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DE CONVERSA EM

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Por Antonio Bivar

Por Antonio Bivar

POR ANTONIO BIVAR

E LA NAVE VA

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O ano termina sem avaliações e sem previsões para o próximo. Por aqui, nosso colunista só quer torcer para que tudo dê certo

Convenhamos: 2019 foi um ano que não passou batido. Não houve um só dia em que não tenhamos sido tomados pelo espanto, pela perplexidade, pelo susto. Nem os mais blasés, os mais cool, os indiferentes, escaparam. Para nós daqui, foi como se não apenas o Brasil, mas as Américas, e o mundo todo, tivessem sido postos pra ferver e transbordar, no caldeirão das bruxas. Uma coisa! Por isso acho que não convém, agora na virada, fazer o balanço do ano. Deixemos que o balanço se faça por si próprio e fique por lá. Afinal, estamos à beira do ano que vem. À beira do precipício, e antes de nele sermos atirados, como a conjugar o verbo transitivo direto, depositamos nos nossos envelopes ao Deus dará, nossa fé, nossas esperanças, nosso juízo. Torcemos para que tudo dê certo e que nada dê errado. Somos rodados e quilometrados o bastante para sabermos que as coisas também não vêm bem assim.

São dois, os lados de tudo. Tal moeda existe. Fazendo conscientemente nossa parte, bons frutos sempre havemos de colher. Depende de nós transformar a vida num Jardim do Éden. Estamos a viver o engatinhar de um inexorável futurismo nem um pouco exequível. Condescendamos, pois.

Neofuturismo. Li, mês passado, que vão fazer um filme, acho até mesmo que um de ficção, no qual James Dean interpretará o papel principal. Será um James Dean que, pela morte prematura, não foi filmado em vida, um filme que ele ficou nos devendo, e que agora, na nova onda futurista superavançada tecnologicamente, pode ser filmado com ele mesmo no papel, sem que seja preciso outro ator interpretá-lo, como até então se usou. Se isso não é uma das infinitas possibilidades neofuturistas já para o ano que vem (filme a ser lançado mais lá pro fim do ano, fomos avisados) ao

FOTOS GETTY IMAGES; FREEPIK; DIVULGAÇÃO

menos serve de trailer.

Ano que vem, também é útil lembrar, teremos eleições. Não será como a de 2022, mas ainda assim já um avanço das coisas. É a hora e a vez de a nação escolher seus respectivos prefeitos. Você já sabe qual o seu candidato?

Previsões. Dezembro nunca escapa delas. E este dezembro é um prato para os previsores. Fuja dos presságios. O imprevisível acontece. “Cálculo antecipado das necessidades e dos custos de realização de um projeto, um programa de governo etc.” Esta foi uma das respostas que encontrei no Houaiss, na busca do real significado da palavra “previsão”.

De modo que o melhor é aproveitar dezembro o mais que pudermos. Tempo para dedicá-lo ao nosso belprazer.

Sim, porque se domingo pede cachimbo, dezembro pede férias, e férias, convenhamos, não é só para não fazer nada. Se dezembro, férias são compras natalinas, são mergulhos nas piscinas, e no cardápio, frutos do mar. E muito líquido, seja lá qual for. Muita água fresca, muito suco, muito sol, muita sombra. Muita sobremesa. E a passagem de ano, que acontece no último dia de dezembro, é sempre aquela coisa. Tem gente que gosta. Como serão os fogos em Copacabana, desta vez? Não vou dizer que não adoro dezembro, mas já estou me municiando é para janeiro. Acho janeiro mais excitante, por ser ano novo. E como eterno estudante, matriculei-me numa escola de verão. Adoro escolas de verão, e a deste ano promete. Pede-se aos participantes que escolha cada um seu lugar, sua praia, sua geografia, e ali se perca, e volte com o resultado em escrita criativa. O resultado da minha experiência estará aqui, na coluna do próximo número, já em 2020.

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