ESPECILIDADE DE AVES
As Aves versus Biodiversidade A biodiversidade desempenha um papel importante na manutenção do funcionamento dos ecossistemas naturais. As aves, por exemplo, intervêm nos ecossistemas de forma complexa, regulam as populações das espécies que se alimentam e auxiliam na dispersão de sementes e na promoção da sua germinação.
As aves desde sempre fascinaram o Homem. A sua extraordinária capacidade de voar e a beleza dos seus cantos e plumagens constituem motivos de permanente admiração. A observação de aves é hoje uma atividade que desperta um interesse crescente um pouco por todo o mundo. As aves são bons indicadores da qualidade ambiental e do estado dos ecossistemas e da biodiversidade. Quandocomeçam a desaparecer, significa que algo de errado se passa com o ambiente e que é necessário agir. Observar as Aves
O estudo e a monitorização de aves constituem uma forma relativamente simples de obter informação sobre o meio em que vivemos. Para além dos aspetos técnico‐científicos, a observação de aves é também uma atividade lúdica que possibilita um saudável contacto com a natureza. A observação de aves pode ser praticada por qualquer pessoa, mesmo não tendo o equipamento ou conhecimentos. No entanto, para um observador dedicado e interessado apresenta‐se, de seguida, algum material e equipamento que poderão ser utilizados e que permitirão uma melhor observação e identificação de aves. Os binóculos constituem um instrumento indispensável para quem quer iniciar a observação de aves. Existem vários modelos e marcas no mercado, sendo geralmente os mais aconselhados os que têm uma ampliação entre 8x e 10x e uma abertura/diâmetro de lente entre 30 e 50 mm.
As Aves do seu Jardim…de casa, da escola, do parque
As aves que visitam diariamente os nosso jardins, mesmo no centro das grandes cidades, encontram neles um habitat adequado onde podem satisfazer as suas necessidades de alimento, abrigo, locais de nidificação e espaço, e onde estão a salvo da maioria dos predadores. Há algumas medidas que se podem implementar para tornar os jardins, quintais e varandas em espaços mais atrativos para as aves e outros animais:
Evite aplicar pesticidas e herbicidas. Disponibilize alimento, especialmente se o inverno for muito rigoroso.
Disponibilize água em bebedouros ou em taças, onde as aves possam beber e banhar‐se em dias quentes.
Nunca remova ou danifique os ninhos de andorinha. Se não os desejar, procure antes dissuadi‐las de nidificar nos mesmos locais antes da sua chegada, colocando tiras de plástico ou cordéis em todo o comprimento do beiral.
Crie cavidades no seu telhado onde as aves, como os andorinhões e os pardais, possam entrar e nidificar. Coloque caixas‐ninho em locais pouco expostos, selecionando preferencialmente modelos mais simples e fabricados com materiais naturais, como a madeira e a cortiça. Evite podar as árvores, sebes e arbustos durante a primavera. Aumente a diversidade da vegetação plantando diferentes plantas aromáticas, plantas de floração intensa ou que produzam frutos ou sementes, árvores de fruto e arbustos, evitando sempre espécies potencialmente invasoras como o incenseiro (Pittosporum undulatum Vent.). Aumente a diversidade da estrutura do seu jardim, mantendo faixas de vegetação espontânea ou não cortadas em relvados e alternando zonas de vegetação densa com clareiras.
Guie as Aves até Perto de você . Como na natureza, nem sempre o alimento e a água existem com abundância para as aves, pode‐se colaborar disponibilizando‐os à passarada, preparando e mantendo ativos comedouros e bebedouros. Desta forma, também cria‐se a possibilidade de ter bem perto de nós as aves que tanto gostamos de observar, escutar e fotografar. Os comedouros têm uma utilização muito eclética, do ponto de vista funcional. Por um lado, o alimento fornecido complementa a dieta animal, por exemplo, nas alturas do seu ciclo em que as exigências nutritivas são maiores (como na época de reprodução). Por outro lado, a sua existência
permite aumentar a capacidade de suporte do meio de zonas onde, pelos seus solos incipientes, não é possível a instalação de culturas para a fauna. Finalmente permite colmatar a falta de alimento de qualidade disponível em algumas épocas do ano, nomeadamente, durante o inverno e início da primavera. Existem diversos tipos de comedouros, conforme o fim a que se destinam. Se o que se pretende é simplesmente alimentar aves que frequentam o nosso jardim, basta um recipiente qualquer para o efeito, pendurado numa árvore ou simplesmente no parapeito de uma janela. Em seguida, apresentam‐se vários exemplos de comedouros preparados através da reutilização de materiais diversos que pode disponibilizar para as aves.
Figura 1: Exemplos de comedouros para aves com reutilização de materiais diversos
No entanto, os bebedouros são mais difíceis de serem construídos e mantidos ativos. A água deve estar sempre em bom estado de conservação e deve ser substituída periodicamente. Outro aspeto que nunca deverá esquecer é de não construir os comedouros e bebedouros junto de locais frequentados e acessíveis a predadores de aves, por exemplo, de gatos.
Observe e Identifique as Aves Quando se vai para o campo, com o intuito de observar determinadas espécies de aves, principalmente aquelas que são de difícil identificação, é necessário ter em conta um conjunto de características que se tornam úteis registar para ter uma futura e mais calma análise. Estas chamadas "notas de campo" são muitas e variadas, mas destaca‐se aqui as marcas que se podem encontrar nas diferentes partes do corpo de uma ave, ou seja, na sua morfologia. À exceção do bico, olhos e patas, todo o corpo das aves se encontra coberto de penas, que não só as protegem, como também lhes permitem voar. Assim um conhecimento razoável dos principais grupos de penas que as aves possuem, torna‐se fundamental e um auxiliar precioso para uma correta identificação. Desta forma, e tendo em conta futuras saídas de campo, deixa‐se aqui exemplificadas algumas características que deverão ser consideradas na identificação de aves.
O tamanho da ave:
Figura 3: Diferentes tamanhos de aves
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A foto na capa, mostrando um beija-flor tesour達o (Eupetomena macroura), foi gentilmente cedida para a presente publica巽達o por Johan Dalgas Frisch e Christian Adam Dalgas Frisch, autores de Jardim dos beija-flores (S達o Paulo, Dalgas-Ecoltec, 1995).
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1. O Equipamento A observação de aves é uma actividade que requer muito pouco investimento, a não ser que deseje fazer da ornitologia a sua profissão. O material básico para a iniciação amadora nesta actividade, é perfeitamente acessível a qualquer bolsa.
1.1. O Vestuário
Utilize roupas com que se sinta cómodo e leve, e que simultaneamente lhe permitam liberdade de movimentos. Deve ter em atenção a época do ano, e de preferência utilize roupas resistentes à água, principalmente o calçado, que deve também permitir uma boa aderência ao terreno. As cores berrantes e muito vivas não só denunciam a sua presença como também assustam as aves pelo que devem ser evitadas.Utilize vestuário de cores discretas que se confundam com a vegetação circundante. Leve sempre consigo um chapéu que o proteja do sol, do frio, ou da chuva. Poderá eventualmente ser necessário um pequeno saco, ou mochila, para levar consigo o Caderno de Campo, o Guia de Aves, a merenda, uma garrafa de água, e porque não o protector solar.
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1.2. Auxiliares Ópticos Existem dois tipos de auxiliares ópticos para a observação de aves: o binóculo e o telescópio. O Binóculo
O binóculo é o grande auxiliar do observador de aves, pois permite aumentar o seu alcance visual, fundamental para a identificação das espécies. É portanto essencial conhecer as características mais importantes de um binóculo, antes de o adquirirmos. Existem à venda modelos muito parecidos com grande diferença de preço, por exemplo, um binóculo de 50 euros pode ter um aspecto exterior parecido com um de 250 euros ou mais. A diferença estará na qualidade óptica de lentes e prismas, nos tratamentos anti-reflexo, robustez mecânica, revestimentos, etc. São de evitar binóculos sem marca, ou de marca desconhecida, ou sem referência ao seu grau de ampliação e luminosidade. Preços extremos, tanto muito baratos porque inevitavelmente a qualidade será baixa, como muito caros porque aí a diferença de preço é mais alta que o respectivo ganho de qualidade, são também de evitar. As principais características de um binóculo são: o seu grau de ampliação, e a sua luminosidade. Estas características vêm assinaladas no binóculo sob a forma aritmética de, por exemplo, 10X50, 8X30, 7X32 … O primeiro número representa grau de ampliação. No primeiro caso, 10X50 o grau de ampliação é de 10 vezes, no segundo 8X30, o grau de ampliação é de 8 vezes, e no terceiro 7X32, de 7 vezes. Para um binóculo que se segura na mão recomenda-se graus ampliação entre 7 a 15 vezes já que quanto maior for o grau de ampliação, mais pesado é o binóculo, o que gera tremuras nas mãos, que por sua vez faz tremer a imagem, tornando a observação extremamente desconfortável. Do mesmo modo quanto maior for o grau de ampliação mais estreito se torna o campo visual, o que torna difícil localizar da ave através do binóculo. www.azibo.org
www.azibo.org O segundo número (10X50, 8X30, 7X32) designa o diâmetro da objectiva em milímetros. Quanto maior for o diâmetro da objectiva mais luminosa é a objectiva, e consequentemente maior nitidez e pormenor são possíveis de obter. Tipos de Binóculo Em cada um dos dois tubos de um binóculo, a luz entra pela objectiva e vai até à ocular passando por um sistema de prismas. Os dois sistemas mais habituais são os de prismas tipo “Porro” e os de “Tecto”, originando dois tipos de binóculos.
Binóculo de Prismas de Tecto
No binóculo de prismas de tecto, também conhecido como binóculo de prismas paralelos, a ocular e a objectiva estão no mesmo alinhamento. A sua construção é compacta, tem boa luminosidade, e são facilmente manipulados. Este tipo de binóculo é geralmente mais caro que o de prisma de Porro.
Binóculo de Prismas de Porro
Este tipo de binóculo caracteriza-se por a ocular e a objectiva não estarem alinhados no mesmo eixo, existindo um desvio nos tubos do binóculo, o que se reflecte visualmente no seu design. Este tipo de construção permite mais opções www.azibo.org
www.azibo.org de graus de ampliação e diâmetros de objectivas. São geralmente mais pesados que o binóculo de prismas de tecto.
O Telescópio O telescópio possibilita um grau de ampliação entre as 20 e as 60 vezes, com uma iluminação e um detalhe apreciáveis. Requere a utilização de tripé. Não substitui o binóculo nem permite de modo eficaz a observação de aves em voo. O seu elevado preço, na ordem dos milhares de euros, e dificuldade de “manobralidade” operacional e manuseamento em campo, não são a escolha certa para a iniciação na observação de aves.
Como Utilizar e Ajustar o Binóculo (2) (1)
1. Observe o binóculo e localize o Anel de Focagem (1) e o Anel de Ajuste de Dioptrias (2), localizado na ocular. Observe a figura. 2. Coloque o binóculo em posição frontal e encoste-os aos olhos, e verifique se vê só uma imagem. Se assim não acontecer, pressione lentamente os tubos do binóculo, lateralmente um contra o outro até ver uma só imagem circular.
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www.azibo.org 3. Feche o olho direito, e observe um objecto através do binóculo só com o olho esquerdo , que se encontre a mais de 10 metros. Rode o Anel de Focagem (1) até que veja o objecto com total nitidez. 4. Feche agora o olho esquerdo e abra o olho direito, observando através do binóculo, o referido objecto, só com o olho direito Rode o Anel de Ajuste de Dioptrias (2), localizado na ocular, até que veja o objecto com total nitidez. 5. Fixe a posição em Dioptrias (2), para colocar novamente processo desde o
que se encontra o Anel de Ajuste de que em caso de ele se mover, o possa nessa posição sem ter de repetir todo este início.
O sistema de lentes do binóculo corrige problemas como o da miopia, mas não o estigmatismo, pelo que se utiliza óculos para corrigir este problema, deverá utilizar também os óculos quando observa através do binóculo.
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1.4. O Caderno de Campo
Todos os observadores de aves levam consigo um pequeno caderno para tirar notas e registar as suas observações. Não devemos confiar na nossa memória, pois passado algum tempo, será de todo impossivel recordar com exectidão de todos os pormenores observados. De um modo geral o ornitólogo, observa, examina e anota. Durante a observação de campo, é essencial registar no caderno de campo, todos os aspectos relevantes (ex: detalhes de identificação, comportamentos, desenhos e esboços da ave, local, data, hora, habitat, etc.) para posterior comparação ou mesmo confirmação da observação em literatura especializada. Assim sendo o caderno de campo deve ser o suficientemente pequeno para ser transportado num bolso de casaco, sempre acompanhado de um lápis.
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1.4. O Caderno de Campo
Todos os observadores de aves levam consigo um pequeno caderno para tirar notas e registar as suas observações. Não devemos confiar na nossa memória, pois passado algum tempo, será de todo impossivel recordar com exectidão de todos os pormenores observados. De um modo geral o ornitólogo, observa, examina e anota. Durante a observação de campo, é essencial registar no caderno de campo, todos os aspectos relevantes (ex: detalhes de identificação, comportamentos, desenhos e esboços da ave, local, data, hora, habitat, etc.) para posterior comparação ou mesmo confirmação da observação em literatura especializada. Assim sendo o caderno de campo deve ser o suficientemente pequeno para ser transportado num bolso de casaco, sempre acompanhado de um lápis.
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2. Normas de Comportamento
Normas de comportamente aconselhadas pela Sociedade Portuguesea para o Estudo das Aves: - O Bem Estar das Aves
Dever-se-á obedecer ao princípio básico de que nenhuma ave deve ser perturbada. A visita a locais onde existem ninhos e crias deve ser evitada, uma vez que pode atrair curiosos cuja presença poderá provocar o fracasso da reprodução. - Deixar Sempre Uma Boa Imagem da Actividade
Todos os que gostam de observar aves, devem dar uma imagem responsável e coerente da sua actuação. - Contribuir e Zelar pela Protecção e Conservação dos Habitats
Para uma ave o seu habitat é vital, pelo que se deve procurar assegurar não causar nenhum dano ao meio envolvente. - Evitar Alterar o Comportamento das Aves no seu Meio
A tolerância das aves à presença humana depende da espécie e da época do ano. É aconselhável e seguro fazer o possível para que a presença do observador seja a mais discreta possível, causando o mínimo de perturbação. Deverá manter sempre uma certa distância das aves e ninhos que observa de forma a evitar a alteração de comportamento das aves. - Ser Cauteloso quando se Trata de Divulgar as suas Observações
Não se deve informar qualquer pessoa da descoberta de ninhos ou de observações de espécies raras ou ameaçadas. Devem ser ponderadas cuidadosamente todas as circunstâncias antes de se divulgar as informações a alguém. www.azibo.org
www.azibo.org Ao encontrar uma espécie supostamente rara ou ameaçada, dever-se-á comunicar a observação à Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (h t t p : / / w w w.spea.pt). - Conhecer e Respeitar as Leis de Protecção das Aves
As leis são o suporte legal que torna possível uma efectiva conservação e protecção por parte do país. Todos aqueles que se dedicam à observação de aves devem procurar conhecer as leis, respeita-las e não permitir que sejam esquecidas e ignoradas. - Respeitar os Outros e ser Discreto
A existência de outros ornitólogos, pressupõe não interromper as suas actividades ou provocar a fuga das aves que são objecto de observação. - Facilitar o Acesso de Dados quando seja de Interesse Conservacionista
É importante a divulgação da informação sobre as diferentes aves, pois os dados obtidos no campo podem contribuir e ampliar os estudos realizados ou a realizar sobre a Avifauna. Ao divulgar os dados considerados de interesse a organizações conservacionistas, deverá ser assegurada a citação da autoria dos mesmos. - Seguir Normas Básicas de Boa Conduta
No caso de ser necessário entrar numa propriedade vedada, deverá sempre solicitar a autorização ao proprietário. Nunca deixar cancelas ou portões abertos, atravessar campos cultivados, transpor muros ou vedações. - Prestar Auxilio às Aves Sempre que se Revelar Necessário
Antes de se tomar qualquer atitude com vista a abordar uma ave que aparenta debilidade, deve assegurar-se que ela necessita mesmo de auxílio. Na eventualidade ede se tratar efectivamente debilitada ou ferida, deverá procurar alguém que possa auxiliar. A Direcção de Serviços da Natureza (Vigilantes da Natureza) e as associações de conservação da natureza devem ser entidades a ter em conta.
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3. A Identificação de Aves Qualquer pessoa é capaz de distinguir, sem dificuldade, um certo número de aves. No entanto no campo, e à distância a tarefa não é assim tão fácil.
Regra geral podemos seguir a seguinte ordem: habitat, comportamento, silhueta, forma e dimensão, marcas e coloração. 3.1. A Topografia das Aves O “segredo” para a identificação reside nos pormenores em que devemos focar a nossa atenção. Para tal devemos conhecer com algum detalhe as regiões exteriores do corpo das aves. A plumagem do corpo das aves encontra-se dividida em grupos de penas. Estas regiões, ou grupo de penas, juntamente com as patas e o bico, formam o que se designa por Topografia de uma Ave.
SUPRACILIAR
COROA NUCA
TESTA
MANTO GRANDES COBERTURAS RÉGIMESTERCIÁRIAS SUPRA-CAUDAIS
BICO
RECTRIZES
UROPÍGIO
AURICULARES
INFRA-CAUDAIS GARGANTA CLOACA PEITO
RÉGIMES PRIMÁRIAS RÉGIMES SECUNDÁRIAS
ESCAPULARES BARRIGA TARSO
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COXA FLANCO
Charadriiformes
ORDEM
Quero-quero Vanellus chilensis Características garais O quero-quero é muito comum no Brasil, inconfundível pelo seu canto, que parece dizer “queroquero”, emitido quando se sente ameaçado. Mede cerca de 37 centímetros e possui um topete na nuca, característica principal da espécie. Para se defender utiliza um esporão vermelho, parecido com um forte espinho, com o qual tenta atingir o predador através de vôos rasantes. Seus ninhos geralmente são construídos nos campos, em pequenas depressões do solo, forrados com folhas e gravetos. Habitat Vive em ambientes de pouca vegetação, geralmente em campos e áreas abertas. Podem ser encontrados em banhados, pastagens, gramados e em praias de muitas regiões do Brasil. Alimentação Alimenta-se de animais como crustáceos, moluscos, insetos e minhocas.
Família CHARADRIIDAE
Importância na natureza Colabora no controle das populações de insetos, evitando que sua reprodução descontrolada prejudique o meio ambiente e afete a agricultura. Também participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para diversas espécies de carnívoros.
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Charadriiformes
Pelecaniformes
ORDEM
Biguá Phalacrocorax brasilianus Características gerais O biguá apresenta o corpo de coloração negra, com apenas uma pequena mancha branca logo atrás dos olhos. Nos pés, possui uma membrana entre os dedos que o ajuda a nadar em busca de alimento. O bico é escuro, com uma curvatura na parte superior, o que também ajuda na captura de peixes.
Habitat Espécie muito comum em rios com grande volume de água. Alimentação O biguá é piscívoro, ou seja, sua dieta é formada basicamente de peixes. Como estratégia de caça, reúnem-se em grupos que mergulham quando localizam um cardume.
Família
PHALACROCORACIDAE
Importância na natureza Comoasdemaisespéciescomhábitosalimentaressemelhantes,obiguáajudaamanteroecossistema equilibrado.
Tinamiformes
ORDEM
Macuco Tinamus solitarius Características gerais O macuco é o maior representante da família Tinamidae no Sul do Brasil. Pode atingir até 48 centímetros de comprimento. Ao contrário do que ocorre com a maior parte das aves, o macuco macho é menor que a fêmea. Pesa de 1 a 1,5 quilo. Possui comportamento desconfiado, quando se sente ameaçado imobiliza-se instantaneamente, sempre com o pescoço ereto, tentando não chamar a atenção do seu predador. Muito pesado em relação ao seu tamanho, o macuco levanta vôo apenas como último recurso. Gosta de tomar banho de sol e de poeira. Por isso, sua plumagem freqüentemente adquire uma coloração de terra. Habitat O macuco pode ser encontrado em muitas regiões do Paraná, freqüentando áreas florestadas, locais acidentados e de difícil acesso. Sua população vem decrescendo nos últimos anos pois, para viver, necessita de um ambiente preservado.
Família
TINAMIDAE
Alimentação Alimenta-se de frutos caídos, folhas, sementes duras, pequenos artrópodes e moluscos. Importância na natureza O macuco espalha, através das fezes, sementes de várias espécies, ajudando a garantir a vida em seu ambiente.
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Tinamiformes
Tinamiformes
ORDEM
Família TINAMIDAE
Perdiz Rhynchotus rufescens Características gerais O perdiz é um dos maiores Tinamídeos campestres. No seu corpo predomina uma coloração parda, com pintas pretas na região das costas. Possui o bico forte especialmente adaptado para se alimentar de sementes duras. Suas asas são de cor vermelho-alaranjada, parecida com fuligem. Como não voa muito bem, é encontrado com freqüência andando pelo chão, onde constrói seus ninhos. Chega a atingir 37,5 centímetros e pesa cerca de 900 gramas. Habitat Habita campos, pastagens e cerrados, muitas vezes se esconde em moitas de capim ou entre a vegetação rasteira. Há poucos anos era fácil encontrar um perdiz, mas com a caça e o uso freqüente de inseticidas nas plantações, está cada vez mais raro encontrá-lo na natureza. Alimentação Frutas caídas, tubérculos, raízes (mandioca), grãos (principalmente amendoim) e insetos como o cupim. Importância na natureza O perdiz espalha, através das fezes, sementes de várias espécies, ajudando a garantir a vida em seu ambiente.
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Tinamiformes
Tinamiformes
ORDEM
Jaó-do-litoral Crypturellus noctivagus Características gerais Medindo cerca de 34 centímetros o jaó-do-litoral é também um dos maiores indivíduos da família dos Tinamídeos. Normalmente encontrado no chão, possui coloração ideal para camuflagem: quase todo o corpo é pardo-amarronzado, apenas a cabeça é um pouco enegrecida. A região da face é vermelho-alaranjada (cor de ferrugem). O peito é cinza escuro e as pernas apresentam manchas negras. Possui cauda curta e robusta. A fêmea é um pouco mais clara que o macho. Na época de reprodução são formados haréns de onde as fêmeas são fecundadas por um único macho. Habitat Habita locais de clima quente, nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Alimentação Têm preferência pelos frutos das palmeiras, sementes, aranhas, moluscos e vermes.
Família TINAMIDAE
Importância na natureza Além de colaborar no controle do crescimento populacional das espécies de larvas e insetos, dos quais se alimenta, o jaó participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para várias espécies de carnívoros.
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Tinamiformes
Tinamiformes
ORDEM
Codorna-amarela Nothura maculosa Características gerais Essa espécie de codorna silvestre é muito conhecida nas regiões rurais do Paraná, principalmente nas lavouras de grãos. Mede em torno de 23 centímetros. É uma espécie terrícola, encontrada caminhando pelo solo. Sua coloração muda conforme a cor da terra, o que ajuda a camuflar-se, para escapar de seus predadores.
Habitat Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, em ambientes de campos, sendo observada em plantações de soja, milho, trigo, arroz, entre outros grãos. Alimentação A alimentação da codorna é bastante variada, desde frutas, folhas, sementes duras até pequenos artrópodes e moluscos que se escondem nas folhagens apodrecidas, além dos carrapatos nos pastos e insetos como o gafanhoto.
Família TINAMIDAE
Importância na natureza Através das fezes, espalha sementes de várias espécies pela floresta, colaborando na manutenção da vida no ecossistema em que habita.
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Tinamiformes
Ciconiiformes
ORDEM
Garça-branca-grande Ardea alba Características gerais Com um andar elegante, passadas longas e cuidadosas a garça-branca-grande pode medir até 75 centímetros de comprimento. Possui coloração completamente branca, só é quebrada pelo amarelo do bico e pelo negro das patas. Quando voa, estica as pernas e encolhe o pescoço. Desconfiada, está sempre atenta a possíveis predadores ou a alguma oportunidade de capturar alimento.
Habitat Pode ser encontrada nas bordas de lagos, rios e banhados, geralmente em busca de alimentos. Alimentação Por se alimentarem de peixes, algumas vezes podem causar danos a piscicultura, sendo portanto perseguidas. Além de peixes alimenta-se também de anfíbios, répteis e invertebrados, geralmente capturados dentro da água.
Família ARDEIDAE
Importância na natureza As garças participam no controle populacional de espécies das quais se alimenta, ajudando na manutenção do ambiente.
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Ciconiiformes
Ciconiiformes
ORDEM
Garça-branca-pequena Egretta thula Características gerais De uma coloração completamente branca, difere da garça-branca-grande não só pelo tamanho, cerca de 54 centímetros de comprimento, mas também por apresentar o bico negro. Outra característica interessante é que apesar das patas serem negras, os dedos são amarelos. Nos jovens, as patas e os pés são verde-amarelados.
Habitat Pode ser encontrada na borda de lagoas, rios, banhados e nas praias de grande parte da América do sul. Alimentação A garça-branca-pequena alimenta-se de peixes, caranguejos e moluscos. Como excelente pescadora, atrai os peixes através de movimentos com os pés.
Família ARDEIDAE
Importância na natureza Participa no controle populacional de espécies das quais se alimenta, contribuindo para o equilíbrio ecológico.
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Ciconiiformes
Ciconiiformes
ORDEM
Família ARDEIDAE
Garça-vaqueira Bubulcus ibis Característcas gerais Essa espécie de garça é originária da África e da Espanha meridional. Ao contrário de outras espécies, a garça-vaqueira foi introduzida no Brasil naturalmente, através de migrações ao longo dos anos, a partir dofinaldoséculoXIX.Tememmédia49centímetrosdecomprimento,émuitoparecidacomagarçabranca-pequena,porémseupescoçoémaisgrosso,parecidocomumpapo.Étotalmentebranca,com o bico, a íris e os dedos pardacentos. Habitat É encontrada em campos secos e pastagens, quase sempre na companhia do gado, dai nasceu o nome popular de garça-vaqueira. Alimentação É basicamente insetívora, ou seja, alimenta-se de insetos. Para capturá-los, aproxima a cabeça da presa, mantendo-a firme enquanto executa movimentos de vai-e-vem do pescoço. É uma ótima caçadora de gafanhotos, cigarrinhas, grilos, moscas e lagartas. Importância na natureza Colabora no controle do crescimento populacional das espécies que geralmente causam incômodo ao homem e principalmente a produção agrícola. Participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para várias espécies de carnívoros. Caso o número de indivíduos desta espécie diminua, poderá ocorrer a invasão de pragas na agropecuária.
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Ciconiiformes
Falconiformes
ORDEM
Gavião-tesoura Elanoides forficatus Características gerais Medecercade60centímetroseéfacilmenteidentificadoporsuacauda assemelhar-seaumatesoura aberta. O corpo é fino, com pernas e dedos curtos. Voa muito próximo das árvores, geralmente em grupos, à procura de formigas e cupins. Habitat É encontrado em várias regiões do Brasil. Alimentação Alimenta-se basicamente de cupins e formigas, mas também lagartixas, lagartas, frutas, cobras e rãs. Importância na natureza O gavião-tesoura ajuda a controlar o crescimento das populações de lagartixas, lagartas, cobras e rãs, evitando que sua reprodução descontrolada desequilibre o ambiente.
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Falconiformes
Falconiformes
ORDEM
Gavião-carijó Rupornis magnirostris Características gerais O gavião-carijó é um dos gaviões mais abundantes no Brasil, pode ser observado até mesmo perto das grandes cidades, voando geralmente em casais e batendo as asas com energia. Sua coloração predominante é a da ferrugem. Chega a medir 35 centímetros. Habitat Vive tanto em áreas florestadas, como nos campos de várias regiões do Brasil. Também pode ser encontrado em áreas urbanas, desde que haja muitas árvores e pequenos bosques onde possa repousar. Alimentação Suas presas favoritas são os insetos, lagartixas, cobras e pássaros, além de morcegos que repousam durante o dia.
família
ACCIPITRIDAE
Importância na natureza Alémderealizarocontroledocrescimentopopulacionaldeinsetosecobras,quegeralmentecausam incômodo ao homem, o gavião-carijó participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para várias espécies de carnívoros.
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Falconiformes
Falconiformes
ORDEM
Gavião-caboclo Heterospizias meridionalis Características gerais Com cerca de 55 centímetros, o gavião-caboclo possui o corpo da cor ferrugem, com longas e largas asas vermelhadas, com pontas negras. A cauda é preta, com alguns traços esbranquiçados.
Habitat Ocorre em todo o Brasil, habitando campos, beira de brejos, manguezais e áreas de cerrado. Alimentação Sua principal fonte de alimento são os anfíbios, grandes insetos, caranguejos, lagartos e cobras. Freqüentemente caça os animais que fogem dos incêndios nas florestas. Importância na natureza Além de realizar o controle populacional de insetos e cobras, o gavião-caboclo participa da cadeia alimentar.
Família
ACCIPITRIDAE
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Falconiformes
Falconiformes
ORDEM
Família ACCIPITRIDAE
Gavião-de-penacho Spizaetus ornatus Características gerais Essa espécie de gavião é muito elegante. Mede cerca de 70 centímetros, possui plumas até a base dos dedos e suas asas são curtas e arredondadas. A cauda, pernas e garras são longas. Mas o que mais chama a atenção é o longo topete que se ergue feito uma lança. Habitat É encontrado em florestas densas de várias regiões do Brasil. Alimentação O gavião-de-penacho pode se alimentar de outras aves, pequenos mamíferos e répteis, capturandoos tanto no solo quanto nos galhos das árvores. Importância na natureza Realiza o controle biológico de insetos e cobras, evitando que suas populações se proliferem em excesso e provoquem um desequilíbrio no ambiente. Além disso, participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para várias espécies de carnívoros.
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Falconiformes
Falconiformes
ORDEM
Harpia ou gavião-real Harpia harpyja Características gerais A harpia é a maior ave de rapina do Brasil. Mede cerca de 1,05 metro, com quase 5 quilos. De uma ponta à outra da asa, são 2 metros. A cabeça é enfeitada por um grande topete negro e cinzento. O peito, a barriga e a face são brancos. Seu vôo é rápido, planando e batendo as asas alternadamente. Habitat Ameaçada de extinção, a harpia é encontrada - embora raramente - em matas primárias, na beira de rios onde há cachoeiras e próximas a barreiros. Ocorre em grande parte do Brasil. Alimentação É uma espécie do topo da cadeia alimentar, sua dieta é muito abrangente, incluindo bichos-preguiça, macacos-prego, filhotes de veados, cobras, araras-azuis, seriemas, tatus e até cachorros-do-mato. A harpia é uma ave muito forte, capaz de levar até o topo de uma árvore uma cutia para se alimentar.
Família ACCIPITRIDAE
Importância na natureza A harpia realiza o controle do crescimento de populações das quais se alimenta, evitando que sua reprodução descontrolada desequilibre o ambiente.
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Falconiformes
Coraciiformes
ORDEM
Martim-pescador-grande Megaceryle torquata Características gerais Considerado o maior indivíduo de sua espécie encontrado no Brasil, o martim-pescador-grande mede aproximadamente 40 centímetros. Distingue-se das outras espécies também pelo tamanho do bico: em torno de 8 centímetros. Suas asas são curtas e a cauda é relativamente longa; possui o corpo um tanto desproporcional devido, principalmente, ao grande bico. Suas cores são as mais belas da família Alcedinidae. Possui ainda singulares técnicas de pescaria. Uma delas é vomitar sobre a água, esperando que os peixes venham apanhar estes restos de digestão para capturá-los através de um vôo veloz e certeiro. Habitat Pode ser encontrado em lagos com rica vegetação aquática, na beira de rios e também em manguezais. Atinge grandes alturas em vôo, podendo atravessar cidades para alcançar regiões costeiras.
Família ALCEDINIDAE
Alimentação Alimenta-se basicamente de peixes. Importância na natureza Participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para várias espécies.
139
Coraciiformes
Passeriformes
ORDEM
Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris Características gerais Esse é um dos sabiás mais conhecidos no Paraná. O sabiá-laranjeira possui coloração de ferrugem pelo corpo, exceto na região da barriga onde é laranjada. Seu canto é forte e dura alguns segundos, sendo usado pelo macho para atrair a fêmea e demarcar território. Todos os sabiás voam muito bem, gostam de se esconder, são desconfiados e muito briguentos.
Habitat Ocorre em grande parte do Brasil, podendo ser encontrado em diversos ambientes, tanto em florestas como em parques e quintais urbanos. Alimentação O sabiá-laranjeira possui uma dieta bastante variada. Prefere frutos carnosos como a pitanga e a acerola, mas também se alimenta de minhocas e pequenos artrópodes, como o besouro e o grilo.
Família TURDIDAE
Importância na natureza Através das fezes, dispersa pelo ambiente, sementes de espécies das quais se alimenta, ajudando a manter a biodiversidade local.
171
Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Sabiá-barranco Turdus leucomelas Características gerais O sabiá-barranco mede cerca de 22 centímetros. Apresenta forte cor de ferrugem nas asas e na cabeça e cinza-oliva pelo corpo. A garganta e a região de baixo da cauda são esbranquiçadas, enquanto o bico é escuro. Quando a noite se aproxima, o sabiá rodeia o local onde pretende dormir, cantando em um tom mais forte que no resto do dia. Esse comportamento é realizado para certificar-se que o poleiro escolhido é seguro e agradável. Habitat Ocorre em várias regiões do Brasil, na borda de matas e florestas, em parques, matas ciliares e coqueirais. Alimentação Sua dieta é muito variada, sendo composta por, frutos carnosos como a pitanga e a acerola, além de minhocas e pequenos artrópodes como o besouro e o grilo.
Família
TURDIDAE
Importância na natureza Através das fezes, dispersa pelo ambiente sementes de várias espécies das quais se alimenta, ajudando a manter a biodiversidade local.
173
Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Sabiá-coleira Turdus albicollis Características gerais Um pouco mais arisco que as demais espécies do grupo, o sabiá-coleira se refugia dentro das florestas e dificilmente é observado em áreas urbanas. É também conhecido como sabiá-gato, pois seu canto lembra um miado. O sabiá-coleira mede cerca de 22 centímetros. O que o difere das outras espécies de sabiás é a garganta rajada de negro. As asas são da cor da ferrugem, em alguns casos acinzentadas. Habitat Ocorre em todo o Brasil, normalmente no interior das florestas. Alimentação Este sabiá, como os demais, possui dieta bastante variada, incluindo frutos carnosos como a pitanga e acerola. Também se alimenta de minhocas e pequenos artrópodes como o besouro e o grilo. Importância na natureza Como as outras espécies de sua família, o sabiá-coleira espalha, através das fezes, sementes de várias espécies das quais se alimenta, ajudando a manter a biodiversidade local.
Família TURDIDAE
14
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Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Chupim Molothrus bonariensis Características gerais Como o pássaro-preto, o chupim possui forte brilho na sua plumagem. O macho é azul-violeta, com as asas esverdeadas. A fêmea é menor, sua coloração lembra a ferrugem, com as costas negras. Essa espécie de chupim é parasita de outras, ou seja, ela coloca seus ovos nos ninhos das outras aves, para não ter o trabalho de chocá-los e criar os filhotes.
Habitat É encontrado em grande quantidade, nos campos, pastos, parques e jardins. Alimentação Sementes e insetos. Importância na natureza Espalha, através das fezes, sementes de várias espécies, ajudando assim a garantir a vida em seu ambiente.
Família ICTERIDAE
20
201
Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Tangará Chiroxiphia caudata Características gerais O tangará conhecido pelas danças que executa para conquistar a fêmea em épocas de reprodução, onde os tangarás conquistadores se posicionam em torno da fêmea formando uma ciranda, pulando de galho em galho, até algum ser escolhido pela amada. Mede aproximadamente 15 cm, apresenta azul celeste no peito e no dorso, asas e cauda preta e uma coroa vermelha brilhante, facilmente observada na floresta. Habitat É encontrado em florestas densas e bem conservadas, do Rio Grande do Sul a Leste da Bahia Alimentação Come grande quantidade de frutas, especialmente as duras, mas também pequenos insetos encontrados nas folhas. Importância na natureza O tangará espalha pela floresta, através das fezes, sementes de várias espécies, ajudando assim a garantir a vida em seu ambiente.
Família
PIPRIDAE
18
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Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Canário-da-terra Sicalis flaveola Características gerais O canário-da-terra, era muito comum nas cidades, mas sua população vem decrescendo, devido ao hábito de algumas pessoas em capturá-los e aprisioná-los em gaiolas. Mede cerca de 13 centímetros. É amarelo-esverdeado praticamente em todo o corpo, exceto no alto da cabeça e na testa, que são alaranjadas. Nas asas e na cauda, apresenta uma faixa negra. Vive em casais e os machos na disputa por territórios, travam lutas que podem durar até uma hora, sempre assistidas por uma fêmea. Habitat Ocorre em várias regiões do Brasil, em campos secos, na caatinga e em áreas agrícolas. Geralmente corre pelo chão a procura de sementes e pequenos insetos. Alimentação Sua alimentação é composta em grande parte por sementes e insetos coletados no chão.
Família EMBERIZIDAE
Importância na natureza Como as demais espécies de sua família, o canário-da-terra espalha, através das fezes, sementes de vegetais dos quais se alimenta, ajudando a manter a biodiversidade local.
181
Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Bigodinho Sporophila lineola Características gerais Mede cerca de 10 centímetros. Possui a região superior do corpo e a garganta negros, enquanto a região inferior do corpo é branca. A fêmea se distingue pelo branco dos arredores do bico - menos que o do macho – e pela cauda mais longa. Habitat Vive em regiões descampadas ou desmatadas, plantações ou ainda próximos a floresta. O bigodinho é uma espécie migratória, por isso só é encontrada no Paraná no mês de dezembro, quando se reproduz. Depois volta ao seu local de origem. Alimentação Sua dieta é basicamente de sementes e pequenos insetos.
Família EMBERIZIDAE
Importância na natureza Alémderealizarocontrolebiológicodaspopulaçõesdeinsetos,participadacadeiaalimentar,servindo de alimento para diversas espécies de carnívoros. E ajuda também na dispersão de sementes.
185
Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Curió Sporophila angolensis Características gerais Espécie conhecida pelo belo canto, que pode conter de 6 a 13 variações, o curió desenvolveu diversos dialetos por isso é bastante caçado para servir ao homem como cantador. O macho é negro, com peito castanho e a região de baixo das asas é branca. O bico, nos machos e nas fêmeas, são negros, retos e com variações de tamanho.
Habitat Ocorre em todo o Brasil, em florestas e brejos. Alimentação Alimenta-se de sementes, principalmente da tiririca. Importância na natureza Devido ao seu hábito alimentar, o curió espalha, através das fezes, sementes de várias espécies, uma maneira de garantir a vida na floresta.
Família EMBERIZIDAE
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Passeriformes
Passeriformes
ORDEM
Trinca-ferro Saltator similis Características gerais O nome de trinca-ferro surgiu devido ao bico forte e robusto. Seu corpo mede cerca de 20 centímetros, a cauda e a garganta são brancas enquanto o dorso é esverdeado. Habitat Ocorre em várias regiões do Brasil, em matas ciliares em regiões baixas de florestas ou em montanhas. Alimentação Alimenta-se de sementes coletadas no chão ou nas plantas, além de pequenos insetos capturados em vôo ou no solo.
Família CARDINALIDAE
Importância na natureza Além de realizar o controle biológico de larvas e insetos, participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para diversas espécies de carnívoros.
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Passeriformes
Eduardo França Alteff
Cigana NOME CIENTíFICO
FAMíLIA
Opisthocomus hoazin
Opisthocomidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
É inconfundível: possui um chamativo topete e uma área nua azulada ao redor dos olhos. As partes superiores são enegrecidas e as inferiores são branco-creme DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
No Brasil, a distribuição da espécie encontra-se restrita a região amazônica HABITAT
Matas ciliares
DIETA
Herbívoro
REPRODUçãO
O ninho é uma plataforma posicionada no alto das árvore, sobre rios. Os filhotes possuem uma espécie de garra nas asas, que podem se utilizadas para retornar ao ninho, caso caiam HáBITOS
Passa a maior parte do tempo se alimentando pousada em árvores às margens de grandes rios COMPORTAMENTO
Vive em pequenos bandos CURIOSIDADES
É uma das poucas espécies de aves herbívoras
Eduardo França Alteff UHE SANTO ANTôNIO: GUIA DAS ESPéCIES DE FAUNA RESGATADAS
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Juliano Tupan Coragem
Gavião-azul NOME CIENTíFICO
Buteogallus schistaceus
FAMíLIA
Accipitridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Mede de 41 a 46 cm. Sua plumagem é cinza-azulada e sua cauda negra possui uma barra branca. A cera (protuberância de pele situada na base da maxila superior do bico, por onde se abrem as narinas), as pernas e a base do bico são laranja e a ponta do bico é preta DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Venezuela. No Brasil, a espécie está restrita à Amazônia, ocorrendo em grande parte desse bioma HABITAT
Essa espécie florestal é encontrada geralmente próxima à água, em matas de várzea, matas de igapó e áreas florestais no entorno de lagoas DIETA
Invertebrados e pequenos vertebrados REPRODUçãO
Constrói seu ninho com galhos e gravetos, em árvores altas HáBITOS
Diurno COMPORTAMENTO
Alimenta-se de serpentes aquáticas e das que vivem em árvores
Eduardo França Alteff
Gavião-carijó NOME CIENTíFICO
Rupornis magnirostris
FAMíLIA
Accipitridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Mede aproximadamente 36 cm. Apresenta grande variação de cores na plumagem, dependendo da região do país. Destacam-se o peito, com finas barras marrons, e a barriga e a cauda com várias faixas cinzentas (4 ou 5) em contraste com barras negras. Outra característica de plumagem comum a todas as populações é o tom ferrugem das longas penas da asa (visualizada durante o voo). Possuem a base do bico amarelada com a ponta preta. A cabeça e a parte superior das asas são amarronzadas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, El Salvador, Uruguai e Venezuela. Ocorre em todo o Brasil HABITAT
Ocorre em ambientes variados, incluindo áreas abertas e florestas (sendo menos comum em florestas densas) e também em áreas urbanas DIETA
Invertebrados e pequenos vertebrados COMPORTAMENTO
São bastante territorialistas e anunciam sua presença com voos circulares altos, aproveitando as massas de ar quente. Têm hábitos diurnos CURIOSIDADES
Como é a ave de rapina mais comum na área urbana, é responsável pelo controle de roedores (como ratos) e aves pequenas (incluindo pombos) em ambiente urbano
UHE SANTO ANTôNIO: GUIA DAS ESPéCIES DE FAUNA RESGATADAS
105
Eduardo França Alteff
Gavião-real NOME CIENTíFICO
FAMíLIA
Harpia harpyja
Accipitridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Mede 105 cm de comprimento e sua envergadura pode chegar a 220 cm. O macho mede aproximadamente 57 cm e pesa até 4,8 kg, enquanto a fêmea mede 90 cm, pesando até 9 kg. Os adultos possuem a cabeça cinzenta e provida de longo penacho negro bipartido. Dorso e papo são negros e peito e barriga são brancos. Tem garras bem desenvolvidas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, Venezuela, Brasil HABITAT
Florestas primárias densas e matas ripárias (perto de corpos d’água)
DIETA
Vertebrados pequenos e médios, incluindo macacos de até 8 kg
REPRODUçãO
Faz seu ninho no alto de árvores altas, onde põe até dois ovo (apenas um filhote sobrevive) HáBITOS
Diurno COMPORTAMENTO
Vive solitário ou aos pares. É ágil e difícil de ser visto CURIOSIDADES
As principais ameaças à espécie são o desmatamento e a caça indiscriminada, geralmente com intuito de evitar predação de animais domésticos
Eduardo França Alteff UHE SANTO ANTôNIO: GUIA DAS ESPéCIES DE FAUNA RESGATADAS
107
Danilo Mota
Japu NOME CIENTíFICO
Psarocolius decumanus
FAMíLIA
Icteridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Os machos medem entre 46 e 48 cm e as fêmeas, entre 36 e 38 cm. Têm a cabeça preta com penacho. A maior parte do corpo é preto, com bico branco e íris azuis. Possui ferrugem na região da cloaca e na região da cauda e a plumagem é amarela na parte ventral da cauda DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela. No Brasil, ocorre em quase todos Estados, com exceção do Sul e do Nordeste HABITAT
Florestas úmidas, clareiras, hortas na zona rural e áreas abertas com árvores esparsas DIETA
Frutos REPRODUçãO
Faz ninhos em colônia (agrupados em uma árvore), sendo eles compridos e em forma de bolsa, geralmente localizados na borda de florestas ou clareiras. Põe um ou dois ovos COMPORTAMENTO
Vive geralmente na copa das árvores. Tem hábitos diurnos CURIOSIDADES
Os machos iniciam a construção do ninho fazendo uma base, mas logo abandonam a tarefa e deixam às fêmeas o trabalho principal de tecelagem
Eduardo França Alteff
Mãe-da-lua-gigante NOME CIENTíFICO
FAMíLIA
Nyctibius grandis
Nyctibiidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
É o maior representante da família, medindo entre 45 e 54 cm DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Bolívia, Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname e Venezuela. No Brasil, ocorre em quase todos os Estados (menos Sul e Nordeste) HABITAT
Habita florestas úmidas e secas
DIETA
Invertebrados
e áreas mais abertas REPRODUçãO
Não constroem ninho. No período de reprodução, depositam um único ovo em alguma forquilha de galho mais grosso a grande altura ou em uma cavidade natural, onde permanecem incubando os ovos HáBITOS
Noturna COMPORTAMENTO
Gosta de pousar no alto de árvores de copa alta e de casca branca, favorecendo sua camuflagem CURIOSIDADES
A espécie possui boca extremamente grande, permitindo a captura de insetos durante o voo
UHE SANTO ANTôNIO: GUIA DAS ESPéCIES DE FAUNA RESGATADAS
109
Juliano Tupan Coragem
Picaparra NOME CIENTíFICO
FAMíLIA
Heliornis fulica
Heliornithidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Mede aproximadamente 28 cm. Tem uma listra branca em cima dos olhos, contrastando com o negro da cabeça. As costas são pardas, com o ventre cinza amarelado. Nas fêmeas, durante a reprodução, as bochechas tingem-se de canela. Nos machos e aves juvenis, o bico é amarelado. Pernas e pés são amarelos, com anéis negros DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, Trinidad e Tobago, Venezuela, Brasil HABITAT
Ocorre em rios e lagos com vegetação aquática e capinzais alagados
DIETA
Invertebrados e pequenos vertebrados e peixes
REPRODUçãO
O período reprodutivo é de dezembro a março. O ninho, feito de gravetos e arbustos, fica acima da água (entre 1 e 2 m), escondido na vegetação. São colocados dois ou três ovos e o casal se reveza na incubação, que dura cerca de 11 dias (um dos menores períodos de incubação entre as aves). O macho tem papel destacado na reprodução: após o nascimento, os filhotes ficam abrigados em uma cavidade nas laterais do corpo do pai, atrás das asas, onde existe uma depressão côncava coberta por penas. Essa característica é única entre as aves. Os filhotes são transportados pelo macho durante o voo e mergulhos COMPORTAMENTO
Dormem em árvores sobre a água e mergulham quando são perturbados, desaparecendo em seguida
Danilo Mota
Pomba-galega NOME CIENTíFICO
Patagioenas cayennensis
FAMíLIA
Columbidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
É uma espécie de pomba grande, predominantemente cinza, com a região do peito e dorso castanho-avermelhados DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Todo o Brasil HABITAT
Borda da mata DIETA
Sementes e grãos REPRODUçãO
O ninho é uma plataforma mal construída, posicionada no alto das árvores COMPORTAMENTO
Vive em pequenos bandos. Embora seja ótima voadora, se alimenta principalmente no solo CURIOSIDADES
Seu canto melancólico pode ser ouvido a grande distância
113
Eduardo França Alteff
Rolinha-roxa NOME CIENTíFICO
Columbina talpacoti
FAMíLIA
Columbidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Mede aproximadamente 17 cm. O macho é marrom-avermelhado, contrastando com a cabeça cinza-azulada, enquanto a fêmea é toda parda. Ambos possuem pontos negros nas asas e íris vermelhas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Belize, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, El Salvador, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela. Ocorre em todos os Estados brasileiros HABITAT
Ambientes abertos ou urbanos DIETA
Sementes REPRODUçãO
O ninho, em formato de taça, é construído com ramos e gravetos, entre cipós ou galhos. Geralmente são colocados dois ovos, chocados tanto pelo macho, quanto pela fêmea. A incubação dos ovos dura entre 11 e 13 dias e os filhotes saem do ninho em duas semanas. Quando há recurso disponível, se reproduz ao longo do ano todo. O casal mantém um território de ninho, afastando outras rolinhas. São diurnos COMPORTAMENTO
Embora formem grupos, são bastante agressivas entre si. Chegam a agredir seus oponentes utilizando suas asas
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Juliano Tupan Coragem
Sanã-do-capim NOME CIENTíFICO
FAMíLIA
Laterallus exilis
Rallidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
É uma pequena espécie de saracura, com a cabeça e peito cinzas e abdômen branco barrado de negro. Possui a nuca castanha e o dorso marrom DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
No Brasil, é encontrada principalmente na região amazônica HABITAT
Capinzais
DIETA
Invertebrados
REPRODUçãO
Faz ninho no solo HáBITOS
Espécie de hábitos terrícolas (vive no solo) COMPORTAMENTO
Vivem aos casais, com territórios fixos CURIOSIDADES
É comumente ouvida nas áreas onde ocorre, mas é de difícil observação
Eduardo França Alteff
Sanhaçu-do-coqueiro NOME CIENTíFICO
Tangara palmarum
FAMíLIA
Thraupidae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Atinge 18 cm. Sua silhueta é bastante semelhante a de outros sanhaçus, entretanto tem a plumagem esverdeada e, quando voa, apresenta uma marca amarelada nas asas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname, Trinidad e Tobago, Venezuela, Brasil HABITAT
Ambientes florestais, ambientes abertos, incluindo na área urbana DIETA
Frutos e invertebrados REPRODUçãO
O ninho, em forma de taça, é construído no meio da folhagem densa ou na bainha de folhas de palmeiras. Os ovos (geralmente dois), são incubados por aproximadamente 14 dias. Os filhotes permanecem no ninho por 14 a 21 dias HáBITOS
Diurno CURIOSIDADES
Quando se deparam com espelhos, tendem a perder minutos investindo contra sua imagem. Está geralmente associado à presença de palmeiras
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Juliano Tupan Coragem
Sovi, Gavião-sauveiro NOME CIENTíFICO
Ictinia plumbea
FAMíLIA
Accipitridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Esse gavião de pequeno porte é predominantemente cinza. Em voo, chamam a atenção as penas ferrugíneas (de cor vermelho-alaranjada, parecendo ferrugem) das asas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Todo o Brasil HABITAT
Borda de mata DIETA
Insetos e pequenos vertebrados REPRODUçãO
O ninho é uma plataforma posicionada no alto das árvores. Durante o período reprodutivo, vivem aos casais, com territórios fixos COMPORTAMENTO
A espécie é migratória. Espreita as presas a partir de poleiros na beira da mata CURIOSIDADES
É popularmente conhecido como gavião-sauveiro, por gostar de se alimentar de saúvas capturadas em pleno voo
Danilo Mota
Xexéu NOME CIENTíFICO
Cacicus cela
FAMíLIA
Icteridae
CARACTERíSTICAS FíSICAS
Tem a cabeça e a maior parte do corpo pretas, com bico branco e íris azuis. Possui plumagem amarela nas partes inferiores tanto na parte do ventre, quanto no dorso e também nas asas DISTRIBUIçãO GEOGRáFICA
Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela. No Brasil, ocorria inicialmente até Goiás, mas atualmente já vem sendo registrado no Triângulo Mineiro e em São Paulo HABITAT
É comum em bordas de florestas, florestas no entorno de lagoas, matas ripárias (perto de corpos d’água), campos com árvores esparsas e também em hortas DIETA
Sementes, frutos e pequenos vertebrados REPRODUçãO
Faz ninhos em colônia (quando os ninhos ficam agrupados em uma árvore), onde um macho acasala com várias fêmeas. O ninho é feito com folhas de palmeira, gravetos e capim, possui entre 40 e 70 cm e tem formato de bolsa. Geralmente os ninhos são construídos próximos a ninhos de vespas, na tentativa de manter longe os predadores. Põe dois ou três ovos HáBITOS
Diurno CURIOSIDADES
É comum imitarem o canto de outras espécies de aves
11
Águia‐de‐asa‐redonda
Alvéola‐branca
Andorinha‐dos‐beirais
Andorinha‐das‐chaminés
Andorinhão‐preto
Carriça
Cartaxo‐comum
Chamariz
Chapim‐azul
Chapim‐carvoeiro
Chapim‐real
Cotovia‐pequena
Estorninho‐preto
Gaio
Gralha‐preta
Melro‐preto
Mocho‐galego
Pardal‐comum
Pardal‐montês
Pega‐rabuda
Peneireiro‐comum
Pintassilgo
Pisco‐de‐peito‐ruivo
Pombo‐das‐rochas
Rabirruivo‐preto
Rola‐brava
Rola‐turca
Tentilhão‐comum
Toutinegra‐de‐barrete‐preto
Verdilhão
A forma do bico:
Figura 4: Diferentes formas de bico das aves, de acordo com o regime alimentar
A coloração da plumagem em algumas partes do corpo:
Figura 5: Morfologia de uma ave
PAPAGAIO ECLETUS
LORIS DUSK (PSEUDEOS FUSCATA)
LORIS NEGRO (CHALCOPSITAATRA) 01
LORISAMORAMOR (LORIUS GARRULUS)
ARARA CANINDE FILHOTE (ARAARARAUNA)
ARCO IRIS MOLUCANOS (TRICHOGLOSSUS HAEMATODUS MOLUCCANUS)
ARARAVERMELHA (ARA CHLOROPTERA)
MARIANINHA DE CABEÇAAMARELA (PIONITES LEUCOGASTER)
ARARAJUBA (GUARUBA GUAROUBA)
PAPAGAIO CHARテグ (AMAZONA PRETREI)
PAPAGAIOVERDADEIRO FILHOTE (AMAZONAAESTIVA)
JOVENS, ADULTAS E MATRIZ PAPAGAIO DO CONGO (PSITTACUS ERITHACUS ERITHACUS)
ARARA CATALINA (ARA SP)ARA MACAO XARAARARAUNA
PAPAGAIO CHARテグ (AMAZONA PRETREI)
PAPAGAIO DO SENEGAL (POICEPHALUS SENEGALUS)
CACATUAALBA (CACATUAALBA)
PAPAGAIO DO PEITO ROXO (AMAZONAVINACEA)
PAPAGAIO GALEGO (AMAZONA XANTHOPS)
ARARA CANINDE FILHOTE (ARAARARAUNA)
CACATUA GALAH (EOLOPHUS ROSEICAPILLA)
PAPAGAIO ECLETUS
LORIS ESTREADOVERDE (CHALCOPSITTA S.SINTILLATA)
LORIS DUSK (PSEUDEOS FUSCATA)
LORIS ORNATUS (TRICHOGLOSSUS ORNATUS)
LORISAMORAMOR (LORIUS GARRULUS)
LORIARCO IRIS (TRICHOGLOSSUS HAEMATODUS
LÓRIS BAILARINO ( LORIUS LORY)
ESTE MANUAL TEM POR OBJETIVO AUXILIAR O INSTRUTOR NO PREPARO DA INSTRUÇÃO NO CUBE OU EM MEIO A NATUREZA. CLARO QUE HÁ UMA GRANDE QUANTIDADE DE AVES NO BRASIL, E O NOSSO OBJETIVO FOI COLOCAR ALGUMAS ESPÉCIES PARA IDENTIFICAÇÃO. HÁ MUITAS OUTRAS ESPÉCIES, E CABE AO INSTRUTOR PESQUISAR, IDENTIFICAR E CATALOGAR AS ESPÉCIES. QUE ESTA APOSTILA POSSA SER DE GRANDE BENÇÃO AOS CLUBES.
FONTE DE PESQUISAS: • • • • • •
GUIA PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE AVES (proaves 1999). BICHOS DO PARANÁ-AVES (2009) GUIA DAS ESPÉCIES RESGATADAS UHE SANTO ANTONIO 2011. LISTA DE AVES DISPONIVEIS. SEMANA DE IDENTIFICAÇÃO DE AVES (20 A 24 DE MAIO 2013). GUIA PARA A IDENTIFICAÇÃO DE AVES (WWW.IBAZO.ORG SETEMBRO 2006)
Este material poderá ser copiado e distribuido gratuitamente, sendo proibida a sua venda. A reprodução desta é incentivada.
PRODUZIDO POR: EDSON LUIZ Junho/2013