O POVO NA Educação

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FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, SÁBADO, 30 DE 29OUTUBRO DE OUTUBRO DE 2010, DE 2010, WWW.OPOVO.COM.BR

NA CONFIRA OS BLOGS VENCEDORES EM WWW.FARIASBRITO.COM.BR

COLETÂNEA

POESIA

FARIAS BRITO 2010

FB JÚNIOR ALDEOTA

O

Projeto Coletânea Farias Brito, realizado há 31 anos, começou como um concurso de poesia e evoluiu para o formato atual aberto à participação dos alunos de 1ª série do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio, seus familiares, profissionais do Farias Brito e das escolas públicas associadas pela Rede PEA-UNESCO. Os trabalhos inscritos concorreram nas modalidades poesia, redação em prosa, conto/crônica, desenho artístico, charge/cartoon e blog. Assim, de 1979 para cá o projeto cresceu tanto que não coube mais somente dentro do Farias Brito. Sentindo a necessidade de extrapolar os muros da nossa escola, firmamos com o jornal O POVO e a Fundação Demócrito Rocha uma parceria que nos permitirá transformar a coletânea em um livro paradidático a ser adotado no FB em 2011

Infantil I

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A ARTE DE SER AVÔ BEATRIZ DE A. MARQUES

3A SÉRIE

Meu querido avô, Quando estou triste Eu penso em você Para meu sorriso renascer. Meu querido avô, Todas as pessoas são seus amigos, Pois sabem que você tem Um coração cheio de amor e carinho. Meu querido avô, Não sei como explicar O meu grande amor por você, Que nunca vai se acabar. Meu querido avô, Obrigada pelas vezes que você me alegrou, Que você me amou, Eu te amo, vovô!

PEQUENA GRANDE VIAGEM

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ANA BEATRIZ AZEVEDO PONTES

3ª SÉRIE

Cafute e Pena-de-Prata Pássaros a voar São grandes amigos E agora já conhecem o mar! Dois pássaros Que realmente sabem como cativar Eles sem amigos? Difícil imaginar! Quando Pena-de-Prata aparece Cheirando a chocolate Chovem palmas, A cidade enlouquece. Um show logo amam A música enche a cidade E àquele show não há quem falte. Nada os para, nem a tempestade Agora a viagem Eles terão de começar “temos muitos fãs a encontrar”.

Tem o pássaro que vive lá Longe das gaiolas que isso Não é o certo Eles ficam tristes Porque não podem voar. Nós, os seres humanos, Não sabemos respeitar A liberdade dos pássaros Isso tem que acabar E o seu conto bonito Aprender e respeitar.

SOU FELIZ 3º AGORA GUILHERME SAVIO

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Em toda minha vida Nunca pensei que ficaria Numa gaiola com toda Tristeza deprimida. Aquela gaiola é Um terror Por isso fico Morrendo de dor. Minha vida é Ficar lá fora, mas Por isso me prenderam Numa gaiola Mas um dia abri a Gaiola e fui voando Para fora E agora estou livre e sou feliz.

FB JÚNIOR SEIS BOCAS

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A ARTE DE SER AVÓ SOFIA MATOS VIDAL

3A SÉRIE

Avós queridinhos, queridões, Que cabem no nosso coração, Em pleno verão. Avozinha e avozão Que servem para todos a comidinha Com capricho com Amor e paixão. Ajudam tudinho Principalmente o netinho Que é o amor e a paixão. Fazem de tudo pelo coração. O amor de avó Não existe outro Se for comparar é o maior de todos! O avô e a avó Fazem de tudo pra Agradar e sabem tudo Direitinho.

LIBERDADE LETÍCIA GAMA LIMA

3A SÉRIE

Liberdade deixa um pássaro feliz, liberdade ele sempre quis. Todo mundo quer liberdade não precisa ser um pássaro de verdade. Passarinho apareça... vamos lutar para que isso aconteça.

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3A SÉRIE

OS PÁSSAROS WAGNER MARQUES

3A SÉRIE

Os pássaros vivem livres, livres a voar Como os humanos, eles gostam do luar . Eles comem frutas, trigo e sementes Eles dormem no por do sol estridente E com isso lhe peço um favor Não engaiole os pássaros Para o nosso mundo ter cor.

3º PASSARINHOS GIOVANNA W. LINHARES

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2A SÉRIE

Pássaros voam pelo ar Qual vai amar? Calopsitas e muito mais Sempre pássaros vão voar E em dimensões vão passear e Muitas vidas vão alegrar.

FB SOBRALENSE FB JÚNIOR CENTRAL

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A ARTE DE SER AVÓ IÊDA DE F. M. JOTA

3A SÉRIE Eu amo a minha avó, Ela me ama também, Comigo e ela juntas, Não tem pra ninguém! Quando eu nasci, ela Foi a primeira a me pegar, Amo-a tanto que nem sei explicar. Por isso estou aqui, para Prestar esta homenagem A pessoa que tão amorosa, carinhosa, Quem me deu coragem!

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A LIBERDADE MARIANA T. PONTES

2A SÉRIE

Pássaros que vivem livres E felizes longe das gaiolas. Liberdade pra sonhar

MARAVILHA DO MUNDO SARAH

3A SÉRIE

Os pássaros devem ter liberdade. Com eles eu tenho amizade. Eles querem voar, E não ficar preso e começar a chorar Eu não quero que eles morram E sim que se movam. Eu penso em vocês a cada segundo, Vocês são uma maravilha do mundo.

Infantil II FB JÚNIOR ALDEOTA

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VIDA DO SERTANEJO GUSTAVO FERREIRA LIMA AMARAL

4A SÉRIE A vida de sertanejo Não é fácil, não.


2 FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010

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NAEDUCAÇÃO Cuidando e cultivando No semiárido do sertão. Quando a seca chega, Não há quem aguente. Tem até gado que morre Naquele sol quente. Seria bom mesmo Cortar grama com serrote. Mas, caramba, meu Deus, Essa seca é ruim de morte!

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O MEU SÍTIO

Têm vontade de chorar. Quem será que é? É o pássaro Rachel Que mora na “Não Me Deixes” Lugar mais sossegado de Quixadá Que é interior do amado Ceará. Só não entendo uma coisa, Por que será que o pássaro Só surgiu em 2003? Mas agora, só há o que comemorar, Pois seu canto é tão belo, Como uma prosa no ar. Mas não fica por aí, Como será o pássaro de Quixadá?

LILIA MARIA G. DE HOLANDA PIRES

4A SÉRIE 01 No meu sítio, eu gosto de descansar, Comer manga e cajá. Deito na rede, vou ler um livro De noite ouvindo os grilinhos a cantar E as estrelas a brilha. Fico inspirada e começo a escrever Com a luz da escrivaninha acesa, Papel e caneta na mão Na noite fria e calada Que tanta emoção.

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RETRATOS DE RACHEL JULIA MAIA MORAES DE OLIVEIRA

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A ESCRITORA É RACHEL LETÍCIA GUIMARÃES TRAJANO

4A SÉRIE Rachel começou a escrever. Escreveu, escreveu, escreveu. Até fez livros aparecer E uma escritora nasceu. Os livros não a deixam morrer E não é por isso que gosta de escrever. É porque se escrever... Dá para fazer tudo acontecer. É por isso que gosta de escrever... E além do mais, nunca vai morrer. Porque alguém que adora ler... Vai deixá-la sobreviver.

4A SÉRIE Uma poesia vou contar Sobre uma escritora famosa Você deve escutar A sua querida história. No interior do Ceará, A escritora nasceu, Com suas histórias pra contar Numa fazenda cresceu. Na Academia Brasileira de Letras Foi entrar, A primeira mulher Pode acreditar! É uma grande escritora do Ceará.

FB JÚNIOR CENTRAL

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5A SÉRIE Não é mole não Trabalhar duro, pra comer café e pão, Ganhar pouco pra sustentar o vidão. O sertanejo fica desesperado E escolhe a vida do outro. Fala errado, mas é educado Não com a escola, mas sim com a mãe do lado Que ensina a viver e colocar o pé no alto. Com o povo sertanejo Aprendi e fiquei orgulhosa.

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VIDA DE SERTANEJO LEVY BRUNO DO N. BATISTA

4A SÉRIE

Vida de sertanejo é difícil, Tem que enfrentar secas terríveis, Tem que fugir da terra natal Para não morrer de fome fatal. Quando o sertão esturrica Não tem ninguém que fica, As chances de viver são raras A única solução é o pau-de-arara.

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FAZENDA “NÃO ME DEIXES” LUANA AZEVEDO DOURADO

4A SÉRIE 01

Fui à fazenda, Terra que Rachel gostava, Comi muita goiaba E vi vários animais, Lá era um lugar cheio de paz. A natureza é muito bela Tem muita beleza Acordando de manhã Ouvimos os pássaros cantando Som de muita pureza. Na casa grande da fazenda Só havia brincadeira, Diversão a noite inteira E de dia barriga cheia.

FB JÚNIOR SEIS BOCAS

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O CANTO ÉRICA DAPONT DE MOURA

JOÃO VICTOR DE SOUSA

5A SÉRIE

FB SOBRALENSE

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BELO SÍTIO “NÃO ME DEIXES” ANA CAROLINA DUARTE ROSSI

4A SÉRIE 01

É bonita a fazenda “Não me deixes” E nela há muita natureza Essa fazenda é maravilhosa E nela há muita beleza. E lindos passarinhos. Lindos e belos. Construindo seus ninhos Cantando e cantando estes bichinhos. Eu amo essa fazenda. Para a decorar, Faço paninhos de renda. Eu adoro minha fazenda. A casa é branca de cal E para eu acordar Os passarinhos fazem sinal À minha fazenda.

OH, FAZENDA ADORADA!

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CECI ANTONIA ANDRADE JULIÃO

5A SÉRIE Oh, fazenda querida Tu és minha vida Não me faça chorar Pois irei te. molhar Em um olhar com tristeza Vejo a minha despesa Em pagar com amor Tudo aquilo que era dor. Quando te descrevo em um papel Prefiro olhar para o céu E pensar como não escrever A palavra sofrer. Mas quando penso em te deixar Começo logo a falar Em teu imenso calor E na tua beleza interior.

Infantojuvenil I FB CENTRAL

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MEU MAPA DO SUCESSO BÁRBARA LETÍCIA DE A. COELHO SANTOS

7A SÉRIE

4A SÉRIE

Todos que passarem por lá, Os olhos hão de brilhar. Dizem que seu canto é mágico, Ninguém nunca o viu, Mas de uma coisa tenho certeza: Todos que passam por lá,

VIDA DE SERTANEJO

A vida do sertanejo É uma vida dura, O sertão fica em festejo Quando aparecem estrelas e lua. Sinal que de manhã Tem chuva de montão. O coração do sertanejo Pula de emoção. Seu coração vai a mil, Por causa da sua plantação.

VIDA DE SERTANEJO LÍVIA MARIA MOURÃO BARROSO

Chegará no Nosso Ceará Que é onde estou a te esperar Reverás o Menino Mágico E sua amiga Dora, Doralina Depois de falar com O Jogador de Sinuca Vá ler as suas Cem Crônicas Escolhidas. Literatura impecável Poesia incomparável Agora que está no céu Mande lembranças Ó, minha Rachel!

Siga pelo Caminho de Pedras E verás as Três Marias Não precisarás acender o Lampião Pois o Galo de Ouro estará em tua mão. Quando chegar ao Teatro Verá João Miguel Depois de Tantos Anos

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POEMA SOBRE RACHEL DE QUEIROZ GABRIEL LIMA DE OLIVEIRA

Raquel de Queiroz, Mulher forte e batalhadora, Lutou pelo Ceará, Como uma gladiadora. Ela foi professora e romancista Teatróloga e cronista, E fez o nome do Ceará Ser conhecido em quase todo lugar. Para pessoas de outras regiões, Ela viveu e morreu, Mas para o sertão do Ceará, Ela sempre viverá. Documentou fatos Que ninguém conseguiria, Mulher de fé e esperança Que nunca desistiria. Seu livro O Quinze, Obra de gênio da literatura, Relatou a pior seca do sertão Da qual os nordestinos sempre se lembrarão. Outras obras também merecem destaque Dora, Doralina e Memorial de Maria Moura Tem também As Três Marias, Todas elas trouxeram grande honraria. A seca, a vida dura do sertão E a força do povo cearense Serviram como Fonte de inspiração. Também recebeu Muitos títulos e premiações Teve até o prêmio Luís de Camões. Suas várias obras Foram de muita importância para o Ceará, E delas, Sempre iremos nos lembrar. Primeira mulher a entrar Na Academia Brasileira de Letras, Deu muito orgulho ao Ceará, E em nossos corações ela sempre viverá.

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BRAVA LUTADORA RACHEL DE QUEIROZ SABRINA NORÕES

7A SÉRIE Rachel de Queiroz nasceu, cresceu Na imensa e eterna seca. Lá seus momentos de infância viveu, Mas com a instabilidade decorrente da seca, Para o sudeste desceu. Depois de dois anos, para Fortaleza voltou. Lá, atuou como professora primária E no Jornal do Ceará colaborou, Fazendo poesia e crônica diária. Vários livros lançou Um deles Dôra, Doralina Que muito sucesso desbravou Fazendo papel de lutadora nordestina. Os muitos livros dela retratam nossa terra e nossa gente Trazendo muito orgulho para o povo cearense. Com a sua literatura e sua política feminista, Ela alavancou com muito amor A sabedoria e a briga comunista E hoje sentimos que foi o início que retratou Histórias de mulheres guerreiras que através da Sua inspiração e contribuição ela se destacou.

FB SEIS BOCAS

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VIDA SECA NATÁLIA MATOS BARBOSA

7A SÉRIE

Uma sede desesperadora; Os pés me escaldam a cada passo; Nesta terra seca e infeliz; Nesta vida sem cor. Os lagos cristalinos... A vida ainda viva... Os pássaros cantando... A terra ainda verde... O Sol levou tudo; Até as minhas esperanças; Meus sonhos; E a terra em que nasci. Esta terra sofrida; Levou toda a minha vida; Não fico mais aqui; Porque o que eu quero, é ser feliz.

CAMINHO DA MINHA VIDA MANUELA FRANÇA DE CARVALHO

7A SÉRIE

Editora Jacqueline Costa Soares +Diagramação e Paginação Darwin Marinho +Ilustrações Carlus +O POVO na Educação Carlos Eduardo - carloseduardo@opovo.com.br

UMA FAMÍLIA DO SERTÃO

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GUILHERME DE CASTRO PEIXOTO

7A SÉRIE

6A SÉRIE

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EXPEDIENTE

Cada uma com sua vida. E eu seguindo meu caminho Até encontrar a saída. De volta para casa Posso ter feito alguém sofrer. Arrependo-me Pois não fiz por querer. A realidade Mostra-se tão diferente. Os romances escritos Tão loucamente.

Viver no internato Sem liberdade. O mundo lá fora, Onde está a verdade? Amigas inseparáveis

Uma família Andando pelo chão Escaldante do sertão Com um pequeno pão Para sua alimentação. Eles eram pobres Mas não eram moles Muito trabalhavam E ainda se amavam Lá não tinha mar E também não tinha bar Esse é o pobre sertão do Ceará

FB SOBRALENSE

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UM POUCO DE RACHEL DE QUEIROZ MARIA MYRELLA SALES XIMENES

7A SÉRIE Rachel de Queiroz, quem diria Que uma menina nascida na capital cearense Tão grande pessoa seria E de grande importância para nossa dramaturgia. Ela não foi mulher de uma só profissão Foi jornalista, tradutora, escritora, romancista Começou escrevendo obras modernistas Mas o que gostava era de paixão. Logo escreveu seu primeiro romance E conhecida ficou Mostrou a luta do povo nordestino Com quem sempre se preocupou. Também se interessou pela política social Formou o primeiro núcleo do Partido Comunista Não se preocupava apenas com seu bem pessoal Sempre foi progressista. Logo se tornou escritora consagrada Recebeu prêmios importantes Também já foi presa e acusada Foi uma notícia alarmante. Mas isso logo superou Apoiou a ditadura militar Algumas obras a televisão adaptou Mas,sua carreira acabou Morreu aos noventa e dois anos Deixando obras maravilhosas. Se hoje fosse viva Completaria seus cem anos de vida.

RACHEL DE QUEIROZ

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LARISSA LINHARES ANDRADE

7A SÉRIE 01

Em 1910, Rachel de Queiroz nascia Em Fortaleza passava os seus dias Dona de tanta sabedoria Sempre escrevia Crônicas, romances e poesias... Ainda jovem sua carreira inicia Só não imaginava que o Brasil honraria O seu lema era a cidadania Escrevia com tanta magia Em seu olhar pureza havia No jornal “O Ceará” estreou A sua poesia e crônica lançou Os holofotes ganhou E a atenção de todos chamou Muitos admiradores conquistou Aos 20 anos deu partida Nacionalmente ficou conhecida O Quinze falava do Nordeste e da vida Que a seca era rígida e que faltava comida Eram felizes apesar da vida sofrida. Em 1925, o curso normal terminou Em 1977, na Academia de Letras ingressou Sempre se dedicou e estudou Muitos amigos homens criou Certo frisson nas feministas causou. Depois, por política social se interessou No Bloco Operário Camponês entrou Mas logo o primeiro núcleo formou O Partido Comunista iniciou Foi Raquel de Queiroz quem fundou. Em 1937 foi presa Lá em Fortaleza Por ser comunista, que tristeza! Seus exemplares, suas riquezas Foram queimados com tanta indelicadeza... Tradutora, romancista Escritora, jornalista Dramaturga, Cronista Pelo Brasil sempre foi vista Com tantas conquistas. Quatro de Novembro de 2003 ela morreu Problemas cardíacos sofreu Quase 93 anos completou O Brasil triste ficou Mas sua grande obra perdurou.


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FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010 3

NAEDUCAÇÃO 3º

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RACHEL DE QUEIROZ ANA JOYCE ANDRADE AFONSO

6A SÉRIE Houve uma seca em 1915 E Rachel lançou o livro “O Quinze” A seca com todo o Ceará acabou Por isso ela se mudou E no Rio de Janeiro ficou Até a seca acabar E depois pra sua cidade voltou. Foi romancista, jornalista, Escritora, professora e tradutora. Batalhadora e vencedora, Fugiu da seca, venceu a vida Mesmo quase sem saída Aos 15 anos já trabalhava E sua família ajudava Morreu aos 92 anos E agora está completando 100 anos. Várias obras tinha E amigos possuía Na Academia de Letras Mais amigos homens Do que amigas mulheres Porque ela neles acreditava Mais do que nelas Ela morava em Fortaleza E foi presa Mas fez muito sucesso Com suas novelas Que eram belas Morreu mas suas obras ficaram.

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RACHEL JOAB A.ALEXANDRE

6A SÉRIE A – ENSINO FUNDAMENTAL ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ /INFANTO-JUVENIL I

O nome dela é Rachel Escrevia com alegria Fez um lindo livro Chamado “As Três Marias”. Ela gostava de escrever E estudava pra valer Eu gosto muito de ler Mas não gosto de escrever. Ela teve que estudar E seus estudos terminar Para ganhar dinheiro Ela teve que trabalhar.

O governo não faz nada e Tiram uma vida. O povo padece no solo Rachado do Sertão Restam só ossos E não fazem nem caixão. As pessoas se queixam De tanto calor Mas o governo é Causa de maior pavor.

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8A SÉRIE 01

SECA NORDESTINA CAIO CÉSAR CARNEIRO LEITÃO

9A SÉRIE

Infantojuvenil II FB CENTRAL

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RACHEL DE QUEIROZ BEATRIZ NOGUEIRA GABRIEL

9A SÉRIE Com orgulho irei contar, A história da Rachel do Ceará. Nascida em Fortaleza, Escreveu sobre o sertão e a pobreza. Nasce a filha do juiz Daniel Que Clotilde batizou como Rachel. Nasce a rainha da Literatura, Resgatando nossa cultura. Mudam-se para Belém do Pará, Onde residem por dois anos. Retornando ao Ceará, Moram em Guaramiranga e depois em Quixadá. Aos cinco anos a escritora leu E, obviamente, não entendeu Ubirajara, de José de Alencar. É assim que gosta de frisar. Aos quinze anos de idade Formou-se com simplicidade, Terminou seus estudos E usou a escrita como escudo. Escritora profundamente realista Escreveu artigos para revistas, Expondo a luta secular De um povo que o sol faz castigar. Casa-se com um poeta, Basicamente um mentor. José Oliveira, homem de valor Que com Rachel casa-se por amor. A filha de Rachel Nasceu também em Fortaleza Porém, morreu aos 18 meses Deixando a escritora em plena tristeza. Por vinte e três votos a favor Rachel de Queiroz, nomeada com louvor, A primeira mulher eleita, Na academia brasileira de letras. Rachel trabalhou um mês inteiro Para que fosse publicada no Rio de Janeiro, Sua primeira peça teatral: “Lampião” Que fazia cabra frouxo trancar portão. E a cearense não parou, “O menino mágico” publicou Entrando na literatura juvenil, Que encantou todo o Brasil. Ninguém escapa da morte, Seja qual for a sua sorte. E com Rachel não foi diferente Morre a escritora da gente. Dormindo nossa escritora partiu, Para o santo Reino da Glória Que para sempre estará imortalizada, Em suas obras e nos anais da história.

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A SECA LAÍS CABRAL SÁ

8A SÉRIE

As pessoas morrem de fome E o gado sem comida

A seca no Nordeste De vez em quando é normal, Mas a seca do quinze Não existiu nada igual. Agricultura e pecuária É o que tinham de principal Acabou ficando escassa Por causa do desastre natural. A seca se espalhou E trouxe o que não se esperou Desânimo, fome e sofrimento. Foi o que não faltou naquele momento. O sertanejo não desistiu Enquanto a seca persistiu. Lutou bravamente para ganhar o pão E continuar naquele chão. A seca parcialmente acabou Mas o trabalho do nordestino continuou. Trabalhando com fé e disposição Conseguiu fortalecer seu sertão.

A SECA NO CEARÁ

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VANESSA ANASTÁCIO DE ARAÚJO 9A SÉRIE - ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M.

JOHNSON / INFANTO-JUVENIL II A seca de antigamente Que ocorreu em 1915 Poderá voltar de repente De acordo com a obra “O Quinze”. Pessoas morrendo de fome Perdidamente morrendo de sede Tive dó daquele homem Deitado em sua rede. Pensando na sua vida miserável Começou a chorar E nesse mundo imprestável Como ele poderia sonhar? Sonhar para esse mundo mudar E essa tristeza desaparecer E sua vida melhorar Como poderá viver? Porém, viu a cruz que seu pai fez E resolveu então acabar com o sofrimento Seu sofrimento se desfez E sua morte o levou ao pensamento.

RACHEL DE QUEIROZ

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MARIA JULIANA DA SILVA BARROS

9A SÉRIE – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ / INFANTO-JUVENIL II

MIGUEL NORONHA FILHO

FB SOBRALENSE

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RACHEL DE QUEIROZ

RACHEL DE QUEIROZ

Grande mulher, Grande escritora, Grande exemplo, Foi Rachel. Nacionalmente conhecida, Publicou O Quinze, Dora, Doralina, O Galo de Ouro. É parente de José de Alencar, Será que herdou o dom da literatura? E As Três Marias? Foi com ela que ganhou o Prêmio Felipe d’Oliveira. Memorial de Maria Moura, Foi um dos melhores com certeza. Virou minissérie da Rede Globo, Sendo exibido em quatorze países, Foi um grande sucesso. Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, Ocupou a cadeira cinco. Teve grandes amigos na ABL. Transformou sua “Fazenda Não Me Deixes” Em reserva particular do patrimônio natural. Mas, sendo vítima de problemas cardíacos, Morreu aos 93 anos. 4 de novembro de 2003, Foi o dia de sua morte. Rachel, já não está mais aqui entre nós, Mas, deixou um grande legado para a humanidade; Suas obras.

Que fugiu para não ser encontrada. Os livros de Rachel de Queiroz Têm muitas novidades e mistérios Que só descobre quem tem Muita inteligência e cérebro.

DANIELE DE ARAÚJO PAIXÃO

8A SÉRIE – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ / INFANTO-JUVENIL II Em 1910 nasceu Rachel de Queiroz Em Fortaleza, Ceará. Ainda antes dos 20 anos foi quando publicou “O Quinze” Seu primeiro romance que brilhou no Ceará. Depois Rachel escreveu outro livro, “As Três Marias” Que fala da amizade de três meninas que se amavam. Porém, cada uma segue seu rumo No mistério profundo. Depois de muito famosa Escreveu Memorial de Maria Moura Uma menina abusada e ameaçada

Rachel de Queiroz Nasceu dia 17 de Novembro Em Fortaleza,Ceará Filha de Daniel de Queiroz. Escreveu o livro “O Quinze” Seu primeiro romance. Dez anos depois publicou E todo mundo comprou. Era uma mulher linda E muito fina. Gostava de ler E também de escrever. Era prima de José de Alencar E gostava de viajar Para Belém do Pará E também para Quixadá.

Juvenil FB ALDEOTA ARACI

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FERNANDA MARIA Q. PEREIRA

2A SÉRIE - ENSINO MÉDIO Araci, desde moça foi assim, Responsável, recatada, sonhadora... Todavia seu início de vida foi diferente do fim, Com os pecados dos outros, tornou-se pecadora. Com a mulata, Araci combinou De o primo moleque, dos olhos verdes, criar. Nunca casou e como mãe verdadeira do moleque se acreditou, E de Abelardo, o primo-filho, passou a chamar. Pobre Araci, no barco nunca mais foi descansar. O tempo passou, engordou, o cabelo embranqueceu A avó morreu, o tio solteirão casou. Sozinha, na velha casa da avó ficou, Abelardo cresceu e como engenheiro um dia apareceu E agora, ela, velha, passa o dia na janela a sonhar... Tributo à crônica “O Barco”, de Rachel de Queiroz.

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O QUINZE DE RACHEL LUIZA MENDES

A ARTE DE ESCREVER

Quando existe inspiração Não há nada que possa impedir Ao escritor de usar sua emoção E deixar a mente fluir Quando existe inspiração O espaço e tempo parecem convergir Pois é muito forte a ligação Entre o autor e as palavras a surgir Quando existe inspiração Nosso corpo e alma parecem descobrir Que não existem regras no coração Basta aprender a se permitir Mudar, inventar, usar a imaginação Pois escrever é deixar o mundo se abrir.

FB CENTRAL

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FRANCISCO NICOLAS MARTINS SANTIAGO

2A OLÍMPICA - ENSINO MÉDIO Inspira novembro ares álacres. Da estirpe dos Alencar, Rachel de Queiroz nasce. Fortaleza recebe o rebento áureo. Feminina diretriz de estro raro. A seca devora o Ceará magro. O quinze é cruel, extirpável. Concentra o povo em pouca terra. Comida pouca, sertanejo arado. Quixadá em pó de solo ressecado. Foge o rebento da ferocidade da seca. Quixadá em lágrimas sangrentas. Saudade da menina de Queiroz, Que foge para as terras do Cristo, Redentor que livrará o cearense do sítio. Rita de Queluz retorna à terra. Salve. A Rainha dos Estudantes escreve a lápis, No folhudo pensamento de páginas brancas O neófito fado de sua vida afamada. Moça. Revolução. Chega trinta. PC cearense, Comunista. Escreve em linhas, Sobre o êxodo austero, O Quinze, sua obra prima. Ideais deixados, êxito alcançado. Nasce João Miguel, o desonrado Segue Rachel pelo Caminho de Pedras, Não estagna, Não tropeça. As moças nascem de seu absorto, E escreve em linhas, As Três Marias, Memorial de Maria Moura, Dôra, Doralina. Rachel reluz talento resplandecente. Herdeira do trono de Raimundo Correia, Precursora Feminista eleita, No trono de número cinco, Na Academia Brasileira de Letras. O brio cearense de fadário inopinado, Rachel foi e será o laurear dessa terra. Efusão de nativos inspirados, Transborda de lúmen pelo Brasil, As letras escritas em linhas correctas. Salve a Rachel de Queiroz.

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FOME IGO MORENO

FB MED 3 - ENSINO MÉDIO

ONDE DEVIA SER O RIO STEFANY M.RODRIGUES

2A SÉRIE 01 – ENSINO MÉDIO

O cascalho cai e quica A terra racha, seca Pisadas ecoam O galho não sacode, o galho pede socorro Lá, no lugar onde devia ser o rio O sol brilha e ri A chuva se esconde, bem longe As folhas... que folhas? E o gado grita As pessoas gritam De quê? De fome. Lá, no lugar onde devia ser o rio O poço é oco A torneira não pinga O bebê já não ri, mas chora Chora como queria que o céu chorasse Lá, no lugar onde devia ser o rio Uma bila de criança, já sem criança Rola sozinha Na terra rachada No lugar onde devia ser o rio.

FB SOBRALENSE

GISELE TAHIM DE SOUSA BRASIL OTHON SIDOU

1A SÉRIE - ENSINO MÉDIO

SALVE A RACHEL DE

2º QUEIROZ

3A SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Era quinze. Das cores negras da morte, Eis que surge um norte. Contraditório dizer, Difícil compreender, Que,naquele momento, Um mito iria nascer. Foi aqui no Ceará, Interior de Quixadá, Que a grande escritora Começou a criar. Remontou um cenário cruel, Pôs a seca no papel, Emocionou um mundo Com a realidade fiel. Fez de sua própria vida Uma grande inspiração, Pois foi arrancada à força Dos braços do seu sertão. Do Ceará bonito, Só a lembrança ficou, Deixou tudo pra trás, Só a saudade restou. Aquele mesmo quinze Das tragédias injustas, Dos sonhos perdidos, Que muitas vidas levou, Hoje é obra de arte Que Rachel eternizou.

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Quis a ânsia do intestino Rasgar vísceras adentro Amargurar o destino No derradeiro momento Brincar de fingir a vida Num coro de macilentos Quais semínimas sofridas Distorcem os pensamentos Exclamam, aos céus, torturas Deus de todas as criaturas Cenho de nossas quimeras! Sequer podemos comer Então devemos morrer E alimentar esta terra?

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REALIDADE EM GOTA JAYANA PAULA LOPES

1A SÉRIE 03 – ENSINO MÉDIO

Época isolada Ríspido calor Miséria aflitiva Cenário de sofrimento e dor Luta secular Migrantes partiam emergentes Com anseio de se integrar Numa realidade diferente No drama da pobreza Florava a esperança Em um singelo garoar Trazendo as lembranças Da inocente terra de criança Como pássaros a cantar. O tempo se compõe E na alvorada incandescente A chuva fluindo Ofuscando a visão da pobre gente De gota em gota concluindo A nova realidade que se faz presente.


4 FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010

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NAEDUCAÇÃO 2º

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MULHER BRASILEIRA NATHALYA RIBEIRO MÁXIMO DE ALMEIDA

2A SÉRIE - ENSINO MÉDIO Mulher brasileira, a primeira a ser eleita pela Academia Brasileira. Seja como romancista, seja como cronista, escrevendo por prazer ocasionou o nosso lazer. Em Fortaleza nasceu e na literatura padeceu aos cinco anos a ler aprendeu Em O Quinze, foi então divulgada As Três Marias, por sua vez, admirada e no sertão iniciou suas obras literárias retratando a realidade viva suas obras começaram a ter vida. Dona de qualidades positivas aos 20 anos se revelou e sua rosa desabrochou com suas obras relativas, as mulheres ocuparam posições interativas. O profissionalismo e a seriedade a levou à eternidade nas lembranças da posterioridade Pois eterno é o infinito e o infinito não tem fim.

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OUR RACHEL NATHALYA RIBEIRO MÁXIMO DE ALMEIDA

2A SÉRIE – ENSINO MÉDIO In England or Brazil it evolved as a writer and their works, she concluded: There is nothing more beautiful than Brazil. In the hinterland proved and the Fifteen she published Besides Ubirajara and The Three Marias works much applauded. She was a mother, journalist, novelist and chronicler Made major productions suffered few interruptions. Became a great novelist and the award of the Foundation Aranha won. And it is for me a great admiration by its immense role in the nation Congratulations Rachel de Queiroz for his great achievement. Tradução do texto acima

NOSSA RACHEL Na Inglaterra ou no Brasil como escritora ela evoluiu e com suas obras ela concluiu: Não há nada mais belo que o Brasil. No sertão se revelou e O Quinze ela publicou Além de Ubirajara e As Três Marias obras bastante aplaudidas. Foi mãe, jornalista, romancista e cronista Fez grandes produções sofrendo poucas interrupções. Uma grande romancista se tornou e o prêmio da Fundação Graça Aranha ganhou. E cabe a mim uma grande admiração pelo seu imenso papel na nação Parabéns Rachel de Queiroz por sua grande realização.

ESCOLAS ASSOCIADAS

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UMA ESCRITORA MEMORÁVEL 3A SÉRIE – ENSINO MÉDIO - ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ

SERTÃO lugar

LUÍS GUSTAVO DOS SANTOS LIMA

3A SÉRIE A – ENSINO MÉDIO – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. JOHNSON / JUVENIL

Sertão de gente sofrida Sertão, uma terra que nada vinga

O passarinho pousou e fez um ninho Por entre os galhos traçados dos seus espinhos Relampejou no céu, mandacaru brilhou No ronco do trovão, mandacaru vingou Há tanto tempo olhava aquela cerca Que tinha espinhos farpados que nem os seus O vaqueiro admirou e prosseguiu Pra espantar a dor do espinho que saiu A vaca se espinhou, mandacaru, quem viu A cobra que tentou nele nunca subiu Mandacaru é flor do meu sertão É toda cor do verde no meio do verão

QUE LUZ MULHER GUERREIRA

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ANTÔNIO GLAUDINEY SILVA

2A SÉRIE B – ENSINO MÉDIO - E.E.F.M. GENERAL MURILO BORGES

A linguagem que escuta no ocidente é a língua com que ganho a vida no oriente com a esperança em Deus, vou mais em frente. Centenário de Rachel, tenho grande admiração, gosto das suas obras do fundo do meu coração. A autora muda-se para Belém do Pará, depois de dois anos, retorna ao Ceará, com muitas obras bonitas para mostrar, como o teatro de lampião, que foi considerado o grande vilão.

Adulto O QUINZE

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JOSÉ ARMANDO RODRIGUES REIS - Pai da

aluna Gabriela Poema - 8a Série 04 – Manhã – FB Aldeota – Ensino Fundamental

Raios de sol Atravessavam impiedosos Com toda força e calor Havia rios que secavam E riachos que morriam Levados pela seca que ardia Desejos de chuva no olhar E o céu se abria num clarão Que pintava de vermelho o chão Uma esperança verde Estendia-se no horizonte Invadindo o sonho, que acordava o Retirante do pesadelo real Onde a estrada era pedra e pó Zunindo o vento num açoite Um redemoinho se formava Movido pelo vento seco Como um deserto sem fim Em uma paisagem morta Na vertigem do silêncio Todo desejo é miragem Entre pedras e espinhos No rosto suor e lágrimas As mãos estendidas pro céu Rogando por chuva Implorando por sombra Onde emplacar a dor do homem? Desnorteado, sentindo-se um nada Em busca do sul desconhecido Ganhar ou perder a dignidade Longe de sua cidade Onde uma selva armada se divide Ruas, avenidas, viadutos, becos e o medo Ignorante a tudo ele Acredita na coragem, por isso segue...

VÍTOR DA SILVA PIRES

Rachel de Queiroz Uma escritora que veio a nós Com quase vinte e lança O Quinze Seu primeiro romance. Também foi uma jornalista Além de uma primorosa cronista Fez peças de teatro E literatura infantil com agrado. A primeira escritora Que autora Integrou a Academia Brasileira de Letras Sem se desvincular de outras facetas. Mostrou a grande realidade Da dura vida sertaneja A grande escritora que nasceu em Fortaleza. Há de sempre estar Nos livros, no enredo das histórias Nas letras que escrevera No mundo mágico que fizera. Hei de sempre estar Com aqueles que não deixam seus sonhos para lá Mas lutam em prol deles e nunca deixam de tentar.

Em tuas terras de solos inférteis O desespero e a esperança resplandecem Sertão, de sua flor há uma esperança Que venha a chuva com abundância Se a chuva não vem, pobre sertanejo Fica a chorar e entra em desespero O sertão de um povo Que morreu de fome Sertão de Rachel Que mostrou que mesmo com dificuldades O sertanejo é fiel Em meio à fome incessante e aos prantos De retirantes Rachel escreveu o seu legado Que deixa para a sociedade um caminho Marcado.

QUISERA

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GRACE TAHIM DE SOUSA BRASIL OTHON SIDOU

Mãe da aluna Gisele Tahim de Sousa Brasil Othon Sidou 1a Série 01 – Manhã – FB Aldeota

Quisera eu ter a criatividade De retratar palavras no papel Tão puras e meigas como a mocidade Tão fortes e doces como o mel Quisera eu ter a qualidade De transcrever conselhos marcantes Que conseguissem tocar de verdade E transformar o tudo de antes Quisera eu ter a capacidade De provocar nas pessoas a reflexão Mensagens ditas com simplicidade Pudessem lhe tocar o coração Quisera eu ter a possibilidade De mostrar o universo infinito Das letras dispostas com liberdade Expressando um sentimento bonito Quisera eu ter a felicidade E o encanto do mar profundo Que se descobre com a cumplicidade Do livro com você e o mundo!

MANDACARU

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JOSÉ ARMANDO RODRIGUES REIS

Pai da aluna Gabriele Poema 8a Série 04 – Manhã – FB Aldeota Brotou do chão rebento entre os espinhos Pra estrangular o vento do seu caminho

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MARIA AMÉLIA QUEIROZ

Mãe do aluno João Vitor Sales Machado Maia 9a Série 01 – Manhã – FB Central – Ensino Fundamental

Maria Moura, Maria da Glória, Maria Augusta, Maria José, Maria do Egito, Maria das Dores... Todos nomes de heroínas Personagens de muitas aventuras Marcados por lutas femininas Uma, duas, três marias Uma constelação de estrelas Amizade, leitura, transformação Personalidades femininas, na luta Da mulher pela emancipação. Maria das Dores, Dôra, Doralina Forte, sertaneja, nordestina, Adultério, cumplicidade, fidelidade, No nome não teve Alegria, Mas, teve felicidade no Livro da Companhia Amou a vida, lutou, transformou Brigou, não foi submissa, Rompeu regras, inovou Fez da vida uma aventura, Maria Moura Combateu a sociedade patriarcal e opressora.

CONTOS E CRÔNICAS Juvenil FB ALDEOTA

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A SECA DAS DESVENTURAS ÁTILA MOTA PARAGUASSÚ

1A SÉRIE 01 – ENSINO MÉDIO Lá ia uma menina, maltrapilha, andando, até não se sabe onde, em busca de proteção. A seca chegara mais cedo naquele ano de 1915. Seria aquecimento global? Mas quem sabe o que é isso? Para eles, não importava. Agricultores que nunca quiseram mais que uma boa chuva para fazer seu plantio crescer, decepcionaram-se com tamanha seca naquele ano. Mas o sertão é traiçoeiro... Juntaram um dinheiro imediatamente, mediante a possibilidade de ir para o norte. Possibilidade tornara clareza e, sem data e nem hora, saíram para o Norte, onde o patriarca imaginara haver látex suficiente para saciar sua fome por trabalho, e deixar, mais uma vez, sua família feliz. Coitada da criança. Comera mandioca crua. Todos sabem que mandioca crua é um veneno. Era apenas uma criança... era. Andaram e andaram como se, ao final do horizonte, houvesse uma miragem realística a ponto de hipnotizá-los por tanto desejo. Esse desejo foi fatal. Linda menina a que se afogara no rio. Mas esperem. Havia outra com ela. Um sonho acabado. O sonho de chegar a um lugar onde lindos campos e florestas a esperavam. Agora só restavam pai, mãe e um filho caçula na viagem por um sertão traiçoeiro e uma mata quase virgem. Pareciam desventuras em série. A única filha que sobrara estava agora com pai e mãe adoecidos. Passaram em uma quitanda em uma cidadezinha chamada Pinheiro, já no Maranhão, onde compraram um remédio intitulado veneno. Tão inocente a criança que dera o remédio a seus pais. Infelizmente, era o último remédio que poderiam tomar e, após essa tremenda desventura, a criança ficara só em uma cidade que não conhecia, com pessoas que não a acolheram, nem a alimentaram. Lá ia uma menina, maltrapilha, andando, até não se sabe onde, em busca de proteção.

A MAIS SECA SECA

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RODRIGO DA NÓBREGA DE ALENCAR

2a Série 02 – Ensino Médio

Alguns anos atrás, os habitantes dos sertões nordestinos foram obrigados a enfrentar a maior seca que já havia ocorrido na região. Entre esses, um se destacava pelo fato de ser perseverante, e pelo fato de ele ser um dos únicos que lutaram contra a seca, e não fugiu como vários outros; seu nome era Leomar Flores. Flores era conhecido na cidade por ser um homem trabalhador e apaixonado por sua esposa Margarida. Todos os dias, Leomar colhia os frutos de suas plantações, e com a venda desses somada com a venda do leite de sua amada vaca, de nome Rosa, ele ganhava o necessário para viver feliz ao lado da esposa. Mas um dia, Flores foi plantar e percebeu que o chão estava mais seco. Meses se passaram e a chuva não veio e isso preocupou vários fazendeiros da re-

gião, que começaram a criar caravanas que migravam em direção ao sul. Flores não quis saber dessa história, e no sertão permaneceu na espera da chuva. Mais alguns meses se passaram, e o estoque de alimentos e de água potável já estavam no limite, mas Flores estava determinado a ficar, porém não queria colocar a vida da esposa em risco, e por isso ele a mandou em uma caravana com o seu melhor amigo, Iran Rios, que se comprometeu em cuidar dela e de voltar com o término da seca. Passaram-se três semanas e as plantações morriam sem dar frutos. Com isso, Flores percebeu que não haveria comida suficiente para se sustentar por mais alguns meses, e por isso teve que sacrificar Rosa e usá-la como seu alimento. Agora ele estava completamente sozinho, sem uma renda, vivendo dias apertados e famintos. Um dia, ele já não tinha dinheiro para comprar suas sementes, então ele vendeu parte do seu território e assim conseguiu persistir por alguns anos. Os únicos moradores que restaram na vila eram alguns coronéis e Flores, mas esses não se importavam com a mísera vida do vizinho. A seca durou muito tempo e Leomar Flores não resistiu. Morreu um herói anônimo, cuja esposa nunca retornara para ver seu fim, sendo enterrado somente com a poeira da seca do sertão.

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INFÂNCIA PERDIDA LEONARDO LEAL

2A SÉRIE– ENSINO MÉDIO

Estava andando na rua quando reparei em um menino. Ele era pequeno, tinha feições entre 13 a 15 anos, e estava em meio a latões de lixo remoendo os restos de comida com grande voracidade. Parecia que não via um prato de comida há algum tempo. Fui me aproximando devagar. Parecia que ele estava notando a minha presença, mas, mesmo assim, não correu com medo. A uns dois metros de distância perguntei-lhe qual era o seu nome e onde estavam os seus pais. O menino olhou para mim e respondeu: — Meu nome é Joaquim, mas todos os meus amigos me chamam de Esponja, e meus pais eu não sei onde eles estão. Acho que eles devem estar por aí, pelas ruas, largados como eu. Seus olhos, secos como a brisa, continuavam a observar suas mãos cálidas a catar os restos dos sobejos que matavam sua fome. Parecia que ele não estava gostando, mas deglutia com paciência e saboreava o sabor azedo da vida em suas papilas gustativas. Ao perceber que já não restava mais comida, saiu e se despediu tristemente de mim, e eu, calado e quieto, abalado pela situação do jovem, não fiz nada para ajudá-lo. À noite, quando cheguei em casa e vi minha cama, agradeci a Deus por todas as coisas boas que ele tinha me dado na vida e rezei por aquele jovem, que deveria estar passando por mais uma noite fria em meio a uma cidade imensa como São Paulo. No dia seguinte, assistindo ao jornal, apareceu Joaquim sendo preso e lixado por um grupo de moradores de um bairro da zona norte de São Paulo, próximo de onde o tinha visto pela última vez. Isso me abalara muito na hora, pois eu deveria ter feito alguma coisa para ajudar aquele pobre rapaz.

FB CENTRAL

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O LADO DE FORA DE JOÃO MIGUEL EDUARDO MULATO DO VALE

3A SÉRIE OLÍMPICA 02 – ENSINO MÉDIO Vejo João Miguel a sofrer. Sofrimentos que trazem à tona o conflito interno por que ele passa. Monólogos, com certeza, são constantes. Apresenta um olhar intrigante, meio sofrido, meio misterioso. Não é um mistério comum, é como se fosse o infinito dentro de outro infinito. Sou apenas o carcereiro do presídio onde João está. Paro alguns minutos e fico a visualizar seus conflitos. O que será que está passando pela sua cabeça agora? Será que pensa o quanto é injusta a justiça, que funciona bem para os ricos e de maneira eficiente e, quem sabe, tardia para os pobres? João Miguel ainda tem sorte de receber visitas de vez em quando. Há outros que foram esquecidos até por Deus. Esses, com certeza, estão arruinados. Injustiça dentro da justiça. É contraditório, mas é a realidade, nada de surrealismo nessa prisão. Continuo a ver João. Apresenta-se inquieto, inquestionável, sorrateiro. Deslizase entre a loucura e a consciência. Infeliz. Preconceitos serão obtidos no fim de tudo, no fim de sua vida medíocre. Esse é um mal abstrato de um mundo concreto, onde os presidiários, com João Miguel, tendem a lutar contra a sociedade, que se baseia em um senso comum medíocre, e contra uma psicose oculta. Fico a esperar o quanto ele aguentará neste local. Junto à espera, há sempre uma resposta, às vezes não aceita por nós, mas correta. Quem me dera poder dar condições melhores a presos como João, que vivem entre paredes mofadas, de celas lotadas, com descasos políticos e sociais. Quem me dera que esse mundo se tornasse humano, e não racista. João acaba de reparar a minha presença ao seu lado. É melhor sair devagarzinho antes que o doutor Delegado me pegue fora do serviço. Com um olhar, dou meu “Até mais, grande João Miguel”.


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FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010 5

NAEDUCAÇÃO LUIZA E SUA IMAGEM

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FRANCISCO NICOLAS MARTINS SANTIAGO

2A SÉRIE OLÍMPICA - ENSINO MÉDIO Luiza olhava seu reflexo dentro das margens de uma poça escura. O turvo semblante opaco destilava sua beleza nas águas do chão. Era manhã e ainda restava em seus olhos a preguiça de enxergar, mas sua mente se agitava cada vez mais, analisando a beleza que possuía no reflexo de um fluido infausto, porém nunca indigno de sua contemplação. Luiza se aventurou a tocar a tênue linha que separava a superfície da densidade daquela água, provocando ondas que vinham apagar o seu cenho, como descrentes apagam de suas mentes as imagens de seus ídolos. Luiza não queria acreditar, não tinha um porquê. Olhava para sua imagem, a imagem olhava para o seu objeto, nos seus olhos a luz, nos olhos dela o desafeto. Eram cônjuges ensandecidos, sem ideias novas; eram reflexos envelhecidos de uma mente duvidosa. Luiza, era doce, mas sua imagem evaporava um eflúvio amargo. Ela estava com sono, mas sua imagem estava morta. Ela subia próxima aos céus e se erguia sobre a Terra. Sua imagem estava próxima de outro mundo, muito mais infeliz, e estava na lama. Luiza era forte e tinha se feito mulher. Nos seus olhos não restava mais o sono, restavam-lhe as rugas; e nos olhos de sua imagem, restavam as lágrimas. Luiza bateu com a mão na poça, ergueuse digna e desfilou a caminho de casa. Ela era mulher, independente e cheia de vontade, mas ainda sofria as dores de quando lhe faltava um pouco de coragem. Sua imagem era o passado, tudo o que havia sofrido e que se mantinha preso no reflexo de quem ela era. Luiza era a luz e a sua imagem o passado que ela nunca esquecera, mas Luiza era mulher e não lhe faltava força.

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SECA: UM APRENDIZADO AOS SERES HUMANOS FERNANDA S.BRASILEIRO

1A SÉRIE – ENSINO MÉDIO O sol quente já ia aumentando, os ventos quase imperceptíveis iam aparecendo e aquela seca continuando a persistir. Era em 1915, quando alucinantes desesperos começaram a se desenvolver. As simples casas de campo, mananciais regredindo e opulências eram inexistentes. No meio disso, eu ainda existia com minha inefável compreensão de aguentar e continuar aquela batalha intensa e duradoura. Pessoas sofrendo, crianças desamparadas, homens morrendo, mulheres ofegantes, e a sociedade desencadeando as torturas inesquecíveis. Eu, incomparavelmente, sofri uma dor irreparável, a dor do mundo cruel, do impacto social e da irreverente desigualdade humana. Essa estiagem foi um fenômeno não apenas climático, mas social também. Sertanejos como eu não aguentávamos tanta tortura, tanta rebelião. A displicência nos tornava nômades inquietos, atrás de uma vida digna e inexorável. Quando olhei vegetação e os animais, percebi que estavam acabados. A seca era muito forte. Mesmo eu trabalhando incessantemente para mantê-los vivos, a maioria não aguentava. Precisávamos compreender que esse fato já estava desencadeantemente irreversível. Agora, tínhamos que esperar a seca terminar e reconstituir a nossa vida. Então, a guerra efêmera foi terminando. Os sertanejos puderam voltar aos seus espaços, a população começava uma vida nova. Eu tentava compreender esse castigo e hoje me conformo, porque acredito que assim possamos ter a imprescindível consciência de que devemos preservar, amar e respeitar o outro, pois o mundo é de todos nós.

FB SOBRALENSE

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RACHEL DE TODOS OS TEMPOS JÊMINA CÂNDIDO

3A SÉRIE 02 – ENSINO MÉDIO Ninguém acreditaria que uma modesta moradora do sertão cearense, de tradicional família, pudesse ganhar o mundo em sua plena juventude. Aos 20 anos de idade, entendeu-se por que isso aconteceu. Ela se mostrava madura, interessada e desde cedo foi orientada por seus pais a querer saber como as palavras certas davam origem a tantos textos esplendorosos. Quem foi essa mulher que como ninguém desejou tanta riqueza intelectual, sem nem mesmo saber se era possível? Rachel de Queiroz. Ela contemplou-se com os livros e desenvolveu a vontade de fazer parte das histórias que fascinavam os amantes da literatura. Ao residir em outros estados, aquela mulher viu a oportunidade de expandir seu conhecimento, mas independentemente de onde estivesse, seu objetivo era acumular cultura, que entrava na sua mente, passava por seu coração, ia para sua mão e só então transpassava por meio da caneta e ela iniciava seus rascunhos. A mesma mão que folheava outros livros escreve agora suas próprias obras, pois em 1930 Rachel publicou seu primeiro romance, intitulado “O Quinze”. A questão não era escrever, ela levou a temática social por meio de seu texto e, com o sucesso de sua obra, o belo sonho que tanto almejou havia se tornado realidade. Tinha pela leitura e pela escrita um amor comparado ao de uma mãe por seu filho, não permitindo que as dificuldades destruíssem esse vínculo que construiu com os livros. Infelizmente, o tempo não foi compreensivo com esse amor e aos 93 anos Rachel se foi, mas deixou seus livros como meio de refúgio para aqueles que buscam em suas obras inspiração literária; esse é ainda um modo de eternizar suas palavras. Rachel construiu um jardim, nele foram plan-

tados diversos tipos de preciosas rosas, tais como: romances, crônicas, literaturas, peças teatrais e outras diversas obras. A criadora desse jardim regou e esperou crescer com total paciência e dedicação, e deixou de presente a oportunidade para que outros, com implacável paixão por livros assim como ela, pudessem colher o melhor de seu trabalho.

todos nós brasileiros. Que bom seria se estes aprendessem a amar como os poetas, então seríamos a nação perfeita porque teríamos quem cuidasse das nossas causas, independentemente da nossa condição social. E assim, todos exercendo sua sensibilidade, possibilitaria uma vida mais digna para todos, principalmente para os que vivem sofrendo com secas e maus tratos sociais.

Adulto NOITE COR-DE-ROSA

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MARIA GLÁUCIA DA SILVA (MELISSA GOUVEIA) – Mãe

do aluno Marcelo Yan Tavares 4a Série 04 – Ensino Fundamental

Sexta -feira, término de expediente, barzinho lotado. Música, risos e animação fazem parte daquele cenário comum. Mas algo me chama atenção. Elas estão por toda parte. Elegantes, sorridentes e perfumadas, embelezam a paisagem noturna. São Mulheres. Observo atentamente cada detalhe e um pensamento invade minha mente. Quem seriam? Que histórias de vida trariam? Seriam casadas ou solteiras? Teriam filhos? Seriam estudantes ou trabalhariam? Ou seriam tudo isso? Fica difícil de imaginar que após uma semana de rotina ainda estão com toda aquela energia. Ensinar filhos, levar ao médico, frequentar salão de beleza, pagar contas, fazer feiras, ir à igreja, frequentar academia, cuidar do marido, orientar empregada, estudar, trabalhar, se divertir. E lá estão elas, descontraídas, discutindo o campeonato brasileiro, suas paixões, a cor da moda, educação dos filhos, os candidatos favoritos, a decepção da semana, o edital do concurso, o emprego dos sonhos, a notícia da semana ... Mulheres encantadoras, independentes, dominadoras. Suas atitudes demonstram firmeza. Não se intimidam com o futuro, buscam a felicidade do seu jeito. Alma misteriosa essa de mulher. Que se fortalece diante das dificuldades, se renova a cada amanhecer. Cria, encontra alternativas jamais imagináveis. Administradoras do seu tempo, amam, sofrem, sonham e lutam com tudo o que têm direito, afinal elas podem, são mulheres.

UM EXEMPLO DE MULHER

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SANDRA LÚCIA RAMOS SOARES Mãe da aluna Denise

Ramos Soares - 2a Série 04 – Tarde – FB Aldeota – Ensino Médio

Rachel de Queiroz é exemplo para todas as mulheres brasileiras contemporâneas: luta pelos seus direitos, mas não se esquece de ser doce e gentil; daí suas personagens femininas buscarem, a todo preço, liberdade e igualdade social. Herdeira, pelo lado materno, de um clã oriundo de dona Bárbara de Alencar, Rachel de Queiroz nasce e cresce em uma época inquietante: a Primeira Grande Guerra, a seca de 1915, o centenário da Independência do Brasil, a Semana de Arte Moderna, a crise de 1929 e a conquista do voto feminino. Em sua formação intelectual, ela leu autores franceses, portugueses e brasileiros que denunciavam, por meio de suas personagens, a situação da mulher nas sociedades mais diversas, como sendo apenas puro objeto de prazer ou de decoração. Situações como a da Dama das Camélias e a de Luísa, de O Primo Basílio, ressoavam fundo em sua alma. Fora da ficção, ela via a mulher nordestina, escrava de um determinante geográfico: a seca. Rachel, entretanto, analisava a sertaneja em sua labuta diária, muitas vezes como chefe de família, uma criatura forjada em suor e lágrimas, e a proclamou vitoriosa. A mulher cearense, por ela retratada, é um misto da realidade social, visto que encontramos muitas Dôras, Conceições e Marias Moura em nosso meio, e de si mesma: dos seus anseios, suas batalhas individuais, suas decepções e suas conquistas. Rachel de Queiroz é um exemplo: é forte e doce, é libertadora sem ser libertina, é amante da vida, por isso traz sempre um sorriso nos lábios, uma mensagem doce e gentil para a sociedade após sua partida.

QUE BOM...

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ARMIDA FAÇANHA – Mãe dos alunos: João Mateus Araújo Façanha, Silas Araújo Façanha, Davi Araújo Façanha

Que bom ser escritor, carregar consigo a capacidade de ser vários personagens, mais do que isso, senti-los, vivê-los e dar oportunidade a outras pessoas de conhecê-los através da leitura, porque eles os descreveram com perfeição e autenticidade. Rachel de Queiroz, menina do interior cearense, criada com simplicidade e longe, muito longe do ciclo literário de sua época, até mesmo porque mulher escritora e com estas ideias de cunho político-social não era muito comum no seu meio. Porém, nada disso a impediu de transparecer sua sensibilidade à vida rural descrita em O Quinze. Conseguiu fortemente descrever todo o sofrimento de um povo retirante, assolado pela seca, fome, falta de perspectivas e abandono total dos políticos, dos conterrâneos e, talvez, ao ver deles, até mesmo por Deus. Que bom seria se neste centenário da primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras os políticos ganhassem um pouco de sua sensibilidade. Conseguissem entender dos interesses, das necessidades, dos sofrimentos de

A PEQUENA RACHEL E O HOMEM QUE PAROU DE SORRIR ALCIDES BANDEIRA DE OLIVEIRA – Pai das alunas:

Maria Beatriz Taumaturgo Moreira, Ana Lourdes Taumaturgo Moreira Numa tarde chuvosa de 1920, a pequena Rachel, 10 anos, ouvia atentamente, no alpendre da fazenda “Não Me Deixes”, da sua tia Conceição, no sertão de Quixadá, a história de um homem que parou de sorrir num dia de Natal. Sonhadora, viajava, vendo a tia professora contar que tudo acontecera num dia chuvoso como aquele, num dezembro de um ano que o Ceará vivera terrível seca: a do “quinze”. Conceição lembrava que nessa época, após tanta estiagem, chovia intensamente na casa do vaqueiro Chico Bento, um homem sofrido, vermelho e queimado de sol, mas alegre, tanto que sempre confortava os agonizados. O sertanejo, já perto dos setenta, a tudo observava deitado à rede, em silêncio, aguardando a camioneta chegar para levá-lo à cidade vizinha. Naquela madrugada parara de sorrir e pedia a Jesus para dar-lhe forças para reencontrar o corpo do seu querido caçula Josias, assassinado a bala, covardemente, aos trinta e três anos, numa disputa por gado. Às seis da manhã, ouviu a buzina da hodierna camioneta do compadre Vicente das Marrecas. Tomou um rápido gole de café amargo, abraçou familiares, chorou e partiu, passando antes na funerária para apanhar um caixão. O carro iniciou a jornada. Antes, parou para um homem subir. Como a cabine estava lotada, este foi em cima, junto ao caixão. Para proteger-se da forte chuva, abriu o caixão e deitou-se em seu interior. Nova parada e mais quatro estudantes pediram carona e subiram. À medida em que as horas se passavam e a chuva aumentava, mais impaciente o sofrido Chico Bento ficava. Queria logo chegar à cidade vizinha e abraçar o corpo do seu caçula, dar-lhe um beijo. Seu coração doía; não tinha mais sentido viver. Escapara da seca de 1915 fugindo para Acarape, mas será que conseguiria viver sem o filho querido, que sempre dizia: “Pai, não me deixes!” Um grande barulho e todos se abaixaram, assustados, pensando que fosse um tiro. Vicente das Marrecas gritou: — Calma gente! Foi apenas um pneu. Nesse momento, o homem que ia dentro do caixão também se assustou e abriu a tampa rapidamente, fazendo com que os estudantes saltassem da carroceria com medo e caíssem em cima de uns arbustos espinhentos e ficassem enlameados. Foram motivos de risos. Aliviados, ajudaram o guiador a trocar o pneu. Chico Bento recostouse ao banco da camioneta e voltou a chorar. Ao chegar à cidade, não teve coragem de ver o corpo do filho e pediu ao guiador para parar o carro. Entrou num bar, bebeu. Saiu e foi ao mercado, onde comprou um revólver. Num gesto tresloucado, talvez de fraqueza e desespero, o vaqueiro deu um tiro na cabeça. Seu amigo Vicente das Marrecas correu a socorrê-lo; chegou tarde. Eram seis horas da noite, dia de Natal. A chuva parara. Pela primeira vez a família de Chico Bento passaria um Natal diferente, sem a sua presença e a do querido filho caçula. Teriam uma ceia acerba. Rachel, em lágrimas, disse à tia com um olhar superior: — Jamais esquecerei dessa história de conflito e sofrimento do sertão cearense, que fez um bom homem parar de sorrir. Eternamente.

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O PERFIL DE RACHEL DE QUEIROZ MARIA EDINETE TOMÁS – Avó de aluno

Muitas são as possibilidades de parâmetro para se discutir o perfil de uma pessoa, um deles, suas atitudes. Falar do perfil de Rachel de Queiroz é considerar também as atitudes da autora no seu fazer literário. A literatura se apoia em dados da realidade para existir e Rachel deixa marcas indeléveis de sua realidade histórica e de sua personalidade forte em todas as suas obras. Tendo Rachel nascido em novembro de 1910, suas obras literárias, em geral, refletem a sociedade brasileira do século XX, marcada pela sobrevivência do predomínio masculino e pela luta feminina em busca de seus direitos de igualdade. Tal realidade se apresenta já no primeiro romance da autora, no qual há um grupo de mulheres sujeitas às ordens masculinas – Cardulina, Mãe Inácia, as irmãs de Vicente – e, contrapondo-se a esse dado cultural, surge Conceição, cuja personalidade foi moldada por uma cultura de vanguarda, mais intelectualizada e melhor preparada politicamente. Em “Dôra, Doralina”, e em “Memorial de Maria Moura”, à semelhança de “O Quinze”, recém-referido, percebe-se uma crescente conquista de espaço político-social pela figura feminina, fato que coincide com o que ocorre na sociedade brasileira, cujo exemplo maior é a família de Rachel de Queiroz, que a estimula a desenvolver uma personalidade autônoma. O perfil de Rachel de Queiroz, que se reflete em sua obra literária e em suas demais atitudes públicas, moldara-se a partir dos ideais de liberdade advindos com o pós-guerra que marcou o século XX.

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MULHER, SÍMBOLO DE AMOR E FORÇA MARIA DO SOCORRO FIRMO – Mãe da aluna: Ganda-

ra Blenda Firmo - 1ª série – manhã – Ensino Médio Sempre quando vamos falar da mulher, temos a sensação de que é um ser frágil, calada, impotente, mas isso está mudando. Hoje vivemos uma transformação radical em seu comportamento, em suas ações e desejos. Temos exemplos de mulheres que fizeram mudar sua história, como: Rachel de Queiroz, grande escritora, que foi a primeira mulher a ocupar a cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Letras. Isso nos dá orgulho e nos impulsiona para conseguirmos nossos sonhos e objetivos. E sempre ter a certeza de que somente chega quem caminha e por mais que haja pedras no caminho das mulheres, elas continuam firmes em busca dos seus ideais. Apesar de todos esses avanços, a mulher ainda sofre muita discriminação, rejeição e até violência, pois os homens estão sentindo que cada vez mais perdem espaço e autonomia. Mas a cada década, a mulher vem tendo um papel muito importante na sociedade, dando sua contribuição no esporte, na saúde, na educação, na política (talvez teremos, em breve, a 1ª mulher presidente do Brasil) e em várias categorias. Com certeza, a mulher é um avanço na sociedade.

REDAÇÕES Infantil I FB ALDEOTA

A LIBERDADE DOS PÁSSAROS

UMA CARTA PARA RACHEL

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RADOIKA LOPES PARENTE FERRARI Mãe

2A SÉRIE 01 - ENSINO FUNDAMENTAL

DA ALUNA: ROMY PARENTE FERRARI - 1A SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL

Rachel, Que saudades de você! Estou aqui à sua espera, com a rede armada na varanda e aquele bolo que você adora. Amiga, você viaja pelo mundo, já viveu em várias cidades, mas sei que muitas vezes os seus pensamentos vêm me ver, quando você sente um ventinho no rosto, daqueles bem parecidos com os dos fins de tarde no sertão. Querida Rachel, você me fez ser conhecida nas suas andanças e muitos até copiaram meu nome: “Não me deixes”, a fazenda de Rachel de Queiroz. Sabe, sou mais que uma fazenda, sou sua companheira. Quando nos encontramos, você me trouxe as histórias de lugares distantes e eu lhe dei o aconchego da casa simples no sertão do Ceará. Certo dia, em um dos meus momentos de saudades suas e em meio a devaneios pensei: “Bem que a Rachel poderia ser uma árvore. Seu tronco forte, herança de uma vida cheia de experiências; seus galhos voltados para o céu com seu azul infinito, a fim de ver tudo o que o mundo possa lhe oferecer; seus frutos, os livros que você escreve e que alimentam a alma e o coração de tantos; e finalmente suas raízes, bem fincadas no meu chão, que é sua base forte, sua família e seu alicerce (e seu lugar preferido também!)”. Daí, Rachel, ficaríamos as duas, tomando um cafezinho no meio da tarde, com aquela nossa conversa fiada sempre tão gostosa, esperando o anoitecer cor-de-rosa e laranja do sertão. Quem sabe um dia, não é, amiga!? Até breve! Não me deixes.

CAIO BARRETO M. FERNANDES

Em uma bela e linda tarde, um moço muito mau prendeu dois lindos pássaros, mas eu peguei e tirei da jaula. Quando eu peguei os pássaros, saí correndo muito rápido. Eu andei, andei, andei que cheguei em uma maravilhosa fazenda. Quando eu cheguei, vocês não vão acreditar, era Rachel de Queiroz! Eu disse: — Ai meu Deus, é Rachel de Queiroz. Ela disse: — Quem é você? Eu disse: — O seu melhor fã. Ei, você pode me ajudar a soltar esses pássaros? Ela disse: — Claro! E aí a gente alimentou os pássaros.

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PÁSSAROS FELIZES DHIOGO TABORDA TEIXEIRA

2A SÉRIE 01 – ENSINO FUNDAMENTAL Um dia eu e Rachel de Queiroz encontramos um velho malvado, Seu Flincstem, que estava prendendo pássaros em gaiolas. Eu e Rachel de Queiroz libertamos os pássaros. Em uma fazenda, dois pássaros foram brincar com a gente e eu considerei como um pedido de “obrigado”. Eles brincaram muito, comeram frutas e deram piruetas. Os mais tímidos ficaram comigo livres na minha casa. Eu achei que eles estavam felizes e fui embora.


6 FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010

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NAEDUCAÇÃO VOLTA AO MUNDO

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ANA BEATRIZ AZEVEDO PONTES

3A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Dois pintinhos amigos, Cafute, o mais pobre, e Pena-de-Prata, o mais rico, sonhavam sair pelo mundo procurando aventuras. Andando em passos lentos, logo saíram da fazendinha em que viviam e chegaram à cidade. Mais e mais pessoas se aproximavam, faziam barulho, e cof, cof! Quanta poeira! Aquela cidade não era para eles. Caminharam até outra cidade; nessa quase foram atropelados! Essa também não foi legal. Numa cidade cheia de cachoeira, Pena-dePrata sentiu saudades de casa. Cafute foi obrigado a concordar: – Nossa casa é o melhor lugar para ficar!

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A EXTINÇÃO DOS PÁSSAROS PEDRO VITOR FROTA O. NOGUEIRA

3A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Os pássaros estão sendo perseguidos por seres humanos. Os pássaros estão acabando e é muito difícil de encontrar na Floresta Amazônica. Os humanos usam os pássaros como bichinhos de estimação. Espécies de animais estão desaparecendo como os periquitos, tucanos, corvos e gaviões, são espécies que estão em extinção. Seu dever é cuidar dos pássaros para que não desapareçam. Salve os pássaros! Todas as espécies estão contando com você! Para resgatar os pássaros, se você tiver um, solte-o para ficar livre!

Deixes”, onde vivia uma mulher chamada Rachel de Queiroz. Um belo dia, Rachel tinha que soltar todos os pássaros, mas para isso precisava de ajuda. Então, quando ela menos esperou apareceu uma menina. Rachel perguntou para a menina qual era o seu nome e ela disse que o nome dela era Vyrna. Depois Rachel perguntou se ela poderia ajudá-la a soltar os pássaros e levar para o Ibama e ela disse que sim. Então elas foram soltar os pássaros e assim todos os pássaros foram com elas duas até o Ibama e viveram felizes para sempre.

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VIDA NO AR PEDRO HENRIQUE MOREIRA VASCONCELOS

3A SÉRIE 03 – ENSINO FUNDAMENTAL Um belo dia, pássaros pra todo lado foram levados para o Ibama. O Ibama levou mais de 800 pássaros. Mas uma bela menina chamada Rachel de Queiroz ajudou os pássaros a serem recuperados das grades, e levou-os para suas teias em árvores. A menina adotou um pássaro e cuidou dele como um filho. Todos os dias o pássaro ia lá na casa da menina. A menina até dava comida para os pássaros e às vezes o pássaro dormia lá com ela, mas no quintal. Assim ele se acostumou para sempre. Mas sua mãe não sabia disso, quando soube ligou para o Ibama, mas Rachel de Queiroz não permitiu, pois sua mãe falou: — Minha filha, não podemos cuidar dele. Que pena, já era tarde demais, o Ibama chegou e ele perguntou: — Cadê o pássaro? E a menina correu e disse: — Não é o que o senhor está pensando, ele vive solto. Eu não o impeço de nada, ele só vem de vez em quando. Assim o Ibama se desculpou e foi embora muito envergonhado, também se desculpou e assim a menina viveu feliz. O que aprendeu? Aprendi que nunca prenda quem ama! Você gostaria de viver preso pelo seu grande amor? Quem ama não prende o amor!

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OS PÁSSAROS INGRID MARINA M. CAVALCANTE

2A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Os pássaros precisam viver soltos, não em gaiolas, os pássaros foram criados para viverem soltos. Em gaiolas os pássaros se sentem sozinhos, sem poder sentir o mundo. Os humanos prendem os pássaros porque os pássaros conseguem voar. As pessoas não conseguem voar como os pássaros, sentir o vento batendo nos rostos e vendo a paisagem lá em baixo, vendo as árvores, os rios, os peixes, as onças, as vacas, os macacos, os elefantes e os golfinhos.

MARIANA JALAS MOURA

Era uma vez, dois pintinhos melhores amigos chamados Cafute e Pena-de-Prata. O Cafute era pobre e sabia se cuidar, o Penade-Prata era rico e precisava da ajuda de todos. Um dia eles foram passear pela floresta e de repente veio um jacaré gigante pelo rio. Ele estava com muita fome, o jacaré tinha a boca enorme, e dentes afiados. A cor dele era verde-escuro. Ele devorou os amigos, o Cafute e Pena-de-Prata, o desespero foi muito, eles estavam no escuro e Pena-de-Prata ficou gritando, aí Cafute se lembrou que tinha um antisséptico para o jacaré. O Pena-de-Prata ficou surpreso quando soube dessa novidade, aí quando Cafute veio já tinha acabado o antisséptico. O Pena-de-Prata ficou muito triste, aí Cafute se lembrou que tinha um fósforo, aí Cafute viu que já acabou os fósforos, aí Cafute se lembrou que quando eles viajam, eles sempre levam comida, bebida e tudo que precisam. Depois de 2 dias veio um caçador e levou o jacaré para o hospital, aí o médico tirou os pintos, aí os pintos foram para casa, e aprenderam uma lição: quando for preciso, chame ajuda.

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A COISA BOA E RUIM NICOLE SABINO

3A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Nina era uma pessoa muito legal e, no final de semana, foi para a casa de sua avó. Lá, Nina brincou, ajudou a avó a fazer o almoço, dormiu e deu comida aos animais. Ela falou para o pai quando estava no cercado: — Papai, vou ver como está o vovô e a vovó, tá? Ele respondeu: — Está filha, pode ir. Quando Nina estava chegando, entrou no quarto de seu avô e quando chegou, viu seu avô sem respirar e sua avó chorando. Perguntou Nina: — Vovó, o que aconteceu? Vovó respondeu: — Nina, seu avô morreu! Nesse momento, Nina começou a chorar, chamou seu pai e falou: — Papai, vovô morreu! Vou dormir para me acalmar! Quando Nina foi dormir sonhou que Deus estava falando com ela: — Nina, seu avô está aqui comigo, ele não está aí porque ele iria sofrer muito. Tchau. E Talita aprendeu que todos têm que morrer.

PRAZER DE SER AVÔ 3º OSHANTAL DE S. FARIAS

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3A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Ser avô é dividir o seu amor com os seus netos, pois ser avô é um sonho para todos os pais. Quando o primeiro neto nasce é uma felicidade grande, a segunda neta é a explosão de alegria e a terceira a felicidade é maior ainda. Um dia uma menina foi para a casa de seus avós. Ela viu um baú que ela nunca tinha visto na vida, ela procurou até que achou. Ela rodou a chave e viu os brinquedos mais bonitos de sua vida e foi brincar com os brinquedos como: barco, carrinho etc. Gostou muito e quando sua mãe chegou para buscá-la, ela colocou os brinquedos na sacola e pediu para seus avós. Eles deixaram ela levar os brinquedos, levou os brinquedos para o colégio e a professora achou muito legal e seus amigos brincaram muito e agradeceram a ela e acharam muito importante.

Infantil II FB JÚNIOR ALDEOTA

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MEU AVÔ E AVÓ SÃO ÓTIMOS LEONARDO CAMARA COELHO PICCININI

1A SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL Eu adoro meus avós. Na casa do vovô,tem muita alegria, e da vovó também. Eles são ótimos. Minha avó ainda faz meu jantar. E meu avô ainda me leva para o cinema. Meu avô ainda joga futebol comigo no quintal dele. Minha avó ainda me leva para o parquinho do meu condomínio, adoro eles. Minha avó não gosta de cachorro, mas ela está pensando em deixar eu ter um. Eles são ótimos. Eu adoro eles. Meu avô e avó são muito legais. Eles fazem tudo o que eu peço. Minha avó me adora, meu avô também. Meu avô ainda deixa eu ir para casa dele, toda semana às segundas e quintas.

OS PÁSSAROS

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VYRNA MOURA . CAVALCANTE

3A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Era uma vez uma fazenda chamada “Não Me

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FAZENDA... MELISSA CAMPELO AMORA FONTENELLE

4A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Eu fui visitar a fazenda “Não me deixes” onde mora a escritora Rachel de Queiroz. Indo para lá, o carro sacolejava na estrada esburacada. Quando cheguei, fui logo batendo na porta. A fazenda era linda, as janelas, portas e portões eram azuis, cor do céu, e a natureza ao redor melhorava um pouco o clima do lugar, nem parecia que era local de seca. Depois de poder admirar tudo, a porta se abriu, vindo de lá de dentro Rachel de Queiroz. Rachel me chamou para dentro, sentamos no sofá, daí ela me perguntou: — Que tipo de livros você gosta de ler, querida? — Bem, gosto de ler vários tipos de livros! Eu respondi. Ela me puxou pelo braço e me mostrou suas estantes de livros Iotados de contos, de romances, tragédias e aventuras. Abriu uma das estantes e

VIAGEM A “NÃO ME DEIXES” MARINA FERNANDES BARBOSA

5A SÉRIE – MANHÃ – ENSINO FUNDAMENTAL

CAFUTE E PENA-DE-PRATA 2A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

dela tirou um livro de capa verde, com aparência de velha, muito empoeirado. Ela disse que esse se chamava “O Quinze”, um livro que ela tinha escrito. Rachel afirmou que a fazenda tem esse nome porque ela não pretende deixar a fazenda. Eu ri, daí ela também deu um riso discreto. Eu adorei quando ela resolveu ler um pequeno trecho do seu livro “O Quinze”. Depois disso, tive de me despedir, pois já estava anoitecendo. Ela beijou minha cabeça, em seguida fechou a porta.

Um dia, pensei em visitar a Rachel de Queiroz em “Não me deixes”. Então, pedi a meu pai, que me levasse até lá. Demoramos algumas horas para chegar a Quixadá. No caminho, vimos muitas coisas e a vegetação da caatinga. Enquanto olhávamos pela janela, escutávamos música pelo som do carro. Depois de algumas horas, chegamos em “Não me deixes”. Eu e meu pai ficamos impressionados de como havia natureza rodeando a fazenda. A casa estava cheia de mandacarus em sua volta, com seus frutos vermelhos. A casa também é toda branca. Deu para perceber que é um lugar muito sossegado, com os pássaros cantando e com várias plantas por perto. As portas eram azuis, as janelas e o portão também. Batemos na porta e Rachel veio abrir, nós nos apresentamos e ela nos convidou para entrar. Depois de conhecermos a casa, nós começamos a conversar. Como eu e meu pai gostamos de livros, a conversa ficou bem aprumada. Ela nos disse como ela gostava e escrevia livros, nós trocamos ideias e indicamos livros uns aos outros, também conversamos sobre artistas e sobre escritores, foi uma conversa muito boa. Ela também nos disse por que a fazenda tinha aquele nome: é porque ela gostava muito da fazenda, é inseparável. Aquela visita foi muito boa, o que mais gostei foi da conversa. Ela nos ofereceu um lanche delicioso e saudável. Até que chegou a hora de ir pra casa. Nós nos despedimos e agradecemos pelo lanche. Elogiamos ela pelo seu conhecimento, nos despedimos mais uma vez e fomos pra casa. Contamos a nossa família que ela é uma boa pessoa.

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UMA INSPIRAÇÃO: RACHEL DE QUEIROZ BIANCA BRASIL ACCIOLY DE PAULA

5A SÉRIE 03 – ENSINO FUNDAMENTAL Rachel de Queiroz nasceu no interior do Ceará, onde morava numa fazenda, em Quixadá. Rachel foi uma grande inspiração, foi a primeira mulher a entrar na Academia de Letras do Brasil. Foi também uma mulher extraordinária, uma pessoa em quem eu poderia me espelhar. Rachel de Queiroz escreveu várias poesias, livros e crônicas que retrataram o que ela passou no interior nordestino, e um dos livros que ela escreveu foi: O Quinze. A história retrata a seca de 1915, considerada a pior seca do Brasil. Rachel é conhecida por muitos cidadãos brasileiros, com suas divertidas histórias, poesias e crônicas. Rachel, esse ano, estaria completando cem anos, mas, mesmo ela não estando mais com a gente, esta data deve ser comemorada, pois Rachel fez história no Brasil.

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UM DIA EMOCIONANTE DA MINHA VIDA LAYSE DEÓGENES BRAGA LIMA

4A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Eu, Layse, estou indo à casa de Rachel de Queiroz, já estou quase chegando. Essa visita vai ser muito emocionante e estou ansiosa. Pronto, cheguei – ai meu Deus! Quando entrei na casa, fui recebida pela própria Rachel e fomos conhecer a fazenda. Eu fiquei muito assustada, a fazenda era enorme, tinha muitas árvores, ela tinha também um lindo cachorro chamado Marley e ele era muito educado. Sua casa era muito grande. Depois de tudo, fomos conversar. Conversamos sobre sua carreira de escritora e fiz algumas perguntas: — Por que escolheu ser escritora? — Por que a senhora escreveu sobre a seca? — Gosta de onde mora? Disse para ela que sou muito curiosa e fã de seu trabalho e adoro ler seus livros. Vamos para as respostas da Rachel de Queiroz: — Quando eu era pequena, meus pais liam muitos livros para mim, eu penso que isto me ajudou a gostar de escrever. Escrevi o Quinze porque a seca da época foi muito grande. Gosto muito do lugar onde moro, é tranquilo e legal. Bom, D. Rachel, tenho que ir, foi muito bom ver a senhora pessoalmente, foi o dia mais emocionante da minha vida.

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FAZENDA “NÃO ME DEIXES” ANA LUÍZA SANTOS TEIXEIRA

5A SÉRIE 01 – ENSINO FUNDAMENTAL Em abril desse ano fui visitar Rachel de Queiroz na fazenda Não me Deixes.

A viagem foi longa e cansativa. Chegando lá encontrei Rachel aguando as flores no jardim. A fazenda era grande, toda branca, as portas e janelas na cor azul. Rachel nos disse olá e convidou para entrar. Chegando na cozinha tinha bolo, pãezinhos e café bem fresquinho, sentamos e começamos a conversar. O bolo estava uma delícia, mas melhorou quando ela começou a contar por que a fazenda tinha o nome de Não me Deixes. Pelo imenso carinho e pela casa agradável, ela não gostaria de sair de lá. Conversamos também sobre seus livros e sua vida. Quando fui embora, ela me deu um livro chamado O Quinze, agradeci e fui embora.

DE SERTANEJO 3º VIDA MATEUS PEREIRA DE SÁ

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5A SÉRIE 03 –ENSINO FUNDAMENTAL

A vida de sertanejo é muito difícil, tem que enfrentar a seca e com a seca o sertanejo não consegue ter um campo fértil para plantar. O sertanejo que tem gado não dura muito tempo, porque o gado morre com sede e com o calor intenso. O dia a dia do sertanejo é complicado, todo dia eles procuram trabalho. Se acham, já sabem que o salário é pouco, não é tanto para se sustentar. O seu trabalho é cuidar de animais, cuidar do campo, cuidar de plantações e cuidar da terra. Todos esses trabalhos são muito complicados, terminam por causa da falta de água. Muitos deles migram de lá pra cá, porque não aguentam sua vida dura. Quando chegam aqui, a primeira coisa que fazem é procurar trabalho que tenha um bom salário. Também procuram moradias, por exemplo: apartamentos baratos. Tem vezes que moram embaixo de viadutos e nas ruas. Vivem como gente pobre que não tem nada. Para mim, eles conseguirem trabalho bom aqui na cidade é muito difícil. Para eles, a cidade grande é muito moderna, porque nunca viram apartamentos tão grandes e modernos, nunca viram shoppings com várias diversões. O sertão não é moderno. Eu espero que os sertanejos consigam uma vida melhor aqui na cidade.

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FAZENDA “NÃO ME DEIXES” CAROLINA DE FREITAS OLIVEIRA

5A SÉRIE 02 – ENSINO FUNDAMENTAL Num belo dia fresco e ensolarado, eu estava indo visitar uma pessoa muito especial: a escritora Rachel de Queiroz. Na estrada de terra que levava até a fazenda, o vento balançava tranquilamente os galhos das árvores e jogava meus cabelos para trás. A viagem tinha sido uma maravilha. Andei só mais alguns quilômetros de carro quando a avistei: a linda casa branca com as janelas, a porta e a porteira azuis, chão de tijolo e alpendres a rodeando. Nela, me esperando com um lindo sorriso estampado no rosto, estava uma senhora de cabelos curtos e brancos sentada numa cadeira de balanço, próximo a uma janela. Logo percebi quem era. Com sua expressão bondosa e simpática, quem mais poderia ser? Rachel olhava para mim e sorria. Não pude me conter, abri um enorme sorriso e corri até ela. Mais tarde, depois de comermos bolo com leite e conversarmos muito sobre seus livros, Rachel me convidou para andar até o açude. Essa foi a parte que mais gostei. O açude era lindo, cheio de plantas e pássaros ao seu redor. Enquanto caminhávamos, perguntei por que o nome da fazenda era “Não me Deixes”. Ela sorriu e respondeu que era porque ela não queria deixar a fazenda nunca. Esse foi meu encantador encontro com essa pessoa especial, Rachel de Queiroz.

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VIAGEM ENTREVISTA LETÍCIA COSTA E SILVA

5A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Um certo dia, eu e meus amigos Paulo, Pedro, Isa, Bela, Bia Monteiro e Trice resolvemos viajar até a fazenda “Não Me Deixes”. Tudo foi muito divertido, nós fomos de ônibus com ar-condicionado, comida e “lazer”. Ao chegarmos lá, a primeira coisa que nós percebemos foi que lá era gigante, tranquilo e sossegado. Olhamos para a porta e de lá surgiu uma velhinha de cabelos brancos, vestido florido e chinelos rosa bebê. Logo percebemos que ela era a Rachel de Queiroz. Pedimos licença e fomos entrando. Ela foi generosa, acolhedora e nos chamou para conhecer a fazenda. Ela perguntou onde morávamos e nós dissemos que era em Fortaleza, e então eu perguntei: — Por que o nome da fazenda é fazenda Não me Deixes? Ela respondeu: — É porque eu gosto muito dessa fazenda, não quero me separar dela nunca. Já estava ficando tarde e resolvemos voltar para casa, nos despedimos dela e partimos. Ao chegar em casa, escrevi no meu diário: “mas a melhor parte pra mim foi poder ter conhecido Rachel de Queiroz”.


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FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010 7

NAEDUCAÇÃO 3º O ENCONTRO COM

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RACHEL DE QUEIROZ KAUÃ BARBOSA DE SOUSA

ficou tão lisonjeada que quando eu ia indo embora ela me deu um abraço que nunca iria esquecer.

5A SÉRIE –ENSINO FUNDAMENTAL Uma dia, eu estava vendo poesias da Rachel de Queiroz, quando tive uma ideia, eu disse: — Pai, eu posso visitar a Rachel de Queiroz? Meu pai disse: — Pode. Vamos agora. Quando eu estava indo para lá, o sertão era muito quente e o chão todo desgastado. Quando finalmente chegamos lá, eu toquei o sino e ninguém atendeu, meu pai abriu a porta e viu a Rachel escrevendo. Cheguei perto dela, ela me cumprimentou e foi me mostrar a fazenda. Era toda branca de cal, as portas, janelas e o portão eram pintados de azul e perto dali vi um açude. Depois, passei conversando e quando já queria ir embora, ela disse: — Pegue esse livro meu, chamado O Quinze. Ela autografou e eu fui embora. Essa viagem foi inesquecível para mim.

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VISITA À FAZENDA “NÃO ME DEIXES” ANA ELIZABETH SANTOS DA PONTE

4A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Sábado de manhã, recebi uma ligação da Rachel de Queiroz, me convidando para ir até sua fazenda onde morava, em Quixadá-Ce. Eu respondi que podia ir, mas só à tarde. À tarde, depois do almoço, segui viagem para Quixadá. Foi mais ou menos umas 5 horas de viagem. Quando cheguei lá, fui direto para a fazenda “Não me deixes”. Assim que cheguei à fazenda fiquei impressionada. A fazenda é muito grande e quando vi a Rachel dei um abraço nela e entrei na casa. Por fora ela é toda branca de cal. Depois fui lá fora, me sentei e perguntei a Rachel: — Há quanto tempo você mora aqui? Ela respondeu: — Eu moro aqui há vários anos, nem sei quantos são. Eu disse: — E por que a fazenda é chamada de “Não me deixes”? Ela respondeu: — Porque nós nunca vamos deixá-la, só quando morrermos. Eu respondi: — Então tá, tenho que ir embora, desculpa qualquer coisa. Ela respondeu: — Gostei muito da sua visita. Você não quer comer um bolo? Eu respondi: — Eu aceito. À noite fui embora e segui viagem para Sobral. Eu nunca mais esqueci a visita à fazenda “Não me deixes”.

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RACHEL DE QUEIROZ PEDRO YAN TOMAS ANANIAS

5A SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL Rachel de Queiroz, uma grande escritora, tradutora, romancista, jornalista e dramaturga brasileira. Ela foi uma evolução para as mulheres, pois foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, e ganhou o Prêmio Camões, o Nobel da Língua Portuguesa. Foi uma grande inspiração e para muitos, a melhor escritora do Brasil. Viajou para várias partes do nosso país, provando o valor do nordestino. Ganhou o Prêmio Felipe de Oliveira, pelo livro Três Marias. Fez parte da política social e então entrou para o Partido Comunista. Com 15 anos, fez o seu sucesso: O Quinze, o romance que fala do sofrimento do nordestino com a seca e a miséria. Foi presa por ser comunista e seus exemplares de romances foram queimados. Ela morreu em seu apartamento, no Rio de Janeiro, no dia 4/11/03, por causa de problemas cardíacos, um dia antes de completar 93 anos. Daí, para mim, a maior escritora de todos os tempos do Nordeste morreu.

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UM DIA COM RACHEL DE QUEIROZ RAISSA MARIA F. DE AGUIAR

5A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Estava sem destino quando de repente recebi um convite de Rachel de Queiroz para conhecer a casa dela. Então já fui diretamente comprar minha passagem e fui a viagem inteirinha ansiosa. Quando o ônibus parou, eu nem acreditava que eu tinha chegado. Só reconheci pelos simples detalhes: paredes brancas, janelas e portas azuis, rodeada de alpendres e com chão de tijolos. Ela me recebeu muito bem, falamos de tudo, de suas grandes obras e até demos uma pausa para o lanchinho. Depois ela me mostrou a casa dela e percebi que ela tinha um pelotão de mandacarus e frutas vermelhas. A casa é toda rodeada pela natureza, com muitas árvores e pássaros. Eu tinha uma dúvida sobre a casa dela. Perguntei por que ela colocou esse nome na fazenda. Ela me disse que é porque, mesmo se ela morresse, ela nunca queria que a casa a deixasse. Depois ela me perguntou o que eu mais tinha gostado na viagem. Eu respondi: — Conhecer-lhe e conhecer sua fazenda. Ela

Infantojuvenil I FB CENTRAL

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DEUS EXISTE!

dição da família – disse Luiz. — Não acredito, estamos com fome e você faz isso!!! – disse Fernando, indo embora. Todos morreram desidratados, um por um, menos Francisco, que quase entra em uma séria depressão até achar Antônio, um menino de cinco anos, que não tinha família e estava com fome. Então Francisco arranjou um trabalho, uma casa e adotou o menino. Ficando feliz, ele e seu novo filho, Francisco não entrou em depressão, pois tinha um motivo para viver.

CAROLINE GOMES PEREIRA DA SILVA

6A SÉRIE 01 – MANHÃ – ENSINO FUNDAMENTAL A seca acabava de chegar a uma vila no sertão velho e sem muitas condições favoráveis à vida. Todos os moradores estavam apavorados e temiam o pior. Ninguém se oferecia para deixar suas terras, até que uma família corajosa pensou que seria uma cidade linda e sem poluição, onde conseguiriam encontrar moradia e trabalho melhores facilmente. Pensando assim, eles resolveram se aventurar na estrada empoeirada. Passaram dias andando sem avistar nada mais que terra seca e cactos. Todos já estavam sentindo dores por causa da miséria que é a fome, até que o pai, mesmo sem esperanças, resolveu pedir ajuda a Deus. — Deus, me deste coragem o suficiente para vir até aqui, agora me dê mais coragem para chegar até o meu destino e conseguir dar apoio a minha família. Nesse momento, a luz quente e seca do sol se fechou. Como por um milagre, começou a chover, todo o clima triste e seco do sertão ia se apagando e se transformando em alegria. Todos se revigoraram da tristeza que até ali tinham sofrido e, em poucas horas andando pela terra molhada, já se avistavam casas coloridas, prédios enormes, carros de todas as formas, o asfalto preto... Era a cidade! Ao chegarem lá, depararam-se com uma loja caipira e logo foram contratados, toda a família, para propaganda, todos vestidos como boiadeiros. Uma semana depois, receberam o dinheiro pela sua primeira propaganda e conseguiram comprar uma casinha amarela com portas e janelas de madeira, toda luxuosa. Assim conseguiram um tempinho e aproveitando esse tempo, mandaram avisar para seus amigos que na cidade havia vida boa e logo todos vieram caminhando pela terra que já não estava mais tão seca. Algumas pessoas não aguentaram e faleceram durante a viagem, pois já estavam velhas e cansadas; outras as enterraram e seguiram o caminho. Nesse momento, ninguém pediu ajuda a Deus. Triste esquecimento, ninguém sobreviveu. Ao saberem disso, a família que já estava acostumada com o movimento da cidade, choraram muito, mas depois se recuperaram e levaram o resto da vida com uma certeza: Deus existe!

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O OLHAR DE IRACEMA RENATA M. JOVINO

6A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Francisco fora maltratado na infância, o que lhe fez ser um homem seco, embora não violento. Ele morava no sertão há um tempo e resolveu, perante a seca, ir para a cidade acompanhado de sua mulher grávida, Maria, e seu filho de sete anos, João. A família viajou levando uma mochila com poucos pedaços de pão, leite e um grande cobertor. Aos dez dias de viagem, os poucos suprimentos alimentares já haviam acabado e João, sem mais aguentar, disse fracamente: — Pai, “tô” com fome! —“Num” tem o que comer não, filho! Espera “nós chegar” lá – respondeu Francisco enquanto andava em um ritmo mais rápido. Passaram-se mais três dias completamente mudos, quando Maria, expressando muita dor, falou: — Francisco, chegou a hora da criança nascer. No mesmo momento, ela caiu no chão seco, obrigando o marido e o filho a realizarem o parto. Desajeitadamente, Francisco conseguiu pegar a menina e entregá-la à Maria, que olhou para ela e prometeu não deixar que a filha tivesse a mesma vida infeliz que tivera, chorando ao pensar em como foi capaz de aceitar viver ao lado daquele homem amargo. Iracema, no seu segundo dia de vida, olhou para Francisco, que desaguou em lágrimas pela primeira vez em quinze dias, com um olhar que lhe dizia claramente: — Pai, “tô” com fome, mas continuo te amando!

MOTIVO PARA VIVER 3º UM LETÍCIA V. BARBOSA

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6A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Certo dia, um sertanejo e sua família estavam sem lar, sem água, sem comida e sem trabalho. Estavam atrás de um lugar para morar e trabalhar, e nessa longa viagem encontraram um homem com um monte de alimentos e água numa cesta, então o sertanejo, chamado Francisco, disse: — Até que enfim nossa salvação!!! Qual o nome do abençoado? — Luiz, obrigado, mas por que salvação e abençoado? — Ah, primeiro meu nome é Francisco e você poderia nos dar essa cesta, pois estamos com fome e desidratados, por isso, nossa salvação. — Não posso, eu tenho que jogar fora, é tra-

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SEM OLHAR PARA TRÁS LIZ DE CASTRO E SÁ

7A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL No sertão, as horas iam e vinham, e o Sol ainda brilhava fortemente no céu. Mesmo com a passagem do tempo, o calor permanecia. Dessa vez, a seca pareceu chegar com mais força do que nunca. Intensa, sem limites. Depois de ver o gado morrer lentamente e a terra implorar por água, perdendo todas as suas flores e frutos, a família resolveu partir. Eles sempre viveram ali. Haviam conseguido sobreviver trabalhando arduamente e cumprindo seus deveres diários para conseguir o pão de cada dia e, assim, a vida ia seguindo seu caminho, como um rio em seu curso... Mas, às vezes, as águas mudam. Logo não haveria mais o que comer e beber. E o Sol, alto constantemente, aumentando sua tortura, profunda e sem fim. Iria doer, deixar tudo aquilo que sempre pertenceu a eles. Mas, agora, precisavam realmente partir, sem olhar para trás.

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MEMÓRIAS DE UM CABOCLO DO SERTÃO NATÁLIA M. BARBOSA

7A SÉRIE- ENSINO FUNDAMENTAL

Um dia que jamais esquecerei em toda a minha vida, o dia em que tomei a decisão de deixar aquela terra maldita, aquela vida sem cor. O dia em que resolvi acabar com todas as mágoas, a infelicidade que existia no meu coração. Em minha casa, só havia um punhado de farinha para mim, minha esposa e meus dois filhos. Não havia nem mesmo um pedaço de rapadura. Era hora de partir. Arrumamos nossas poucas trouxas, pegamos um pouco de água no poço quase seco e partimos, naquele sol escaldante e consumidor. Seis dias passamos na estrada, seis dias que pareciam infinitos, até chegarmos a uma cidadezinha. Lá, a primeira noite dormimos em frente a uma capelinha, com os estômagos gemendo e grunindo, suplicando comida. No segundo dia, pedimos esmolas às pessoas que passavam, e um malandro nos roubou. Então resolvi arrumar algo a fazer: carregava para uma carroça as frutas de um comerciante e, em troca, ele nos dava comida e abrigo. O bom senhor nos ensinou a ler, escrever e colocou minhas duas crianças na escola. Hoje, meu filho é enfermeiro e trabalha num posto de saúde que ajuda os retirantes fugidos da seca. Minha filha ainda está na escola. Temos nossa casinha para morar e comida na mesa. Posso dizer que sair daquele inferno foi a melhor decisão da minha vida.

PARTINDO COM SOFRIMENTO 3º JÚLIA DA SILVA PAZ

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7A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Já estavam prontos para sair, para descobrir uma forma de vida melhor, mas sabiam que o sofrimento não iria acabar tão cedo. — Lúcia, cê tá pronta? – Joaquim perguntou a sua mulher. — Já. Vamos? Partiram atrás de descobrir um lugar melhor para ficar, pois com a seca, que estava piorando cada vez mais, não dava para continuar vivendo ali. Farinha, rapadura e carne seca foi o que levaram e apenas pouca água. — Mãe, tô com fome! – A criança reclamava. — A comida está acabando! A partir desta noite, Joaquim começou a rezar sempre, a pedir a Deus para tudo melhorar. Depois de dias, ficou tudo bem melhor, um velho homem os ajudou dando comida e água. Já tinha se passado vários anos e tudo estava ótimo, quando uma família bateu em sua porta pedindo ajuda, então, eles perceberam que aquela era a hora de retribuir. Doaram mais do que podiam imaginar, mas pediram uma coisa em troca: — Quando vocês conseguirem trabalhar, ficarem bem de vida e uma família bater em sua porta, ajudem. E toda vez que uma família batia na porta deles, eles ajudavam, formando, assim, um ciclo sem fim.

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Toda essa dor e sofrimento começaram quando ele e sua família foram expulsos da fazenda onde moravam e trabalhavam. Era uma fazenda grande, rica, produtiva, nem parecia ficar nesse sertão. Daí em diante, ele e sua família viviam andando no meio desse sol quente, atrás de moradia e do que comer. Um dia João avistou uma igreja pequena, no meio da estrada. Ele entrou e resolveu pedir ajuda a Deus, sem muita fé. Eles andaram mais, quando viram uma terra verde. Parecia milagre, e ao lado, uma casinha. Foi só alegria, eles se instalaram na sua nova e aconchegante casa. Com isso, João aprendeu que nunca devemos perder a fé, nem nos piores momentos de nossa vida.

A FÉ DE UM SONHADOR MARIA MYRELLA SALES XIMENES

7A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL Morar no Nordeste não era fácil, João Amâncio que o diga. João sempre foi um homem sonhador, sonhava o melhor para os filhos, em uma moradia decente para viver, uma terra para que ele pudesse plantar e colher, e acabar de vez com a fome, mas tudo isso era difícil.

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ENCONTRO COM A FELICIDADE LARISSA L. ANDRADE

7A SÉRIE 01 – ENSINO FUNDAMENTAL Ô meu Senhor, ô meu Deus, sem muita fé, encontrei esperança em ti, ô Pai! Atrás de uma vida melhor, peguei muitas trouxas, prometi para meus sete filhos e minha esposa que nosso encontro estava marcado com a felicidade. Todos os meus sete filhos saíram com um sorriso no rosto, apenas minha mulher estava com um pressentimento ruim. Andamos durante vários dias e meus filhos começaram a me perguntar: “— Quando vamos chegar? Não podemos se atrasar para o nosso encontro!” Eu ficava sem saber o que responder. O sol ardia a nossa pele, o chão quente, pedras e pedras estavam em nosso caminho. A água e a comida já havia pouco, quando comecei a ficar sem esperança, meu Deus! Não queria aparentar isso, mas não consegui me conter. Passaram-se mais e mais dias, quando todos nós não tínhamos mais fé e esperança para continuar nossa jornada. Me senti no chão e olhei para cima e percebi que faltava alguém naquela caminhada. Esse alguém é quem dá sustentação a uma família, esse alguém é a felicidade, esse alguém é o meu Deus! Esse foi o meu primeiro encontro com a felicidade, daí em diante, o Senhor é o meu tudo, é quem me deu força e coragem para seguir em frente, sempre com a cabeça erguida. Obrigado meu Deus! Obrigado por ser tão presente na minha vida.

COM A SECA 3º SOFRIMENTO YVANA ÍVIA P. VIANA

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6A SÉRIE 01 – ENSINO FUNDAMENTAL

No meio do sertão, há anos, Seu Chico, Dona Francisca e seus três filhos arrumavam suas coisas e um pouco de comida que lhes restava. Por causa da seca eles estavam indo atrás de um primo rico, Seu João, que era dono de terras por todo canto e que esperava por eles na fazenda mais próxima da casa deles. Seu Chico e sua família foram a pé, com uma burrinha que levava a mulher e a filha. Depois de uns dois ou três dias, quando eles acordaram, tiveram uma surpresa, nada estava lá, nada mesmo. A água, a comida e até a burra, tudo havia sido roubado! E agora, se eles continuassem sofreriam com a fome e a sede, só que se voltassem, morreriam pelos mesmos motivos. Então, decidiram continuar. Foram mais quatro dias sofridos, disputando comida com os urubus e sofrendo com o calor escaldante, mas, enfim, chegaram na fazenda do Senhor João. Eles foram muito bem recebidos e ficaram durante os dois anos de seca com fartura de comida e bebida. Quando Seu Chico disse que voltaria para casa, João disse que se ele esperasse, conseguiria um emprego em São Paulo para ele. Mas Seu Chico disse: — Querido primo, já é ruim com o sertão imagine como será pior sem ele. Seu Chico voltou para casa, na casa onde toda sua descendência vive até hoje.

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SERTÃO TRAIÇOEIRO JOÃO VICTOR M. ALEXANDRINO

8A SÉRIE 01 – MANHÃ Como é traiçoeiro esse sertão. Saí de casa com tudo, mas o sertão não deixou. Quis que eu ficasse de qualquer jeito, a apreciar aquela terra rachada. Mas meu pai não deixou, não quis. Teve sonhos, que queria realizar. Ver a família naquele estado? Não. O sertão tem suas armadilhas, ele engana. Fez meu pai sofrer, fez meu pai sonhar. Não foi só nossa família que o sertão jogou na desgraça, foi nossa gente. Ele faz pensar que não tem nada, quando já se tem um pouquinho. Cria desejos, expectativas, ao mesmo tempo que o Sol escalda a cabeça e acaba por torrar essas ânsias. Ó povo sofrido, Sol escaldante. Chão batido, mula berrante. Galho contorcido, lua pulsante. Todos nós estávamos fracos. Vi aquilo tão perto. Marrom brilhante, talvez pelo Sol. Foi aí que o sertão despertou o desejo. Comi, cru e tudo. Era mandioca. Comecei a passar mal, agonizei. O veneno foi letal. Morri, abandonando tudo. Mas, agora, aqui em cima, o sertão não me pega. Aqui tudo é tranquilo. Iriam gostar daqui, por isso os espero, pois sei que não vão me abandonar, me deixar, me esquecer. Lá embaixo, o encourado não me pega.


8 FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010

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CEM ANOS DE UMA HISTÓRIA CAROL PARENTE

8A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Fortaleza, 17 de novembro de 1910, um nascimento fruto de Daniel de Queiroz e Clotilde Franklin. As preocupações de um pai com a educação de um filho, deram resultados a uma jovem de 15 anos de idade, com uma formação excelentíssima. Um centenário de um nascimento, de uma vida repleta de obras literárias importantíssimas para a história de um país. Rachel de Queiroz é mais que uma obra, é mais que uma leitura, é um incentivo de liberdade, compreensão e cultura por meio de letras, é um orgulho brasileiro. Um exemplo de superação e desejo para todos que conhecem obras da vida. Jamais li livros que me deixaram com opiniões tão bem postas de uma sociedade, que tem seus problemas, só não querem enxergar. Quando li sua biografia, percebi que suas obras eram um apoio para cada dificuldade em sua vida, sempre lançava uma obra cada vez melhor. Mais que uma história de sucesso, são cem anos que jamais podem ser esquecidos no mundo literário. Ela viu os nossos problemas como seus problemas, o seu apoio como o nosso apoio. Viver buscando o conforto na escrita, uma paixão por escrever, ou até chegar a uma mera conclusão de tentar fazer as pessoas enxergarem o mundo do jeito que ele é, mas com um olhar diferente, o olhar de Rachel de Queiroz.

do, que chegava a ser pior que a morte. Nossa caminhada começou quando papai foi obrigado a deixar a fazenda onde trabalhava. Juntou todo o seu dinheiro, que não era muito, comprou uma burrinha e seguimos para o Norte. Ele queria viver como seringueiro, mas não tínhamos dinheiro suficiente, não tínhamos sequer força suficiente para continuar. Tínhamos amor, mas amor não enche o prato. A gente comia o que ia pegando na estrada. E foi numa dessas vezes que peguei uma mandioca crua, a causadora dessa minha dor, não mais insuportável do que a que eu havia passado. Sei que mamãe sofrerá e sentirá minha falta, mas ela é forte, sobreviverá. Já passou por tantas desventuras que mais uma não fará muita diferença no seu currículo de sofrimentos. A verdade é que não há nada de poético na morte. É só um vazio, é só dor. É como um ladrão no meio da noite, que invade sua casa e rouba tudo o que você tem. Mas, às vezes, quando a ideia da morte se torna mais afável que a da vida, você talvez deva dar uma chance a ela.

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MULHER REDESCOBERTA FERNANDA MARIA QUEIROZ PEREIRA

2A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

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O PLANETA REVIDA CONTRA O HOMEM DIMAS CARNEIRO COSTA

8A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL A seca de 1915 foi muito devastadora, mas o homem fez por merecer. Essa catástrofe foi apenas um aviso de que o planeta está sendo poluído pelo homem e, se continuar assim, os humanos vão morrer. Rachel de Queiroz, grande escritora cearense, contou muito bem sobre essa seca, o que aconteceu com o povo, demonstrou o sofrimento dos que tinham sede e a felicidade de quem esbanjava água. Também retrata a migração, falta de alimento, a escassez do solo e a morte de milhares de pessoas, rebanhos, cardumes etc. Depois desse desastre, anos se passaram e as pessoas logo esqueceram, mas foi dado um aviso do planeta para o homem. Agora, ele decide se ouve o conselho ou não. A decisão da maioria foi não escutar, então as pessoas começaram a poluir o planeta novamente. A atmosfera estava sendo perfurada pela poluição; o Sol está penetrando no planeta mais facilmente, as pessoas não pensam no que pode acontecer futuramente com o planeta. Enfim, o planeta pede socorro ao ser humano.

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AQUECIMENTO GLOBAL E SECA: UM DEPENDE DO OUTRO JOANA LAILA V. CARNEIRO

8A SÉRIE 01 – ENSINO FUNDAMENTAL O aquecimento global é um aumento nas temperaturas climáticas do planeta que vem trazendo inúmeros problemas, entre eles, a seca, que apesar de ser característica do Nordeste, está se espalhando para outras regiões. A seca é um problema sério que afeta os seres humanos, o ambiente e os animais. Ela vem sendo provocada, sobretudo, como consequência do aquecimento global, pois com o aumento da temperatura as chuvas ficam escassas, as plantas morrem, os rios secam, os animais morrem de fome e sede e o solo empobrece, levando, com isso, milhares de famílias que sobrevivem do que plantam e bebem a partir do armazenamento das águas das chuvas e dos rios a uma situação drástica, provocando até mesmo a morte de muitas pessoas, principalmente das crianças que ficam desidratadas pelo calor intenso e pela falta de água. Além disso, pode ocasionar queimadas por meio do ar seco, como se pode constatar o que está acontecendo na região Centro-Oeste do Brasil. Diante disso, diminuindo os problemas causadores do aquecimento global, que são provocados pelo homem, consequentemente as secas diminuirão. Para isso, há apenas uma coisa a fazer: a conscientização das pessoas.

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Na sociedade moderna, a mulher está descobrindo, em si, o verdadeiro reflexo da própria alma. A liberdade atual conquistada pelas mulheres é resultado de uma busca intensa ao longo dos tempos, como é bastante retratado nos livros de Rachel de Queiroz, em que os protagonistas, normalmente mulheres, vivem uma vida recatada, reprimida, sem chances de conhecer o verdadeiro “eu” e por um momento de reflexão e coragem, redescobrem em si um lado de esperança, de luta pelos sonhos e percebem que o existir é o presente, o futuro e o passado a ninguém pertencem. Se alguma mudança deve ocorrer, que seja agora, para, então, experimentar, mesmo que por breve momento da tão sonhada felicidade e realização interior. A mulher, livre do compromisso de fazer tudo do que os outros esperam que ela faça, é uma mulher capacitada a desenvolver sabedorias e talentos da melhor maneira, “alimentada pela própria placenta”, pelo querer individual, o que realmente a concretiza. Nos relatos de Rachel de Queiroz, é possível perceber uma mulher acomodada numa vida reprimida e triste, privada a enxergar apenas os próprios defeitos, mas, quando ela se liberta, descobre singulares qualidades e passa a brilhar, como “um pavão que deixa de olhar para os pés e passa a enxergar as penas”. Assim está se transformando a mulher na sociedade moderna.

DESAFIO DE RETIRANTE LARA DE PAULA CABRAL

9A SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL

A dor me sufocava, os meus pulmões agonizavam, o meu coração ululava. Eu sabia que iria morrer. Minha visão tornou-se turva. Dizem que, no segundo que antecede a morte, as memórias vêm à tona. É a mais pura verdade. Lembrei-me de como havia chegado até ali, da luta do meu pai para sustentar nossa família, de todo o sofrimento que estávamos passan-

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NOVA MULHER

Eles fingem ter mudado de opinião e respeitá-la, mas em pequenos e grandes detalhes percebemos que não é assim. Um ser frágil, delicado, submisso, é isso que o homem pensa da mulher. Ele a vê como sua propriedade. É por isso que vemos tantos casos de violência contra a mulher, porque o homem de hoje é tão violento, impulsivo e orgulhoso quanto o medieval. Ele se sente ameaçado por essa autonomia da mulher, pela visível importância dela, e com isso age violentamente para provar sua força, seu poder, seu domínio, sua masculinidade. Um fato é certo: sem a mulher a sociedade não andaria. Essa é a difícil verdade que os homens tentam esconder, mas nunca irão conseguir.

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AS CONQUISTAS FEMININAS ALLEF ROCHA MARINHO

2A SÉRIE 08 – ENSINO MÉDIO

A sociedade vem sofrendo várias mudanças ao longo dos anos. A mulher, por exemplo, vem conquistando seu espaço continuamente. Independente do homem, a mulher hoje trabalha, mora só, paga suas dívidas e cuida do orçamento do lar. Mudanças ocorrem a toda hora, em todas as partes do mundo. Não era de se esperar que a mulher continuasse submissa às ordens, vontades e prazeres do homem. As mudanças estão acontecendo, sejam elas no âmbito familiar, ocupacional ou pessoal. Como prova disso, existem mulheres totalmente responsáveis pelas finanças da casa e ocupantes de cargos públicos importantíssimos (reflexo da taxa pouco maior que 40%, representante das mulheres no atual mercado). As conquistas femininas refletem-se em sua independência. Independência do pai, do marido, ou do irmão mais velho (homens que mandavam na vida das mulheres no passado). Além da independência masculina, pode-se citar a independência intelectual, que era digna apenas de homens, e o poder de ajudar o país votando ou mesmo sendo votada. Assim ocorreu com Rachel de Queiroz. A escritora foi a primeira mulher a ocupar a bancada da Academia Brasileira de Letras, sustentando a 5ª cadeira com responsabilidade e respaldo até seus últimos dias, e a primeira a ser galardoada com o “Prêmio Camões”, em 1993, equivalente ao “Nobel” de Literatura de Língua Portuguesa. Suas personagens (as de Rachel) femininas costumavam ter fibra: falam o que sentem, agem e enfrentam o problema, como uma personagem de O Quinze, que afilia um dos filhos dos retirantes sertanejos na época da seca. Aquela era estéril, mas mostra o que é ser “mãe solteira” com muita determinação. A Literatura Brasileira deve muito à Rachel de Queiroz. Mas não só a Literatura. As mulheres, em geral, devem agradecer pela coragem e responsabilidade da escritora. Ela soube ser mulher. Conviveu com as diferenças e barreiras e não se submeteu a elas. Viva às “Rachéis”!

LUZIA JÚLIA D. CARNEIRO

1A SÉRIE 01 – ENSINO MÉDIO Mesmo com a existência de um preconceito retrógrado, atualmente é comum a presença de mulheres em trabalhos e colocações sociais que antes se pregava inaceitável para essa classe. A saída da mulher do lar rumo ao mercado de trabalho causou um grande impacto na sociedade. A independência adquirida trouxe malefícios e benefícios, mas tal acontecimento pode ser classificado com um avanço. A ausência da mãe, da esposa, da dona de casa gerou uma pane no sistema familiar, filhos sem um comparativo de postura e valores, afinal não há no convívio diário pais que possam transmitir esses ideais, principalmente a presença materna, sendo essa sua principal função. Apesar de tantas críticas e oposições, a mulher vem conquistando, cada dia mais, o seu espaço na sociedade, tornando-se mais igualitária.

A DIFÍCIL TAREFA

3º DE SER MULHER lugar

BEATRIZ N. CALDAS

1A SÉRIE – ENSINO MÉDIO A mulher moderna conquistou sua autonomia, liberdade para pensar. Falar e escrever o que pensa quebra os padrões tradicionais e reformula o seu papel na sociedade. Mas será que ela realmente conseguiu alterar o pensamento masculino sobre sua função? A super-heroína, ou melhor, a mulher moderna, precisa conciliar a tarefa de ser mãe e ter uma carreira. Não é uma tarefa fácil e as maneiras de resolver são mínimas porque o homem não facilita. Ele gosta de ver a mulher se transformando em um polvo para conseguir realizar todas as suas atividades ao mesmo tempo. Muitos homens aceitam o novo papel da mulher na sociedade, porém, eles não alteram sua visão machista e primitiva sobre ela.

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VAMOS À LUTA! GABRIELA M. DE FREITAS

2A SÉRIE - ENSINO MÉDIO Tanto na vida quanto nas obras de Rachel de Queiroz encontramos mulheres fortes, pioneiras, contestadoras dos princípios machistas que encontramos desde sempre e até hoje. São mulheres que servem de exemplo para os demais após a leitura de um livro, mas são estas as mesmas mulheres que podemos encontrar na nossa realidade, no prédio vizinho ou até dentro de casa. Mulher heroína não precisa de superpoderes para realizar o que quer, ou para buscar seus ideais. Aliás, mulher, por si só, já é uma heroína. Mulher tem garra, tem coragem. A mulher é, antes de tudo, uma fortaleza. Sem essa de sexo frágil. Somos, como mulheres, mudanças constantes. Talvez por isso nos adaptemos tão bem a novas realidades, a períodos de crise, em que despontamos com soluções para o mundo inteiro aplaudir. Admito também que a mulher dos dias de hoje é um mistério. É mãe, trabalha para ser independente e realizada como profissional, trabalho em casa para se sentir completa. Estuda, dá atenção para quem gosta, diverte-se e com tudo isso (ou por tudo isso) é feliz. Para essas guerreiras, equilibristas, parece que o tempo é maleável... Repito, um ser tão incrível assim ainda é um mistério para qualquer um entender. Agora, todos, homens e mulheres, devemos perceber que não há por que se acomodar. Somo capazes. Para que se contentar com um mundo cheio de injustiças quando podemos reformar conceitos para um mundo melhor? Não depende do seu sexo, depende da sua atitude. De salto alto e coração na mão, vamos à luta!

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MULHER: UM SER ILIMITADO GÂNDARA BLENDA F. MOUTA

1A SÉRIE - ENSINO MÉDIO O papel da mulher na nossa sociedade vem sendo exercido com bastante garra. Ela, como representado nas obras de Rachel de Queiroz, busca a sua independência, seu direito de liberdade, mas sem tantos exageros, sem uma supervalorização feminina. A mulher defendida pela escritora é aquela que ama sua família, que luta para ter respeito, que não é submissa, mas que sabe conciliar sua importância com a do homem, sendo este seu complemento. Rachel de Queiroz, uma típica cearense, mostrou ao mundo que a mulher pode ter sua posição de destaque na sociedade, como ela mesma alcançou ao receber o título de primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Será que toda essa rivalidade entre os sexos é realmente necessária? A opressão deve continuar? Acredito que as respostas já estão bem claras. Se uma mulher, há anos com várias dificuldades, realizou seu papel com extrema graciosidade, utilizando-se apenas da leitura e da escrita, as mulheres de hoje também conseguirão realizá-lo, pois acreditando na literatura, é possível alçar um grande voo e explorar essa imensidão sem limites!

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A MULHER NA MEDIDA PERFEITA RAYSSA TÁMARA C. VIEIRA

2A SÉRIE – ENSINO MÉDIO A exaltação literária deste ano vai para a insubstituível Rachel de Queiroz por meio de uma homenagem graciosa e merecida sobre o seu centenário. Um dos temas mais explorados por ela fala sobre a importância da mulher na sociedade. Para Rachel, a mulher não era sinônimo de escravidão, muito menos de dominação. Desde o início dos tempos, a mulher assumiu uma posição desprivilegiada em relação ao homem. E, desde então, a ideia com a qual convivíamos há pouco tempo nos fazia pensar na mulher como submissa ao homem e à sociedade. Contudo, o tempo deu oportunidades passivas para que a mulher alcançasse um patamar mais elevado, passasse a ser vista como um ser de valiosa importância. A mulher, como todo o ser, faz presença contínua, apoio constante e segurança estável. Com uma maneira de pensar diferente e única, consegue, em seus inúmeros atos de convivência, modificar essa “dilapidável” sociedade. E assim, mostrando-se sempre pronta e preparada, foi adquirindo admiração e respeito. Por mais que o período e o contexto influenciasse as pessoas, Rachel de Queiroz tinha seu pensamento sólido sobre esta atuação feminina e deixava dramaticamente explícito em suas obras: a mulher em conquista da liberdade como mérito do próprio esforço. Mas explicitava também que era contra o pensamento feminista e total idealizador dela. Bem, mais uma vez, Rachel de Queiroz nos deixa embriagados com sua filosofia de vida. Atribuindo à sua tão querida natureza divina o papel da mulher na sociedade: a companheira, sócia do homem, o encaixe perfeito destes como símbolo único de estrondosa perfeição. Obrigado Rachel, por mais esta dádiva.

SOCIAL FEMININA 3º POSIÇÃO JAYANA PAULA LOPES

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1A SÉRIE – ENSINO MÉDIO

A opinião da sociedade feminina era limitada por distinção do poder das classes. Porém, ao longo dos tempos, conquistou uma acentuada liberdade de seus direitos. A mulher, como personagem de Rachel de Queiroz, luta por uma posição social justa. Décadas atrás, a figura feminina era observada como uma espécie mais frágil, reprimindo sua posição social. Hoje a mulher possui uma grande autonomia na sociedade, com direitos constatados em leis, excluindo questionamento ríspido ou limitações da classe, mostrando-se mais presente, como, por exemplo, na candidatura ao cargo de Presidente da República. Considerando que Rachel escrevia suas obras por necessidade, a maioria delas era de cunho social, mostrando que a mulher não pode ser limitada nem tampouco superior, fazendo-a caminhar e progredir no mesmo limite que a sociedade impõe a outras classes, equilibrando, assim, a balança das classes feminina e masculina. Comparando-se com o reflexo da mulher descrita por Rachel de Queiroz, a mulher tem postura dominante dentro da sociedade. Mesmo ainda sofrendo violência, possui grande competência para mostrar o seu incomparável caráter social.


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FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010 9

NAEDUCAÇÃO ESCOLAS ASSOCIADAS

Infanto-juvenil I

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O BEZERRO QUE NUNCA ESQUECEREI INGRID DOS SANTOS SILVA

7A SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL- 1O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. GENERAL MURILO BORGES Numa cidade chamada Quixadá, um lugar muito seco, vivia muita gente e existem muitas fazendas. Lá vivia uma menina chamada Rachel. Ela gostava muito de animais, vivia com sua família. Um dia, sua vizinha falou: — Rachel, você vai lavar roupa no riacho? Rachel responde: — Sim, mas nesse momento não vou porque eu estou fazendo o parto da minha bezerra, ela vai ter um filhote. Sua vizinha responde: — Ah! que lindo então, até depois. Rachel fala: — É um macho, um bezerrinho lindo. Ela coloca o nome de Flávio em homenagem a seu irmão que morreu. Uns anos depois, Rachel cresceu e decidiu estudar para ser uma escritora. Quando estava chegando de viagem, ouviu um homem falar: — De que morreu esse novilho, se não é da minha conta? O homem levantou-se com a faca escorrendo de sangue, as mãos tão vermelhas que parecia tinta. Um fato que chamou atenção de todos, o homem segurava o bezerro pelos chifres. Era Flávio, seu bezerro, mas ela não podia fazer nada. Um senhor fala: — Nós já achamos ele muito doente. Um tempo depois, ela enterrou o bezerro e foi para o Rio de Janeiro, virou uma escritora famosa e escreveu vários livros. Inspirado em Rachel de Queiroz, uma mulher humilde, mas batalhadora pelos seus sonhos, e é assim que todos nós devemos ser.

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O DRAMA DE UMA FAMÍLIA MARIA LIDINÊZ PAULO DA SILVA

7A SÉRIE A – ENSINO FUNDAMENTAL ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ Mariazinha acordava e ia correndo brincar nos pastos e seu irmão corria atrás das cabras para alimentá-las todas as manhãs. Um dia, Mariazinha acordou, olhou pela janela e foi até sua mãe, que estava numa rede, e falou: — Diacho, a seca já chegou mesmo mia fia. Tônho, o que a gente vai fazer com três fios sem tê nenhum alimento? Antônio responde: — Vamos até o outro lado do sertão de São Cristóvão. Talvez achemo o que comê. As cabras de Antônio já não estavam mais vivas e a plantação já estava morrendo. Então a família resolve seguir rumo a São Cristóvão com esperança de chegar no sertão, encontrar água e alimento, pois lá tem uma vida com menos sofrimento. No caminho, a paisagem era triste, com vacas mortas (só os esqueletos), as árvores secas, as crianças chorando de fome. O pai de Mariazinha viu uma vaca morta quase apodrecendo e resolveu cortá-la em pedaços para que sua mulher preparasse para seus filhos e as outras crianças que ali estavam com suas famílias. Depois de comer, continuaram a andar. Já era quase noite, e eles resolveram parar num lugar para dormir. Quando acordaram, Mariazinha percebeu que seu irmão mais novo estava morto. Mariazinha, desesperada, começou a chorar e a gritar: — Painho, o maninho está morto. O sofrimento da família toda foi imenso, pois tiveram que deixar o corpinho de Francisco ali mesmo e seguir viagem. Caminharam por muitas horas até que avistaram uma casinha com crianças brincando no terreiro. Lá eles ficaram sabendo que estavam próximos a São Cristóvão. A emoção foi tão grande que todos levantaram as mãos para o céu e agradeceram a Deus. Seguiram para São Cristóvão e chegando lá, começaram uma nova vida, seguindo uma nova história, deixando todo sofrimento para trás.

A SECA

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MARINÊO ARAÚJO DA SILVA

7A SÉRIE A – ENSINO FUNDAMENTAL 3O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ

José da Silva acordou e olhou para o chão quente e seco, e olhando para o céu sem nenhuma nuvem resmungou: — Diacho, não aparece nenhuma nuvem. Levantou-se e foi lavar a boca com dois dedos de água. Maria foi buscar a água no cacimbão, a única fonte de água, já velha e quase sem água; na quentura do chão seco lá se vinha Maria com quatro garrafas de água ruim e barrenta.

Quando chegou, recebeu uma notícia: ela e José teriam que ir embora, pois o patrão, dono das terras, estava também abandonando tudo devido à seca, pois não havia condições de sobreviver naquele lugar. O gado tinha morrido, as plantações secas e água já quase em extinção. No mesmo dia, eles e as crianças pegaram suas trouxas, abandonaram sua casa e com sua mula velha foram embora; José ficou triste. Depois de duas semanas, eles já não tinham mais nada para comer. Eles tinham o sonho de chegar a uma cidade chamada Esmeralda, perto da capital, onde tinha mais recursos, a vida era melhor. As crianças choravam ao longo do caminho; José viu uma senhora com o semblante triste e perguntou: — Por que a senhora está chorando? A mulher, com voz fraca de tanta fome, respondeu: — Eu estou com tanta fome e não tenho mais nada para comer! Enquanto José falava com a senhora com voz de supresa exclamou: — Valei-me minha santa Aparecida! Aquela cidade que eu tô vendo acolá é Esmeralda? José e sua família seguiram felizes da vida, esquecendo toda a dor que sofreram. Assim, a felicidade sorriu para José.

Infanto-Juvenil II O SOFRIMENTO DE UMA CRIANÇA

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MARTA MACHADO DE CARVALHO

9A SÉRIE A – ENSINO FUNDAMENTAL 1O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ /

Sou uma criança sofrida pelo drama da seca e da fome. Tudo ocorria muito rápido e sem nada pra fazer, o único jeito era ir embora para o outro lado do sertão, rumo à cidade de São Francisco, onde a terra não estava tão seca, ainda tinha água e o gado se alimentava nos pastos existentes. Em meu caminho para São Francisco, foi então que de tanta fome acabei comendo mandioca, que era o único alimento que tinha. Porém, a mandioca crua que comi foi a causa de minha morte por envenenamento. O sofrimento de minha família foi imenso e o de meu pai foi maior ainda, pois sentiu-se humilhado pelas condições que envolveram minha morte. Por outro lado, sentiu alívio, pois meu sofrimento pela fome tinha acabado naquele momento. Então, não choraria mais de tanta fome. Depois de longa caminhada e de sofrimento intenso, seguiram o caminho para a tal sonhada cidade. Avistado-a de longe, meus pais agradeceram a Deus pela oportunidade de começarem uma nova vida, deixando para trás todo o sofrimento que já tinham passado por causa da seca e da fome.

O QUE É MAIOR QUE A FOME?

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BRENDA MARIA TEIXEIRA DOS ANJOS

9A SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. GENERAL MURILO BORGES

Um dia, um humilde vaqueiro é obrigado a deixar a fazenda onde trabalhava, junto de sua mulher e seus cinco filhos. Eu, Josias, era um desses filhos, era o mais moço de todos. Sim, era, pois aconteceu algo triste em meio a essa longa viagem. A finalidade de meu pai era que nós saíssemos do sertão e fôssemos para o Norte em busca de um trabalho como extraidor de borracha. A viagem estava sendo difícil, as folhas secas deixavam uma imagem de morte junto com a terra seca e o gado morto. Ao muito caminhar, a fome bruscamente nos atacou. Eu disse para mamãe: — Estou com fome! Minha mãe olhou-me com tristeza e disse que não tinha nada para comer. Eu, morrendo de fome, vi umas mandiocas plantadas no solo. Decidi pegá-las; minha mãe não queria que eu as comesse, mas a fome falou mais alto e decidi comêlas. Dei uma grande mordida, o gosto não estava muito agradável, mas minha fome não permitia que eu ligasse para isso. Após algumas mordidas, senti uma forte dor no estômago e morri. Minha mãe chorava como se a esperança lhe tivesse acabado. Meu pai ajoelhouse perto de mim e começou a chorar, junto com meus irmãos. Naquele momento, a dor da morte era maior que a fome.

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JOSIAS – UMA VIDA ESCASSA E POLUÍDA MARIA HELENA SOUSA DOS SANTOS

9A SÉRIE A – ENSINO FUNDAMENTAL 3O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. JOHNSON Nunca tive uma boa vida, mas no ano de

1915 as coisas se agravaram. Foi justamente nesse ano que a seca e a fome derrubaram inúmeros trabalhadores rurais do Ceará, e dessa derrubada eu não escapei, fui mais uma vítima da tragédia. Eu trabalhava muito, mas não tinha recompensa, passava uma fome miserável e uma sede desgraçada. Com isso eu sofria muito. Meu pai havia feito uma cruz com dois gravetos amarrados. Antes de eu sair para o trabalho inválido, pedi a bênção ao meu pai e à minha mãe e só então saí. Caminhei bastante até chegar ao trabalho. Ao chegar, comecei meu trabalho na roça. Depois de trabalhar bastante com a enxada, ao final do dia, ao voltar para casa, depois de mais uma longa caminhada, eu parei, fiquei olhando para a estrada e as plantações ao meu redor, sentei, respirei fundo, pensei em como eu tinha uma vida miserável. Não consegui conter as lágrimas, elas caíam aleatoriamente, o sofrimento me abatia inconsolavelmente, eu não tinha mais forças pra chorar, eu não tinha mais lágrimas, eu não tinha nada. Eu sabia que aquela cruz que meu pai havia feito não havia sido em vão; tornei a pensar em minha família, em minha vida, tornei a pensar em minhas desgraças, tornei a chorar, eu não sabia o que a cruz significava; estava descansando, deitei, chorei mais um pouco, adormeci ali mesmo; eu não sei se morri, eu só sei que ali mesmo, eu chorava muito.

A LUTA DA MULHER

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THAÍS RODRIGUES MACÊDO BARROS

1A SÉRIE A – ENSINO MÉDIO 3O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ

A mulher nunca teve poder de voz, mas no decorrer dos anos esse problema foi ficando menor e a mulher foi ocupando seu lugar na área de trabalho. Um exemplo disso é Rachel de Queiroz, que sempre foi uma mulher de fibra, que correu atrás de seus objetivos. Rachel de Queiroz tinha apenas 20 anos quando ganhou o prêmio Graça Aranha e foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras. Ela foi uma das melhores escritoras do Brasil. Em todos os seus trabalhos, ela fala sobre a luta da mulher pelos seus direitos. Em um de seus romances, relata a história de uma mulher que, ainda na infância, começou a ser brutalmente molestada pelo seu padrasto e teve que tomar a difícil decisão de fugir da sua casa para poder acabar com toda aquela humilhação. Com isso, ela se tornou uma mulher forte e com garra, que lutou pelo que é seu por direito. Rachel de Queiroz foi um dos maiores exemplos de que a mulher pode, sim, realizar trabalhos que, antigamente, só os homens podiam realizar. Ela nos faz ver que, independentemente de sermos homens ou mulheres, o que realmente conta é o nosso desempenho naquilo que escolhemos fazer. Mostra-nos também que, nós mulheres, assim como os homens, somos capazes de realizar um bom trabalho.

Juvenil

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A MULHER EM NOSSA SOCIEDADE RAFAEL FERREIRA SILVANO

3A SÉRIE – ENSINO MÉDIO 1O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. PARÓQUIA DA PAZ / Durante muito tempo, a mulher vem lutando por seu direito de ser uma mulher cidadã. Com as suas lutas, durante o século XX, ela mostrou que pode ser tão forte quanto o homem ou até mais. Conseguiu muitos direitos com os movimentos feministas, como votar, trabalhar fora de casa e de escolher ter ou não filhos com a utilização da pílula. Com tudo isso já conquistado, ainda é discriminada. Todos os dias, os seus direitos são feridos. Assistimos quase todos os dias a um relato de que uma mulher foi agredida por seu companheiro, covardemente. E nós nos perguntamos: Por que ela permite isso? A resposta que ela dá: “Os meus filhos”. Também vemos casos de mulheres sendo violentadas por seus pais e até por seus irmãos. E a violência é de tal modo que muitas chegam a morrer. Há entidades que lutam por seus direitos, com a criação da Lei Maria da Penha, que protege as mulheres de seus agressores. Rachel de Queiroz, nas suas obras, retrata a mulher do sertão, que é submissa a seu marido, pai, irmãos e a uma sociedade machista e autoritária, em que ela é reprimida. Há uma obra dela que retrata a mulher agredida e traída. Como mostra na obra Dôra, Doralina, traída pelo marido com a sua própria mãe. Ela foge de casa e com suas andanças, se torna uma mulher forte e decidida. Em todas as suas obras, Rachel mostra a força da mulher. Mesmo em dificuldade, ela dá a volta por cima e vence.

A LUTA DA MULHER NA SOCIEDADE

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LADY ANNE DOS SANTOS SILVA

2A SÉRIE – ENSINO MÉDIO 2O LUGAR – ESCOLAS ASSOCIADAS: E.E.F.M. JOHNSON / JUVENIL Ao espelho de Rachel de Queiroz, a mulher moderna se inspira e se encaminha na conquista de seu espaço. Através de sua sensibilidade, a mulher moderna está transformando a sociedade em uma aldeia mais humanizada, valorizando todos os seus segmentos. Precisando ter mais oportunidades na sociedade para expor sua coragem, determinação e talento, assim como Rachel, que procurou sua liberdade e deixou sua marca através da literatura e da arte de pensar. Naturalmente, temos muitos exemplos de mulheres que, como Rachel, lutaram para realizar seus sonhos. Assim, as mulheres hoje tentam buscar o seu espaço e sonhos, almejando cada um deles com força e coragem, almejando um melhor lugar no meio social. No entanto, a mulher brasileira tem como influência essa grande mulher, que por ter conquistado, cada vez mais, liberdade e força de expressão, é perseverante e capaz de aumentar a sua voz e trabalho para melhor crescer, tendo grande importância em cada setor e espaço social, bem viável a todos.

EXPEDIENTE Direção Geral: Tales de Sá Cavalcante, Dayse de Sá Cavalcante, Hilda Sá Cavalcante Prisco Diretores de Sede: Lilia Prisco, Patrícia Texeira, Vera Nascimento e Jorge Cruz Supervisores Pedagógicos: Ieda Vasconcelos, Juzefina Menezes, Marília Lovatel, Ariete Weber e Marcelo Pena Seleção dos textos: Equipe Pedagógica e Departamento de Língua Portuguesa. Organização dos textos: Arisleuda Vasconcelos


10 FORTALEZA CE, SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010

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> E-mail: jornaldoleitor@opovo.com.br. > Fone: 3255.6104


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