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Era uma vez um dinossauro. Não um dinossauro qualquer, mas o dinossauro: que gostava de aprender, descobrir, partilhar... e também de comer cenouras. Tudo isso o tornava um pouquinho diferente e acabava atrapalhando. A família reclamava, os amigos se irritavam com tanta curiosidade e pergunta. Então, era uma vez um dinossauro que, para ser aceito, mudou. Deixou de comer cenouras, de perguntar, de falar sobre estrelas e até mesmo de pensar. Conquistou muitos amigos, mas não se tornou mais feliz. Como voltar a ser do jeitinho exato que era e que gostava de ser?
ilustrações de Jean-Claude R. Alphen
O DINOSSAURO DENTUÇO QUE COMIA CENOURAS
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Com leveza e humor, o autor aborda temas como identidade, respeito, aceitação de si e do outro, valorizando o saber e as diferenças. Afinal, “quando todo mundo pensa igual, na verdade ninguém está pensando”.
de Júlio Emílio Braz
DeLeitura DeLeitura
O DINOSSAURO DENTUÇO QUE COMIA CENOURAS
de Júlio Emílio Braz
A partir da ideia original de Igor Teixeira Braz ILUSTRAÇÕES DE JEAN-CLAUDE
R. ALPHEN
1a edição São Paulo, 2013
DeLeitura
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Copyright © 2013 Editora Aquariana
Capa e projeto gráfico: Niky Venâncio Ilustrações de capa e miolo: Jean-Claude R. Alphen Coordenação editorial: Sonia Salerno Forjaz Texto em conformidade com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de janeiro/2009.
CIP - BRASIL - Catalogação na Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. B839d Braz, Júlio Emílio, 1959 O dinossauro dentuço que comia cenouras / Júlio Emílio Braz ; a partir da ideia original de Igor Teixeira Braz ; {ilustrações Jean-Claude R. Alphen}. - 1. ed. São Paulo: DeLeitura, 2013. ISBN 978-85-7217-170-0 1. Respeito – Literatura infantojuvenil. 2. Conto Infantojuvenil brasileiro. – I. Braz , Igor Teixeira II. Alphen, Jean-Claude R. III. Título. 13-05036
CDD: 028.5 CDU: 087.5
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DeLeitura é um selo da Editora Aquariana Ltda. Direitos reservados à Editora Aquariana Ltda. Av. Mascote , 1568 - Vila Mascote - 04363-001 - São Paulo - SP Tel.: (11) 5031.1500 / Fax.: 5031.3462 vendas@aquariana.com.br - www.aquariana.com.br
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Era uma vez um dinossauro dentuço que comia cenouras.
Isso por si só já era uma coisa extravagante. Mas não era essa, digamos assim, a esquisitice do dinossauro. O que realmente era estranho, o que incomodava, até irritava, era aquela sua mania de perguntar, perguntar e perguntar...
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Por que o céu é azul? De onde vem o sol? Por que eu falo e o gato mia? Ele queria saber. É, tudo ele queria saber e, por querer saber, não parava de perguntar...
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Como eu nasci? Por que eu nasci? Pra onde eu vou? Pior mesmo era que, quando conseguia saber, em vez de parar de perguntar, ele queria saber mais. Ele vivia de insistir, de falar, interrogar, de colecionar tanto perguntas quanto respostas. É, porque entre uma cenoura e outra, ele gostava de colecionar. Não só perguntas e muito menos respostas.
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- Se continuar assim, ninguém vai gostar de você! - disse seu pai, aborrecido, realmente chateado, depois de outra daquelas perguntas que ele não sabia responder e que não bastava dizer um breve “porque é”. O dinossauro ainda quis argumentar, dizer que aquele era o jeito dele, dizer que as pessoas deviam gostar dele como ele era, mas um dos muitos tios que tinha nem deixou que continuasse, e concordou com o pai: - É, SER CHATO É MUITO CHATO!
- VOCÊ PODE ACABAR SOZINHO! - DISSE UM TERCEIRO.
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Um dia ele se olhou no espelho e viu alguém que não reconheceu. Não, aquele não era ele. Nem as roupas, nem a cara, nem a cenoura. Era alguém. Uma pessoa bem parecida com ele. Mas não era ele. Era como todos queriam vê-lo. Não precisava procurar se encontrar dentro da cabeça e das ideias dos outros, pois já se encontrara dentro dele mesmo. Sabia como era, porque era daquele jeito que se sentia bem. Por que mudar?
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Era uma vez um dinossauro. Não um dinossauro qualquer, mas o dinossauro: que gostava de aprender, descobrir, partilhar... e também de comer cenouras. Tudo isso o tornava um pouquinho diferente e acabava atrapalhando. A família reclamava, os amigos se irritavam com tanta curiosidade e pergunta. Então, era uma vez um dinossauro que, para ser aceito, mudou. Deixou de comer cenouras, de perguntar, de falar sobre estrelas e até mesmo de pensar. Conquistou muitos amigos, mas não se tornou mais feliz. Como voltar a ser do jeitinho exato que era e que gostava de ser?
ilustrações de Jean-Claude R. Alphen
O DINOSSAURO DENTUÇO QUE COMIA CENOURAS
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Com leveza e humor, o autor aborda temas como identidade, respeito, aceitação de si e do outro, valorizando o saber e as diferenças. Afinal, “quando todo mundo pensa igual, na verdade ninguém está pensando”.
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