Artes visuais na infância

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ARTES VISUAIS NA INFÂNCIA

Poéticas e processos artísticos na formação de professores


Florian贸polis - 2013


Equipe Coordenação e Formação: Prof. Dr. Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva (UDESC)

Formação e colaboração: Prof. Me. Larissa Antonia Bellé Prof. Me. Liane Oleques Prof. Me. Giovana Bianca Hillesheim

Prof. Me. Waleska Regina Becker Coelho de Fransceschi (SEMED – Florianópolis)

Professores participantes: Ana Luiza Albanás Couto Claudia Pierdoná

Atividades práticas e permanentes: Edson Macalini e Isadora Azevedo

Maria de Lourdes Lisboa Tatiana Cobucci Faria


A proposta .........................................

Essa publicação é resultado dos encontros realizados na formação de professores de artes visuais da Secretaria municipal de Educação (SEMED) de Florianópolis. A parceria entre Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC e SEMED, ......


Módulos Unidade I – Imaginação e criação na infância

Unidade II – O desenho no campo expandido

Unidade III – Abordagens metodológicas

Unidade IV – Conteúdos de Artes na infância

Unidade V – Avaliação por meio de portfólios


................................. ARTES VISUAIS NA INFÂNCIA

EXPERIÊNCIAS ARTÍSTICAS COM PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS......................04

A GRAVURA CONTEMPORÂNEA NA ESCOLA............05

A PRÁTICA ALTERNATIVA DA FROTAGEM.................06

CARIMBO..................................................................07

DESENHO NO CAMPO AMPLIADO...........................08

JARDIM.....................................................................09


EXPERIÊNCIAS ARTÍSTICAS COM PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS A proposta da formação desenvolvida no segundo semestre de 2013 com os professores de artes visuais da rede municipal de Florianópolis teve como foco o ensino de artes para as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Foram realizados encontros destinados as reflexões teóricas pautadas em assuntos como a infância e as artes visuais, os conteúdos abordados nas aulas, as metodologias de ensino de artes e o desenho nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os professores em formação desenvolveram também práticas artísticas relacionadas aos temas abordados. Assim, dedicaram-se à formação artística tendo em vista as práticas realizadas no ambiente escolar. A partir de conversas acerca da gravura contemporânea, iniciaram um percurso que contemplou frotagens e carimbos, bem como o desenho no campo ampliado e as possibilidades de apreender os jardins como experiências estéticas.


Os protagonistas dos encontros



A GRAVURA CONTEMPORÂNEA NA ESCOLA Na gravura contemporânea diversos materiais se agregam como possibilidade de explorar a imagem gravada em superfícies diversas. Não se espera que um gravador, nos dias atuais, apresente somente resultados com imagens elaboradas por meio dos moldes tradicionais, como: Xilogravura, Litrogravura, Gravura em metal, Serigrafia, entre outros. Buscam-se também outras maneiras de perceber e compreender o campo da gravura, ultrapassando os limites mais tênues. Como experimentar na escola a gravura sob outros formatos e com novos significados? Que caminhos buscar? O que provocar?

Leya Mira Brander Urbana/2010

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Intervenção


A PRÁTICA ALTERNATIVA DA FROTAGEM De origem Francesa “Frottage” ou “Frotter” significa Esfregar. Consiste na prática de friccionar uma folha de papel ou outro material, sobre superfícies que contenham texturas, bem como utilizar-se de materiais versáteis e de fácil acesso. Considerada como prática artística, foi proposta pela primeira vez no universo da arte por um dos fundadores do movimento “Dada”, Marx Ernest (1891-1976).

Marx Ernest - Blitze unter 14 Jahren“) 1926


Experimentando e explorando texturas Laboratório de investigações

Papéis/ Cola/ Tesoura/ Arame/ Linha/ Plásticos/ Grampos/ Canetas coloridas / Lápis grafite/ Borracha/ Tinta/ Estilete/ Régua/ Giz de Cera/ Lápis de Cor/ Sucatas/ Compasso/ Botão/T ecido/ Pedras/ Terra/ Giz Pastel / Barbante/ Madeira/ Pregos/ Celofane/ Jornal/ Garrafas/ EVA/ Tnt/ Folhas/ Alicate/ Martelo/ Lata/ Fita Crepe / Feltro/ Vidro/ Isqueiro/ Papelão/ DVD/ Pasta/ Sabão / Areia/ Sementes/ ................................................... .......................................................................... .......................................................................... .......................................................................... .......................................................................... .......................................................................... .......................................................................... .................................................


FROTAGGE por


FROTAGGE por


FROTAGGE por


CARIMBOS Muito usado para registro ou demarcar uma ação realizada, num documento, caderno, ou outros suportes, principalmente de papel. É um símbolo emblemático da educação infantil, para rememorar ou agradar uma atividade que foi ou será realizada. O carimbo na arte encontra-se numa síntese entre escultura, caligrafia e gravura. De fácil montagem, pode-se elaborar com os mais diversos materiais, desde que busque o altorelevo para explorar suas imagens.

Edson Macalini – “Carimbo – Retenção/Reminiscências – 2010”


Carimbos – Claudia Pierdoná




DESENHO NO CAMPO AMPLIADO O desenho no campo ampliado ou expandido são composições que articulam linguagem no espaço e a plurifuncionalidade do desenho.

Uma concepção contemporânea para o desenho que transita em diversos lugares, relacionando-se e hibridizando-se com outras maneiras de fazer artes.

O desenho no campo ampliado se intersecciona com esculturas e instalações, saindo do modo bidimensional para explorar os múltiplos sentidos no campo tridimensional.

Carlos Vergara – Liberdade, 2011


Desenho no campo expandido - Tatiana Cobucci faria




O JARDIM Imaginar o mundo como um jardim.

Elementos dinamizadores de operações e de renovação urbana.

Não estava previsto, “o jardim” apareceu nos momentos das práticas dos encontros.

“Aquele jardim que embeleza nossa casa é o mesmo que alimenta nossa alma”

Edson Macalini - 2013


O Jardim Planetário

Nas palavras de Gilles Clément é o planeta considerado como um jardim.

Jardim - palavra que deriva do termo germânico “garten”, significa recinto, aquela coisa que protege um espaço.

Gilles Clement – Parc André Citroen /Paris, França – 1991.


Na metade do século XX o advento da ecologia reverteu a visão do mundo: finalmente nos demos conta da natureza, que não é infinita. Entra em jogo um novo modo de ver, a ideia da finitude ecológica. Uma constatação que nos leva a refletir sobre o papel do homem, que está de passagem sobre a terra e que de repente se torna consciente de sua nova função: proteger a vida, que é frágil.

Dentro desse recinto, que é a biosfera, há a biodiversidade. E a tarefa que lhe é reservada é a mesma do jardineiro junto ao seu jardim. (Clement,2008)

“A Paisagem do jardim é uma metáfora da ideia do incompleto, num sentido vasto: se o jardim não é o lugar da surpresa, não passa de um cenário de papel”. (Clement, 2008)

Burle Marx – Praça dos Cristais/Brasilia.


O jardim de CADA UM

Claude Monet - Le Pont Japonais a Giverny/1899


O jardim de Ana LuĂ­za





As composições de Tati


Os experimentos de Maria de Lourdes



O jardim Suspenso do Edson





O fragmentado jardim de Isadora





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