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Quadro dos projetos do livro
Empatia. É saber se colocar no lugar de outra pessoa com o intuito de compreender seus sentimentos e ações. Desenvolver a empatia faz com que os alunos se ajudem mutuamente. Esse conceito está intimamente relacionado com o altruísmo.
Organização. É a forma de dispor um conjunto de pessoas ou de tarefas para atingir um resultado em especial. Permite aos alunos compreenderem que pode ser mais simples atingir um objetivo com atitudes racionais e preparação.
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Pensamento crítico. Assumir uma postura questionadora, compreender uma informação nova e analisá-la a partir de outras referências. Em um mundo cada vez mais dominado pela guerra de discursos e notícias falsas, o pensamento crítico afiado será um escudo dentro e fora da sala de aula.
Persistência. É manter-se constante na busca por um objetivo, apesar das adversidades. A persistência é vista como um valor importante a ser estimulado nos alunos, para que eles alcancem seus objetivos, de conquistas simples a complexas.
Resiliência. Usar as próprias habilidades para superar crises e sair mais fortalecido e experiente diante de cada adversidade. Para o aluno, é uma forma de estimular a persistência e o equilíbrio emocional.
Responsabilidade. Assumir as consequências pelo próprio comportamento, além de ser capaz de se comportar de maneira sensata. Permite ao estudante ter consciência de quanto suas atitudes têm efeitos.
Sociabilidade. É a tendência de as pessoas optarem por viver em comunidade e de estimular o bom relacionamento com os outros seres humanos. Na escola, as atividades em grupo são importantes para trabalhar as diferenças e fortalecer os laços de amizade entre os alunos.
Tolerância. É respeitar as ideias, crenças ou ações diferentes das suas. É manter uma atitude de aceitação em relação às pessoas que têm valores muitas vezes opostos aos seus próprios valores. Permite ao aluno que amplie sua capacidade de ouvir e aceitar o que é diferente.
Veja mais habilidades na listagem disponibilizada no endereço: https://novaescola.org.br/conteudo/ 12178/competenciassocioemocionais-de-a-a-z. Acesso em: 12 ago. 2021.
Para aprofundar e conhecer propostas de encaminhamento do trabalho, você pode consultar o material elaborado pelos Instituto Ayrton Senna disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-macrocompetencia-resiliencia-emocional.pdf?utm_source=site&utm_medium=hub-1507. Acesso em: 12 ago. 2021.
Desta forma, esperamos contribuir para uma comunidade escolar mais engajada, com pensamento crítico, com grande poder de argumentação, combatente ao bullying e bom relacionamento interpessoal.
A AVALIAÇÃO NOS PROJETOS INTEGRADORES
Durante muito tempo, a avaliação como procedimento ao final do processo de ensino e como medida quantitativa imperou no cotidiano escolar. A partir dos estudos e das pesquisas realizadas por Ralph Tyler na década de 1930, iniciam-se os debates sobre a relevância da avaliação da aprendizagem, discussão que, no Brasil, começa a se fortalecer por volta da década de 1960.
Desse momento até aqui, muito se avançou. A avaliação é tomada como processo que permeia o ensino-aprendizagem e se materializa nos projetos de acordo com a BNCC (2018), que destaca, dentre outras ações, a necessidade de se “construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos” (BRASIL, 2018, p. 17).
Nesse sentido, defendemos que a avaliação possibilite não apenas acompanhar a construção do conhecimento como também auxiliar o aluno na aprendizagem, uma avaliação processual, também conhecida como avaliação formativa.
Conforme Harlen (2005) citado por Santos (2016), “a mesma informação, recolhida do mesmo modo, chamar-se-á formativa se for usada para apoiar a aprendizagem e o ensino, ou somativa se não for utilizada deste modo, mas apenas para registar e reportar” (HARLEN, 2005, p. 208 apud SANTOS, 2016, p. 639).
Sob o viés da avaliação formativa, o objetivo é fornecer evidências que apoiem o desenvolvimento de ações pedagógicas, numa dinâmica que requer a participação ativa dos alunos e a intervenção planejada para apoiar as aprendizagens. Isso pode acontecer a partir do feedback do professor (ao analisar as evidências geradas com as atividades e retomar o que se espera que os alunos aprendam ao final de cada etapa), e por meio de um processo de autorregulação (como a autoavaliação sugerida em cada projeto).