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COLUNA DA JOYCE

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CABO DE GUERRA

O pacote anticrime de SÉRGIO MORO será difícil de emplacar. É que o ministro da Justiça tem falado sobre corda em casa de enforcado. A avaliação é que o projeto, focado entre outros pontos na corrupção, enquadraria 300 parlamentares, por baixo. Nos corredores de Brasília é certo que a proposta do ex-juiz da Lava Jato dificilmente vai prosperar no Senado. A opinião é compartilhada inclusive por parlamentares que apoiam as medidas de Moro.

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CORPO A CORPO Com PAULO GUEDES assumindo a linha de frente na articulação política pela reforma da previdência, tem-se um caso inédito em Brasília. É a primeira vez que um ministro da área econômica assume o papel de articulador. Nos governos anteriores, seja FHC, Lula, Dilma ou Temer, sempre foi mais fácil conversar com os próprios presidentes do que com os donos das chaves do cofre. Ademais, com poderes de superministro, Guedes comanda cinco pastas – Fazenda; Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Indústria, Comércio Exterior e Serviços e parte do Trabalho – e certamente não terá tempo hábil para realizar o papel de coordenação que Bolsonaro espera. Há quem diga que ele não tem tido tempo sequer para ir ao banheiro.

FEITIÇARIA

Guru de Jair Bolsonaro, o filósofo OLAVO DE CARVALHO é chamado de bruxo por opositores. Avessos a sua influência sobre o presidente, integrantes do governo o comparam a Grigori Rasputin, o autoproclamado homem santo que no início do século 20, na Rússia, se aproximou da família do czar Nicolau 2º, tornou-se figura influente e viveu o ocaso da dinastia Romanov. Duro na queda, foi envenenado duas vezes e crivado de balas, mas só morreu quando jogado no Neva. Mais perto, no governo de Isabelita Perón, na Argentina, José López Rega, El Brujo, também naufragou como ministro de Bienestar e terminou preso acusado de conspiração, sequestro e assassinato. Pela história, bruxaria e poder não combinam.

NA LAMA

Nas poucas vezes em que é visto em público, FABIO SCHVARTSMAN , presidente afastado da Vale, companhia que chamou de joia e defendeu como pôde, tem demostrado ter acusado o golpe. Ele não participa das conversas e pouco interage com as pessoas.

PREVENÇÃO À PREVENTIVA

Caso o Brasil se inspirasse num novo entendimento da Suprema Corte do Canadá, a sanha justiceira de promotores, delegados e juízes daqui talvez arrefecesse. Em março, o tribunal canadense circunscreveu os limites da prisão preventiva no país, que só deve ser usada caso o julgamento esteja próximo e ainda reavaliada a cada 30 ou 90 dias, a depender do crime. Aqui, deputados federais ainda estudam indenizar o preso, caso não fique comprovada a justeza da prisão.

ATÉ O FIM

Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão dispostos a ir até o fim no inquérito que está sendo conduzido por ALEXANDRE DE MORAES contra as notícias falsas que têm por alvo os próprios ministros do STF. Eles entendem que pessoas com interesses no tema estão deliberadamente trabalhando para insuflar a opinião pública contra o Supremo, o que afeta, fundamentalmente, a qualidade dos julgamentos. O Supremo vai com tudo contra o que se chama de publicidade opressiva.

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A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê

3 PERGUNTAS PARA...

PATRICIA ELLEN DA SILVA , secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP. Natural da Vila das Belezas, na periferia de São Paulo, conviveu com contrastes sociais e viu na sua história como o acesso à educação de qualidade e oportunidades de trabalho podem fazer a diferença

O DISCURSO DA MUDANÇA SOCIAL PELA EDUCAÇÃO É RECORRENTE. O QUE FAZER PARA TORNÁ-LO CONCRETO?

Também escuto isso há muito tempo. Quando voltei do MBA [no Insead], abri uma ONG na favela do Real Parque, lugar onde passei parte da minha adolescência. Dava aula de inglês e criei um grupo de voluntários. Sou professora [no Centro de Liderança Pública], mas vi que chegou minha vez de tentar mudar na prática. Uma das ações concretas da secretaria é o Novotec, que trata de triplicar o acesso ao ensino técnico profissionalizante integrado ao ensino médio. A ideia é combinar educação de qualidade com foco em empregabilidade.

COMO FOI A SUA TRANSIÇÃO DO SETOR PRIVADO PARA O PÚBLICO?

Foi uma transição natural porque sempre fui engajada em causas públicas. Trabalhando com tecnologia em saúde mantive minha atuação visando a forma como o setor privado pode contribuir em causas públicas. Agora tenho a possibilidade de trabalhar com isso em tempo integral e com impacto muito maior. Sinto que estou alinhada com meu propósito de vida, tendo ainda a chance de retribuir todo o esforço da minha família para que eu tivesse uma carreira bem-sucedida. A parte desafiadora é lidar com a burocracia e atrair talentos com a remuneração mais baixa.

ESTÁ OTIMISTA?

Estou porque a gente tem um secretariado muito técnico e comprometido em fazer uma gestão profissional, transparente, digital e descentralizada. Eu não tenho histórico político, a minha nomeação foi técnica. Temos quatro mulheres secretárias e sinto um nível de alinhamento muito grande entre as pastas. A prioridade é contribuir para ter um estado empreendedor de três formas: o empreendedor-empregador desburocratizando, facilitando a vida dos investidores; o segundo pilar é promover uma agenda de ciência, tecnologia e inovação com um olhar sustentável, com o uso responsável dos recursos financeiros, humanos e naturais; e o terceiro, que é um compromisso inegociável, com emprego na formação dos nossos talentos.

ELEVADOR PANORÂMICO

O médico cardiologista ROBERTO KALIL está de casa nova. Ele acaba de se mudar para um luxuoso edifício na região da Cidade Jardim e do Parque do Povo, em São Paulo, onde poderosos como Carlos Francisco Jereissati, Fausto Silva e João Paulo Diniz são outros proprietários. É o prédio mais cinco-estrelas do momento.

ARTHUR SCHOPENHAUER

EM ABRIL, A MULHER E O HOMEM DE PODER VÃO...

VISITAR a mostra Leonard Cohen: A Crack in Everything, no Jewish Museum, em Nova York. A exposição inclui trabalhos inspirados na carreira do icônico cantor, compositor, romancista e poeta, desenhos originais feitos por ele e uma galeria multimídia que inclui covers por músicos como Sufjan Stevens, Feist e Moby GARANTIR ingresso para o Fronteiras do Pensamento, ciclo de conferências que este ano, sob o tema “Sentidos da Vida”, traz para o debate pensadores de destaque internacional como Paul Auster, Graça Machel e Werner Herzog ACENDER em casa algumas lâmpadas de sal do Himalaia, responsáveis por equilibrar as cargas elétricas nos ambientes

ENFRENTAR

o Leão do Imposto de Renda

LER

O Homem Ridículo, novo livro de contos de Marcelo Rubens Paiva, um retrato irreverente e divertido dos conflitos masculinos com

as mulheres REVER Meu Pé Esquerdo (My Left Foot), filme que completa 30 anos este mês e rendeu o Oscar de melhor ator a Daniel DayLewis. Dirigido pelo irlandês Jim Sheridan e com roteiro baseado na autobiografia de Christy Brown

ACOMPANHAR as finais da Copa do Mundo de Saltos e Adestramento. Em Gotemburgo, na Suécia

CRIAR com amigos um clube do livro. Uma reunião por semana, regada a boa comida e bebida, em que um integrante do grupo recebe os convidados, conta a história lida e discute a obra

CONFERIR a exposição

Leonilson: Arquivo e

Memória Vivos, com trabalhos inéditos do artista José Leonilson (1957-1993), cearense radicado em São Paulo, conhecido por expressar sentimentos, sexualidade e relações amorosas em suas obras. Na Galeria de

Arte do Centro Cultural Fiesp CORRER a Maratona de Londres, uma das cinco mais importantes do mundo, e ter a honra de “competir” com Mo Farah, dono de quatro ouros olímpicos e lenda do esporte britânico. Dia 28

OUVIR “Em Outras Canções”, primeiro single do novo álbum de Lô Borges – Rio da Lua. A faixa é composta em parceria com Nelson Angelo, um dos companheiros de Clube da Esquina

ASSISTIR à Orquestra Sinfônica da Antuérpia sob regência de Robert Trevino. No Teatro Cultura Artística

com reportagem de aline vessoni e dado abreu

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