Metalurgente Do chão da fábrica às lutas sociais
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Edson Gomez
METALURGENTE Do chão da fábrica às lutas sociais!
Como surgiu o sindicalismo O surgimento dos sindicatos no Brasil A fundação do Sindicato dos Metalúrgicos O que é METALURGENTE Lutas e conquistas desde 1994 A participação na política local Perfil dos Metalúrgicos
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Metalurgente Do chão da fábrica às lutas sociais! Copyright @ 2016 by Edson Gomes Direitos desta edição reservados Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Todos os direitos desta edição reservados à Edson Gomes
FOLHA DE ROSTO
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Edson Gomez
METALURGENTE Do chão da fábrica às lutas sociais!
1ª Edição
Ponta Grossa Edição do Autor 2016
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Dedicatória Dedico este livro a todo trabalhador e trabalhadora aposentado (a), que contribui para a construção dessa história, do seu sindicato e com o seu trabalho ajudou também a construir esse país.
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SUMÁRIO Sumário Sindicalismo ........................................................................ 14 Capitalismo ......................................................................... 14 Início do sindicalismo .......................................................... 16 Sindicato Cidadão ............................................................... 42 Programa Integrar .............................................................. 45 A Festa do Trabalhador ...................................................... 62 A Qualificação Profissional ................................................. 84
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O que é METALURGENTE Era início da década de 90. O país ainda vivia os transtornos pela eleição de Collor de Mello e seu plano econômico. As entidades sindicais praticamente amarradas. Afora isto, sempre tive uma postura carinhosa em relação à categoria metalúrgica, pois foi com os metalúrgicos do ABC (A=Santo André), (B=São Bernardo), (C=São Caetano) e hoje em dia ABCD (D=Diadema) que se realizaram as grandes manifestações de criação de sindicatos verdadeiramente representantes de sua categoria. Neste contexto, fui convidado a assessorar o processo de formação de uma chapa de oposição ao sindicato dos metalúrgicos de Ponta Grossa, já em 1992. E o primeiro passo, foi criar um nome para esta chapa. Pois bem, METAL é a matéria prima desses trabalhadores METALÚRGICOS, que, acima de tudo, são GENTE, e que exigiam mudanças URGENTES na estrutura, organização e direção sindical. Da confluência destas palavras surgiu a marca METALURGENTE. Digo marca pois hoje é a palavra que com mais facilidade é reconhecido o Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e quiçá se mantenha dia a dia na busca de seus ideais originários. Marcos “black” Fontinelli – jornalista Autor da termo METALURGENTE
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O SURGIMENTO DO SINDICALISMO
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Surgimento do Sindicalismo Antes de descobrir como surgiram os primeiros sindicatos precisamos entender alguns termos que usaremos na história:
Sindicalismo Este termo tem dois significados: 1) É o movimento de organização dos trabalhadores em sindicatos para estudar e defender seus interesses. 2) Doutrina política, originada na França em 1894, que almeja fazer através do sindicato que os trabalhadores tenham uma participação ativa dentro da sociedade. Estando presentes na cultura, na política e na economia. Michaelis (2016)
Capitalismo São várias definições, mas o que mais se aceita hoje em dia é que o Capitalismo é uma organização econômica formada pelos possuidores dos meios de produção – os empresários - e pela mão de obra dos trabalhadores industriais e rurais. No capitalismo existe atividades de produção e distribuição que obedece aos princípios da propriedade privada, da competição livre e do lucro. Este sistema surgiu na Europa, no século 19, e foi responsável pela industrialização na maior parte do mundo
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As primeiras fábricas não apresentavam as mínimas condições para um verdadeiro ambiente de trabalho.
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Início do sindicalismo A história do sindicalismo começou na Europa, no século dezoito, mais precisamente na Inglaterra. Quando surgiram as primeiras máquinas a vapor. Mudou-se o jeito de produzir mercadorias, antes tudo era feito manualmente de forma artesanal, com o invento das máquinas à vapor acelerou-se a produção de mercadorias causando de imediato dois reflexos: desemprego, pois as máquinas substituíram a mão de obra humana e houve a redução do preço das mercadorias estimulando assim o consumo.
Crianças trabalhando numa fábrica de tecidos no século XIX [ 16 ]
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As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões.
Não havia direitos trabalhistas como: férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, os trabalhadores ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
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Não demorou muito para que os trabalhadores se organizassem enquanto classe social e assim iniciaram uma luta por melhores condiçþes, surgindo assim o termo Luta de Classes.
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Surgiram dois movimentos distintos nesta época: LUDISMO – Foi a primeira forma de organização dos trabalhadores que surgiu por volta do ano de 1811, onde trabalhadores da Inglaterra entendiam que o problema do desemprego e das más condições de trabalho eram as máquinas, agiam com violência e tinham como objetivo quebrar as máquinas. Este movimento acabou devido a criação de uma Lei que punia com a MORTE aquele que quebrasse uma máquina. CARTISMO – Surgiu em 1837 e era formado por trabalhadores que entenderam que só havia uma maneira de garantir direitos que é PARTICIPANDO NA POLÍTICA, fazendo as LEIS e foi marcada por uma CARTA enviada ao parlamento inglês e que continha reivindicações como: Direito de voto para os trabalhadores – Sim! Nem votar o trabalhador da época podia. Participação de trabalhadores na política Claro que o parlamento inglês, formado na sua totalidade por empresários, rejeitou a proposta e o movimento do Cartismo foi enfraquecido e acabou. Mas suas ideias acabaram formando vários TRADE UNIONS – ou União de Trabalhadores e que descobriram que uma das melhores armas nesta luta em busca da conquista de direitos era a greve.
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O TERMO GREVE A palavra tem origem francesa grève, e surgiu do nome de uma praça em Paris a Place de Grève – esta praça fica na margem do Rio Sena – onde o rio o deixava muitos gravetos, por isso o nome da praça. Este local foi usado para as reuniões de desempregados e operários insatisfeitos com as condições de trabalho no século dezoito. Quando não se chegava num acordo com o dono da fábrica os trabalhadores paravam as máquinas e se dirigiam para a Place de Gréve. Assim com o passar dos anos o termo se popularizou, vamos para gréve e acabou virando sinônimo da paralização das máquinas de uma fábrica até que se chegue a um acordo com o patrão.
Place de Grève a Queda da Bastilha, 14 de julho 1789 - da gravura por Letourmy de Orléans, final do século 18.
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PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE TRABALHADORES - A INTERNACIONAL
novacultura.info Esta associação surgiu em setembro de 1864 e ficou ativa até 1872. Neste período reuniu mais de 150 mil membros de diversas associações e sindicatos de trabalhadores de toda a Europa. A Internacional como ficou conhecida realizou cinco grandes congressos onde foram discutidas questões de interesse da classe trabalhadora e foram aprovadas diversas resoluções, como: A redução da jornada de trabalho para oito horas diárias Melhores condições de trabalho, sobretudo para mulheres e crianças. A participação dos trabalhadores na política A utilização da greve como principal instrumento de luta da classe trabalhadora.
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NASCIMENTO DAS IDEOLOGIAS DIREITA E ESQUERDA Durante a Revolução Francesa – 1879 – se espalhou pela Europa ideias contrárias a organização dos trabalhadores e surgiram leis que impediam a formação de associações da classe operária. Pequenos burgueses - proprietários de bens e capital mais pobres - buscaram o apoio dos trabalhadores para enfraquecer a monarquia e lutar contra os altos impostos e as injustiças vindas por parte da nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte.
Começa o fim da NOBREZA e tem início a era da DEMOCRACIA e das REPÚBLICAS Em agosto de 1789, aconteceu uma Assembleia Constituinte e nesta a elite, a nobreza e aqueles que defendiam o rei ficaram a sua direita e os burgueses mais pobres se uniram aos trabalhadores e ficaram à esquerda. Surgia os termos DIREITA – aqueles que defendem os direitos da elite mais rica do país, dos patrões e a ESQUERDA – aqueles que defendem os direitos dos trabalhadores e dos pequenos comerciantes.
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SEGUNDA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE TRABALHADORES - A INTERNACIONAL
Eduardo Montagut Contreras, La Segunda Internacional
A segunda associação internacional de trabalhadores deu sequência a primeira e existiu entre os anos de 1889 e 1916. Sendo extinta durante a 1ª e a 2ª Guerra Mundial.
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Entre as ações da Segunda Internacional incluem-se: O dia 1º de maio como Dia Internacional dos Trabalhadores O dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Campanha Internacional pela jornada de trabalho de oito horas diárias.
1º de MAIO É O DIA DO TRABALHADOR E não do TRABALHO como muitos divulgam
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Organização Mundial do Trabalho depois da Segunda Guerra Mundial Depois da Segunda Guerra Mundial, os sindicatos passaram a ser um grupo de pressão importante, enveredando em certos países mais pela participação política do que pela defesa dos trabalhadores. Nos EUA, como na Europa germânica e nórdica, mantêm-se apolíticos, ao contrário de outros países. Na América Latina têm uma função curiosa: a defesa dos trabalhadores face à pressão dos inúmeros desempregados. O movimento sindical internacional ficou dividido em fações devido à Guerra Fria entre EUA e URSS. Surgiram duas grandes associações de trabalhadores a FSM (Federação Sindical Mundial) e a CIOSL (Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres), ficando a primeira controlada por países pró-soviéticos. Apesar de ter sua fundação em 1919 a OIT (Organização Internacional do Trabalho) foi integrada na ONU depois da Segunda Guerra Mundial e desempenhou um papel importante na definição das legislações trabalhistas e na elaboração de políticas econômicas, sociais e trabalhistas durante boa parte do século XX.
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Em 1998, a Conferência Internacional do Trabalho adota a Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho, definidos como: Respeito à liberdade sindical e de associação Reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva Eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório Abolição do trabalho infantil Eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação.
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O SINDICALISMO NO BRASIL
Manifestação de trabalhadores Rio de Janeiro - 1937
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O surgimento da organização da Classe Operária no Brasil remonta à época do Império. Como haviam poucas indústrias instaladas no Brasil naquele tempo, pode-se pontuar a existência de algumas entidades como a Liga Operária e a União Operária que tinham como principal finalidade reunir e defender os trabalhadores que as compunham. No início do século XX foram criadas várias associações de classe, tais como, a União dos Operários Estivadores em 1903; a Sociedade União dos Foguistas, também em 1903; a União dos Operários em Fábrica de Tecidos em 1917, entre outras, que embora não possuíssem caráter sindical já demonstravam interesse social do sindicalismo.
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A PRIMEIRA GREVE NO BRASIL O ano de 1858 foi registrada a primeira greve, a dos tipรณgrafos do Rio de Janeiro. Estes se rebelaram contra as injustiรงas patronais reivindicando melhorias salariais. Tendo sido vitoriosa, inaugurou-se a partir de entรฃo, as greves que se expandiram para as demais categorias.
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Data de 1906 o primeiro congresso operário que desembocou na criação da Confederação Operária Brasileira (COB), onde participaram duas tendências distintas do movimento operário: Os anarco-sindicalistas queriam os sindicatos fora da política e os socialistas queriam criar um partido político para que os trabalhadores fossem aos poucos inserindo na legislação brasileira direitos para os trabalhadores. 1912 o governo brasileiro começa a controlar os sindicatos e implantou lideranças governistas nas organizações sindicais, que mesmo dirigindo categorias combativas não iam além das reivindicações imediatas sempre conciliando com o Estado sem abalá-lo, por esse motivo, foram denominados de sindicalistas amarelos. 1930 - com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, representou um novo momento para o sindicalismo brasileiro 1931 - é criado o Ministério do Trabalho – mas com intuito de aumentar o controle do governo sobre os sindicatos. 4 de abril de 1935 - Getúlio decreta a Lei de Segurança Nacional dando início a repressão onde várias lideranças sindicais sendo deportadas, presas ou mortas. 1940 – Foi criado o imposto sindical 1943 – A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
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A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS – CLT Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943 A CLT- Consolidação das Leis do Trabalho - foi criada em meio a um período onde o Brasil vivia intenso conflito entre o trabalho e o capital. Uma nova força operária se fortalece e pode significar conflitos, greves. Assim, Getúlio Vargas começa a pensar um sistema de regulação do trabalho na busca por “uma paz social” evitando assim a existência de uma sociedade conflitiva. O contexto histórico da época mostra que foi a organização e a luta dos trabalhadores que realizaram seguidas greves e mobilizações devido ao início do processo de industrialização do Brasil, nos primeiros anos do século XX, que obrigaram Getúlio a criar leis e instituições para pacificar e manter sob o controle do Estado as tensões entre patrões e empregados. Nascida em meio a uma guerra mundial e, internamente, a uma ditadura, a Consolidação das Leis do Trabalho tem mais de 70 anos e possivelmente como uma das legislações brasileiras mais faladas, mais estudadas e menos conhecida, principalmente por aqueles que mais deviam se interessar pelo assunto, que são os trabalhadores. A CLT é chamada de Consolidação das Leis Trabalhistas, ao invés de Código das Leis Trabalhistas porque seu objetivo foi apenas reunir a legislação esparsa trabalhista já existente na época, consolidando-a. Daí seu nome. Não poderia receber a denominação "Código" por não se tratar de um direito novo, apenas de uma reunião consolidadora.
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O SINDICALISMO NA DITADURA O golpe militar de 1964 significou a mais intensa e profunda repressão política que a classe trabalhadora enfrentoiu na história do país. As ocupações militares e as intervenções atingiram cerca de 2 mil entidades sindicais em todo o país. Suas direções foram cassadas, presas e exiladas. A desarticulação, repressão e controle do movimento foram acompanhados de uma nova política de arrocho de salários, da lei antigreve nº 4.330 e do fim do regime de estabilidade no emprego. A ditadura passou a se utilizar de práticas de tortura, assassinatos e censura, acabando com a liberdade de expressão, organização e manifestação política. Na década de 70, principalmente, começa a surgir um novo sindicalismo, que retomou as comissões de fábrica e propôs um modelo de sindicato livre da estrutura sindical atrelada. Este fenômeno aparece com maior nitidez no ABCD paulista (cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Surge, também, a mais expressiva liderança sindical brasileira de todos os tempos: Luiz Inácio da Silva, o Lula, que em 1969 participa pela primeira vez da diretoria de um sindicato, como suplente. Em 1980, sindicalistas, intelectuais e representantes do movimento popular fundam o Partido dos Trabalhadores, com a proposta de estabelecer um governo que represente os anseios da classe trabalhadora.
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A CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES - CUT
Crédito: Cedoc – CUT
Fundação da CUT em 28.08.1983
Contexto histórico da Fundação da CUT De 1964 até 1985 o Brasil viveu sob o regime militar no qual direitos constitucionais foram suprimidos, adversários do regime perseguidos, torturados e muitos foram mortos. A sociedade brasileira vivia sob censura. Em fins da década de 1970 inúmeros setores da sociedade civil começaram a se reorganizar e mesmo sobre forte repressão passaram a se manifestar publicamente e enfraquecendo o regime militar e forçando o início da redemocratização do Brasil.
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É neste contexto que surge a Central Única dos Trabalhadores (CUT), fundada em 28/08/1983 no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, São Paulo, durante o 1º Conclat – Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, ocorrido em agosto de 1983, ainda durante o regime militar e somente foi RECONHECIDA em 2007. Participaram desta fundação 5.059 delegados, de 912 entidades. Esse número de delegados representava mais de 12 milhões de trabalhadores se transformando na maior central da América Latina e quinta maior do mundo.
Lula fala para 60 mil metalúrgicos no Estádio Vila Euclides em abril de 1980
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Ponta Grossa
Fundação do Sindicato dos Metalúrgicos A História do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa começa em fevereiro 1954 com a primeira assembleia realizada pelos trabalhadores para constituir a Associação Organizadora dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas e Oficinas Mecânicas. Já em abril deste mesmo ano esta associação transformase em Sindicato passando a denominar-se Sindicato Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Oficinas Mecânicas e de Material Elétrico de Ponta Grossa. Era um momento de grande agitação no país, na época a luta era contra a fome e a carestia. No ano anterior, em 1953, a luta da classe operária no Brasil atingia uma magnitude nunca vista antes, passávamos por uma fase de industrialização do governo Vargas e o País viu seus trabalhadores operários se mobilizarem; somente em São Paulo foram mais de oitocentas greves. Se analisarmos atentamente, os metalúrgicos sempre estiveram presentes nos momentos decisivos do país, tudo isso, graças a sua capacidade de organização e de luta.
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CONSTRUÇÃO DA SEDE 1986 Em Ponta Grossa o movimento sindical desenvolvia-se timidamente. Estruturalmente em 1986 foi entregue aos trabalhadores metalúrgicos a Sede atual do Sindicato pelo então Presidente Silvio Ribeiro.
Foto: arquivo Sindicato Metalúrgicos Ponta Grossa – Agosto 94
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O termo PELEGO O termo pelego foi popularizado durante o governo de Getúlio Vargas, nos anos 1930. Imitando a Carta Del Lavoro, do fascista italiano Benito Mussolini, Vargas decretou a Lei de Sindicalização em 1931, submetendo os estatutos dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Pelego era então o líder sindical de confiança do governo que garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Décadas depois, o termo voltou à tona com a ditadura militar. Pelego passou a ser o dirigente sindical apoiado pelos militares, sendo o representante máximo do chamado sindicalismo marrom. A palavra, que antigamente designava a pele ou o pano que amaciava o contato entre o cavaleiro e a sela, virou sinônimo de traidor dos trabalhadores e aliado do governo e dos patrões. http://www.ufalsindical.com
http://revistaberro.com/literatura/cronicas/que-tipo-de-pelego-voce-e/
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O MOVIMENTO METALURGENTE
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Em 1989, um grupo de trabalhadores, descontentes com os rumos que atual direção do Sindicato, começou um processo de oposição, principalmente, pelo desfecho da última greve, onde os trabalhadores foram “abandonados” pelo sindicato. Esse grupo de trabalhadores passou a cobrar daquela direção do sindicato, nas assembleias, um comprometimento maior com os interesses dos trabalhadores metalúrgicos. Um grupo de trabalhadores, liderados pelo metalúrgico José Luiz Teixeira - da Metalgráfica Iguaçu - se fortaleceu e ampliou-se, até formar uma chapa de oposição.
Inscrição de chapa nas Eleições Sindicais de 93 Em 1993, a direção do Sindicato, publica um edital abrindo o processo eleitoral. Então, este grupo de trabalhadores de oposição inscreve uma chapa denominada METALURGENTE. Esta chapa era composta por trabalhadores de diversas empresas do setor metalúrgico de Ponta Grossa, e, conta com apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
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Confusão nas eleições A chapa da situação – dos patrões – tentou impugnar a chapa metalurgente, mas não conseguiu. As eleições marcadas para 1993 foram adiadas para 1994. Durante este período a chapa dos patrões desistiu. Mas a chapa Metalurgente teve um racha. Aqueles que queriam sua filiação junto a CUT mantiveram o nome de METALURGENTE e os dissidentes fizeram uma outra chapa mas, desta vez, as duas representavam os trabalhadores.
Tiro no Sindicato Um dos fatos que ficaram marcados na história destas eleições foi um disparo de arma de fogo contra a sede do sindicato. Encontrei o autor do ato, que pediu para não ter seu nome revelado neste livro, mas me confidenciou que o clima envolvendo todo o pleito foi muito tenso e durou dois dias. Segundo ele, o disparo realmente aconteceu e saiu de uma pistola 365 contra a parede da frente da sede do sindicato. Mas como um alerta e para acabar com a confusão que ali havia no momento, não houve intenção de ferir ninguém. Durante a noite, a urna ficou escoltada por dois representantes de cada chapa que não demorou muito para acabar numa animada rodada de truco de varou a madrugada.
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Vitória da Chapa METALURGENTE Em 1994, houve a realização das eleições com disputa de chapa, da qual, a chapa METALURGENTE, venceu as eleições com mais de 70% (setenta por cento) dos votos válidos.
Fotos do dia – do pleito
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Metalurgente no Sindicato Com a participação dos trabalhadores, a gestão METALURGENTE, programou várias ações de inclusão que permitiu que os trabalhadores voltassem a acreditar no Sindicato. Uma das principais conquistas da gestão METALURGENTE foi o resgate da credibilidade junto aos trabalhadores metalúrgicos de Ponta Grossa.
Com o resgate da credibilidade, foi possível desenvolver várias lutas:
Busca permanente por salário justo, Qualidade de vida no local de trabalho, Qualificação profissional Valorização da mão de obra Construção de Sindicato Cidadão
Sindicato Cidadão Começa a se desenvolver em Ponta Grossa o conceito de “sindicato cidadão” desenvolvendo uma política sindical que vai além da obrigatória disputa por melhores salários e condições de trabalho. Para este sindicato não bastava atender somente aos trabalhadores empregados e sindicalizados era preciso ir além. O Sindicato amplia assim o seu espectro de atuação e busca também a garantia do respeito ao direito de todo trabalhador(a) a qualificação profissional, seguridade social, educação, saúde, cultura, lazer, renda mínima, transporte e todos os direitos a que faz juz o cidadão.
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PRIMEIRA GESTÃO Pres. José Luiz Teixeira Período: 1994 – 2002 Em setembro de 1994 - toma posse então a gestão METALURGENTE, que de forma democrática, abre então o Sindicato para que os trabalhadores Metalúrgicos da região dos Campos Gerias participem das decisões que seriam tomadas a partir desse momento.
Primeira Diretoria
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Filiação do Sindicato na CUT Em março de 1995 - a gestão METALÚRGENTE, em assembleia geral, filia o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ponta Grossa à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Foto: arquivo do Sindicato dos Metalúrgicos
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Programa Integrar Durante a profunda crise econômica vivida pelo Brasil durante os anos 90 muitos companheiros metalúrgicos desempregados e outros tantos em grave ameaça de desemprego. Era preciso enfrentar com determinação esta situação e é neste contexto que surge o “Programa Integrar” criado pela CNM/CUT e implantado no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos. Tratava-se de um Programa educacional revolucionário para época que construía o conhecimento formal escolar a partir do conhecimento de vida do próprio trabalhador. Muitos companheiros metalúrgicos receberam a certificação de Ensino Fundamental, Ensino Médio e de Qualificação Profissional a partir do Programa Integrar que hoje é referência em matéria de Educação de Jovens e Adultos.
Formatura Integrar - Centro de Eventos - Ponta Grossa - 2001
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Clube do Trabalhador Em 1997, a gestão METALURGENTE, adquiriu uma área na região norte de Ponta Grossa, ao lado do Núcleo Santa Luzia e criou o que hoje é o Clube do Trabalhador. Um espaço para recreação e confraternização dos trabalhadores metalúrgicos onde possui campo de futebol sete, campo de futebol society, quadra de futsal, lanchonetes, pesque pague e camping. No clube também é realizada tradicionalmente a Festa do Trabalhador no dia 1º de maio e a Festa da Criança no dia 12 de outubro.
Foto: arquivo sindicato – 1997
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Foto Drone: Fabrício Patruni – Clube do Trabalhador - Maio/2016
Foto: Edson Gomez –Pesque Pague Clube do Trabalhador - Maio/2016
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SEGUNDA GESTÃO Edemilson Pereira Dias
Período: 2002 à 2010
Em 2002 assumiu a presidência Edemilson Pereira Dias metalúrgico da Fundição Hubner - que também ficou por dois mandatos entre os anos de 2002 a 2010. Neste período o sindicato ampliou suas ações como sindicato cidadão e na Qualificação Profissional.
Segunda Diretoria
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SURGE A APAT
A Associação de Amparo ao Trabalhador surgiu para dar suporte para Escola Técnica no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, possibilitando a ampliação da oferta de cursos de qualificação profissional, bem como sua carga horária e certificação.
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TERCEIRA GESTÃO Mauro Carvalho
Período: 2010 à 2018
Em 2010 assumiu a presidência o metalúrgico - Mauro Carvalho – da Metalgráfica Iguaçu.
Foto: Marcus Foto – Posse Diretores 2014
Mauro assume o sindicato com o compromisso de dar continuidade ao projeto de construção de um sindicato cidadão, valorização da mão de obra e na luta pela valorização do salário e qualidade de vida no local de trabalho e dá início a um trabalho em busca do direito ao PLR – Programa de Lucros e Resultados, Implantação de restaurantes nas empresas e o fim da marmita na categoria, maior inserção do sindicato junto a sociedade local através da comunicação sindical e fortalecimento ao Movimento Metalurgente e a criação do Departamento dos Idosos e da Mulher.
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Principais lutas e conquistas da GestĂŁo Mauro Carvalho
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RESTAURANTE NA W3 Metalúrgicos da W3 conquistam o restaurante e abandonam o uso da marmita – bandeira de luta da gestão Mauro Carvalho.
Fotos: Edson Gomez – Dia da inauguração do restaurante na W3 – 12/03/2012 e abaixo assembleia geral com metalúrgicos para discutir a implantação do restaurante.
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DUAS GRANDES GREVES NA HÚBNER As greves nas unidades do Grupo Hübner em Ponta Grossa marcaram a terceira gestão do Sindicato dos Metalúrgicos na luta pela implantação do PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). Na primeira – 31 de Maio de 2011 - os metalúrgicos da Hübner cruzaram os braços e permaneceram por oito dias em greve, a empresa queria reduzir o valor do pagamento do PLR. Na segunda – 26 de Setembro de 2016 – novamente os trabalhadores das duas unidades de Ponta Grossa voltam a cruzar os braços, desta vez por NOVE dias. No final – nas duas greves - os trabalhadores saíram vitoriosos, garantindo o pagamento do PLR com valor justo, reajuste no valor da cesta básica e os dias de greve não foram descontados pela empresa.
Foto: Edson Gomez – Primeiro dia da greve na Hübner – 31/05/2011
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Foto: Edson Gomez – Primeiro dia da greve na Hübner – 31/05/2011
Foto: Arquivo Sindicato – Primeiro dia da segunda greve na Hübner – 26/09/2016
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REINTEGRAÇÃO AO TRABALHO Reintegração ao trabalho de três diretores sindicais demitidos da Fundição Hübner como retaliação depois da greve na empresa.
Foto: Edson Gomez – 24/08/2011
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RESTAURANTE NA SCHEFFER Trabalhadores da Scheffer conquistam o restaurante depois de uma longa negociação com a empresa.
Foto: Edson Gomez – 03/11/2011
O Vale Alimentação foi inserido na Convenção Coletiva de Trabalho de 2012, passando a ser mais um direito ao trabalhador Metalúrgico e garantindo mais dinheiro no seu bolso. Em 2012 o valor do Vale Alimentação foi de R$ 60,00 Em 2016 o valor de Vale Alimentação praticamente dobrou chegou a R$ 115,00
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MELHORIAS NA SEDE Ampliações nas instalações da sede para manter um bom atendimento aos associados e seus familiares.
Fotos: Edson Gomez – 07/2013
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DOIS CONSULTÓRIOS DENTÁRIOS Além das mudanças de local e melhorias na infraestrutura do consultório que já existia, foram adquiridos equipamentos e a contratação de dentistas para a implantação de mais um consultório.
Fotos: Edson Gomez - 07/2013 – Graciele Lascos esterilizando equipamentos
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SALA VIRTUAL Em 02.08.2011 foi inaugurada a Sala Virtual para a realização de Cursos de Informática para os Metalúrgicos. O Sindicato inaugurou mais um espaço destinado à qualificação profissional. Com o apoio do Instituto Mundo Melhor.
Foto: Edson Gomez – Pres. I.M.M. Marcio Paulik e Mauro Carvalho recebendo doação de computadores – 02.11.2011
Foto: Edson Gomez – Turma de Informática Sala Virtual – 03/2013
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LUTA PELO SÁLARIO DIGNO Em 2012 o Sindicato dos Metalúrgicos promove semana de protestos em busca da valorização da mão de obra. Várias empresas tiveram uma hora de paralisação durante a semana.
Foto: Edson Gomez – Greve na Makita - 28/11/2012
Piso Salarial Em seis anos da gestão Mauro Carvalho o piso salarial da categoria quase dobrou. 2010 .................................................................R$ 701,80 2016..................................................................R$1.345,00 R$ 1.230,00 + R$ 115,00 Vale Alimentação = R$ 1,345,00
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PARCERIA INTERNACIONAL O Sindicato dos Metalúrgicos começa a desenvolver uma parceria internacional com o Sindicato dos Metalúrgicos da Holanda. O evento teve a promoção da Secretaria de Relações Internacionais da CNM, a TIE-Brasil, a CUT e o Sindicato dos Metalúrgicos. Foram realizados três encontros com os sindicalistas holandeses onde aconteceram trocas de experiências sobre organização sindical.
Foto: Edson Gomez – Manifestação frente DAF Brasil - 01/2015
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A Festa do Trabalhador Desde 1998 a diretoria Metalurgente é responsável pela organização da festa do 1º de Maio com o objetivo proporcionar aos trabalhadores (as) um dia de reflexão e confraternização. São desenvolvidas atividades culturais, esportivas e de lazer que visam à integração e a reflexão sobre seu papel no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. O evento nas dependências do Clube do Trabalhador, no Santa Luzia, em Ponta Grossa. Na gestão Mauro Carvalho a festa configurou-se como a maior festa do 1º de Maio da categoria metalúrgica no interior do Paraná. Em 2014, segundo dados da Polícia Militar, reuniu mais de 12 mil pessoas. O evento tem torneio de futebol, pescaria, atividades para as crianças, distribuição de prêmios, churrasco, shows e um bingão onde o prêmio principal é um fusca.
Foto: Edson Gomez – 01.05.2016 – Festa do Trabalhador
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A Festa da Criança A diretoria do sindicato discutiu a necessidade da realização de um evento para os filhos dos metalúrgicos e então nasceu a ideia de todo ano realizar A FESTA DA CRIANÇA que acontece todo dia 12 de outubro, também foi criada nesta última gestão do Sindicato dos Metalúrgicos e leva para o Clube do Trabalhador mais de três mil crianças, filhos de trabalhadores, que se divertem, ganham presentes e doces no seu dia.
Foto: Edson Gomez – Festa da Criança – 12.10.2015
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ARENA METALURGENTE Em 16.03.2013 foi registrado mais um marco para o Sindicato dos Metalúrgicos e a gestão METALURGENTE. Nesta data Começaram as obras para a construção do Campo de Futebol Society no Clube do Trabalhador. A inauguração aconteceu no dia 1º de Maio de 2014 – durante a Festa do Trabalhador daquele ano.
Foto: Edson Gomez – Primeiro jogo – 01.05.2014
Fotos drone: Fabrício Patruni - 01.05.2016
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PISCINA PARA A CATEGORIA Em janeiro de 2014 – o Sindicato dos Metalúrgicos oficializa o convênio com a sede campestre da AABB em Uvaranas e amplia as opções de lazer para toda a categoria, inclusive com piscinas que era uma antiga reivindicação do filiados.
Fotos: Bruno Messias – 01.2014
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DEPARTAMENTO DOS APOSENTADOS Com o lema “APOSENTADOS SIM, INATIVOS NUNCA” foi inaugurado o Departamento dos Aposentados para estreitar os laços entre o sindicato e os aposentados da categoria. O departamento está sob a coordenação de Rolindes e conta com diversas ações de lazer, saúde e cidadania.
Foto: Bruno Messias – Departamento de Aposentados
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REVOLUÇÃO NA COMUNICAÇÃO O Sindicato dos Metalúrgicos mudou a forma de se fazer a comunicação sindical, indo além do tradicional “jornal do sindicato” a gestão Metalurgente hoje produz uma comunicação estratégica e passou ser fonte para a imprensa local nos assuntos relacionados aos trabalhadores. Conquistou um espaço no rádio em horário nobre, das 6h às 7h. Produziu a primeira revista Metalurgente, fez campanhas salariais para a cidade através de outdoors. Produziu um visual dentro das fábricas através da CAMISA METALURENTE – que remete a ideia de que todos fazem parte do mesmo time e fora delas com a plotagem e identificação dos seus veículos. Investiu em melhorias no tradicional Caminhão de Som. Entrou de vez na comunicação virtual com a criação do Site, Página do Facebook e Grupos de WhatsApp criando assim um meio de comunicação direto entre os diretores e trabalhadores. E com este livro, firma de vez a sua marca na história do sindicalismo em Ponta Grossa.
Outdoor da Campanha Salarial de 2012
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Outdoor Dezembro 2012
OUTDOORS CAMISA METALURGENTE RÁDIO JORNAL
LANÇAMENTO REVISTA METALURGENTE
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CAMISETA METALURGENTE
NOVO CAMINHÃO DE SOM
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IDENTIFICAÇÃO DA FROTA FOTOS DO SANDERO
SITE WWW.METALURGENTECUT.COM.BR
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FACEBOOK METALURGENTE
PROGRAMA NA RÁDIO DIFUSORA O Sindicato Notícias – na Rádio Difusora que vai ao ar de segunda a sexta das 6h às 7h.
Foto: Edson Gomez – 07/2013
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O JORNAL METALURGENTE Ainda é o meio de comunicação mais eficaz do sindicato com os trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos distribui bimestralmente 10 mil exemplares do Jornal METALURGENTE
Foto: Edson Gomez – 30.11.2011 Metalúrgicos da Makita
Foto jornal atual
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DEPARTAMENTO DE MULHERES As mulheres já ocupam 19% da mão de obra da categoria e através do Departamento de Mulheres se discutem ações e atividades em busca de direito específicos ao gênero.
Foto: Edson Gomez - 07/11/2015 – 1ª Conferência de Mulheres Metalúrgicas de Ponta Grossa
Foto: Edson Gomes – 04/2015 - Mulheres do Curso de Solda
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Foto: Edson Gomes – 2ª Conferência das Mulheres Metalúrgicas – Palmeira
Foto: Horaciele Carvalho – 2ª Conferência das Mulheres Metalúrgicas – P.Grossa
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Compromisso com a Qualificação Profisisonal para a Classe Trabalhadora Na gestão de Mauro Carvalho aconteceu uma ampliação dos cursos oferecidos pelo sindicato. Além do curso de solda, mecânica básica, operador de empilhadeira e dos cursos na área de informática, também aconteceram várias parcerias entre elas com a Faculdade Cescage, com o Institulo Mundo Melhor e com vários instrutores nas mais diversas áreas como: refrigeração e ar condicionado, secretariado, mecânica de motos etc.. Todos os cursos são ofertados para a categoria, sócios ou não e também para a comunidade em geral, inclusive para trabalhadores de outras cidades da região.
Foto: Edson Gomez – 11/2015 – Formando do Curso de Administração
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Região dos Campos Gerais As ações do Movimento Metalurgente deixaram ser somente no âmbito da cidade de Ponta Grossa e foram levadas também para as cidades da região dos Campos Gerais através dos trabalhadores e trabalhadoras da Itesapar, Ccs em Palmeira, Rodolinea em Jaguariaíva e Watanabe em Castro.
Foto: Edson Gomez – Reunião Direção em Palmeira – 05/2014
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O MOVIMENTO METALURGENTE Na gestão de Mauro Carvalho também aconteceu o fortalecimento da marca METALURGENTE, extrapolando o chão das fábricas e atuando também nas lutas sociais. Com o acumulo da experiência adquirida no Programa INTEGRAR o Movimento Metalurgente ampliou suas ações para fora do chão da fábrica e em 2015 foi criado o slogam “Do chão da fábrica às lutas sociais!”. O Sindicato acaba sendo parte do Movimento Metalurgente, que se transforma numa instância maior para discutir e buscar soluções para os trabalhadores além das lutas trabalhistas, como: busca por conquistas sociais, pela inclusão, pelo direito ao esporte, a cultura e lutas específicas como mobilidade urbana e projetos sociais.
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Mobilidade urbana Em 2015 o movimento Metalurgente estabeleceu uma parceria com o MOVIMENTO PRÓ-CICLOVIAS durante a realização das comemorações do Dia do Trabalhador na Festa do 1º de Maio e vem buscando viabilizar alternativas de transporte para melhorar o trânsito em Ponta Grossa incentivando o uso da bicicleta, que além das opções de lazer e bem estar físico e mental é também um modo de transporte alternativo, viável para pequenas e médias distâncias muito utilizado pelo trabalhador metalúrgicos e ainda quando integrada a outros modos, permite atingir vários destinos. Agrega atributos que contribui na democratização do uso da via pública, com redução do custo nos deslocamentos diários, além de favorecer a saúde da coletividade e ao ambiente urbano.
Foto: Fabrício Patruni/Drone
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Esporte O Movimento Metalurgente incentiva várias atividades esportivas no Clube do Trabalhador, desde a pesca esportiva, o Ginásio de Esportes João dos Santos – Padre - até os tradicionais campeonatos de futebol e futsal e também apoia o Futebol Amador da nossa cidade, participando ativamente dos seus campeonatos. O trabalhador brasileiro observa a diminuição constante do seu tempo livre. Mesmo quando não está trabalhando, percebe-se uma relação muito forte no seu tempo livre com a atividade profissional do dia. O esporte como participação na comunidade tem se justificado pela sua enorme capacidade de promover satisfação e prazer, além de promover o desenvolvimento humano por meio de atividades que levam ao entendimento de valores como o respeito, a solidariedade e espírito de equipe. A importância do esporte vai além da saúde e da boa forma, é importante para o trabalhador por que, além de prevenir diversas doenças, contribui e desenvolve a formação física e psíquica, auxiliando com os aspectos afetivos, sociais, cognitivos e biológicos presentes na prática. Através dele é possível tirar jovens das drogas, da criminalidade e de tantos outros problemas existentes no mundo, o esporte tem o poder de mostrar que nem sempre o caminho mais fácil é o correto. Além disso, o esporte estimula a disciplina para a vida do praticante, que precisa se dedicar aos treinos, seguir as regras e sempre dar o melhor de si.
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Foto: Edson Gomez - Torneio do 1Âş de Maio 2015
Foto: Edson Gomez – Equipe Metalurgente FC 2016
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Cultura e Lazer Mais do que uma característica essencial de uma sociedade, a cultura pode ser considerada como o elemento principal que difere uma nação de outra. Os costumes, a música, a arte e, principalmente, o modo de pensar e agir, fazem parte da cultura de um povo e devem ser preservados para que nunca se perca a singularidade do coletivo em questão. A palavra cultura deriva do latim, colere, que tem como significado literal “cultivar”. Partindo desse princípio, percebemos que se trata de uma herança acumulada ao longo dos anos, e que deve ser preservada. O Movimento Metalurgente apoia projetos de artistas locais como a publicação de livros, apresentações artísticas e outras expressões da nossa gente e da nossa classe trabalhadora. O Movimento Metalurgente se faz presente também em outros eventos de lazer como a realização de um circuito de Rolimã dentro do Clube do Trabalhador – cartaz abaixo - que agregou além do lazer, cultura e esporte numa mesma atividade.
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Ação Social O Movimento Metalurgente entre outras ações na área social como o empréstimo de cadeira de rodas, apoio a trabalhadores em situação de risco social e também realiza o Projeto social INTEGRAÇÃO METALURGENTE que visa proporcionar a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem na região do Clube do Trabalhador no Santa Luzia através da inclusão social, garantindo a eles o pleno exercício da cidadania ofertando à comunidade programas esportivos, educacionais, fomento de programa de geração de renda, para a inclusão social e cidadania.
Foto: Edson Gomez – Ação Social no Clube do Trabalhador – 04/2016
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A Qualificação Profissional A ausência de mão de obra qualificada constitui-se em um limitador do crescimento e desenvolvimento de Ponta Grossa e do país. O Movimento Metalurgente em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos e a APAT – Associação de Ampara ao Trabalhador, promove vários cursos de qualificação profissional para toda a comunidade como ferramenta para agregar valor na mão de obra do trabalhador e para auxiliar a superação dos obstáculos encontrados no mundo no trabalho e no convívio social de modo geral. Desde o início das suas atividades já qualificou milhares de trabalhadores e trabalhadoras que participaram dos cursos de: solda, operador de empilhadeira, mecânica industrial, informática, mecânica de motos, sistemas de refrigeração, secretariado entre outros ofertados através de parcerias ou com recursos próprios.
A gestão Metalurgente já qualificou mais de 2.500 (Dois mil e quinhentos) trabalhadores em cursos de solda, operador de empilhadeira, mecânica industrial e em informática. Hoje a ausência de mão de obra qualificada constitui-se em um limitador do crescimento e desenvolvimento do parque industrial de Ponta Grossa e do país. O objetivo da gestão METALURGENTE é qualificar e ampliar seus cursos de qualificação profissional e para isso a instrumentalização de seus laboratórios educacionais busca a criação de uma Escola Técnica voltada ao trabalhador.
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Foto: Edson Gomez – Curso de Solda
Foto: Edson Gomez – Curso de Operador de Empilhadeira - práticas
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Foto: Edson Gomez – Sala de aula do sindicato
Foto: Edson Gomez – Curso de Refrigeração e Ar-Condicionado - 2016
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Saúde do Trabalhador Dos 5 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil entre 2007 e 2013, data da última atualização do anuário estatístico da Previdência Social, 45% acabaram em morte, em invalidez permanente ou afastamento temporário do emprego. É preciso conscientizar o empregador que é melhor investir em segurança do trabalho do que pagar tanto moralmente quanto financeiramente com os custos de um acidente de trabalho. O Movimento Metalurgente vem desenvolvendo várias ações no sentido de informar o trabalhador e a trabalhadora sobre a importância da prevenção de acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho.
Departamento Juridíco Implantação do departamento jurídico nas dependências do Sindicato dos Metalúrgicos com atendimento diário aos filiados e à comunidade carente nas questões trabalhistas, cível e familiar.
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Participação nos Conselhos Comunitários Hoje o Movimento Metalurgente tem participação ativa no Conselho Municipal do Trabalho inclusive ocupando várias vezes o cargo de presidente do conselho como também acontece noa Conselho Municipal da Saúde e no Conselho Municipal da Indústria e Comércio. Os Conselhos Municipais são espaços públicos em que a população participa do processo de formulação das políticas públicas brasileiras: são os conselhos gestores, que exercem o papel de um canal de ligação entre os anseios da população e os seus gestores locais, permitindo uma cooperação na definição das políticas públicas.
Foto: Edson Gomez – Conferência Municipal da Saúde 2011
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Perfil dos Trabalhadores Metalúrgicos A categoria dos metalúrgicos na região dos Campos Gerais é formada por mais de 10 mil trabalhadores que atuam em aproximadamente 200 empresas do ramo metalomecânico, moveleiro e uma montadora de caminhões. Estes trabalhadores são na maioria homens com idade entre 20 a 49 anos, casados e com renda familiar na casa de três salários mínimos. Geralmente as esposas são trabalhadoras nos ramos do comércio, governo e serviços. Cerca de 40% tem o ensino médio e 15% com ensino superior A participação das mulheres no setor vem aumentando ano a ano chegando a casa dos 19% em 2014. A Makita em Ponta Grossa e a ITESA em Palmeira são as empresas que contratam o maior número de mulheres. Ao longo do tempo a festa configurou-se como a maior festa de 1º de Maio do interior do Paraná. Em 2013, segundo dados da Polícia Militar, reuniu mais de 10 mil pessoas.
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Participação Política Metalurgente Eleições em Ponta Grossa e Região 1988 – Primeiras eleições municipais depois da Ditadura Pedro Wosgrau se elege Prefeito com 46.457 mil votos Péricles de Holleben Mello aparece no cenário político como filiado ao PT e se elege a vereador com 1.405 votos 1989 – Eleições Gerais Lula obtém 33% dos votos contra Fernando Collor 1992 – Eleições Municipais Paulo Cunha Nascimento se elege Prefeito com 45.503 votos Péricles se reelege como o vereador mais votado da cidade com 2.012 votos 1994 – Eleições Gerais – Surgimento do Movimento Metalurgente - Eleições para Presidente Lula obteve 29,97 % dos votos contra Fernando Henrique Cardoso - A participação do Metalurgente ainda não interfere na vida política da cidade - O PT obtém 8.308 votos para Deputado Federal com o Padre Roque como candidato 1996 – Eleições Municipais - Jocelito Canto se elege prefeito com 54.363 votos - Péricles fica na segunda posição com 41.311 votos O Movimento Metalurgente se fortalece e participa ativamente na construção política da cidade apoiando Péricles para prefeito.
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1998 – Eleições Gerais - Lula obtém 25,16% dos votos contra Fernando Henrique Cardoso - Roque Zimerman se elege pelo PT como Deputado Federal com 35.489 votos - Péricles de Hollebem Mello – PT se elege Deputado Estadual com 25.094 votos O Movimento Metalurgente novamente apoia Péricles para Deputado Estadual 2000 – Eleições Municipais - Péricles se elege prefeito com 72.583 votos - José Luiz Teixeira – vereador com 2.230 votos O Movimento Metalurgente se fortalece com a construção do Projeto Integrar – educação de Jovens e Adultos e participa ativamente na construção política da cidade apoiando Péricles para prefeito e elegendo o seu presidente para vereador. 2002 – Eleições Gerais - Lula se elege presidente com 39,43% dos votos na cidade Mas a cidade não elege nenhum representante da esquerda para Deputado Federal e Estadual 2004 – Eleições Municipais - Wosgrau se elege prefeito com 74.483 votos - Péricles fica em segundo com 68.117 votos - José Luiz Teixeira – não consegue a reeleição para vereador atinge 1.535 votos
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2006 – Eleições Gerais - Lula se reelege vencendo Alkimim, mas na cidade perde alcançando só 30% dos votos - Péricles consegue se eleger novamente para Deputado Estadual com 29.012 votos 2008 – Eleições Municipais - Wosgrau se reelege prefeito com 67.791 votos - Edemilson Dias presidente do Sindicato obtém 913 votos para vereador, mas não se elege 2010 – Eleições Gerais - Dilma se elege presidenta vencendo Serra na cidade perde alcançando só 35% dos votos - Gleisi Hoffman se elege Senadora pelo Paraná obtendo 91.156 votos na cidade - O movimento Metalurgente apoia para Federal Zeca Dirceu que se elege e na cidade alcançou 1.761 votos - Péricles consegue se reeleger para Deputado Estadual com 48.806 votos, mas somente 27 mil deles são de Ponta Grossa 2012 – Eleições Municipais - Marcelo Rangel vence Péricles -57.811 votos - e se elege prefeito com 59.663 votos - O movimento metalurgente apoia Nilsão para vereador que obtém 1.065 votos para vereador, fica de suplente e na desistência da vereadora Ana Maria acaba assumindo o mandato.
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2014 – Eleições Gerais - Dilma se reelege presidenta vencendo Aécio Neves na cidade novamente o PT perde alcançando só 30% dos votos - O movimento Metalurgente apoia para Federal João Barbieiro que não se elege e obtém somente 19.555 votos na cidade - Aliel Machado –PCdoB se elege com 82.886 mil votos - Péricles se reelege novamente para Deputado Estadual com 40.966 votos mas somente 25 mil deles são de Ponta Grossa. 31.08.2016 – Impeachement da Presidente Dilma Assume Michel Temer com várias proposta contra a classe trabalhadora como: aposentadoria somente aos 70 anos, reforma trabalhista com a retirada de vários direitos dos trabalhadores e uma política de reajuste fiscal com a redução de investimentos na Saúde e na Educação. 2016 – Eleições Municipais - Marcelo Rangel - 98.058 votos- vence Aliel Machado -79.080 votos – e se reelege prefeito - O movimento Metalurgente deixa o PT e o presidente Mauro Carvalho filia-se no PDT obtendo 1.325 votos em Ponta Grossa e também, pela primeira vez, lança candidatura na região – em Palmeira – com uma mulher diretora do Sindicato a Marli da Itesapar que obteve 156 votos. Os dois não se elegem, mas iniciam o fortalecimento de um novo grupo político na região, agora com participação mais ativa dos metalúrgicos.
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Referências Bibliográficas https://diogenesdefreitas.wordpress.com/historia-dosindicalismo-2/ acessado em 30.08.2016 http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=sindi calismo acessado em 30.08.2016 http://www.sintet.ufu.br/sindicalismo.htm#ORIGENS SINDICALISMO NO BRASIL acessado em 31.08.2016
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http://www.sintet.ufu.br/sindicalismo.htm#O sindicalismo no Brasil acessado em 31.08.2016
Revista Brasil Atual - Número 83, Maio 2013 http://www.sintet.ufu.br/sindicalismo.htm#HISTÓRIA SINDICALISMO NO BRASIL acessado em 31.08.2016
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http://www.ufalsindical.com/2012/02/o-significado-da-dapalavra-pelego.html acessado em 31.08.2016 http://www.novacultura.info/#!Primeira-Internacional-Carta-deMarx-a-Friedrich-Bolte/c216e/56af5bb90cf2fb0f6fe70e4c acessdo em 02.09.2016 http://www.passapalavra.info/2009/02/788 03.09.2016
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