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Diamantina – MG

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Congonhas – MG

Congonhas – MG

Diamantina é outro destino que chama a atenção por concentrar parte da rica história do Brasil. a cidade, fundada em 1831, recebeu o nome devido à abundância das pedras preciosas encontradas na região. a história do lugar remonta ao século Xviii, quando a região era uma importante área de mineração de ouro. Com o esgotamento das jazidas de ouro, a região passou a ser explorada em busca de diamantes. e a descoberta da pedra preciosa na região de Diamantina em 1729 iniciou o Ciclo do Diamante em minas gerais, que durou até meados do século XiX.

Durante esse período, a cidade se tornou um importante centro de extração de diamantes, atraindo muitos trabalhadores e investidores e também se destacou como um centro cultural e político, com a fundação da primeira escola pública da região.

Diamantina foi ainda um importante centro de resistência durante a luta liderada por Tiradentes. além de ser conhecida por ser a terra natal de Chica da Silva, escrava alforriada que se casou com um dos homens mais ricos do país daquela época.

O destino é um verdadeiro tesouro para quem deseja conhecer a história do Brasil, desde o período colonial até a luta pela independência. Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela uNeSCO, atrai muitos turistas interessados em conhecer sua rica história e sua arquitetura colo- nial. a cidade é conhecida por suas igrejas, museus e ruas históricas, além de ser um importante centro universitário e cultural da região. a arquitetura civil da cidade também é uma referência especial com ausência de casas térreas, ficando em destaque os conjuntos de sobrados. O centro histórico de Diamantina também é dotado de excepcional beleza por sua composi- ção com a Serra dos Cristais, formando um dos conjuntos paisagísticos mais significativos de Minas.

O centro urbano do lugar apresenta uma configuração característica das cidades do período colonial, com um padrão irregular, com arruamentos transversais à encosta, marcados, principalmente, pelas ruas paralelas com pequenas variações de abertura ou desvio de alguns becos e ruas estreitas.

No conjunto arquitetônico, a cidade conta com monumentos significativos para a história da arte e da arquitetura no Brasil dos séculos Xviii, XiX e XX, como as igrejas das mercês, do amparo, do Carmo, do Rosário, de São Francisco de Assis, do Senhor do Bonfim, bem como a Casa do Forro Pintado, o edifício do Fórum, o mercado municipal, o museu do Diamante, a Biblioteca antônio Torres, a Casa da Chica da Silva e os prédios projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer: Hotel Tijuco, Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina, Escola Estadual Professora Júlia Kubistchek e Diamantina Tênis Clube.

Outra atração turística muito procurada em Diamantina é a vesperata, um concerto noturno, realizado a céu aberto, composto por bandas de músicas que se apresentam na tradicional Rua da quitanda, no centro histórico da cidade, agregada à cultura e gastronomia local.

Olinda – PE

Olinda é conhecida por suas simpáticas casinhas coloridas e pelos ritmos do frevo e do maracatu, típicos da região. Distante apenas seis quilômetros de Recife, foi a segunda cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela uNeSCO, em 1982, depois de Ouro Preto.

Foi fundada em 1535, sendo uma das mais antigas cidades brasileiras, e chegou a ser o centro urbano mais rico do Brasil colônia devido ao extrativismo do pau-brasil e à cultura da cana de açúcar. em matéria de luxo e ostentação, chegou a disputar com a corte portuguesa, de tanta riqueza que possuía. a invasão holandesa, em 1630, atrapalhou o desenvolvimento próspero do município e descaracterizou alguns edifícios, já que os estrangeiros retiravam materiais das construções para edificar novas casas em Recife, onde se estabeleceram. Olinda chegou a ser incendiada pelos invasores, que foram expulsos em 1654. a partir daí começou a reconstrução da cidade, mas a importância política foi perdida para Recife desde então. em meio às casinhas coloridas, igrejas centenárias se destacam nas ruas de Olinda. São inúmeras construções, como as igrejas do Carmo, de São Sebastião, da misericórdia, o a Prefeitura, construída no século Xvii, possui uma arquitetura típica. Outras duas atrações são o Casarão vermelho e o Sobrado Mourisco, que ficam um de frente para o outro e exibem diferentes estilos arquitetônicos de época. Para os fãs de alceu valença existe até mesmo a possibilidade de se deparar com o músico pela cidade, já que sua casa também se converteu em ponto turístico. a história e a cultura podem ser apreciadas no museu Regional de Olinda, no museu do mamulengo e no museu de arte Contemporânea.

Para visitar, recomendamos que esteja com roupas e, principalmente, sapatos confortáveis, já que, além das ladeiras, é necessário encarar o calor nordestino.

Convento de São Francisco e o mosteiro de São Bento. as edificações típicas da época dão um charme especial à paisagem.

O centro histórico abriga as principais atrações, como a Casa dos Bonecos gigantes, que animam o tradicional carnaval da região. Alguns deles remetem a celebridades e figuras conhecidas variadas, como Bob marley e Chacrinha.

Nos pontos mais altos do município, a vista é espetacular, emoldurando o céu e o mar. No alto da Sé, além de apreciar a paisagem, é possível visitar a Catedral da Sé, construída em estilo barroco, e fazer compras no mercado de artesanato. aqui a vida noturna é animada, com bares e restaurantes que são muito frequentados por turistas e moradores. Nesse local também se encontra o Observatório astronômico do alto da Sé, que abriga exposições e oferece observações no telescópio.

Vale a pena também subir no Mirante da Caixa d’Água, que oferece uma vista de 360 graus e de onde é possível ver até a vizinha Recife.

Fugindo do circuito histórico, uma boa opção de passeio é visitar alguma das praias. as faixas de areia do Farol, do Carmo e dos milagres são um atrativo para adultos e crianças com suas águas quentinhas e cristalinas.

Petrópolis - RJ

era 1822, quando D. Pedro i hospedou-se em uma fazenda na região enquanto estava no caminho do ouro, entre os municípios do Rio de Janeiro e minas gerais. encantado, adquiriu a vizinha Fazenda do Córrego Seco. em 1843, D. Pedro ii determinou que ali seria o assentamento de uma povoação e construiu no local um palácio de verão, projeto que era um desejo de seu pai. Petrópolis então tornou-se a residência da corte durante a estação mais quente do ano, o que atraiu outros cariocas para o município, levados pelo clima agradável e pela presença da nobreza. alguns anos depois, em 1857, recebeu o status de cidade tornando-se o segundo município planejado do país, estan- do atrás apenas de Recife. Com preocupações atípicas para a época, como os impactos ecológicos, a região se desenvolveu. a inauguração de rodovias e estradas de ferro contribuiu para o seu crescimento. a Casa de Santos Dumont hoje funciona como museu que expõe diversos itens e criações do aviador. O museu do Colono, apesar da simplicidade, oferece uma visão de como era a vida dos primeiros moradores da cidade. vale ainda visitar o Palácio Rio Negro, que já foi residência de verão de diversos presidentes, a Casa da Princesa isabel e o Palácio amarelo, que além de ser sede da Câmara municipal abriga obras de arte.

A região de Petrópolis, acima, atraiu a atenção da corte no séc. XIX, o que levou ao desenvolvimento de um povoado que se transformou na cidade como conhecemos hoje. Paraty, ao lado, é conhecida por seu centro histórico com pedras portuguesas.

Com grande importância política, tornou-se frequentada por diversos políticos após a Proclamação da República e outros figurões da época, como Santos Dumont. A influência do império pode ser percebida na arquitetura de seus diversos prédios históricos.

O centro histórico concentra a maior parte dos pontos turísticos e uma volta pela Avenida Koeler pode provar isso, com suas fachadas preservadas. O local ainda possui uma vida noturna vibrante com diversos bares e restaurantes, além de parques e praças.

Na sua visita pela região, não deixe de passar pelo museu imperial, uma imponente construção com diversos itens históricos, como fotografias, móveis e obras de arte, entre outros.

No centro também se destaca a Catedral de São Pedro de alcântara, com seu visual gótico e construção de 1884. O local abriga o mausoléu imperial, onde estão os restos mortais de Dom Pedro ii e da Princesa isabel. aliás, falando na princesa, outro legado que ela deixou para a cidade foi o belíssimo Palácio de Cristal, um presente que recebeu do conde d’Eu e que hoje faz parte da agenda cultural do município, sediando eventos como o Natal imperial.

Nos arredores do centro, o Palácio quitandinha chama a atenção por sua grandiosidade. Foi criado para ser o maior hotel cassino da américa do Sul no ano de 1944 e hoje possui boliche, teatro e pista de patinação no gelo. Totalmente instagramável, tem uma vista complementada por um belo lago e um jardim. Para os amantes de cerveja (ou curiosos), vale a pena visitar a Cervejaria Bohemia, a mais antiga do país (datada de 1853). um tour pelas suas dependências mostra todo o processo de produção da bebida. Para mais informações sobre esse passeio acesse bohemiapuromalte. com.br/bohemia-tour.

Paraty – RJ

Fundada no início do século Xvii, Paraty foi um importante centro comercial durante o período colonial, principalmente devido à sua localização estratégica entre o litoral norte de São Paulo e o Rio de Janeiro. a região onde hoje se encontra Paraty era originalmente habitada pelos índios guaianás, antes da chegada dos portugueses ali, em 1502, liderados por gonçalo Coelho. ao longo dos séculos Xviii e XiX, a cidade se desenvolveu economicamente e se tornou um importante centro comercial e cultural, com a construção de diversas igrejas, casas, e prédios públicos. No entanto, com a abertura do porto de Santos, no início do século XX, Paraty perdeu grande parte de sua importância econômica e ficou relativamente isolada do restante do país. em 1966, Paraty foi declarada Patrimônio Nacional pelo iphan, principalmente por conta de seu centro histórico, que é composto por cerca de 300 edifícios coloniais, incluindo igrejas, casas, lojas, museus e outros edifícios importantes.

Foi somente a partir da década de 1960, com o surgimento do turismo e a valorização do patrimônio histórico, que o destino começou a ser redescoberto pelos brasileiros e estrangeiros, passando por um processo de revitalização e preservação de seu patrimônio histórico e cultural.

O destino hoje é popular não só por suas praias, que podem ser conhecidas em um passeio de barco, mas também por sua rica história colonial e arquitetura preservada. Os visitantes podem explorar as ruas de paralelepípedos da cidade velha, com suas casas coloridas de estilo colonial, igrejas barrocas, praças históricas e antigos fortes militares. a cidade se tornou um importante porto para o comércio de ouro e pedras preciosas provenientes das minas de minas gerais, sendo também um importante ponto de escoamento do açúcar produzido na região. além disso, também palco de diversos eventos culturais, como a Festa literária internacional de Paraty (FliP), que acontece anualmente e atrai escritores e leitores de todo o mundo.

Outra atração importante para compreender o passado em Paraty é o Caminho do Ouro, uma trilha histórica que era usada para transportar essa e outras riquezas da região de minas gerais para o porto local durante o período colonial.

O trecho que atualmente está mais preservado e é mais fácil de ser visitado fica situado às margens da atual estrada Paraty-Cunha e é uma ótima opção para quem gosta de caminhadas e ecoturismo.

Já Trindade é um distrito que atrai jovens em busca de natureza. localizado a 30 quilômetros do trevo da cidade, está situado dentro da Área de Proteção ambiental do Cairuçu. É uma região muito tranquila, onde o contato com o verde da mata atlântica e das praias é o principal atrativo. a região também abriga seis das mais belas praias de Paraty (Brava, Cepilho, Rancho, meio, Trindade e Figueiras), além de uma piscina natural de água salgada.

À noite, as charmosas ruas do centro de Paraty ganham vida com os visitantes passeando entre restaurantes e lojinhas locais.

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