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e da Modernização Administrativa

DO QUE FALAMOS QUANDO APOIAMOS A INOVAÇÃO SOCIAL?

Quando pensamos em problemas como a pobreza, a emigração, o desemprego de longa duração, o envelhecimento ou as alterações climáticas, em que solução pensamos? Procuramo-la apenas nas políticas sociais, da saúde ou do ambiente, nos ministérios e nas respetivas entidades públicas, como sempre fizemos até hoje?

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Quando olhamos para iniciativas como a “Orquestra Geração” ou a “Opera na Prisão” de que falamos? De cultura, de educação musical ou de integração social?

Quando analisamos projetos como a “Academia de Código” – que visa dar competências de programação a desempregados oriundos de áreas nas quais já não existem ofertas de trabalho e em que o financiamento público fica condicionado à sua efetiva empregabilidade – de que falamos? De uma ajuda pública, de um financiamento por resultados ou de investimento privado que até pode ser lucrativo?

Quando analisamos iniciativas como o “Mezze”, promovido pela Associação “Pão a Pão”, estamos a falar de restauração, de formação profissional ou de integração social de refugiados? De um negócio, de uma ação social ou de um investimento social?

Quando olhamos para o “Color Add” ou para a “Fruta Feia” achamos que se trata de atividades empresariais ou de atividades sociais? Ou serão apenas de atividades empresariais com impacto social ou ambiental?

Que têm afinal estes projetos em comum, bem como muitos outros que poderia referir?

São, em primeiro lugar, respostas integradas para problemas complexos, resultantes da colaboração de diferentes saberes, competências e atores: públicos, privados e sociais .

São respostas que assentam em soluções inovadoras para desafios cada vez mais exigentes, em termos de recursos humanos e materiais, e para os quais as soluções tradicionais já não são – ou brevemente deixarão de ser – suficientes.

São respostas que passam, em geral, por um processo experimental, o que permite ambição e maior criatividade na sua conceção .

São respostas cujo impacto social é medido, sendo o financiamento em geral condicionado aos resultados obtidos .

São respostas que hoje agregamos sob a vasta designação de inovação social, para designar uma nova visão de financiamento, integração e colaboração entre instituições e diferentes setores: o público, o social, o privado .

São, por último, respostas que inspiram novas políticas públicas e uma maior coresponsabilização da sociedade na resolução dos desafios sociais que todos enfrentamos .

São, por tudo isto, respostas em que acreditamos e que apoiamos através da Iniciativa Portugal Inovação Social .

Maria Manuel Leitão Marques

Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

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