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Primeiro ato

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Sobre o autor

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Bem-vindos a Verona, a capital da província de Vêneto, no nordeste da Itália. Cidade esplendorosa, cuja paz foi interrompida por uma antiga rixa entre famílias. Rixa esta que culminará em tragédia.

Dois empregados da família Capuleto, Sansão e Gregório, estão na praça da cidade.

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Gregório, juro que dessa vez eles não vão nos humilhar. Não vamos carregar o lixo deles.

Minha espada está pronta. É guerra. Darei cobertura a você.

Não, não somos garis.

O trabalho deles é interrompido por dois empregados da família Montéquio. Capuletos e Montéquios estão em guerra há muitos anos...

Dos lados opostos da praça, dois homens notam a confusão: Benvólio, um Capuleto, e Tebaldo, um Montéquio.

O que você quer, apontando o dedo assim para gente? Vou apontar o dedo para eles! Se vierem pAra cá, vão se ver com a gente.

Afastem-se, idiotas! Larguem as armas. Vocês não sabem onde estão se metendo. deixem-NOS em paz!

O quê? Você aponta a arma e vem falar de paz? Odeio a palavra paz assim como odeio todos os Montéquios e você! Vamos destruí-lo, covarde!

Logo Montéquios e Capuletos entrarão em combate novamente.

Que barulho é esse? Dê-me minha espada, rápido!

Capuleto desgraçado! Solte-me, deixe-me ir!

Arruaceiros, inimigos da paz, levantam armas contra seus próprios vizinhos.

O Príncipe de Verona, furioso, fala à população.

Assim que a multidão se dispersa, Benvólio se aproxima de Romeu, que está apaixonado por Rosalina.

Ponham suas armas no chão e ouçam a sentença de seu Príncipe.

Para vocês, meus velhos Capuletos e Montéquios, que por três vezes perturbaram a paz de nossa cidade...

... Se perturbarem nossas ruas outra vez pagarão com suas vidas.

Bom dia, primo.

O amor é uma fumaça feita dos suspiros dos apaixonados. O que mais poderia ser? Uma loucura discreta, um doce confeito que engasga.

Ah! As horas passam devagar quando se está triste.

E o que faz as suas horas serem tão lentas?

Meu senhor, o que me diz da minha proposta?

Minha filha ainda é muito jovem. Mal conhece o mundo.

Conquiste-a primeiro, Páris, roube seu coração. Minha permissão é apenas uma parte da decisão. Capuleto organiza uma festa e pede a um empregado para levar os convites.

Vá até Verona, encontre as pessoas que estão listadas aí e diga a elas que são todas bem-vindas em minha casa.

O senhor Capuleto permite o casamento, mas com a condição de Julieta concordar.

Tenho que encontrar as pessoas cujos nomes estão escritos aqui, mas nunca vou encontrá-las sozinho. Preciso de ajuda.

Senhor, por favor, poderia ler isto para mim?

Se eu souber a língua e entender a letra.

Um belo encontro. Onde será a festa? E nesta festa tradicional dos Capuletos, a Rosalina que você tanto ama lá estará. Vou com você, não para ser visto, mas para poder ver minha amada.

Assim, Romeu e Benvólio ficam sabendo da festa. O amor de Romeu, Rosalina, era uma das convidadas.

Diga, minha filha Julieta, qual é a sua opinião sobre este casamento?

É uma honra que não quero ter agora.

O valoroso Páris ama você. Vou observá-lo, verei se gosto dele; e se de olhar nasce a afeição. Mas não me apaixonarei por ele além de seu consentimento.

Qual será nossa desculpa para estarmos aqui? Ou entramos sem dar nenhuma satisfação?

A luz que habita meu coração iluminará a dança essa noite.

Deixe que nos julguem como quiserem, ficamos um pouco, dançamos e depois saímos.

Sejam bem- -vindos! Venham, entrem! Música! Música!

É ela que ensina as chamas a serem brilhantes! Será que meu coração realmente amou alguém até esse momento? Eu nunca tinha visto beleza tão verdadeira até esta noite.

Romeu vê Julieta, e, no mesmo instante, esquece completamente seu amor por Rosalina.

Tebaldo, que está por perto, ouve Romeu e desmascara-o.

Este, pela voz, deve ser um Montéquio.

Tio, ele é um Montéquio! Um inimigo nosso, um vilão que veio para nos espionar e desdenhar de nossa festa.

É o jovem Romeu? Calma, primo, deixe o jovem em paz. Não é esta a maneira correta de tratar um vilão. Não vou tolerar semelhante desaforo.

Meus lábios, dois peregrinos, prontos para tornar tudo melhor com um beijo.

Ah, peregrinos lábios, que deveriam ser usados em prece.

Então não se movam, enquanto faço minhas preces. E meus pecados são tirados dos meus lábios pelos seus.

Senhora, sua mãe quer falar com você. A mãe dela é a dona da casa. Uma boa mulher, sábia e virtuosa.

Venha cá, Ama. Quem é aquele rapaz?

O nome dele é Romeu, um Montéquio. O único filho do seu maior inimigo.

Ela é uma Capuleto? Oh, preço alto a pagar! Minha vida está nas mãos do inimigo.

Meu único amor é filho do meu único inimigo! Vi-o antes de saber quem era e descobri tarde demais! O amor é um monstro, me fez amar um inimigo.

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