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ISBN 978-85-96-00233-2

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James & Mendes

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JAMES ONNIG TAMDJIAN Bacharel em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor de Geografia da rede particular de ensino. IVAN LAZZARI MENDES Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor de Geografia da rede particular de ensino.

1a. edição São Paulo, 2016

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Copyright © James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes, 2016 Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio Editora Natalia Taccetti Editoras assistentes Isabela Gorgatti Cruz, Jéssica Vieira de Faria, Mirian Pereira Assistentes editoriais Bruna Flores, Mariana de Lucena Assessoria Bárbara Rocha, Bruna Rodrigues, Daniella Barroso, Denise Pinesso, Francisco Garcia, Gabriela Otero, Maíra Fernandes, Suélen Rocha Menezes Marques Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de arte Daniela Máximo Projeto gráfico e capa Bruno Attili Foto de capa Westend61/Getty Images Supervisor de arte Vinícius Fernandes Editora de arte Marina Martins Almeida Diagramação Dito e Feito Comunicação, JS Design Comunicação Visual Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin, Ezequiel Racheti Coordenadora de ilustrações Márcia Berne Assistentes de arte Talita T. Tardone, Gislene Aparecida Benedito Ilustrações Dawidson França, Estúdio Ampla Arena, Lígia Duque, Luís Moura, Mário Pita, Paulo Manzi, Paulo Nilson, Rafael Herrera, Sérgio Fiori, Sírio Cançado Cartografia Alexandre Bueno, Dacosta Mapas, Mario Yoshida – Allmaps, Renato Bassani, Selma Caparroz, Sônia Vaz Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Supervisora de preparação e revisão Viviam Moreira Revisão Aline Araújo, Carolina Manley, Célia Regina Camargo, Claudia Anazawa, Lilian Vismari, Lucila Segóvia, Paulo José Andrade, Rita Lopes, Solange Guerra Coordenador de iconografia e licenciamento de textos Expedito Arantes Supervisora de licenciamento de textos Elaine Bueno Iconografia Marcia Trindade Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Tamdjian, James Onnig Prismas geográficos, 6º ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2016. ISBN 978-85-96-00233-2 (aluno) ISBN 978-85-96-00234-9 (professor)

Foto de capa: Vulcão na Sicília, Itália.

1. Geografia (Ensino fundamental) I. Mendes, Ivan Lazzari. II. Título. 15-11223 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à FTD EDUCAÇÃO Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: central.atendimento@ftd.com.br

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Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD S.A. Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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Apresentação

Caro aluno, Em sua busca por conhecimento, os seres humanos sempre observaram os céus, o horizonte e o solo. Tudo isso para compreender o lugar a que pertencem e se adaptar a ele. Esse conhecimento permitiu que a humanidade prosseguisse com a exploração de novas fronteiras, sejam elas no Universo, na superfície terrestre ou nas camadas mais profundas do planeta Terra. Essas observações dos seres humanos levaram à conclusão, em diferentes momentos e contextos históricos e sociais, de que o mundo está em constante mudança. A superfície terrestre, por exemplo, passou por muitas modificações físicas ao longo dos milhões de anos de sua constituição, causadas tanto por fatores naturais quanto por fatores humanos. Além disso, nos últimos séculos, os seres humanos têm vivido conflitos e acordos de paz; guerras de grandes proporções que levaram milhões à morte, mas também esforços de ajuda humanitária; devastação e preservação. Como os seres humanos se relacionam com o espaço onde vivem? De que forma o planeta chegou à situação em que está atualmente? Nesta coleção, você descobrirá que essas e muitas outras indagações são universais, comuns a homens e mulheres de todos os tempos. Espera-se que, com essa obra, você possa se apropriar de conhecimentos geográficos para ler e interpretar o mundo criticamente e posicionar-se ativamente ante a questões do contexto contemporâneo. Bons estudos! Os autores

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Conheça seu livro Este volume é dividido em 12 capítulos. Seus conteúdos estão distribuídos nestas diferentes seções.

INDICAÇÕES

1963

Espaço geográfico Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no século XVI, passaram a desenvolver atividades econômicas que foram, lentamente, alterando a natureza. Inicialmente, foram extraídos recursos naturais, como madeira e ouro, porém em uma proporção maior do que a capacidade de regeneração da natureza. Com o passar do tempo, outras atividades foram sendo desenvolvidas, como a pecuária, a agricultura e a indústria, acelerando ainda mais a transformação desse espaço geográfico. Chamamos de espaço geográfico a soma das sucessivas transformações observadas ao longo da história. Ou seja, esse espaço é uma construção dos seres humanos realizada por meio do trabalho. E, como o trabalho nunca cessa, o espaço geográfico é dinâmico, permanentemente construído e reconstruído.

Território

Acervo Instituto Moreira Salles

Paisagem

Vistas e paisagens do Brasil Nereide Schilaro Santa Rosa. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 2005. Paisagens do Brasil dos séculos XIX e XX retratadas por artistas brasileiros e estrangeiros, cujos trabalhos foram influenciados pela diversidade natural e cultural do nosso país.

Museu Paulista da USP, SP

1891

Folhapress Mauricio Simonetti/Pulsar

Quando determinada sociedade se apropria de uma porção do espaço geográfico, cria seu próprio território. Por exemplo, quando os portugueses chegaram por aqui, iniciaram a alteração do espaço natural, ao mesmo tempo em que se apoderaram dos territórios indígenas. Surgiu, assim, uma colônia, isto é, um novo território, pertencente então a Portugal. Como sabemos, esse território hoje constitui o Brasil. Atualmente, o território brasileiro tem fronteiras demarcadas que o separam e o individualizam em relação aos países vizinhos. Os limites entre territórios podem ser marcados por elementos naturais, como rios e montanhas, ou artificiais, isto é, criados pelo ser humano, como ruas e placas.

Indicações de livros, filmes e sites relacionados ao conteúdo proposto no capítulo.

A paisagem é formada por diversos elementos que, em um dado instante, formam uma só imagem. Paisagem é tudo aquilo que vemos, o que a nossa visão alcança. Por isso, pode ser percebida de modo diferenciado por cada pessoa. Paisagem não é o mesmo que espaço geográfico. Enquanto a paisagem é composta por construções, ruas, automóveis, montanhas, árvores etc., o espaço geográfico é formado pela organização do trabalho, produção e consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas etc., isto é, pelas práticas dos diferentes grupos sociais que nele vivem. Assim como o espaço geográfico, a paisagem também é mutável. Ela se transforma a cada instante, adquirindo novas formas à medida que o espaço é alterado – ininterruptamente – pelas sociedades humanas.

2014

1907

NAS IMAGENS 1. Quais as principais mudanças que ocorreram nessa paisagem ao longo do tempo? 2. Que elemento permanece em todas as imagens, dando identidade a esse espaço?

Imagens da Avenida Paulista, em São Paulo (SP), em vários momentos de sua história. As alterações ao longo do tempo resultam no espaço geográfico atual (ver imagem mais recente na página seguinte), que também está sendo alterado.

Lugar Lugar é cada um dos espaços onde vivemos cotidianamente, como a moradia ou a escola, e onde realizamos as mais variadas atividades, como estudar, brincar, comer, entre outras. Segundo o geógrafo Milton Santos (1926-2001), os lugares são espaços vividos, isto é, construídos pelas relações sociais. Portanto, ele abrange o cotidiano, a cooperação e o conflito entre os indivíduos que o habitam e se identificam com ele.

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NAS IMAGENS 1. Quais as principais mudanças que ocorreram nessa paisagem ao longo do tempo? 2. Que elemento permanece em todas as imagens, dando identidade a esse espaço?

Arte feita de lixo A arte sustentável utiliza como matéria-prima itens que, quando descartados como resíduo sólido, demoram muito tempo para se decompor. Materiais recicláveis como garrafas PET, latas de alumínio, papéis e sacos plásticos podem se transformar em valiosas obras de arte nas mãos de artistas plásticos. O brasileiro Vik Muniz é um exemplo de artista que utiliza esse tipo de material em algumas de suas obras, além de outros materiais também inusitados, como chocolate, açúcar, ketchup e gel para cabelo.

de vida desses trabalhadores, que dependiam desses resíduos para sua sobrevivência, e os problemas ambientais do local. Atualmente, o aterro encontra-se desativado. Filme de Lucy Walker. Lixo Extraordinário. Reino Unido-Brasil. 2010

VISÃO INTEGRADA: GEOGRAFIA E ARTE

Visão integrada: Geografia e...

O documentário Lixo Extraordinário, de 2010, apresenta um trabalho artístico de Muniz com catadores de material reciclado no Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Além disso, mostra as condições

Seção que destaca temas que se relacionam com outras áreas do conhecimento, como Ciências, História e Língua Portuguesa.

Imagem do documentário Lixo Extraordinário, de 2010, dirigido por Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley, que retrata o trabalho do artista plástico Vik Muniz e suas visitas ao aterro sanitário do Jardim Gramacho, na época um dos maiores do mundo, em Duque de Caxias (RJ).

Atividades 1. Pesquise outros artistas ou projetos que desenvolvam trabalhos relacionados

à sustentabilidade. 2. Que tal produzir um objeto para decorar a sua moradia utilizando itens re-

ciclados? Em uma rápida pesquisa na internet, você pode encontrar dicas sobre o que criar e os materiais necessários.

Vik Muniz Disponível em: <http://ftd.li/uz6b7i>. Acesso em: out. 2015. Visite esse site para conhecer mais sobre as obras desse artista.

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Seção que propõe a observação mais atenta de determinado aspecto presente em imagens, gráficos e mapas.

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Olhar cartográfico OLHAR CARTOGRÁFICO Shaun Botterill/Getty Images

Croqui

Luís Moura

Croqui feito por uma criança para representar o caminho de sua moradia até a escola. Sérgio Ricardo Fiori

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Seção que ocorre ao final de alguns capítulos e propõe, por meio de exercícios de leitura, análise e produção cartográfica.

Arquivo Público do Distrito Federal

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Sérgio Ricardo Fiori

Podemos representar o espaço geográfico utilizando diferentes tipos de mapa GPS Sigla em inglês para Sistema de e carta. Mas há também outra forma, conhecida como croqui. Posicionamento Global (Global Croquis são formas mais simples de representação que não obedecem a Positioning System), referente à regras e técnicas específicas de mapeamento, como o GPS. De maneira geral, localização geográfica de pontos na superfície terrestre. são desenhos que mostram o espaço geográfico com base no conhecimento e na 1 percepção que o sujeito tem da paisagem. Ou seja, os croquis não exigem grande precisão dos objetos representados e podem ser elaborados apenas com papel e lápis. A figura 1, ao lado, apresenta um croqui de Brasília, desenhado por Lucio Costa, arquiteto e urbanista que foi um dos responsáveis pela construção dessa cidade. Os traços são irregulares e não há rigor na utilização de escala ou de legenda. A figura 2, por sua vez, apresenta um mapa atual de Brasília, com a cidade totalmente construída com base em seu desenho original. Croqui da cidade de Brasília feito por Lucio Costa, em 1956.

Já as figuras 3 e 4 apresentam croquis com diferentes escalas e graus de complexidade. Na figura 3, temos um croqui elaborado por uma criança, que apresenta quarteirões bem definidos, enquanto o croqui da figura 4 mostra a paisagem de um bairro do município de Caxambu, em Minas Gerais.

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Atividades 1. O que é um croqui? Explique a diferença entre croqui e mapa. 2. Pense em todos os elementos presentes no bairro onde você mora e elabore um croqui com o máximo de informações que puder recordar. Identifique os detalhes nele inseridos e faça uma legenda que oriente o leitor. 3. Observe os dois croquis desta página, comparando suas características principais. Em seguida, discuta com seus colegas sobre as semelhanças e diferenças que vocês encontraram entre as duas imagens e escreva um pequeno texto no caderno sintetizando suas conclusões.

Mapa recente de Brasília (DF), cujas formas seguem as linhas originais do croqui de Lucio Costa.

Croqui representando parte da cidade de Caxambu (MG).

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NASA Images

Textos complementares

Textos que complementam os assuntos abordados nos capítulos. Podem conter atividades, imagens e textos veiculados em diferentes meios.

Como é a vida do astronauta no espaço? O astronauta é uma pessoa treinada e dotada de capacidades técni- Altitude em metros, do topo cas para realizar viagens espaciais, isto é, voos acima de 100 km de Medida, de um local até o nível do mar. altitude, partindo da Terra. Ele pode comandar, pilotar ou ser parte da Biotecnologia Ramo da tecnologia que tripulação a bordo de uma nave, que busca explorar o espaço. estuda e desenvolve espécies Muitos astronautas se dirigem à Estação Espacial Internacional transgênicas e organismos modificados para (EEI) ou, em inglês, International Space Station (ISS). Trata-se de um la- geneticamente maximizar a produção agrícola. boratório ultramoderno situado na órbita da Terra, onde os astronautas permanecem longo período de tempo – por volta de seis meses – realizando diversos programas espaciais das principais agências do mundo, como a Nasa. Na EEI, os astronautas desenvolvem pesquisas tecnológicas que permitem entender melhor o Universo, explorar o espaço e os outros planetas, além de estudos nos campos da Biologia, da Biotecnologia, da Física etc. Também são treinados para realizar os reparos necessários para o funcionamento da própria estação.

Astronauta observa frutas flutuando em função da pouca gravidade a bordo de estação espacial, em 2015.

Atividade

NASA Images

• Realize uma pesquisa sobre como é feito o treinamento para se tornar um astronauta. Traga as principais curiosidades que você encontrou e compartilhe-as com os colegas.

Cometas Cometas são pequenos corpos celestes formados principalmente por gelo, cuja origem remonta ao surgimento do Universo. Suas órbitas são muito grandes se comparadas às dos planetas. Por isso, muitos deles apresentam trajetórias que vão além do próprio Sistema Solar. Sua cauda luminosa pode estender-se por centenas de milhares de quilômetros. Na Antiguidade, os cometas inspiraram superstições e temores, pois representavam entidades espirituais com poder sobre a humanidade. O cometa Halley foi o primeiro a ser reconhecido como periódico, pois passa próximo à Terra a cada 76 anos. Seu nome é uma homenagem a Edmond Halley (1656-1742), astrônomo inglês que estudou esse cometa a partir de 1696.

Os planetas-anões

Astronauta da Nasa efetuando reparos externos na Estação Espacial Internacional (EEI), em 2015.

É importante lembrar que os astronautas são submetidos aos efeitos de um ambiente onde a força da gravidade é menor que a da Terra e, por isso, eles flutuam ao se movimentar dentro da estação espacial. Apesar de permanecerem por um longo período no espaço, os astronautas mantêm contato diário com a equipe de solo na Terra e também com suas famílias, por meio de conexão telefônica ou internet.

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Três corpos celestes do Sistema Solar – Plutão, Ceres e 2003 UB313 ou Eris – são considerados planetas-anões. Até 2006, Plutão era considerado o menor de todos os planetas do Sistema Solar. Mas, a partir de então, a União Astronômica Internacional (UAI) passou a classificá-lo como planeta-anão. Isso ocorreu porque um planeta deve obedecer a três critérios: • orbitar o Sol; • ter massa suficiente para assumir uma forma arredondada; • estar livre de objetos em sua vizinhança. Muito distante do Sol e, por isso, muito frio, Plutão era o único que ainda não havia sido visitado por uma nave espacial, e até o mesmo o telescópio Hubble tem dificuldade de identificá-lo. Ceres, por sua vez, tem apenas 950 quilômetros de diâmetro. Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, ainda é pouco conhecido pelos cientistas. Já o planeta-anão Eris (anteriormente apelidado Xena) foi descoberto apenas em 2003. Acredita-se que sua superfície é totalmente recoberta por gelo e ainda há dúvidas quanto a suas reais dimensões.

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Perspectivas Esta seção, presente em alguns capítulos, aborda temas transversais relacionados aos conteúdos propostos, abordando questões relevantes para a sociedade e a preservação ambiental.

PERSPECTIVAS China/Alamy/Latinstock

David Santos Jr/Fotoarena

Cartografia tátil

Pesquisa da professora Dra. Claudia Guerra Monteiro, da Faculdade de Educação/Universidade Federal do Amazonas que originou o mapa/foto:Guilherme Pereira Lima Filho

A cartografia tátil é uma área específica da Cartografia dedicada à elaboração de mapas e outras representações para pessoas com deficiência visual. Elas recebem as informações contidas nos mapas por meio do tato, ou seja, pelo contato direto das mãos sobre o material, e não pela visão. Por meio dos mapas e das plantas táteis, compostos de informações impressas em textura e relevo, essas pessoas podem ampliar seu conhecimento sobre o universo, imaginar as formas do espaço geográfico e a localização dos elementos da paisagem, além de compreender uma realidade a ser representada, como as regiões do Brasil, seu bairro ou sua cidade. Esses recursos podem ser utilizados nas escolas para o ensino de Geografia, colaborando, assim, para a educação inclusiva de pessoas com deficiência visual. É possível construí-los com materiais simples, como cola, cordões, cortiças, miçangas e outros itens que ajudam a criar relevos e texturas que diferenciam o tipo de informação que se pretende representar. Os títulos dos mapas táteis localizam-se na parte superior e são escritos no Sistema Braille, um alfabeto para leitura tátil.

Maquete tátil no Instituto Padre Chico, em São Paulo (SP). Fotografia de 2014.

Criança com deficiência visual utilizando mapa tátil político do estado do Amazonas, em 2013. Esse mapa é composto de 62 peças que representam os municípios do Amazonas, em texturas de madeiras originárias da região amazônica.

A cartografia tátil pode colaborar para que as pessoas com deficiência visual tenham maior autonomia em seu cotidiano e nos lugares que visitam, conseguindo localizar-se melhor. Os mapas táteis são encontrados, por exemplo, em museus, parques, terminais rodoviários, aeroportos, metrôs, shopping centers, universidades, agências bancárias etc. Essa técnica, portanto, é um instrumento de cidadania que contribui muito para a diminuição da exclusão social.

Atividades 1. Qual é a importância da cartografia tátil para as pessoas com deficiência visual? 2. Onde podem ser utilizados os mapas e as plantas táteis?

Henrique Manreza/Folhapresss

3. Elabore uma planta tátil de seu quarto de acordo com as orientações a seguir.

• Para representar as paredes, utilize barbantes finos. Para diferenciar janelas e portas, utilize barbantes de maior espessura. • Para fazer os móveis, utilize diversos materiais com o objetivo de diferenciá-los, como garrafa PET, cortiça, prato descartável, borracha, plástico, miçangas, bolas de gude etc. • Utilize materiais com cores vibrantes, de modo que pessoas com baixa visão também possam reconhecê-las. Se necessário, use tinta para pintar.

Usuário do metrô utiliza mapa tátil de localização urbana para deficientes visuais em São Paulo (SP), em 2009.

• O professor poderá fazer uma exposição dos trabalhos em sala. Ao apresentar a sua planta, auxilie os colegas narrando as informações de acordo com os elementos tateados.

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Atividades 3. Leia o poema “Mar português”, do escritor português Fernando Pessoa (1888-1935), em que foi retratado o período das Grandes Navegações.

Atividades

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

Bússola: f9photos/Shutterstock/Glow Images

Biblioteca Estense Universitaria, Modena, Italia

1. Observe os mapas abaixo.

PESSOA, Fernando. Mar português. In: PESSOA, Fernando. Mensagem. FTD: São Paulo, 1992. p. 71.

a) Qual foi a importância das Grandes Navegações para a Cartografia? b) Relacione o momento descrito no poema ao mapa de Cantino (presente na atividade 1). Que continente foi representado no mapa graças às “descobertas” dos navegadores? c) Por que o autor do poema usa palavras como lágrimas, dor e perigo para descrever a saga dos navegadores?

Planisfério de Cantino, elaborado por cartógrafo desconhecido em 1502.

Planisfério: continentes Allmaps

O CEA NO G L A CI A L Á RT I CO

4. A rotação e a translação influenciam consideravelmente nossas vidas. Aponte uma implicação importante para o nosso cotidiano de cada um desses movimentos realizados pela Terra.

Círculo Polar Ártico 60°N

EUROPA ÁSIA

A

5. Nos dias 21 de março e 23 de setembro ocorrem os equinócios em Brasília (DF). O que isso significa?

M

É

Trópico de Câncer

R

OCEANO ATLÂNTICO

I C

A

Equador

OCEANO PACÍFICO

ÁFRICA

OCEANO ÍNDICO

OCEANIA Luís Moura

Meridiano de Greenwich

Círculo Polar Antártico

60°S

O CEA NO G L A CI A L A NT Á RT I CO

0

ANTÁRTIDA 180°

120°O

60°O

60°L

120°L

2 480

180°

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 34.

a) Aponte as principais diferenças entre eles. b) Por que o mapa de Cantino tem diferenças com relação ao outro? c) Que inovações tecnológicas permitiram maior detalhamento nas representações cartográficas? 2. Aponte fatores que explicam por que a luz do Sol não chega com a mesma intensidade em toda a Terra em um dado instante.

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6. Observe a imagem abaixo e utilize a rosa dos ventos para responder às questões.

OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio

Planisfério

Mapa que representa a superfície esférica da Terra em um plano retangular; em geral, há distorções causadas por essa representação.

a) Indique as direções destes pontos a partir da praça central: • parquinho; • supermercado; • correio; • banca de jornal. b) Para chegar ao parquinho, que rota deve ser feita a partir da banca de jornal? 7. Como você explicaria a um amigo o caminho da escola até a sua casa? Use referências como “vire à direita” ou “siga em direção ao norte”. Mencione também pontos de referência como praças, semáforos, hospitais etc.

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São apresentadas atividades ao final de cada capítulo, trazendo propostas que exploram diversas habilidades. Há questões de revisão e sistematização do conteúdo estudado, atividades de pesquisa e sugestões de entrevistas, propostas de interpretação de imagens, além de atividades práticas que envolvem a elaboração e/ou apresentação de produto final.

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Sumário Capítulo 1

Geografia: a sociedade e a natureza ..................................12

A sociedade e a natureza interagem .......................12

Capítulo 2

Universo e Sistema Solar ........... 24

A curiosidade movendo a Geografia ........................24 Navegação “celeste” ......................................... 25

Visão integrada: Geografia e Ciências – Como sabemos a idade de um fóssil? .............................. 15

A origem do Universo ................................................ 26

Espaço geográfico .................................................. 16

Os elementos do Universo ....................................... 27

Território ......................................................................16

O Sistema Solar ......................................................... 28

Paisagem .....................................................................17

O Sol .................................................................... 30

Lugar ............................................................................17

Cometas .............................................................. 33

Visão integrada: Geografia e Arte – Paisagem em obra de arte ................................................................ 18

Os planetas-anões ............................................ 33

A compreensão do espaço geográfico a partir da interação entre regiões ............................................19

Espaço e tempo no Universo ................................... 34

Olhar cartográfico – Croqui ..................................... 22

Atividades .................................................................. 36

Estúdio Ampla Arena

Atividades .................................................................. 20

Visão integrada: Geografia e Ciências – A tecnologia que vem do espaço .................................................... 35

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Capítulo 3

O planeta Terra ............................ 38

Mapas temáticos ....................................................... 62

A sociedade precisa se localizar ............................ 39

Mapas físicos .......................................................63

A Terra é esférica ....................................................... 40

Mapas políticos .................................................. 64

As Grandes Navegações e a ampliação do espaço conhecido ............................................... 42

Mapas demográficos ......................................... 64

A Terra como centro do Universo ............................ 43

Cartas urbanas ou plantas ................................ 65

Visão integrada: Geografia e História – Atlas ......... 44

Atividades ................................................................... 66

O movimento de translação ................................... 45

Perspectivas – Cartografia tátil ............................... 68

A duração do movimento de translação ......... 46 As estações do ano ........................................... 46 Os solstícios e os equinócios .......................... 48 O movimento de rotação .......................................... 49 A evolução da navegação e a bússola ................... 50 Atividades .................................................................. 52

Mapas turísticos................................................. 65

Capítulo 5

A crosta terrestre ....................... 70

As Eras Geológicas ................................................... 70 Origem da litosfera ....................................................72 Estrutura da Terra ......................................................72 A Deriva Continental ...................................................74 As placas tectônicas ...........................................75 O território brasileiro na Placa Sul-Americana... 76

Cartografia: construção e interpretação de mapas .......... 54

O agente interno da litosfera: tectonismo .............. 77

Os primeiros mapas .................................................. 54

Terremoto ............................................................ 78

As linhas imaginárias dos mapas: paralelos e meridianos ............................................. 56

Tsunami ....................................................... 79

Capítulo 4

As coordenadas geográficas: latitude e longitude .......................................................... 56

Vulcões ............................................................... 80 Gêiseres ...................................................... 82 Visão integrada: Geografia e Ciências – A energia que vem do interior da Terra ..................................... 82

Projeções cartográficas............................................ 58

O agente externo da litosfera: intemperismo ........ 83

A projeção de Mercator ...................................... 60

Intemperismo físico .......................................... 83

Escala ...........................................................................61

Intemperismo químico ..................................... 83

© Angela Platania/Demotix/ Corbis/Latinstock

Fuso horário ........................................................57

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Tipos de rocha ........................................................... 84

Capítulo 7

A atmosfera terrestre ..............108

Rochas ígneas ................................................... 84

A formação da atmosfera ..................................... 108

Rochas sedimentares ....................................... 85

Como é composta a atmosfera ...................... 109

Rochas metamórficas ....................................... 85

Tempo e clima .......................................................... 110

O ciclo das rochas ..................................................... 86

Tempo e clima são diferentes ......................... 110

Os solos ...................................................................... 87

Meteorologia .................................................... 111

Intemperismo .................................................... 87

Climograma ................................................112

Desgaste do solo ............................................... 88

Tempo meteorológico e economia ................ 113

Atividades .................................................................. 89

Mudanças do clima ao longo do tempo ................ 115

Perspectivas – Os terremotos e a reconstrução do Japão e do Haiti..................................................... 92

Idade do Gelo..................................................... 115

Capítulo 6

A estrutura geológica e o relevo terrestre ........................ 94

A formação das estruturas do relevo terrestre .... 94 Escudos cristalinos ........................................... 95

Atividades ................................................................ 116

Capítulo 8

O clima terrestre ....................... 118

Elementos do clima ................................................ 118 Temperatura ..................................................... 118 Pressão atmosférica ...................................... 119

Recursos naturais ...................................... 97

Vento ..........................................................121

Dobramentos modernos ................................... 98

As brisas marítima e terrestre ................ 122

Formas do relevo ..................................................... 100

Umidade do ar ...................................................123

Planaltos ........................................................... 100

Chuva .........................................................124

Planícies ........................................................... 101

Fatores do clima .......................................................127

Depressões ....................................................... 103

Latitude .............................................................127

Atividades ................................................................. 104

Altitude ............................................................ 128

Olhar cartográfico – Diferentes pontos de vista cartográficos.............................................. 106

Visão integrada: Geografia e Ciências – Grandes altitudes, baixa pressão e ar rarefeito .................. 129

© Patrick J. Endres/AlaskaPhotoGraphics/ Corbis/Latinstock

Bacias sedimentares ........................................ 96

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Maritimidade e continentalidade .................... 130

Oceano Pacífico ............................................... 150

Massas de ar .................................................... 130

Oceano Atlântico .............................................. 151

Correntes marítimas ........................................131

Oceano Glacial Ártico ....................................... 151

Influência das correntes marítimas ...... 132

Mares ................................................................ 154

Os grandes tipos climáticos .................................. 134

Consumo de água ................................................... 156

Equatorial (baixa latitude) .............................. 134

Atividades ................................................................ 158

Tropical (baixa latitude) .................................. 135

Olhar cartográfico – Elementos de um mapa ...... 160

Temperado (média latitude) .......................... 136 Polar (alta latitude) ......................................... 137 Atividades ................................................................ 138 Perspectivas – O clima e as ocupações em áreas de risco ........................................................... 140

Capítulo 10

A questão da água .................. 162

A água doce do planeta .......................................... 162 As seções de um rio .............................................. 163 As nascentes dos rios ..................................... 164 O regime dos rios ............................................. 164

Terra: o planeta água ................ 142

Regime pluvial .......................................... 164

De onde veio a água? ............................................. 142

Regime nival ............................................. 165

O ciclo da água ......................................................... 143

Regime misto............................................ 165

A distribuição e o aproveitamento das águas ..... 144

O curso dos rios ................................................ 166

Geleiras: águas congeladas ............................ 145

A foz dos rios .................................................... 168

O impacto ambiental do derretimento das geleiras ............................................... 146

Foz em delta .............................................. 168

Conhecendo os oceanos ........................................ 148

Foz mista .................................................. 169

Oceano Índico .................................................. 149

A vegetação e o assoreamento dos rios ................171

Foz em estuário ........................................ 169

Mario Friedlander/Pulsar

Capítulo 9

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Sistema de tratamento de água ............................172

Atividades ................................................................200

Sistema de tratamento de esgoto .........................173

Olhar cartográfico – Legendas ............................. 202

A degradação da água doce ...................................174 Inundação, enchente e alagamento ..................... 176

Capítulo 12 Grandes questões ambientais .. 204

Atividades .................................................................178

Ecossistemas ...........................................................204 Grandes ameaças ao ambiente ............................206

Capítulo 11 Os biomas da Terra .................180

Poluição oceânica ...........................................206

A importância dos biomas para a Geografia ........ 182

Maré vermelha e maré negra .........................208

Os biomas da Terra .................................................. 184 Os biomas da zona temperada ....................... 184 Floresta temperada .................................. 184 Taiga ........................................................... 186 Estepe, pradaria e campos ...................... 187

O efeito estufa e o aquecimento global ..........210 Desenvolvimento sustentável ...............................212 Visão integrada: Geografia e Ciências – Um jardim no telhado ..................................................................214

Bioma polar: tundra ......................................... 188

O crescimento do debate ambiental pelo mundo ...............................................................215

Biomas da zona quente .................................. 190

Organizações não governamentais (ONGs) ..215

Floresta equatorial e tropical ................. 190

Visão integrada: Geografia e Arte – Arte feita de lixo ........................................................................216

Savana ....................................................... 192 Visão integrada: Geografia e Ciências – O reino dos cupins................................................................. 193 Os desertos ............................................... 194

Atividades ..................................................................217 Perspectivas – Os caiçaras de Trindade e a Puxada da Canoa ......................................................220

Os biomas marinhos ....................................... 195

Bibliografia ........................................................222

Domínios morfoclimáticos do Brasil .................... 198

Planisfério: político ..........................................224 © Rainer Hackenberg/ Corbis/Glow Images

Tipos de vegetação no mundo .............................. 196

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C APÍTULO

1

Geografia: a sociedade e a natureza Estúdio Ampla Arena

Em nosso dia a dia, é comum usarmos referências de localização. No campo, recorremos a árvores, morros, estradas, plantações, casas e rios. Na cidade, usamos a praça, o bairro, os centros comerciais e as vias mais movimentadas. Esses pontos de referência nos ajudam a identificar os diferentes lugares. Ao longo do tempo, os conhecimentos sobre os lugares, suas semelhanças e diferenças e os fatores que determinaram suas características acumularam-se e levaram ao desenvolvimento de uma ciência, a Geografia. Nos estudos geográficos, a sociedade e a natureza mantêm íntima associação. Isso significa que, desse ponto de vista, é importante estudá-las em conjunto. Desde as primeiras horas do dia, recorremos à natureza em busca de água, de alimentos e do próprio ar que respiramos. À medida que nos relacionamos com os elementos da natureza, acabamos remodelando-a, reconstruindo-a. Essa relação com a natureza jamais cessa.

A sociedade e a natureza interagem O ser humano sempre buscou compreender as características do lugar onde vive, explorando o meio natural e transformando-o, principalmente, para sua sobrevivência. Essa prática pode ser verificada nas pinturas pré-históricas encontradas em cavernas, em mapas milenares feitos por diferentes civilizações e no desenvolvimento de diversas técnicas e instrumentos empregados para desbravar terras, mares e até mesmo o espaço sideral.

Estúdio Ampla Arena

Representação do período Paleolítico

Fonte: KENT, Peter. A cidade ao longo dos tempos: da idade da pedra ao futuro distante. Tradução: Nelson Alessio. São Paulo: Zastras, 2010. p. 10-15.

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Trabalho Conjunto de atividades realizadas pelo ser humano que modificam o ambiente à sua volta de forma a garantir sua sobrevivência.

Assim, não somente para garantir sua sobrevivência, mas também para ampliar seu poder sobre outras sociedades, o ser humano foi além da simples extração de elementos da natureza e desenvolveu técnicas que multiplicaram sua capacidade de alterar o ambiente. Pesquisas arqueológicas demonstram que, cerca de 45 mil anos atrás, os seres humanos já produziam utensílios para transformar a natureza em seu próprio benefício. Com o passar do tempo, as descobertas se acumulavam e o trabalho tornava-se mais sofisticado, possibilitando mais e melhores condições de sobrevivência para os seres humanos. A descrição dos períodos a seguir busca explicar como o ser humano, vivendo em sociedade, conseguiu modificar a natureza por meio do trabalho. É importante ressaltar que as fases apresentadas não foram iguais para toda a humanidade. Cada povo percorreu um caminho próprio, resultando em uma grande variedade de modos de vida e imensa diversidade histórica e cultural. A Pré-História, ou Idade da Pedra, corresponde ao período anterior à escrita e é usualmente dividida em dois períodos: • Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada – estendeu-se entre 3 milhões e 10 milhões de anos a.C. Nesse período, os seres humanos fabricavam armas e ferramentas lascando pedaços de pedra. Também coletavam alimentos e caçavam. • Neolítico ou Idade da Pedra Polida – ocorreu entre 10 mil anos a.C. até 4 mil anos a.C. Nessa fase, os grupos humanos começaram a praticar a agricultura e a domesticar animais. Foi a chamada Revolução Neolítica.

Estúdio Ampla Arena

Representação do período Neolítico

Fonte: KENT, Peter. A cidade ao longo dos tempos: da idade da pedra ao futuro distante. Tradução: Nelson Alessio. São Paulo: Zastras, 2010. p. 10-15.

13


Por volta de 4000 a.C., algumas sociedades descobriram que, derretendo o cobre e o estanho, surgia deles um metal mais consistente, o bronze. Esse metal tornou-se útil na fabricação de armas, escudos, instrumentos e ferramentas mais resistentes. Com a evolução do trabalho, por volta de 1200 a.C., a sociedade começou a desenvolver técnicas como o derretimento do ferro, que tinha uma grande vantagem em relação ao bronze, por ser ainda mais resistente e muito mais abundante na natureza do que o cobre e o estanho. Com o passar do tempo, os seres humanos foram utilizando e transformando mais e mais os elementos da natureza. As florestas tornaram-se recursos para a construção de casas, graças à madeira; os rios e mares, fontes de alimentos; a areia passou a ser utilizada para a fabricação de vidro; as sementes foram coletadas e selecionadas durante séculos para produzir alimentos melhores e em quantidades maiores. No século XVIII surgiu a atividade industrial, na qual as fábricas trouxeram mudanças jamais vistas. Nesse período, cidades se multiplicaram pela Europa e a medicina avançou muito. Esse evento ficou conhecido na história como Revolução Industrial. Houve muitas transformações, mas isso não significa que toda a humanidade tenha sido beneficiada por elas. As disputas pelo controle de rios, florestas, reservas minerais e outros recursos naturais geraram muitos conflitos ao longo da história e, por consequência, levaram à degradação da natureza e à escravização de muitos seres humanos. Também é importante ressaltar que a riqueza gerada pelo trabalho da sociedade tem sido, muitas vezes, produzida por uns e controlada por outros. Isso originou, ao longo dos séculos, grandes diferenças sociais observadas em todo o mundo.

Atividade industrial Produção em larga escala e com emprego de mão de obra intensiva; trabalho com base na indústria. Reserva mineral Concentração de um mineral que tem valor econômico.

Estúdio Ampla Arena

Representação do período da Idade do Ferro

Fonte: KENT, Peter. A cidade ao longo dos tempos: da idade da pedra ao futuro distante. Tradução: Nelson Alessio. São Paulo: Zastras, 2010. p. 10-15.

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Por meio da fotossíntese, processo químico no qual a energia solar desencadeia a produção de alimentos para as plantas, os vegetais transformam a energia solar em carboidratos, substâncias compostas de três elementos químicos: hidrogênio, oxigênio e carbono. Ao comerem as plantas, os animais assimilam o carbono contido nelas. E, ao morrerem, seus corpos, pouco a pouco, perdem esse elemento químico.

Representação do ciclo do carbono Estúdio Ampla Arena

VISÃO INTEGRADA: GEOGRAFIA E CIÊNCIAS

Como sabemos a idade de um fóssil?

As cores não correspondem aos tons reais. A imagem está fora da escala de tamanho.

Ao identificar a quantidade de carbono restante nos fósseis de animais e vegetais, os cientistas conseguem determinar a época em que esses seres viveram em nosso planeta. Afinal, quanto menos carbono é encontrado nesses fósseis, mais antigos eles são. Atualmente, estão sendo desenvolvidos outros métodos para saber a idade de um fóssil. De modo geral, eles se baseiam no estudo das alterações químicas e físicas que acontecem lentamente com os fósseis ao longo do tempo. Carbono Elemento químico fundamental para a composição da matéria orgânica dos seres vivos. Fóssil Vestígio de ser vivo do passado que foi preservado em rochas ou outros materiais.

Fonte: elaborado pelos autores.

Atividade • Qual é a importância da datação de um fóssil para a Ciência e a Geografia?

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Espaço geográfico Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no século XVI, passaram a desenvolver atividades econômicas que foram, lentamente, alterando a natureza. Inicialmente, foram extraídos recursos naturais, como madeira e ouro, porém em uma proporção maior do que a capacidade de regeneração da natureza. Com o passar do tempo, outras atividades foram sendo desenvolvidas, como a pecuária, a agricultura e a indústria, acelerando ainda mais a transformação desse espaço geográfico. Chamamos de espaço geográfico a soma das sucessivas transformações observadas ao longo da história. Ou seja, esse espaço é uma construção dos seres humanos realizada por meio do trabalho. E, como o trabalho nunca cessa, o espaço geográfico é dinâmico, permanentemente construído e reconstruído.

Território

Acervo Instituto Moreira Salles

Quando determinada sociedade se apropria de uma porção do espaço geográfico, cria seu próprio território. Por exemplo, quando os portugueses chegaram por aqui, iniciaram a alteração do espaço natural, ao mesmo tempo em que se apoderaram dos territórios indígenas. Surgiu, assim, uma colônia, isto é, um novo território, pertencente então a Portugal. Como sabemos, esse território hoje constitui o Brasil. Atualmente, o território brasileiro tem fronteiras demarcadas que o separam e o individualizam em relação aos países vizinhos. Os limites entre territórios podem ser marcados por elementos naturais, como rios e montanhas, ou artificiais, isto é, criados pelo ser humano, como ruas e placas.

Vistas e paisagens do Brasil Nereide Schilaro Santa Rosa. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 2005. Paisagens do Brasil dos séculos XIX e XX retratadas por artistas brasileiros e estrangeiros, cujos trabalhos foram influenciados pela diversidade natural e cultural do nosso país.

Museu Paulista da USP, SP

1891

1907

Imagens da Avenida Paulista, em São Paulo (SP), em vários momentos de sua história. As alterações ao longo do tempo resultam no espaço geográfico atual (ver imagem mais recente na página seguinte), que também está sendo alterado.

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1963

Paisagem

Mauricio Simonetti/Pulsar

Folhapress

A paisagem é formada por diversos elementos que, em um dado instante, formam uma só imagem. Paisagem é tudo aquilo que vemos, o que a nossa visão alcança. Por isso, pode ser percebida de modo diferenciado por cada pessoa. Paisagem não é o mesmo que espaço geográfico. Enquanto a paisagem é composta por construções, ruas, automóveis, montanhas, árvores etc., o espaço geográfico é formado pela organização do trabalho, produção e consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas etc., isto é, pelas práticas dos diferentes grupos sociais que nele vivem. Assim como o espaço geográfico, a paisagem também é mutável. Ela se transforma a cada instante, adquirindo novas formas à medida que o espaço é alterado – ininterruptamente – pelas sociedades humanas.

2014

NAS IMAGENS 1. Quais as principais mudanças que ocorreram nessa paisagem ao longo do tempo? 2. Que elemento permanece em todas as imagens, dando identidade a esse espaço?

Lugar Lugar é cada um dos espaços onde vivemos cotidianamente, como a moradia ou a escola, e onde realizamos as mais variadas atividades, como estudar, brincar, comer, entre outras. Segundo o geógrafo Milton Santos (1926-2001), os lugares são espaços vividos, isto é, construídos pelas relações sociais. Portanto, ele abrange o cotidiano, a cooperação e o conflito entre os indivíduos que o habitam e se identificam com ele.

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A paisagem não é objeto de estudo apenas da Geografia, mas também das Artes Plásticas. Alguns pintores, sensibilizados com a beleza e a diversidade da flora e da fauna brasileiras, escolheram algumas de suas diversas paisagens como temas de suas obras. Entre esses artistas, podemos destacar o pintor, gravador e desenhista Frans Post, nascido na Holanda em 1612. Esse artista veio ao Brasil a pedido de Maurício de Nassau, governador-geral da colônia holandesa no país. Post o acompanhou em suas expedições pelo interior do Nordeste brasileiro, experiência que influenciou significativamente a obra do pintor. Considerado o primeiro paisagista do Brasil e das Américas, Post chegou a Pernambuco em 1637 e pintou vilas, engenhos, rios, florestas e alguns moradores desses locais. Em 1644, ele voltou para a Holanda, mas continuou utilizando essas paisagens como tema para suas obras. Contudo, nessa fase passou a usar cores mais fortes e a incluir novos elementos, como animais selvagens.

Frans Post. 1649. Óleo sobre madeira, 53 x 69 cm. Acervo Alte Pinakothek Museum. Munique, Alemanha

VISÃO INTEGRADA: GEOGRAFIA E ARTE

Paisagem em obra de arte

Paisagem brasileira com tatu. Pintura em óleo sobre madeira de Frans Post, 1649.

Atividades 1. Quais elementos são mais destacados nesse quadro, os naturais ou aqueles

criados pelo ser humano? 2. É possível exemplificar a definição de lugar proposta por Milton Santos, ci-

tada na página 17, com base nessa pintura? 3. As paisagens que aparecem em pinturas podem ser consideradas represen-

tações fiéis da realidade?

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A compreensão do espaço geográfico a partir da interação entre regiões Planeta humano Direção: John Hurt. Produção da BBC. França: Log On, 2010. 8 DVDs (60 min). Em oito episódios, a série mostra como diferentes povos ao redor do planeta relacionam-se com o ambiente e trabalham para transformar o espaço à sua volta de acordo com as suas necessidades, de modo a garantir sua sobrevivência.

Adubo Resíduo de origem animal e vegetal ou de produto mineral ou químico que se mistura à terra para fertilizá-la ou regenerá-la.

Gerson Gerloff/Pulsar

Edson Grandisoli/Pulsar

A produção do espaço geográfico é dada pelo trabalho, isto é, pela forma como os seres humanos se apropriam da natureza para satisfazer suas necessidades. Por meio do trabalho, são modificados os elementos da natureza, como o clima, a vegetação e os rios, conferindo características específicas a determinadas parcelas do espaço geográfico, chamadas de regiões. As regiões interagem entre si por meio da troca de mercadorias, informações etc. Como consequência, o espaço geográfico mundial vai se tornando cada vez mais dinâmico. Elementos de diversas regiões, por exemplo, podem estar presentes na produção de um simples pãozinho: • o trigo usado em sua fabricação pode ter sido cultivado na região central da Argentina, onde predominam terras férteis dominadas pelo clima temperado, cujas temperaturas mais amenas são extremamente favoráveis ao desenvolvimento dessa planta; • o trator usado para preparar a terra para o plantio do trigo pode conter peças fabricadas na região sul dos Estados Unidos; • o adubo e os defensivos agrícolas necessários para o cultivo do trigo podem ser produzidos no sul da Alemanha; • o fermento usado na preparação do pão pode ter sido produzido na região Nordeste do Brasil; • o recipiente onde se armazena o pão pode ter sido fabricado em uma cidade no litoral da China. Ou seja, a produção de um alimento qualquer pode resultar do trabalho exercido simultaneamente em diversas regiões ou países. Como as mercadorias, as informações também são comercializadas e circulam pelo espaço geográfico mundial. Telefones, televisores, rádios, computadores e inúmeros outros aparelhos eletrônicos instalados em residências, repartições públicas, hospitais, escolas e empresas transmitem e recebem imagens e mensagens todo o tempo. A todo instante, recebemos notícias sobre fatos ocorridos em regiões distantes das nossas moradias. Podemos assistir ao vivo, por exemplo, a eventos esportivos, mesmo quando estes ocorrem em países muito afastados. Além das tecnologias da comunicação, outro fator torna o espaço geográfico mais dinâmico na atualidade: as comunicações. Aviões, trens, automóveis e navios velozes transportam cada vez mais pessoas e mercadorias em menor tempo. Acima, colheita mecanizada de trigo em São Luiz Gonzaga (RS), em 2012. Ao lado, indústria de moagem de trigo e produção de farinha em Santos (SP), em 2013. A farinha de trigo pode se tornar matéria-prima para outras indústrias e gerar novos produtos em outras regiões.

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Atividades Ferrez, Marc/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles

3 milhões

10 mil

A

4 mil

B

C

1,2 mil

D

anos a.C.

Editoria de Arte

1. Copie a linha do tempo a seguir no caderno e indique os nomes dos períodos históricos A e B e as descobertas importantes ocorridas nos períodos C e D.

2. Como o modo de produção ou de trabalho de determinada sociedade pode definir suas relações com a natureza? 3. Como o domínio das técnicas permitiu que ocorressem mudanças no meio natural?

Shaun Botterill/Getty Images

4. Observe a imagem a seguir e responda às questões.

Vista aérea da cidade de Cuiabá (MT), 2013.

a) Cite elementos da natureza presentes na imagem. b) Mencione elementos construídos pelo ser humano. c) Explique, com base na imagem, como o ser humano se relaciona com a natureza.

20


5. O que é o espaço geográfico? Em que aspectos ele se diferencia do espaço natural? 6. As imagens abaixo retratam a enseada de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, em diferentes épocas. Ferrez, Marc/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles

Vista aérea da enseada de Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), em 1880. Luciana Whitaker/Pulsar

Vista aérea da enseada de Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), em 2013.

• Quais foram as principais transformações ocorridas nesse espaço geográfico ao longo do tempo? 7. Os espaços geográficos ao redor do globo são diferentes. Por meio de quais tipos de tecnologias podemos observar isso atualmente? 8. Pesquise em jornais, revistas ou na internet as diferenças entre os espaços geográficos da cidade de Tóquio, no Japão, e de Lagos, na Nigéria. Se possível, apresente imagens que retratem esses espaços e explique os motivos de serem tão diferentes. 9. Como ocorreram as transformações no espaço geográfico do município onde você vive? Converse com antigos moradores, procure em jornais locais ou no site da prefeitura e anote, no caderno, as principais alterações ocorridas no espaço geográfico de sua cidade.

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OLHAR CARTOGRÁFICO

2

Sérgio Ricardo Fiori

Podemos representar o espaço geográfico utilizando diferentes tipos de mapa GPS Sigla em inglês para Sistema de e carta. Mas há também outra forma, conhecida como croqui. Posicionamento Global (Global Croquis são formas mais simples de representação que não obedecem a Positioning System), referente à regras e técnicas específicas de mapeamento, como o GPS. De maneira geral, localização geográfica de pontos na superfície terrestre. são desenhos que mostram o espaço geográfico com base no conhecimento e na 1 percepção que o sujeito tem da paisagem. Ou seja, os croquis não exigem grande precisão dos objetos representados e podem ser elaborados apenas com papel e lápis. A figura 1, ao lado, apresenta um croqui de Brasília, desenhado por Lucio Costa, arquiteto e urbanista que foi um dos responsáveis pela construção dessa cidade. Os traços são irregulares e não há rigor na utilização de escala ou de legenda. A figura 2, por sua vez, apresenta um mapa atual de Brasília, com a cidade totalmente construída com base em seu desenho original. Croqui da cidade de Brasília feito por Lucio Costa, em 1956.

Arquivo Público do Distrito Federal

Croqui

Mapa recente de Brasília (DF), cujas formas seguem as linhas originais do croqui de Lucio Costa.

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Shaun Botterill/Getty Images

Luís Moura

Já as figuras 3 e 4 apresentam croquis com diferentes escalas e graus de complexidade. Na figura 3, temos um croqui elaborado por uma criança, que apresenta quarteirões bem definidos, enquanto o croqui da figura 4 mostra a paisagem de um bairro do município de Caxambu, em Minas Gerais.

3

4

Sérgio Ricardo Fiori

Croqui feito por uma criança para representar o caminho de sua moradia até a escola.

Atividades 1. O que é um croqui? Explique a diferença entre croqui e mapa. 2. Pense em todos os elementos presentes no bairro onde você mora e elabore um croqui com o máximo de informações que puder recordar. Identifique os detalhes nele inseridos e faça uma legenda que oriente o leitor. 3. Observe os dois croquis desta página, comparando suas características principais. Em seguida, discuta com seus colegas sobre as semelhanças e diferenças que vocês encontraram entre as duas imagens e escreva um pequeno texto no caderno sintetizando suas conclusões.

Croqui representando parte da cidade de Caxambu (MG).

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