 2016, os recordes de velocidade não foram quebrados apenas na pista de corrida, mas também nas de esqui na França. [...]
Nesse exemplo, o operador argumentativo apenas sugere que os recordes de velocidade ocorreram em outros lugares, não só na pista de corrida; e o operador mas também introduz uma ideia que confirma o conteúdo sugerido. O operador argumentativo apenas introduz um conteúdo pressuposto, isto é, que pode ser inferido, embora não esteja no enunciado.
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REALIZAÇÃO
Atividades
Os operadores argumentativos são fundamentais para possibilitar a coesão e a progressão textual, estabelecendo diferentes relações de sentidos. Veja alguns a seguir.
• De comparação: mais... que, menos... que, como, tão... quanto, como, tanto... quanto, tão... como, tal qual, da mesma forma, da mesma maneira. Exemplo: Se ela voasse tão rápido quanto sua capacidade, literalmente derreteria no ar.
• De consequência: tão... que, tal... que, tanto... que, tamanho... que, de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que. Exemplo: Félix voou tão alto que não teve outra alternativa a não ser pular do balão.
• De causa ou justificativa: porque, que, já que, pois. Exemplo: Já que nossos membros não suportam uma carga muito grande, jamais poderemos alcançar a velocidade de 64 km/h.
• De pressupostos: já, ainda, quase, apenas. Exemplo: Em 2016, auxiliado apenas pela gravidade, o cara estabeleceu um recorde de velocidade terrestre humana de cerca de 255 km/h.
ATIVIDADES
1. Porque algumas pessoas não tomam as precauções recomendadas pelos órgãos de saúde para evitar sua proliferação.
2. b) A maneira de escrever o slogan reforça a ideia de que todos os brasileiros devem engajar-se para combater o mosquito, diminuindo, assim, a chance de disseminação das doenças transmitidas por ele.
1. Leia o cartaz a seguir, que tem como objetivo o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite, entre outras doenças, a dengue.
• Mesmo sabendo que esse mosquito é transmissor de doenças como dengue, zika e chicungunha, por quais razões não se consegue acabar com sua proliferação?
2. No cartaz, as linguagens verbal e não verbal contribuem para a construção de sentidos.
a) Como o slogan foi formatado no cartaz?
A disposição das letras sugere o formato do mapa do Brasil.
b) Como essa maneira de escrever o slogan contribui para a construção de sentidos?
ROEHRIG, Julia. [Um mosquito não é mais forte que um país inteiro]. 2016. 1 cartaz digital. Disponível em: www.behance.net/ gallery/36700707/Cartaz-All-type. Acesso em: 18 jul. 2022.
3. No slogan, empregou-se um operador argumentativo.
a) Qual é esse operador e que ideia ele expressa?
O operador mais... que, que expressa uma ideia de comparação.
b) Como essa ideia contribui para que o objetivo do cartaz seja alcançado?
Ao comparar a força do mosquito à força de todo o país (isto é, de todas as pessoas do país que se unem contra esse mosquito), cria-se uma comparação entre as dimensões de um e de outro, deixando subentendido que, nessa disputa, o mais forte (o país unido) tem muito mais chance de vencer o mais fraco (o mosquito transmissor).
PROPOSIÇÕES
Após a realização das atividades iniciais, leia com a turma o conceito e a classificação dos operadores argumentativos e solicite outros exemplos para enriquecer a explicação. Solucione
eventuais dúvidas e, em seguida, conduza a realização das propostas de Atividades. Se considerar pertinente, essas atividades podem ser realizadas oralmente, com os estudantes acompanhando em seus respectivos livros.
1. Para a realização de atividades que levem os estudantes a novos desafios de identificação de articuladores discursivos a partir de um contexto significativo, eles deverão partir da interpretação de um anúncio de campanha de conscientização sobre a dengue. Também esse texto dialoga com a temática geral do módulo no que se refere a reflexão com base no TCT Saúde. Incentive os estudantes a relatar vivências em relação ao assunto trabalhado no cartaz.
2. Além de analisar o slogan, peça que interpretem a relação entre o verbal e o não verbal. Certifique-se de que os estudantes percebem que a frase em que o texto se baseia forma o desenho do mapa do Brasil, ou seja, representa o país a que o slogan faz referência.
3. Solicite que os estudantes falem outras frases com intenção comparativa em que são usadas outras expressões para indicar essa relação semântica. Exemplos: como, tal qual, assim como, bem como, menos que, pior que etc. Se considerar oportuno, peça que reescrevam o slogan trocando a expressão comparativa e analisem eventuais alterações no sentido.
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PROPOSIÇÕES
A preparação de apresentações multimídias, como a proposta de Produção multimodal, requer conhecimento do tema e dos recursos tecnológicos a serem utilizados para a construção dos objetos que acompanham a explanação oral. Esta atividade promove o desenvolvimento de uma aprendizagem mais significativa para os estudantes, uma vez que eles podem atuar de maneira ativa ao se conectarem com os conteúdos aprendidos e estabelecerem uma relação positiva com os saberes.
O avanço tecnológico facilitou o percurso de compartilhamento de estudos e pesquisas de cientistas e de estudantes. Os recursos multimídias facilitam o cumprimento dessa tarefa, já que apoiam a fala, ilustrando fatos ou conceitos sobre os quais falamos e/ou agregando depoimentos de especialistas. Hoje, é comum o uso de softwares para a construção de objetos digitais com essa finalidade.
Nesse sentido, oriente os grupos na realização das etapas de trabalho, fornecendo o apoio necessário na pesquisa, na organização e na montagem das apresentações com as informações selecionadas.
Apresentação multimídia
Nesta seção, a proposta é que você e os colegas escolham uma modalidade esportiva e, com base em uma pesquisa sobre ela, elaborem uma apresentação multimídia que mostre como a ciência, a tecnologia e o esporte podem se unir para melhorar a capacidade física e mental dos atletas, bem como seu desempenho. A apresentação terá como público estudantes de anos anteriores e deve combinar texto, imagens, áudios e vídeos, entre outros recursos.
Planejando e realizando a pesquisa
1 Reunidos em grupo de cinco integrantes, escolham um esporte como tema para a apresentação multimídia, como, por exemplo, futebol, voleibol, natação, corrida, futsal, ciclismo, handebol, basquetebol, surfe, jiu-jítsu, skate
2 Previamente, o professor deve combinar com a turma o tempo médio de duração da apresentação multimídia de modo que os grupos elaborem o material sem ultrapassar o limite de tempo preestabelecido.
3 Depois de escolherem a modalidade esportiva, pesquisem informações sobre os aspectos a seguir.
• História do esporte: onde surgiu, em que consiste, principais regras, atletas mais conhecidos etc.
• Contribuições da ciência e da tecnologia: desenvolvimento de vestimentas e equipamentos dos atletas, dieta durante as competições, treinamentos etc.
4 Organizem-se para que cada integrante do grupo fique responsável pela pesquisa de um ou mais itens de um aspecto indicado anteriormente. Vocês podem realizar a pesquisa na internet, em materiais disponíveis na biblioteca da escola ou do bairro ou mesmo entrevistar um profissional da área esportiva para obter as informações necessárias.
Importante
Para selecionar as informações durante a pesquisa, vocês podem tomar notas, sublinhar as partes mais importantes, fazer esquemas e resumos.
5 Por se tratar de uma apresentação multimídia, além da pesquisa de materiais escritos vocês devem selecionar recursos audiovisuais, como imagens, fotografias, ilustrações, vídeos e áudios que possam despertar a curiosidade do público e auxiliar na exposição das informações pesquisadas.
• No caso das imagens, vocês podem digitalizá-las a partir de materiais impressos, fazer a pesquisa na internet e salvá-las em formato de arquivo adequado ou produzir fotografias com o auxílio do celular.
• No caso de vídeos, animações e gráficos, eles podem ser obtidos na internet, mas é necessário verificar se estão sujeitos a direitos autorais.
COMO pesquisar em fontes confiáveis e otimizar sua pesquisa?
Escola Digital Professor
Curitiba, [20--?]. Disponível em: https://professor.escoladigital. pr.gov.br/pesquisa_fontes_ confiaveis. Acesso em: 1 ago. 2022.
Recomendado para professor e estudantes, o texto contém orientações sobre como pesquisar em ambiente digital.
6 Avaliem o material pesquisado e selecionem as informações mais relevantes. Lembrem-se de verificar a veracidade dessas informações. Para isso, vocês podem utilizar, na internet, sites de agências de checagem. Se ainda houver dúvida em relação a alguma informação, melhor não a utilizar.
REALIZAÇÃO
Escrever envolve tomar diversas decisões. Por exemplo, é preciso resolver o que dizer, a quem dizer e como dizer. Assim, a etapa dedicada ao planejamento é fundamental no processo de produção. Em Planejando e realizando a pesquisa, primeiramente, discuta a delimitação do tema. Definidas as temáticas de cada grupo, converse sobre a curadoria de informações.
Para que os estudantes sejam capazes de mobilizar estratégias e ferramentas de curadoria, chame a atenção para a busca e a seleção de fontes confiáveis, assim como para a utilização de recursos de apoio à compreensão, como tomar notas e produzir esquemas. Incentive também a busca de fontes de pesquisa diversas, e não somente a internet. Se possível, peça à pessoa responsável pela biblioteca escolar para conversar um pouco sobre isso com a turma.
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PARA ACESSAR
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Organizando os materiais para a apresentação multimídia
1 Elaborem um esquema para organizar todo o material selecionado para a apresentação, estabelecendo relações entre os dados e verificando a melhor ordem para apresentá-los.
2 No caderno ou no computador, indiquem qual será a informação a ser apresentada e quais outros recursos audiovisuais serão combinados a ela.
3 Nesta etapa, lembrem-se de organizar os materiais atentando-se ao tempo combinado para a apresentação multimídia.
Produzindo a apresentação multimídia
1 Escolham um software que permita inserir ilustrações, fotografias, vídeos e áudios e explorem os recursos oferecidos. Uma sugestão é usar softwares de apresentação gratuitos, disponíveis na internet.
2 Consultem o esquema elaborado anteriormente para conferir a ordem em que as informações serão apresentadas e a melhor forma de encadeá-las em cada tela da apresentação. Organizem essas informações hierarquizando-as, começando pelas mais importantes e curiosas, por exemplo.
3 Para o texto escrito, escolham uma fonte de fácil leitura e, se necessário, utilizem recursos como destaque em negrito ou cores diferentes para destacar as informações. Componham o texto em tópicos ou usem apenas palavras-chave para orientar a explicação que será feita oralmente.
4 Insiram também os outros recursos da apresentação, como imagens, áudios e vídeos, verificando se estão com boa qualidade ou se precisam de alguma edição.
5 Revisem a apresentação multimídia elaborada e façam testes de todos os elementos que a compõem. Assistam à apresentação como se fossem os espectadores e avaliem se a combinação dos recursos está adequada, legível e compreensível.
6 Finalizada a apresentação multimídia, elaborem um texto curto que servirá de roteiro de fala para introduzir a apresentação ao público. Ou seja, antes de exibir o material que produziram, expliquem brevemente aos espectadores o tema da apresentação.
7 Ensaiem essa fala procurando memorizar as informações e considerando também o ritmo, o volume da voz, a entonação, os gestos e as expressões faciais. Utilizem uma linguagem adequada ao contexto, garantindo a seriedade da apresentação.
Divulgando a apresentação multimídia
1 Na data combinada com o professor e com as outras turmas, apresentem-se para os estudantes dos anos anteriores, comuniquem o assunto que será abordado e, em seguida, reproduzam a apresentação multimídia.
2 Orientem os colegas da plateia a tomar nota das considerações e dúvidas e, ao final da reprodução da apresentação multimídia, reservem um momento para esclarecer os questionamentos. Se possível, façam fotografias e vídeos desse momento.
3 As apresentações multimídia elaboradas pelos grupos poderão ser compartilhadas no blogue da turma ou no site da escola para que mais pessoas tenham acesso às informações pesquisadas.
Em Organizando os materiais para a apresentação multimídia, oriente os grupos a criar um roteiro, organizando o material pesquisado e estabelecendo um planejamento inicial da sequência da apresentação multimídia.
Em Produzindo a apresentação multimídia, sugira aos estudantes que utilizem um software de apresentação de slides no laboratório da escola. Caso a escola não tenha laboratório, oriente o grupo a se reunir na
casa de um colega que disponha de computador com software de slides e internet, ou buscar locais públicos em que possam acessar o software e a internet. Oriente-os também a experimentar diferentes modelos de slides, inserir textos, imagens, vídeos e áudios e, ainda, testar o uso de vários efeitos para a mudança de páginas. Oriente os estudantes a observar as orientações do software quanto ao tempo de duração da passagem das telas, para que
o público possa acompanhar a fala. Se elas passarem muito rápido, o espectador vai prestar atenção apenas nas imagens, desviando-se da explicação oral.
Quando os estudantes se sentirem familiarizados com os recursos do programa, peça que montem a apresentação, seguindo o roteiro previamente elaborado. Por último, oriente-os a convidar um colega da turma para assistir a uma prévia da apresentação com o objetivo de apontar aspectos a serem melhorados.
Em Divulgando a apresentação multimídia, combine com os grupos a ordem e as regras da apresentação.
Após as apresentações, reúna a turma para que a atividade seja avaliada. Esse momento de avaliação deve acontecer para que os estudantes possam refletir sobre a própria atuação e participação. Incentive-os a relatar os desafios que foram enfrentados. Peça que façam comentários a partir de perguntas como: O que contribuiu para que a apresentação fosse bem-sucedida? O que a prejudicou? Que procedimentos devem ser adotados para que os problemas levantados não ocorram mais? Os elementos do grupo e a turma em geral adotaram uma atitude respeitosa e contribuíram para a apresentação? Quais foram os pontos fortes e os pontos fracos na percepção de quem assistiu à apresentação do trabalho?
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Habilidades de encerramento
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• EF69LP14
• EF69LP15
• EF89LP27
• EF89EF05
• EF89EF08
PROPOSIÇÕES
As imagens e o texto de Linguagens em conexão mostram quatro atletas profissionais que são conhecidos mundialmente por seus rendimentos e medalhas: a tenista Naomi Osaka, a ginasta Simone Biles, o nadador Michael Phelps e o surfista Gabriel Medina. Em reportagens sobre esses atletas, é comum vê-los definidos como os “melhores” em suas modalidades, o que já indica a pressão que sofrem por meio da mídia, além da pressão pela garantia do melhor rendimento exercida por seus treinadores, técnicos, patrocinadores e, muitas vezes, pelas próprias famílias. Essa pressão pela busca constante de recordes e medalhas acaba gerando uma autocobrança nos atletas, culminando, em muitos casos, no sofrimento psíquico. Comente com os estudantes que a declaração de Simone Biles durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021, foi divulgada no mundo todo e gerou polêmica, pois abriu os olhos de muitas pessoas para os bastidores da vida dos atletas de alto rendimento e revelou o que está por trás da conquista de medalhas olímpicas. Ressalte a eles que, além de ser importante que os próprios atletas cuidem da saúde mental, é essencial que os sistemas das competições esportivas sejam repensados por todos os profissionais envolvidos, inclusive pela mídia. É preciso garantir ambientes saudáveis para que essas pessoas exerçam suas profissões.
Saúde mental nos esportes
Neste módulo, você refletiu sobre a importância da prática de atividades físicas e sobre a relação entre esporte e ciência por meio da leitura de artigo e de vídeo de divulgação científica e de um infográfico. Nesta seção, você vai aprofundar seus conhecimentos a respeito de outro tema relacionado ao esporte: a importância da saúde mental para uma prática esportiva saudável, especialmente entre atletas profissionais.
Em 2021, a tenista Naomi Osaka, conhecida como uma das melhores tenistas do mundo, desistiu de disputar dois torneios e alegou precisar de um tempo para tratar uma depressão.
A tenista japonesa Naomi Osaka (1997-) durante partida contra a suíça Viktorija Golubic (1992-) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
REALIZAÇÃO
1. Verifique se os estudantes percebem que os atletas citados são profissionais de alto rendimento e que são famosos por suas atuações nos esportes. Comente que eles tiveram papel social muito importante ao declararem publicamente que se afastariam de competições para cuidar da saúde mental, afirmando, assim, a urgência de mudanças no funcionamento das
Também em 2021, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, a ginasta Simone Biles, conhecida mundialmente como uma das maiores ginastas de todos os tempos, desistiu de competir na final individual alegando precisar cuidar de sua saúde mental. A declaração da ginasta foi notícia no mundo todo, e outros atletas de alto rendimento, como o nadador Michael Phelps – maior medalhista em Jogos Olímpicos –, posicionaram-se apoiando a escolha dela e contando que também já sofreram com problemas de saúde mental.
competições e na cultura de competição que elas incentivam.
2. Reforce aos estudantes que, apesar de ser um problema comum, o sofrimento mental entre atletas não pode ser naturalizado e aceito; pelo contrário, deve ser combatido. Verifique se eles percebem a pressão que acompanha a rotina desses atletas, que convivem diariamente com cobranças da sociedade, dos treinadores
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A ginasta estadunidense Simone Biles (1997-) durante a competição da final da trave de equilíbrio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
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Em 2022, o surfista brasileiro Gabriel Medina também anunciou que ficaria um tempo sem participar de novas competições para cuidar de sua saúde mental, contando que estava sofrendo de um esgotamento.
O surfista brasileiro Gabriel Medina (1993-) durante competição de surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.
O
competição da final do estilo medley 4 x 100 m masculino, nos Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro, em 2016.
1. Após a leitura do texto e a observação das imagens, o que você percebe que esses atletas têm em comum? Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, por que é comum atletas profissionais sofrerem com problemas de saúde mental?
3. Por que é importante que todas as pessoas cuidem da própria saúde mental mesmo que não sejam atletas profissionais? Resposta pessoal.
4. O que você faz para cuidar de sua saúde mental? E o que acha que poderia fazer para melhorar esse cuidado? Respostas pessoais.
e dos patrocinadores para que sejam os “melhores” em suas categorias esportivas. Se desejar, comente que a ginasta Simone Biles, por exemplo, possui um desenho de uma cabra em seu collant para lembrar a ela e a todos de que ela é a “melhor de todos os tempos” ( greatest of all time, cuja abreviação é GOAT, que significa cabra, em inglês). Destaque que esse tipo de positividade excessiva, que não admite
Esses casos são exemplos, entre muitos outros, de atletas profissionais que sofrem com problemas de saúde mental devido à pressão que sofrem diante de uma rotina estressante de treinos e de preparos físicos para alcançar altos rendimentos, quebrar recordes e conquistar medalhas em competições. É importante que todos olhem com mais empatia para os atletas profissionais e que eles possam equilibrar os treinos e competições com os cuidados necessários para a manutenção da saúde mental, sem cobranças excessivas por um rendimento sobre-humano.
Saúde mental no esporte. Quando a autovobrança vira um desafio. 2022. Vídeo (25m12s). Canal LabJor FAAP. Disponível em: www.youtube. com/watch?v=cXLGLFBC-rI. Acesso em: 31 jul. 2022. O vídeo, produzido por estudantes de Jornalismo de uma universidade particular da cidade de São Paulo (SP), traz a entrevista com o psicólogo do esporte e ex-atleta Gilson Maia sobre a relação entre esporte e saúde mental.
aos estudantes que compartilhem suas respostas apenas se quiserem e se sentirem confortáveis. Incentive-os a refletir sobre a própria saúde mental e a pensar nos próprios hábitos de autocuidado. Destaque, por exemplo, que a prática de atividade física pode ser uma fonte de promoção de saúde mental e bem-estar. A alimentação saudável, a convivência social e o relacionamento com pessoas com base no respeito e na não violência também são aspectos importantes e que devem ser levados em consideração por todas as pessoas como forma de garantir a saúde mental. Ressalte também que, quando as pessoas têm mais dificuldades e acham que é necessário, é importante pedir ajuda a profissionais da saúde, como psicólogos e psiquiatras. Caso os estudantes demonstrem a necessidade ou a vontade de buscarem ajuda profissional, acolha-os e oriente-os para que possam encontrar esse apoio.
141
derrotas, é muito nocivo à saúde mental dos profissionais, pois só reforça a pressão e a cobrança.
3. É importante que eles compreendam que o cuidado com a saúde mental é importante a todas as pessoas. Comente que a manutenção da saúde mental possibilita que as pessoas tenham uma vida mais feliz e que possam realizar as atividades do dia a dia de maneira mais leve e saudável.
141 4. Peça
nadador estadunidense Michael Phelps (1985-) durante
PARA ASSISTIR petr
toMan/shutterstoCK.CoM
Resposta pessoal. D3-096-141-POR-F2-2102-V9-M3-LA-G24_AVU.indd 141 22/08/22 18:13
lIsI nIesner/reuters/Fotoarena
Competências do módulo
Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 10
Linguagens: 1, 2, 3, 6
Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 6, 7, 10
Arte: 1, 2, 6
Habilidades da abertura
• EF89LP01
• EF89LP02
• EF89LP27
• EF09LP02
Temas Contemporâneos Transversais
• Ciência e Tecnologia
• Vida familiar e social
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros artigo de opinião, notícia e reportagem, com textos que têm como tema a circulação de informações e a disseminação de fake news em mídias diversas, contemplando, assim, os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Ciência e Tecnologia e Vida familiar e social. O eixo de análise linguística/semiótica trata da função do pronome relativo, da oração subordinada adjetiva, da pontuação relativa aos períodos compostos de orações subordinativas adjetivas e da identificação e análise do uso de expressões idiomáticas. No eixo de oralidade, são trabalhadas questões relativas à checagem de fatos e produção de mensagem de áudio. No eixo de produção textual, propõe-se a escrita de artigo de opinião.
OBJETIVOS
• Explorar os gêneros artigo de opinião, notícia e reportagem, reconhecendo a função e a circulação social de textos desses gêneros.
• Analisar notícias, identificando os diferentes enfoques dados aos fatos relatados.
• Identificar a estrutura e função da oração subordinada adjetiva, reconhecendo as relações de sentido que estabelecem nos períodos.
• Identificar e analisar expressões idiomáticas.
MÍDIAS, VOZES E RUÍDOS 4
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• Compreender a função do pronome relativo e a pontuação usada em orações adjetivas, relacionando-a aos efeitos de sentido que constroem.
• Conhecer e analisar recursos para checagem de fatos.
• Produzir mensagem de áudio, utilizando adequadamente os recursos multimodais que caracterizam o gênero.
• Produzir artigo de opinião.
PROPOSIÇÕES
A imagem desta abertura mostra uma multidão de pessoas utilizando smartphones para registrar algum acontecimento com vídeos ou fotos. Verifique o que a imagem sugere à turma e comente alguns aspectos relevantes para uma reflexão inicial sobre as mídias, a produção de conteúdo e o compartilhamento delas, considerando, por exemplo:
142 BNCC
MÓDULO
Charles Platiau/reuters/Fotoarena
Multidão utilizando smartphones para registrar um desfile organizado por um grupo francês de cosméticos na avenida Champs-Élysées, em Paris, França. Fotografia de 2017.
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26/08/22
12:36
• Atualmente, a maioria das pessoas possui um smartphone e, com isso, têm a possibilidade de produzir conteúdo e compartilhá-lo nas redes.
• O consumo de conteúdo via internet tem se tornado cada vez mais veloz. O compartilhamento de vídeos curtos se amplia, assim como o compartilhamento de notícias mais curtas e resumidas.
• Por conta da enorme quantidade de informações disponíveis na internet, os conteúdos se
FIQUE POR DENTRO
• Artigo de opinião
• Notícias com diferentes enfoques
• Oração subordinada adjetiva
• Expressões idiomáticas
• Reportagem
• Checagem de fatos e mensagem de áudio
• Pronome relativo
• Pontuação da oração subordinada adjetiva
• Produção escrita: artigo de opinião
• A juventude e o audiovisual
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. O que a fotografia mostra? Como você interpreta essa imagem?
Instigue-os a compreender como atuam nas redes sociais e como poderiam se tornar mais críticos em relação à produção e ao consumo de conteúdo.
REALIZAÇÃO
1. A atividade visa promover a leitura e a interpretação da imagem de maneira individual, antes de uma discussão coletiva. Instigue-os a perceber que a maioria das pessoas que aparece na imagem está fazendo registros com um smartphone
2. Verifique se os estudantes identificam que, na maioria das vezes, as pessoas que registram acontecimentos a todo o momento não visam apenas à criação de imagens ou de um registro, mas, principalmente, à produção de conteúdo e ao compartilhamento nas redes sociais.
2. Em sua opinião, por que muitas pessoas registram acontecimentos por meio de fotografias ou vídeos diariamente?
Respostas pessoais. Resposta pessoal.
3. Que tipo de conteúdo você costuma consumir na internet?
4. Você costuma avaliar se o conteúdo que encontra na internet é confiável ou não? Em caso positivo, que estratégias utiliza para fazer isso?
Resposta pessoal. Respostas pessoais.
tornam cada vez mais apelativos para atrair a atenção das pessoas.
• Há, cada vez mais, a disseminação de manchetes chamadas de “caça-cliques” (clickbait, em inglês), isto é, manchetes sensacionalistas e até mesmo falsas que visam deixar o leitor curioso e, com isso, atrair cliques, acessos e compartilhamentos.
3. Deixe-os livres para responder, mas instigue-os a considerar todo tipo de conteúdo com que costumam ter contato pela internet no dia a dia, inclusive aqueles produzidos por colegas ou familiares e compartilhados em redes sociais ou aplicativos de troca de mensagens.
4. Verifique conhecimentos prévios dos estudantes sobre compartilhamento e consumo de fake news e de outros conteúdos não confiáveis. Proponha que pensem em uma situação hipotética, por exemplo: “Se vocês receberem uma notícia chocante por meio de um aplicativo de troca de mensagens, como fariam para saber se ela é verdadeira ou falsa?”. Instigue os estudantes a se posicionarem de modo crítico.
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IMAGEM EM FOCO
Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP11
• EF69LP13
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP01
• EF69LP16
• EF69LP17
• EF89LP01
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP05
• EF89LP06
• EF89LP14
• EF89LP16
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP03
• EF69LP17
• EF89LP06
• EF89LP27
• EF09LP02
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP02
• EF69LP03
• EF69LP04
• EF69LP05
• EF69LP13
• EF69LP16
• EF69LP56
• EF89LP32
• EF09LP04
• EF09LP09
• EF09LP10
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP03
• EF69LP05
• EF69LP56
• EF89LP06
• EF09LP04
PROPOSIÇÕES
O gênero artigo de opinião tem como intenção comunicativa expressar e defender a opinião do autor sobre determinado assunto. Assim, textos desse gênero são argumentativos, pois a finalidade principal é persuadir o leitor com base no ponto de vista defendido. Os artigos de opinião – assim como as notícias e reportagens que serão trabalhadas neste módulo – são publicados em jornais, periódicos e revistas (impressos ou virtuais), sites e blogues, entre outros suportes da mídia impressa e digital. A discussão temática favorece uma reflexão sobre os impactos que as tecnologias de informação e comunicação provocam na difusão de informações, assim como as transformações que provocam nas dinâmicas sociais.
Nos últimos tempos, a desinformação e as fake news (“notícias falsas”, em português) tornaram-se assuntos comuns entre os brasileiros.
Embora não represente a realidade, esse tipo de mensagem é compartilhado como se fosse conteúdo verídico, principalmente por meio de redes sociais, sites, blogues e aplicativos de troca de mensagens no celular, meios aos quais qualquer pessoa tem acesso e que, em teoria, podem ser usados para se publicar o que quiser.
A seguir, você vai ler um artigo de opinião em que a autor comenta a disseminação de fake news, expõe seu posicionamento e propõe uma solução para o problema. Leia o título do texto e levante hipóteses: Qual será o ponto de vista do articulista sobre a disseminação de notícias falsas? Que argumentos ele pode apresentar para fundamentar sua opinião? Compartilhe suas hipóteses com os colegas e ouça as deles com atenção, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
Antes de iniciar a leitura, ouça as orientações do professor. Em seguida, leia o artigo de opinião e saiba como o autor se posiciona diante do tema.
Fake news: as mentiras que viram notícias Será que todos os que se manifestam sobre qualquer assunto estão devidamente preparados para utilizar devidamente os modernos canais de comunicação?
Por Danillo Saes 29/09/2018
A realidade do mundo de hoje é ligada à velocidade, digitalização e, consequentemente, exposição em redes. Com a inserção da tecnologia no dia a dia das pessoas, é possível presenciar diversas mudanças, como o fato de um indivíduo com um perfil em uma plataforma social ser propagador de informações e não mais apenas receptor. Este cenário de disseminação de ideias – boas ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de vista que o seu ou não – faz parte de um mundo moderno e democrático. Neste contexto, a tecnologia tem sido utilizada como ferramenta de propagação destes posicionamentos. Ao ter o poder do clique em mãos, as pessoas passam a ser mais ativas diante das informações que recebem. Os meios de comunicação mudaram as formas de divulgar suas notícias diante deste comportamento que os indivíduos passaram a adquirir com o passar do tempo. Há alguns anos, pesquisadores divulgaram artigos sobre a influência da “segunda tela”: o notebook ou o smartphone começavam
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Investigue o nível de conhecimento dos estudantes sobre o tema e pergunte a opinião deles sobre fake news espalhadas pelas redes sociais, solicitando que justifiquem seus pontos de vista. Anote as considerações feitas, pois elas poderão ser reavaliadas após a leitura para verificar se houve mudança de opinião. Em seguida, solicite a leitura silenciosa do artigo.
Para facilitar a localização de informações, considere a possibilidade de solicitar aos estudantes que numerem os parágrafos.
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BNCC
ARTIGO DE OPINIÃO CAPÍTULO1
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TEXTO
a se infiltrar como coadjuvantes da tela da televisão. Telespectadores comentavam suas novelas, criticavam o técnico do seu time de futebol e faziam outros tipos de comentários. Hoje, os dispositivos móveis não são mais uma segunda tela, mas uma extensão real – e, muitas vezes, protagonista – para receber, digerir e disseminar as informações recebidas.
De meros mortais que até então era como éramos tratados pela grande mídia, como depósitos de informações – certas ou erradas, boas ou ruins, favoráveis ou contrárias –, passamos a ser também protagonistas através do “poder” que a tela de um dispositivo móvel nos dá. É incrível e, ao mesmo tempo, muito preocupante. Será que todos os que se manifestam sobre qualquer tipo de assunto estão devidamente preparados para isso? Será que têm bagagem suficiente para criticar? Os ditos “influenciadores” realmente têm o espírito crítico necessário unido à sua responsabilidade de “influenciar” ao publicar seus posicionamentos? São provocações, indagações, não afirmações.
Quando nos deparamos com as famosas fake news, por sermos ativos através das plataformas sociais, assumimos uma parcela (grande) de responsabilidade ao disseminá-las. Ao receber aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que afirmam ser de uma determinada figura pública, e com nosso “dedinho ansioso” compartilhamos o conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de reportagem” que até então eram coisa apenas de jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
As pessoas que criam as fake news não estão isentas de responsabilidades – pelo contrário. O que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu senso crítico diante da informação que se consome e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-las, contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de pensamento e queima de fosfato.
A diferença entre as fake news serem desmascaradas ou se transformarem em “verdade” está no pequeno intervalo de tempo entre o momento em que as consumimos e o momento em que clicamos em “encaminhar”.
SAES, Danillo. Fake news: as mentiras que viram notícias. Gazeta do Povo, [Curitiba], 29 set. 2018. Disponível em: www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/fake-news-as-mentiras-que-viramnoticias-8e0d7206j8rmakza7oy9fpivz/. Acesso em: 4 jul. 2022.
VOCABULÁRIO
Inserção: introdução, inclusão.
Disseminação: espalhamento, difusão.
Infiltrar-se: introduzir-se.
Coadjuvantes: personagens secundárias.
Meros: banais, comuns, simples.
Aval: apoio, aprovação.
Isentas: dispensadas, desobrigadas.
QUEM É O AUTOR
Danillo Xavier Saes é professor e consultor na área de Gestão e Tecnologia e cofundador de uma empresa que se dedica à formação de profissionais na área de Tecnologia da Informação (TI).
os estudantes tenham em mente que os argumentos se constroem com base em fatos, noções normalmente admitidas como verdadeiras (o senso comum), opiniões de especialistas, uso de dados, experiências e exemplos da realidade, ou seja, para argumentar é preciso estar fundamentado. Procure deixar esse ponto muito claro, como forma de preparar os estudantes não somente para a compreensão e análise do texto; no final do módulo, eles serão orientados a escrever um artigo de opinião, por isso é essencial que sejam levados a observar características do gênero e recursos usados pelo autor para apresentar e estruturar o artigo.
REALIZAÇÃO
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Inicie o trabalho levantando hipóteses sobre o texto a ser lido a partir das perguntas sugeridas no Livro do Estudante. Se necessário, explique que o termo articulista se refere aos que escrevem artigos em veículos jornalísticos. Leia em voz alta o título e o subtítulo do artigo; mostre aos estudantes a referência ao assunto do texto e a delimitação dele criada na linha fina.
Verifique se os estudantes percebem que a escolha das palavras do título já revela, de modo implícito, a opinião do autor, pois, ao qualificar fake news como “mentiras”, ele automaticamente já as desqualifica. Pergunte como seria um título neutro, que não deixasse claro o posicionamento do autor. Exemplo: “A disseminação de fake news pela internet”. É importante que, ao levantar hipóteses sobre a argumentação utilizada pelo autor,
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[…]
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PROPOSIÇÕES
O objetivo de Conversando sobre o texto e Explorando o texto é favorecer o desenvolvimento da compreensão leitora e do contexto de produção e circulação do gênero textual: a finalidade comunicativa, o veículo e os interlocutores preferenciais do texto etc. Além disso, destacam-se os recursos linguísticos e estruturais relevantes na composição do gênero. Verifique a possibilidade de realizar algumas atividades de forma coletiva, principalmente as opinativas.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Espera-se que os estudantes se posicionem de acordo com o que compreenderam do artigo de opinião. Retome a conversa sobre as expectativas anteriores à leitura. Incentive-os a falar livremente o que pensam desse assunto.
2. Espera-se que os estudantes infiram que eles têm o poder de disseminar ou não fake news. Por isso, é preciso que chequem, antes de compartilhar, a veracidade das informações.
3. Espera-se que os estudantes infiram que o que torna as fake news objeto de discussão não é só o número de vezes que elas são compartilhadas on-line , mas também o fato de serem prejudiciais a muitas pessoas e à sociedade, portanto, a responsabilidade é também das milhares de pessoas que contribuem para a sua disseminação, por isso é preciso falar do assunto.
5. b) O protagonismo preocupa o autor porque nem todas as pessoas estão preparadas para se manifestarem sobre determinados assuntos, por não terem conhecimento suficiente para emitir opiniões a respeito deles.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. A opinião do articulista sobre a disseminação de fake news lhe causou surpresa? Justifique sua opinião. Resposta pessoal.
2. Você concorda que a manifestação de opiniões sem embasamento nas redes sociais é preocupante? O que você pode fazer para tentar amenizar essa prática?
3. Em sua opinião, a propagação de fake news merece ser discutida? Justifique. Respostas pessoais. Resposta pessoal.
1. a) Porque, com a constante evolução tecnológica de aparelhos móveis e de aplicativos de redes sociais, qualquer pessoa pode propagar informações boas ou ruins, verdadeiras ou falsas. Porém, a quantidade de informações falsas compartilhadas tomou uma enorme dimensão, o que faz com que o tema seja cada vez mais discutido pela sociedade.
TEXTO EXPLORANDO O
1. b) As pessoas passaram a ser mais ativas ao receber informações; passou a existir maior troca e disseminação de ideias e opiniões; cresceu o protagonismo das pessoas; a comunicação se tornou mais democrática.
TEXTO E CONTEXTO
1. O artigo de opinião tem as fake news como tema.
a) Por que esse assunto vem recebendo tanto destaque na atualidade?
b) De acordo com o texto, que benefícios o surgimento das novas tecnologias trouxe às pessoas?
2. Sim, pois, ao usar a palavra mentiras como sinônimo de fake news, o título antecipa o
posicionamento contrário do articulista às notícias falsas, que ele não considera que sejam notícias de fato.
2. O título "Fake news: as mentiras que viram notícias" permite que o leitor antecipe o posicionamento do articulista? Explique.
3. a) As pessoas passaram a ser protagonistas manifestando suas posições, ideias e críticas.
3. Ao explicar as mudanças trazidas pelos dispositivos móveis, o autor apresenta uma relação de causa e efeito no poder que dão ao indivíduo.
a) De acordo com o autor, o que esse poder causou?
b) Qual é o efeito desse fato?
O efeito é o aumento das fake news em consequência da maior disseminação de informações sem a devida apuração dos fatos.
4. Esse artigo de opinião pretende dialogar com que tipo de leitor?
Com os leitores em geral, especialmente aqueles que leem o site do jornal Gazeta do Povo, no qual o artigo foi publicado.
5. A partir do terceiro parágrafo, o autor questiona o protagonismo e o poder que a tela móvel dá às pessoas.
5. a) “É incrível e, ao mesmo tempo, muito preocupante.”
a) No caderno, transcreva a frase que expressa esse questionamento.
b) Por que o protagonismo é preocupante para o autor?
c) Você concorda com a preocupação do autor? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.
6. No final do terceiro parágrafo, o articulista faz algumas perguntas.
a) Ao fazer essas perguntas, o autor do texto espera obter alguma resposta do leitor?
b) Por que essas perguntas são importantes para o desenvolvimento do texto?
c) Essas perguntas podem ser consideradas um recurso para persuadir o leitor a aderir ao ponto de vista do articulista?
6. b) Porque, com base nelas, o articulista explica o motivo de as pessoas serem responsáveis pela disseminação de fake news e a necessidade de que elas investiguem e analisem as informações antes de compartilhá-las. Espera-se que os estudantes concluam que sim, pois as perguntas, além de levarem o leitor a refletir sobre elas, chamam a atenção para o ponto de vista defendido pelo articulista.
6. a) Espera-se que os estudantes infiram que não. O autor do texto já sabe as respostas a essas perguntas e as utiliza como um recurso retórico, para provocar a reflexão dos leitores.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. a) Peça aos estudantes que reflitam sobre o recorrente debate acerca das fake news e compartilhem os aspectos que lhes chamam mais a atenção.
1. b) Se necessário, retome o texto com os estudantes para que eles localizem os benefícios elencados no artigo.
2. Chame a atenção dos estudantes para essa característica de antecipação apresentada no título, que também funciona como atrativo para a leitura do texto. Lembre-os de que escreverão um artigo de opinião, portanto deverão levar em consideração essa forma de composição do título em suas próprias produções.
3. Os estudantes também podem alegar que, apesar do perigo da falta de percepção de
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7. a) Espera-se que os estudantes infiram que um jornalismo sério e de credibilidade é feito com base em pesquisas, fontes e dados, além da investigação do jornalista encarregado do texto jornalístico; a divulgação de fake news descredencia e desvaloriza esse trabalho, gerando dúvidas no leitor a respeito da credibilidade dos fatos publicados.
7. O combate às fake news tem mobilizado empresas jornalísticas a criar sites de checagem de notícias e a divulgar campanhas de conscientização sobre o tema.
a) Em sua opinião, por que a divulgação de fake news é um fato que gera preocupação para o jornalismo em geral?
8. b) Elas suavizam a crítica feita, evitando, assim, constranger ou ofender as pessoas que agem dessa forma.
b) Considerando que o jornalismo sobrevive de anúncios, que outro interesse as empresas jornalísticas podem ter ao se engajarem no combate às fake news?
8. Releia o trecho a seguir, em que o articulista menciona o que as pessoas fazem ao receber uma notícia.
8. a) Espera-se que os estudantes infiram que o articulista faz uma crítica às pessoas, pois ressalta que agem sem pensar e repassam qualquer coisa.
[...] Ao receber aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que afirmam ser de uma determinada figura pública, e com nosso “dedinho ansioso” compartilhamos o conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de reportagem” que até então eram coisa apenas de jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
a) No trecho, o articulista critica ou enaltece as ações das pessoas?
b) O articulista utiliza expressões conotativas para nomear as ações realizadas pelas pessoas. Que efeito de sentido o uso dessas expressões produz no texto?
c) Em sua opinião, essa forma de se posicionar, mantendo uma atitude respeitosa, é adequada? Espera-se que os estudantes respondam que sim.
O artigo de opinião é um gênero da esfera jornalística cuja característica principal é a expressão das opiniões de seus autores. O articulista costuma ser uma pessoa reconhecida pela competência profissional e especialização no assunto. Ao fundamentar seu ponto de vista, procura contribuir com a discussão de um tema e tenta fazer o leitor aderir às suas ideias.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
7. b) Espera-se que os estudantes infiram que empresas jornalísticas cujas publicações têm credibilidade têm mais possibilidades de atrair anunciantes, o que explica o engajamento no combate às fake news por meio da criação de sites de checagem e campanhas de conscientização, evidenciando a preocupação com o assunto.
1. O artigo de opinião organiza-se em uma sequência argumentativa. No caderno, copie e preencha o quadro a seguir, indicando a qual(is) parágrafo(s) cada parte da argumentação corresponde.
Sequência argumentativa Parágrafo(s)
Situação-problema: contextualização do tema. 1o parágrafo
Tese: apresentação do ponto de vista que será defendido. 2o parágrafo
Discussão: desenvolvimento da opinião a respeito da questão abordada.
Conclusão: desfecho para a questão discutida. 6o parágrafo
3o, 4 o e 5o parágrafos
em determinados assuntos, as pessoas, graças ao poder que as redes sociais lhes dão, podem manifestar ideias e posições.
6. a) Retome o conceito de pergunta retórica, estratégia argumentativa que não pretende obter uma resposta, mas afirmar ou insinuar uma ideia ou informação, além de provocar reflexões.
6. b) e 6. c) O articulista usa as perguntas a fim de apresentar seu posicionamento, ainda que afirme, logo em seguida, que são “provocações, indagações, não afirmações”. Dessa forma, o autor expõe seu ponto de vista e estabelece um diálogo com o leitor, aproximando-se dele.
No artigo de opinião, as informações são organizadas em uma sequência argumentativa
Na discussão (ou desenvolvimento) do tema, o articulista defende seu ponto de vista por meio de argumentos e contra-argumentos que validam o posicionamento defendido.
7. e 8. Incentive os estudantes a relatarem suas vivências relativas à checagem dos dados compartilhados em redes sociais. Comente que o respeito e a ética devem estar presentes em qualquer posicionamento, comentário e exposição de opinião. Aproveite para reforçar a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio, que é a manifestação de opiniões que ferem os direitos humanos e incitam discriminação e preconceito, levando a conflitos e à violência verbal.
que a informação recebida e repassada pode não ser verdadeira, os dispositivos móveis tornaram a comunicação mais interativa, o que pode ser considerado uma vantagem. Ressalte, no entanto, que é preciso ter um olhar crítico em relação ao conteúdo que circula nas redes.
4. No momento da correção, certifique-se de que a identificação do interlocutor
preferencial de um texto está relacionada à circulação social dele. Destaque que o tema em foco, por exemplo, é de interesse de toda a sociedade.
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5. Alguns podem concordar com o autor e dizer que é preocupante qualquer pessoa manifestar opiniões sobre variados assuntos. Outros talvez discordem dele, uma vez que, mesmo não sendo especialistas
REALIZAÇÃO Composição e linguagem
1. Sugere-se reproduzir o quadro na lousa e retomar o texto coletivamente para que os estudantes apontem os parágrafos de modo colaborativo.
147
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REALIZAÇÃO
2. Explique que, nos artigos de opinião, é comum que a tese argumentativa já seja indicada no título e, depois, sustentada ao longo do texto.
3. Acrescente que a referência a estudos e a especialistas é um argumento de autoridade.
4. Comente que, no terceiro parágrafo, o autor faz uma série de perguntas com base no senso comum. Isso não significa que essa linha argumentativa não tenha valor, mas deve ser relativizada. Por isso ele evita se comprometer, dizendo que são “provocações, indagações, não afirmações”. Provavelmente, ele tem consciência de que a argumentação seria mais sólida se fosse feita com base em dados (a quantidade de notícias falsas divulgadas em determinado período, por exemplo) e exemplos da realidade (como o relato de consequências da divulgação de fake news). No entanto, para o propósito do texto, que é defender uma ideia sobre a disseminação irresponsável de notícias falsas, o argumento com base no senso comum é válido.
3. a) Nos resultados das pesquisas citadas.
3. b) A menção a artigos científicos aumenta a credibilidade da posição defendida pelo autor e reforça que sua opinião é baseada em pesquisas e, portanto, válida.
PARA LER
Esquadrão curioso: caçadores de fake news, de Marcelo Duarte. São Paulo: Panda Books, 2018.
2. Releia os trechos a seguir, extraídos do segundo parágrafo do texto. No caderno, transcreva a alternativa que identifica a tese defendida pelo articulista. Alternativa D
A.
[...] Neste contexto, a tecnologia tem sido utilizada como ferramenta de propagação destes posicionamentos. [...]
B.
[...] Os meios de comunicação mudaram as formas de divulgar suas notícias diante deste comportamento que os indivíduos passaram a adquirir com o passar do tempo. [...]
C.
Esse livro conta a história de um grupo de amigos que se engaja no combate às notícias falsas postadas nas redes sociais, ao mesmo tempo em que ensina os leitores a checar a veracidade das informações publicadas na internet.
D
[...] Há alguns anos, pesquisadores divulgaram artigos sobre a influência da “segunda tela”: o notebook ou o smartphone começavam a se infiltrar como coadjuvantes da tela da televisão. [...]
[...] Hoje, os dispositivos móveis não são mais uma segunda tela, mas uma extensão real – e, muitas vezes, protagonista – para receber, digerir e disseminar as informações recebidas.
3. No segundo parágrafo do texto, o articulista cita artigos científicos que tratam da influência da segunda tela.
a) Em que se baseia a argumentação nesse trecho?
b) Que efeito de sentido a menção a esses artigos científicos produz no artigo? Que ideia é reforçada com esse tipo de argumentação?
4. Releia o início do terceiro parágrafo do texto.
Senso comum é o conjunto de ideias, crenças e conhecimentos partilhado por um grupo ou comunidade e considerado válido, prudente ou natural.
De meros mortais que até então era como éramos tratados pela grande mídia, como depósitos de informações – certas ou erradas, boas ou ruins, favoráveis ou contrárias –, passamos a ser também protagonistas através do “poder” que a tela de um dispositivo móvel nos dá. É incrível e, ao mesmo tempo, muito preocupante. [...]
• Os argumentos baseiam-se em fatos concretos, como resultados de pesquisas e dados numéricos, ou no senso comum? Justifique sua resposta.
Baseiam-se no senso comum, pois são ideias compartilhadas pela sociedade, de modo geral.
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5. Releia o penúltimo parágrafo.
5. a) Ele usa um contra-argumento. Ao dizer que os criadores de fake news também são responsáveis pelo que divulgam, o articulista antecipa possíveis questionamentos contrários ao seu, como o de que a responsabilidade é de quem compartilha notícias falsas.
As pessoas que criam as fake news não estão isentas de responsabilidades – pelo contrário. O que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu senso crítico diante da informação que se consome e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-las, contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de pensamento e queima de fosfato.
a) Que tipo de argumento o articulista usa ao afirmar que os criadores de fake news não estão isentos de responsabilização? Explique.
b) Que efeito de sentido o uso dessa estratégia argumentativa produz no leitor do artigo de opinião?
Espera-se que os estudantes respondam que esse uso possibilita ao leitor reconhecer que é necessário investigar e analisar a veracidade de determinadas postagens e, assim, concordar
6. Ao longo do artigo, foram empregadas aspas em diferentes palavras e expressões. Releia os trechos a seguir.
com o ponto de vista do autor do artigo de opinião.
Trecho 1
[...] Há alguns anos, pesquisadores divulgaram artigos sobre a influência da “segunda tela” […].
Trecho 2
De meros mortais […] passamos a ser também protagonistas através do “poder” que a tela de um dispositivo móvel nos dá. [...]
Trecho 3
[...] Os ditos “influenciadores” realmente têm o espírito crítico necessário unido à sua responsabilidade de “influenciar” ao publicar seus posicionamentos? [...]
Trecho 4
A diferença entre as fake news serem desmascaradas ou se transformarem em “verdade” está no pequeno intervalo de tempo […].
O uso das aspas pode ser uma estratégia de persuasão, porque chama a atenção do leitor para as palavras destacadas, a fim de fazê-lo questionar e refletir sobre o significado e o uso delas.
6. a) Nas palavras poder, no trecho 2; influenciadores e influenciar, no trecho 3; verdade, no trecho 4.
6. c) Nas palavras poder (trecho 2) e influenciadores (trecho 3), as aspas colocam em dúvida a capacidade de influenciar daqueles chamados de influenciadores, já que o articulista questiona a legitimidade e a qualidade dessa influência sobre as pessoas.
a) Em quais palavras e expressões o uso das aspas sugere ironia, colocando seu sentido em dúvida?
b) Em qual expressão o uso das aspas destaca que ela está sendo usada fora do contexto comum?
Na expressão segunda tela, no trecho 1
c) Explique o efeito de sentido criado pelo uso das aspas nas palavras dos trechos 2 e 3
REALIZAÇÃO
5. Se necessário, retome o conceito de contra-argumento: objeção que responde a um possível argumento do leitor, invalidando-o.
6. Reforce para os estudantes que para depreender os efeitos de sentido das aspas é preciso avaliar o seu uso em contexto.
6. a) e 6. c) Se considerar pertinente, proponha aos estudantes que tentem reescrever os trechos em que os termos entre aspas sugerem ironia e colocam em dúvida o sentido sem usar esse sinal gráfico. Peça que avaliem o nível de dificuldade de construir efeito de sentido semelhante apenas com as palavras.
LEVITIN, Daniel J. O guia contra mentiras: como pensar criticamente na era da pós-verdade.
São Paulo: Objetiva, 2019.
O neurocientista Daniel Levitin parte da análise de fatos e estatísticas para colocar em xeque a aparente verdade dos fatos. O livro dá dicas práticas para compreender as estatísticas de forma crítica e não ingênua.
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PARA LER
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REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
7. Comente com os estudantes que os operadores argumentativos, além de conectar ideias e construir a progressão dos argumentos que sustentam a tese, também dão coesão e coerência ao texto. Se achar pertinente, proponha aos estudantes que reescrevam os trechos suprimindo os operadores, ou mesmo trocando-os por outras conjunções, e avaliem as mudanças nos efeitos de sentido.
8. Ressalte que, no terceiro parágrafo, ao usar a 1a pessoa do plural, o articulista se coloca ao lado do leitor, utilizando o mesmo recurso no parágrafo seguinte: éramos tratados, passamos a ser, nos deparamos, sermos, assumimos, compartilhamos, damos Comente com os estudantes que o uso da 1a pessoa do plural é uma estratégia persuasiva que torna mais eficaz a comunicação e, assim, busca a adesão do leitor à ideia defendida no texto.
9. Comente com os estudantes que, embora o artigo de opinião contenha o posicionamento do autor, a objetividade é mantida ao manifestá-lo, seguindo também um registro formal, de acordo com a norma-padrão da língua.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Identificando fake news
Proponha aos estudantes uma atividade em que deverão identificar a veracidade de uma informação. Organize a sala em grupos. Cada um deles será responsável por trazer duas notícias: uma falsa e uma verdadeira. Os grupos deverão trocar suas
8. a) A 1a pessoa do plural.
8. b) Esse uso aproxima leitor e articulista, sugerindo que ambos compartilham ideias.
PARA LER
#XôFakeNews: uma história sobre verdades e mentiras, de Mauricio de Sousa e Januária Alves. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2021.
7. No artigo de opinião, o posicionamento do autor é indicado pelos argumentos e por determinadas palavras e expressões chamadas operadores argumentativos. Releia os trechos a seguir e, no caderno, transcreva a alternativa correta quanto à função dos termos em destaque.
a)
A realidade do mundo de hoje é ligada à velocidade, digitalização e, consequentemente, exposição em redes. [...]
A. Acrescenta um argumento. Alternativa C
B. Informa a causa da aceleração e da virtualidade da realidade atual.
C. Indica um efeito dos avanços da tecnologia no mundo de hoje.
D. Traz uma explicação.
Nesse livro da Turma da Mônica Jovem, Tina é uma estudante de pós-graduação em Jornalismo que decide se tornar influenciadora digital para atuar no combate às fake news A obra aborda a importância da responsabilização pelo que é postado e compartilhado na internet.
b)
[...] O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-las, contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso […].
A. Indica uma consequência.
B. Estabelece relação de oposição com o período anterior.
C. Introduz a conclusão.
D. Indica uma causa. Alternativa B
8. Em um artigo de opinião, pode-se usar a 1a pessoa do singular ou do plural.
a) Qual é a pessoa do discurso mais utilizada no artigo lido?
b) Que efeito de sentido esse uso cria?
9. Por ser um gênero jornalístico que aborda questões sérias e, geralmente, polêmicas, o registro formal predomina na escrita do artigo de opinião. No caderno, transcreva as alternativas que indicam as características desse registro no texto que você leu.
A. Respeito às normas gramaticais.
B. Emprego predominante de expressões populares e coloquialismos.
C. Objetividade na apresentação das informações.
D. Vocabulário especializado e diversificado.
Nos artigos de opinião, o articulista defende seu ponto de vista por meio de argumentos e contra-argumentos. O uso de recursos argumentativos – perguntas retóricas, aspas, determinadas palavras e expressões, operadores argumentativos – deixa subentendido o posicionamento do autor, possibilita ao leitor acompanhar a sequência de ideias e valida o ponto de vista defendido. Os artigos de opinião podem ser escritos em 1a pessoa do singular ou do plural ou em 3a pessoa. O registro formal costuma ser mais utilizado, mas pode-se usar o registro informal conforme o público-alvo ou a estratégia de argumentação.
notícias para que o grupo que recebeu as notícias do outro procure descobrir se é uma notícia verdadeira ou falsa.
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Indique alguns procedimentos para a checagem: procurar a informação em dois ou mais sites de notícias de grandes jornais; identificar a fonte da informação (aplicativos de mensagens, redes sociais etc.); verificar a linguagem e a estrutura da notícia (as fake news costumam ter erros gramaticais, além de incoerências
lógicas e textuais); nunca ler somente o título; desconfiar de títulos alarmistas; conferir a data da publicação (às vezes o fato é verdadeiro, mas aconteceu há muito tempo, o que invalida a informação e a torna irrelevante).
Ao final da atividade, cada grupo deverá apresentar o veredito, classificando as notícias recebidas como verdadeiras ou falsas. Quem trouxe as notícias deve dar o feedback da atividade.
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© MauriCio de sousa editora l tda. Alternativas A , C e D
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Artigo de opinião e notícias com diferentes enfoques
O artigo de opinião é um gênero em que o articulista expõe claramente seu posicionamento e tem como objetivo persuadir os leitores a aderir ao seu ponto de vista; para isso, utiliza argumentos, contra-argumentos e recursos linguísticos variados.
Outros gêneros jornalísticos, como as notícias, apesar de buscarem neutralidade e imparcialidade, também podem deixar entrever posicionamentos e tendências em suas abordagens.
A seguir, você vai ler trechos de três notícias sobre o mesmo assunto, publicadas no mesmo dia, mas em veículos diferentes. O fato abordado nesses textos é a lei de restrição das redes sociais aprovada em 2021, no estado do Texas, nos Estados Unidos.
NOTÍCIA 1
Justiça dos EUA bloqueia lei do Texas que restringe empresas de redes sociais
Decisão ocorre no momento em que conservadores norte-americanos reclamam que big techs estão reprimindo suas opiniões, citando o exemplo da suspensão permanente do ex-presidente Donald Trump do Twitter da Reuters – 31/05/2022 às 23:50
A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta terça-feira (31) uma lei do Texas que proíbe grandes empresas de redes sociais de banirem e censurarem usuários com base em ponto de vista, alinhando-se com grupos da indústria da tecnologia que alegam que a medida transformaria as plataformas em “paraísos das expressões mais vis imagináveis”.
[...] Os grupos da indústria defenderam o critério editorial em suas plataformas, sob a primeira emenda da Constituição dos EUA.
[...]
A decisão chega no momento em que conservadores norte-americanos reclamam que big techs estão reprimindo suas opiniões, citando o exemplo da suspensão permanente do ex-presidente Donald Trump do Twitter, após o ataque em janeiro de 2021 contra o Capitólio por vários de seus apoiadores, com a empresa citando risco de incitamento à violência.
JUSTIÇA dos EUA bloqueia lei do Texas que restringe empresas de redes sociais. CNN Brasil, [s. l.], 31 maio 2022. Disponível em: www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/justica-dos-eua-bloqueia-lei-do-texas-que-restringe-empresas-deredes-sociais/. Acesso em: 5 jul. 2022.
PARA LER
DUNKER, Christian et al Ética e pós-verdade
Porto Alegre: Dublinense, 2018.
No livro, cinco ensaios apresentam abordagens distintas das fake news, do ponto de vista da política, da psicanálise, da filosofia e da literatura.
PROPOSIÇÕES
O objetivo da comparação entre o artigo de opinião e as notícias cujos enfoques são diferentes é levar os estudantes a estabelecer relações de semelhanças e diferenças.
Além de fazer conexões entre textos de diferentes gêneros ou de outras linguagens, a seção Textos em diálogo favorece o desenvolvimento do pensamento crítico e do posicionamento ético em relação ao compartilhamento de notícias. Nesse contexto, é interessante retomar com a turma os conceitos de intertextualidade, interdiscursividade e dialogismo. A leitura das notícias – e de outras que podem ser pesquisadas durante as atividades deste módulo – é uma excelente oportunidade para avaliar a fluência leitora. Para isso, depois da leitura silenciosa, solicite a leitura dos textos, ou de partes deles, em voz alta. Faça anotações, para servirem de base para avaliações futuras. Para favorecer a participação ativa dos estudantes no processo, a avaliação pode ser realizada não somente por você, mas também por um colega ou como autoavaliação.
REALIZAÇÃO
Textos em diálogo
Ao promover a leitura das notícias apresentadas, sugere-se que os estudantes façam anotações das principais informações, de modo que possam comparar como aparecem em cada texto. Isso pode ser feito por meio de tópicos ou de modo esquemático. Se considerar pertinente, sugere-se criar um quadro na lousa com três colunas, uma para cada notícia, e pedir aos estudantes que indiquem as informações que desejam registrar.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
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PROPOSIÇÕES
Seria interessante realizar as atividades desta seção em duplas, para, em seguida, as respostas serem compartilhadas coletivamente. É importante criar situações de aprendizagem que requerem o trabalho em duplas ou grupos visando a um objetivo comum, para que os estudantes possam interagir e compartilhar ideias, testar hipóteses etc., ao mesmo tempo em que aprendem a manter a escuta ativa, a respeitar posicionamentos divergentes e a negociar posições.
Antes, no entanto, esclareça que o termo big techs é formado pelas palavras do inglês big (grande) e tech (redução de technology – em português, “tecnologia”). A expressão faz referência às grandes empresas de tecnologia que atualmente dominam o mercado de plataformas e de serviços digitais, como redes sociais e aplicativos de trocas de mensagem. Muitas delas estão localizadas nos Estados Unidos, mais especificamente no Vale do Silício, uma região do estado da Califórnia conhecida por ser polo de inovação tecnológica.
REALIZAÇÃO
1. Neste momento, retome as anotações feitas durante a leitura das notícias. Atividades que levam os estudantes a fazer inferências promovem o desenvolvimento de habilidades relativas à compreensão leitora, assim como a localização de informações, levantamento de hipóteses, o reconhecimento de elementos composicionais do gênero em estudo e a análise de recursos linguísticos e discursivos. Incentive os estudantes a compartilharem suas ideias, percepções e posicionamentos de maneira livre. Oriente-os a escutar com atenção e respeito os colegas.
NOTÍCIA 2
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que, em relação às informações básicas da notícia, as três trazem dados semelhantes sobre o fato: o que aconteceu, onde, quando e quem realizou a ação noticiada.
Suprema Corte dos EUA barra lei do Texas que restringia poder de moderação de redes sociais
Big techs argumentam que controle editorial é necessário para evitar propagação de discurso de ódio
31 maio 2022 às 21h32 – WASHINGTON | REUTERS
2. a) Espera-se que os estudantes infiram que há diferença de sentido entre eles.
A Suprema Corte dos Estados Unidos barrou nesta terça-feira (31) a entrada em vigor de uma lei aprovada no estado do Texas que veta a prerrogativa de plataformas de redes sociais de suspender postagens de seus usuários com base no conteúdo das publicações.
A decisão atende a pedidos de grupos ligados às chamadas big techs, que argumentam que o projeto, apoiado pelos republicanos, tem o potencial de transformar as plataformas em território livre para a comunicação “o mais vil que se possa imaginar”, violando os direitos da liberdade de expressão.
[...]
2. b) A resposta à atividade encontra-se no Manual do Professor.
A lei do Texas foi sancionada no ano passado pelo governador republicano Greg Abbott. [...]
Ao assinar o projeto de lei, em setembro do ano passado, Abbott alegou existir um movimento “perigoso de algumas empresas de mídia social para silenciar ideias e valores conservadores”. “Isso é errado e não permitiremos que aconteça no Texas”, disse o republicano.
Grupos da indústria, por sua vez, rebateram as críticas e alegaram que restringir o controle editorial das empresas “obrigaria as plataformas a disseminar todos os tipos de pontos de vista censuráveis — entre elas propagandas da Rússia transmitindo as ideias de que a invasão à Ucrânia é justificada”.
2. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que a palavra Justiça é mais enfática, pois é mais facilmente compreendida pelo leitor. Já a expressão Suprema Corte é um termo mais
SUPREMA Corte dos EUA barra lei do Texas que restringia poder de moderação de redes sociais. Folha de S.Paulo, Washington, 31 maio 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/05/suprema-corte-doseua-barra-lei-do-texas-que-restringia-poder-de-moderacao-de-redes-sociais.shtml. Acesso em: 5 jul. 2022.
NOTÍCIA 3
Suprema Corte dos EUA derruba lei do Texas que impede censura em redes sociais
Por Gazeta do Povo 31/05/2022 22:28
3. a) Espera-se que os estudantes infiram que a linha fina de cada notícia traz diferentes enfoques: na notícia 1, o enfoque é dado aos conservadores norte-americanos, o que eles pensam e o que defendem; na notícia 2, o enfoque é dado às big techs e o que essas empresas defendem sobre a necessidade da lei.
A Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu nesta terça-feira (31) uma lei do Texas que impede as redes sociais de proibir ou censurar conteúdos postados por usuários no estado.
específico e que talvez não seja conhecido por todos os leitores, o que pode reduzir o impacto da notícia. 152
3. b) Espera-se que os estudantes infiram que sim. A linha fina complementa o título da notícia, explicando algo ou trazendo a perspectiva do que será abordado. Dessa forma, apresentar determinadas informações e omitir outras pode revelar um posicionamento do veículo de comunicação que publicou a notícia.
2. e 3. Para ajudar na comparação dos títulos e linhas finas das notícias, você pode escrevê-los na lousa e conduzir as análises coletivamente, de forma oral.
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2. a) Mostre que, diferentemente do título no artigo de opinião, trabalhado anteriormente, na notícia o foco é o assunto, e não uma tese.
2. b) e 2. c) Auxilie os estudantes a identificar elementos que tornam um título mais ou menos impactante. Chame a atenção para
a estrutura frasal (como a posição do sujeito), léxico, pontuação etc.
2. b) Espera-se que os estudantes percebam que, embora os verbos utilizados nas manchetes tenham sentidos semelhantes, os títulos das notícias 1 e 3 podem ser considerados mais impactantes, pois os verbos bloquear (notícia 1) e derrubar (notícia 3) têm mais força semântica e estão ligados ao sentido de uma obstrução
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[...]
[...]
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De acordo com a agência Reuters, a matéria proíbe empresas de mídia social com pelo menos 50 milhões de usuários ativos mensais de censurar usuários com base em “pontos de vista” e permite que usuários ou o procurador-geral do Texas recorram à Justiça para garantir seu cumprimento.
As entidades representativas argumentaram que, se aplicada, a legislação texana impediria a moderação realizada pelas empresas e transformaria as plataformas de mídia social em “paraísos das manifestações mais vis que possam ser imaginadas [...]”.
4. a) Espera-se que os estudantes
SUPREMA Corte dos EUA derruba lei do Texas que impede censura em redes sociais. Gazeta do Povo, [Curitiba], 31 maio 2022. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/suprema-corte-dos-eua-derruba-lei-dotexas-que-impede-censura-em-redes-sociais/. Acesso em: 11 ago. 2022.
reconheçam que é na notícia 2, pois, diferentemente da notícia 1, nela são reproduzidas as falas do governador, para justificar a defesa da lei, e a fala do representante dos grupos da indústria, para rebater e deixar claro que a lei é prejudicial.
1. Com base na leitura de cada notícia, quais são suas impressões sobre os fatos noticiados? Compartilhe oralmente sua opinião e ouça as considerações dos colegas.
2. Compare os títulos das notícias.
4. b) Espera-se que os estudantes infiram que sim, porque, ao se transcreverem as falas dos envolvidos, na notícia 2, há um compromisso maior com a verdade.
a) Você observa alguma diferença de sentido entre eles?
b) Em sua opinião, qual dos títulos é mais impactante? Qual apresenta mais informações sobre o fato noticiado?
c) Nas notícias, a escolha das palavras pode evidenciar as intenções do redator. O título da notícia 1 inicia com a palavra Justiça, e o das notícias 2 e 3, com a expressão Suprema Corte. Em sua opinião, qual deles é mais enfático?
3. Agora, releia a linha fina das notícias 1 e 2
5. a) As empresas e entidades representativas de grupos ligados às chamadas big techs
a) Elas apresentam as mesmas informações? O que é destacado em cada uma delas?
b) Para você, as informações apresentadas ou omitidas na linha fina também podem revelar posicionamentos? Justifique sua resposta.
4. As notícias 1 e 2 apresentam o que pensam as big techs e o que defendem os conservadores que apoiam a lei.
5. b) Espera-se que os estudantes infiram que a perspectiva das três notícias é favorável à decisão da Justiça (Suprema Corte) dos Estados Unidos, pois todas ressaltaram esse aspecto do fato noticiado.
a) Na notícia 1, essas posições estão explícitas nos parágrafos 2 e 3; na notícia 2, nos parágrafos 3 e 4. Qual das notícias traz essas referências de forma mais explícita?
b) Em sua opinião, essa diferença de apresentação dos fatos na notícia produz algum efeito na construção de sentidos desses textos? Justifique sua resposta.
5. As três notícias explicitam que, se a lei texana fosse aplicada, ela impediria a moderação que existe hoje, e as plataformas de mídia social se transformariam em “paraísos das manifestações mais vis que possam ser imaginadas”.
a) De acordo com os trechos das notícias, quem apresenta esse argumento?
b) Toda notícia é abordada sob uma perspectiva. Considerando que as três notícias apresentadas fazem referência a esse argumento, pode-se inferir que a perspectiva abordada nessas notícias é favorável ou contrária à decisão da Justiça (Suprema Corte) dos Estados Unidos? Justifique.
6. O artigo de opinião e a notícia são gêneros da esfera jornalística, cada um com suas especificidades e finalidades. Com base na análise das notícias apresentadas nesta seção, pode-se concluir que apenas os artigos de opinião trazem posicionamentos e expressam pontos de vista?
Espera-se que os estudantes reconheçam que as notícias também podem trazer posicionamentos implícitos demonstrados por meio de recursos linguísticos e textuais, como a escolha de palavras.
4. e 6. Desafie os estudantes a diferenciar fatos de opiniões e a forma como esses fatos podem ser colocados em destaque ou omitidos em um texto noticioso ou argumentativo. Comente que omitir ou mencionar alguma informação relacionada a um fato não é algo que se faz ao acaso, e que, muitas vezes, reflete a posição editorial de um veículo e seus interesses. Por isso, além de localizar informações no texto, é importante os estudantes realizarem inferências, ou seja, chegar a conclusões por meio do raciocínio. Um texto contém informações explícitas e implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações, ou seja, é mobilizar os próprios conhecimentos para interpretar os sentidos do que se lê.
5. Oriente a turma a mobilizar os conhecimentos adquiridos com a leitura das notícias e a fazer inferências. Peça aos estudantes que indiquem, em cada notícia, como esse argumento foi apresentado, de modo que identifiquem também a quem ele pode ser atribuído.
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das redes sociais; e o título da notícia 3 é mais direto e objetivo, pois explica que a lei que impede a censura nas redes sociais foi derrubada.
3. a) e 3. b) Lembre com a turma a relação que geralmente se estabelece entre o título e a linha fina em gêneros jornalísticos. A linha fina geralmente apresenta uma delimitação do assunto do texto, detalhando informações que serão desenvolvidas nele.
23/08/22 11:30 mais forte, mais consistente, enquanto o verbo barrar, no título da notícia 2, tem a conotação de algo provisório, momentâneo, que a qualquer momento poderá ser liberado. Quanto às informações, o título da notícia 1 não informa o que a Justiça dos EUA está restringindo, o que supõe um conhecimento prévio do leitor a respeito do assunto; o título da notícia 2 apresenta mais informações, pois explica o que vai ser barrado: o poder de moderação
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[...]
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PROPOSIÇÕES
A seção Por dentro da língua apresenta as orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas com a finalidade de levar os estudantes a reconhecer o papel que exercem na construção de sentidos do texto. As atividades iniciais visam auxiliar na construção do conceito de orações adjetivas. Conduza-as com o intuito de apresentar a definição, relembrando que, nos períodos compostos por subordinação, uma oração exerce função sintática em relação à oração principal.
REALIZAÇÃO
1. Certifique-se de que os estudantes entendem que articulista é expressão usada para fazer referência ao autor do artigo. Verifique se eles percebem que a crítica se volta para a apropriação que as pessoas fazem da tecnologia, e não para a tecnologia em si.
2. Comente com os estudantes que é preciso tomar alguns cuidados ao receber informações que gerem desconfiança, que não tenham a autoria reconhecida ou que sejam exaustivamente compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Antes de passá-las adiante, é necessário ter certeza do que se trata, lendo todo o conteúdo e certificando-se de sua credibilidade. Para isso, deve-se verificar a data de publicação, quem escreveu, imagens e legendas e o endereço do veículo em que foi publicada, entre outros dados. É importante observar também os perfis que compartilharam o conteúdo, prestando atenção ao fato de que, embora existam perfis falsos que
Oração subordinada adjetiva
1. b) Não. O articulista refere-se à tecnologia como uma ferramenta de propagação de posicionamentos e disseminação de ideias.
Quando se quer atribuir uma característica, um atributo, uma especificação ao substantivo, em geral, emprega-se um adjetivo. Mas existem outras formas da língua que podem ser usadas com a mesma finalidade.
1. No artigo de opinião que você leu na seção Texto, o autor afirma que a tecnologia mudou o comportamento das pessoas. Releia o trecho.
Este cenário de disseminação de ideias – boas ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de vista que o seu ou não – faz parte de um mundo moderno e democrático. Neste contexto, a tecnologia tem sido utilizada como ferramenta de propagação destes posicionamentos. Ao ter o poder do clique em mãos, as pessoas passam a ser mais ativas diante das informações que recebem. Os meios de comunicação mudaram as formas de divulgar suas notícias diante deste comportamento que os indivíduos passaram a adquirir com o passar do tempo. […]
Ele deseja evidenciar que ficou mais fácil e rápido comunicar-se e divulgar notícias boas ou ruins.
a) Ao trazer essa informação ao texto, o que o articulista deseja evidenciar sobre o poder do clique?
b) Ao falar da tecnologia, o articulista emite algum juízo de valor?
c) O que o articulista critica no trecho?
O fato de as pessoas disseminarem informações falsas, usando de forma errada o poder do clique, isto é, da tecnologia.
2. De acordo com o articulista, a quantidade e a diversidade de informações que se recebe fazem parte do mundo democrático. Em sua opinião, apesar de ser possível compartilhá-las com um clique, é isso que se deve fazer? Explique seu ponto de vista.
Espera-se que os estudantes concluam que não. Apesar da quantidade e da diversidade de informações que se recebe, não se deve compartilhá-las sem reflexão.
3. Releia esta oração e observe os termos em destaque.
[...] Ao ter o poder do clique em mãos, as pessoas passam a ser mais ativas diante das informações que recebem. [...]
a) Essa oração é ligada ao substantivo informações por meio do conectivo que. Pelo sentido, o que se pode afirmar sobre essa oração? No caderno, transcreva a alternativa correta.
A. Caracteriza o substantivo. Alternativa A
B. Expressa uma ideia de circunstância.
C. Complementa o sentido do substantivo, exercendo a função de complemento nominal.
D. Atribui um juízo de valor ao substantivo.
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compartilham desinformação, perfis de pessoas conhecidas e personalidades públicas também não estão livres de cair em fake news ou de propagá-las. Caso se identifique uma notícia ou informação falsa, é fundamental orientar a pessoa que a repassou, se possível.
3. 4. e 5. Lembre a turma de que, no módulo anterior, foram realizadas reflexões sobre funções exercidas pelas formas verbais
nominais, como o uso do particípio e do gerúndio com função adjetiva. Aproveite para introduzir a reflexão sobre o uso dos conectivos que e o qual, mostrando a necessidade de concordância desse último com o termo que retoma.
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DENTRO DA LÍNGUA
POR
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b) De acordo com sua resposta ao item a, que função essa oração exerce? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa C .
A. Substantivo.
B. Advérbio.
C. Adjetivo.
D. Pronome.
4. Agora, releia esta oração e observe o trecho em destaque.
[...] Os meios de comunicação mudaram as formas de divulgar suas notícias diante deste comportamento que os indivíduos passaram a adquirir com o passar do tempo. […]
a) Quanto à composição, o que essa oração tem em comum com a oração que você analisou na atividade 3? Essa oração também é iniciada pela palavra que, um conectivo.
b) Considerando o sentido da oração em análise nesta atividade, pode-se afirmar que ela exerce a mesma função que a oração em destaque da atividade 3? Justifique sua resposta.
Sim, pois também está ligada a um substantivo e o especifica.
5. Agora, imagine que a oração que recebem (em destaque no trecho da atividade 3) seja substituída pela palavra recebidas
a) Haveria mudança de sentido?
Não, pois tanto a oração subordinada quanto o adjetivo caracterizam o substantivo informações.
b) Com base no que você observou no item a, pode-se afirmar que essa oração e o adjetivo têm sentidos e funções equivalentes? Explique.
Sim. Essa oração tem o mesmo valor semântico atribuído pelo adjetivo e a mesma função, já que ambos caracterizam o nome que os antecede.
As orações analisadas nas atividades anteriores referem-se a substantivos que se encontram em orações anteriores, de modo a caracterizá-los e especificá-los, como um adjetivo. Essas orações são denominadas orações subordinadas adjetivas
A oração subordinada adjetiva tem função e valor próprio de um adjetivo e sempre qualifica ou especifica um ou mais nomes (substantivos ou pronomes) antecedentes.
Exemplos:
Fake news: as mentiras que viram notícias
No exemplo, título do artigo de opinião que você leu, a oração subordinada adjetiva está especificando o substantivo mentiras que antecede o conectivo que
[...] e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que o impacta. [...]
No exemplo, a oração subordinada adjetiva está especificando os pronomes tudo aquilo, que se encontram na oração anterior e antecedem o conectivo que
As orações subordinadas adjetivas são iniciadas pelos pronomes relativos que, o (a) qual, os(as) quais, quem, onde, quanto, cujo(a), cujos(as).
PROPOSIÇÕES
Após as atividades iniciais, leia o boxe Conceito e verifique a compreensão dos estudantes. Se necessário, transcreva na lousa outro fragmento do texto: “[…] compartilhamos o conteúdo em grupos com o intuito de dar ‘furos de reportagem’ que até então eram coisa apenas de jornalistas […]”. No exemplo, a oração em destaque está ligada à locução substantiva furos de reportagem e tem a função de especificá-la ou caracterizá-la, podendo ser substituída, nesse caso, pelo adjetivo jornalísticos, por exemplo.
Pergunte aos estudantes se, com a substituição, o sentido permaneceria o mesmo. Espera-se que observem que o sentido básico permaneceria, mas que se perderia a ideia de que os furos de reportagem não são mais “coisa apenas de jornalistas”. Ou seja, a opção por usar um adjetivo ou uma oração subordinada adjetiva também faz parte das escolhas que podem mostrar o posicionamento do autor do artigo de opinião. Observe também que essa oração é iniciada pelo pronome relativo que, o qual está diretamente ligado à expressão que o antecede e a que se refere, furos de reportagem
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PROPOSIÇÕES
Explore com a turma a conceituação das orações subordinadas adjetivas restritiva e explicativa, reforçando que o seu uso depende dos efeitos de sentido que se deseja construir no texto.
Sugere-se trabalhar os exemplos coletivamente, transcrevendo-os na lousa e analisando-os com toda a turma.
Ao tratar das orações subordinadas adjetivas reduzidas, retome o processo de redução das orações subordinadas, que ocorre quando se substitui o verbo por uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e o conectivo desaparece.
Classificação da oração subordinada adjetiva
Oração subordinada adjetiva restritiva
Restringe (limita) o sentido do nome (substantivo ou pronome) a que se refere. É, portanto, indispensável para o sentido da frase. Exemplo:
As pessoas que criam as fake news não estão isentas de responsabilidades […].
Para entender a classificação dessa oração, imagine um grupo de pessoas e separe dele aquelas que criam fake news. É a esse subgrupo de pessoas que a oração que criam as fake news se refere. Por se limitar ou se restringir a apenas uma parcela das pessoas, essa oração é chamada de restritiva
Outra maneira de compreender o sentido da oração subordinada adjetiva restritiva é substituí-la por um adjetivo equivalente. Exemplo:
• As pessoas criadoras de fake news não estão isentas de responsabilidades.
Observe que o uso de um adjetivo não ocasionou nenhuma mudança de sentido em comparação com a oração adjetiva.
Oração subordinada adjetiva explicativa
Acrescenta ao nome antecedente uma qualidade acessória, isto é, esclarece a sua significação, mas não é indispensável para o sentido da frase. Na escrita, é separada por vírgulas. Exemplo:
• Smartphones, que são aparelhos celulares com acesso à internet, podem ser usados para divulgar fake news
Observe que a oração adjetiva em destaque traz uma informação que apenas explica o que são smartphones e pode até ser desnecessária, pois todos esses aparelhos têm como característica o acesso à internet. Assim, ela é considerada explicativa Essa frase pode ser modificada não por meio de um adjetivo, como ocorre na oração subordinada adjetiva restritiva, mas de um aposto. Exemplo:
• Smartphones, aparelhos celulares com acesso à internet, podem ser usados para divulgar fake news
A oração adjetiva explicativa pode, enfim, explicitar uma qualidade natural, uma verdade conhecida ou uma característica que, por isso, se tornam óbvias.
As orações adjetivas explicativas ou restritivas podem ser usadas de acordo com os sentidos que se deseja produzir e os aspectos que se pretende evidenciar.
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Oração subordinada adjetiva reduzida
As orações subordinadas adjetivas também podem se apresentar em sua forma reduzida.
Exemplos:
• A tecnologia, utilizada como ferramenta de propagação de posicionamentos equivocados, não pode ser responsabilizada por esse fenômeno.
Na oração em destaque, o verbo utilizar encontra-se no particípio, uma de suas formas nominais. Note que essa oração caracteriza o termo tecnologia e equivale a uma oração adjetiva (que utiliza), sendo introduzida sem o pronome relativo, como ocorre com as demais orações reduzidas adverbiais já estudadas.
• Pessoas divulgando fake news podem provocar graves transtornos aos envolvidos.
Nesse outro exemplo, na oração em destaque, o verbo divulgar encontra-se no gerúndio, outra forma nominal do verbo. Essa oração especifica o termo pessoas e equivale a uma oração adjetiva (que divulgam).
Na construção das orações subordinadas adjetivas reduzidas, a forma verbal empregada é, na maioria das vezes, o particípio, mas também pode ser usado o gerúndio. Veja o quadro comparativo.
Subordinada adjetiva desenvolvida Subordinada adjetiva reduzida
Inicia-se com pronome relativo. Não tem pronome relativo.
O verbo é flexionado.
ATIVIDADES
O verbo apresenta-se principalmente no particípio.
PROPOSIÇÕES
Para a realização das propostas de Atividades que levem os estudantes a novos desafios de identificação de orações reduzidas a partir de um contexto significativo, eles serão levados a interpretar textos de diferentes gêneros, como anúncio, manchete de notícia e tirinha. Os textos escolhidos mantêm o diálogo com a relação entre o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação digitais e a difusão de fake news, temática explorada em todo o módulo.
REALIZAÇÃO
1. Verifique se os estudantes relacionam as práticas indicadas na tirinha com o cotidiano das redes sociais.
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GOMES, Clara. [Quadrilha V.2.0]. Bichinhos de jardim. [S. l.], 10 mar. 2020. Disponível em: https://bichinhosdejardim. com/quadrilha-v20/. Acesso em: 29 jun. 2022.
Clara GoMeswww.BiChinhosdejardiM.CoM
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1. Leia, a seguir, uma tirinha que aborda o tema das redes sociais.
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REALIZAÇÃO
2. e 4. Além dos recursos verbais explorados pelas atividades, explore os recursos visuais. Chame a atenção, por exemplo, para a sequência de imagens: o close dado na personagem no primeiro quadrinho vai diminuindo progressivamente até o terceiro quadrinho, dando a mesma ideia de continuidade que o texto verbal expressa, além do aspecto cumulativo.
3. Neste link é possível ler o poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade: https: //wp.ufpel.edu.br/aulusmm/ files/2016/08/QUADRILHA. pdf (acesso em: 8 ago. 2022). Se possível, acesse com a turma o áudio em que o próprio poeta Carlos Drummond de Andrade declama o poema. Esse áudio pode ser facilmente encontrado na internet.
5. Verifique se os estudantes percebem que, nas redes sociais, as informações e os usuários se conectam e estabelecem dinâmicas complexas. Na tirinha, o recurso de diminuição da figura da personagem em cada quadrinho também indica isso, mostrando que um usuário é apenas um pequeno elemento em meio a toda a estrutura em que está inserido.
6. Oriente os estudantes a perceber a função adjetiva, levando-os a fazer comparações. Na manchete, que detecta fake news pode ser substituído por outras expressões adjetivas, como detector de fake news ou capaz de detectar fake news. Chame a atenção, também, para a importância de evitar a repetição de que na escrita dos próprios textos.
1. a) As formas verbais discutia, bloqueava, silenciava, denunciava, apagava, saía (do grupo), cancelava, usadas pelos usuários de redes sociais.
2. a) A forma como as orações estão organizadas, uma encadeada à outra, sugere que as redes sociais possibilitam uma ligação entre as pessoas, o que promove um encadeamento dos usuários, exatamente como nas orações.
1. b) Evidenciam ações realizadas por usuários quando querem descartar pessoas indesejadas ou que já não fazem mais parte de uma rede por qualquer motivo.
a) Na tirinha, a personagem está diante de um notebook. Além dos elementos visuais, quais elementos linguísticos remetem às redes sociais?
2. b) O fato de estar com o computador aberto, como se estivesse lendo, sugere
b) Agora, observe os sentidos das formas verbais que constam na tirinha. Que tipos de ação nas redes sociais elas evidenciam?
que ela tem conhecimento das ações das pessoas citadas, porque provavelmente fazem parte da sua rede de contatos.
c) Considerando essa informação, pode-se afirmar que as pessoas citadas pela personagem são amigas entre si?
Espera-se que os estudantes reconheçam que não, pois as ações realizadas para cada uma dessas pessoas revelam distanciamento ou apagamento do círculo de amigos.
2. Observe como foram construídas as orações na tirinha.
a) O que essa forma e o contexto sugerem sobre o uso das redes sociais?
b) Na tirinha, a personagem parece narrar as ações de outros usuários, como se não fizesse parte delas. Que elementos na tirinha contradizem essa suposição?
3. O título da tirinha, Quadrilha V.2.0, e seu conteúdo são uma paródia do poema “Quadrilha”, escrito por Carlos Drummond de Andrade.
a) Procure esse poema em uma antologia do autor na biblioteca da escola ou em um site e compare-o com a tirinha. Que relações de sentido podem ser estabelecidas entre eles?
b) Quanto à temática, o que a tirinha e o poema pretendem evidenciar?
diferentes comportamentos dos usuários de redes sociais; o poema destaca a instabilidade do sentimento amoroso.
4. Um recurso linguístico empregado na tirinha e no poema ajuda a construir a ideia de encadeamento das ações, sugerindo a imagem de uma corrente (na tirinha) ou da dança quadrilha (no poema).
3. a) Espera-se que os estudantes infiram que os dois textos expressam a ideia de um encadeamento de A tirinha evidencia os O emprego de orações adjetivas, uma encadeada à outra.
a) Qual é esse recurso?
b) Identifique a primeira oração adjetiva da tirinha e transcreva-a no caderno. A que termo essa oração se refere?
A primeira oração adjetiva é que descurtia Cristóvão e se refere ao termo Tatiana.
5. Agora, leia a segunda oração adjetiva da tirinha.
a) A quem ela se refere? À Cristóvão.
b) Que imagem essa sequência de orações adjetivas pretende reforçar a respeito das redes sociais?
A ideia de rede ou teia invisível atribuída às redes sociais.
6. Leia a manchete de uma notícia relacionada ao combate das notícias falsas.
Brasileiros criam algoritmo que detecta fake news
BRASILEIROS criam algoritmo que detecta fake news G1, [s. l.], 23 mar. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/02/23/brasileiros-criamalgoritmo-que-detecta-fake-news.ghtml. Acesso em: 12 jul. 2022.
a) Qual é a oração subordinada adjetiva que compõe o período?
b) A que termo ela se refere e qual é a localização dele?
A oração subordinada adjetiva é que detecta fake news Ela se refere ao termo algoritmo, que se encontra antes do pronome relativo que
pessoas e de suas respectivas ações. 158
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7. A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) lançou uma campanha contra as fake news. A ação, intitulada "Revistas. Eu Acredito!", consiste em anúncios publicados em revistas, sites e redes sociais. A seguir, leia uma das peças da campanha.
REALIZAÇÃO
7. Lembre com a turma que uma das características principais das campanhas publicitárias é criar identidade entre os recursos explorados nos diversos materiais produzidos. Assim, anúncios criados para outdoor ou página de revista, por exemplo, contêm uma identidade visual que é retomada na eventual veiculação da mesma campanha na televisão ou outras mídias digitais. Destaque a intenção comunicativa da peça de campanha: persuadir o leitor. Na peça de campanha em análise, é feita uma provocação ao leitor por meio de uma pergunta. Se considerar pertinente, proponha aos estudantes que respondam a ela, argumentando de forma coerente.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EDITORES DE REVISTAS. [Campanha] Revistas Eu Acredito! 2018. 1 cartaz. Disponível em: https:// revistacampinas.com.br/revistas-euacredito/. Acesso em: 11 ago. 2022.
• Com que finalidade uma campanha como essa pode ter sido lançada por tal associação?
8. A peça da campanha apresenta, em destaque, um sinal de interrogação e uma pergunta.
a) Que efeito de sentido o uso desses recursos pretende provocar no leitor?
b) Além do pronome de tratamento você, a forma verbal acredita também é um recurso linguístico de persuasão. De que forma eles contribuem para persuadir o leitor a aderir à campanha?
o leitor a questionar se tudo o que ele lê é verdade. Ao se dirigirem diretamente ao leitor, esses recursos linguísticos mobilizam e promovem o engajamento dele aos objetivos da campanha.
9. A pergunta que compõe o texto principal da peça da campanha é um período formado por duas orações.
a) A que termo a segunda oração está relacionada? Com que finalidade a oração foi usada?
b) Como essa oração pode ser classificada? Que característica permite essa classificação?
A oração é subordinada adjetiva restritiva; ela é iniciada por um pronome relativo (o) que e foi empregada para caracterizar um nome (pronome).
A oração o que lê está relacionada ao termo tudo. Foi usada para especificar esse termo. 159
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8. Além dos recursos verbais – como o efeito de sentido criado pela pontuação e pelo pronome você –, explore os recursos visuais, como as cores e o diálogo com o texto escrito criado pelo desenho do sinal de interrogação ao fundo.
9. Aproveite a oportunidade para conversar sobre o uso coloquial da expressão, em que a frase geralmente é “Você acredita em tudo que lê?”. Na peça de campanha, observa-se o registro formal, com o uso do artigo o, que corresponde ao que é estabelecido pela norma-padrão.
9. b) Se considerar pertinente, proponha aos estudantes que tentem substituir a oração subordinada adjetiva restritiva por um
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adjetivo equivalente.
7. Para valorizar a mídia revista e sua capacidade de criar conteúdo profissional, confiável e seguro em diversas plataformas, evidenciando a preocupação dessa associação em manter a confiança e credibilidade dos leitores.
8. a) Pretende gerar efeito de dúvida, levando
revista rMC (www.revistarMC.CoM.Br)
PROPOSIÇÕES
As expressões idiomáticas, em foco em Linguagem e sentidos, são formadas por duas ou mais palavras que compõem um significado próprio. Não é possível identificar esse significado considerando o sentido literal dos termos que as constituem. Por isso, sua tradução literal não faz sentido quando vertidas para outro idioma.
Muitas expressões idiomáticas são comuns no dia a dia, fazendo parte do vocabulário de muitos falantes. Por esse motivo, quando utilizadas em textos formais, pretendem obter um efeito de proximidade com o leitor.
Os falantes usam expressões idiomáticas a todo instante, seja no dia a dia, no noticiário da televisão, em anúncios dos jornais, no rádio, na TV, em discursos políticos, campanhas eleitorais, em filmes, em letras de música, na literatura etc.
Uma expressão idiomática pode enriquecer um enunciado, um texto, dando-lhe força ou sutileza; pode dar ênfase aos sentimentos de alguém, diminuir o impacto de uma declaração grave ou séria, atenuar o impacto de uma declaração austera e até dar um tom de humor ou ironia.
REALIZAÇÃO
1. Aproveite a atividade para indagar os estudantes sobre outros contextos de uso das aspas. A depender da escolha de quem escreve, elas podem ser usadas para indicar palavra estrangeira (que também pode ter o destaque em itálico), citação, demarcar discurso direto, destacar nome de livros ou obras de arte (que também podem ser indicados com negrito ou itálico) etc.
E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
Expressões idiomáticas
1. a) A expressão faz referência à rapidez com que as pessoas digitam suas mensagens no celular. O uso dela, nesse contexto, produz um tom crítico pelo fato de o substantivo dedinho estar no diminutivo.
1. b) Refere-se ao fato de as pessoas compartilharem notícias, fatos, situações, às vezes inverídicas, apenas para "dar em primeira mão"; o uso da expressão dá ao contexto um tom de crítica.
A língua apresenta algumas expressões que possibilitam destacar sentidos e tornar a escrita e a fala mais criativas, além de despertar emoção e sensibilidade no interlocutor.
1. Releia o trecho do artigo de opinião "Fake news: as mentiras que viram notícias".
[…] Ao receber aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que afirmam ser de uma determinada figura pública, e com nosso “dedinho ansioso” compartilhamos o conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de reportagem” que até então eram coisa apenas de jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
a) A que a expressão dedinho ansioso faz referência nesse contexto? Que efeito de sentido o uso dela produz?
b) E a expressão furo de reportagem, a que se refere? Que tom imprime ao que está sendo dito?
c) Por que essas expressões estão com destaque entre aspas no artigo de opinião?
d) No artigo de opinião, predomina uma linguagem mais monitorada. Considerando o tema abordado, o que pode ter levado o articulista a empregar essas expressões entre aspas?
e) Em sua opinião, o articulista alcançou seu objetivo?
Provavelmente, a vontade de atenuar o que está sendo dito. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes
deduzam que sim, pois as expressões suavizam e acrescentam à mensagem um tom diferente do da linguagem convencional.
2. Existem algumas expressões conotativas que, de tão utilizadas, acabaram sendo incoporadas à língua e são usadas de modo recorrente. Leia estes títulos jornalísticos, que apresentam alguns exemplos.
TÍTULO 1
Como o morcego se tornou bode expiatório da pandemia
COMO o morcego se tornou bode expiatório. Guia do estudante. [S. l.], 12 jul. 2021. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/como-os-morcegos-setornaram-o-bode-expiatorio-da-pandemia/. Acesso em: 12 jul. 2022.
TÍTULO 2
A gente adoece mesmo é de tanto engolir sapos
DAWN, Clara. A gente adoece mesmo é de tanto engolir sapos. Jornal de Barretos, [Barretos], 4 jun. 2022. Disponível em: https://jornaldebarretos.com.br/artigos/agente-adoece-mesmo-e-de-tanto-engolir-sapos/. Acesso em: 12 jul. 2022.
1. b) Comente com os estudantes que a expressão furo de reportagem é um jargão jornalístico.
Ao utilizá-la, o articulista traça uma relação com o trabalho dos jornalistas, profissionais que têm preparo técnico para apurar informações e publicá-las, diferentemente do público geral, que não costuma se preocupar com a veracidade do que compartilha.
1. d) Mostre que a escolha do tipo de registro está diretamente relacionada ao contexto
de produção e recepção do texto. Assim, em um artigo de opinião publicado em mídias digitais cujo público-alvo sejam jovens de uma determinada comunidade de falantes, por exemplo, a linguagem poderia ser um pouco mais informal, coloquial.
2. No caso do artigo lido, o interlocutor preferencial são os leitores do jornal em que foi publicado, geralmente constituído de público adulto. Isso pode ser observado
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1. c) Para evidenciar que são expressões usadas em um sentido diferente do habitual, em sentido conotativo.
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TÍTULO 3
2. a) As expressões são bode expiatório (título 1), engolir sapos (título 2), nervos à flor da pele (título 3) e arregaça(r) as mangas (título 4). É provável que os estudantes já tenham ouvido essas expressões e até mesmo utilizado algumas delas.
Você se sente com os nervos à flor da pele?
DEMOLINARI, Simone. Você se sente com os nervos à flor da pele? Hoje em dia, [s. l.], 19 set. 2018. Disponível em: www.hojeemdia.com.br/opiniao/simone-demolinari/voce-se-sente-comos-nervos-a-flor-da-pele-1.657138. Acesso em: 12 jul. 2022.
TÍTULO 4
2. b) Bode expiatório é quem leva a culpa no lugar de alguém; engolir sapos tem o sentido de “fazer algo contrariado”, “acumular mágoas”; nervos à flor da pele corresponde a um estado de grande nervosismo, de muita tensão; arregaçar as mangas tem o sentido de “iniciar uma atividade ou um trabalho com afinco”.
Grupo Voluntários do Câncer de São Manuel arregaça as mangas e faz a diferença na cidade
GRUPO Voluntários do Câncer de São Manuel arregaça as mangas e faz a diferença na cidade. Solutudo, [s. l.], 7 fev. 2022. Disponível em: https://conteudo.solutudo.com.br/sao-manuel/grupo-voluntarios-do-cancer-de-saomanuel-arregaca-as-mangas-e-faz-a-diferenca-na-cidade/. Acesso em: 11 ago. 2022.
a) Quais são as expressões conotativas usadas nesses títulos? Você já as conhecia?
b) O que caracteriza essas expressões é o fato de que o seu significado não corresponde à soma dos significados dos termos que a compõe. Considerando essa informação, explique o sentido das expressões utilizadas em cada título.
c) Considerando os sentidos das expressões que você indicou como resposta no item b, que efeito de sentido o uso delas confere a esses títulos?
Expressões idiomáticas contra a desinformação
Solicite a cooperação do professor de Língua Inglesa para um trabalho que desenvolva as habilidades EF09LI12 e EF09LI13
Proponha aos estudantes que traduzam para o inglês expressões idiomáticas que conheçam – ao fazer isso, eles devem perceber que as expressões podem perder o sentido; por isso, é necessário buscar as expressões equivalentes no inglês. Peça, antes da tradução, que as expliquem, consultando a internet ou perguntando a familiares em casa. A seguir, há alguns exemplos de expressões.
As expressões conotativas analisadas na atividade 2 são usadas para dar leveza e originalidade ao texto. Elas são chamadas de expressões idiomáticas
Expressões idiomáticas são expressões que perderam seus significados literais e passaram a ser usadas apenas com seu sentido metafórico ou figurado. Elas são utilizadas com recorrência na fala e na escrita e os seus sentidos não correspondem à soma dos significados dos termos que as compõem.
Exemplos:
• É necessário abrir os olhos dos usuários de redes sociais para as fake news
alertar, convencer
• Muitos influenciadores postam comentários sem pés nem cabeça sobre qualquer tipo de assunto.
O uso dessas expressões enriquece os títulos, tornando-os mais atrativos para o leitor, uma vez que acrescentam um tom diferente do que seria dado pela linguagem denotativa. ilógico, sem sentido
A interpretação dessas expressões deve ser feita de maneira contextual, já que o sentido não equivale à soma dos significados de cada elemento que as compõem. As expressões idiomáticas são um recurso muito importante da comunicação escrita e falada e são usadas a todo instante, em quase todas as situações, formais e informais: nas conversas, nos jornais, nas revistas, nos programas de rádio e de televisão, nas propagandas, nos livros, nas músicas, nos filmes etc.
também nos títulos jornalísticos desta atividade. Comente, no entanto, que o uso de expressões conotativas não configura inadequação no registro e que elas contribuem para atrair os leitores.
2. a) Se considerar oportuno, escreva os títulos na lousa para que os estudantes indiquem as expressões coletivamente e você possa colocá-las em destaque.
2. b) e 2. c) Comente com os estudantes que muitos dicionários também oferecem definições para expressões conotativas nos verbetes dos termos que as compõem. Se possível, pesquise os termos bode, sapo, flor, pele e manga em dicionários impressos ou virtuais e verifique se oferecem definição para expressões conotativas que os utilizem.
• Falar pelos cotovelos. (Falar muito; ser tagarela.)
• Acertar na mosca. (Ser preciso; adivinhar corretamente.)
• Engolir sapo. (Fazer algo contrariado; não reagir diante de uma situação desagradável.)
• Fazer tempestade em copo d’água. (Transformar pequenas coisas em tragédia; exagerar.)
Traduzidas as expressões, sugira que, em grupos, escolham algumas delas para produzir cartazes físicos (ou um meme) bilingues que problematizem o uso das redes sociais e chamem a atenção para o cuidado ao compartilhar conteúdo. Para isso, eles podem incluir ilustração, a expressão em português, sua tradução literal e/ou a expressão equivalente em inglês.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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PROPOSIÇÕES
É importante os estudantes entenderem que a interpretação dos efeitos de sentido é parte do processo de (re)construção do texto. Para isso, é fundamental que as reflexões de análise linguística/ semiótica sejam realizadas em contextos de uso. Portanto, em Atividades, além de ser retomado um trecho do artigo de opinião, as propostas baseiam-se na interpretação de manchete, cartum e tirinha.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. Antes de realizar a atividade, peça aos estudantes que expliquem o que causa o humor no cartum. Converse sobre o sentido literal e o sentido figurado das expressões.
1. a), 1. b) e 1. c) Oriente os estudantes a observar atentamente os elementos verbais e não verbais do cartum para que depreendam os efeitos de sentido construídos na multimodalidade.
2. Aproveite a oportunidade para conversar com a turma sobre a importância de vocabulário e conhecimento de mundo para o desenvolvimento da habilidade leitora. Muitas vezes, a dificuldade de compreensão de um texto se dá por desconhecimento do sentido de palavras ou expressões, ou por desconhecimento do assunto. No caso do cartum, a compreensão do texto seria mais difícil para uma pessoa que desconhece a expressão chover canivetes Além disso, ao ler textos do gênero, o leitor deve, necessariamente, associar os recursos verbais aos não verbais.
ATIVIDADES
1. A seguir, leia o cartum, que faz uma crítica a uma situação do dia a dia.
a) O que o cartum mostra? Um homem com pressa, determinado a sair de um local.
b) Que recurso visual enfatiza a pressa da personagem?
c) De onde ele parece estar saindo?
A personagem sair pela porta ainda vestindo o paletó e com passo largo.
Parece sair de um prédio comercial ou de um galpão, já que há outra pessoa no andar de cima com um caixote de canivetes.
2. A personagem usa uma expressão para evidenciar sua determinação para sair do local.
a) Que expressão é essa? O que ela significa?
A expressão é nem que chova canivetes. Significa que ele sairia naquele momento e que nada o impediria.
b) A situação retratada tornou literal o sentido da expressão. Que efeito de sentido esse jogo de sentidos produz no cartum? Produz humor; torna o cartum engraçado, divertido.
c) Pode-se afirmar que a frase da personagem é uma expressão idiomática?
Espera-se que os estudantes infiram que sim. A expressão pode ser classificada como idiomática porque é uma metáfora largamente utilizada e cujo sentido não corresponde à soma dos significados dos elementos que a compõem.
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Nani Humor. [S. l.], 18 jun. 2012. Disponível em: www.nanihumor.com/2012/06/nem-que-chova-canivete.html. Acesso em: 4 jul. 2022. nani 162
NANI.
[Nem que chova canivetes].
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A reportagem foi publicada no TAB, um projeto de conteúdo multimídia de uma empresa brasileira de conteúdo, produtos e serviços de internet. Toda semana, são publicadas reportagens sobre temas provocativos relacionados a comportamento, política e cultura.
TEXTO
No artigo de opinião que você leu no Capítulo 1, o articulista discute a necessidade de se evitar a replicação das notícias falsas, as fake news, e como esse combate deve ser responsabilidade de todos que usam a internet, inclusive aqueles que estão nas redes sociais.
A reportagem que você vai ler agora, publicada em um site, também aborda o uso das redes sociais, mas trazendo outra visão: a tendência atual de as pessoas optarem por não se conectarem a elas.
Leia o título da reportagem e levante hipóteses: Quais motivos, provavelmente, levaram essas pessoas a fazer essa opção? Em sua opinião, que perspectiva a reportagem vai trazer em relação ao tema: mostrar que as pessoas ganham ou que perdem ao optarem por sair das redes sociais? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
• EF69LP03
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP15
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP03
• EF69LP15
• EF69LP16
• EF69LP17
PALAVRA ABERTA
• EF69LP12
• EF69LP13
• EF69LP32
• EF69LP38
• EF89LP05
• EF89LP06
• EF89LP16
• EF89LP24
• EF89LP25
• EF09LP01
• EF09LP02
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP03
• EF69LP11
• EF69LP55
• EF69LP56
Agora, leia o texto para entender um pouco mais sobre a tendência de desconectar-se das redes.
É tendência: millennials abandonam, e geração Z nem entra nas redes sociais
Marília Marasciulo
Da agência Eder Content, em colaboração para o TAB 12/11/2019 04h01
Júlia, 13 anos, não tem e nem quer ter um perfil em uma rede social. Stephanie Steponovicius, 32, saiu do Facebook há exatamente um ano. Rodrigo Duarte, também com 32 anos, só tem conta no WhatsApp, e ainda assim chegou tarde, em 2017. Ele não dá bola para as pressões de amigos que pedem para criar um perfil: “Não tenho, não preciso e não gosto”, responde.
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PROPOSIÇÕES
A reportagem é um gênero pertencente ao domínio do discurso jornalístico informativo e investigativo. Diferentemente da notícia, a reportagem resulta de uma investigação mais detalhada e aprofundada dos fatos, sendo assim mais extensa. É função da reportagem levantar e aprofundar as informações sobre temas do cotidiano.
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QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
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PRODUÇÃO ESCRITA
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Inicialmente, proponha uma leitura silenciosa do texto. Oriente os estudantes a observar os intertítulos que aparecem ao longo da reportagem e analisar como eles contribuem para organizar as informações apresentadas. Se considerar interessante, peça a eles que, durante a leitura, anotem as informações principais encontradas sob cada intertítulo, compondo um resumo topicalizado. Depois, se quiser, proponha uma segunda leitura compartilhada em voz alta, fazendo pausas para que os estudantes compartilhem as anotações que fizeram em cada trecho.
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BNCC
REPORTAGEM CAPÍTULO2
O CONTEXTO DO TEXTO
MarCus leoni/FolhaPress
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PROPOSIÇÕES
Quanto à linguagem, a reportagem tem um estilo mais flexível do que a notícia, o que possibilita ao repórter usar a 1a pessoa do discurso e interpretar os fatos, apresentando um retrato do assunto de um ângulo pessoal, ainda que preze pela objetividade.
Para trabalhar o gênero reportagem, chame a atenção dos estudantes para o modo de apreensão das opiniões que permeiam o texto. Ao longo da leitura, ressalte a presença de recursos textuais como comparação, intertextualidade, entre outros, os quais contribuem para a credibilidade que se pretende dar aos fatos. Destaque também as falas presentes na reportagem e como elas auxiliam no embasamento do que é relatado.
REALIZAÇÃO
Ao final da leitura, oriente os estudantes a consultar o boxe Vocabulário. A lista de palavras com seus respectivos significados no contexto em que aparecem no texto auxilia o processo de compreensão textual.
Todos eles engrossam o movimento apelidado pelo jornal britânico The Guardian de “logged off”, ou desconectados, que tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora. Encabeçado principalmente por millennials (os que nasceram entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000, caso de Stephanie e Rodrigo) e adolescentes da geração Z (nascidos na era da internet, como Júlia), o fenômeno contraria a ideia de que é impossível escapar das redes sociais no mundo contemporâneo.
Cada vez mais, pesquisas recentes têm apontado a tendência. Uma delas, feita com estudantes de colégios britânicos, revelou que 63% deles ficariam felizes se as redes sociais nunca tivessem sido inventadas. Nos últimos anos, o número de jovens que consideram as redes sociais importantes caiu de 66%, em 2016, para 57%, em 2018.
Outro estudo divulgado em março deste ano, da Infobase Interativa, reuniu pesquisas de consultorias especializadas em hábitos de consumo digital para mostrar que a desintoxicação das redes está em alta: 64% dos jovens estão dando uma pausa nelas e 59% querem excluir o perfil no Facebook. Há ainda estimativas que apontam que 30% dos millennials vão abandonar as redes em algum momento da vida.
[...]
Um vício que pode ser tóxico
Motivos não faltam para dar um tempo. [...]
“As redes sociais abriram um campo sem controle, muitas viraram um lugar para destilar ressentimentos e desagrados”, afirma a psicóloga Blenda de Oliveira, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP).
“Se a pessoa ainda não tem o senso crítico bem formado, esse pode ser um ambiente tóxico”, argumenta. No dia a dia do consultório, a psicóloga frequentemente ouve queixas sobre os efeitos das redes em questões como emagrecimento, beleza e padrões de renda.
Ainda que no fundo tudo esteja meio interligado, essas não são as justificativas mais comuns dadas pelos jovens para abandonar as redes. Uma das mais recorrentes é a preocupação com a segurança das plataformas. No Reino Unido, uma pesquisa do YouGov divulgada em outubro revelou que 63% dos entrevistados perderam a confiança nelas, e 61% têm mais cuidado com a privacidade das postagens.
[...]
Os desconectados também estão cansados da constante exposição e de terem que compartilhar tudo o tempo todo. “Uma vez nas redes, existe uma ideia de que você precisa fazer da sua vida um conteúdo, e isso gera vício e frustrações”, diz a socióloga Luiza Futuro. [...]
Todo mundo quem?
Junto com Filipe Techera, pesquisador de estudos culturais e comportamentais, Luiza conduz a investigação “Todo Mundo Quem?”. Desde 2017, eles estudam o comportamento dos brasileiros que não estão nas redes sociais. Mesmo que o Brasil seja considerado uma potência nas redes, com quase 100 milhões de usuários, os outros 110 milhões da população do país não participam delas. Embora o principal problema seja a falta de acesso à internet, um perfil chamou a atenção dos pesquisadores, que eles chamaram de nativos sociais. 164
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Os nativos sociais nada mais são do que os “desconectados”: não têm nenhuma barreira para acessar as redes, mas optam pelo “melhor não”. Mais do que por preocupação com segurança e excesso de exposição, fazem isso por sentirem falta do olho no olho. Eles valorizam a presença completa, no mais puro estado de atenção, durante as interações. “Hoje as pessoas estão só perto umas das outras, não realmente juntas”, diz a adolescente Júlia.
Os pesquisadores brasileiros observaram que os nativos sociais não deixam de usar as tecnologias, nem são excluídos do tecido social. Muito pelo contrário. “Alguns nos disseram ‘parece contraditório, porque estou fora das redes, mas eu gosto de conversar’”, relata Techera. “São pessoas que gostam da internet, mas estão cansadas deste tipo de rede.”
É exatamente o caso de Júlia: ela conta que adora navegar na internet, mas usa esse tempo para ler histórias, assistir a vídeos no YouTube e ouvir música.
Ficar fora dá trabalho
Os “desconectados” estão em uma vanguarda de buscar relações não mediadas pelo ambiente online e de ressignificar esse ambiente. “Os problemas são menos das ferramentas do que do uso que fazemos delas”, explica a socióloga Luiza. “Resta ver qual lógica irá fazer sentido para esse novo contexto.”
Mas isso ainda pode demorar. Primeiro, porque muita gente ainda vai entrar nas redes – só no Brasil há um potencial inexplorado de metade da população, com camadas que não têm acesso mas têm desejo de acessá-las. Segundo, porque por mais forte que esse movimento esteja se tornando, a decisão de sair das redes dá trabalho.
Além da dificuldade de abandonar o hábito, de fato pode ser difícil criar e manter relações sociais sem estar nelas. Uma estudante que participou da pesquisa “Todo Mundo Quem?”, por exemplo, disse que a vida prática das aulas ficou prejudicada por ela não ter WhatsApp. Ela não ficava sabendo de mudanças em datas de entregas ou provas importantes, ou de encontros da sala, entre outros.
Nada impede, no entanto, que cada vez mais Júlias, Stephanies e Rodrigos equilibrem a “dieta da conectividade” de hoje, como explica Luiza. Afinal, como bem lembra Rodrigo, até pouco tempo atrás, isso tudo nem existia.
MARASCIULO, Marília. É tendência: millennials abandonam, e geração Z nem entra nas redes sociais. TAB Uol, [s. l.], 12 nov. 2019. Disponível em: https://tab.uol.com. br/noticias/redacao/2019/11/12/e-tendencia-millennials-abandonam-e-geracao-znem-entra-nas-redes-sociais.htm. Acesso em: 29 jun. 2022.
ARTICULAÇÃO COM HISTÓRIA
De modo articulado com o professor do componente História, trabalhando a habilidade EF09HI33, proponha aos estudantes a seguinte situação-problema: De que modo as tecnologias digitais de informação e comunicação podem transformar – positivamente e/ou negativamente – as relações políticas e
VOCABULÁRIO
Millennials: primeira geração que lidou naturalmente com avanços tecnológicos como computadores, internet, smartphones e redes sociais. No Brasil, é mais conhecida como geração Y.
Geração Z: termo de origem incerta que denomina a geração que será adulta no século XXI.
Vanguarda: posição dianteira numa sequência, a frente.
QUEM É A AUTORA
Marília Marasciulo é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e tem pós-graduação em roteiro de TV e cinema pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Mora atualmente em Los Angeles, de onde escreve textos que são publicados em diversos sites e revistas do Brasil.
modo as tecnologias digitais de informação e comunicação têm transformado – positivamente e/ou negativamente – suas relações pessoais e sociais?
Determine um objetivo da pesquisa; se achar interessante, faça diferentes delimitações do tema para que grupos tenham tarefas distintas (por exemplo: investigar as relações nos âmbitos da família, da comunidade, da cidade, do país e do mundo).
Organize os estudantes em grupos e oriente-os como fazer curadoria de textos diversos, sejam escritos ou multimodais. Solicitar pesquisas é uma forma de ensinar os estudantes a estudar, assim como desenvolve as habilidades de localizar, selecionar e usar informações. Chame a atenção para a organização das informações obtidas: eles devem entender que não basta copiar dados disponíveis na internet para realizar o fichamento; a pesquisa deve gerar uma síntese do que leram. Também pode ser interessante que eles colham depoimentos que exemplifiquem as descobertas.
Ao final, cada grupo pode utilizar as informações obtidas para elaborar uma reportagem de acordo com seu recorte temático e publicar no blogue ou nas redes sociais da escola. Lembre-os de pensar na estrutura do gênero e criar título, subtítulo (ou linha fina) e lide, além de selecionar imagens que complementem os fatos.
sociais? Essa questão também é importante para que o estudante compreenda e utilize as tecnologias digitais de maneira crítica e ética, em práticas sociais diversas (incluindo as escolares), para se comunicar, difundir informações, produzir conhecimentos e exercer protagonismo na vida pessoal e coletiva. Incentive-os, também, a relacionar a pesquisa às suas vivências pessoais. Se considerar interessante, altere a proposição: De que
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, os estudantes terão oportunidade de retomar as hipóteses levantadas antes da leitura, relacioná-las com a reportagem e com os conhecimentos prévios e elaborar argumentos que sustentem as opiniões.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. e 2. Incentive os estudantes a compartilhar suas hipóteses a respeito dos motivos apontados na reportagem. Reflita com eles, por exemplo, sobre o fato de que muitas vezes usamos as redes sociais desmedidamente, sem refletir a respeito das consequências que esse uso pode ter.
3. Após a socialização das respostas dos estudantes, questione-os sobre a percepção que tiveram com a leitura da reportagem e quais foram as contribuições do texto para o conhecimento sobre o assunto tratado.
PROPOSIÇÕES
Em Texto e contexto, os estudantes poderão analisar o texto, localizar informações, interpretar sentidos e fazer inferências com base na leitura, recuperando seu contexto. Se achar pertinente, solicite a leitura em voz alta de trechos que embasem as respostas, quando pertinente.
Para a realização das atividades, sugere-se o trabalho em duplas ou pequenos grupos. Além de dinamizar a rotina de sala de aula, essa estratégia favorece uma situação de aprendizagem colaborativa.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Retome com a turma o uso da exemplificação como estratégia de convencimento
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO TEXTO EXPLORANDO O
1. Suas hipóteses a respeito dos motivos que levaram as pessoas a não se conectarem às redes sociais se confirmaram ou você se surpreendeu com alguma informação após ler a reportagem? Resposta pessoal.
2. Você já havia refletido sobre o assunto apresentado na reportagem ou já passou por algum dos problemas apontados no texto? Qual? Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, como é possível ser usuário das redes sociais e não ter os problemas apontados na reportagem? Resposta pessoal.
TEXTO E CONTEXTO
1. a) Exemplos de três jovens que, por diferentes razões, não estão nas redes sociais.
1. O fato que gerou a reportagem foi a tendência de as pessoas escolherem não participar das redes sociais.
a) Que exemplos o texto traz de imediato?
1. b) Comprovar que jovens de diferentes idades estão seguindo essa tendência.
b) Qual é a importância de apresentar esses exemplos logo no início do texto?
2. O texto, entretanto, vai além desse fato. Qual outro aspecto da sociedade contemporânea é abordado na reportagem?
O distanciamento entre as pessoas ocasionado pelas redes sociais.
3. Segundo a reportagem, o movimento logged off ou desconectados, em português, vai de encontro a uma tendência que se acreditava impossível acontecer.
a) Qual é essa tendência? A de que ninguém escaparia das redes sociais.
b) De acordo com a reportagem, o que tem causado o aumento dos desconectados?
A falta de segurança, a exposição e os riscos causados pelas redes.
4. No caderno, elabore um quadro conforme o modelo a seguir. Depois, preencha-o com as informações apresentadas na reportagem.
Entrevistado Profissão Por que é citado Júlia Não informado. Provavelmente, estudante. Depoimento pessoal.
Rodrigo Duarte Não informado.
Stephanie Steponovicius Não informado.
Blenda de Oliveira Por sua profissão.
Luiza Futuro
Filipe Techera
Psicóloga.
Socióloga. Pesquisador.
do leitor em textos de gêneros diversos. Esse recurso foi observado no artigo de opinião deste módulo. O exemplo sustenta a veracidade de um fato, imprimindo credibilidade ao texto.
2. Pergunte aos estudantes se teriam outras razões que consideram relevantes para justificar o abandono das redes sociais pelas pessoas.
3. No enunciado, chame a atenção para a expressão ir de encontro a, que significa
Pesquisadora do estudo “Todo Mundo Quem?”.
Depoimento pessoal. Depoimento pessoal.
contraste, oposição. Na linguagem coloquial, é comum as pessoas confundirem com ir ao encontro de, que significa o oposto, pois tem o sentido de aproximação, concordância.
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Pesquisador do estudo “Todo Mundo Quem?”. 166 D3-142-189-POR-F2-2102-V9-M4-LA-G24_AVU.indd 166 26/08/22 18:58
4. b) Validar as informações apresentadas na reportagem com a opinião de especialistas e de pessoas que enfrentam o problema abordado, a fim de dar respaldo e credibilidade ao texto.
a) O que há de comum entre esses entrevistados?
4. a) Todos eles apontam problemas relacionados às redes sociais.
b) Qual pode ter sido a intenção da autora ao trazer essas outras vozes para a reportagem?
c) Considerando o tema da reportagem, por que a autora recorreu a profissionais como uma socióloga e uma psicóloga?
Porque o tema da reportagem da autora é um fenômeno social e, portanto, envolve o comportamento humano, aspecto ligado
d) O que os três entrevistados – Júlia, Rodrigo e Stephanie – têm em comum? Qual é a importância dos depoimentos deles na reportagem?
as informações que apresenta no texto, assim como ao privilegiar determinadas informações em detrimento de outras, ao escolher palavras ou formas de estruturação de frases etc.
4. d) Os três optaram por não ter redes sociais. Eles são exemplos da tendência da qual a reportagem trata.
5. Quais informações a autora da reportagem apresenta sobre a tendência de os jovens de não terem redes sociais?
Ela procura mostrar quem são e por quais motivos jovens e adultos estão se desconectando das redes sociais.
6. Diferentemente da maioria das notícias, a reportagem sempre é um texto assinado por um ou mais jornalistas.
a) Considerando as características de uma reportagem, por que esse é um texto assinado?
A reportagem é assinada pela autora porque é fruto de sua investigação e porque contém o ponto de vista dela sobre o tema apresentado no texto.
b) Além da assinatura, são apresentadas outras informações, como o nome da empresa para a qual a jornalista trabalha, a data e a hora de publicação do texto. Qual é a finalidade dessas informações?
A finalidade é comunicar ao leitor a origem do texto e a atualidade das informações em relação à época de sua leitura.
7. e 9. Promova a troca de ideias e opiniões entre os estudantes, com respeito aos turnos de fala e observando uma postura de respeito e tolerância no convívio com os colegas. Solicite aos estudantes a localização dos trechos da reportagem que comprovam as respostas dadas.
à área da socióloga e à da psicóloga. exposição. Eles estão desconectados por preferirem interações de forma presencial, olho no olho.
Para esse grupo de pessoas, não se trata de preocupação com segurança ou de excesso de
7. De acordo com a pesquisa “Todo Mundo Quem?”, citada na reportagem, um grupo denominado nativos sociais ou desconectados usa a internet, mas prefere não se conectar às redes sociais. Qual é a opinião desse grupo de pessoas em relação a essas redes?
8. Levando em conta os variados tipos de conteúdo veiculados em redes sociais, de que maneira você imagina que elas podem ser nocivas para pessoas sem senso crítico formado, conforme alerta a psicóloga Blenda de Oliveira?
9. De acordo com as informações da reportagem, transcreva, no caderno, as alternativas que indicam os motivos pelos quais usuários abandonam as redes sociais. Alternativas A e D
A. Excesso de exposição nas redes sociais.
B. Excesso de atividades sociais para cumprir.
C. Futilidade dos temas abordados nessas redes.
D. Preferência pela interação olho a olho.
8. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que o conteúdo publicado em redes sociais pode ser prejudicial ou enganoso, levando o jovem ainda em formação e com pouca experiência a se limitar por essas informações, o que pode trazer riscos.
10. Segundo as informações finais apresentadas na reportagem, pode-se considerar que o cenário será a substituição das relações em redes sociais por relações menos virtuais? Justifique sua resposta.
A reportagem é um texto jornalístico investigativo que trata de questões de interesse do público, sem abordar necessariamente um fato atual. Por consistir na apresentação mais aprofundada de determinado tema, é fruto de investigação do repórter, que se vale de entrevistas, dados estatísticos e depoimentos de especialistas para enriquecer o texto. A reportagem pode ser veiculada em jornais, em revistas, na televisão e em sites
10. De acordo com as ideias finais da reportagem, vai demorar para ocorrer a substituição do contato virtual pelo real, porque no Brasil há muitas pessoas que ainda não se conectaram, mas tendem a fazê-lo, e também porque desconectar-se das redes exige esforço e tem consequências negativas.
8. Oriente os estudantes a refletir sobre o fato de que, nas redes sociais, costuma-se exaltar modismos e algumas futilidades, além de disseminar desinformação, preconceitos arraigados e estereótipos. Assim, um usuário que ainda não formou senso crítico se torna suscetível a esse tipo de conteúdo.
10. Além de localizar a resposta no texto, peça a alguns estudantes da turma para relatarem vivências pessoais sobre a questão: Entre eles, alguém deixou de usar as redes sociais? Ou conhece alguém que o tenha feito? Como eles veem essa questão num futuro próximo?
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REALIZAÇÃO
Texto e contexto
4., 5. e 6. Retome com a turma a comparação realizada anteriormente entre reportagem e notícia. A reportagem, além da divulgação de um fato, promove uma discussão social sobre a temática que aborda e busca levantar questões de interesse geral do grande público. Por isso, além dos depoimentos de pessoas
envolvidas com o acontecimento relatado, há a presença de especialistas como parte dos entrevistados e a tendência de selecionar profissionais com pontos de vista diversos ou complementares.
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5. Espera-se que os estudantes concluam que a autora da reportagem deixa subentendido seu ponto de vista, por exemplo, ao selecionar os entrevistados para compor
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PROPOSIÇÕES
As atividades de Composição e linguagem favorecem o desenvolvimento de capacidades de leitura relativas à compreensão e apreciação dos textos, considerando o contexto de produção do gênero reportagem, como a finalidade comunicativa, a circulação e os interlocutores preferenciais do texto, além dos recursos linguísticos e estruturais utilizados em sua composição.
REALIZAÇÃO
1. e 2. Lembre os estudantes de que é comum as reportagens, assim como outros gêneros textuais da esfera jornalística, apresentarem título, subtítulo e intertítulo. Se possível, amplie a atividade, orientando-os a pesquisar exemplos e leve-os a observar os recursos usados para chamar a atenção do leitor – o que principalmente é feito por meio do título e a delimitação do assunto estabelecida pelo subtítulo. O título tende a ser conciso e mais amplo; o subtítulo complementa e detalha as informações apresentadas no título, orientando o enfoque que será dado no texto. Além disso, no desenvolvimento da reportagem – assim como em outros gêneros jornalísticos – são usados intertítulos, que permitem a localização mais rápida de determinadas informações no texto e ajudam a organizá-lo.
2. Peça aos estudantes que retomem as anotações feitas durante a leitura, caso essa sugestão tenha sido encaminhada.
3. Explique que essa forma de introduzir o texto é chamada lide: na linguagem do jornalismo, são as informações
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. O título de uma reportagem deve atrair o leitor, incentivando-o a ler o texto.
a) Qual característica do título da reportagem lida contribui para esse objetivo? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa C
A. Enunciado metafórico que destaca o assunto do texto.
B. Explicação minuciosa sobre o assunto tratado no texto.
C. Frase que sintetiza o tema desenvolvido ao longo do texto.
D. Reprodução de um trecho importante do texto.
2. Ao longo da reportagem, são empregados intertítulos. I.: C; II.: A ; III.: B
a) No caderno, relacione cada intertítulo à alternativa que representa suas ideias principais.
I. Um vício que pode ser tóxico
II. Todo Mundo Quem?
III. Ficar fora dá trabalho
2. b) Organizar a apresentação detalhada de informações de acordo com os diferentes aspectos do tema abordado. Por ser um texto mais extenso, o uso de intertítulos também dinamiza a leitura de reportagens, facilitando a compreensão.
A. Pesquisa feita com alguns dos brasileiros que optaram por se desconectarem das redes sociais.
B. Reflexão sobre possíveis prejuízos em relações sociais por se estar desconectado das redes.
C. Abordagem de alguns dos principais motivos que levam as pessoas a deixar de usar as redes sociais.
b) Qual é a finalidade do uso de intertítulos em uma reportagem?
3. O corpo de uma reportagem consiste no texto em si, que é organizado para permitir a progressão do conteúdo. Na reportagem lida, por exemplo, os dois primeiros parágrafos introduzem o tema.
a) Sintetize as informações contidas neles.
b) Por que é importante apresentar essas informações logo no início do texto?
3. a) Os dois primeiros parágrafos trazem informações sobre três pessoas que estão desconectadas das redes sociais ou fazem pouco uso delas, além de explicar quem são os millennials e quem faz parte da geração Z.
4. Após introduzir o tema da reportagem, a autora se aprofunda na questão e, para isso, utiliza algumas estratégias.
3. b) Essas informações contextualizam o tema que será desenvolvido ao longo da reportagem.
a) No caderno, transcreva as alternativas que indicam os recursos usados pela autora da reportagem para aprofundar o tema. Alternativas A , C e D
A. Depoimento de especialistas.
B. Alusões históricas.
C. Dados estatísticos de pesquisas.
D. Análise de estudos científicos.
4. b) Pela variedade de estratégias usadas para se aprofundar no tema, fica nítido que a jornalista fez um estudo minucioso sobre ele antes de escrever o texto.
b) Considerando sua resposta ao item a, pode-se dizer que a autora da reportagem fez um estudo aprofundado sobre o assunto antes de es crever sobre ele? Justifique sua resposta.
essenciais que o texto traz sobre o fato ocorrido. “Quem?”, “O quê?”, “Quando?”, “Onde?”, “Por quê?” e “Como?” são as perguntas básicas a que o lide costuma responder. Geralmente apresentada no parágrafo introdutório, essa síntese das informações que serão desenvolvidas no corpo do texto busca atrair a atenção do leitor, levando-o a dar continuidade à leitura, para entender detalhes dessas informações iniciais.
4. a) Solicite a localização dos trechos da reportagem que comprovam as alternativas escolhidas. Peça que os leiam em voz alta. Mostre, também, que a alternativa B também poderia ter sido usada pela autora como estratégia de comprovação dos fatos.
4. b) É importante que os estudantes percebam que reportagens demandam trabalho de investigação, busca e tratamento de informações, apuração e estudo para garantir a credibilidade do que é publicado.
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5. Ao concluir a reportagem retomando os nomes citados no início, a autora cria um circuito no texto, caracterizando, dessa forma, o fim das informações e a abertura de reflexões possíveis a respeito do tema.
5. Na conclusão da reportagem, a jornalista retoma os entrevistados mencionados no início do texto, generalizando os usuários das redes sociais com os nomes de Júlia, Stephanie e Rodrigo no plural. Qual é a intenção da autora ao retomar, no final, os nomes citados no primeiro parágrafo?
6. O uso de recursos visuais é comum em reportagens. Observe a fotografia que acompanha a reportagem lida e responda às atividades a seguir.
a) Que relação se estabelece entre a imagem e o conteúdo da reportagem?
b) Você relacionaria o homem da fotografia a um indivíduo pertencente à geração dos millennials ou à geração Z? Justifique sua resposta.
c) Por que é importante usar recursos visuais como fotografias, gráficos e infográficos em reportagens?
7. Releia o trecho a seguir.
compartilhe em sala de aula, se possível, exemplos que dialoguem com o tema da reportagem lida.
7. Espera-se que os estudantes entendam que o vocabulário coloquial torna o texto atraente para leitura por pessoas mais jovens, principalmente, assim como a temática do texto relacionada a um ambiente em que a linguagem tende a ser mais informal.
[...] Ele não dá bola para as pressões de amigos que pedem para criar um perfil: “Não tenho, não preciso e não gosto”, responde.
a) A expressão em destaque é de uma modalidade informal do uso da língua. O que ela significa no contexto em que está?
6. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes relacionem o rapaz da fotografia a alguém da geração dos millennials, pois, pela roupa que veste, ele aparenta ser um executivo de aproximadamente 30 anos, nascido, então, entre as décadas de 1980 e 1990.
8. a) e 8. b) Destaque que tanto as aspas quanto os verbos demarcam as falas.
Significa dizer que essa pessoa não se importa com determinada questão.
b) Considerando o conteúdo veiculado e o possível público-alvo, qual teria sido a intenção da autora ao usar essa expressão na reportagem?
aproximar dos millennials e da geração Z, que tendem a usar uma linguagem mais informal no cotidiano.
Trecho 1
Provavelmente, a autora pretendia se
8. Os depoimentos em uma reportagem são muito importantes. Eles acrescentam informações, conferindo credibilidade ao texto. Releia os trechos a seguir.
6. c) Porque esses recursos sintetizam e mostram o conteúdo (ou parte dele) por meio de outra modalidade, tornando a leitura mais fluida e facilitando a compreensão do leitor.
“As redes sociais abriram um campo sem controle, muitas viraram um lugar para destilar ressentimentos e desagrados”, afirma a psicóloga Blenda de Oliveira, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP).
Trecho 2
“Se a pessoa ainda não tem o senso crítico bem formado, esse pode ser um ambiente tóxico”, argumenta. [...]
Trecho 3
[...] “Hoje as pessoas estão só perto umas das outras, não realmente juntas”, diz a adolescente Júlia.
a) Qual é a função das aspas nesses trechos?
b) Qual é a função das formas verbais em destaque nos trechos?
8. a) Demarcar a citação dos entrevistados das demais informações do texto. 8. b) Elas indicam o tipo de ação do entrevistado no ato da fala, de afirmar, argumentar e dizer.
c) Se nos trechos 1 e 2 fosse usada a forma verbal diz no lugar, respectivamente, de afirma e argumenta, os depoimentos teriam o mesmo efeito de sentido na reportagem? Explique.
6. a) O homem sentado na escada com um celular ao seu lado, não em suas mãos, evidencia o comportamento de se desconectar das redes sociais. 169
8. c) Não. As formas verbais indicam ações diferentes, portanto sentidos também diferentes; os verbos afirmar e argumentar sugerem uma ação mais firme, enfática, enquanto o verbo dizer sugere uma ação simples, neutra.
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5. Chame a atenção dos estudantes para a importância de usar estratégias de conclusão ao produzir um texto. Um desses recursos é a retomada de informações anteriores para fechamento conclusivo da discussão, o que é comum também em outros gêneros textuais, como artigo de opinião e resenha. Comente que o uso dos nomes citados no plural também ajuda a envolver o leitor, indicando, de forma genérica, que os casos exemplificados podem se multiplicar.
6. Sugere-se ampliar a atividade, solicitando aos estudantes a pesquisa de reportagens publicadas em mídias diversas para observação dos recursos multimodais utilizados. Além de fotografia e legenda, tradicionalmente usadas para ilustrar informações textuais pela mídia impressa, atualmente, com a circulação do gênero em mídias digitais, é comum a publicação ser acompanhada de vídeos e até mapas ou infográficos interativos. Se considerar oportuno, traga e
8. c) Explique que esses são os chamados verbos de elocução, usados não só para sinalizar as falas citadas, mas também para lhes atribuir sentido.
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REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
8. d) Ressalte a importância de que o texto indique, por meio dos verbos de elocução, o teor das falas citadas.
9. Comente que, em jornalismo, as pessoas e os documentos consultados para embasar uma reportagem são chamados de fontes. Elas podem ser citadas de modo direto ou indireto. A citação direta é marcada, na escrita, por meio de aspas, que introduzem e finalizam a fala da pessoa entrevistada, ou introduzidas por meio de parágrafo iniciado com travessão. Já a citação indireta ocorre quando quem escreveu o texto se utiliza das informações prestadas pela fonte e as transcreve incorporando-as a seu texto.
10. Peça aos estudantes que substituam o adjetivo tóxico, no trecho, por outro de valor semântico próximo, como prejudicial, negativo, perigoso Espera-se que infiram que a opção foi enfatizar os problemas emocionais decorrentes do uso das redes, principalmente para os mais jovens.
11. Chame a atenção para a importância de articuladores textuais como os colocados em destaque para favorecer a leitura: eles permitem que novas informações sejam acrescentadas e o leitor (ou ouvinte) estabeleça conexões que permitam a compreensão do texto. Esses mecanismos são importantes elementos coesivos, que devem ser identificados na leitura, assim como utilizados nas próprias produções textuais.
9. a) A citação apresentada nesta atividade está sem aspas e não registra exatamente a fala de alguém, mas o pensamento de uma pessoa com as palavras da autora do texto.
As citações de falas de outras pessoas podem aparecer na reportagem e em outros gêneros, em discurso direto ou indireto. Na fala em discurso direto, o autor do texto registra exatamente o que outra pessoa falou, sem adaptações. No discurso indireto, o autor escreve com suas palavras o que outra pessoa disse. No discurso direto, as falas são introduzidas por meio das aspas e acompanhadas de verbos de elocução, que indicam ao leitor a forma e a intenção do falante: reclamar, alertar, argumentar, dizer etc. Cada um desses verbos imprime um sentido ao que é falado.
9. b) A fala da psicóloga foi reproduzida de forma fiel por se tratar de uma especialista no assunto, sendo necessário, assim, um cuidado maior com aquilo que se registra no texto. Já o depoimento de Júlia é mais coloquial, bastando à autora do texto manter a essência da informação.
10. A psicóloga atribuiu o adjetivo tóxico às redes sociais por considerá-las potencialmente prejudiciais à vida de usuários cujo senso crítico está em formação.
11. a) Os elementos em destaque encadeiam o discurso, organizando-o e dando uma progressão lógica às informações apresentadas pela autora.
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d) No trecho 3, se, em vez da forma verbal em destaque, fosse usada a forma verbal argumenta, que sentido teria o depoimento da psicóloga Blenda de Oliveira?
O depoimento seria mais forte e convincente.
9. Agora, releia o trecho a seguir.
É exatamente o caso de Júlia: ela conta que adora navegar na internet, mas usa esse tempo para ler histórias, assistir a vídeos no YouTube e ouvir música.
a) Quais são as diferenças entre essa forma de citação e os trechos analisados na atividade 8?
b) Por que a fala de Júlia foi citada na reportagem com as palavras da autora e a fala da psicóloga Blenda de Oliveira foi apresentada exatamente como foi dita?
10. Releia a seguir a avaliação da psicóloga Blenda de Oliveira a respeito da internet.
“Se a pessoa ainda não tem o senso crítico bem formado, esse pode ser um ambiente tóxico”, argumenta. [...]
• Considerando o sentido do adjetivo tóxico, por que a psicóloga teria atribuído essa característica às redes sociais?
11. Releia o trecho a seguir, que se refere à tendência de abandono das redes sociais hoje em dia.
Mas isso ainda pode demorar. Primeiro, porque muita gente ainda vai entrar nas redes – só no Brasil há um potencial inexplorado de metade da população, com camadas que não têm acesso mas têm desejo de acessá-las. Segundo, porque por mais forte que esse movimento esteja se tornando, a decisão de sair das redes dá trabalho.
a) Nesse trecho, qual é a importância dos elementos em destaque para a organização da reportagem?
b) Ao listar as informações nesse trecho, a autora as organizou de modo aleatório ou por relevância? Justifique sua resposta.
A reportagem é um texto com vocabulário acessível, marcado por frases precisas e por expressões do cotidiano do leitor, muitas delas informais, que facilitam a leitura e a tornam mais agradável. O autor da reportagem pode fazer uso de modalizadores, como adjetivos e advérbios, para indicar um posicionamento crítico a respeito das informações apresentadas no texto. Geralmente, para dar credibilidade às informações, apresentam-se opiniões de especialistas no assunto por meio de citações.
11. b) A autora usou o critério da relevância da informação, pois, utilizando marcadores como primeiro e segundo, torna clara a hierarquização de argumentos.
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Checagem de fatos e mensagem de áudio
No artigo de opinião do Capítulo 1, você viu como as fake news são disseminadas e como o usuário também tem responsabilidade ao compartilhá-las sem fazer uma checagem quanto à veracidade dessas informações. Na reportagem do Capítulo 2, é abordada a questão dos desconectados, isto é, jovens que estão se afastando das redes sociais por vários motivos, inclusive, provavelmente, devido ao excesso de notícias falsas. Mas sair das redes sociais vai diminuir as fake news? Certamente não. O que pode ajudar a combatê-las é o usuário fazer a checagem da veracidade das informações antes de compartilhar as mensagens recebidas.
As fake news se passam por notícias verdadeiras por fazer uso da mesma construção de texto utilizada no jornalismo, composta da descrição de fatos, validação com dados e opinião de especialistas. Por isso, muitas vezes, é difícil identificar o que é fato e o que é fake news. Para avaliar a veracidade da notícia, é preciso utilizar procedimentos de checagem de fatos noticiados e consultar ferramentas e sites checadores.
Você questiona as informações que recebe ou costuma repassar o que recebe sem refletir? Usa algum critério para selecionar uma fonte de informação ou não costuma fazer isso? Para refletir sobre essas questões, a proposta é que você e os colegas verifiquem se as afirmações apresentadas a seguir são fatos ou fake news. Para isso, vocês terão de expandir seus critérios de avaliação de fontes de pesquisa, de acordo com as etapas a seguir.
Etapa 1
1 Forme grupo com mais três colegas. Juntos, leiam as afirmações a seguir.
• Macaco com febre amarela transmite a doença às pessoas.
• O aquecimento global é uma fraude.
• O aquecimento global é causado pelo ser humano.
• Chá de erva-doce cura gripe.
• Casos de dengue passam de 1 milhão.
• Vinagre afasta mosquito da dengue.
• Amazônia tem recorde de desmatamento.
URL é o endereço virtual de um site ou de uma página na internet.
2 Usando o computador ou o celular, pesquisem cada uma das afirmações em pelo menos duas fontes diferentes. Confiram as notícias publicadas sobre o assunto e, no caderno, registrem as URLs.
PROPOSIÇÕES
De modo contextualizado com os TCTs Ciência e Tecnologia e Vida familiar e social, em Palavra aberta os estudantes vão recorrer a sites de checagem para analisar fatos controversos. Dessa forma, é possível trabalhar com metodologias ativas (resolução de problemas, trabalho de campo, aprendizagem colaborativa). É importante supervisionar de perto o trabalho
de todos os grupos, protegendo os estudantes do acesso a conteúdo indevido na internet ou inadequado para a faixa etária. Se considerar mais adequado, a análise pode ser realizada de modo coletivo com toda a turma, a fim de que você possa orientar melhor o que está acontecendo em cada etapa. Incentive o protagonismo dos estudantes e permita que eles tomem decisões de modo autônomo a
respeito do encaminhamento das etapas da atividade, solucionando, de modo crítico e criativo, os eventuais problemas que possam surgir.
Se considerar relevante, explique que especialistas que estudam o fenômeno das fake news apontam razões que levam algumas pessoas a criarem notícias falsas como ganhos financeiros, convicção política, ou mesmo por piada ou sátira –nesse último caso, muitas vezes, os conteúdos perdem o controle e passam a circular nas redes como se fossem verdadeiros.
REALIZAÇÃO
Palavra aberta
Observe se todos os membros dos grupos participam ativamente de todas as etapas de trabalho. Caso a atividade seja realizada fora da sala de aula, oriente os grupos a distribuir as tarefas. Chame a atenção para a importância de participação ativa e colaborativa para a realização do trabalho.
Na Etapa 1, acrescente ou altere os temas, se considerar relevante, mas sempre em diálogo com os estudantes, mobilizando-os também a investigar com base nos próprios interesses. Sugere-se, por exemplo, pesquisar temas polêmicos ou de relevância social. Uma conversa com professores de outros componentes também pode ser interessante para o levantamento de outras temáticas.
Oriente o uso da internet para as pesquisas, incentivando-os a observar as condições de produção e circulação dos conteúdos acessados (autoria, título, data de publicação, veículo etc.).
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ABERTA PALAVRA
sdeCoret/shutterstoCk.CoM
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REALIZAÇÃO
Para o preenchimento do quadro da Etapa 2, certifique-se de que os grupos entenderam como fazê-lo. É importante que realizem a pesquisa com autonomia, mas também se coloque à disposição para auxiliá-los a fazer a síntese analítica proposta.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Distinção entre mídia impressa e virtual
Com os estudantes, acesse um portal de notícias e peça a eles que indiquem as diferenças que notam entre o site e um jornal impresso. Possivelmente, identificarão a organização dos títulos: só o primeiro está em destaque, os demais costumam apresentar a mesma fonte de letra e tamanho. É comum também que todos os títulos estejam acompanhados de imagens. Ressalte as conexões que esse tipo de portal permite ao leitor estabelecer: acesso a vídeos e podcasts e até a interação com outros leitores por meio do próprio jornal.
Se possível, mostre que algumas notícias são atualizadas diversas vezes ao dia, e que também podem ser acessadas pelos leitores de qualquer lugar que estiverem.
PARA ACESSAR
COLETIVO ou clube de checagem. Faketofora – quem vota se informa. [S. l.], [20--?]. Site Disponível em: https://faketofora. org.br/materiais/coletivo-ouclube-de-checagem/. Acesso em: 18 ago. 2022.
O Instituto Palavra Aberta oferece em seu site um material gratuito com informações, protocolos e dicas para a criação de um coletivo de checagem em na escola. Se possível, se aproprie do material e compartilhe com os estudantes o que achar pertinente.
3 Em seguida, analisem as notícias encontradas. Para isso, verifiquem se:
• o veículo é conhecido, apresenta outras publicações e qual é o teor dessas outras notícias (certifiquem-se de que não é um site humorístico, por exemplo);
• o local da publicação é informado e se a data é recente;
• é possível identificar a autoria e se ela pode ser confirmada por meio da busca do nome do autor em outros sites;
• a formatação da página é adequada e se parece com a de sites conhecidos;
• o texto apresenta erros, uso excessivo de pontuação ou de letras maiúsculas;
• há uso de muitos adjetivos, de juízos de valor ou de trechos que se dirigem diretamente ao leitor;
• o corpo da notícia corresponde à manchete e à linha fina;
• notícias semelhantes foram publicadas em outros veículos;
• a notícia foi desmentida ou confirmada em algum site ou serviço de checagem de fatos.
PARA ACESSAR
• Lupa. Disponível em: https://lupa.uol.com.br. Acesso em: 6 jul. 2022.
Primeira agência de checagem criada no Brasil, tem nove etiquetas para classificar as notícias, entre elas: Falso, Verdadeiro, Contraditório, Ainda é cedo para dizer, Insustentável e De olho – este último é usado quando o conteúdo está em monitoramento.
• Fato ou fake. Disponível em: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/. Acesso em: 6 jul. 2022. Esse serviço de checagem apura notícias que estão sendo muito compartilhadas nas redes sociais e utiliza três selos após a apuração: Fato, Não é bem assim (quando o conteúdo está incompleto, é exagerado ou parcialmente verdadeiro) e Fake
• Projeto Comprova. Disponível em: https://projetocomprova.com.br. Acesso em: 6 jul. 2022. O projeto é uma iniciativa de jornalismo colaborativo. A verificação das informações é realizada por, pelo menos, quatro redações jornalísticas diferentes.
Etapa 2
1 No caderno, organizem as informações encontradas em um quadro, de acordo com o modelo a seguir. Para cada afirmação, indiquem as notícias que confirmam ou desmentem sua veracidade, com as respectivas URLs, as anotações sobre as fontes e as conclusões a que vocês chegaram sobre cada fato pesquisado: correto, incorreto, polêmico, inconclusivo
Afirmação Notícias Anotações sobre as fontes Conclusão 172
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Etapa 3
1 Com base nas informações contidas no quadro, avaliem as fontes escolhidas para a pesquisa. Para isso, respondam aos itens a seguir.
• Por que vocês escolheram essas fontes? O que fez vocês pensarem que eram boas fontes de pesquisa?
• Os temas das afirmações influenciaram na escolha das fontes de pesquisa ou não?
• Vocês encontraram a mesma informação em diversas fontes?
• Houve informações conflitantes ou com variações? Em qual das fontes?
• A análise das notícias ajudou a ter menos ou mais confiança em alguma fonte?
2 Elaborem um pequeno texto com as conclusões do grupo, pois na etapa seguinte vocês vão expor essas considerações aos demais grupos.
Etapa 4
1 No dia combinado com o professor, apresentem oralmente as conclusões do grupo para os colegas. Sigam o tempo estipulado para a apresentação e prestem atenção ao volume da voz, à pronúncia das palavras e ao ritmo da fala para que sejam compreendidos por todos.
2 Durante a apresentação dos outros grupos, mantenham o silêncio e uma postura de escuta respeitosa.
Etapa 5
1 Após as apresentações, cada grupo vai elaborar uma mensagem de áudio alertando os destinatários sobre como evitar notícias falsas e sobre como escolher boas fontes de pesquisa para confirmar a veracidade das informações que circulam na internet. Para isso, sigam as próximas orientações.
• Planejem o que irão dizer de modo que a mensagem seja objetiva e concisa. O objetivo do áudio é divulgar os passos mais importantes para fazer a checagem de informações e evitar o compartilhamento de fake news
• Escrevam um roteiro, façam a revisão do texto e escolham o integrante do grupo que fará a gravação. O colega escolhido poderá ensaiar a fala antes da gravação e deve ficar atento aos elementos, como modulação de voz, entonação, ritmo, altura, intensidade e respiração.
2 Gravem a versão final da mensagem de áudio e, sob a orientação do professor, compartilhem-na com familiares e colegas usando algum aplicativo de troca de mensagens pelo celular.
REALIZAÇÃO
Na Etapa 3, após a criação do quadro de síntese pelos grupos, reserve um momento para os estudantes compartilharem com a turma os resultados da pesquisa sobre a veracidade das notícias e discutir as perguntas sugeridas.
Na Etapa 4, oriente os grupos a organizarem um roteiro para a apresentação em sala de aula. Para concluir a apresentação, oriente-os a estruturar uma argumentação final.
Na Etapa 5 , ao conduzir a preparação das mensagens de áudio, oriente os grupos a elaborar um roteiro antes da gravação, para que não se esqueçam de nenhuma informação. Na avaliação dos grupos, considere elementos paralinguísticos, como volume da voz, entonação, ritmo, respiração, pausas e hesitações. Fique responsável pelo envio da versão final dos áudios em aplicativos de troca de mensagens pelo celular. Eles podem ser direcionados aos familiares dos estudantes e a colegas de outras turmas.
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PROPOSIÇÕES
Em Por dentro da língua, complementa-se o estudo das orações subordinadas adjetivas, pois seu objetivo é instrumentalizar os estudantes a identificar os pronomes relativos que as introduzem. Espera-se que eles reconheçam o papel que esses conectivos exercem na construção de sentidos no texto. Oriente as atividades iniciais, que conduzem os estudantes na construção do conceito de pronomes relativos.
REALIZAÇÃO
1. Se necessário, retome com a turma a temática da reportagem. Possibilite que os estudantes expressem livremente suas opiniões, sempre justificando seus pontos de vista com argumentos que os sustentem. Comente que o uso das redes sociais não é o problema, mas sim como as pessoas as utilizam, em geral de forma exagerada e desenfreada, prejudicando, inclusive, a saúde.
2. e 3. Amplie as atividades solicitando aos estudantes que identifiquem se as orações subordinadas adjetivas são explicativas ou restritivas. No primeiro período, chame a atenção para as vírgulas, usadas para marcar a intenção de explicar. A adjetiva do segundo período é restritiva.
4. A identificação dos pronomes relativos pode ser facilitada com a substituição por o qual nos diferentes contextos e observando as relações de concordância ne cessárias. Certifique-se de que a turma entende que a função do pronome relativo é favorecer a progressão temática. Mostre que a língua dispõe de recursos que são utilizados
Pronome relativo
As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo, que se refere ao nome que vem antes dele.
2. a) A oração é “que tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora” e está ligada ao substantivo desconectados
1. Releia o parágrafo da reportagem em que a jornalista explica quem são os principais adeptos do grupo dos desconectados das redes sociais.
Todos eles engrossam o movimento apelidado pelo jornal britânico The Guardian de “logged off ”, ou desconectados, que tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora. Encabeçado principalmente por millennials (os que nasceram entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000, caso de Stephanie e Rodrigo) e adolescentes da geração Z (nascidos na era da internet, como Júlia), o fenômeno contraria a ideia de que é impossível escapar das redes sociais no mundo contemporâneo.
1. a) Para evidenciar que são os jovens que estão aderindo ao movimento dos desconectados.
a) Com que finalidade a jornalista faz referência aos millennials e aos adolescentes da geração Z?
b) De acordo com a jornalista, “o fenômeno contraria a ideia de que é impossível escapar das redes sociais no mundo contemporâneo”. O que essa conclusão revela sobre o que ela pensa a respeito do assunto?
A conclusão da autora revela que ela acredita ser possível as pessoas se desconectarem das redes sociais.
c) Qual é sua opinião a respeito do assunto? Para você, é possível ou impossível parar de usar as redes sociais? Respostas pessoais.
2. No primeiro período do trecho, aparece uma oração subordinada adjetiva.
a) Qual é essa oração? A que substantivo está se referindo?
b) Analisando os efeitos de sentido, com que finalidade essa oração foi usada?
A oração foi usada para caracterizar o nome desconectados.
3. Releia o trecho a seguir e observe a oração em destaque.
[...] Encabeçado principalmente por millennials (os que nasceram entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000, caso de Stephanie e Rodrigo) e adolescentes da geração Z (nascidos na era da internet, como Júlia), o fenômeno contraria a ideia de que é impossível escapar das redes sociais no mundo contemporâneo.
• A que nome essa oração se refere?
A oração se refere ao nome millennials
4. Agora, releia este trecho e observe as palavras em destaque.
Todos eles engrossam o movimento apelidado pelo jornal britânico The Guardian de “logged off”, ou desconectados, que tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora. Encabeçado principalmente por millennials (os que nasceram entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000, caso de Stephanie e Rodrigo) e adolescentes da geração Z (nascidos na era da internet, como Júlia) [...].
• Que função as palavras em destaque exercem nesse trecho quanto à construção de sentidos dos enunciados?
As palavras em destaque retomam um termo que apareceu anteriormente, trazendo-o para o contexto da oração em que se encontra.
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para dar sequência aos enunciados, sejam orais ou escritos, permitindo que novas informações sejam acrescentadas e o leitor (ou ouvinte) estabeleça conexões que permitam a compreensão do texto.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Nas atividades anteriores, você viu que as orações subordinadas adjetivas estão ligadas a um termo por meio do pronome relativo e exercem a função de qualificar ou especificar esse termo. Agora, você vai estudar o pronome relativo e as funções que ele desempenha nas orações.
O pronome relativo é usado para retomar um termo – um substantivo ou um pronome –que vem antes dele na oração, iniciando, dessa forma, uma oração subordinada adjetiva, empregada com a finalidade de caracterizar ou especificar esse termo.
Exemplo:
[...] Nos últimos anos, o número de jovens que consideram as redes sociais importantes caiu de 66%, em 2016, para 57%, em 2018.
No exemplo, o pronome relativo que retoma o termo jovens, que vem antes dele e introduz a oração subordinada adjetiva que consideram as redes sociais importantes, com a finalidade de caracterizar esse termo.
Os pronomes relativos classificam-se em invariáveis e variáveis.
• Invariáveis: independente do termo que estão retomando, não sofrem variação em gênero (masculino, feminino) nem em número (singular, plural). Exemplos: que, quem, onde, aonde
• Variáveis: sofrem variação em gênero (masculino, feminino) e em número (singular, plural) dependendo do termo que estão retomando. Exemplos: o(a) qual, os(as) quais, cujo(a), cujos(as), quanto(a), quantos(as).
Os pronomes relativos podem exercer diferentes funções sintáticas nas orações em que são empregados. Essas funções estão relacionadas aos termos que esses pronomes substituem.
Pronome relativo e função sintática
QueO pronome relativo que é usado para substituir o nome de uma pessoa ou de algo, exercendo diversas funções sintáticas. Conheça algumas.
Sujeito
PROPOSIÇÕES
Observe que o encaminhamento da conceituação é feito utilizando a técnica do pensamento computacional: a apresentação das funções sintáticas assumidas pelo pronome relativo é feita de modo a ser decomposta em elementos menores, para que o estudante possa ir compreendendo a relação de subordinação e a função sintática assumida pelo pronome em um crescente de dificuldade. A isso, segue-se o processo de reconhecimento de padrões.
[...] eles estudam o comportamento dos brasileiros que não estão nas redes sociais. [...]
Para saber que a função sintática do pronome relativo é a de sujeito, desdobra-se o período composto em duas orações. Veja.
I. Eles estudam o comportamento dos brasileiros.
II. Os brasileiros não estão nas redes sociais.
Na oração subordinada adjetiva, o termo brasileiros foi substituído pelo pronome relativo que; portanto, ele exerce a função de sujeito. 175
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PROPOSIÇÕES
É essencial os estudantes compreenderem que o pronome relativo assume a função sintática da palavra que ele retoma, ou seja, de seu antecedente. Para descobrir a função sintática exercida pelo pronome relativo, é fundamental identificar a oração principal e a subordinada, separar as duas, para depois transformar a subordinada em uma oração completa.
Objeto direto
• O trabalho que os pesquisadores desenvolvem traz muitas contribuições.
Veja como o período composto é desdobrado nesse caso.
I. O trabalho traz muitas contribuições.
II. Os pesquisadores desenvolvem o trabalho
Na oração subordinada adjetiva, o termo trabalho foi substituído pelo pronome relativo que; portanto, ele exerce a função de objeto direto.
Objeto indireto
• O documentário sobre a geração Z a que eu assisti é impactante.
O período composto pode ser desdobrado em:
I. O documentário sobre a geração Z é impactante.
II. Eu assisti ao documentário sobre a geração Z.
Na oração subordinada adjetiva, o termo documentário foi substituído pelo pronome relativo que antecedido pela preposição a; portanto, ele exerce a função de objeto indireto.
Os pronomes relativos o qual, os quais, a qual, as quais são usados também como referência a pessoa ou a coisa e desempenham as mesmas funções sintáticas do pronome que. A substituição do pronome que por o qual e suas variações ocorre por interesse ou por opção do falante ou redator, sem prejuízo de sentido, e, no registro formal escrito, para evitar ambiguidades.
Quem
O pronome relativo quem refere-se a pessoas e é sempre precedido de preposição. Exerce algumas funções sintáticas, entre elas as de objeto direto e de complemento nominal.
Objeto indireto
• Os pesquisadores com quem eu compartilhava as descobertas não estavam presentes na cerimônia.
O período composto pode ser desdobrado em:
I. Os pesquisadores não estavam presentes na cerimônia.
II. Eu compartilhava as descobertas com os pesquisadores
Na oração subordinada adjetiva, o termo pesquisadores foi substituído pelo pronome relativo quem antecedido pela preposição com; portanto, ele exerce a função de objeto indireto.
Complemento nominal
• Filipe Techera, pesquisador de estudos culturais e comportamentais, é um estudioso a quem todos fazem referência.
O período composto pode ser desdobrado em:
I. Filipe Techera, pesquisador de estudos culturais e comportamentais, é um estudioso.
II. Todos fazem referência a esse estudioso
Na oração subordinada adjetiva, o termo a esse estudioso foi substituído pelo pronome relativo quem antecedido pela preposição a; portanto, ele exerce a função de complemento nominal.
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Onde
O pronome relativo onde (ou aonde, quando contraído com a preposição a) é empregado na indicação de lugar, exercendo a função sintática de adjunto adverbial. Exemplo:
• O país onde foi realizada a pesquisa YouGov fica na Europa.
O período composto pode ser desdobrado em:
I. O país fica na Europa.
II. A pesquisa YouGov foi realizada nesse país
Na oração subordinada adjetiva, o termo nesse país foi substituído pelo pronome relativo onde; portanto, ele exerce a função de adjunto adverbial de lugar.
Cujo
O pronome relativo cujo estabelece uma relação de posse e deve concordar em gênero e em número com o elemento seguinte, isto é, a coisa possuída, exercendo sempre a função de adjunto adnominal. Exemplo:
• A reportagem cujo tema é o afastamento das redes sociais provocou polêmica.
O período composto pode ser desdobrado em:
I. A reportagem provocou polêmica.
II. O tema da reportagem é o afastamento das redes sociais.
Na oração subordinada adjetiva, o termo da reportagem foi substituído pelo pronome relativo cujo; portanto, ele exerce a função de adjunto adnominal.
Depois do pronome relativo cujo, não se usa artigo definido. O pronome é empregado entre dois substantivos e equivale a do que, do(s) qual(is), da(s) qual(is), de quem, dele (s), dela(s).
ATIVIDADES
1. A seguir, leia o trecho de uma reportagem que aborda o tema da tecnologia como uma ferramenta de ascensão social.
Jovens de periferias apostam nos games como plataforma de ascensão social
Moradores de favelas driblam dificuldades estruturais para buscar carreira como gamers
13 jan. 2022 às 17h28 – Luciano Trindade – Havolene Valinhos – SÃO PAULO
Era para ser uma peneira em busca de novos talentos para o futebol, mas a pandemia de Covid-19 fez Igor Oliveira, 23, mudar de ideia. No começo de 2020, ele promoveu uma seletiva para formar um time de Free Fire na comunidade do Jardim Elba, que reúne 11 favelas na zona leste de São Paulo.
PROPOSIÇÕES
Em relação ao pronome relativo onde, esclareça que ele deve ser utilizado exclusivamente em indicações de lugar.
Para a realização das propostas de Atividades que levem os estudantes a novos desafios de identificação da função sintática que o pronome relativo exerce na oração subordinada adjetiva a partir de um contexto significativo, é introduzido um novo texto, uma reportagem, cuja temática dialoga com as questões relativas ao uso das tecnologias digitais de informação e comunicação, exploradas em todo o módulo.
Após a primeira leitura, se considerar relevante, solicite aos estudantes que identifiquem características próprias do gênero textual reportagem, retomando elementos composicionais e linguísticos trabalhados anteriormente.
REALIZAÇÃO
1. Essa é uma boa oportunidade para observar e avaliar a habilidade de leitura em voz alta. Para alcançar a expressividade adequada à leitura oral, o estudante deve observar a entonação, o ritmo, a dicção, o tom de voz, as ênfases que devem ser dadas a certos trechos, entre outros aspectos, o que também desafia a habilidade de compreender e interpretar os sentidos dos textos lidos. Solicite à turma que identifique na reportagem trechos que justifiquem as respostas dadas às questões e os leiam para os colegas.
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REALIZAÇÃO
1. a) A pergunta pode ser uma boa oportunidade para conversar com os estudantes e saber o que eles acham da atuação dos gamers e se veem essa atividade como possibilidade de futuro.
1. b) Aproveite a oportunidade para sugerir aos estudantes uma pesquisa sobre o acesso à internet pelos jovens brasileiros. No site IBGEeduca, que é direcionado a jovens e à pesquisa escolar, são sistematicamente atualizados os dados resultantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). Disponível em: ht tps://educa.ibge.gov.br/ jovens/conheca-o-brasil/ populacao/21130-domiciliosbrasileiros.html (acesso em: 8 ago. 2022).
Montar uma equipe para o game mais popular no Brasil pôs o paulista e outros seis garotos dentro do cenário digital — espaço que ainda é restrito para muitos jovens que moram em periferias, mas que também tem sido uma plataforma de ascensão social para gamers e streamers de regiões carentes.
“Meu pai é um dos organizadores do futebol do complexo e me deu essa tarefa de fazer um time que nos representasse”, diz Oliveira. “Montamos e ganhamos o campeonato estadual de São Paulo disputado entre 48 favelas. Na Taça das Favelas, entre 1.296 times, disputamos com os 12 finalistas e ficamos em oitavo lugar”, orgulha-se.
Mais de 400 garotos participaram da peneira. Esse interesse reflete uma importante característica para a popularização do Free Fire: o jogo pode ser reproduzido em qualquer smartphone básico e não requer uma conexão de internet com muita velocidade, condições que facilitam seu acesso.
Mesmo assim, não são todos que podem jogá-lo. Cerca de 70 milhões de brasileiros têm acesso precário à internet ou não têm nenhum acesso. Daqueles que pertencem às classes D e E já conectados, 85,1% usam a internet só pelo celular e com pacotes limitados, segundo dados do Cetic.br — o departamento do Comitê Gestor da Internet que monitora a adoção de tecnologias de informação há 15 anos.
Essa situação ficou mais evidente quando a necessidade de isolamento social devido à pandemia impediu que muitos jovens, principalmente os que moram em periferias, continuassem os estudos a distância. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 4,3 milhões de estudantes não tinham acesso à rede no início da crise sanitária. Destes, 4,1 milhões estudavam na rede pública de ensino.
Oliveira — que, além de fundador, é treinador do time e orienta as estratégias dos jogadores — conhece bem essa realidade e deseja transformar a vida dos jovens de sua equipe. Para isso, deixou recentemente a profissão de videomaker para se dedicar integralmente aos garotos.
[...]
No cenário brasileiro, o maior expoente do jogo é justamente um atleta oriundo das favelas, Bruno “Nobru” Goes, 21. Nascido na comunidade paulistana Jardim Novo Oriente, ele é streamer e jogador, com mais de 33 milhões de seguidores, sucesso que alcançou após superar vários obstáculos.
[...]
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Igor Oliveira, fundador e treinador do time de Free Fire do Jardim Elba.
ronny santos/FolhaPress
TRINDADE, Luciano; VALINHOS, Havolene. Jovens de periferias apostam nos games como plataforma de ascensão social. Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 jan. 2022. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/esporte/2022/01/jovens-deperiferias-apostam-nos-games-como-plataforma-de-ascensao-social.shtml. Acesso em: 6 jul. 2022.
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REALIZAÇÃO
1.
a) Para mostrar aos leitores da reportagem que tecnologias como os videogames podem ser uma forma de os jovens da periferia buscarem melhor qualidade de vida.
a) Com que finalidade esse tema pode ter sido abordado na reportagem?
b) De acordo com o texto, cerca de 70 milhões de brasileiros têm acesso precário à internet ou não têm nenhum acesso, principalmente os pertencentes às classes D e E, público ao qual a reportagem se refere. Ao apresentar esses dados no texto, o que os repórteres desejam evidenciar sobre os jovens da periferia?
2. De acordo com o texto, Igor Oliveira iria em busca de novos talentos para o futebol.
2. a) A grande maioria dos talentosos jogadores brasileiros surgiu das periferias, pois nesses locais, como não há tantas opções e oportunidades, o futebol é visto como um meio de ascensão social.
a) Que questões sociais, econômicas e culturais relacionadas às periferias poderiam justificar a opção de Igor?
b) Ao mudar o foco, mais de 400 garotos participaram da peneira para participar do time de gamers . O que essa procura comprova em relação aos jovens da periferia?
Comprova que eles têm outros interesses além do futebol, só precisam de oportunidades para demonstrar isso.
3. Compare a reportagem que você leu na seção Texto deste capítulo com a que você leu anteriormente, na atividade 1
3. a) A reportagem lida na seção Texto do Capítulo 2 apresenta uma perspectiva mais negativa da tecnologia, ao tratar da
a) Ambas as reportagens tratam de temas ligados à tecnologia. Qual é a diferença de abordagem desse tema em cada uma delas?
1. b) Desejam evidenciar que, apesar das dificuldades e de às vezes não terem nem celular, esses jovens da periferia não desistem e continuam buscando oportunidades como a apresentada na reportagem. necessidade de as pessoas diminuírem o uso das redes sociais ou até saírem delas; já a reportagem
b) Em sua opinião, seria interessante para os jovens de periferia, mencionados na reportagem apresentada na atividade 1, fazer parte do grupo dos “desconectados” (assunto abordado na reportagem da seção Texto deste capítulo)?
na
4. Releia o primeiro parágrafo do texto e observe a oração em destaque.
Era para ser uma peneira em busca de novos talentos para o futebol, mas a pandemia de Covid-19 fez Igor Oliveira, 23, mudar de ideia. No começo de 2020, ele promoveu uma seletiva para formar um time de Free Fire na comunidade do Jardim Elba, que reúne 11 favelas na zona leste de São Paulo.
• No caderno, transcreva a alternativa que não corresponde à análise dessa oração.
A. É uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Alternativa D
B. O pronome relativo que está relacionado ao termo comunidade do Jardim Elba
C. A função sintática do pronome relativo que é de sujeito da oração.
D. A função sintática do pronome relativo que é de objeto indireto.
5. Releia o segundo parágrafo da reportagem, o qual informa por que foi importante montar a equipe de game
Montar uma equipe para o game mais popular no Brasil pôs o paulista e outros seis garotos dentro do cenário digital — espaço que ainda é restrito para muitos jovens que moram em periferias, mas que também tem sido uma plataforma de ascensão social para gamers e streamers de regiões carentes.
3. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que os jovens da periferia mencionados na reportagem usam a tecnologia e as redes sociais para ter novas oportunidades, ganhar dinheiro e ajudar a família; portanto, se ficassem desconectados, não poderiam fazer tudo isso.
2. A atividade exige que os estudantes não somente localizem uma informação apresentada no texto, como também façam inferência. Incentive a participação de todos na resolução das atividades e avalie as habilidades de compreensão leitora.
3. a) Retome com a turma os conceitos de intertextualidade e interdiscursividade. É importante considerar o desenvolvimento da habilidade de reconhecer o diálogo entre os textos, que pode ser temático, observando os diferentes discursos que manifestam.
3. b) Ressalte que muitos jovens da periferia são desconectados não por opção, mas porque não têm acesso garantido à tecnologia e à internet. Leve os estudantes a perceber o recorte social que é importante considerar ao tratar desse tema, já que aspectos socioeconômicos interferem no modo como as tecnologias são encaradas e utilizadas por cada parcela da população.
4. Chame a atenção dos estudantes para a vírgula que antecede o pronome relativo, usada para indicar a intenção explicativa. Além disso, mostre que a alternativa D não poderia ser a resposta correta pois o objeto indireto é um termo precedido de preposição, o que não ocorre na oração adjetiva em destaque na atividade.
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lida
atividade 1 apresenta uma perspectiva mais positiva da tecnologia, ao tratar os games como ferramenta de ascensão social.
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REALIZAÇÃO
Atividades
5. Se considerar necessário, escreva o parágrafo na lousa e separe as orações, para que os estudantes localizem as orações adjetivas: “Montar uma equipe para o game mais popular no Brasil / pôs o paulista e outros seis garotos dentro do cenário digital –espaço / que ainda é restrito para muitos jovens / que moram em periferias, / mas que também tem sido uma plataforma de ascensão social para gamers e streamers de regiões carentes”. Essa estratégia deve ser apropriada por eles para a identificação das subordinadas e, consequentemente, observação das funções assumidas. No caso das orações adjetivas, é fundamental para que dominem a regra de pontuação das orações explicativas em suas próprias produções.
6. Escreva o trecho na lousa e separe as orações, para que os estudantes localizem a oração adjetiva. Em seguida, destaque a oração adjetiva, substituindo o que pelo antecedente condições: “condições facilitam seu acesso”. Dessa forma, é mais fácil os estudantes perceberem a função de sujeito que o pronome exerce em relação ao verbo facilitar
7. Para destacar a função adjetiva da oração e perceber que o sentido expresso resulta da característica dada ao substantivo sucesso, solicite que substituam que alcançou por um termo com função adjetiva: sucesso alcançado. Assim, fica também clara a relação restritiva estabelecida pela oração adjetiva em relação ao termo antecedente.
5. a) As orações são que ainda é restrito para muitos jovens e que moram em periferias
a) Nesse parágrafo, há duas orações subordinadas adjetivas. Quais são elas?
b) A que termos cada uma dessas orações está relacionada?
A primeira a espaço, e a segunda, a jovens
c) Pode-se afirmar que as orações adjetivas expressam posicionamentos dos repórteres? Justifique sua resposta.
Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois as orações adjetivas ressaltam aspectos sociais que fazem parte da vida desses jovens, evidenciando a dificuldade que enfrentam para atingir seus objetivos, o que revela o posicionamento dos repórteres em relação a eles.
6. Releia o trecho a seguir, que explica por que o jogo de videogame citado na reportagem é popular.
[...] o jogo pode ser reproduzido em qualquer smartphone básico e não requer uma conexão de internet com muita velocidade, condições que facilitam seu acesso
a) No caderno, transcreva as alternativas que estão adequadas à análise da oração em destaque. Alternativas A e B
A. É uma oração subordinada adjetiva restritiva.
B. O pronome relativo que está relacionado ao termo condições
C. É uma oração subordinada adjetiva explicativa.
D. É uma oração subordinada adjetiva reduzida.
b) Ainda no caderno, transcreva a alternativa que informa a função sintática exercida pelo pronome relativo que nessa oração em destaque. Alternativa C
A. Adjunto adverbial.
B. Objeto direto.
C. Sujeito.
D. Objeto indireto.
7. Releia o período a seguir, que faz referência ao maior expoente do jogo no Brasil, Bruno “Nobru” Goes, de 21 anos.
7. a) Desejam reforçar que jovens como Bruno enfrentam muitas dificuldades, mas podem superá-los para ascender socialmente por meio dos games
No cenário brasileiro, o maior expoente do jogo é justamente um atleta oriundo das favelas, Bruno “Nobru” Goes, 21. Nascido na comunidade paulistana Jardim Novo Oriente, ele é streamer e jogador, com mais de 33 milhões de seguidores, sucesso que alcançou após superar vários obstáculos.
a) Ao trazer esse exemplo à reportagem, que perspectiva os repórteres desejam reforçar para o leitor?
b) A oração subordinada adjetiva em destaque está relacionada ao termo sucesso. De que modo essa oração contribui para ressaltar a perspectiva abordada na reportagem?
7. b) A oração especifica o substantivo sucesso, ressaltando os obstáculos superados para obtê-lo, o que evidencia a perspectiva da reportagem de que, com esforço e acesso às oportunidades, o jovem da periferia pode chegar aonde quiser.
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Pronome relativo que ou o qual em textos diversos
Qual dos pronomes relativos e suas variantes são mais usados: que ou o qual? A proposta desta atividade é responder a essa pergunta realizando as etapas a seguir.
Etapa 1: Constituição de um corpus
Em grupos de cinco integrantes, pesquisem a ocorrência dos termos que e o qual e de suas variações em telejornais, programas de entrevista de televisão, comentários em postagens na internet, reportagens e notícias on-line, peças de campanha de propaganda, artigos de opinião, textos didáticos, textos literários etc.
Cada integrante do grupo deverá focar a pesquisa em três gêneros – orais ou escritos –, e observar o emprego de que e o qual (e suas variações) anotando as ocorrências e indicando o enunciado em que ocorreu, assim como o gênero textual selecionado para a pesquisa.
Etapa 2: Coleta de dados
Em uma folha separada, elaborem uma tabela conforme o modelo a seguir. Depois, preencham a tabela indicando todas as ocorrências encontradas dos termos que e o qual (e suas variações) ao lado de cada gênero textual e, ao final, o número total de ocorrências desses dois termos. Vejam um exemplo.
3 (que)
Reportagem
Conto
Total de ocorrências
Etapa 3: Comparação dos resultados
5 (o qual e suas variações)
4 (que)
6 (o qual e suas variações)
7 que e 11 o qual (e suas variações)
No dia combinado com o professor, levem para a sala de aula os dados pesquisados e, em parceria com os demais grupos, comparem os resultados. Depois, coletivamente, discutam as perguntas a seguir.
1. Que gêneros textuais apresentam mais ocorrência do pronome relativo que? Quais gêneros textuais apresentam mais ocorrência de o qual e suas variações?
2. Em quais textos cada um desses pronomes pode aparecer? Em textos escritos menos ou mais monitorados? Em textos falados menos ou mais formais?
3. Agora, a turma deve procurar chegar a uma conclusão: Qual é o pronome mais empregado em textos diversos: que ou o qual?
4. Elaborem coletivamente um texto com as conclusões às quais a turma chegou. Depois, cada estudante da turma deve registrar no caderno essas mesmas conclusões.
PROPOSIÇÕES
A atividade de Língua em cena possibilita ampliar o repertório de textos e de conhecimento linguístico dos estudantes. É importante que seja realizada depois de conhecerem as regras previstas na gramática normativa, a fim de que os estudantes comparem o que estabelece a norma-padrão com o uso real da língua. O desenvolvimento dessa proposta promove o pensamento computacional, incentivando o reconhecimento de padrões, além de mobilizar noções de análise documental.
REALIZAÇÃO Língua em cena
Na Etapa 1: Constituição de um corpus, para aprofundar o estudo dos usos do pronome relativo, primeiramente os estudantes são orientados a criar um corpus, pesquisando a ocorrência dos termos que e o qual (além de suas variações) em gêneros textuais diversos. Nesse momento, é estabelecido um problema: Em que enunciados ou gêneros textuais o emprego de pronomes relativos chamou mais a atenção do grupo?
Na Etapa 2: Coleta de dados, segue-se o processo de reconhecimento de padrões por meio da coleta de dados, o que é realizado pela comparação do número de ocorrências em gêneros textuais diferentes.
Na Etapa 3: Comparação dos resultados, ao comparar os dados, os estudantes são levados a fazer abstração, elemento importante do pensamento computacional. Assim, criam um algoritmo ao tirar conclusões e registrar os resultados.
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Gênero textual Ocorrências
LÍNGUA
CENA 181
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EM
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PROPOSIÇÕES
Esta ocorrência de Questão de fala e escrita é destinada ao estudo de pontuação nas orações adjetivas. O objetivo é reforçar observações relativas às intenções de restringir ou explicar os sentidos dos substantivos estabelecidas pelas orações adjetivas.
Sugere-se que as atividades sejam realizadas, primeiramente, no coletivo e oralmente, para em seguida as respostas serem registradas. Incentive a participação de todos os estudantes e observe a desenvoltura de cada um na explicação oral e na interpretação dos sentidos dos trechos citados. Seria interessante, também, escrever os períodos que introduzem as reflexões na lousa, para que seja colocada em destaque a função da pontuação na produção de sentidos.
REALIZAÇÃO
1. Sugira aos estudantes que leiam o trecho 1 suprimindo a oração em destaque, a fim de que eles possam observar que a falta dela compromete o entendimento do enunciado. A oração em destaque responde à pergunta “Quais brasileiros?”, especificando o grupo em questão.
2. a) Para auxiliar na localização do substantivo que o pronome relativo retoma no período, sugira que substituam o que por uma das variações de o qual. Ao fazer a substituição, eles serão levados a identificar o antecedente um perfil
2. b) Entender que a oração adjetiva, nesse caso, é acessória, é fundamental para perceberem a intenção das orações adjetivas explicativas.
3. e 4. Se possível, como aprofundamento, solicite aos estudantes que consultem
Pontuação da oração subordinada adjetiva
Nas orações subordinadas adjetivas, a pontuação também possibilita a atribuição de sentidos.
1. Releia, a seguir, dois trechos da reportagem "É tendência: millennials abandonam, e geração Z nem entra nas redes sociais" que você leu na seção Texto deste capítulo.
Trecho 1
1. b) Espera-se que os estudantes infiram que é uma informação essencial à atribuição de sentidos, pois especifica quais brasileiros são objeto do estudo, informação necessária para o entendimento do enunciado.
[...] Desde 2017, eles estudam o comportamento dos brasileiros que não estão nas redes sociais. […]
Trecho 2
2. b) Espera-se que os estudantes reconheçam que as informações acrescentadas pela oração adjetiva podem ser excluídas sem prejuízo ao entendimento do enunciado.
[...] Embora o principal problema seja a falta de acesso à internet, um perfil chamou a atenção dos pesquisadores, que eles chamaram de nativos sociais
a) Em cada trecho, há uma oração subordinada adjetiva em destaque. Releia o trecho 1 A que termo a oração em destaque se refere? A oração destacada se refere ao termo brasileiros
b) A informação que a oração adjetiva acrescenta a esse termo é acessória ou essencial para a atribuição de sentidos? Justifique.
2. Agora, releia a oração subordinada adjetiva em destaque no trecho 2
a) A que termo a oração em destaque está relacionada? Ao termo perfil.
b) E as informações que ela acrescenta, são essenciais ou podem ser excluídas sem prejuízo ao entendimento do enunciado? Justifique.
3. a) A oração subordinada adjetiva cuja informação não é essencial à compreensão do enunciado.
3. Agora, observe os sinais de pontuação dessas orações que você analisou nas atividades anteriores
a) De acordo com sua análise, qual das orações deve vir pontuada por vírgula?
b) E qual oração não deve vir pontuada por vírgula?
A oração subordinada adjetiva cuja informação é necessária à compreensão do enunciado.
4. De acordo com as suas respostas à atividade 3, pode-se concluir que as orações subordinadas adjetivas pontuadas por vírgulas são restritivas ou explicativas?
São orações subordinadas adjetivas explicativas.
Como você viu nas atividades anteriores, as orações subordinadas adjetivas podem ou não vir pontuadas por vírgulas. O que vai determinar o uso dessa pontuação é o tipo de informação que ela acrescenta ao termo ao qual se refere e ao contexto.
A oração subordinada adjetiva explicativa vem sempre entre vírgulas ou, quando está no final do período, é antecedida por vírgula. A oração subordinada adjetiva restritiva não é introduzida ou separada por vírgula.
novamente alguns dos textos pesquisados para a criação do corpus na seção Língua em cena deste módulo e observem a presença ou ausência de vírgula para destacar as orações adjetivas, analisando, também, se são essenciais ou acessórias para a compreensão dos períodos.
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QUESTÃO DE FALA E ESCRITA
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Exemplos:
[...] “São pessoas que gostam da internet [...].”
oração subordinada adjetiva restritiva
[...] desconectados, que tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora. [...] oração subordinada adjetiva explicativa
O uso da vírgula pode gerar sentidos diferentes em alguns casos. Exemplos:
• Gosto muito do meu irmão que sempre ouve música comigo
• Gosto muito do meu irmão, que sempre ouve música comigo
No primeiro exemplo, a oração subordinada adjetiva restritiva (observe a ausência de vírgula) informa que o falante gosta de um irmão específico – aquele que ouve música com ele –, deixando subentendido que existem outros irmãos que não fazem o mesmo.
No segundo exemplo, a oração subordinada adjetiva explicativa (portanto, separada por vírgula) esclarece o que o único irmão do falante costuma fazer.
ATIVIDADES
1. A seguir, leia o trecho de um poema escrito por Affonso Romano de Sant’Anna.
Poema acumulativo
1
PROPOSIÇÕES
Para a realização das propostas de Atividades que levem os estudantes a refletir a partir de um contexto significativo, são introduzidos dois novos textos, um poema e uma tirinha. Antes, no entanto, trabalhe os exemplos apresentados no desenvolvimento teórico da seção. Sugere-se orientar os estudantes a resolver as atividades primeiramente em duplas, para, em seguida, as respostas serem compartilhadas. A interação e o compartilhamento de ideias favorecem a interpretação dos textos citados, a aprendizagem colaborativa, assim como tornam mais dinâmicas as atividades.
REALIZAÇÃO
Este é o homem e esta é a casa – que o homem construiu.
Este é o trigo – que está na casa que o homem construiu.
Este é o rato – que roeu o trigo que está na casa que o homem construiu.
Este é o gato
– que comeu o rato que roeu o trigo que está na casa que o homem construiu.
[…]
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1. Verifique se os estudantes percebem o caráter cumulativo do poema (para além do título), também presente na tirinha dos Bichinhos de Jardim apresentada em Atividades de Por dentro da Língua, no Capítulo 1 Se considerar oportuno, essa pode ser uma boa oportunidade para propor e avaliar a habilidade de leitura oral expressiva de poemas. Incentive um ou mais estudantes a lerem os versos em voz alta, se possível – dessa forma, a acumulação de elementos pode ser evidenciada. Lembre-os da importância de observar aspectos paralinguísticos como tom de voz, pronúncia, ritmo, pausas e ênfases, entre outros aspectos.
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SANT’ANNA, Affonso Romano de. Poema acumulativo. In: MEIRELES, Cecília et al Traço de poeta: antologia de poemas para jovens. São Paulo: Global, 2006. p. 37.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. a) Comente com os estudantes que o conector responsável pela acumulação referida no título é o pronome relativo que, o qual permite que uma informação seja anexada a outra indefinidamente.
1. b) Explique que o poema dialoga com as cantigas acumulativas, muito comuns na cultura popular, de tradição oral, no Brasil. Essas canções geralmente são usadas em brincadeiras, de modo que os versos vão se acumulando, o que facilita a memorização deles. “A velha a fiar” é um dos exemplos mais conhecidos.
2. Além do sentido, destaque a ausência da vírgula, que ajuda a definir as orações como restritivas.
3. A tirinha apresentada nesta atividade pode ser colocada em diálogo com a temática dos avanços tecnológicos e da presença nas redes, que muitas vezes faz as pessoas ficarem alheias às desigualdades e outras questões que afetam a sociedade. Mostre que, na tirinha, como é comum em textos do gênero, o último quadrinho cria uma quebra de expectativa na leitura, o que gera o efeito de crítica.
4. Se considerar relevante, explique que “A floresta era uma boa mãe” configura uma metáfora. A oração subordinada adjetiva ajuda a complementar a ideia de maternidade construída, especificando-a.
1. b) Espera-se que os estudantes associem o “Poema acumulativo” a jogos de repetição e a cantigas acumulativas, muito conhecidas das crianças, usadas para estimular a memória; também o poema “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade, em que há um encadeamento de ideias, entre outros.
a) Por que o poeta deu esse título ao poema?
b) Que outras criações culturais provavelmente serviram de inspiração para o poeta compor esse poema?
1. a) Porque o poema é construído com a retomada dos elementos citados, de forma contínua, como se estivessem se acumulando, em um processo repetitivo.
2. Observe que os versos são construídos de forma semelhante.
a) Que tipo de oração subordinada adjetiva predomina em sua construção?
b) Considerando os sentidos do poema, por que se justifica o uso dessas orações nos versos?
2. a) A oração subordinada adjetiva restritiva.
3. A seguir, leia uma tirinha que aborda as consequências geradas pelo desenvolvimento nas grandes cidades.
2. b) Elas trazem informações específicas a respeito dos termos aos quais se referem e são essenciais à construção de sentidos do poema.
3. a) Fazer uma crítica à forma como a sociedade está crescendo; mostrar que, apesar do avanço tecnológico, o lado social é esquecido.
3. b) O jogo feito com as palavras floresta – para indicar uma época em que, no local, só havia árvores e os recursos naturais eram preservados – e selva (de pedra) – para referir-se à cidade atual.
a) Qual é o objetivo de abordar esse tema na tirinha?
b) O que dá um tom interessante à tirinha?
4. a) A oração é que não deixava faltar nada pra seus filhos. É uma oração subordinada adjetiva restritiva.
4. b) A oração está especificando apenas uma das características de uma boa mãe (existem muitas outras).
4. Na fala do segundo quadrinho, uma oração subordinada adjetiva complementa o sentido da oração principal “A floresta era uma boa mãe”.
a) Que oração é essa? Como pode ser classificada?
b) Explique por que essa oração não vem separada da principal por uma vírgula.
PROPOSIÇÕES
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Situar um texto dentro de um gênero discursivo demanda definição do contexto, composto por interlocutores, conhecimentos compartilhados, propósito da comunicação, lugar e tempo, papéis socialmente assumidos e aspectos sócio-histórico-culturais. Depreende-se daí a importância de aproximar as atividades de leitura e produção de
texto, na escola, de situações comunicativas que normalmente ocorrem fora dela. Fazendo isso, procuramos garantir o sentido e o significado da atividade de escrita.
Em Produção escrita, retomando as reflexões realizadas no Capítulo 1, com base no estudo de um artigo de opinião, propõe-se que os estudantes produzam um texto desse gênero textual.
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2006 Cedraz/iPress
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CEDRAZ, Antonio. 1000 tiras em quadrinhos: Turma do Xaxado. São Paulo: Martin Claret, 2009. p. 135.
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REALIZAÇÃO
Produção escrita
Artigo de opinião
A proposta de produção de texto deste módulo é a escrita de um artigo de opinião para tornar público um posicionamento diante de uma questão. Para isso, antes da produção escrita, você e os colegas, reunidos em grupos, vão discutir o tema em uma atividade de argumentação, elaborando argumentos a favor e contra. O artigo será produzido com base nessa discussão e, depois, postado no blogue da turma ou no site da escola para que possa ser lido por mais pessoas.
Elaborando argumentos e discutindo a questão
Antes de escreverem o artigo de opinião, você e os colegas vão discutir uma questão polêmica. Sigam os próximos passos.
1 A turma será organizada em dois grupos: Grupo A e Grupo B. Cada grupo discutirá um dos temas a seguir.
• Grupo A: Será que as pessoas que se manifestam sobre qualquer tipo de assunto na internet estão devidamente preparadas para isso? Será que elas têm bagagem suficiente para fazer críticas, por exemplo?
• Grupo B: Será que os “desconectados” ganham algo ao optar por não usar as redes sociais?
2 Cada grupo será organizado em dois subgrupos, que deverão assumir o posicionamento sim e não diante da questão proposta. O subgrupo sim deverá elaborar argumentos e contra-argumentos assumindo o posicionamento sim. O subgrupo não, do mesmo modo, deverá elaborar argumentos e contra-argumentos assumindo o posicionamento não
3 Como vocês já sabem, existem diferentes tipos de argumentos. Avaliem os que melhor se encaixam à ideia que será defendida. Vejam alguns tipos a seguir.
• Provas concretas: fatos, dados de estudos e pesquisas sobre a questão.
• Exemplos do cotidiano que confirmem um ponto de vista.
• Depoimentos de autoridades no assunto.
• Consequências provocadas pelo fato.
• Contra-argumentos para rebater possíveis opiniões contrárias.
4 Na escrita dos argumentos, empreguem operadores para indicar a força argumentativa do que enunciam. Vejam alguns exemplos a seguir.
• Operadores que opõem argumentos contrários: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão, embora, ainda que, mesmo que, apesar de que etc.
• Operadores que somam argumentos a favor de outros: e, também, não só... mas/ como, também, ainda, além disso etc.
• Operadores que introduzem conclusão relativa a argumentos apresentados anteriormente: logo, portanto, então, assim, enfim, consequentemente, por isso, por conseguinte, de modo que, por fim etc.
• Operadores que introduzem explicação ou justificativa: pois, porque, já que etc.
Antes de orientar a atividade, sugere-se retomar oralmente algumas características do artigo de opinião, como a intenção comunicativa, a relação entre tese e argumento, os tipos de argumentos que podem dar mais credibilidade à tese defendida, a importância de definir o interlocutor preferencial do texto e de observar regras da norma-padrão etc.
É importante, também, conversar com
a turma sobre a importância de saber argumentar. Trata-se de uma competência que contribui para o protagonismo dos estudantes nas relações sociais, pois é argumentando que ele manifesta seu ponto de vista e ocupa seu lugar no mundo. Para isso, precisa aprender a utilizar bons argumentos, sólidos, claros e coerentes e, também, a ouvir e a respeitar a opinião daqueles com quem convive.
Em Elaborando argumentos e discutindo a questão, a turma deve entender que o artigo precisa conter discussão com base em argumentos válidos e diversificados. Assim, é necessário fazer curadoria de informações em fontes variadas e de prestígio.
Chame a atenção para a necessidade de buscar dados que justifiquem a tese a ser defendida por cada grupo, como exemplos, citações e dados obtidos por meio de pesquisas. Definidas as temáticas de cada grupo, converse sobre a curadoria de informações. Para que os estudantes sejam capazes de mobilizar estratégias e ferramentas de curadoria, chame a atenção para a busca e seleção de fontes confiáveis, assim como para a utilização de recursos como tomar notas e produzir esquemas. Incentive também a busca de fontes de pesquisa diversas, e não somente a internet. Lembre-os, também, que devem garantir a capacidade de contra-argumentar, buscando informações que os ajudem a questionar a tese defendida pelo outro grupo.
Peça aos estudantes que, durante a discussão dos subgrupos, registrem os argumentos apresentados. Esses argumentos serão retomados para a produção do artigo de opinião.
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PRODUÇÃO ESCRITA
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REALIZAÇÃO
Escrever envolve tomar diversas decisões: é preciso resolver o que dizer, a quem dizer e como dizer. Assim, converse com os estudantes sobre o quanto a etapa Planejando o artigo de opinião é fundamental no processo de produção.
Chame a atenção dos grupos para aspectos importantes do texto. A finalidade é colocar em discussão o tema delimitado anteriormente, defendendo com clareza um ponto de vista em relação a ele, ou seja, a tese argumentativa deve ser clara e pode ser apresentada logo na introdução. Além disso, é importante lembrar os estudantes de sempre contextualizar o tema, o que geralmente também se faz no primeiro parágrafo. A contextualização é fundamental para situar o leitor sobre o que será abordado no texto e seu enfoque, de modo que compreenda o ponto de vista do autor.
Como o gênero é fundamentado na argumentação, uma vez que é por meio dela que o autor defende seu posicionamento, os parágrafos de desenvolvimento devem conter informações como dados estatísticos, fatos comprovados, depoimentos, entre outros recursos usados para sustentar a tese. Além disso, pode-se valer de estratégias como a interlocução com os leitores, por meio de perguntas retóricas, por exemplo, sugerindo proximidade e ampliando as possibilidades de convencimento. Na conclusão, uma estratégia interessante é retomar a tese. O ponto de vista defendido também pode ser antecipadamente anunciado aos leitores no título, instigando-os à leitura.
• Operadores que introduzem consequência em relação a determinado ato: tão… que, tal… que, tanto… que, tamanho… que, de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que etc.
5 Cada estudante do subgrupo deverá elaborar dois argumentos (de diferentes tipos) de acordo com a ideia que será defendida. Ao concluírem, compartilhem os argumentos e avaliem a pertinência, se há algo a acrescentar ou melhorar etc. Em seguida, façam uma relação de todos os argumentos elaborados.
6 Com os argumentos prontos, os grupos deverão discutir as questões polêmicas. Organizem a sala de aula de modo que os dois subgrupos de cada grupo sentem um de frente para o outro. Durante a discussão do Grupo A, os estudantes do Grupo B serão a plateia e não devem interferir, mas anotar no caderno os melhores argumentos apresentados pelos subgrupos. O mesmo deverá ocorrer quando for a apresentação do Grupo B
7 Ao final das discussões, caberá à plateia escolher o subgrupo que melhor defendeu cada posicionamento e apresentar os argumentos escolhidos.
Planejando o artigo de opinião
Com base nas discussões realizadas na etapa anterior, você vai escrever, individualmente, um artigo de opinião defendendo seu posicionamento em relação à questão polêmica que coube ao seu grupo.
1 Desenvolva o texto organizando as informações em parágrafos, conforme o esquema a seguir.
Situação-problema Contextualização da questão que será abordada.
Tese Apresentação da tese a ser defendida.
Discussão Desenvolvimento dos argumentos que fundamentam o posicionamento.
Conclusão Proposta de solução para a questão discutida.
2 Retome os melhores argumentos elaborados na discussão e acrescente outros que considerar necessários.
3 Além dos argumentos, use a 1a pessoa do singular e empregue:
• expressões que indicam certezas, dúvidas e sentimentos, como advérbios (infelizmente, dificilmente, entre outros) e adjetivos (imenso, grave etc.);
• verbos declarativos (afirmar, argumentar, alertar, entre outros);
• perguntas retóricas para levar os leitores a acompanhar o raciocínio;
• operadores argumentativos, como mas, porém, também, pois, portanto, consequentemente, dado que etc;
• linguagem predominantemente formal e de acordo com a norma-padrão.
4 Elabore um título que desperte o interesse do leitor e deixe claro o assunto do artigo de opinião.
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Revisando e reescrevendo o artigo de opinião
1 Troque seu texto com o de um colega e leia-o para avaliar os seguintes aspectos.
• O título antecipa e sintetiza o assunto do texto?
• A introdução apresenta claramente a questão abordada?
• É possível identificar o posicionamento defendido no artigo de opinião?
• Foram empregados tipos variados de argumento?
• Os argumentos apresentados são relevantes e suficientes para sustentar o ponto de vista defendido?
• Foram usados recursos como adjetivos, advérbios, verbos declarativos e perguntas retóricas para construir a argumentação?
• O texto apresenta contra-argumentos que antecipam e respondem a opiniões contrárias?
• Há alguma informação incoerente com a opinião defendida?
• A conclusão apresenta uma solução ou um encaminhamento possível para a questão discutida?
• Os articuladores textuais usados ajudam a encadear o texto?
• Há algum trecho com palavras ou ideias repetidas que possam atrapalhar a compreensão e o convencimento do leitor?
• O texto foi escrito em 1a pessoa do singular?
• A linguagem empregada é predominantemente formal e de acordo com a norma-padrão da língua?
2 Reescreva o artigo de opinião de acordo com as observações feitas pelo colega e, depois, entregue o texto ao professor.
Publicando o artigo de opinião
A publicação dos artigos no blogue da turma ou no site da escola, em rede interna ou na internet, é uma maneira de garantir que eles sejam lidos por mais pessoas e ajudem os leitores a se conscientizarem de questões da atualidade.
1 Antes de publicarem os textos, combinem quem serão os responsáveis pelas postagens.
2 Criem uma página no blogue da turma ou no site da escola e sigam estas etapas.
• Escolham coletivamente um nome para o grupo da turma.
• Definam a aparência da página.
• Escrevam uma pequena introdução para os leitores saberem os temas dos artigos de opinião que serão postados, por que vocês os escreveram e quais são os objetivos ao publicá-los.
• Digitem os artigos de opinião ou transfiram-nos para a página virtual.
• Se desejarem, ilustrem os artigos de opinião com imagens pertinentes aos temas.
3 Divulguem a página com os artigos de opinião para toda a comunidade escolar por meio das redes sociais da escola ou de aplicativos de trocas de mensagem no celular. Se o blogue ou o site tiverem a ferramenta de comentários habilitada, acompanhem as reações dos leitores às publicações de vocês.
REALIZAÇÃO
Em Revisando e reescreven do artigo de opinião , ajude os estudantes esclarecendo eventuais dúvidas. Sugira que consultem dicionários da biblioteca ou na internet para sanar erros de ortografia e acentuação.
No momento de troca dos textos, os estudantes podem numerar os itens da revisão e, durante a leitura, assinalá-los no texto do colega.
Esta etapa se constitui em uma excelente oportunidade para os estudantes refletirem sobre o papel da avaliação e a necessidade de aprender a observar seu próprio processo de desenvolvimento. Ser avaliado por um professor ou colegas – e, sobretudo, autoavaliar-se – contribui para o desenvolvimento da maturidade e do senso crítico dos estudantes, desenvolvendo autonomia em relação àquilo que aprendem. Nesse sentido, eles também ensinam, aos colegas e ao professor, que, no papel de mediador, cria situações propícias ao diálogo, de modo a construírem o conhecimento coletivamente.
Após as reescritas, ao avaliar os textos, observe tanto aspectos referentes ao gênero, quanto gramaticais e ortográficos de modo geral.
Em Publicando o artigo de opinião, como a publicação dos artigos será feita no blogue da turma ou no site da escola, de modo a garantir a leitura por um maior número de pessoas, são importantes cuidados que garantam a segurança de todos e o respeito a opiniões diversas. Por isso, se a ferramenta de compartilhamento de comentários estiver ativada, converse com os estudantes sobre a importância de preservar o tom de respeito e cortesia ao fazer comentários nos textos dos colegas ou responder a comentários de leitores.
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Habilidades de encerramento
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• EF69AR03
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• EF69AR31
• EF69AR35
PROPOSIÇÕES
As imagens e o texto de Linguagens em conexão apresentam exemplos de produções de conteúdo feitas por jovens. Destaque aos estudantes como os curtas-metragens em questão abordam diferentes assuntos e enfatize o protagonismo juvenil na criação de conteúdos que podem ser compartilhados de maneira positiva e responsável na internet. Ressalte que os dois curtas foram produzidos em projetos de audiovisual voltados à juventude e a pessoas que não atuam profissionalmente na área. Caso os estudantes fiquem interessados, procure saber se há algum projeto parecido na região da escola para que eles participem. Outra opção é convidar o professor de Arte e propor uma produção interdisciplinar. Retome com os estudantes o que eles aprenderam neste módulo e enfatize a importância da produção e do compartilhamento de conteúdo com base na responsabilidade e em valores éticos e democráticos. Comente que eles podem ser protagonistas na difusão de informações relevantes e interessantes, mas que é preciso que, antes de tudo, pensem em seus objetivos e reflitam sobre os processos que vão utilizar.
A juventude e o audiovisual
Neste módulo, você leu um artigo de opinião, algumas notícias com diferentes enfoques e uma reportagem. Por meio deles, refletiu sobre a importância do uso crítico das mídias e percebeu como a disseminação de informações na internet pode ser nociva se não for realizada de maneira responsável. Nesta seção, você vai se aprofundar no assunto analisando-o sob outra perspectiva ao conhecer dois exemplos de curtas-metragens criados por jovens. Assim, poderá refletir sobre como a produção e o compartilhamento de conteúdo na internet também podem ser positivos e interessantes.
O primeiro deles é o curta-metragem De repente, você, criado por jovens da cidade de Piracicaba (SP) durante o projeto “O curta que a gente quer fazer”. O filme narra a história de dois adolescentes que se conhecem e começam a se gostar.
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BNCC
CONEXÃO LINGUAGENS EM
instituto ideia Coletiva 188
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Frame do curta-metragem De repente, você, criado no projeto “O curta que a gente quer fazer”, do Programa Curta Jovem, viabilizado pelo Instituto Ideia Coletiva, em 2018.
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O segundo curta-metragem é O cajueiro, criado por moradores do Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, em Manaus (AM), durante oficina da Mostra Itinerante de Audiovisual Cine Bodó, promovida pelo Grupo Picolé da Massa. O filme apresenta uma narrativa sobre a relação afetiva e de memória de moradores do quilombo com uma árvore que existe no local.
de impacto social, atingindo outras pessoas das mais diversas maneiras. Por esse motivo, é importante que compreendam que precisam agir com responsabilidade nas informações que veiculam e ajudam a difundir. Destaque que atuar na sociedade por meio da internet não diz respeito apenas a grandes ações públicas, mas também a formas de se posicionar e de interagir em pequenos círculos sociais ou até mesmo familiares.
Frame do curta-metragem O cajueiro, criado durante o projeto “Cine Bodó”, realizado pelo Grupo Picolé da Massa, em Manaus (AM), no ano de 2021.
1. Após o estudo deste módulo, que reflexões as imagens e as legendas que as acompanham sugerem a você? Resposta pessoal.
2. Observe a presença dos jovens nessas produções. Em sua opinião, de que maneira os adolescentes podem atuar na sociedade utilizando a internet? Resposta pessoal.
3. Que tipos de conteúdo você mais produz e compartilha na internet? Resposta pessoal.
4. Se fosse criar um curta-metragem e compartilhá-lo na internet , qual tema você abordaria? Por quê? Respostas pessoais.
PARA ASSISTIR
• De repente, você. 2018. Curta-metragem (12min52s). Disponível em: www.youtube.com/watch?
v=3ulWje3ao8o. Acesso em: 1 ago. 2022.
• O cajueiro. 2021. Curta-metragem (2min47s). Canal Picolé da Massa. Disponível em: www.youtube. com/watch?v=rML1Rtgc06U&list=PLzj2-mrslzmbstSQMWqRuXfFnarllnMmS&index=5. Acesso em: 1 ago. 2022.
Acesse os links para assistir, na íntegra, aos curtas-metragens De repente, você e O cajueiro, apresentados nesta seção.
3. É importante que os estudantes encerrem este módulo refletindo, mais uma vez, sobre os conteúdos que veiculam por meio das redes sociais. Verifique se o posicionamento deles se modificou após o estudo deste módulo e o que eles expressam a respeito da responsabilidade que têm perante o que produzem, curtem, compartilham etc.
REALIZAÇÃO
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1. Incentive os estudantes a observar as imagens com atenção e lerem as respectivas legendas. Não há respostas corretas, por isso deixe que compartilhem suas reflexões de maneira livre, mas verifique de que forma eles relacionam as imagens e as legendas ao conteúdo deste módulo. Observe se eles percebem que os dois
curtas-metragens foram produzidos por pessoas que não são profissionais do audiovisual e se relacionam esse fato à importância de atentar para a produção e o compartilhamento responsável de conteúdo nas mídias sociais.
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4. Peça aos estudantes que se imaginem em uma oficina de audiovisual cuja proposta seja criar um curta-metragem para, depois, compartilhá-lo na internet para quem quiser ver. Então, instigue-os a pensar quais temas abordariam e por quê. Comente que a criação de um curta-metragem mobiliza também conhecimentos e habilidades de Arte e que todo tipo de assunto pode ser abordado de maneira atraente e relevante, considerando, é claro, o respeito a princípios éticos e democráticos.
2. Incentive os estudantes a compreender que qualquer produção e compartilhamento de conteúdo na internet tem algum grau
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Cine Bodó
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Competências do módulo
Gerais: 1, 2, 3, 4, 7, 10
Linguagens: 1, 2, 4, 5
Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 6, 7
Arte: 1, 3, 6
Habilidades da abertura
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF69LP21
• EF89LP27
Temas Contemporâneos Transversais
• Educação para o trânsito
• Saúde
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros editorial, fotorreportagem e proposta pública, com textos sobre mobilidade urbana, uso de meios de transporte sustentáveis, gestão das cidades, benefícios da prática esportiva para a sociedade, que se relacionam com os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Educação para o trânsito e Saúde. O eixo de análise linguística/semiótica trata da oração subordinada substantiva e da oração subordinada substantiva reduzida e do uso de estrangeirismos na língua portuguesa. No eixo de produção textual, propõe-se a elaboração de uma proposta pública. Os estudantes também são orientados a desenvolver a prática de pesquisa de revisão bibliográfica (estado da arte), com foco na prática esportiva, e uma apresentação oral.
OBJETIVOS
• Explorar as características dos gêneros editorial, fotorreportagem e proposta pública.
• Entender a oração subordinada substantiva e a oração subordinada substantiva reduzida.
• Compreender o uso dos estrangeirismos na língua portuguesa.
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• Fazer pesquisa de revisão bibliográfica (estado da arte) sobre prática esportiva e elaborar apresentação oral.
• Elaborar uma proposta pública.
PROPOSIÇÕES
A imagem desta abertura mostra a instalação Caos, do artista paulista Eduardo Srur (1974-), montada na entrada do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), em São Paulo (SP).
A obra é formada por dois grandes muros paralelos feitos com 4 mil carrinhos de brinquedo, convidando o público a entrar
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BNCC
Eduardo Srur/MuSEu dE a rt E ContEMporânEa (MaC uSp), São p aulo, 2018.
MÓDULO EM MOVIMENTO 5
SRUR, Eduardo. Caos. 2018. Instalação artística com 4 mil carrinhos de plástico e andaimes. 6 m × 4 m × 3 m. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), São Paulo.
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em uma passagem estreita e claustrofóbica. Durante a visita à obra, era possível escutar o barulho e acompanhar a velocidade e o movimento do trânsito intenso da grande avenida onde o museu está localizado. Com essa proposta de experiência sensorial, o artista sugere ao público que reflita sobre o descaso da sociedade com o meio ambiente e sobre os problemas de mobilidade nos centros urbanos.
FIQUE POR DENTRO
• Editorial
• Fotorreportagem
• Oração subordinada substantiva
• Estrangeirismos
• Proposta pública
• Revisão bibliográfica (estado da arte) sobre prática esportiva e apresentação oral
• Oração subordinada substantiva reduzida
• Produção escrita: proposta pública
• Ação juvenil
REALIZAÇÃO
1. É importante considerar que a interpretação de uma obra artística é aberta e livre, independente das intenções autorais. Por isso, incentive a turma a ler o título do módulo e a relacioná-lo com a imagem, investigando as possibilidades de temáticas que serão abordadas.
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Quais reflexões e ideias a obra sugere a você? Resposta pessoal.
2. Como você se sentiria se pudesse percorrer o corredor criado nesta obra, entre muros de carros? Resposta pessoal.
3. Se existirem carros no local onde você vive, como eles ocupam o espaço?
2. Sugira aos estudantes que se imaginem em contato direto com a obra de Eduardo Srur e procurem pensar em como se sentiriam dentro de um corredor formado por muros com 4 mil carrinhos de brinquedo. É possível que alguns digam que gostariam e que seria divertido e outros digam que seria uma experiência ruim e incômoda, por exemplo. Em seguida, verifique se eles conseguem traçar relações entre a experiência que a obra possibilita e a experiência de transitar como pedestre em uma cidade repleta de carros.
3. Peça-lhes que reflitam sobre como é o trânsito, a mobilidade nas ruas, os espaços de estacionamento e, principalmente, como esses aspectos refletem no cotidiano da cidade em que vivem e no convívio social.
4. Como poderiam ser as grandes cidades se não tivessem tantos carros?
Resposta pessoal.
Resposta pessoal. 191
Sugere-se que comente com os estudantes a escala da instalação: os carros ocupam uma grande área e se colocam como uma massa muito maior e mais pesada que os visitantes/pedestres, sugerindo que são as pessoas que precisam se adequar aos espaços ocupados pelos carros e não o oposto.
4. Caso considere interessante, proponha aos estudantes que busquem estatísticas sobre trânsito e mobilidade em grandes cidades brasileiras. Verifique se eles identificam que, atualmente, grande parte dos espaços públicos das cidades é destinada aos carros. Com base nisso, eles podem pensar como seria possível ampliar espaços de convívio, de lazer, de práticas de esportes e de encontros culturais, por exemplo, melhorando o convívio social e a qualidade de vida de toda a população.
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IMAGEM EM FOCO
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Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP11
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF69LP16
• EF69LP17
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP06
• EF89LP14
• EF89LP16
• EF09LP11
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP03
• EF69LP17
• EF89LP04
• EF89LP27
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP03
• EF69LP17
• EF69LP56
• EF89LP05
• EF09LP04
• EF09LP08
• EF09LP09
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP03
• EF69LP04
• EF69LP05
TEXTO
• EF89LP03
• EF09LP12
PROPOSIÇÕES
A escolha de um editorial se justifica pela importância de apresentar textos argumentativos para os estudantes, destacando-se como um texto de grande influência na formação do cidadão, ao proporcionar uma reflexão crítica sobre um tema, por meio de argumentos, para convencer o leitor a aderir ao ponto de vista da empresa jornalística e compartilhá-lo.
Antes de os estudantes lerem o texto, converse com eles sobre mobilidade urbana e o que ela representa aos moradores das cidades, seus aspectos positivos e negativos na vida dos cidadãos. Permita que eles expressem o que sabem sobre esse assunto e, depois, explique que a mobilidade urbana se refere ao deslocamento de pessoas nas cidades e que, quando ele não é adequado, provoca impactos nos mais variados aspectos da vida das pessoas, inclusive na saúde.
A necessidade de mobilidade sempre esteve presente na vida das pessoas. O tempo todo é preciso ir e vir e, nas grandes cidades, é possível observar pessoas correndo de um canto para o outro, carros, caminhões, motocicletas, bicicletas, patinetes e pedestres disputando o mesmo espaço público. Somado a isso, há também a falta de estacionamento, o estresse no trânsito e a poluição, que afeta, inclusive, a saúde. Tudo isso está ligado à mobilidade urbana.
O texto que você vai ler a seguir é um editorial que aborda esse tema e expressa o posicionamento de um jornal a respeito de alternativas de mobilidade urbana.
Leia o título e o subtítulo do texto e formule algumas hipóteses: A qual equilíbrio, provavelmente, o editorial se refere? Quais são as situações que podem ter motivado a publicação do texto? O que você imagina que será defendido pelo editorial? Que alternativas você espera que sejam propostas? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
Antes de iniciar a leitura do editorial, ouça as orientações do professor. Depois, leia o texto silenciosamente, verificando o posicionamento adotado sobre o assunto.
EDITORIAL Equilíbrio necessário
Mobilidade urbana e patinetes Publicado em 11 de janeiro de 2020 – 03h00
Ir e vir nos grandes centros é tanto um direito quanto um desafio. Com o crescimento das frotas de veículos, novas soluções surgem na mesma proporção dos problemas que precisam ser solucionados. Por exemplo, a frota de patinetes de compartilhamento em Belo Horizonte cresce a taxas de 10% ao ano, segundo a Grow, empresa que oferece o serviço na cidade.
Alternativa de micromobilidade, patinetes têm servido não só para lazer, como para deslocamentos curtos, contornando os inevitáveis congestionamentos em uma metrópole que acumula perto de 3 milhões de veículos – aproximadamente um para cada duas pessoas – e mais de 370 milhões de usuários do transporte coletivo anuais.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Antes de promover a leitura do texto, relembre as características do gênero editorial e leia o título e o subtítulo do texto. Incentive-os a elaborar hipóteses sobre o texto com base nas perguntas propostas no Livro do Estudante.
Pergunte se é possível depreender pelo título se o jornal se posicionará contrária ou favoravelmente ao uso de patinetes.
Sugere-se, primeiramente, uma leitura silenciosa e, depois, uma leitura oral compartilhada, fazendo uma parada a cada parágrafo para verificar se identificaram os elementos estruturais do gênero: introdução, desenvolvimento e conclusão. Durante a leitura, oriente-os a ficar atentos ao significado de determinadas expressões e palavras e incentive a inferência do significado por meio do contexto.
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EDITORIAL CAPÍTULO1
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Porém, a comodidade tem sua contrapartida na forma da competição entre pedestres e patinetes por espaço nas calçadas e acidentes. Pelo menos duas pessoas já morreram ao usarem esse meio de transporte, uma delas um engenheiro em Belo Horizonte.
Cerca de 20 capitais brasileiras dispõem do serviço de compartilhamento, e ainda não há acordo sobre a forma de regulamentação em muitas delas, como Brasília e BH [Belo Horizonte], muito menos uma legislação federal sobre o uso do veículo.
Fora do Brasil, os exemplos são muito díspares. Em San Francisco, nos Estados Unidos, é preciso uma permissão de operação. Em Los Angeles, exige-se carteira de motorista. Em Amsterdã, na Holanda, somente patinetes particulares são admitidas, com algumas restrições.
O planejamento urbano não pode prescindir de alternativas não poluentes que diminuam a pressão sobre o tráfego, e estudos consistentes que permitam sua inserção no sistema de transporte com segurança para os usuários e equilíbrio financeiro serão muito bem-vindos por toda a coletividade.
evidente tanto no título (que pede “equilíbrio”) como na conclusão, que não pede, por exemplo, a proibição do uso, mas sim “estudos consistentes” para a participação segura e equilibrada das patinetes no sistema de transporte.
PROPOSIÇÕES
Ao explorar as perguntas de Conversando sobre o texto, se desejar, promova em sala de aula uma discussão sobre meios de transporte utilizados pelos estudantes. Incentive-os a refletir sobre os pontos negativos e positivos de cada alternativa levantada pela turma.
REALIZAÇÃO
Patinetes elétricos compartilhados por aplicativo estacionados na Estação Eucaliptos do metrô, no bairro de Indianópolis, em São Paulo (SP). Fotografia de 2020.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. Você considera o tema do editorial relevante? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, que outras alternativas podem ser implementadas para a melhoria da mobilidade nas grandes cidades? Resposta pessoal.
3. Na cidade onde você mora, há problemas na mobilidade das pessoas? Para você, quais seriam soluções possíveis para esses problemas? Respostas pessoais.
Conversando sobre o texto
VOCABULÁRIO
Micromobilidade: conjunto de deslocamentos curtos no espaço urbano com veículos pequenos e individuais.
Díspares: diferentes. Prescindir: dispensar, renunciar.
1. Incentive os estudantes a expor seus pontos de vista sobre o assunto, sustentando-os com argumentos consistentes, assim como a ouvir, de forma respeitosa, opiniões contrárias às suas e, se desejarem, contra-argumentar.
2. As alternativas podem ser as mais variadas, mas é importante levá-los a refletir sobre a viabilidade e a possibilidade de implementação das ideias, incentivando que pensem na realidade socioeconômica brasileira e nas desigualdades de acesso ao transporte.
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REALIZAÇÃO
Texto
Peça que localizem, logo após a linha fina, a data da publicação (11 de janeiro de 2020) e, no final do texto, o nome do jornal em que o editorial foi publicado (O Tempo).
Depois da leitura, retome as hipóteses levantadas antes e verifique se algumas das vantagens e desvantagens das patinetes
aparecem no texto. Pergunte qual é a tese do jornal: É favorável, contrário, favorável com ressalvas ou contrário com ressalvas ao uso das patinetes? Verifique se percebem que o jornal é, em princípio, favorável às patinetes (são alternativas não poluentes ao tráfego intenso das grandes cidades), mas com ressalvas (competem com pedestres, causam acidentes, não são regulamentadas). Esse posicionamento fica
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3. Os estudantes deverão relacionar os problemas existentes na cidade em que vivem, levando em consideração a própria realidade e os meios de locomoção usados para dirigir-se de um lugar para o outro, as facilidades e as dificuldades enfrentadas, bem como as possibilidades de solução para os problemas detectados.
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EQUILÍBRIO necessário. O Tempo, [s. l.], 11 jan. 2020. Disponível em: www.otempo.com.br/opiniao/editorial/ equilibrio-necessario-1.2282773. Acesso em: 3 jul. 2022.
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CHa VES/pulSar IMaGEnS
PROPOSIÇÕES
Em Texto e contexto, explique aos estudantes que, para elaborar um editorial, seja ele impresso, virtual ou oral (no caso de programas jornalísticos de rádio, TV e internet), os meios de comunicação costumam dispor de uma equipe de editorialistas, composta pelos proprietários do meio jornalístico (ou seus representantes) e jornalistas. Enfatize que, embora uma pessoa ou mais escrevam o texto, o editorial não é assinado, porque expressa a opinião do veículo, não de um autor específico, como ocorre nos artigos de opinião.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Comente que uma das características do gênero é expor um posicionamento diante de fatos de relevância acontecidos recentemente e, em geral, temas de outros textos jornalísticos.
2. e 3. Esclareça que no editorial a tese é sustentada após a introdução, por meio da seleção de argumentos apresentada ao longo do texto. É preciso, portanto, depreender a opinião do veículo por meio de leitura atenta e integral do texto.
4. Amplie a atividade, perguntando se concordam ou não com a solução apontada. Incentive-os a expressar seus pontos de vista apresentando argumentos que sustentem o posicionamento defendido. Comente com eles que o uso de patinetes tem vantagens e desvantagens. São vantagens: agilidade para fugir do trânsito, baixo custo de manutenção, proteção do meio ambiente, por ser menos poluente. São desvantagens: competição com
1. O aumento da frota de patinetes compartilhadas e, consequentemente, os acidentes ocorridos pela disputa de espaço nas calçadas entre pedestres e usuários de patinetes.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
2. O jornal considera o compartilhamento de patinetes uma solução para diminuir o fluxo de veículos, mas, ao mesmo tempo, é um problema se não for regulamentado.
3. A competição entre pedestres e usuários de patinetes por espaço nas calçadas, o que tem ocasionado acidentes; a ausência de regulamentação comum (nem local, nem federal) para seu uso nas cidades que as adotam, o que se verifica em algumas cidades no exterior, em que também não há unificação de regras.
1. O editorial aborda a mobilidade nas grandes cidades. Qual fato motivou a produção desse texto?
4. a) Realizar estudos consistentes que permitam o uso seguro desse equipamento e o equilíbrio financeiro para as empresas.
2. O editorial expressa o posicionamento do jornal que ele representa. Releia a tese, ou seja, a ideia que o editorialista defende por meio de argumentos.
[...] Com o crescimento das frotas de veículos, novas soluções surgem na mesma proporção dos problemas que precisam ser solucionados. [...]
• Qual é a posição expressa nesse trecho? Explique.
Editorialista é o nome dado ao jornalista, geralmente o mais experiente da instituição, que escreve o editorial para expressar a opinião do jornal que representa sobre um determinado fato. Por isso, os editoriais não são assinados.
3. Que motivos são apresentados para justificar a ideia de que o uso de patinetes é um novo problema a ser resolvido?
4. O editorial apresenta uma proposta de solução para a falta de segurança do patinete como alternativa de mobilidade.
a) O que ele propõe?
b) Qual é a justificativa para essa solução?
4. b) O patinete é uma alternativa de mobilidade que não polui o meio ambiente e ajuda a diminuir o congestionamento do trânsito.
c) Você concorda que o patinete pode ser uma alternativa de mobilidade? Justifique sua resposta com base em argumentos e compartilhe-a oralmente com os colegas, respeitando os turnos de falas durante esse momento de conversa. Resposta pessoal.
5. O editorial, embora não negue os benefícios do patinete, sugere medidas de regulamentação para seu uso. Em sua opinião, de que maneira as empresas de aluguel de patinetes entenderão as medidas sugeridas no editorial? Explique.
6. Você concorda com a posição do editorial de que o uso compartilhado de patinetes nos grandes centros urbanos só deva ser permitido se for regulamentado? Justifique sua resposta com argumentos e compartilhe-a com os colegas e o professor em uma discussão com a turma.
Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal. Sugestões de respostas: o uso de bicicletas e de carros elétricos; o deslocamento
7. O editorial finaliza com a ideia de que não é possível prescindir de alternativas não poluentes para o trânsito das grandes cidades. Em sua opinião, que outras opções podem ser adotadas em grandes cidades com o mesmo objetivo?
O editorial é um texto jornalístico que tem como finalidade expor o posicionamento do veículo que o publicou a respeito de temas atuais e de relevância social, política, econômica ou cultural. 194
5. Provavelmente, essas empresas não irão apreciar as medidas, uma vez que deverão assumir mais responsabilidades e cuidados com os equipamentos, assim como implantar medidas para a orientação dos usuários quanto ao uso, de modo a evitar acidentes.
pedestre, falta de regras de circulação, risco de acidentes etc.
5. e 6. Aproveite para discutir a importância da regulamentação em qualquer setor que ofereça algum produto ou serviço à população. Comente que os regulamentos trazem segurança para consumidores e usuários. Nesse aspecto, o editorial mostrou essa preocupação ao propor que o uso de patinetes seja regulamentado.
7. Se necessário, explique que as alternativas não poluentes de mobilidade são aquelas que não utilizam (ou que buscam ao menos reduzir o uso de) combustíveis fósseis, como bicicletas, carros elétricos, transporte público de alta capacidade, carros compartilhados, rodízio de veículos, pedágio urbano, incentivo à locomoção a pé etc.
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por hidrovias etc.
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COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. O editorial é organizado de modo a defender uma tese e, em geral, apresenta a estrutura a seguir.
Argumento 1: O aumento da frota de patinetes gera competição entre pedestres pelo espaço das calçadas, causando acidentes graves.
Argumento 2: Duas pessoas já morreram ao usarem esse meio de transporte.
Equilíbrio necessário.
A tese costuma ser apresentada logo no primeiro parágrafo do texto, na introdução Os argumentos que sustentam a tese são desenvolvidos nos parágrafos seguintes, que correspondem ao corpo do texto. A conclusão, que finaliza o que foi apresentado, corresponde ao último parágrafo.
Mobilidade urbana e patinetes. A nova solução de mobilidade urbana – compartilhamento de patinetes – gera problemas que precisam ser solucionados.
Argumento 1 Argumento 2 Argumento 3
PROPOSIÇÕES
As atividades propostas em Composição e linguagem propiciam o desenvolvimento de capacidades de leitura relativas à compreensão e apreciação dos textos, considerando a finalidade comunicativa do editorial, a circulação e os interlocutores preferenciais do texto, os recursos linguísticos e estruturais utilizados, entre outros.
REALIZAÇÃO Composição e linguagem
Argumento 3: Ainda não há acordo sobre a regulamentação do uso de patinetes nas cidades brasileiras; e, no exterior, há diferentes regras de uso.
PARA ASSISTIR
Conclusão
• No caderno, reproduza o esquema de acordo com o modelo anterior e o complete-o com as informações do editorial que você leu.
É necessário investir em estudos consistentes para a inserção de patinetes no sistema de transportes com segurança para os usuários e com equilíbrio financeiro para as empresas.
2. Qual das estratégias a seguir foi utilizada na introdução do editorial? No caderno, transcreva a alternativa correta.
Alternativa D
A. Narração de um fato relacionado ao assunto.
B. Apresentação de dados estatísticos sobre o assunto.
C. Alusão a um acontecimento significativo para a história do país.
D. Exposição de fatos recorrentes e representativos sobre o assunto.
3. Considerando a finalidade de um editorial, a que se deve o fato de ele ser, em geral, um texto curto e objetivo?
O editorial é curto e objetivo para não cansar o leitor e fazê-lo ler o texto até o fim sem grande dificuldade, mesmo que possa discordar da opinião apresentada.
PARA ACESSAR
MOBILIZE. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: https://www.mobilize.org.br/estatisticas/. Acesso em: 4 ago. 2022.
O site Mobilize apresenta estudos, fotos, vídeos e acesso a links sobre a mobilidade urbana sustentável, como estatísticas variadas e atualizadas. Se achar pertinente, compartilhe a indicação com a turma.
Elo perdido – O Brasil que pedala. 2018. Documentário (30min08s). Canal
Bike é legal. Disponível em: https://you tu.be/e7BqJUpBg
FY. Acesso em: 14 jul. 2022.
O documentário, dirigido por Renata Falzoni, aborda a cultura da bicicleta, que resiste em cidades como Joinville (SC), Mauá (SP) e Afuá (PA) e na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro (RJ).
1. Auxilie os estudantes, por meio do esquema apresentado, a identificar os elementos estruturais de um editorial com base no texto lido. Se julgar necessário, faça uma nova leitura coletiva do texto e identifique, de modo colaborativo, cada uma de suas partes.
2. Se desejar, discuta com eles cada uma das alternativas, a fim de que verifiquem por que estão incorretas. As estratégias descritas em A , B e C poderiam ser usadas para iniciar um editorial, mas não é o caso do texto lido.
3. Se possível, pode ser interessante exibir para a turma a página de um jornal impresso em que há a seção do editorial, ou como essa seção aparece na versão digital, para que todos percebam que essa seção “concorre” com outras para chamar a atenção do leitor.
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Editorial Título Linha fina Tese
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REALIZAÇÃO
4. a) Explique que as vozes mostradas no texto são contra-argumentos, pois mostram outro ponto de vista, antecipando o raciocínio do leitor e contribuindo para persuadi-lo em relação à tese defendida pelo editorial.
4. b) Espera-se que os estudantes compreendam que o texto editorial defende uma ideia própria, mas também é informativo ao apresentar outras ideias sobre o tema.
5. Espera-se que compreendam que o editorial propõe uma solução para o problema apresentado. Se desejar, pergunte aos estudantes se concordam com a proposta e por quê.
6. Se necessário, explique que a escolha de palavras não é aleatória, mas se orienta pelo posicionamento defendido pelos autores do texto. Auxilie os estudantes a perceber que o uso do termo competição reforça aspectos negativos da utilização de patinetes e contribui para reforçar a tese do editorial.
7. a) Explique que o uso das expressões contribui para reforçar o posicionamento do editorial, encadeando ideias.
7. b) Se julgar necessário, faça uma nova leitura do trecho com os estudantes com cada uma das locuções sugeridas para que percebam aquela que mantém o sentido da expressão original.
7. c) Espera-se que os estudantes percebam que pouco foi feito quanto às políticas públicas para a resolução do problema.
4. Para fundamentar e sustentar sua tese, o editorial pode apresentar vozes diferentes, que representam outros pontos de vista. Releia estes trechos.
Trecho 1
4. a) O trecho 1 poderia representar a voz dos usuários e das empresas que oferecem o produto; já o trecho 2, a voz de especialistas que pretendem reduzir o número de carros e a poluição ambiental.
Alternativa de micromobilidade, patinetes têm servido não só para lazer, como para deslocamentos curtos, contornando os inevitáveis congestionamentos em uma metrópole que acumula perto de 3 milhões de veículos [...].
Trecho 2
4. b) O efeito é de ponderação, uma vez que, ao considerar outras vozes, o jornal mostra-se equilibrado, imparcial e não radical no posicionamento defendido.
O planejamento urbano não pode prescindir de alternativas não poluentes que diminuam a pressão sobre o tráfego [...].
a) De quem poderiam ser as vozes apresentadas nos trechos 1 e 2?
b) Qual é o efeito de sentido criado ao se apresentarem esses pontos de vista diferentes do defendido pelo editorial?
No texto argumentativo, as vozes são os diferentes discursos sobre a questão abordada, sejam eles favoráveis ou contrários ao que se deseja defender.
5. A conclusão de um editorial pode apresentar uma reflexão ou propor uma solução para o problema apresentado. O que o editorial propõe em sua conclusão?
A regulamentação do setor por meio de uma legislação federal.
6. Em textos como o editorial, a escolha de alguns termos contribui para construir a argumentação e, consequentemente, defender o ponto de vista. Releia o trecho a seguir.
Porque o uso do termo reforça que há uma disputa entre pedestres e patinetes por espaço nas calçadas, reiterando a opinião defendida de que é necessário regulamentar o uso desse veículo.
Porém, a comodidade tem sua contrapartida na forma da competição entre pedestres e patinetes por espaço nas calçadas e acidentes. [...]
• Por que o uso da palavra competição reforça a posição defendida pelo jornal?
7. Leia novamente este trecho do editorial, em que a escolha de algumas palavras foi importante na construção da argumentação.
Cerca de 20 capitais brasileiras dispõem do serviço de compartilhamento, e ainda não há acordo sobre a forma de regulamentação em muitas delas, como Brasília e BH [Belo Horizonte], muito menos uma legislação federal sobre o uso do veículo.
7. c) Provavelmente, enfatizar a dimensão do problema quanto ao fato de o uso do patinete não ter regulamentação federal.
a) De que maneira o uso do advérbio ainda e da locução adverbial muito menos reforça o posicionamento defendido no editorial?
b) Qual das locuções a seguir tem sentido semelhante ao do advérbio ainda? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B.
A. Além disso.
B. Até este momento.
C. Algum dia.
D. Por enquanto.
c) Qual pode ter sido o objetivo do editorial ao utilizar a expressão muito menos nesse trecho?
7. a) O advérbio ainda e a locução adverbial muito menos reforçam o posicionamento do editorial sobre a necessidade de regulamentação dessa modalidade de locomoção por meio de uma lei federal, de modo que se torne uma solução segura para os usuários.
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8. Trecho 1: o articulador por exemplo refere-se ao item B; trecho 2: juntos, os articuladores não só e como (também) referem-se ao item A ; trecho 3, o articulador porém refere-se ao item C .
8. Releia os trechos a seguir e observe os articuladores textuais que foram usados.
Trecho 1
REALIZAÇÃO
9. a) As formas verbais expressam certeza e estão no modo indicativo.
[...] Por exemplo, a frota de patinetes de compartilhamento em Belo Horizonte cresce a taxas de 10% ao ano. [...]
Trecho 2
9. b) O uso desse modo verbal reforça a certeza do que o editorial defende, levando o leitor a concordar com o que o texto diz.
Alternativa de micromobilidade, patinetes têm servido não só para lazer, como para deslocamentos curtos [...].
Trecho 3
10. b) A escrita em 3a pessoa se deve ao fato de o editorial expressar a opinião de uma empresa de comunicação, e não de uma única pessoa.
Porém, a comodidade tem sua contrapartida na forma da competição entre pedestres e patinetes por espaço nas calçadas e acidentes. [...]
Os articuladores textuais ou conectivos são palavras ou expressões que ligam frases e orações, possibilitando a articulação de diferentes ideias apresentadas ao longo do texto – da introdução à conclusão. Dessa forma, os conectivos contribuem para a coesão textual e para a compreensão do texto.
• Agora, no caderno, relacione cada um dos trechos a um item que indica o efeito de sentido que o articulador textual expressa no respectivo trecho.
A. Indica uma adição de ideia.
B. Introduz uma exemplificação
C. Apresenta oposição a uma ideia anterior.
10. a) O uso do registro formal justifica-se pelo fato de o editorial ser um gênero jornalístico de opinião que revela o pensamento de uma empresa e, assim, precisa expressar seriedade e domínio da norma-padrão da língua.
9. Releia este trecho e observe as formas verbais em destaque.
Fora do Brasil, os exemplos são muito díspares. Em San Francisco, nos Estados Unidos, é preciso uma permissão de operação. Em Los Angeles, exige-se carteira de motorista. Em Amsterdã, na Holanda, somente patinetes particulares são admitidas, com algumas restrições.
a) Essas formas verbais expressam certeza ou dúvida em relação às informações apresentadas? Qual é o modo verbal empregado?
b) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso desse modo verbal?
10. Nos editoriais, costuma predominar o uso do registro formal.
a) Que características do gênero editorial justificam o uso desse registro?
b) Apesar de ser um texto opinativo, o editorial geralmente é escrito de forma impessoal, em 3a pessoa. Com base no que você já aprendeu sobre esse gênero textual, a que se deve essa característica?
O editorial é organizado de modo a desenvolver a argumentação. Portanto, todos os elementos em sua composição têm caráter persuasivo. São eles: título, que pode ser temático (referindo-se claramente ao tema) ou não temático (fazendo alusão a ele); introdução, em que se apresenta ao leitor o assunto que será tratado; tese, a posição a ser defendida sobre determinado assunto ou fato; corpo ou desenvolvimento, em que são apresentados os argumentos para fundamentar o ponto de vista assumido; e conclusão, que sintetiza o que foi exposto, podendo sugerir soluções para o problema, assim como provocar uma reflexão sobre o tema. É escrito em 3a pessoa e predomina o registro formal, de acordo com a norma-padrão.
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8. Se desejar, solicite aos estudantes que indiquem outros articuladores textuais de sentido equivalente em cada item.
9. Se necessário, relembre-os de que os modos verbais são: imperativo, indicativo e subjuntivo. Reforce que o editorial é um gênero persuasivo que defende o ponto de vista do jornal sobre um tema. Assim, os modos verbais devem colaborar nessa defesa.
10. a) Explique que os temas abordados são de interesse coletivo e, por isso, devem ser expressos por meio de uma linguagem objetiva e do registro formal.
10. b) Lembre os estudantes de que textos desse gênero não são assinados por uma pessoa, mas expressam a opinião de uma empresa. A voz dessa empresa representa uma coletividade institucional, por isso, a 3a pessoa do discurso é a mais adequada.
MENDES, Heloisa Mara; MENDONÇA, Marina Célia. Jornalismo digital em perspectiva dialógica: uma análise do gênero editorial na Folha de S.Paulo. Revista do GEL , São Paulo, v. 18, n. 1, p. 101-128, 2021. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/rg/ article/view/2979/1923. Acesso em: 4 ago. 2022.
Nesse artigo, recomendado ao professor, as autoras propõem uma reflexão sobre o gênero editorial e sua circulação no meio digital, considerando o diálogo entre o jornal e os tipos de leitores pressupostos.
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PARA ACESSAR
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PROPOSIÇÕES
Em Textos em diálogo, os estudantes têm a oportunidade de comparar textos de diferentes gêneros a partir das relações de intertextualidade entre eles. Por meio do estudo dessa seção, propõe-se uma reflexão sobre consumismo, desperdício, impacto ambiental, mobilidade urbana e sustentabilidade, ampliando as discussões disparadas com a leitura do editorial.
REALIZAÇÃO
A partir da leitura do título da fotorreportagem, oriente os estudantes a observar com atenção os detalhes das imagens. Reserve um momento para que compartilhem o que lhes chamou a atenção.
Em seguida, proponha uma leitura em voz alta do texto que acompanha as fotografias. Explique as características do gênero, destacando que se trata de um gênero jornalístico em que as imagens têm protagonismo sobre o texto escrito.
PARA ACESSAR
A LENTE. [S. l.], [20--]. Site. Disponível em: https://alente.com. br/category/fotorreportagem/. Acesso em: 9 ago. 2022.
Nesse site, indicado para professor e estudantes, é possível acessar fotorreportagens diversas. Explore algumas delas com os estudantes para que eles ampliem o repertório do gênero.
Editorial e fotorreportagem
O editorial que você leu na seção anterior traz o posicionamento de um jornal sobre o tema "mobilidade urbana" com base no serviço de compartilhamento de patinetes, considerado uma solução que não polui, de baixo custo, porém que precisa ser regulamentada.
A fotorreportagem que você vai ler a seguir também apresenta um posicionamento sobre o mesmo assunto, mas utilizando, predominantemente, imagens. Leia o trecho da fotorreportagem a seguir e observe algumas das imagens que a compõem.
Fotorreportagem é um gênero jornalístico que relata os fatos por meio de fotografias. Como outros gêneros do jornalismo, informa e pode expor um ponto de vista, mas faz isso predominantemente por meio de imagens, que podem ter caráter artístico.
Na China, bikes compartilhadas são abandonadas e formam montanhas de desperdício
Parece uma obra de arte mas é, em verdade, desperdício e símbolo dos excessos do capital. Depois que, no ano passado, as bicicletas compartilhadas passaram a fazer um imenso sucesso na China, dezenas de empresas inundaram as cidades com magrelas coloridas, prontas para serem utilizadas e pedaladas por todo o país. Acontece que a infraestrutura e a legislação local não estava pronta para tamanha oferta e tanto serviço – e, com isso, muitas dessas empresas viram seu estoque empacar em depósitos que hoje mais parecem cemitérios de bicicletas.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
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ARTICULAÇÃO COM
GEOGRAFIA
Considerando os impactos do consumismo e do desperdício na sociedade e no mundo, proponha aos estudantes, em conjunto com o professor de Geografia, trabalhando a habilidade EF09GE10, a produção de uma campanha de conscientização para a adoção de hábitos de consumo sustentáveis.
Para isso, a partir das estratégias pedagógicas das metodologias ativas (trabalho de campo, aprendizagem colaborativa, projeto de pesquisa), proponha à turma a elaboração de questionários para aplicação na comunidade sobre preferências de compra. Os estudantes podem selecionar um produto ou serviço específico, por exemplo, aparelhos eletrônicos, como celular ou videogame, que têm alta rotatividade e grande impacto ambiental.
A partir da tabulação e análise dos dados, oriente os estudantes a refletir sobre maneiras de conscientizar o grupo sobre o tema. Para isso, oriente uma investigação mais aprofundada dos danos do descarte inadequado desses produtos.
Por fim, os estudantes devem produzir uma campanha a fim de conscientizar o grupo analisado sobre a mudança de hábitos de consumo. Para isso, é importante que explorem as informações coletadas, os impactos analisados e imagens que chamem a atenção para a questão.
PARA
FONTENELLE, Isleide Arruda. Cultura do consumo: fundamentos e formas contemporâneas. São Paulo: FGV, 2017.
Esse livro, recomendado ao professor, aborda uma perspectiva sobre o papel do consumo na sociedade contemporânea, considerando o consumidor como um sujeito historicamente produzido.
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LER
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CHandan KHanna aFp
PROPOSIÇÕES
Recomenda-se que as atividades da seção Textos em diálogo sejam realizadas oralmente. Se possível, acesse o site em que a fotorreportagem foi publicada e mostre aos estudantes as outras imagens que compõem o texto.
REALIZAÇÃO
Textos em diálogo
1. Incentive os estudantes a tecer considerações sobre as imagens. Eles podem citar elementos como as cores, a quantidade de bicicletas retratadas, a situação de abandono, os ângulos utilizados ao captar as imagens, entre outros aspectos.
2. Espera-se que os estudantes identifiquem o tema abordado na fotorreportagem. Se possível, proponha um diálogo com a questão dos patinetes trabalhada no editorial: Será que eles costumam ter o mesmo fim que as bicicletas mostradas na fotorreportagem? Como evitar que isso aconteça?
3. Oriente os estudantes a inferir a localização por meio da observação de detalhes das imagens e de seus conhecimentos de mundo.
4. Auxilie-os a identificar o que é retratado nas imagens e o propósito dos registros. Se desejar, pergunte aos estudantes se acreditam que esse objetivo foi alcançado.
5. a) Chame a atenção deles para o uso da forma verbal parece, que indica algo que tem características semelhantes.
5. b) Espera-se que os estudantes indiquem que há elementos que se assemelham a obras de arte, principalmente no contexto da arte contemporânea, que também costuma se apropriar de objetos do cotidiano para compor diferentes formas de arte.
], 6 set. 2018. Disponível em: www.hypeness.com.br/2018/09/na-china-bikescompartilhadas-sao-abandonadas-e-formam-montanhas-de-desperdicio/. Acesso em: 14 jul. 2022.
Hypeness
1. O que mais chamou sua atenção ao observar essas imagens? Explique. Resposta pessoal.
2. Que fato é retratado nas imagens? O descarte massivo de bicicletas na China.
3. É possível identificar os locais onde as cenas foram registradas?
Provavelmente, terrenos e áreas afastadas de alguma cidade da China.
4. O que as fotografias destacam? Qual pode ter sido o objetivo da fotorreportagem ao apresentar essas imagens?
A quantidade de bicicletas abandonadas, algumas delas empilhadas de modo desordenado. Retratar o descarte excessivo e, por vezes,
5. Releia a comparação feita no início da fotorreportagem.
inadequado de bicicletas utilizadas no sistema de compartilhamento.
Parece uma obra de arte mas é, em verdade, desperdício e símbolo dos excessos do capital. [...]
5. a) As imagens captadas nas fotografias estão sendo comparadas a obras de arte.
a) O que está sendo comparado nesse trecho?
b) Que elementos das fotografias explicam essa comparação?
5. b) Os ângulos utilizados, além das cores e da forma de disposição das bicicletas, conferem um apelo estético às fotografias, o que permite compará-las a imagens artísticas.
6. Qual é a relação entre o texto e as imagens nessa fotorreportagem.
7. Em sua opinião, que posicionamento a fotorreportagem quer revelar a respeito do tema? Por quê?
8. Considerando o texto e as imagens da fotorreportagem, é possível construir uma visão sobre o consumo e o descarte de bicicletas. Em sua opinião, que visão é essa?
9. No caderno, transcreva quais alternativas referem-se ao editorial lido, quais se referem à fotorreportagem e quais podem ser associadas a ambos.
A. Reproduz a realidade predominantemente por meio de imagens. Fotorreportagem.
B. Reproduz a realidade predominantemente por meio da palavras. Editorial.
C. Aborda fatos e acontecimentos de relevância para a sociedade. Ambos.
D. Apresenta o posicionamento do órgão em que é publicado. Editorial.
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7. Sugestão de resposta: Possivelmente, um posicionamento contrário ao desperdício gerado pelo sistema de compartilhamento de bicicletas, o que é confirmado pelas imagens, que mostram de modo impactante o resultado do descarte desses veículos.
6. Se desejar, reforce que, na fotorreportagem, o texto verbal serve para introduzir o assunto em foco e fazer a costura do texto, deixando-o coeso e enfatizando a ideia expressa nele por meio das fotografias
7. Incentive os estudantes a compartilhar seus posicionamentos. Espera-se que apontem o tom de crítica da fotorreportagem ao problema do desperdício e à negligência das empresas para buscar soluções.
8. Mobilize-os a tecer considerações livremente com base nas imagens e no texto verbal da fotorreportagem.
9. Espera-se que identifiquem as características referentes ao gênero editorial e ao gênero fotorreportagem. Se desejar, comente com os estudantes que, no editorial, as imagens servem de apoio para ilustrar o tema abordado no texto verbal, enquanto na fotorreportagem acontece o inverso.
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8. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes considerem que, embora as bikes sejam uma modalidade de locomoção que não polui o meio ambiente, seu consumo exagerado tpG/GEtty IMaGES
As imagens retratam os fatos introduzidos pelo texto verbal da fotorreportagem. pode também gerar problemas de poluição.
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Oração subordinada substantiva
Você já aprendeu as funções sintáticas que os nomes (substantivos, adjetivos e pronomes) podem exercer nas orações, como sujeito, objeto direto, objeto indireto, aposto, entre outras. Agora, vai aprender que há orações que também podem exercer funções sintáticas.
1. A seguir, leia dois trechos de diferentes textos: o primeiro foi retirado do editorial apresentado na seção Texto deste capítulo, e o segundo foi extraído de uma notícia publicada em um jornal on-line
TEXTO 1
Ir e vir nos grandes centros é tanto um direito quanto um desafio. Com o crescimento das frotas de veículos, novas soluções surgem na mesma proporção dos problemas que precisam ser solucionados. [...]
TEXTO 2
Trânsito: como repensar a mobilidade urbana?
5 de dezembro de 2021
Como o debate sobre o tema pode nos fazer repensar o modo de ver a cidade [...]
Uma pesquisa de 2019, realizada nas cinco regiões do País pelo Instituto Ipsos e pela 99, divulgou que o brasileiro costuma usar três modais diferentes durante a semana, a predominância da integração entre modais é feita a pé. Porém, mesmo com o surgimento de novas modalidades de transporte individual, como patinetes e bicicletas elétricas, a maior parte dos entrevistados não se sente segura para usar essas opções.
Com a ausência de investimentos em infraestruturas de calçadas e ciclofaixas é normal que as opções mais utilizadas de novos modais sejam os aplicativos de transporte realizados por carros. [...]
PROPOSIÇÕES
Os objetivos da seção Por dentro da língua são identificar as orações subordinadas substantivas e reconhecer o papel que desempenham na construção de sentidos do texto, por meio da observação e da análise desse aspecto linguístico em textos de diferentes gêneros.
Inicialmente, retome os termos essenciais da oração (sujeito e predicado), os termos integrantes (objetos direto e indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito) e os termos acessórios (adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto).
Realize as atividades iniciais, cujo intuito é introduzir o conceito de orações subordinadas substantivas, relembrando o período composto por subordinação (em que uma oração exerce uma função sintática em relação à oração principal).
REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
1. Se desejar, organize os estudantes em duplas e oriente uma leitura silenciosa dos trechos dos textos. Ressalte o diálogo que se estabelece por meio da temática da mobilidade.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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REALIZAÇÃO
1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem o tema comum aos dois textos.
1. b) Espera-se que identifiquem as motivações expostas no texto 2. Se possível, peça a eles que indiquem no trecho onde se localiza a resposta.
1. c) A resposta pode variar, dependendo do contexto de cada estudante, mas é importante que eles exponham seus pontos de vista com argumentos que os sustentem.
2. Espera-se que os estudantes analisem os elementos não verbais que compõem a imagem, associando o efeito de sentido que ela produz ao que se expõe no te xto 1. Comente que, apesar de o editorial tratar especificamente dos patinetes, o trecho reproduzido aborda a questão da mobilidade de modo mais amplo, portanto a bicicleta não entra em conflito. Nesse sentido, proponha aos estudantes que pensem em outras possibilidades de fotografias que poderiam acompanhá-lo.
3. Se necessário, escreva na lousa a oração que precisam ser solucionados para que os estudantes possam visualizá-la coletivamente e com mais destaque. Explique que as orações subordinadas adjetivas restritivas delimitam o significado de seu antecedente.
4. a) Auxilie os estudantes a perguntar ao verbo (“Divulgou o quê?”), levando-os a perceber que falta um complemento para que a oração tenha sentido completo.
Maioria das cidades brasileiras não tem infraestrutura que incentive o deslocamento por bicicletas.
TRÂNSITO: como repensar a mobilidade urbana? Summit Mobilidade, [s. l.], 5 dez. 2021. Disponível em: https://summitmobilidade.estadao.com.br/guia-do-transporte-urbano/transito-como-repensar-a-mobilidadeurbana/. Acesso em: 4 jul. 2022.
a) O que os dois trechos têm em comum?
Ambos abordam questões ligadas à mobilidade nas grandes cidades.
b) No trecho do texto 1, menciona-se a necessidade de novas soluções para o transporte urbano. De acordo com o trecho do texto 2, por que essas soluções não acontecem ou são lentas?
c) Considerando a cidade onde mora, você acha seguro o uso desses modais ou concorda com a opinião dos entrevistados a que o trecho do texto 2 se refere? Resposta pessoal.
2. A fotografia que acompanha o trecho do texto 2 também poderia ser associada ao trecho do texto 1? Justifique sua resposta.
3. Analise a oração em destaque no segundo período do texto 1. No caderno, transcreva a alternativa que indica a classificação dessa oração. Alternativa C
A. Subordinada adverbial comparativa.
B. Subordinada adverbial consecutiva.
C. Subordinada adjetiva restritiva.
D. Subordinada adjetiva explicativa.
4. Releia este fragmento do texto 2
1. b) De acordo com o resultado das entrevistas realizadas, o brasileiro não se sente seguro em usar meios alternativos de transporte, como o patinete ou a bicicleta.
2. Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, pois a fotografia que acompanha o trecho do texto 2 mostra uma usuária de bicicleta subindo as escadas com o veículo, provavelmente por falta de uma rampa ou elevador no local, o que pode ser considerado um dos problemas que precisam ser solucionados a que o trecho do texto 1 se refere.
Uma pesquisa de 2019, realizada nas cinco regiões do País pelo Instituto Ipsos e pela 99, divulgou que o brasileiro costuma usar três modais diferentes durante a semana [...].
a) A oração principal desse período é “Uma pesquisa de 2019 [...] divulgou”. Essa oração tem sentido completo?
Espera-se que os estudantes infiram que a oração está incompleta, pois falta informar o que foi divulgado.
b) Que oração complementa o sentido do verbo da oração principal?
c) Considerando que a estrutura padrão de uma oração é composta de sujeito, verbo e complemento, qual é a função sintática que essa oração exerce em relação à principal? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa A
A. Complemento verbal: objeto direto.
B. Complemento verbal: objeto indireto.
C. Complemento nominal.
D. Sujeito.
4. b) A oração que o brasileiro costuma usar três modais diferentes durante a semana
As orações analisadas nas atividades anteriores são orações subordinadas de diferentes tipos: as adjetivas, que caracterizam e especificam, e as substantivas, que você vai estudar a seguir.
4. b) e 4. c) Verifique se eles percebem que a oração que o brasileiro costuma usar três modais diferentes durante a semana funciona como um complemento verbal da oração anterior, na função de objeto direto.
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Oração subordinada substantiva é aquela que exerce função sintática própria do substantivo, podendo ser classificada com base na função que desempenha em relação à oração principal.
Exemplos:
• É possível que em breve haja um planejamento urbano mais eficiente nas grandes cidades
No exemplo, a oração principal é É possível, formada pelo verbo ser + predicativo do sujeito. A função de sujeito da oração principal é exercida pela oração em destaque.
• Em Los Angeles, exige-se que o usuário de patinete use carteira de motorista
No exemplo, a oração principal é Em Los Angeles, exige-se, formada pelo verbo exigir + se (partícula de indeterminação do sujeito). A função de objeto direto da oração principal é exercida pela oração em destaque.
Nesses exemplos, as orações subordinadas analisadas, além de completarem o sentido da principal, também completam sua estrutura, podendo exercer diferentes funções sintáticas. Essas orações são subordinadas substantivas
Os conectivos que ligam a oração subordinada substantiva à oração principal são as conjunções subordinativas integrantes: que e se. Para classificar essas orações, basta verificar qual termo falta para completar a oração principal.
Classificação da oração subordinada substantiva
Oração subordinada substantiva objetiva direta
Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Exemplo: Os entrevistados responderam que não usam patinetes nem bicicletas por insegurança do trânsito
oração subordinada substantiva oração principal
sujeito + verbo transitivo direto (falta o objeto direto) = oração subordinada substantiva objetiva direta
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal. Exemplo: Os ciclistas gostariam de que os motoristas respeitassem seus espaços no trânsito
oração subordinada substantiva oração principal
sujeito + verbo transitivo indireto (falta o objeto indireto) = oração subordinada substantiva objetiva indireta
PROPOSIÇÕES
Leia o conceito de oração subordinada substantiva apresentado no boxe Conceito e verifique se os estudantes compreenderam. Transcreva na lousa os exemplos apresentados no Livro do Estudante e analise-os coletivamente com os estudantes.
O objetivo de abordar a classificação das orações subordinadas substantivas não é incentivar a memorização da nomenclatura, mas, sim, a reflexão acerca das relações sintáticas estabelecidas entre as orações nos períodos compostos por subordinação.
É importante lembrar que as relações sintáticas também são responsáveis pela criação de efeitos de sentido nos textos.
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PROPOSIÇÕES
Comente com os estudantes que as orações subordinadas substantivas subjetivas são muito usadas em situações de comunicação no dia a dia, tanto na fala quanto na escrita. Nos usos cotidianos, além das conjunções integrantes que e se, os falantes costumam introduzir as orações substantivas com outros conectivos, como como e quando
As orações subordinadas substantivas não vêm separadas por vírgulas dentro do período. A exceção é a substantiva apositiva, que, assim como o aposto, pode ser precedida por vírgula, embora geralmente venha separada da oração principal por dois-pontos.
PARA ACESSAR
ROCHA, Priscila da Silva. As relações subjetivas e predicativas nas orações subordinadas substantivas. Monografia (Licenciatura em Letras) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2010. Disponível em: https://bdm.unb.br/ bitstream/10483/6559/1/2010_
PricilaDaSilvaRocha.pdf. Acesso em: 10 ago. 2022.
Nessa monografia, indicada para o professor, a autora discute aspectos do ensino da classificação das orações subordinadas substantivas, com foco nas subjetivas e predicativas, por meio da análise de livros didáticos de Língua Portuguesa.
Oração subordinada substantiva completiva nominal
Exerce a função de complemento nominal de um nome da oração principal. Exemplo:
A população das metrópoles tem conhecimento de que os acidentes com ciclistas continuam
oração subordinada substantiva oração principal
sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto (falta o complemento nominal) = oração subordinada substantiva completiva nominal
A preposição que inicia esse tipo de oração pode, em alguns casos, estar subentendida. Exemplos:
• Os ciclistas gostariam (de) que os motoristas respeitassem seus espaços no trânsito
• A população das metrópoles tem conhecimento (de) que os acidentes com ciclistas continuam
Oração subordinada substantiva predicativa
Exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo:
O importante é que pedestres e ciclistas sejam respeitados no trânsito
oração subordinada substantiva oração principal
sujeito + verbo de ligação (falta o predicativo do sujeito) = oração subordinada substantiva predicativa
Oração subordinada substantiva apositiva
Exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Exemplo:
Os ciclistas só querem uma coisa: que tenham mais segurança para andar na cidade
oração subordinada substantiva oração principal
sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto (falta o aposto que explica a coisa) = oração subordinada substantiva apositiva
Oração subordinada substantiva subjetiva
Exerce a função de sujeito da oração principal. Exemplo:
Observa-se que a maioria dos entrevistados fez referência à insegurança no trânsito
oração subordinada substantiva oração principal
verbo ou predicado (falta o sujeito) = oração subordinada substantiva subjetiva
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ATIVIDADES
1. A seguir, leia o trecho de uma reportagem que aborda a questão da mobilidade urbana em Brasília, capital do país.
Brasília ainda desafia moradores a viverem sem carro 62 anos após inauguração
Capital investe em viadutos e reúne obstáculos para quem depende do transporte público ou quer usar bicicleta
Thaísa Oliveira – Pedro Ladeira
BRASÍLIA Brasília ainda amarga as consequências de ter sido pensada para os carros. As longas distâncias da cidade inaugurada em 1960 dificultam o deslocamento a pé, a falta de infraestrutura desencoraja os ciclistas, os ônibus são escassos, e o metrô não chega nem a um sexto das regiões.
Especialistas apontam que os problemas para a mobilidade persistem por meio de políticas públicas que continuam privilegiando os carros.
[...]
Dados oficiais reforçam essa impressão: 69% das residências do Distrito Federal têm carro, segundo levantamento do ano passado, enquanto 9% têm moto e 34%, bicicleta. E o automóvel é citado como o principal meio de transporte para ir ao trabalho.
Para o conselheiro e ex-coordenador-geral da ONG Rodas da Paz Raphael Barros, os problemas de mobilidade não são fruto só das decisões tomadas à época da construção. “Brasília foi planejada para os carros e está sendo gerida para os carros.”
PROPOSIÇÕES
Em Atividades, o trabalho com a reportagem possibilita aprofundar as reflexões sobre a mobilidade urbana nas grandes cidades e as políticas públicas que privilegiam os deslocamentos por carro e acabam por desencorajar os habitantes das cidades a caminhar ou utilizar alternativas mais sustentáveis de transporte, como as bicicletas, que também contribuem para um cuidado com a saúde mental e física.
REALIZAÇÃO
Trânsito na EPTG, uma das principais avenidas que liga a região central de Brasília às regiões administrativas de Águas Claras, Taguatinga e Ceilândia.
1. Leia com a turma o título e o subtítulo da reportagem e incentive os estudantes a tecer considerações sobre o que esperam do conteúdo dela. Em seguida, oriente-os a verificar a fonte da reportagem e a observar a imagem que a acompanha. Incentive-os a observar os elementos relativos à linguagem não verbal e a pensar se a imagem está condizente com a ideia que a reportagem busca evidenciar. Se desejar, proponha aos estudantes analisar o mapa da cidade de Brasília (DF), considerando os meios de transporte existentes. Outra opção é buscar por vídeos que exibam o funcionamento da mobilidade nessa cidade. Neste link, do site IBGE Cidades, é possível encontrar dados socioeconômicos de Brasília: https:// cidades.ibge.gov.br/brasil/ df/brasilia/panorama (acesso em: 10 ago. 2022).
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REALIZAÇÃO
1. a) Se desejar, pergunte aos estudantes se eles consideram que a cidade em que vivem também pr ioriza o uso de carros.
1. b) Espera-se que eles percebam que os especialistas compartilham da mesma perspectiva evidenciada na reportagem.
PARA ACESSAR
BRASIL. Lei no 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2012/lei/l12587. htm. Acesso em: 10 ago. 2022.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana é um importante instrumento normativo, cuja leitura é recomendada para estudantes e professor, especialmente os capítulos III, IV e V, que versam, respectivamente, sobre os direitos dos usuários, as atribuições do Estado e as diretrizes para o planejamento e gestão dos sistemas de mobilidade urbana.
[...]
Diante das críticas de quem defende a chamada mobilidade ativa — que inclui, por exemplo, o deslocamento a pé, de bicicleta, skate ou patinete —, o governo afirma que 29 km de ciclovia estão sendo construídos em diferentes regiões e outros 105 km estão em fase de licitação. Hoje, segundo a Secretaria de Mobilidade, a malha cicloviária é de 637 km.
[...]
A ONG Rodas da Paz reconhece que o número de ciclovias aumentou, porém reclama da falta de integração com os outros modais e da alta velocidade das vias. [...]
Atravessar o chamado Eixão (rodovia que corta Brasília ao meio) resume bem as dificuldades que os pedestres enfrentam no dia a dia. São cerca de 16 km, três faixas em cada sentido — separadas por uma faixa central —, e velocidade máxima de 80 km/h. Nenhum semáforo, nenhuma faixa de pedestres, nenhuma passarela.
[...]
Para a arquiteta e urbanista Romina Capparelli, integrante do Movimento Urbanistas por Brasília, as melhorias prometidas são insuficientes para encorajar os pedestres. A seu ver, ao longo dos anos, os governantes têm usado o tombamento do Plano Piloto como justificativa para não resolver o problema.
[...]
A Secretaria de Mobilidade afirma que ampliou as faixas exclusivas de ônibus, implementou a integração tarifária (em que o usuário pode fazer até três embarques de ônibus e metrô em até três horas, pagando a passagem uma única vez) e está reformando e construindo terminais de regiões administrativas.
Mesmo de carro e morando a cerca de 10 km do trabalho, no SIA (Setor de Indústria e Abastecimento), o engenheiro eletricista João Vitor T. B., 28, perde cerca de 40 minutos no trânsito de manhã e no fim do dia. "Eu moro próximo de uma das saídas de Águas Claras. Acabo evitando bastante trânsito, mas, mesmo assim, ainda pego o congestionamento na EPTG."
Em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal, não é exagero dizer que às vezes o congestionamento começa na garagem dos condomínios.
Do total de domicílios, 98% são apartamentos, o que faz da região a mais verticalizada do DF. O engarrafamento, no entanto, também aparece nas principais vias nos horários de pico (a Estrutural, a EPNB, a Epia, as BRs 020, 060 e 070, além da DF-001).
[...]
OLIVEIRA, Thaísa; LADEIRA, Pedro. Brasília ainda desafia moradores a viverem sem carro 62 anos após inauguração. Folha de S.Paulo, São Paulo, 14 jun. 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/06/brasiliaainda-desafia-moradores-a-viverem-sem-carro-62-anos-apos-inauguracao.shtml. Acesso em: 4 jul. 2022.
a) Que característica da construção de Brasília é ressaltada na reportagem?
b) Os especialistas consultados concordam com esse ponto de vista?
2. Na reportagem, os jornalistas inseriram o depoimento de Raphael Barros, conselheiro da ONG Rodas da Paz. Releia o trecho.
1. a) O fato de Brasília ter sido pensada e construída especificamente para carros, com grandes distâncias que dificultam e desencorajam outros tipos de deslocamentos que não esses.
Para o conselheiro e ex-coordenador-geral da ONG Rodas da Paz Raphael Barros, os problemas de mobilidade não são fruto só das decisões tomadas à época da construção. “Brasília foi planejada para os carros e está sendo gerida para os carros.”
1. b) Os especialistas
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concordam; segundo eles, o problema é que as políticas públicas voltadas para mobilidade da população continuam privilegiando os carros em detrimento dos pedestres e de usuários de outros modais.
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2. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que Raphael confirma o ponto de vista dos especialistas, pois afirma que Brasília continua sendo gerida para carros.
a) O que Raphael diz confirma o que pensam os especialistas ou traz um ponto de vista diferente sobre o assunto?
b) Ao trazer a voz de um membro da ONG Rodas da Paz, que atua para diminuir o número de acidentes de trânsito do Distrito Federal e promover a mobilidade sustentável, que enfoque os jornalistas pretendem dar à reportagem?
3. Releia o trecho a seguir, que apresenta a opinião de especialistas sobre a mobilidade em Brasília.
2. b) Enfatizar que é preciso que as políticas públicas de Brasília priorizem o pedestre e os ciclistas de modo que possibilitem o uso de outros meios de transporte que não sejam apenas os carros.
Especialistas apontam que os problemas para a mobilidade persistem por meio de políticas públicas que continuam privilegiando os carros.
a) Quantas orações tem esse período? O período tem três orações.
b) Qual delas é considerada a oração principal? Por quê?
c) Uma das orações é subordinada substantiva. Qual é essa oração?
3. c) A oração que os problemas para a mobilidade persistem por meio de políticas públicas
d) Analise a composição da oração que você indicou como resposta ao item c. No caderno, transcreva a alternativa que indica a função sintática que essa oração exerce em relação à oração principal. Alternativa B
A. Sujeito.
B. Objeto direto.
C. Objeto indireto.
D. Predicativo.
3. b) A primeira oração (”Especialistas apontam”), porque traz a informação necessária ao entendimento das demais orações, às quais ela está ligada.
4. Releia este trecho da reportagem.
A ONG Rodas da Paz reconhece que o número de ciclovias aumentou, porém reclama da falta de integração com os outros modais e da alta velocidade das vias. [...]
a) O período é formado por três orações. Quais formas verbais exercem a função de núcleo dessas orações? As formas verbais reconhece, aumentou, reclama
b) De acordo com as orações que compõem o período, como ele pode ser classificado? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa D.
A. Composto por coordenação.
B. Composto por subordinação.
C. Composto por coordenação e subordinação; uma das orações é subordinada adverbial.
D. Composto por coordenação e subordinação; uma das orações é subordinada substantiva.
c) De acordo com a composição da oração subordinada substantiva, que função sintática ela exerce em relação à oração principal? Exerce a função de objeto direto.
d) Uma das orações é coordenada sindética. Que conjunção introduz essa oração? Que efeito de sentido o uso dela produz na oração?
A conjunção porém, que introduz uma ideia de oposição ao que foi dito anteriormente. 207
REALIZAÇÃO
2. a) Se possível, convide os estudantes a acessar o site da ONG Rodas da Paz para explorar as iniciativas propostas pelo projeto (disponível em: https://www. rodasdapaz.org.br/; acesso em: 10 ago. 2022).
2. b) Espera-se que os estudantes percebam que os jornalistas buscam dar enfoque à
necessidade de mudanças das políticas públicas de mobilidade urbana. Para isso, recorrem a um representante de organização com reconhecida atuação nessa área.
3. a) Se necessário, retome o conceito de oração, definido pela presença de uma forma verbal.
3. b) Auxilie os estudantes a perceber que a primeira oração é a mais importante, pois
contém a informação principal, sem a qual as demais não fazem sentido.
3. c) Se necessário, retome que as orações subordinadas substantivas têm a função de substantivo na oração.
3. d) Se possível, anote na lousa as orações e analise-as com cores diferentes, para que os estudantes possam compreender as relações entre elas.
4. a) Se necessário, es creva o trecho na lousa e proponha que os estudantes localizem as formas verbais coletivamente.
4. b) Discuta cada uma das alternativas. Se desejar, incentive-os a justificar por que a alternativa D está correta.
4. c) e 4. d) Explique que a oração coordenada sindética é introduzida por uma conjunção. Ao identificar a conjunção utilizada na oração, solicite aos estudantes que a substituam por outra com o mesmo valor para verificar se compreenderam os efeitos de sentido produzidos.
PEDUZZI, Pedro. Mobilidade urbana: o ir e vir que leva além. Agência Brasil, Brasília, DF, 9 nov. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ eleicoes-2020/noticia/2020-11/ mobilidade-urbana-o-ir-e-virque-leva-alem. Acesso em: 10 ago. 2022.
A reportagem, indicada para leitura de professor e estudantes, aborda os desafios das cidades brasileiras para solucionar os problemas de mobilidade urbana.
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PARA
ACESSAR
PROPOSIÇÕES
Consideram-se estrangeirismos os empréstimos linguísticos, ou seja, palavras de outras línguas que foram (e continuam sendo) absorvidas pela língua portuguesa. Antes de realizar as atividades iniciais de Linguagem e sentidos , pergunte aos estudantes se costumam usar palavras de outras línguas, especialmente do inglês, no cotidiano. Anote as palavras que forem citadas. Após a atividade 1, leia com a turma o texto teórico introdutório e converse sobre os exemplos. Pergunte se alguém que viesse em uma máquina do tempo diretamente do século XIX entenderia as palavras: shopping center, show e delivery. O intuito é que percebam que as línguas são organismos vivos que se renovam conforme a necessidade. Se no século XIX não havia computadores pessoais ou celulares, não havia necessidade de usar termos como attach, delete e print, por exemplo.
REALIZAÇÃO
Linguagem e sentidos
1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem o termo bike como estrangeirismo. Se desejar, pergunte aos estudantes se já haviam refletido sobre a origem dessa palavra antes e sobre o caráter informal de seu uso.
1. b) Se desejar, explique aos estudantes que o uso dessa palavra está bastante incorporado à língua portuguesa, e pode ter se naturalizado entre parte dos falantes.
1. c) Se desejar, explique que, no século XIX, por exemplo, a França e a língua francesa
E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
Estrangeirismos
No cotidiano, em textos de diversos gêneros, é comum encontrar palavras de outras línguas incorporadas à língua portuguesa.
1. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que um dos motivos é porque o inglês é uma língua universal; portanto, existem muitas informações disponíveis nesse idioma, o que faz com que ele seja muito familiar para as pessoas; o outro é porque músicas, filmes, séries, games, entre outros produtos culturais, além de aplicativos, sites e outras tecnologias mantêm os falantes sempre em contato com esse idioma. Dessa forma, as palavras acabam sendo entendidas com base no contexto e passam a fazer parte do vocabulário.
1. Releia o título da fotorreportagem apresentada na seção Textos em diálogo
Na China, bikes compartilhadas são abandonadas e formam montanhas de desperdício
a) Na manchete, que palavra empregada não faz parte da língua portuguesa? A palavra bike
b) Que efeito de sentido o uso dessa palavra produz na manchete?
c) A palavra que você analisou nos itens a e b é de origem inglesa. Em sua opinião, por que a maioria dos estrangeirismos é proveniente dessa língua?
O termo analisado na atividade anterior é marca da influência estrangeira na língua portuguesa e recebe o nome de estrangeirismo
Estrangeirismos são palavras de outros idiomas incorporadas à língua portuguesa. Atualmente, a maior parte dos estrangeirismos tem origem na língua inglesa.
Provavelmente, você já deve ter ouvido palavras como shopping center, show e delivery e deve usá-las no dia a dia. Todas as línguas fazem, em maior ou menor grau, empréstimos de outras línguas.
Na língua portuguesa, algumas palavras de origem estrangeira podem passar por um processo de aportuguesamento na grafia e na pronúncia. Quando isso ocorre, muitas vezes não se percebe que se trata de um estrangeirismo, como é o caso dos exemplos a seguir.
• bife (beef )
• futebol (football )
• hambúrguer (hamburger)
• pôster ( poster)
• surfe (surf )
• xampu (shampoo)
1. b) Aproxima os leitores do texto, gerando uma identificação principalmente entre aqueles que costumam referir-se à bicicleta como bike
Palavras como as exemplificadas anteriormente já entraram para o dicionário, isto é, foram incorporadas à língua portuguesa.
Quando as palavras estrangeiras mantêm a grafia de origem, devem ser escritas com destaque em itálico. No entanto, os empréstimos, principalmente do inglês, têm sido tão frequentes e numerosos que muitas vezes esse recurso não é utilizado, como na manchete da fotorreportagem lida anteriormente.
Quando alguns estrangeirismos são transformados em verbos, geralmente eles passam a pertencer à primeira conjugação. As palavras attach, delete e print, por exemplo, transformaram-se em atachar, deletar e printar
eram consideradas referências culturais e, por isso, muitas palavras da língua portuguesa têm como origem o francês, incorporadas naquela época. Quanto à língua inglesa, a hegemonia geopolítica e cultural dos Estados Unidos no Ocidente contribui para que termos em inglês sejam incorporados ao vocabulário dos falantes de países que recebem influência estadunidense.
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ATIVIDADES
1. b) Os termos são games, fake news, lan houses e influencer. Como são termos muito usados pelos jovens que acessam a internet e as redes sociais, provavelmente os estudantes devem saber o significado de todos eles.
1. A seguir, leia algumas manchetes de variadas notícias, publicadas em diferentes veículos de comunicação.
Pesquisa em São José usa games para tratamento de sequelas neurológicas
PESQUISA em São José usa games para tratamento de sequelas neurológicas. Bom dia Vanguarda, [s. l.], 10 jun. 2022. Disponível em: https://globoplay.globo. com/v/10657312/. Acesso em: 5 jul. 2022.
Fake news: 7 em cada 10 brasileiros só leem os títulos das notícias e não os conteúdos
FAKE news: 7 em cada 10 brasileiros só leem os títulos das notícias e não os conteúdos. Yahoo Esportes, [s. l.], 26 out. 2018. Disponível em: https://esportes. yahoo.com/noticias/fake-news-7-em-cada-10-brasileiros-leem-os-titulos-da-noticiase-nao-os-conteudos-141122360.html. Acesso em: 5 jul. 2022.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. O trabalho com as manchetes possibilita aos estudantes ampliar os conhecimentos de mundo sobre temas da atualidade, como: uso de videogames em tratamentos neurológicos; circulação de fake news; acesso à internet por meio de lan houses ; protagonismo indígena em diferentes formas de participação social.
1. b) Caso os estudantes não tenham familiaridade com algum dos termos, oriente-os a inferir o significado pelo contexto. Se julgar necessário, instrua-os a consultar um dicionário.
MOREIRA, Paula; FERREIRA, Caynan. Lan houses do Alto Tietê se reinventam para se manter no mercado e continuar faturando. G1, [Mogi das Cruzes], 18 jun. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2022/06/18/lan-houses-do-alto-tietese-reinventam-para-se-manter-no-mercado-e-continuar-faturando.ghtml. Acesso em: 5 jul. 2022.
Miss
indígena
e influencer de RR é nova estrela de campanha de marca de perfumes: ‘trago força e garra’
RAMALHO, Yara. Miss indígena e influencer de RR é nova estrela de campanha de marca de perfumes: ‘trago força e garra’. G1 Roraima, Boa Vista, 15 jun. 2022. Disponível em: https:// g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2022/06/15/miss-indigena-de-roraima-e-nova-estrela-decampanha-nacional-do-boticario-trago-forca-e-garra.ghtml. Acesso em: 5 jul. 2022.
1. a) Todas contêm estrangeirismos.
a) O que todas essas manchetes têm em comum em relação à composição?
b) Que termos de origem estrangeira são usados nelas? Você sabe o que significam?
c) O uso dessas palavras pode trazer alguma dificuldade de entendimento ao leitor? Explique.
1. c) Incentive-os a se posicionar, fundamentando seus pontos de vista por meio de argumentos coesos e coerentes. Peça que reflitam sobre o próprio entendimento, por exemplo, ou mesmo que especulem se familiares de diferentes faixas etárias teriam diferentes experiências de compreensão das manchetes.
d) Em sua opinião, por que se optou pelo uso de estrangerismos nessas manchetes?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que não, pois, embora sejam palavras em outra língua, são termos muito usados no cotidiano das pessoas. Provavelmente, porque esses termos são os mais utilizados para se referir aos fatos noticiados, o que pode atrair a atenção do leitor e gerar identificação, convencendo-o a ler o texto na íntegra. 209
1. d) Explique que há termos estrangeiros cuja utilização já suplantou aqueles de sentido equivalente na língua portuguesa – quando existem. Se possível, considere oferecer mais exemplos de casos como esse.
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Lan houses do Alto Tietê se reinventam para se manter no mercado e continuar faturando
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REALIZAÇÃO
Atividades
2. O cartum foi escolhido por apresentar uma crítica ao uso exagerado de estrangeirismos na língua portuguesa. Chame a atenção da turma para o uso de elementos verbais e não verbais nele presentes.
2. b) Incentive os estudantes a observar a expressão facial do personagem, bem como a sua postura e a ação que está praticando no cartum.
3. Explique que, provavelmente, o personagem associou push, da língua inglesa, com o sentido do verbo puxar, da língua portuguesa.
3. b) Comente que a relação de fuga que o personagem estabelece com os estrangeirismos que o perseguem constrói o efeito de ironia ao mostrar que também se depende deles, uma vez que, se o personagem não ignorasse o significado do termo push, conseguiria escapar da situação ilustrada.
4. Promova uma conversa com os estudantes em que possam perceber que o uso de estrangeirismos em uma língua é um fenômeno natural e esperado, uma vez que faz parte dos processos de trocas culturais ou de proximidades geográficas. No entanto, cabe ao falante avaliar as situações em que é desejável não utilizar esses empréstimos.
5. Dê um tempo para a realização da atividade (5 minutos, por exemplo). Em seguida, peça às duplas que leiam as palavras que escreveram e verifique se todas são realmente estrangeirismos. Observe também se há muitas palavras em comum entre as registradas pelas duplas e os significados que os estudantes atribuem a elas.
2. Leia este cartum que faz referência ao uso de estrangeirismos.
a) O que a imagem do cartum está representando?
CARVALHO, Moisés. [Estrangeirismo]. Moisés Cartuns. [S. l.], 22 maio 2019. Disponível em: https://moisescartuns.wordpress.com/2019/05/18/estrangeirismo/. Acesso em: 5 jul. 2022. Um ataque de estrangeirismos a um personagem.
b) Pela fisionomia e gestos do personagem, o que ele parece estar sentindo?
3. O personagem está agarrado a uma porta, mas não consegue sair.
a) Por que isso ocorre?
b) Que efeito de sentido essa cena produz?
O personagem parece estar sentindo medo e deseja escapar dali de qualquer maneira. Porque ele não conhece o significado da palavra inglesa push (empurre, em português), então ele está puxando a porta para dentro em vez de empurrá-la para fora.
4. Com base em sua análise, responda ao que se pede
a) O que é criticado no cartum?
Espera-se que os estudantes infiram que o cartum critica o uso exagerado de estrangeirismos no cotidiano.
b) Você já usou ou costuma usar em seu cotidiano algumas das palavras mostradas no cartum? Quais? Respostas pessoais.
5. Reúna-se com um colega. Juntos, procurem lembrar o maior número possível de palavras originárias de outras línguas que vocês utilizam no cotidiano.
• O professor indicará o tempo para vocês realizarem a tarefa.
• No caderno, registrem essas palavras e, encerrado o tempo determinado pelo professor, compartilhem-nas com os colegas.
• Verifiquem se as palavras que vocês pensaram são iguais ou diferentes das demais duplas.
Produz humor e ironia ao que está sendo mostrado no cartum. Resposta pessoal.
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PROPOSTA PÚBLICA
No Capítulo 1, você leu um editorial de um veículo de comunicação que aborda a questão da mobilidade urbana nas grandes cidades e o uso de formas alternativas de deslocamento, como o compartilhamento de patinetes. Agora, neste capítulo, você vai ler uma proposta pública que apresenta metas para o desenvolvimento do esporte e faz parte de um plano estadual que contempla vários eixos, como saúde, educação, turismo, tecnologia, infraestrutura e logística, entre outros.
Antes de ler esse documento, levante algumas hipóteses: Quais metas podem ser estabelecidas em uma proposta pública de desenvolvimento do esporte em um estado? Que público é beneficiado com investimentos nessa área? É possível relacionar investimentos no esporte à melhora da educação pública? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
TEXTO
PMDI
Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado [...]
2016 a 2027
Esportes
Além de contribuir para a formação humana, o esporte se consolida como um importante meio de promoção da saúde, da integração social, da indução ao turismo, da movimentação econômica e da prevenção à marginalização social, à criminalidade e à violência.
A promoção da cultura esportiva não se resume à conquista de medalhas, recordes e títulos. Ela desempenha uma importante função social: a busca contínua pela qualidade de vida. Nesse caso, é possível apontar alguns dos setores em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
Na educação, por exemplo, práticas desportivas funcionam como ferramentas pedagógica e motivacional, potencializando o poder cognitivo e criativo do aluno. Já na área da saúde, a institucionalização da atividade física como política pública, direcionada a toda a população, contribui positivamente para a mudança do comportamento das pessoas, antes sedentárias e hoje fisicamente ativas, reduzindo em longo prazo os índices e agravos de doenças crônicas não transmissíveis
Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
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• EF89LP20
• EF89LP23
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP25
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP13
• EF69LP15
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PALAVRA ABERTA
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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PRODUÇÃO ESCRITA
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PROPOSIÇÕES
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O gênero proposta pública, em foco no Capítulo 2 , consiste em um conjunto de ações, metas e/ou planos que os governos (federal, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e atender ao interesse público.
O texto apresentado é o trecho relativo a ações para o esporte do Plano Mineiro
de Desenvolvimento Integrado (PMDI), uma proposta de desenvolvimento social, econômico e cultural para o período de 2016 a 2027, elaborada pelo Governo do Estado de Minas Gerais.
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O documento em destaque é um exemplo de texto produzido por governos para justificar a implantação de uma política pública, isto é, de medidas que buscam atender a demandas
da sociedade. A medida, como explicita o documento, é importante porque garante direito à cidadania a um grande número de mineiros que será contemplado pelo PMDI.
211 BNCC
CAPÍTULO
211
Agora, leia o texto para conhecer essa proposta pública.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Proponha aos estudantes que leiam título, subtítulo, intertítulos e fonte da proposta pública, além dos gráficos e dos termos em destaque, cuja definição pode ser encontrada no boxe Vocabulário, ao final do texto. Peça que elaborem considerações sobre o conteúdo do texto que vão ler. Esse momento dá protagonismo aos estudantes, que podem elaborar hipóteses, apoiando-se nas saliências textuais, nos conhecimentos prévios do gênero e nos conhecimentos de mundo.
Em seguida, proponha uma leitura em voz alta e compartilhada do texto. Para isso, se desejar, divida o texto em partes entre voluntários.
Pergunte-lhes qual o objetivo da inclusão, no documento, do gráfico 12. Espera-se que identifiquem ser uma estratégia argumentativa, pois ele expressa, em números, quantos cidadãos mineiros foram beneficiados pelas medidas adotadas entre 2004 e 2014.
REALIZAÇÃO
Texto
Antes da leitura, pergunte aos estudantes se já leram um documento governamental que propõe uma ação beneficiando um grupo social, étnico ou econômico. Diga a eles que ações desse tipo são denominadas políticas públicas, isto é, decisões e ações de governo (municipal, estadual ou federal), muitas vezes formuladas com a participação da iniciativa privada e de organizações da sociedade civil, que asseguram direitos à população geral ou a determinados grupos demandantes.
Questione-os quais ações gostariam que a prefeitura da cidade em que moram tomasse em benefício dos munícipes.
A política pública de esporte do Estado de Minas Gerais é orientada para a promoção e o fortalecimento do Esporte Educacional, de Participação e de Rendimento, por meio de ações que visam à promoção de eventos e competições esportivos, formação e qualificação de recursos humanos, revitalização da infraestrutura esportiva e que potencializem o financiamento de projetos desportivos. Nosso Estado busca educar pelo esporte e promover a cultura esportiva e da atividade física seguindo o determinado na Política Estadual do Desporto estabelecida pela Lei Estadual no 20.782, de 19 de julho de 2013.
Ainda dentro da dimensão do Esporte Educacional, o Estado de Minas vem apostando no fortalecimento dos Jogos Escolares de Minas Gerais – JEMG, importante ferramenta de fomento à prática desportiva e diminuição da evasão escolar. Este programa atende aos alunos de todo o Estado, em todas as suas regiões, por meio de uma competição esportiva desenvolvida nos níveis municipal, microrregional, regional e estadual.
A partir do ano de 2012 as modalidades paralímpicas passaram a compor o JEMG. Com este novo formato, alunos-atletas com deficiência passaram a ter o direito de competir representando sua escola e seu município com vistas a representar Minas Gerais nas Paralimpíadas Escolares, competição nacional organizada anualmente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB. Abaixo são apresentados no gráfico 12 a evolução dos atendimentos nos Jogos Escolares de Minas Gerais.
Gráfico 12: Evolução do número de atletas e municípios participantes do programa Minas Olímpica – Jogos Escolares de Minas Gerais
Objetivos estratégicos
• Aumentar a representatividade de Minas Gerais nos cenários nacional e internacional;
• Ampliar a prática do esporte pelos estudantes mineiros;
• Aumentar a prática de atividades físicas e esportes pela população mineira.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Síntese de proposta pública
Acesse o documento disponível em https:// www.mg.gov.br/sites/default/files/transicaogovernamental/Catálogo%20PMDI%20
Volume%201.pdf (acesso em: 4 ago. 2022) para que os estudantes possam compreender como ele foi estruturado. Leve-os a observar que esse texto é dividido em eixos; os esportes
são tratados no eixo 3, cujo título é “Saúde e proteção social”.
Mostre a eles que no eixo 5, “Educação e cultura”, encontram-se as estratégias complementares de incentivo à cultura. Peça a eles que sintetizem cada uma dessas estratégias empregando vocabulário próprio.
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Fonte: Secretaria de Estado de Esportes – SEESP
Estratégias prioritárias
• Fomentar a realização de grandes eventos esportivos em Minas Gerais, de nível nacional e internacional, buscando a aproximação dos territórios;
• Fomentar a identificação, formação, desenvolvimento e manutenção dos atletas e paratletas de alto rendimento das diferentes modalidades esportivas em Minas Gerais;
• Aprimorar as iniciativas existentes voltadas para prática do esporte no contraturno escolar, com foco nos Jogos Escolares;
• Diversificar as alternativas de espaços e práticas de esportes, ampliando o acesso a diferentes públicos, promovendo a acessibilidade;
• Promover a restauração e a utilização dos espaços públicos e privados voltados para a prática de atividades físicas, assegurando a interiorização do esporte e promovendo inclusive a prática noturna de esportes.
Estratégias complementares
• Estimular o aumento do número de entidades filiadas às Federações Mineiras apoiando os clubes e entidades esportivas;
• Estimular a estruturação e modernização das federações esportivas;
• Ampliar e manter o acesso a equipamentos e infraestrutura de treino voltado para o esporte de alto rendimento;
• Fomentar a formação e qualificação de equipes técnicas e árbitros das diferentes modalidades esportivas em Minas Gerais, favorecendo a retenção dos mesmos;
• Incentivar a presença do profissional de Educação Física no contraturno.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. PMDI. Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado – 2016 a 2027. v. 1. [S. l.], [2016]. p. 84-86. Disponível em: www.almg.gov. br/export/sites/default/acompanhe/planejamento_orcamento_publico/pmdi/pmdi/2015/ documentos/pmdi_2015_vol_I.pdf. Acesso em: 5 jul. 2022.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
VOCABULÁRIO
Catalisador: algo que acelera processos ou que promove mudanças.
Potencializando: intensificando.
Cognitivo: relativo ao conhecimento.
Sedentárias: que não se exercitam, não se movimentam.
Agravos: danos, prejuízos.
Doenças crônicas não transmissíveis: doenças de origem não infecciosa e de longa duração.
Revitalização: recuperação; conjunto de ações que dão vida nova a algum lugar.
Fomento: apoio, incentivo. Contraturno: fora do horário normal.
PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto, os estudantes terão oportunidade de discutir a pertinência do documento e refletir sobre a realidade do seu entorno. Promova uma conversa livre e que envolva toda a turma.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Pergunte aos estudantes quais grupos ou organizações da sociedade podem ter solicitado uma proposta pública para melhoria do esporte e qual é o papel desses grupos sociais na luta por melhores condições de vida da comunidade. Espera-se que os estudantes reflitam sobre os diversos benefícios adquiridos pela prática esportiva apresentados no texto – entre eles, destaque o incentivo à participação dos paratletas.
1. Em sua opinião, quais são os benefícios do esporte para um indivíduo e para a sociedade? Justifique sua posição. Resposta pessoal.
2. Você acha que o esporte deveria ser alvo de uma proposta de governo como a apresentada no texto? Explique seu ponto de vista. Resposta pessoal.
3. Como você classifica a oferta de esportes e de espaços para a prática esportiva na cidade onde vive? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.
2. Explique que, embora haja outras áreas que também precisam de investimentos, como saúde e educação, o esporte merece atenção não só porque está ligado a essas duas áreas, mas também porque pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social.
3. Oriente-os a refletir sobre a realidade do entorno e pesquisar, em várias fontes, se há uma proposta parecida na região em que vivem.
REALIZAÇÃO
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Texto
Ao finalizar a leitura, verifique se há problemas na compreensão de algumas palavras. É possível que o texto ofereça dificuldades aos
estudantes, uma vez que utiliza um vocabulário técnico. Auxilie-os a inferir o significado a partir da compreensão do contexto em que essas palavras foram empregadas. Caso julgue necessário, oriente-os a consultar um dicionário.
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PROPOSIÇÕES
Em Texto e contexto, se desejar, organize os estudantes em duplas para a realização das atividades. Ao conduzir esse trabalho, promova uma valorização da política, levando os estudantes a compreender a importância do debate de ideias e das formas de participação institucionalizadas, reconhecendo a necessidade de se envolver em questões de interesse coletivo.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. a) Explique que a proposta pública tem como objetivo apresentar um planejamento de ações de responsabilidade pública para atender a demandas da sociedade.
1. b) Pergunte quais seriam as possíveis consequências de se visar apenas a medalhas, recordes e títulos. Oriente-os a pensar em aspectos variados para embasar suas respostas com fatos e argumentos.
2. a) Incentive os estudantes que já tenham tido essa experiência a comentar com os colegas como foi, caso se sintam confortáveis.
2. b) Comente que sites como esses incentivam a população a exercer seu papel de cidadão, fiscalizando, opinando, criticando, sugerindo, acompanhando o trabalho dos políticos, assim como engajar-se na busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a vida da comunidade.
2. c) Comente que é importante que os estudantes saibam a quem ou aonde devem se dirigir quando precisarem reivindicar ou sugerir algo em prol da comunidade escolar ou da turma.
O
TEXTO E CONTEXTO
1. a) Essa proposta tem como finalidade planejar investimentos em políticas públicas de incentivo e desenvolvimento do esporte para os habitantes do estado de Minas Gerais.
1. b) É possível concluir que essa proposta apresenta metas mais amplas para a prática esportiva, como a melhoria da qualidade de vida para toda a sociedade e o fomento do esporte em diversos âmbitos do país.
1. Uma proposta pública dirige-se a diversos grupos sociais de uma cidade, estado ou país.
a) Qual é a finalidade da proposta que você leu, considerando a sociedade a que ela se destina?
b) A prática esportiva não deve se resumir à conquista de medalhas, recordes e títulos. Com base nessa afirmação do texto, o que se pode concluir a respeito dos objetivos dessa proposta?
2. A proposta está publicada no site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por meio do qual o público tem acesso a documentos, atividades desenvolvidas pelos parlamentares, publicações e, principalmente, pode opinar sobre as proposições.
a) Você já acessou algum site governamental? Em caso positivo, com que finalidade? Respostas pessoais.
b) Em sua opinião, qual é a importância de os governos estaduais e municipais disponibilizarem canais ou sites como esse para a população? Resposta pessoal.
c) Imagine que você tem uma proposta para alguma situação com a qual não concorde ou deseja apresentar uma solução para um problema recorrente na escola. A que local (secretaria, direção, coordenação) ou pessoa da escola você terá de se dirigir?
Resposta pessoal.
3. O primeiro parágrafo apresenta contribuições do esporte para o desenvolvimento social.
a) Você acha que a prática esportiva pode contribuir com o turismo de uma região? Como? Explique.
b) Em sua opinião, quais aspectos desenvolvidos pelo esporte podem contribuir para a redução da marginalização social, da criminalidade e da violência?
4. A proposta pública é um texto que fundamenta uma política pública. Por isso, ela abrange diversas áreas a fim de justificar a relevância das medidas propostas.
a) No caderno, transcreva as alternativas que indicam as áreas que a proposta pública lida abrange.
Alternativas A , C , D, E, H
PARA
Para-heróis, de Joanna de Assis. Caxias do Sul: Belas-Letras, 2021.
O livro conta dez histórias reais de atletas brasileiros com deficiência que sonham em participar de Paralimpíadas.
3. a) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes mencionem que o investimento na construção de espaços para a prática esportiva aumenta a probabilidade de a comunidade sediar eventos esportivos e competições da própria região e de outros estados também, o que atrai atletas e espectadores, estimulando o turismo local.
3. b) O esporte desenvolve características individuais, como disciplina, criatividade, responsabilidade e senso de coletividade, o que contribui de forma direta para a redução da marginalização social e da evasão escolar, levando à diminuição da criminalidade e da violência.
3. a) Os estudantes poderão apontar diferentes relações de causa e consequência entre a prática esportiva e o turismo, como incentivar os próprios moradores da região e turistas a usufruir e ocupar os espaços públicos destinados à prática de esportes.
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engajamento comunitário, valorização do trabalho coletivo e do protagonismo juvenil.
3. b) Espera-se que eles percebam que a prática esportiva desenvolve valores como empatia, colaboratividade, pertencimento e tolerância, além de controle emocional,
4. Explique aos estudantes que as políticas públicas são as ações de responsabilidade do Estado e têm como objetivo atender aos interesses e demandas de setores da sociedade civil. Espera-se que compreendam que, dada a complexidade desse processo, é necessário recorrer a diferentes áreas do
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TEXTO EXPLORANDO
LER
EdItora BElaS-lEtraS
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4. b) A referência a essas áreas do conhecimento dá mais embasamento e força ao que está sendo apresentado, justificando o quanto a proposta é significativa para a população, já que contempla vários setores, o que amplia as possibilidades de que seja implantada em sua totalidade.
A. Saúde.
B. Aeronáutica.
C. Educação.
D. Turismo.
E. Economia.
F. Gastronomia.
G. Psicologia
H. Arquitetura.
I. Veterinária.
J. Arte.
b) Considerando que qualquer proposta requer um investimento para sua realização, de que maneira a referência a essas áreas pode contribuir para que essa proposta seja executada?
5. Espera-se que os estudantes pressuponham desuso e/ou condições precárias desses espaços para receber atletas e outros cidadãos que queiram utilizá-los.
5. O documento explicita a necessidade de restaurar os espaços públicos e privados voltados para a prática de atividades esportivas. Com base nessa afirmação, o que se pode pressupor acerca desses espaços?
6. De acordo com o artigo 217 da Constituição Federal de 1988, “é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um”.
a) Em sua opinião, tendo em vista que a promoção de práticas desportivas é um direito garantido pela Constituição Federal, por que propostas como essas não são realizadas em todas as regiões do país?
7. Em municípios com carência em muitas áreas, como saúde e educação, o investimento em esporte pode ser considerado não prioritário ou irrelevante. Incentive os estudantes a compartilhar as suas percepções e, se desejarem, a investigar as políticas públicas do munícipio referentes à área de esportes.
PROPOSIÇÕES
b) Com base em seu conhecimento de mundo, é possível afirmar que todas as pessoas têm seus direitos respeitados? Justifique sua resposta.
7. A proposta pública que você leu foi elaborada para o estado de Minas Gerais.
a) Você acha importante que os governos de estados e munícipios se preocupem com o esporte? Justifique. Resposta pessoal.
6. a) Sugestão de resposta: Apesar de ser um dever do Estado, pode-se observar que a promoção de práticas desportivas não costuma ser uma prioridade dos órgãos públicos porque a maioria dos governantes das diversas esferas não considera a prática desportiva algo importante para a saúde da população; já que o próprio cidadão não exige que seus direitos sejam respeitados, muitas vezes por não ter conhecimento deles.
b) Na cidade onde você mora, há algum investimento ou alguma preocupação por parte dos líderes políticos em incentivar a prática esportiva? Em caso positivo, em qual modalidade? Respostas pessoais.
A proposta pública tem a finalidade de apresentar um planejamento de ações de responsabilidade pública para atender a demandas de uma sociedade. É um texto que dá base a uma política pública, por isso ela se relaciona com várias áreas do conhecimento, como Educação, Saúde, Sociologia, História, entre outras, as quais fornecem dados, fatos e argumentos para a sustentação das medidas apresentadas.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
6. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que não. Cotidianamente, é possível presenciar situações de desrespeito aos direitos de diversas maneiras, a exemplo da desigualdade social, do racismo, da privação de liberdade, da pobreza extrema e da insegurança.
1. As propostas públicas têm um título, que costuma apresentar algumas informações sobre o documento.
Em Composição e linguagem, se necessário, reserve um momento para sistematizar oralmente as características do gênero proposta pública. Aproveite para sanar eventuais dúvidas sobre a estrutura e finalidade do gênero.
REALIZAÇÃO Composição e linguagem
1. a) Explique aos estudantes que os anos explicitados no título permitem à comunidade beneficiada tomar conhecimento do tempo determinado para a realização das metas previstas, a fim de cobrar dos governantes responsáveis a sua execução.
1. a) Não, porque o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado abrange um longo período, que vai de 2016 a 2027, o que ultrapassa os quatro anos de mandato de um governo.
a) No título, há uma indicação de tempo. Com base nessa informação, pode-se afirmar que essa política se destina a um único governo? Por quê?
b) Pelo título, é possível notar se a proposta pública contempla diversas demandas sociais? Justifique sua resposta.
Sim, pois o título menciona que se trata de um “plano de desenvolvimento
integrado”, que pressupõe uma proposta de atender conjuntamente áreas variadas, como esporte, educação, saúde, infraestrutura etc. 215
1. b) Espera-se que os estudantes percebam que o adjetivo integrado pressupõe considerar várias áreas de maneira conjunta.
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conhecimento, como pesquisas científicas desenvolvidas por especialistas, que irão subsidiar as propostas por meio de dados e informações, para que as ações propostas sejam eficientes.
5. Comente a importância de o Estado se articular também com o setor privado para atender a determinadas demandas da sociedade, além da atuação conjunta entre diferentes instâncias de governo.
6. Espera-se que verifiquem que a área de esportes ainda não é prioridade das políticas públicas, mas que, ainda que aos poucos, têm tido o seu atendimento ampliado. Se possível, para fomentar a discussão, leia para os estudantes o ar tigo 5o da Constituição Federal (disponível em: http://ww w.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicao.htm; acesso em: 10 ago. 2022).
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REALIZAÇÃO
2. a) Espera-se que os estudantes compreendam que, segundo a perspectiva adotada no documento, a política esportiva não é importante para aumentar o número de medalhas obtidas.
2. b) Espera-se que entendam que o texto da proposta pública deve ser organizado de maneira que os argumentos que sustentam as propostas contidas no documento devem aparecer no começo do texto.
3. Explique aos estudantes que os objetivos delimitam o que se quer alcançar, e as ações e estratégias indicam de que maneira os objetivos serão atingidos. Comente que esse documento também evidencia à comunidade beneficiada os objetivos a serem atingidos com o atendimento de determinada demanda. Além disso, tem valor de compromisso entre gestores públicos e a comunidade a ser atendida.
4. Como as ações prioritárias são as que deverão ser atendidas de imediato, as complementares são aquelas a ser desenvolvidas, provavelmente, em uma segunda etapa, quando as primeiras ações já tiverem sido consolidadas.
5. a) Se necessário, discuta cada uma das alternativas com os estudantes, solicitando-lhes que indiquem por que estão incorretas. Chame a atenção para o uso da expressão por exemplo, utilizada para introduzir sequências exemplificativas.
5. b) Se necessário, comente que a proposta pública se destina à população em geral, um grupo heterogêneo e com demandas variadas. Talvez uma parcela da população defenda que medidas em
2. b) Espera-se que os estudantes notem que o efeito de sentido não seria o mesmo, pois essa parte apresenta os argumentos que justificam e introduzem as propostas que serão apresentadas em seguida.
3. a) Espera-se que os estudantes percebam que esses objetivos guiam as ações e estratégias que deverão ser realizadas para que as propostas sejam desenvolvidas pelos governos no período especificado.
3. b) Essa organização, por ter um caráter mais objetivo, permite uma observação mais explícita das ações que serão desenvolvidas, possibilitando também a checagem mais rápida das informações. Nas propostas públicas, é comum que os objetivos e as estratégias sejam introduzidos por verbos no infinitivo
4. a) As estratégias prioritárias são aquelas consideradas mais urgentes e necessárias, e servem de base para que as ações complementares possam ser desenvolvidas.
4. b) O modo infinitivo é adequado porque é impessoal e atemporal, nomeando uma ação a ser realizada em um tempo indeterminado.
2. A primeira parte da proposta pública aborda a relevância do investimento na área esportiva.
a) No caderno, transcreva as alternativas que contêm os argumentos explicitados nessa parte. Alternativas A , B e D.
A. O esporte contribui para a promoção da qualidade de vida da população em geral.
B. A prática esportiva como política educacional ajuda a diminuir a evasão escolar.
C. A política esportiva é importante para aumentar o número de medalhas obtidas.
D. Uma política esportiva reduz o sedentarismo e a incidência de doenças crônicas.
b) Se essas informações aparecessem ao final do texto, o efeito de sentido seria o mesmo? Por quê?
3. O texto define objetivos e estratégias a serem adotados para a efetivação da proposta pública.
a) Por que é importante registrar esses objetivos e estratégias em um documento? Explique sua resposta.
b) Os objetivos e as estratégias estão organizados em tópicos. De que forma essa organização contribui para a compreensão do texto?
4. O documento apresenta estratégias divididas entre prioritárias e complementares.
a) Quais critérios podem ter sido utilizados para fazer essa separação?
b) Todos os tópicos que compõem os objetivos e as estratégias da proposta são iniciados por um verbo no infinitivo. Explique por que esse modo verbal é adequado para essa parte do texto.
5. A proposta pública é um texto em que predominam sequências argumentativas. Releia o terceiro parágrafo.
Na educação, por exemplo, práticas desportivas funcionam como ferramentas pedagógica e motivacional, potencializando o poder cognitivo e criativo do aluno. Já na área da saúde, a institucionalização da atividade física como política pública, direcionada a toda a população, contribui positivamente para a mudança do comportamento das pessoas, antes sedentárias e hoje fisicamente ativas, reduzindo em longo prazo os índices e agravos de doenças crônicas não transmissíveis.
outras áreas sejam prioritárias e, por isso, precisa ser convencida da relevância da estratégia. Além disso, explique que uma proposta como essa também se volta aos políticos do Executivo e do Legislativo (da cidade, do estado ou do país), que devem aprovar leis que contemplem as ações previstas na proposta pública, a fim de transformá-la em realidade.
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5. b) A argumentação é importante porque o interlocutor precisa ser convencido de que é necessário executar as ações previstas na proposta pública.
a) Qual é a estratégia argumentativa adotada nesse fragmento? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa C
A. Argumento de autoridade.
B. Argumento de causa e consequência.
C. Exemplificação.
D. Enumeração.
b) Por que a argumentação é importante em uma proposta pública? Explique.
6. Nesse mesmo parágrafo, há uma ênfase à área de saúde.
a) Que palavra usada nesse trecho explicita esse posicionamento? O que seu uso enfatiza?
b) Para explicar o comportamento das pessoas em relação ao esporte e seu efeito na saúde, são usados os marcadores temporais antes e hoje. Que efeito de sentido o uso dessas palavras produz nesse trecho?
7. Em propostas públicas, é bastante comum o uso de gráficos. Releia os gráficos que compõem o texto e responda às atividades a seguir.
6. a) O advérbio positivamente explicita esse posicionamento porque enfatiza a estreita ligação entre esporte e saúde.
6. b) O uso desses marcadores temporais evidencia uma comparação, ressaltando a mudança de comportamento relacionada ao abandono de uma vida sedentária por uma vida mais ativa.
7. b) O gráfico sustenta, de forma mais sistemática e resumida, a importância do investimento no esporte educacional.
7. a) O gráfico apresenta a evolução da participação de atletas e de municípios nos jogos escolares entre 2004 e 2014.
a) Que informações eles apresentam?
b) Com qual finalidade esse recurso foi utilizado no texto?
8. A proposta pública é um plano de ação elaborado por um governo e circula na esfera política. No caderno, transcreva a alternativa que apresenta as características da linguagem desse texto. Alternativa A
A. Uso formal e impessoal da língua, sem espaço para coloquialismos.
B. Predominância da linguagem pessoal, evidenciada por registros em 1a pessoa do autor do texto.
C. Uso excessivo de termos técnicos, por se tratar de um texto destinado a um público especializado.
D. Presença de marcas de regionalismo, o que permite reconhecer a região do país onde ele foi produzido.
9. Releia o trecho em que a proposta pública faz referência a uma lei.
[...] Nosso Estado busca educar pelo esporte e promover a cultura esportiva e da atividade física seguindo o determinado na Política Estadual do Desporto estabelecida pela Lei Estadual no 20.782, de 19 de julho de 2013.
Em uma proposta pública, o uso da linguagem não verbal, como imagens ou gráficos, pode ajudar a sustentar a argumentação.
estudantes observem que os dois-pontos apresentam um esclarecimento ou uma explicação. Em seguida, leve-os a pensar que efeito de sentido o uso desse sinal de pontuação provoca no leitor. Espera-se que eles percebam que o uso dos dois-pontos cria uma expectativa em relação àquilo que será revelado, chamando sua atenção para a informação que será apresentada.
7. Solicite aos estudantes que retomem os gráficos e observem com atenção as informações neles contidas. Espera-se que percebam que o uso de gráficos serve como um reforço à argumentação sustentada no texto.
8. Comente com os estudantes que o gênero proposta pública aborda temas sérios e de interesse coletivo. Por isso, a linguagem utilizada também deve ser objetiva e formal, além de impessoal, uma vez que não se refere a posições pessoais de governantes.
RE ALIZAÇÃO
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6. a) Chame a atenção dos estudantes para o uso do advérbio que indica um posicionamento diante do argumento utilizado.
6. b) Explique que esses marcadores têm também função argumentativa, pois mostram consequências positivas para a população em relação ao eixo do esporte do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado. Em
seguida, se considerar adequado, reforce o trabalho com os sinais de pontuação para a compreensão do texto. Peça aos estudantes que releiam o trecho a seguir e indiquem a função do uso dos dois-pontos: “A promoção da cultura esportiva não se resume à conquista de medalhas, recordes e títulos. Ela desempenha uma importante função social: a busca contínua pela qualidade de vida. […]”. Espera-se que os
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REALIZAÇÃO
9. a) Comente com os estudantes que a existência de uma lei não garante diretamente que sejam atendidos os dispositivos contidos nela. Para isso, é preciso criar, por exemplo, regulamentações e políticas públicas planejadas.
9. b) Auxilie-os a perceber que o uso do pronome nosso tem como objetivo aproximar o interlocutor dos propositores da proposta pública, considerando-os todos do mesmo grupo: cidadãos do mesmo estado.
PARA ACESSAR
GOHN, Maria da Glória. Jovens na política na atualidade – uma nova cultura de participação. Caderno CRH, Salvador, v. 31, n. 82, p. 117-133, 2018, Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index. php/crh/article/view/21960. Acesso em: 5 ago. 2022.
No artigo, indicado para o professor, a autora aborda a participação dos jovens na política como protagonistas, com base no uso das redes midiáticas.
9. b) Espera-se que os estudantes notem que o uso da 1a pessoa (nosso) visa aproximar os interlocutores desse discurso, mostrando que os cidadãos e os propositores de políticas públicas fazem parte de uma mesma comunidade (o estado de Minas Gerais) e incluem-se no grupo da população beneficiada.
a) Qual é o efeito de sentido produzido por essa referência? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B
A. Defender a necessidade de reformulação das práticas realizadas pelo estado em prol do esporte.
B. Sustentar a ideia de que o estado, de certa forma, já trabalha em prol do esporte.
C. Refutar a importância do investimento no esporte para desenvolvimento pleno do indivíduo.
D. Justificar o investimento na área esportiva.
b) Em propostas públicas, geralmente predomina a impessoalidade. Com base nisso, explique o uso da palavra em destaque no trecho.
10. Agora, você vai ler uma proposta elaborada por adolescentes e jovens para garantir o direito à cultura no Espírito Santo. Essa e outras propostas para políticas públicas no estado fazem parte do projeto Ativa 027, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds) em 2021.
Ativa 027
Conheça propostas de adolescentes e jovens para as políticas públicas do Espírito Santo
[...] DIREITO À CULTURA
Problema: Pouca oferta de projetos culturais e políticas na área da cultura, para as juventudes periféricas, oportunidades que ajudariam a proteger adolescentes e jovens mais vulneráveis de diferentes tipos de violência.
Dados que nos orientaram: Carência de políticas públicas em regiões vulneráveis, falta de acesso a informações para esses jovens, falta de conhecimento sobre a cultura e aos seus direitos.
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Proposta: Desenvolvimento de ações culturais dentro das comunidades que levem formação profissionalizante, oficinas e eventos culturais com o envolvimento dos artistas jovens do Espírito Santo.
Como: Elaboração de um plano cultural pela Secretaria Estadual de Cultura, com ações voltadas para as comunidades menos atendidas atualmente, englobando atividades com artistas, oficineiros e palestrantes capixabas. Ao mesmo tempo, desenvolver um plano de mobilização para que os jovens em situação de vulnerabilidade ocupem os espaços culturais presentes no Estado, como os museus e teatros.
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UNICEF/CIEDS. Ativa 027. [S. l.], 2021. p. 4. Disponível em: www.unicef.org/brazil/media/14966/file/ativa-027_ propostas-de-adolescentes-e-jovens-para-politicas-publicas-do-espirito-santo.pdf. Acesso em: 15 jul. 2022.
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10. a) Implementar e promover ações culturais dentro das comunidades em regiões vulneráveis, de modo que esses jovens tenham acesso não só à cultura, como também a uma formação profissionalizante, além de se informarem sobre os seus direitos, evitando que se envolvam em qualquer tipo de violência.
a) Qual é o objetivo dessa proposta?
b) Que comparação pode ser feita entre a finalidade dessa proposta e a da proposta pública que você leu?
c) Quais são os passos previstos para realização dessa proposta?
d) Com base no que você observa em seu cotidiano e no que é noticiado nas mídias, projetos como esses têm o poder de diminuir a vulnerabilidade desses jovens? Resposta pessoal.
11. Reúna-se a mais quatro colegas. Juntos, pesquisem uma proposta pública da cidade ou do estado em que vocês vivem, a qual seja voltada à promoção dos esportes ou da cultura.
• Em seguida, analisem o que se pretende fazer, quais as motivações e os objetivos, além dos passos para implementação.
• Comparem a proposta analisada com os textos que vocês leram, procurando identificar semelhanças e diferenças nas proposições.
• Por fim, indiquem qual proposta o grupo considera mais consistente e justifiquem a posição de vocês com argumentos. Respostas pessoais.
Em geral, a proposta pública organiza-se em seções, que apresentam uma introdução à demanda, os objetivos da proposta e as estratégias para que esses objetivos sejam cumpridos. Ao longo do seu desenvolvimento, são apresentados argumentos que sustentam as principais ideias da proposta. É bastante comum o uso de gráficos para facilitar e reforçar a análise dessas ideias.
O registro deve ser formal, geralmente marcado pela impessoalidade, pois trata-se de um documento público. As formas verbais variam quanto ao tempo da conjugação. É recorrente também o uso de adjetivos e advérbios como modalizadores argumentativos.
O projeto Ativa 027, lançado em 2021, no Espírito Santo, tem como objetivo promover o empoderamento de meninas e chamar a atenção para a importância de temas como saúde mental, alimentação saudável e diversidade de gênero. Uma das ações promovidas foi avaliar os desafios da região e elaborar propostas para a construção de possíveis soluções. Participaram da iniciativa 15 adolescentes líderes, que envolveram mais 150 adolescentes e jovens em ações de formação, mobilizando mais de mil meninos e meninas do estado.
REALIZAÇÃO
10. a) Mais informações sobre o programa Ativa 027 podem ser consultadas no site da Unicef (disponível em: www.unicef. org/brazil/comunicados-de-imprensa/ ativa-027-promove-empoderamentosaude-mental-e-nutricao-de-meninasna-grande-vitoria; acesso em: 5 ago. 2022). Pode ser interessante verificar com os estudantes se há alguma iniciativa
PARA ACESSAR
Projeto Ativa 027 Disponível em: https: //www.unicef.org/ brazil/projeto -ativa-027. Acesso em: 2 ago. 2022. Nesse link, é possível ler textos jornalísticos sobre o projeto e assistir a alguns vídeos com relatos de adolescentes do Espírito Santo que participam do projeto Ativa 027.
10. b) Ambas as propostas têm, entre suas finalidades, contribuir para a redução da vulnerabilidade social e da violência, cada uma da sua maneira: a proposta pública de Minas Gerais por meio de práticas esportivas e a proposta do Espírito Santo com ações e projetos culturais.
10. c) Realização de oficinas e eventos culturais, envolvendo artistas jovens do estado; elaboração de um plano cultural pela Secretaria Estadual de Cultura, com atividades com artistas, oficineiros e palestrantes capixabas; plano de mobilização para que esses jovens em situação de vulnerabilidade tenham acesso a espaços culturais, como museus e teatros.
semelhante da qual eles possam participar no estado ou no município onde vivem.
10. b) Espera-se que observem que a finalidade de ambas as propostas é a mesma.
10. c) Espera-se que compreendam que as propostas públicas devem detalhar as ações para atingir os objetivos delineados.
10. d) A resposta vai depender da realidade em que vivem. Incentive-os a expressar seus
pontos de vista, sustentando suas opiniões com argumentos.
11. A atividade tem como objetivo possibilitar que os estudantes analisem uma proposta pública da cidade ou do estado em que vivem e a comparem com as propostas lidas no capítulo, a fim de identificar coincidências, complementaridades e diferenças nas características composicionais e de linguagem, posicionando-se, ainda, em relação a sua eficácia. Oriente-os a elaborar argumentos consistentes para justificar o posicionamento deles sobre a eficácia de cada proposta, citando, para isso, dados e outras informações fundamentadas, obtidas na leitura e na análise dos documentos. Se necessário, auxilie a turma a localizar os sites governamentais da cidade ou da região em que as propostas públicas podem ser consultadas. Se houver alguma proposta pública que esteja recebendo comentários da população, pode ser interessante propiciar um momento para que a turma possa, coletivamente, fazer considerações e elaborar contribuições.
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SAIBA MAIS
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PROPOSIÇÕES
A proposta de Palavra aberta propicia o trabalho com noções da prática de pesquisa revisão bibliográfica (estado da arte), além de observação, tomada de nota e construção de relatórios. Por meio de estratégias didáticas das metodologias ativas, os estudantes são convidados a desenvolver a aprendizagem colaborativa no desenvolvimento de um projeto de pesquisa. Explique aos estudantes que estado da arte é o nome dado na esfera científica ao mapeamento da produção acadêmica sobre um determinado tema ou assunto. Mapeamentos como esse são fundamentais para desenvolver novas pesquisas, ampliar, confirmar ou refutar teses preexistentes.
REALIZAÇÃO
Na Etapa 1: Pesquisa e seleção, ao orientar o trabalho, incentive o protagonismo dos estudantes a fim de que desenvolvam a confiança para a tomada de decisão. Incentive-os a explorar, livremente, os sites e os bancos de dados de pesquisa, de maneira autônoma e crítica, fazendo intervenções, conforme necessário.
Na Etapa 2: Leitura e registro de informações, oriente os estudantes a fazer uma primeira leitura do material encontrado, identificando as partes pretendidas e relevantes e, em seguida, grifando-as de forma a possibilitar uma maior compreensão do texto e a sistematização de conteúdos e informações, para depois escrever uma síntese dos textos para o relatório que será produzido no final.
ABERTA PALAVRA
Revisão bibliográfica (estado da arte) sobre prática esportiva e apresentação oral
Na proposta pública lida no início deste capítulo, você viu que o esporte tem grande importância para a qualidade de vida das pessoas e que esse é um argumento forte para que as lideranças políticas viabilizem propostas como a do governo de Minas Gerais.
Mas será que o esporte exerce a mesma função para todas as pessoas praticantes? Há estudos que comprovam se há benefícios relacionados à saúde mental e física?
Para saber mais a respeito dessas e de outras questões, nesta seção, você e os colegas vão fazer uma pesquisa de revisão bibliográfica com o objetivo de descobrir qual é o estado da arte dos estudos científicos sobre práticas esportivas. Depois, você e o grupo vão elaborar um relatório com o resultado da pesquisa, que será apresentado oralmente para a turma.
Etapa 1: Pesquisa e seleção
1 Organizem-se em grupos de cinco estudantes. Cada grupo irá escolher um dos temas a seguir para fazer a pesquisa. Lembrem-se de que os temas só devem se repetir caso haja um número maior de grupos na turma.
• O idoso e o esporte.
• A mulher no esporte.
• O adolescente e o esporte.
• Esporte e saúde mental.
• Esporte e pessoas com deficiência (PcD).
2 Façam a pesquisa em artigos científicos, dissertações e teses que tratem do assunto. Para isso, acessem sites especializados nas áreas esportivas e bases de dados de revistas científicas, utilizando palavras-chave para fazer as buscas. Lembrem-se de que quanto mais específicos forem os termos, mais informações serão encontradas. Exemplos: saúde mental; esporte.
3 Observem se há muitos ou poucos trabalhos relacionados ao tema escolhido. Se forem poucos, o que é possível concluir a partir disso? Se forem muitos, o que isso indica? Escrevam suas conclusões.
4 Selecionem os artigos, as teses e as dissertações que abordem o assunto desejado e, entre esses textos, escolham os que irão fazer parte do levantamento da pesquisa. Em seguida, façam a análise dos textos selecionados.
Etapa 2: Leitura e registro de informações
1 Leiam os títulos, os resumos e as palavras-chave de cada texto para avaliar qual é a abordagem. Procurem identificar os objetivos do texto, o tipo de abordagem e alguns dos aspectos ressaltados. Por exemplo, considerando a relação entre o idoso e o esporte, analisem se as pesquisas apontam mais os riscos ou os benefícios da prática esportiva nessa faixa etária. Comparem, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, e identificando coincidências, complementaridades e contradições. 220
PARA ACESSAR
SANTOS, Marcio Antonio Raiol dos et al. Estado da arte: aspectos históricos e fundamentos teórico-metodológicos. Revista Pesquisa Qualitativa, [s. l.], v. 8, n. 17, p. 202-220, 2020. Disponível em: https:// editora.sepq.org.br/rpq/article/view/215. Acesso em: 10 ago. 2022.
O ensaio discute aspectos históricos e teórico-metodológicos das pesquisas de Estado da Arte. É uma importante leitura para nortear o trabalho do professor ao orientar os estudantes em pesquisas do tipo.
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2 Com base nessas anotações, vocês irão classificar e quantificar a produção científica pesquisada com base em categorias como as seguintes.
• Contextos sociais e históricos atuais.
• Aspectos ligados à saúde.
• O esporte e sua evolução.
• Diferenças de gênero, idade e capacidade física.
3 Analisem as informações encontradas com base nas perguntas: Alguma das categorias tem um número maior de abordagens? A que vocês atribuem essa predominância? Qual delas é a menos abordada nas pesquisas analisadas?
4 Depois, criem uma tabela em uma folha separada ou em um editor de planilhas e preencham-na com a quantidade encontrada de cada categoria e as análises que fizeram ao lerem os resumos.
Etapa 3: Produção do relatório
1 Concluída a análise, elaborem um relatório que apresente o estado da arte sobre o esporte e o tema pesquisado. O relatório deverá conter:
• uma introdução com uma explicação do que foi pesquisado, quais foram as fontes usadas (se revistas científicas, sites etc.), quais textos foram selecionados pelo grupo;
• uma síntese das informações que os textos selecionados trazem sobre o assunto, informando sempre o nome do autor do texto mencionado;
• as considerações finais, com uma análise das informações apresentadas nos textos pesquisados, verificando se essas informações se complementam, se são totalmente diferentes umas das outras ou se algum dos textos traz alguma ideia contraditória.
2 Digitem a versão final e utilizem-na como base para elaborar a apresentação oral dos resultados.
Etapa 4: Apresentação oral
1 Organizem as informações mais importantes em um painel ou esquema, de modo a auxiliá-los a exibir os resultados para os colegas. Escolham quais colegas do grupo vão falar ou definam quem vai apresentar cada parte.
2 Ensaiem a apresentação, considerando a entonação, a pronúncia clara das palavras, a gestualidade e a postura corporal. Vocês também podem elaborar um roteiro para planejar a fala, mas ele deve ser usado apenas como apoio no momento da apresentação.
3 Durante a apresentação, fiquem atentos ao tempo preestabelecido para a atividade. Procurem falar em tom de voz audível e lembrem-se de que o contato visual com os interlocutores é muito importante.
4 Durante as apresentações dos outros grupos, mantenham o silêncio e aguardem o momento adequado para fazer comentários e esclarecer dúvidas.
REALIZAÇÃO
Na Etapa 3: Produção do relatório, reforce que a linguagem utilizada deve ser objetiva e clara e o registro da língua, formal, conforme a norma-padrão. Oriente-os no sentido de que reescrevam o texto, se necessário, visando à correção de eventuais inadequações. Na Etapa 4: Apresentação oral, organize o tempo dos grupos e combine com eles a ordem das apresentações. Oriente os estudantes a esperar o momento adequado para tecer comentários ou solicitar mais esclarecimentos a respeito do assunto do grupo que estiver apresentando. Para as participações serem efetivas, solicite que tomem notas dos pontos que precisam ser esclarecidos para que, depois, possam fazer as interferências apoiados nessas informações.
ESTADO da Arte: como fazer em cinco etapas. 2020. Vídeo (18min6s). Publicado pelo canal Além do Lattes. Disponível em: https://youtu.be/HgTB8tcYT40. Acesso em: 10 ago. 2022.
Nesse vídeo, são apresentadas cinco etapas para fazer uma pesquisa de Estado da Arte. Se considerar adequado, compartilhe a indicação com os estudantes.
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PARA ASSISTIR
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PROPOSIÇÕES
Antes de dar início à exploração do conteúdo da seção Por dentro da língua, relembre as formas nominais do verbo (infinitivo, particípio e gerúndio) e a oração adverbial reduzida. Ao apresentar os exemplos sugeridos, pergunte se há alguma diferença entre o uso da oração desenvolvida e o da reduzida. Embora o sentido permaneça praticamente o mesmo, a opção pelas orações reduzidas torna-se um valioso recurso coesivo ao permitir a retomada das ideias sem que se repita excessivamente a conjunção integrante.
REALIZAÇÃO
1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem o argumento de que o esporte é fundamental para a qualidade de vida da população.
1. b) e 1. c) Espera-se que os estudantes compreendam que a proposta pública visa defender a importância do plano apresentado, por isso, há o uso de argumentos que indiquem os benefícios à sociedade. Incentive-os a expor e justificar seus pontos de vista a respeito do argumento em análise.
2. a) Considere diferentes respostas, desde que fundamentadas em argumentos coesos e coerentes. Comente que a proposta pública é um documento complexo e que a sua sustentação demanda uso de argumentos variados.
2. b) Incentive-os a compartilhar suas experiências. Caso haja algum estudante que não pratique nenhuma atividade esportiva, peça-lhe que explique as razões
1. b) As propostas públicas são textos que pretendem apresentar as demandas da população para o poder público. Para que a proposta seja viabilizada, é necessário que a justificativa traga elementos que convençam o
governo da importância e real necessidade para a população que justifique o investimento. É a parte que responde à pergunta “Por que realizar a proposta?”.
1. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que sim, pois o argumento se baseia em questões de saúde e qualidade de vida, não apenas em competição e medalhas, como geralmente se espera quando se fala em esporte.
Oração subordinada substantiva reduzida
As orações subordinadas substantivas podem ou não ser ligadas à oração principal por uma conjunção integrante (que ou se).
1. Releia o trecho a seguir, que faz parte da justificativa da proposta pública lida na seção Texto deste capítulo.
2. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que a afirmação pode ajudar no convencimento, pois reforça a ideia de que esporte traz benefícios a alguns setores, enfatizando a ideia de que esporte e saúde estão ligados.
A promoção da cultura esportiva não se resume à conquista de medalhas, recordes e títulos. Ela desempenha uma importante função social: a busca contínua pela qualidade de vida. Nesse caso, é possível apontar alguns dos setores em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
a) Que parte no trecho apresenta um argumento importante para convencer o governo a realizar a proposta?
A parte que menciona que a cultura esportiva é fundamental para a qualidade de vida da população.
b) Qual é a necessidade de incluir essa parte em um texto como esse?
c) Em sua opinião, esse argumento tem consistência para viabilizar a proposta? Justifique.
2. No último período do trecho, afirma-se que o esporte funciona como catalisador de resultados em alguns setores.
a) Em sua opinião, essa afirmação também pode ajudar no convencimento ou apenas complementa o que foi dito anteriormente?
b) Você pratica alguma atividade esportiva na escola? Qual? Que benefícios você acredita que o esporte pode lhe proporcionar? Respostas pessoais.
3. Releia o último período do trecho apresentado na atividade 1
3. a) O período é formado por três orações; por causa da quantidade de formas verbais empregadas: é, apontar, atua
[...] Nesse caso, é possível apontar alguns dos setores em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
a) Por quantas orações esse período é formado? Como é possível saber isso?
b) No período, a oração principal está em destaque. Quais são os elementos que compõem essa oração? Essa oração é composta de verbo de ligação + predicativo do sujeito.
c) A oração que complementa o sentido da oração principal é apontar alguns dos setores. Com base na resposta ao item b, transcreva, no caderno, a alternativa que informa a função que essa oração exerce em relação à oração principal. Alternativa C
A. Objeto direto.
B. Objeto indireto.
C. Sujeito.
D. Aposto.
pelas quais não pratica; se for uma opção pessoal, é importante que seja respeitada pelos colegas. Comente, no entanto, que o esporte e outras atividades físicas trazem diversos benefícios à saúde física e mental, pois evitam o sedentarismo, além de serem uma ótima oportunidade de estreitar ou desenvolver laços e relações interpessoais.
3. a) Retome o conceito de oração, definida pela presença de uma forma verbal, orientando-os a encontrá-las.
3. b) Se necessário, explique que a oração principal é aquela que contém a informação mais importante do período, sem a qual as demais ficam incompletas.
3. c) Explique que a oração subordinada substantiva complementa o sentido da oração
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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3. e) Espera-se que os estudantes reconheçam que essa oração subordinada substantiva inicia com um verbo na forma nominal do infinitivo, e não com a conjunção integrante que, como as demais estudadas até o momento.
d) Considerando a função que exerce, como a oração apontar alguns dos setores pode ser classificada: subordinada adverbial, adjetiva ou substantiva? Como é possível saber isso?
e) Que característica essa oração apresenta em sua composição que a difere das demais já estudadas?
4. Com base nas respostas da atividade 3, qual é a classificação dessa oração subordinada? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B
A. Substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo.
B. Substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
C. Substantiva predicativa reduzida de particípio
D. Substantiva subjetiva reduzida de gerúndio.
3. d) Espera-se que os estudantes reconheçam que a oração é uma subordinada substantiva, porque exerce a função sintática de sujeito da oração principal. Para saber qual é a função sintática que a oração subordinada exerce é necessário analisar a estrutura da oração principal: o elemento que estiver faltando refere-se à função exercida pela oração subordinada substantiva.
5. Releia a última oração do período apresentado na atividade 1
5. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que não, pois a função dessa oração é especificar o termo setores, que se encontra na oração anterior. [...] em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
a) Pode-se afirmar que essa oração exerce a mesma função sintática da oração que você analisou no item d da atividade 3?
b) A oração em análise inicia com o conectivo em que. Pelo contexto, como esse conectivo é classificado? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa A
A. Pronome relativo.
B. Conjunção integrante.
C. Conjunção subordinativa.
D. Conjunção coordenativa.
A oração analisada nas atividades 3 e 4 é uma subordinada substantiva, mas não tem as conjunções integrantes que ou se. Nesse caso, ela é uma subordinada reduzida, pois é iniciada por um verbo em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Oração subordinada substantiva reduzida é aquela em que o verbo se encontra, geralmente, no infinitivo e, em alguns casos, no gerúndio ou no particípio. Ela exerce a mesma função sintática dos substantivos.
PROPOSIÇÕES
Leia com os estudantes o conceito de oração subordinada substantiva reduzida e analise, com a turma, as diferentes possibilidades de orações subordinadas substantivas reduzidas e desenvolvidas, com base nos exemplos contextualizados. Se julgar necessário, traga à sala de aula novos exemplos, contextualizados, para analisar, oralmente e por meio de anotações na lousa, destacando a importância do domínio desse tipo de oração na produção de textos coesos e claros.
[...] Nosso Estado busca educar pelo esporte e promover a cultura esportiva e da atividade física [...].
Exemplo: No exemplo, a oração principal Nosso Estado busca é formada por sujeito + verbo transitivo direto. A segunda oração exerce a função de objeto direto da oração principal e, pelo fato de ser introduzida por um verbo no infinitivo, é uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
A oração correspondente é:
• Nosso Estado busca a educação pelo esporte e promoção da cultura esportiva e da atividade física
sujeito + verbo transitivo + objeto direto
principal e tem a função sintática de sujeito. Sugira que invertam a ordem dessas orações para que observem o caráter subjetivo com mais facilidade.
3. d), 3. e) e 4. Explique aos estudantes que, para identificar a oração subordinada, é necessário analisar a oração principal, verificando o elemento faltante. Se necessário, retome com a turma as formas nominais do infinitivo.
5. Auxilie os estudantes a perceber que a função, nesse caso, é de especificar, e que o conectivo em que auxilia nessa construção.
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PROPOSIÇÕES
Sugere-se que as propostas de Atividades sejam realizadas em duplas. O texto escolhido para o trabalho com as atividades de 1 a 6 dialoga com o TCT Saúde, ao abordar as temáticas de lazer e esporte. Além disso, destaca o protagonismo de comunidades quilombolas, valorizando a participação desse segmento em diferentes formas de participação social, como a prática esportiva.
REALIZAÇÃO
1. Se necessário, explique aos estudantes que as comunidades quilombolas têm características culturais peculiares que as distinguem umas das outras e são muito ligadas à terra onde estão localizadas, pois ela é usada na produção de alimentos para comunidade e é o local em que muitos de seus antepassados viveram e/ou estão sepultados. A participação social por meio da prática esportiva é uma das formas de reafirmar a importância da preservação desses territórios e da cultura desses grupos sociais.
Quando a oração subordinada substantiva é introduzida por uma conjunção integrante, é chamada de desenvolvida; sem a conjunção, é chamada de reduzida. Para classificar as orações reduzidas, você deve imaginar como elas seriam se fossem desenvolvidas. Exemplos:
• Nesse caso, é possível apontar alguns dos setores em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
• Nesse caso, é possível que sejam apontados alguns dos setores em que o esporte atua como catalisador de melhores resultados.
oração reduzida oração desenvolvida
No primeiro exemplo, a oração principal é possível é complementada pela oração apontar alguns dos setores, introduzida por um verbo no infinitivo (apontar). Nesse caso, ela é uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
No segundo exemplo, a oração principal é complementada pela oração que sejam apontados alguns dos setores, introduzida pela conjunção integrante que. Nesse caso, a oração é subordinada substantiva subjetiva desenvolvida.
Ao transformar a oração reduzida em desenvolvida, é possível perceber que a oração desenvolvida exerce a função sintática de sujeito da oração principal, sendo, portanto, uma substantiva subjetiva. Independentemente de se apresentar na forma desenvolvida ou reduzida, a classificação da oração é sempre determinada pela função sintática que exerce em relação à oração principal.
ATIVIDADES
1. Leia o trecho da notícia a seguir, que traz informações sobre a Copa Quilombola, uma competição esportiva realizada em 2022 que reuniu várias comunidades remanescentes de quilombos do estado de Goiás.
Copa Quilombola fecha primeira etapa classificatória, em Piracanjuba
Copa Quilombola fecha primeira etapa classificatória, em Piracanjuba: competição organizada pelo Governo de Goiás é parte integrante do programa Goiás Social e reúne comunidades dos povos tradicionais do Estado
8 DE JUNHO DE 2022 por Jornal [...]
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), realizou nos dias 4 e 5 de junho, em Piracanjuba, a primeira etapa classificatória da Copa Quilombola. [...]
O evento, que integra o Goiás Social, reuniu sete equipes na primeira etapa da disputa, sendo cinco no masculino e duas no feminino. No masculino a vaga ficou com o time da Associação Quilombola Ana Laura, de Piracanjuba; enquanto Goiânia Sul conseguiu a classificação no feminino.
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2. b) Espera-se que os estudantes infiram que o governo é um cliente em potencial, pois constantemente promove campanhas e anúncios que são publicados em diferentes mídias, e esse aspecto pode influenciar na abordagem de notícias que tratem de assuntos ou eventos patrocinados pelo governo.
O secretário de Esporte e Lazer, Henderson Rodrigues, esteve presente na cerimônia de abertura, realizada no Estádio Municipal Pouso Alto. O titular da pasta exaltou a realização da competição, que integra comunidades dos povos tradicionais goianos de vários municípios.
“O que estamos vendo aqui é a confraternização por meio do esporte. É isso que o esporte promove, a união entre os povos. O mais importante é a gente enxergar o ser humano neste processo. Podemos ter campos de futebol, quadras, materiais esportivos, mas se não tiver o ser humano envolvido, nada disso tem importância”, afirmou o secretário.
[...]
REALIZAÇÃO
2. a) Espera-se que percebam a perspectiva utilizada no texto: a de evidenciar a participação de políticos no evento.
A abertura da Copa Quilombola também teve atrações artísticas e culturais do município de Piracanjuba. [...]
Também estiveram presentes na abertura o prefeito de Piracanjuba, Claudiney Bode, os superintendentes de Esporte e Lazer, Antônio Carneiro, Segurança e Infraestrutura Esportiva, Rudson Guerra, Gestão Integrada, Lusimar Santos, além da superintendente de Mulher e Igualdade Racial, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Rosilene Guimarães. [...]
1. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que os esportes promovem não só a integração entre diferentes cidades e comunidades, por meio das competições, mas também possibilita que os cidadãos conquistem seus direitos sociais, levando-os a perceber que têm os mesmos direitos dos demais povos ou comunidades do estado.
COPA Quilombola fecha primeira etapa classificatória, em Piracanjuba. Hora Extra, [s. l.], 8 jun. 2022. Disponível em: https://jornalhoraextra.com.br/copa-quilombola-fecha-primeira-etapa-classificatoria-empiracanjuba/. Acesso em: 6 jul. 2022.
a) A Copa Quilombola é um evento esportivo promovido pelo governo de Goiás e faz parte de um programa intitulado Goiás Social. Que relação pode ser estabelecida entre a prática esportiva e o desenvolvimento social?
b) O evento foi muito importante para a região e para o governo de Goiás. Que referências no texto comprovam essa relevância?
A presença de autoridades, como o prefeito da cidade e o secretário de Esporte e Lazer, e de atrações artísticas e culturais do município.
2. A notícia refere-se à primeira etapa realizada em Piracanjuba.
a) Em sua opinião, a perspectiva abordada na notícia é apenas ressaltar esse fato ou há outra finalidade?
Espera-se que os estudantes reconheçam que a perspectiva é ressaltar o lado político do evento, em detrimento do esportivo, pois há muito mais empenho em
b) Considerando que o jornal depende de anúncios para se manter atuando, que outros interesses podem ter influenciado a escolha dessa perspectiva na abordagem?
destacar a ação do governo e a presença das autoridades no local.
3. Releia este trecho da notícia, que reproduz parte do depoimento do secretário de Esporte e Lazer.
3. a) A perspectiva de que o governo se preocupa com o desenvolvimento humano em seu estado, por isso cria programas como o Goiás Social, do qual o evento faz parte.
“[...] É isso que o esporte promove, a união entre os povos. O mais importante é a gente enxergar o ser humano neste processo. Podemos ter campos de futebol, quadras, materiais esportivos, mas se não tiver o ser humano envolvido, nada disso tem importância”, afirmou o secretário.
a) O que se pretende reforçar ao se trazer a voz de uma autoridade do governo de Goiás?
b) No depoimento do secretário, dois pronomes estão em destaque: isso e disso. Esses pronomes referem-se a outros termos no trecho. Qual dos pronomes retoma um termo que já apareceu? Qual é o termo retomado?
c) E qual dos pronomes remete a um termo que ainda está por vir no trecho?
3. b) O pronome disso, que se refere a campos de futebol, quadras, materiais esportivos, termos que se encontram na oração anterior.
2. b) Se necessário, explique que um jornal é uma empresa privada, que visa ter lucros para sustentar suas operações e, ainda que busque a neutralidade, pode ser influenciada por interesses de clientes (privados ou públicos).
3. a) Espera-se que percebam que a autoridade deseja enfatizar a preocupação da gestão com as pessoas.
3. b) e 3. c) Explique que uma das funções dos pronomes é retomar ou antecipar termos, construindo sua coesão.
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3. c) O pronome isso, que remete ao termo a união entre os povos, que se encontra em seguida.
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REALIZAÇÃO
Atividades
4. a) Oriente os estudantes a localizar as formas verbais para identificarem o número de orações do período.
4. b) Se necessário, relembre os estudantes de que a oração principal é aquela que contém a informação mais importante e sem a qual as demais orações ficam incompletas.
4. c) Auxilie-os a perceber que a oração tem a função de sujeito na oração.
5. Explique que o mais importante tem a função de sujeito e é é um verbo de ligação. Assim, a oração subordinada tem a função de predicativo do sujeito, por isso, é uma oração subordinada substantiva predicativa.
6. Espera-se que analisem que a oração da atividade 4 contém uma conjunção integrante, e a da atividade 5, uma forma nominal do infinitivo. Auxilie os estudantes a perceber que ambas complementam os sentidos dos respectivos períodos
7. Ao trabalhar com as manchetes jornalísticas, pretende-se levar os estudantes a conhecer abordagens, feitas pela mídia, de diferentes aspectos do tema “esportes”. Os textos evidenciam os benefícios da prática esportiva e a capacidade de propiciar a inclusão social e a participação de diferentes setores da sociedade.
4. Releia o segundo período do depoimento do secretário.
“[...] É isso que o esporte promove, a união entre os povos. [...]”, afirmou o secretário.
a) Esse período é formado por quantas orações? Por duas orações.
b) No caderno, copie a oração principal e analise a sua estrutura, classificando seus elementos.
A oração principal é É isso, e sua estrutura é composta de verbo de ligação + predicativo do sujeito.
c) Com base nessa análise, transcreva, no caderno, a alternativa que contém a função sintática exercida pela oração subordinada. Alternativa D.
A. Objeto direto.
B. Complemento nominal.
C. Aposto.
D. Sujeito.
6.
Espera-se que os estudantes reconheçam que não, pois, independentemente de sua composição, elas cumprem a função sintática necessária à complementação de sentidos dos períodos.
5. Agora, releia o terceiro período desse mesmo depoimento.
“[...] O mais importante é a gente enxergar o ser humano neste processo. [...]", afirmou o secretário.
a) Esse período é composto de duas orações, tendo como oração principal: O mais importante é. No caderno, transcreva a alternativa que descreve a estrutura dessa oração.
A. Sujeito + verbo de ligação. Alternativa A
B. Predicativo do sujeito + verbo de ligação.
C. Sujeito + verbo transitivo direto.
D. Sujeito + verbo transitivo indireto.
5. b) A oração subordinada exerce a função de predicativo do sujeito, sendo, portanto, uma substantiva predicativa.
b) Com base na resposta que você deu ao item a, responda: Que função sintática a oração subordinada exerce em relação à oração principal?
6. As orações subordinadas substantivas analisadas nas atividades 4 e 5 exercem diferentes funções sintáticas e apresentam diferenças quanto à composição.
a) O que se observa de diferente nessas orações que você analisou nas atividades 4 e 5?
b) A diferença na composição dessas orações traz algum prejuízo à construção de sentidos do parágrafo apresentado na atividade 3?
7. A seguir, leia algumas manchetes jornalísticas referentes à prática de esportes.
Propostas aprovadas na Alesp buscam dar visibilidade e incentivar a prática de esportes
FREITAS, Karina. Propostas aprovadas na Alesp buscam dar visibilidade e incentivar a prática de esportes. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, São Paulo, 30 maio 2022. Disponível em: www.al.sp.gov.br/noticia/?30/05/2022/propostas-aprovadas-na-alesp-buscamdar-visibilidade-e-incentivar-a-pratica-de-esportes. Acesso em: 6 jul. 2022.
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6. a) A oração "que o esporte promove, a união entre os povos" vem introduzida pela conjunção integrante que; já oração "a gente enxergar o ser humano neste processo" não tem conjunção, e o verbo está na forma nominal do infinitivo: enxergar
b)
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7. a) Espera-se que os estudantes infiram que a primeira e a terceira manchetes, pois referem-se a propostas públicas voltadas para a prática esportiva, assunto do texto lido.
Em Bragança, jovens de 14 anos aprovam jogar na grama Esportes ajudam a promover a inclusão social em Belém
EM BRAGANÇA, jovens de 14 anos aprovam jogar na grama. Tenis Brasil, Bragança Paulista, 17 maio 2022. Disponível em: https://tenisbrasil.uol.com.br/noticias/96298/Em-Bragancajovens-de-14-anos-aprovam-jogar-na-grama/. Acesso em: 6 jul. 2022.
PROPOSIÇÕES
VAZ, Elisa. Esportes ajudam a promover a inclusão social em Belém. O Liberal.com, [Belém], 2 set. 2021. Disponível em: www.oliberal.com/politica/esportes-ajudam-a-promover-a-inclusaosocial-em-belem-1.429461. Acesso em: 6 jul. 2022.
a) Quais manchetes podem ser relacionadas à proposta pública lida na seção Texto deste capítulo?
b) No caderno, copie as orações subordinadas reduzidas que aparecem nas manchetes.
c) Qual função sintática é exercida pelas orações subordinadas na maioria dessas orações?
d) Considerando sua resposta ao item c, como essas orações podem ser classificadas?
e) Uma dessas orações exerce função sintática diferente das demais. Que função ela exerce? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B
A. Predicativo do sujeito.
B. Objeto indireto.
C. Complemento nominal.
D. Sujeito.
Orações subordinadas substantivas em manchetes jornalísticas
Junte-se a um colega para pesquisar três manchetes jornalísticas que contenham orações subordinadas substantivas em sua composição.
Em seguida, analisem as manchetes pesquisadas, observando o seguinte:
• a importância do uso da oração subordinada substantiva para a construção de sentidos;
• a função sintática que essa oração exerce em relação à oração principal;
• se nas orações das manchetes predomina a forma reduzida ou a forma desenvolvida;
• nas formas desenvolvidas, como essas orações vêm introduzidas e que conjunção é predominante;
• nas formas reduzidas, quais formas nominais são as mais empregadas na composição das manchetes.
Comparem as duas formas de elaborar essas orações: Qual delas vocês consideram que produz um efeito de sentido mais direto em relação ao que está sendo dito? Expliquem por que vocês acham isso.
Anotem as conclusões no caderno, organizando as informações em um texto. Na produção do texto, utilizem os conhecimentos linguísticos e gramaticais, como ortografia, regência e concordância, pontuação etc.
No dia previamente combinado com o professor, levem para a sala de aula o texto que você e o colega produziram e apresentem suas conclusões às demais duplas.
REALIZAÇÃO
Atividades
7. a) Auxilie os estudantes a perceber que a primeira e a terceira manchetes abordam o tema da atuação do Estado em favor da prática esportiva.
7. b) Se necessário, explique que as orações subordinadas substantivas reduzidas são introduzidas por formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
7. c) e 7. d) Auxilie-os a perceber que as orações atuam como um complemento, no caso, objeto direto. Portanto, as orações se classificam como oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
7. e) Espera-se que identifiquem a oração da terceira manchete (a promover a inclusão social em Belém) como aquela que exerce a função sintática de objeto indireto.
A atividade proposta em Língua em cena possibilita aos estudantes demonstrar se eles se apropriaram do conteúdo estudado neste capítulo, aplicando-o de forma prática e em textos autênticos, de modo que reconheçam essas orações, verifiquem como elas contribuem para a significação do enunciado assim como os efeitos de sentido provocados. Dessa forma, por meio de metodologias ativas (projeto de pesquisa, aprendizagem colaborativa), trabalharão o pensamento computacional ao exercitar o reconhecimento de padrões.
REALIZAÇÃO Língua em cena
Retome com a turma as noções da prática de pesquisa de análise documental. Ao longo dos volumes anteriores, os estudantes já exploraram essa prática de pesquisa, em que fazem a análise de questões e tópicos abordados na seção de análise linguística em textos de gêneros variados e de circulação e contexto real. Oriente-os nas etapas descritas no Livro do Estudante e, após a elaboração das conclusões e escrita do texto, combine com as duplas como será a dinâmica de socialização das pesquisas, de modo que eles possam observar as descobertas dos colegas e comparar as conclusões a que chegaram.
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7. b) Primeira manchete: dar visibilidade e incentivar a prática de esportes; segunda: jogar na grama; terceira: a promover a inclusão social em Belém
7. c) A função de objeto direto.
7. d) Oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
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LÍNGUA EM CENA
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PROPOSIÇÕES
Em Produção escrita, explique aos estudantes a produção que será realizada, orientando-os a pesquisar, entre os prováveis beneficiados pela proposta, do que eles carecem. Caso a proposta pública seja direcionada a alguma necessidade do bairro onde se encontra a escola, as pessoas consultadas podem ser os familiares que moram no mesmo bairro ou os vizinhos e comerciantes da região, por exemplo. Se a proposta tiver como foco uma alteração no ambiente escolar, é essa comunidade que deve ser consultada.
A atividade favorece o protagonismo e a autonomia dos estudantes, além de propiciar a aplicação das metodologias ativas, uma vez que a turma poderá se engajar na solução de problemas da comunidade escolar de modo crítico e criativo, desempenhando também o trabalho de campo.
REALIZAÇÃO
Em Planejando a proposta pública, avalie com os estudantes as sugestões apresentadas, eliminando aquelas com que eles não concordarem e acrescentando outras que acharem mais importantes, interessantes para a comunidade escolar e que sejam possíveis realizar.
Para a realização da enquete, sugere-se que um grupo composto por dez integrantes seja orientado a fazer essa pesquisa junto aos demais estudantes da escola. Para isso, organize o grupo e oriente-os quanto ao período que terão para realizar a pesquisa e computar o resultados.
Peça aos estudantes desse grupo que preparem uma tabela de registro da enquete, composta por duas colunas: uma com as sugestões de iniciativas; e outra para anotar a opção
PRODUÇÃO ESCRITA
Proposta pública
Nesta seção, você e os colegas vão elaborar uma proposta pública da turma para ser desenvolvida junto à comunidade escolar, com base em uma pesquisa de interesses dos estudantes de outras turmas.
Planejando a proposta pública
Como uma proposta de ação só tem sentido se puder atender às demandas de uma comunidade, você e os colegas precisam conhecer os interesses e as necessidades dos estudantes da comunidade escolar.
1 Realizem uma enquete com os demais estudantes da escola para saber o que gostariam de implementar na escola ou o que acham importante e necessário que exista nela
2 Nessa enquete, façam perguntas abertas com o objetivo de identificar os interesses ou sugiram algumas possibilidades em perguntas fechadas para que os colegas possam escolher. Veja alguns exemplos a seguir.
• Criação de grupos de teatro, de dança, de desenho, de pintura.
• Criação de grupos de estudos com monitores.
• Criação de espaços/clubes de leitura.
• Realização de campeonatos esportivos, de xadrez etc.
• Criação de uma cinemateca com sessões de cinema na escola.
• Criação de horta comunitária.
• Criação de espaços para debates sobre temas variados, com participação da comunidade de professores, familiares, funcionários.
3 Com base nos resultados da enquete que fizeram, definam qual será o objetivo da proposta pública da turma.
Escrevendo a proposta pública
1 Coletivamente, elaborem a primeira versão da proposta pública.
2 Organizem o texto em seções, por exemplo: Proposta, Público-alvo, Justificativa, Objetivos, Ações
3 Escrevam a ideia central de modo objetivo, deixando claro o que se pretende fazer ou implementar.
4 Elaborem a justificativa para a proposta, utilizando argumentos que mostrem a importância do projeto.
5 Especifiquem a finalidade da proposta e o público-alvo. Identifiquem também os objetivos do projeto e quais são os benefícios esperados para a comunidade escolar de modo geral.
dos estudantes consultados. Após computar o resultado da enquete, o grupo deverá apresentá-lo para os colegas, indicando quais iniciativas foram mais citadas e despertaram mais interesse do público.
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Em seguida, avalie com a turma, entre as três propostas mais citadas, aquela que gostariam de implementar na escola.
Em Escrevendo a proposta pública, explique que a elaboração da proposta será uma
produção coletiva e que se trata de uma etapa importante, pois é o momento em que se define o que será realizado, para quê e como.
Combine com os estudantes que, para que todos possam expor suas ideias, é muito importante respeitar os turnos de fala.
Para ajudá-los a relacionar as ações necessárias para atingir os objetivos do projeto, peça que respondam às seguintes perguntas:
• Qual ação será realizada?
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6 Relacionem as ações necessárias para atingir os objetivos do projeto, descrevendo os passos para implementação da proposta. Para mostrar a viabilidade do projeto, é importante incluir informações como o prazo de execução, os materiais necessários e as pessoas que serão envolvidas nas atividades.
7 Dependendo da proposta, é necessário elaborar regras de participação, como idade mínima permitida, máximo de participantes etc.
8 Deem um título para o projeto. Procurem deixar claro do que se trata. Lembrem-se de que a proposta tem um tempo de vigência, então estipulem também um prazo para a efetivação das medidas da proposta.
9 Se possível, incluam imagens ou gráficos que ajudem a mostrar o problema que será resolvido com as consequências esperadas.
Revisando e reescrevendo a proposta pública
1 Releiam a primeira versão da proposta e façam uma revisão do texto, observando os aspectos a seguir.
• A proposta atende às necessidades do público-alvo?
• A importância do projeto está clara?
• Os objetivos são possíveis de serem alcançados?
• As atividades propostas estão devidamente descritas?
• As atividades são suficientes para atingir os objetivos propostos?
• As seções do projeto estão identificadas?
• O título explica o assunto do projeto?
• As regras, se houver, estão claramente definidas?
• Foram empregados recursos não verbais de modo adequado?
• A linguagem é formal e obedece à norma-padrão?
• É preciso acrescentar ou eliminar alguma informação?
2 Façam as correções necessárias e, depois, digitem a versão final da proposta pública.
Apresentando e implementando a proposta pública
Após elaborarem a proposta pública, vocês devem apresentá-la à comunidade escolar a fim de que possa ser implementada. Para isso, sigam as próximas orientações.
1 Sob a orientação do professor, submetam a proposta pública à aprovação da direção escolar a fim de que a turma obtenha autorização para implementá-la.
2 Com a autorização concedida, combinem um dia para apresentar a proposta para os estudantes de outras turmas.
3 Preparem uma apresentação oral para explicar os objetivos da proposta e como ela pode contribuir para a melhoria da escola.
4 Verifiquem se há estudantes interessados em participar e se eles têm alguma contribuição a fazer no que foi proposto pela turma.
5 Por fim, sigam os passos previstos na proposta para implementar o que foi planejado.
REALIZAÇÃO
Em Revisando e reescrevendo a proposta pública, oriente-os a seguir o checklist proposto. Incentive os estudantes a sugerir melhorias de maneira respeitosa, visando à correção do texto.
Em Apresentando e implementando a proposta pública, após as apresentações em sala, combine com a turma a exposição dos projetos a outras instâncias de decisão da comunidade escolar, como a coordenação pedagógica ou a direção da escola, para a autorização do andamento e para o planejamento e a execução da proposta.
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• Como ela será desenvolvida?
• Onde ela será realizada e qual é a estimativa do prazo de execução?
• Quais recursos materiais serão necessários?
• Quem são as pessoas envolvidas na ação?
• Quais são as responsabilidades dos proponentes para concretizá-la?
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Habilidades de encerramento
• EF69LP13
• EF69LP21
• EF89LP27
• EF69AR01
• EF69AR05
• EF69AR31
• EF69AR33
PROPOSIÇÕES
As imagens e o texto de Linguagens em conexão têm como objetivo apresentar aos estudantes um exemplo importante de protagonismo juvenil por meio de um projeto de ação social.
Comente que, atualmente, muitas comunidades estão perdendo suas culturas de produção de artesanato porque os artesãos estão envelhecendo e morrendo, e os mais jovens não estão dando continuidade ao trabalho, por inúmeros motivos. Nesse sentido, os jovens da Associação do Assentamento Porto Dias, localizada na cidade de Acrelândia (AC), diferenciam-se, pois protagonizam a produção artesanal da região em que vivem e ajudam a preservar e disseminar esses saberes. Além disso, comente que, em diversas cidades pequenas e áreas rurais, faltam políticas e propostas públicas que busquem melhorar a qualidade de vida dos moradores e valorizar suas culturas; por esse motivo, projetos como esse são tão relevantes em diferentes partes do Brasil.
Enfatize que a produção artesanal dos jovens de Acrelândia gera renda para a comunidade e dissemina a cultura local. Além disso, é importante considerar que, como as peças são feitas com as madeiras que estiverem disponíveis na mata, cada uma delas tem características únicas, com variações de cores, tons, texturas e formatos.
Reserve um tempo para que os estudantes apreciem as imagens individualmente. Em seguida, peça-lhes que leiam o texto introdutório da seção e discutam as perguntas propostas.
Ação juvenil
Neste módulo, você estudou editorial, fotorreportagem e proposta pública e aprofundou seus conhecimentos a respeito da mobilidade urbana. Também conheceu propostas públicas relacionadas ao esporte e que visam à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Agora, você vai conhecer um projeto desenvolvido por jovens que têm como objetivo valorizar o local em que vivem, suas culturas e gerar renda para a comunidade.
O projeto em questão é realizado por jovens da cidade de Acrelândia, localizada no Acre, os quais participam da Associação do Assentamento Porto Dias. Esses jovens produzem peças artesanais feitas com madeiras coletadas na mata, provenientes de árvores que foram derrubadas por raios ou derivadas de manejo florestal sustentável. Ou seja, nenhuma árvore é derrubada. Depois de prontas, as peças são vendidas e geram renda para a própria comunidade, além de disseminar a valorização da cultura do artesanato local e da importância da preservação ambiental.
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CONEXÃO LINGUAGENS
EM
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Jovens artesãos da Associação do Assentamento Porto Dias, em Acrelândia (AC), mostrando suas produções artesanais. Fotografia de 2020.
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Tábuas criadas pelos jovens artesãos da Associação do Assentamento Porto Dias, em Acrelândia (AC). Essas tábuas revelam características de árvores amazônicas. Fotografia de 2020.
1. Que reflexões vêm a sua mente após observar as imagens e conhecer o projeto dos jovens artesãos da Associação do Assentamento Porto Dias, na cidade de Acrelândia, no Acre?
Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, qual é a importância desse projeto não só para a comunidade local, mas também para o âmbito nacional?
Resposta pessoal.
3. Para você, de que maneira a produção artesanal é importante para as culturas brasileiras?
Resposta pessoal.
4. Quais projetos sociais existem na comunidade onde você vive e de que você tem conhecimento? Pode ser um projeto de alguma associação do bairro, de uma comunidade religiosa ou estudantil ou de outra organização que você conheça ou da qual participe. Comente suas considerações com os colegas e o professor.
Resposta pessoal.
REALIZAÇÃO
1. Para esta pergunta, não existe uma resposta correta. Verifique o que os estudantes compreendem das ações do projeto e de sua relevância para a comunidade de Acrelândia, no Acre. Sugira-lhes que prestem atenção nas peças mostradas nas fotografias e destaque o fato de as madeiras utilizadas serem apenas de árvores derrubadas por raios ou provenientes do manejo florestal sustentável.
Jovens da Associação do Assentamento Porto Dias, em Acrelândia (AC), mostrando um dos trabalhos artesanais realizados por eles. Fotografia de 2020.
da atuação desses jovens.
3. Esta pergunta tem como objetivo aprofundar o entendimento dos estudantes da relevância do projeto apresentado. Verifique se eles compreendem que, no Brasil, existem múltiplas culturas e que a produção artesanal está presente em todas as regiões. Ressalte a relevância dessas produções e comente que elas marcam a diversidade cultural e a multiculturalidade, dando voz a diferentes povos e possibilitando a troca de saberes interculturais, assim como a divulgação e a preservação dessas culturas.
A juventude que quer viver um futuro diferente na Floresta Amazônica Disponível em: https: //www.artesol. org.br/conteudos/ visualizar/Ajuventude-quequer-viver-umfuturo-diferentena-FlorestaAmazonica. Acesso em: 3 ago. 2022. Acesse o link para ler a notícia assinada pelo consultor Júlio Ledo, integrante da ONG Artesol (Artesanato Solidário), sobre o projeto dos jovens artesãos da Associação do Assentamento Porto Dias, localizada na cidade de Acrelândia, no Estado do Acre.
2. Instigue os estudantes a compartilhar suas opiniões e a refletir sobre os diversos aspectos do projeto, considerando desde a preservação ambiental até a geração de renda para a comunidade. Se desejar, comente que o projeto auxilia na melhoria e na manutenção da qualidade de vida de pessoas da comunidade, que encontraram no artesanato uma fonte de prazer e de geração de renda. Assim, verifique se compreendem a relevância social
4. Instigue os estudantes a se lembrarem de diferentes projetos sociais existentes na comunidade em que vivem. Caso eles não conheçam, não se lembrem ou não participem de nenhum, sugira que pesquisem na internet ou perguntem a pessoas do convívio deles. Aproveite para pedir que investiguem se existe algum projeto social criado ou desenvolvido por jovens, assim como ocorre em Acrelândia. É importante que reconheçam a importância desses projetos e compreendam que podem ter uma atuação social de protagonismo na comunidade em que vivem.
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Competências do módulo
Gerais: 1, 2, 3, 4, 6, 10
Linguagens: 2, 3, 4
Língua Portuguesa: 2, 3, 6, 7
Arte: 1, 4, 6, 7
Habilidades da abertura
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF89LP27
Temas Contemporâneos Transversais
• Trabalho
• Educação financeira
• Direitos da criança e do adolescente
• Educação para o consumo
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o eixo de leitura aborda os gêneros artigo de opinião, peça de campanha e postagem de blogue, com textos que têm como temas a escolha profissional de jovens, o combate ao trabalho infantil, as mudanças no mundo do trabalho provocadas pelas evoluções tecnológicas, a organização do orçamento financeiro familiar e o consumo consciente, que dialogam com os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Trabalho, Direitos da criança e do adolescente, Educação financeira e Educação para o consumo. O eixo de análise linguística/semiótica trata da colocação pronominal, dos parônimos e da concordância do verbo ser. No eixo de produção textual, propõe-se aos estudantes a realização de um seminário com foco em profissões.
OBJETIVOS
• Explorar as características dos gêneros artigo de opinião, peça de campanha e postagem em blogue.
• Entender a colocação pronominal.
• Compreender a função de parônimos na construção de textos coesos e coerentes.
• Entender a concordância verbal do verbo ser
• Produzir um seminário.
PROPOSIÇÕES
A obra Trabalho, do artista mineiro Thiago Honório, é uma instalação artística formada por dezenas de ferramentas que foram utilizadas por pedreiros e mestres de obras durante a restauração de um edifício tombado como patrimônio histórico na cidade de São Paulo (SP). O local foi construído em 1926 e utilizado como subestação
de energia até 2004, quando foi desativado. Em 2013, foi reformado para se transformar em residência artística. Desde então, o espaço recebe artistas de diferentes linguagens para o desenvolvimento de trabalhos individuais e coletivos.
Thiago Honório teve a ideia de realizar essa obra quando visitou o local sendo restaurado por trabalhadores para que ele pudesse,
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MÓDULO
FUTURO E REALIZAÇÕES 6
Thiago honório. FoTo: Edouard FraiponT/galEria luisa sTrina, são p aulo, Brasil.
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HONÓRIO, Thiago. Trabalho. 2013. Ferramentas utilizadas na restauração de uma antiga subestação de energia de São Paulo (SP).
FIQUE POR DENTRO
• Artigo de opinião
• Peça de campanha
• Colocação pronominal
• Parônimo
• Postagem em blogue
• Concordância verbal: verbo ser
• Produção oral: seminário
• Arte e consumo
IMAGEM EM FOCO
Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Que relações você enxerga entre o título da obra e a imagem?
posteriormente, ter um espaço de trabalho. Refletindo sobre esse ciclo de trabalhos e problematizando preconceitos sobre alguns tipos de trabalhos geralmente menos valorizados pela sociedade, o artista negociou com os pedreiros e mestres de obras e coletou essas ferramentas para incorporar ao próprio trabalho artístico, propondo reflexões ao público.
2. Em sua opinião, que temas e questões o artista aborda com a obra Trabalho?
3. Por que é importante valorizar os diversos tipos de trabalho em uma sociedade? Resposta pessoal.
4. Em qual profissão você tem vontade de atuar? Por quê?
Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
2. Interpretar uma obra de arte contemporânea pode parecer complicado aos estudantes, mas tranquilize-os dizendo que não existe uma resposta correta e fechada e que muitas hipóteses podem ser formuladas com base no repertório deles. Entre outras questões possíveis, pode-se considerar que Thiago Honório busca igualar a importância entre os diferentes tipos de trabalho, como o do pedreiro e o do artista, além de questionar o que é trabalho e qual é o seu lugar e sua função na sociedade.
3. Se necessário, comente como algumas profissões são mais valorizadas do que outras, problematizando essa questão e apontando exemplos que evidenciem a relevância de diversas profissões para o cotidiano de uma sociedade. Fique atento para combater possíveis falas preconceituosas que possam surgir entre os estudantes e oriente-os a agir e se comunicar com base em princípios éticos, democráticos e inclusivos.
REALIZAÇÃO
1. Peça que os estudantes compartilhem suas hipóteses e opiniões, lembrando-os de que não existe uma resposta correta e que muitas interpretações são possíveis. Comente que as obras artísticas também são chamadas de trabalhos, por isso é interessante ressaltar que Thiago Honório criou um trabalho intitulado Trabalho
4. Esta pergunta ajuda a aproximar o tema do módulo do cotidiano e do projeto de vida dos estudantes. Caso alguns deles não saibam responder, acolha-os e comente que é normal ter dúvidas ao longo da vida escolar e até mesmo da vida adulta. Pode ser interessante comentar, por exemplo, que muitas pessoas mudam de profissão durante a vida, por diferentes motivos, ressaltando que essa escolha não é imutável.
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Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP13
• EF69LP15
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP16
• EF69LP17
• EF69LP56
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP06
• EF89LP14
• EF89LP16
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP02
• EF69LP13
• EF69LP17
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP03
• EF69LP05
• EF69LP16
• EF69LP56
• EF89LP01
• EF89LP03
• EF89LP04
• EF89LP16
• EF09LP10
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP03
• EF69LP05
• EF69LP56
• EF89LP03
• EF09LP04
PROPOSIÇÕES
O trabalho com artigo de opinião tem como objetivo possibilitar aos estudantes analisar textos do gênero e se posicionar diante das informações e ideias defendidas pelo autor. Relembre as características do gênero, já estudado anteriormente na coleção, incentivando-os a compartilhar o que sabem com os colegas.
Antes de propor a leitura do texto, reserve um momento para que os estudantes compartilhem livremente as expectativas profissionais. Pergunte: Qual área de atuação profissional escolheram?
O que consideraram no processo de escolha: interesses pessoais, influência da família, expectativa de retorno financeiro, valores e crenças individuais, contexto socioeconômico? Para aqueles que não se decidiram, pergunte quais são as dúvidas e preocupações.
A escolha de uma profissão pode não ser muito simples. Há inúmeras possibilidades profissionais e cada uma delas tem seus objetivos, características, atividades e funções na sociedade. Mas, de acordo com especialistas, há sim caminhos e ações que ajudam a tomar uma decisão consciente e a vislumbrar um futuro.
No artigo de opinião que você vai ler, o articulista, um psicólogo especialista na área de orientação profissional, trata da difícil tarefa de escolher uma profissão.
Leia o título e levante hipóteses: Quais motivos podem levar os jovens a achar difícil escolher uma profissão? O que você acredita que o especialista irá propor como caminho para uma decisão consciente? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção. Respostas pessoais.
Artigo de opinião: Por que pode ser tão difícil
escolher a profissão?
[...] para escolher, é preciso ter liberdade, e a liberdade acompanhada de incerteza pode causar muita angústia.
O jovem que está saindo do ensino médio pode ser pressionado a fazer uma escolha difícil: “Qual profissão eu quero para mim?”. Eu falo “pode” porque infelizmente essa não é a realidade de todos os jovens, especialmente os brasileiros. Nas classes mais baixas, a escolha profissional pode ser feita mais pelas poucas oportunidades que aparecem do que por uma escolha pensada. Contudo, felizmente a possibilidade de uma escolha pensada é uma realidade para muitos jovens. E, para escolher, é preciso ter liberdade, e a liberdade acompanhada de incerteza pode causar muita angústia.
Escolher uma profissão pode significar escolher o que fazer como atividade laboral pelo resto da vida, e existe uma pressão social para que essa escolha aconteça na adolescência. Não parece uma exigência excessiva para pessoas ainda imaturas? Minha resposta é simples: não. Espera-se que adolescentes saudáveis tenham maturidade suficiente para escolher uma profissão. Entretanto, pensamentos inadequados podem dificultar essa escolha.
No período da adolescência, os jovens vivenciam momentos de muita angústia diante de mudanças físicas e psicológicas, além do fato de ser esperado deles uma decisão quanto ao futuro profissional. Ao explorar esse tema, é possível propor uma reflexão sobre a escolha profissional, em que os estudantes se sintam acolhidos para compartilhar livremente suas dúvidas e questionamentos.
Se possível, seria interessante convidar um psicólogo ou orientador educacional para conversar com os estudantes sobre o tema “orientação profissional”. Nesse caso, instrua-os a preparar, com antecedência, perguntas e questionamentos a serem feitos ao profissional na ocasião dessa conversa.
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Agora, leia o artigo e tire suas próprias conclusões.
prEssMasTEr/shuTTErsToCK.CoM ARTIGO DE OPINIÃO CAPÍTULO1
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TEXTO
Eu trabalho com orientação profissional e recebo na clínica jovens angustiados por não conseguirem tomar uma decisão. Neste artigo, quero explicar como um pensamento inadequado em específico pode dificultar a escolha, especialmente quando a ansiedade aparece. Na clínica, uma vez recebi um jovem buscando encontrar a profissão perfeita para o seu perfil psicológico, a sua personalidade. Ele buscava uma profissão que se encaixasse perfeitamente nos seus interesses, habilidades e valores. Em outras palavras, ele queria encontrar a sua vocação.
No início do seu desenvolvimento, a orientação profissional era denominada orientação vocacional. Os psicólogos buscavam o mesmo que o meu orientando: a profissão perfeita para a personalidade da pessoa. Apesar de a antiga nomenclatura ainda existir, a mudança aconteceu porque entendemos atualmente que não existe uma vocação. Vocação significa chamado, seja divino seja da própria natureza da pessoa. Acreditava-se que existia um chamado para uma profissão específica. Assim, a orientação vocacional buscava descobrir esse chamado. Os profissionais que ainda utilizam a antiga nomenclatura oferecem um novo significado para ela, mais pragmático: um conjunto de interesses e habilidades que podem ser adequados para o exercício de uma profissão.
Profissões nascem e morrem, elas existem para cumprir uma exigência da sociedade em um contexto histórico. Esse é um dos motivos pelo qual não existe uma vocação. O que existe são profissões que podem estar mais ou menos adequadas aos interesses, habilidades e valores de uma pessoa. Além desse novo entendimento, faz-se necessário compreender a busca por uma vocação. [...] Pessoas ansiosas sofrem por precisar escolher, duvidam de si mesmas constantemente. Assim, encontrar uma vocação seria uma solução perfeita. Todavia, uma solução impossível.
A busca por encontrar a profissão perfeita ou a vocação, contudo, existe não apenas por causa da ansiedade e do medo de escolher, a crença na existência da perfeição, em um nível abstrato, pode impulsionar essa busca. [...] A pessoa pode acreditar que existe uma profissão perfeita para ela, que ela precisa apenas encontrá-la. Esse era o caso do orientando citado acima.
A consequência negativa dessa crença para a escolha profissional acontecia porque esse encaixe perfeito entre ele e a profissão simplesmente não é possível. Ele acreditava que se realmente amasse a profissão ele trabalharia sempre com prazer e seria suficientemente habilidoso. Acontece que mesmo amando uma profissão você pode não gostar de uns aspectos dela, da obrigação de exercê-la todos os dias ou não ser bom em todas as suas áreas. Existem aspectos negativos e positivos em quase tudo o que fazemos. Por isso precisamos escolher com base tanto no coração quanto na razão, buscando fazer o que gostamos, porém observando os seus custos e benefícios. Entender que o encaixe perfeito entre uma profissão e uma personalidade não existe é um passo importante para fazer a escolha com menos medo de errar. Como explicado anteriormente, o que existe são profissões mais ou menos adequadas aos nossos interesses, habilidades e valores. Sendo assim, muitas profissões podem se mostrar adequadas ao nosso perfil psicológico. Não existe a possibilidade de eliminarmos a necessidade de escolher. E escolher significa sermos responsáveis pela escolha que fazemos e, também, pelo que deixamos para trás.
Rodrigo Tavares Mendonça é psicólogo e especialista em psicoterapia de família e casal. [...]
MENDONÇA, Rodrigo Tavares. Artigo de opinião: Por que pode ser tão difícil escolher a profissão? Jornal da Cidade, [s. l.], 2 fev. 2022. Disponível em: www.jornalcidademg.com.br/artigodeopiniaoporquepodesertaodificilescolheraprofissao/. Acesso em: 28 jul. 2022.
REALIZAÇÃO
Para contextualizar a leitura do texto, comente que, recentemente, muitas profissões se extinguiram e outras ocupações surgiram, como as listadas a seguir.
• Desenvolvedor de software: profissional responsável pela programação de sistemas, que atua diretamente com os códigos e as diferentes linguagens digitais.
• Influenciador digital: profissional que produz conteúdo na internet e nas redes sociais e lucra com a publicidade de diversos tipos de produtos e serviços.
• Segurança da informação: profissional que monitora e analisa os processos e os procedimentos que protegem a integridade dos dados armazenados pelas empresas.
• Especialista em Inteligência artificial: desenvolve sistemas e códigos capazes de processar uma grande quantidade de informações em banco de dados e, com base nisso, criar padrões que buscam melhorar a experiência dos usuários.
Ao final da leitura, reserve um momento para esclarecer eventuais dúvidas de vocabulário. Se possível, retome a conversa inicial para verificar se as hipóteses levantadas se confirmaram e, também, se desejar, para deixar que os estudantes falem o que aprenderem com a leitura do texto, ou mesmo se o ponto de vista defendido nele fez com que mudassem suas perspectivas sobre o tema.
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA
A partir da leitura do título, oriente os estudantes a elaborar considerações de modo a antecipar o conteúdo do texto. Incentive-os a responder ao questionamento nele proposto, apontando os fatores que podem levar os jovens a ter dificuldade no momento de fazer a escolha profissional.
Depois, proponha uma primeira leitura silenciosa, pedindo aos estudantes que
anotem no caderno os trechos do artigo que eles acreditam responder à pergunta do título.
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Em seguida, promova uma leitura coletiva em voz alta, fazendo pausas para que a turma compartilhe os trechos anotados e justifique suas escolhas.
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto e Texto e contexto, os estudantes poderão aprofundar as reflexões sobre a escolha profissional disparadas com a leitura do artigo de opinião. Oriente-os a mobilizar o conhecimento de mundo e retomar as hipóteses elaboradas e as anotações feitas na leitura do texto.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Deixe os estudantes à vontade para expor seus argumentos, respeitando as opiniões contrárias.
2. Espera-se que os estudantes respondam de acordo com a sua própria experiência e posicionem-se apresentando argumentos consistentes.
3. É possível que eles concluam que discutir esse tema desde cedo é importante porque é preciso se preparar para o momento de escolha da profissão. Se desejar, comente que, ainda que seja uma etapa importante, não é definitiva, e pode ser alterada ao longo da vida.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. a) Oriente os estudantes a buscar outros artigos de opinião sobre o mesmo tema, para verificar o que há em comum entre eles quanto à abordagem da temática.
1. b) Comente com a turma que o articulista, Rodrigo Tavares Mendonça, tem formação em Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, e trabalha com orientação profissional, psicoterapia individual, conjugal e familiar.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO TEXTO EXPLORANDO O
1. Você já refletiu a respeito de qual profissão pretende seguir? Em caso positivo, o que levou em conta ao pensar nas possibilidades de escolha? Respostas pessoais.
2. Qual é a sua opinião a respeito da pressão exercida sobre os jovens em relação à escolha da profissão? Resposta pessoal.
3. Para você, é importante que o tema da escolha profissional seja discutido desde cedo? Por quê? Respostas pessoais.
1. a) O fato de ser um tema que gera polêmica e é do interesse de muitas pessoas, como os próprios jovens, os familiares deles, entre outros. A publicação em um artigo com a opinião de um especialista pode ajudar a esclarecer como ocorre esse processo, contribuindo para tornar a escolha mais consciente e menos conflituosa.
TEXTO E CONTEXTO
1. b) O articulista é psicólogo e desenvolve um trabalho de orientação profissional em sua clínica, o que lhe confere autoridade para tratar desse tema no artigo.
1. O artigo de opinião discute o tema da escolha profissional pelos jovens.
a) O que torna esse tema apropriado para ser discutido em um artigo de opinião?
b) O que torna o articulista habilitado a abordar esse tema em um artigo de opinião?
2. O posicionamento do articulista é de que jovens saudáveis têm maturidade para escolher sua profissão,
2. Qual é a tese ou o posicionamento do articulista sobre esse tema?
essa escolha com liberdade. mas precisam fazer
3. De acordo com o artigo de opinião, há uma diferença no processo de escolha entre jovens de diferentes classes sociais.
a) Qual é essa diferença?
3. a) Os jovens de classes desfavorecidas, em geral, escolhem entre poucas possibilidades de profissão, enquanto os de classe mais favorecida costumam fazer uma escolha mais pensada.
b) Em sua opinião, por que existe essa discrepância? Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que as poucas oportunidades de escolha perpetuam a desigualdade social, tendo em vista que essas opções, em geral, são de empregos com menor remuneração.
4. Em sua opinião, de que maneira a pouca opção de escolha profissional pode impactar a vida desses jovens no futuro?
5. Ao longo do artigo, defende se a ideia de que jovens saudáveis têm maturidade para escolher a carreira profissional que desejam seguir. No entanto, acrescentase que nem todos conseguem devido a um pensamento inadequado.
a) Qual é esse pensamento inadequado? Explique.
A ideia de que a escolha deve estar de acordo com a vocação.
b) Segundo o articulista, o que o jovem precisa fazer para que essa escolha seja mais consciente?
Analisar as profissões, identificar e escolher aquela que acredita estar mais de acordo com seus interesses, habilidades e valores.
6. Em sua opinião, que outros fatores também podem tornar essa escolha difícil para os jovens? Resposta pessoal.
7. Explique qual é a opinião do articulista a respeito da escolha da profissão ser orientada pela vocação.
8. Segundo o artigo, a pessoa pode se frustrar no mercado de trabalho, pois sempre haverá aspectos positivos e negativos em uma profissão.
8. Quais seriam as possíveis consequências na vida de uma pessoa que escolhe uma profissão por acreditar que seja perfeita para ela?
7. Segundo ele, não há profissão que se encaixe totalmente no conjunto de interesses, habilidades e valores da uma pessoas, uma vez que mesmo quem ama aquilo que faz pode se deparar com tarefas e situações do dia a dia que não são agradáveis ou pode não ter habilidades para realizá-las.
2. Amplie a atividade perguntando aos estudantes se concordam com a perspectiva defendida pelo psicólogo.
3. e 4. Espera-se que pensem na desigualdade social do Brasil e considerem que muitos jovens vivem em situação de vulnerabilidade social e são pressionados a conseguir um emprego renumerado rapidamente, o que os priva de alternativas como a carreira técnica ou o Ensino Superior.
5. e 7. Se necessário, explique que o termo vocação remete à ideia de missão ou chamado religioso, crença que não deve ser aplicada na escolha profissional. Por outro lado, os valores são princípios positivos para um indivíduo, que determinam suas atitudes e maneira de estar no mundo, como: solidariedade, honestidade, ética etc.
6. Alguns podem mencionar a pressão dos familiares para escolher determinada
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9. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem, por exemplo, a tecnologia como uma característica da sociedade contemporânea que potencializou o surgimento de novas profissões, como influenciadores digitais, desenvolvedores de software, técnicos de segurança da informação, entre outras.
9. De acordo com o texto, profissões podem desaparecer e surgir ao longo da história, pois a existência delas depende do contexto social e das demandas da sociedade.
9. b) Profissões como médico e professor, por exemplo, atravessam épocas e seguem presentes na sociedade contemporânea por se pautarem em demandas essenciais relacionadas à saúde e à educação.
a) Em sua opinião, que características da sociedade contemporânea podem interferir no surgimento de novas profissões?
b) Como é possível justificar o fato de que algumas profissões existem há muito tempo e não aparentam estar condenadas ao desaparecimento?
10. O artigo evidencia que a escolha da profissão deve ser orientada tanto pelo coração como pela razão.
10. a) A escolha de uma profissão deve considerar os interesses, as habilidades e os valores pessoais.
a) O que se pode inferir sobre a menção ao coração nesse contexto?
b) Ao se referir à razão, o que o texto expressa sobre a escolha profissional?
11. Para você, a alternativa apontada no artigo para se fazer uma escolha profissional consciente é um bom caminho? Resposta pessoal.
O artigo de opinião é um gênero que circula na esfera jornalística e no qual o articulista, frequentemente um especialista no tema abordado, assume uma posição ou tese que será defendida ao longo do texto. Costuma abordar assuntos de interesse de um grupo ou da sociedade de modo geral, visando colaborar com a discussão de ideias e levar o leitor a refletir sobre a questão discutida. Geralmente, é veiculado em jornais e revistas impressos e on-line
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
10. b) A necessidade de se aliar o interesse pessoal a uma análise de mercado, por exemplo, ponderando se o cenário econômico é propício a uma determinada escolha profissional e verificando a relação de custos e benefícios.
1. O título é um elemento importante na construção do artigo de opinião. Releia o e responda ao que se pede a seguir.
a) Que informação sobre o texto é apresentada no título?
1. a) O título apresenta o assunto do texto, que é a escolha profissional.
b) Que efeito de sentido o título em forma de pergunta provoca no leitor?
2. No parágrafo inicial, o articulista introduz o leitor no assunto que será tratado.
a) No caderno, transcreva a alternativa que descreve o modo como é feita essa introdução. Alternativa B
A. Expõe dados históricos.
1. b) Incentiva o leitor a fazer uma reflexão prévia sobre o tema e aguça a curiosidade dele, motivando-o a ler o texto em busca da resposta.
B. Apresenta um conhecimento comum à maioria das pessoas.
C. Traz informações fundamentadas em uma pesquisa.
D. Descreve um fato relevante.
b) Qual é a importância da introdução do texto?
2. b) A introdução é a parte em que é apresentado o assunto que será tratado no artigo e é importante na medida em que desperta o interesse do leitor em continuar a leitura do texto.
c) Na introdução do artigo de opinião lido, que recurso empregado se destaca e busca atrair a atenção do leitor? Explique.
A simulação de um diálogo entre o leitor e o articulista, visto que é uma pergunta que a maioria dos jovens se faz e há a sugestão de que ela vai ser respondida ao longo do texto. 237
que irão continuar existindo e demandando profissionais para atendê-las.
10. Espera-se que mobilizem os conhecimentos que têm dos sentidos atribuídos aos termos coração e razão, analisando o seu contexto de uso no artigo.
11. A atividade propicia aos estudantes refletir sobre os caminhos que poderão fazer para a escolha da profissão: se aliando coração e razão, se considerando só o coração ou só a razão etc.
PROPOSIÇÕES
Em Composição e linguagem, ao analisar as estratégias utilizadas no artigo de opinião, reforce para os estudantes que é importante dominar as habilidades relativas à argumentação, tanto na identificação dos recursos utilizados nos textos quanto para a defesa ou refutação de ideias.
REALIZAÇÃO Composição e linguagem
1. Explique aos estudantes que o título em forma de pergunta contribui para envolver o leitor na leitura do texto, sendo, também, um recurso argumentativo.
profissão, assim como a falta de informação sobre o cotidiano dos profissionais, as habilidades necessárias, os valores que orientam a carreira, entre outros aspectos.
8. Aproveite para reforçar a importância de se conhecer o dia a dia das profissões, seus variados campos de atuação, entre outros aspectos e, como esse conhecimento pode evitar a construção de um modelo idealizado da profissão.
9. a) Se desejar, oriente-os a pesquisar profissões que desapareceram ou para as quais restam poucos profissionais atuantes na área, buscando investigar o que levou à extinção delas. Se preferir, também é possível orientá-los a conhecer as chamadas “profissões do futuro”, que estão surgindo ou surgirão em breve.
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9. b) Espera-se que os estudantes percebam que os seres humanos têm necessidades básicas,
2. a) e 2. b) Comente que todas as alternativas apresentam possibilidades de introdução ao tema em um artigo de opinião e que, nessa parte do texto é possível perceber, por exemplo, a abordagem conferida ao tema que será desenvolvida ao longo do texto.
2. c) Leve os estudantes a perceber que o uso dessa estratégia aproxima o leitor do autor do texto.
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REALIZAÇÃO
3. Espera-se que, em um artigo de opinião, o articulista que, em tese, tem propriedade para tratar do assunto abordado, não ofereça respostas de senso comum. Se desejar, discuta com os estudantes ideias compartilhadas no senso comum sobre a conduta dos jovens. Se necessário, explique que o senso comum é definido como o conjunto de crenças e preconceitos de boa parte da sociedade, que resultam de acumulação de experiências e são repassados adiante. Lembre os estudantes de que a Psicologia é uma área que investiga os processos da mente e do comportamento humano, com base na utilização de métodos científicos e, por isso, vai além do senso comum.
4. a) Se necessário, discuta as alternativas, solicitando aos estudantes que justifiquem suas escolhas.
4. b) Se julgar necessário, peça aos estudantes que numerem, no caderno, os parágrafos do artigo para facilitar a identificação dos trechos.
4. c) Espera-se que os estudantes percebam que apresentar dados da realidade e discuti-los contribui para a defesa do ponto de vista.
5. Esta atividade visa contribuir para o desenvolvimento da habilidade de diferenciar fatos de opiniões, importante, por exemplo, para a identificação de fake news. Peça aos estudantes que justifiquem suas escolhas.
6. Se possível, discuta cada uma dessas afirmações com a turma, verificando se há dúvidas quanto à compreensão das conclusões. Comente que a conclusão do artigo pode ser uma síntese dos argumentos apresentados, assim como pode sugerir soluções para a questão.
3. a) Sugestão de resposta: Espera-se que o articulista responda sim à pergunta, tendo em vista que a maioria das pessoas acredita que os jovens sejam imaturos para fazer uma escolha profissional.
3. No segundo parágrafo, a tese defendida é apresentada após a proposição de uma pergunta. Releia o e responda às atividades seguintes.
a) A princípio, que resposta você imaginou que o articulista daria a essa pergunta? Por quê?
b) Que efeito de sentido a resposta do articulista gera no leitor?
4. Por ser um assunto específico de uma determinada área, o articulista recorre a algumas estratégias para que a tese defendida seja compreendida.
a) No caderno, transcreva as alternativas que identificam as estratégias empregadas. Alternativas B e C
A. Descreve o fato.
B. Apresenta exemplo da situação.
C. Discorre sobre ideias e conceitos a respeito do assunto.
D. Traz argumentos concretos sobre o que diz.
No artigo de opinião, quando se aborda um assunto pouco conhecido, específico de uma área de conhecimento, em geral, recorre-se a exemplificação e a explicações para o entendimento da tese defendida.
b) Considerando sua resposta ao item a, indique dois trechos do artigo em que essas estratégias ocorrem.
c) De que maneira o uso dessas estratégias contribui para a defesa do ponto de vista do articulista?
5. No artigo de opinião são apresentados fatos e opiniões sobre determinado assunto. No caderno, indique quais dos trechos a seguir são fatos e quais são opiniões.
Trecho 1
[...] Nas classes mais baixas, a escolha profissional pode ser feita mais pelas poucas oportunidades que aparecem do que por uma escolha pensada. [...]
Trecho 2
3. b) A resposta gera uma quebra da expectativa no leitor, uma vez que a tese defendida é contrária ao senso comum, o que instiga a curiosidade de quem lê sobre os argumentos que serão apresentados para sustentação desse ponto de vista.
[...] Acontece que mesmo amando uma profissão você pode não gostar de uns aspectos dela, da obrigação de exercê-la todos os dias ou não ser bom em todas as suas áreas. [...]
Trecho 3
4. c) Ilustra uma realidade comum, pautada na relação entre escolha profissional e descoberta da vocação, e como se deve desconstruir essa ligação, tendo em vista que, na percepção apontada no texto, vocação não existe.
Profissões nascem e morrem, elas existem para cumprir uma exigência da sociedade em um contexto histórico. [...]
Trecho 4
Entender que o encaixe perfeito entre uma profissão e uma personalidade não existe é um passo importante para fazer a escolha com menos medo de errar. [...]
6. No caderno, transcreva as alternativas que se referem à conclusão do artigo de opinião lido. Alternativas A , C e D
A. Não existe profissão perfeita.
B. Não há como errar se a escolha for feita pela vocação.
C. Há profissões que são mais adequadas para uns e menos adequadas para outros.
D. A escolha profissional deve ser feita com responsabilidade.
4. b) Sugestões de resposta: Quando menciona o exemplo do jovem atendido no consultório; quando discorre sobre vocação e o fato de que as profissões podem estar mais ou menos adequadas aos interesses, às habilidades e aos valores de uma pessoa; quando discorre sobre a existência de aspectos positivos e negativos em todas as profissões.
ARTICULAÇÃO COM ARTE
Ainda que todos apreciem e tenham contato com diferentes formas de expressão culturais e artísticas, os profissionais que atuam nessas áreas, como artesãos, produtores culturais, designers, entre outros, costumam ser pouco reconhecidos.
A fim de desconstruir eventuais estereótipos relativos a esses profissionais, diferenciar sua
atuação e auxiliar os estudantes a desenvolver suas potencialidades se optarem pela atuação nessas áreas, em parceria com o professor de Arte, trabalhando a habilidade EF69AR08, conduza um trabalho interdisciplinar em que eles conheçam diferentes categorias profissionais e as relações entre elas no sistema de artes visuais.
Organize os estudantes em grupos e oriente-os a realizar uma pesquisa sobre essas
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5. Trecho 1: fato; trecho 2: opinião; trecho 3: fato; trecho 4: opinião.
7. No artigo de opinião, foram empregados verbos no presente do indicativo. Nos itens a seguir, observe de que maneira esse tempo verbal pode atribuir diferentes sentidos às ações.
A. Tempo real: o tempo que o falante usa coincide com o tempo cronológico.
B. Tempo fictício ou metafórico: difere do tempo cronológico, podendo indicar fatos futuros.
C. Atemporal: indica uma verdade sem necessariamente marcar o tempo.
D. Atemporal: expressa uma ação duradoura, que não ocorre somente no momento da fala.
• Agora, no caderno, relacione esses sentidos do presente do indicativo aos trechos a seguir considerando as formas verbais em destaque. Trecho 1: C; trecho 2: D; trecho 3: A ; trecho 4: B
Trecho 1
[...] Não parece uma exigência excessiva para pessoas ainda imaturas? Minha resposta é simples: não. [...]
Trecho 2
[...] Eu falo “pode” porque infelizmente essa não é a realidade de todos os jovens, especialmente os brasileiros. [...]
Trecho 3
9. O fato de se tratar de um texto jornalístico, veiculado pela grande mídia, como jornais e revistas, e que, consequentemente, será lido por um público diversificado.
Eu trabalho com orientação profissional e recebo na clínica jovens angustiados por não conseguirem tomar uma decisão. [...]
Trecho 4
8. Item A : infelizmente, especialmente; item B: excessiva, imaturas; item C: ansiosas, constantemente; item D: perfeita, impossível
Profissões nascem e morrem , elas existem para cumprir uma exigência da sociedade em um contexto histórico. [...]
8. A escolha de adjetivos e de advérbios como modalizadores deixa implícita a posição do articulista. No caderno, transcreva as palavras dos trechos a seguir que foram usadas com essa finalidade.
A. [...] Eu falo “pode” porque infelizmente essa não é a realidade de todos os jovens, especialmente os brasileiros. [...]
B. [...] Não parece uma exigência excessiva para pessoas ainda imaturas? [...]
C. [...] Pessoas ansiosas sofrem por precisar escolher, duvidam de si mesmas constantemente. [...]
D. [...] Assim, encontrar uma vocação seria uma solução perfeita. Todavia, uma solução impossível.
9. Na escrita do artigo de opinião, predomina o uso do registro formal, respeitando se a normapadrão. Que fatores influenciam o uso dessa linguagem no texto?
No artigo de opinião, as informações são organizadas em uma sequência: introdução, na qual se apresenta a tese; desenvolvimento, em que os argumentos são apresentados para sustentação da tese; conclusão, em que se reitera a tese ou se sintetiza a argumentação. Predomina o uso do registro formal e de formas verbais em 1a pessoa, as quais denotam pessoalidade ao texto. Também é comum o uso de marcas de interlocução para que haja aproximação do articulista com os interlocutores.
REALIZAÇÃO
7. Oriente os estudantes a observar as formas verbais em destaque nos trechos para que avaliem os efeitos de sentido construídos em contexto.
8. Retome a ideia de que os advérbios e os adjetivos podem contribuir para evidenciar posicionamentos do falante em relação ao que é dito por ele, atuando, então, como modalizadores. Se considerar interessante, transcreva os trechos na lousa e proponha aos estudantes que identifiquem as palavras coletivamente.
9. Observe se os estudantes compreenderam que o uso da norma-padrão se justifica pelo fato de ser um texto jornalístico com o qual se pretende atingir um público leitor bem variado, buscando garantir não só a compreensão, mas também se adequar às condições de circulação e recepção que o campo exige por demandar um registro mais monitorado.
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profissões: possibilidades de ingresso na carreira; exigências e processos de formação (técnica ou superior); mercado de trabalho; possibilidades de desenvolvimento na carreira; posições econômicas e possibilidades de ganho financeiro; prognósticos de nível de qualidade de vida; rotina de trabalho etc. Se possível, sugira que procurem conversar presencial ou virtualmente com profissionais da área para colher depoimentos.
Após a investigação, organize uma roda de conversa com a turma toda para que os grupos compartilhem as descobertas e discutam as profissões investigadas como possibilidade de atuação, verificando se eles se veem atuando nessa área ou não e por quê.
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PROPOSIÇÕES
Oriente os estudantes a analisar os elementos verbais e não verbais presentes na peça de campanha, associando-os à construção de sentidos do texto.
Explique que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) definiu, em 2002, o dia 12 de julho como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Naquele ano, foi apresentado o primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho. O objetivo da OIT é sensibilizar a sociedade para a importância de garantir os direitos das crianças e adolescentes (como brincar, estudar etc.) e propor uma reflexão sobre os danos que o trabalho infantil causa no desenvolvimento desse grupo. É possível também orientar os estudantes a explorar outros materiais, de diferentes mídias e suportes (como banners impressos e digitais, camisetas, cartazes, outdoors, peças para redes sociais etc.) de edições anteriores da campanha, desde o ano de 2010. Esse material pode ser encontrado neste link : https://fnpeti.org. br/12dejunho/ (acesso em: 12 ago. 2022).
REALIZAÇÃO
1. a) Auxilie os estudantes, por meio da análise das imagens e do texto escrito em destaque, a identificar a questão social abordada na campanha.
1. b) Espera-se que compreendam que o trabalho infantil traz consequências negativas para a toda a sociedade, portanto a campanha é direcionada a todos.
1. c) O trabalho infantil, infelizmente, pode ser observado
Artigo de opinião e peça de campanha
No artigo de opinião que você leu, o articulista menciona que a possibilidade de escolha da profissão não faz parte da realidade de todos. Há muitas razões que levam uma parcela dos jovens brasileiros a ter pouca ou nenhuma opção de escolha. Uma delas está representada na peça a seguir, que faz parte de uma campanha pelo Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.
FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO. [Campanha] Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. 2021. 1 cartaz. Disponível em: https://fnpeti.org. br/media/12dejunho/downloads/04_ BNR_15x10.pdf. Acesso em: 29 jul. 2022.
1. As campanhas buscam alertar e educar a população sobre temas relevantes à sociedade.
a) Qual é a questão social abordada nessa peça?
b) A quem a campanha se dirige? A toda a sociedade.
1. a) A exploração do trabalho infantil, uma vez que a peça mostra uma criança nessa situação, em vez de estar na escola.
c) Você já viu em sua cidade alguma cena parecida com a que envolve a criança retratada à direita da imagem da campanha? Resposta pessoal.
em várias cidades brasileiras. Incentive os estudantes a compartilhar as situações que eventualmente presenciaram ou de que ficaram sabendo pela mídia, expressando-se de maneira a respeitar os princípios dos Direitos Humanos e os direitos da criança e do adolescente.
2. a) Auxilie-os a compreender que os cidadãos devem exercer a cidadania, em prol da construção de uma sociedade justa e
democrática, em que os direitos das crianças sejam respeitados.
2. b) Espera-se que compreendam que a mensagem é construída a partir da associação entre os elementos verbais e não verbais.
3. a) Explique que a peça de campanha busca persuadir o interlocutor a aderir a uma causa, apelando à emoção, e não convencer por meio do uso de argumentos relativos à razão.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTILFNPETI 240 D3-232-263-POR-F2-2102-V9-M6-LA-G24_AVU.indd 240 26/08/22 18:50
2. As campanhas, além de tentarem convencer o interlocutor, buscam leválo a agir.
a) O que se espera do interlocutor dessa campanha?
b) Nessa campanha, como essas ações são sugeridas ao interlocutor?
3. Para atingir seus objetivos, a peça de campanha usa as linguagens verbal e não verbal. Releia este trecho.
2. a) Espera-se que ele realize ações de combate ao trabalho infantil, tais como: cobrar políticas públicas que favoreçam a criança na escola em tempo integral; não apoiar situações que envolvam exploração de crianças etc.
Pra que o nosso futuro não chore, a urgência é: precisamos ser melhores.
a) Nesse trecho, a linguagem verbal apela aos sentimentos e emoções ou à razão do interlocutor? Apela para os sentimentos, para as emoções do interlocutor.
b) Como o texto não verbal, isto é, a ilustração das crianças, contribui com o apelo verbal?
3. b) A ilustração das crianças em duas situações diferentes e opostas – uma na escola e outra vendendo frutas
4. No caderno, transcreva os itens que se referem ao artigo de opinião que você leu na seção Texto deste capítulo, os que se referem à peça de campanha e quais podem ser associados a ambos.
na rua – sugere que elas terão futuros diferentes e que ações precisam ser tomadas o quanto antes, reforçando o apelo feito por meio do texto verbal.
A. Busca convencer o leitor a concordar com a ideia defendida. Artigo de opinião.
B. Busca levar o leitor a concordar com uma causa. Peça de campanha.
C. Apresenta informações sobre o tema. Artigo de opinião.
D. Apresenta situações que envolvem o leitor. Ambos.
E. Busca interação com o leitor. Ambos.
F. Expressa um convite à ação. Peça de campanha.
2. b) Por meio da oposição na ilustração das crianças e do texto verbal: “Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil!”.
5. No Brasil, o trabalho infantil consiste em toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo de 16 anos. Se o trabalho é realizado na condição de aprendiz, a legislação permite que seja a partir dos 14 anos. A seguir, leia o trecho de um texto informativo, extraído do site da ONG Criança Livre de Trabalho Infantil, sobre as permissões e proibições quanto ao trabalho infantil.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Identidade visual de campanha
Organize os estudantes em grupos e proponha a eles que analisem peças de campanha pelo Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (disponível em: https://fnpeti. org.br/12dejunho/; acesso em: 12 ago. 2022).
Cada grupo deve escolher um ano da campanha e analisar os materiais disponíveis para download, procurando observar elementos que compõem a identidade visual da campanha, dando unidade às diferentes peças. Solicite que anotem o que observaram e organizem a análise em uma breve apresentação de slides
[...]
a) até 13 anos – proibição total;
b) entre 14 a 16 anos – Admite-se uma exceção: trabalho na condição de aprendiz;
c) entre 16 e 17 anos – permissão parcial. São proibidas as atividades noturnas, insalubres, perigosas e penosas [...].
O QUE É trabalho infantil? Criança Livre de Trabalho Infantil. [S. l.], [2021]. Disponível em: https://livredetrabalhoinfantil.org.br/trabalhoinfantil/oquee/. Acesso em: 4 ago. 2022.
• Agora, faça dupla com um colega e conversem sobre as perguntas a seguir.
I . Quais razões levam crianças e jovens a abandonar a escola para trabalhar?
II. Quais ações poderiam ser implementadas pelos órgãos governamentais para que crianças e jovens menores de 13 anos não abandonem a escola para trabalhar?
5. I. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes reconheçam que o abandono ocorre devido à situação de vulnerabilidade das famílias dessas crianças e desses jovens quanto a aspectos financeiros, sociais, educacionais, entre outros.
3. b) Espera-se que os estudantes percebam que a campanha apela para que o interlocutor faça algo e, assim, contribua para mudar positivamente o destino das crianças.
4. Se possível, discuta com a turma as alternativas. Leve-os a perceber que o artigo de opinião e a peça de campanha de conscientização são gêneros argumentativos que têm em comum o propósito de interagir com o leitor, apresentando a ele
Com as análises concluídas, organize com os grupos uma apresentação das campanhas dos anos analisados. Ao final, em uma roda de conversa, peça aos estudantes que indiquem os elementos e as estratégias comuns entre as campanhas de diferentes anos que eles tenham observado com base nas apresentações dos grupos.
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situações que o envolvam, podendo levá-lo a tomar uma atitude em prol delas.
5. Comente que as ações de combate ao trabalho infantil devem ser preventivas, ou seja, devem ser de apoio às famílias para saírem da situação de vulnerabilidade, assim como promover escolas mais inclusivas.
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5. II. Respostas pessoais.
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PROPOSIÇÕES
Em Por dentro da língua, os estudantes são levados a identificar as possibilidades de colocação dos pronomes oblíquos átonos, reconhecer qual delas predomina em nossa língua e usá-las adequadamente, de acordo com a situação comunicativa.
Verifique os conhecimentos prévios deles a respeito dos pronomes pessoais. Se necessário, faça uma breve revisão desse conteúdo. Relembre que os pronomes pessoais estão ligados às pessoas do discurso: quem fala (1a), com quem se fala (2a) e de quem se fala (3a). Esclareça, se necessário, que os pronomes pessoais retos são assim denominados porque funcionam como sujeitos da oração, enquanto os oblíquos atuam como complemento verbal. No entanto, na linguagem oral e na escrita informal do português brasileiro, alguns pronomes oblíquos são pouco usados no dia a dia, notadamente os de 3a pessoa (o, a, lhe).
REALIZAÇÃO
1. a) Comente que, em toda profissão, é necessário avaliar os custos e os benefícios. Reforce que alguns aspectos precisam ser levados em conta na escolha de uma profissão, por exemplo: considerar não apenas as preferências pessoais, mas também o mercado de trabalho; saber quais profissões estão saturadas e quais estão em alta; pesquisar mais sobre a profissão, mas lembrando-se de que não se deve fazer uma escolha apenas com base na oferta de empregos. Espera-se que os estudantes possam desconstruir a crença de que existe uma profissão perfeita para cada indivíduo
Colocação pronominal
1. a) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes compreendam que os custos referem-se aos aspectos desagradáveis e negativos que existem em qualquer profissão, enquanto os benefícios são aquilo que elas trazem de bom e de positivo.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, lhes, os, as) são sempre empregados com verbos e podem vir em diferentes posições: antes, depois ou no meio do verbo.
1. Releia um trecho do artigo de opinião.
[...] mesmo amando uma profissão você pode não gostar de uns aspectos dela, da obrigação de exercê-la todos os dias ou não ser bom em todas as suas áreas. […] Por isso precisamos escolher com base tanto no coração quanto na razão, buscando fazer o que gostamos, porém observando os seus custos e benefícios.
a) De acordo com o articulista, é preciso escolher uma profissão observando custos e benefícios. Como você entendeu essa afirmação? Você concorda com ela? A que aspectos ela se refere?
b) Identifique o pronome oblíquo na oração em destaque no trecho. Que posição ele ocupa em relação ao verbo?
O pronome oblíquo ocorre na forma pronominal la (a), que se encontra após o verbo exercer
c) Se a posição do pronome fosse diferente, o sentido mudaria?
2. A seguir, leia a tirinha de Digo Freitas
1. c) Espera-se que os estudantes infiram que a posição do pronome oblíquo não muda os sentidos das orações.
FREITAS, Digo. [Falta tempo]. Diário de ideias gráficas (quase) originais. [S. l.], 26 fev. 2022. Disponível em: https://digofreitas.com/hq/ faltatempo/. Acesso em: 21 ago. 2022. ©
e, assim, se sintam mais livres e confiantes ao escolher uma profissão. Possibilite a todos expor seus pontos de vista de forma sustentada e com respeito aos demais colegas. Comente que esses aspectos não se referem apenas a questões financeiras.
1. b) e 1. c) Se necessário, explique aos estudantes que os pronomes oblíquos são aqueles que desempenham a função sintática de complemento.
2. A análise da tirinha tem como objetivo possibilitar aos estudantes refletir sobre a escolha profissional, compreendendo que, ainda que exercer uma determinada profissão propicie prazer e satisfação ao trabalhador, haverá momentos em que se destacarão seus aspectos negativos e desagradáveis.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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2. c) Espera-se que os estudantes reconheçam que confirma, pois a tirinha mostra as dificuldades enfrentadas pelo cartunista que, mesmo sendo um artista criativo, inspirado, talentoso, também têm problemas para realizar a empreitada diária pela qual é responsável.
a) Quem é o interlocutor do cartunista e o que ele representa?
b) Com que finalidade o cartunista pode ter abordado o tema de não conseguir criar uma tirinha para ser publicada?
2. a) O interlocutor é o relógio, que representa o tempo necessário para cumprir seus compromissos como profissional.
c) Comparando o tema da tirinha e o assunto abordado no artigo de opinião, a tirinha confirma ou contradiz o que é mencionado no trecho da atividade 1? Justifique sua resposta.
3. No segundo quadrinho, o personagem pensa sobre o problema tentando controlar a ansiedade.
2. b) Para mostrar ao leitor a dificuldade da profissão de cartunista em criar tirinhas diariamente, uma vez que a atividade requer criatividade e inspiração.
a) Dois advérbios evidenciam a posição do personagem a respeito desse assunto: realmente e só. Qual desses advérbios é usado para minimizar o que o personagem está pensando? Que efeito de sentido seu uso produz?
O advérbio só tem o efeito de diminuir a importância do que ele precisa fazer a fim de reduzir a tensão que está sentindo.
b) No balão de pensamento, há o emprego de um pronome pessoal oblíquo. Qual é esse pronome? O pronome me.
c) A posição do pronome que você identificou no item b é a mesma observada no item a da atividade 2? Explique.
Espera-se que os estudantes reconheçam que não, porque, no caso da tirinha, o pronome oblíquo me encontra-se entre dois verbos, isto é, no meio de uma locução verbal.
Nas atividades que você realizou anteriormente, os pronomes oblíquos foram empregados em diferentes posições. As regras que definem esse posicionamento correspondem à colocação pronominal
Colocação pronominal é o nome dado à inserção de pronomes pessoais oblíquos átonos junto às formas verbais.
Colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos
Próclise
É a colocação do pronome antes da forma verbal, sendo a posição mais comum na língua portuguesa falada no Brasil. Seu uso é obrigatório em alguns casos e opcional em outros. A próclise é obrigatória nos seguintes casos.
1. Em oração que tenha palavra ou expressão com valor negativo. Exemplo: É essencial que a escolha da profissão não se limite apenas à questão vocacional.
2. Em oração com advérbio, sem indicação de vírgula como pausa. Exemplo: Os jovens sempre se preocupam com a escolha da profissão.
3. Em oração com pronome pessoal reto, relativo, indefinido ou demonstrativo. Exemplos:
• Nós nos preocupamos com as escolhas profissionais de nossos filhos. (pronome pessoal reto)
• Ele buscava uma profissão que se encaixasse perfeitamente nos seus interesses. (pronome relativo)
• Tudo se resolverá se houver um plano de ação eficaz. (pronome indefinido)
• Aquilo me emocionou muito! (pronome demonstrativo)
4. Em oração com conjunção subordinativa. Exemplo: Embora se reduzam a alguns enganos, escolhas profissionais ainda são feitas sem o preparo necessário.
2. a), 2. b) e 2. c) Espera-se que os estudantes compreendam que a tirinha mostra as dificuldades enfrentadas pelo cartunista que, mesmo sendo um artista criativo, inspirado e, certamente, talentoso, também tem problemas para realizar a empreitada diária pela qual é responsável. Dessa forma, a tirinha pode dialogar com o artigo de opinião, especialmente quanto à questão do custo-benefício.
PROPOSIÇÕES
Leia com os estudantes a definição de colocação pronominal apresentada no boxe e encaminhe o estudo das diferentes possibilidades dessa colocação por meio dos exemplos apresentados no Livro do Estudante. A língua portuguesa é falada em diferentes países e as regras de colocação pronominal são as mesmas em todos eles. Porém, o modo de falar – e, consequentemente, de escrever – é diferente em cada um. Em Portugal, por exemplo, os falantes usam com naturalidade a ênclise e a mesóclise no cotidiano. No Brasil, usa-se preferencialmente a próclise em situações comunicativas formais e informais, mesmo naquelas em que a norma-padrão determina o uso da ênclise.
3. a) Se desejar, pergunte aos estudantes que outro advérbio poderia substituir só e manter o sentido. Eles podem apontar, por exemplo, apenas, somente
3. b) Espera-se que eles identifiquem me, o pronome oblíquo da 1a pessoa do singular.
3. c) Auxilie-os a compreender que os pronomes oblíquos podem ocupar diferentes posições (antes do verbo, no meio do verbo e depois do verbo) e não interferir no sentido.
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FORMAÇÃO CONTINUADA
No excerto de artigo a seguir, a professora Izabel Cristina Mancini Araújo comenta os usos e colocações de pronomes oblíquos com base em análises de redações de estudantes do Ensino Médio e faz apontamentos a respeito do ensino da norma e de como ela deve instrumentalizar os estudantes para explorar seus usos de acordo com cada situação comunicativa.
Para usar corretamente os pronomes oblíquos, deve-se primeiramente identificar o contexto em que há um complemento do verbo e em que se pode usar um pronome, saber em que posição em relação ao verbo o pronome deve ser colocado: antes (próclise), no meio (mesóclise) ou depois (ênclise). Isso pode causar dificuldade na colocação correta, de acordo com a norma, desses pronomes, porque no português coloquial deixamos esses pronomes vazios. A gramática normativa do português não admite pronome vazio na posição de objeto do verbo, como é comum na linguagem coloquial.
As regras, de colocação pronominal, estabelecidas pela gramática normativa da língua portuguesa, em grande parte, têm como base o Português Europeu. Por causa de diferenças de entonação, ritmo, sintaxe, o Português Brasileiro vem apresentando um padrão diferente e muitas regras da gramática normativa nos soam muito estranhas.
[…] ensinar gramática da língua padrão é dar oportunidade aos alunos de realizarem suas escolhas no momento de produzir um texto formal, mediante critérios bem estabelecidos. Isso é um direito do aluno e um dever do professor de língua materna, já que a língua ma-
Mesóclise
É a colocação do pronome no meio da forma verbal. Ocorre com formas verbais no futuro do presente ou no futuro do pretérito e é a opção, no português brasileiro formal, quando não há possibilidade de usar a próclise. Exemplos:
• Enviar- lhe -emos livros com informações sobre as mais variadas profissões. (futuro do presente)
• Entregar-te -ia a tirinha se tivesse terminado. (futuro do pretérito)
Ênclise
É a colocação do pronome depois da forma verbal. Ocorre nas seguintes situações.
1. Com forma verbal em início de período. Exemplo: [...] Espera-se que adolescentes saudáveis tenham maturidade suficiente para escolher uma profissão. [...]
2. Com forma verbal precedida de pausa. Exemplo: Nas últimas décadas, acentuou-se a variedade de profissões oferecidas aos jovens.
3. Com forma verbal no imperativo afirmativo. Exemplo: Depois que terminar o questionário, chamem-nos
4. Com verbo no infinitivo impessoal. Exemplo: O maior sonho do jovem é formar-se
Colocação pronominal: alguns usos
A colocação do pronome oblíquo nas locuções verbais segue as mesmas regras dos verbos nas formas simples.
1. Quando o verbo principal da locução verbal estiver no infinitivo, pode-se usar a ênclise em relação ao verbo auxiliar ou em relação ao verbo principal. Exemplos:
• Devo- lhe explicar o que precisa fazer para resolver o problema. (ênclise depois da forma verbal auxiliar devo)
• Devo explicar-te o que precisa fazer para resolver o problema. (ênclise depois da locução verbal devo explicar)
2. Quando o verbo principal da locução verbal encontra-se no particípio, usa-se a ênclise em relação ao verbo auxiliar. Exemplo: Foi-lhe dito como precisaria se portar na entrevista de emprego. (ênclise depois da forma verbal auxiliar foi)
3. É comum o uso da próclise em relação ao verbo principal nas locuções verbais. Exemplo: Ele vai se decidir em relação à profissão no momento oportuno.
terna não só inclui formas escritas, mas também as mais variadas formas de expressões faladas como as variantes sociais e regionais.
ARAÚJO, Izabel Cristina Mancini de. Colocação pronominal: um estudo em redação de escolares do Ensino Médio. p. 4-5. Docplayer [S. l.], c2022. Disponível em: https://docplayer. com.br/4190092-Colocacao-pronominal-umestudo-em-redacao-de-escolares-do-ensinomedio.html. Acesso em: 12 ago. 2022.
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ATIVIDADES
1. Algumas inovações tecnológicas ligadas ao mundo digital estão contribuindo para a criação de novas profissões. Leia o trecho de uma entrevista que aborda esse assunto.
Metaverso e games: como universos lúdicos inspiram novas profissões
Roberta Campos, diretora de insights na Descomplica, fala sobre a pesquisa “Descomplicando o futuro das profissões”
[...]
Forbes Brasil – Quais foram as principais constatações da pesquisa do ponto de vista de tecnologia?
Roberta Campos – Alguns acreditam que podem se proteger da transformação tecnológica em carreiras que não são diretamente relacionadas à tecnologia. No entanto, a transformação tecnológica está em toda parte: na medicina, no chão de fábrica, no transporte, no marketing, na arte, na logística, nas finanças. A tecnologia não vai apenas abrir diversas frentes profissionais específicas e relacionadas ao território digital, como profissões ligadas ao metaverso, mas também revolucionar estruturalmente setores tradicionais, como a medicina, o direito ou mesmo o setor financeiro, através, por exemplo, das finanças descentralizadas e da tecnologia blockchain. [...]
FB – O elemento flexibilidade, que se tornou transversal ao perfil do profissional do futuro é algo que se desenvolve? Se ensina? Como fomentar flexibilidade? Ou ela é inerente a uma cultura e tem relação direta com o indivíduo?
Roberta – Flexibilidade é uma palavra ampla que pode ser pensada de diversos ângulos. Uma primeira chave de leitura para pensar flexibilidade no trabalho é o nomadismo digital ou o trabalho remoto. No Brasil, essa ainda é uma realidade mais restrita a certas áreas ou classes, mas ainda assim vem ampliando sua presença. Mas flexibilidade tem um outro lado talvez mais interessante. Com a perspectiva de carreiras alongadas por uma longevidade maior do indivíduo médio, o profissional do futuro viverá potencialmente muitas profissões em uma única vida. Soma-se a isso o fato de que com a transformação digital, já se sabe que grande parte das profissões que existem hoje se modificarão ou se tornarão obsoletas, dando lugar a novas configurações profissionais. Por essa razão, o profissional deve concentrar sua atenção na composição de um conjunto, uma combinação de competências que vão se relacionando com territórios profissionais específicos. Não se trata mais de ter uma mesma profissão para toda a vida, mas da construção de uma constelação – evolutiva e dinâmica – de competências que vão sendo acionadas diante das oportunidades e das novas configurações do mundo do trabalho. [...]
CAMPOS,
PROPOSIÇÕES
Em Atividades, o trabalho com a entrevista possibilita ampliar a perspectiva dos estudantes sobre o mercado de trabalho, a partir da análise de mudanças provocadas pelos avanços tecnológicos. Espera-se que os estudantes compreendam que devem estar preparados para se adaptar às transformações relativas ao mundo digital.
REALIZAÇÃO
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1. Faça a leitura do título da entrevista e pergunte aos estudantes se sabem o que é o metaverso. Considere diferentes respostas da turma (a seguir, estão as definições de algumas palavras e expressões que os estudantes podem desconhecer – metaverso: mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais; blockchain: registro digital descentralizado de dados e transações; nomadismo digital : estilo de vida em que um profissional utiliza a tecnologia para executar suas atividades sem ter um lugar fixo para trabalhar; obsoletas: ultrapassadas, antiquadas). Em seguida, incentive-os a imaginar de que maneira novas profissões surgem na sociedade. Proponha uma leitura da entrevista em voz alta e compartilhada. Se possível, solicite por dois voluntários, um que um faça o papel do entrevistador e outro, da entrevistada, Roberta Ramos, diretora da empresa. Ao longo da leitura, sugere-se que eles anotem informações e trechos que considerem interessantes e comentem com os colegas.
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Roberta. Metaverso e games: como universos lúdicos inspiram novas profissões. [Entrevista concedida a] Luiz Gustavo Pacete. Forbes Brasil, [s. l.], 31 maio 2022. Disponível em: https://forbes.com.br/forbestech/2022/05/ metaversoegamescomouniversosludicosinspiramnovasprofissoes/. Acesso em: 20 jul. 2022.
REALIZAÇÃO
1. a) Se possível, acesse com os estudantes o site indicado na referência do texto e navegue pelas editorias da revista, passando pelos títulos dos artigos, para que eles conheçam os temas nela abordados.
1. b) Se desejar, pergunte o que entendem por flexibilidade. Considere diferentes respostas e explique que é a capacidade de ser flexível, de se adaptar às circunstâncias e de atuar em diversas áreas e campos de estudo e trabalho.
2. a) Comente que há inúmeras profissões surgindo a todo momento. Portanto, saber que há outras possibilidades de escolha pode ajudar o jovem a optar por uma delas.
2. b) Incentive os estudantes a expor seus conhecimentos, pontos de vista e opiniões com base em argumentos consistentes. Se possível, convide um profissional dessas áreas para conversar com a turma virtual ou presencialmente.
3. Se necessário, recupere as características das formas de composição do gênero entrevista. Espera-se que os estudantes percebam que o entrevistado deve ter conhecimento do assunto abordado.
4. a) Solicite aos estudantes que identifiquem o pronome oblíquo do trecho. Espera-se que eles identifiquem o pronome oblíquo átono se
4. b) Explique que é possível utilizar próclise ( podem se proteger) e ênclise (podem proteger-se).
5. a) Se possível, anote na lousa as perguntas: O elemento
1. a) Para mostrar-se atualizada, divulgando resultados de uma pesquisa que traz novas possibilidades profissionais ligadas à área da tecnologia e do ambiente digital e, com isso, atrair o olhar de empresas do ramo, despertando o interesse delas em publicar anúncios na revista.
a) A revista na qual a entrevista foi publicada é dirigida a um público ligado às áreas da economia e da tecnologia. Com que interesse esse veículo pode ter feito essa publicação considerando que a venda de anúncios é fundamental para que continue existindo?
1. b) Segundo a revista e a entrevistada, esse é um elemento indispensável ao profissional atual e mais ainda do futuro, em razão da necessidade de se adaptar às mudanças
b) O tema da entrevista é a criação de novas profissões devido a demandas da tecnologia e do mundo digital, mas uma das perguntas refere-se à flexibilidade. Por que esse tema é abordado pelo entrevistador?
inerentes às transformações que vão surgindo, às novas formas de trabalho, como trabalho remoto e nomadismo digital.
2. A entrevista aborda o mundo do trabalho e das novas profissões.
4. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que sim porque, nas locuções verbais, o pronome oblíquo pode vir entre as formas verbais, ou seja, depois do verbo auxiliar, como nesse exemplo.
a) Em sua opinião, essas informações são úteis a um jovem que está escolhendo uma profissão? Justifique. Resposta pessoal.
b) Você conhece algum profissional da área digital ou de tecnologia? Como ele atua? Você considera importante o que ele desenvolve? Respostas pessoais.
3. A entrevistada, Roberta Campos, é diretora de insights em uma empresa de tecnologia. Que características dessa profissional dão credibilidade às suas respostas?
Além de exercer um cargo que exige domínio profissional, a entrevistada apresenta conhecimento sobre o que discorre, pois fala com propriedade de aspectos ligados ao mundo
4. No trecho da entrevista, os pronomes pessoais oblíquos aparecem em diversos enunciados. Releia este período.
digital, como nomadismo digital, tecnologia blockchain, metaverso, demonstrando ter grande experiência no assunto tratado.
[...] Alguns acreditam que podem se proteger da transformação tecnológica em carreiras que não são diretamente relacionadas à tecnologia. [...]
5. b) É o caso do pronome empregado na oração Se ensina?. De acordo com a norma-padrão, não se deve iniciar períodos com pronomes oblíquos.
a) Nesse trecho, a colocação do pronome oblíquo está de acordo com a norma-padrão?
b) Há alguma outra possibilidade de se colocar o pronome oblíquo nesse caso? Qual seria?
Sim. Uma opção é podem proteger-se, também aceita pela norma-padrão.
5. Releia a segunda pergunta feita pelo entrevistador e observe a ocorrência de três pronomes oblíquos.
5. a) Predomina o uso da próclise, porque o pronome oblíquo encontra-se, em todos os casos, empregado antes do verbo.
a) Nesse trecho, predomina o uso da ênclise, da próclise ou da mesóclise? Justifique.
b) Um desses casos não está empregado de acordo com a norma-padrão. Qual é ele? Por que esse uso não obedece à norma?
c) Com base nesse emprego, pode-se afirmar que o entrevistador não conhece as regras de colocação pronominal?
6. Releia o trecho a seguir.
Espera-se que os estudantes infiram que esse uso não indica que o entrevistador desconheça a norma-padrão, mas sim que também tem opção de usar outras formas em seu texto sem que isso prejudique a compreensão.
[...] Soma-se a isso o fato de que com a transformação digital, já se sabe que grande parte das profissões que existem hoje se modificarão ou se tornarão obsoletas, dando lugar a novas configurações profissionais. [...]
• Nesse trecho, qual é a colocação do pronome oblíquo nas ocorrências em destaque?
Na primeira ocorrência, ocorre ênclise (soma-se); na segunda, terceira e quarta ocorrências, ocorre a próclise (respectivamente se sabe, se modificarão, se tornarão). 246
flexibilidade, que se tornou transversal ao perfil do profissional do futuro é algo que se desenvolve? Se ensina? Como fomentar flexibilidade? Ou ela é inerente a uma cultura e tem relação direta com o indivíduo?. Peça aos estudantes que identifiquem os pronomes oblíquos se, coloque-os em destaque. Auxilie a turma a perceber que os pronomes estão posicionados antes do verbo.
5. b) Explique que, segundo a norma-padrão, orações não podem ser iniciadas com pronome oblíquo. Explique que em registros orais e/ou informais, no entanto, esse uso não é inadequado. Além disso, comente que a oração em questão dá continuidade ao que se introduz após o conectivo que; nesse sentido, a colocação também pode ser considerada correta.
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E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
Parônimo
Na língua portuguesa, há palavras que se assemelham na pronúncia e/ou na escrita. É essencial saber diferenciá-las para evitar deslizes que podem dificultar o entendimento ou alterar o sentido do que se deseja expressar.
1. Releia dois trechos do artigo de opinião.
Trecho 1
1. No trecho 1. O articulista utiliza o pronome eu e formas verbais conjugadas na 1a pessoa do singular (trabalho e recebo).
Eu trabalho com orientação profissional e recebo na clínica jovens angustiados por não conseguirem tomar uma decisão. Neste artigo, quero explicar como um pensamento inadequado em específico pode dificultar a escolha, especialmente quando a ansiedade aparece. [...]
Trecho 2
3. É defendido que não existe o encaixe perfeito entre uma profissão e uma personalidade, desfazendo, portanto, a ideia de vocação.
Entender que o encaixe perfeito entre uma profissão e uma personalidade não existe é um passo importante para fazer a escolha com menos medo de errar. Como explicado anteriormente, o que existe são profissões mais ou menos adequadas aos nossos interesses [...].
• Em qual dos trechos o articulista expõe os motivos de abordar esse tema no artigo de opinião? Justifique sua resposta com elementos do trecho.
2. No trecho 1, a escolha citada pelo articulista é algo eminente ou iminente na vida desse jovem?
Espera-se que os estudantes respondam que a palavra adequada é iminente, porque significa “algo que está prestes a ocorrer”.
3. O trecho 2 faz parte da conclusão do artigo. O que é defendido na conclusão?
4. O que é informado na conclusão ratifica ou retifica o que foi defendido pelo articulista ao longo do texto?
Espera-se que os estudantes optem por ratifica, pois a conclusão confirma a tese defendida desde o início do artigo.
As palavras citadas nas atividades 2 e 4 são semelhantes na escrita, mas têm sentidos diferentes, o que pode gerar dúvidas. Palavras com essas características são chamadas de parônimas
Parônimos são palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos.
Exemplos:
• A escolha da profissão, às vezes, inflige grandes ansiedades nos jovens. (impõe, causa)
• Mesmo em situações difíceis, o cidadão não deve infringir as leis. (violar, desrespeitar)
Para saber qual palavra utilizar, é preciso conhecer os significados de ambas e adequá-las ao contexto. A seguir, leia mais alguns exemplos.
• comprimento (extensão); cumprimento (saudação);
• despensa (armário); dispensa (desobrigação, licença);
• emergir (aflorar, vir à tona); imergir (mergulhar, afundar);
• emigrante (que sai de sua pátria); imigrante (que passa a morar em outro país);
• incipiente (iniciante, principiante); insipiente (ignorante).
5. c) Espera-se que os estudantes percebam que o falante deve dominar os usos recomendados pela norma-padrão, mas deve ser flexível e selecionar a colocação pronominal que esteja de acordo com a situação comunicativa.
6. Se necessário, retome que, na próclise, o pronome aparece antes do verbo; e na ênclise, depois do verbo.
PROPOSIÇÕES
Em Linguagem e sentidos, o assunto em foco é o estudo dos parônimos, palavras com grafia semelhante e significado diferente. Comente que o campo da gramática que estuda a significação das palavras e expressões da língua é a semântica. Explique que saber o significado das palavras é apenas uma das intenções de se estudar os parônimos. O léxico é estudado como um elemento de composição do texto, criando e sinalizando possibilidades de construção de efeitos de sentido em uma abordagem textual-discursiva.
REALIZAÇÃO
Linguagem e sentidos
1. Espera-se que os estudantes compreendam que a experiência profissional na área qualifica o psicólogo a falar do tema.
2. Peça que busquem em dicionários e expliquem o significado de eminente (aquele que ocupa ou está em posição elevada, ou que supera os demais).
3. Espera-se que percebam que há uma tentativa de descontruir a ideia de que há uma profissão perfeita para cada indivíduo.
4. Peça que busquem em dicionários e que expliquem o significado de retificar (corrigir erros, alinhar, arrumar).
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REALIZAÇÃO
Atividades
1. a) No trabalho com o cartum, mais uma vez, aborda-se o tema do trabalho infantil, que dialoga com o TCT Trabalho Se desejar, proponha aos estudantes retomar, oralmente, as características do gênero cartum.
1. b) Certifique-se de que eles compreendam a ambiguidade na fala do homem.
2. Se necessário, ac rescente que, em ambos os textos, há a intenção de chamar a atenção da sociedade para a questão, a fim de que fique alerta e cobre a formulação de políticas públicas, programas e medidas de prevenção e erradicação do trabalho infantil.
3. a) Peça aos estudantes que busquem em dicionários e expliquem o significado de atuar (praticar uma ação).
3. b) Peça que busquem em dicionários e expliquem o significado de esbaforidas (ofegantes, que têm dificuldade para respirar, que estão apressadas).
3. c) Peça que busquem em dicionários e expliquem o significado de fragrante (cheiroso, perfumado).
4. Solicite aos estudantes que levem dicionários para a sala de aula no dia desta atividade (ou providencie na biblioteca da escola). Apresente-lhes a lista de parônimos a seguir e proponha que pesquisem o significado de cada palavra.
• Aprender: instruir-se, adquirir conhecimento; Apreender: assimilar, compreender.
• Comprimento: extensão; Cumprimento: saudação, ato de cumprir.
• Conjectura: suposição, hipótese; Conjuntura: situação, circunstância.
• Costear: navegar pela costa; Custear: pagar custos.
• Descrição: ato de descrever, expor; Discrição: reserva; qualidade de discreto.
ATIVIDADES
1. a) Para chamar a atenção para o problema, por meio do humor, e fazer uma crítica aos governantes, empresários, políticos e à sociedade em geral que, mesmo sabendo que há ainda crianças que trabalham, não tomam uma providência mais drástica para resolver o problema de maneira definitiva.
1. A seguir, leia o cartum, que aborda o tema do trabalho infantil.
1. b) O homem responde dessa maneira porque se surpreende com a resposta do menino à pergunta inicial; já o menino interpreta que ele não havia escutado ou estava duvidando do que ele havia respondido.
2. Espera-se que os estudantes concluam que sim. O cartum e a peça de campanha têm o objetivo de sensibilizar e mobilizar as instituições e a sociedade civil a fim de promover discussões sobre trabalho infantil e firmar compromissos para garantir o cumprimento das políticas adotadas em defesa das crianças e dos adolescentes no país.
© nani
a) Com que finalidade esse tema foi abordado?
b) O efeito de humor é construído com a frase Você tá brincando!, expressa pela personagem adulta, devido à ambiguidade em sua interpretação. Com que intenção o homem diz essa frase? E como o menino a entende?
2. Compare o tema do cartum com o tema da peça de campanha apresentada na seção Textos em diálogo. Embora sejam textos diferentes, pode se afirmar que ambos têm a finalidade de expressar a mesma mensagem?
3. a) Devem autuar, isto é, lavrar um auto de infração ou processar o infrator.
3. Considerando a situação retratada no cartum, responda ao que se pede.
a) Ao comprovar a situação de desrespeito aos direitos de crianças e adolescentes, as autoridades devem autuar ou atuar o infrator?
3. b) Essas situações podem deixar as pessoas espavoridas, ou seja, apavoradas, assustadas.
b) Situações como a retratada no cartum podem deixar as pessoas esbaforidas ou espavoridas?
c) A situação do cartum quando comprovada na realidade é um flagrante ou um fragrante de desrespeito?
A situação é um flagrante de desrespeito, pois é um registro do fato no momento em que ele ocorre.
4. Reúnase em grupo com quatro colegas para um desafio: um jogo de parônimos.
• No dicionário, procurem o significado das palavras da lista entregue pelo professor. Leiam as palavras e seus significados, procurando familiarizar-se com eles.
• Ao sinal do professor, guardem a lista. Ele sorteará o significado de uma das palavras da lista dada aos grupos. Quando ele terminar a leitura, escrevam em um pedaço de papel qual é a palavra.
• Identifiquem o grupo no pedaço de papel e entreguem-no ao professor. Em seguida, ele revelará a resposta certa e dará sequência ao jogo.
4. Leia orientações no Manual do Professor.
• Desmistificar: desfazer um engano, uma ilusão; Desmitificar: desfazer um mito.
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• Despensa: armário ou lugar para guardar mantimentos; Dispensa: isenção, licença.
• Destratar: insultar; Distratar: desfazer trato, anular, rescindir.
• Discente: que aprende, relativo ao estudante; Docente: que ensina, relativo ao professor.
• Emergir: aflorar, vir à tona; Imergir: mergulhar, afundar.
• Emigrar: sair da pátria; Imigrar: entrar em outro país para morar.
Acrescente ou altere o que desejar ou insira parônimos que os estudantes empregam de modo inadequado no cotidiano ou com os quais demonstram ter dificuldade. Reforce que, depois de iniciado o jogo, eles não poderão consultar a lista. Repita o procedimento até que todas as palavras tenham sido sorteadas.
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NANI. [Trabalho infantil]. Nanihumor. [S. l.], 5 jul. 2019. Disponível em: www.nanihumor.com/2019/07/trabalhoinfantil.html. Acesso em: 20 jul. 2022.
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O artigo de opinião que você leu no Capítulo 1 mostrou a importância de fazer uma escolha consciente da profissão, propondo um caminho para isso.
Agora, você vai ler a postagem em um blogue que também propõe um caminho sobre um importante e necessário assunto: educação financeira. O texto apresenta uma técnica de organização do orçamento familiar e pessoal como uma alternativa que pode tanto ajudar a quitar dívidas quanto a realizar sonhos.
Antes da leitura, leia o título do texto e a tabela que o acompanha e estabeleça hipóteses: Você sabe o que é um orçamento familiar? Alguma vez precisou fazer um planejamento financeiro para comprar algo? O que você imagina sobre essa técnica ABCD? Compartilhe suas hipóteses com os colegas e ouça as deles com atenção, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
TEXTO
Agora, leia o texto com atenção para compreender essa técnica e depois experimente aplicá-la em sua vida.
Orçamento familiar: como usar a técnica
ABCD para organizar as finanças
Larissa Reis 03/08/2021
[...]
Como você cuida do seu orçamento? Sim, estamos falando da sua relação com o dinheiro e, talvez, de toda a sua família. Afinal de contas, planejamento financeiro não é coisa só para empresas, não.
Fazer o orçamento familiar ajuda a dar uma noção melhor do quanto ganhamos e gastamos. Isso faz com que seja mais fácil evitar ou quitar dívidas, assim como investir na realização dos nossos sonhos.
Conversa bonita, né? Mas não vamos negar que cuidar do orçamento pode ser um desafio porque, ao menos no começo, você pode achar a tarefa chata. Pensando nisso, queremos apresentar a técnica ABCD para te ajudar. Só vem!
PROPOSIÇÕES
O texto do Capítulo 2 é uma postagem em blogue, que aborda o tema da organização do orçamento familiar, relacionado aos TCTs Educação para o consumo e
Educação financeira. Por meio da leitura do texto, espera-se contribuir para que os estudantes exercitem a capacidade de administrar o dinheiro e consumir de maneira consciente, habilidades importantes para atuar na sociedade e desenvolver-se como cidadão.
Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
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EXPLORANDO O TEXTO
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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PRODUÇÃO ORAL
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Antes de iniciar a leitura do texto, chame a atenção dos estudantes para o título da postagem em blogue e para a tabela nela inserida. Mobilize os conhecimentos prévios que os estudantes têm da organização financeira da família, por meio de questionamentos como: O que é um orçamento familiar? Vocês conversam com os pais ou pessoas que vivem com vocês sobre esse assunto? Vocês consideram que esse é um tema que deva ser estudado em sala de aula?
Esse assunto pode ser bastante sensível e delicado para parte dos estudantes, por isso conduza a leitura do texto e a realização das atividades de maneira empática, considerando diferentes realidades socioeconômicas em sala de aula.
Em seguida, proponha a leitura do texto em voz alta e compartilhada com a turma. Faça pausas estratégicas para destacar informações relevantes ou questionar os estudantes, verificando se estão compreendendo o texto.
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CAPÍTULO
POSTAGEM EM BLOGUE
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REALIZAÇÃO
Pergunte aos estudantes se sabem o que é despesa fixa e despesa variável. Se necessário, explique que as despesas fixas são gastos que não se alteram, enquanto as despesas variáveis são aquelas que sofrem variação, conforme o consumo de determinados produtos ou serviços. A partir dessa diferença, solicite aos estudantes que deem exemplos de cada tipo de despesa. Pode ser interessante também perguntar o que eles consideram como essencial e aquilo que é supérfluo.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Metas a curto prazo
Inicie perguntando se eles já desejaram realizar ou comprar algo, mas, por algum motivo, não conseguiram, e se planejaram e estabeleceram metas para alcançar esse objetivo. Explique que a proposta da atividade é como se fosse um desafio.
1. Peça a eles que se sentem em círculo e anotem em uma folha de papel uma meta financeira para alcançar no espaço de duas semanas. Pode ser uma meta do cotidiano, como: juntar dinheiro para fazer um programa especial, um corte de cabelo desejado etc.
2. Na sequência, recorte uma cartolina em retângulos de 10 cm 15 cm, no formato de uma cartela, distribua uma para cada estudante e peça que escrevam o nome deles e registrem na cartela a meta que pensaram anteriormente. Explique que tão importante quanto a meta são as atitudes necessárias para alcançá-la.
3. Recolha as cartelas preenchidas pelos estudantes e guarde-as em uma caixa.
4. No dia combinado, após duas semanas, cada estudante deverá pegar a cartela de dentro da caixa e, sentados em círculo, um de cada vez, ler sua meta e dizer se ela foi alcançada, justificando os motivos pelos quais foi
A importância do orçamento familiar
No nosso país, não temos uma cultura voltada para o orçamento doméstico. Por isso, tem gente que não sabe bem o que é ou nunca pensou em fazer. Vale a pena mudar isso.
Às vezes, sobra mês no fim do salário e podemos culpar (sem dó) a alta de preços e o baixo poder de compra do Real. Porém, precisamos saber também se nós temos alguma responsabilidade nisso.
Você sabe, de verdade, o quanto você e sua família ganham e o quanto gastam por mês? Não queremos chutes ou suposições, mas respostas certeiras.
Sem colocar cada fonte de renda e cada despesa na ponta do lápis, ou em um app moderninho de sua preferência, é bem difícil ter essa informação.
É importante fazer um orçamento para entender como o dinheiro é usado por você e sua família. Assim, fica mais fácil entender se é possível economizar em algo, seja para evitar fechar o mês no vermelho ou para pagar por algo que vocês sonham ter.
Em resumo, o orçamento ajuda a manter a saúde financeira de cada um e da família como um todo
Os desafios do orçamento familiar
Talvez, o principal desafio do orçamento familiar seja transformá-lo em um hábito e registrar todas as informações necessárias constantemente
Lembra que dissemos que é preciso ter respostas certeiras sobre receitas e despesas? Para isso, pode ser preciso que você adote uma rotina diária de anotações sobre cada gasto ou encontre uma frequência que te permita se lembrar de tudo.
Se você e sua família se sentarem para organizar o orçamento apenas uma vez por mês, é bem provável que esqueçam de registrar alguma compra ou conta paga no começo do mês.
Assim, é importante manter uma rotina diária, semanal ou quinzenal. Se mais de uma pessoa da família coloca dinheiro em casa e ajuda a pagar as contas, é importante que todas as informações sejam colhidas.
O que é a técnica ABCD para o orçamento familiar?
A gente sabe que falar dos desafios do orçamento pessoal e familiar pode desanimar, mas calma aí! Fomos realistas para que você saiba o que te espera, mas temos algo que pode facilitar as coisas.
A técnica ou método ABCD é um modelo de orçamento que simplifica a organização das despesas familiares e ajuda você a cuidar bem do seu dinheiro.
Essa sigla pode ser interpretada da seguinte maneira:
A de Alimentação – inclua todas as despesas com alimentação e suprimentos, ou seja, aquelas que são realmente necessárias;
B de Básico – aqui, você deve colocar as contas essenciais, como água, energia e aluguel;
C de Contornável – inclua nessa categoria aquilo que te leva a ter uma vida melhor e que você gostaria de manter, mas que não é essencial.
D de Desnecessário – aqui, coloque os gastos recorrentes, mas que sejam desnecessários. Ou seja, aqueles que você poderia evitar, mas está aí dando bobeira.
possível realizá-la. No caso de a meta não ter sido alcançada, peça que expliquem os passos que deveriam ter sido e/ou que ainda precisam ser tomados para atingir o objetivo proposto.
5. Depois de todos os estudantes lerem as metas e apresentarem seus comentários, discuta com eles os seguintes pontos:
• O que você aprendeu sobre suas possibilidades, potencialidades e limites?
• A meta que você estabeleceu era realmente de curto prazo? Ou é algo que demanda mais tempo para alcançar?
• O que você considera necessário para alcançar as metas financeiras ou outras estabelecidas? Esta atividade possibilita aos estudantes uma experiência de organização financeira que poderá ajudá-los a refletir sobre as possibilidades de estabelecer metas e de alcançá-las, proporcionando os primeiros passos para um planejamento financeiro.
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REALIZAÇÃO
Como usar a técnica ABCD
A primeira coisa que você precisa fazer é listar todas as suas despesas fixas e variáveis. Dá trabalho, mas é a partir daí que você vai conseguir classificar todas elas em A, B, C ou D.
Criamos um exemplo que pode servir de guia. Confira!
Categoria A Categoria B Categoria C Categoria D
Supermercado
R$ 800
Aluguel
R$ 1.200
Água, luz, gás e internet
R$ 600
Mensalidade da faculdade
R$ 750
Transporte R$ 300
Serviços de streaming
R$ 60
Assinatura sem uso
R$ 50
Fez as contas aí? Supomos que essa pessoa ou família tem renda mensal de R$ 4.500. As despesas, por sua vez, somam R$ 3.760.
Nesse exemplo, então, sobra um dinheiro todo mês. Só que se não houver controle, dívidas podem ser feitas e também fica mais difícil adquirir um bem de valor elevado.
Os gastos da categoria A e B não podem ser revistos, a menos que a família considere, por exemplo, mudar de casa e pagar um aluguel menor.
Já os gastos das categorias C e D podem ser repensados. É possível, por exemplo, alternar entre os serviços de streaming e cancelar aquela assinatura que já não faz mais sentido.
Importante! Ao analisar os gastos com o método ABCD, você vai perceber que algo que parece essencial pode não ser.
Basta pensar, por exemplo, no delivery de comida que muita gente pede aos finais de semana. É legal? É. Precisa pedir sempre ao invés de cozinhar em casa e economizar um pouco? Provavelmente, não.
Do ABCD ao Z
O orçamento ABCD é uma forma simples de começar a organizar o orçamento da família. É possível parar por aí, caso você entenda que só esse planejamento já é o suficiente para manter as contas e os planos em dia.
Por outro lado, vale saber que a técnica ABCD pode ser só o começo. Uma vez que você conseguir organizar o orçamento da família, pode se aprofundar em outros modelos, mais completos, para conquistar objetivos diferentes.
Caso queira, você pode ir do ABCD ao Z, por assim dizer Mas é importante dar ao menos uma chance a essa forma de fazer o orçamento familiar que você acabou de conhecer.
Cuidar do próprio dinheiro é necessário e confiamos que o método ABCD pode se encaixar bem em sua rotina e te ajudar com isso!
REIS, Larissa. Orçamento familiar: como usar a técnica ABCD para organizar as finanças. Pago quando puder. [S. l.], 8 ago. 2021. Blogue. Disponível em: https://pagoquandopuder.com.br/orcamentofamiliar/. Acesso em: 21 jul. 2022.
Finalizada a leitura, pergunte aos estudantes quais elementos reconheceram como característicos do gênero postagem em blogue. Espera-se que apontem as seguintes características: aborda um tema específico de interesse do leitor; há interação com o leitor; há hiperlinks no texto etc. Se possível, anote na lousa, para que possam verificar, em momento oportuno, se as hipóteses se confirmaram. Comente, ainda, que um blogue pode ser pessoal, organizacional, temático, entre outras possibilidades. Um blogue temático trata de temas específicos, por exemplo, saúde, moda, cultura, tecnologia, cinema, poesia, economia, entre outros. A produção do conteúdo dos blogues, geralmente, é realizada por profissionais da área ou por especialistas no tema.
Pergunte o que acharam da proposta de organização financeira da postagem: Consideram que é aplicável na realidade? Quais modificações fariam? Que benefícios ela poderia trazer para a rotina familiar? Incentive-os a compartilhar seus posicionamentos por meio do uso de argumentos coesos e coerentes.
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PARA ACESSAR
LIVROS – Ensino Fundamental. Estratégia Nacional de Educação Financeira. [S. l.], c2017. Disponível em: https://www.vidaedinheiro.gov.br/livros-ensinofundamental/. Acesso em: 12 ago. 2022.
Nesse site é possível acessar uma coleção de livros de Educação Financeira voltados para os nove anos do Ensino Fundamental. Explore-os e, se possível e pertinente, trabalhe algum conteúdo com a turma.
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PROPOSIÇÕES
O estudo do tema “educação financeira” pode despertar dúvidas nos estudantes, uma vez que a presença de termos técnicos específicos da área é muito recorrente. Se desejar, durante o trabalho de Conversando sobre o texto e Texto e contexto, peça que investiguem o assunto em sites especializados na internet e compartilhem com a turma as dicas e orientações que julgarem interessantes. Proponha a elaboração de um cartaz colaborativo com papéis dobrados formando uma nuvem de palavras com os termos da área e as respectivas definições.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. O tema e as informações apresentadas podem ter diferentes sentidos e importância para os estudantes. Incentive-os a compartilhar suas impressões.
2. Oriente-os a perceber que a educação financeira diz respeito a todos e pode auxiliar os jovens a desenvolver a responsabilidade com o uso do dinheiro e atingir a liberdade financeira.
3. Comente que não precisam pensar em algo grandioso, pois o intuito é apenas compartilhar qualquer experiência, relacionada a essa questão.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Espera-se que os estudantes compreendam os motivos apontados pela autora que justificam a aplicação da proposta de organização financeira, em busca de facilitar essa rotina.
2. Explique aos estudantes que Larissa Reis é graduada em
1. A técnica proposta ajuda a visualizar quanto se ganha e quanto se gasta, contribuindo para evitar dívidas e a quitá-las, além de ajudar a planejar a realização de projetos e sonhos.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
2. a) Sim, pois se trata de informações técnicas que só podem ser adquiridas por meio de estudo. Logo, não é um tema que pode ser abordado por uma pessoa leiga no assunto.
1. Que informações apresentadas na postagem você considerou mais importantes de aplicar ao orçamento familiar? Resposta pessoal.
Respostas pessoais.
2. Você acredita que educação financeira é um assunto só para adultos? Por quê?
3. Você já fez algum tipo de planejamento financeiro para comprar algo do seu interesse? Em caso positivo, relate aos colegas de turma. Resposta pessoal.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
2. b) Resposta pessoal. Provavelmente, o conhecimento da autora sobre educação financeira foi adquirido por meio de estudos sobre o assunto, e não pela sua formação em Jornalismo.
3. a) Interesse em organizar as finanças pessoais e/ou familiares, por, provavelmente, não saber ou ter dificuldade em planejar os gastos.
1. A postagem do blogue propõe uma técnica de organização das finanças pessoais e/ou familiares. Quais motivos enumerados no texto justificam o uso da técnica proposta?
2. O blogue Pago Quando Puder é temático, isto é, trata de conteúdos específicos de determinada área.
a) O conteúdo postado nesse blogue exige dos autores formação ou conhecimento aprofundado sobre o tema? Por quê?
5. Provavelmente, para desconstruir a ideia de que o planejamento financeiro é uma prática profissional, que só pode ser realizado por empresas, quando, na verdade, deve ser feito por qualquer cidadão que tenha interesse em organizar suas despesas pessoais.
b) A autora da postagem é uma jornalista. Nesse caso, você acha que o conhecimento que ela tem sobre o tema vem da sua formação? Justifique sua resposta.
3. O texto da postagem é dirigido a um leitor com interesses e características específicos.
a) Quais são esses interesses e características?
b) Na introdução, que trecho expressa a visão da autora sobre esse leitor?
A frase você pode achar a tarefa chata
4. A autora inicia o texto com a pergunta "Como você cuida do seu orçamento?" Com que objetivo ela faz essa indagação?
A pergunta busca suscitar uma reflexão no leitor a fim de prepará-lo para o conteúdo que será abordado no texto.
5. A autora afirma que o planejamento financeiro não é apenas para empresas. Por que você acha que ela faz essa afirmação?
6. Releia o trecho em que são apontados ao leitor os benefícios que ele poderá obter ao fazer o orçamento familiar.
Essa informação é um importante argumento para convencer o leitor porque fazer o orçamento familiar poderá ajudá-lo a evitar ou quitar dívidas, assim como a realizar seus sonhos.
Fazer o orçamento familiar ajuda a dar uma noção melhor do quanto ganhamos e gastamos. Isso faz com que seja mais fácil evitar ou quitar dívidas, assim como investir na realização dos nossos sonhos.
• Considerando a finalidade da postagem, qual é a importância dessa informação?
7. Releia este trecho, em que se estabelece uma interlocução com o leitor.
7. a) Essa é uma maneira de encaminhar o raciocínio a respeito do que se pretende expor e contrapor, mostrando que o delivery pedido nos fins de semana pode ser reduzido, fazendo-se as refeições em casa.
Basta pensar, por exemplo, no delivery de comida que muita gente pede aos finais de semana. É legal? É. Precisa pedir sempre ao invés de cozinhar em casa e economizar um pouco? Provavelmente, não.
a) Qual é o objetivo de fazer as perguntas e responder a elas em seguida?
b) Em sua opinião, seria produzido o mesmo efeito se, em vez de perguntas, fossem feitas afirmações? Explique.
7. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que as perguntas, ainda que sejam respondidas, levam o leitor a concordar com a ideia de que o delivery pode ser evitado, embora ele possa questioná-la. Já a afirmação, ainda que correta, sugere uma ordem, uma recomendação em que o leitor não participa.
Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e produz conteúdo para veículos de comunicação diversos e portais na internet. Comente que faz parte da formação do jornalista selecionar informações e fazer curadoria de conteúdo para a construção de um texto.
3. Comente que é desejável que todos dominem a habilidade de gerir a vida financeira,
individual e familiar, de maneira organizada e sustentável, a fim de evitar endividamento e uso indevido do crédito, por exemplo.
4. Se desejar, proponha aos estudantes que respondam à pergunta em destaque e se, no momento da leitura, se sentiram instigados a continuar lendo.
5. Auxilie-os a compreender que o termo finanças diz respeito à situação financeira
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8. Como provavelmente muitos leitores não têm conhecimento sobre o assunto, é importante trazer informações que servirão de base para a compreensão do tema central do texto, a técnica ABCD.
8. Antes de apresentar a técnica ABCD, a autora trata da importância e dos desafios de fazer o orçamento familiar. Qual é a relevância dessas informações para a compreensão do tema central da postagem?
9. Após apresentar um exemplo da técnica ABCD, a autora afirma que os gastos da categoria A e B não podem ser revistos. Para você, o que justifica essa afirmação?
argumentativa, que busca valorizar o tema abordado pela autora e justificar a pertinência da sugestão oferecida com a técnica.
10. Resposta pessoal. Como as siglas A e B referem-se a despesas com alimentação e contas fixas, é interessante que os estudantes pensem quais gastos na residência deles podem ser considerados contornáveis e desnecessários.
10. Com base no significado da sigla ABCD, escreva, no caderno, duas despesas de sua casa que se encaixam, respectivamente, nas letras C e D.
11. Após conhecer a técnica ABCD, você acredita que a aplicação dela possa ajudar o leitor a realizar sonhos? Justifique. Respostas pessoais.
A postagem em blogue é um gênero que circula no meio digital, no qual o autor escreve relatos pessoais, tutoriais ou textos informativos sobre variados temas, de acordo com seus interesses e público-alvo. A interação com os usuários é uma de suas características mais marcantes, além de ser considerado um espaço democrático, já que qualquer pessoa pode escrever, ler e opinar sobre os assuntos abordados.
9. De acordo com o exposto, as categorias A e B significam, respectivamente, alimentação e básico, ou seja, despesas imprescindíveis à sobrevivência e itens básicos de necessidade, como água e energia, dos quais não se pode abrir mão.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. Na composição de um blogue, alguns elementos estão sempre presentes e indicam seu objetivo e a área temática.
a) Que elementos são esses? Nome do blogue, tema e título da postagem.
b) Qual é a finalidade do nome do blogue?
O nome Pago Quando Puder indica o objetivo do blogue: postar textos relacionados a planejamento financeiro ou educação financeira.
2. O blogue Pago Quando Puder tem uma seção intitulada “Sobre nós”, em que há textos adicionais explicando seu objetivo e missão. Leia um trecho.
9. Espera-se que os estudantes percebam que gastos básicos são imprescindíveis e cuja inclusão no orçamento não pode ser relativizada.
10. Esta atividade propicia que os estudantes possam aplicar os conhecimentos aprendidos em sala de aula e despertar o interesse deles por temas que contribuam para o desenvolvimento da cidadania.
11. Comente que, independente de renda familiar ou pessoal, a organização financeira pode ser praticada por qualquer um, proporcionando mais responsabilidade com o uso do dinheiro e, consequentemente, mais possibilidades de realizar projetos e sonhos.
PROPOSIÇÕES
Bom humor como holofote
Falar de dinheiro já é sério o suficiente. Mas isso não quer dizer que precisamos falar sobre esse assunto de um jeito chato.
Acreditamos que, com bom humor, podemos criar conexões verdadeiras e duradouras com todo mundo que quer saber mais sobre grana.
Já ouviu aquela história de que a diversão facilita o aprendizado?
A gente acredita fielmente nisso.
SOBRE nós. Pago quando puder. [S. l.], c2021. Blogue. Disponível em: https://pagoquandopuder.com.br/ sobrenos/. Acesso em: 4 ago. 2022.
Antes de Composição e linguagem , proponha uma conversa com os estudantes em que compartilhem os blogues que acessam. Peça a eles que digam os temas de interesse, levando-os a apontar as características desse gênero.
REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
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de um indivíduo, e não só de um país, empresa ou instituição. Auxilie também a desfazer a crença equivocada de que organização financeira é relativa a grandes quantias de dinheiro.
6. Oriente-os a perceber que, no gênero postagem em blogue, pode haver sequências argumentativas. Se desejar, pergunte aos estudantes se compartilham do mesmo posicionamento da autora.
7. a) Comente que a interlocução com o leitor do texto é uma característica do gênero postagem em blogue e de outros gêneros potencialmente argumentativos.
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7. b) Incentive-os a se posicionar, concordando ou não com a estratégia da autora, e a refletir sobre os efeitos de sentido de cada uso.
8. Espera-se que os estudantes percebam que se trata também de uma estratégia
1. Se possível, acesse a postagem lida com a turma, ou blogues de interesse dos estudantes, para que observem a recorrência dos elementos.
2. Comente com a turma que os blogues são um canal importante de interação e de informação atualmente. Além de democráticos, são também muito flexíveis em sua configuração.
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REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
2. a) Oriente-os a relacionar os objetivos e a missão do blogue à postagem lida, verificando se ela está de acordo com a proposta.
2. b) Se desejar, proponha à turma uma conversa sobre os sentimentos e ideias que surgem quando falam sobre o tema e que maneiras sugerem para abordá-lo com mais leveza.
3. Se desejar, explique que, no universo digital, o leitor decide rapidamente se quer ler uma postagem ou não, e que o título é importante nessa decisão.
4. Comente que os hiperlinks direcionam o leitor para outros textos, documentos, gráficos, infográficos, animações, vídeos, entre outros, publicados no mesmo blogue ou em outras páginas, plataformas, sites, redes sociais etc., trazendo esclarecimento ou ampliação do assunto para o leitor.
5. a) Se necessário, comente que o objetivo das pessoas, em geral, costuma ser que sobre salário no fim do mês.
5. b) Espera-se que os estudantes compreendam que o tema da organização financeira individual e familiar é também de responsabilidade de cada um.
6. Retome com os estudantes os objetivos do blogue e da postagem da autora, para evidenciar a finalidade do uso do exemplo prático.
7. Auxilie-os a perceber que retomar as informações do texto e convocar o leitor a tomar uma atitude são possibilidades de conclusão em uma postagem em blogue. Pergunte se eles se sentiram motivados a utilizar o método.
8. a) Espera-se que percebam a adequação da linguagem
2. a) Contextualizar o blogue para os leitores, aproximando-os do conteúdo produzido.
2. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes concordem que abordar o tema "dinheiro" e tudo que o envolve com humor torna-o mais divertido e atraente.
a) Qual é o objetivo de apresentar os objetivos e a missão do blogue aos leitores?
b) Em sua opinião, abordar esse tema com bom humor é uma boa estratégia? Justifique.
Os blogues são um canal importante de interação e de informação atualmente. Além de democráticos, são também muito flexíveis em sua configuração.
3. O título da postagem apresenta uma informação detalhada sobre o assunto que será abordado. Considerando o objetivo da postagem, por que se optou por esse título?
Para deixar claro ao leitor tanto o conteúdo quanto a finalidade do assunto abordado na postagem.
4. Em um blogue, assim como ocorre em sites e redes sociais, pode se apresentar hiperlinks ao longo das postagens.
a) Qual dos hiperlinks presentes na postagem você acessaria durante a leitura?
Resposta pessoal.
b) Em sua opinião, qual é a importância dessa ferramenta para a leitura do blogue?
5. Releia este trecho da postagem.
Os hiperlinks direcionam para leituras de novos conteúdos, mostrando ao leitor caminhos que aprofundam o tema e trazem mais informações sobre o que está sendo lido.
Às vezes, sobra mês no fim do salário e podemos culpar (sem dó) a alta de preços e o baixo poder de compra do Real. Porém, precisamos saber também se nós temos alguma responsabilidade nisso.
a) Explique o sentido da expressão em destaque.
5. a) Essa expressão se refere à situação em que a renda da família não é suficiente para pagar as despesas até o final do mês, período em que geralmente se recebe o salário.
b) O que a jornalista busca provocar no leitor com essa afirmação?
6. Após explicar o método ABCD, a postagem apresenta um exemplo de como utilizálo na prática. Qual é a importância desse recurso para o leitor do texto?
Por sua finalidade didática,
o exemplo de aplicação auxilia o leitor a consolidar sua compreensão sobre o que foi explicado pela postagem.
7. No caderno, transcreva as alternativas que se referem à conclusão do texto.
Alternativas C e D
A. Convida o leitor a conhecer o método ABCD.
B. Resume todo o conteúdo do texto.
C. Reafirma a eficácia do método ABCD.
D. Convoca o leitor a utilizar o método ABCD.
5. b) Chamar a atenção para o fato de que, muitas vezes, essa situação não é só consequência de fatores externos, como a alta de preços ou a desvalorização da moeda, mas também da má administração do dinheiro, mostrando ao leitor a necessidade de refletir sobre isso.
8. A postagem que você leu emprega uma linguagem mais informal, de acordo com a normapadrão da língua.
8. a) A situação de comunicação da postagem, ou seja, sua finalidade e seu público-alvo.
a) O que justifica o uso da norma-padrão na postagem?
b) Identifique alguns exemplos da linguagem informal no texto e transcreva-os no caderno
c) Com que objetivo esses termos foram empregados no texto?
Alguns exemplos são: Só vem!, sem dó, chutes, na ponta do lápis, app moderninho, no vermelho, calma aí.
Além de aproximar o leitor, tornar o conteúdo leve e descontraído.
A composição da postagem em blogue pode variar de acordo com o tipo de conteúdo abordado e os objetivos do autor. A linguagem utilizada também varia e pode ser mais informal. Há recorrência de formas verbais e de pronomes na 1a pessoa, já que a interlocução é uma marca comum das postagens.
empregada, considerando os objetivos da postagem e do blogue.
8. b) Peça aos estudantes que retornem ao texto e apontem esses termos, lendo-os em voz alta. Anote-os na lousa para que todos visualizem.
8. c) Retome o propósito da postagem e os objetivos do blogue para que verifiquem a pertinência da inclusão de termos do registro informal.
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1. a) O trecho dirige-se diretamente ao leitor, não só fazendo perguntas, mas também apontando aspectos relevantes que certamente irão chamar a atenção dele.
POR DENTRO DA LÍNGUA
1. b) Porque na internet é muito fácil abandonar a leitura de um texto, já que há um grande número de blogues e sites com as mais variadas informações. Se o texto não for atrativo logo no começo, o leitor vai em busca de outro para buscar as informações que deseja.
Concordância verbal: verbo ser
Na elaboração de textos orais ou escritos, a norma-padrão determina que o verbo deve concordar com o sujeito a que se refere.
1. Releia este trecho da introdução da postagem.
2. a) É usado o destaque em negrito, cuja finalidade é destacar esse trecho dos demais, pois ele contém a informação mais importante e que vai orientar todas as demais da postagem.
Você sabe, de verdade, o quanto você e sua família ganham e o quanto gastam por mês? Não queremos chutes ou suposições, mas respostas certeiras. Sem colocar cada fonte de renda e cada despesa na ponta do lápis, ou em um app moderninho de sua preferência, é bem difícil ter essa informação.
É importante fazer um orçamento para entender como o dinheiro é usado por você e sua família. [...]
a) Que estratégia foi empregada nesse trecho para chamar a atenção do leitor?
b) Considerando que a postagem foi publicada em um blogue na internet, por que é importante atrair a atenção do leitor logo no início do texto?
2. Releia o primeiro parágrafo do trecho.
a) Que recurso gráfico-visual é usado no primeiro período e com que finalidade?
b) O trecho em destaque é composto de três orações. Quais formas verbais exercem a função de núcleo dessas orações? As formas verbais sabe, ganham e gastam
c) Por que uma das formas foi empregada no singular e as outras no plural?
3. Agora, analise esta oração.
2. c) Porque elas concordam com o sujeito ao qual se referem: sabe (você) e ganham e gastam (você e sua família).
[...] como o dinheiro é usado por você e sua família. [...]
a) Que forma verbal exerce a função de núcleo dessa oração? A locução verbal é usado
b) Que termo exerce a função de sujeito dessa oração? O termo o dinheiro
c) Por que a forma verbal é, que compõe a locução verbal, foi empregada no singular? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B.
A. A oração encontra-se na voz passiva.
B. O sujeito da oração está no singular, portanto o verbo ser da locução verbal deve concordar com ele.
C. Em todas as locuções verbais formadas na voz passiva, o verbo ser fica sempre no singular.
D. A forma verbal está ligada ao termo você, um dos elementos do agente da passiva em por você e sua família
Nas atividades anteriores, as formas verbais estabeleceram concordância com os sujeitos aos quais estão relacionadas, inclusive o verbo ser, que será estudado a seguir.
O verbo ser pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito da respectiva oração e também com o predicativo do sujeito.
REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
1. a) Observe se os estudantes percebem que uma das características do gênero é a interlocução com o leitor.
1. b) Incentive-os a compartilhar o modo como leem textos na internet, se abandonam leituras, se preferem textos curtos etc.
2. a) Auxilie os estudantes a perceber que as escolhas gráfico-visuais contribuem para a construção de efeitos de sentido em um texto.
2. b) Retome a definição de oração: unidade sintática organizada a partir de um núcleo verbal.
2. c) Retome o conceito de concordância verbal, em que o verbo estabelece uma relação de concordância com o sujeito.
3. a) Auxilie os estudantes a identificar a locução verbal que tem a função de núcleo da oração.
3. b) Oriente-os a perceber que o sujeito é o termo com o qual o verbo estabelece uma relação de concordância.
3. c) Se necessário, discuta com eles o conceito de concordância verbal.
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PROPOSIÇÕES
A concordância com o verbo ser, em foco na seção Por dentro da língua, tem algumas peculiaridades. Isso ocorre porque ele funciona sintaticamente como verbo de ligação e, dessa forma, pode concordar, em alguns casos, com o predicativo. Revise os
conceitos de predicado nominal, verbo de ligação e predicativo para que os estudantes compreendam com mais facilidade a concordância desse verbo. Então, proponha as atividades iniciais, cujo intuito é levar os estudantes a identificar a concordância do verbo ser
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PROPOSIÇÕES
Explique os casos específicos de concordância verbal do verbo ser, por meio da análise dos exemplos indicados no Livro do Estudante.
Se possível, é desejável também destacar exemplos contextualizados, retirados de manchetes de jornais ou outros textos, para analisar, oralmente, com a turma.
PARA LER
ALADINO, Valquíria da Cunha. Sintaxe de concordância nominal e verbal. São Paulo: APGIQ, 2006.
A concordância verbal é uma das principais dificuldades no uso da norma-padrão da língua portuguesa. Nesse livro, a autora discute e apresenta didaticamente os procedimentos, facultados pela língua, que, assimilados, colaboram para a clareza e a eficiência da capacidade de comunicação. Recomendado para professor e estudantes.
Exemplos:
[...] planejamento financeiro não é coisa só para empresas, não. [...]
• Para muitas famílias, o resto, no fim do mês,
são
dívidas
No primeiro exemplo, o verbo ser concorda com o núcleo do sujeito, planejamento; no segundo, concorda com o predicativo do sujeito, dívidas
Verbo ser : alguns usos
1. Se o sujeito ou o predicativo do sujeito for um nome que indique pessoa, o verbo ser deverá obrigatoriamente concordar com esse nome. Exemplos:
• As crianças são a maior riqueza de uma família. concorda com crianças (núcleo do sujeito)
• A maior riqueza de uma família são as crianças.
concorda com crianças (núcleo do predicativo do sujeito)
2. O verbo ser concorda sempre com os pronomes pessoais. Exemplo:
• Os responsáveis pelo descontrole das despesas não éramos nós; eram eles.
concordam com os pronomes nós e eles
3. O verbo ser concorda com o numeral nas indicações de hora, distância e data. Exemplos:
• São duas horas de aula para aprender a técnica ABCD.
• Da minha casa até o mercado, a distância é de um quilômetro.
• Hoje são 2 de junho.
4. Na indicação de datas, se aparecer a palavra dia, o verbo ser concorda com ela. Exemplo:
• Hoje é dia 4 de abril.
5. Nas expressões indicativas de quantidade, como é muito, é pouco, é demais, é bastante, é tudo, o verbo ser é sempre empregado no singular. Exemplos:
• Alguns trocados e uma muda de roupa é tudo que preciso.
• Para muitos, R$ 10.000 por mês é pouco!
6. Se o sujeito e o predicativo forem representados por nomes de flexões diferentes, o verbo ser concordará com o que estiver no plural. Exemplos:
• O desejo dos especialistas em finanças são orçamentos familiares equilibrados.
concorda com o predicativo (orçamentos)
• Essas tabelas, essas orientações são uma solução para o equilíbrio financeiro das famílias.
concorda com o sujeito (Essas tabelas, essas orientaçõe s)
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PROPOSIÇÕES
1. a) A postagem do blogue lida na seção Texto do Capítulo 2 aborda questões ligadas ao planejamento do orçamento financeiro das famílias; já a postagem apresentada nesta atividade traz orientações para um consumo consciente.
ATIVIDADES
1. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que, embora essas postagens se complementem, a apresentada na seção Texto do Capítulo 2 é mais assertiva quanto ao planejamento do orçamento familiar. A postagem apresentada nesta atividade aborda o tema da conscientização; portanto, a leitura dessa postagem vai depender dos interesses e das necessidades do leitor.
1. Economia financeira e consumo consciente estão interligados. Leia o trecho de uma postagem de blogue da área de finanças com algumas dicas para um consumo consciente.
Passo a passo para um consumo consciente
[...]
1. Corte os supérfluos
Primeiro, tente diminuir a quantidade de roupas no seu armário ou de produtos na sua despensa. Antes de ir às compras, pergunte-se: eu preciso desse item? As coisas que eu tenho em casa já não são suficientes para suprir minha necessidade? Tenho condições de pagar?
A ideia, aqui, é controlar as aquisições por impulso. O planeta e seu saldo bancário agradecem.
2. Doe o que não quer mais
Sabe aquele casaco que não serve mais? Ou o brinquedo que seu filho deixou atirado num canto desde o ano passado? Tudo que estiver sobrando em sua residência pode fazer falta para outras famílias. Sendo assim, passe adiante. No entanto, fica o alerta: doação não é descarte. Certifique-se de que as peças estejam inteiras, ainda em bom estado de uso.
3. Prefira produtos reutilizáveis
Verifique se as embalagens descartáveis dos produtos são recicláveis. Dessa forma, o lixo que você gera pode dar origem a novos itens no futuro. Outra dica é, em vez de comprar comida em recipientes plásticos, preferir aquilo que vem em latas ou garrafas de vidro. Esses materiais podem ser reaproveitados em casa mesmo – viram vasos de plantas, porta-trecos ou o que a imaginação deixar.
CONSUMO consciente: o que é, qual é a importância e como praticar. Cresol. [S. l.], 16 maio 2022. Blogue. Disponível em: https://blog.cresol.com.br/consumoconsciente/. Acesso em: 21 jul. 2022.
a) Qual é a diferença de conteúdo entre essa postagem e a que você leu na seção Texto deste capítulo sabendo que ambos os blogues abordam questões ligadas à área financeira?
b) Em sua opinião, o leitor da postagem apresentada na seção Texto deste capítulo teria interesse em ler essa postagem sobre consumo consciente? Justifique sua resposta.
2. No trecho, são apresentadas três dicas.
2. a) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes reconheçam que são aspectos relevantes para que as pessoas pratiquem um consumo consciente no dia a dia.
a) Em sua opinião, elas são realmente importantes para um consumo consciente? Por quê?
b) Você ou sua família já seguiram algumas dessas dicas? Qual delas? Em caso negativo, por quê? Respostas pessoais.
Em Atividades , os estudantes poderão continuar exercitando o estudo da concordância do verbo ser. Se considerar pertinente, organize a turma em pequenos grupos, de modo que os estudantes possam realizar as atividades de modo colaborativo, promovendo a troca de saberes e ideias entre eles.
REALIZAÇÃO
1. A postagem em blogue trabalhada nesta atividade traz como tema o consumo sustentável, dialogando, assim, com o TCT Educação para consumo e possibilitando a promoção de uma consciência socioambiental e a adoção de atitudes responsáveis que contribuirão para a saúde de todos do planeta.
1. a) e 1. b) Espera-se que os estudantes percebam as diferentes abordagens de um mesmo gênero textual para as questões financeiras e de consumo.
2. a) Comente que, além da questão econômica, é importante refletir sobre o consumo considerando o impacto humano na degradação do planeta. Por isso, é necessário consumir com consciência, ética e responsabilidade.
2. b) Possibilite aos estudantes apresentarem suas experiências, seus pontos de vista, suas razões, explicações, exemplificações de forma livre e espontânea.
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REALIZAÇÃO
3. a) Se desejar, transcreva o período na lousa e peça aos estudantes que apontem as formas verbais presentes nele; utilize cores diferentes para destacá-las.
3. b) Auxilie-os a identificar o sujeito pela concordância estabelecida com a forma verbal da oração. Se desejar, proponha a substituição do termo as coisas por aquilo, para que verificar as alterações de concordância na oração.
4. a) Incentive os estudantes a inferir as razões para a inclusão do alerta no texto, mobilizando também seus conhecimentos de mundo sobre doação.
4. b) Auxilie os estudantes a perceber que há uma relação de concordância entre sujeito e verbo.
5. Se achar necessário, retome as explicações apresentadas no Livro do Estudante sobre alguns usos do verbo ser e observe se esse conteúdo ficou claro para os estudantes.
6. O cartum apresentado continua a reflexão sobre o consumo e o descarte, com foco em aparelhos eletrônicos na sociedade.
6. a) Se necessário, explique que obsolescência é um termo que indica a redução da vida útil de um equipamento, uma vez que surgem posteriormente modelos tecnologicamente superiores.
6. b) É possível que os estudantes digam que não conhecem essa expressão; então, aproveite a oportunidade para explicar o significado dela. Incentive-os a comentar casos de pessoas conhecidas, sem identificá-las, que se comportem de forma semelhante, isto é, descartam objetos, roupas, celulares etc. para comprar outros mais novos.
3. Na primeira dica, há um período em destaque. Releia o.
a) Por quantas orações esse período é formado? O período é formado por três orações.
b) Que termo exerce a função de sujeito da forma verbal são? Em que posição esse termo se encontra? Por que essa forma verbal foi empregada no plural?
4. Releia este período da segunda dica.
No entanto, fica o alerta: doação não é descarte. [...]
3. b) O termo que exerce a função de sujeito é as coisas, que se encontra na oração antecedente. A forma verbal está no plural porque concorda com o sujeito as coisas, que se encontra no plural.
a) Em sua opinião, quais razões podem ter levado à inclusão desse alerta?
b) Na oração "doação não é descarte", o que justifica o emprego do verbo ser no singular?
5. Releia o período a seguir.
4. a) Provavelmente o fato de algumas pessoas não terem o cuidado de verificar se as peças doadas estão em condições de uso, limpas e sem avarias.
Verifique se as embalagens descartáveis dos produtos são recicláveis. [...]
4. b) Ele foi empregado no singular porque concorda com o sujeito da oração: doação
• Explique a concordância da forma verbal são nesse trecho.
A forma verbal são concorda com o predicativo do sujeito, recicláveis
6. A seguir, leia o cartum, que aborda um comportamento relacionado ao consumismo.
Obsolescência programada
6. a) Porque a personagem do cartum, retratada como consumista, não fica muito tempo com o aparelho celular que compra, descartando-o no momento em que outro aparelho desperta sua atenção.
SANTOS, Arionauro da Silva. [Obsolescência programada]. Arionauro Cartuns [S. l.], 26 nov. 2018. Disponível em: www. arionaurocartuns. com.br/2018/11/ chargeobsolescenciaprogramada.html. Acesso em: 22 jul. 2022.
a) Por que o título do cartum é Obsolescência programada?
b) Você já tinha ouvido essa expressão? Conhece alguém que se comporte de forma semelhante à personagem do cartum? Respostas pessoais.
7. O tema do cartum está relacionado ao consumismo.
a) Com que finalidade esse tema pode ter sido abordado no cartum?
b) Que elementos dão o tom humorístico ao cartum?
7. a) Para criticar as pessoas que não pensam nas consequências que o consumo desenfreado pode trazer não só para suas finanças pessoais e/ou familiares, mas também para o meio ambiente.
7. b) A imagem dos celulares que já foram descartados dentro do lixo, e a fala de um deles referindo-se à cena da personagem com um novo aparelho.
7. Espera-se que percebam a crítica proposta no cartum, bem como seu efeito de humor, com base na análise dos elementos verbais e não verbais.
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8. Releia este período retirado do cartum.
[...] Basta aparecer um novo celular, que somos descartados!
8. a) Com o pronome pessoal nós
a) Com que termo a forma verbal somos estabelece concordância?
b) Esse termo encontra-se na oração? Como é possível identificá-lo?
REALIZAÇÃO
8. b) O termo está subentendido. É possível identificá-lo pela desinência verbal de 1a pessoa do plural (nós) e pelo contexto.
9. Agora, leia os títulos de alguns textos jornalísticos e de postagens em blogues.
TÍTULO 1
Desemprego ainda é a principal causa da inadimplência do consumidor
DESEMPREGO ainda é a principal causa da inadimplência do consumidor. Sindilojas Rio [Rio de Janeiro], 7 abr. 2022. Blogue. Disponível em: www.sindilojas.rio/2022/04/07/desempregoaindaeaprincipalcausadainadimplenciadoconsumidor/. Acesso em: 22 jul. 2022.
TÍTULO 2
Percentuais de endividados e inadimplentes são os maiores em 12 anos
ABDALA, Vitor. Percentuais de endividados e inadimplentes são os maiores em 12 anos. Agência Brasil, [s. l.], 2 maio 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/ noticia/202205/percentuaisdeendividadoseinadimplentessaoosmaioresem12anos. Acesso em: 22 jul. 2022.
TÍTULO 3
12 anos
TAXA de endividados e inadimplentes é a maior em 12 anos. Poder 360, [s. l.], 2 maio 2022. Disponível em: www.poder360.com.br/economia/taxadeendividadoseinadimplenteseamaiorem12anos/. Acesso em: 22 jul. 2022.
TÍTULO 4
ORTIZ, Elaine. ”Investir não é aposta e é coisa de jovem, sim”, diz Kid Investor. E-investidor, [s. l.], 11 out. 2021. Disponível em: https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/ investirkidinvestidorcoisadejovem. Acesso em: 22 jul. 2022.
9. a) Predomina a concordância do verbo com o sujeito.
a) Nesses títulos, que tipo de concordância do verbo ser é predominante?
8. Auxilie os estudantes a identificar o pronome pessoal reto nós, que não aparece na oração. Espera-se que compreendam que, ainda que o sujeito não esteja expresso explicitamente, é possível inferir, pela terminação verbal e pelo contexto, o pronome nós
9. Nesta atividade, o tema das manchetes jornalísticas e postagens em blogues se relacionam com os temas “trabalho” e “educação financeira”, presentes neste módulo.
9. a), 9. b) e 9. c) Auxilie-os a perceber que, na maioria das orações, há a concordância do verbo com o sujeito. Reforce que, segundo a norma-padrão, deve haver uma relação de concordância entre sujeito e verbo. Em muitos casos, é preciso também observar o núcleo do sujeito.
9. c) Espera-se que os estudantes infiram que sim, pois a concordância é feita com o núcleo do sujeito taxa, que se encontra no singular.
b) Um dos títulos tem como sujeito um verbo. Que título é esse? A qual substantivo esse verbo se refere?
c) Com base no título 3, pode-se afirmar que a concordância está de acordo com a norma-padrão? Explique.
9. b) É o título 4: “Investir não é aposta, e é coisa de jovem, sim,” diz Kid Investor; o sujeito das duas primeiras orações é investir, que corresponde ao substantivo investimento
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PROPOSIÇÕES
A atividade proposta na seção Produção oral visa reforçar a importância do TCT Trabalho, que, ao integrar vários conceitos, possibilita aos estudantes o contato com questões importantes para a atuação na sociedade como cidadãos éticos e responsáveis. Possibilita, também, a valorização de conhecimentos e experiências para compreender o mundo do trabalho, de modo a fazer escolhas alinhadas com o Projeto de Vida. Assim, espera-se contribuir para a reflexão e o delineamento dos anseios dos estudantes, auxiliando-os no planejamento de ações para o futuro.
Além disso, esta atividade orienta-se pelas metodologias ativas, em que os estudantes são convidados a aprender de maneira colaborativa e a desenvolver um projeto de pesquisa, de maneira autônoma e crítica.
REALIZAÇÃO
Na Etapa 1: Enquete sobre profissões de Planejando o seminário, oriente o trabalho com as práticas de pesquisa construção e uso de questionários e entrevista, que são exploradas de forma articulada. Reforce que, para a confiabilidade dos resultados de pesquisa, é necessário realizar todas as etapas com seriedade; por isso, instrua-os a não interferir nas respostas dos estudantes entrevistados. Oriente-os também a tabular os dados com organização e clareza, para facilitar a realização das etapas seguintes. Após concluírem a enquete, combine com eles o dia em que deverão apresentar os resultados para o restante da turma, para que possam dar continuidade às demais etapas da atividade.
Seminário
Nesta produção, você e os colegas vão organizar um seminário com o tema "Conhecer para escolher", cujo objetivo é apresentar informações relacionadas ao processo de escolha de profissão. Reunidos em grupos, vocês vão elaborar uma enquete e, depois, uma pesquisa cujas principais informações serão inseridas em uma apresentação de slides, que será utilizada como recurso de apoio para ajudá-los a compartilhar oralmente os conhecimentos e as reflexões adquiridos sobre o tema escolhido com os demais grupos da turma.
Planejando o seminário
Etapa 1: Enquete sobre profissões
Nesta primeira etapa da atividade, caberá a um grupo de dez integrantes realizar uma enquete com os estudantes das turmas do 9o ano do Ensino Fundamental e do 1o e 2o anos do Ensino Médio. A proposta é que cada estudante do grupo entreviste, pelo menos, cinco estudantes para, ao final, levantar as dez profissões mais citadas e que serão abordadas no seminário.
1 Definam quais estudantes farão a enquete.
2 Elaborem uma folha de registro da pesquisa que cada estudante deverá usar para fazer a enquete. Nela, deverão constar: nome do estudante entrevistado, o ano em que está e duas opções de resposta.
3 Expliquem o objetivo da enquete aos entrevistados e peçam a eles que citem duas profissões pelas quais têm mais interesse e sobre as quais gostariam de ter mais informações.
4 Após concluírem a enquete, façam a tabulação das profissões citadas e selecionem as dez que foram mais mencionadas.
Etapa 2: Planejando as apresentações do seminário Nesta segunda etapa, a turma será organizada em três grupos e cada um vai planejar uma das apresentações que vão compor o seminário.
1 Os grupos deverão se organizar da seguinte forma.
Grupo A: Pesquisa sobre o processo de escolha consciente da profissão.
• Critérios que devem nortear a escolha consciente da profissão.
• O que pode acontecer quando se escolhe uma profissão por acaso.
Grupo B: Pesquisa sobre as dez profissões mais citadas na enquete realizada com estudantes de outras turmas.
• Competências necessárias para a profissão.
• Grade curricular dos cursos e conhecimentos exigidos.
• Mercado de trabalho e cotidiano da função.
Grupo C: Entrevista em vídeo com profissionais das dez profissões mais citadas.
• O dia a dia da profissão.
• Prós e contras da profissão.
2 Depois de realizada a pesquisa, os Grupos A e B devem selecionar as informações que considerarem interessantes e importantes para expor.
Na Etapa 2: Planejando as apresentações do seminário de Planejando o seminário, oriente os estudantes dos Grupos
A e B a pesquisar informações em sites confiáveis e incentive os estudantes do Grupo C , a contatar os entrevistados por meio de convite com registro formal e adequado à norma-padrão, conforme a situação comunicativa exige.
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3 Já o Grupo C deve editar as entrevistas em um único vídeo. A edição requer um trabalho cuidadoso, uma vez que a duração do vídeo com todas as entrevistas deverá ser de, no máximo, dez minutos. Para isso, sigam as próximas orientações.
• Assistam às entrevistas e selecionem os trechos mais interessantes.
• Caso alguma entrevista não acrescente informação relevante, avaliem sua retirada do vídeo.
• Usando recursos de edição, insiram os nomes dos profissionais entrevistados e a profissão que será abordada em cada parte do vídeo.
Produzindo o seminário
1 Os Grupos A e B devem preparar slides para a apresentação. Para isso, façam um esboço de cada slide no caderno, seguindo estas dicas.
• Evitem slides compostos apenas de texto: insiram imagens que complementem o conteúdo e chamem a atenção do público.
• Usem um tamanho de fonte legível, de preferência, entre 20 e 28 para o texto, e entre 32 e 46 para os títulos.
• Para facilitar a leitura, apliquem uma cor padrão para o fundo dos slides que contraste com a cor do texto.
2 O Grupo C deve fazer os ajustes necessários e finalizar a edição do vídeo com as entrevistas.
3 Todos os grupos deverão ensaiar as apresentações, que deverão consistir em abertura, introdução, desenvolvimento, conclusão e encerramento.
4 Verifiquem se os recursos de apoio estão funcionando e memorizem as falas, treinando a entonação e a pronúncia das palavras, principalmente aquelas pouco usuais ou que causam dúvidas.
5 Combinem com o professor qual será o dia e o horário do seminário e convidem os colegas das outras turmas para participar.
Realizando o seminário
1 No dia combinado, apresentem o seminário para as outras turmas, usando os slides e o vídeo como material de apoio para a exposição oral.
2 Durante as apresentações, evitem gírias ou outros termos que possam comprometer a compreensão. Fiquem atentos à postura corporal e falem sempre voltados para a plateia, olhando para todos os ouvintes. Atentem também para o tom e a intensidade da voz, que não devem ser muito altos nem muito baixos, e também para o ritmo da fala, de modo a garantir a compreensão.
3 Após a apresentação de cada grupo, reservem um momento para a plateia fazer perguntas, esclarecer dúvidas e, principalmente, opinar sobre o que ouviu. Aproveitem para verificar se conseguiram expressar o que queriam, retomar e reforçar os pontos considerados mais importantes e refletir a respeito das novas questões trazidas pelo público.
Avaliando o seminário
1 Após a realização do seminário, avaliem as apresentações de cada grupo considerando os aspectos que serão informados pelo professor.
2 Depois, em uma roda de conversa, comentem como foi participar da atividade e o que pode ser aperfeiçoado em outras apresentações como essa.
REALIZAÇÃO
Em Produzindo o seminário, se possível, instrua os Grupos A e B a compartilhar com você, com antecedência, parte do material dos slides, para que façam ajustes, se necessário.
Caso julgue pertinente, verifique se há, na turma, algum estudante que tenha conhecimentos de edição de vídeo para auxiliar os colegas na realização dessa etapa.
Em Realizando o seminário, não deixe de reservar um momento para que os estudantes possam fazer perguntas e trocar impressões. Organize a ordem das falas para garantir que todos que desejarem possam fazer perguntas e comentários, a fim de pedir esclarecimentos, propor novas reflexões, ou mesmo compartilhar alguma experiência.
Em Avaliando o seminário, convide os estudantes a uma reflexão com base nas seguintes perguntas.
• O grupo participou e se envolveu em todas as etapas?
• As informações coletadas foram consistentes e adequadas ao tema?
• A apresentação foi bem encadeada, com cada participante dando sequência ao tema?
• O material de apoio ilustrou e enriqueceu a apresentação?
• A finalização da apresentação surpreendeu a plateia?
• Os apresentadores falaram de forma clara, audível e expressiva?
• A linguagem utilizada foi adequada ao tema e à plateia? Promova um clima amistoso em sala de aula, reforçando que esta é uma importante oportunidade de aprendizado. Essa avaliação pode contribuir para que eles ampliem os conhecimentos e busquem se aprimorar a partir dos comentários dos colegas.
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Habilidades de encerramento
• EF69LP13
• EF69LP21
• EF89LP27
• EF69AR01
• EF69AR05
• EF69AR31
PROPOSIÇÕES
Em Linguagens em conexão, os estudantes são levados a refletir sobre a questão do consumo com base em obras de arte que evocam o tema.
O grafite Shop Until You Drop é um dos mais conhecidos de Banksy. Ressalte aos estudantes que ele foi pintado na lateral externa de um edifício em Londres, Inglaterra, e, por estar localizado no alto da construção, a ideia de queda livre fica ainda mais evidente. É importante considerar que, assim como outras obras do artista, esse grafite propõe reflexões complexas e profundas sobre o consumismo e a importância do consumo consciente, fazendo uma crítica ao consumo exagerado e ao desperdício, tão recorrentes nos dias de hoje.
A obra Mercado, de Eduardo Srur, segue por um caminho semelhante ao utilizar o espaço público para também propor reflexões sobre a importância da conscientização para o consumo. Em seu site oficial, o artista afirma que “As esculturas de metal espalhadas pelas ruas da maior cidade da América Latina apontam para a urgência de mudança nos hábitos de consumo que dominam o modelo de vida contemporâneo e impactam na natureza.” (disponível em: https://www.eduardosrur. com.br/intervencoes/mercado; acesso em: 9 ago. 2022).
Aproveite o encerramento deste módulo para enfatizar novamente a relação entre educação financeira, consumo consciente e preservação ambiental, comentando com os estudantes que consumir com responsabilidade e ética é importante para todos como indivíduos e como sociedade.
CONEXÃO LINGUAGENS EM
Arte e consumo
Neste módulo, você estudou um artigo de opinião, uma peça de campanha e uma postagem em blogue e pôde refletir sobre o mundo do trabalho e sobre a importância da educação financeira. Agora, vai conhecer dois trabalhos artísticos para aprofundar seus conhecimentos a respeito do consumo consciente.
O primeiro trabalho é o grafite Shop until you drop, de Banksy, um artista anônimo conhecido por realizar grafites críticos e políticos em todo o mundo, mas, principalmente, na Inglaterra. Esse trabalho, que foi feito no alto de um edifício, mostra uma mulher em queda livre com um carrinho de compras de supermercado.
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BANKSY. Shop until you drop [Compre até cair]. 2011. Grafite na lateral de um edifício. Londres, Inglaterra.
© Courtesy of Pest Control offiCe, Banksy, london, 2011.
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© Courtesy of Pest Control offiCe, Banksy, london, 2011. foto: Jim dyson/Getty imaGes
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O segundo trabalho é a intervenção artística urbana Mercado, do paulistano Eduardo Srur (1974-). Para essa obra, o artista espalhou pela cidade de São Paulo dez esculturas de carrinhos de supermercado gigantes, sugerindo reflexões sobre os hábitos de consumo da sociedade.
estudante, ressaltando a importância do compromisso que todos precisam ter com a sustentabilidade e a preservação ambiental.
1. Que relações você estabelece entre os dois trabalhos artísticos? Resposta pessoal.
2. Que reflexões as imagens desses trabalhos provocam em você? Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, o fato de as obras estarem em espaços públicos influencia seus significados? Por quê? Respostas pessoais.
4. Para você, de que maneira a educação financeira pode auxiliar na preservação ambiental? Resposta pessoal.
REALIZAÇÃO
1. Incentive os estudantes a observar atentamente as imagens. Diga a eles que é importante observar as relações além do óbvio, fazendo inferências e criando possíveis interpretações para os trabalhos. Se quiser, oriente-os a notar que ambas utilizam o carrinho de supermercado como um símbolo para o consumo e, com base
PARA
ACESSAR EDUARDO SRUR
Eduardo Srur com os “carrinhos” de supermercado. 2016. Áudio (6min12s).
Canal Rádio Trânsito FM. Disponível em: www.youtube.com/watch?
v=VY6mTWDoQqc . Acesso em: 9 ago. 2022.
3. Se quiser, proponha que relembrem conteúdos já estudados no componente Arte sobre obras em espaços públicos e convide o professor de Arte para participar da conversa. Lembre-se de que não existe uma resposta fechada e correta, mas é importante considerar que a presença dessas obras em espaços públicos das cidades possibilita que elas sejam vistas por uma quantidade muito maior de pessoas do que aquelas que são apresentadas em espaços convencionais da arte, como museus e galerias. Assim, as reflexões e críticas propostas pelos artistas conseguem atingir a sociedade de maneira muito mais massiva e intensa, o que é particularmente interessante em trabalhos como esses, que tratam de temas relevantes e urgentes para a sociedade.
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nisso, proponha que compartilhem o que interpretam.
2. Proponha uma interpretação mais aprofundada dos trabalhos, incentivando os estudantes a retomarem o que estudaram neste módulo sobre consumo consciente e a relação disso com a educação financeira. Acolha todas as respostas, pois as reflexões dependem do repertório de cada
4. Utilize esta pergunta para propor uma conclusão ao que foi estudado neste módulo. É interessante que eles percebam que a educação financeira não é relevante apenas para seus planejamentos individuais e familiares, mas também para que possam atuar de maneira consciente, ética e cidadã na sociedade. Comente que a educação financeira possibilita, entre outras coisas, um consumo consciente e a redução ou o fim do desperdício, auxiliando, assim, na preservação ambiental.
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SRUR, Eduardo. Mercado. 2016. 10 peças de metal, madeira, sal e tinta esmalte, 3,80 m × 3,70 m × 2,20 m. São Paulo (SP).
Acesse o link para ouvir uma entrevista do artista Eduardo Srur sobre a intervenção Mercado para um programa de rádio. 263
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Competências do módulo
Gerais: 1, 3, 4, 5, 7, 9, 10
Linguagens: 1, 2, 3, 4
Língua Portuguesa: 2, 3, 7 Arte: 1
Língua Inglesa: 2
Habilidades da abertura
• EF69LP13
• EF69LP15
AGIR PELA PAZ
• EF89LP27
• EF09LI18
Temas Contemporâneos
Transversais
• Trabalho
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos
INTRODUÇÃO
Neste módulo, o tema desenvolvido são os espaços de formação da cidadania, destacando se a expressão de opiniões e a necessidade de se promover a igualdade e uma cultura de paz. No eixo de leitura abordamse textos dos gêneros manifesto, grafite e entrevista, cuja temática abrange os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Educação em Direitos Humanos, Trabalho e Vida familiar e social. O eixo de análise linguística/semiótica tem como foco a regência verbal e nominal, casos de polissemia e seus efeitos de sentido. No eixo de produção textual, o trabalho enfoca a produção multimodal de uma campanha em prol da cultura de paz na escola.
OBJETIVOS
• Explorar as características dos gêneros manifesto e entrevista.
• Explorar os grafites como forma de denúncia de problemas sociais.
• Compreender o uso das regras básicas de regência verbal e nominal segundo a normapadrão.
• Identificar casos de polissemia e seus efeitos de sentido, como a ambiguidade.
• Produzir campanha pela paz na escola.
PROPOSIÇÕES
A obra Imagine Peace, da japonesa Yoko Ono, foi apresentada durante um mês, em 2022, e segue uma temática recorrente nas obras da artista: a busca pela paz entre os povos. Para o trabalho, a artista ocupou telas enormes que já existiam nesses locais e, geralmente, são utilizadas com fins publicitários. Mas, nesse mês atípico, foram interrompidas
às 20h22 para exibir a frase de Yoko Ono, em todas as noites da programação.
Comente a importância da aprendizagem da língua inglesa para a inserção e participação no mundo globalizado, ressaltando que a divulgação da mensagem de Yoko Ono, em inglês, pôde atingir muitos países que não puderam receber a obra fisicamente e em seu idioma local. A habilidade EF09LI18, por
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MÓDULO
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HENRY NICHOLLS/REUTERS/FOTOARENA
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ONO, Yoko. Imagine peace [Imagine a paz]. 2022. Instalação artística. Londres, Inglaterra.
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exemplo, pode ser explorada juntamente com o professor de Língua Inglesa, por meio da leitura da imagem e da análise dos recursos visuais escolhidos pela artista para atingir o público.
FIQUE POR DENTRO
• Manifesto
• Grafite
• Regência verbal
• Polissemia
• Entrevista
• Regência nominal
• Produção multimodal: campanha
• A arte transforma
IMAGEM EM FOCO
A imagem é parte de uma instalação artística composta de sete painéis de LED com a frase “Imagine a paz” (em português) traduzida nos idiomas locais de sete cidades diferentes: Londres, Nova York, Seul, Berlim, Los Angeles, Melbourne e Milão. Observe a imagem e depois converse com os colegas e o professor sobre as perguntas a seguir.
1. Qual é a sua impressão inicial a respeito da obra de Yoko Ono?
Resposta pessoal.
2. Em sua opinião, por que a artista espalhou esses painéis em cidades de diferentes países, traduzindo a mesma frase para o idioma oficial desses locais? Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, o que significa paz? Como você imagina a paz?
Respostas pessoais.
4. O que você acha que pode ser feito na região onde vive para que haja paz? Resposta pessoal.
REALIZAÇÃO
1. Peça aos estudantes que compartilhem brevemente suas impressões iniciais. É interessante que eles possam ter a liberdade de se expressarem tomando como base o primeiro contato com a obra e sem a preocupação de acertar, errar ou de abordar temas específicos. Caso algum estudante tenha dificuldade de compreender a
expressão em inglês, sugira que consulte a tradução na legenda.
2. É interessante comentar com os estudantes que o fato de a artista levar a mesma frase para diferentes países e em diferentes idiomas sugere o objetivo de que a frase seja lida por pessoas diversas ao redor do mundo. Comente também que a frase funciona como uma proposta a quem lê: Imagine a paz. Assim, pode-se entender a obra como um convite para que todos que a vejam imaginem como seria um mundo com uma cultura de paz estabelecida.
3. Utilize a questão para convidar os estudantes a aceitar o convite de Yoko Ono para essa reflexão. Forneça um tempo para que pensem no que entendem por paz e como imaginam que seria um mundo com uma cultura de paz plenamente difundida. É possível que alguns estudantes pensem em uma escala mundial, mas que outros pensem no contexto em que vivem. Acolha todas as respostas, enfatizando que a construção de uma cultura de paz depende também de ações individuais no dia a dia.
4. Sugira que comecem pensando no contexto escolar e de convívio na sala de aula e, depois, expandam para meios familiares e comunitários. Se achar interessante, peça que se organizem em grupos e escrevam as propostas que pensaram para, depois, compartilhá-las com a turma. Então, convide-os a pensar quais dessas propostas podem já ser colocadas em prática por eles mesmos com pequenas mudanças de atitude.
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Habilidades do Capítulo 1
TEXTO
• EF69LP27
• EF89LP19
• EF89LP27
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
• EF69LP25
• EF89LP22
• EF89LP27
EXPLORANDO O TEXTO
• EF69LP27
• EF69LP28
• EF89LP04
• EF89LP06
• EF89LP18
• EF89LP19
• EF89LP29
TEXTOS EM DIÁLOGO
• EF69LP05
• EF69LP21
• EF89LP03
POR DENTRO DA LÍNGUA
• EF69LP02
• EF69LP04
• EF69LP17
• EF69LP27
• EF69LP28
• EF69LP56
• EF89LP04
• EF89LP19
• EF09LP04
• EF09LP07
• EF09LP08
• EF09LP09
LINGUAGEM E SENTIDOS
• EF69LP03
• EF69LP05
• EF69LP27
• EF09LP04
PROPOSIÇÕES
Converse com os estudantes sobre o intuito dos manifestos, como o apresentado neste capítulo. Como o próprio nome indica, eles possibilitam que determinados grupos se manifestem de acordo com seu posicionamento. No entanto, além de expressar pontos de vista, o manifesto precisa ter uma reivindicação, geralmente coletiva. Assim, configura um gênero textual do campo de atuação da vida pública, cujo conhecimento é importante para favorecer, nos jovens, o desenvolvimento de uma postura cidadã.
Antes de iniciar a leitura do manifesto, converse acerca do termo manifesto, procurando incentivar o levantamento de hipóteses sobre o gênero textual. Solicite que levantem possíveis significados do verbo manifestar-se (tornar público, divulgar), associando esse significado ao substantivo manifesto (declaração, por vezes pública e solene).
O texto que você vai ler é um manifesto em que 100 jovens estudantes de países ao redor do mundo expressam o que pensam sobre a violência nas escolas e reivindicam ações para pôr um fim à intolerância e à discriminação.
Antes da leitura, levante algumas hipóteses: Você imagina que esse seja um problema global ou restrito a algumas localidades? A quem o manifesto pode estar direcionado? Você acha que esse problema pode ser resolvido a curto prazo? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça as deles com atenção, respeitando a vez de cada um falar. Respostas pessoais.
O Manifesto Jovem #ENDviolence
Os jovens querem pôr um fim à violência nas escolas. Aqui dizemos como. Para muitos estudantes ao redor do mundo, a escola é um lugar perigoso. Nós perguntamos aos jovens sobre suas experiências com violência na escola e em volta dela – e o que eles acham que deve ser feito para que isso acabe.
A resposta foi estarrecedora, com mais de um milhão de jovens erguendo suas vozes. A cada três jovens, dois disseram que se preocupam com a violência na escola e em volta dela. Mas eles também têm ideias sobre o que alunos, famílias, professores e governos podem fazer para tornar as escolas mais seguras.
Nós trouxemos mais de 100 jovens de todo o mundo para elaborar um manifesto da juventude pelo fim da violência nas escolas. É assim que eles querem resolver o problema:
Princípios
Diversidade e tolerância
A equidade é a base para a promoção da diversidade e tolerância nas escolas. Ela deve ser ensinada e demonstrada em casa e reforçada nas escolas. Nós devemos reconhecer que somos todos iguais. Nossas diferenças, inclusive de cultura, gênero, identidade, deficiência, orientação sexual, nacionalidade, raça, etnia, status de migração e religião, nos fazem únicos e devem ser celebradas, em vez de nos dividir. Nosso currículo, professores, sociedade, mídia e instituições como o governo possuem uma responsabilidade de promover, praticar, ensinar e garantir que as escolas sejam um espaço seguro e inclusivo para todos e todas. Eles têm a responsabilidade de remover e prevenir estigmas que nos impedem de atingir essa igualdade na sala de aula e no mundo.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Recomenda se realizar uma leitura dialogada para que os estudantes reflitam e comentem sobre o texto, relacionando o a suas experiências de vida e a outros textos, a fim de leválos a inferir relações interdiscursivas e intertextuais.
Leia em voz alta o texto introdutório e levante os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a Unicef e suas propostas e
realizações. Comente que esse manifesto faz parte da campanha #ENDviolence (que pode ser traduzida como #FIMdaviolência), realizada pela Unicef com jovens do mundo todo. Para produzilo, 100 meninos e meninas de vários países reuniramse em Joanesburgo, na África do Sul, em dezembro de 2018. O texto teve como base uma consulta realizada pelo órgão que recebeu mais de 1 milhão de respostas vindas de estudantes de mais de 160 países.
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MANIFESTO CAPÍTULO1
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Leia o manifesto e verifique se suas hipóteses são confirmadas.
TEXTO
Proteção para cada estudante
Baseado no princípio de coexistência pacífica e respeitosa, e como instituições pelas quais se pode atingir a mudança, as escolas, em colaboração com a família, seus pares e a sociedade em geral, devem cuidar, apoiar e proteger todos os estudantes – aqueles que passam por experiências de violência e aqueles que apresentam comportamento violento.
Nós nos comprometemos a Ser gentis
Nós nos comprometemos a tratar nossa comunidade com respeito e cuidado e a levantar nossas vozes quando for seguro fazer isso. A gentileza é uma responsabilidade que começa com todos nós.
Reportar a violência
Nós nos comprometemos a quebrar os tabus e a vitimização no ato de reportar a violência. Nós vamos buscar autoridades confiáveis como professores, conselheiros, representantes comunitários e outros alunos quando testemunharmos ou soubermos de atos de violência na escola e ao redor dela. Nós também nos comprometemos a criar canais de denúncia de violência liderados por jovens.
Agir
Nós nos comprometemos a começar e apoiar iniciativas que promovam a unidade, curiosidade e respeito mútuo em casa, na escola e nas nossas comunidades – inclusive on-line. Nós vamos proteger e apoiar uns aos outros. [#I’veGotYourBack] [#EstouContigo]
Demandamos que
Nos levem a sério
Nós demandamos que nossos pais, guardiões, escolas como instituições, governantes e comunidades reconheçam nossa essência de ser, nossa equidade, nosso direito de dignidade, nosso direito de existir em harmonia em ambientes livres de violência em todas as suas formas. Nós demandamos que a violência seja combatida onde quer que ela exista com a urgência requerida, sem atribuir o fardo à criança.
Se estabeleçam regras claras
Nós demandamos a proteção e prevenção de todos os níveis e formas de violência nas escolas, que deve ser regida por regulamentos e planos de ação claros, para permitir reformas e recursos para um ambiente de aprendizagem seguro para todos. [...]
Garantam nossa segurança no caminho de e para a escola
Nós demandamos segurança em nossa jornada até a escola e saindo da escola. Nós não queremos que ninguém nos faça mal de nenhuma forma. Nós também demandamos ser protegidos pela lei e que haja punição para os que a quebram. Se providenciem estabelecimentos escolares seguros Nós demandamos ambientes de aprendizagem seguros, incluindo prédios, terrenos, pátios e equipamento fixo. Nós queremos que corredores, salas de aula e banheiros com opções neutras de gênero sejam adequadamente iluminados. Nós esperamos que haja medidas de segurança como portões, câmeras e agentes de segurança devidamente treinados quando adequado. Equipe escolar e estudantes precisam ter instruções sobre o que fazer em casos de emergência.
REALIZAÇÃO
Após a leitura, trabalhe o envolvimento dos estudantes com o texto, perguntando o que acharam das propostas contidas no manifesto, se as consideram necessárias e se veem alguma possibilidade e/ou necessidade de colocá las em prática no cotidiano da escola. Incentive a expressão de questionamentos e de relatos pessoais (caso se sintam à vontade para fazê lo). Se achar conveniente, converse também acerca de casos de bullying e sobre formas de evitá los para que se construa efetivamente uma cultura de paz no ambiente escolar. Promova também a realização de inferências sobre o que não está explicitado diretamente no manifesto, como a forma com que a violência se apresenta cotidianamente, velada ou explicitamente, na comunidade escolar.
Mais informações sobre a campanha #ENDviolence podem ser consultadas no site oficial da Unicef (disponível em: www.unicef.org/brazil/ comunicados de imprensa/ estudantes impactados pelaviolencia nas escolas fazemapelo aos lideres; acesso em: 11 ago. 2022).
Solicite que leiam o texto silenciosamente, observando os intertítulos. Pergunte de que forma o manifesto foi organizado (introdução, princípios, lista de comprometimentos e lista de demandas). Na sequência, convide alguns estudantes para lêlo em voz alta, dividindo o de modo que cada um leia um intertítulo. Converse sobre o tom da leitura solene, mais apropriado ao gênero, sobre a gestualidade e formas de expressividade que podem chamar a atenção do ouvinte.
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PROPOSIÇÕES
A seção Conversando sobre o texto direciona os estudantes a pensar nos temas abordados, trazendo os para a sua própria realidade, promovendo a realização de inferências e a validação de hipóteses.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Incentive os estudantes a perceber que fatores como intolerância, desrespeito às diferenças e egoísmo podem provocar o aumento de violência nas escolas. Peça que recorram a suas vivências para responder se sentem que esse é um problema que tem se agravado.
2. Leve os a pensar no papel de cada um na solução do problema da violência nas escolas. É importante reforçar que todos devem observar os princípios éticos necessários à construção da cidadania e ao convívio social republicano.
3. Incentive os a apresentar propostas claras e justificadas, sempre fundamentando seus posicionamentos e ponderando sua exequibilidade.
PROPOSIÇÕES
Em Texto e contexto, partindo da identificação de informações, o intuito é ampliálas por meio de inferências. As atividades abrangem a identificação do tema e da linha argumentativa do manifesto para persuadir o leitor de que as demandas levantadas são pertinentes.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. Reforce que textos como o manifesto objetivam, em linhas gerais, convencer o leitor a mudar de atitude em prol do bem comum.
Se treinem professores e tutores
Nós demandamos que professores e tutores tenham treinamento contínuo para poder identificar, responder a, apoiar e remeter alunos que são afetados por questões de violência na escola para os serviços adequados. O treinamento deve equipar professores e tutores para que sejam emocionalmente sensíveis, que saibam lidar com questões de diversidade e inclusão e providenciar disciplina positiva para todas as crianças. Se ensine o consentimento e se responda à violência sexual Nós demandamos que todas as escolas ensinem todos os estudantes, independente de idade, identidade de gênero, sexo, deficiência, religião, raça ou orientação sexual, a respeitar os limites físicos e sexuais do outro. Todas as escolas devem providenciar meios acessíveis e confiáveis para denúncias de casos de assédio e abuso sexual (seja físico, psicológico, emocional e/ou verbal) como consagrado nos documentos/políticas de governança da escola, que devem ser inclusivos.
Esse manifesto será apresentado a ministros no Fórum Mundial de Educação em janeiro de 2019. O evento – organizado pelo UNICEF, Global Citizen, JCI e a Parceria Global para Acabar a Violência Contra Crianças perante o Global Citizen Mandela 100 Festival – é parte da campanha global do UNICEF #ENDviolence.
O MANIFESTO Jovem #ENDviolence. Unicef. [Joanesburgo], [2 dez. 2018]. Disponível em: www.unicef.org/brazil/ sites/unicef.org.brazil/files/2019-06/br_manifesto_end_violence_pt.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1. Em sua opinião, que fatores contribuem para que haja violência nas escolas? Você acha que esse problema está se agravando? Justifique suas respostas.
2. Para você, a solução do problema da violência nas escolas cabe apenas às autoridades? Por quê? Respostas pessoais.
3. Considerando a realidade da sua escola, que propostas concretas você acredita que poderiam colaborar para a diminuição da violência? Justifique sua resposta.
Respostas pessoais. Resposta pessoal.
TEXTO EXPLORANDO O
TEXTO E CONTEXTO
1. a) O fato de a escola e o entorno serem lugares perigosos para a maioria dos estudantes consultados.
1. O manifesto busca conquistar a adesão do leitor à causa que defende.
a) Qual é a principal razão que leva os autores do manifesto a solicitar essa adesão?
b) Que dado é apresentado como justificativa para essa motivação?
O dado de que, para cada três estudantes, dois se preocupam com a violência na escola e em volta dela.
2. a) Verifique se os estudantes percebem que o problema de que trata o manifesto não é localizado.
2. b) Os estudantes podem alegar que a participação se deu por meio do universo digital, o qual proporciona contatos pessoais independentemente da localização física.
3. Levante com a turma possibilidades de compartilhamento da hashtag ; procure
verificar o nível de envolvimento da turma com redes sociais e de que forma costumam interagir no meio digital.
4. É importante que infiram que a constru
ção da paz é responsabilidade de todos os envolvidos no ambiente escolar.
5. Leve os estudantes a refletir que cultivar a gentileza no cotidiano contribui para a construção de uma cultura de paz na escola, ao privilegiar ações pacíficas e empáticas de
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5. d) As hashtags são #I’veGotYourBack e #EstouContigo. Essas expressões são um modo de dizer que os jovens que sofrem violência não estão sozinhos. Quando utilizadas em redes sociais, elas podem contribuir para atingir esse objetivo ao chamar a atenção das pessoas para o problema e ao direcionar para sites e páginas que tratam do tema e podem oferecer apoio às vítimas.
2. O manifesto foi elaborado por 100 jovens de diferentes lugares do mundo.
a) O que se pode inferir sobre a causa defendida no manifesto com base nessa informação?
b) Como você imagina que se deu a participação desses jovens na elaboração do manifesto?
3. Releia o título do manifesto.
3. a) Indica que o manifesto não se restringe ao Brasil, mas abrange outras partes do mundo, já que a língua inglesa é a mais falada no mundo atual.
a) O que a hashtag em inglês presente nesse título indica sobre o manifesto?
b) O uso de uma hashtag revela que se espera uma ação dos leitores do texto. Qual é essa ação? Explique sua resposta.
3. b) O uso da hashtag mostra que existe a expectativa de que os leitores compartilhem o texto em canais digitais, mostrando, assim, seu engajamento com a causa.
4. O manifesto baseia-se em dois princípios que devem ser seguidos e que são apresentados logo no início do texto: "Diversidade e tolerância" e "Proteção para cada estudante".
a) Em que consistem esses princípios?
2. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem que, provavelmente, essa participação se deu por meio de grupos de discussão, trocas de experiências e relatos de caso, entre outras possibilidades.
b) A quem cabe promover esses princípios e cuidar para que sejam cumpridos?
Além dos próprios estudantes, cabe a escolas, professores, familiares, instituições públicas e à sociedade em geral.
5. No manifesto, os jovens se comprometem com alguns aspectos da causa, como ser gentil, reportar a violência e agir
2. a) Pode-se inferir que o problema da violência na escola não é uma questão local, mas sim global, enfrentada por muitos países no mundo.
a) Você concorda que a gentileza é uma atitude que contribui no combate à violência? Em seu cotidiano, você busca ser gentil? Respostas pessoais.
b) O compromisso de reportar a violência, enunciado no manifesto, pressupõe que há omissão ou receio de denunciar situações de violência. Em sua opinião, por que isso acontece? Resposta pessoal.
4. a) O princípio Diversidade e tolerância consiste em reconhecer que todos são iguais e que as diferenças devem ser celebradas em vez de dividir, ou seja,
c) Você considera importante a postura de denunciar situações de violência que presenciou, ainda que não tenha sido a vítima direta? Por quê? Respostas pessoais.
gerar discriminação. Já o princípio Proteção para cada estudante de
d) No subtítulo "Agir", são citadas duas hashtags como expressão de apoio aos jovens que sofrem algum tipo de violência. Quais são elas e o que significam? Como elas podem ser utilizadas para atingir esse objetivo?
6. Entre as demandas elencadas pelos jovens no manifesto está a segurança do ambiente escolar.
6. a) Prédios seguros, com boa iluminação, portões e câmeras de segurança, além de profissionais capacitados.
a) Que aspectos do ambiente escolar os jovens exigem para preservar a segurança de todos?
b) De que maneira a ausência de um ambiente seguro pode contribuir para que situações de violência aconteçam?
7. Outra demanda dos jovens consiste em capacitar professores e tutores para identificar situações de violência nas escolas e agir quando for preciso.
A ausência de segurança pode contribuir para que agressores repitam suas ações, seja porque encontram facilidade para entrar nas escolas, seja porque não são descobertos, devido ao fato de cometerem atos de violência em espaços mais escondidos, sem câmera e/ou com pouca iluminação.
a) Que habilidades você supõe que tais profissionais devem ter para desempenhar essa função nas escolas?
b) Você concorda que esse papel deve ser atribuído aos educadores que atuam em escolas com jovens? Por quê? Respostas pessoais.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes evidenciem que as habilidades necessárias extrapolam o tecnicismo dos componentes curriculares que os professores lecionam, recaindo em questões como respeito às diversidades, sensibilidade, escuta atenta e empatia.
8. O combate à violência sexual como uma das demandas do manifesto expõe um problema grave da sociedade.
a) Que solicitação é feita no manifesto em relação a esse tema?
8. a) O manifesto solicita que todos os jovens respeitem os limites físicos e sexuais uns dos outros e que todas as escolas providenciem meios acessíveis e seguros para denúncias de casos de assédio e de abuso sexual.
b) Em sua opinião, como denúncias de violência sexual poderiam ser realizadas de modo seguro no contexto escolar?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem canais que preservem o anonimato, denúncias virtuais, a garantia de que não haja julgamento das vítimas, entre outras possibilidades.
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uns com os outros. Incentive os a perceber que, ao fazer parte de uma coletividade, por mais que não sejam vítimas diretas da violência, se forem coniventes com situações de bullying e agressões verbais e físicas, serão prejudicados pelo clima de insegurança que se instalará no ambiente escolar.
5. d) Ressalte a importância de existir formas de se manifestar contra a violência e canais de apoio às vítimas.
6. Converse sobre as condições do ambiente da escola, procurando mostrar que existem caminhos para reivindicar mais segurança.
7. Comente com os estudantes que a educação, no sentido global, vai além do desenvolvimento de habilidades relacionadas ao conhecimento técnico e científico, sendo, portanto, papel dos professores ajudar a formar cidadãos que colaborem para a construção de uma cultura de paz que favoreça a vida em sociedade.
8. a) Procure conversar com delicadeza sobre as questões levantadas na atividade. É importante que os estudantes se sintam seguros para expor dúvidas sobre de que forma evitar casos de violência sexual.
8. b) Procure deixar os estudantes à vontade para se manifestarem sobre o assunto e, ao mesmo tempo, aproveite a conversa para identificar possibilidades de trabalho com o componente Ciências em aulas de educação sexual.
PARA LER
Semeando a cultura de paz nas escolas. São Paulo: Palas Athena; Brasília, DF: Unesco, 2021. Disponível em: https://www. palasathena.org.br/downloads/livro-paz-como-se-faz.
pdf. Acesso em: 16 ago. 2022. Além de explicar o que é a cultura de paz, a obra auxilia a torná-la realidade nas escolas, por meio de reflexões e propostas de ações práticas.
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consiste em cuidar e proteger todos os estudantes, não só os que sofrem violência, mas também os que são violentos. 269 25/08/22 14:38
DISKIN, Lia; ROIZMAN, Laura Gorresio. Paz, como se faz?
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
9. Incentive a inferência das vantagens da comunicação pela internet para o compartilhamento de manifestos, como a maior rapidez para alcançar um público maior.
10. Para contribuir com a construção da cidadania, promova a participação dos estudantes e incentive os a fazer comentários sobre as demandas que eventualmente surgirem. É importante levá los a perceber a relação entre os pontos teóricos explicitados no manifesto e a prática cotidiana na escola frequentada por eles, de modo que desenvolvam atitudes e valores compatíveis com o convívio social republicano.
PROPOSIÇÕES
Em Composição e linguagem, o estudo é focado nos elementos da composição e em aspectos do uso da linguagem no manifesto lido, mas que podem ser generalizados para outros textos do mesmo gênero, como o registro formal, os modalizadores e recursos para se aproximar do leitor, tais como a 1a pessoa do plural (nós). Comente a importância de analisar o uso de determinadas palavras e expressões que revelam a intencionalidade dos autores e, indiretamente, ajudam a construir a linha argumentativa do texto.
REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
1. Verifique se os estudantes identificam o problema com precisão e se relacionam os tópicos aos objetivos corretamente. Incentive o
9. b) A divulgação desse documento expõe o problema e pode contribuir para que cada um faça sua parte no combate à violência escolar: estudantes, familiares, professores e outros funcionários da escola.
9. Os gêneros textuais têm diferentes funções.
a) No caderno, transcreva a alternativa que indica a principal função do manifesto lido.
Alternativa B
A. Apresentar um fato pontual, detalhando as informações mais importantes sobre ele.
B. Expor um posicionamento sobre um problema e apelar para uma ação imediata.
C. Analisar uma situação específica, expondo o lado negativo e o positivo.
D. Criticar ações de determinado grupo e solicitar medidas punitivas.
b) De que forma a divulgação desse documento contribui para que se atinja seu objetivo?
10. Sobre o manifesto lido, converse com os colegas sobre os itens a seguir.
a) Em sua opinião, qual das demandas elencadas no manifesto é mais significativa e necessária? Alguma delas precisa ser reivindicada em sua escola? Por quê? Respostas pessoais.
b) Se você fosse convidado a participar da elaboração desse manifesto, que demanda acrescentaria? Por quê? Respostas pessoais.
O manifesto é um texto argumentativo em que determinado grupo de pessoas se posiciona sobre uma questão, geralmente política, social e/ou ambiental, por exemplo, fazendo uma denúncia à sociedade e reivindicando soluções. Tem como objetivo convencer as pessoas a aderir às ideias defendidas e motivar ações coletivas em prol de uma causa.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
1. a) A escola é caracterizada como um lugar perigoso devido à violência que ocorre dentro e ao redor dela.
1. b) "Princípios": B; "Nós nos comprometemos": C; "Demandamos que": A
1. O manifesto é um texto argumentativo composto, geralmente, de identificação do problema e argumentação.
a) Como é apresentado o problema na parte inicial do manifesto lido?
b) A argumentação é composta dos tópicos "Princípios", "Nós nos comprometemos a" e "Demandamos que". No caderno, associe esses tópicos que compõem a argumentação do manifesto aos objetivos de cada um.
A. Listar as ações que os autores esperam que sejam realizadas para o fim da violência nas escolas.
B. Destacar os valores que regem as relações interpessoais no contexto escolar.
C. Determinar as atitudes que os jovens assumem para si com a intenção de frear a violência nas escolas.
2. Releia o título e o subtítulo do manifesto.
2. a) Ela pode ter sido usada com o objetivo de criar uma aproximação com o público jovem, a quem o manifesto também se destina.
a) Além de indicar que o tema do manifesto é o fim da violência, com que objetivo a hashtag pode ter sido usada no título?
b) Qual é a função do subtítulo no manifesto?
2. b) Informar quem são os autores do manifesto e especificar o tema que será tratado: o fim da violência nas escolas.
3. Releia os trechos a seguir e observe o uso das formas verbais em destaque. Trecho 1
Nós demandamos segurança em nossa jornada até a escola e saindo da escola. Nós não queremos que ninguém nos faça mal de nenhuma forma. [...]
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aprofundamento da compreensão, solicitando que expliquem termos como valores (princípios éticos e morais) e relações interpessoais (relações entre as pessoas).
2. a) Comente que as hashtags costumam ser utilizadas quando se quer favorecer o compartilhamento e a localização da informação (por mecanismos de busca e indexação). Um tópico marcado com o símbolo # será
visualizado por todos aqueles que se interessarem pelo assunto e, consequentemente, o link para o qual ele direciona terá mais impacto nas redes sociais.
2. b) Retome a função dos subtítulos em textos dos campos jornalísticomidiático e de atuação na vida pública: complementar o título, dando informações objetivas ao leitor e delimitando o que será abordado no texto.
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Trecho 2
5. a) Além de criar um efeito de sentido de proximidade dos autores com os leitores, revela união, sentido de coletividade dos jovens diante da causa.
A equidade é a base para a promoção da diversidade e tolerância nas escolas. Ela deve ser ensinada e demonstrada em casa e reforçada nas escolas. [...]
• O que é possível concluir sobre as ações indicadas pelas formas verbais queremos e deve ser nesses trechos?
4. Releia o trecho a seguir.
da juventude pelo fim da violência nas escolas. É assim que eles querem resolver o problema”. Auxilie-os a inferir que, no trecho, o texto dá voz aos jovens, por isso o uso da 1a pessoa do plural.
5. b) "Nós vamos buscar autoridades confiáveis como professores"; "Nós vamos proteger e apoiar uns aos outros"; "A gentileza é uma responsabilidade que começa com todos nós".
Nós demandamos segurança em nossa jornada até a escola e saindo da escola. Nós não queremos que ninguém nos faça mal de nenhuma forma. Nós também demandamos ser protegidos pela lei e que haja punição para os que a quebram.
• Que efeito de sentido a repetição dos termos em destaque produz na construção do argumento? Indica insistência em mostrar a exigência de segurança e de proteção da lei.
5. O uso das formas verbais e da 1a pessoa do plural se repete ao longo do texto em expressões como nós nos comprometemos e nós demandamos
a) Qual é o efeito de sentido criado pelo uso dessas expressões?
b) Que outras expressões foram usadas no manifesto para se obter o mesmo efeito de sentido?
6. Releia o trecho a seguir.
6. a) O termo todos refere-se tanto aos estudantes que passam por experiências de violência quanto aos que apresentam comportamento violento.
Baseado no princípio de coexistência pacífica e respeitosa, e como instituições pelas quais se pode atingir a mudança, as escolas, em colaboração com a família, seus pares e a sociedade em geral, devem cuidar, apoiar e proteger todos os estudantes – aqueles que passam por experiências de violência e aqueles que apresentam comportamento violento.
a) O termo em destaque remete a quais estudantes?
b) Tendo em vista que o termo todos faz referência à totalidade de pessoas, com que objetivo os autores do manifesto podem ter frisado quem compõe essa totalidade que precisa de cuidado, apoio e proteção?
Espera-se que os estudantes informem que no trecho 1 a forma verbal indica uma proibição; no trecho 2, uma ação obrigatória. na verdade, pessoas que apresentam comportamento agressivo também precisam de atenção especial.
6. Comente que a escolha das palavras é importante nos manifestos e que faz parte da argumentação. Se achar conveniente, aproveite para conversar sobre comportamentos violentos na escola, salientando a necessidade de ajudar quem os pratica a perceber que não estão agindo corretamente e que devem pedir auxílio para evitar essas atitudes.
6. b) Ao frisar que todos, inclusive os autores de práticas violentas, precisam de cuidado, apoio e de proteção, os autores desconstroem a ideia disseminada na sociedade de que a vítima é apenas quem sofre a violência, quando,
7. Verifique a necessidade de retomar os conceitos de registro formal (mais monitorado) e informal (mais espontâneo). Comente a contribuição do registro formal para demonstrar credibilidade, essencial para que os manifestos tenham maior adesão.
7. No manifesto que você leu predomina o registro mais formal da língua. O que pode ter influenciado essa escolha?
A estrutura de um manifesto, embora possa variar, geralmente consiste em um título, identificação do problema, argumentos que sustentam a necessidade de resolvê-lo e ações reivindicadas para solucioná-lo. A linguagem costuma ser mais formal, de acordo com a norma-padrão, e pode fazer uso da 1a pessoa do plural, com o objetivo de reforçar uma voz coletiva, bem como de formas verbais no presente do indicativo. Para persuadir o interlocutor, construções verbais, adjetivos e advérbios são estrategicamente selecionados.
7. O fato de os destinatários serem autoridades públicas, que tiveram contato com o documento em um evento internacional organizado pela Unesco, contribuiu para que o texto tenha sido escrito em um registro mais formal da língua, transparecendo, assim, maior seriedade.
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3. A atividade aborda a identificação de mecanismos de modalização. No caso analisado, as formas verbais são responsáveis por indicar obrigatoriedade ou proibição. Verifique se os estudantes realizam essa inferência e, caso note dificuldade, solicite que comparem as formas verbais utilizadas com outras, como “gostaríamos que ninguém nos fizesse mal”, e que digam o que mudou no efeito de sentido. O intuito é que percebam a intencionalidade da escolha das palavras nos manifestos.
4. Comente queo verbo demandar indica uma exigência, não um convite para que o leitor atenda ao pedido. Por isso, sua repetição ajuda a enfatizar o que se exige e, na forma verbal em que ocorre, acompanhada do pronome nós, quem exige.
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5. Solicite aos estudantes que releiam o trecho do último parágrafo da introdução do manifesto: “Nós trouxemos mais de 100 jovens de todo o mundo para elaborar um manifesto
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PROPOSIÇÕES
Em Textos em diálogo, o objetivo é apresentar dois gêneros que estabeleçam uma relação interdiscursiva por meio da temática. Pergunte aos estudantes se conhecem grafites e questione de que forma os grafites e os manifestos podem ser relacionados. Saliente que ambos podem ter a finalidade de atrair a atenção do público para reivindicações da coletividade.
Para conhecer outras obras de Shamsia Hassani e saber mais de sua história, visite com a turma o site oficial da artista, disponível em: www.shamsiahassani.net (acesso em: 11 ago. 2022).
REALIZAÇÃO
Reserve um tempo para que os estudantes observem o grafite e leiam o boxe Quem é a artista. Levante os conhecimentos prévios da turma sobre a situação política, econômica e social do Afeganistão e a situação das mulheres naquele país. Comente que, após a primeira ascensão ao poder do grupo Talibã, por volta de 1994, as meninas foram praticamente proibidas de frequentar escolas e as mulheres, de trabalhar. Oriente a observação do grafite reproduzido: comece solicitando que observem o que está ao fundo (casas e um tanque de guerra à esquerda). Depois, passe para o primeiro plano: uma moça carrega flores nas costas. É importante que infiram o significado da contraposição entre as flores brancas e o tanque de guerra, que remetem à ideia da paz em contraposição à guerra. A oposição de cores (escuras ao fundo, claras na figura humana) também pode ser analisada.
Manifesto e grafite
No manifesto que você leu, jovens denunciam a violência na escola e no seu entorno e reivindicam ações de todos para acabar com o problema. Existem muitas outras maneiras de denunciar uma problemática e levar as pessoas a refletir sobre ela. Algumas manifestações artísticas, como o grafite, fazem isso predominantemente por meio de imagens.
O grafite é uma manifestação das artes visuais por meio das qual os artistas criam uma linguagem própria para intervir na cidade, usando paredes, muros e postes como suporte. De caráter transgressor, já que propõe uma apropriação do espaço público, tem ligação com o movimento hip-hop, que nasceu nas periferias de Nova York nos anos 1970. Além de imagens, pode explorar frases ou palavras de ordem. Entre seus temas estão questões políticas e sociais.
A seguir, observe um grafite de Shamsia Hassani, uma artista iraniana que faz arte nas paredes de edifícios destruídos por bombardeios nas ruas de Cabul, no Afeganistão, buscando ressignificar as memórias da guerra.
PARA ASSISTIR
O QUE muda para as mulheres no Afeganistão com a volta do Talebã. 2021. Vídeo (5min38s). Publicado pelo canal BBC News Brasil. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=LqlqeiuO4sM. Acesso em 11 ago. 2022.
Reserve um tempo para assistir, com os estudantes, à reportagem sobre a situação das mulheres no Afeganistão.
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DIÁLOGO TEXTOS EM
HASSANI, Shamsia. [Sem título]. 2021. Grafite feito na cidade de Cabul, no Afeganistão. Tinta spray. 120 cm x 160 cm.
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SHAMSIA HASSANI
QUEM É A ARTISTA
Ommolbahni Hassani, (1988-), mais conhecida como Shamsia Hassani, nasceu em Teerã, no Irã. Foi para o Afeganistão em 2005, para estudar Arte na Universidade de Cabul, e ficou conhecida por usar o grafite para retratar as mulheres afegãs. Em referência à sociedade predominantemente masculina em que vivem, as figuras femininas de Shamsia têm os lábios selados ou não têm boca. No entanto, por meio de sua obra e das exposições que realiza em diversos países, a artista faz com que as vozes delas ecoem.
1. A que acontecimento o grafite de Shamsia Hassani faz uma crítica? Que elemento na imagem permite concluir isso?
À guerra, representada pela presença do tanque na imagem.
2. Como é expressa a resistência a esse acontecimento na imagem? Qual é o apelo do grafite em relação ao tema?
3. Por que é importante para os artistas que o grafite ocupe o espaço urbano e seja bastante visível?
4. A leitura do grafite pressupõe também a análise do contexto, ou seja, o entendimento da situação na qual ele foi criado. Considerando isso, responda ao que se pede.
a) As mulheres na obra da artista Shamsia Hassani são representadas com lábios selados ou com bocas invisíveis. Que aspecto do contexto sociocultural é denunciado por meio desse elemento?
b) Nesse grafite, o que se pode inferir sobre a figura feminina com base no gesto diante do tanque de guerra?
c) Em sua opinião, por que é importante que o grafite de Shamsia aborde esse tema?
5. Em sua opinião, ter contato com obras como esse grafite pode ajudar a tornar seu olhar mais atento e questionador, além de levá-lo a compreender melhor a realidade?
Resposta pessoal.
6. No caderno, transcreva os itens que podem ser relacionados ao manifesto e os que podem ser associados ao grafite.
A. A matéria-prima é a palavra. Manifesto.
B. Convida o interlocutor a construir novos sentidos. Grafite.
C. Há predominância da objetividade. Manifesto.
D. A subjetividade está presente. Grafite.
E. A forma e o conteúdo integram-se na construção de novos significados. Grafite.
4. c) Ao abordar esse tema no grafite, a artista torna a realidade da mulher afegã e os problemas enfrentados por seu país mais conhecidos, o que pode sensibilizar as pessoas e levá-las a agir para mudar essa realidade.
REALIZAÇÃO
1. Se necessário, auxilie os estudantes a inferir a simbologia da guerra por meio das armas.
2. Solicite que ampliem a observação, reparando na postura da personagem retratada: ela se posiciona de frente para o tanque, como se não se importasse de enfrentá-lo, ainda que porte apenas flores.
3. Incentive os estudantes a relacionar a intencionalidade do grafite à dos manifestos.
2. No grafite, a resistência à guerra é expressa pela presença da mulher com flores nas mãos. Por meio dela, o grafite faz um apelo de paz, de não violência.
3. Porque, desse modo, os artistas podem atingir mais pessoas e também se apropriar do espaço urbano, levando a arte para espaços que ela não costuma ocupar.
4. a) A desvalorização da mulher na sociedade afegã, reconhecida como uma sociedade predominantemente masculina.
4. b) Pode-se inferir que a mulher, mesmo oprimida, posiciona-se com coragem e determinação contra a guerra e suas consequências.
PARA ACESSAR
Shamsia Hassani: conheça a grafiteira afegã que transforma a resistência feminina ao Talibã em arte. Disponível em: https://gshow.glo bo.com/tudo-mais/ viralizou/noticia/ shamsia-hassaniconheca-a-grafi
teira-afega-que -transforma-a-re sistencia-feminina -ao-taliba-em-ar
te.ghtml. Acesso em: 4 ago. 2022. Nesse link, é possível ler um texto jornalístico sobre a artista Shamsia Hassani e conhecer mais algumas de suas obras.
estudantes a se posicionar em relação aos grafites da artista, de modo a deixar claro que compreendem que a arte pode denunciar problemas e convidar à reflexão e à ação.
5. Comente que a educação crítica pode e deve ser promovida pela escola. Levante o repertório dos estudantes referente a grafites e outras obras de arte urbana que evoquem problemáticas da sociedade.
6. Sugere-se construir um quadro na lousa e propor que os estudantes relacionem as características apresentadas aos gêneros em estudo. Para isso, o quadro pode ser organizado em duas colunas. Peça aos estudantes que justifiquem as indicações.
ARTICULAÇÃO COM ARTE
Assim como o manifesto dos jovens procura chamar a atenção para o apelo pelo fim da violência, explorando as possibilidades de reverberação da internet, o grafite de Shamsia também depende da atenção do público para trazer o foco para a problemática levantada.
4. Retome a leitura do boxe sobre a ar tista para que relacionem o modo de retratar as mulheres à repressão. Incentive os
Em parceria com o professor de Arte, proponha aos estudantes uma atividade na qual utilizem a linguagem do grafite para denunciar algum problema da comunidade escolar. O objetivo não é grafitar as paredes da escola, mas criar imagens à maneira dos grafites que possam contribuir para chamar a atenção do público-alvo para as situações elencadas (material didático adequado, limpeza contínua, alimentação saudável etc.) e propor melhorias. Os desenhos podem ser realizados em papéis de tamanho grande e afixados em locais disponíveis da escola, depois de conversar com a direção e com a coordenação.
Trabalhar com os grafites como forma de denúncia de problemas sociais contribui para o desenvolvimento das habilidades EF69AR31 e EF69AR32
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SHAMSIA HASSANI
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PROPOSIÇÕES
Antes de iniciar as atividades de Por dentro da língua, verifique os conhecimentos prévios dos estudantes sobre sintaxe. Retome a transitividade verbal, oferecendo exemplos da regência de outros verbos: comer (algo), pensar (em algo), imaginar (algo) etc.
Considere a possibilidade de utilizar as metodologias ativas para desenvolver as atividades da seção, como a sala de aula invertida. Nesse caso, combine com os estudantes que deverão realizar em casa as atividades que antecedem a apresentação do conteúdo e, depois, leiam o texto teórico que apresenta os casos especiais de regência verbal. Objetiva se que iniciem a aula já com conhecimento de parte do conteúdo (eventuais dúvidas devem ser esclarecidas durante o processo). No dia determinado, faça perguntas oralmente para verificar a compreensão do conteúdo e sanar as possíveis dúvidas.
REALIZAÇÃO
1. a) Verifique se os estudantes internalizaram os recursos argumentativos utilizados no manifesto e explorados anteriormente.
1. b) Espera se que infiram que a gentileza deve ser considerada em todas as ações humanas. Pessoas gentis tendem a se destacar positivamente, pois é agradável conviver com elas. Se formos gentis com as pessoas ao nosso redor, seremos também tratados e recebidos da mesma forma.
2. A atividade explora a modalização dos textos do campo de atuação na vida pública. Verifique se os estudantes conseguem identificar esse recurso como forma de persuasão.
Regência verbal
1. a) Ao se comprometerem antes de expor as ideias que pretendem com o manifesto, os autores mostram que têm consciência do que precisam fazer como cidadãos.
2. a) A ideia que a expressão traz é de obrigatoriedade; os autores assumem um compromisso de cumprir o que estão informando no manifesto.
Muitos verbos precisam de complementos para que seus sentidos sejam compreendidos. A ligação entre o verbo e os complementos verbais pode ser feita por meio de uma preposição ou não. Essa relação é chamada de regência verbal.
1. Releia um trecho do manifesto.
Nós nos comprometemos a Ser gentis
2. b) A finalidade do manifesto é convencer o interlocutor da necessidade do assunto e, ao assumirem esse compromisso por meio da repetição da expressão, os autores demonstram estar conscientes dos seus deveres, tornando-se aptos a apresentar suas demandas, exigindo direitos.
Nós nos comprometemos a tratar nossa comunidade com respeito e cuidado e a levantar nossas vozes quando for seguro fazer isso. A gentileza é uma responsabilidade que começa com todos nós.
Reportar a violência
Nós nos comprometemos a quebrar os tabus e a vitimização no ato de reportar a violência. Nós vamos buscar autoridades confiáveis como professores, conselheiros, representantes comunitários e outros alunos quando testemunharmos ou soubermos de atos de violência na escola e ao redor dela. Nós também nos comprometemos a criar canais de denúncia de violência liderados por jovens.
a) Os tópicos trazem alguns dos compromissos dos autores do manifesto. De que maneira o uso dessa estratégia pode contribuir para persuadir o interlocutor?
b) De acordo com o primeiro tópico, a “gentileza é uma responsabilidade que começa com todos nós”. Você concorda com essa afirmação? Por quê? Respostas pessoais.
2. Nos tópicos analisados, a expressão nós nos comprometemos é empregada três vezes.
a) Essa expressão traz uma ideia de possibilidade, de obrigatoriedade ou de permissividade ao que está sendo informado no manifesto? Justifique sua resposta.
b) Que efeito de sentido essa repetição traz ao texto e como ela pode contribuir para que o manifesto cumpra sua finalidade?
3. Releia a oração a seguir, que inicia o primeiro tópico do trecho.
Nós nos comprometemos a tratar nossa comunidade com respeito e cuidado [...].
a) Que termo exerce a função de sujeito nessa oração? O termo nós
b) A forma verbal que exerce a função de núcleo da oração é comprometemos. Quem se compromete, se compromete com alguém a fazer algo. Quais termos contêm essas informações na oração?
Os termos nos e a tratar nossa comunidade com respeito e cuidado.
c) Os complementos que você analisou no item b vêm ligados à forma verbal de maneiras diferentes. Qual deles é ligado por preposição? Nesse caso, por que ela se faz necessária?
O segundo, pela preposição a; ela é necessária porque o termo responde à questão “se compromete a quê?”, que tem em sua composição a preposição a
3. Se necessário, relembre com os estudantes os termos essenciais da oração: sujeito, verbo e complementos. Retome também o fato de que os pronomes oblíquos funcionam sintaticamente como complementos verbais: caso complementem verbos transitivos diretos, funcionarão como objetos diretos; caso os verbos sejam transitivos indiretos, funcionarão como objetos indiretos. No caso da oração analisada, mostre, se preciso, que
o pronome nos é objeto direto, visto que a oração “a tratar nossa comunidade com respeito” exerce a função de objeto indireto, como ficará evidenciado no item c. Para a compreensão da regência verbal, os estudantes precisam identificar as preposições adequadas a serem usadas nos complementos verbais indiretos. O verbo comprometer é regido pela preposição a (quem se compromete, se compromete a fazer algo).
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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4. b) Ela é uma oração adjetiva restritiva porque responsabilidade é um conceito muito amplo e a oração especifica a que está se referindo, restringindo, portanto, o seu sentido.
4. Releia este trecho e observe a oração em destaque.
[...] A gentileza é uma responsabilidade que começa com todos nós
a) A oração em destaque é uma oração subordinada adjetiva. Que características ela apresenta que tornam possível sua identificação?
Ela é iniciada pelo pronome relativo que e está relacionada ao nome responsabilidade, especificando-o.
b) Pelos sentidos que essa oração atribui, pode-se afirmar que ela é uma oração adjetiva explicativa ou restritiva?
4. c) O termo com todos nós exerce a função sintática de complemento verbal, porque complementa o sentido da forma verbal começa
c) Agora, analise o termo com todos nós. Que função sintática ele exerce? Por quê?
d) Como esse termo vem ligado à forma verbal? Como ele pode ser classificado?
Esse termo vem ligado à forma verbal por meio da preposição com; é um objeto indireto.
5. Agora, analise esta oração do segundo tópico do trecho.
[...] ou soubermos de atos de violência na escola e ao redor dela. [...]
a) Considerando os sentidos, qual é a classificação dessa oração? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa D
A. Oração subordinada adverbial causal.
B. Oração coordenada sindética explicativa.
C. Oração subordinada substantiva objetiva direta.
D. Oração coordenada sindética alternativa.
5. b) A conjunção alternativa ou, que inicia a oração.
5. c) O termo de atos de violência na escola e ao redor dela.
b) Além dos sentidos, que elemento linguístico ajuda a construir essa ideia na oração?
c) Que termo complementa os sentidos da forma verbal dessa oração?
d) Esse complemento é um objeto indireto. Por que é possível fazer essa afirmação?
Nas atividades anteriores, os complementos verbais vêm ligados às formas verbais por meio de diferentes preposições. Essa relação entre as formas verbais e seus complementos é chamada de regência verbal
Regência verbal é a relação de dependência que se estabelece entre o verbo e seu complemento. A regência verbal permite que uma palavra complemente o sentido do verbo, de modo que o termo regente – o verbo – e o termo regido – seu complemento – se tornem um todo significativo. Em muitos casos, essa complementação de sentidos é feita por meio de uma preposição.
Exemplo:
[...] todas as escolas ensinem todos os estudantes, independente de idade, identidade de gênero, sexo, deficiência, religião, raça ou orientação sexual, a respeitar os limites físicos e sexuais do outro. [...]
No exemplo, a forma verbal ensinem necessita de dois complementos verbais para complementar seu sentido: o primeiro, todos os estudantes, independente de idade, identidade de gênero, sexo, deficiência, religião, raça ou orientação sexual; e o segundo, a respeitar os limites físicos e sexuais do outro
REALIZAÇÃO
4. Relembre as orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas e o uso de pronomes relativos para iniciá las. Na atividade, será explorada uma das regências do verbo começar. Após a correção, solicite que elaborem exemplos com outras regências do verbo começar, como em: “As campanhas começaram”, em que o verbo é intransitivo e, portanto, não é regido por nenhuma preposição. O mesmo ocorre em “Os estudantes começaram uma campanha”, em que o verbo é transitivo direto.
5. a) Verifique a necessidade de relembrar os casos de períodos compostos por coordenação (em que as orações são sintaticamente independentes) e por subordinação (em que uma das orações exerce uma função sintática de outra), conceitos que serão necessários para identificação da alternativa correta.
5. b) Retome as conjunções coordenativas, que estabelecem a ligação e criam efeitos de sentido entre orações coordenadas.
5. c) e 5. d) Observe se os estudantes compreendem a estrutura sintática da oração e identificam uma das regências do verbo saber (saber de algo).
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PARA LER
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal. 5. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Esse dicionário, recomendado para professor e estudantes, é uma ótima obra de consulta para resolver dúvidas
sobre o uso de preposições nas construções verbais. Com verbetes elaborados de maneira clara e didática, a obra tornou-se imprescindível para todos que pretendem escrever de acordo com a norma-padrão em língua portuguesa.
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Porque ele vem ligado ao verbo por meio da preposição de
PROPOSIÇÕES
A regência (verbal e nominal) é a subordinação que ocorre entre um vocábulo e outros aos quais ele está relacionado. É a relação mediada pela regência que determina se o complemento de um nome ou de um verbo será ligado ou não a eles por uma preposição. Por isso, é importante verificar a necessidade de relembrar as principais preposições (a, com, de, por, em, contra) e suas possíveis contrações e combinações. Pode ser eficaz rever também a diferença entre o a artigo e o a preposição; se preciso, esclareça que as preposições são invariáveis e que, portanto, em expressões como “a menina” o a se classifica como artigo.
Vale mencionar que as regências verbais sofrem variações ao longo do tempo, porque os usuários da língua passam a utilizar os verbos com outras preposições (ou às vezes, sem preposição). Portanto, a explicitação dos casos de regência deve ser feita de acordo com o contexto de uso e a situação de comunicação. Explique aos estudantes que os chamados casos especiais são aqueles em que ocorre algo que destaca a regência do verbo, como algum uso diverso no cotidiano. É o caso do verbo namorar, classificado pela normapadrão como transitivo direto (namorar alguém), mas que, atualmente, passou a ser utilizado como transitivo indireto (namorar com alguém).
Pergunte a eles como costumam usar o verbo chegar: “chegar em algum lugar” ou “a algum lugar”. No uso cotidiano e informal, a tendência é que os falantes considerem que “quem chega, chega e fica no lugar”, motivo pelo qual julgam mais adequada a forma “chegar em casa”. O mesmo ocorre com o verbo agradecer, o qual, na linguagem informal, costuma aparecer sem preposição (agradeceu o pai).
Quando o termo regido (o complemento) vem ligado ao termo regente (o verbo) por meio de preposição, a regência verbal é considerada indireta. Quando o complemento vem ligado diretamente ao verbo, a regência verbal é considerada direta
Regência verbal: alguns usos
Chegar
É verbo intransitivo e, se houver adjunto adverbial, deve ser usado com a preposição a Exemplo:
• Sem educação e gentileza, não se chega a lugar algum
verbo intransitivo adjunto adverbial
Namorar
É verbo transitivo direto; portanto, o complemento não deve ser precedido de preposição. Exemplo:
• João namora Maria
verbo transitivo direto objeto direto
Agradecer, pagar, perdoar
São verbos transitivos diretos quando seu objeto se referir a algo; transitivos indiretos quando seu objeto se referir a alguém; e podem também ser transitivos diretos e indiretos quando os objetos se referirem a algo e a alguém. Exemplos:
• Os representantes comunitários perdoaram o desinteresse pela solução do problema
verbo transitivo direto objeto direto
• Os autores do manifesto agradecem aos leitores pela adesão.
verbo transitivo indireto objeto indireto
• Os diretores das escolas pagaram horas extras à equipe pedagógica
verbo transitivo direto e indireto objeto direto objeto indireto
Precisar
É verbo transitivo indireto quando significar "ter necessidade"; no sentido de "indicar com precisão", é sempre transitivo direto. Exemplos:
• As questões apresentadas no manifesto precisam de orientações específicas
verbo transitivo indireto objeto indireto
• Todos sabiam precisar as razões do sucesso do manifesto
verbo transitivo direto objeto direto
PARA ACESSAR
VERBOS transitivos indiretos. Só Português. [Porto Alegre], [20--]. Disponível em: www.soportugues.com. br/secoes/sint/sint64.php. Acesso em 11 ago. 2022.
Proponha aos estudantes que acessem o link indicado e leiam o artigo sobre verbos transitivos indiretos, além de uma discussão sobre o uso da preposição com os verbos consistir, (des)obedecer, responder, simpatizar e antipatizar
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Preferir
É verbo transitivo direto e indireto. Exemplo:
• Todas as pessoas preferem gentileza à agressividade
verbo transitivo direto e indireto objeto direto objeto indireto
Querer
É verbo transitivo direto no sentido de "desejar", mas transitivo indireto no sentido de "gostar", "estimar"; nesse último caso, o objeto indireto deve vir precedido da preposição a Exemplos:
• Os professores queriam a participação de todos os estudantes da escola no projeto.
verbo transitivo direto (desejar) objeto direto
• Os estudantes querem bem a sua escola
verbo transitivo indireto (gostar) objeto indireto
Visar
É verbo transitivo direto quando usado no sentido de "apontar", "mirar" e "dar um visto"; é transitivo indireto no sentido de "ter em vista", "almejar", "pretender" e, nesse caso, o objeto indireto deve vir precedido da preposição a. Exemplos:
• O próprio diretor da escola visou o documento enviado pelos estudantes.
verbo transitivo direto (dar um visto) objeto direto
• O manifesto visa à resolução de demandas solicitadas por aproximadamente 100 jovens.
verbo transitivo indireto (almejar, pretender) objeto indireto
Para entender a regência verbal e saber qual é a preposição adequada aos sentidos que se deseja atribuir, é importante compreender o contexto no qual a forma verbal se apresenta, a oração em que se encontra, o enunciado e, consequentemente, o texto.
Os casos apresentados anteriormente são considerados os adequados ao uso de acordo com a norma-padrão; no entanto, é importante lembrar que no dia a dia os falantes podem empregar outras formas de regência que não as prescritas pela gramática. Exemplos:
• Os jovens preferem o diálogo do que a repressão.
No exemplo, para evidenciar ideia de comparação, foi usado o termo do que no lugar de à
• Os jovens preferem o diálogo.
No exemplo, a regência verbal empregada não está de acordo com a norma-padrão, pois o verbo foi usado como transitivo direto; porém, esse é um emprego muito comum na fala cotidiana.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Regência verbal: norma e usos no cotidiano
Essa atividade tem o objetivo de fazer os estudantes observarem, nos usos da língua, que tipo de regência verbal predomina nos enunciados. Por isso, eles deverão selecionar exemplos e analisálos à luz da norma e dos usos.
Solicite lhes que formem duplas para pesquisar textos de revistas, jornais, sites, outdoors,
PROPOSIÇÕES
O verbo preferir costuma ser usado com regências distintas da normapadrão. Coloquialmente, é comum se escutar a forma “preferir mais uma coisa do que outra”, regência não prevista na normapadrão. Essa construção ocorre porque alguns falantes fazem uma relação de sentidos entre os verbos preferir e gostar – esse último, sim, regido pela preposição de. Pergunte como costumam usar esses verbos, tomando o cuidado de salientar que usálos diferentemente do que preconiza a norma padrão não significa necessariamente incorrer em erro, mas que é importante usar a variedade linguística que esteja mais de acordo com o contexto. O verbo simpatizar só poderá ser usado com a preposição com antecedendo o objeto indireto, como em: “Simpatizamos com aquela garota”.
Amplie a transitividade verbal, oferecendo exemplos de usos das regências dos verbos querer e visar. No caso do verbo querer, explique que, no exemplo “Os estudantes querem bem a sua escola”, o uso do acento grave indicador de crase é facultativo, assim como é facultativo o uso do artigo feminino antes do possessivo.
O verbo visar, em situações de uso, é empregado sem a preposição tanto no sentido de mirar e passar visto quanto no sentido de pretender, almejar. Comente que conhecer a normapadrão é uma forma de dominar a língua para adequar seu uso a diferentes situações de comunicação.
cartazes, avisos, entre outros em que devem analisar o tipo de regência verbal usada nas construções dos enunciados.
Eles poderão copiar esses enunciados, recortálos ou reproduzilos em uma apresentação de slides, e analisar os verbos encontrados nesses enunciados quanto ao tipo de regência verbal empregada, isto é, se o emprego da regência segue a norma ou se o uso segue alguma variante não normativa.
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PROPOSIÇÕES
Sugere se que os estudantes sejam organizados em duplas para que realizem as propostas de Atividades, que devem ser corrigidas coletivamente. As atividades têm início com a exploração de um cartaz, que dialoga com a temática da paz que atravessa o módulo e que foi salientada no estudo do manifesto. Oriente a exploração dos recursos visuais do cartaz: a mão espalmada simboliza um basta.
REALIZAÇÃO
1. Explore as condições de produção do cartaz. Solicite que imaginem que outras instituições ou organizações poderiam ter interesse em produzir campanhas como essa. Espera se que identifiquem, também, por exemplo, organizações de médicos, visto que eles tratam as vítimas da violência, instituições responsáveis pela segurança pública, que socorrem essas vítimas, entre outros.
2. Ressalte que a mão se encontra em primeiro plano, com o fundo desfocado e pergunte qual seria a intencionalidade dessa configuração. Oriente os a relacionar os textos verbal e não verbal que compõem a peça, incluindo as cores usadas nas letras (brancas sobre fundo azul): pergunte lhes se os efeitos de sentido percebidos pelos leitores seriam os mesmos se as letras fossem vermelhas, por exemplo.
3. Retome o fio condutor da unidade: a cultura de paz e da não violência. Os estudantes devem ter claro que conversar, saber ouvir, expressar suas opiniões com calma, formular argumentos para persuadir e respeitar as opiniões contrárias são
1. a) O cartaz é dirigido a todas as pessoas da cidade e da região e tem a finalidade de chamar a atenção para a importância do combate à violência.
ATIVIDADES
1. b) A OAB é uma associação de advogados, profissionais que também lidam na defesa ou na acusação de casos de violência, portanto eles estão conscientes da necessidade de alertar a população a respeito desse assunto.
1. O Dia Internacional da Não Violência é celebrado em 2 de outubro. Leia o cartaz a seguir, que faz referência a essa data.
OAB SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Vamos exercitar o diálogo – Dia Internacional da Não Violência. 2020. 1 cartaz. Disponível em: http://oabsjp.org.br/ dia-internacional-da-naoviolencia/. Acesso em: 21 jul. 2022.
a) O cartaz foi divulgado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade paranaense de São José dos Pinhais. A quem ele é dirigido e com que finalidade?
b) Que interesses uma associação como a OAB pode ter ao divulgar um cartaz como esse?
2. a) Representa um ato de defesa de alguém no momento em que está sendo agredido, violentado.
2. Analise os elementos que compõem o cartaz.
2. b) A imagem produz impacto fazendo com que o leitor reflita e fique atento às suas ações e às dos outros, denunciando quando for o caso.
a) No plano de frente da imagem, destaca-se uma mão. O que ela representa?
b) De que modo essa imagem pode persuadir o leitor a aderir à campanha?
2. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que o diálogo é uma forma de resolver conflitos
c) O slogan destaca a importância do diálogo. Em sua opinião, de que modo essa menção ao diálogo pode ser relacionada à vida de Gandhi e ao que ele pregava?
de forma pacífica, como Gandhi pregava.
O Dia Internacional da Não Violência foi criado pela ONU. A escolha da data homenageia Mahatma Gandhi , um líder político indiano nascido em 2 de outubro de 1869.
Gandhi pregava a não violência na resolução de conflitos e liderava um movimento de pacificação que tentava unificar hindus e muçulmanos. Foi morto em 30 de janeiro de 1948 por um opositor, mas seus ideais continuaram a ser propagados mesmo após sua morte.
3. O que há em comum entre esse cartaz e o manifesto que você leu na seção Texto deste capítulo?
Ambos promovem a não
violência e defendem o diálogo como forma de resolução de conflitos.
4. Releia o slogan do cartaz: “Vamos exercitar o diálogo”.
a) Esse slogan é formado por uma oração. Que termo exerce a função de sujeito? Como é possível identificá-lo?
b) Se a oração acabasse na forma verbal, não seria possível estabelecer sentidos. Que termo possibilita compreender essa oração?
c) A regência verbal do slogan está de acordo com a norma-padrão? Explique.
4. a) O termo que exerce a função de sujeito é o pronome pessoal nós, que está oculto; é possível identificá-lo pela desinência da forma verbal vamos, na locução verbal vamos exercitar.
Espera-se que os estudantes respondam que sim, pois o verbo exercitar é transitivo direto, exigindo um objeto direto (o diálogo), ou seja, termo que não vem regido de preposição.
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atitudes que evitam comportamentos violentos e impulsivos.
4. Com esta atividade pretende se que os estudantes identifiquem os termos constitutivos de uma oração e infiram a necessidade de complementos verbais para determinados verbos, como exercitar, incluído no slogan
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4. b) O termo o diálogo
DINODIA PHOTOS/GETTY IMAGES
Mahatma Gandhi. Fotografia da década de 1940.
OAB
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
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5. A seguir, leia os títulos de textos jornalísticos publicados em diferentes veículos de comunicação e observe as formas verbais em destaque.
TÍTULO 1
Trabalhadores preferem mais dias de férias a um salário maior
CARVALHO, Pedro. Trabalhadores preferem mais dias de férias a um salário maior. Veja, [s. l.], 14 fev. 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/radar/trabalhadores-preferem-mais-dias-de-ferias-a-umsalario-maior. Acesso em: 21 jul. 2022.
TÍTULO 2
60% dos trabalhadores preferem almoçar em restaurantes comerciais e self-services
60% DOS TRABALHADORES preferem almoçar em restaurantes comerciais e self-services JRS, [s. l.], 13 maio 2019. Disponível em: https://jrs.digital/2019/05/13/60-dos-trabalhadores-preferem-almocar-emrestaurantes-comerciais-e-self-services/. Acesso em: 21 jul. 2022.
TÍTULO 3
Medidas do governo visam aquecer economia
MEDIDAS do governo visam aquecer economia. UOL, [s. l.], 14 mar. 2020. Disponível em: https://economia.uol.com.br/videos/?id=medidas-do-governo-visam-aquecer-economia0402CD1B396ADCB96326. Acesso em: 21 jul. 2022.
REALIZAÇÃO
5. Os títulos de textos jornalísticos podem ser considerados textos completos, visto que, normalmente, contêm um ou mais elementos do lide (quem, o quê, quando, onde e por quê) e esclarecem as informações essenciais para os leitores. A cada título, solicite aos estudantes que identifiquem os elementos presentes e que imaginem o contexto de produção das notícias/reportagens. Por exemplo, nos dois primeiros casos, pode-se deduzir que se tratava de reportagens sobre resultados de pesquisas acerca do comportamento dos trabalhadores em geral.
TÍTULO 4
AS FLORESTAS precisam de chuvas… e as chuvas precisam de florestas II. A Gazeta do Acre, [s. l.], 28 maio 2019. Disponível em: https://agazetadoacre.com/as-florestas-precisam-de-chuvas-e-as-chuvasprecisam-de-florestas-ii. Acesso em: 21 jul. 2022.
5. a) No título 1; o verbo preferir apresenta dois complementos, forma adequada à norma-padrão, pois foi usado como transitivo direto e indireto.
a) Os títulos 1 e 2 fazem uso do verbo preferir. Em qual desses títulos o emprego da regência verbal está de acordo com a norma-padrão? Explique.
b) No outro título, por que a regência verbal não está de acordo com a norma-padrão?
No título 2, o verbo só apresenta um complemento.
6. No caderno, transcreva a alternativa correta em relação aos títulos jornalísticos apresentados na atividade 5 Alternativa D
A. Os verbos estão empregados de acordo com o que determina a norma-padrão.
B. Apenas a forma verbal precisam está empregada de acordo com a norma-padrão.
C. Apenas a forma verbal visam está de acordo com a norma-padrão.
D. Alguns verbos estão empregados em forma não prevista pela norma-padrão.
5. a), 5. b) e 6. Converse com os estudantes sobre o fato de que nem todos os meios de comunicação seguem à risca as regras de regência verbal preconizadas pela norma-padrão. Questione-os sobre esse fato, perguntando se consideram pertinente o uso da regência utilizada pelos falantes em conversas informais em textos noticiosos. Lembre-os de que seguir a norma-padrão e usar a linguagem formal podem ser indicativos de credibilidade da mídia, visto que textos do campo jornalístico-midiático não são espontâneos como conversas ou memes.
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As florestas precisam de chuvas… e as chuvas precisam de florestas [...]
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PROPOSIÇÕES
O objetivo de Linguagem e sentidos é apresentar as palavras polissêmicas, aquelas que admitem mais de um sentido. Conhecer o fenômeno da polissemia pode enriquecer tanto os textos produzidos pelos estudantes como a leitura e a interpretação textual. Reforce que explorar as várias possibilidades de significação pode contribuir para criar efeitos de sentido. Conduza as atividades iniciais e leia o conceito de polissemia no boxe Conceito Esclareça aos estudantes que o radical erudito poli significa “muitos”. Explorar dicionários, virtuais ou físicos, é uma maneira interessante de abordar a polissemia, visto que eles costumam apresentar diferentes acepções dos termos, colocando as mais comuns em primeiro lugar.
REALIZAÇÃO
1. É importante que os estudantes identifiquem o sentido com que cada palavra destacada foi usada no manifesto, para que possam diferenciar outros significados das mesmas palavras. Se preciso, solicite que releiam o manifesto.
2. Solicite que indiquem qual é o sentido da palavra em cada uma das frases. Na frase I, base tem o sentido de primeira camada; na II, lado inferior de um polígono.
3. Retome o manifesto lido. Comente que, no manifesto contra a violência, o uso do termo raça tem uma conotação especial, visto que muitos dos casos de violência se dão por racismo, ou seja, por preconceitos em razão das diferenças físicas entre as pessoas. O manifesto tem por objetivo não compactuar com a discriminação racial ao
E ESCRITA LINGUAGEM SENTIDOS E
Polissemia
Algumas palavras, dependendo dos contextos em que estão inseridas, podem adquirir significados diferentes.
1. Releia estes trechos do manifesto apresentado na seção Texto deste capítulo.
Trecho 1
A equidade é a base para a promoção da diversidade e tolerância nas escolas. [...]
Trecho 2
[...] Nossas diferenças, inclusive de cultura, gênero, identidade, deficiência, orientação sexual, nacionalidade, raça , etnia, status de migração e religião, nos fazem únicos e devem ser celebradas, em vez de nos dividir. [...]
Trecho 3
Nós demandamos segurança em nossa jornada at é a escola. [...]
• Os trechos foram retirados de diferentes tópicos do manifesto. Considerando os sentidos de cada um, que ideia eles reforçam?
Reforçam a ideia de igualdade e tolerância entre todos da
sociedade, independentemente das diversidades e diferenças entre as pessoas, e o direito à segurança de ir e vir.
2. No trecho 1, a palavra base está em destaque.
a) A que ela se refere?
A palavra está sendo usada no sentido de "parte ou aspecto essencial de alguma coisa", "princípio", "origem".
b) Leia estas frases em que essa palavra é empregada.
I. O pintor já fez a base na parede para iniciar a pintura.
II. Você sabe calcular a base de um polígono?
• A palavra base foi usada com o mesmo sentido empregado no manifesto em alguma dessas frases?
Espera-se que os estudantes reconheçam que não; em cada uma das frases, a palavra base está sendo empregada com um sentido diferente – e nenhum deles é igual ao do manifesto.
3. No trecho 2 , a palavra em destaque é raça.
a) Em qual sentido ela foi empregada? Se necessário, utilize o dicionário.
b) Embora os significados da palavra raça sejam diferentes, pode-se estabelecer uma relação de sentido entre eles?
3. a) A palavra raça foi empregada no sentido de "divisão de grupos humanos determinada por um conjunto de características".
4. Agora, analise a palavra em destaque no trecho 3
a) Em que sentido ela foi usada no trecho?
A palavra foi usada no sentido de "sentir-se seguro, protegido".
b) Essa palavra pode ser usada com outros significados. Explique em qual sentido ela foi empregada nas frases a seguir.
I. O jovem respondeu às perguntas dos professores com segurança. Convicção, certeza.
II. As economias que fazemos são a nossa segurança para o futuro. Garantia, caução.
3. b) Espera-se que os estudantes reconheçam que todos significados remetem a um grupo com determinadas características que se assemelham de algum modo ou têm alguma relação.
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procurar valorizar as diferenças, como se infere por meio do trecho selecionado.
4. Comente que segurança, usada no masculino, pode ainda ter o sentido de “pessoa encarregada de proteger algo” (o segurança).
AULETE DIGITAL. [S. l.], [20--]. Site. Disponível em: https://aulete.com.br/. Acesso em: 11 go. 2022.
MICHAELIS. São Paulo, c2022. Site. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 11 ago. 2022
Esses dicionários podem ser acessados gratuitamente. Se possível, compartilhe as indicações com os estudantes.
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PARA ACESSAR
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As palavras analisadas nas atividades anteriores podem ser empregadas com diferentes significados. Elas são exemplos de palavras polissêmicas
Polissemia é a propriedade que uma palavra ou expressão tem de assumir diferentes significados de acordo com o contexto de uso.
Exemplo:
Se estabeleçam regras claras
No exemplo, o adjetivo claras está sendo usado no sentido de "distintas", "precisas", "objetivas". Mas também pode ser usado em outros contextos com outros significados, como: quem vê bem (visão clara); em que é possível se enxergar bem (águas claras); cores pouco carregadas (roupas claras).
Observe que as palavras polissêmicas guardam uma relação de sentido entre si, o que faz com que pertençam ao mesmo campo semântico. Todos os sentidos atribuídos ao adjetivo clara(s), têm em comum a ideia de clareza, luminosidade, nitidez.
ATIVIDADES
PROPOSIÇÕES
Conhecer os diferentes sentidos das palavras que dependem do contexto é importante por contribuir para facilitar a compreensão textual e por criar efeitos de sentido comumente usados em textos humorísticos e publicitários.
Retome com os estudantes o conceito de campo semântico (conjunto de palavras
e expressões que se aproximam por apresentarem significados semelhantes ou cujos sentidos remetem a um mesmo universo). Comente com eles que a polissemia, por se referir a um termo que possui mais de um sentido, só pode ser analisada no contexto em que foi empregada. Se estiver fora de contexto, pode provocar ambiguidade, que consiste no duplo sentido de um enunciado.
A ambiguidade pode ser usada para sugerir significados diversos e é um importante recurso de expressão presente em textos literários, publicitários ou humorísticos. No entanto, ela também pode prejudicar a compreensão; por isso, não é adequada a todos os contextos. As propostas de Atividades exploram os efeitos de sentido obtidos por meio da polissemia, contribuindo para o desenvolvimento da habilidade de inferir e justificar esses efeitos em gêneros como tirinha e cartum.
REALIZAÇÃO Atividades
1. Relembre o contexto de produção e recepção dos cartuns: esse gênero textual tem a intencionalidade da crítica por meio do humor. Assim, como a desigualdade social é um problema que infelizmente persiste em nossa sociedade, o tema acaba por se tornar chamativo para esse gênero textual.
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1. Leia o cartum a seguir.
LUTE 281
LUTE. [Desigualdade social]. Hoje em Dia, [s. l.], dez. 2013.
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REALIZAÇÃO
Atividades
1. a) Ressalte a necessidade de observar com atenção a forma como o semblante do menino pobre foi desenhado: as sobrancelhas estão caídas, o que lhe confere um ar triste; o risco lateral na bochecha dá a impressão de rosto encovado e magro. Há um contraste com o outro menino, retratado com olhos e rosto redondos.
2. O sentido de “o que se dá ou se recebe em ocasiões especiais” deveria ser mais usual no universo infantil. No entanto, o menino pobre retratado no cartum faz uso de um sentido mais abstrato e, por isso, menos condizente com a fala infantil. O estranhamento provocado no leitor pelo uso de diferentes sentidos da palavra foi explorado para causar um humor ácido, próprio da crítica e da denúncia de problemas sociais.
3. O cartum analisado é um exemplo da eficácia do uso da ambiguidade provocada pela polissemia quando explorada pelo humor. A resposta do menino pobre quebra a expectativa do leitor, que não espera que uma criança tenha uma visão desiludida da vida como a que o personagem demonstra.
4. Se necessário, relembre as características do personagem Armandinho: um menino que expressa suas opiniões de modo firme e que questiona os valores dos adultos, principalmente aqueles que vão de encontro aos ideais da paz e do bom convívio que ele insiste em expressar.
5. Comente que a polissemia, na tira, contribui para mostrar ao leitor a maneira como Armandinho pensa. Incentive os estudantes a estabelecer relações interdiscursivas entre a tira e o manifesto, ambos convergindo para a necessidade de estabelecer pontes entre os seres humanos.
1. a) O tema abordado é a desigualdade social. O recurso visual usado é o contraste entre duas crianças:
a) Qual é o tema abordado no cartum? Que recursos visuais são empregados para evidenciar a crítica que o cartum faz?
b) Em sua opinião, a desigualdade social pode ser um dos fatores desencadeadores da discriminação e da violência nas escolas e na sociedade? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes concluam que a desigualdade social é um dos fatores que podem gerar discriminação e violência nas escolas e na sociedade de modo geral.
2. Na fala do menino que está dentro da casa foi usada a palavra presente.
a) A que essa palavra se refere?
b) Como essa palavra é entendida pelo menino que está fora da casa?
c) Por que o menino que está fora da casa atribuiu outro sentido a essa palavra?
Provavelmente, porque nunca recebeu um presente e talvez nem saiba o que é isso.
3. A polissemia da palavra presente produz uma ambiguidade na construção de sentidos do cartum.
3. a) Para enfatizar as diferentes realidades vividas pelas duas crianças.
a) Com que intencionalidade essa ambiguidade foi produzida no texto?
b) Que efeito de sentido o uso dessa ambiguidade pretende produzir no leitor?
Pretende produzir um efeito de sentido de ironia, evidenciando a crítica feita no cartum.
4. Leia a tirinha em que o personagem Armandinho conversa com Fernanda.
ALEXANDRE BECK
a) Que situação é mostrada na tirinha?
As crianças estão construindo, juntas, um muro de tijolinhos.
b) O que a menina diz é coerente com aquilo que estão fazendo? Por quê?
É entendida com o sentido de "tempo atual", ou seja, o momento presente, o momento que ele está vivendo. crianças estão dispondo os tijolos de um modo que se assemelha a um muro, o que justifica a afirmação dela.
5. Armandinho reage à fala da amiga.
a) Que associações ele pode ter feito com a palavra muros que possam justificar sua reação?
Ele pode ter associado o sentido de muros à ideia de separação, pois, geralmente, eles são usados com essa finalidade.
b) Armandinho sugere a construção de pontes . Qual é o significado literal dessa palavra?
A palavra pontes, de modo literal, refere-se às construções utilizadas para ligar dois pontos separados por um curso de água, como um rio.
c) Essa palavra foi usada pela personagem de acordo com o significado literal dela? Por quê?
uma está em casa e parece ter condições econômicas favoráveis, pois está vestida e comendo algo; já a outra está na rua, tem o semblante triste e não está completamente vestida. 282
Não; ela foi usada no sentido conotativo de afetividade, de estabelecer uma ligação entre as pessoas, com a finalidade de evidenciar o contraste entre a separação e a discriminação entre pessoas (muros) e a união e a fraternidade (pontes).
PARA ACESSAR
ZAVAGLIA, Claudia. Ambiguidade gerada pela homonímia: revisitação teórica, linhas limítrofes com a polissemia e proposta de critérios distintivos. DELTA : Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada. São Paulo, v. 19, n. 2, p. 237-266, 2003. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/ 11449/28874. Acesso em: 16 ago. 2022.
Os temas tratados no artigo são a ambiguidade, a polissemia e a homonímia. Além disso, a autora apresenta uma revisão teórica do fenômeno da polissemia, a fim de traçar pontos em comum entre palavras polissêmicas e palavras homônimas.
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282
BECK, Alexandre. [Construir pontes]. Armandinho. [S. l.], 24 jul. 2017. Disponível em: https:// tirasarmandinho.tumblr.com/search/construir%20pontes. Acesso em: 21 jul. 2022. ARMANDINHO, DE
Refere-se
a algo que se dá a alguém ou se recebe em algumas datas comemorativas.
Sim, pois as
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Habilidades do Capítulo 2
TEXTO
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CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
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No Capítulo 1, você leu um manifesto em que jovens do mundo todo exerceram seu papel de cidadãos ao defender uma cultura de paz e de não violência nas escolas, convocando a sociedade a agir em prol dessa causa. Além do manifesto, há outras maneiras de exercer a cidadania, expressar opiniões e reivindicar direitos.
A seguir, você vai ler uma entrevista que a jogadora brasileira de futebol Marta concedeu a um jornal e na qual ela responde a diversas perguntas sobre sua vida pessoal e sobre sua carreira, além de expressar o que pensa sobre a profissão e suas dificuldades.
Antes de ler o texto, levante algumas hipóteses: Quais dificuldades você imagina que Marta enfrentou para ocupar o posto de melhor jogadora de futebol do mundo? Em sua opinião, essas dificuldades pertencem apenas ao passado ou se mantêm até hoje? Será que a atleta se sente devidamente valorizada no Brasil como jogadora de futebol? Troque ideias com os colegas, compartilhando suas hipóteses e ouvindo as deles com atenção. Respostas pessoais.
TEXTO
Agora, leia o texto para conhecer um pouco da história de Marta e de sua trajetória no futebol e verificar se suas hipóteses se confirmam.
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EXPLORANDO O TEXTO
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POR DENTRO DA LÍNGUA
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PRODUÇÃO MULTIMODAL
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24 dez. 2018 às 2h00
Luiz Cosenzo
Bruno Rodrigues
RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO
A simplicidade no jeito de conversar e no trato com as pessoas fazem o interlocutor pensar que não está diante da melhor jogadora de futebol do mundo, mas da menina humilde que jogava bola nas quadras e campinhos de Dois Riachos, interior de Alagoas. Marta segura a bola durante
PROPOSIÇÕES
Inicialmente, levante os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o gênero entrevista, em foco no Capítulo 2. Verifique se sabem com que finalidade uma entrevista é realizada, que pessoas geralmente são entrevistadas, como é a estrutura de uma entrevista, se costumam ler entrevistas. Esclareça que muitas entrevistas são gravadas e transcritas posteriormente.
O gênero entrevista costuma seguir um padrão estrutural que se baseia em perguntas e respostas, envolvendo ao menos um entrevistador e um entrevistado, que, com a alternância de turnos, apresentam um fato especial ou informações ainda desconhecidas sobre algo ou alguém. O entrevistador costuma iniciar e encerrar a entrevista. Nesse gênero, cuja finalidade é informar sobre algo ou alguém de
interesse público, predomina a linguagem verbal. Numa situação oral, no entanto, existem aspectos paralinguísticos, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz e até o silêncio que podem contribuir para a produção de sentidos. O registro da linguagem utilizada depende do públicoalvo e da situação de comunicação.
A temática abordada na entrevista com a jogadora Marta permite trabalhar tanto o TCT Trabalho, por meio da conversa sobre as condições de trabalho das jogadoras de futebol, como o Educação em Direitos Humanos, com o questionamento sobre a necessidade da equidade salarial entre jogadores e jogadoras.
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BNCC
ENTREVISTA CAPÍTULO2
Se jogasse no futebol masculino, não precisaria trabalhar nunca mais, diz Marta
entrevista.
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA
A entrevista inicia se com um título. Peça aos estudantes que o leiam e, com base em seu conteúdo, infiram qual será o ponto principal da entrevista. Esperase que eles concluam que a entrevistada, a jogadora Marta, faz uma crítica à diferença entre os valores financeiros recebidos por jogadores e jogadoras.
Peça aos estudantes que leiam a entrevista em silêncio. Oriente os a observar a marca do gênero que se materializa no texto (sua organização em perguntas e respostas) e a se atentar às palavras que desconhecem, tentando inferir seu significado pelo contexto. Se persistirem dúvidas, proponha que as anotem para depois consultar o boxe Vocabulário que acompanha essa entrevista ou mesmo um dicionário.
Após uma primeira leitura, proponha a leitura em voz alta, alternando a leitura das perguntas e das respostas entre alguns estudantes. Verifique se a entonação e a fluência estão adequadas.
Em setembro deste ano, a atacante Marta, 32, foi eleita pela sexta vez a melhor futebolista do planeta. Não há na história do esporte nenhum atleta, homem ou mulher, que tenha recebido esse prêmio tantas vezes. Nem Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, com cinco troféus cada um.
Mesmo assim, não é possível comparar os ganhos financeiros dos dois craques com os da brasileira. O que leva Marta, inclusive, a já pensar no que fazer depois que encerrar sua carreira.
“Não tenho do que reclamar. Porém, no futebol feminino é muito pouco o que ganhamos comparado com o masculino. Não falta comida na mesa, não vivo mal, mas não tenho regalia . Se eu jogasse futebol masculino, não ia precisar trabalhar nunca mais. Se eu parar, precisarei ainda fazer alguma coisa”, diz a atacante [...].
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Esperava ganhar o prêmio de melhor do mundo este ano? Eu fiquei muito feliz quando vi meu nome entre as três melhores. Depois que recebi a notícia, comecei a imaginar que poderia ganhar o prêmio porque a escolha foi baseada na temporada de 2017 para 2018.
Na minha primeira temporada no Orlando Pride, ficamos em terceiro [na liga dos EUA], fui a artilheira e a jogadora que mais deu assistências. Sem menosprezar as outras duas concorrentes [Ada Hegerberg e Marozsán], mas sabia que poderia ganhar. Elas jogam no melhor time da Europa, que é o Lyon, e foram campeãs da Champions. Os requisitos eram muito maiores, mas se tratando de prêmios individuais você tem que levar os números em consideração. Então, fiquei confiante.
Seis vezes eleita a melhor do mundo, o que Marta ainda sonha conquistar? Meu sonho já aconteceu que era jogar futebol, ser profissional, chegar à seleção e viver do futebol. Agora, quero aproveitar as chances que surgirem. [...]
A Marta já fez o pé-de-meia? Eu vivo bem. Não tenho do que reclamar. Porém, no futebol feminino é muito pouco o que ganhamos comparado com o masculino. Você sabe que a maioria dos grandes jogadores tiveram dificuldades financeiras, a família é enorme. E eu? Eu também. Não falta comida na mesa, não vivo mal, mas não tenho regalia. Se eu jogasse futebol masculino, não ia precisar trabalhar nunca mais. Se eu parar, vou precisar continuar fazendo alguma coisa.
[...]
Quem é o grande responsável pelo sucesso de sua carreira? É difícil citar porque várias pessoas me ajudaram muito. Tenho que agradecer a minha mãe, que me incentivou muito. [...] Ela não tinha condições de me ajudar financeiramente, mas incentivava da maneira que podia, que era não impedir que eu jogasse. Os meus próprios irmãos por perceberem que os comentários eram machistas e preconceituosos tentavam me proteger, mas essa proteção era vista como algo que eles não gostavam. A proteção era aquela vou tirar você daí porque não é lugar de você ficar. Eu não culpo eles porque a cidade [Dois Riachos] é muito pequena e todos ficavam falando.
Qual a maior alegria e a maior decepção na seleção? Em termos de conquista foi em 2004, quando ganhamos a prata na Olimpíada de Atenas. Porém, foi a maior tristeza também porque chegamos tão próximos e não conquistamos o ouro. Foi uma tristeza também por saber que a prata não é tão valorizada no futebol no Brasil. [...]
Qual seria o maior reconhecimento do país para você? Fomentar a modalidade, o incentivo, a busca de melhorias constantes. É bom você perceber que o que se propôs a fazer está fazendo a diferença, está ajudando não apenas você, mas outras meninas. Esse é o melhor reconhecimento.
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Algumas modalidades equipararam valores de premiação para homens e mulheres. O futebol feminino está longe disso, principalmente no Brasil. Pensa em levantar essa bandeira? Isso é a desigualdade existente. Eu sempre levanto essa bandeira. Sou embaixadora da ONU. Está incluso no nosso trabalho. Eu falo isso constantemente. A gente luta para que possamos a cada dia sentir que está diminuindo essa desigualdade. Ainda está muito distante, porém, não é apenas no Brasil. O futebol na Europa é a mesma coisa. É uma disparidade.
[...]
A seleção ficou fora do pódio em Londres-12 e na Rio-16 e também nos dois últimos mundiais. Paramos no tempo? É difícil você querer que surjam talentos sem ter incentivo. Muitas meninas pararam porque não conseguiram ver uma chance. Ter que estudar e sair correndo para o treino não sendo remunerada. Chega um momento em que se sentem exaustas, cansadas. Aí fica difícil. Lá fora as seleções têm uma facilidade maior de encontrar o produto. [...]
RAIO X
Marta
Natural de Dois Riachos (AL), a cerca 200 km de Maceió, a atacante começou no esporte em sua cidade natal. Aos 14 anos, se transferiu para o Vasco, onde ficou até 2003, quando foi jogar pelo Santa Cruz-BH. Ela ainda atuou no Umea (SUE), Los Angeles Sol (EUA), FC Gold Pride (EUA), Western New York Flash (EUA), Santos, Tyreso (SUE) e FC Rosengard (SUE). Há 20 meses, está no Orlando Pride.
COSENZO, Luiz; RODRIGUES, Bruno. Se jogasse no futebol masculino, não precisaria trabalhar nunca mais, diz Marta. Folha de S.Paulo, Rio de Janeiro/São Paulo, 24 dez. 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/12/se-jogasse-no-futebolmasculino-nao-precisaria-trabalhar-nunca-mais-diz-marta.shtml. Acesso em: 21 jul. 2022.
QUEM SÃO OS AUTORES
REALIZAÇÃO
Proponha aos estudantes que comentem as respostas dadas por Marta às perguntas feitas, analisando se, de fato, elas foram respondidas.
VOCABULÁRIO
Regalia: privilégio.
Menosprezar: desvalorizar.
Fomentar: incentivar.
Disparidade: desigualdade.
Comente que a entrevista jornalística tem a função primordial de expor opiniões e dados informativos de figuras públicas, especialistas, autoridades. Não se pode esquecer, contudo, de que, além do entrevistador e do entrevistado, há o público, isto é, ouvintes, leitores, espectadores. E que, embora a participação desse grupo seja passiva, tanto as perguntas quanto as respostas são formuladas em função dele. Após a leitura, converse sobre a finalidade dos dois parágrafos iniciais. Esperase que percebam que eles fornecem informações sobre a vida da entrevistada e falam de sua importância na área em que atua, situando o leitor. Proponha aos estudantes que relacionem o assunto tratado à página do jornal on-line na qual o texto foi publicado (a seção de Esportes de um jornal).
Luiz Cosenzo é jornalista e comentarista esportivo com mais de 15 anos de experiência. Formado em Comunicação Social na Universidade de Ribeirão Preto, trabalhou em vários veículos de comunicação do país. Bruno Rodrigues é jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista na cobertura esportiva. Tem experiência em jornais impressos, revistas e programas de televisão.
Sugira que conversem sobre a principal queixa da entrevistada: apesar do reconhecimento da fama, as jogadoras de futebol ainda ganham bem menos que os jogadores. Incentive os a expressar suas opiniões sobre esse fato, procurando deixar clara a necessidade de valorizar o trabalho independentemente do gênero, valorizando uma postura cidadã.
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Marta controla a bola na cabeça.
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PROPOSIÇÕES
Em Conversando sobre o texto incentiva se a troca de experiências e saberes, retomando as expectativas levantadas antes da leitura e preparando os estudantes para as atividades de Texto e contexto, principalmente no que diz respeito às informações trazidas, propiciando a realização de inferências e reflexões sobre o tema abordado.
REALIZAÇÃO
Conversando sobre o texto
1. Esperase que os estudantes identifiquem que a jogadora tem origem pobre, deve ter passado dificuldades financeiras, além disso enfrentou situações de machismo, das quais, às vezes, foi protegida pelos irmãos, embora de maneira equivocada, pois nunca se colocaram realmente no lugar dela.
2. Comente que há nomes femininos muito importantes que se destacaram em diferentes modalidades desportivas, como a ginasta Rebeca Andrade, as nadadoras Ana Marcela Cunha e Carol Santiago, a skatista Rayssa Leal, entre outras. Esperase que eles reconheçam que é importante falar delas para que suas conquistas sejam valorizadas e conhecidas tanto quanto as dos atletas masculinos.
3. Comente que as causas que mais contribuem para essa desvalorização são a persistência do machismo e as opiniões preconceituosas relacionadas ao papel da mulher na sociedade.
REALIZAÇÃO
Texto e contexto
1. e 2. Procure ajudar os estudantes a identificar a intencionalidade
1. a) Marta foi entrevistada por ser a maior futebolista da história e por ter recebido pela sexta vez o prêmio de melhor do mundo, marca jamais atingida nem sequer por craques do futebol masculino. Essa condição é bastante interessante e chama a atenção do público.
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO TEXTO EXPLORANDO O
1. Suas hipóteses em relação às dificuldades enfrentadas por Marta ao longo da carreira se confirmaram após a leitura do texto? Resposta pessoal.
2. Você conhece outra atleta brasileira que também tenha um desempenho excepcional como a jogadora? Quem é? Em sua opinião, é importante falar sobre essas atletas? Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, o que pode contribuir para a desvalorização do futebol feminino no mundo? Resposta pessoal.
1. b) Provavelmente, pelo fato de ambos os jornalistas terem ampla experiência no mundo do esporte e trabalharem há certo tempo com jornalismo esportivo.
2. a) A descrição feita pelos jornalistas revela que Marta é uma pessoa simples, humilde e que aparenta ser agradável no convívio.
TEXTO E CONTEXTO
2. b) Sugestão de resposta: Para afastar a ideia de que a melhor jogadora do mundo poderia ser uma pessoa deslumbrada pelo sucesso e, por isso, de comportamento arrogante.
1. Marta foi entrevistada por dois jornalistas para um jornal.
a) Quais características da jogadora podem ter levado à escolha dela como entrevistada?
b) Com base nas informações fornecidas sobre os entrevistadores, quais aspectos podem ter determinado a escolha deles, entre outros jornalistas, para realizar a entrevista?
2. No início da entrevista, os jornalistas descrevem o comportamento de Marta.
a) O que é possível saber da personalidade da jogadora com base nesse trecho?
b) Por que os entrevistadores julgaram necessário fazer esse comentário no início da entrevista?
3. Marta foi eleita pela sexta vez a melhor jogadora de futebol do mundo, disputando com outras duas atletas. Ao demonstrar confiança em sua vitória, ela teve o cuidado de destacar as qualidades de suas concorrentes. O que esse modo de agir revela sobre a jogadora?
Revela a sua humildade, já destacada no início da entrevista, além de
evidenciar o espírito esportivo, que defende a competição com respeito ao adversário.
4. Ao longo da entrevista, Marta revela que, apesar de sua boa condição financeira, não tem o mesmo padrão de vida dos atletas do futebol masculino.
a) Ao abordar esse tema na entrevista, o que a atleta pretende?
b) Leia um trecho do artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. [...]
BRASIL. Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, DF: Presidência da República, 1943. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 26 jul. 2022.
4. a) Pretende não só deixar claro para os leitores e esportistas em geral sua insatisfação com a desvalorização do futebol feminino, mas também, como uma jogadora tão importante, ser uma voz em defesa de mais igualdade no esporte.
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da entrevista estudada: mostrar o lado humano de uma pessoa famosa e com renome e/ou atividades que os destacam em seu campo de atuação; além disso, ressalte os entrevistadores com algum conhecimento da área dos entrevistados.
3. Comente que o perfil da entrevistada percebido pelos leitores seria outro caso ela falasse mal das concorrentes e que, assim, a
entrevista procurou valorizar a personalidade da jogadora.
4. A atividade levanta um aspecto polêmico das relações trabalhistas em geral: a desvalorização do trabalho feminino. Dados publicados no site Politize! afirmam que, de acordo com a ONU, as trabalhadoras ganham 84% do que ganham os homens (saiba mais em: www.politize.com.br/ igualdadesalarial entrehomens emulheres/;
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4. b) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes infiram que ainda há grande discriminação da mulher no mercado de trabalho, principalmente quanto à diferença de salários, e que essa desigualdade salarial não ocorre só no Brasil.
• Em sua opinião, se é determinado por lei que a remuneração seja idêntica, por que existe diferença salarial entre homens e mulheres? O que pode ser feito para mudar esse quadro?
5. Para Marta, ganhar a medalha de prata com a seleção nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, foi motivo, ao mesmo tempo, de alegria e de tristeza.
a) Considerando a realidade do futebol feminino no Brasil, por que, para ela, ficar em segundo lugar foi uma grande conquista?
b) Em sua opinião, por que a maioria dos brasileiros se decepcionou com a medalha de prata no futebol feminino?
6. Ao falar da época em que jogava nos campinhos de sua cidade, Marta relembra que seus irmãos tentavam protegê-la de comentários maldosos e preconceituosos.
a) Quais consequências esses comentários poderiam ter causado à jogadora quando menina?
b) Se as redes sociais fossem usadas como hoje na época, esses comentários poderiam ser considerados exemplos de discurso de ódio, ou seja, declarações que têm a finalidade de ofender ou diminuir as pessoas e que, em alguns casos, podem ser consideradas crime. Como se pode agir para acabar com essa prática?
7. Para a entrevistada, não foi um retrocesso o fato de a seleção não estar presente no pódio nos dois últimos campeonatos mundiais nem nas duas últimas olimpíadas.
a) Você concorda com a opinião da atleta? Por quê?
Respostas pessoais.
b) Em sua opinião, de que maneira essa situação pode ser revertida nos próximos campeonatos internacionais? Resposta pessoal.
A entrevista, em geral gravada ao vivo, é tradicionalmente um gênero transcrito para publicação em jornais e revistas. Seu principal objetivo é informar sobre temas que despertam o interesse da sociedade ou de um grupo específico. O entrevistador se informa previamente a respeito da pessoa que entrevistará e elabora perguntas relevantes a fim de estabelecer um diálogo.
COMPOSIÇÃO E LINGUAGEM
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943, é um conjunto de leis que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho no Brasil.
5. a) Para Marta, a medalha de prata representou uma grande superação para a equipe, que, mesmo diante da falta de incentivo e de outras dificuldades, conseguiu chegar ao segundo lugar em uma competição mundial.
5. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que, para boa parte dos brasileiros, ganhar a medalha de prata foi decepcionante porque o futebol é considerado o esporte preferido no Brasil e que a seleção masculina é referência mundial, já tendo conquistado muitos primeiros lugares.
6. a) Poderiam ter causado problemas como depressão e baixa autoestima, assim como poderiam tê-la feito desistir de ser jogadora de futebol.
6. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes posicionem-se de forma contundente contra a prática e a aceitação de discursos de ódio nas redes sociais.
1. Para chamar a atenção do leitor, pois não se espera que a melhor futebolista do mundo precise trabalhar depois de sua aposentadoria.
1. O título da entrevista que você leu traz uma fala da entrevistada. Com que finalidade ela pode ter sido escolhida para encabeçar o texto?
2. Antes das perguntas, o texto tem uma introdução ou abertura com informações sobre a vida pessoal e profissional da entrevistada. Qual é a importância dessa parte inicial do texto?
Essa parte é importante para que o leitor conheça um pouco a entrevistada e aguce a sua curiosidade a respeito dela e da entrevista.
acesso em: 14 ago. 2022). Essa diferença pode ser ainda maior no caso das mulheres negras, imigrantes e das que são mães.
4. a) e 4. b) Ressalte a necessidade de tratar desse tema e comente que a mudança da realidade desigual depende também da educação, para que se transforme a maneira de pensar e se possa reverter a desvalorização do trabalho feminino.
5. Comente que a reação de decepção é paradoxal, pois, ao mesmo tempo que o público desvalorizava o futebol feminino na época, esperava uma grande vitória.
6. Incentive os estudantes a estabelecer relações interdiscursivas entre esse aspecto da entrevista e o manifesto que pregava o fim da violência nas escolas. Em ambos, ressaltase a necessidade de proteger as crianças
da violência, que, muitas vezes, pode se concretizar por meio de comentários maldosos e estigmatizantes.
7. Incentive os a perceber que o melhor caminho para que a seleção feminina de futebol possa brilhar é o incentivo à formação de novas jogadoras, desde o início, nas categorias de base, para que não desistam da carreira esportiva, além garantir bons salários, como costuma acontecer no futebol masculino.
PROPOSIÇÕES
As propostas de Composição e linguagem abordam elementos da entrevista lida. Destacase que a linguagem utilizada é condicionada ao público alvo e ao propósito da entrevista.
REALIZAÇÃO
Composição e linguagem
1. A fala resume e polemiza o principal tema tratado na entrevista: as diferenças de salário e de valorização entre atletas em função de seu gênero.
2. O texto de abertura da entrevista tem o objetivo de traçar o perfil do entrevistado, apresentandoo ao leitor, quando se trata de personalidade desconhecida do público. No caso de entrevistados conhecidos, o texto faz uma contextualização que, de certa forma, justifica a entrevista: um autor que lança uma nova obra, um político que dá sua primeira entrevista após tomar posse de um novo cargo etc.
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REALIZAÇÃO
3. Comente que, durante a entrevista, o entrevistado pode dar respostas que dão abertura a um novo encaminhamento e que os entrevistadores devem estar preparados para isso.
4. Retome a entrevista e peça que observem as fotografias. Questione os sobre a intencionalidade delas, todas em estúdio, mostrando a jogadora vestida com elegância e portando uma bola: Por que não mostrar fotos da jogadora em campo? Que faceta da entrevistada pode ser inferida por meio das fotos selecionadas para a entrevista? Os estudantes podem supor, por exemplo, que os entrevistados quisessem mostrar um outro lado da jogadora.
5. Explique que as informações colocadas ao final da entrevista da jogadora Marta é um recurso utilizado pelo veículo em que foi publicada. Ali, é possível trazer complementos que ajudam a arrematar a entrevista, reforçando a relevância da figura em foco.
6. Os tempos verbais são importantes nas entrevistas, pois indicam o tempo da enunciação. O pretérito costuma ser utilizado quando o entrevistado relata suas experiências passadas. Já o presente costuma aparecer quando são relatados fatos contemporâneos à entrevista ou fatos usuais na vida do entrevistado.
3. a) Espera-se que os estudantes percebam que predominam as perguntas elaboradas previamente, pois as questões abordam diferentes temas.
O corpo da entrevista é composto das perguntas feitas pelo entrevistador, as quais costumam aparecer em destaque, e das respostas dadas pelo entrevistado.
3. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes infiram que os entrevistadores conhecem o esporte, a vida da entrevistada e, provavelmente, realizaram uma pesquisa sobre alguns aspectos abordados nas perguntas.
4. a) Além de atraírem a atenção do leitor, as fotografias apresentam visualmente outras informações da entrevistada – como ela estava no momento em que concedeu a entrevista, sua habilidade com a bola –, além de tornar a leitura mais agradável.
5. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que as informações apresentadas não foram contempladas nas respostas dadas por Marta e servem para fornecer ao leitor mais dados a respeito da entrevistada.
6. a) As formas verbais encontram-se predominantemente no pretérito perfeito do indicativo, porque a entrevistada relata fatos que ocorreram no passado, tempo anterior à data da entrevista.
3. A entrevista é composta de perguntas e respostas. O entrevistador prepara previamente as perguntas, mas também pode criá-las com base no que o entrevistado responde.
a) No caso dessa entrevista, predominam perguntas elaboradas com antecedência ou perguntas elaboradas com base no que Marta respondia? Por quê?
b) Com base em sua resposta ao item a, o que se pode inferir a respeito dos entrevistadores?
4. Ao longo da entrevista, foram publicadas fotografias de Marta.
a) Qual é a importância desse recurso para a leitura e a compreensão do texto?
b) Na entrevista, as fotografias são acompanhadas de legendas. Qual é a finalidade desses textos?
As legendas têm a função de explicar as fotos, informando ao leitor as situações retratadas.
5. Observe que, após a entrevista, são apresentadas algumas informações sobre a entrevistada. Considerando o teor dessas informações, por que você acha que elas foram acrescentadas ao final da entrevista?
6. Em entrevistas, como a de Marta, o entrevistado costuma relatar experiências importantes de sua vida e, para isso, utiliza formas verbais. Releia a resposta dada pela atleta à primeira pergunta da entrevista.
[...] Eu fiquei muito feliz quando vi meu nome entre as três melhores. Depois que recebi a notícia, comecei a imaginar que poderia ganhar o prêmio porque a escolha foi baseada na temporada de 2017 para 2018.
Na minha primeira temporada no Orlando Pride, ficamos em terceiro [na liga dos EUA], fui a artilheira e a jogadora que mais deu assistências. Sem menosprezar as outras duas concorrentes [Ada Hegerberg e Marozsán], mas sabia que poderia ganhar. Elas jogam no melhor time da Europa, que é o Lyon, e foram campeãs da Champions. Os requisitos eram muito maiores, mas se tratando de prêmios individuais você tem que levar os números em consideração. Então, fiquei confiante.
6. b) Nessa oração, a forma verbal jogam está no presente porque, na época da entrevista, se tratava de uma condição atual das jogadoras que competiram com Marta pelo título de melhor do mundo.
PARA LER
a) Em que tempo se encontram predominantemente as formas verbais dessa resposta? Por quê?
b) Na oração "Elas jogam no melhor time da Europa", a forma verbal está em um tempo diferente do que predomina no trecho. Por que houve essa mudança?
TRAMONTINA, Carlos. Entrevistas: a arte e as histórias dos maiores entrevistadores da televisão brasileira. 2. ed. São Paulo: Globo, 1996.
O livro, recomendado ao professor, aborda o universo das entrevistas no meio jornalístico: como elas são feitas, como são escolhidas suas pautas, quais são as que os entrevistadores mais gostaram de fazer, entre outras curiosidades.
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6. c) As informações que Marta não deu são o local onde ela tirou o terceiro lugar e o nome das duas concorrentes ao prêmio de melhor jogadora do mundo, a norueguesa Ada Hegerberg e a húngara Dzsenifer Marozsán. Essas informações foram acrescentadas pelos entrevistadores.
c) Nessa resposta, há duas informações que não foram dadas por Marta. Que informações são essas? Quem as inseriu no texto?
6. d) O objetivo foi ampliar as informações para que o leitor pudesse compreender melhor o contexto.
d) Essas informações que você indicou no item c vêm escritas entre colchetes. Qual foi o objetivo de quem transcreveu a entrevista ao acrescentá-las?
7. Em uma das perguntas, os entrevistadores usam a expressão idiomática pé-de-meia
a) Qual é o significado da expressão fazer um pé-de-meia? Por que os entrevistadores a utilizaram?
b) Expressões como essa podem ser utilizadas em qualquer entrevista? Por quê?
A expressão significa "guardar dinheiro", "economizar". Os entrevistadores a utilizaram pois trata-se de uma expressão popular e informal, que dá leveza ao texto da entrevista e aproxima a entrevistada do público.
8. Por serem realizadas oralmente e depois transcritas, as entrevistas carregam marcas próprias da oralidade. Releia o trecho a seguir.
[...] Isso é a desigualdade existente. Eu sempre levanto essa bandeira. Sou embaixadora da ONU. Está incluso no nosso trabalho. Eu falo isso constantemente. A gente luta para que possamos a cada dia sentir que está diminuindo essa desigualdade. [...]
a) Qual característica própria da modalidade oral da língua é preservada nesse trecho? No caderno, transcreva a alternativa correta. Alternativa B
A. Uso de gírias.
B. Períodos mais curtos.
C. Presença de marcadores conversacionais.
D. Grau excessivo de formalidade.
b) No último período do trecho, a forma verbal possamos está relacionada à expressão a gente. Na transcrição, por que essa expressão empregada por Marta não foi substituída por nós?
8. b) Relembre que a substituição de nós por a gente é muito comum na fala e em situações informais, menos monitoradas. Comente que, na fala da entrevistada, ela mescla os registros ao usar a gente luta e, logo em seguida, a forma verbal possamos
9. a) Verifique se os estudantes identificam argumentos usados pela entrevistada para justificar suas opiniões. As alternativas B e D, ainda que não sejam corretas, trazem argumentos com base em fatos, enquanto C traz o argumento de autoridade, que poderia ter sido utilizado pela jogadora.
A expressão foi mantida por fidelidade à situação real de interação oral e informal da entrevista.
9. Releia a resposta de Marta para a última pergunta da entrevista ("Paramos no tempo?"), que se refere à seleção brasileira feminina de futebol.
É difícil você querer que surjam talentos sem ter incentivo. Muitas meninas pararam porque não conseguiram ver uma chance. Ter que estudar e sair correndo para o treino não sendo remunerada. Chega um momento em que se sentem exaustas, cansadas. Aí fica difícil. Lá fora as seleções têm uma facilidade maior de encontrar o produto. [...]
a) Qual estratégia argumentativa Marta utilizou para justificar a ausência da seleção brasileira de futebol feminino nas premiações? No caderno, transcreva a alternativa correta.
7. b) Essas expressões podem ser usadas em entrevistas mais informais, como a de Marta. Quando o entrevistado, pela função que desempenha, impõe um grau maior de formalidade, a linguagem costuma ser mais formal, como em entrevistas com políticos ou sobre economia. Alternativa
A. Comparação com a realidade externa ao Brasil.
B. Referência ao passado de sucesso da modalidade no Brasil.
C. Argumento de uma autoridade no futebol.
D. Exemplo da falta de empenho das jogadoras.
b) Em sua resposta Marta emprega duas vezes o adjetivo difícil. O que ela deixa claro ao usar esse termo?
Ela deixa claro que é difícil uma jogadora habilidosa surgir nesse momento, pois não há incentivos para que ela consiga desenvolver e aperfeiçoar o seu talento. Portanto, é difícil a seleção brasileira conseguir chegar aos pódios mundiais.
REALIZAÇÃO
6. c) e 6. d) Comente que a função dos editores da entrevista é torná la compreensível para o leitor. Por isso, as informações que a entrevistada não cita e que o público pode desconhecer são oferecidas de forma diferenciada (entre colchetes).
7. Relembre os estudantes de que a variedade escolhida, seja em registro formal, seja informal, faz parte da intencionalidade do texto. Caso
se queira uma aproximação com o leitor e o contexto da entrevista permita, expressões comuns na oralidade são bemvindas.
8. a) Comente que as alternativas A e C contêm marcas da oralidade, que, no entanto, não aparecem no trecho transcrito. A alternativa D apresenta uma informação falsa a respeito do trecho, dado que não há excesso de formalidade na fala da entrevistada
9. b) A seleção lexical usada por entrevistados e entrevistadores pode ser reveladora de pontos de vista implícitos; por isso, é importante prestar atenção nos adjetivos usados por eles.
ANGELO, Cristiane Malinoski Pianaro; PENKAL, Loremi Loregian. O livro didático e as atividades de leitura do gênero discursivo entrevista. Signótica, Goiânia, v. 25, n. 2, p. 453-472, 2014. Disponível em: https://revistas.ufg. br/sig/article/view/25061. Acesso em: 15 ago. 2022.
Fundamentado nos pressupostos bakhtinianos, o artigo, recomendado ao professor, apresenta uma análise das atividades de leitura do gênero entrevista em um livro didático de Língua Portuguesa. Os resultados discorrem sobre as metodologias empregadas no trabalho com esse gênero e sobre questões como as noções de interlocutor e autoria, a finalidade social da entrevista, as condições de produção e outras que podem ser trabalhadas pelo professor.
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PARA ACESSAR
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REALIZAÇÃO Composição e linguagem
10. Após a leitura silenciosa da entrevista, solicite aos estudantes que identifiquem os trechos em que o depoimento da entrevistada foi registrado por meio de discurso direto e os trechos em que o foi por meio de discurso indireto.
10. a) e 10. b) É importante mostrar que, comparandose ambas as entrevistas, notase que houve um progresso, ainda que tímido, no reconhecimento das atletas do futebol feminino.
11. Comente que a entrevista lida na atividade foge do formato canônico, porque traz as falas transcritas entre aspas de uma entrevista originalmente feita ao vivo pela TV e porque não destaca as perguntas e respostas de forma linear, mas apenas em tre chos em destaque para compor o texto, com alguma costura feita pelo jornalista responsável por fazer essa transposição, que registra algumas respostas em discurso indireto.
12. Promova a reflexão a fim de levar os estudantes a reconhecer que, nas duas entrevistas, Marta se posiciona de maneira ética e em favor das jogadoras de futebol, demonstrando ter consciência de que não há igualdade de gênero nesse esporte, mas mostrando se disposta a mudar a situação. O fato de a jogadora ser uma figura conhecida e chamar a atenção para esse fato revela sua postura cidadã, uma vez que ela contribuiu para assegurar os direitos das mulheres, gerando impacto positivo com suas declarações e levando a uma mudança na situação.
10. b) A jogadora tem muito prestígio nacional e internacional, o que deu visibilidade à questão, fazendo com que a CBF tomasse a iniciativa de reverter a situação, seguida provavelmente por outras confederações e empresas nacionais e de outros países ligadas ao esporte.
10. A seguir, leia o trecho de outra entrevista com a jogadora Marta, concedida em 2020.
Preconceito e machismo travam desenvolvimento do futebol feminino,
diz Marta
Atacante da seleção brasileira comentou anúncio da CBF sobre pagamentos iguais para homens e mulheres
A jogadora Marta celebrou o anúncio da CBF de pagamentos iguais de diárias e premiação para mulheres e homens. Em entrevista à CNN, a atacante da seleção brasileira disse esperar que outras empresas e confederações sigam o mesmo exemplo.
“A gente fica super feliz [com essa notícia]. Independente de ter vindo cedo ou tarde, é melhor do que nunca”, disse a titular da camisa 10 brasileira, eleita seis vezes a melhor futebolista do mundo.
“Percebemos que o preconceito e o machismo acabam travando algumas situações que poderiam ajudar no desenvolvimento como, por exemplo, investir no futebol feminino de maneira que se possa dar a estrutura necessária para o atleta se dedicar 24 horas como profissional, assim como acontece no masculino.”
FERRARI, Murillo. Preconceito e machismo travam desenvolvimento do futebol feminino, diz Marta. CNN Brasil, São Paulo, 6 set. 2020. Disponível em: www.cnnbrasil.com.br/esporte/preconceito-e-machismotravam-desenvolvimento-do-futebol-feminino-diz-marta/. Acesso em: 21 jul. 2022.
10. a) Nessa entrevista, Marta divulga que a CBF irá pagar diárias e premiações iguais a homens e mulheres.
a) O que essa entrevista traz de diferente em relação ao conteúdo da entrevista anterior?
b) Como a voz da jogadora pode ter contribuído para que essa fato ocorresse?
11. Quanto à composição, o que você observa de diferente nessa entrevista se comparada à anterior?
12. Em sua opinião, o que o posicionamento de Marta nas duas entrevistas revela sobre a postura cidadã da jogadora? Resposta pessoal.
A entrevista, quando transcrita, é iniciada por um título, que informa o assunto que será tratado. Geralmente, há uma introdução, ou abertura, parte em que se apresenta o entrevistado com dados pessoais, profissionais e o que mais for relevante, de acordo com o objetivo do jornalista. Por ser um gênero de tradição oral, são comuns os registros de oralidade, como frases mais curtas, marcadores conversacionais e expressões coloquiais.
PARA ASSISTIR
Preconceito e machismo travam desenvolvimento do futebol feminino, diz Marta. 2021. Vídeo (13min44s). Canal CNN Brasil. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=GB6m4WL4NeI. Acesso em: 21 jul. 2022. Assista ao vídeo para conferir a íntegra da entrevista de Marta celebrando o anúncio de pagamentos iguais de diárias e premiação para mulheres e homens no futebol brasileiro.
11. A entrevista anterior tem um formato mais tradicional, com perguntas e respostas definidas e o predomínio do discurso direto; nesta outra, há apenas a transcrição das respostas da jogadora, já que as perguntas, que não aparecem, são subentendidas pelo leitor.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A fotografia em entrevistas
Convide os estudantes a procurar entrevistas em sites noticiosos e em jornais e revistas (impressos ou virtuais). Explique que deverão, em duplas, observar as fotografias que acompanham a entrevista selecionada e tentar inferir a intencionalidade do fotógrafo ao tirálas e a dos entrevistadores/editores ao selecionálas
para compor a entrevista: No caso de retratos do entrevistado, que faceta dele quer ser enfatizada com o ângulo escolhido pelo fotógrafo? No caso de fotos que registram momentos da vida do entrevistado, que características se quer enfocar? Reserve um momento para que as duplas mostrem o resultado de sua análise e comente as coletivamente.
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Regência nominal
1. a) A notícia não a surpreendeu, pois a jogadora tinha uma expectativa de que poderia ganhar o prêmio, não só pelo fato de estar entre as três melhores, mas também por sua atuação no período de 2017-2018, temporada de avaliação do prêmio.
Assim como os verbos, muitos nomes também precisam de termos que complementem seus sentidos, estabelecendo entre eles uma dependência.
1. Releia o trecho da entrevista com a jogadora Marta.
Esperava ganhar o prêmio de melhor do mundo este ano? Eu fiquei muito feliz quando vi meu nome entre as três melhores. Depois que recebi a notícia, comecei a imaginar que poderia ganhar o prêmio porque a escolha foi baseada na temporada de 2017 para 2018.
Na minha primeira temporada no Orlando Pride, ficamos em terceiro [na liga dos EUA], fui a artilheira e a jogadora que mais deu assistências. Sem menosprezar as outras duas concorrentes [Ada Hegerberg e Marozsán], mas sabia que poderia ganhar. [...]
a) Pela resposta de Marta, pode-se inferir que a notícia a surpreendeu? Justifique.
b) Em sua opinião, que característica no desempenho de Marta pode ter chamado mais a atenção dos jurados para que ela fosse a escolhida, já que todas as candidatas eram do mesmo nível?
Provavelmente, o fato de ela ter sido a artilheira da temporada nos Estados Unidos e a jogadora que mais deu assistências.
2. Releia dois trechos, que revelam posicionamentos da entrevistada ao saber do prêmio.
Trecho 1
2. a) O trecho 1; a ideia é construída com o emprego da locução verbal comecei a imaginar
[...] comecei a imaginar que poderia ganhar o prêmio [...].
Trecho 2
2. b) O trecho 2 indica uma ideia de certeza, expressa pela forma verbal sabia
[...] mas sabia que poderia ganhar. [...]
a) Qual trecho sugere uma ideia de possibilidade? Que recurso linguístico possibilita a construção dessa ideia?
b) Que ideia o outro trecho indica e que forma verbal a expressa?
3. Releia a pergunta que inicia o trecho apresentado na atividade 1
PARA ACESSAR
CBF – Marta. Disponível em: https://www. cbf.com.br/selecao -brasileira/tags/mar ta. Acesso em: 21 jul. 2022.
Acesse o link e tenha acesso ao conteúdo sobre a jogadora Marta no siteoficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
1. Explore as escolhas lexicais da entrevistada presentes no trecho. Comente que ela não responde diretamente à pergunta, mas comenta como se sentiu e o que supôs na época. Ajude os estudantes a concluir que não combinaria com o perfil da entrevistada (retratada como uma atleta humilde e que valoriza as companheiras de equipe) se ela dissesse diretamente que não se surpreendeu com o prêmio.
2. Verifique se os estudantes identificam os recursos linguísticos responsáveis pela modalização da certeza ( sabia) e da possibilidade (comecei a imaginar).
3. a) A atividade introduz a ideia de que os nomes também necessitam de complemento ou de informações a mais para serem compreendidos com precisão.
3. b) Comente que, embora as preposições sejam palavras responsáveis basicamente pela conexão entre palavras, elas também estabelecem relações de sentido entre as palavras ligadas.
a) Se o enunciado terminasse na palavra prêmio, seria possível entender o sentido da frase?
b) Que função a preposição de desempenha na expressão de melhor?
Estabelecer uma relação de sentido entre o nome e o termo posterior a ele.
c) Agora, analise a expressão do mundo. A que palavra ela está relacionada? Ela é necessária para o entendimento dessa palavra ou pode ser excluída?
3. a) Espera-se que os estudantes concluam que o sentido não estaria claro, pois o substantivo prêmio necessita de um complemento, que amplie a informação a respeito desse nome. 291
A expressão está ligada ao adjetivo melhor; ela é necessária, pois o adjetivo melhor precisa de um complemento para ser entendido.
PROPOSIÇÕES
Em Por dentro da língua, o tema será a regência nominal. Relembre a regência verbal, estudada anteriormente neste módulo, e levante hipóteses sobre a diferença entre ambas. Esperase que os estudantes infiram que se trata, agora, de termos regidos por nomes e não mais por verbos.
Esclareça que os nomes, neste caso, são os substantivos, adjetivos e advérbios. Aproveite
para retomar essas classes de palavras e as preposições, classe gramatical cuja função é conectar palavras (já revistas no estudo da regência verbal). O uso da preposição inadequada pode causar problemas no sentido pretendido pelo autor. Por exemplo, “luta contra algo” é diferente de “luta por algo”.
3. c) Comente que a sucessão de locuções adjetivas vai especificando a informação de modo que o leitor a compreenda totalmente.
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POR
DENTRO DA LÍNGUA
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REALIZAÇÃO
Por dentro da língua
4. Verifique se os estudantes compreendem que as locuções adjetivas oferecem informações adicionais ao sentido do substantivo.
PROPOSIÇÕES
Após a realização das atividades iniciais, leia o texto teórico em voz alta, fazendo paradas estratégicas para comentar ou explicar alguns pontos por meio de outros exemplos contextualizados. É importante que os estudantes percebam a função das preposições tanto na conexão entre nomes e locuções adjetivas, como entre advérbios e seus possíveis complementos. Auxilie os a identificar semelhanças entre a regência verbal e a nominal, como o exemplo oferecido no último parágrafo (inserção). Produza, com a colaboração dos estudantes, uma lista de possíveis substantivos abstratos derivados de verbos e analise a preposição que os rege, tais como:
• combate (de combater): combater a desigualdade social / o combate à desigualdade;
• acúmulo (de acumular): acumular recordes / acúmulo de recordes;
• corte (de cortar): cortar verbas / corte de verbas;
• desempenho (de desempenhar): desempenhar uma função / desempenho de uma função.
4. Releia o período a seguir. 4. a) Acrescenta a posição em que se encontrava o nome da jogadora na lista das candidatas ao prêmio.
[...] Eu fiquei muito feliz quando vi meu nome entre as três melhores. [...]
a) Que informação a expressão entre as três melhores acrescenta ao substantivo nome?
b) Essa informação é necessária para dar sentido ao trecho? Justifique.
c) Como se estabelece a ligação entre o nome e o termo que vem a seguir?
Por meio da preposição entre
Nas atividades anteriores, alguns nomes – substantivo ou adjetivo – precisam de termos que complementem seu sentido e especifiquem seu significado. Essa relação se chama regência nominal.
4. b) Sim, pois é essencial para entender por que a jogadora ficou feliz e ressalta a sua importância como atleta futebolística.
Regência nominal é a relação que se estabelece entre um nome – substantivo, adjetivo e advérbio – e o termo que lhe serve de complemento.
Exemplos:
[...] Não há na história do esporte nenhum atleta [...].
No exemplo, o substantivo história precisa da expressão do esporte para completar seu sentido e informar ao que está se referindo.
[...] Foi uma tristeza também por saber que a prata não é tão valorizada no futebol no Brasil. [...]
No exemplo, o adjetivo valorizada precisa da expressão no futebol para completar seu sentido e informar em que esporte ela não é valorizada.
• Os jurados decidiram favoravelmente à atleta brasileira, elegendo-a como a melhor do mundo.
No exemplo, o advérbio favoravelmente precisa da expressão à atleta brasileira para completar seu sentido.
No estudo da regência nominal, deve-se considerar que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes. O substantivo inserção, por exemplo, vem do verbo inserir, que é transitivo e exige um complemento verbal para ser compreendido. Inserir significa "introduzir", "implantar", portanto quem insere algo só pode inseri-lo em algum lugar.
Em geral, a relação entre o nome e seu complemento é estabelecida por meio de uma preposição. Alguns nomes podem pedir preposições diferentes. Exemplos:
• Marta tem amor a sua profissão.
• O amor por atividades esportivas pode trazer mais saúde às pessoas.
• O amor da família é nossa maior riqueza.
• O amor para com as pessoas que convivem conosco é essencial. 292 D3-264-299-POR-F2-2102-V9-M7-LA-G24_AVU.indd
PARA LER
BECHARA, Evanildo. Mais uma vez a lógica. Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro, 4 dez. 2011. Disponível em: http://academia.org.br/artigos/ mais-uma-vez-logica. Acesso em: 15 ago. 2022.
O professor e membro da Academia Brasileira de Letras explica nesse artigo a origem e o uso de expressões como “entrega a domicílio”.
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Quando se usa a preposição a, em alguns casos de regência nominal e verbal, ocorre a crase: fusão da preposição a com o artigo a(s). Na escrita, a crase é indicada pelo acento grave Exemplos:
[...] era jogar futebol, ser profissional, chegar à seleção e viver do futebol. [...]
No exemplo, o acento grave na palavra a indica que ela é, ao mesmo tempo, preposição – exigida pelo verbo (quem chega, chega a algum lugar) – e artigo – exigido pelo nome feminino (seleção).
Os jovens querem pôr um fim à violência nas escolas. [...]
No exemplo, o acento grave na palavra a, indica que ela é, ao mesmo tempo, preposição –exigida pelo nome (pôr fim a algo) – e artigo – exigido pelo nome feminino (violência).
A crase só pode ser usada antes de nomes femininos, já que só eles podem ser antecedidos pelo artigo a. Na maioria dos casos, para ter certeza do uso da crase, deve-se substituir a expressão feminina por outra masculina: se for necessário o uso de ao, então o a deverá ser craseado. Veja.
• Os estudantes querem pôr fim à violência que acontece na escola.
substantivo feminino
• Os estudantes querem pôr fim ao vandalismo que acontece na escola.
substantivo masculino
No primeiro exemplo, ocorre crase, pois a palavra violência está no feminino. No segundo exemplo, diante da mesma frase, mas com a substituição do substantivo feminino pelo substantivo masculino vandalismo, o a craseado foi substituído pela contração ao (preposição a + artigo o).
ATIVIDADES
1. Leia o trecho da reportagem a seguir, que trata do amor de Catarina Xavier, uma menina de 13 anos, pela Matemática.
Paixão pela Matemática
19/07/2021
Enquanto muitos quebram a cabeça, ela se maravilha com as infinitas possibilidades proporcionadas pelos números. Quando conversamos com Catarina Xavier, em 2021, ela tinha 13 anos e cursava o 8o ano [...], em São Paulo. E nos garantiu – a paixão pela matemática surgiu bem cedo. “Foi no primeiro ano que eu conheci a matéria e eu já me apaixonei”, conta.
Marta tem capacidade para o trabalho como jogadora.
Além disso, reserve um tempo para dar mais exemplos do uso do acento grave indicador de crase nos complementos verbais indiretos.
Depois, encaminhe as propostas de Atividades, para que os estudantes continuem exercitando os conhecimentos de regência nominal de forma contextualizada.
REALIZAÇÃO
Atividades
1. Relembre os elementos que costumam compor o gênero textual reportagem: título, linha fina, relato dos fatos somado a uma análise comentada e mais aprofundada que nas notícias. Comente que os títulos das reportagens podem ser mais subjetivos que os das notícias, que costumam ser mais descritivos. No caso da reportagem a ser analisada, não há nenhuma informação precisa. Peça que observem de que forma o discurso de Catarina Xavier foi citado durante o texto.
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PROPOSIÇÕES
Mostre aos estudantes que os nomes podem reger preposições diferentes, às vezes criando efeitos de sentido diversos. Ofereça alguns exemplos: como os seguintes.
• Acostumado (a/com): Estou acostumado a lutar pelos meus direitos.
Não deveríamos estar acostumados com a desigualdade de gênero.
• Apto (a/para): Estou apto a jogar futebol. Joana está apta para jogar futebol.
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• Aversão (a/por): Ele tem aversão a esportes coletivos. Muitas pessoas têm aversão por esportes coletivos.
• Capacidade (de/pra): O entrevistador tem excepcional capacidade de comunicação.
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REALIZAÇÃO
1. Comente com os estudantes que a Agenda 2030 é um conjunto de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecido em setembro de 2015 durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, organizada pela ONU, com a participação dos 193 Estadosmembros.
1. a) Oriente os estudantes a relacionar a conquista relatada na reportagem ao direito por uma boa educação, por oportunidades iguais, por uma vida digna, que compreendem algumas dimensões dos direitos humanos.
1. b) Se possível, acesse, com os estudantes, o site da ONU para conhecer melhor cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e algumas das ações que têm sido realizadas no Brasil para atingi los (disponível em: https://brasil.un.org/pt br/ sdgs; acesso em: 15 ago. 2022).
2. Ressalte a importância de mostrar as falas dos envolvidos nos textos do campo jo rnalístico midiático, pois elas ajudam a dar credibilidade aos fatos narrados no texto.
3. Destaque a escolha das palavras no período: quebrar a cabeça em contraposição a se maravilha, o que valoriza ainda mais o feito de Catarina.
4. Para reforçar a compreensão, oriente os estudantes a comparar a regência nominal ( paixão pela ) e a verbal (apaixonar-se por).
1. b) Catarina mostra que é possível se destacar em áreas como a Matemática, de uma forma criativa e original, ensinando conteúdos a outros jovens como ela que gostam desse conteúdo ou têm algum tipo de dificuldade e precisam de ajuda, o que evidencia o papel das meninas e mulheres na Ciência e na Matemática.
Mas a paixão teve altos e baixos. Quando estava no 6o ano, Catarina teve dificuldade com conteúdos como perímetro e cálculo de áreas. “Eu falei pra mim mesma que matemática não era mais a minha matéria preferida”, lembra a estudante.
Ao saber disso, sua mãe, a contadora Evelise Xavier, logo falou que ela não podia desistir. E lançou um desafio pra filha. Como Catarina adora vídeos e inclusive já tinha tentado ter um canal no YouTube, ela sugeriu uma nova tentativa. Mas, desta vez, com Catarina explicando matemática para jovens internautas como ela.
Deu super certo! Catarina é uma menina super comunicativa e carismática, e já tinha conquistado quase 30 mil inscritos em seu canal CatMat até julho de 2021. Lá, ela explica, de forma divertida, questões como frações, raiz quadrada, mínimo múltiplo comum e até faz funk para falar da classificação dos ângulos.
[...]
Além da Matemática, Catarina adora Ciências e acredita que, no futuro, vai estudar algo relacionado a essas matérias, como Engenharia, Biologia ou Química. Entre suas inspirações, ela cita todas as professoras que já teve. Mas uma pessoa tem um papel especial: sua mãe, que sempre a incentivou. Catarina também conta com o precioso apoio de seu pai, José Roberto Xavier, na edição dos vídeos e do irmão, Diego Xavier, na conferência dos conteúdos.
[...]
2. a) Aos momentos em que se apaixona pela Matemática e quando ela se desencantou com esse componente curricular.
1. a) Porque são histórias que motivam e levam os leitores a acreditar no próprio
a) Por que é importante que fatos como esse sejam divulgados?
b) Uma das metas da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável é diminuir a desigualdade de gênero nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. De que maneira o exemplo de Catarina Xavier pode contribuir para esse propósito?
2. Em dois trechos da reportagem, são reproduzidas falas da menina.
a) A que momentos da vida de Catarina essas falas se referem?
b) Considerando o que esses momentos representam na vida da menina, por que essas falas podem ter sido inseridas no texto?
3. Releia o primeiro período da reportagem.
2. b) Para trazer a voz da menina ao texto e dar credibilidade ao que está sendo dito, já que é uma reprodução do que ela disse a respeito de experiências que viveu.
a) Que imagem é construída sobre a menina nesse período?
b) A primeira oração é usada para enfatizar essa perspectiva. Que recursos linguísticos enfatizam essa ideia na oração?
3. a) Uma imagem de genialidade e talento com os números e com a Matemática.
c) O que é ressaltado na segunda oração? Que recursos linguísticos empregados evidenciam a posição a respeito da menina?
4. Releia o período a seguir.
3. c) Sua inteligência e domínio da disciplina; a forma verbal maravilha e a expressão infinitas possibilidades evidenciam a admiração pela menina e pelo papel que ela desempenha.
[...] E nos garantiu – a paixão pela matemática surgiu bem cedo. [...]
a) Que termo exerce a função de sujeito da oração em destaque?
O termo a paixão pela matemática
b) Que termo exerce a função de núcleo do sujeito? Qual é a finalidade da expressão que o acompanha?
O termo paixão; a expressão pela matemática especifica pelo que a menina tem paixão, sendo, portanto, um elemento essencial à produção de sentidos no período.
c) É possível afirmar que esse é um caso de regência nominal? Por quê?
4. c) Sim; a expressão é essencial para que se entenda o sentido do nome e vem ligada a ele por meio da preposição pela
3. b) O pronome indefinido muitos (referindo-se à maioria das pessoas) e a expressão idiomática quebram a cabeça, que enfatiza a dificuldade dessas pessoas.
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potencial, assim como o exemplo de Catarina.
PAIXÃO pela Matemática. Plenarinho, Brasília, DF, 19 jul. 2021. Disponível em: https://plenarinho.leg.br/index.php/2021/07/paixao-pela-matematica/. Acesso em: 21 jul. 2022.
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5. Releia este período e observe os termos em destaque.
[...] Quando estava no 6o ano, Catarina teve dificuldade com conteúdos como perímetro e cálculo de áreas. [...]
O termo com conteúdos está relacionado ao nome dificuldades, e o termo de áreas está relacionado a cálculo
• De que maneira ocorre a regência nominal desses termos em destaque?
6. A seguir, leia o cartum, que faz referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
6. b) O menino fala de diferentes tipos de luta, enquanto o avô refere-se à luta dos negros por respeito e igualdade de direitos.
8. Sugira aos estudantes que relembrem os temas apresentados nas leituras do manifesto e da entrevista deste módulo. Sugere se que você registre na lousa as lutas indicadas pelos estudantes, a fim de compor um panorama das percepções da turma a respeito da igualdade, da cidadania e da harmonia social. Verifique se eles observam que a preposição por e as contrações pela e pelo têm o mesmo sentido.
8. b) Se possível, analise as preposições coletivamente com base nos registros feitos na lousa.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Jogo da regência
Proponha uma brincadeira com as regências verbal e nominal.
6. a) Provavelmente, para evidenciar que os idosos têm mais consciência do que os jovens e podem orientá-los a ter respeito por pessoas de outras etnias.
a) Considerando o tema, por que os personagens são de gerações diferentes?
b) Que relação pode ser estabelecida entre a conversa dos personagens e o tema do cartum?
7. a) Na fala do avô, em que a palavra se refere a uma ação social com fim específico. Na fala do menino, o substantivo indica literalmente diversos tipos de luta física.
7. Na fala de cada um dos personagens foi usado o substantivo luta
a) Em qual das duas falas esse substantivo precisa de complemento? Explique sua resposta.
b) Que termo complementa o substantivo luta e de que forma ele está ligado ao nome?
O complemento é pela igualdade e está ligado ao substantivo pela preposição pela (contração de por com a).
8. Além da luta pela igualdade que o avô citou, que outras lutas poderiam acontecer para mudar a vida das pessoas?
a) No caderno, escreva pelo menos três.
8. a) Resposta pessoal. Sugestões de resposta: luta por direitos iguais; luta por melhores salários; luta por empregos dignos; luta por boas escolas.
b) Que preposição você usou nas suas respostas para o item a? Essa preposição é igual ou diferente da que foi usada no cartum?
8. b) Espera-se que os estudantes respondam que usaram a preposição por, enquanto no cartum foi utilizada a contração pela (preposição por + artigo a).
Providencie cartões com as principais preposições que costumam conectar termos regentes e regidos (a, de, por, para, com, para com, em, sobre, contra). Distribua cartões com verbos, substantivos, adjetivos e advérbios que regem seus complementos. Os estudantes deverão combinar nomes e verbos com as preposições para formar expressões, que deverão ser anotadas e inseridas em frases dentro das temáticas de direitos humanos e cultura de paz – explique que eles podem contrair ou combinar as preposições, se for preciso.
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5. Sugere se transcrever o período na lousa e propor uma análise coletiva dele com a turma. Ao promover a leitura, questione os quanto às relações que os termos em destaque estabelecem com outros elementos do período.
6. Oriente a leitura do cartum, de modo que percebam a necessidade de ler tanto os
elementos verbais (título e falas dos personagens) como os não verbais. O título esclarece ao leitor o mote da crítica implícita pelo humor: a luta por igualdade racial.
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7. Comente que o uso da preposição, no caso do substantivo luta, é essencial para a compreensão. Se considerar oportuno, proponha que comparem as expressões: luta por/pela e luta contra, a fim de explorar o uso das preposições.
No momento de compartilhar os resultados da atividade, eles deverão explicar em que contexto as frases criadas poderiam ser utilizadas. Ganha o grupo que compuser o maior número de expressões e frases contextualizadas.
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CAZO
CAZO, Luiz Fernando. [Dia da Consciência Negra]. Humor político. [S. l.], 20 out. 2020. Disponível em: www.humorpolitico.com.br/cazo/dia-da-consciencia-negra-9/. Acesso em: 21 jul. 2022.
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PROPOSIÇÕES
Esta proposta de Produção multimodal é a culminância do ano letivo e dos anos finais do Ensino Fundamental e busca favorecer o protagonismo dos estudantes e sua criatividade e criticidade na resolução de problemas.
Espera-se que, ao produzir e divulgar uma campanha de promoção da cultura de paz, os estudantes compreendam a escola como espaço de transformação, de construção de valores, de atitudes e de convivência empática, solidária, generosa e não violenta. A proposta valoriza a construção da cidadania e do convívio social republicano, uma vez que incentiva os estudantes a se mobilizarem em torno da busca da paz. O tema retoma os conteúdos abordados no módulo, desde o manifesto pela não violência até a entrevista com a jogadora Marta, que mostra a busca pelo ideal de igualdade entre os gêneros.
A proposta organiza-se em etapas. A primeira, coletiva, orienta a seleção do tema da campanha, que deverá ser o mesmo para toda a turma. A segunda, específica para cada grupo, orienta a confecção das peças da campanha. Como os grupos terão liberdade para escolher o gênero em que elaborarão sua campanha, é importante oferecer a eles subsídios para a realização.
PRODUÇÃO MULTIMODAL
Campanha
Nesta seção, a proposta é que você e os colegas engajem-se no combate à violência e exerçam sua cidadania ao produzir uma campanha para promover a cultura de paz na escola. A campanha será uma produção coletiva e caberá a cada grupo criar uma peça diferente para difundir a paz no dia a dia, incentivando a convivência saudável e empática entre toda a comunidade escolar.
Planejando a campanha
1 Definam qual vai ser o foco da campanha produzida pela turma. Para a escolha, considerem a realidade da escola e o objetivo da campanha, que é promover a cultura de paz.
2 Com o tema definido, toda a turma deve ajudar a pensar em um slogan, uma frase que define a ideia da campanha e que desperta a atenção das pessoas. Ela deve ser curta, direta e de fácil memorização. Coletivamente, definam também as cores e/ou imagens que farão parte da identidade visual da campanha. Elas devem estar presentes em todas as peças produzidas, para que o público perceba que fazem parte da mesma ação.
3 Em seguida, formem grupos de seis integrantes. Cada grupo ficará responsável pela produção de uma peça da campanha. Considerando as habilidades e os interesses de vocês, podem ser produzidos cartazes, fôlderes e folhetos, além de áudios e vídeos, por exemplo.
4 Cada grupo deve realizar um levantamento de material sobre o tema, considerando a peça que ficou responsável por produzir. Se algum grupo for criar um fôlder, por exemplo, pode pesquisar informações sobre a cultura de paz em textos informativos ou publicações no site da ONU e, depois, selecionar as mais importantes para compor sua peça, que comporta mais texto. Já um grupo que ficou com o jingle pode buscar letras de canção sobre a paz para usar como texto-fonte para uma paródia, por exemplo, além de selecionar o aplicativo ou programa de edição de áudio que pretende utilizar.
5 Independentemente da peça que será produzida, todos os grupos devem refletir sobre as causas e as consequências de não ter um ambiente escolar pacífico, além de pensar em ações que possam ser incentivadas para efetivar uma mudança de visão e de atitudes. Para isso, conversem sobre as perguntas a seguir.
• Como mostrar a importância de criar uma cultura de paz na escola?
• Que atitudes e ações precisam ser incentivadas para que a mudança ocorra?
• Como despertar a atenção e o interesse do público-alvo para o tema?
6 No caderno, registrem as ideias e conclusões a que chegaram.
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Em Planejando a campanha, é interessante que procurem, na delimitação do tema, identificar problemas que acontecem na escola, para que a campanha tenha um objetivo efetivo.
Para auxiliar na elaboração do slogan, liste, juntamente com os estudantes, slogans conhecidos para que se inspirem. Ressalte a
necessidade de o slogan ser claro, de modo que o leitor compreenda o objetivo da campanha assim que o ler.
É interessante que os grupos optem por gêneros textuais diversos, para garantir uma variedade de peças de campanha. Verifique as condições materiais necessárias: celulares para realizar gravações, programas de edição de vídeo e áudio, papel para confeccionar os fôlderes etc.
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Produzindo as peças da campanha
1 Cada grupo deverá produzir a peça da campanha pela qual ficou responsável
2 As peças devem convencer o público a aderir à causa; por isso, vocês devem usar estratégias de persuasão.
3 Os grupos que vão produzir peças impressas podem explorar recursos como a interlocução com o público e o uso de figuras de linguagem. Também é importante considerar o efeito de sentido pretendido com o uso de texto verbal, de imagens e de outros recursos não verbais. Para que as peças fiquem mais profissionais, procurem usar editores de texto e/ou de imagem na produção.
4 Os grupos que vão produzir vídeos e áudios devem escolher as ferramentas de edição adequadas a cada caso e atentar para o enfoque que será dado ao tema por meio da seleção de imagens estáticas e em movimento, trilha e efeitos sonoros, entre outras possibilidades.
5 Lembrem-se de inserir em todas as peças o slogan e os elementos comuns da campanha definidos coletivamente.
Revisando e finalizando as peças da campanha
1 Troquem a peça produzida com outro grupo. Em seguida, façam uma avaliação considerando os itens informados pelo professor
2 Ouçam as sugestões dos colegas e façam as correções e alterações que considerarem convenientes.
3 Usando novamente programas ou aplicativos de edição de texto, áudio ou vídeo, elaborem a versão final das peças. Verifiquem com o professor a melhor maneira de imprimir as peças a serem impressas e em qual formato as peças em áudio ou vídeo devem ser armazenadas.
Divulgando e avaliando a campanha
1 Combinem com o professor um dia para iniciar a divulgação da campanha e em que local as peças impressas serão afixadas ou distribuídas. Vocês podem organizar uma exibição das peças em vídeo e reproduzir as peças em áudio usando o sistema de som da escola, por exemplo.
2 Se possível, preparem um evento de lançamento da campanha e convidem toda a comunidade escolar para participar. Pode haver apresentações musicais e literárias que tenham a paz como tema, entre outras atividades pensadas para surpreender o público.
3 Para atingir mais pessoas, sob a orientação do professor, as peças podem ser divulgadas nas redes sociais da escola ou da turma.
4 Depois do lançamento da campanha, observem se houve alguma mudança de comportamento na comunidade escolar e se a campanha contribuiu de alguma maneira na promoção de uma cultura de paz.
PARA ACESSAR
ALCARDI, Zyon. Os 5 melhores slogans da história da Publicidade. Cria UFMG, Belo Horizonte, 8 dez. 2021. Disponível em: https://criaufmg.com.br/2021/12/08/os-5-melhores-slogans-dahistoria-da-publicidade/. Acesso em: 15 ago. 2022.
O link direciona a um texto jornalístico produzido pelos estudantes da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais e que lista os cinco melhores slogans da história da publicidade. Se possível, compartilhe a indicação com a turma para que os estudantes conheçam exemplos de slogans
REALIZAÇÃO
Em Produzindo as peças da campanha, antes de realizar esta etapa, leia com os estudantes cada item, para que conheçam os passos do projeto.
Em Revisando e finalizando as peças da campanha, se achar conveniente, combine uma data para que cada grupo apresente para a turma a primeira versão da peça produzida, promovendo uma avaliação coletiva. Além de verificar a pertinência das produções, é importante garantir que a mensagem final seja sempre uma proposta de paz. Para orientar a avaliação, peça aos estudantes que utilizem as perguntas a seguir:
• A peça cumpre sua finalidade e atrai a atenção do leitor?
• Estão claros o tema da campanha e as ações que se espera do público?
• Foram utilizados recursos persuasivos adequados a cada peça?
• O slogan criado pela turma está presente?
• É possível identificar que a peça faz parte da mesma campanha?
Oriente a finalização, garantindo que as observações feitas pelos grupos serão incorporadas na versão final.
Em Divulgando e avaliando a campanha, é imprescindível que a direção da escola seja comunicada com antecedência dos eventos que extrapolem os limites da sala de aula. Dessa forma, garante-se a participação da comunidade escolar, uma vez que o tema desenvolvido interessa a todos.
Procure incentivar a participação de todos os estudantes da turma na divulgação para que as produções sejam compartilhadas por outros estudantes da escola e pela comunidade escolar.
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Habilidades de encerramento
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PROPOSIÇÕES
Para encerrar os trabalhos, em Linguagens em conexão propõe se o contato com iniciativas com viés de transformação social por meio da arte.
Criado em 2014, o Projeto PALCO está baseado em São Paulo (SP) e auxilia pessoas com base na ampliação de conhecimento, do acesso à arte e da participação cultural. Ressalte aos estudantes que a imagem apresentada é do registro de um momento da Mostra PALCO 2019, um evento promovido pelo projeto e que contou com a participação da comunidade do Jaguaré, em São Paulo (SP), incluindo escolas públicas, organizações sociais e comércios.
Já o Coletivo Beture foi criado em 2015 por um grupo de jovens cineastas mebêngôkre (kayapó), com a finalidade de registrar a cultura desse povo e ampliar sua visibilidade no país. Você pode ressaltar aos estudantes a importância da visibilidade e da valorização das culturas indígenas, contando que essa é uma maneira de atuar politicamente, além de diminuir os preconceitos e as visões estereotipadas que as pessoas não indígenas frequentemente têm dessas culturas. O grupo também promove a valorização e o resgate de saberes culturais antigos para evitar que desapareçam com o passar do tempo e com o contato com culturas hegemônicas. Aproveite para ressaltar como a arte do audiovisual pode ser um meio de expressão artística, de divulgação e de atuação social e política.
A Escola Olodum é talvez a iniciativa mais conhecida entre
CONEXÃO LINGUAGENS EM
A arte transforma
Neste módulo, você estudou manifesto, entrevista e grafite e percebeu que, por meio de diferentes gêneros textuais e manifestações artísticas, é possível exercer a cidadania, reivindicar direitos, lutar para promover a cultura de paz. Agora, nesta seção, você vai conhecer três grupos juvenis que utilizam a expressão artística para exercer o protagonismo e atuar positivamente nas sociedades em que estão inseridos.
O primeiro é o Projeto PALCO (Projeto para Arte, Lazer, Cultura e Orientação), uma iniciativa que nasceu em São Paulo (SP), em 2014, e desde então trabalha para ampliar o acesso à arte a pessoas em situação de vulnerabilidade social, independentemente da idade, promovendo ideais de paz e coletividade.
Tem visita para você – com jovens educadores do Projeto PALCO. 2020. Vídeo (7min27s). Canal Projeto PALCO. Disponível em: https:// www.youtube. com/watch?v=-mt z2zY4cZM . Acesso em: 16 ago. 2022. Acesse o link para ver um vídeo da ação “Tem visita para você”, em que jovens do Projeto PALCO realizaram serenatas na porta das casas de idosos que estavam em isolamento social devido à pandemia de covid-19.
O segundo grupo é o Coletivo Beture, um movimento de jovens cineastas indígenas do sul do Pará, criado em 2015 com o objeto de resgatar, valorizar e fortalecer a cultura Mebêngôkre (kayapó) por meio de oficinas, atividades e produções audiovisuais. O acervo de audiovisuais desse coletivo conta com a gravação de festejos e de manifestações relacionadas ao dia a dia do povo kayapó, tornando público, dentro e fora de comunidades indígenas, a cultura desse povo.
os três exemplos desta seção. Isso ocorre porque sua atuação já tem cerca de quatro décadas e acabou se tornando uma referência não apenas em Salvador (BA), mas também em todo o Brasil. Alguns dos objetivos do projeto são combater a discriminação racial, desenvolver a autoestima dos jovens afrodescendentes, lutar pelos direitos dos cidadãos e valorizar e divulgar a cultura da região.
REALIZAÇÃO
1. Proponha uma comparação entre as imagens e verifique se os estudantes identificam que as três mostram pessoas em ações artísticas e expressivas. Incentive também que leiam o texto da seção e tentem compreender o contexto da atuação artística apresentada pelas fotografias. Ressalte a importância desses projetos no desenvolvimento de ações sociais regionais,
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BNCC
BETINHO ALVARES/PROJETO PALCO
Eros e Dona Maria durante a Mostra Palco, promovida pelo Projeto PALCO, em São Paulo (SP), em 2019.
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PARA ASSISTIR
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Outro grupo é a Escola Olodum, um projeto de educação, participação social e expressão artística fundado em 1984 e voltado para a comunidade afrodescendente de Salvador (BA). O projeto baseia-se na arte e na cultura brasileira para transformar realidades de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
• Guardiões da Floresta . 2022. Vídeo (6min02s). Canal WWF-Brasil. Disponível em: www.youtube. com/watch?v=wn
joU2up2Ug . Acesso em: 16 ago. 2022. Assista ao vídeo produzido pelo Coletivo Beture sobre a importância da preservação das culturas e das terras indígenas na Amazônia.
1. Quais semelhanças você observa nessas imagens?
2. De que maneira você acha que a arte pode auxiliar na promoção da cultura de paz? Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, quais ações os adolescentes podem ter para ajudar a transformar a realidade social da região em que vivem? Respostas pessoais.
4. No seu bairro ou na região em que você mora, há projetos sociais que contam com a atuação de jovens? Em caso positivo, exponha para os colegas e o professor a missão e os objetivos desse(s) projeto(s), o público-alvo beneficiado e outras informações. Resposta pessoal.
no protagonismo juvenil e na promoção de uma cultura de paz com base no convívio, na empatia e em ideais democráticos.
2. Comente com os estudantes que não há uma resposta correta para esta pergunta, por isso, incentive os a refletir individualmente por alguns minutos e, depois, compartilhar suas impressões com os colegas. Sugira que se baseiem nos projetos apresentados para essa reflexão e verifique
• Escola Olodum. 2018. Vídeo (2min31s). Canal Programa Conexão. Disponível em: www.youtube. com/watch?v=gz
VWFbbY8mg. Acesso em: 16 ago. 2022. Ao acessar o link, é possível assistir a uma reportagem sobre a história e a atuação da Escola Olodum, no bairro do Pelourinho, em Salvador (BA).
se compreendem que o desenvolvimento de uma cultura de paz nas sociedades está diretamente relacionado com atu
ações sociais e políticas dos cidadãos. O acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, o combate a pre
conceitos e o desenvolvimento do senso de coletividade, por exemplo, são fatores essenciais para o estabelecimento da paz. Com base nessa ideia, ressalte que
os projetos citados desenvolvem esses aspectos por meio da expressão artística e cultural.
3. Ressalte que adolescentes podem ter atuações políticas e sociais muito relevantes, a ponto de transformar ou auxiliar na transformação de realidades sociais. É importante enfatizar que as melhorias sociais são responsabilidades governamentais e de instituições voltadas a esse objetivo e que a ação de projetos independentes, de cidadãos e de ONGs não retira a responsabilidade do Estado.
4. Peça aos estudantes que façam uma pesquisa breve na internet ou perguntem a moradores da comunidade ou até mesmo a funcionários da escola. Comente com eles que é importante pesquisar, pois pode ser que haja projetos que eles ainda não conheçam e pelos quais podem se interessar. Então, peça que compartilhem o que descobriram com os colegas e verifique se alguns deles desenvolveram o interesse de participar desses projetos.
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Akry Kayapó, da aldeia Pinkejtykre, durante intercâmbio promovido pelo Coletivo Beture na aldeia Pulni-ô, em Águas Belas (PE). Fotografia de 2018.
Jovens durante apresentação musical da Escola Olodum, no bairro do Pelourinho, Salvador (BA). Fotografia de 2021.
Resposta pessoal.
JOACY SOUZA/ALAMY/FOTOARENA
COLETIVO BETURE CINEASTAS MÊBÊNGÔKRE
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REFERÊNCIAS COMENTADAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. (Série Aula, 1).
Nesse livro, a autora apresenta os principais equívocos no estudo do componente curricular Língua Portuguesa. Também orienta e sugere atividades para explorar adequadamente a leitura, a escrita e a oralidade e para refletir sobre as regras gramaticais. Além disso, propõe reflexões acerca da avaliação do conhecimento dos estudantes.
ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola Editorial, 2014. (Estratégias de ensino, 49).
O livro trata da pouca atenção dada ao ensino da língua portuguesa nas escolas e ao desenvolvimento de competências de leitura e escrita. Mais especificamente, a autora observa questões ligadas ao ensino da gramática, objetivando reconhecer o lugar dessa matéria no ensino e contribuir para o entendimento do que seria o trabalho com uma gramática contextualizada.
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. (Estratégias de ensino, 5).
Nesse livro, a autora discute o ensino da gramática e estabelece a importância do estudo do texto juntamente com a análise linguística para oferecer às pessoas a compreensão sobre as possibilidades de uso da linguagem que, infelizmente, muitos desconhecem.
ANTUNES, Irandé. Território das palavras: estudo do léxico em sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. (Estratégias de ensino, 28).
Esse livro discute a marginalização do léxico e do vocabulário no ensino da língua portuguesa, conduzindo o leitor a uma percepção mais fina sobre o papel das palavras na organização textual.
BAGNO, Marcos. A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
Nessa obra, o autor trata das relações entre língua e poder no Brasil considerando que o preconceito
linguístico enraizado na sociedade brasileira é, na verdade, um entranhado preconceito social.
BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. (Humanística, 6).
A obra apresenta debates sobre temas pertinentes da Linguística, como o método de ensino nas escolas, a formação dos docentes de Língua Portuguesa, variação e mudanças linguísticas, políticas de letramento etc., contribuindo para a visão crítica e a análise da pedagogia no ensino da língua.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São
Paulo: Parábola Editorial, 2007. (Educação linguística, 1).
O autor apresenta os fundamentos necessários para que os docentes possam abordar, de forma consistente e sem distorções, conceitos como variação, norma-padrão, estigma, letramento e oralidade e propõe atividades práticas para serem realizadas em sala de aula.
BATISTA, Ronaldo de Oliveira. A palavra e a sentença: estudo introdutório. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino, 16).
O livro apresenta os conteúdos básicos das áreas de morfologia (com tópicos de lexicologia) e de sintaxe, sob os pontos de vista formal e funcional, trazendo uma introdução sobre o que é considerado como análise linguística e exercícios para treinar a análise nos níveis linguísticos da palavra e da sentença.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. (Linguagem, 4).
A autora apresenta fundamentos teóricos e aplicações práticas para transformar a educação em uma atitude cidadã que combata todas as formas de exclusão social pela linguagem.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. (Lingua[gem], 11).
Essa obra, fruto da pesquisa sociolinguística realizada no Brasil, apresenta fundamentação teórica e adequada
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exemplificação de entrevistas sociolinguísticas, eventos de oralidade, análise de erros e episódios comunicativos associados a problemas sociais e comunitários.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris et al (org.). Por que a escola não ensina gramática assim?
São Paulo: Parábola Editorial, 2014. (Estratégias de ensino, 47).
Esse livro apresenta reflexões e discussões sobre tópicos de gramática, fenômenos morfossintáticos, semânticos, fonéticos e fonológicos, que ocorrem tanto na variedade de prestígio quanto nas variedades estigmatizadas, nas modalidades escrita e oral. Também traz sugestões de como trabalhar em sala de aula cada tema apresentado.
BRANDÃO, Helena Nagamine (coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2012. (Aprender e ensinar com textos, 5).
Esse livro apresenta um estudo sobre os gêneros textuais mito, cordel, discurso político e divulgação científica e suas características. A obra também analisa diversos textos levantando diferentes possibilidades para o estudo em sala de aula.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular : educação é a base.
Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_
EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 27 abr. 2022.
Documento que apresenta as bases curriculares a serem consideradas pelos sistemas educacionais e pelas escolas em território brasileiro para todos os segmentos da Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC/ SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov. br/seb/arquivos/pdf/portugues.pdf. Acesso em: 27 abr. 2022.
O documento apresenta reflexões e sugestões para abordar o conhecimento em sala de aula, contribuindo para a formação continuada e permanente do professor no ensino da língua portuguesa.
CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 2004. (Repensando o ensino).
A obra aborda o uso da língua portuguesa por meio da análise de exemplos cotidianos, como tirinhas, anúncios, títulos e subtítulos de notícias, entre outros. Desta forma, é possível compreender os aspectos da língua de maneira prática.
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto, 2008.
A obra traz ideias inovadoras e audaciosas sobre a análise do discurso, ajudando o leitor a compreender como o ser humano tem acesso a informações, produz conhecimento e interage com os outros. O autor compartilha exemplos palpáveis para a realidade brasileira, o que permite analisar especificidades dos discursos que existem na sociedade.
CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no Ensino Fundamental: poema, narrativa, argumentação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2018. (Aprender e ensinar com textos, 7).
Nessa obra, a autora demonstra como o exercício permanente da leitura e da escrita é essencial para o desenvolvimento e a formação do conhecimento dos estudantes, além de colaborar para o próprio ensino da língua materna.
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
O livro apresenta possibilidades para reformular, fortalecer e ampliar o estímulo à leitura, propondo a construção de uma comunidade de leitores e sugerindo oficinas para a eficácia do letramento literário.
DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita (org.). Leitura de literatura na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Estratégias de ensino).
Esse livro traz questionamentos e propõe a reflexão sobre a forma como se utiliza a literatura para o ensino da língua portuguesa na atualidade, sugerindo uma forma diferente de ensino, que potencialize ainda mais a exploração da literatura.
DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 18).
Esse livro explica e se aprofunda na constituição e funcionamento dos gêneros textuais mais comuns, visando a proficiência dos estudantes na produção escrita.
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DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Livro didático de Português: múltiplos olhares. Campina Grande: EDUFCG, 2020. E-book. Disponível em: https://editora.ufcg.edu.br/ ebooks/151/view_bl/66/publicacoes-2020/83/livrodidatico-de-portugues-multiplos-olhares.html. Acesso em: 6 maio 2022.
O livro preserva os resultados de uma pesquisa publicada em 2001, contribuindo para a construção da história dos estudos dos pesquisadores sobre o livro didático no Brasil, sobretudo o de Língua Portuguesa, com informações sobre diferentes abordagens de linguagem, língua e ensino.
DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxane; DECÂNDIO, Fabrício. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem. Campinas: Mercado de Letras, 2010.
Nesse livro, os autores propõem um procedimento de análise de textos para guiar a análise das produções escritas dos estudantes e das dificuldades de aprendizagem mais frequentes no contexto brasileiro.
FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia
C. V. O.; AQUINO, Zilda G. O. (org.). Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2017.
Esse livro apresenta questões recorrentes de escrita e de oralidade, além do conhecimento mais atual sobre tais questões e como aplicá-las em sala de aula.
IBARROLA, Begoña. Aprendizaje emocionante: neurociencia para el aula. [S. l.]: SM, 2013. (Biblioteca Innovación Educativa).
Livro que apresenta as descobertas mais significativas da neurociência relacionadas às emoções no processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, possibilita ao professor repensar a prática em sala de aula e refletir de que maneira pode ajudar os estudantes a se sentirem mais motivados para aprender melhor.
JONASSEN, David H. Computadores, ferramentas cognitivas: desenvolver o pensamento crítico nas escolas. Porto: Porto Editora, 2007. (Ciências da Educação – Século XXI, 23).
Esse livro busca resolver os maiores dilemas sobre a utilização da tecnologia na aprendizagem, por meio da apresentação tanto de aspectos teóricos quanto de orientações objetivas e claras.
KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher (org.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino, 25).
A obra abarca reflexões e relatos de pesquisa acerca de gramática, ensino da leitura, produção textual, gêneros textuais, produção de materiais didáticos e letramento digital.
KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2015.
Nesse livro, a autora encara a linguagem como um espaço de interação dos membros de uma sociedade e explica a capacidade humana de interagir socialmente por meio da língua.
KOCH, Ingedore Villaça. As tramas do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
Esse livro é dedicado a todos os leitores que desejam refletir teoricamente sobre a escrita, a leitura, o mecanismo de construção textual e a capacidade humana de interpretar.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
O livro apresenta questões relativas à compreensão das modalidades escrita e falada do texto e aprofunda-se no estudo da construção dos sentidos no texto falado, nas atividades discursivas e em suas marcas linguísticas.
KÖCHE, Vanilda Salton; MARINELLO, Adiane Fogali; BOFF, Odete Maria Benetti. Estudo e produção de textos: gêneros textuais do relatar, narrar e descrever. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.
As autoras expõem estudos teórico-analíticos sobre gêneros textuais e apresentam sugestões de atividades com cada um deles, buscando aprimorar a pedagogia dos professores no ensino da língua portuguesa e o letramento dos estudantes.
MARCUSCHI, Beth; SUASSUNA, Lívia (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. Disponível em: http://www.ser digital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/8. pdf. Acesso em: 9 maio 2022.
Esse livro reúne conceitos e métodos pedagógicos esclarecedores para o docente, propondo reflexões sobre o porquê ensinar a língua portuguesa e como avaliar seu aprendizado, sugerindo uma reconstrução do nosso conhecimento atual sobre as formas de avaliação do saber dos estudantes.
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MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. (Educação linguística, 2).
A obra traz um panorama sobre a linguística, faz uma análise sobre os gêneros textuais, a leitura e a compreensão dos textos e mostra como a linguagem pode ser utilizada na produção de textos.
MEURER, J. L.; BONINI, Adair; MOTTA-ROTH, Désirée (org.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. (Lingua[gem], 14).
Os autores reúnem e analisam diversas teorias para que o leitor possa enriquecer sua bagagem sobre os conceitos de gênero textual e discursivo sob três abordagens: sociossemiótica, sociorretórica e sociodiscursiva.
MOLLICA, Maria Cecília. Fala, letramento e inclusão social. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
A autora aborda métodos pedagógicos para auxiliar a apropriação da norma-padrão pelos estudantes, elencando o letramento, a fala, a teoria e a prática como ferramentas para inclusão social.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Lingua[gem]).
A autora aborda a multiplicidade de arranjos linguísticos possíveis, considerando a linguagem tanto como meio de conhecimento e de apreciação de mundo quanto como recurso autoanalítico – a “metalinguagem”, e defende que aos estudantes seja dada a oportunidade de conhecer esses aspectos complexos e extraordinários.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2006.
Esse livro questiona o atual ensino de língua portuguesa, visto que muitos estudantes saem das escolas sem entender o que leem, e propõe que o método de ensino seja mais científico, para que os estudantes possam utilizar a língua de forma legítima.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Estratégias de ensino, 17).
Esse livro analisa a gramática normativa e a teoria sobre o ensino da língua portuguesa e propõe reflexões teóricas acerca do método de ensino e da teoria da aprendizagem por parte dos estudantes,
sem deixar de se preocupar com a efetividade do ensino linguístico.
PALOMANES, Roza; BRAVIN, Angela Marina (org.). Práticas de ensino de Português. São Paulo: Contexto, 2012.
A obra apresenta conceitos sobre o processamento cognitivo e a aquisição de conhecimento, além de críticas ao atual ensino da língua portuguesa e seus principais desafios, levando o leitor a ter uma visão mais crítica e analítica e aprimorando o conhecimento do docente.
PEREIRA, Katia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014. (Como usar na sala de aula).
O livro apresenta exemplos práticos e sugestões de atividades para trabalhar as artes visuais em aulas de qualquer área e traz também reflexões sobre arte, cultura e sociedade.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. 2. ed. São Paulo: Mercado de Letras, 2009.
O livro propõe a análise da gramática em sala de aula sob dois pontos de vista: o de não a ensinar, se o objetivo for dominar a variedade padrão da língua, tornando os estudantes leitores hábeis e autores minimamente razoáveis; e o de ensiná-la, apresentando conceitos e uma perspectiva de ensino.
POSSENTI, Sírio. Questões de linguagem: passeio gramatical dirigido. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Educação linguística, 7).
Esse livro aborda e questiona o modo que a língua portuguesa é ensinada nas escolas, buscando alimentar a curiosidade e o interesse no estudo da gramática e tendo em vista que a língua é um objeto complexo sempre em construção.
POSSENTI, Sírio. Questões para analistas do discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. (Lingua[gem], 32).
O autor relaciona problemas e respostas para questões da análise do discurso, como relação entre discurso e texto, leitura, interdiscurso e estilo, entre outras dúvidas respondidas de forma objetiva.
ROJO, Roxane (org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. (Estratégias de ensino, 40).
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Esse livro parte da inevitável realidade de que a tecnologia avança a cada dia e de que é preciso que a forma e as ferramentas utilizadas para o ensino se atualizem e se modernizem, visto que os estudantes são nativos digitais e precisam ser preparados para essa nova característica da sociedade.
ROJO, Roxane; BATISTA, Antônio Augusto Gomes (org.). Livro didático de Língua Portuguesa, letramento e cultura da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 2009.
Reunindo diversos artigos, esse livro questiona as intenções atuais do ensino da língua materna, que hoje em dia só prepara os estudantes para avaliações, e não para a vida cidadã, que é a intenção dos referenciais de ensino. Além disso, a obra aborda o processo avaliativo do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e as propostas de letramento.
ROJO, Roxane Helena; Moura, Eduardo (org.).
Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. (Estratégias e ensino, 29).
Esse livro traz reflexões sobre o desenvolvimento de tecnologias digitais atuais e a necessidade de permitir que os estudantes compartilhem seus conhecimentos culturais, por meio de novas mídias, para construir novas práticas incorporando novas linguagens à sala de aula.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Tradução: Glaís Sales Cordeiro e Roxane Rojo. 2. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2010.
O livro apresenta questões sobre o ensino dos gêneros escritos e orais na escola, mostrando alguns “caminhos” possíveis na sala de aula e respondendo a dúvidas sobre os modos de fazer e de pensar o ensino de novos conteúdos.
SIGNORINI, Inês (org.). Gêneros catalisadores: letramento e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. (Estratégias de ensino, 3).
A obra reúne trabalhos sobre produção escrita, leitura e análise linguística presentes e ensinadas tanto na escola quanto em cursos de formação continuada dos educadores.
SILVA, Luiz Antônio da (org.). A língua que falamos: português: história, variação e discurso.
São Paulo: Editora Globo, 2005.
O livro traz noções sobre a formação histórica da língua portuguesa e sua situação no mundo, as
variações linguísticas e a língua falada, além de outras pesquisas no campo da linguística.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. (Estratégias de ensino).
A obra utiliza o hip-hop como ferramenta ativa para o letramento dos estudantes, visto que suas letras retratam diversas desigualdades existentes na sociedade brasileira relacionadas a escolaridade, inserção profissional, classe social, gênero, raça e faixa etária.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2016.
O autor apresenta um quadro de referência para orientar o trabalho do professor, relacionando os objetivos de ensino a concepções de gramática e de linguagem e a avaliações linguísticas, do discurso e do texto.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2018.
Esse livro busca auxiliar o professor a cumprir um “ensino plural”, isto é, possibilitar aos estudantes que desenvolvam diferentes conhecimentos e habilidades linguísticas para utilizá-los em situações variadas.
VARGAS, Maria Valíria. Verbos e práticas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011. (Linguagem e ensino).
A obra trata de questões sobre identificação, dominação e ensino do uso adequado de diversos tempos verbais da língua portuguesa, com base em estudos do texto e do discurso.
VIEIRA, Silvia Rodrigues; BRANDÃO, Silvia Figueiredo. Ensino de gramática: descrição e uso.
2. ed. São Paulo: Contexto, 2011.
As autoras falam do desafio que é ensinar a língua portuguesa para os estudantes da atualidade e propõem mudanças nas práticas descritivas e pedagógicas para que o ensino seja otimizado, procurando torná-lo mais objetivo diante da nova realidade escolar.
XAVIER, Glayci; REBELLO, Ilana; MONNERAT, Rosane (org.). Semiolinguística aplicada ao ensino. São Paulo: Contexto, 2021.
Essa obra reúne reflexões baseadas na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, trazendo a aplicação da teoria proposta para o estudo da língua portuguesa em funcionamento com base em uma gramática do sentido.
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ISBN 978-85-96-03572-9
9 78 8 59 6 03 5 729