Ano VII - nº 77 - Janeiro de 2016 - Fortaleza - Ceará
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EXPORTAÇÃO A saída para o Ceará e o Brasil
Foto: divulgação
No último dia 22 de janeiro, no auditório Waldir Diogo, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, foi realizada palestra “Oportunidades de Investimentos China/Brasil”, para os industriais e empresários cearenses pelo Sr. Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC), numa promoção Conselho Temático de Relações Internacionais (Corin), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). (Página 3)
Clima adverso não impedirá safra Demanda do consumidor recorde, avalia Agroconsult por crédito cai 6,7% em 2015 (Página 5)
Às vésperas de iniciar o Rally da Safra, expedição que irá percorrer as principais regiões brasileiras produtoras de grãos - Agroconsult - divulgou mais uma estimativa de colheita de soja e de milho. (Página 11)
Fortaleza: a capital do pré-Carnaval
Produção do filme “A Lenda do Gato Preto” traz troféu internacional para o Ceará (Pág. 4)
As vantagens de uma solução única para e-Docs no varejo (Página 5) Planos Municipais de Saneamento:
data limite para entrega pelos municípios é prorrogada para 31/12/2017 Mais uma vez foi prorrogado o prazo a partir do qual os municípios que não tenham Planos Municipais de Saneamento deixarão de receber
recursos federais para esta área, de acordo com o Decreto 8.629/15, de 31/12/2015. O prazo limite agora é 31 de dezembro de 2017. (Página 5)
Mais uma vez Fortaleza se destaca como a capital do pré-Carnaval, com muito confete, serpentinas, samba, frevos e marchinhas. Os blocos saíram às ruas da capital esquentando os sábados e domingos desse mês de janeiro. O destaque ficou para os Blocos da Cachorra Magra, Matou a Pau...ta, Sanatório Geral, Maracatú Solar, Unidos das Cachorras, Relaxa meu bebê, Mocinha, e muitosoutros.(Veja cobertura de alguns destes blocos nas páginas8e9) Troféu World Human Rights
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Opinião/Editorial
Medidas garantem a retomada do crescimento
Vamos seguir o exemplo da China. Para o País crescer só apostando na exportação!
O Brasil é maior do que todas as dificuldades e muito maior ainda do que os maus brasileiros. Tiveram repercussão positiva nos meios empresariais e, na sociedade civil de uma maneira geral, as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff, no sentido de proporcionar a retomada do crescimento econômico ao País. Embora sejam ações iniciais, elas causam significativo impacto na vida nacional. Já se observa melhora no ramo de negócios e mais segurança jurídica nos investidores e, o mais importante, tudo isso sem o risco de hiperinflação. A ausência do crescimento, o consequente aumento no nível de desemprego, enfim, a tão propalada crise – é preciso que se diga – não se devem aos governos Lula e Dilma, mas ao efeito rebote da verdadeira crise global do capitalismo iniciada em 2008 e agravada, nos últimos anos, por dois fatores que prejudicaram sobremaneira o Brasil: a freada no crescimento da República Popular da China (com acentuada diminuição nas importações daquele país asiático e a concentração no mercado interno) e a baixa sem precedentes nas cotações do preço do petróleo. O alvo imediato do maquiavelismo das potências ocidentais, nesse último item, foi a Petrobras e as grandes reservas nacionais do pré-sal. Imaginem as implicações na despencada no preço do barril de US$130 para menos de US$30. É esta a real explicação para o furor da oposição derrotada em 2014, a grande mídia brasileira e setores do Judiciário, contra os governos do Partido dos Trabalhadores e aliados. Perversamente a oposição antinacional e antipopular aproveitou a ocasião para tentar desfechar o golpe sonhado desde 2002. Serão frustrados mais uma vez, a exemplo do que aconteceu no chamado episódio do mensalão. Como escreveu Saul Leblon, pseudônimo de assíduo personagem dos sites alternativos, na revista Carta Capital, “a farsa anunciada em manchetes faiscantes é essa que os Marinhos, os Frias e os Mesquitas repicam diuturnamente com seus chicotinhos de domadores do discernimento social: Allons enfants, vamos abrir a janela de oportunidade para destruir o PT e restaurar a monarquia plutocrática neoliberal; aqui e quiçá em toda a América Latina bolivariana –Macri, mostre-lhes como se fazia nos anos 90”. A presidenta Dilma Rousseff reagiu com medidas efetivas e escolheu o fórum propício para anuncia-las: o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão. O colegiado é formado por 47 empresários e 45 representantes da sociedade civil e das centrais sindicais. É o fórum de discussão sobre medidas a serem adotadas para recuperar o crescimento econômico. As medidas de estímulo ao crédito injetarão R$ 83 bilhões na economia. A iniciativa que deverá ter mais efeito sobre o setor é a facilidade da aplicação dos recursos do Fundo de Infraestrutura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) em empreendimentos que gerem bens produtivos e empregos e a simplificação da emissão de debêntures de infraestrutura, que liberará até R$ 22 bilhões.Apropositura precisa ainda de aprovação do Congresso Nacional. Outra medida de grande alcance social: a autorização para que parte da multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), paga em demissões sem justa causa, possa ser utilizada como garantia para o crédito consignado – com desconto das parcelas diretamente no salário – por trabalhadores do setor privado. Há previsão da injeção de R$ 17 bilhões em crédito e a consequente ampliação do poder de compra dos assalariados. Entre o elenco de medidas está ainda a abertura da linha de crédito para refinanciar as prestações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), que deverá resultar em empréstimos de R$ 15 bilhões. Foi anunciado também o reforço da concessão de crédito por bancos públicos com taxas menores que as de mercado. Essa medida beneficiará as micro e pequenas empresas, a construção civil, os exportadores e o agronegócio. A retomada da linha de pré-custeio agrícola do Banco do Brasil irá injetar mais R$ 10 bilhões e a aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Certificados de Recebíveis Imobiliários vai dar impulso ao crédito habitacional também em R$ 10 bilhões. Além disso, a reabertura da linha do BNDES para financiar capital de giro de empresas com garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e com redução das taxas de juros deverá resultar na liberação de mais R$ 5 bilhões. Por fim, o aumento do prazo máximo de pagamento e a redução da taxa de juros da linha de pré-embarque de produtos exportados injetará R$ 4 bilhões. De acordo com as explicações dos técnicos da equipe econômica, as medidas não resultarão em custo para o governo porque os financiamentos terão taxas de mercado e o governo está apenas simplificando procedimentos e reduzindo riscos, o que ajuda o próprio mercado a reduzir as taxas de juros. Acrescentam: em relação ao crédito, a maior parte das iniciativas é de ordem administrativa. Não geram custo adicional para os contribuintes. O objetivo é usar melhor os recursos disponíveis, explicou o ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O Brasil é maior do que todas as dificuldades e muito maior ainda do que os maus brasileiros que estão a serviço das superpotências e deseja frear a caminhada do País rumo ao desenvolvimento, ao progresso e bem-estar social com oportunidade para todos, principalmente os segmentos menos favorecidos que tiveram significativa melhoria de vida nos governos do PT.
Editora J. Comércio do Ceará CNPJ: 34.956.268/0001-13 Rua Joaquim Magalhães, 28A- Fortaleza - Ceará Telefones: 988460975 - 99674.5186 DIRETOR ADMINISTRATIVO Antônio José Matos de Oliveira DIRETOR COMERCIAL João Pereira da Cunha Neto EDITOR GERAL Carol Cabral - Reg. CE 0003312 JP
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A glória da burrice
José Pio Martins* Inconformado com a estupidez do governo e dos políticos dos anos 50 e 60, que batiam no peito e gritavam que nunca iriam autorizar empresas multinacionais a produzirem petróleo no Brasil, Roberto Campos desabafou dizendo que “a burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”. A angústia do grande economista era que, enquanto rejeitava capitais de risco dispostos a investir na produção de petróleo aqui, o governo sofria em busca de empréstimos (a juros altos) para fazer importações do produto. Roberto Campos não entendia que lógica o governo e os políticos viam na ideia de que mendigar empréstimos internacionais e ficar na dependência de suprimento externo era melhor que atrair empresas estrangeiras para a produção em território nacional. Quando veio a crise do petróleo, em 1973, e o preço do barril pulou de US$ 3,20 para US$ 14, o Brasil importava 75% do consumo, a dívida externa explodiu e o país quebrou. A frase de Roberto Campos foi profética. A burrice provou sua glória passada como, após a morte do autor, em 9 de outubro de 2001, continuou firme rumo ao futuro promissor. Exemplo soberbo da burrice nacional são os entraves à participação na globalização. Levantamento da Câma-
ra de Comércio Mundial informa que o Brasil continua sendo o país mais fechado para o comércio exterior entre todas as nações do G20, ficando com nota 2,3 em 2015 (a escala vai de 1 a 6), atrás de Argentina e Índia. Para piorar, o país caiu da 57.ª para a 75.ª posição, entre 140 países, no ranking da competitividade global publicado pelo Fórum Econômico Global – perdendo, assim, 18 posições. Mas o que é essa tal globalização? Para começar, é uma necessidade, em face da superpopulação. O planeta atingiu 1 bilhão de habitantes somente em 1830. Em apenas 100 anos, a população dobrou. Hoje, já somos 7,3 bilhões. A globalização é a possibilidade de um habitante de Berlim comer um mamão produzido em Manaus, um morador de Maringá poder comer trigo produzido na França ou uma maçã da Argentina, um doente na China poder curar-se com um medicamento feito na Bélgica, ou um esquerdista francês poder escrever contra a globalização em seu notebook coreano. As necessidades humanas estão onde as pessoas estão; as condições adequadas à produção, não. O Brasil tem terra fértil e clima favorável à soja, mas não tem para o trigo. Certos países têm petróleo, mas não têm
comida. Quanto mais os países se especializarem naquilo em que são mais produtivos e eficientes, melhores serão as chances de elevação do bemestar via comércio exterior. Ademais, ao comércio seguem-se os investimentos e, a estes, segue-se a transferência de tecnologia. O nacionalismo protecionista condena o país ao isolamento e ao atraso. Nenhum país do mundo – nem mesmo os Estados Unidos – consegue gerar toda a tecnologia requerida para seu crescimento. Quando proibiu a importação de computadores, componentes eletrônicos e tecnologia, e também proibiu empresários estrangeiros de investirem em empresas de informática em nosso território, a lei de reserva de mercado de informática (que durou até 1991) cometeu grave crime econômico contra o povo brasileiro. Mas os nacionalistas – de direita (inclusive alguns militares) e de esquerda – reivindicavam medalhas de defensores da pátria. Lamentável! Apesar da repetição do fracasso desse tipo de nacionalismo, continuamos insistindo na mesma rota. Definitivamente, a burrice no Brasil tem garantido um futuro promissor. José Pio Martins, economista, é reitor da Universidade Positivo
A origem e manutenção de um negócio próprio Descubra quem é ele e quais os principais desafios do novo empreendedor Com as demissões provocadas pela estagnação da economia, o país a cada dia gera novos empreendedores. O Brasil que já era campeão na modalidade com 34 a cada 100 brasileiros adultos envolvidos em um negócio próprio, deve disparar na liderança. O problema é como começar. As estatísticas revelam que empreender é o terceiro maior sonho dos brasileiros - o primeiro é ter a casa próprio e o segundo, viajar. Mas há uma classe de novos empreendedores que é formada por trabalhadores que juntaram o dinheiro da rescisão do contrato para montar um negócio próprio. Sem planejamento nem preparação específica, eles desejam apenas o sustento familiar em meio à crise. De acordo com especialistas, essa pessoa pode até acertar, mas são muitos os desafios. Para o professor de Economia da IBE-FGV e diretor do Economies Consultoria Empresarial, Múcio Zacharias, as dificuldades para esse tipo de empreendedor são potencializadas pelas atribuições às quais ele não está acostumado. “O profissional passou uma vida inteira trabalhando com carteira assinada, rotina específica, salário fixo, benefícios e uma série de condições sistemáticas e agora ele se vê sozinho à frente de um negócio que depende exclusivamente dele. Esse tipo de mudança pode funcionar, mas é muito difícil para o novo empreendedor. É preciso cautela”, afirma. O professor doutor em Economia da IBE-FGV, Paulo Ferreira Barbosa, especialista em Empreendedorismo, explica que o primeiro desafio do novo empreendedor é superar a solidão. Ele recomenda avaliar se está pronto para assumir a responsabilidade, se tem capacidade decisória principalmente sob pressão e habilidade
em lidar com fornecedores, clientes, empregados e governo. “O mundo dos negócios não é perfeito. Sucesso passado não garante sucesso futuro e não existe nenhuma garantia de que a empresa dará certo. Além de muito trabalho e dedicação, o prêmio, às vezes, é sobrevivermos às crises”. Para aumentar as chances de sobrevivência, o economista dá uma dica. “Procure outras pessoas que compartilham da mesma ideia. Busque profissionais especializados naquilo que vai empreender que é o ideal para não começar no escuro. Sempre haverá alguém que já trabalhou na área, que tem experiência, cursos ou o conhecimento necessário para ajudar, principalmente na fase de maior dificuldade que é o planejamento e a implantação”. Ainda segundo o professor Paulo Barbosa, planejar adequadamente garante a redução dos riscos do negócio. Dedicar o tempo que for necessário nessa fase é fundamental porque é nesse período que se adquire o conhecimento necessário para a solidez da iniciativa. O novo empreendedor também precisa rever o conceito de trabalho. “A pessoa que está iniciando seu negócio não tem experiência, está formando carteira de clientes, desenvolvendo fornecedores, criando história e essas são fases que toda empresa tem que passar. Envolve investimento de dinheiro e de tempo, uma situação diferente da vivida anteriormente”. Para o especialista, o desafio da gestão empresarial é uma das provas mais difíceis. “Muitos empreendedores acreditam que para administrar uma empresa que comercializa bala só é necessário gostar de bala, mas não é assim. Capital de giro, contabilidade, pagamentos, compras, vendas, ativo, passivo são coisas para pensar, apren-
der e executar. A dimensão destes itens aumenta ou diminui de acordo com o tamanho do negócio, mas não dá para fugir disto”, explica. Outro fator necessário é analisar, durante esta etapa, a conjuntura econômica, pois dependendo do momento, ela tem grande influência sobre o crédito, os fornecedores e a capacidade de compra dos clientes. Além disto, é preciso verificar o valor que será investido no novo negócio e se preocupar em deixar recurso suficiente para o capital de giro. O economista alerta que, se for depender de capital de terceiros, como empréstimos de bancos, por exemplo, tem que estar ciente das taxas de juros que terá de pagar, o que impactará no lucro e também é “perigoso”. “Em momentos de crise diminuem as ofertas de crédito e aumentam as taxas de juros, o que pode definir o fim das operações do novo negócio”. Dicas para o novo empreendedor, de acordo com o professor Dr. Paulo Ferreira Barbosa: Verifique o nível de experiência e informação no setor; Cheque se existe mercado amplo e baixa competição e analise se é modismo ou não; Confirme se o potencial de rentabilidade é elevado e o investimento inicial reduzido; Veja se possui o recurso para investir ou depende de terceiros; Pergunte-se se é oportuno realizar agora. “O fato de se ter a ideia de um negócio não é suficiente, também é importante que ela seja inovadora, o que é um grande desafio. Se empreender é um sonho, realize. A grande sacada é descobrir no que empreender. Espero que as dicas ajudem a encontrar uma alternativa que o satisfaça”, conclui o especialista.
Exportação
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Exportação - a saída para o Ceará e o Brasil “Há trinta anos atrás a China tinha o Brasil como modelo para seu povo e para sua economia. Hoje, após esse curto período, a China tornou-se a segunda economia mundial e o Brasil continua patinando em sua pobreza”. Foto: divulgação
Por ViníciusAraújo/Especial para JCCE
No último dia 22 de janeiro, no auditório Waldir Diogo, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, foi realizada palestra “Oportunidades de Investimentos China/Brasil”, para os industriais e empresários cearenses pelo Sr. Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China(CCIBC), numa promoção d o C o n s e l h o Te m á t i c o d e Relações Internacionais (Corin), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Com o recinto repleto de representantes do empresariado cearense, a economia mundial e a situação atual da economia brasileira foram abordadas de forma rápida, objetiva e elucidativa, demonstrando as reais necessidades para equacionamento dos problemas que afetam periodicamente a economia de nosso país. O sr. Charles Tang, em sua dinâmica exposição de 45 minutos, reuniu informações importantes para situar o empresariado presente das providências que deveriam ser adotadas pelo governo brasileiro e cearense para a dinamização da economia, com geração de emprego e renda e o restabelecimento da mais simples dignidade e respeito ao povo brasileiro.
polainas e artefatos semelhantes. Entre os mais comprados estão ferro fundido, ferro e aço, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, produtos químicos orgânicos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, sal, enxofre, terras e pedras, gesso e cal.
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de investimentos estrangeiros - e a associação governoempresariado produtivo foram os principais fatores de definição da nova visão de inclusão da China na economia mundial. Essa mesma receita foi apresentada pelo sr. Tang aos industriais cearenses na FIEC para que o Brasil e, em particular, o Ceará não perca a oportunidade de criar condições mais favoráveis e mais satisfatórias, diante das surpreendentes medidas sempre adotadas na economia brasileira, por exemplo, o controle da inflação mediante a elevação das taxas de
houve diminuição de 3%. Já o estado do Ceará vendeu para a China, em 2014, US$ 61,2 milhões e comprou US$ 721,4 milhões. Entre os principais
produtos vendidos estão peles e couros, minérios, escórias e cinzas, gorduras e óleos animais ou vegetais, preparações alimentícias diversas, calçados,
Em 2014, o Brasil exportou US$40,62 bilhões para a China, configurando-se como o 9º mais importante parceiro comercial, com participação de 2,6% nas importações do país.
Foto: FIEC
Sr. Charles Tang
Segundo Tang, os brasileiros já deram demonstrações plausíveis da capacidade de absorver os mirabolantes planos econômicos que sempre levam a situações de pobreza e aflições econômicas, como a que ora está atravessando nosso país. No quadro comparativo dos dois gigantes mundiais - China e Brasil - “há trinta anos atrás a China tinha o Brasil como modelo para seu povo e para sua economia. Hoje, após esse curto período, a China tornou-se a segunda economia mundial e o Brasil continua patinando em sua pobreza”. Também revelou que nesse período de trinta anos a China tirou da pobreza extrema mais de 400 milhões de chineses, enquanto nosso país, apenas nos últimos dez anos, promoveu 40 milhões de brasileiros a uma vida com maior dignidade. A seriedade das metas governamentais, a criação de divisas - através das exportações e
juros, atualmente a maior do mundo, exorbitantes e incompatíveis para a atividade econômica, mecanismo utilizado como atrativo na captação de recursos externos. Ao final, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria China Brasil, sr. Charles Tang, disponibilizou aos presentes seu livro Aliança Brasil China - Uma Estratégia Para a Prosperidade, autografando com a frase “Vamos Fazer Negócios da China”. Relações comerciais Em 2014, o Brasil exportou US$ 40,62 bilhões para a China, configurando-se como o 9º mais importante parceiro comercial, com participação de 2,6% nas importações do país. Apesar do grande volume, houve retração de 4% em relação a 2013. A China vendeu US$ 34,9 bilhões para o Brasil em 2014, o equivalente a 1,5% das exportações. Em relação a 2013,
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Cultura
Produção do filme “A Lenda do Gato Preto” traz troféu internacional para o Ceará O filme cearense "A Lenda do Gato Preto", de Clébio Viriato, foi um dos vencedores do “World Human Rights Awards (WHRA) " - Prêmio Mundial dos Direitos Humanos - e recebeu o troféu de Ouro na Indonésia, em Jacarta. O “World Human Rights Awards (WHRA) é um dos eventos mais importantes do mundo em difusão e promoção dos Direitos Humanos. Os produtores apresentaram o refinado troféu, criado em bela madeira da Indonésia, que foi entregue acompanhado de um certificado de menção especial do World Human RightsAwards. Os organizadores da premiação destacaram o longa-metragem cearense devido à inclusão no filme da cultura cigana e da discriminação e ataques que esse grupo étnico sofre. Imagens do troféu e do certificado do World Human Rights Awards conquistados pelo filme cearense “A Lenda do Gato Preto” se exibem anexos desta mensagem. O Filme. Com direção de Clébio Viriato Ribeiro, A LENDA DO GATO PRETO é um filme de longa duração que se destina à
citados na Constituição Federal. A defesa dos direitos e interesses ciganos, no entanto, é bem mais difícil e complexa. O filme, com tons de realismo fantástico, tem como fio condutor a passagem dos ciganos pelo sertão e uma lenda urbana de Quixadá que versa sobre uma garota que subia pela parte mais íngreme os 90 metros da Pedra do Cruzeiro sem ajuda de nenhum equipamento. Uma multidão se juntava no sopé da pedra para ver a garota e sua performance. Quando descia, falava para os populares que era um gato que a chamava e a conduzia para o topo da pedra. "A Lenda do Gato Preto" foi inteiA Lenda do gato Preto de Clébio Viriato Ribeiro exibição no circuito comercial de salas de cinema e salas digitais em 2015. Sua avant-premier mundial aconteceu no dia 23 de junho, em Fortaleza, durante a realização do 25º Cine Ceará em Fortaleza. O filme exalta a força da cultura cigana e sua contribuição para formação da identidade cultural brasileira. Uma proposta que respeita as diferenças das
Troféu e certificados World Human RightisnAward (1 e 3)
minorias étnicas, reconhecendo o legado que os povos ciganos (notadamente os que passaram pelo sertão nordestino em meados do século passado) deixaram às futuras gerações. “A Lenda do Gato Preto” foi inspirado em uma lenda urbana propagada em Quixadá, município do sertão central do Ceará, que diz sobre uma menina tomada pelo desejo súbito e irresistível de subir pela parte mais íngreme da Pedra do Cruzeiro, vencendo seus 90 metros de altura sem a ajuda de qualquer equipamento, afirmando ser atraída por um gato preto que a conduzia até o topo da pedra. Repleto de misticismo, surrealista e romântico, sua temática é lúdica e divertida, ideal para diversos públicos. Feito para mexer com imaginário de muita gente, a produção espera envolver e captar um público extenso, garantindo a propagação da obra para outras praças. Como resultado, espera-se atingir um milhão de espectadores na faixa etária de 13 a 80 anos de idade entre cinéfilos, remanescentes de comunidades ciganas, jovens e adultos, homens e mulheres das classes sociais A, B, C e D no Brasil e Exterior. Por que um filme sobre ciganos? Ao contrário dos índios, hoje também uma minoria, os ciganos nem sequer são
ramente rodado no Ceará tendo como cenários as paisagens de Quixadá e a beleza arquitetônica dos casarões e sobrados de Maranguape.
Abertas as inscrições para Prêmio Sesc de Literatura 2016 O Sesc* está com inscrições abertas, até o dia 12 de fevereiro, para o Prêmio Sesc de Literatura 2016. Escritores brasileiros e estrangeiros, com mais de 18 anos e residentes no Brasil, podem concorrer nas categorias Romance e Livro de Contos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas, exclusivamente, pelo site www.sesc.com.br/premiosesc. O livro deve ser inédito e o candidato não pode ter nenhuma outra obra publicada na categoria escolhida. As obras devem conter entre 140 a 400 mil caracteres na categoria Conto e 180 a 600 mil caracteres na categoria Romance. O material inscrito vai ser avaliado por uma comissão julgadora formada por escritores, especialistas em literatura, jornalistas e críticos literários, todos definidos por uma equipe do Sesc. O resultado do Prêmio Sesc de Literatura 2016 vai ser divulgado em junho deste ano. O vencedor de cada categoria vai ter sua obra
publicada e distribuída comercialmente pela editora Record, com uma tiragem mínima de 2.000 exemplares. Sobre o Prêmio Sesc de Literatura O Prêmio Sesc de Literatura já revelou, desde 2003, 21 novos escritores. Na edição de 2015, a paulista Sheyla Smanioto venceu a categoria romance com a obra “Desesterro”. Já na categoria Conto foi a vez da carioca Marta Barcellos, com o livro “Antes que seque”. SERVIÇO Prêmio Sesc de Literatura Período: Até 12/2 Inscrições pelo site www.sesc.com.br/premiosesc Gratuito ::: *Entidade mantida pelos empresários do comércio.
Economia
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Demanda do consumidor por crédito cai 6,7% em 2015, revela indicador da Boa Vista SCPC Na variação mensal houve retração de 4,0% frente a novembro nos dados dessazonalizados
Poupança: investir não é mais a melhor opção
A demanda do consumidor por crédito apontou queda de 6,7% no acumulado de 2015, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Na avaliação mensal, houve recuo de 2,1% na comparação com novembro/15, expurgados os efeitos sazonais. Já na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, a demanda por crédito retraiu 4,0%. Na comparação dos dados acumulados em 2015, considerando os segmentos que compõem o indicador, nas instituições financeiras houve queda de 6,2%, enquanto para o segmento não-financeiro a variação foi negativa em 7,1%. A grande incerteza econômica gerou um cenário bastante adverso para o consumidor em 2015. A gradual deterioração dos indicadores econômicos contribuiu decisivamente para piora do índice. Fatores como a alta das taxas de juros, inflação consistentemente elevada e piora do mercado de trabalho são apenas algumas das variáveis condicionantes deste resultado. Como consequência, o consumidor
O brasileiro tem dificuldades de lidar com o planejamento de sua vida financeiro e poucos investem seu dinheiro. A poupança tornou-se um investimento popular mas há muito tempo o cenário econômico do país tem conferido uma rentabilidade bem abaixo da esperada para aqueles que aplicam seu dinheiro nesse tipo de investimento. A renda fixa possui outras opções que os investidores desconhecem e deviam aproveitar.
quantidade de consultas de CPF à base de dados da Boa Vista por empresas. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau. A série histórica deste indicador inicia em 2010 e está disponível em:http://www.boavistaservicos.com.br/e conomia/demanda-por-credito/
manteve-se bastante cauteloso ao longo do ano. Assim, a demanda por crédito que já havia sido negativa em 2014 continuou com a mesma dinâmica, com leve inflexão a partir do segundo semestre do ano, mas que mesmo assim não ocorreu de forma significativa para que o a procura por crédito retornasse níveis positivos. Abaixo, a tabela contendo o resumo dos dados apresentados. Metodologia O indicador de Demanda por Crédito – Pessoa Física é elaborado a partir da
Demanda do consumidor por crédito - Variação acumulada em 12 meses 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% -6,7% -5,0% -10,0% -15,0% 11
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Fonte: Boa Vista SCPC
Planos Municipais de Saneamento: data limite para entrega pelos municípios é prorrogada para 31/12/2017. ABES é contrária ao simples adiamento do prazo Apenas cerca de 30% das prefeituras apresentaram seus planos até agora. Para a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, o desafio é considerar a disparidade de estruturas regionais e de disponibilidade de informações entre as cidades brasileiras e investir em qualificação no setor. Mais uma vez foi prorrogado o prazo a partir do qual os municípios que não tenham Planos Municipais de Saneamento deixarão de receber recursos federais para esta área, de acordo com o Decreto 8.629/15, de 31/12/2015: o prazo limite agora é 31 de dezembro de 2017. A ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, uma das entidades que propôs o primeiro adiamento, mas atrelado a cronograma de cumprimento de etapas dos planos, manifestou-se contra adiar o prazo novamente e enfatiza a urgência de que governo federal, estados e municípios comprometam-se a abrir um diálogo efetivo para um realinhamento de perspectivas, tanto dos casos de ausência de planos como dos que precisam revisão. Amedida, de acordo com o Ministério das Cidades, busca evitar a descontinuidade de investimentos no setor, o que prejudicaria, em especial, os municípios mais carentes e as populações em áreas periféricas e de assentamentos precários, nas quais estão identificados os maiores passivos em saneamento. Apenas um terço das cidades brasileiras apresentaram seus planos, a mesma porcentagem registrada por ocasião do último adiamento, em 2014. “O adiamento deveria, ao menos, prever
metas intermediárias de cumprimento de etapas, de acordo com o porte dos municípios”, ressalta Dante Ragazzi Pauli, presidente nacional da ABES. “O saneamento continua sendo a principal chaga da infraestrutura do país. Não será possível almejarmos ser uma nação desenvolvida se continuarmos sem conseguir levar água de qualidade e prestar serviços de coleta e
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O saneamento continua sendo a principal chaga da infraestrutura do país. tratamento de esgoto a milhões de brasileiros que ainda não são atendidos. Não adianta apenas adiar o prazo, é necessário que o país assuma seriamente o compromisso de modificar esse cenário”, afirma Dante. O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), preparado com a participação dos governos federal, estaduais e municipais, concessionárias e empresas, profissionais, acadêmicos e estudiosos do setor no país,
prevê universalizar os serviços num horizonte de 20 anos. Os planos de saneamento, previstos na lei que rege o setor (n° 11.445/07) e em sua regulamentação (decreto n° 7.217/10), são um dos aspectos centrais dentro desta estratégia. São eles que, com base em prioridades socialmente definidas, trarão o diagnóstico das condições sanitárias, epidemiológicas, ambientais e socioeconômicas da área a ser beneficiada e estabelecerão os objetivos e as metas para a universalização, bem como os programas, os projetos e as ações necessárias para atingi-la. Pela abrangência deste escopo, é fácil perceber que a existência de bons planos é condição imprescindível para que o desejável avanço do saneamento básico no país finalmente aconteça. Ou seja, eles serão o alicerce fundamental para que os necessários investimentos em abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos se realizem da forma mais célere e adequada possível num ambiente com a defasagem e a desigualdade comoasqueoBrasilaindaexibe. Com o adiamento, evitou-se mais uma vez que cerca de 70% dos municípios brasileiros que ainda não conseguiram aprontar seus levantamentos sejam penalizados e não tenham acesso a recursos públicos destinados à expansãodosserviçosdesaneamento.
Primeiro é preciso respeitar de lidar com perdas. Mas, apeo perfil de cada investidor. De sar da poupança ser uma opção nada adianta um universo de conservadora, prática e com a possibilidades se determinado possibilidade de retirada do investimento não condiz com a dinheiro a qualquer momento, existem outras formas de invesnecessidade da pessoa. Há alguns anos, o brasileiro timento com as mesmas caracaproveitava a folga do orça- terísticas e que podem dar renmento mensal para resguardar dimentos maiores.” Quem investe busca algum parte de seu capital e aplicá-lo na poupança, que indiscutivel- tipo de retorno e se aqueles que mente era a primeira opção investem na poupança tivessem para um rendimento extra a interesse em conhecer melhor os outros tipos de investimenlongo prazo. Atualmente as mudanças tos, poderiam garantir um retorforam inúmeras e nem todos no melhor que o da poupança conseguem ter a mesma folga que, atualmente não consegue no orçamento de anos atrás. Os vencer a inflação e acaba por juros estão maiores, os preços deteriorar parte do dinheiro aplicado pelo investidor. também e o Gabriel Kallas, poder de coms ó c i o pra tornou-se fundador da menor. Ademais Toro Radar a essas transform a ç õ e s n o Os tempos são outros e m p r e s a d e cenário econô- e ao investidor cabe análise que mico do país, a estar ciente de todas ensina seus poupança pas- as possibilidades exis- clientes como sou a não ter o tentes para aplicar investir em ações - fala mesmo rendi- seu capital. sobre sua expemento de antes e riência com o que parecia ser lucrativo tornou-se sinal de investimentos e como os clienprejuízo, mas o brasileiro ainda tes têm se comportado diante das diversas opções para se não se deu conta disso. Segundo pesquisa realiza- investir: “Primeiro é preciso da pelo SPC - Serviço de Prote- respeitar o perfil de cada invesção ao Crédito, a poupança tidor. De nada adianta um uniainda é o investimento mais verso de possibilidades se comum, citada por 75% dos determinado investimento não entrevistados. E esse resultado condiz com a necessidade da expressivo decorre da busca de pessoa. Passamos para nosso segurança e desconhecimento cliente que uma boa estratégia de outras formas de investi- impacta positivamente nos mento, e não dos benefícios que resultados de seus investimeno investimento na poupança tos. E além disso, há investip r o p o r c i o n a . mentos que permitem que parte Marcela Kawauti, economista- do capital investido na renda chefe do SPC comenta sobre a fixa seja usado também na escolha do brasileiro pela pou- renda variável.” Os tempos são outros e ao pança: “A pesquisa realizada investidor cabe estar ciente de mostra que a maioria dos brasi- todas as possibilidades existentes leiros tende a ser conservador para aplicar seu capital e não na hora de investir e não gostam depender apenas de um investi-
“
As vantagens de uma solução única para e-Docs no varejo Integração de todas as operações proporciona redução de custos e mais facilidade nas apurações fiscais e contábeis. No dia a dia o lojista precisa lidar diretamente com o consumidor final que é seu cliente, mas também tem relações com fornecedores e com transportadoras. Todas essas operações envolvem diversos documentos fiscais eletrônicos, por isso, com o início da Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e) e Sistema Autenticador e Transmissor do Cupom Fiscal eletrônico (S@T), o varejista precisa ficar atento não só a estes novos documentos, mas também a todas as outras interações fiscais nas
demais operações da loja. "O varejo precisa vender para o consumidor final, que envolve NFCe e S@T CF-e, mas também faz outros processos fiscais, como a troca ou devolução de mercadorias, por exemplo, onde se faz necessária a nota de produto, Nota Fiscal eletrônica (NF-e)", explica o diretor técnico da Inventti, Tibério César Valcanaia. Além disso, as empresas do varejo ainda precisam armazenar as NF-e e Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) recebidos dos fornece-
dores e transportadores. Ao optar por uma solução única que atenda todos esses documentos fiscais eletrônicos, o varejista passa a contar com diversas vantagens que vão desde mais agilidade na hora da venda ao consumidor até redução de custos. "E isso vale para todo tipo de varejista, desde aquele que tem apenas uma loja até as grandes redes", afirma Valcanaia. A Inventti, especialista na gestão de e-Docs com implantação de soluções em grandes clientes do varejo
nacional como Carrefour e Livrarias Cultura, desenvolveu uma ferramenta onde todos documentos convergem em uma única solução e a integração com o ponto de venda (PDV) é simples. "Com esse sistema o lojista não corre o risco de venda perdida, pois existem controles especiais de contingência, onde o cliente não perde tempo na fila, mesmo em caso de falha de conexão com a internet", complementa o diretor técnico. O sistema ainda oferece uma vantagem fundamental nos dias de
hoje que é a redução de custos, pois tem um valor inferior ao das atuais impressoras fiscais (ECF), ainda usadas nas lojas sem implantação da Nota Fiscal do Consumidor eletrônica. "A solução integrada garante inclusive a guarda legal de seis anos de toda documentação. Isso facilita também o trabalho da contabilidade, pois é possível realizar as apurações contábeis e fiscais sem uso de papel, apenas acessando a área de gerenciamento do sistema", finaliza Valcanaia.
6 Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
Mercado
Como a indústria está aplicando a inteligência de mercado
Vereador Alípio Rodrigues: trabalhando para o povo
Resultado de uma pesquisa junto a indústrias de diversos segmentos aponta as principais tendências e expectativas na utilização da inteligência de mercado nesse segmento.
Em uma pesquisa que envolveu mais de 5.000 indústrias do Brasil, de diversos segmentos, a Futuremark Inteligência de Mercado perguntou a mais de 5.000 profissionais de marketing, qual é o perfil de atuação da inteligência de mercado na sua empresa. Os resultados apontaram que hoje a área de IM tem uma atuação principal na área de marketing, apoiando o desenvolvimento de produtos e em segunda instância na área comercial, dando suporte a vendas. A atuação no marketing de produto já é bastante desenvolvida: nessa área analistas de IM tem como função elaborar pesquisas de tendências de consumo, coletar a análise de dados, elaborar relatórios, diagnósticos de estratégias, análise da concorrência, estudo de movimentações estratégicas e desenvolvimento de táticas de posicionamento visando sempre a geração de inovações no mix de produtos existentes, nas estratégias de marketing e nas necessidades dos consumidores visando planejamento de lançamentos de novos produtos. A formação dos analistas é na área de marketing e existem vários cursos específicos sobre esse tema disponíveis no mercado. Já no caso de vendas, a pesquisa detectou uma tendência: as indústrias também vem usando a área de IM para estudar o mercado que a empresa atua, para analisar a performance da equipe de vendas encontrando assim oportunidades de ganho de vantagens competitiva. O uso do geomarketing associado ao cruzamento de bancos de dados por exemplo, permite mapear a atuação da empresa, avaliando onde estão as áreas brancas de alto potencial de consumo e como está a positivação da carteira de clientes onde a área comercial já tem presença através de representantes comerciais.
De posse desse mapa a área de IM pode demonstrar graficamente para os gestores de vendas como está a performance da equipe, onde estão os focos de atenção, bem como, sugerir novos canais de vendas que possam atingir as áreas brancas ou dar apoio na positivação. Esse tema ainda é bem novo na maioria das organizações e existe uma grande necessidade de profissionais capacitados e cursos na área. Segundo o blog do Estadão, “Executivo S.A”, este profissional é o 6º mais procurado no mercado com o tempo médio de recrutamento de 30 a 90 dias. Para atuar com IM na área comercial as indústrias buscam analistas com formação nas áreas de Marketing, Administração ou Economia, com conhecimento avançado de excel, tendo em vistas que também faltam ainda boas ferramentas para atender essas demandas. A Futuremark aproveitou o feedback dessa pesquisa para desenvolver o Workshop de Inovação Estratégica e Inteligência de mercado, que aborda essas duas aplicações de IM na indústria. O evento está na 4° edição e a próxima turma será na cidade de Caxias do Sul/RS nos dias 17 e 18 de fevereiro. Sobre a Futuremark: Empresa jovem, inteligente e com 12 anos de experiência no mercado, suas ações envolvem implantar novas estratégias que geram alta performance em vendas. Seu negócio envolve a criação de canais próprios de vendas, reestruturação de equipes de vendas, redimensionamento de equipe e capacitação, criação de um modelo próprio de atendimento compatível com a visão e os valores da sua empresa. Sua carteira de clientes conta com mais de 200 cases de grandes indústrias da América Latina.
Programa Amigo do Taxista
Obras da Reforma da Praça Nossa Senhora das Graças, com recursos da Emenda Parlamentar 0011 e 0012/2015 de minha autoria.
Um mandato a serviço do interesse popular. Estou Ve r e a d o r n a C â m a r a Municipal de Fortaleza, cuja minha atuação é marcada pela diversidade de minhas ações. Minhas iniciativas parlamentares encontram eco nas mais variadas áreas concernentes ao exercício do Poder Público, de modo a influenciar no dia a dia de toda a cidade de Fortaleza, mesmo tendo uma identificação toda especial com o Grande Pirambu. Na Câmara Municipal de Fortaleza, passei a integrar importantes Comissões Permanentes, como por exemplo a Comissão Conjunta de Constituição, Orçamento e Turismo. Nas comunidades, venho desenvolvendo um trabalho no sentido de fomentar o segmento socioeconômico e cultural, com foco na juventude, materializado nos projetos de capacitação profissional e empreendedorismo. Em 2015 conseguimos junto ao Prefeito Roberto Cláudio a liberação de recursos oriundos de duas emendas orçamentárias de minha autoria, voltadas para o lazer da comunidade do Grande Pirambu. Com a liberação dessas emendas orçamentárias, podemos
realizar a reforma da Praça Nossa Senhora das Graças (Praça do Chafariz) na Rua Dom Quintino, totalmente estruturada com parque infantil e academia de ginástica. Outra grande conquista foi a liberação de recursos para a construção da Areninha do Pirambu, localizada no Parque Costa Oeste. Além desses conquistas estamos trabalhando junto ao Prefeito de Fortaleza, para garantirmos a instalação de Estações de Bicicletas compartilhadas na Vila do Mar por toda a sua extensão, no Parque Costa Oeste, na Praça Nossa Senhora dos Navegantes, reforma das quadras do Parque Costa Oeste, aquisição do aparelho de mamografia para o Posto de Saúde Carlos Ribeiro, além da pavimentação de todas as ruas do grande Pirambu. Nosso compromisso é com a Cidade de Fortaleza e junto com
o Prefeito Roberto Cláudio buscamos desenvolver um mandato voltado o desenvolvimento da Região do Grande Pirambu.
Em assinatura de ordem de serviço de uma ARENINHA no antigo kartódromo na LesteOeste - Pirambu.
Números do Mandato. Projeto de Indicação - 69 Projeto de Decreto Legislativo – 22 Projeto de Lei Ordinária - 420 Requerimento – 1723 Projeto de Lei Complementar - 10 Projeto de Resolução - 15
Piso nacional dos professores vai a R$ 2,13 mil O aumento real dos profisionais do magistério será de apenas 0,69%, o que representa um freio numa trajetória de avanços O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, anunciou um reajuste de 11,36% para o magistério. Com isso, o piso salarial nacional dos professores da rede pública passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. A medida gera queixas de prefeitos e governadores, que alegam falta de recursos para pagar o novo valor, por causa da queda na arrecadação. As informações são do jornal O Globo. “Não há como solicitar ao MEC o desrespeito à lei, mesmo reconhecendo que há problemas fiscais delicados no Brasil”, disse Mercadante. Levando em conta a inflação de 10,67% apontada pelo IPCA em 2015, segundo
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Mercadante o aumento real dos professores será de apenas 0,69%. O fato é um freio representa um freio numa trajetória de avanços. De acordo com os dados oficiais, o piso subiu 46,05% acima da inflação entre 2009, quando começou a vigorar a lei, até o ano passado. Mínimo O novo piso é o valor mínimo que qualquer professor no Brasil, com formação de pelo menos o ensino médio, pode ganhar, na rede pública, por uma carga horária de 40 horas semanais. Segundo Mercadante, segundo a lei, a correção passa a vigorar em janeiro, depois
de ser anunciada. O ministro explicou que o cálculo é feito pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, conforme a legislação. O que, segundo ele, não exclui negociações. “Que haja disposição de diálogo de busca de negociação entre sindicatos com os governos locais e estaduais, para que seja pactuado de forma transparente uma política de pagamento do piso que seja compatível com a situação fiscal”, considerou Mercadante. Ainda segundo o ministro da Educação, a correção anunciada atinge somente os profissionais que ganham o piso. locais ou negociações pontuais.
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Seguro/Pré-Carnaval
Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
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Valter Hime é o novo diretor da Yasuda Marítima Saúde Executivo, que é referência no mercado de Seguros, chega para contribuir com seu know how para garantir crescimento sustentável no segmento Saúde.
Bloco Matou a Pau...ta completa a sua 11ª edição Como vem acontecendo todos os anos, com muito confete, serpentina, frevo e marchinhas o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas(FENAJ) promoveram na Praça Murilo Borges(Centro de Fortaleza), o Baile do Pré-Carnaval do “ Matou a Pau....ta”, o bloco dos jornalistas do Ceará. A folia começou às 18 horas e prosseguiu até as 22. Os profissionais de impressa, familiares e amigos, acompanhados pelo bonecos gigantes que diferencia o bloco das demais agremiações de Pré-Carnaval de Fortaleza, seguiram em cortejo até a Praça do Ferreira para se unir aos foliões de outros blocos. O homenageado deste ano foi o repórter fotográfico Tuno Vieira, do Diário do Nordeste . Fotos: Fernando Farias
Valter Hime Yasuda Marítima Saúde Seguros
A Yasuda Marítima Saúde, subsidiária da Yasuda Marítima, empresa do Grupo Sompo Holdings – um dos maiores grupos seguradores do mundo - passa a contar com Valter Hime como seu novo Diretor. O executivo - que é uma das referências no segmento, acumula experiência à frente de companhias da cadeia produtiva do Seguro, em áreas como Saúde, Vida e Previdência Privada chega à companhia para trazer uma nova dinâmica à área de Seguro Saúde. Nesse período ocupou cargos executivos nas áreas de Saúde, Pessoas & Benefícios, por meio dos quais esteve à frente de processos de desenvolvimento de operações e de redes de distribuição complexas, bem como de estratégias de alavancagem comercial. QUOTES: Francisco Caiuby Vidigal Filho, presidente da Yasuda Marítima Seguros: “A companhia continua com seu plano de investimentos para sustentar o crescimento planejado junto com o Grupo Sompo para os diversos ramos nos quais atua. O Valter Hime é um profundo conhecedor das particularidades do Segmento Saúde e ele vem agregar visão estratégica para garantir o crescimento sustentável da operação”. Valter Hime, diretor da Yasuda Marítima Saúde Seguros: “Além de conhecer a trajetória, venho acompanhando todo o processo de crescimento da Yasuda Marítima. É bastante interessante integrar essa equipe na condução de uma operação como a da Yasuda Marítima Saúde, que conta com uma carteira relevante e potencial para um posicionamento estratégico no mercado”. Sobre a Yasuda Marítima Saúde Seguros A Yasuda Marítima Saúde Seguros é uma empresa de Seguro Saúde, subsidiária da Yasuda Marítima Seguros, empresa do Grupo Sompo Holdings, um dos maiores grupos seguradores do Japão e do mundo. Resultado da integração das operações da Marítima Seguros, companhia fundada em Santos em 1943, e da Yasuda Seguros, que atua no Brasil desde 1959; o Grupo atua nas áreas de Seguros Corporativos (Auto Frotas, Transportes, Vida em Grupo, Acidentes Pessoais Coletivo, Empresariais Segmentados, Riscos Diversos, entre vários outros) e Pessoais (Auto, Residencial e Acidentes Pessoais); bem como na área de Seguro Saúde. Atualmente a empresa conta com filiais em todas as regiões brasileiras
Bloco Relaxa Meu Bebê e Bloco da Mocinha agitaram o pré Carnaval do Bar do Paraíba As agremiações “Relaxa meu Bebê e Bloco da Mocinha” animaram o pré-carnaval na Rua Dom Gerônimo em frente ao famoso Bar do Paraíba. O evento cheio de alegria e de
folia contagiou os foliões moradores do bairro e simpatizantes. O pré-carnaval foi puxado em ritmo de enredo de escolas de Samba, mas o destaque ficou mesmo para o
tradicional bar do Paraíba sob o comando do Macedo. O Bar do Paraíba aquele que é considerado um dos ícones da cultura carnavalesca da Capital e que este ano completou 95 anos
está se consolidando como um recanto de escritores, políticos, jornalistas, músicos, poetas, etc. O desfile começou no primeiro domingo de janeiro a partir das 17h30.
8 Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
Cultura/Comportamento
Postura nas redes sociais pode influenciar no mercado de trabalho O sesquicentenário Opiniões, fotos e textos publicados na internet podem ser inimigos na hora de conquistar um emprego. Enquanto você lê este texto, muito provavelmente, já checou as mensagens do Facebook, publicou uma foto nova no Instagram e trocou mensagem com os amigos no Whatsapp. Na era digital, a chamada geração 3C – usuários que participam ativamente das redes sociais – não para de crescer. São milhares de pessoas navegando e compartilhando a vida todos os dias. Mas até onde isso é bom? Para o especialista em comportamento humano, Sulivan França, a superexposição nas redes pode afetar negativamente os indivíduos. “Um exemplo prático está na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Cada vez mais as empresas levam em conta a postura do candidato nas mídias sociais. Afinal, o comportamento dele nas redes reflete como ele é no dia a dia”, explica.
Segundo França, que também é presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC), fotos na balada, rodeado por bebidas ou discussões acaloradas, com palavras de baixo calão, são algumas das armadilhas da rede. “Muitas vezes a pessoa nem se dá conta de que aquele posicionamento vai prejudicá-la. Algumas têm a sensação de estarem protegidas por um ambiente privado. Mas lembre-se: nada que você posta nas mídias sociais, por mais bloqueios que você coloque, é algo estritamente restrito”, garante. Por outro lado, o especialista reforça que as redes, como Facebook, Twitter e Instagram, não precisam ser deixadas de lado, apenas utilizadas como aliadas. “Use essas ferramentas para construir uma boa rede de contatos, divulgar seu
de Iracema
portfólio e buscar recomendações de amigos, chefes ou ex-colegas. Aproveite para construir uma imagem positiva de si mesmo e interagir com as pessoas que podem, verdadeiramente, agregar algo a sua vida pessoal e profissional”, diz. Confira cinco dicas do especialista para não errar na rede: 1. Evite postar fotos em que aparece bêbado ou rodeado de bebidas; 2. Modere a publicação de imagens de sunga, biquíni ou que exponham muito seu corpo; 3. Não fale mal do chefe, empresa ou colegas; 4. Não faça comentários pejorativos, preconceituosos ou discriminatórios; 5. Tenha sempre em mente o bom senso antes de qualquer postagem.
Cabra da peste mentiroso Ao adentrar estas breves linhas, alguém poderá pensar com seus botões naquele sujeito típico do sertão, provavelmente desses plantonistas de feiras e praças do interior. Infelizmente, este personagem célebre e de conversas fiadas anda cada vez mais rarro e até faz parte de uma raça em extinção. Na verdade, em verdade vos digo que o personagem em epígrafe é um emigrado urbano que os descaminhos da vida o levou a encalhar no sertão, mas nem por isso deixando-o como peixe fora d'água, no que se refere ao exercício de seu mais nobre ofício – a malvada da mentira. Por precaução da honra e respeito a seus parentes e aderentes, permite-se apenas dizer natural de Fortaleza, do Montese, bairro que, aqui, lhe emprestou alcunha de Três-oitão do Montese, por propagar sua pretensa e suposta valentia como tema predileto de suas estórias. O ilustre mentiroso é um velho boêmio dos botequins de terceira categoria e das cervejadas futebolísticas. Partidário de arruaças festeiras, traz em seus rompantes o trejeito desastroso da valentia. Estilo BCB, baixinho, careca e barrigudo, ainda se arrisca como peladeiro de periferia, esbanjando vigor em arrancadas desconcertantes, apesar de já ter cruzado o “cabo da boa esperança”, com seus cinquenta e lá vai pedradas. Mentiroso nato, Três-oitão do Montese é do tipo que se levanta à mesa, impõe a voz e entorta a boca para desferir mais uma mentira cabeluda, na primeira oportunidade. Mente que o beiço espicha. Agora, bom mesmo é o preâmbulo que insiste em ludibriar a boa fé dos menos avisados, com olhar severo e desafiador: “Essa aqui foi verdade”, já denunciando o caráter duvidoso de outros contos precedentes. Nos botequins, costuma fazer parte da mesa de algum policial graduado, o que lhe rende certa garantia e o respeito de seus colegas menos prestigiosos. Já os bandidos famosos, ele não só os conhece a todos, como diz serem seus amigos pessoais, embora não se tenha notícia de algum deles, uma vez sequer, em sua companhia. Certa feita, quando apareceu numa segunda feira todo cheio de hematomas, pregou mais uma. Disse que aquele estado de aparente invalidez teria sido mais uma prova de sua bravura e heroísmo frente a uma safra de bandidos que insiste em desafiar “as autoridades” e tirar o sossego do cidadão de bem. E vendo a plateia que se formou para ouvir o extraordinário feito, não se deu por rogado. Segundo o tal 'veredito', era por volta de meia noite da sexta feira (coincidentemente, uma sexta feira treze de agosto), quando recebera uma ligação do capitão Silva, seu amigo particular e dileto confidente, mais conhecido pela alcunha de “Come-bala”, tamanha era a proeza de enfrentar bandido a peito aberto, ocasião em que levara um tiro na boca - daí a
(Por Zelito Magalhães)
fama. O oficial estaria em apuros, àquelas horas, precisando de urgente ajuda. Segundo disse, tinha que armar uma tocaia para atrair e botar as mãos num mega pistoleiro e quadrilheiro de gado do Jaguaribe, que teria vindo se encontrar com uma amante. O encontro seria na Pousada Aconchego, espécie de bar, churrascaria e pernoite, na beira de uma estrada carroçável, nos arrabaldes da cidade. Para Três-oitão, desde que o pistoleiro não fosse o compadre Mainha (seu chapa e maior pistoleiro da região do Jaguaribe), não tinha problema. Não tinha problemas, estava dentro e podia contar com sua ajuda. “Silva, pode deixar que eu escoro o homem, e quando ele estrebuchar, você bota as pulseiras nele”, arrematou o plano, tranquilizando o amigo. A cunhã, por sinal uma morena
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E era porque o garçom tinha fama de manso e educado. “roliça e famosa” era uma conhecida do capitão e havia recebido instruções de como se portar na cilada, sem correr risco. Três-oitão se encarregaria de insultar a fera com vara curta, ou seja, fazer o “bacurejo” de arma e, claro, iniciar a confusão, sob a cobertura e mira de Come-bala que se encarregaria do resto. Quando chegaram à tal pousada, o pistoleiro já estava em colóquios com a Deusinha, era este o nome da criatura, num quarto dos fundos. Lá fora, dois comparsas faziam a sentinela, jogando uma mão de “porrinha” enquanto bicavam a “reimosa”. A estratégia da rapariga era esconder a roupa do parceiro, onde estava a arma, de modo que não houvesse condição de ele reagir imediatamente à abordagem policial. Ainda de acordo com a versão digna de nota do criativo mentiroso, foi justamente nesse instante que “começou o destroço”. Deixaram o carro sob uma tamarineira próxima e adentraram o recinto com Três-oitão na frente, lógico, de arma em punho. “Polícia. Mãos na parede.
Não quero gracinha, hem!”, foi logo avisando. Mas não adiantou. Os dois veteranos desordeiros levantaram-se ao mesmo tempo com mesa e tudo, abrindo fogo, com o atrevimento de, antes, jogar resto de bebida nos olhos da 'autoridade', num arremesso repentino. “Fui ao chão, confesso, mas como um valente, tentando buscar a arma que me havia escapado da mão.Aessas alturas, o perigoso bandido já atinha escapado despido pela janela e o Come-bala no rastro dele, embrenhados no matagal. Enquanto isso, fiquei de costas no chão, segurando o trampo e desviando bala com os pés”. Uma pausa de respeito ao leitor. Para não passar como cronista irresponsável, registrei outra versão dos fatos a de uma testemunha ocular. Um “bebinho”, é verdade, mas que assistiu tudo, enquanto sóbrio, esperando uma “caridade” dos cativos frequentadores. Quando o mentiroso chegou a esse ponto da estória, logo resmungou: “Chega, chega. Não dá pra continuar. Esse indivíduo mente demais. Não houve nada disso. Não teve Deusinha, nem Come-bala, nem coisa nenhuma. Ele já tinha tomado todas no bar do Zequinha e como não tivesse dinheiro para pagar a conta, tentou escapar pelos fundos pulando um peitoril. No que ele caiu de bêbado, chamou a atenção do garçom que apareceu imediatamente e segurou-lhe pelas bitacas. Aí, só sei que, na discussão que tiveram, ele deu na besteira de chamar o garçom de corno. Depois disso, meu amigo, a peia foi grande, porque aquele garçom não alisa nem brinca em serviço. O primeiro tabefe acertou-lhe o meio das fuças, jogando o Três-oitão quase desfalecido ao barro. Enquanto ele babatava de quatro, tentando se levantar, um chute no traseiro quase o punha de pé, só que de cabeça para baixo. E tome lenha. Quando, finalmente o dono do bar conseguiu acalmar a “brabeza” do garçom, este ainda praguejou furioso. “Vagabundo. Bem que merecia mesmo era um tiro na boca e uma facada no rabo pra respeitar um homem e botar pra fora tudo que comeu e bebeu sem pagar”. E era porque o garçom tinha fama de manso e educado. Francisco das Chagas Cunha é jornalista, escritor e funcionário do BNB.
Coube ao professor, escritor e crítico literário Braga Montenegro a incumbência de fazer um estudo sobre a edição comemorativa do centenário de Iracema, que veio a lume, no ano de 1965, patrocinada pela Imprensa Universitária do Ceará. Na sua apresentação, disse Montenegro: “A crítica contemporânea sobre Iracema não pode ser dissociada da que foi feita relativamente à pessoa de Alencar, pois de ordinário visava o homem e não a obra. Iracema foi de todos os livros de Alencar o mais atingido, talvez por isso que constituía, paradoxalmente, uma singularidade literária e, ao mesmo tempo, um repositório de influências ou supostas influências como as que foram assinaladas com proveniência em Atala, de Chateaubriand. Segmentos da crítica nacional, comentando em torno do selvagem na obra de Alencar e de Chateaubriand, completam o pensamento: “Não é difícil encontrar as fontes principais em que se inspirou Alencar. Temos, pois, o caso de uma composição homóloga, pois apresenta vários pontos em comum: o tema da felicidade primitiva vivida pelos selvagens que começaram a se corromper diante da primeira aproximação do civilizado, a ideia do bom selvagem, o amor de uma índia por um estrangeiro, a morte das duas heroínas, enfim, nas duas obras há um conflito fundamental representado pela oposição de índole dos dois mundos: o da velha oposição e o Novo mundo da América, Não se trata, evidentemente, de levar a crítica a ver em Iracema uma obra superior a Atala”. Neste ano de 2015, em que ocorreu o sesquicentenário da obra prima de Alencar, apraz-nos lembrar O Romance Cearense, Origem e Evolução (ensaio) com que fomos contemplados pelo Prêmio Osmundo Pontes de Literatura da Academia Cearense de Letras. Trata-se de um comentário sobre obras romanceadas de escritores conterrâneos, entre as quais inclui-se Iracema. Não cabendo opinarmos sobre o que se disse encomiasticamente sobre a fulgurante obra, limitamo-nos apenas em concordar que Iracema marcou originalmente o começo do romance cearense. Jamais afirmaria tratar-se da obra precursora do romance indianista brasileiro, como querem os nossos críticos. Quando saiu, em 1865, no Rio de Janeiro, a 1ª edição de Iracema, três anos antes, o também cearense Franklin Távora já havia lançado em Recife Os Índios do Jaguaribe. Assim, coube ao primeiro o privilégio de ter escrito a obra no gênero, como afirma o Barão de Studart no seu Dicionário Biobibliográfico Cearense (Fortaleza, 1910). Naturalmente, foi com grande satisfação que Franklin Távora enviou a Alencar um exemplar de sua obra. Vivendo este na Corte e em pleno fastígio literário, encaminhou ao estreante sua opinião sobre o livro, em resumidas linhas cáusticas: “Tais índios precisam de ser descasacados”. Machado de Assis, como crítico literário, teceu as mais elogiosas referências a respeito de Iracema. Em artigo publicado no Diário do Rio de Janeiro, edição de 23 de janeiro de 1866, disse: “Iracema é um poema em prosa. Quem o ler uma vez, voltará muito mais a ele”. Todavia, jamais deixaria de ter visto em Franklin Távora o autor do primeiro romance indígena brasileiro, se tivesse lido Os Índios do Jaguaribe. Por Zelito Magalhães Jornalista. Crítico. Escritor
Fortaleza-CE - Dezembro de 2016
Evento/Pré-Carnaval
Náutico Atlético Cearense
49º baile de Carnaval da Saudade Fotos: Fernando Farias
A turma de medicina Samuel Pessoa formada em 1980 comemorou 35 anos de formatura Foram 3 dias de muita festa e alegria. Iniciaram os festejos na sexta feira com missa na igreja Cristo Rei, e jantar no hotel Gran Marquise; no sábado realizaram aula da saudade ministrada pelo professor Milton
O Náutico Atlético Cearense(NAC) realizou com muito sucesso o seu 49º Baile de Carnaval da Saudade, evento que em 2017 terá como ponto alto as comemorações do cinquentenário da principal festa c a r n a v a l e s c a d a Te r r a d e Iracema. Este ano a festa teve como ponto alto a coroação da Corte Carnavalesca de Fortaleza, homenagens ao presidente do Conselho Deliberativo do Clube do Meireles, Meton César de Vasconcelos, aos 100 Anos do Samba e a Orlando Silva, o Cantor das Multidões. Centenas de foliões e foliãs lotaram os salões do Náutico. O presidente do NAC, Pedro Jorge Medeiros, comandou a festa que foi animada pela Orquestra Brasa Seis. O prefeito de
Fortaleza, Roberto Cláudio com a primeira dama Carol Bezerra, o líder do prefeito, vereador Evaldo Lima e o deputado estadual Walter Cavalcante compareceram ao baile, que marcou a abertura oficial da Folia de Momo de 2016 da capital cearense. Roberto Cláudio entregou a chave da cidade ao Rei Momo Gilberto Félix, que foi coroado ao lado da Rainha Castha Kaline, da princesa Clarissa Maria e dos soberanos infantos: Rei Matheus Salles e da Rainha Maria Izabela Silva Coelho. A Crônica Carnavalesca do Ceará liderada pelo presidente jornalista Francisco Félix, seguindo uma tradição iniciada em 1948, mais uma vez reuniu-se para compor a Corte da Realeza da capital cearense. Também estiveram presentes os cronistas Newton Salles (vice-presidente),
Ramon Paixão, Fernando Farias, A n d r é B ar r o s , I v an M o u r a, Moisés Carioca,Cristiano Alcântara e Francisco José. Nutraia, Rainha do Carnaval de 1983, esposa do Rei Momo Jadir Jucá, também abrilhantou ao baile Entre as personalidades presentes destaque para o engenheiro civil, mecânico e de segurança do trabalho José Airton Carneiro Cardoso que, fantasiado de comandante da Marinha de Guerra ao lado de sua esposa Rosilene, mais uma vez prestigiaram o baile do clube alviverde do Meireles. Fred, Fabiana, Renata, Talita e sua mãe, familiares de Airton também pariticiparam da festa da alegia. Marcaram presença como foliões o Desembargador Mendes e coronel Holanda, professor, escritor e historiador da Polícia Militar do Ceará.
Lima(aluno da turma), seguida de baile de formatura, no buffet La Maizon e no domingo encerraram as festividades com um magnífico churrasco na casa do colega de turma Dr. FranciscoAlencar(XicoAlencar).
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Bloco Cachorra Magra leva foliões as ruas do Benfica A folia começou no 1º sábado de janeiro. O Bloco Cachorra Magra contagiou os moradores do bairro Benfica e visitantes que não perdem um pré-carnaval nesse reduto cultural. O Jornal do Comércio do Ceará esteve lá e registrou todo o evento. Como sempre, o local ficou tomado por brincantes de todas as idades. Era possível ver famílias com adultos, crianças, velhos e jovens, desfrutando o clima do carnaval ao som da bandinha. A bandinha arrastou os brincantes pelas ruas, como já faz parte de sua tradição. Por volta das 21:00h o Maracatu Solar se integrou ao bloco Cachorra Magra, com seu ritmo contagiante e levou personalidades para avenida dentre eles: o músico Pingo, os artistas plásticos Vlamir de Sousa, Gerson Ipirajá, jornalista Antônio Matos(Jornal do Comércio do Ceará), funcionário da justiça Israel Sousa, professor Edmilson, Joca, Darielson, o empresário Flávio e muitos outros.
Fotos: Amarildo
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10 Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
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Churrascaria Recanto do Carcará em clima de festa comemora aniversário A churrascaria Recanto do Carcará em clima de festa abriu suas portas para um domingo festivo para comemorar o aniversário do servidor público, Nilo Saraiva Filho. Nilo recebeu os parabéns de familiares e amigos. degustando churrasco, dobradinha, carneiro assado, foi servido também um jantar que teve os dotes culinários do famoso Xavier. A organização do evento festivo, ficou por conta do proprietário do restaurante, Antônio Moura, mais conhecido como Carcará. As músicas ficaram
a cargo do competente músico Carioca que interpretou Nelson Gonçalves, Cartola, Maisa e Waldick Soriano. Muita cerveja gelada e, sobretudo, com muita confraternização por todos que se fizeram presentes, dentre jornalistas, advogados, músicos, professores e poetas. Nossos sinceros parabéns aos convidados de honra: Nilo Saraiva Filho(aniversariante), Roberto Lima, Antônio Moura, Clovis, Xavier, Leonardo, Mauricio Barroso do Vale, Flávio, Carlos(Litrinho), Osvaldo, Antônio Matos, Carioca, Dra. Augusta, Airton Feitosa, e irmãos Ivani e Nivaldo.
Agronegocio
Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
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Clima adverso não impedirá safra recorde, avalia Agroconsult A produção de soja deve beirar as 100 milhões de toneladas e a de milho safrinha é estimada em 57,7 milhões
Manejo Integrado de Pragas favorece boa produção da safra-safrinha de milho É necessário conhecer bem as condições do ambiente, incluindo a taxonomia, que é o conhecimento das pragas que atacam ou podem beneficiar as culturas.
Às vésperas de iniciar o Rally da Safra, expedição que irá percorrer as principais regiões brasileiras produtoras de grãos, a Agroconsult divulgou mais uma estimativa de colheita de soja e de milho. A projeção da Agroconsult para a produção de milho de segunda safra, que está na fase inicial de plantio, é de colheita de 57,7 milhões de toneladas, volume 6% acima do colhido na safra passada (54,6 milhões de toneladas). A perspectiva é de aumento de 9% da área para 10,5 milhões de hectares. A produção de milho de verão é estimada em 27,9 milhões de toneladas, em queda de 7% em relação as 30,1 milhões de toneladas produzidas na safra passada. A área de milho de verão encolheu 8% para 5,7 milhões de hectares. No caso da soja a consultoria elevou sua projeção para 99,2 milhões de toneladas, acima das 99 milhões estimadas no mês passado, e 2% superior as 97,2 milhões de toneladas colhidas na temporada 2014/2015. A área plantada aumentou 3% para 32,9 milhões de hectares. André Pessôa, coordenador do Rally da Safra e sócio diretor da Agroconsult, explica que na estimativa atual a área de soja foi reduzida em 200 mil hectares, pois devido ao atraso no
plantio os produtores decidiram semear o milho. Ele acredita a produção de soja deve beirar as 100 milhões de toneladas, apesar dos problemas climáticos. Segundo Pessôa, as perdas de produtividade da soja devem ser mais acentuadas na região do médio norte de Mato Grosso, onde as variedades precoces sofreram com a falta de chuvas. Ele observa que normalmente na região são colhidas em média 55 sacas por hectare e, nesta safra, vários produtores irão colher de 20 a 30 sacas. Apenas na região sul de Mato Grosso as condições das lavouras estão iguais ou melhores que no passado, apesar das chuvas irregulares. No oeste a condição é ruim por causa da falta de chuvas e no leste o plantio atrasou de 20 a 30 dias. Como choveu depois, no leste ainda recuperar a produtividade. No geral, diz ele, Mato Grosso é o viés de baixa das previsões de safra, pois uma saca de soja menos na produtividade representa uma perda de 500 mil toneladas na produção estadual. Na região do Matopiba (confluência do Maranhão com Tocantins, Piauí e Baia) a situação também é preocupante, por causa do atraso no plantio, provocado pela falta de
chuvas. Pessoâ diz que ainda é cedo para prever as possíveis quebras de produtividade na região, pois vai depender do clima nos próximos meses. O analista diz que os produtores devem apostar no milho safrinha, aproveitando os bons preços, mesmo com plantio após o período ideal, indo até 20 de março. Ele diz que neste mês houve aumento na demanda por fertilizantes e sementes de milho, indicando a perspectiva de plantio de uma safra recorde. Ele alerta que mesmo com a expectativa de colheita de uma safra total de 84,7 milhões de toneladas de milho, os consumidores brasileiros devem recorrer a importação de milho no segundo semestre, por causa das exportações recordes estimadas em 35 milhões de toneladas. Pessôa explica que a explosão das vendas externas se deve em grande parte a redução do custo do frete em dólar, que antes representava 50% do preço do cereal posto no porto, e agora representa a metade. Ele avalia que o Brasil importará milho dos Estados Unidos e Argentina, ou os exportadores farão “washout” (cancelamento das vendas) para revender o cereal no mercado interno.
Mais do que a escolha de uma boa semente, o manejo e o preparo da área de plantio de milho é fundamental para obter bons resultados no sistema safra-safrinha de Milho e Sorgo, explica o pesquisador da Embrapa Ivênio Rubens de Oliveira. Ele foi um dos palestrantes do 2º Simpósio Regional de Produção de Silagem de Milho e Sorgo, realizado nos dias 19 e 20 de janeiro, em Coronel Pacheco (MG). Ivênio afirma que "sementes de alta tecnologia só funcionam com o manejo adequado, o que inclui o trato fitossanitário para o controle de pragas e doenças". O pesquisador adiciona que "o mau uso de agrotóxicos compromete o meio ambiente, a saúde do trabalhador e a segurança dos alimentos". Ele recomenda o Manejo Integrado de Pragas (MIP) como solução. "Mais do que uma tecnologia, o MIP é uma filosofia", indica o pesquisador. Trata-se de um sistema operacional ecológico agrícola, cujas práticas economicamente compatíveis visam à regulação de populações e pragas por meio da preservação e do aumento dos inimigos naturais. Ivênio alerta que existem pragas que precisam ser controladas, assim como os insetos, quando se tornam praga devido ao uso de elementos químicos de forma desequilibrada. O MIP concilia controle cultural,
biológico, comportamental, genético, das variáveis da propriedade e químico. Ou seja, é necessário conhecer bem as condições do ambiente, incluindo a taxonomia, que é o conhecimento das pragas que atacam ou podem beneficiar as culturas. A partir do preparo para a implantação de um sistema de manejo integrado, a propriedade está pronta para o estabelecimento das estratégias, que consistem em: preservação e incremento da população de inimigos naturais, preservação e incremento da diversidade no agroecossistema, redução da suscetibilidade hospedeira e, finalmente, redução da infestação inicial de pragas. O evento O 2º Simpósio Regional de Produção de Silagem de Milho e Sorgo é realizado pela Embrapa (Gado de Leite, Milho e Sorgo e Produtos e Mercados / Escritório de Sete Lagoas) em parceria com a Riber KWS Sementes. A edição foi realizada no Campo Experimental José Henrique Bruschi, da Embrapa Gado Leite, com mais de 100 técnicos e produtores participando presencialmente. O evento também foi transmitido ao vivo pela rede social temática www.repileite.com.br. Quase 600 usuários acessaram a transmissão, com média de 50 pessoas ligadas ao mesmo tempo, interagindo via chat.
Brasil deve ampliar uso de cana para produção de açúcar na temporada 2016/17 Operadores disseram que a fraqueza da moeda brasileira ante o dólar ajudou a elevar a atratividade da produção de açúcar. A maior parte do açúcar do Brasil é exportado em dólares, enquanto o etanol é vendido principalmente no mercado doméstico e pago com a enfraquecida moeda local. "Ainda é cedo, mas nós estamos projetando de 43,5 a 56,5 por cento de açúcar para etanol em 2016, após um 2015 rico em etanol, quando apenas 41,8 por cento da cana foi para a produção de açúcar. O principal motivo é o preço, que está bastante atraente", disse Arnaldo Correa, da Archer Consultoria em São Paulo. O açúcar contrariou uma tendência em geral negativa para os preços das commodities em 2015, com uma modesta alta de 5 por cento. Quando os preços são convertidos para real, no entanto, a alta é bem maior, de mais de 50 por cento. Outros analistas também projetaram um retorno à maior produção de açúcar que poderia ser guiada pela
Uma parcela maior da cana do Brasil deverá ir para a produção de açúcar em 2016/17 que na temporada anterior, o que dará um impulso para uma oferta global apertada, com preços mais atraentes para o adoçante que para o etanol derivado da cana.
retomada de climas mais normais, após pesadas chuvas no final de 2015 reduzirem o conteúdo de açúcar na cana do Brasil. O Rabobank prevê que 43 por cento da cana do centro-sul do Brasil será alocada para açúcar em 2016/17, ante 41 por cento estimados para 2015/16. Analistas da Green Pool projetam que 42,5 por cento da cana do centrosul irá para o açúcar, ante 40,8 por cento previstos para a temporada anterior. O mercado global de açúcar começou a ficar mais apertado, com um déficit global amplamente esperado para a temporada 2015/16 depois de quatro anos consecutivos em que a oferta superou a demanda. Operadores disseram que produtores do Brasil, maior exportador global de açúcar, estão buscando tomar vantagem dos altos preços com operações de hedge em contratos futuros de açúcar bruto na bolsa ICE, fechando antecipadamente o preço que receberão pela produção da próxima temporada. Fonte: Reuters
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Infrestrtura
Fortaleza-CE - Janeiro de 2016
Litoral Oeste é beneficiado com 29 km de duplicação da CE-085 A obra está sendo excutada pela Secretaria de Turismo – Setur e fiscalizada pelo Departamento Estadual de Rodovias – DER.
Prefeitura participa de discussão sobre estratégias para o ONU Habitat Seminário Internacional sobre Cidades Inclusivas debate temas para Conferência da ONU.
O Governo do Estado do Ceará realiza duplicação e diversas melhorias na rodovia CE-085. A intenção é garantir deslocamento mais seguro, rápido e confortável às praias do Litoral Oeste. Desta vez estão sendo duplicados aproximadamente 29 quilômetros, no trecho entroncamento CE-341 (acesso a Paracuru) – entroncamento CE-163 (acesso a Trairi). A obra está sendo excutada pela Secretaria de Turismo – Setur e fiscalizada pelo Departamento Estadual de Rodovias – DER. Os trabalhos somam investimento de R$
49.051.679,76 referente a serviços preliminares, movimento de terra, pavimentação, drenagem, obras d'artes correntes e especiais, proteção ambiental e
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A obra dá continuidade às duplicações já realizadas naquela via. sinalização horizontal e vertical. A obra dá continuidade às duplicações já realizadas naque-
la via. A última realizada em 2014, compreende do entroncamento CE-090 (Caucaia), passando pela variante do Pecém, até a CE 341 (entrada de Paracuru), totalizando cerca de 70 quilômetros duplicados, com aporte financeiro de R$ 91 milhões. Prudência ao volante Por conta dos diversos trechos em obras, é preciso chamar a atenção dos motoristas que trafegam na CE-085, principalmente no período do Carnaval, quando o movimento na estrada fica mais intenso.
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A Prefeitura de Fortaleza participa nesta sexta-feira (29/01), em Bogotá, na Colômbia, do Seminário Internacional sobre Cidades Inclusivas, reunião preparatória do ONU Habitat III. O ONU Habitat é a Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que acontece neste ano, entre os dias 27 e 30 de outubro, na cidade de Quito, no Equador. A coordenadora de Relações Internacionais e Federativas, Patrícia Macêdo, representa Fortaleza no painel Estratégias de Desenvolvimento Territorial - Reabilitação x Novos Desenvolvimentos Urbanos, onde apresenta as ações de mobilidade urbana motorizada e não motorizada que têm sido adotadas em Fortaleza na gestão do prefeito Roberto Cláudio. Dividem o painel com Fortaleza a ministra da Cultura do Paraguai, Mabel Causarano; o ex-prefeito de Quito e biretor da Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), Augusto Barrera; o ex- prefeito de Medellín, na Colômbia, Aníbal Gavíria, e o engenheiro da Universidade de Los Andes, na Colômbia, Eduardo Behrentz. O evento é uma realização do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e ONU Habitat, em parceria com a Universidade de Los Andes, local da conferência. As discussões dos painéis integram a Nova
Agenda Urbana da ONU para o Século XXI. "A mobilidade urbana como indutora de mobilidade social é um dos pontos de maior atenção da administração do prefeito Roberto Cláudio. A partir da adoção do Bilhete Único, a cidade passou por transformações significativas que viabilizam um melhor acesso das pessoas aos seus locais de trabalho, escolas, residências e ao lazer. Tudo isso dentro do planejamento inteligente e consequente, que torna a cidade cada vez mais inclusiva e sustentável", afirma Patrícia Macêdo. "São experiências como o Bilhete Único, Bicicletas Compartilhadas, Bicicletar Integração, Ciclofaixas de Lazer, corredores exclusivos, BRT, melhorias nos terminais, ônibus com ar condicionado e wifi, sinalização e elevação diferenciada para as faixas de pedestres e requalificação dos espaços urbanos têm chamado a atenção de outras cidades do continente. É isso que vamos mostrar no Seminário Internacional sobre Cidades Inclusivas, as boas práticas de Fortaleza. É bom ressaltar que essas medidas, além dos impactos socioeconômicos, têm contribuído substancialmente para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa em nossa cidade, o que torna também o projeto de mobilidade urbana sustentável”, acrescenta a coordenadora.