Portfolio Arquitetura Eduarda Aun

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eduar daaun PORTFÓLIO DE ARQUITETURA


curriculum

Formação

ago 2009 - jul 2015

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Brasília Brasília, Brasil Graduação

set 2013 - jul 2014

Architettura per il Progetto Sostenibile Politecnico di Torino Turim, Itália Intercâmbio

vitae Formação complementar

out 2015 - nov 2015

Vivência OASIS GVT na Praça Brasília Instituto Elos

ago 2011 - set 2011

Curso de extensão (30 horas) Aproveitamento de Águas Pluviais nas Edificações Universidade de Brasília

jan 2013

Curso Básico de Fotografia Espaço F/508

Atividades acadêmicas DADOS PESSOAIS

ARQUITETA E URBANISTA

Eduarda Aun

ENDEREÇO

SHIS QI 23 conjunto 17 casa 13 Brasília, DF - 71660 - 170

FONES

+55 61 9807 2211 (preferencial) +55 61 3248 0879 (alternativo)

EMAIL/SKYPE

eduarda.aun@gmail.com eduarda.aun

Graduação FAU - UnB (2009-2015) 22/11/1991, solteira

set 2014

Apoio na realização do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo Universidade de Brasília

out 2012

Monitora da I Escala: Semana de Arquitetura e Urbanismo (16 horas) Universidade de Brasília

1/2012

Monitora da Disciplina Instalações e Equipamentos I (60 horas) Universidade de Brasília

abr 2011 - mai 2011

Elaboração de maquetes e desenhos para a Exposição: HJKO arquitetura e memória, montada no Museu Vivo da Memória Candanga, uma realização da Secretaria de Cultura do DF, por ocasião da 9ª Semana de Museus, sob a orientação da Professora da FAU-UnB, Maria Cecília Filgueiras Lima Gabriele.

1/2011

Monitora da Disciplina Desenho e Plástica II (60 horas) Universidade de Brasília


reconhecimentos

Experiência profissional

ago 2015 - hoje

mOB Organização de mobilização e ocupação urbana

NOV 2012 - AGO 2013

Ana Paula Roseo Paisagismo

set 2011 - mar 2012

oa arquitetura

nov 2015

concurso reimagina la ciudad PRIMEIRO LUGAR “¡Ven a la calle!”

out 2015

OSSOBUCO - MAIS TUTANO NA SUA VIDA O que você deseja para o Conic?

Estagiária : Acompanhamento e detalhamento de projetos, modelagem em 3D, fotomontagens, elaboração de quantitativos e memoriais botânicos.

Conhecimento de softwares

jul 2011 - out 2012

Estagiária: Acompanhamento e detalhamento de projetos, modelagem em 3D

Microsoft Office

Photoshop

Autocad 2D

Illustrator

Sketchup

Indesign

CONCRETA CONSULTORIA E SERVIÇOS Empresa Jr. de Engenharia Civil e Ambiental e Arquitetura na UnB Consultora de marketing: atualização de marca, elaboração e aplicação de pesquisa de reconhecimento da empresa. Gerente de projetos: coordenação de equipe de projeto, elaboração e detalhamento de projetos arquitetônicos.

Idiomas Inglês Italiano Espanhol Francês

Pesquisas e publicações

out 2015

dez 2014

jul 2012 - ago 2013

NASCIMENTO, Eduarda A. A.; ANDRADE, LIZA. O avesso de Brasília ao avesso: táticas para intervenções no Conic, Anais do 1o Congresso Internacional de Espaços Públicos / org. Núcleo de Estudos da Cidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015. NASCIMENTO, Eduarda A. A.; SANT’ANNA, Daniel. Caracterização dos usos-finais do consumo de água em edificações do setor hoteleiro. Revista de Arquitetura e Urbanismo IMED, 3, n.2, (Dezembro, 2014). Proic: Caracterização dos usos-finais do consumo de água em edificações do setor hoteleiro, sob orientação do professor Dr. Daniel Sant’Anna.

Interesses Desenho urbano / Urbanismo tático / Arquitetura / Paisagem Arquitetura sustentável / Design gráfico / Fotografia DIY / Viagens / Idiomas / Música / Esportes

infos e links

linkedin

https://br.linkedin.com/in/eduarda-aun-b4823937

issuu

http://issuu.com/eduardaaun/docs/caderno_o_avesso_do_avesso_eduarda_

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índice .projetos canteiro experimental

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riqualificazione del nodo piazza sofia

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venaria per tutti

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o avesso de Brasília ao avesso

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concurso reimagina la ciudad

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.pós-produção

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.publicações o guia colaborativo do Conic O avesso de Brasília ao avesso: táticas de intervenções no Conic Caracterização dos usos-finais do consumo de água em edificações do Setor Hoteleiro de Brasília

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canteiro experimental da faculdade de arquitetura e urbanismo, brasília Disciplina Projeto Arquitetônico IV: Grandes vãos, 2011

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O canteiro experimental da fau-unb visa a aproximação do projeto e da construção, onde os alunos podem por em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas, desenvolver técnicas construtivas, além de promover a integração com atividades de pequisa da graduação, da pós-graduação e das atividades de extensão. Tendo em vista a proposta do canteiro, com espaços amplos, tanto para a elaboração de projetos e a construção dos mesmos quanto para a convivência dos usuários, os edifícios foram concebidos garantindo a maior flexibilidade de uso. Ambos têm planta retangular, com suas funções específicas, ao lado de galpões abertos, destinados às oficinas de aço, concreto e madeira. No térreo do Bloco A foi priorizado o espaço livre e flexível, este sendo delimitado apenas por divisórias de madeira. O objetivo é da livre interferência no espaço e no maior convívio entre os alunos que estão nos ateliês, característica marcante da FAU-UnB. A planta livre também permite que o uso seja modificado no futuro, com a mudança de gestão ou de necessidades do canteiro experimental. O espaço adjacente aos ateliês é destinado às oficinas de aço e concreto; é um espaço aberto, para permitir também maior liberdade de espaço e aproximar a oficina a um canteiro de obras, ao ar livre. No subsolo encontram-se os laboratórios, escritório modelo e espaço de memória. + O Bloco B possui a administração do canteiro, o auditório, salas de aula e lanchonete, além da oficina de madeira e maquetaria. Este bloco é mais fechado que o primeiro, sendo menos flexível e permeável, já que o seu uso é mais restrito. Há, no entanto, na oficina de madeira e maquetaria, a abertura para o exterior, como no Bloco A, tendo os mesmos objetivos.

canteiro. experimental. fau


Perspectiva do Bloco A

8 Brises móveis do Bloco A

Implantação


BLOCO A

BLOCO B

NÚCLEO DE PAISAGISMO

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riqualificazione del nodo piazza sofia: acceso al parco della confluenza, Torino, Italia Disciplina: Urban design, 2013 Grupo: Eduarda Aun, Ledio Bihzuta e Mariana Ibarro Lugo


Este projeto foi resultado da disciplina Urban Design, cursada no Politecnico di Torino. Em seguida ao estudo da região (zona nordeste de Turim), onde foram identificadas as áreas recreativas, notou-se um problema de ACESSIBILIDADE a elas. Existem acessos, mas eles são escondidos, mal identificados ou fechados. A partir desta análise e da identificação da importância da Piazza Sofia dado o seu uso pelos residentes e como nó de comunicação, decidiu-se realizar um projeto de requalificação deste nó, relacionando-o com o acesso ao parque. Depois de entender os fluxos da área, o eixo escolhido para criar um marco visual de entrada foi o percurso ciclopedonal existente, ligado à parada de ônibus da linha 18, onde o trânito é limitado à circulação de ônibus e carros dos moradores e onde já existe um estacionamento, criando assim, um ponto de fácil acesso ao parque para quem vem a pé, de bicicleta, de ônibus ou de carro, criando também um ponto de troca de modais. O marco visual de acesso faz referência às próprias características do parque, onde existe um bosque de compensação ambiental. A estrutura possui plantas acopladas aos pilares com o objetivo de fixar ainda mais CO2. As vigas são receptoras de água da chuva e servem para regar as plantas da estrutura, além de abastecer a fonte do parque, criando assim uma relação com o rio e promovendo a conscientização ambiental. A parada de ônibus foi ampliada e provida de lanchonete, banca de revistas e banheiros, com o objetivo de requalificar este ponto de troca de pessoas, criando novos pontos de espera. Além disso, o terminal se conecta ao parque por meio de praças, com o sentido de unificar o projeto e criar novos pontos de encontro, contemplação, diversão, arte, música e cultura.

Vista sudeste do terminal de ônibus

Vista nordeste do terminal de ônibus


Sistema viário

Implantação

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Serviços próximos ao parque


Planta anfiteatro

Corte parque infantil

Planta fonte

Planta parquinho infantil

Corte fonte


masterplan di venaria reale, Torino, Italia Disciplina: Atelier Progetto Urbanistico, 2014 Grupo: Eduarda Aun, Federica Via, Giulia Bertaina, Juliana Vasconcelos

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o avesso de brasília ao avesso intervenções no Conic, Brasília, Brasil Trabalho Final de Graduação, 2015 http://issuu.com/eduardaaun/docs/caderno_o_avesso_do_avesso_eduarda_

Localizado no coração do Plano Piloto, próximo à rodoviária, o Setor de Diversões Sul, mais conhecido como Conic, é um espaço singular na cidade. O descaso e abandono pelas autoridades locais não impede que o setor ainda pulse: o Conic é um espaço de efervescência cultural e ponto de encontro de tribos diversas e de pessoas que procuram produtos e serviços especializados. É curioso, entretanto, compreender por que embora o Conic tenha uma centralidade global, a sua acessibilidade local seja restrita; o que faz com que alguém que passa pela plataforma rodoviária percorra o seu espaço interno? É a “invisibilidade do concreto”, marcada pela sua arquitetura que não convida um desconhecido a percorrer o desconhecido? Ou é a imagem que se tem do lugar que o impede de explorar os seus labirintos? Labirintos estes que mantém justamente o convívio dos diferentes e que formam a identidade do Conic, um espaço onde tudo se mistura.

O PROJETO

Por meio deste trabalho, proponho a reflexão da necessidade da regeneração urbana e da valorização das pessoas que usam o espaço do Conic, considerado “marginalizado” por muitos. A partir do estudo da área, da sua relação com o entorno, das suas características atuais e dos seus usuários, propor um projeto que reuna não só as características do plano original de Lucio Costa, mas principalmente as características atuais, de apropriação e heterogeneidade. O projeto não tem a intenção de “arrumar” o Conic, mas de torná-lo mais atrativo a partir das qualidades que já possui. A ideia é virar o Conic ao avesso, para que quem esteja de fora, queira desvender o seu interior. A primeira iniciativa seria, então, a conscientização dos lojistas, a elevação da autoestima do local e a divulgação do que acontece ali dentro, por meio do Guia de Bolso do Conic. Um guia que revele o que o Conic tem a oferecer, as lojas e serviços, as manifestações culturais existentes e a memória do que já foi. Em seguida, por meio da requalificação das praças de acesso ao Conic, propor novos usos aos espaços que hoje apenas conectam o Conic aos demais setores, refletindo aquilo que acontece no interior do Conic: parque para skatistas, cinema ao ar livre, espaço para shows e performances, mercado, hortas, bares, arte urbana, etc. O interior do Conic, por sua vez, um grande centro cultural por si só, recebe intervenções de caráter mais flexível, de forma a possibilitar a apropriação pelos mais diversos atores que fazem uso do seu espaço. Estruturas móveis e multifuncionais poderão configurar diferentes espaços, incluindo palcos, biblioteca, cinema, área para descanso e socialização, etc. Vamos ocupar o Conic!


Valorizar a identidade e diversidade do Conic

Atrair mais pessoas

Lazer e cultura

Resgate da memória

Inclusão das minorias

Requalificação do espaço físico

TODAS AS CIDADES PRECISAM TER O SEU AVESSO, UM ESPAÇO Q U E D I F E R E D O PA DRÃO. MARIA ELISA COSTA


O trabalho começa com o estudo da história do Setor de Diversões Sul, mais conhecido como Conic, os seus usos ao longo dos anos e as apropriações dos espaços, configurando o Conic que conhecemos hoje. Foram verificados recortes de jornais, trabalhos que tratam do tema e a opinião de pessoas para entender tanto a construção do imaginário do Conic na cidade quanto as suas verdadeiras problemáticas. A imagem de um lugar decadente e marginalizado, contraposta à de um lugar de diversidade cultural ajudou a traçar os conceitos nos quais o projeto se embasará, entre eles: Ocupe o Conic!, Faça-você-mesmo!, Bora participar! e Plante Arte! A ideia de ocupar um espaço subutilizado ou com potencial pouco aproveitado aliado à nova forma de ver e intervir no espaço público por meio da participação dos usuários do Conic é o que orienta este trabalho. Tratando-se de um projeto para um lugar tão polêmico como o Conic, foi importante entender a problemática que envolve a intervenção, tentando respeitar as contradições encontradas, no que se refere à implantação e à relação com a população existente. Para começar o projeto, foi necessário conhecer o lugar e o que ele pôde revelar, por meio da análise de aspectos físicos e seus usuários e suas ações no cotidiano, por meio da análise de aspectos socioculturais. A aproximação e a participação da comunidade do Conic permitiu entender, ainda, as verdadeiras necessidades e aspirações dos usuários, em um processo de baixo para cima. Foi a relação entre a comunidade e seu ambiente que definiu as intervenções que foram propostas. O projeto, por sua vez, foi dividido em quatro diferentes momentos: 1 • Desenvolvimento do Guia de Bolso do Conic; 2 • Elaboração das diretrizes gerais para a ocupação do Conic; 3 • Requalificação das praças e espaços públicos de acesso ao Conic; 4 • Requalificação dos espaços públicos do interior do Conic com o uso de estruturas temporárias e mobiliário flexível.


ESPAÇO DECADENTE OU DIVERSIDADE CULTURAL?

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Mercado

Galeria a céu aberto

Muro de escalada Jardins de chuva Arquibancadas

Cobertura multifuncional Hortas urbanas

Mirantes

Oficinas de trabalho compartilhado

Rádio do Conic

Skate plaza

Jardim comunitário

Calçadão arborizad

Banheiros públicos

Foodtrucks

Quiosques

Via para pedestres aos finais de semana Palcos para apresentações informais

Jardim vertical

Fontes interativas

Rampa de acesso ao Conic (via S2)

Vaga viva

Postes de iluminação com painel solar

Jardineiras “skatáveis

Quiosques Bicicletários


do

1 Via para pedestres: rua de serviço fechada para carros aos fi-

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Cobertura temporária: estruturas móveis e multifuncionais que podem configurar diferentes espaços, incluindo palcos, biblioteca coletiva, cinema, área para descanso e socialização.

Hortas urbanas e mercado: produção de alimentos e plantas aromáticas em escala local para integrar os marginalizados e promover o bem estar social e econômico.

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Jardineiras elevadas: criação de mobiliário skatável, palcos para apresentações informais e anfiteatro.

nais de semana, transformando-se em via para pedestres, com mercado e espaço de convívio.

s”

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concurso Reimagina la ciudad, Congreso Internacional de Ciudades y Transporte, México PRIMEIRO LUGAR | 2015 | CONCURSO DE DISEÑO, CREATIVIDAD Y CIUDAD por dériveLab

¡VEN A LA CALLE!

Situado en el centro de Brasilia, el Sector Sur de Diversiones fue diseñado por Lucio Costa como un lugar sofisticado y cosmopolita para contener funciones destinadas al comercio y entretenimiento. Sin embargo, debido a irregularidades en su construcción, usos y apropiaciones a lo largo de su historia, es un lugar olvidado por gran parte de la población y especialmente por las autoridades locales. Ese abandono ha generado un lugar único en Brasilia creando una considerable diversidad social y cultural; no obstante, se han originado espacios ociosos que podrían ser mejor utilizados. Por ello, es necesario intervenir de manera delicada y consciente durante el proceso de valorización del espacio, impidiendo un proceso de gentrificación. En este contexto, la intervención propone un urbanismo táctico y un arte urbano como directrices para la regeneración urbana y la apreciación del espacio. Esta calle está ocupada principalmente por distribuidores de alimentos, lo que genera en la zona un perfil de comercio que potencializa la creación de un mercado que se puede extender en la calle los fines de semana. Se ha estudiado la posibilidad de proponer gradas a fin de generar una relación entre la plaza 22 creando una especie de plaza vertical. Rampas, escaleras y canteros pueden servir como asientos y miradores para observar lo y la calle, que ocurre en la calle, que, los fines de semana, se convierte en un espacio compartido entre peatones y ciclistas. Las mismas gradas se pueden utilizar para eventuales reuniones sociales y proyecciones de películas al aire libre.


Situado en el centro de Brasilia, el Sector Sur de Diversiones fue diseñado por Lucio Costa como un lugar sofisticado y cosmopolita para contener funciones destinadas al comercio y entretenimiento. Sin embargo, debido a irregularidades en su construcción, usos y apropiaciones a lo largo de su historia, es un lugar olvidado por la población y especialmente por las autoridades locales. Ese abandono ha generado un lugar único en Brasilia creando una considerable diversidad social y cultural, donde se han originado espacios ociosos que podrían ser mejor utilizados. Por ello, es necesario intervenir de manera consciente durante el proceso de valorización del espacio, impidiendo un proceso de gentrificación. En este contexto, la intervención propone al urbanismo táctico y al arte urbano como directrices para la regeneración urbana y la apreciación del espacio. En espacios con público heterogéneo, es necesario crear ambientes dinámicos, configurados de diferentes maneras dependiendo la audiencia u ocasión. Por esta razón, se han propuesto estructuras temporales flexibles en su diseño y en su uso: estructuras ligeras, de fácil montaje y bajo costo, realizables por los usuarios del espacio. La combinación de los módulos permite varios diseños: pasarelas de moda, palcos y bancos; asimismo cuentan con diversas funciones: silla, estante, tablero, juego de mesa, entre otros. El espacio verde correspondiente al interno fue llevado a cabo a través de canteros, pallets y árboles de pequeña magnitud. La propuesta para la pintura del pavimento y las paredes es otra solución económica que refiere a la cultura urbana de este espacio.

Museo al aire libre concurso Reimagina la ciudad, Congreso Internacional de Ciudades y Transporte, México 12 FINALISTAS | 2015 | CONCURSO DE DISEÑO, CREATIVIDAD Y CIUDAD, por dériveLab

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Imposto Combustível Proposto Conexão Projeto de Júlia Solléro Render/pós-produção: Eduarda Aun

Proposta de canteiro central para o Eixão Orientação: Frederico Holanda Pós-produção: Eduarda Aun

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Requalificação Praça das Fontes, Conic Projeto e pós-produção: Eduarda Aun

Requalificação Praça dos Aposentados Projeto e pós-produção: Eduarda Aun

Requalificação do Adro do Convento Franciscano Projeto de Ana Zerbini Render/pós-produção: Eduarda Aun

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o avesso de brasĂ­lia ao avesso: o guia colaborativo do Conic, 2015

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GUIA PRA QUÊ?

O Setor de Diversões Sul, mais conhecido como Conic, é um espaço de efervescência cultural e ponto de encontro de tribos diversas e de pessoas que procuram produtos e serviços especializados. É também um lugar de engajamento político-social e de diversão e lazer. Caminhando pelo Conic hoje, a sensação que se tem é que estamos dentro de um bairro e que seus usuários são como os moradores que, enxergam nele uma segunda casa e um senso de pertencimento. Este guia de bolso tem como objetivo colocar o Conic no mapa, reunindo um pouco da sua história, das suas manifestações culturais, dicas de usuários e do que fazer por ali, elaborado em colaboração com pessoas que realmente o conhecem. Vamos ocupar o Conic! www.facebook.com/conicaoavesso

Imaginado por Lucio Costa como um lugar sofisticado e cosmopolita, previam-se livrarias, restaurantes, cafés, casas de chá, bares e boates, além de outras atividades que deveriam preencher as necessidades de lazer da futura população do plano. Segundo o Relatório do Plano Piloto, o acesso ao setor seria feito através de galerias e arcadas, concentrando atividades voltadas ao comércio e ao entretenimento. Lucio Costa cria esta imagem de centro baseado na Champs Elysées em Paris, no Piccadilly Circus em Londres, Times Square em Nova Iorque e na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro. Suas boutiques famosas e seus painéis iluminados, seus restaurantes luxuosos e cafés, além do burburinho típico das ruas brasileiras, numa tentativa de reunir diferentes grupos de funcionários, estudantes, comerciantes e profissionais liberais.

A CHAMPS ELYSÉES DO CERRADO

Lucio Costa concebe em seu Relatório para o Plano Piloto o Setor de Diversões

Inauguração da New Aquarius, primeira boate gay de Brasília

Inicia-se a construção dos espaços públicos do Setor de Diversões Sul, como forma de incentivo à construção de edifícios.

1960

Inauguração do Cine-Superama, cinema especializado em exibição de filmes de arte

1970

1962

1957

Implantação de praças em frente aos SDS e SDN e inauguração do Conjunto Nacional

1966

1972 1971

Criação de prefeitura, com o objetivo de requalificar o Conic e mudar a sua imagem negativa

1977 1974

Tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e acervos da atriz (Decreto nº 28.518, de 7 de dezembro de 2007), pelo DePHA

Inauguração da Faculdade de Artes e Teatro Dulcina de Moraes, vinculada à Fundação Brasileira de Teatro, onde existiam cursos de Artes Plásticas, Teatro e Música

1980 1979

2007

1991 1987

1995

2010 2009

Construção do estacionamento de serviço e da praça de ligação entre o Hotel Nacional e o SDS

Inauguração de Brasília

Inauguração do SDS, primeiro edifício voltado para a Esplanada dos Ministérios. Inauguração do Cine-Atlântida e em seguida dos edifícios Venâncio II, III, IV, V e VI Instalação de embaixadas e órgãos públicos

Inicia-se reforma na Praça Zumbi dos Palmares (fachada leste do Conic)

2014

Incêndio no Teatro Dulcina

Com o processo de abertura política, a criação de novos partidos políticos passou a ser permitido e inicia-se a instalação de sindicatos e associações no Conic 1º Seminário de Problemas Urbanos de Brasília, onde foi discutido o esvaziamento de setor, assim como foram denunciados os usos incompatíveis com o projeto de 1962, como a inexistência de bares e restaurantes voltados para a plataforma e a falta de tratamento paisagístico das áreas públicas e praças

Cine – Atlântida é comprado pela Igreja Universal do Reino de Deus Surge, também, a primeira loja de skate do Conic

Brasília é tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade

Fechamento do Cine Ritz por falta de alvará e por suspeita de funcionar como casa de prostituição Fechamento, também, de lojas que vendiam e exibiam filmes pornôs em cabines

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O avesso de Brasília ao avesso: táticas para intervenções no Conic Eduarda Aun (1) Liza Andrade (2) (1) Arquiteta formada pela FAU/UnB. E-mail: eduarda.aun@gmail.com (2) Professora adjunta do Dep. de Projeto, Expressão e Representação, FAU/UnB, Brasil. E-mail: lizamsa@gmail.com

Resumo Localizado no centro de Brasília, o Conic, um complexo de edifícios no Setor de Diversões Sul, foi concebido por Lucio Costa como um lugar sofisticado e cosmopolita para abrigar funções voltadas ao comércio e ao entretenimento. No entanto, o Conic é hoje considerado por muitos como o “avesso de Brasília”. Devido às irregularidades durante a sua construção e principalmente aos usos e apropriações do espaço ao longo da sua história, é um lugar esquecido por boa parte da população e principalmente pelas autoridades locais. Por um lado, este abandono acabou gerando um espaço único em Brasília que reúne muita diversidade social e cultural. Por outro, o descaso com o Conic acabou gerando espaços colaterais e lugares ociosos que poderiam ser melhor aproveitados. Portanto, é preciso intervir de maneira delicada e consciente para que no processo de melhoria do espaço e consequente valorização do mesmo, não ocorra um processo de gentrificação, descaracterizando o Conic que conhecemos hoje. Neste contexto, o trabalho a seguir apresenta os procedimentos e as propostas de intervenção, que envolvem a participação da comunidade, o urbanismo tático e a arte urbana como orientações da regeneração urbana e da valorização do Conic, por meio de intervenções interativas in loco, estruturas temporárias, mobiliário com reaproveitamento de materiais, pintura de empenas e pavimento, visando o baixo custo, porém, com grande impacto. Palavras-chave: regeneração urbana; processo participativo; urbanismo tático; Conic; Brasília.

NASCIMENTO, Eduarda A. A.; ANDRADE, LIZA. O avesso de Brasília ao avesso: táticas para intervenções no Conic, Anais do 1o Congresso Internacional de Espaços Públicos / org. Núcleo de Estudos da Cidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015.

Abstract Located in central Brasilia, Conic, a complex of buildings in the Sector of Amusement, was conceived by Lucio Costa as a sophisticated and cosmopolitan place aimed to house commercial and entertainment functions. However, Conic is now considered by many as the “reverse of Brasilia”. Due to irregularities during its construction and especially to the uses and appropriations of space throughout its history, it is a place forgotten by most of the population and especially by local authorities. On one hand, this indifference has generated a unique place in Brasilia that brings a lot of social and cultural diversity. On the other hand, the neglect of Conic ended up generating idle side spaces and places that could be better used. Therefore, it is necessary to intervene in a delicate and conscious way in order to avoid gentrification during the process of improvement and consequent appreciation of Conic’s public spaces, discomposing the Conic we know today. In this context, the work below shows the procedures and intervention proposals, involving community participation, tactical urbanism and urban art as guidelines for urban regeneration and recognition of Conic through interactive interventions, temporary structures and urban furniture with reuse of materials, wall and floor painting, aimed at low cost interventions but with great impact. Key-words: urban regeneration; participatory process; tactical urbanism; Conic; Brasília.


Resumo Os hotéis, grandes consumidores de água, são potencialmente impactantes aos recursos hídricos. Com a vinda dos eventos de esporte ao Brasil, faz-se necessário o uso de medidas conservadoras para reduzir o consumo de água nas grandes cidades, proveniente do setor hoteleiro. Neste sentido, é preciso compreender os usos-finais de água e assim criar estratégias de redução e economia. Com estas questões em mente, o estudo tem como objetivo principal caracterizar os usos-finais do consumo de água nas edificações hoteleiras de Brasília. A fim de explorar a relação entre consumo de água e características tipológicas, de ocupação e serviços das edificações hoteleiras, esta pesquisa incorpora abordagens metodológicas quantitativas e qualitativas para coleta de dados primários. Finalmente, verificou-se que os hotéis com maior área construída e que oferecem serviços diferenciados são os que têm maior consumo anual. Entretanto, os apartamentos em todos os hotéis foram apontados como principais responsáveis pelo consumo total (79% do consumo anual na Tipologia A e 49% na Tipologia B).

Caracterização dos usos-finais do consumo de água em edificações do Setor Hoteleiro de Brasília NASCIMENTO, Eduarda Aun de Azevedo (1) SANT’ANA, Daniel (2) (1) Graduanda em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasil. E-mail: eduarda.aun@gmail.com (2) Orientador, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. E-mail: dsantana@unb.br

Palavras-chave: Demanda de água; usos- finais de água; Setor Hoteleiro

Abstract Hotels, which are large water consumers, represent potential impact to water resources. With the coming of the sports events in Brazil, it is necessary to use conservative measures to reduce water consumption in large cities, caused by the hotel sector. To make this possible, you need to understand the end-uses of water and therefore create reduction strategies. With these issues in mind, the study aims to characterize the main end-uses of water consumption in hotel buildings in Brasilia. In order to explore the relationship between water consumption and typological characteristics, occupation and services of the hotel industry, this research incorporates quantitative and qualitative methodological approaches to primary data collection. Finally, it was observed that most hotels with a bigger built area and offering differentiated services are those that have higher annual consumption. However, the rooms in all the hotels were identified as the main cause for total consumption (79% of annual consumption in Type A and 49% in Type B). Key-words: Water demand; Final-uses of water; Hotel Sector. NASCIMENTO, Eduarda A. A.; SANT’ANNA, Daniel. Caracterização dos usos-finais do consumo de água em edificações do setor hoteleiro. Revista de Arquitetura e Urbanismo IMED, 3, n.2, (Dezembro, 2014).



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