LBM 2º trimestre de 2014

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2o Trimestre de 2014

ISSN 1673-6823

Jo v en s A

du lto s


An o s 1940/2015

O Ju b ile u é n o sso , m as q u em b r ilh a é a P a la v ra d e

DEUS

No dia 13 de março de 2015, a CPAD completará 75 anos de existência. Mas, desde já, convidamos você a participar de nosso Jubileu de Brilhante, Se chegamos até aqui, foi porque Deus nos ajudou. Sem Ele, nada podemos fazer* Para que cumpramos a nossa tarefa, a sua participação é imprescindível Ore por nós. Fale conosco. De nossa parte, continuaremos a oferecer o que existe de melhor: Bíblias de Estudo, livros e material didático suplementar, além de realizar, em todo o Brasil, congressos e conferências de Escola Dominical Este é o nosso compromisso.


Digitalização: Escriba Digital Com entário: EL1NALD0 RENOVATO Lições do 2o Trim estre de 2014

Lição 1 E Deu Dons aos Homens L iç ã o 2 O Propósito dos Dons Espirituais

11

L içã o 3 Dons de Revelação

19

Liçã o 4 Dons de Poder

26

L içã o 5 Dons de Elocução

33

L içã o 6 O Ministério de Apóstolo

40

L iç ã o 7 0 Ministério de Profeta

48

L iç ã o 8 0 Ministério de Evangelista

54

L içã o 9 O Ministério de Pastor

62

L iç ã o 10 0 Ministério de Mestre ou Doutor

69

L içã o 11 O Presbítero, Bispo ou Ancião

77

Liçã o 12 0 Diaconato

84

L içã o 1 3 A Multiforme Sabedoria de Deus

91

L iç õ e s B íb l ic a s

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L iç õ e s Bíb l ic a s Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da Costa_____ Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudíno Coelho_________ C onsu lto ria D outrinária e Teológica Antonio Gilberto e Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Chefe de Arte & D esign Wagner de Almeida Chefe do Setor de Educação Cristã César Moisés Carvalho Redatores Marcelo de Oliveira e Telma Bueno______ Designer Gráfico Marion Soares ____ ___ Capa Flamir Ambrósio Av. Brasil, 34.401 - Bangu Rio de ja n e iro - RJ - Cep 2 1 8 5 2 /0 0 2

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Lição 1 6 de A b riI de 2014

E D eu D o n s a o s H om ens TEXTO ÁUREO "Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens ”(Ef 4.8).

VERDADE PRÁTICA Os dons são dádivas divinas para a Igreja cum prir sua missão até que o Noivo venha buscá-la.

LEIT U R A DIÁRIA Seg unda - 1 Co 12.4 Há diversidade de dons

T e rça - 1 C o 12 .20 Os dons e a unidade da Igreja

Q u arta - 1 Co 12.11 A concessão dos dons

Q u in ta - 1 Co 1 2 .2 7 Membros do Corpo de Cristo

Sexta - 1 Co 12.31 “Procurai com zelo os melhores dons”

Sábad o - Ef 4 .1 2 Os dons são para aperfeiçoar os santos

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L E IT U R A B ÍB L IC A EIM C L A S S E

IN TER A Ç Ã O

Prezado professor, neste trimestre estudaR om anos 12.3-8; remos um tema extremamente relevante para os nossos dias: os dons espirituais, 1 C o rín tio s 12.4-7 ministeriais e de serviço. Todas estas dádivas são concedidas peio Espírito Santo com o Rom anos 12 propósito de edificar a Igreja do Senhor. Esse 3 - Porque, peia g raça que, me tema é tão relevante para a igreja que Pauio é dada, digo a cada um dentre dedica dois capítulos inteiros na Epístola aos vós que não saiba m ais do que Coríntios para tratar do assunto. Ele não convém saber, m as que saiba queria que os irmãos fossem ignorantes a com tem perança, conform e a respeito dos dons (1 Co 12.1). Entãof estude medida da fé que Deus rep ar­ com afinco cada lição e busque, com zelo, os melhores dons. O comentarista das lições é tiu a cada um. o pastor Elinaldo Renovato, autor de diver­ 4 - Porque assim como em um sos livros publicados pela CPAD, líder da corpo temos muitos m em bros , Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e e nem todos os mem bros têm professor universitário. a mesm a operação, 5 - a ssim n ó sT que som os O B JET IV O S m uitos, som os um só corpo Após esta aula, o aluno deverá estar em C risto , m as in d iv id u a l­ apto a: m ente som os m em bros uns dos outros. C o n sc ie n tiz a r-se de que os dons 6 - De modo que, tendo diferen­ espirituais são atuais e bíblicos. tes dons, segundo a g raça que A n a lis a r os dons de serviço, espiri­ nos é dada: se é profecia, seja tuais e ministeriais. ela segundo a m edida da fé; 7 - se é m inistério, seja em Saber que a igreja de Corinto era pro­ m in istrar; se é ensinar ; haja blemática na administração dos dons. dedicação ao ensino ; 8 -ou o que exorta, use esse dom O R IEN TA ÇÃ O PED A G Ó G ICA em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que presi­ Professor, para introduzir a primeira lição, reproduza o esquema abaixo. Divida a clas­ de, com cuidado ; o que exercita se em três grupos e peça que, em grupo, os m isericórdia , com alegria. alunos leiam e relacionem os dons apresen­ tados em cada uma das listas elaboradas

1 C o rín tio s 12 pelo apóstolo Paulo. Peça que os alunos 4 - O ra, há d ive rsid a d e de também digam o totaf de dons relacionados em cada lista. dons, mas o Espírito é o m es­ I a lista 1 C oríntio s 12.8-10. (Um totaJ de mo. nove dons) 5 - E há diversidade de m inisté­ 2 a lista - 1 C oríntio s 12.28. (Um total de rios , m as o Senhor é o mesmo. oito dons) 6 - E há diversidade de opera­ 3a lista — 1 C oríntio s 12.29,30. (Um total de sete dons) ções, mas é o mesmo Deus que Reúna os alunos formando um único grupo. opera tudo em todos. Ouça os grupos e conclua enfatizando que 7 - Mas a m anifestação do Es­ todos estes dons estão disponíveis para a pírito é dada a cada um p ara igreja atuai. Os dons não cessaram. Que venhamos a buscá-ios com fé para a edifica­ o que fo r útil. ção do Corpo de Cristo.

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Deus estão disponíveis para que a ^ Igreja, em nome de Jesus, promova I a libertação dos cativos, ministre a I IN TR O D U Ç Ã O cura aos doentes e proclame a sal- I A Bíblia de Estudo Pentecostal j vação do homem para a glória de I define “dons" como “manifestações Deus. O Novo Testamento também I sobrenaturais concedidas da parte deixa claro que todos os crentes I do Espírito Santo, e que operam têm acesso direto a Deus através 1 a tra v é s dos cre n te s, ^ de Cristo Jesus e, por I PA LA V R A -C H A V E para o seu bem comum”. isso, podem receber os I Neste trimestre analisa­ dons do Espírito. D o m : D ádiva, remos os dons de Deus presente oferecido 3. U m a d á d iv a I d isp e n sad o s à Igreja pelo Espírito Santo para a Ig reja. A fim de I para que, com graça e sermos mais didáticos I aos crentes . poder, ela proclame o ^ ^ e eficientes no estudo I Evangelho de Je su s a a re sp e ito dos dons, I toda criatura. Além de auxiliar o dividirem os este assunto em três I Corpo de Cristo no exercício da categorias principais: Dons de Ser- I Grande Comissão, os dons divinos viço, Dons Espirituais e Dons Minis- I subsidiam os santos para que che­ teriais. Esta divisão acom panha a guem à unidade da fé (Ef 4.12,13). classificação dos dons conforme se encontra nas epístolas paulinas I - O S DONS NA BÍBLIA aos Romanos, 1 Coríntios e Efé1. No Antigo Testam ento. sios, respectivamente- Insistimos, O Dicionário Bíblico W ycliffe mostra porém , que esta c la s s ific a ç ã o que há várias palavras hebraicas é apenas um recurso didático, que significam “dádiva”. A origem pois quando o apóstolo expõe o dessas palavras está na raiz hebrai­ assunto em suas cartas, ele não * ca nathan, que significa “dar”. Por parece querer exaurir os dons em | isso, podemos afirmar que no An­ uma lista, antes, preocupa-se em É tigo Testamento há vislumbres dos exortar os irmãos a buscá-los e 8 dons divinos concedidos a pessoas usá-los para encorajar, confortar I peculiares como reis, sacerdotes, e edificar a Igreja de Cristo, bem I profetas e outros. Todavia, os dons como glorificar a Deus e evange- I divinos não estavam acessíveis ao lizar o mundo. povo de Deus da Antiga Aliança como observamos no regime da SIN O PSE D O T Ó P IC O (1) Nova Aliança. Nas páginas do Novo Testa­ 2. No Novo Testam ento . O mento os dons estão à disposição mesmo dicionário informa ainda de todos os crentes, com o propó­ que ao longo do Novo Testamento sito de edificar a Igreja de Cristo. a palavra “dom” aparece com dife­ rentes significados, que se relacio­ RESPO N D A nam ao verbo grego didomi. Este verbo representa o sentido ativo 7. De acordo com a lição, no Antigo da p alavra “d a r” em Filipenses Testam ento os dons divinos eram 4.15. Na Nova Aliança, os dons de concedidos a quem ? L iç õ e s B íb l i c a s

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■ 2. No Novo Testam ento os dons es- | Apesar de as manifestações I p iritu ais estão disponíveis a todos? s o b re n a tu ra is p e rte n c e re m ao I 3. C ite , de acordo com a lição, as mundo espiritual, isto é, a uma três p rin cip ais categorias de dons. categoria particular da experiên­ cia religiosa do crente, o apóstolo §1 - OS DO N S D E Paulo desejava que as igrejas, e em S E R V IÇ O , E S P IR IT U A IS especial a de Corinto, conhecessem algumas considerações im portan­ 1. D o n s re la c io n a d o s ao tes sobre os dons espirituais. Uma característica predominante em Co­ I s e r v iç o c r is t ã o . Em Rom anos | 12 o ap ó sto lo Paulo a d m o e sta rinto, segundo o Com entário Bíblico I a igreja, lem brando-a de que o Beacon (CPA D), era a vida p regress a I m em bro do Corpo de Cristo não dos m em b ro s e n v o lv id o s com I pode se ach ar au to ssu ficie n te . idolatria. M uitas m anifestações I Assim como um membro do corpo espirituais na igreja lembravam a I humano depende dos outros para experiência mística das religiões de I exercer a sua função, na igreja mistérios. Os coríntios precisavam I necessitam os uns dos outros para ser ensinados de form a correta I o fo rtalecim en to da nossa vid a sobre a existência dos dons e de | espiritual e com unhão em Cristo. sua utilização dentro do culto e fora dele. Por isso, à luz da Pala­ Por isso, a categoria de dons apre­ vra de Deus, devem os ensinar a sentada em Rom anos 12 traz a ideia da m anutenção dessa com u­ respeito dos dons espirituais para nhão dos santos, pois ao falarm os que a igreja seja edificada, A Bíblia traz os ensinos corretos sobre o de serviços, subentende-se que quem serve está prestando um uso dos dons, e se há distorções serviço para alguém . O bserve os nessa esfera, estas acontecem por dons de serviço listados por Paulo algumas igrejas não ensinarem de em Rom anos: M inistério (ofício forma correta o que a Bíblia diz, e d iaco n al), e x o rta çã o (encoraja- \ isso contribui para o surgimento mento), repartir, presidir e exercer do fanatismo religioso, da corrup­ misericórdia. Note que esses dons ção doutrinária dos m ovim entos estão relacionados com uma ação estranhos e de muitas heresias. em prol do outro, do próxim o. Portanto, o ensino correto das Es­ Portanto, se você tem um dom, crituras nos orienta sobre a forma deve usá-lo em benefício da Igreja adequada da utilização dos dons e de Cristo na Terra. previne o surgimento de práticas 2. C o nhecen d o os d o n s condenáveis no culto. e s p ir it u a is . “Acerca dos dons es­ 3* A c e r c a d o s d o n s m i­ pirituais, não quero, irmãos, que n is t e r ia is . A Epístola de Paulo sejais ignorantes” (1 Co 12.1). Os | aos Efésio s c la s s ific a os dons dons listados em 1 Coríntios 12 m in is te ria is assim : A p ó s to lo s , são: Palavrad a sabedoria; palavra profetas, evangelistas, pastores da ciência; fé; curas; operação de e doutores (4.11). Os propósitos m a ra vilh a s; p ro fe cia ; d is c e rn i­ de o Senhor concedê-los à Igreja, mento de espíritos; variedades de segundo a B íb lia de Estudo Pen­ línguas; interpretação de línguas. I tecostal, são, em prim eiro lugar, 6

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cap acitar o povo de Deus para o serviço cristão; em segundo, prom over o crescim ento da igreja locai; terceiro, desenvolver a vida espiritual dos discípulos de Jesus (4.12-16). O S e n h o r deu a sua Igreja ministros para servi-la com zelo e am or (1 Pe 5.2,3). O ensino do Novo Testam ento acerca do exercício ministerial está ligado a concepção evangélica de serviço (Mt 20.20-28; Jo 13.1-11), jam ais à p e rs p e c tiv a ce n tra liz a d o ra e sacerdotal do Antigo Testamento.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) Nenhum m em bro do corpo de Cristo é autossuficiente, de­ pendem os de Cristo, assim como d e p e n d e m o s uns dos o u tro s. Para que a Ig reja, o co rp o de Cristo, seja edificada peios dons ministeriais é necessário que eles sejam utilizados para o benefício de todos.

RESPO N D A 4. Relacione os dons citados em 1 Coríntios 12.8-10.

III - C O R IN T O : U M A IG R E ­ J A P R O B L E M Á T IC A N A A D ­ M IN IS T R A Ç Ã O D O S D O N S E S P IR IT U A IS (1 C o 1 2 .M l )

R EFLEX Ã O “A cerca dos dons espiritu ais, não quero, irm ãos, que sejais ig n o ran tes.” 1 Coríntios 12.1 crentes de Corinto que estavam supervalorizando alguns dons em detrimento de outros. Precisamos resgatar a noção de serviço que J e ­ sus Cristo ensinou nos Evangelhos, pois todos os dons vêm diretamen­ te de Deus para melhor servirmos à igreja de Cristo.

2. D iv e rsid a d e d o s d o n s. O que mais nos cham a a atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1 Coríntios 12 não são os nove dons, mas a diversidade deles, isto denota a unidade da Igreja de Cristo, mas sim ultanea­ mente a sua m ultiplicidade. O Co­ m entário Bíblico Pentecostal Novo Testam ento tem razão quando fala que “talvez Paulo tenha seleciona­ do estes noves dons por serem adequados à situação que havia em Corinto”, pois se compararmos a lista de 1 Coríntios com Rom a­ nos e tam bém Efésios, verem os que outros dons são relacionados de acordo com as necessidades de cada igreja local.

3. A u to s s u fic iê n c ia e h u ­ 1. O s d o n s s ã o im p o rm ild a d e . Os dons e s p iritu a is ta n te s H Um argumento utilizado pelos cessacionístas (pessoas que defendem a errônea ideia de que os dons espirituais cessaram no primeiro século), é que os crentes pentecostais tendem a se achar su­ periores uns aos outros por terem algum dom. Lamentavelmente, isto é verdade em muitos lugares. Entre­ tanto, o apóstolo Paulo faz questão de tratar desse assunto com os

são concedidos aos crentes pela graça de Deus, e não por méritos pessoais (Rm 12.6; 1 Pe 4.10). Não podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e autori­ tário no exercício dos dons, mas com hum ildade e tem or a Deus. Portanto, não use o dom que Deus lhe deu com orgulho, visando a exaltação pessoal. Isto é pecado L iç õ e s B í b l i c a s

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contra o Senhor e contra a Igrejaí Use-o com um coração sincero e transbordante de am or peio pró­ ximo (1 Co 15). Não foi por acaso que o cap ítulo 13 (A m or) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (Dons) e o 14 (Línguas e Profecia).

C O N C LU S Ã O

O estudo dos dons de Deus aos hom ens é am plo e nos ap re­ senta recursos pelos quais p o ­ demos se rvir ao Senhor e à sua Igreja. Esses dons são para os | nossos dias, pois não há na Bíblia nenhum versículo que diga que SIN O P SE D O T Ó P IC O (3) os dons espirituais deixaram de Não existe um dom mais im­ ex istir com a m orte do últim o portante que o outro, todos vêm di­ apóstolo. Portanto, busquem os retamente de Deus e são úteis para os dons do Espírito Santo, pois a edificação do Corpo de Cristo, estão à nossa d isp o sição . Eles são um exem plo da m ultiform e R ESP O N D A g ra ç a de D eus em d is p e n s a r instrum entos espirituais para a 5, Os dons esp iritu ais podem ser concedidos aos crentes hoje? [greja na história.

R E FLE X Ã O “Os dons esp iritu ais são concedidos aos crentes pela g raça de Deus. Não por m éritos nossos/' Eltnaido Renovato

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BIBLIO GRA FIA SUGERID A HORTON, Stanley M. A D outrina

Subsídio Teológico “ [D ons e s p iritu a is ]

Os dons espirituais, que são pela graça, mediante a féT encontrase na palavra grega mais usada para de Janeiro: CPAD, 2012. HORTON, Stanley M. T e o lo g ia descrevê-los: charism ata , Édons livre S istem ática: Uma P ersp ectiva e graciosamente concedidos’, palavra P en teco stal. 1.ed. Rio de Ja n e i­ esta que se deriva de charis, graça, o imerecido favor divino. Os carismas ro: CPAD, 1996. são dons que merecemos sem os m erecerm os. Dão testem unho da bondade de Deus, e não da virtude SAIBA MAIS de quem os receberam. Revista Ensinador Cristão Uma das falácias que frequente­ CPAD, n ° 58, p.36. mente engana as pessoas é a ideia de como Deus abençoa ou usa alguém; RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S isso significa que Ele aprova tudo o 1. Reis, sacerdotes e profetas. que a pessoa faz ou ensina. Mesmo 2» Sim. Eles estão disponíveis para to­ quando parece haver uma ‘unção’, dos os membros do Corpo de Cristo. não há garantia disso. Quando Apoio 3. Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons Ministeriais. chegou a Éfeso pela primeira vez, não 4, Palavra de sabedoria, palavra da somente era eloquente em sua prega­ ciência, fé, dons de curar, operação ção; era também ‘fervoroso de espíri­ de maravilhas, profecia, dom de dis­ to’. Tinha o fogo, Mas Priscila e Áquila cernir espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas. perceberam que faltava algo. Logo, o 5. Sim. levaram (provavelmente, para casa, a fim de participar de uma refeição), e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus (At 18.25,26). Era, pois o caminho de Deus a respeito dos dons espirituais, que Paulo, como um pai, desejava expli­ car com mais exatidão aos coríntios. A esses dons ele dá o nome de ‘espirituais5 em 1 Coríntios 12.1 (a palavra dom não se encontra no gre­ go). A palavra, por si mesma, inclui algo dirigido pelo Espírito Santo [...] ” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do

do E sp írito Santo no A ntig o e Novo Testam ento. 12.ed. Rio

Esp írito Santo no Antigo e Novo Testam ento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 225). L iç õ e s B í b u c a s

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A U XÍLIO BIBLIO G RÁ FICO II Subsídio Teológico “Os dons são dados, de fato, com a intenção divina de que todos recebam proveito deíes (1 Co 12.7). Isso não significa que todos têm um dom específico, mas há dons (manifestações, revelações, meios pelos quais o Espírito se torna conhecido) que são dados (continuam ente) para o que for útil (proveitoso, para crescimento). ‘Útil’ significa algo que ajuda, especialmente na edificação da Igreja, tanto espiritualm ente como em número de membros. (O Livro de Atos tem um tem a de crescim ento numérico e geográfico. Deus quer que o Evangelho seja divulgado em todo o mundo). Pode ser ilustrado pelo mandamento do Senhor: ‘Negociai até que eu venha’ (Lc 19.13). Ao partirmos para o ministério dos seus dons, Ele nos ajuda a crescer na eficiência e na eficácia, assim como fizeram os que usaram devidam ente o que o Senhor lhes deu, na Parábola das Dez Minas (Lc 19.15-19)” (HORTON, Stanley M. A D o u trin a do E sp írito Santo no A ntigo e Novo T e stam e n to . 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 229,30).

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Lição 2 73 de A b ril de 2014

O Pr o p ó sit o d o s D o n s Esp ir it u a is T E X T O Á U R EO “Assim , tam bém vós, como desejais dons espiritu ais , procurai sobejar neles, p ara a edificação da ig re ja”

(1 C o 1 4 . 1 2 ) . V ER D A D E PRÁ TICA Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualm ente.

L E I T U R A D IÁ R IA Seg und a - 1 Co 12.12 A igreja — um só corpo

T e rça - 1 Co 12.4,11 Diversidade de dons no mesmo Espírito

Q u a rta ™ 1 Co 1 4 .2 6 Tudo deve ser feito para a edificação

Q u in ta - 1 Co 12.12-27 A verdadeira unidade

Sexta - 1 Co 1 3-1,2 Exercendo os dons am orosam ente

Sábad o - 1 Co 12.7 A m anifestação do Espírito e sua utilidade

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L E IT U R A B ÍB LIC A EM C L A S S E

___________ IN TER A Ç Ã O

Q ual é o real propósito dos dons espi­ ritu ais? Você, professor, tem uma visão bíblica e teológica a respeito do objetivo dos dons? Muitos estão se utilizando dos I C o rín tio s 12 dons de form a interesseira e egoísta. 8 - Porque a um , pelo Esp írito , As dádivas divinas nos são concedidas é dada a p a la vra da sabedoria; pela g raça e devem ser utilizadas com e a outro, pelo mesmo Espírito, sabedoria e santidade a fim de que o a p a la vra da ciência; nome do Senhor seja exaltado e todos 9 - e a o u tro , pelo m esm o os membros do Corpo de Cristo sejam Esp írito , a fé; e a outro, pelo edificados. Os dons não são p ara elitim esm o E s p írito , os dons de z ar o crente. Também não são sinal de superioridade espiritual. c u ra r;

1 C o rín tio s 12.8-11; 1 3 .1 ,2

10 - e a o u tro , a o p eração de m a ra vilh a s; e a o u tro , a p ro fe c ia ; e a o u tro , o dom de d iscern ir os esp írito s; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a in terp retação das lín g u as.

I I - M as um só e o mesmo Es­ p írito opera todas essas coisas , repartind o p articu larm en te a cada um como quer.

O B JE T IV O S Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

C o n scie n tizar-se de que os dons es­ pirituais não são para eütizar o crente.

C o m p re e n d e r que os dons devem ser utilizados para edificar a si mes­ mo e aos outros.

Sab er que o propósito dos dons é a

edificação do Corpo de Cristo. 1 C o rín tio s 1 3 1 - A inda que eu falasse as lín- ^----------------------------------------------x O R IEN TA Ç Ã O P ED A G Ó G ICA guas dos hom ens e dos anjos e

não tivesse am orr se ria como o m etal que soa ou com o o sino que tine.

Professor, para introduzir o primeiro tópico da tição, divida a classe em dois grupos. Depois, escreva no quadro as seguintes indagações: “O que precisa­ 2 - £ ain d a que tivesse o dom mos fazer para receber os dons espi­ de p ro fe c ia , e co n h e ce sse rituais?” “A santidade é condição para todos os m istério s e toda a o recebimento dos dons?” Cada grupo ciê n cia, e a in d a que tivesse deverá ficar com uma questão. Dê alguns toda a fé, de m an eira ta l que minutos para que os alunos discutam tra n s p o rta s s e os m ontes, e as questões. Em seguida reúna a todos formando um único grupo. Peça a um não tivesse am or; nad a s e ria . representante de cada grupo fazer suas considerações sobre a sua questão. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que os dons espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para edificação da igreja. Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé. Os dons são presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça de Deus!

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INTRODUÇÃO Nesta lição estudarem os o verd ad eiro propósito dos dons espirituais concedidos por Deus à sua Igreja. Os dons do Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos. O seu propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1 Tm 3.15).

I - OS DONS NÃO SÃO PARA E L IT IZ A R O C R EN T E 1. A ig reja co rín tia . A Igreja

em seu m eio d iv is õ e s, in veja, im o ralid ad e sexual, etc. Com o pode uma igreja evidentem ente cristã ser ao mesmo tem po carnal e im oral? Por isso Paulo a chama de carnal e imatura (1 Co 3.1,3). Com este relato, aprendemos que as m anifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de seriedade, espiri­ tualidade e santidade. Uma igreja onde predominam a inveja, con­ tenda e dissensões, nem de longe pode ser cham ada de espiritual, e sim de carnal.

3. D om n ã o é s i n a l d e su p e rio rid a d e e s p iritu a l. Mui

tos creem erroneam ente que os em Corinto localizava-se numa ci­ irmãos agraciados com dons da dade comercial e próxima do mar, parte de Deus são, por isso, mais sendo uma das mais importantes espirituais que os outros. Todavia, do Império Romano. Corinto era os dons do Espírito são uma cidade econom ica­ PA LAVRA CH AVE concedidos pela graça mente rica, porém mar­ de Deus. Por ser resulta­ cada pelo culto idolátriP r o p ó s ito : do da graça divina, não co. Durante a segunda Aquilo que se busca re ce b e m o s tais dons ■ viagem missionária de a lca n ça r; objetivo , por m éritos próprios, Paulo, a igreja recebeu fin alid ad e , intuito. mas p e la b o n d a d e e a visita do apóstolo (At m isericórdia de Deus. 18.1-18). Por conhecer Que a mensagem de Jesus possa muito bem a com unidade cristã ressoar em nossa consciência e em Corinto foi que o apóstolo dos convencer-nos de uma vez por gentios tratou, em sua Prim eira todas de que os dons não são Epístola dirigida àquela igreja, so­ garantia de espiritualidade genu­ bre a abundância da manifestação ína: “Muitos me dirão naquele Dia: dos dons do Espírito, chegando Senhor, Senhor, não profetizamos a afirmar daquela igreja que “ne­ nós em teu nome? E, em teu nome, nhum dom” lhe faltava (1 Co 1.7). não expulsam os dem ônios? E, em 2. Um a ig re ja de m u ito s teu nome, não fizem os m uitas d o n s, m as c a rn a l. Os dons do m aravilhas? E, então, lhes direi Espírito concedidos por Deus à abertam ente: Nunca vos conheci; igreja de Corinto tinham por finali­ apartai-vos de mim, vós que pra­ dade prepará-la e santificá-la para ticais a iniquidade” (Mt 7.22,23). o serviço do evangelho: a procla­ mação da Palavra de Deus naquela cidade. Todavia, além de aquela igreja não usar corretam ente os dons que recebera do Pai, tinha

S IN O P SE D O T Ó P IC O (1) Os dons do Espírito Santo são concedidos pela graça divina; L iç õ e s B íb lic a s

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eles não devem ser usados para elitizar o crente.

portador preocupa-se com a edifi­ cação da vid a do outro irmão em Cristo (1 Co 14.12). Em lugar de buscarmos prosperidade material, com o se pudéssem os barganhar com Deus usando dinheiro em troca de bênçãos, busquem os os dons esp iritu ais. A g in d o assim e d ific a re m o s a nós m esm os e tam bém aos outros.

3.

Edificando até o não cren­

te. Embora o apóstolo dos gentios

estim ulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edifi­ carem a si mesmos, seu desejo era fj 1. Q u al é o verd ad eiro propósito que também esses mesmos crentes dos dons d ivin o s? profetizassem a fim de que a igreja Kl - ED IFICA N D O A SI MES­ toda fosse edificada. O comentário MO E AO S O U T R O S da Bíblia de Estudo A plicação Pes­ soal diz sobre esse texto: “Embora 1. Ed ifican d o a si m esm o . o próprio Paulo falasse em línguas, Paulo diz que quem “fala língua enfatizava a profecia, porque esta estranha edifica-se a si m esm o” (1 edificava a Igreja inteira, enquanto Co 14.4). O apóstolo estim ulava falarem línguas beneficiava princi­ os crentes da igreja de Corinto palmente o falante”. Todos quantos a cultivarem sua devoção parti­ vierem a frequentar nossas reuniões cular a Deus através do falar em devem ser edificados, sejam cren­ línguas concedidas pelo Espírito, tes ou não. Por isso, não podemos com o o bjetivo de edificarem a escandalizar aqueles que não cosi mesmos. Isto não significa que I o apóstolo dos gentios proibia o | mungam a mesma fé que nós (1 Co 14.23). Como eles compreenderão I fa la r em línguas publicam ente, I mas ao fazê-lo de maneira devo- a mensagem do evangelho se em I cional o crente batizado com o uma reunião não entenderem o que I Espírito Santo edifica-se no seu está sendo falado? (1 Co 14.9). I relacionam ento com Deus. Falar S IN O P SE D O T Ó P IC O (2) I ou orar em línguas provenientes j I do Espírito é uma bênção espiritual Os dons só têm uma razão de I maravilhosa. existir na vida do crente: edificar 2 . E d ific a n d o o s o u t r o s . I Os crentes de C o rin to falavam i a vid a do outro irmão em Cristo. I em lín g u a s e e x e rcia m v á r io s R ESP O N D A I dons espirituais, mas parece que j I eles não se preocupavam muito 2. De acordo com a lição, Paulo I em ajudar as pessoas. Por isso, p rio riz a va na ig re ja o ato de p ro ­ I o apóstolo lem bra que os dons fe tiz a r ou o de fa la r em lín g u as? I s ó têm razão de existir quando o Po r q u ê?

R ESP O N D A

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ül - ED IFIC A R T O D O O CO RPO DE C R IS T O 1. O s d o n s na ig re ja . Na Primeira Carta aos Coríntios, Pau­ lo dedica dois capítulos (1 2 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja. O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em Efésios 4.16, “os m em bros do corpo, cada qual com sua própria função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para os dons espi­ rituais alcançarem seu propósito”. Se não houver amor, certamente não haverá edificação (1 Co 13). Sem o amor de Deus nos tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em prim eiro lugar. O propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se tivermos o amor de Deus em nossa vida.

2. O s sá b io s a rq u iteto s do C o rp o de C risto . Deus levanta hom ens para edificarem esp iri­ tual, moral e doutrinariam ente a igreja local. A Igreja é o “edifício de Deus” (1 Co 3.9). Os ministros, sábios arquitetos (1 Co 3.10). O fundam ento já está posto pelos ap ó sto lo s: Je s u s C risto (1 Co 3.11). Mas os m inistros têm de tom ar o cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles tam bém tomam parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça concedida aos apóstolos. Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: “mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro

fundam ento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.10,11).

3. D e sp en se iro s d o s dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de Deus (1 Pe 4.10,11). Ele usou a figura do despenseiro que, anti­ gamente, era o homem que admi­ nistrava a despensa e tinha total confiança do patrão. O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os dis­ tribuíam para a alimentação da fa­ mília. Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1 Co 4.1; Ef 2.19). Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada um ad­ ministre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se al-1 guém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre” (1 P e 4 .1 0 ,ll).

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SIN O PSE DO T Ó P IC O (3) Quando os dons espirituais são utilizados com amor todo o Corpo de Cristo é edificado.

R ESPO N D A 3. Q uantos cap ítu lo s, Paulo de­ dicou p a ra fa la r a resp eito dos dons? Q uais são estes cap ítu lo s? 4. O que é essen cial o crente ter p a ra que a ig reja seja ed ificad a? 5. Segundo a lição , o que faz ia o

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C O N C LU SÃ O A igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e descrente de Deus. Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino. Os dons espirituais são um “arsenal” à disposição do corpo de Cristo para o cumprimento eficaz

de sua missão na terra. Como já foi dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser abençoado, exortado e consolado. Por isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em benefício particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas. Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus para nós mesmos.

REFLEXÃO

"Q uando os dons são utilizados com am or, todo o Corpo de C risto é edificado Elinaldo Renovato

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A U X IL IO BIBLIOGRÁFICO I B IB LIO G RA FIA SU G ERID A SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos D o m ín io s do E sp írito . 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. HORTON, Stanley M. A D o u tri­

Subsídio T e o ló g ico D ado co n fo rm e o E s p írito D e se ja h i

A prim eira relação dos dons com a repetição do fato que cada um é dado pelo Espírito (1 Co 12.8-10) na do E sp írito Santo no A n ti­ leva ao clímax no versículo 1 1, que go e Novo Testam ento. 12.ed. diz: ‘Mas um só e o mesmo Espírito Rio de Janeiro: CPAD, 201 2. opera todas as coisas, repartindo particularm ente [individualm ente] como quer'. Aqui temos um paralelo SAIBA MAIS com Hebreus 2.4, que fala dos após­ Revista Ensinador Cristão tolos que primeiram ente ouviram o CPAD, n ° 58, p.37. Senhor e depois transmitiram a men­ sagem: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais [sobrenaturais], R ESPO STA S DOS EX E R C ÍC IO S e milagres, e várias maravilhas [tipos 1 p Edificar-nos e unir-nos, fortalecen­ de obras de grande poder] e dons do assim a Igreja de Cristo. [distribuições separadas] do Espírito 2. O ato de profetizar. Porque assim Santo, distribuídos por sua vontade’. todos seriam edificados. 3- Dois capítulos: 13 e 14. É evidente, à luz destes trechos, 4. Amor. que o Espírito Santo é soberano ao 5. Era a pessoa responsável por outorgar os dons. São distribuídos administrar a despensa. segundo a sua vontade. Buscamos v ____________________________________ ____ os melhores dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação. Fica evidente, tam bém , que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca são nossos no sentido de não pre­ cisarm os do Espírito Santo, pela fé, para cada expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles), mas aqui há referência a Israel (Rm 11,28,29)" (H O RTO N , S ta n le y M.

A D o u trin a do E s p ír it o San to no A n tig o e Novo T e sta m e n to . 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 2, ,.P- 230). L iç õ e s B í b l i c a s

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A U X ÍL IO BIBLIO GRÁFICO II Subsídio B ib lio ló g ico “O am o r é e s s e n c ia l Os dons têm um lugar especiaí na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutam ente necessá­ rio. Ele encontra um lugar mesmo entre os dons carism áticos, porém os dons sem a presença do am or são com o um corpo sem alma. Sem amor, o dom de falar se torna vazio e im prudente — ele é como o metal que soa ou como o sino que tine. O metal que soa (‘gongo barulhento’) significa que um pedaço de metal não lavrado ou gongo usado para cham ar a atenção. Tinir ( alalazo n ) significa ‘co­ lidir’, ou um som alto e áspero. O sino (ou símbolo) consistia de duas meias circunferências que eram golpeadas causando um estrondo. A ideia aqui é de um inexpressivo som de metal em lugar de música. O objetivo do apóstolo é m ostrar que o homem que professa o dom da glossoíalia, da form a como era praticada em Corinto, mas que não tem amor, na realidade não é mais que um instrumento metálico im pessoal” (C o m en tário B íb lico Beacon. 1.ed. Vol. 8. Rio

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Lição 3 20 de A b riI de 2014

D ons WBÊUÊÊÊÊÊÊÊÊÊBm.

de

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evelação

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TEXTO ÁUREO ______________________________ "Que fareis , pois, irm ãos? Quando vos aju n tais, cada um de vós tem salm o, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem in terp retação . Faça-se tudo p ara edificação7’O Co 14,26).

V ER D A D E PRA TICA Os dons de revelação divina são in­ dispensáveis à igreja da atualidade, pois vivem os em um tempo marcado pelo engano.

L E IT U R A DIARIA Seg u n d a - 1 R s 4-29-31 Sabedoria concedida por Deus

T e rça - 2 R s 6.8-12 Deus revela o oculto

Q u a rta - 1 Co 12-8 Sabedoria e ciência

Q u in ta - Mt 2 .1 2 Proteção por divina revelação

Sexta - E f 1.1 7 Espírito de sabedoria e revelação

Sábad o - Ap 1.1 A revelação de Jesu s Cristo L iç õ e s B í b l i c a s

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L E IT U R A B ÍB LIC A EM C LA S S E

,

IN TERA ÇÃ O

Prezado professor; nesta lição estudare­ mos a respeito dos dons de revelação. Estes dons são concedidos à Igreja a fim de que ela seja edificada. Estamos vivendo “tempos trabalhosos", necessi­ 1 C o rín tio s 12 tamos da sabedoria que vem do alto, do 8 - Porque a um, pelo Espírito, poder de Deus. Durante o preparo da é dada a p a la vra da sabedoria; lição, ore, peça que o Senhor conceda e a outro, pelo mesmo Espírito, aos seus alunos os dons de revelação. a p a la vra da ciência; Siga o exemplo de Paulo, pois sua ora­ 10 - e a outro, a operação de ção em favor dos crentes de Éfeso era: m aravilh as; e a outro, a p ro ­ “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus fecia; e a outro , o dom de dis­ Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu ce rn ir os espíritos; e a outro, a conhecimento o espírito de sabedoria variedade de línguas; e a outro , e de revelação " (E f 1.17). Deus deseja nos outorgar os dons de revelação, a a in terp retação das lín g u as. fim de que sejamos edificados e jam ais A to s 6 8 - E Estêvão, cheio de fé e de venhamos a ca ir nas astutas ciladas poder; faz ia prodígios e g ra n ­ do Maligno. des sinais entre o povo. 9 - E levantaram -se alguns que O B JETIV O S eram da sin ag o g a ch am ad a Após esta aula, o aluno deverá estar dos Lib erto s , e dos ciren eu s, apto a: e dos alexandrinos , e dos que eram da C ilicia e da Á s ia , e A n a lis a r o dom da palavra da sa­ disputavam com Estêvão. bedoria. 10 - E não podiam re sis tir à C o m p reen d er o dom da palavra da sa b ed o ria e ao Esp írito com ciência. que fa la va .

1 C o rín tio s 12.8,10; A to s 6.8-10; Daniel 2.19-22

D aniel 2 19 - En tãot foi revelado o se­ gredo a D aniel num a visão de noite; e D aniel louvou o Deus do céu. 2 0 - Falou D aniel e disse: Seja bendito o nome de Deus p a ra todo o sem pre, porque dele é a sabedoria e a fo rça; 21 - ele m uda os tem pos e as horas; ele rem ove os reis e estabelece os reis; ele dá sabe­ d o ria aos sábios e ciência aos inteligentes. pq 22 - Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele m ora a luz.

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Lições B í b l i c a s

Saber a respeito do dom de discer­ nimento dos espíritos.

O RIEN TA ÇÃ O PED AG Ó G ICA Professor, reproduza no quadro o esquem a da página ao lado. Utilize-o para introduzir a lição, pois a partir desta lição estudarem os, detalhada­ mente os dons, então é importante que os alunos conheçam a classifica­ ção geral dos nove dons descritos no capitulo 12 de 1 Coríntios. Ao explicar o quadro, ressalte a sem elhança que existe entre os respectivos dons. C on­ clua explicando que todos os dons, in­ dependentem ente da sua classificação, são im portantes e necessários para a edificação do Corpo de Cristo.


2. A Bíblia e a palavra de sabedoria. Embora na Antiga Alian­ ça os dons espirituais não fossem plena e claramente evidenciados O teólogo pentecostal Stanley como na Nova, alguns episódios Horton afirma que “a maioria dos es­ do Antigo Testamento vislumbram tudiosos classifica os dons de 1 Coo quanto Deus conferia aos homens ríntios 12.8-10 em três categorias: sabedoria do alto para executar tare­ revelação , podere expressão , [ten­ fas ou tomar decisões. Um exemplo do] três dons em cada disso é a revelação e a categoria". Na lição des­ interpretação dos so­ PALAVRA-CHAVE ta semana estudaremos nhos de Faraó através a respeito dos dons da de José, o filho de Jacó R ev e la çã o : “primeira categoria”: os (Gn 41.14-41). Ele não Ato pelo q u al Deus de revelação. Estes são apenas interpretou os revela aos hom ens concedidos aos servos sonhos de Faraó, mas os seus m istérios, de Deus para o aconse­ trouxe orientações sá­ sua vontade. lhamento e orientação bias para que o Egito se da Igreja do Senhor. preparasse para o perí­ odo de fome que estava para vir. A I - PALAVRA habilidade do rei Salomão em resol­ DA SABEDORIA ver causas complexas, igualmente, 1. Conceito. O termo p alavra é um admirável exemplo de dom da exprime uma manifestação verbal sabedoria no Antigo Testamento (1 ou escrita. Segundo o D icionário Rs 3.16-28; 4.29-34). Eletrônico Houaiss, sabedoria sig­ Em o Novo Testamento pode­ nifica “discernimento inspirado nas mos tom ar como exemplo de pa­ coisas sobrenaturais e humanas”. A lavra da sabedoria a exposição da sabedoria abordada pelo apóstolo Escritura realizada pelo diácono e Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se primeiro mártir cristão, Estevão. a uma capacitação divina sobrenatu­ O livro de Atos conta-nos que os ral para tomada de decisões sábias sábios da sinagoga, cham ada dos e em circunstâncias extremas e difí­ Libertos, “ não podiam resistir à ceis. De acordo com Estêvam Ângelo sabedoria e ao Espírito com que de Souza, “a palavra da sabedoria falava” (At 6.9,1 0). é a sabedoria de Deus, ou, mais 3. Uma liderança sáb ia . A especificamente, um fragmento da palavra de sabedoria é de grande sabedoria divina, que nos é dada por valor na tarefa do aconselhamento meios sobrenaturais”. pessoai e em situações que deman-

IN TR O D U Ç Ã O

C LA S SIFIC A Ç Ã O G ER A L DOS DONS - 1 Co 12 DONS DE R EV ELA Ç Ã O

DONS D E PODER

DONS D E ELO C U Ç Ã O

Palavra da sabedoria

Profecia

Palavra do conhecimento

Curar

Variedade de línguas

Discernimento de espíritos

Operação de milagres

Interpretação de línguas

J

Extraído de N os D o m ín io s do E s p írito , CPAD p. 131.

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dam uma orientação no exercício do ministério pastoral Entretanto, tenhamos cuidado para não confun­ dir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal, Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conse­ lho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!

| mulher de Caim, etc. isto é mera 1 curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazêj -la. A manifestação sobrenatural j deste dom tem a finalidade de pre­ servar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.

3. E x e m p lo s b íb lic o s da p a la vra da ciên cia. Ao profeta

Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exér­ A sabedoria a que se refere cito de Israel, surpreendendo-o 1 Coríntíos 12.8 não é a humana, em determinado lugar, o profeta adquirida mediante os livros ou alertou o rei de Israel sobre os pla­ nas universidades, mas sim uma nos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro capacidade sobrenatural, divina, para tomar decisões sábias em cir­ j exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodocunstâncias extremante difíceis. nosor, quando Deus descortinou I a história dos grandes impérios RESPONDA mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 177, De acordo com a lição, defina 19). Em o Novo Testamento, esse sabedoria. dom foi manifesto quando o após­ 2. C ite dois exem plos de sab e­ tolo Pedro desmascarou a mentira d o ria vin d a de Deus no A n tigo de Ananias e Safira (At 5.1-1 1). O Testam ento. dom da palavra da ciência não é II - PALAVRA DA CIÊNCIA adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da 1- O que é? Este dom muito parte de Deus. se relaciona ao ensino das ver­ dades da Palavra de Deus, fruto SINOPSE DO TÓ P IC O (2 ) do resultado da ilum inação do Espírito acerca das revelações ■ O dom da palavra da ciência dos mistérios de Deus conforme não é para servir a propósitos tri­ aborda Stanley Norton, em sua viais. A manifestação sobrenatural Teologia Sistem ática (CPAD). Este deste dom tem a finalidade de pre­ dom também se relaciona à ca­ servar a vida da igreja, livrando-a pacidade sobrenatural concedida de qualquer engano ou artimanha pelo Espírito Santo ao crente para do maligno. este conhecer fatos e circunstân1 cias ocultas. RESPONDA 2. Sua fu n çã o . O dom da 1 palavra da ciência não visa servir a I 3. O que é o dom da p a la vra da ciên cia? * propósitos triviais, como o de des4. Q u al é a função do dom da ú cobrir o significado dos tecidos do H Ja b e rn á cu lo ou a identidade da 1 p a la vra da ciên cia? rnsamambs — i i a — ...........

SINOPSE DO TÓ P IC O (1 )

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III - D ISC ER N IM E N TO DOS ESPÍRITOS 1. O dom de d is c e r n ir o s e s p ír it o s . É uma cap acid ad e sobrenatural dada por Deus ao crente para d isce rn ir a origem e a natureza das m anifestações e s p ir itu a is . De a c o rd o com o term o grego d ia k risis , a palavra discernir significa “ju lg ar através de”; “distinguir”. Ela denota o sen­ tido de “se penetrar da superfície, desm ascarando e descobrindo a ve rd a d e ira fonte dos m o tivo s” . Stan ley Horton afirm a que este dom “ e n v o lv e um a p e rce p çã o capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação á proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos m alignos” (cf. 1 Jo 4 .1 ).

2. A s fo n te s d a s m a n ife s­ ta ç õ e s e s p ir it u a is . Ao longo das Escrituras podemos destacar três origens das m anifestações esp iritu ais no m undo: Deus, o homem e o Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual da co n g re g a çã o . Seg u n d o nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o “discernimento de espíritos não é habilidade para descobriras faltas alheias”. O dom não é uma permis­ são para julgar a vida dos outros.

3. D is c e r n in d o a s m a n i­ fe sta ç õ e s e s p iritu a is . A Palavra de Deus nos ensina que os espí­ ritos devem ser provados (1 Jo

4,1). Toda palavra que ouvim os em nome de Deus deve passar peio crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesu s nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele en­ sinou-nos que os falsos profetas são conhecidos peios “frutos que I: produzem ”, isto é, pelo caráter (M t 7.15-20). Je s u s co n h ece o segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a ve rd a d e ira m o tivação daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do “espírito do antricristo” que já opera neste mundo (1 Jo 4.3).

SINOPSE DO T Ó P IC O (3 ) O dom de d is c e r n im e n to dos espíritos é uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para d isce rn ir a origem e a natureza das m anifestações espirituais.

RESPONDA 5. Segundo a lição, defina o dom de discernim ento dos espíritos.

CO NCLUSÃO A Igreja de Jesu s necessita dos dons de revelação para discer­ nir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos e as m anifestações m a­ lignas podem ser desm ascarados pelo dom do discernim ento dos esp írito s. Que Deus co n ced a à sua igreja dons de revelação para não cairmos nas astutas ciladas do Maligno.

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AU XÍLIO BIBLIOGRÁFICO I Subsídio T eo ló g ico “ Uma P alavra de Sab ed o ria Trata-se de uma palavra (uma proclam ação, uma declaração) de sabedoria dada para satisfazer a necessidade de alguma ocasião [...]. Não depende da capacidade humana nem da sabedoria natural, pois é uma revelação do conselho divino. M ediante esse dom, a percepção sobrenatural, tanto da necessidade como da Palavra de Deus, traz a aplicação prática daquela Palavra [...] ao problema do momento. Porque é uma p a la v ra de sabedoria, fica claro que é concedida apenas o su ficien te para aq u ela n e ce ssid a d e . Este dom não nos en altece para um novo nível de sabedoria, nem nos torna im possi­ bilitados de cometer enganos. [...]. Às vezes, este dom transmite uma palavra de sabedoria para orientar a Igreja, assim como em Atos 6*24; 15.13-21. É possível, tam bém , que cum pra a promessa dada por Jesus, que daria ‘boca de sabedoria a quem não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem ’ (Lc 21.15). A prova de que Jesu s falava em um dom so­ brenatural (a palavra de sabedoria) é com provada, quando proibiu a prem editação do que diriam nas sinagogas ou diante dos tribunais (Lc 21.13,14). Isso certam ente foi cum prido pelos ap ó sto lo s e por Estêvão (At 8.4-14,19-21, 6,9,10)” (HORTON, Stanley M. A D o utrina

do E s p írito Santo no A n tig o e Novo T estam en to . 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.294).

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos D o m ín io s do E s p írito . 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. HORTON, Stanley M. A D outrina

do E sp írito Santo no A ntigo e Novo T estam en to . 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 2.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.37. RESPOSTAS DOS EX ER C ÍC IO S 1. Discernimento inspirado nas coi­ sas sobrenaturais e humanas. 2. José e Salomão. 3. Este dom se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus. 4 . Preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artima­ nha do Maligno. 5. É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para dis­ cernir a origem e a natureza das manifestações espirituais.


A U X ILIO B IB LIO G R Á FIC O II Subsídio T e o ló g ico ‘D isce rn im e n to de e s p ír it o s A expressão inteira, no grego, apresenta-se no plural. Este fato indica uma variedade de maneiras na m anifestação desse dom. Por ser m encionado im ediatam ente após a profecia, muitos estudiosos o entendem com o um dom paralelo responsável por ‘ju lg a r’ as profecias (1 Co 14.29). Envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos (cf. 1 Jo 4.1). O discernim ento nos permite pregar a Palavra de Deus e todos os demais dons para liberar o cam po à proclam ação plena do Evangelho" (HORTON, Stanley M. T e o lo g ia S iste m á tic a : Um a p ersp ectiva pentecostal. l.e d . Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.475).

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Lição 4 2 7 de A b ri! de 2013

Dons

de

Poder T E X T O Á U R EO

“A m inha p alavra e a m inha pregação não consistiram em p alavras persuasivas de sabedoria hum ana, m as em demons­ tração do Espírito e de poder, p ara que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, m as no poder de Deus”

(1 Co 2.4,5). V ER D A D E PRATICA Os dons de poder são capacitações especiais em situações que dem an­ dam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.

,

HiNOS SUGERIDOS 5, 30 107

L E IT U R A DIÁRIA Segunda - Rm 1.16 O evangelho de poder

T e rça - Rm 1 5-19 Sinais e prodígios

Q u arta - 2 Co 4 .7 A excelência do poder de Deus

Q u in ta - 2 Co 1 3.4 O poder de Deus em nós

Sexta - 1 Co 14.12 Edificando a igreja mediante os dons

Sábado - 1 Co 2 .4 Demonstração de poder divino 26

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LEITU RA BÍBLICA EM CLASSE 1 C o rín tio s 12-4,9-11 4 -O ra, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. 9 - e a outro, pelo mesmo Espí­ rito, a fé; e a outro, pelo m es­ mo Esp írito , os dons de cu ra r; 10 - e a outro, a operação de m aravilhas; e a outro, a pro­ fecia; e a outro, o dom de dis­ cern ir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo Es­ pírito opera todas essas coisas, repartindo p articularm ente a cada um como quer.

IN TER A ÇÃ O Prezado professor, na lição de hoje estudarem os os dons de poder, AquEle que concede os dons é im utável e de­ seja que a sua Ig reja continue a m ani­ fe sta r o Evangelho com poder e graça. Todavia , sabem os que o Todo-Poderoso distribu i os dons de poder quando os seus servos tem como prioridade se rvir ao próxim o. Sua prioridade tem sido se rvir a Deus e ao próxim o? Segundo Stan ley Norton à m edida que form os ativos em alcan çar o mundo, tornam o -nos vasos que podem ser usados pelo Senhor. Busque com zelo os dons de poder, pois eles são indispensáveis a

O B JE T IV O S

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Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

C o m p re e n d e r o que significa o dom da fé.

A n a lisa r biblicam ente os dons de curar.

Sab er a respeito do dom de mara­ vilhas. O R IE N T A Ç Ã O P E D A G Ó G IC A Professor, para introduzir a lição, indague: “O que é fé?” “Que diferença há entre fé salvífica e o dom da fé?” Faça as perguntas diretamente aos alunos, individualmente. O objetivo é avaliar o conhecimento dos alunos a respeito do tema. Depois de ouví-los escreva no quadro o esquema abaixo e discuta-o com a turma. Fé = “Firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem ” (Hb 11.1). Fé sa lv ífica = "Proveniente da procla­ mação do Evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como Salvador”. Dom da fé = “Capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à vida natural” .

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a "galeria dos heróis da fé”, que Deus é poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em IN T R O D U Ç Ã O Deus, fundam ental para as ope­ O ministério terreno de Jesu s rações divinas entre os homens. I foi m arcado por inúm eros mila2. A fé com o dom- É distinta I gres, principalm ente curas. A his- daquela que recebemos por ocasião I tória eclesiástica com prova que a da nossa conversão: a fé salvífica I Igreja do primeiro século tam bém (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualm ente, I operou m aravilhas no ^ se distingue da fé evi­ I poder do Espírito SanPALAVRA-CHAVE denciada como fruto do I to. Entre os prim eiros Espírito (Cl 5.22). O dom I cristãos sobejavam os D o n s d e p o d er: da fé é a capacidade que Fé, m a ra vilh a s e I dons de poder. SeJesu s o Espírito Santo conce cu ra. C apacidad es 1 não mudou e os dons ao crente para este rea­ so b ren atu rais | espirituais são para a lizar coisas que tran s­ concedidas pelo Igreja de hoje, por que cendem à esfera natural | atualm ente não vem os Esp írito Santo, da v id a , o b je tiv a n d o ■ias m an ifestaçõ es dos p o r interm édio sempre a edificação da dons de poder em nos­ das quais a Ig re ja igreja. De acordo com o so am biente com mais pode a g ir de form a teólogo Stanley Horton, freq u ên cia? Será falta e x trao rd in ária. esse dom “é uma fé milade conhecim ento a res- K: grosa para uma situação peito do assu n to ? Ou ou oportunidade especial”. será por causa do mau uso que 3, Exem plo bíbBico do dom alguns fazem das dádivas divinas? da fé. Quando guiou o povo de Nesta lição estudaremos a res­ Israel na saída do Egito e se apro­ peito dos dons de poder. Veremos ximou do Mar Vermelho, já na imi­ como eles são necessários à vida nência de ser destruído por Faraó, da igreja1 . Se você deseja recebê-los Moisés disse: “ Não temais; estai e usá-los para a glória do nome do quietos e ved e o livram ento do | Senhor; proporcionando a edifica­ Senhor, que hoje vos fará; porque ção da igreja, busque-os com fé aos egípcios, que hoje vistes, nunca H em oração. mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êx I - O DOM OA F É 1 4.1 3,14). Moisés “viu” pela fé o li­ <1 C o 1 2 *9 ) vramento do Senhor antes de o fato 1. O q u e sig n ific a fé ? Na acontecer. Esta é uma boa amostra £ epístola aos Hebreus lemos que “a bíblica do exercício do dom da fé. ■fé é o firme fundam ento das coiI sas que se esperam e a prova das S IN O P S E D O T Ó P I C O (1 ) I coisas que se não ve e m ” (11.1). O Espírito Santo concede aos I Essa é a definição bíblica sobre a crente o dom da fé para que ele ■ fé, pois m ostra a total confiança possa realizar coisas que tran s­ l e dependência em Deus. Aprencendem à esfera natural, visando ■ dem os com o texto do capítulo à edificação da igreja. 1 1 1 de Hebreus, conhecido como

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RESPONDA

cessários à igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a /. Defina fé segundo Hebreus 11.1. medicina se desenvolve rapidamen­ 2. O que é o dom da fé ? te, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A humanidade pre­ II - DONS DE CURAR cisa compreender a sua limitação e (1 Co 1 2 -9 ) convencer-se da sublime realidade 1. O que são o s dons de de um Deus Todo-Poderoso que, em c u ra r? São recursos de caráter sua misericórdia e amor, concede sobrenatural para atuarem na cura í sabedoria a homens e mulheres de qualquer tipo de enfermidade. para multiplicar o conhecimento Por isso a expressão está no plural. da medicina visando o bem-estar Deus é quem cura! Ele concede os de todos. Quanto aos dons de “dons” segundo o conselho da sua curas, são manifestações de poder vontade, sabedoria e no momento sobrenatural que o Espírito Santo certo. No Antigo Testamento, o colocou à disposição da Igreja de Todo-Poderoso se manifestou ao j Cristo para que a humanidade re­ povo de Israel como “Jeová Rafá” conheça que Deus tem o poder de — O Senhor que sara (Êx 15.26; SI sanar todas as doenças. 103.3). A concessão desses dons à Igreja deve-se à necessidade de o SINOPSE DO T Ó P IC O (2 ) Evangelho ser anunciado como uma E x is te um a v a r ie d a d e de mensagem poderosa ao não crente, manifestações do dom de curas. que outrora não tinha fé, mas que Sua concessão à igreja deve-se ao agora passou a crer no Evangelho, fato de que Deus quer dar saúde arrependendo-se dos seus pecados a seu povo. (Mc 16.1 7,1 8; At 3.1 1-26; 4.23-31).

2. A redenção e a s cu ra s, Apesar de o crente ser redimido pelo Senhor através da obra expia­ tória efetuada por Jesus na cruz do Calvário, ele (o crente) ainda aguar­ da a redenção do seu próprio corpo. Quando o apóstolo Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do pecado da humanida­ de, escreveu que “não só ela, mas nós mesmos, que temos as primí­ cias do Espírito, também gememos j em nós mesmos, esperando a ado- I ção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.2 3). Enquanto não recebermos o novo corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.

3. A n e c e ssid a d e d e s s e s d o n s. Os dons de curar são ne­

RESPONDA 3. O que são dons de c u ra r?

§IÍ - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 1 2 .1 0 ) 1. O dom de o p eração de m a r a v ilh a s . Este dom realiza | obras ex trao rd in árias além do poder humano. O dom de opera­ ção de maravilhas altera a ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.

2. E x e m p lo s b íb lic o s . O ministério terreno dejesus foi mar­ cado por operações de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atesL iç õ e s B íb l ic a s

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■ tou por muitas vezes o seu poder curado. Nem podemos imaginar I sobre a natureza criada para sua j que porque aconteceu o milagre Iglória (Jo 1-3). Podemos destacar aquela vez, sempre haverá outros I outros exemplos de operação de milagres. Que o Altíssimo tenha I maravilhas no ministério de Jesus: misericórdia e proteja-nos dessa I a ressurreição do filho da viúva de | pretensão! Quem opera os sinais I Naim (Lc 7.11 -1 7); a ressurreição da e as maravilhas é o Senhor, não I filha deJairo (Mc 5.21-43); aressuro homem. Toda ação decorrente I reição de Lázaro, morto havia qua- dos dons vem do Espírito Santo I tro dias Oo 11.1-45). Nosso Senhor e, por isso, não podemos agendar I tem todo o poder sobre a morte, dias nem marcar horários para sua I pois para Ele “nada é impossível” operação. Façamos a obra de Deus I (Lc 1.37). Nosso Deus não mudou. com honestidade e decência! I OPai Celestial deu dons a sua igreja I a fim de que ela atue no mundo SINOPSE DO TÓ P IC O (3 ) I moderno com poder e graça. O cristão não tem autorização 3, D isto rçõ es no uso d o s divina para “determinar”, “decretar” I d o n s de cu ra r e de operação ou “exigir” a cura dos enfermos. I d e m a r a v ilh a s . O cristão não 1 tem autorização divina para “deRESPONDA terminar”, “decretar” ou “exigir” a | cura dos enfermos. A nossa relação 4. O que faz o dom de m aravilh as? * com Deus não se dá em forma de 5. Cite três exemplos de operação de barganha. Quem somos nós para m aravilhas no m inistério de Jesu s. j;j exigir de Deus alguma coisa? So­ CONCLUSÃO mos seres humanos limitados! Se não fosse a graça e a misericórdia j Deus pode conceder a seus de Deus, o que seria de nós? Como | servos o dom da fé, dons de curar discípulos de Cristo, devemos rogar e o de operação de milagres, mas ao Pai, buscando-o de todo o nosso 1 sempre de acordo com a sua von­ coração para curar os doentes, pois tade e graça. Lembre-se de que os a Palavra de Deus recomenda que dons de poder contribuem para oremos pelos enfermos (Tg 5.14). legitimar a pregação do Evange­ A oração do justo pode muito em lho. Infelizmente, há pessoas que seus efeitos (Tg 5.1 6), e independe querem utilizar essas dádivas para de se ter o dom ou não. Jesus nos obterem lucros financeiros e enri­ ensinou que em seu nome devería­ quecimento pessoal. Isto envergo­ mos impor as mãos sobre os enfer­ nha o nome de Jesus e mancha a mos para que eles sejam curados i idoneidade da Igreja na sociedade. (Mc 16.1 8). Nossa responsabilidade Quem procede desta forma está é orar pedindo a cura. Quem sara suscetível ao juízo de Deus, que o enfermo, de acordo com a sua j virá no tempo próprio. Que nós, a soberana vontade, é Deus. Igreja, o povo do Senhor, façamos O crente que impõe as mãos uso dos dons de poder para propa­ sobre o enferm o não pode ser gar o Evangelho de nosso Senhor e tratado como um ídolo na igreja, glorificar o nome do Pai no poder principalmente se o enfermo for \ do Espírito Santo!

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AU XÍLIO BIBLIOGRÁFICO I B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A SOUZA, Estêvam Ângelo de, Nos D o m ín io s do E sp írito . 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. HORTON, Stanley M. A D outri­

Subsídio T eo ló g ico “ D ife re n ça en tre dom de fé e a o p e ração de m ila g re s

A operação do dom de fé tem algo de semelhante ao dom de ope­ na do E sp írito Santo no A nti­ ração de milagres, mas esses dons go e Novo Testam ento. 12.ed. se distinguem pelo fato de o dom de fé operar sem que, às vezes, Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 12. seja visto seu efeito instantâneo, enquanto a operação de milagres tem efeito imediato. SAIBA MAIS Q uando Je su s se aproxim ou Revista Ensinador Cristão da figueira sem fruto, disse: ‘Nunca CPAD, n ° 58, p.38. mais coma alguém fruto de ti. E seus discípulos ouviram isto5 (Mc 11.14). RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S Os discípulos simplesmente ouviram 1. "A fé é o firme fundamento das as palavras de Jesus, Parecia que coisas que se esperam e a prova das nada havia acontecido. Entretanto, coisas que se não veem ” (Hb 11.1). ‘passando eles pela manhã, viram 2. É a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este que a figueira secara desde a raiz’ (Mc realizar coisas que transcendem à 11.20). Enquanto o dom de operação esfera natural da vida. de milagres tem ação instantânea, 3. Recursos de caráter sobrenatural o dom de fé opera com os mesmos para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. resultados, embora não seja de modo 4* A operação de maravilhas realiza tão espetacular. De certa maneira a obras extraordinárias que o ser hu­ fé sobrenatural é acessível a quase mano jamais poderia fazer. todos os crentes na igreja, e pela fé 5. A ressurreição do filho da viúva de Naim, a ressurreição da filha de Jairo tudo podemos conseguir, pois ‘tudo e a ressurreição de Lázaro. é possível ao que crê"' (SOUZA, Estê­ vam Ângelo de. Nos D om ínios do Esp írito . 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, v 1987, p.l 85).

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio T eo ló g ico “ D ons de C u ra s No grego, as palavras dons e curas estão no plural. Alguns enten­ dem que isso significa que há uma variedade de formas desse dom. Entre os que pensam assim, há quem entenda que certas pessoas têm um dom de curar um tipo de doença ou enfermidade, ao passo que outros curam outro tipo. Filipe, por exemplo, foi especialm ente usado para curar os paralíticos e os coxos (At 8.7). Outros, ainda, entendem que Deus dá a uma pessoa um dom na form a de um suprimento de curas numa ocasião específica, ao passo que outro suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa, mas provavelm ente no ministério do evangelista. Ainda outros entendem que toda cura é um dom especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade. Logo, segundo esse ponto de vista, o Espírito Santo não torna os homens curadores. Pelo contrário, Ele providencia um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela surge na Igreja. Por exemplo, a virtu ­ de (poder) que flui para dentro do corpo da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela um gracioso dom de cura (Mt 9.20-22). Atos 3.6 diz, literalmente: ‘O que tenho, isso te dou’. Isso está no singular e indica um dom específico dado a Pedro para este dar ao coxo. Não parece significar que tinha um reservatório de dons de curas dentro de si, mas um novo dom para cada enfermo a quem m inistrava” (HORTON, Stanley M. A D o u trin a do E sp írito Santo no A ntig o e Novo T estam en to . 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.297).

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D ons

de

Elo c u ç ã o T E X T O Á U R EO “Se alguém falar, faie segundo as palavras de Deus; se alguém adm inistrar, adm inis­ tre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!” (1 Pe 4.11 )■

V ER D A D E PRÁTICA Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo.

HINOS SU G ERID O S 33, 77, 185 L E I T U R A D iA R I A S e g u n d a - J o 1 7.1 7 A Palavra de Deus é a verdade T e rç a - 1 T m 4 .1 4 Não despreze o dom de Deus Q u a r ta - 1 C o 14.3 Os objetivos do dom de profecia Q u in ta - 1 C o 14.32 Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons S e x ta - 1 Co 14.22-25 Sinais para os fiéis e para os infiéis S á b a d o - 1 C o 12.31 Buscar os dons com zelo

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E 1 Coríntios 12.7,10-12,14.26 32

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IN TERA ÇÃ O

Prezado professor, na lição de hoje estuda­ remos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpreta­ ção. Qual o propósito destes dons? Atual­ mente temos visto muita confusão e falta de I Co ríntios 12 7 - Mas a m anifestação do Es­ sabedoria no uso destes dons, em especial pírito é dada a cada um p ara o o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não seja­ que fo r útil. 10 -e a outro, a operação de m a­ mos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles ravilhas; e a outro, a profecia; e procurassem com zelo os dons espirituais e a outro, o dom de discernir os em especial o dom de profecia, pois aquele espíritos; e a outro, a variedade que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, de línguas; e a outro, a interpre­ ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor tação das línguas. conceda a você e aos seus alunos os dons de I I - Mas um só e o mesmo Es­ profecia, de faiar em línguas estranhas e o pírito opera todas essas coisas, de interpretá-las. repartind o p articu larm en te a cada um como quer. O B JE T IV O S p 12 - Porque, assim como o corpo '% é um e tem muitos membros, e Após esta aula, o aluno deverá estar s todos os membros, sendo m ui­ apto a: tos, são um só corpo, assim é Cristo também. A n a lis a r biblicam ente o dom de profecia. 1 C o r ín tio s 14 26 - Que fareis, pois, irm ãos? Com preender o dom de variedade Quando vos aju n tais, cada um de línguas. de vós tem salm o, tem doutrina, V alo rizar o dom de interpretação de tem revelação, tem língua, tem línguas. in te rp re ta ç ã o . Faça-se tudo para edificação. 27 - E, se alguém fa la r língua O R IE N T A Ç Ã O P E D A G Ó G IC A estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua Professor, para introduzir o primeiro tópi­ vez, e haja intérprete. co da íição, faça as seguintes indagações: 28 - Mas, se não houver intér­ “O que é ser profeta?" “Qual é a função do profeta?" Depois de ouvir os alunos, ex­ prete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. plique que o profeta é aquele que fala em 29 - E falem dois ou três profe­ lugar de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja tas, e os outros julguem . seja edificada, exortada e consolada. A 30 - Mas, se a outro, que estiver Palavra de Deus nos exorta a não despre­ assentado, fo r revelada algum a zarmos as profecias, todavia precisamos coisa, cale-se o prim eiro. examiná-las com sabedoria, de acordo 31 - Porque todos podereis pro­ com a Palavra de Deus, pois muitos falsos fetizar, uns depois dos outros, profetas têm se levantado atualmente. p a ra que todos aprendam e Leia, juntamente com os alunos 1 Tessatodos sejam consolados. ionicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja 32 - E os espíritos dos profetas não pode deixar de julgar as profecias e ^ discernir os espíritos.__________ estão sujeitos aos profetas.

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das falsas profecias. Apesar d e i exortar-nos a não desprezar ou su fo c a r as p rofecias na ig reja IN TRO D U ÇÃ O local (1 Ts 5.20), as Escrituras O estudo da lição desta se­ orientam-nos a que exam inem os m ana concentrar-se-á nos três “tudo", ju lg an d o e discernindo, dons classificados com o os de pelo Espírito, o que está por trás elocução: profecia, variedade de das m ensagens. Toda profecia línguas e interpretação das lín­ espontânea deve ser ju lg ad a (1 Co 14.29-33). guas. Os propósitos destes dons especiais são os de edi­ 2. A r e le v â n c ia ficar, exortar e consolar PALAVRA-CHAVE do dom de p ro fe cia . a Ig re ja de C ris to (1 O dom de p rofecia é Elo cu ção : Co 14.3). Isso porque tão im portante para a Ação ou efeito os dons de e lo c u ç ã o Igreja de Cristo que o de en u n ciar o são m anifestações so­ a p ó s to lo Paulo e x o r­ pensam ento por brenaturais vindas de tou a sua busca (1 Co p alavras. Deus, e não podem ser 14.1). Não o b stan te, utilizadas na igreja de ele ig u a lm e n te re c o ­ forma incorreta. Assim, devem os m endou que o exercício desse estudar estes dons com diligência, dom fosse observado pela ordem reverência e tem or de Deus, para e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam não sermos enganados pelas fal­ sas manifestações. ju lg ar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas I - D O M D E P R O F E C IA procedem (1 Co 14.29), pois elas (1 C o 1 2 . 1 0 ) possuem três fontes d istin tas: 1. O que é o dom de p roDeus, ­ o homem ou o Diabo. De­ f e c ia ? De acordo com S tan ley vem os nos cuidar, pois a Bíblia, Horton, o dom de profecia rela­ tanto no Antigo quanto no Novo tado por Paulo em 1 Coríntios 14 T estam ento, m ostra ações dos refere-se a mensagens espontâ­ falsos profetas. O Senhor Jesu s neas, inspiradas pelo Espírito, em nos alertou: “Acautelai-vos, po­ uma língua conhecida para quem rém, dos falsos profetas, que vêm fala e tam bém para quem ouve, até vós vestidos com o ovelhas, objetivando edificar, exortar ou mas interiorm ente são lobos de­ co n so lar a pessoa d e stin atária vo rad o res” (Mt 7.1 5). Vigiem os! da m e n sa g e m . P ro fe tiz a r não 3. P ro p ó sito s d a p ro fe cia. é d e s e ja r um a b ê n ção a um a A profecia contribui para a ed i­ pessoa, pois essa não é a finali­ ficação do crente. Porém, ainda dade da profecia. Infelizm ente, existe muita confusão a respeito por falta de ensino da Palavra do uso dos dons de elocução, e de Deus nas igrejas, aparecem em especial ao de profecia e sua várias aberrações concernentes fu n ção . Há líderes p e rm itin d o ao uso incorreto deste dom. Não que as igrejas que lideram sejam poucos crentes e igrejas locais guiadas por supostos profetas. sofrem com as co n se q u ê n cia s A Igreja de Jesu s Cristo deve ser L iç õ e s B í b l i c a s

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| conduzida segundo as Escrituras, dom de variedades de línguas é pois esta é a inerrante Palavra j tão importante para a igreja quan­ de Deus- A Bíblia Sagrada, a Pro­ to os demais apresentados em 1 fecia por excelência, deve ser o Coríntios 12. 2 . Q u a l é a f i n a l id a d e manual do líder cristão. Outros líderes, tam bém erroneam ente, j do dom de v a rie d a d e de lín ­ g u a s ? O prim eiro propósito é a não tomam decisão algum a sem antes consultar um “ profeta” ou edificação da vid a espiritual do uma “profetisa”. Estes profetizam crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edi­ aquilo que as pessoas querem ficam ou exortam a igreja. Elas ouvir e não o que o Senhor re­ alm en te quer falar. Todavia, a são para a d e vo ção esp iritu a l do crente que recebe este dom. Palavra de Deus alerta-nos a que À m edida que o servo de Deus não ouçam os a tais falsários (Jr 23.9-22). fa la em lín g u as e stran h as vai sendo tam bém edificado, pois S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) o Espírito Santo o toca e renova diretam ente (1 Co 14.2). O propósito do dom de pro3. A tu a lid a d e do dom . É I fecia é edificar, exortar e consolar preciso deixar claro que a varieda­ i a Igreja (1 Co 14.3). de de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. RESPO N D A O Senhor continua abençoando os 1. Q u ais são os p ro p ó sito s da crentes com este dom e cremos p ro fecia? que assim o fará até a sua vinda. 2. Q uais são as três fontes de onde No Dia de Pentecostes, todos os podem proceder as p ro fecias? cre n te s re u n id o s no ce n á cu lo foram batizados com o Espírito 11 - V A R IE D A D E D E L ÍN ­ Santo e falaram noutras línguas G U A S (1 C o 1 2 . 1 0 ) pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É 1. O que é o dom de v a rieum ­ dom tão útil à vida pessoal d a d e s de lín g u a s ? De acordo do crente em nossos dias quanto com o teólogo pentecostal Thoo foi nos dias da igreja primitiva. mas Hoover, o dom de línguas é “a habilidade de falar uma língua S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) que o próprio falante não enten­ O dom de línguas é tão im­ de, para fins de louvor, oração ou po rtan te para a igreja quanto transm issão de uma mensagem os dem ais ap resen tad os em 1 divina” . Segundo Stanley Horton, Coríntios 12. “alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes RESPO N D A dons são os de menor im portân­ cia” . Ele acrescenta que tal “con­ 3. Seg u n d o o teólogo Thom as H oover, o que é o dom de lín ­ clusão é insustentável” , pois as “cinco listas de dons encontradas g u as? no Novo Testamento colocam os 4. Q ual é a fin alid ad e p rin cip a l do dom de variedade de lín g u as? dons em ordens d iferen tes” . O

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III - IN T E R P R E T A Ç Ã O D E L ÍN G U A S (1 C o 1 2 . 1 0 ) 1. D efin ição do dom . Thomas Hoover ensina que a inter­ pretação das línguas é “a habi­ lidade de interpretar, no próprio ve rn á cu lo , aq u ilo que foi pro­ nunciado em línguas” . Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons e s p iritu a is, por isso, Paulo os advertiu dizendo: “ E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, e s te ja ca la d o na ig re ja e fale consigo mesm o e com Deus” (1 Co 14.27,28).

disse que “não haverá interpre­ tação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom ” .

S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 ) O dom de interpretação de línguas é imprescídivel para que todos sejam edificados.

RESPO N D A 5. D efina, de acordo com a lição, o dom de in terp retação de lín g u as.

CO N CLU SÃ O

Ainda que haja muitas pes­ soas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo 2. Há d ife re n ça en tre dom com o Espírito Santo e dos dons de in te rp re ta ç ã o e o de p ro fe ­ espirituais — os cham ados “cesc ia ? Embora haja sem elhança são s a c io n is ta s ” — Deus c o n tin u a dons distintos. O dom de inter­ abençoando os crentes com suas pretação de línguas necessita de dádivas. Portanto, não podemos outra pessoa, também capacitada desprezar o dom de profecia, o pelo Espírito Santo, para que in­ de falar em línguas estranhas e o terprete a m ensagem e a igreja de interpretá-las. Porém, façamos seja edificada. Do contrário, os tudo conforme a Bíblia: com sac re n te s fic a rã o sem e n te n d e r ! bedoria, decência e ordem (1 Co nada. Já no caso da profecia não 14.39,40). Agindo dessa forma, existe a necessidade de um intér­ Deus usará os seus filhos para que prete. Estêvam Ângelo de Souza sejam portadores das manifestadefiniu bem essa questão quando I ções gloriosas dos céus.

“E, se alguém fa la r língua estranha , faça-se isso por dois ou, quando muito , três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus ” 1 Coríntios 14.27,28

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I " 1 Subsídio Teo ló g ico “ Paulo era grato a Deus por fa­ lar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítim a de sua adoração (1 Co 14.26). Paulo lhes adverte para que ce sse m de p ro ib ir o fa la r em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão cau­ sada pelo uso e x a g e ra d o das línguas. Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bên­ ção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: ‘Há problemas envolvidos no falar em línguas; vam os evitá-las, portanto’. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de im pedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons” (HORTON, Stanley M. A D o u trin a

do E s p írito Santo no A n tig o e Novo T estam en to . 1 2 .ed .R io d e Janeiro: CPAD, 2012, p.242).

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B IB LIO G R A FIA S U G ER ID A BEVERE, Jo h n . A s s im D iz o S e n h o r? Como sab er quando Deus está falan d o a tra vé s de o u tra pessoa, l.e d . Rio de J a ­ neiro: CPAD, 2006. HORTON, Stanley M. A D outri­

na do E sp írito Santo no A nti­ go e Novo Testam ento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 2.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n ° 58, p.38.

RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S 1. Exortar, consolar e edificar. 2= Deus, o homem ou o Diabo. 3- “ É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem

divina”. 4. É a edificação da vida espiritual do crente. 5. “É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”.


A U XÍLIO BIBLIO G R Á FICO II S u b síd io Teológico “Natureza Ericarnacional dos Dons Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovem os o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Sem elhantem ente, 1 Coríntios 12.1-3 nos adverte a não per­ dermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tom ar a atitude correta e manter a unidade do Espírito. Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau, uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião era comum no pensam ento grego. Paulo conclam a os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço” (HORTON, Stanley (Ed.). T eo lo g ia S iste m á tica : Um a Persp ectiva Pentecostai. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).

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Lição 6 7 1 de Maio de 2014

O M in is t é r io de A pó sto lo

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E E fé s io s 4-7-16

______________ IN TERA ÇÃ O

_________

Prezado professor, já estudam os nas lições anteriores os dons espirituais de poder, de elocução e de revelação. A 7 - M as a g ra ça fo i dada a p artir da lição desta sem ana você terá cad a um de nós segundo a a oportunidade ím par de estudar e ensi­ m edida do dom de C risto . nar a respeito dos dons m inisteriais. Es­ 8 * Pelo que diz: Subindo ao alto , tes dons se encontram relacionados em levou cativo o cativeiro e deu Efésios 4.11. Estas dádivas divinas são igualm ente im portantes e necessárias dons aos homens. para que a igreja cum pra a sua missão 9 - O ra, isto — ele subiu — que é, senão que tam bém , antes , neste mundo e os crentes cresçam "na tinha descido às p artes m ais graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesu s C risto” (2 Pe 3.18). baixas da te rra ? Sabemos que o m inistério apostólico, 10 -Aquele que desceu é tam ­ segundo os moldes do colégio dos doze, bém o mesmo que subiu acim a não existe mais, todavia o dom m inis­ de todos os céus, p ara cum prir terial descrito em Efésios 4.11 continua todas as coisas. em plena vigência. Por isso, precisam os 11 - Eele mesmo deu uns p ara o rar para que Deus levante apóstolos a apóstolos, e outros p ara p ro ­ fim de que o Evangelho seja pregado a fetas, e outros p ara evange­ todas as nações. listas, e outros p ara pastores e doutores, O B JE T IV O S 12 - querendo o ap erfeiço a­ Após esta aula, o aluno deverá estar mento dos santos, p ara a obra apto a: do m inistério, p ara edificação do corpo de C risto, A n a lis a r bib licam en te o colégio 13- até que todos cheguem os apostólico. à unidade da fé e ao conhe­ D e sc re v e r o ministério apostólico cim ento do Filho de Deus, a de Paulo. varão p erfeito, à m edida da estatu ra com pleta de C risto , C o n s c ie n t iz a r - s e a resp eito da 1 4 - p a ra que não sejam os apostolicidade atual. m ais m eninos in co n stan tes, ' \ levados em roda por todo ven­ O R IE N T A Ç Ã O P E D A G Ó G IC A to de d o u trin a, pelo engano Professor, para introduzir a lição dos hom ens que, com astú cia, de forma dinâmica, faça a seguinte enganam fraudulosam ente. indagação: “Quais são os dons minis­ IS - Antes, seguindo a verdade teriais?” Ouça os alunos com atenção em am or, cresçam os em tudo e em seguida leia a relação descrita em Efésios 4.1 1, Depois, utilizando o naquele que é a cabeça, Cristo. quadro da página seguinte, explique a 16 -do qual todo o corpo, bem respeito do termo apóstolo e faça um ajustad o e ligado pelo auxílio pequeno resumo a respeito deste dom. de todas as ju n ta s, segundo a Enfatize que Deus continua levantando ju s ta operação de cada parte, apóstolos em nosso tempo. Conclua faz o aum ento do corpo, p ara orando para que o Senhor distribua sua edificação em am or. este dom entre os seus alunos.

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origina-se do verbo apostellein, que significa “enviar”, "remeter". A p a la v ra a p ó sto lo , p o rtan to , INTRODUÇÃO significa “aquele que é enviado”, A partir da lição desta sem a­ “m ensageiro ”, “oficialm ente co ­ na estudaremos os Dons M iniste­ missionado por Cristo”. Ao longo ria is distribuídos por Deus à sua do Novo Testamento, o verdadeiro Igreja, objetivando desen volver apó stolo é en viad o por Cristo o caráter cristão da comunidade igualmente como o Filho foi en­ dos santos, tornando-o viad o pelo Pai com a PALAVRA CHAVE semelhante ao de Cristo missão de salvar o pe­ (Ef 4.13). De acordo com cador com autoridade, A p ó sto lo : as epístolas aos Efésios poder, graça e amor. O Do gr. apostolos, e aos Coríntios, são cin­ verdadeiro apostolado enviado. co os dons ministeriais baseia-se na pessoa e concedidos por Deus à obra de Jesus, o Após­ Igreja^ apóstolos f profetas , evan­ tolo por excelência (Hb 3.1). gelistas, pastores e doutores (1 Co 2. O c o lé g io a p o s tó lic o . 12.27-29). Veremos o quanto esses Entende-se por colégio apostólico ministérios são necessários a v id a o grupo dos doze primeiros dis­ da igreja local para cu m p rir a cípulos de Jesus convidados por missão ordenada pelo Senhor ante Ele a auxiliarem o seu ministério 0 m undo e, sim u ltan e am en te, terreno. O Salvador os separou crescer “na graça e conhecimento e nomeou. Os primeiros escolhi­ de nosso Senhor e Salvador Jesus dos não eram homens perfeitos, Cristo” (2 Pe 3.18). Mostrando a mas foram vocacionados a levar sequência de Efésios 4.11, iniciare­ a m e n sag e m do E v a n g e lh o a mos o estudo peio dom ministerial todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc de apóstolo. 16.15-20). De acordo com Stanley Horton, eles foram habilitados 1 - O C O L É G IO A P O S T Ó L IC O a exercer “o m inistério quando 1. O term o “a p ó sto lo ”. O do estabelecim ento da Igreja (At D icion ário Bíblico W ycliffe infor­ 1.20,25,26)”. Em outras palavras, ma que o termo grego apostolas os doze apóstolos constituíram a

DOM A P O S T Ó LIC O - E fé s io s 4.11 A p ó sto lo

“Aquele que é enviado”.

O v e rd a d e iro ap ó sto lo

Baseia-se na pessoa e obra de Jesus Cristo, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).

O C o lég io A p o stó lico

O grupo dos doze primeiros discípulos enviados por Jesus.

O s a p ó sto lo s a tu a is

Missionários enviados pela Igreja do Senhor.

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base ministerial para o desenvol- í RESPONDA vim ento e a expansão da Igreja /. Segundo as epístolas aos Efésios no mundo. Mas antes, como nos e aos Coríntios, quantos e quais mostra a Palavra de Deus, rece- j são os dons m in isteriais? beram o batismo com o Espírito 2. De aco rd o com o D icionário Santo (Lc 24,49; At 1.8; 2.1-46). Bíblico W ycliffe, defina o term o 3. A s in g u la r id a d e d o sgrego apostolos, d o ze. Aqui á im portante ressal­ II - O APÓSTOLO PAULO tar que o apostolado dos doze tem uma conotação bem singular 1. Saulo e su a c o n v e rsã o . em relação aos dem ais e n co n ­ Saulo foi um judeu de cidadania trados em Atos e tam bém nas romana, educado “aos pés de Gaepístoias paulinas. m alier, e também um im portante a ) Ele s fo ra m co n vo cad o s mestre do judaísm o (At 22.3,25). pessoalm ente pelo Senhor. Multi­ Ele era intelectual, fariseu e foi dões seguiam Jesus por onde Ele \ perseguidor dos cristãos. Entre­ passava (Mt 4.25), e muitos se tanto, a caminho de Damasco, em tornavam seguidores do Mestre. busca dos cristãos que haviam Mas para iniciar o trab alh o da fugido devido à perseguição em Grande Comissão, apenas doze | Jerusalém , e com carta de autori­ zação para prendê-los, Saulo teve foram convocados pessoalmente uma e x p e riê n cia com o Cristo por Ele (Mt 10.1; Lc 6.13). b) Andaram com Jesu s d u ran­ I ressurreto (At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transform ada a te todo o seu m inistério. Desde o partir desse encontro pessoal com batismo do Senhor até a crucifi­ Jesus. De perseguidor, passou a cação, os doze andaram com o perseguido; de Saulo, o fariseu, Mestre, aprenderam e c o n v iv e ­ ram com Ele (Mc 6.7; Jo 6.66-71; . a Paulo, o apóstolo dos gentios. 2. Um hom em p rep arad o At 1.21-23). c) Receberam autorid ad e do j para s e rv ir. Dos vinte sete livros do Novo Testamento, treze foram S e n h o r (Jo 20.21-23). Os doze receberam de Jesus um mandato [ e s c rito s pelo a p ó s to lo Pau lo . Quão grande tratado teológico especial para prosseguirem com encontram os em sua Epístola aos a o bra de eva n g e liz a çã o . Eles Romanos! O seu legado teológico foram revestidos de autoridade foi grandioso para o cristianismo. de Deus para expulsar os d em ô ­ Mas para além da intelectualidade nios, curar os enferm os e pregar teológica, o apóstolo dos gentios o Evangelho à hum anidade (Mc levou um a v id a de so frim en to 16.17,18; cf. At 2.4). por causa da pregação do Cristo ressurreto. Eis a declaração apos­ SINOPSE DO T Ó P IC O (1 ) tó lica que denota tal verd ad e: O verdad eiro apostolado “Combati é o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7). centrado única e exclusivam ente 3- “O m enor d o s a p ó sto ­ em Jesus Cristo, pois Ele é o Após­ lo s”. O apóstolo Pauio não pertolo enviado pelo Paí. L iç õ e s B í b l i c a s

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R EFLEX Ã O "O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e obra de Jesu s, o Apóstolo por excelência (Hb 3 , 1 ) ” Elinado Renovato tencia ao colégio dos doze. Ele não andou com Jesus em seu ministério terreno nem testemunhou a res­ surreição do Senhor — requisitos indispensáveis para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, o apóstolo reconheceu que não merecia ser assim chamado, pois co n sid erava- se um “ a b o r t iv o ”, como que nascido fora de tempo, o menor de todos (1 Co 15.8,9). Entretanto, o Senhor se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinoulhe todas as coisas. O apóstolo recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Cl 1.6-24; 1 Co 11.23). Embora o colégio apostólico tenha reconhecido o apostolado paulino (Cl 2,6-10; 2 Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eram o seio do seu ministério apostólico (1 Co 9.2),

SSNOPSE D O T Ó P IC O (2) Paulo viu o Cristo ressur­ reto. Esta era a sua credencial apostólica.

R E SP O N D A 3. Q ual era a cid ad an ia do após­ tolo Pau lo ?

IiS - A PO STO LSCSD A D E A T U A L (E f 4.11) 1- A in d a há a p ó s t o lo s ? No sentido estrito do termo, e de acordo com a sua singularidade, apóstolos como os doze não mais 44

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existem. A Palavra de Deus diz que durante o milênio, os doze se as­ sentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes também estarão registrados nos doze fundam en­ tos da cidade santa (Ap 21.12-14). Logo, o colégio apostólico foi for­ mado por um grupo limitado de discípulos, não havendo, portanto, uma sucessão apostólica.

2. A póstolos fora dos doze. A carta aos Efésios apresenta a vi­ gência do dom ministerial de após­ tolo. O teólogo Stan ley Horton informa-nos que “o Novo Testamen­ to indica que havia outros apóstolos que também haviam sido dados como dons à Igreja. Entre estes se acham Paulo e Barnabé (At 14.4,14, bem como os parentes de Paulo, Andrônico eJúnia (Rm 16.7)”. Ao longo do Novo Testamento, e no primeiro século da Igreja, o termo apóstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial distribuído à igreja locai (Dicionário Vine).

3. O m in istério ap o stó lico atuai. Não há sucessão apostólica. Esta é uma doutrina formada pela ig re ja ro m ana e, in felizm en te, copiada por algumas evangélicas para justificar a existência do po­ der papal. O ministério dos doze não se repete mais. O que há é o ministério de ca rá te r apostólico. Atualm ente, m issionários en via­ dos para evangelizar povos não alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecido s com o verdadeiros apóstolos de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey (cognominado “pai das missões modernas”), Hudson Taylor, D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg, “irmão André” e tantos outros, em tempos recentes,


foram verdadeiros desbravadores apostólicos. Cidades e até países foram impactados pela instrumentalidade desses servos de Deus.

SINOPSE DO T Ó P IC O (3 ) Segundo Efésios 4.11 o dom m inisterial de apóstolo está em plena vigência na igreja atuai.

RESPONDA 4. De acordo com a lição , ain d a existem apóstolos? 5. Na a tu a lid a d e , quem são os verdad eiros apóstolos?

CONCLUSÃO Nos m oldes do colégio dos doze, o m inistério apostólico não ex iste atu alm e n te . En tre ta n to , o dom m in isterial de ap ó sto lo citado por Paulo em Efésios 4.11 está em plena vigência. Pastores experim entados, evangelistas e m issio n ário s que d e sb ravaram os rincões do nosso país ou em países inim igos do Evan g elh o , são pessoas p o rta d o ra s desse dom m inisterial. São os v e rd a ­ d e iro s a p ó s to lo s da Ig re ja de Cristo hoje.

REFLEXÃO "Atualm ente, m issionários enviados p ara evan g elizar povos nunca alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecidos como verdadeiros apóstolos de C ris to " Elinaldo Renovato

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AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I S u b sid io Teo ló g ico “Jesus é o supremo Sumo Sacer­ dote e Apóstolo (Hb 3.1). A palavra apóstolo era usada, no entanto, para qualquer m ensageiro nom eado e com issionado a algum propósito. Epafrodito foi um mensageiro (após­ tolo) nomeado pela igreja em Filipos e enviado a Paulo (Fp 2.25). Os compa­ nheiros de Paulo eram os mensageiros (apóstolos) enviados peias igrejas e por elas comissionados (2 Co 8.23). Os doze, apenas, eram após­ tolos específicos. Depois de uma noite em oração, Jesus os escolheu do meio de um grupo de discípulos e os chamou apóstolos (Lc 6.13). Pedro recom endou que os doze tinham um ministério e supervisão especiais (At 2. 20,25,26), provavel­ mente tendo em mente a promessa de que eles futuramente julgariam (governariam) as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). Sendo assim, nenhum apóstolo foi escolhido, depois de Matias, para estar entre os doze. Nem foram nomeados substitutos, quando estes foram martirizados. Na Nova Jerusalém há apenas 12 alicerces, com os nomes dos 1 2 apóstolos inscritos neles (Ap 2 1 J 4). Os doze, portanto, eram um grupo limitado, e realizavam uma função especial na pregação, no ensino e no estabelecimento da Igreja, além de testificar da ressurreição de Cristo, com poder. Ninguém mais pode ser um apóstolo no sentido em que eles foram” (HORTON, Stanley M, A Dou­

trin a do E sp írito Santo no Antigo e Novo Testam ento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.287). 46

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BIBLIO GRAFIA SUGERID A HORTON, Stanley M. A D o u tri­

na do E sp írito Santo no A n­ tigo e Novo T estam en to . 12. ed. Rio dejaneíro: CPAD, 201 2. HORTON, Stanley M (Ed). Teo ­ lo g ia S iste m á tica : Um a Pers­ p ectiva Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n°58. p.39.

RESPOSTAS DOS EX ERC ÍC IO S

1. São cinco dons: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. 2. Apostolos origina do verbo aposteliein que diz respeito a “enviar”, “remeter". 3* Ele erajudeu de cidadania romana. 4. Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe mais. Todavia o dom minis­ terial de apóstolo citado em Efésios 4.11 está em plena vigência. 5. Os missionários.


A U X ÍLIO BIBLIO G RÁ FICO II Subsídio Teológico “A P Ó S T O LO Os apóstolos foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente testificaram que Jesus era o Senhor ressurrecto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1-3). Os pré-requisitos para a substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22. A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14-1 6; At 1.13) corresponde à lista dos doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.1 6-1 9. Mateus lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por Jesus. Tadeu (em Mateus e Marcos) era idêntico ajudas o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no episódio da transfiguração (Mt 17.1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Cetsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os companheiros de Jesus e proclamar o Evan­ gelho (Mc 3.14). Durante o ministério de Jesus, os doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada por outros (Lc 10.1). Aparentemente, a posição dos apóstolos não foi fixada perma­ nentemente antes da ressurreição (Mt 19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.1 5-18). O Cristo ressurrecto fez deste grupo seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição, apóstolos e testemunhas permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como missionários, os instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.1 8-20; Mc 16.1 5-1 8; Lc 24.46-48), e completou 0 processo com o envio do Espírito Santo no Pentecostes (Lc 24.49; At 1.1-8; 2.1-1 3). No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensi­ nadores e líderes da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.111.18), Tiago o substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios. Os membros da igreja são sacerdotes, reis, servos de Deus e santos que usam seus dons para a edificação da igreja como um todo (1 Co 12.11 1; 1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.8,1 0; 7.3) e, como os apóstolos, são mediadores de Cristo (Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48) e reinarão com Ele (Ap 3.21). Os apóstolos, porém, através do testemunho de sua palavra, sempre serão a norma e os arautos do fundamento sobre o qual Cristo edifica a sua igreja (Ef 2.20; Ap 18.20; 21.14). Os apóstolos são as primeiras dádivas de Cristo para a sua igreja (Ef 4.11) e os ministros estabelecidos por Deus na igreja (1 Co 12.28,29)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). D icionário Bíblico W ydiffe. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 162).

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Lição 7 78 de Maio de 2014

O M in ist é r io de P r o f e t a T E X T O Á U REO E a uns pôs Deus na igreja, prim eiram en­ te, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” O Co 12.28).

V ERD A D E PRÁTICA O ministério de profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.

L E IT U R A D IÁ R IA Segunda - At 3.22 Jesus - o profeta prometido

T erça - At 11.2 7 Profetas na igreja primitiva

Q uarta - Lc 11.49 Profetas enviados por Deus

Q uinta - 1 Co 14.3 O ministério do profeta

Sexta - 1 T s 5.20 Não despreze as profecias

Sábado - Ap 3.2 2 O Espírito fala às igrejas

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LE IT U R A B ÍBLICA EM C LA SSE

INTERAÇÃO

O m in istério de p ro feta é um dom ■ de Deus p a ra a ig re ja atu al. O proM feta é cham ado p a ra fa ia r segundo o coração do P a i. Nem sem pre sua 1 C o rín tio s 12 m ensagem é aceita. No A ntigo Testa­ 27 - O ra, vós sois o corpo de m ento alguns sofreram perseguições C risto e seus m em bros em te rríve is p o r tra z e r aos isra e lita s a m ensagem d ivina. p articu lar. Em o Novo Testam ento os profetas 28 - E a uns pôs Deus na igre­ não perderam a preem inência. Eles, ja , prim eiram ente, apóstolos, juntam ente com os apóstolos, eram em segundo lugar, p ro fetas, as colunas da Igreja. A tualm ente, te­ em te rc e iro , d o u to re s, de­ mos a B íb lia, a profecia m aior; porém pois, m ilagres, depois, dons o Senhor continua a le va n ta r e a usar de curar, socorros, governos, seus porta-vozes p ara re ve la r a sua variedades de línguas. m ensagem ao seu povo. 29 - Po rve n tu ra, são todos O BJETIV O S apóstolos? São todos profetas? [ São todos doutores? São todos Após a aula, o aluno deverá estar operadores de m ilagres? apto a:

1 Coríntios 12.27-29; Efésio s 4.11-13.

E fé s io s 4 11 - E ele mesmo deu uns p ara apóstolos, e outros p ara p ro ­ fetas, e outros p ara evange­ listas, e outros p ara pastores e doutores,

D e sc re v e r a função do profeta no Antigo Testamento.

Com preender o ofício do profeta em o Novo Testamento.

D is c e r n ir o verd ad eiro do falso

profeta* 12 - querendo o ap erfeiço a­ mento dos santos , p ara a obra ORIEN TAÇÃO PEDAGÓGICA g do m inistério, p ara edificação do corpo de Cristo, Prezado professor, para introduzir o terceiro tópico da lição reproduza na 1 3 - até que todos cheguem os lousa a seguinte afirmação: “De todos à unidade da fé e ao conhe­ os dons espirituais, um dos que mais cim ento do Filho de Deus, a devemos desejar é seguramente o de varão p erfeito , à m edida da discernimento. Nós ouvimos muitas estatu ra com pleta de Cristo. vozes e não podemos seguir todas elas (Gilbert Kirby) [por outro lado] a palavra de Deus ensina que a nossa razão é par­ te da imagem divina na quaf Deus nos criou" {C ristianism o Equilibrado, CPAD, pp.l 2,22). Após a leitura, discuta com os alunos sobre o texto ora lido. Em segui­ da, à luz de Mateus 7.1 5-20, argumente sobre a necessidade de identificarmos a figura do falso profeta e não deixarmos enganar por ele.

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oculto, anunciava juízos, em itia conselhos e advertências divinas. Expressões como “veio a mim a IN TRO D U ÇÃ O palavra do Senhor” e “assim diz A lição desta sem ana versa o Senhor” eram fórmulas usuais sobre o dom ministerial de profe­ para o profeta com eçar a m en­ ta. Estudaremos alguns aspectos sagem d ivin a Gr 1.4; Is 45.1). deste dom à luz da Bíblia, mas Símbolos e visões também eram também considerando o contexto formas de Deus falar através dos histórico e cultural do Antigo e profetas ao seu povo Gr 31.28; do N ovo Testam ento. ^ Dn 7.1). Num primeiro 0 ministério de profeta PALAVRA-CHAVE m o m e n to , o p ro fe ta é altamente importante exercia um importante P ro feta: para os nossos dias, papel de co n se lh e iro Porta-voz o ficial pois de acordo com o no palácio real (Natã, da divindade. ensino dos apóstolos, P cf. 2 Sm 12.1; 1 Rs tal m inistério tem um 1 .8 ,1 0 ,1 1 ). C o n tu d o, v a lo r ex celso para a igreja de após a divisão do reino de Israel, qualquer tempo e lugar. o profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava di­ 1 - O P R O FE T A DO A N TIG O retamente a prepotência da nobre­ TESTA M EN TO za, a dissimulação dos sacerdotes 1. C o n c e ito . O profeta do e a injustiça social Or 1.18,19; § Antigo Testamento era a pessoa 5.30,31; Is 58.1-12). incum bida para fa la r em nome de 3» O p ro fe tism o . De acor­ Deus. O Altíssim o fazia dele o seu do com o D icio n á rio Teológico porta-voz, um em baixador que re­ (CPAD), o profetismo foi um mo­ presentava os interesses do reino vim ento que surgiu no período divino na Terra. Quando Deus le­ aproxim ado do século VIII a.C. vantava um profeta, designava-o a tanto em Israel quanto em Judá. falar para toda a nação israelita, e O objetivo desse m ovim ento era até mesmo a povos ou nações es­ “restaurar o monoteísmo hebreu” , tranhas Gr 1.5). Ao longo de toda “co m b atera idolatria” , “denunciar a história veterotestam entária o as injustiças sociais”, “proclamar Senhor levantou homens e m u­ o Dia do S en h o r” e “ reavivar a lheres para profetizarem em seu esperança m essiânica”. Foi nesse nome: Samuel, o úítimo dos juizes tempo que os verdadeiros profe­ e o primeiro dos profetas para a tas em Israel foram cruelm ente nação de Israel (1 Sm 3.19,20), surrados, presos e mortos. Elias e Eliseu (1 Rs 18.1 8-46; 2 Rs 2.1-25), a profetisa Hulda (2 Rs SIN O PSE D O T Ó P IC O (1) 22.14-20) e muitos outros, como Os profetas do Antigo Testa­ os profetas literários Isaías, Je re ­ mias e Daniel. mento faiavam em nome de Deus, em primeiro lugar para a nação de 2. O o fício . Através da ins­ piração divina o profeta recebia Israel, em segundo, para povos uma revelação que desvendava o estranhos. 50

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RESPO N D A

Palavra de Deus, por vocação di-1 vina, com vistas à admoestação, l L De acordo com a lição, defina exortação, ânimo, consolação e j? o conceito de profeta no Antigo edificação da igreja (At 3.12-26; | Testam ento. 1 Co 14.3). “Era dever do profeta | 2. O que foi o profetism o? do NT, assim como para o do AT, I desmascarar o pecado, proclamar S 1 1 - 0 P R O FETA EM O a justiça, advertir do juízo v in ­ NOVO T ES T A M EN T O douro e combater o mundanismo 1. A im p o rtân cia do lere frieza espiritual entre o povo | mo “ profeta” em o Novo T e s ­ de Deus (Lc 1.14-1 7)". Por causa ta m e n to . Com o já vim o s, em da mensagem de ju stiça que o Efésios 4.11 são m encionados profeta apresenta em tempos de cinco m inistérios que exerciam apostasia e confusão espiritual, papéis fundamentais na liderança inclusive na igreja, não há outro da Igreja Antiga: apóstolo, profe­ ! jeito: ele fatalmente será rejeitado ta, evangelista , p asto r e doutor. | e perseguido por muitos. Não por acaso, o termo “profeta” 3. O o b jetivo do dom mi­ aparece na segunda posição da n iste ria l de profeta. A função lista apresentada em 1 Coríntios do profeta do Novo Testamento é 12.28; Efésios 4.11. O profeta é apresentada por Paulo no mesmo identificado três vezes na epístola bloco de versículos em que ele aos Efésios com o alguém que | m enciona os cinco m inistérios acompanhava os apóstolos (2.20; em Efésios (4.1 1-16). Ou seja, o £ 3.5; 4.11). A Bíblia afirma que os profeta é chamado por Deus a le­ “concidadãos dos Santos e da famí­ var a igreja de Cristo a uma plena lia de Deus estão edificados sobre maturidade cristã, pois como um o fundamento dos apóstolos e dos | organismo vivo, a Igreja, o Corpo profetas [...]” (Ef 2.19,20). Aqui, de Cristo, deve desenvolver-se a Bíblia denota a importância do para a edificação em amor (v.l 6). ministério de profeta na liderança Para que tal seja uma realidade, os da Igreja do primeiro século. profetas do Senhor devem desem­

2. O ofício do profeta neo-testam en tário . Seu ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si. Não! De acordo com o Com entário Bíbli­ co Pentecostal Novo Testam ento , o profeta neotestam entário era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo. Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, confor­ me instrui-nos a Bíb lia de Estudo Pen teco stalf seu ofício consiste em p ro cla m a r e in te rp re ta r a

penhar suas funções, capacitados e dirigidos pelo Espírito Santo.

SIN OPSE D O T Ó P IC O (2) Os profetas em o Novo Tes­ tam en to d e se m p e n h a va m um importante papel de liderança nas igrejas locais.

RESPO N D A 3. Q uais são os cinco m inistérios m encionados em Efésios 4 .1 1 ? 4. Em que co nsistia o ofício de p rofeta no Novo Testam ento? L iç õ e s B í b l i c a s

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“ são a q u e le s q u e m in is tra m em nom e de Je s u s nas nossas igrejas e co n ferê n cias, os que partem o coração dos ju sto s, [e 1. S i m p l ic i d a d e x a r r oque] ­ em bora o m in istério seja gância» Duas características do apresentado em nom e de Jesu s, v e rd a d e iro p ro feta são a s im ­ não é desem penhado pelo seu plicidade e o amor. Ainda que a ; E s p írito ” . Não ten h a medo! Na Palavra seja de juízo, o coração autoridade do Espirito de Deus, do profeta transborda de amor e a “acautele-se” dos falsos profetas. sua conduta simples dem onstra a Seja prudente! O Espírito Santo quem ele está servindo: o Deus de m ed ian te o E v a n g e lh o te fará amor. Lembremo-nos de Jerem ias discernir a procedência desses (38.1 4-27), Oseias (8.1 2) e do pró­ enganadores. Não se deixe con­ prio Senhor Jesus (Mt 23.37). Já o duzir por eles! falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios. Profetiza SIN O PSE DO T Ó P IC O (3) objetivando a autoprom oção. Ele Uma das formas de reconhe­ mente, ilude e engana. Lembremocer o falso profeta é identificar a -nos de Hananias, o profeta men­ sua arrogância e a podridão dos tiroso que enfrentou Jerem ias (jr seus frutos. 28.10-1 2).

ISI - D ISC ER N IN D O O V E R D A D E IR O P R O FE T A DO FA LSO

1

2= P e la s f r u t o s o s c o n h e ­ c e r e i s . Um a ad v e rtê n cia séria

I

R ESPO N D A 5. Cite duas c a ra c te rís tic a s do verdadeiro profeta.

de Jesu s para os seus discípulos foi acerca da precaução com os C O N C LU S Ã O falsos profetas. Com o reco n h e­ Acabam os de estudar o exer­ cê-los? Je su s disse que os reco­ cício do ministério de profeta no nheceríam os “ pelos seus fru to s” A ntigo e no N ovo Testam ento. (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto” , do que o profeta "d iz” i Vimos que tal ministério, ju n ta­ mente com o dos apóstolos, era | e “ fa z ” , re v e la o seu ca rá te r. um dos pilares na liderança da I Logo vo cê co n h e ce rá de onde Igreja do primeiro século (Ef 2.20). procede a “á rv o re ” (o profeta). Apesar de ao longo da história da Lembre-se de que não devem os d iferen çar o ve rd ad eiro profeta 1 igreja o ministério de profeta ter perdido preem inência, sabemos do falso peia “ p e rfo rm an ce” ou o quanto ele é im portante para pelo “ e s p e tá c u lo ” , m as p elo s a v id a e s p iritu a l da Ig re ja de frutos que eles produzem . Cristo. O profeta do Senhor, com 3« A in d a s o b r e o f a l s o a u to rid a d e e sa b e d o ria d iv in a p r o f e t a , A p e s a r de o fa ís o deve desm ascarar as injustiças, profeta ser arrogante e iníquo, o falso profetismo e primar pela ele fala com grande eloquência, ed ificação da Igreja do Senhor e isso basta para que ele seja Jesus. Que Deus levante os legíti­ tido com o verdad eiro. Na obra mos profetas! I Assim Diz o Sen h o r? ( CPAD), John [âBevere diz que falsos profetas 52

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Subsídio Teológico “O s v e rd a d e iro s P ro fetas e o s F a lso s P ro fetas (7.15-23)- O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essen­ cial. O evangelista comenta muitas vezes o tem a de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir ju stiça o com pele a repetir o tem a. Jo ã o Batista fala que a Impenitência dos fariseus e BIBLIOGRAFIA SUGERIDA saduceus é como árvores ruins (cf. STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, Mt 3.8-12). Em Mateus 12.33,35 French L. (Eds.) C o m e n tá rio Jesus une a acusação dos fariseus Bíblico Pentecostal Novo T es­ (de que Ele faz o bem pelo poder do tamento. Vol, 1: Mateus a Atos. mal) com dar maus frutos e a chama 4.ecL Rio de Janeiro: CPAD, 2009. de blasfêmia contra o Espírito San­ MENZIES, William W.; HORTON, to. [...] Em algumas comunidades a Stanley M. D outrinas Bíblicas: prova para as profecias lidava com Os Fundam entos da Nossa Fé. a negação protognóstica da carne 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. de Jesus Cristo (1 Jo 4.1-3) ou com ] o espírito de legalismo (Gl 1.8,9). Aqui Mateus identifica que o fruto SAIBA MAIS do erro é o antinomismo, chamando Revista Ensinador Cristão estas pessoas de : ‘Vós que praticais CPAD, n ° 58, p.39* a iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, RESPOSTAS DOS EXERCÍCIO S a doutrina e o estilo de vida são 1 - O profeta do Antigo Testamento os critérios para d iscern im en to ” era a pessoa encarregada de falar (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, em nome de Deus. French L. (Eds,) C o m e n tá rio B í­

2 . O profetismo foi um m ovim en­ to que surgiu no período aproxi­ mado de VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá. 3. Apóstolos, Profetas, Evangelis­ tas, Pastores e Doutores. 4. Seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoes­ tação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja. 5. A simplicidade e o amor. V

b lico P e n te co sta l Novo T e s t a ­ m ento. Vol. 1. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.61-62).

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Lição 8 25 de Maio de 2014

O M in ist é r io d e Ev a n g e l i s t a T E X T O A U R EO “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições , faze a obra de um evangelista , cum pre o teu m inistério" (2 Tm 4.5).

V ER D A D E PRATICA O e v a n g e lis ta p ro cla m a o pleno Evangelho de Cristo com ousadia; é um arauto de Deus no mundo.

HINOS SU GERID O S 18, 129, 224 L E I T U R A D IA R IA Seg u n d a - Lc 4 .1 8 Jesus - o maior evangelista

T e rça - 2 T m 4 .5 A obra de um evangelista

Q u a rta - At 2 1 .8 Filipe, o evangelista

Q u in ta - 1 Co 1.17 Enviado para evangelizar

Sexta - 1 Co 9-18 O prêmio do evangelista

Sábad o - Lc 4 .1 8 ,1 9 O evangelista apregoa a libertação do mal 54

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L E IT U R A BÍB LICA EM C LA S S E A tos 8.26-35; E fé s io s 4.11 A to s 8 26 - E o anjo do Senhor falou a Fi­ lipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, m ordom o-m or de C an d ace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaía s. 29 - E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 3 0 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta lsaías e disse: Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não en sin ar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o lugar da Escritura que Ha era este: Foi levado como a ovelha p ara o m atadouro ; e , como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. 33 - Na sua hum ilhação, foi ti­ rado o seu julgam ento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 -Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura , lhe anunciou a Jesus.

INTERAÇÃO A grande tarefa da igreja no mundo é \ pregar o Evangelho de Jesus de Nazaré. \ O m inistério de evangelista foi conce­ dido por Deus p ara que, com graça e paixão, as pessoas fossem tocadas pela mensagem do Evangelho. É um carism a de ordem m inisterial que o nosso Pai do Céu dispensou ao seu povo. É urgente que a igreja no B rasil proclam e o Evan­ gelho sim ples aos quatro cantos deste país, apontando p a ra tem as acerca da salvação, do perdão do pecado em Jesu s e do am or ao próximo. É bem possível haver frequentadores de um a igreja evangélica que nunca ouviram fa ia r desses temas.

O B JETIV O S Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

E stu d a r sobre o envio dos setenta. Refletir sobre a tarefa inacabada da Grande Comissão.

Com preender o papel do evangelista em o Novo Testamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

E fé s io s 4 11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profe­ tas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. v

Prezado professor, para concluir a aula desta semana, reproduza o esquema da página seguinte. Utilize-o para falar um pouco a respeito da vida de John Wesley, Jonathan Edwards e David Wilkerson. Naturalmente, houve muitos outros homens e mulheres de Deus que igualmente impactaram a própria nação e o mundo com a proclamação do Evangelho e o testemunho de amor ao próximo. Mas queremos neste pequeno espaço refletir um pouco sobre como Deus usou pessoas de forma poderosa para executar o chamado da Grande Co­ missão. Conclua enfatizando que Deus conta conosco também para dar conti­ nuidade a esta tão nobre tarefa.

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I - JES U S EN V IA OS S E T E N T A (L C 10.1 20) IN T R O D U Ç Ã O

1. São poucos os que anun­ ciam. Quando Jesus enviou os se­

O m inistério de evang elista tenta para anunciarem as boas no­ é dado por Deus à igreja como vas do Reino de Deus na região da um dom valioso. Por isso, o es­ Caliléia, Ele asseverou: tudarem os procurando “Grande éf em verdade, vislu m b rar com o o Se­ PALAVRA-CHAVE a seara, mas os obreiros nhor Jesu s o co n sid e­ E v a n g e lis ta : são poucos” (v.2). São rou, e com o esse dom O breiro poucos porque, primei­ m in is te ria l por Deus especialm ente ramente, os discípulos c o n c e d id o é tra ta d o vocacionado, a fim não podem proclam ar em o Novo Testam en­ de p ro clam ar o a si m esm os ou um a to, bem com o sua des­ ta c a d a o p e ra çã o nas Evangelho de nosso mensagem própria. Em ig re ja s de C o rin to e Senhor Jesu s C risto. segundo lugar, porque r os discípulos do Senhor Éfeso. Temos de Jesu s são enviados a falar úni­ a ordem para pregar o Evan g e­ ca e exclusivamente de Jesus e do lho, e em sua m ultiform e sabe­ Reino de Deus, jam ais de si mes­ doria Deus dispõe para a igreja o mos. Lamentavelmente, ao longo poder necessário para proclam ar dos séculos, muitos foram aqueles o Evangelho com ousadia.

EVANGELISTAS NOTÁVEIS

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JOHN W ESLEY

JONATHAN EDW ARDS

DAVI D W ILKERSON

W esley foi o fundador da igreja Metodista. Efe tinha 37 anos quando começou a viajar e a pregar na Ingla­ terra. Além de esmerar-se na fé através do estudo das Escrituras, ele, juntam ente com o seu irmão Charles Wesley, dirigia-se às prisões para levar a mensagem de salvação aos presos. Bem como aos trabalhadores e a outras pessoas da cidade.

Um p asto r co n g reg a d o nal do séc. XIII, que viveu para pregar o Evangelho de Cristo. Não há sermão mais fam oso da história que “Pecadores nas Mãos de um D eus Ira d o ” . Ele participou do m ovim ento de grande aviva m e n to e despertamento espirituais em seu país, o EUA.

O pastor Davrd Wilkerson inicio u o seu m in istério no ano de 1958, em Nova iorque. Ali, ele pregou para pessoas drogadas, margina­ lizadas representadas pelas gangues locais. A obra “A Cruz e o Punhal", mundial­ mente conhecida, narra esse período da vida de Wilker­ son. Ainda há outras obras desse grande evangelista, “Faminto por mais d ejesus” e “Toca a Trombeta em Sião", ambas editadas peia CPAD.

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que na Seara do Senhor falaram em | primeiramente ver milagres, mas seu próprio nome e pregaram a sua saber que através da exposição do própria mensagem. Os discípulos Evangelho de poder temos os nossegundo o coração do Nazareno j sos nomes escritos nos céus (v.20). ainda são poucos, mas o Senhor continua a convocar obreiros para | SIN O P SE D O T Ó P IC O (1) a sua seara (v.2b). Jesus enviou os setenta para 2. E n v ia d o s p ara o m eio | pregar a mensagem do Reino de de lo b o s. Proclamar o Evangelho Deus e deu-lhes poder para con­ num mundo contrário à mensagem firm ar a Palavra. do Reino de Deus certamente le­ varia os arautos de Cristo a serem R ESP O N D A perseguidos. Os setenta que Jesus I enviou seriam rejeitados, perse­ /. Segundo a tição, q u al a conse -1 guidos e até ameaçados de morte. quência p a ra quem p ro clam a o I A história da igreja nos m ostra Evangelho num m undo co ntrário I que pessoas pagaram com a vida ao Reino de Deus? por professar a fé em Cristo. Nas 2. De acordo com a lição, q u al o I últim as décadas, mais cristãos verdadeiro significado de desfru -1 foram mortos no mundo que em ta r da ale g ria no Esp írito ? qualquer outra época da história II - A G R A N D E C O M ISSÃ O da igreja. Os verdadeiros evan ­ I (Mt 2 8 .1 9 ,2 0 ; Mc 16.15-20) gelistas enfrentarão ainda muitas perseguições, sobretudo em países 1. O a lc a n c e da G ra n d e I dominados por religiões anticristãs C o m is s ã o . A ordem dada por I e fundamentalistas. Eles são com­ Jesus aos seus discípulos, após a I parados a cordeiros que se dirigem sua ressurreição, foi: "ide, ensinai I para o meio dos lobos (v.3). todas as nações, batizando-as em E 3. O s s in a is e a s m aravi­ nome do Pai, e do Filho, e do Espí- I lh a s confirm am a Palavra. Os rito Santo; ensinando-as a guardar I setenta discípulos receberam poder todas as coisas que eu vos tenho | em nome de Jesus para pregar a m andado” (Mt 28.19,20). Esta or- | mensagem do Reino de Deus com dem é cham ada com um ente de A graça (vv.9,10; Mt 10.1,8). Quando G rande Com issão . É o apelo de Je- | voltaram da missão, os evangelis­ sus para os discípulos anunciarem tas, maravilhados e surpreendidos, o Evangelho até as últimas conse- . diziam: “ Senhor, pelo teu nome, quências. Foi nesse “espírito” que y até os demônios se nos sujeitam'1 o apóstolo Paulo encarou a tarefa (v.17). Mas naquele momento Jesus da evangelização (1 Co 9.16). falou-lhes de uma realidade que 2. O m undo e stá d ividido | eles não com preendiam : aquele em d o is g ru p o s. “Quem crer e for poder era para confirmar a Palavra batizado será salvo; mas quem não do Reino, não a palavra do homem. crer será condenado” (Mc 16.16). 1 O verdadeiro significado de des­ Aqui, o Evangelho de Marcos des- M frutar da alegria no Espírito não é ! taca que há dois grupos de pessoas j

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■ diante da mensagem de Jesus: Os i do verbo grego eucwgeJizo, isto é, ■ que creem e os que não creem . transm itir boas novas (do evange­ I Acerca da salvação, os Evangelhos lho). Como dom, refere-se àquele I não se preocupam com nacionalique é ch am ad o para p reg ar o I dade, raça, sexo ou condição sócio- Evan g elh o . Foi co n ced id o pelo I -econômica do homem (Gl 3.28)* Pai através de uma capacitação INão há judeu, não há gentio (Rm ministerial objetivando propagar 13.9,10,23). Toda a humanidade é o Evangelho de Cristo para toda I carente da graça de Deus e precisa a h u m a n id a d e . O e v a n g e lis ta I decidir o seu futuro eterno crendo tem p aix ão pela s a lv a ç ã o dos I ou não no Evangelho. perdidos. Esmera-se por buscar 3. A Grande C o m issão hoje. da parte de Deus mensagens ins­ I A tarefa da evangelização do munpiradas para tocar os corações e I do está inacabada. Apenas 33% da quebrantar a alma dos pecadores. I população mundial é composta por 2. O papel do e v a n g elista. I cristãos das várias confissões de O evangelista é, por excelência, o I fé. Há regiões em que número de pregador das boas-novas de sal­ I cristãos está diminuindo, como na vação. Através da sua mensagem, I Europa. Recentemente, na Alema- vidas são alcançadas e conduzidas I nha, cerca de 340 igrejas fecharam a Deus. Muitas vezes, o evangelista I as portas; em Portugal, quase 300. torna-se um plantador de igrejas, I A Holanda e a Inglaterra são países como tem ocorrido em diversos lu­ íj considerados “pós-cristãos”. Ainda gares do Brasil e pelo mundo afora. f. na Europa, cerca de 1500 templos Um evangelista cheio da graça de I cristãos foram transformados em Deus poderá tocar corações com a | mesquitas, restaurantes, bibliotecas mensagem do Evangelho de modo % e casas de shows. Se a Igreja não tão convincente que leva o povo experimentar um real e poderoso a crer e acatar as boas-novas da | avivamento espiritual, em poucas salvação e ao Salvador Jesus. j décadas a Europa se tornará mulçu3. A fin a lid a d e do m in isté ­ 5 mana ou o cristianismo não mais a rio do e v a n g e lis ta . Da mesma influenciará. Precisamos reevangeform a que o ministério do apósto­ lizar o continente europeu. lo e do profeta, o do evangelista tem por finalid ad e prep arar os SIN O P SE D O T Ó P IC O (2) santos do Senhor para uma vid a de serviço cristão, bem como à A Grande Comissão ordenada edificação do Corpo de Cristo (Ef por Jesus de Nazaré ainda é uma 2.20-22). Por isso, espera-se des­ tarefa inacabada. se obreiro que o fundam ento do seu ministério seja Jesus Cristo, R ESP O N D A o nosso Senhor. Não pode haver 3. O que é a G rande C om issão? outro fundam ento, senão Cristo! O evangelista deve tam bém , Ill - O DOM M IN IS T ER IA L em tudo, ser sensível à voz do Es­ D E EV A N G ELIS T A pírito Santo. A exem plo de Filipe, 1. O co nceito de evan g elis- | o obreiro deve ser obediente ao ■ ta . O termo “evangelista” deriva ! Senhor, seja para pregar a multi58

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dões, seja para faiar a uma única j C O N C LU S Ã O pessoa (At 8.6,26-40). Outro as­ O dom ministerial de evan- i pecto im portante desse ministério | é a habilidade que o evangelista j gelista é concedido por Deus a | a lg u m a s p e s s o a s c o n fo rm e o § deve ter na transm issão das boaspropósito do Espírito Santo para t -novas. O arauto de Deus precisa o fo rtalecim en to e a edificação li ser capaz de responder à seguinte das igrejas locais. Isto, porém , J p e rg u n ta d irig id a ao p e cad o r: não significa desobrigar os cren- I “Entendes o que lês?” (At 8.30). tes individualm ente do labor da f evangelização. Todo seguidor de | SIN O P SE D O T Ó P IC O (3) Cristo, isto é, todo aquele que | O pap el do e v a n g e lis ta é se acha discípulo de Jesus, tem I exercer o m inistério dado pelo em sua cam in h ad a cristã o fir- 1 Altíssim o como arauto de Deus. me com prom isso de propagar a ■ m ensagem do Evangelho. E deste R ESP O N D A comprom isso não pode se apartar | 4. Q ual é o pape! dos evan g elistas? \ um único m ilím etro. Que Deus | 5. Q ual a fin alid ad e do m in istério j levante mais evangelistas para a S de e van g elista7 sua grande seara!

‘Espera-se do evan g elista que o fundam ento do seu m inistério seja Jesu s C risto, o nosso Senho r; pois não pode h a ve r outro fundam ento, senão C risto!" Elinaldo Renovato

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁ FICO I ^ Subsídio T eo ló g ico “A palavra [evangelista] é en­ contrada três vezes no Novo Tes­ tam en to . Os e v a n g e lista s estão relacionados junto com os apósto­ los, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para com partilhar a construção da igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi cham ado de lo evangelista' (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de d istrib u ir alim entos (At 6.5), ele foi especialm ente notado por sua atividade evangelizadora. De Je ru ­ salém, ele foi até Sam aria e pregou com grande sucesso (At 8.4ss). Dali, foi enviado para evan g elizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40; 21.8)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, ohn; VOS, Howard F. (Eds,). D icio ­ n á rio B íb lico W ycliffe. 1 ed. Rio dejaneiro: CPAD, 2009, pp.725,26).

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B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A ARAÚJO , Carlos Alberto R. A Ig reja d o s A p ó sto lo s. l.e d . Rio dejaneiro: CPAD, 2012. FERNANDO, Ajith. M in isté rio d irig id o por J e s u s . l.e d . Rio de Janeiro: CPAD, 201 3. NORTON, Stanley M. A D o u tri­ na do E sp irito Santo: no A n­ tigo e Novo Testam ento. 12.ed. Rio dejaneiro: CPAD, 2012.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n ° 58, p.39. RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S 1, Os arautos de Cristo serão per­ seguidos. 2, O verdadeiro significado de ale­ gria no Espírito não é ver milagres, mas saber que através da exposição do Evangelho temos os nossos no­ mes escritos nos céus (v.20). 3, É o apelo de Jesus para os discí­ pulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências. 4, O evangelista exerce o papel de pregador das boas novas de salvação. Através do seu anúncio, vidas são alcançadas e reconduzi­ das a Deus. 5, Preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço, bem como à edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22).


AU XÍLIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio T e o lo g ia P a sto ra l “O E v a n g e lh o do R eino A mensagem de Jesu s inclui um cham ado ao arrependim ento, semelhante ao de João Batista (Mc 1.4). Donald English adverte quan­ to ao perigo de entender o arrependim ento de uma form a estreita dem ais, com o os pregadores evangélicos o fazem geralmente* Ele declara: ‘Fundam entalm ente isso significa uma m udança de direção, dar meia volta, mudar a mente’. Quando respondemos ao evangelho, mudamos a direção da nossa vid a em que deixam os de confiar no ‘eu’ e outros ídolos para confiar em Deus. Contudo, tanto Jo ão Batista quantojesus foram bem específicos em relação às coisas das quais as pessoas precisam se arrepender. João disse a distintas categorias de pessoas as diferentes maneiras como podiam expressar seu arrependim ento. Ele disse para as m ul­ tidões: ‘Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira’. João Batista pediu aos publicanos para não coletar mais do que estavam autorizados a pegar. Disse aos soldados: 'A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo’ (Lc 3.7-14). Je su s disse ao jovem rico para vender tudo o que tinha e dar o dinheiro aos pobres, para depois disso vir e segui-lo (Le 18.22-25). As coisas específicas ajudam as pessoas a entender o que o arrependim ento envolve. Tanto Jo ão Batista quanto Jesus também foram diretos em adver­ tir seus ouvintes das consequências de não se arrepender. Sabem os que a maioria das declarações da Bíblia sobre o inferno saiu dos lábios de Cristo. [Como] Paulo disse [...] (1 Co 6.9,10). Hoje, muitos de nossos ouvintes reagiriam de modo muito negativo se falássem os da m aneira que Jesu s e Paulo falavam . Desenvolvem os uma atitude em relação à nossa vid a privada que quando os pregadores m encionam especificam ente pecados que exigem arrependim ento, eles são acusados de ser introm etidos e de estar, de algum modo, fazendo algo inapropriado” (FERNANDO, Ajith. M in isté rio d irig id o p o r J e s u s . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p .128).

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Liçao 9 1° deJunho de 2014

O M in ist é r io de Pa s t o r T E X T O Á U REO Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor da a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).

V ER D A D E PRATICA Por m eio do m inistério pastoral, conduzim os as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.

HINOS SUGERIDOS

156, 337, 515

LEIT U R A DIÁRIA S e g u n d a - Ec 12.11 Há um só Pastor T e rç a - Is 40-11 O pastor apascenta as ovelhas Q u a r ta - Ez 34,12 O pastor em busca das ovelhas Q u in ta - A m 3-12 O pastor protege as ovelhas Sex ta - Zc 11.17 O pastor negligente com o rebanho S á b a d o - H b 13.20 Cristo, o Pastor das ovelhas

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E Jo ão 10.11,14; T ito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4

João 10 11 - E u sou o bom Pasto r; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 14 - Eu sou o bom Pastor; e co­ nheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

Tito 1 7 - Porque convém que o bispo seja irrep reensível como des­ penseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, 9 - retendo firme a fiei palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para adm oestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. 10 - Porque há muitos desorde­ nados, faladores, vãos e enga­ nadores, principalm ente os da circuncisão, 11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.

1 Pedro 5 2 - ap ascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força , mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 -nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 - £, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.

______________ IN TER A ÇÃ O ___ _________ A tu alm en te, m uitos são os m odelos de lid eran ça p a sto ra l sugeridos sob os aspectos em presarial e m eram ente psicológico. En tretan to , o m odelo de liderança p ara um p asto r cristão deve estar centralizad o sob o de Jesu s de N azaré. A vida do nosso M estre é o m elhor exem plo p a ra um m inistério in te g ra l: acolhedor, adm oestad o r e servidor. Um modelo p asto ral centrado na concepção em presarial pode até tra ­ zer resultados visíveis, m as p ara Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a lid erança de Jesu s de N azaré pode p arecer um grande fracasso , m as em relação a Deus é grande vitó ria . Q ual você escolhe?

O B JETIV O S Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

IaS

Reconhecer o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor.

C la s s ific a r as características de um i verdadeiro pastor.

C o n s c ie n t iz a r - s e da m issão do ministério pastoral.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Caro professor, para o terceiro tópico da lição, e após o subtópico que concei­ tua a missão do pastor, use o esquema da página seguinte. Fale a respeito do aspecto múltiplo da missão pastoral. Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele se espera matu­ ridade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus e ao rebanho. Por isso, conclua a lição desta semana afirmando a complexidade da função pastoral e como Deus leva a sério o pastor que cumpre o seu ministério. Em seguida, reúna os seus alunos para orarem pelo pastor local e pelos pastores de todo o mundo.

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em seu nascimento (Lc 1.32). O adjetivo “grande” enfatiza o quanto o Nazareno é incomparável e media­ dor da nova aliança de Deus com os homens. Jesus Cristo é o supremo pastor em todos os aspectos. Ele venceu a morte e libertou o homem da prisão do pecado. Ele é Deus!

INTRODUÇÃO

Ser pastor sempre foi uma ta­ refa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as 2. O p a s t o r c o n h e c e a s pessoas do rebanho, visita a enfer­ s u a s o v e lh a s . Em Jo ão 10.14, mos, questões relacionadas a admi­ o adjetivo “bom ” identifica Jesus nistração eclesiástica e o constante como o pastor que por amor pro­ desafio de se dedicar à oração, à tege e cuida das o ve­ pregação e ao ensino da lhas que lhe pertence. Palavra de Deus. O dia a PALAVRA-CHAVE Por isso, Ele é o “bom dia pastoral é desafiador Pastor: Pastor” . Tal expressão a quem é vocacionado Cuia espiritual . d e sig n a ain d a a in ti­ por Deus para apascen­ m idade entre o Sumo tar. Somente pela graça Pastor e as suas ovelhas. Estas e o amor do Pai é possível encarar não ouvem a voz de outro pastor. tão grande responsabilidade. Por O bondoso Salvador conhece a sua outro lado, uma liderança madura Igreja por inteiro, e se relaciona e servidora é im prescindível ao com cada membro (Jo 10.5,1 5)* desenvolvim ento da igreja local. 3. O pastor dá a vida pelas Assim, a lição de hoje abordará esse ovelhas. Uma das principais fontes importante ministério. da economia israelita era o trabalho I - JE S U S , O SUM O PA STO R pastoril* Os pastores cuidavam das ovelhas para delas obterem o lucro 1. Je su s é o pastor sup re­ diário. Este é o contexto de que se mo, A expressão “grande Pastor das valeu o Senhor Jesus para referir-se ovelhas”, que aparece em Hebreus ao ensinamento contido na expres­ 1 3.20, refere-se diretamente à subli­ são “o bom Pastor dá a sua vida pelas midade do Senhor Jesus como pas­ ovelhas” (Jo 10.1 1). Aqui, diferente tor no Novo Testamento. Marcado dos pastores que garantiam o seu pela humildade e despojamento da sustento no campo através do uso sua glória, Ele foi chamado “grande”

A M U L T IP L IC ID A D E D A M ISSÃ O P A S T O R A L

Doutrinária

Ensinamento, pregaçao expositiva da Palavra de Deus, apologética, ..... ■ ...... ... .

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1 ,

Pastoral

Evangelização, aconselham ento, acom panham ento de novos convertidos, visitas, reconciliação.

Adm inistrativa

Administrar os recursos da igreja local (patrimonial, financeiros, etc.).

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das ovelhas, o Mestre Jesus mostra I deve ser dado ao vinho, espancador, 1 a disposição em dar a própria vida cobiçoso de torpe ganância, conten- I pelo seu rebanho Go 10.1 5). Os ver­ cioso ou avarento; a recomendação I é que o obreiro seja moderado. A I dadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle Igreja, o Corpo de Cristo, precisa I contemplar em seu líder sinais cia- I não há jamais exploração alguma do rebanho, e isso deve servir de exem­ ros do fruto do Espírito, tais como I autocontrole, mansidão, bondade e I plo a todos aqueles que desejam amor. Estas características denotam ministrar à igreja do Senhor, tal como idoneidade moral e m aturidade I ensina a Palavra em 1 Pedro 5.2-4. espiritual. A mesma postura moral SIN O P SE D O T Ó P IC O (1) que o pastor atesta aos fiéis deve I ser demonstrada, igualmente, aos I Je s u s , o P a s to r S u p re m o , infiéis (1 Tm 3.7). conhece as suas ovelhas e deu a 3. Exem plo para a fa m ília . I sua vida por elas. Não podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e R ESP O N D A com os de fora, o ministro do Evan­ /. A expressão “grande Pasto r das gelho, em primeiro lugar, deve ser ovelhas”, que aparece em Hebreus o exemplo para a sua própria fa­ mília — sua primeira com unidade 13.20 , está d iretam en te lig a d a a quê? e igreja. G overnar a própria casa com m odéstia e equilíbrio, crian­ BS - AS C A R A C T E R ÍS T IC A S do seus filhos com respeito (1 Tm | D O V E R D A D E IR O P A S T O R 3.4), é o testem unho que toda a § fam ília cristã deseja experim entar | 1 . Um caráter íntegro. Entre na convivência sadia com o pastor 1 outras coisas, o exercício pastoral que é esposo, pai e avô. Portanto, envolve aptidão para ensinar, acon­ todo obreiro deve cuidar bem do selhar e comunicar-se de forma clara seu lar, pois sem o devido respal­ com a igreja locaL Porém, essas características não são validadas se do deste, o seu m inistério jam ais terá credibilidade. o caráter do pastor não for íntegro. Uma das piores queixas que se pode S IN O P SE D O T Ó P IC O (2) ouvir acerca de um ministro é que sua palavra pastoral não se coaduna Do pastor espera-se um ca­ com a sua vida. Como pode o líder ráter íntegro; um exem plo para j falar sobre honestidade e ser deso­ os fiéis, aos infiéis e a toda a sua ! nesto? De simplicidade e mostrarfamília. -se esbanjador? De hum ildade e comportar-se soberbo? A melhor R ESP O N D A palavra pastoral é a vida do pastor 2. De acordo com a lição, relacione em sintonia com a mensagem do as ca ra cte rística s do verdad eiro Evangelho que ele proclam a (Mt pastor. 7.24-27; 23.2-36). 2. Exem plo para o s fiéis e3. Segundo o texto bíblico de 1 Tim óteo 3.2,3, cite o que o p asto r o s infiéis. O texto bíblico de 1 Ti­ não pode ser. móteo 3.2,3, afirma que o bispo não L iç õ e s B íb l ic a s

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O próprio Deus é contra os falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspirou o ! apóstolo Paulo a escrever para Tito 1. A m is s ã o do pastor. O quando da sua instrução pastoral term o pastor (do gr. poimên) no ao jovem obreiro, que este retivesse Novo Testamento tem o significa­ | “firme a fiel palavra, que é conforme do de “apascentador de ovelhas”. a doutrina, para que seja poderoso, De aco rd o com esta d e fin ição tanto para adm oestar com a sã podemos afirmar que a principal doutrina como para convencer os missão de um ministro é cuidar contradizentes. Porque há muitos das pessoas que receberam Cris­ desordenados, faladores, vãos e to com o S a lv a d o r dando-lhes enganadores [...] aos quais convém alim en to esp iritu al a tra vé s do tapara boca” (Tt 1.9-11). ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do profeta S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 ) Isaías (Is 40.11 ). O verdadeiro pas­ A m issão do pastor é m úl­ tor cuida das ovelhas com zeloso tip la, pois ele cu id a desde os amor e compaixão, entregando-se assuntos espirituais até os mais totalmente às suas demandas. terrenos. 2. Uma m issão polivalente.

III - O M IN IS T É R IO PASTO RAL

A missão pastoral também é múl­ RESPO N D A tipla, pois o ministério envolve o ensinamento, o aconselhamento, a 4. Q u al o sig n ificad o do term o evangelização e missões, bem como ",p asto r" no Novo Testam ento? a pregação expositiva da Palavra de 5. Q ual é a p rin cip a l m issão de Deus, que é o seu mais importante um m in istro ? empreendimento- Para além dessas CO N CLU SÃ O responsabilidades, o pastor age como o bom conciliador e adminis­ O dom ministerial de pastor trador eclesiástico dos bens e recur­ é concedido àqueles a quem Deus sos humanos disponíveis para toda j chama para servir ao seu precioso boa obra da igreja locaL Está sob os rebanho, a Igreja de Jesus. Esta seus cuidados a gestão eficiente e acha-se espalhada nas igrejas locais honestados bens materiais, patrimo­ que reúnem crentes oriundos de niais e das finanças da igreja local. todos os lugares do mundo. Eles 3. O c u id a d o c o n tr a o s estão sob os cuidados de líderes f a ls o s p a sto re s . Quando Deus j para serem alim entados com a levantou Ezequiel como profeta de Palavra de Deus. O objetivo do mi­ Israel, Ele ordenou-ihe que repreen­ nistério pastoral é fazer com que o desse os pastores infiéis da nação. rebanho do Senhor cresça na graça O Altíssimo considerava como falsos e no conhecimento do Evangelho pastores os que apascentavam a si de nosso Salvad o r (2 Pe 3.18). mesmo e não as ovelhas (Ez 34.2c); Portanto, o pastor precisa da graça exploravam o rebanho e não o pou­ divina para não fracassar em seu pavam (34.3); não demonstravam ministério. Oremos pelos pastores, amor pelas ovelhas, fazendo com compreendamos as suas lutas e os que elas se dispersassem (34.4-6). apoiemos com amor e carinho. 66

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A FERNANDO, Ajith. M in isté rio d irig id o p o r J e s u s . 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2013. C A R LSO N , Raym o nd; TRA SK , Thom as (et alL). M anual P a s­ to r P e n te c o s ta l: Teologia e P rá tica s Pasto ra is. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. M ACARTHUR JR, Joh n . M in is ­ tério P a sto ra l: A lcançando a excelência no m inistério cristão. 4.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n ° 58, p.40. RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S 1-Ao valor que o Novo Testamento atribui ao Senhor Jesus. 2. Um caráter íntegro, exemplo para os fiéis e os infiéis e exemplo para a família. 3. O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3 afirma que o bispo não pode ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, conten­ cioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado. 4* “Apascentador de ovelhas". 5- Cuidar das pessoas que recebe­ ram a Cristo como salvador, dando-Ihes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus.

V _____________________

S u b síd io T e o ló g ico “V iv e r com o Pedro: A Super­ v is ã o P a s t o r a l(5.1-11) Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos en­ tre povos infiéis, e frequentem ente hostis, Pedro inicia sua carta com um im perativo à vida santificada baseada no exem plo de Deus Pai (1.3— 2.1 0). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injus­ tam ente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte cen­ tral e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exem plo de Cristo (2.1 1-4.1 3). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbí­ teros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1 4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu m odelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinam entos com um a série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-1 1)" (STRONSTAD, Roger; ARRINCTON, French L. (Eds.) C o m e n tá rio B íb lico Penteco sta l Novo T e sta m e n to . Vol. 2: Rom anos a Apocalipse. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.921).

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II S u b síd io T e o lo g ia D e v o cio n a l “ [...] P rio rid a d e s na V id a do P a sto r Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantem ente pressionam os ministros a com prom eter a oração, a vida devocional, a fam ília e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus. As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no cam po dessas três prioridades. Seu relacionam ento com o Senhor. Sua vida devocional é ab­ solutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tem po — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salm ista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; peia manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (SI 5.3). Esta disciplina será fundam ental em tudo o que você fizer e intentar realizar. Seu relacionam ento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da fam ília falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tem po que determinei que não vou ganhar para o Senhor os fiíhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado — a mim e a S h irle y — nessa prioridade. [...] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?”’ (CARLSON, Raymond; TRASK, Thom as (et ali.). M anual P a sto r P e n te co sta l: Teologia e P rá tica s Pasto rais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.l 7).

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Lição 10 8 de Junho de 2014

O M in ist é r io de M estre ou D o u t o r “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a g raça que nos é dada: [...] se é ensinar, h aja dedicaçao ao ensino " (R m 12.6,7).

V ER D A D E PRÁTICA Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Eíe cha mados para edificar a Igreja de Cristo

H IN O S S U G E R ID O S 141, 258 , 429

L EIT U R A DIÁRIA Seg u n d a - At 1 3.1 Doutores na igreja

T e rça - I Co 12,29 Nem todos são doutores

Q u arta - 1 T m 1 .6 ,7 Doutores sem entendim ento

Q u in ta - 2 Tm 4 .3 Falsos doutores

Sexta - T g 3,1 A responsabilidade do mestre

Sábado - Mt 4.2 3-25 Jesus, o mestre por excelência

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E M ateus 7.28,29; A to s 13.1; Rom anos 12.6,7; T iag o 3.1 M a te u s 7 2 8 - E aco n te ceu que, co n ­ cluindo Je su s este d iscurso, a m u ltidão se adm irou da su a d o u trin a , 2 9 - p o rq u an to os en sin ava com au to rid ad e e não com o os escrib as. A t o s 13 1 - Na ig re ja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, cham ado Níger, e Lúcio, cireneu, e M anaém , que fo ra criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. R o m a n o s 12 6 - De modo que, tendo d ife­ rentes dons, segundo a g ra ça que nos é d ad a: se é profecia, s e ja e la segundo a m ed id a da fé;

7 - se é m in istério , se ja em m in istra r; se é ensinar, h aja dedicação ao ensino ;

IN TER A Ç Ã O Nunca foi tão necessário, como hoje, £? igreja investir na figura do mestre cristão. Quando o crente é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cul­ tura bíblica, relacioná-la com o mundo do século XXI e aplicá-la à vida das pessoas de maneira competente, o risco de sofrermos o engano é amenizado. Para quem pensa ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade, deveria pensar na elabora­ ção das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil. Se não houvesse homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica, grega, aramaica, egípcia e outras; a cul­ tura oriental; a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por certo, não teríamos a Bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem se esmera por conhecer mais as Escrituras,

O B JET IV O S Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: A p r e n d e r que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência. Id e n t if ic a r a ordem de Jesu s aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século.

S a b e r da im portância do dom mi­ nisterial de ensinador na igreja local.

T ia g o 3 O R IE N T A Ç Ã O P E D A G Ó G IC A 1 - Meus irm ãos, muitos de vós Prezado professor, no terceiro tópico da não sejam m estres, sabendo que lição o autor afirma: “Em nosso país, a lei­ receberem os m ais duro ju ízo . tura é um problema cultural. Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lerá”. Partindo do princípio que essa afirmação é um fato verdadeiro no contexto cultural brasileiro, selecione um texto que achar pertinente e leve para a sala de aula. No final da lição, proponha a turma uma roda de leitura. Esta atividade objetiva estimular o hábito de lei­ tura. Então, distribua o texto ora escolhido e peça a um ou dois alunos para lerem. Ao término, discuta o texto com os alunos. Conclua dizendo como pode ser prazeroso ^ e construtivo cultivar o hábito de ler. y 70

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mum de seu tempo (]o 3.1,2). Esse mesmo fariseu, que era príncipe dos ju d e u s, afirm ou que o Na­ IN TR O D U ÇÃ O zareno não poderia fazer o que O m inistério do ensino da fazia se Deus não fosse com Ele. Palavra é primordial para a igreja Jesus é cham ado Mestre cerca de exercer o discernim ento no que quarenta e cinco vezes ao longo tange ao tempo em que vive (cul­ do Novo Testamento. turas, teologia, filo so fias etc.). 3. O m estre da hum ildad e. Tão im p o rtan te é a função do A fim de ensinar os discípulos acermestre na igreja que as ^ ^ ca da humildade, Jesus Escrituras declaram o PALAVRAS-CHAVE “ levantou-se da ceia, quanto ele deve esfortirou as vestes e, tom an­ D outor ou çar-se intelectualmente do uma toalha, cingiuM estre: para exercer tão nobre -se. Depois, pôs água Pessoa que tarefa (Rm 12.7; 1 Tm num a bacia e começou m an ifesta 4.1 3). É um a ta re fa a lavar os pés aos discí­ sap iên cia. importante e indispen­ pulos e a enxugar mos sável que exige muito com a toalha com que de quem a desem penha. estava cingido” (Jo 13.4,5). Que cena chocante para os judeus! A I - JESU S, O M EST R E pergunta de Pedro descreve essa P O R E X C E L Ê N C IA perplexidade (v.6). Era inimaginá­ 1. O m e stre da G a lile ia . vel um mestre encurvar-se para la­ Doutor incom parável, “percorria var os pés de pessoas leigas. Jesus Jesu s toda a Galiléia, ensinando era um mestre e deu o exemplo nas suas sinagogas, e pregando aos discípulos. O Emanuel, “ Deus o evangelho do Reino [...]” (Mt c o n o s c o ”, e n cu rvo u - se d ia n te 4.23). No ministério terreno, seus dos homens! Isso se deu porque sermões, ensinos e discursos eram o ensino de Jesus não era mero inflamados pelo amor às pessoas. discurso, mas “espírito e vid a” (Jo Diferente dos escribas, Ele ensinava 6.63). Ele nos convida a fazer o como quem tinha autoridade (Mt mesmo: “Vós me chamais Mestre e 7.28,29). A verdade em anava da Senhor e dizeis bem, porque eu o pessoa de Jesus! Os que o ouviam sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, só tinham duas opções: amá-lo ou vos lavei os pés, vós deveis tam ­ odiá-lo. Era impossível ouvi-lo e bém lavar os pés uns aos outros. ficar indiferente. Jesus transtorna­ Porque eu vos dei o exemplo, para va a consciência do acomodado e que, como eu vos fiz, façais vós aquietava o coração do perturbado. tam bém ” (Jo 13.13-15). 2. O m e s t r e d iv in o . Em visita a Jesus, um mestre da Lei S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) ch am ad o N tcodem os, ed ucad o nas m elhores escolas religiosas Jesus, o mestre da Galileia, de Israel e grande conhecedor das é reconhecido em o Novo Testa­ mento tanto como o Mestre Divino Escrituras hebraicas, reconheceu em Jesu s um personagem incoquanto o Mestre da humildade. L iç õ e s B íb lic a s

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RESPO N D A 7. Q uais eram as duas opções de quem ouvia o M estre dos m estres? 2. O que Jesu s fez a fim de en sin ar acerca da hum ildade?

II - O E N S IN O D A S E S C R IT U R A S N A IG R E J A D O P R IM E IR O S É C U L O 1. U m a o r d e m d e J e s u s . An­ tes de ascender aos céus, de modo solene Jesus determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações [...] a guardar todas as co isas” que Ele tinha ordenado (cf. Mt 28.19,20). O livro de Atos registra a obediência dos primeiros apóstolos no cuidado de cumprir a determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo (At 2.1 -6), o discurso de Pedro foi um verda­ deiro ensino proferido no poder do Espírito Santo (At 2.14-40). Tendo em vista a plena edificação da Igreja na Palavra, o Senhor Jesus, através do Espírito Santo, dotou alguns de seus servos com o dom ministerial de mestre ou doutor (Ef 4,11). Esse dom é uma capacitação sobrenatu­ ral do Espírito. Isso não significa, porém, que devemos descuidar de nossa formação intelectual, pois o preparo para o ensino passa pela capacidade de aprender para pos­ teriormente ensinar.

2. A d o u trin a d o s a p ó s ­ t o l o s . O te x to de A to s 2.42 inform a-nos que os p rim eiro s co n ve rtid o s “ p e rse ve ra va m na doutrina dos apóstolos, e na co­ munhão, e no partir do pão, e nas orações” . Além disso, acrescenta que em “cada alma havia temor, e muitas m aravilhas e sinais se faziam pelos ap ó sto lo s” (v.43). A “doutrina dos apóstolos” aqui 72

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referida trata-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles de forma constante e eficaz para o crescim ento integral dos novos crentes.

3. E n sin am en to p e r s i s ­ t e n t e . Os primeiros mestres das Escrituras foram os integrantes do Colégio Apostólico (At 5.42, cf. vv.40,41). A Igreja começou nas casas, onde o ensino era ministra­ do a pequenos grupos nos lares. Falando aos anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo mostrou-se como um verdadeiro mestre que ensinava “publicamente e pelas casas, testifi­ cando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.20,21). Deus havia preparado homens para ensinar e levantado “doutores” na igreja em Antioquia (At 13 J ) . O Pai Celestial igualmente deseja levantar mestres em sua igreja. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) O ensino na igreja do prim ei­ ro século foi ordenado por Jesus para os apóstolos ensinarem per­ sistentemente.

RESPO N D A 3. Q ual foi a ordem de Jesu s p a ra a Ig re ja an tes de ascen d er aos céus? 4. De acordo com a lição , o que significa a doutrina dos apóstolos?

Ill - A IM P O R T Â N C IA D O D O M M IN IS T E R IA L D E M ESTRE 1. Uma n e c e ssid a d e ur­ g e n t e d a i g r e j a . Para o m inisté­ rio de ensino ser eficaz na igreja


b) O hábito de ler. Em nosso local é p reciso h a v e r p esso as país, a leitura é um problem a cul­ vocacionadas. Não são todas que tural. Se as pessoas leem pouco, reúnem informações exegéticas, históricas e literárias da Bíblia, , a igreja pouco lerá. Entretanto, como ensinaremos se não lermos? ap!icando-as como é necessário. O hábito da leitura era levado a Deus concedeu à sua igreja messério no m inistério do apóstolo très, e é preciso que ela invista Paulo (1 Tm 4.1 3; 2 Tm 4.1 3). neles também. Muitas vezes, por c) Preparo intelectual. A Bíblia a b s o lu ta fa lta de preparo dos é o instrum ento de trabalho do obreiros, predomina a superficiali­ ensinador cristão. Considerando dade bíblica, a infantilidade “espi­ este livro milenar, verem os que a ritual” e o aumento do engano pro­ cultura e o mundo da Bíblia são di­ movido pelas astúcias dos falsos ferentes do nosso. Por isso, o mes­ mestres (2 Pe 2.1). Esse dom do tre deve com preender o mundo Senhor é para a igreja amadurecer da Bíblia (suas questões culturais, em todas as dimensões da vida linguísticas, exegéticas etc.) para cristã, ao mesmo tempo em que desm ascara os falsos ensinos (Ef | não fazer apelações fantasiosas, j apresentando-as como exposição 4.14; Os 4.6). 2. A r e s p o n s a b ilid a d e da Palavra de Deus. d) Um coração em cham as. d e um d isc ip u la d o contínuo. M artin Loyd-Jones d izia que a Estam os acostum ados a pensar que o discipulado term ina quan- i verdadeira pregação era teologia em fogo. É vontade de Deus que do o novo convertido é batizado. o vocacionado ao ensino utilize os Não há nada mais equivocado! O avanços das ciências bíblicas para Senhor Jesus chamou-nos para ser pregar a Palavra de Deus na força os seus discípulos por toda a vida. do E s p írito San to . Pre cisa m o s Por isso, quem ensina instrui os alcançar as mentes e os corações crentes para a maturidade da fé. É um aprendizado diário, perma- j dos nossos dias, e isto apenas será p ossível quando tiverm o s nente e contínuo, tanto para quem obreiros com um a m ente bem é discipulado quanto para quem preparada e conectada a um “co­ está discipulando! ração em cham as” e apaixonado 3. R e q u i s i t o s n e c e s s á r i o s por Jesus (At 3.1 2-26). a o m e s t r e - Apresentarem os al­ guns requisitos importantes para S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 ) a igreja reconhecer pessoas com o dom ministerial de mestre em O dom ministerial de mestre nossa época: é uma necessidade para a igreja a ) Um salvo em C risto. Não local e uma responsabilidade para pode haver dúvidas quanto à pró­ um discipulado permanente. pria experiência salvífica por parte do vocacionado para o ministério RESPO N D A 1 do ensino (2 Tm 2.1 0-1 3). Infeliz­ g mente há pessoas que não creem 5. O que é necessário p a ra que ^ naquilo que ensinam. Assim, não o m inistério de ensino na Ig re ja gj há verdade nem firm eza nelas. seja eficaz ? jS L iç õ e s B í b l i c a s

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CO N CLU SÃ O É preciso d e sfaze r a ideia propagada ao longo de décadas acerca do preparo intelectual do crente. Não é verdad e que ne­ cessariam ente ele esfriará na fé se estudar. Se fosse assim Paulo seria o mais frio dos apóstolos do Novo Testamento, pois não havia

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obreiro mais bem preparado que ele (At 1 7.1 5-34; Tt 1.1 2). Este, no entanto, soube conjugar preparo intelectual e poder do alto. É disso que as nossas igrejas precisam: homens cheios do Espírito, mas do mesmo modo, com a mente ilum inada para responder, com m ansidão e temor, a razão da nossa esperança (1 Pe3 .1 5 ).


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B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A A R A Ú JO , Carlos A lb erto R. A Ig r e ja d o s A p ó s t o lo s : Con­ ceito e Form a d as Lid era n ças na Ig re ja P rim itiv a , l.e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2012. GANGEL, Kenneth O.; HENDRII CKS, Howard G (Eds.), M a n u a l d e E n s in o p a r a o E d u c a d o r C ris tã o : Com preendendo a n a­ tureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão , 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

AU XÍLIO BIBLIO GRÁFICO I Su b síd io T eológico “ M ESTR E

Nas Escritu ras, essa p alavra está geralm ente designando uma pessoa que é superior a outras, em poder, autoridade, conhecim ento ou em algum outro aspecto. Várias pa­ lavras são traduzidas como ‘m estre’ nas várias versões da Bíblia Sagrada. A palavra hebraica mais frequente, ’adon, significa ‘soberano' ou ‘se­ nhor’. O significado literal de várias palavras gregas varia de ‘instrutor’ ou d id ask alo s, com o em M ateus ► 10.24, até ‘d ésp o ta’ ou despotes , SAIBA MAIS com em 1 Pedro 2.1 8. Outra palavra Revista Ensinador Cristão grega tra d u z id a com o ‘m e s tre s 1, CPAD, n ° 58, p.41. e p is ta te s , sig n ifica ‘meu m e stre ’ (‘superior’ ou ‘professor’), com em RESPO STA S DOS E X ER C ÍC IO S Jo ão 4.31. [...] Duas palavras gregas 1. Amá-lo ou odiá-lo. para ‘m estres’ ocorrem em Mateus 2. O mestre da Galileia “levantou-se 23.8-10, ‘Vós, porém, não queirais da ceia, tirou as vestes e, tomando ser cham ados Rabi [ rh a b b i, ‘meu uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar mestre’, ou ‘professor’], a saber, o os pés aos discípulos e a enxugar- Cristo, e todos vós sois irmãos. E -Ihos com a toalha com que estava a ninguém na terra cham eis vosso cingido” Qo 13.4,5). pai porque um só é o vosso Pai, o 3. Determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações qual está nos céus. Nem vos cha­ [...] a guardar todas as coisas” que meis mestres [ kathegetes , ‘líderes’], Ele tinha ordenado. porque um só é vosso Mestre, que 4 . Trata-se do conjunto de ensinos é o Cristo" (PFEIFFER, Charles F.; REA, de Cristo ministrados por eles, de forma eficaz, a fim de produzir cres­ John; VOS, Howard F. (Eds.). D icioná­ rio Bíblico W ydiffe. 1. ed. Rio de cimento integral aos novos crentes. 5. É preciso haver pessoas vo ca ­ Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1261,62). cionadas.

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

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Subsídio Educação C ristã "É o rd e m d e J e s u s C risto Mateus 28.1 9,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discí­ pulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.1 9,20; Mc 16.1 5,16; Lc 24.46-48; Jo 20,21 -23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencial para a estratégia de nosso Senhor. O mandato ‘Fazei discípulos' (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, ‘guardar [obedecer] todas as coisas’ que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.

Foi p r a t i c a d a p e l a I g r e j a P r i m i ti v a Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento? A Ilustração. Em Atos 2.41 -47, temos um retrato da Igreja primi­ tiva, o qual nos informa que eles ‘perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos' (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção. A Im plem entação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: ‘Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]’ (Ef 4.11). O propósito?’ ‘Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo’ (Ef 4.1 2); mais outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da multiplicação e não da adição. Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da socie­ dade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontouse com um problema. As pessoas clamavam pelo ‘dom de ensino’ com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: ‘Meus irmãos, muitos de vós não sejam mes­ tres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo’ (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata” (GANGEL, Kenneth; HENDR1CKS, Howard G. (Eds.). M a n u a l d e E n s i n o p a r a o E d u c a d o r C r i s t ã o : Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.6,7).

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Lição 1 1 / 5 de Junho de 2014

O P r e s b í t e r o , Bisp o o u A n c iã o T E X T O A U R EO Por esta causa te deixei em Creta, p ara que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade , estabelecesses presbíteros [...]”

(Tt 1.5). V ER D A D E PRATICA O presbiterio deve ser constituído por pessoas idôneas para auxiliar na administração da igreja local.

L E IT U R A DIARIA Seg und a - T t 1.5 O estabelecim ento dos Presbíteros

T e rça - T g 5 .1 4 Homens espirituais

Q u a rta - 1 T m 4 .1 4 A ação do presbitério

Q u in ta - 1 Pe 5.1 ,2 Presbíteros apascentadores

Sexta - 1 Pe 5-3 Como exem plo do rebanho

Sábad o - T t 1 .5 ,7 Bispo - Outro nome para presbítero

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L E IT U R A B ÍB L IC A

EM CLASSE T ito 1.5-7; 1 Pedro 5,1-4. Tito I 5 - Por esta causa te deixei em C re ta , p ara que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estab elecesses p re s b íte ro s , como já te m andei: 6 - aquele que fo r irrep reen ­ sível, m arido de um a m ulher, que tenha filhos fiéis , que não possam ser acusados de disso­ lução nem são desobedientes. 7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como des­ penseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem esp an ­ ca dor, nem cobiçoso de torpe g an ân cia;

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1 Pedro 5 1 - Aos presbíteros que estão entre vós, adm oesto eu, que sou tam bém p resb ítero com eles, e testem unha das aflições de C risto , e p a rticip a n te da g ló ria que se há de re ve la r: 2 - ap ascen tai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não p o r fo rça , m as v o lu n ta ria m e n te ; nem por torpe g an ân cia, m as de ânim o pronto; 3 - nem como tendo dom ínio so b re a h e ra n ç a de D eus, m as servindo de exemplo ao rebanho. 4 - E, quando ap arecer o Sum o Pastor, alcan çareis a incorrup­ tível coroa de g ló ria.

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IN TERA ÇÃ O A ig reja lo cal é o Corpo In visível de C risto num tem po e num espaço. Ela é constituída por distintos seres hu­ m anos. Por issot é preciso h aver um a lid eran ça que a norteie, a oriente e a adm inistre com sabedoria. Então, aprouve ao Senhor le va n ta r obreiros p ara dela cuidar. A ig reja lo cal ja m a is pode ser ad m inistrad a por um único líder. A p esar da im portân cia do p as­ tor titu la r ; este deve co n tar com um grupo de obreiros aptos a en sin ar e a ad m in istrar a ig reja lo cal: o p resb ité­ rio. O nosso P a i levantou p resb íteros, hom ens honrados, de boa índole e idôneos, p ara ju n to do p asto r titular, cu id ar e z e la r do rebanho do Senhor.

O B JE T IV O S Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

C o n c e i t u a r o termo e a função do presbítero.

V a l o r i z a r o ministério do presbítero. A p o n t a r os deveres dos presbíteros.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Caro professor, para concluir o assun­ to do primeiro tópico, sobre a fun ção do p re s b íte ro , reproduza o quadro da página seguinte conforme as suas possibilidades. Peça aos alunos para discutirem as funções do presbítero apresentadas no quadro, preenchendo os espaços vazios. Conclua afirmando que a função de um presbítero, em primeiro lugar, é pasto­ ral. Isto implica múltiplas ações e zelo com a igreja local instituída pelo Senhor numa região. Ao final da aula, ju n ta­ mente com os alunos, interceda pelo presbitério de sua igreja local.


bispo (gr. episkopos, supervisor); de professor (gr, didaskolos); e de pastor (gr. poim êri). INTRODUÇÃO 2. A lid eran ça local. O após­ No início da Igreja do primeiro tolo Paulo cuidou de organizar a século havia líderes que orientavam adm inistração das igrejas locais os crentes quanto ao Evangelho, por onde as plantava, separando bem como à organiza­ ^ um 9 ru P ° de obreiros ção e desenvolvim ento PALAVRAS-CH AVE para tal trabalho. Quan­ da igreja local. O Evan* do escreve ao seu discí­ P re s b íte ro : gelho frutificou na vida pulo, o jovem Tito, Paulo A ncião. Pessoa das pessoas, e por isso, o instrui a estabelecer m ad u ra na fé. surgiam cada vez mais _________ _______ presbíteros em diversos novos crentes. Foi neces­ iugares, de cidade em ci­ sário, afim de garantir o discipulado dade (Tt 1.4,5,7). Estáclaro, assim, o integral da nova pessoa em Cristo, aspecto pastoral da função exercida separar crentes idôneos e maduros pelos presbíteros nas comunidades na fé para cuidarem desse precioso cristãs antigas. rebanho. Assim, os apóstolos de 3. A s q u a lific a ç õ e s . Em o Cristo passaram a estabelecer pres­ Novo Testamento, as referências aos bíteros para zelar pela administra­ presbíteros encontram-se no plural; ção e a vida espiritual da igreja local. “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos” (At 1 1.30; 15.2,4,6; 20.1 7;Tg 5.14; 1 - A ESCOLHA DOS 1 Pe 5.1). Como a liderança local era PRESBÍTEROS formada por um grupo de irmãos 1. S ig n ifica d o d a fu n ç ã o . experientes na fé para cuidarem De acordo com a Bíblia de Estudo da igreja, a função dos presbíteros Palavras-C have , o term o “presbí­ era pastoraL Portanto, o presbítero tero” (do gr. presbyteros) é uma é um pastor, um apascentador de fo rm a c o m p a ra tiv a da p a la v ra ovelhas! A Palavra de Deus expressa grega presbys, “ pessoa mais velha”. qualificações bem objetivas para Como substantivo, e no emprego o exercício fiel dessa função. Tais dos jud eus e cristãos, “ presbíte­ qualificações estão descritas em Tito ro” é um títuío de dignidade dos 1.6-9 para presbítero, assim como indivíduos experientes e de idade em 1 Timóteo 3.1-7 para “bispo”, madura que form avam o governo denotando o aspecto sinoním ico da igreja local. É um sinônimo de dos dois termos. Uma leitura atenta r

O P R E S B ÍT E R O A pascentar

Eo sinar A dm inistrar

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V

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das duas listas indica a importância Antioquia para orientar os irmãos da função e como as igrejas não I sobre a resolução dos problemas podem descuidar-se quando da que perturbavam os novos con­ ordenação de pessoas para servi-la. j vertidos: "E, quando iam passando O bom conselho do apóstolo Paulo j pelas cidades, lhes entregavam , ainda é a maneira mais segura para para serem observados, os decre­ se separar obreiros. tos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jeru ­ SIN O P SE D O T Ó P IC O (1) salém” (At 16.4).

3. A valo rização do p re sb i­ O termo presbítero (do gr. prestério. O presbitério deve ser valori­ byteros) é um sinônimo de bispo zado, pois desde os primórdios da (gr. episkopos), de professor (do gr. didaskoíos) e de pastor (do gn poim- I Igreja cristã, a sua existência tem fundamento na Palavra de Deus. êrí). Logo, a sua função é pastoral. I O rebanho do Senhor será ainda mais bem atendido se o presbitério RESPO N D A das nossas igrejas for preparado /. Segundo a lição o que é um pres­ para uma atuação mais efetiva no bítero? governo da igreja e no ministério de ensino, tal com o instruiu o II - A IM P O R T Â N C IA D O P R E S B IT É R IO apóstolo Paulo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados 1. S ig n ifica d o do term o . por dignos de duplicada honra, “Não desprezes o dom que há em principalmente os que trabalham ti, o qual te foi dado por profecia, na palavra e na doutrina” (1 Tm com a imposição das mãos do pres­ 5.1 7). O Novo Testamento mostra bitério” (1 Tm 4.14). Foi dessa for­ que, apesar de haver um pastor ma que o apóstolo Paulo lembrou titular, o governo de uma igreja Timóteo, aconselhando-o acerca não era exercido por um único lí­ do reconhecimento do ministério der, mas pelo conselho de obreiros do jo vem pastor pelo conselho (At 20.17-37; Ef 4J 1, 1 Pe 5.1). O de obreiros. O Novo Testamento presbitério é de vital importância ao I classifica esse corpo de obreiro de | “presbitério” (do gr: presbyterion , ! desenvolvimento das igrejas locais e ao bom ordenamento do Corpo ^ su b sta n tivo de p resb ítero, um de Cristo. 1 conselho formado por anciãos da igreja cristã). S IN O P S E D O T Ó P IC O (2)

2. A atuação do p re sb ité ­ rio. No Concílio de Jerusalém , em j relação às sérias questões étnicas e eclesiásticas que podiam comprom eter a expansão da igreja, os apóstolos e os anciãos (presbíteros) foram cham ad o s para debater e legislar sobre o assunto (At 15.2,6,9-11). Em se g u id a, .os presbíteros foram enviados à 80

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Fundamentado na Palavra de j Deus desde os primórdios cristãos, j o presbitério atua no governo da j igreja local junto ao pastor titular. j

RESPO N D A j 2. Q u al o sig n ificad o do term o I “presbitério”?


sobre eie, ungindo-o com azeite em nome do Senhor” (Tg 5.14). O ato da unção dos enfermos não pode ser banalizado na igreja local. Ele revela a proximidade que o presbítero deve ter com as pessoas. O membro da igreja local tem de se sentir à von­ tade para procurar qualquer um dos presbíteros e receber oração ou uma palavra pastoral. Tal obreiro foi separado pelo Pai e pela igreja para atender a essas demandas.

III - O S D E V E R E S D O P R E S B IT É R IO 1. A p a sce n ta r a ig reja. Os presbíteros têm o dever de alimen­ tar o rebanho de Deus com a expo­ sição da Santa Palavra. O apóstolo Pedro bem exortou aos presbíteros da sua época acerca desta tarefa: (1 Pe 5.2a). O apascentar as ovelhas do Senhor se dá com cuidado pas­ toral, não pela força ou violência, com o se os o b reiro s tiv e s s e m domínio sobre o Corpo de Cristo. Esse ato ocorre voluntariam ente, sem interesse financeiro, servindo de exemplo ao rebanho em tudo (1 Pe 5.2,3)- Os presbíteros formam o conselho da igreja local cujo ob­ jetivo maior é atuar na formação espiritual, social, moral e familiar do povo de Deus. 2. Lid era r a igreja local. A liderança da igreja loca! tem duas esferas principais de atuação: o governo e o ensino. O presbítero, quando designado para essas ta­ refas, tem o dever de exercê-las na “Igreja de Deus” (1 Tm 3.5). Para isso, ele precisa saber ugovernar a sua própria casa” e ser "apto a ensinar” (1 Tm 3.2,4). Liderar o rebanho de Deus, segundo o Novo Testamento, é estar disponível “para servir” e “não para ser servido” (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45). Com o ob­ jetivo de exercer competentemente esta função, o presbítero deve ser uma pessoa experiente, idônea e pronta a ser exemplo na igreja local. Ensinar e governar com equidade e seriedade é o maior compromisso de todo homem de Deus chamado para tão nobre tarefa. 3. U ngir o s en ferm o s. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3) Apascentar a igreja de Cristo, * liderar uma igreja local e ungir os enfermos são algumas das muitas 4 responsabilidades do presbítero.

RESPO N D A 3. Relacione os deveres dos pres -1 bíteros. 4. Q uais as duas esferas principais 1 de atuação da liderança da igreja I local7 5. Q ual é o m aior com prom isso de 1 todo homem de Deus cham ado p ara | ser presbítero?

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CO N CLU SÃ O

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Vimos que os termos presbítero, bispo e pastor são sinônimos. Os presbíteros, ou bispos, sempre form aram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a edificação da igreja locaL Eles exercem uma função pastoral. Nas Assembleias de Deus no Brasil, os presbíteros exercem este serviço, p a s to re a n d o as co n g re g a çõ e s . Eles aind a cuidam da execução das principais tarefas da Igreja: a evangelização e o ensino da Palavra. Portanto, esses obreiros precisam ser bem selecionados e valorizados pela igreja local.

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I Subsídio T eo ló g ico

V O C A B U LÁ R IO

“A s q u a lific a ç õ e s d o s P re s ­ In t e r c a m b iá v e l: Que pode b íte ro s (1.6-9) intercambiar, permutar, trocar As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são co n d içõ es ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o m inis­ tério. O grego traduz literalmente: ‘A q u e le qu e fo r ir re p r e e n s ív e l, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acu­ sados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes’ — este pode ser considerado como um candidato ao presbitério Paulo parece estar usando as palavras "ancião/presbítero’ ( p resbyteros, v.5) e ‘líder/bispo’ ( episkopos , v.7) de modo intercam biável [.,,]. N este p rim e iro p e río d o da história da Igreja, os ofícios m inis­ teriais eram variáveis e indistintos (STRONSTAD, Roger; ARRINCTO N, French L. (Eds.) C o m e n tá rio B íb li­

co P en teco stal Novo T e sta m e n ­ to« Vol. 2: Rom anos a Apocalipse. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.704,05).

ou mudar reciprocam ente. É tn ic a : Relativo a etnia; per­ tence ou próprio de um povo. S in o n ím ia : Q u a lid a d e das palavras sinônim as; de relação de sentido entre dois vo c a b u ­ lário s que tem s ig n ific a ç ã o m uito próxim a.

BIBLIO G RA FIA SU G ER ID A ST R O N ST A D , R o g e r; A R ­ RINGTON, French L. (Eds.) C o ­

m e n tário B íb lico P e n te co s­ tal N ovo T e s ta m e n to . Vol. 2: Rom anos a Apocalipse. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. ARAÚJO, Isael. D icio n á rio do M ovim ento P e n te co stal, Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n ° 58. p.41. R E S P O S T A S D O S E X E R C ÍC IO S 1. É um título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja íocaL 2. “ Presbitério” vem do gr. presb y te rio n , substantivo de presbí­ tero, um conselho form ado por anciãos da igreja cristã. O termo designa o conjunto de presbíteros que administram uma igreja local. 3* Apascentar a igreja, liderar a igreja local e ungir os enfermos. 4. O governo e o ensino. S. Ensinar e governar com equida­ de e seriedade.

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A U XÍLIO BIBLIO G RÁ FICO II Su b síd io H istó ric o P e n te co sta l “ P R ESB ÍT ER O S As Assem bleias de Deus, especialm ente no Brasil, certam ente em razão de se constituírem inicialm ente de crentes de diversos gru­ pos evangélicos, atraídos peia crença bíblica do batism o no Espírito Santo, do ponto de vista adm inistrativo, m inisterial, adotaram uma posição interm ediária mais aproxim ada do sistem a presbiteriano. Não adm item hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesm o bispo m encionado no Novo Testam ento. Adm item , entretanto, o cargo separado de pres­ bítero. O presbítero (anteriorm ente cham ado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algum as regiões, em cam po de evangelização das Assem bleias de Deus, de certo modo, é-lhe dado cargo correspon­ dente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desem penha todas as funções pastorais: unge, m inistra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor. [...] Porém, na Convenção Ceral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não pode­ riam ser considerados pastores. Os convencionais com preenderam , citando textos com o 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Tim óteo 5.1 7, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com cham ada ao m inistério, e estabeleceram , assim , a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assem bleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas). [...] Nas Assem bleias de Deus, em bora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser tam bém visto com o o penúlti­ mo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor” (ARAÚJO, IsaeL D ic io n á rio do M o vim en to P e n te c o sta l. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.71 5,16).

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I

Lição 12 22 de Junho de 2014

O D ia c o n a t o T E X T O A U R EO “Porque os que servirem bem como diáconos adq uirirão p ara si uma boa posição e m uita confiança na fé que há em Cristo Je su s” ( 1 T m 3.13).

V ER D A D E PRA TICA Embora o diaconato seja um m inis­ tério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.

H IN O S S U G E R ID O S 115, 175, 394

L E I T U R A D IA R IA Seg u n d a - Fp 1,1 Auxiliares dos líderes da igreja local

T e rça - A t 6-1-5 Homens exemplares

Q u a rta - At 6 .6 Separados com im posição de mãos

Q u in ta - 1 T m 3-12 Bons líderes no lar

Sexta - 1 Tm 3.1 3 Cham ados para servir

Sábado - Mt 2 0 .2 6 -2 8 Jesus veio para servir

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L E I T U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E

IN TER A Ç Ã O

S e rv ir: uma ordenança de nosso Sen h or (Mc 1 2 3 0 ,3 1 ). O m inistério de serviço ao próxim o é o sím bolo de am or na instituição 8 ■ D a m esm a so rte os diá- dos diáconos relatada no livro dos A tos dos . conos se jam h o n esto s , não A póstolos , no sexto capítulo. A qui , os após­ tolos foram coerentes com o ensinam ento de lín g u a dobre, não dados a de Je s u s de N azaré. Há m uito, o nosso m uito vinho, não cobiçosos de Sen h or havia ensinado sobre a urgência | torpe g a n â n cia , de reso lver questões sociais e de c a rá te r h u m a n itá rio de quem q u e r que fo sse . 9 - g uard and o o m istério da O problem a reg istra d o em A to s 6 foi de fé em um a p u ra consciência. c a rá te r étnico, m as hoje outros gran d es pro b lem a s afligem m uitos m em bros da I IO - E tam bém estes sejam p rim eiro provados, depois s ir­ igreja local. Que o serviço dos diáconos de C risto nos inspire a cu ltiva r um estilo vam , se forem irrep reensíveis. de vida diaconal baseado na h istó ria de i 11 - D a m esm a sorte as m ulhe­ Je su s de N azaré. res sejam honestas, não m aldi­ O B JE T I V O S ____ zentes, sóbrias e fiéis em tudo.

1 T im ó te o 3.8-13

12 - Os diáconos sejam m a ri­ dos de um a m u lh er e g o ver­ nem bem seus filh o s e suas | p ró p rias casas.

I

13 - Porque os que servirem bem com o diáconos a d q u iri­ rão p ara si um a boa posição e m uita confiança na fé que há em Cristo Jesu s.

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

A n a lis a r o estilo de vida diaconal de Jesus.

E x p lica r a instituição do m inistério do diácono. D is c o r r e r sobre o perfil e a função do diácono.

O R IEN TA Ç Ã O P ED A G Ó G IC A Prezado professor, para concluir a presente lição, sugerimos uma atividade prática para executá-la junto à clas­ se. Procure o secretário da igreja e se informe sobre as pessoas enfermas que não podem ir aos cultos rotineiros. De acordo com a quantidade de enfermos, e após a Escola Dominical, separe grupos de três ou quatro pessoas (depende da quantidade de alunos) para fazerem uma visita. Ao chegar no lar da pessoa visi­ tada, ore, leia a Palavra e cante para ela. Converse um pouco de modo que ela sinta-se bem acolhida. Ao final da ativi­ dade, reúna todos os grupos e explique-ihes que esta é uma prática diaconal transbordante de amor e baseada no ensino de Jesus de Nazaré (Mt 25.36,43).

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INTRODUÇÃO

ser igual a Deus. Mas aniquílou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo a Bíb lia de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo" denota o sentido de uma condição humilde.

No prim eiro século da era cristã , a Ig reja cresceu sob o | avivam ento do Espírito e expan­ diu-se pelo m undo. Na m esm a medida em que cresceu, surgiram 2 . S e r v iç o de e s c r a v o . 8 tam b é m p ro b lem as na e s fe ra Na véspera da sua crucificação, j so cia l, d e m a n d a n d o u rg e n te s o Senhor Jesu s reuniu os seus providências. Por uma doze d iscíp u lo s para sábia e unânime deci­ PALAVRA-CHAVE com er a ú ltim a ceia. são, em assem bleia, a Tom ando um a to alh a D iácono: igreja de Jerusalém es­ e uma bacia com água, Aquele que serve colheu sete homens de eíe começou a lavar os p or am or. moral ilibada e cheios pés dos discípulos, um do Espírito Santo, para a um (Jo 13.4,5). Não há adm inistrarem esse "im portante atitude mais comovente do nosso n e g ó c io ” (At 6.3). N esta lição Senhor como o relato do lava-pés, estudaremos esse importante mi­ demonstrando serviço, exemplo e nistério de serviço que, por causa humildade. A “diaconia da toalha de uma crise étnica na igreja, e da bacia” é a convocação cristolevou os apóstolos a propor me­ cêntrica para uma vida de serviço didas que serviram de base para humilde (Jo 13.1 2-1 7). instituir a função diaconal. Esta, 3. O d iscíp u lo é um s e r ­ até hoje, faz parte do ministério v iç a l. C erta vez, Tiago e Jo ã o ordenado pelas igrejas cristãs. pediram ao Senhor lugares de des­ taques, “à direita” e “à esquerda” I - A D IA C O N IA D E de Jesus, quando da implantação J E S U S C R IS T O do seu Reino (Mc 10.35-37). Os 1. S ig n ifica d o do termo» discípulos ainda não haviam com ­ O term o grego d ia co n ia sig n i­ preendido a mensagem de Jesus. fica “ m in is té rio ” ou “ s e rv iç o ” . A proposta do Nazareno nunca foi A vida inteira de Jesu s aqui na a de estabelecer uma hierarquia Terra dem onstrou o verdadeiro de poder tem p oral para a sua sentido da diaconia em todos os igreja, mas a de serviço conforme seus aspectos. Na realidade, seu dem onstra sua resposta a eles: m inistério terreno evidenciou o “entre vós não será assim; antes, quanto Ele foi “apóstolo da nossa qualquer que, entre vós, quiser ser confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc grande será vosso serviçal [diako24.19), evangelista (Lc 4.18,19), nos]. E qualquer que, dentre vós, pastor (Jo 10.11), mas principal­ quiser ser o primeiro será servo de m ente, diácono por excelên cia todos. Porque o Filho do Homem (Mt 20.28). O apóstolo Paulo disse também não veio para ser servido, que Jesus, “sendo em form a de mas para servir e dar a sua vida em , Deus, não teve por usurpação resgate de muitos” (Mc 10.43-45).

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SINOPSE D O T Ó P IC O (7 ) A d iaco n ia de Je su s Cristo está centralizada na disponibili­ dade em servir o próximo.

RESPO N D A /. Q u al o sig n ifica d o do term o grego “d iaco n ia1'? 2. Q ual o significad o da “d iaconia da toalh a e da b a cia ”?

II - A IN S T IT U IÇ Ã O D O S D IÁ C O N O S 1. O co n ceito da fu n ção . A palavra diácono (gr. diakonos), se­ gundo o D icion ário Vine , refere-se àquele que presta trabalhos volun­ tários aludindo aos exem plos dos criados dom ésticos dos tem pos do N ovo T estam ento. O term o destaca, em especial, a função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a "um servo" ou “um escravo” (Mt 1 3.27,28; Jo 4.51). Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo “m inis­ tro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém. 2a O rigem do d iaconato . “A bênção”, “problem a” e ‘'reivindi­ cação” são palavras-chave para o advento do ministério formal dos diáconos em o Novo Testamento. A b ên ção foi o e x tra o rd in á rio crescim ento da igreja local em Jerusalém . A questão étnica causa­ da pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas jud ias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era o problem a. A re ivin d i­

cação pode ser vista na manifes-1 tação verba) destas viúvas que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma de discrim inação dos líderes da igreja de Jerusalém , cobraram sua assistência (At 6.1).

3.

A e sco lh a do s d iáco n o s.

Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apósto­ los separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito San­ to e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisão de caráter pacificador e de muito bom-senso À para a igreja não se perder em permanentes desentendim entos. O objetivo era estimulá-la a re­ so lver a questão reconhecendo o c a m in h o e q u iv o c a d o a n te s aderido pelos líderes até aquele m om ento. Assim , eles puderam executaras mudanças necessárias e resolveram uma questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém .

S IN O P S E D O T Ó P I C O (2 ) O livro dos Atos dos Apósto­ los, no capítulo 6, descreve a ins­ tituição do m inistério de diácono.

III - O P E R F I L E F U N Ç Ã O D O D IÁ C O N O 1.

Q u a lific a ç õ e s do d iá c o ­

no. As qualificações dos diáconos descritas no livro de Atos e na prim eira carta a Tim óteo revelam que em nada elas diferem da atri­ buição ética exigida aos bispos (1 Tim óteo e Tito). a) C a rá te r m o ral (1 Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e ín­ tegras. Não pode haver “língua L iç õ e s B í b l i c a s

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dobre” neles, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e não, não. A ga­ nância por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua função é exatam ente a de executar tra­ balhos adm inistrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e acom panhar as viúvas e os pobres da Igreja do Senhor. b) C a rá te r e sp iritu a l (1 Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O diá­ cono guarda a revelação de Deus que está em C ristojesus, o nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e espiritual. c) C aráter fam iliar. O candida­ to deve ser marido de uma mulher, fiel à sua esposa e bom pai, A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu lar, am ar as suas esposas com amor s a c rific a l. D evem re s p e ita r os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O “serviço” do di­ ácono à sua fam ília revelará como ele servirá a igreja local.

igreja local através das orienta­ ções do seu pastor em atividades ligad as a v is ita r os en ferm o s, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas es­ pirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, reco lh eras contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem com o de outras tarefas já m encionadas.

2. A fu n ção d o s d iá c o n o s em A to s 6» Quando foram insti­

O d ia co n a to foi in stítu íd o pelos apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e pre­ cisou ter pessoas que pudessem re so lve r questões relacionadas a problem as sociais que dem an­ davam atenção e cuidado, Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em tra b a lh o s d iferen tes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los com o excelentes s e rv id o re s do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.

tuídos diáconos, setes homens de fala grega foram separados para assistir so cialm en te as v iú v a s : tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que houvesse in­ justiças de caráter social na igreja do primeiro século. A função do diaconato era fundam entalm ente de caráter social.

3. A fu n ção d o s d iá co n o s hoje. Atualm ente, a função priordiai do diácono é auxiliar a

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SINOPSE DO T Ó P IC O (3). Para o perfil e a função do diácono deve-se levar em conta o caráter morai, o caráter espiritual e o caráter fam iliar do candidato.

R ESPO N D A 3. Quais as qualificações p ara o diaconato? 4. Q ual a função dos diáconos em A tos 6? 5. Q u al a função dos diáconos hoje?

C O N C LU S Ã O


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I V O C A BU LÁ RIO ____ Lato: De grande amplitude; não restrito, largo, extenso.

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A ANDRADE, Ciaudionor de. Ma­ nual do D iácono. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, STOTT. John R. W. C ristia n ism o Eq u ilib ra d o . 1.ed. Rio de Ja n e i­ ro, CPAD, 1995.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n°58, p.42. RESPO STAS DOS EX ER C ÍC IO S 1. “Ministério” ou “serviço”. 2. Significa a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.1 2-1 7). 3, Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar. 4« Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. 5, A uxüiar a igreja locai através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfer­ mos, os necessitados e os desvia­ dos, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízim os e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do culto, bem como de outras tarefas para as quais for designado.

Subsídio T eo ló g ico “C o m u n h ão Q u e b ra d a : A C o m u n id a d e E sc o lh e Sete D iá ­ co n o s Os crentes se dedicam a formar um a co m u n id a d e de co m u n h ã o (At 2.42), que acha expressão em com partilharas possessões com os necessitados. Como exem plo posi­ tivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-1 1). No capítulo 6, Lucas informa um desar­ ranjo na com unhão causado pela negligência da com unidade para com suas viúvas gregas. No meio de trem endo progresso da Igreja, este prob lem a co loca a unidade eclesiástica em sério perigo. N esta época, a co m u n id ad e cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos ( h ellen istai, ‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus ( h eb raio i, ‘crentes de fala aramaica’). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortem ente influenciados pela cultura grega, p ro va ve lm e n te en q u an to vivia m fora da Palestina, ao passo que os jud eus hebreus são cristãos que sem pre v iv e ra m na terra n ativa da Palestina” (STRONSTAD, Roger; ARRIN G TO N , French L. (Eds.) C o ­

m e n tá rio B íb lic o P e n t e c o s ta l Novo T e sta m e n to . Vol. 1: M ateus a Atos. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.657).

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AUXILIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio Teo ló g ico “[Sobre a E sc o lh a d o s d iá co n o s] [...] Lucas não declara como é feita a escolha dos sete homens, mas a congregação como um todo vê a sensatez da proposta dos após­ tolos (v.5) e participa na escolha destes diáconos. A qualificação básica é a espiritualidade, mas eles devem ser distintos de duas maneiras. Eles têm de ser'cheios do Espírito Santo’. Em vez de ser meros bons administradores ou gerentes de recursos, esta qualificação lhes exige que sejam capacitados pelo Espírito na ordem dos discípulos no Dia de Pen­ tecostes. Quer dizer, eles devem ter o poder de uma fé que faz milagres. Eles também têm de ser ‘cheios [...] de sabedoria’. Com plem en­ tar aos atos de poder está o discurso inspirado pelo Espírito. Os diáconos têm de ser poderosos em obras e palavras. Como pessoas competentes e maduras que são inspiradas pelo Espírito, elas têm de ter bom senso prático e serem capazes de lidar com delicados problemas de propriedade. Seu ministério inclui negócios em presa­ riais e a distribuição de ajuda para os necessitados, mas também deve ser espiritual e carismático. Eles devem exercer quaisquer dons espirituais que Deus lhes concedeu. Entre os sete homens escolhidos para servir como diáconos estão Estêvão e Filipe (os únicos dois sobre quem Lucas apresenta detalhes). Filipe se destaca como pregador carismático (At 8.4-8,2640; 2 1.8); ele é o primeiro a fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito como "homem cheio de fé* (v.5), sem dúvida sig­ nificando a fé que faz milagres. Ele faz ‘prodígios e grandes sinais entre o povo’ (v.8), e seus oponentes não sabem como lidar com a pregação que ele faz (v. 10). O ministério destes dois homens ilustra os ministérios dos diáconos carism áticos, os quais se estendem muito além das preocupações práticas do dia a dia da Igreja. A ordenação dos sete diáconos fornece bom modelo para mi­ nistrar as minorias da Igreja. Como na Igreja primitiva, devem os nos preocupar com o modo como as minorias — os pobres, as viúvas, os órfãos e as pessoas de diferentes origens raciais — são tratadas. Semelhante às viúvas crentes de faia grega, tais pessoas são inde­ fesas, e suas necessidades podem ser negligenciadas. Cada congre­ gação deve ter um programa próprio para ministrar aos que estão em desvantagem e às minorias, e entregar este ministério àqueles que são espiritualmente dotados e comprom issados a cuidar deles” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) C o m en tário Bí­ b lico P en teco stal Novo T e stam e n to . Vol. 1: M ateus a Atos. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.657-8),

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Lição 13 2 9 de Junho de 2014

A M u l t if o r m e S a b e d o r i a d e D eus T EX T O ÁU REO “P a ra que, agora, peia igreja, a m ulti­ form e sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus”

(Ef 3.10). V E R D A D E P R A T IC A A multiforme sabedoria de Deus vai além da com preensão hum ana e é dem onstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.

H IN O S S U G E R ID O S 10, 330, 440

L E IT U R A D IÁ R IA S e g u n d a - Pv 2 .6 Deus dá sabedoria

T e rç a - Pv 9-10 O princípio da sabedoria

Q u a rta - Rm 1 1 .3 3 A insondável sabedoria divina

Q u in ta - Rm 11 .3 4 -3 6 Quem com preendeu o intento divino

Sexta - 1 Co 1.2 4 Cristo, a Sabedoria de Deus

Sábad o

Ef

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O espinto de sabedoria

revelação

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LEITU RA BÍBLICA EM CLASSE E fé s io s 3=8-1 Or 1 Pedro 4.7-10

E fé s io s 3 8 - A mim, o m ínim o de todos os santos, me foi dada esta g ra ç a de a n u n c ia r entre os gentios , por meio do evange­ lho, as riquezas incom preen­ síveis de Cristo

9 - e dem onstrar a todos qual seja a d isp ensação do m is­ tério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;

10 - p a ra que , ag o ra, pela igreja, a m ultiform e sabedo­ ria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, 1 Pedro 4 7 - £ já está próxim o o fim de todas as coisas ; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.

8 - Mas, sobretudo, tende a r­ dente am or uns p ara com os outros, porque o am or cobrirá a m ultidão de pecados,

IN TERA ÇÃ O Um a das coisas m ais m aravilh o sas quando estudam os a teologia da San ­ tíssim a Trindade é id en tificar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno relacionam ento num a unidade perfeita. É isto mesmo! A Santíssim a Trindade m ostra-nos um a p e rfe ita unidade. Po rtan to , não poderíam os esperar outra form a de Deus a g ir pela Igreja, se não pela expressão da sua m ultiform e sab ed o ria em tra b a lh a r no mundo através do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou ao seu povo dons de revelação, dons de poder, dons de expressão e dons m inisteriais. Que o Senhor nos use como instrum en­ tos em suas mãos. __

O B JE T IV O S

Após a aula, o aluno deverá estar apto a; C o n t ie c e r o ca rá te r d ive rso dos dons espirituais e ministeriais. E s t u d a r as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos. C o r r e la c io n a r os dons espirituais com o fruto do Espírito.

9 - sendo h o sp italeiro s uns p a ra os outros, sem m urm u­ rações. 10 - Cada um adm inistre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da m ultiform e g raça de Deus .

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O R IE N T A Ç Ã O PED A G Ó G IC A Professor, para introduzir a última lição do trim estre reproduza na lousa o es­ quema da página seguinte. Em seguida, faça uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e comente cada dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao aluno o caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso, podemos perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai sobre o seu povo. Boa aula!


1 1 e 2 Tim óteo 1.6 vem os dons espirituais na esfera m inisterial da igreja. IN TR O D U Ç Ã O 2« São a m p lo s . A sabedoria O A ltíssim o revelou para de a Deus é m ultiform e e plural. É m anifesta em seus dons espi­ Igreja um m istério oculto desde a rituais e m in iste ria is nas m ais fundação do mundo. Pelo Espírito v a r ia d a s c o m u n id a d e s c ris tã s Santo, o Senhor trouxe luz para o espalhadas pelo mundo. seu povo usando os “seus santos D á d iv a s d o ap ó sto lo s e p ro fe ta s ” Pai- Outras excelentes para m ostrar que esse PALAVRA-CHAVE d ád ivas de Deus d is­ m is té rio é C risto em pensadas à sua Igreja M u ltifo rm e: n ó s, a e s p e r a n ç a da para com unicar o Evan­ glória. Era a m u ltifor­ V árias fo rm as; me s a b e d o ria do Pai diversas m an eiras; gelho a todos, são: a ) >4 d á d iv a do m anifestando-se para num erosos estados. amor. A grande m ani­ pessoas simples como fe sta çã o de am o r do eu e você. Altíssim o para com a hum anida­ I - OS DONS ESPIRITUA IS de foi enviar o seu Filho Am ado E M IN IS T E R IA IS para sa lvar o m undo Oo 3.16). Este am or dispensado por Deus 1. S ã o d iv e r s o s . Na passa­ desafia-nos a que am em os aos gem bíblica de 1 Coríntios 12.8-1 0 nossos inim igos e ao próxim o, são m encionados nove dons do isto é, qualquer ser hum ano ca­ Espírito Santo. Há outros dons rente da graça do Pai (Jo 1.14). espirituais noutras passagens da b) A d ád iva da filiação divina. Bíblia já m encionados em lições Deus torna um filho das trevas em anteriores deste trim estre, com o filho de Deus Oo 1.12; 1 Pe 2.9). R o m a n o s 12,6-8; 1 C o rín tio s É a graça do Pai indo ao encontro 1 2 .2 8 -3 0 ; 1 P e d ro 4.1 0,1 1 e da pessoa, tornando-a membro da Hebreus 2.4. São dons na esfera fam ília de Deus (Ef 2.1 9). congregacíonal. Em Efésios 4.7-

DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS ...

D o n s de R e v e la ç ã o

D o n s de P o d e r

D o n s de E x p r e s s ã o

D o n s M in is te r ia is

Palavra de Sabedoria; Palavra da Ciência; Discernimento de Espíritos.

Dom da Fé; Dons de Curar; Operação de Maravilhas.

Dom de Profecia; Variedade de Línguas; Interpretação das Línguas.

Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores; Doutores.

1

j|

V

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"Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próxim o Elínaldo Renovato

c) O ministério da reconcilia­ ção. O apóstolo Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2 Co 5.19). Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2 Co 5.1 7).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) Os dons espirituais e ministe­ riais são diversos e amplos.

RESPO N D A 1. Segundo a lição , quais são as dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evan­ gelho a todos? 2. Segundo o apóstolo Paulo quais habilidades são indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2)7

e dissolução (1 Tm 3.2 cf. Ef 5.1 8). O fiel despenseiro é o oposto dis­ so. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.

2. A m or e h o sp ita lid a d e . Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1 Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obrei­ ro pode demonstrar sabedoria e am or no trato com as pessoas. Am ar sem esperar receber coisa algum a é parte do cham ado de Deus para os relacionamentos (1 Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se deno­ minam discípulos do Senhorjesus (Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo Pedro (1 Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmen­ te, pois a hospitalidade é acolhi­ mento, bom trato com todas as pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apeio que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).

3 . O d e s p e n s e ir o d e v e a d m in is t r a r com fid e lid a d e .

A graça derram ada sobre os des­ penseiros de Cristo tem de ser adm inistrada por eles com zelo 1. Com s o b rie d a d e e v ei­ fidelidade. A Palavra de Deus g ilâ n c ia . O d esp e n se iro deve nos adverte: “Cada um administre administrar a igreja locai, retirando aos outros o dom como o rece­ da “despensa d iv in a ” o m elhor beu, como bons despenseiros da alim ento para o rebanho. Paulo multiforme graça de Deus” (1 Pe destaca a sobriedade e a vigilância 4.10). Pregando, ensinando ou do candidato ao episcopado como adm inistrando o corpo de Cristo, h ab ilid a d e s in d is p e n s á v e is ao tudo deve ser feito para a glória exercício do ministério (1 Tm 3.2). do Senhor, a quem re alm e n te Por isso, o apóstolo recomenda ao pertence a majestade e o poder obreiro não ser dado ao vinho, pois (1 Pe 4.1 1). Paulo ensina-nos ain­ bebida traz confusão, contenda da que devem os ser vistos pelos

II - B O N S D E S P E N S E IR O S D O S M IS T É R IO S D IV IN O S

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homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos m istérios de Deus” (1 Co 4.1; Cf 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus de­ vem ser fiéis em tudo; "para que, agora, pela igreja, a m ultiform e sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).

S IN O P S E D O T Ó P I C O (2 ) Os bons d e sp e n se iro s dos m istério s d ivin o s d evem a p re ­ s e n ta r s o b rie d a d e , v ig ilâ n c ia , amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.

RESPO N D A 3. Como Pau lo term in a o cap ítu lo sobre os dons e sp iritu a is?

III - O S D O N S E S P IR IT U A IS E O F R U T O D O E S P ÍR IT O 1. A n e c e s s i d a d e d o s d o n s e s p i r i t u a i s » Os d o n s espirituais são indispensáveis à Igreja. Um a onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais não estão viven d o a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar en ferm id a­ des (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Esp írito são ain d a mais necessários. É no tem po de sequidão que precisam os buscar m ais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a m anifestação dos dons espirituais para o despertam ento espiritual dos crentes em Je su s (Hb 3.2).

2 . O s d o n s e s p ir it u a is e o a m o r c r is t ã o . Paulo term ina o capítulo sobre os dons esp iri­ tuais, dizendo: “ Portanto, procu­ rai com zelo os m elhores dons; e

eu vos mostrarei um cam inho ain­ da mais ex celen te” (1 Co 12.31). Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sag rad a sobre o a m o r — 1 Coríntios 13. Com o já dissem os, não é por acaso que o tem a do am or (capítulo 1 3) está entre os assuntos espirituais (ca­ pítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos g e n tio s refere-se a v á rio s dons, ensinando que sem o am or nada adianta tê-los.

3. A n e c e s s id a d e do fru to d o E s p í r i t o . Um a v id a c ris tã pautada pela p e rsp ectiva do fru ­ to do Espírito (Gl 5.22) — o am or — é o que o nosso Pai C elestial q u e r à su a Ig re ja . Um a ig re ja cheia de poder, que tam bém am a o pecador. Cheia de dons e s p iri­ tuais, mas que tam bém aco lhe o doente. Zelosa da boa do utrina, mas em cham as pelo am or fra ­ tern o que, com o diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o am o r não é invejoso; o am or não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não bu sca os seus interesses, não se irrita, não su sp e ita m al” (1 Co 13.4,5). O cam inho do am or é mais ex celen te que o dos dons esp iritu ais (1 Co 12.31).

S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 ) Os dons e sp iritu a is são li­ gados ao am o r cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.

RESPO N D A 4. Q u al o cam in h o a in d a m ais excelente que os dons , segundo a liçã o ? 5. Sejam q u ais fo rem os dons , com o a q u e le s que os possuem devem usá-los? L iç õ e s B íb l ic a s

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CO NCLUSÃO A m u ltiform e sab ed o ria de D e u s m a n ife s ta - s e na ig r e ja através da intervenção sobrena­ tural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus n ece ssário s ao c re s c im e n to e s p iritu a l dos cren tes. Sejam quais forem os

dons, aqueles que os possuem devem usá-íos com hum ildade e fidelidade, não buscando os inte­ resses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem am or de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesu s.

A U XILIO BIBLIO GRÁFICO S u b s id io T e o ló g ic o

B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A

“SA B ED O R IA Embora Paulo não tenha prega­ do de acordo com a sabedoria do mundo, todavia ele pregou a sabe­ doria oculta de Deus que só pode ser discernida quando Deus dá ao homem a direção e a ajuda do Espí­ rito Santo (1 Co 2.7-1 4). Deus deseja que o hom em tenha e conheça sua sabedoria (Tg 1.5). Ela é espiritual e consiste no conhecim ento de sua vontade (Cl 1.9; Ef 1.8,9). Ela é ‘do alto’ e é contrastada com a sabedo­ ria terrena e hum ana deste mundo, que pode até ser inspirada pelos demônios (Tg 3.1 3-1 7; cf, Cl 2.23; 1 Co 3.1 9,20; 2 Co 1.1 2). A sabedoria de Deus deve ser revelada ou 'd ada’ aos hom ens (Rm 11.33,34; 2 Pe 3,15; Lc 21.15). Isto pode ser con­ ferido pela Palavra de Deus e pelo ensino hum ano dela (Cl 3.16; 1.28; Ap 13,18; 1 7.9)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). D icio n ário Bíblico W ycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 171 2).

i 96

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MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. D o u trin a s B íb lica s: Os Fundam entos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. HORTON, Stanley (Ed.). T e o lo ­ g ia S iste m á tic a : Um a Perspec­ tiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n ° 58, p.42. RESPO STA S DO S E X E R C ÍC IO S 1- A dádiva do amor, a dádiva da filiação d ivin a e o m inistério da reconciliação. 2. A sobriedade e a vigilância, 3. Dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). 4. O caminho do amor. 5. Com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.


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