Coleçao Samba Lelê - 10 anos by Editora Rideel

Coleção FundEnsino amental Língua Portuguesa

jeto ro hoje é dia de

Aprender

Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção FundEnsino amental Língua Portuguesa Rose Elaine Sgroglia Machado Cursou Pedagogia e Psicologia com especialização em Psicopedagogia, na Faculdade OSEC, em São Paulo. Autora de vários livros didáticos, paradidáticos e de literatura infantil. Ministrou aulas na educação infantil e no ensino fundamental. Trabalha atualmente como Coordenadora Pedagógica e Psicopedagoga, além de prestar consultoria para várias escolas e ministrar cursos. Atua na área desde 1979. Blumenau Bicho Esperto 1ª Edição 2016

EXPEDIENTE EDITOR SUPERVISÃO EDITORIAL TEXTOS REVISÃO ILUSTRAÇÕES

Dados

EDUARDO STARKE JEFFERSON FERREIRA ROSE ELAINE SGROGLIA MACHADO PATRIZIA ZAGNI JAISON ROBERTO CARVALHO

PROJETO GRÁFICO

FABIO ZIMMERMANN

DIAGRAMAÇÃO

JEFFERSON FERREIRA FABIO ZIMMERMANN

Internacionais de Catalogação na Publicação Angélica Ilacqua CRB-8/7057

(CIP)

Machado, Rose Elaine Sgroglia Coleção Samba Lelê – 5ª ano – Ensino fundamental – 10 anos / Rose Elaine Sgroglia Machado. – São Paulo : Bicho Esperto, 2016. 9 vol. ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN

978853393816-8 978853393817-5 978853393818-2 978853393819-9 978853393820-5 978853393821-2 978853393822-9 978853393823-6 978853393824-3 978853393825-0

Embalagem Língua Portuguesa Matemática História Geografia Ciências Artes Inglês Livro do Professor Educação Física

1. Educação infantil 2. Prática de ensino I. Títulos

CDD 372.2

16-0035

Índices para catálogo sistemático: 1. Educação infantil - prática de ensino

Proibida qualquer reprodução, mecânica ou eletrônica, total ou parcial, sem prévia permissão por escrito do editor.

RUA BAHIA, 988 - 3º ANDAR - SALAS 402/403 BAIRRO DO SALTO - BLUMENAU - SANTA CATARINA CEP 89031-001 FONE: 47 3080-9800 EMAIL: INFO@BICHOESPERTO.COM.BR WWW.BICHOESPERTO.COM.BR

Querido(a) professor(a),

Abrir um livro é sempre uma grande surpresa e uma grande descoberta. Pensando nisso, quis criar um que tentasse suprir a maioria das necessidades que temos durante o nosso dia a dia, elaborando atividades que fossem fáceis de serem preparadas e, ao mesmo tempo, que os alunos pudessem aprender brincando. Todo o planejamento foi elaborado com base nos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais. Cada caixa contém um livro de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Inglês, Artes e Datas Comemorativas, Educação Física e o Livro do Professor. Seu conteúdo é claro, de linguagem fácil, com sugestões de atividades diversificadas e motivadoras, com temas abrangentes de acordo com a realidade da criança e cada faixa etária, estimulando a aprendizagem do aluno. É um instrumento valioso na sala de aula, complementando o trabalho pedagógico, tendo sido elaborado por uma equipe de professores com ampla experiência em sala de aula. O livro está organizado em atividades sequenciais, acompanhado de um CD com as mesmas atividades para que você, professor, possa imprimir o que desejar. Com essa Coleção, espero contribuir para que as crianças tenham um desenvolvimento feliz.

Rose Elaine Sgroglia Machado

LÃngua Portuguesa ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

ESCOLA: ................................................................................... DATA: ........ /........ /............... NOME: ......................................................................................................................................

CAPÍTULO 1

GRANDES PINTORES

UNIDADE

O pintor Renoir nasceu em 25 de janeiro de 1841, na cidade de Limonges, na França. Aos 14 anos, mudou-se com o pai alfaiate e a família para a capital, Paris, onde se tornou aprendiz de pintor de porcelana em uma fábrica. No começo, seus trabalhos foram ridicularizados pelas instituições artísticas e recusados nas exposições do Salão Oficial. Nessa época, Renoir pintava retratos convencionais para sobreviver. Foi num ateliê que Renoir fez amizade com Claude Monet e começou a pintar com ele. A casa de Monet logo se tornou local de encontro de novos artistas que, cansados de serem rejeitados, organizaram sua própria exposição, em 1874. Participaram Renoir, Monet, Sisley e Berthe Morisot. A mostra não foi um sucesso, mas rendeu aos pintores o nome de “impressionistas”, termo usado para ridicularizar os artistas. Em 1876, foi realizada a segunda Exposição Impressionista, onde Renoir

Galeria Nacional de Arte

RENOIR

apresentou 15 trabalhos. Seus quadros começaram a agradar cada vez TRABALHANDO COMCharpentier O TEXTO e suas filhas, que fez grande sucesso mais, entre eles Madame no Salão Oficial em 1879. Com problemas de artrite, Renoir sentia dificuldade para segurar os pincéis e precisava amarrá-los nas mãos. O artista também começou a esculpir, mas até para isso precisou da ajuda dos jovens artistas Richard Gieino e Louis Morel, que seguiam suas instruções. Renoir continuou trabalhandoAPRENDENDO até o último dia de vida, apesar dos problemas físicos. O quadro, As Banhistas, exposto no Museu do Louvre, em Paris, foi concluído em 1918. Renoir, reconhecido como um dos maiores pintores da França, morreu na cidade de Cagnes, em 3 de dezembro de 1919, aos 78 anos.

ARTE!

VAMOS CONVERSAR 1 – Onde e quando nasceu Renoir?

UMA MISSÃO PARA VOCÊ

VAMOS BRINCAR

DA D S do pai de Renoir? RIOaS Iprofissão 2 – QualCera

3 – Qual foi a primeira atividade de Renoir quando chegou a Paris?

4 – O talento de Renoir foi reconhecido desde o início?

5 – O que ocorreu em 1874?

6 – Como eram conhecidos Renoir e seus companheiros?

7 – Qual foi a sua primeira obra de grande repercussão?

8 – De que doença sofria Renoir?

GRAMÁTICA SUBSTANTIVOS PRÓPRIO E COMUM Substantivo próprio é aquele que nomeia um ser em particular. É escrito com a letra inicial maiúscula. Exemplos: João, Silvana, Tocantins, Bahia, Pernambuco. Substantivo comum é aquele que dá nome aos seres. É escrito com a letra inicial minúscula. Exemplos: bola, telefone, mesa. SUBSTANTIVO COLETIVO Substantivo coletivo é todo substantivo que indica um agrupamento de seres de uma mesma espécie. Aglomeração Álbum Alcateia Alfabeto Arquipélago Arvoredo Floresta Atlas Banda Bando Biblioteca Boiada Cacho Cardume Cavalaria Constelação Discoteca Elenco Enxame Enxoval Esquadra Esquadrilha Exército

de pessoas de fotografias, selos de lobos, feras de letras de ilhas de árvores de árvores de mapas reunidos em livro de músicos de aves, crianças etc. de livros de bois de uvas, bananas, cabelos de peixes de cavalos, cavaleiros de estrelas de discos de atores, artistas de abelhas, insetos de roupas e adornos de navios de aviões de soldados

Fauna Feixe Flora Gado Manada Matilha Molho Multidão Ninhada Nuvem Penca Plateia Pomar Ramalhete Rebanho Revoada Time Tribo Turma Vara Viveiro

animais de uma região de espigas, varas etc. plantas de uma região de reses em geral de bois, porcos de cães de caça de chaves, capim de pessoas de pintos, ovos, ratos de gafanhotos, mosquitos de frutos de espectadores, de ouvintes de árvores frutíferas de flores de bois, ovelhas, carneiros etc. de aves voando de esportistas de índios, pessoas de trabalhadores, alunos de porcos de pássaros

SUBSTANTIVOS SIMPLES E COMPOSTO Substantivo simples é aquele formado por uma só palavra. Exemplos: bala, vaso. Substantivo composto é aquele constituído por mais de uma palavra e pode ou não ser separado por hífen. Exemplos: guarda-roupa, guarda-chuva. SUBSTANTIVOS PRIMITIVO E DERIVADO Substantivo primitivo é aquele que não deriva de outra palavra. Exemplos: pedra, livro. Substantivo derivado é aquele que tem origem em outro substantivo. Exemplos: pedreiro, livreiro.

Coleção FundEnsino amental Matemática

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Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção no A 5

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Cursou Pedagogia e Psicologia com especialização em Psicopedagogia, na Faculdade OSEC, em São Paulo. Autora de vários livros didáticos, paradidáticos e de literatura infantil. Ministrou aulas na educação infantil e no ensino fundamental. Trabalha atualmente como Coordenadora Pedagógica e Psicopedagoga, além de prestar consultoria para várias escolas e ministrar cursos. Atua na área desde 1979. Blumenau Bicho Esperto 1ª Edição 2016

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Querido(a) professor(a),

Rose Elaine Sgroglia Machado

Matemรกtica ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

UNIDADE

ADIÇÃO

Você já estudou adição nos anos anteriores, vamos recordar. A adição é a soma de duas ou mais quantidades. Essa operação pode ser representada com números na forma vertical e horizontal. O sinal que indica a adição é + (mais) Adição sem reserva

5 +2 7 12 + 27 39

1 2 2 7 3 9

12 + 27 = 39

142 + 445 587

1 4 2 4 4 5 5 8 7

142 + 445 = 587

4643 + 1314 5957

4 6 4 3 1 3 1 4 5 9 5 7

4643+1314 = 5957

Adição com reserva na 2ª ordem

Adição com reserva na 3ª ordem

33+8 = 41

345+146 = 491

475 + 244 = 719

1 3 3 8 4 1

1 3 4 5 1 4 6 4 9 1

1 4 7 5 2 4 4 7 1 9

Adição com reserva em várias ordens

1456 +2943 = 4399

2143 + 1957 = 4100

1 1 4 5 6 2 9 4 3 4 3 9 9

1 1 1 2 1 4 3 1 9 5 7 4 1 0 0

355473 + 6958 = 362431 1 1 1 1 3 5 5 4 7 3 6 9 5 8 3 6 2 4 3 1 7

ATIVIDADES 1– Arme e efetue as adições: a) 56 + 78 =

b) 127 + 231 =

c) 268 + 453 =

d) 376 + 285 =

e) 478 + 289 =

f) 573 + 328 =

g) 579 + 274 =

h) 1248 + 453 =

i) 2316 + 567 =

j) 1453 + 1543 =

k) 6734 + 1286 =

l) 4756 + 3721 =

6743 + 9310 + 5832 =

7004 + 5231 + 8721 =

2 – Calcule as adições:

3 – Arme e efetue: 4367 + 2109 + 2405 =

4 – Utilizando a calculadora, efetue a operação indicada: 6743 + ____________ = 15284

3209 + ___________ = 5773

9432 + ___________ = 15305

4679 + __________ = 12591

5 – Problemas: a) Uma granja recebeu 456 pintinhos na quarta-feira, 324 na quinta-feira e, na sexta-feira, mais 278. Quantos pintinhos a granja recebeu?

Resposta: ____________________________________________________________________________ b) A cidade de Tatuí tem 4578 mulheres, 5765 homens, 2654 crianças e 2865 idosos. Quantos habitantes há na cidade de Tatuí?

Resposta: ____________________________________________________________________________

Coleção FundEnsino amental Ciências P

jeto ro hoje é dia de

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Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção no A 5

FundEnsino amental Ciências Rose Elaine Sgroglia Machado

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Dados

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(CIP)

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Ciências ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

UNIDADE

PARQUES NACIONAIS Os parques nacionais foram criados para proteger a flora e a fauna de nosso país. Eles são abertos à visitação pública e servem como pontos de turismo. Neles, diferentes ecossistemas são preservados. A Floresta Amazônica, a Serra do Mar, a Caatinga, o Cerrado, os ecossistemas marinhos e algumas ilhas oceânicas – como Fernando de Noronha – estão protegidos contra a poluição, a caça e o desmatamento. Nesses locais, plantas e animais selvagens do Brasil vivem e se reproduzem, com pouca ou nenhuma interferência dos seres humanos. MAPA DOS PARQUES NACIONAIS 6

MA PI

GO 31

34 32

17 18

PR 29

20 21

26 27 28 SC

PB PE

22 23

1- Pacaás Novos (RO) 2 - Serra do Divisor (AC) 3 - Jaú (AM) 4 - Pico da Neblina (AM) 5 - Amazônia (AM/PA) 6 - Monte Roraima (RR) 7 - Cabo Orange (AP) 8 - Araguaia (TO) 9 - Lençóis Maranhenses (MA) 10 - Sete Cidades (PI) 11 - Serra da Capivara (PI) 12 - Ubajara (CE) 13 - Marinho de Fernando de Noronha (PE) 14 - Chapada da Diamantina (BA) 15 - Marinho de Abrolhos 16 - Monte Pascoal (BA) 17 - Grande Sertão Veredas (MG/BA) 18 - Serra da Canastra (MG) 19 - Serra do Cipó (MG) 20 - Caparaó (MG/ES) 21 - Itatiaia (MG/RJ) 22 - Serra dos Órgãos (RJ) 23 - Tijuca (RJ) 24 - Serra da Bocaína (SP/RJ) 25 - Iguaçu (PR) 26 - Superaguí (PR) 27 - São Joaquim (SC) 28 - Aparados da Serra (SC/RS) 29 - Serra Geral (SC/RS) 30 - Lagoa do Peixe (RS) 31 - Pantanal Matogrossense (MS) 32 - Chapada dos Guimarães (MT) 33 - Ernas (GO) 34 - Chapada dos Veadeiros (GO) 35 - Brasília (DF)

PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA Cores do Brasil

O PRIMEIRO PARQUE NACIONAL DO BRASIL

O Parque Nacional de Itatiaia, considerado o primeiro parque nacional, foi criado em junho de 1937. O parque localiza-se na Serra da Mantiqueira e abrange os municípios de Itatiaia e Resende, no estado do Rio de Janeiro, e Bocaina de Minas e Itamonte, em Minas Gerais. O Parque Nacional de Itatiaia possui área de 30.000 hectares com relevo montanhoso que varia entre 540 e 2.787 metros de altitude e apresenta clima quente e úmido, com temperatura média anual de 20 a 22 ºC. O Parque Nacional de Itatiaia é uma unidade de conservação federal cujo objetivo é a preservação de seu patrimônio cultural e natural para fins científicos, educacionais, paisagísticos e recreativos. O Parque está localizado no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira. A palavra Itatiaia significa “pedra cheia de pontas”, e foi por causa do aspecto de suas formações rochosas que a região foi assim batizada. Trata-se de um local muito interessante aos visitantes e pesquisadores em virtude da variedade de atrações – entre elas, o chamado Mirante do Último Adeus. O Último Adeus é uma formação rochosa de 90 metros de altura de onde é possível observar uma belíssima paisagem panorâmica do Parque, de suas matas e do Rio Campo Belo. Além do Mirante, o Parque Nacional de Itatiaia possui um Centro de Visitantes composto de Museu Regional da Fauna e Flora, biblioteca, auditório com 64 lugares e laboratório científico.

Jefferson Rudy/MMA

O museu contém exemplares da fauna e flora da região, cujo acervo possui grande valor científico. Nele estão expostos permanentemente diferentes espécies de plantas, mamíferos, répteis, aves e insetos, que representam uma amostra da riqueza natural do Parque. Se o visitante desejar, é possível tomar banho de cachoeira no Lago Azul, um lago natural do Rio Campo Belo, além de usufruir de quiosques com churrasqueiras. Entre outras belezas naturais do Parque, destacam-se a volumosa Cachoeira Poranga, que desagua em uma piscina natural; o Itatiaiuçu, também conhecido como Pico das Agulhas Negras, o ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro, com 2.787 metros de altitude e o sétimo mais alto do país; e a Pedra do Altar, uma formação rochosa acessível por caminhada através de trilha.

A fauna típica do Parque Nacional de Itatiaia é bastante diversa, composta de espécies como macuco, inhambu-açu, jacu, pomba-amargosa e cuiú-cuiú. Entre os mamíferos merecem destaque a preguiça, a lontra e a anta. Dos répteis, além dos ofídios peçonhentos, são encontrados o teiú e a tartaruga-d’água. Apesar da diversidade de espécies animais que ocorre na área do Parque, muitas delas se encontram em risco de extinção, como o muriqui – maior primata neotropical –, o sagui, a onça, a suçuarana, o lobo-guará, a harpia e a jacutinga. A região em que se localiza o Parque Nacional de Itatiaia possui infraestrutura turística com casas para hóspedes e camping, bem como inúmeros hotéis e pousadas nos arredores, proporcionando variedade de opções, principalmente nos meses de férias, quando há grande afluxo de visitantes.

ATIVIDADES 1 – Quais animais podem ser encontrados no parque?

2 – Qual é o tipo de relevo encontrado no Parque Nacional de Itatiaia?

3 – Qual é o ponto mais alto do parque?

4 – De quais atrações os visitantes podem usufruir no parque? Cite exemplos.

PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS GUIMARÃES

Werner Zotz/Embratur

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi criado em 12 de abril de 1989, em virtude da mobilização pela preservação dos ecossistemas locais, garantindo a preservação dos recursos naturais e dos sítios arqueológicos presentes, a fim de assegurar o uso adequado para visitação, educação e pesquisa na região. Localizado na região centro-sul do Mato Grosso, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães abrange os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães. O Parque integra a Reserva da Biosfera do Pantanal, que possui área superior a 25 milhões de hectares. Essa região abrange parte dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

ColeĂ§ĂŁo FundEnsino amental

Geografia

Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção no A 5

FundEnsino amental Geografia Rose Elaine Sgroglia Machado

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Geografia ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

Unidade

O BRASIL NA AMÉRICA TRINIDAD E TOBAGO

PORT OF SPAIN

CARACAS

VENEZUELA

GEORGETOWN PARAMARIBO

GUIANA

BOGOTÁ

CAIENA

RIN

GUIANA FRANCESA (F)

COLÔMBIA

QUITO

EQUADOR

PERU

I L

LIMA

LA PAZ

BOLÍVIA BRASÍLIA

SUCRE

PARAGUAI

CHILE

ASSUNÇÃO

BUENOS AIRES

MONTEVIDÉU

SANTIAGO

ARGENTINA

LOCALIZAÇÃO Do ponto de vista geográfico, o continente americano é dividido em: América do Norte, América Central e América do Sul. Três oceanos banham este continente: Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e Oceano Glacial Ártico. A América do Sul é formada por doze países. O Brasil está localizado nesse continente. Em extensão territorial, o Brasil é o quinto maior país do mundo e o terceiro da América. O Oceano Atlântico é o único que banha o Brasil. A maior parte do território brasileiro está situada ao sul da Linha do Equador, portanto, localiza-se predominantemente no Hemisfério Sul. O idioma oficial do Brasil é o português. A população absoluta do Brasil é a segunda maior do continente americano.

LIMITES Os limites entre países são conhecidos como fronteiras. O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul: - Ao norte, com Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela; - A noroeste, com Colômbia; - A oeste, com Peru e Bolívia; - A sudoeste, com Paraguai e Argentina; - Ao sul, com Uruguai; - A sudoeste, leste e noroeste, é banhado pelo oceano Atlântico. Os únicos países da América do Sul com os quais o Brasil não faz fronteira são o Chile e o Equador. PONTOS EXTREMOS

Os pontos extremos do Brasil são: - Ao norte – nascente do rio Ailã, no monte Caburaí, no Estado de Roraima; - Ao sul – o arroio Chuí, no Rio Grande do Sul; - A leste – a ponta do Seixas, no Estado da Paraíba; - A oeste – a nascente do rio Moa, na serra da Contamana, no Acre.

DIVISÃO POLÍTICA

BOA VISTA

AMAPÁ AP

RORAIMA RR

MACAPÁ

BELÉM

SÃO LUÍS FORTALEZA

MANAUS

PARÁ PA

AMAZONAS AM

ACRE AC

RN CEARÁ RIO GRANDE CE DO NORTE NATAL

TERESINA

MARANHÃO MA

PIAUÍ PI

PARAÍBA JOÃO PESSOA PB PE PERNAMBUCO

PORTO VELHO RIO BRANCO

AL MACEIÓ SE ALAGOAS SERGIPE

PALMAS

RONDÔNIA RO

ARACAJU

TOCANTINS TO

MATO GROSSO MT CUIABÁ GOIÁS

RECIFE

BAHIA

SALVADOR

DF DISTRITO FEDERAL BRASÍLIA GOIÂNIA

MINAS GERAIS MG MATO GROSSO DO SUL MS

BELO HORIZONTE

ESPÍRITO SANTO

CAMPO GRANDE

VITÓRIA SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

PARANÁ PR

SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

CURITIBA

SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS SC RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE RS

O Brasil tem 8.516.000 quilômetros quadrados de extensão. É formado por 26 Estados mais o Distrito Federal. No Distrito Federal fica Brasília, a capital do país. Cada Estado também tem sua capital, sede do governo estadual. O mapa que mostra um país dividido em Estados é o Mapa Político. No Mapa Político do Brasil, podemos observar que os tamanhos dos Estados são diferentes.

Vamos conhecer o nome dos Estados, suas capitais e siglas: ESTADO CAPITAL SIGLA Amazonas Manaus AM Pará Belém PA Roraima Boa Vista RR Amapá Macapá AP Acre Rio Branco AC Rondônia Porto Velho RO Tocantins Palmas TO Mato Grosso Cuiabá MT Mato Grosso do Sul Campo Grande MS Goiás Goiânia GO Maranhão São Luís MA Piauí Teresina PI Ceará Fortaleza CE Rio Grande do Norte Natal RN Paraíba João Pessoa PB Pernambuco Recife PE Alagoas Maceió AL Sergipe Aracaju SE Bahia Salvador BA Minas Gerais Belo Horizonte MG São Paulo São Paulo SP Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ Espírito Santo Vitória ES Paraná Curitiba PR Santa Catarina Florianópolis SC Rio Grande do Sul Porto Alegre RS

O Distrito Federal, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não é um Estado, e sim um território autônomo localizado na Região Centro-Oeste do Brasil. Sua sigla é DF e nele se situa a capital federal, Brasília.

VAMOS OBSERVAS OS MAPAS ABAIXO. ESTRUTURAS DE RELEVO DO BRASIL

PLANALTO MARANHÃO - PIAUÍ

PLANALTO DAS GUIANAS

PLANÍCIE COSTEIRA PLANÍCIE AMAZÔNICA

PLANALTO CENTRAL PLANALTO NORDESTINO PLANÍCIE DO PANTANAL

PLANALTO MERIDIONAL

PLANALTO URUGUAIO - RIO-GRANDENSE

PLANALTO ATLÂNTICO

PLANÍCIE COSTEIRA

Coleção FundEnsino amental História

Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção no A 5

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Querido(a) professor(a),

Rose Elaine Sgroglia Machado

Histรณria ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

UNIDADE

PRIMEIRO REINADO A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

Biblioteca Nacional de Portugal

Para que o processo de independência fosse consumado, era necessário vencer a oposição das tropas portuguesas que permaneciam no País e impor o domínio do governo central, em todo o País. Fortes tendências federalistas, ou seja, maior autonomia em relação ao governo central ocorriam principalmente no Nordeste do Brasil. Depois de combates que se prolongaram e só terminaram em novembro de 1823, o primeiro ministério nacional, chefiado por José Bonifácio de Andrada e Silva, consolidou a independência em todo o território nacional. Durante esse processo, José Bonifácio e seus irmãos, Martim Francisco e Antonio Carlos, tentaram eliminar seus opositores dentro do Partido Brasileiro, os quais tinham posicionamento contrário à monarquia forte e centralizada e defendiam o direito de cada província tomar as próprias decisões. No final de 1822, os jornais que lhes faziam oposição tiveram circulação proibida e muitos de seus membros foram presos ou deportados.

ASSEMBLEIA CONSTITUINTE A Constituição do País começou a ser preparada em 1822, um ano depois da convocação da Assembleia Constituinte, composta em sua maioria de deputados que integravam o Partido Brasileiro. Em oposição, havia o Partido Português, cujos integrantes eram, em grande parte, altos funcionários da corte, militares e comerciantes portugueses defensores da reaproximação de Dom Pedro I em relação a Portugal. O projeto de Constituição apresentado por Antonio Carlos de Andrada e Silva diminuía a autoridade do imperador e dificultava o acesso dos portugueses aos cargos de representação nacional. Além disso, estabelecia que, se Dom Pedro I aceitasse uma Coroa estrangeira, principalmente a Coroa portuguesa, da qual era herdeiro direto, deveria renunciar automaticamente à brasileira. Em julho de 1823, o gabinete sob comando dos Andradas foi substituído por um ministério de políticos do Partido Português. Em 12 de novembro de 1823, cercada por tropas, a Assembleia Constituinte foi extinta pelo imperador, resultando na prisão e no exílio de vários deputados, entre eles os irmãos Andrada e Silva. A primeira Constituição do Brasil, que seria votada pela Assembleia Constituinte, foi outorgada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824. Ela mantinha algumas das ideias centrais do projeto de Antonio Carlos, entre elas o direito a voto apenas dos cidadãos que tivessem rendimentos líquidos anuais no valor de, no mínimo, 150 alqueires de farinha de mandioca; e a candidatura aos cargos de deputado ou senador apenas àqueles cujos rendimentos fossem de 500 ou 1000 alqueires, respectivamente. Portanto, de uma população de mais de cinco milhões, apenas cinco mil eram eleitores. Além do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, a Constituição de 1824 instituía o Poder Moderador, exclusivo do imperador. Graças ao Poder Moderador, o imperador poderia nomear os presidentes das províncias, chefiar as Forças Armadas, dissolver a Câmara dos Deputados e demitir ministros. Além disso, a Constituição autorizava Dom Pedro I a ocupar, ao mesmo tempo, o trono brasileiro e outro trono estrangeiro. O término da Assembleia Constituinte e a implantação de uma Constituição muito centralizadora fizeram com que forças federalistas e republicanas do Nordeste ressurgissem. Em 2 de junho de 1824, os pernambucanos proclamaram a Confederação do Equador, à qual aderiram Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Assim, criaram uma república federalista independente, pouco depois derrotada pelas forças imperiais.

AT I V I D A D E S 1 – Faça uma pesquisa a respeito da Constituição Outorgada de 1824.

2 – Quem chefiou o primeiro ministério nacional?

3 – Como se compunha o Partido Português, durante a Assembleia Constituinte?

4 – Em que data a Constituição, que deveria ter sido votada pela Assembleia Constituinte, foi outorgada pelo imperador?

5 – O que era necessário para uma pessoa se lançar candidata a deputado ou senador?

6 – Em que se constituía o Poder Moderador?

Após a declaração de independência, o Brasil necessitava que seu movimento fosse reconhecido pelas demais nações. Primeiramente, ao mesmo tempo que o Império Brasileiro enfrentou a hostilidade das monarquias absolutistas europeias, os Estados Unidos da América foram a primeira nação a reconhecer o Estado Brasileiro. Em agosto de 1825, a Coroa portuguesa reconheceu a independência do Brasil devido à mediação inglesa. Em troca do reconhecimento, Portugal obtinha a condição de “nação mais favorecida” nas transações comerciais e uma indenização no valor de dois milhões de libras. A Inglaterra também reconheceu a independência do Brasil em 1825. Apenas mais tarde, em 1826, o Estado Brasileiro foi reconhecido pela França, pelo Vaticano e pelas demais nações. As repúblicas latino-americanas, por sua vez, consideravam o império brasileiro instrumento dos interesses recolonizadores europeus e condenavam a anexação da Cisplatina – cuja anexação à Banda Oriental, atual Uruguai, ocorreu em 1821 pelo Reino Unido luso-brasileiro. Esse território passou a se chamar Província Cisplatina.

GUERRA DA CISPLATINA Em março de 1825, a luta pela independência da Cisplatina foi reiniciada pelos uruguaios, apoiados pelo governo de Buenos Aires. Todo o território da Província Cisplatina foi tomado, exceto Montevidéu e Colônia, onde

Simplício Rodrigues de Sá

RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA

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Geografia

Artes

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Coleção no A 5

FundEnsino amental Artes Rose Elaine Sgroglia Machado

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Dados

EDUARDO STARKE JEFFERSON FERREIRA ROSE ELAINE SGROGLIA MACHADO PATRIZIA ZAGNI JAISON ROBERTO CARVALHO

PROJETO GRÁFICO

FABIO ZIMMERMANN

DIAGRAMAÇÃO

JEFFERSON FERREIRA FABIO ZIMMERMANN

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1. Educação infantil 2. Prática de ensino I. Títulos

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Artes ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

TÉCNICAS DE PINTURA PINTANDO PAISAGENS Existe uma diversidade de técnicas de pintura! Uma delas é com lápis aquarelável. Faça traços de diferentes tons, todos misturados, depois passe um pincel umedecido e as cores se misturarão, criando uma pintura com diferentes tons. Aplique a técnica que você aprendeu no desenho abaixo:

LÁPIS DE COR E LÁPIS AQUARELÁVEL Apresentar obras que contemplem esta técnica. Pode-se utilizar o recurso da multimídia para a apresentação. Após conhecer obras de artistas que utilizaram essa técnica de pintura, escolha uma delas para a releitura!

Também existem técnicas de pintura que usam raspas. É o caso da técnica do esfumaçado, em que se pode ou não usar o lápis aquarelável. Rembrandt, um dos grandes mestres europeus antigos, utilizava essa técnica. Posteriormente, foi aplicada por Paul Klee. Tente aplicar a técnica nas árvores abaixo. Que tal experimentarmos essa nova técnica? Aponte seus lápis e use o pó de mina, espalhando-o com o dedo ou com um algodão. Aponte os lápis, destinado para cada árvore uma tonalidade diferente. Depois de feito isso, coloque as raspas por cima dos topos das árvores e, então, esfumace as raspas. Por final, próximo ao contorno das árvores, faça pontos, de forma que deem a impressão de volume.

Aplique esta tĂŠcnica mais uma vez, utilizando, agora, apenas tons de verde! Observe o resultado!

Podemos utilizar, também, a técnica do maço de lápis. Segure vários lápis na posição vertical, formando um maço. Faça essa experiência no espaço abaixo! Segure vários lápis de cor ou lápis aquareláveis de tons de verde na mão e movimente-os por cima daquilo que se quer pintar, fazendo riscos uns por cima dos outros, misturando os tons. Treine no espaço abaixo:

Coleção FundEnsino amental

Geografia

Inglês P

jeto ro hoje é dia de

Aprender

Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção FundEnsino amental Inglês Rose Elaine Sgroglia Machado Cursou Pedagogia e Psicologia com especialização em Psicopedagogia, na Faculdade OSEC, em São Paulo. Autora de vários livros didáticos, paradidáticos e de literatura infantil. Ministrou aulas na educação infantil e no ensino fundamental. Trabalha atualmente como Coordenadora Pedagógica e Psicopedagoga, além de prestar consultoria para várias escolas e ministrar cursos. Atua na área desde 1979. Blumenau Bicho Esperto 1ª Edição 2016

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GIRL

ESCOLA: ................................................................................... DATA: ........ /........ /............. NOME: ....................................................................................................................................

MONTHS OF THE YEAR MESES DO ANO

Events | Eventos January

February

March or April

New year’s day

Valentine’s day

Easter

May

August

October

Mother’s day

Father’s day

Halloween

November

December

Thanksgiving Day

Christmas

1 â&#x20AC;&#x201C; Write the names of the events: Escreva os nomes dos eventos:

2 â&#x20AC;&#x201C; Write the months of the year: Escreva os meses do ano:

3 – Answer the questions: Responda às perguntas: a) Which months have 31 days?

b) Which months have 28 or 29 days?

4 – Find the words (months of the year): Encontrar as palavras (meses do ano):

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jeto ro hoje é dia de

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SUMÁRIO OBJETIVOS GERAIS ............................................................ pg 6 EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ............. pg 7 1º BIMESTRE ...................................................................... pg 12 2º BIMESTRE ...................................................................... pg 29 3º BIMESTRE ...................................................................... pg 35 4º BIMESTRE ...................................................................... pg 47

Educação Física ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

OBJETIVOS GERAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL Espera-se que ao final do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de: – participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com o próximo, reconhecendo e respeitando as características físicas e de desempenho de si próprio e do outro, sem discriminar por características pessoais, físicas, de gênero ou sociais; – adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência; – conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações da cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas de diferentes grupos sociais; – reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva e sobre a própria saúde; – solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem da perseverança e da regularidade e devem acontecer de modo saudável e equilibrado; – reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições dignas de vida; – conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito; – conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão.

OS CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS Com a preocupação de garantir a coerência com a concepção exposta e de efetivar os objetivos, foram eleitos os seguintes critérios para a seleção dos conteúdos propostos: Relevância social: Foram selecionadas práticas da cultura corporal que têm presença marcante na sociedade brasileira, cuja aprendizagem favorece a ampliação das capacidades de interação sociocultural, o usufruto das possibilidades de lazer, a promoção e a manutenção da saúde pessoal e coletiva. Considerou-se também de fundamental importância que os conteúdos da área contemplem as demandas sociais apresentadas pelos Temas Transversais. Características dos alunos: A definição dos conteúdos buscou guardar uma amplitude que possibilite a consideração das diferenças entre regiões, cidades e localidades brasileiras e suas respectivas populações. Além disso, tomou-se também como referencial a necessidade de considerar o crescimento e as possibilidades de aprendizagem dos alunos nesta etapa da escolaridade. Características da própria área: Os conteúdos são um recorte possível da enorme gama de conhecimentos que vêm sendo produzidos sobre a cultura corporal e estão integrados à Educação Física.

BLOCOS DE CONTEÚDOS Os conteúdos estão organizados em três blocos, que deverão ser desenvolvidos ao longo de todo o ensino fundamental, embora neste capítulo sejam especificados apenas os conteúdos dos dois primeiros ciclos. Essa organização tem a função de evidenciar quais são os objetos de ensino e aprendizagem que estão sendo priorizados, servindo como subsídio ao trabalho do professor, que deverá distribuir os conteúdos a serem trabalhados de maneira equilibrada e adequada. Assim, não se trata de uma estrutura estática ou inflexível, mas, sim, de uma forma de organizar o conjunto de conhecimentos abordados, segundo os diferentes enfoques que podem ser dados: esportes, atividades rítmicas e expressivas e conhecimentos sobre o corpo. Além da análise dos diferentes hábitos, pode-se incluir a questão da postura dos alunos em classe: as posturas mais adequadas para fazer determinadas tarefas, em diferentes situações e o porquê. Tentar definir critérios para delimitar cada uma dessas práticas corporais é tarefa arriscada, pois as sutis interseções, semelhanças e diferenças entre uma e outra estão vinculadas ao contexto em que são exercidas. Existem inúmeras tentativas de circunscrever conceitualmente cada uma delas, a partir de diferentes pressupostos teóricos, mas até hoje não existe consenso. As delimitações aqui utilizadas têm o intuito de tornar viável ao professor e à escola operacionalizar e sistematizar os conteúdos de forma mais abrangente, diversificada e articulada possível.

ESPORTES Assim, consideram-se esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional, envolvem condições espaciais e de equipamentos sofisticados, como campos, piscinas, bicicletas, pistas, ringues, ginásios etc. A divulgação pela mídia favorece a sua apreciação por um diverso contingente de grupos sociais e culturais. Por exemplo, os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de Futebol ou determinadas lutas de boxe profissional são vistos e discutidos por um grande número de apreciadores e torcedores. Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são adaptadas em função das condições de espaço e material disponíveis, do número de participantes, entre outros. São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou recreativo em situações festivas, comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples passatempo e diversão. Assim, incluem-se entre os jogos as brincadeiras regionais, os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras infantis de modo geral. As lutas são disputas com o intuito de que os oponentes devam ser subjugados, mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Podem ser citados como exemplos de lutas desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro, até as práticas mais complexas da capoeira, do judô e do caratê. As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas. Por exemplo, podem ser feitas como preparação para outras modalidades, como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de convívio social. Envolvem ou não a utilização de materiais e aparelhos, podendo ocorrer em espaços fechados, ao ar livre e na água. Cabe ressaltar que as ginásticas são um conteúdo que tem uma relação privilegiada com “conhecimentos sobre o corpo”, pois, nas atividades desse tipo, esses conhecimentos explicitam-se com bastante clareza. Atualmente, existem várias técnicas de ginástica que trabalham o corpo de modo diferente das ginásticas tradicionais (de exercícios rígidos, mecânicos e repetitivos), visando a percepção do próprio corpo: ter consciência da respiração, perceber o relaxamento e a tensão dos músculos e sentir as articulações da coluna vertebral. Uma prática pode ser vivida ou classificada em função do contexto em que ocorre e das intenções de seus praticantes. Por exemplo, o futebol pode ser praticado como um esporte, de forma competitiva, considerando as regras oficiais que são estabelecidas internacionalmente (que incluem as dimensões do campo, o número de participantes, o diâmetro e o peso da bola, entre outros aspectos), com plateia, técnicos e árbitros. Pode ser considerado um jogo quando ocorre na praia, ao final da tarde, com times compostos na hora, sem árbitro nem torcida, com fins puramente recreativos. Os esportes são sempre notícia nos meios de comunicação e dentro da escola; portanto, podem fazer parte do conteúdo, principalmente nos dois primeiros ciclos, se for abordado sob o enfoque da apreciação e da discussão de aspectos técnicos, táticos e estéticos. Nos ciclos posteriores, existem contextos mais específicos (como torneios e campeonatos) que possibilitam aos alunos a vivência de uma situação mais caracterizada como esporte. Incluem-se nesse bloco as informações históricas das origens e características dos esportes, jogos, lutas e ginásticas, valorização e apreciação dessas práticas, cuja gama no Brasil é imensa. Cada região, cada cidade, cada escola tem uma realidade e uma conjuntura que possibilitam a prática de uma parcela dessa gama. A lista a seguir contempla algumas possibilidades e pode ser ampliada ou reduzida: – jogos pré-desportivos: queimada, pique-bandeira, guerra das bolas, jogos pré-desportivos do futebol (gol a gol, controle, chute em gol, rebatida-drible, bobinho, dois toques);

– jogos populares: bocha, malha, taco, boliche; – brincadeiras: amarelinha, pular corda, elástico, bambolê, bolinha de gude, pião, pipa, lenço atrás, corre-cutia, esconde-esconde, pega-pega, coelho-sai, duro ou mole, agacha-agacha, mãe da rua, carrinhos de rolimã, cabo de guerra etc.; – atletismo: corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos, de revezamento; saltos a distância, em altura, triplo, com vara; arremessos de peso, de martelo, de dardo e de disco; – esportes coletivos: futebol de campo, futsal, basquete, vôlei, vôlei de praia, handebol, futvôlei etc; – esportes com bastões e raquetes: tênis de mesa, pingue-pongue, tênis de campo, beisebol; – esportes sobre rodas: hóquei e ciclismo; – lutas: judô, capoeira, caratê; – ginásticas: de manutenção de saúde (aeróbica e musculação); de preparação e aperfeiçoamento para a dança; de preparação e aperfeiçoamento para os esportes.

ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS Este bloco de conteúdos inclui as manifestações da cultura corporal que têm como características comuns a intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença de estímulos sonoros como referência para o movimento corporal. Trata-se das danças e brincadeiras cantadas. A lista a seguir é uma sugestão de danças e outras atividades rítmicas e/ou expressivas que podem ser abordadas e deverão ser adaptadas a cada contexto: – danças brasileiras: samba, baião, quadrilha, afoxé, catira, bumba-meu-boi, maracatu, xaxado etc.; – danças urbanas: hip-hop, funk, break, pagode, danças de salão; – danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas, jazz; – danças e coreografias associadas a manifestações musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios elétricos, escolas de samba; – lenga-lengas; – brincadeiras de roda, cirandas; – escravos de jó.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO Os Parâmetros Curriculares Nacionais consideram que a avaliação deve ser algo útil, tanto para o aluno como para o professor, para que ambos possam dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino e aprendizagem e torná-lo cada vez mais produtivo. Tradicionalmente, as avaliações dentro dessa área resumem-se a alguns testes de força, resistência e flexibilidade, medindo apenas a aptidão física do aluno. O campo de conhecimento contemplado por essa proposta vai além dos aspectos biofisiológicos. Embora a aptidão possa ser um dos aspectos a serem avaliados, deve estar contextualizada dentro dos conteúdos e objetivos, considerando-se que cada indivíduo é diferente, com motivações e possibilidades pessoais. Não se trata mais daquela avaliação padronizada que espera o mesmo resultado de todos. Isso significa dizer que, por exemplo, se um dos objetivos é que o aluno conheça alguns dos seus limites e possibilidades, a avaliação dos aspectos físicos estará relacionada a isso, de forma que o aluno possa compreender sua função imediata, o contexto a que ela se refere e, de posse dessa informação, traçar metas e melhorar o seu desempenho. Além disso, a aptidão física é um dos aspectos a serem considerados para que esse objetivo seja alcançado: o conhecimento de jogos, brincadeiras e outras atividades corporais, suas respectivas regras, estratégias

e habilidades envolvidas, o grau de independência para cuidar de si mesmo ou para organizar brincadeiras, a forma de se relacionar com os colegas, entre outros. Tais aspectos permitem uma avaliação abrangente do processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, os critérios explicitados para cada um dos ciclos de escolaridade têm por objetivo auxiliar o professor a avaliar seus alunos dentro desse processo, abarcando suas múltiplas dimensões; também buscam explicitar os conteúdos fundamentais para que os alunos possam seguir aprendendo.

OBJETIVOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O PRIMEIRO CICLO

Espera-se que ao final do primeiro ciclo, os alunos sejam capazes de:

– participar de diferentes atividades corporais, procurando adotar uma atitude cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões sociais, físicas, sexuais ou culturais; – conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais, de forma a poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e quantitativas); – conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações de cultura corporal presentes no cotidiano; – organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais simples.

CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O PRIMEIRO CICLO

No primeiro ciclo, em função da transição que se processa entre as brincadeiras de caráter simbólico e individual para as brincadeiras sociais e regradas, os jogos e as brincadeiras privilegiados serão aqueles cujas regras forem mais simples. Jogos do tipo mãe da rua, esconde-esconde, pique-bandeira, entre muitos outros permitem que a criança vivencie uma série de movimentos dentro de certas delimitações. Um compromisso com as regras inclui a aprendizagem de movimentos, como, por exemplo, frear antes de uma linha, desviar de obstáculos ou arremessar uma bola a uma determinada distância. É característica marcante desse ciclo a diferenciação das experiências e competências de movimento de meninos e meninas. Os conteúdos devem contemplar, portanto, atividades que evidenciem essas competências de forma a promover uma troca entre os dois grupos. Atividades lúdicas e competitivas, nas quais os meninos têm mais desenvoltura, como, por exemplo, os jogos com bola, de corrida, força e agilidade, devem ser mesclados de forma equilibrada com atividades lúdicas e expressivas nas quais as meninas, genericamente, têm mais experiência, por exemplo, lenga-lengas, pequenas coreografias e jogos que envolvam equilíbrio, ritmo e coordenação. Os jogos e as atividades de ocupação de espaço devem ter lugar de destaque nos conteúdos, pois permitem que se ampliem as possibilidades de posicionar-se melhor e de compreender os próprios deslocamentos, construindo representações mentais mais acuradas do espaço. Também nesse aspecto, a referência é o próprio corpo da criança e os desafios devem levar em conta essa característica, apresentando situações que possam ser resolvidas individualmente, mesmo em atividades em grupo. No plano especificamente motor, os conteúdos devem abordar a maior diversidade possível de possibilidades, ou seja, correr, saltar, arremessar, receber, equilibrar objetos, equilibrar-se, desequilibrar-se, pendurar-se, arrastar, rolar, escalar, quicar bolas, bater e rebater com diversas partes do corpo e com objetos, nas mais diferentes situações. Cabe, ainda, ressaltar que essas explorações e experiências devem ocorrer inclusive individualmente. Equivale dizer que, no primeiro ciclo, é necessário que o aluno tenha acesso aos objetos como bolas, cordas, elásticos, bastões, colchões, alvos, em situações não competitivas, que garantam espaço e tempo para o trabalho individual. A inclusão de atividades em circuitos com obstáculos é favorável ao desenvolvimento de capacidades e habilidades individuais. Ao longo do primeiro ciclo será abordada uma série de conteúdos, nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. Explicita-se a seguir a lista daqueles conteúdos a serem trabalhados nesse ciclo,

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Rose Elaine Sgroglia Machado

Coleção FundEnsino amental Livro do professor Rose Elaine Sgroglia Machado Cursou Pedagogia e Psicologia com especialização em Psicopedagogia, na Faculdade OSEC, em São Paulo. Autora de vários livros didáticos, paradidáticos e de literatura infantil. Ministrou aulas na educação infantil e no ensino fundamental. Trabalha atualmente como Coordenadora Pedagógica e Psicopedagoga, além de prestar consultoria para várias escolas e ministrar cursos. Atua na área desde 1979. Blumenau Bicho Esperto 1ª Edição 2016

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16-0035

Índices para catálogo sistemático: 1. Educação infantil - prática de ensino

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Querido(a) professor(a),

Rose Elaine Sgroglia Machado

Livro do Professor ENSINO FUNDAMENTAL - 10 ANOS

“O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.” PCN de Língua Portuguesa

Um dos objetivos do ensino de Língua Portuguesa deve ser o de promover a oportunidade de o aluno ter contato com textos que circulam socialmente, sendo capaz de interpretá-los, diferenciá-los e produzi-los. Essa oportunidade o auxiliará a compreender os diferentes textos apresentados em outras disciplinas, além de promover a busca pela informação e a competência crítico-reflexiva. “Não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura.”

PCN de Língua Portuguesa

A riqueza da diversidade textual apresentada ao aluno tem por objetivo ampliar também sua competência discursiva e imprimir mais qualidade no uso da linguagem. Um leitor competente é aquele que tem a capacidade de utilizar estratégias de leitura a fim de solucionar situações que atendam às necessidades pessoais. A escuta e a leitura de diferentes textos são essenciais à formação de leitores competentes. Além da importância do conhecimento das diferentes tipologias textuais, o encantamento promovido por meio da leitura de textos literários forma leitores vorazes, apaixonados e ávidos por se embrenhar nesse universo cultural. “O trabalho com linguagem oral deve acontecer no interior de atividades significativas: seminários, dramatização de textos teatrais, simulação de programas de rádio e televisão, de discursos políticos e de outros usos públicos da língua oral. Só em atividades desse tipo é possível dar sentido e função ao trabalho com aspectos como entonação, dicção, gesto e postura que, no caso da linguagem oral, têm papel complementar para conferir sentido aos textos. Além das atividades de produção, é preciso organizar situações contextualizadas de escuta, em que ouvir atentamente faça sentido para alguma tarefa que se tenha que realizar ou simplesmente porque o conteúdo valha a pena. Propostas desse tipo requerem a explicação prévia dos seus objetivos, a antecipação de certas dificuldades que podem ocorrer, a apresentação de pistas que possam

contribuir para a compreensão, a explicitação das atitudes esperadas pelo professor ao longo da atividade, do tempo aproximado de realização e de outros aspectos que se façam necessários. Mais do que isso, é preciso, às vezes, criar um ambiente que convide à escuta atenta e mobilize a expectativa: é o caso, por exemplo, dos momentos de contar histórias ou relatos (o professor ou os próprios alunos). A escuta e demais regras do intercâmbio comunicativo devem ser aprendidas em contextos significativos, nos quais ficar quieto, esperar a vez de falar e respeitar a fala do outro tenham função e sentido, e não sejam apenas solicitações ou exigências do professor.” PCN de Língua Portuguesa

TIPOS DE TEXTOS É importante que você, professor, estude os PCNs para aprimorar o trabalho em sala de aula, oferecendo mais oportunidades de aprendizado aos educandos, de forma efetiva e contínua. Optei por inserir fragmentos deste documento, para facilitar a compreensão e conscientizá-lo sobre a importância do trabalho desenvolvido com a Língua Portuguesa. “O trabalho com leitura deve ser diário. Há inúmeras possibilidades para isso, pois a leitura pode ser realizada: • de forma silenciosa, individualmente; • em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido dentro da atividade; e • pela escuta de alguém que lê.”

PCN de Língua Portuguesa

A seguir, algumas sugestões de textos que podem ser trabalhados em sala. Reitero a importância da leitura prévia dos PCNs de Língua Portuguesa, para que este trabalho não se torne rígido, mas promova outras oportunidades de leitura, de conhecimento do universo cultural que nos cerca, de prazer e de reflexão. Segundo os PCNs, os gêneros discursivos podem ser trabalhados para o desenvolvimento da linguagem oral e da linguagem escrita. GÊNEROS DISCURSIVOS Gêneros adequados ao trabalho com a linguagem oral: • contos (de fadas, de assombração etc.), mitos e lendas populares; • poemas, canções, quadrinhas, parlendas, adivinhas, trava-línguas, piadas, provérbios; • saudações, instruções, relatos;

• entrevistas, debates, notícias, anúncios (via rádio e televisão); • seminários, palestras. Gêneros adequados ao trabalho com a linguagem escrita: • cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (de aniversário, de Natal etc.), convites, diários (pessoais, da classe, de viagem etc.); quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis: títulos, lides, notícias, resenhas, classificados, etc.; • anúncios, slogans, cartazes, folhetos; • parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, trava-línguas, piadas; • contos (de fadas, de assombração etc.), mitos e lendas populares, folhetos de cordel, fábulas; • textos teatrais; • relatos históricos, textos de enciclopédia, verbetes de dicionário, textos expositivos de diferentes fontes (fascículos, revistas, livros de consulta, didáticos etc.), textos expositivos de outras áreas e textos normativos, como estatutos, declarações de direitos etc. PCN de Língua Portuguesa

A seguir, algumas sugestões de gêneros discursivos para o trabalho em sala de aula.

LENDA Trata-se de uma narrativa de cunho popular transmitida de geração em geração. As lendas não podem ser comprovadas cientificamente, pois são fruto da imaginação das pessoas que as criaram. O universo imaginário popular possui muitas lendas. No folclore brasileiro, as lendas mais conhecidas são: Curupira, Saci-Pererê, Iara, Mula sem cabeça, Boto cor-derosa, Boitatá, entre outras. AS LÁGRIMAS DE POTIRA Lenda indígena – Muito antes de os brancos atingirem os sertões de Goiás, em busca de pedras preciosas, existiam por aquelas partes do Brasil muitas tribos indígenas, vivendo em paz ou em guerra e segundo suas crenças e hábitos. Numa dessas tribos, que por muito tempo manteve a harmonia com seus vizinhos, viviam Potira, menina contemplada por Tupã com a formosura das flores, e Itagibá, jovem forte e valente. Era costume na tribo as mulheres se casarem cedo e os homens assim que se tornassem guerreiros. Quando Potira chegou à idade do casamento, Itagibá adquiriu sua condição de guerreiro. Não havia como negar que se amavam e que tinham escolhido um ao outro. Embora outros jovens quisessem o amor da indiazinha, nenhum ainda possuía a condição exigida para as bodas, de modo que

não houve disputa, e Potira e Itagibá se uniram com muita festa. Corria o tempo tranquilamente, sem que nada perturbasse a vida do apaixonado casal. Os curtos períodos de separação, quando Itagibá saía com os demais para caçar, tornavam os dois ainda mais unidos. Era admirável a alegria do reencontro! Um dia, no entanto, o território da tribo foi invadido por vizinhos cobiçosos, devido à abundante caça que ali havia, e Itagibá teve que partir com os outros homens para a guerra. Potira ficou contemplando as canoas que desciam rio abaixo, levando sua gente em armas, sem saber exatamente o que sentia, além da tristeza de se separar de seu amado por um tempo não previsto. Não chorou como as mulheres mais velhas, talvez porque nunca houvesse visto ou vivido o que sucede numa guerra. Mas toda a tarde ia sentar-se à beira do rio, numa espera paciente e calma. Alheia aos afazeres de suas irmãs e à algazarra constante das crianças, ficava atenta, querendo ouvir o som de um remo batendo na água e ver uma canoa despontar na curva do rio, trazendo de volta seu amado. Somente retornava à taba quando o sol se punha e depois de olhar uma última vez, tentando distinguir no entardecer o perfil de Itagibá. Foram muitas tardes iguais, com a dor da saudade aumentando pouco a pouco. Até que o canto da araponga ressoou na floresta, desta vez não para anunciar a chuva, mas para prenunciar que Itagibá não voltaria, pois tinha morrido na batalha. E pela primeira vez Potira chorou. Sem dizer palavra, como não haveria de fazer nunca mais, ficou à beira do rio para o resto de sua vida, soluçando tristemente. E as lágrimas que desciam pelo seu rosto sem cessar foram-se tornando sólidas e brilhantes no ar, antes de submergir na água e bater no cascalho do fundo. Dizem que Tupã, condoído com tanto sofrimento, transformou suas lágrimas em diamantes, para perpetuar a lembrança daquele amor.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf

FÁBULA Consiste em uma narração de fundo moral, normalmente em versos, cujos protagonistas são animais dotados de qualidades humanas como “A cigarra e a Formiga”. A CIGARRA E AS FORMIGAS Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente, apareceu uma cigarra: — Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer. As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram: — Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?

— Para falar a verdade, não tive tempo — respondeu a cigarra. — Passei o verão cantando! — Bom. Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando? — disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf

CONTO É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. AIA Eça de Queiroz Era uma vez um rei, moço e valente, senhor de um reino abundante em cidades e searas, que partira a batalhar por terras distantes, deixando solitária e triste a sua rainha e um filhinho, que ainda vivia no seu berço, dentro das suas faixas. A lua cheia que o vira marchar, levado no seu sonho de conquista e de fama, começava a minguar, quando um dos seus cavaleiros apareceu, com as armas rotas, negro do sangue seco e do pó dos caminhos, trazendo a amarga nova de uma batalha perdida e da morte do rei, trespassado por sete lanças entre a flor da sua nobreza, à beira de um grande rio. A rainha chorou magnificamente o rei. Chorou ainda desoladamente o esposo, que era formoso e alegre. Mas, sobretudo, chorou ansiosamente o pai, que assim deixava o filhinho desamparado, no meio de tantos inimigos da sua frágil vida e do reino que seria seu, sem um braço que o defendesse, forte pela força e forte pelo amor. Desses inimigos o mais temeroso era seu tio, irmão bastardo do rei, homem depravado e bravio; consumido de cobiças grosseiras, desejando só a realeza por causa dos seus tesouros, e que havia anos vivia num castelo sobre os montes, com uma horda de rebeldes, à maneira de um lobo que, de atalaia no seu fojo, espera a presa. Ai! A presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com seu guizo de ouro fechado na mão! Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço. Mas era um escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe. Ambos tinham nascido na mesma noite de verão. O mesmo seio os criara. Quando a rainha, antes de adormecer, vinha beijar o principezinho, que tinha o cabelo louro e fino, beijava também, por amor dele, o escravozinho, que tinha o cabelo negro e crespo. Os olhos de ambos reluziam como pedras preciosas. Somente o berço de um era magnífico de marfim entre brocados, e o berço de outro, pobre e de verga. A leal escrava, porém, a ambos cercava de carinho