Caderno do professor educação física 6ano vol1

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governo do estado de são paulo secretaria da educação

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR

EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a SÉRIE/6o ANO VOLUME 1

Nova edição 2014 - 2017

São Paulo

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Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Márcio Luiz França Gomes Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Raquel Volpato Serbino Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Irene Kazumi Miura Coordenadora de Gestão da Educação Básica Ghisleine Trigo Silveira Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenador de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Olavo Nogueira Filho Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Célia Regina Guidon Falotico Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri


Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo

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Sumário Orientação sobre os conteúdos do volume

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Tema 1 – Jogo e esporte – competição e cooperação 7 Situação de Aprendizagem 1 – Os jogos de ontem e os jogos de hoje 10 Situação de Aprendizagem 2 – Jogos cooperativos 14 Situação de Aprendizagem 3 – Jogos pré-desportivos 15 Situação de Aprendizagem 4 – Esporte coletivo: princípios gerais 18 Atividade Avaliadora 21 Proposta de Situações de Recuperação 22 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 24 Tema 2 – Organismo humano, movimento e saúde – capacidades físicas: noções gerais (agilidade, velocidade e flexibilidade) e a importância do alongamento e do aquecimento 25 Situação de Aprendizagem 5 – Todos somos capazes 27 Atividade Avaliadora 31 Proposta de Situações de Recuperação 31 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 32 Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: futsal 33 Situação de Aprendizagem 6 – Descobrindo novas possibilidades com o futsal 37 Situação de Aprendizagem 7 – A desconstrução e a reconstrução do futsal 40 Atividade Avaliadora 46 Proposta de Situações de Recuperação 46 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 48 Tema 4 – Organismo humano, movimento e saúde – capacidades físicas: noções gerais (força e resistência) e a importância da postura adequada 50 Situação de Aprendizagem 8 – Fazendo força 53 Situação de Aprendizagem 9 – Aguenta, coração! 56 Situação de Aprendizagem 10 – Atenção à postura 59 Atividade Avaliadora 62 Proposta de Situações de Recuperação 62 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 65 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 66

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Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1

Orientação sobre os conteúdos do VOLUME Até a 4a série/5o ano do Ensino Fundamental os alunos vivenciaram um amplo conjunto de experiências de Se-Movimentar, acumularam informações e conhecimentos sobre jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica etc., decorrentes não só da participação nas aulas de Educação Física, mas do contato com as mídias e com a Cultura de Movimento dos grupos socioculturais a que se vinculam (família, amigos, comunidade local etc.). Agora, entre a 5a série/6o ano e a 8a série/9o ano, trata-se de evidenciar os significados, os sentidos e as intencionalidades presentes em tais experiên­cias, cotejando-os com os significados, os sentidos e as intencionalidades presentes nas codificações das culturas esportiva, lúdica, gímnica, rítmica e das lutas. Assim, pretende-se que as Situações de Aprendizagem aqui sugeridas para os temas “Jogo e esporte”, “Esporte coletivo: futsal” e “Organismo humano, movimento e saúde” possibilitem que os alunos diversifiquem, sistematizem e aprofundem suas experiências do Se-Movimentar no âmbito das culturas lúdica e esportiva, tanto para proporcionar novas experiências de Se-Movimentar, permitindo aos alunos estabelecer novas significações, como para ressignificar experiências já vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado para o desenvolvimento dos conteúdos

deste volume seja compatível com as intencionalidades do projeto político-pedagógico de cada escola. No primeiro tema, “Jogo e esporte”, a relação entre esses dois elementos culturais será abordada, com ênfase na transição do jogo para o esporte, partindo de jogos populares, transitando pelos jogos cooperativos e prédesportivos, até chegar aos princípios gerais do esporte coletivo. Pretende-se que os alunos diferenciem os tipos de jogos e seus significados socioculturais, bem como percebam as diferenças básicas entre jogo e esporte. No tema “Organismo humano, movimento e saúde”, a ênfase estará na compreensão inicial sobre algumas capacidades físicas necessárias para a prática de várias manifestações da Cultura de Movimento e sobre a importância do alongamento e do aquecimento prévios, que são conteúdos importantes para promover o acesso e a participação dos alunos em algumas experiências de Se-Movimentar. Pretende-se que os alunos identifiquem a presença das capacidades físicas nas manifestações da Cultura de Movimento, reconhecendo sua importância para uma participação mais qualificada em tais manifestações.

Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros. O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conhecimentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e de seus desejos.

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As estratégias escolhidas – que incluem a realização de gestos, movimentos, participação em jogos, encenações, busca de informações, análise de vídeos, entrevistas, análise de dados, vivência de exercícios, discussões em grupo, elaboração e adaptação de jogos, circuitos etc. – procuram ampliar as possibilidades de aprendizagem e compreensão dos alunos no âmbito da Cultura de Movimento. A avaliação é proposta de modo integrado ao processo de ensino e aprendizagem, sem se restringir a procedimentos isolados e formais (como uma prova, por exemplo). Sugere-se privilegiar a proposição de Ativida­ des Avaliadoras que, integradas ao percurso da aprendizagem, favoreçam a elaboração de sínteses relacionadas aos temas e conteúdos abordados e a aplicação, em situações-problema, das habilidades e competências pretendidas aos alunos. As Atividades Avaliadoras devem favorecer a geração, por parte dos alunos, de informações ou indícios, qualitativos e quantitativos, verbais e não verbais, que serão interpretados pelo professor, nos termos das competências e habilidades em relação aos conteúdos. Nesse sentido, o professor pode valer-se de observações sistemáticas sobre interesse, participação e capacidade de cooperação por parte do aluno, autoavaliação, trabalhos e provas escritas, resolução de situa­ções-problema, elaboração e apresentação de situações táticas nos esportes, dramatizações, entre outros recursos.

Por fim, é importante lembrar que a avaliação não tem como finalidade primeira atribuir conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-los sobre suas aprendizagens, assim como problematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica para que essas competências sejam atingidas. A quadra é o tradicional espaço da aula de Educação Física, mas algumas Situações de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas no espaço da sala de aula, no pátio externo, na biblioteca, na sala de informática ou de vídeo, bem como em espaços da comunidade local, desde que compatíveis com as atividades programadas. Algumas etapas também podem ser realizadas pelos alunos como atividade extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.). As Situações de Aprendizagem aqui propostas também poderão ser enriquecidas com leitura de textos (adequados ao nível do Ensino Fundamental) e exibição de filmes relacionados aos temas. Este Caderno foi elaborado para servir de apoio ao trabalho pedagógico cotidiano com a 5a série/6o ano do Ensino Fundamental. As orientações e sugestões a seguir têm a intenção de oferecer subsídios para o desenvolvimento dos temas apresentados. Não pretendem apresentar as Situações de Aprendizagem como as únicas a serem realizadas, nem restringir a criatividade do professor para outras atividades ou variações de abordagem dos mesmos temas. Isso posto, professor, bom trabalho!

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Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1

Tema 1 – Jogo e Esporte –

competição e cooperação A relação entre jogo e esporte será destacada no início deste ciclo de escolarização, possibilitando aos alunos a compreensão de que o esporte existente hoje, presente nas mídias, organizado em federações, com regras universais, não existiu sempre e nem da mesma forma. Sabe-se que o esporte moderno surgiu no século XVIII, a partir da transformação de jogos populares realizados com outros significados, tais como celebrações públicas, festas de colheita, comemorações e rituais de passagem. Em razão da rápida industrialização e urbanização vivenciadas nos séculos XIX e XX, a burguesia e as classes médias emergentes apropriaram-se de vários desses jogos populares ou criaram outras modalidades. Esse foi o momento em que muitas federações esportivas nacionais foram criadas. Logo, o esporte tornou-se hegemônico na Cultura de Movimento em todo o mundo. Durante o século XX, o esporte serviu como demonstração de poder político de determinados países. Atualmente, é um dos principais fenômenos econômicos do mundo, sendo responsável por grande mobilização de pessoas e de dinheiro e alvo importante dos interesses midiáticos. Segundo Bracht (2005), o esporte pode ser compreendido a partir de um esquema dual, sendo tomado tanto como prática de alto rendimento (ou espetáculo) quanto como atividade de lazer. Segundo o autor, se o esporte de rendimento ou espetáculo relaciona-se com o esporte como lazer, por meio de seus ídolos e das transmissões televisivas, não deveria, contudo, influenciar apenas no sentido de apreciação do espetáculo esportivo. O esporte como atividade de lazer é um direito de todos os cidadãos, e as aulas de Educação Física podem contribuir para a afirmação desse direito à medida que pos-

sibilitam aos alunos entender seus códigos, praticar as várias modalidades esportivas e atuar de modo ativo diante desse patrimônio cultural. O fato de alguns jogos terem se transformado em esportes com regras mais rígidas não quer dizer que não possam ser praticados com variados significados e intencionalidades. Os alunos de 1a série/2o ano a 4a série/5o ano, nas aulas de Educação Física e mesmo fora delas, em seus bairros, grupos sociais e familiares, tiveram a oportunidade de praticar vários tipos de jogos. Neste momento da escolarização, pretende-se partir desse acervo cultural de jogos, valorizando-os inicialmente e, em seguida, mostrar a organização da cultura esportiva. A sequência proposta neste Caderno considera que os jogos populares não são expressões menos importantes que os esportes ou outros conteúdos da Cultura de Movimento, mas se constituem em uma manifestação cultural em seus variados contextos, reunindo pessoas e contribuindo para a socialização e a preservação de tradições. Posteriormente, serão abordados os jogos cooperativos, com a intenção de rever e discutir a competitividade exacerbada na prática de jogos e esportes. Pretende-se mostrar que é plenamente possível tratar os jogos valorizando a cooperação entre os alunos, reafirmando que o jogar contra implica necessariamente o jogar com, e que não é necessário “destruir” o oponente para se jogar com prazer. A questão da cooperação mostra-se relevante em um momento em que os valores individuais parecem ser colocados acima dos coletivos e que se deve vencer (em todas as

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situações da vida) a qualquer custo, fazendo que os fins justifiquem os meios. A própria prática esportiva, em qualquer nível e em todos os contextos, está hoje impregnada de valores competitivos, com algumas manifestações exacerbadas. Em seguida, serão abordados os jogos pré-desportivos, com a intenção de mostrar a maior organização em termos de regras e procedimentos, característica dos esportes contemporâneos. Esses jogos, que estão a meio caminho entre os jogos populares tradicionais e a organização das modalidades esportivas, são tomados em muitas aulas como fins e também como meios para a prática das modalidades do esporte coletivo, tratada em outros volumes. Finalmente, serão abordados os princípios gerais do esporte coletivo, enfatizando que as várias modalidades coletivas apresen-

tam semelhanças estruturais, que permitem incluir em uma mesma categoria o basquetebol, o handebol, o futebol, o futsal, o voleibol e outras. Nessas modalidades, a circulação de bola para fazê-la alcançar o alvo é um requisito necessário; em todas, há a necessidade de organização da defesa para melhor proteção do alvo e, ao mesmo tempo, a organização do ataque a fim de otimizar as chances de ponto por parte da equipe. Essa dimensão do esporte, em todas as suas vertentes, possibilidades e significados, será alvo de abordagem nas aulas de Educação Física em outros volumes, incluindo as do Ensino Médio. É importante ressaltar também que não se pretende esgotar essa temática neste Caderno, em tão poucas aulas. Tanto os jogos, em suas várias formas e com seus diferentes significados, quanto as formatações do esporte serão abordados outras vezes ao longo do ciclo de escolarização.

© Conexão Editorial

Exemplo de jogo cooperativo

Figura 1 – Ponte de corda.

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Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1

© Elza Fiuza/ABr

Algumas modalidades esportivas que podem ser reunidas sob o conceito de esporte coletivo

© Wilson Dias/ABr

Figura 2 – Basquetebol.

Figura 3 – Voleibol.

Possibilidades interdisciplinares Professor, o tema “Jogo e esporte” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de História, Geografia, Arte, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira, na medida em que envolvem conteúdos relacionados às manifestações culturais de diferentes contextos, regiões e épocas. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.

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Situação de Aprendizagem 1 Os Jogos de Ontem e os Jogos de Hoje Os alunos vivenciarão jogos já conhecidos por eles e também jogos propostos por familiares. Conteúdo e temas: jogos populares e seu contexto. Competências e habilidades: identificar diferentes tipos de jogos e reconhecer seus significados socioculturais; valorizar jogos tradicionais da comunidade e do país. Sugestão de recursos: computador com acesso à internet; canetas; lápis coloridos; folhas de papel sulfite.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 1 Professor, antes de iniciar a Etapa 1, você poderá trabalhar as atividades a seguir. Assim, os alunos poderão abordar alguns conhecimentos prévios, o que auxiliará no desenvolvimento desta Situação de Aprendizagem. Agora, vamos tratar de um tema muito popular: o jogo! Você vai aprender que os jogos populares existem há muito tempo e perceber que o esporte a que você assiste hoje, na televisão ou ao vivo, nem sempre foi jogado dessa maneira. Vai ver também que, em alguns tipos de jogo, não há vencedores nem perdedores, há pessoas que cooperam entre si e todos ganham. Mas, para começo de conversa... 1. Quais os jogos que você conhece? Resposta pessoal. Espera-se que o aluno consiga relacionar alguns jogos que, tradicionalmente, são praticados pelas

Etapa 1 – Valorizando os jogos populares Organize os alunos em grupos, formados preferencialmente por meninos e meninas, e peça-lhes que apresentem os jogos que mais gostam. Vivencie pelo menos um dos jogos propostos por grupo, com toda a turma, de acordo com as condições (material e espaço) disponíveis.

Etapa 2 – Relembrando os jogos populares Solicite aos alunos que entrevistem adultos de diversas faixas etárias (pais, avós, tios, conhecidos de seus familiares, moradores antigos do bairro). Para isso, você pode trabalhar a atividade “Pesquisa de campo”, do Caderno do Aluno. Vamos descobrir como e o que jogavam as pessoas mais velhas? Que tal entrevistar alguns parentes (avós, pais, tios), vizinhos ou amigos da família?

crianças e jovens, como taco, queimada, amarelinha etc.

2. Entre estes, qual você joga com mais frequência? Onde? Com quem? Resposta pessoal.

Você já se perguntou como foi a infância dos seus pais e avós? Será que eles brincavam das mesmas coisas que você brinca? Que tal descobrir? Resposta pessoal.

Veja, a seguir, algumas perguntas que você pode fazer a eles. Inclua outras perguntas, se achar que deve, sobre algum assunto de seu interesse ou curiosidade. Anote as respostas para depois compará-las com as dos seus amigos. Verifique os diferentes tipos de jogos que as pessoas praticavam em outras épocas, o que elas faziam e o que você também faz.

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Sugestões de perguntas para a entrevista: 1. Você se incomodaria de me dizer a sua idade? 2. O que você jogava quando tinha a minha idade? (Fale a sua idade para os entrevistados.) 3. Quantas pessoas participavam desse jogo?

4. Em que local era praticado? 5. Que material era necessário? 6. Com quem você aprendeu o jogo? 7. Como ele era jogado? 8. Quais eram as suas regras? 9. Outra pergunta (se você desejar fazê-la).

Registre as respostas no quadro a seguir: Perguntas

Respostas

Idade Nome do jogo No de participantes Local de jogo Material necessário Quem ensinou o jogo O jogo As principais regras do jogo Outra pergunta Responda às questões a seguir, tendo como base os dados que você conseguiu nas entrevistas:

condomínios, clubes, quintais das casas, shoppings e outros

1. Os jogos variam de acordo com a idade das pessoas? Explique.

3. Dos jogos citados, você ficou com vontade de jogar algum que não conhecia? Qual? Por quê?

O objetivo da pesquisa é estabelecer comparações entre diferentes jogos praticados em outras épocas. Espera-se que os alunos consigam perceber que os jogos variam de acordo com a idade e que, quanto mais velho o entrevistado, maior a probabilidade de encontrarem jogos populares e brinquedos confeccionados por eles, pois os brinquedos industrializados (e os jogos eletrônicos) eram muito caros e menos frequentes.

2. Onde essas pessoas jogavam? Você também pratica seus jogos nesses lugares? Espera-se que os alunos percebam que as condições para a prática foram mudando em razão da urbanização – menos espaços nas ruas, menos práticas em ambientes abertos (praças e campos), preocupação com a violência e o trânsito, entre outras possibilidades de resposta, podendo apontar que suas práticas, hoje, estão mais voltadas para espaços em

ambientes com maior controle da segurança.

Resposta pessoal.

Etapa 3 – Vivenciando os jogos populares Os jogos serão apresentados pelos alunos e vivenciados por todos. Discuta com eles o contexto histórico, as intencionalidades presentes, os significados específicos e os valores envolvidos em cada jogo. Agora, professor, solicite a algum aluno que registre (desenhe) algumas das situações vivenciadas em cada jogo, gerando um grande painel de jogos populares apontados pela turma, como proposto no Caderno do Aluno, na “Lição de Casa”.

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Preparando um painel de jogos populares

tudo o mais que a sua criatividade permitir. Leve esse material para a escola, onde receberá orientações para a confecção do painel. Se possível, fotografe o painel quando estiver pronto.

Depois de vivenciar os jogos escolhidos por você, seus colegas e seu professor, chegou a hora de visualizar os vários jogos populares e, então, confeccionar um painel. Você pode desenhar, recortar figuras, captar imagens da internet, fazer composições e

Professor, retomando o Caderno do Aluno, proponha aos alunos o seguinte desafio.

Desafio! Brincadeiras de infância Vamos ver quantas brincadeiras e jogos você conhece.

© Junião

Observe atentamente a charge (ilustração em forma de sátira, valendo-se de caricaturas) de jogos e brincadeiras populares apresentada a seguir. Seu desafio é nomear o maior número possível de jogos e brincadeiras, a partir do que vivenciou em aula, em casa ou dos resultados das entrevistas.

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Liste o nome dos jogos e brincadeiras que você conseguir identificar. 1. Beijo, abraço e aperto de mão

4. Pular corda (foguinho)

7. Taco (bétis)

10. Pula-sela

2. Queimada

5. Pega-pega

8. Esconde-esconde

11. Passa anel

3. Amarelinha 6. Elástico 9. Cabra-cega

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© Ali Meyer/Corbis/Latinstock

Observe a imagem a seguir e responda:

Brincadeiras de criança, de 1560: o quadro de Pieter Bruegel (1525-1569) apresenta várias brincadeiras e jogos típicos da época, muitos ainda existentes na atualidade (óleo sobre tela, 118 cm × 161 cm). Acervo Kunsthistorisches Museum, Viena.

a) Embora o quadro se chame Brincadeiras de criança, são apenas crianças que estão brincando?

que você costuma brincar? Explique em que elas são semelhantes.

Espera-se que o aluno identifique jovens e adultos partici-

dro são semelhantes às da charge e que alguns jogos tam-

pando dos jogos.

bém são praticados por ele.

b) As brincadeiras do quadro de Pieter Bruegel são semelhantes às da charge da página anterior? Elas se parecem com as

Espera-se que o aluno responda que as brincadeiras do qua-

c) Você conhece alguma brincadeira que os adultos também costumam brincar? Qual? Resposta pessoal.

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Situação de Aprendizagem 2 Jogos Cooperativos Os alunos vivenciarão jogos com situações de competição e com certa semelhança ao esporte, mas com ênfase na cooperação. Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos cooperativos. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar princípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos. Sugestão de recursos: bola; bastonetes de giz; bastão ou cabo de vassoura.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 2 Etapa 1 – Pega-pega com bola salvadora Distribua os alunos por toda a quadra ou pátio. Escolha um para atuar como pegador e outro para ser o salvador que começará com a posse da bola. Enquanto o primeiro tenta pegar os alunos, tocando-os, quem estiver com a bola não poderá ser pego. A bola deverá ser passada rapidamente entre todos, na tentativa de salvar os alunos do pegador. Quem for pego passará a ser o pegador. Conforme o desenvolvimento do jogo e de acordo com a facilidade do pegador para tocar os colegas, poderão ser introduzidas mais bolas no jogo, gerando dinâmicas cooperativas para que todos sejam salvos. A intenção é que os alunos cooperem entre si, fazendo a bola “correr” mais que o pegador e, assim, salvando os colegas antes que estes sejam pegos. Discuta com os alunos os valores envolvidos na dinâmica, bem como as estratégias por eles utilizadas.

Etapa 2 – Jogo de rebatida O objetivo do jogo é rebater a bola e ocupar as bases. Ao redor de uma quadra de voleibol, ou equivalente, marque as bases numeradas (com um giz, desenhe círculos com aproximadamente 1 metro de diâmetro,

com os números ao centro). Solicite aos alunos que, em duplas, ocupem as bases (desenhe uma base para cada dupla). Uma dupla começa como lançador e rebatedor no centro da quadra, com bola e bastão (ou um cabo de vassoura). O jogo tem início com o lançador arremessando a bola para que o rebatedor faça a rebatida. Quando isso ocorre, o rebatedor grita o número de uma das bases. A dupla que estiver na base do número chamado deve buscar a bola rebatida e, de posse dela, entrar em qualquer uma das bases. Enquanto isso, todas as duplas devem trocar de base simultânea e aleatoriamente, inclusive o lançador e o rebatedor. A dupla que ficar sem base passa a ser o próximo par de lançador e rebatedor. Caso seja necessário, pode ser combinado que cada aluno deverá passar pela condição de lançador e rebatedor, que cada rebatedor terá determinada quantidade de tentativas para rebater (três, por exemplo) e que o bastão deverá ser deixado no solo pelo aluno logo após realizar a rebatida. Pode haver variações: peça que as duplas corram de mãos dadas, com exceção da dupla chamada para buscar a bola; substitua a rebatida com o bastão por um chute ao gol, arremesso à cesta ou lançamento a um alvo; após a rebatida, e antes de entrar em uma nova base, peça aos

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alunos para trocarem de parceiro, com exceção da dupla que busca a bola. Discuta com o grupo a mobilização coletiva desenvolvida e os valores envolvidos no jogo.

Etapa 3 – Inversão do artilheiro Pode ser realizado no futsal, no handebol, no basquetebol ou em qualquer outro jogo que implique a consecução de ponto quando a bola atingir um determinado alvo, como a cesta, a meta, a linha de fundo etc. Solicite que o marcador do ponto mude de time imediatamente após pontuar. O ponto será contado para o time que marcou, mas o artilheiro vai para o time adversário sempre que este estiver em desvantagem no placar. A intenção é cooperar com o time que está perdendo o jogo, tentando sempre equilibrar as ações entre as duas equipes. Podem ser feitas variações, como o time que tomou o ponto escolher o jogador que deverá migrar para sua equipe.

Etapa 4 – Um por todos e todos por um Discuta com o grupo a intenção das dinâmicas de valorizar a equipe mais que o indivíduo. Procure resgatar elementos apontados

por eles, nas discussões anteriores, quanto à interação ocorrida entre os membros das equipes, às condutas e aos valores vivenciados e às estratégias implementadas. Solicite aos alunos que, em grupos, elaborem um novo jogo ou adaptem algum já conhecido, incluindo nele os elementos cooperativos discutidos. Proponha que a turma vivencie todas as criações.

Etapa 5 – Bola no ar O objetivo deste jogo cooperativo é, através da ação coletiva e simultânea dos alunos, manter as bolas no ar ou em uma área delimitada. Distribua uma bola (bexiga, peteca, bola de meia etc.) para cada aluno. Ao sinal, todos deverão lançar as bolas para o alto e deslocar-se, procurando rebater outra bola que não a sua. Variações: ff aos pares, com uma toalha de rosto (saco de lixo, camiseta, pano de chão, colchonete, colete ou outro material maleável e compatível) e uma bola; ff dentro de uma área delimitada, trocar passes, com as mãos, com uma bola para cada aluno; ff aos pares, de mãos dadas, com uma bola para cada dupla, trocar passes com os pés.

Situação de Aprendizagem 3 Jogos Pré-Desportivos Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos pré-desportivos; esporte coletivo: princípios gerais de ataque, defesa e circulação da bola. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar diferentes tipos de jogos e reconhecer seus significados socioculturais; identificar princípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos; identificar alguns princípios comuns do esporte coletivo. Sugestão de recursos: bolas de basquetebol e futsal; bastonetes de giz.

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Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 3 Etapa 1 – Bola na torre (modalidade de quadra) Organize os alunos em grupos de seis, formando equipes que terão como objetivo a troca de passes para levar uma bola de basquetebol a um alvo, a “torre”, representada por um aluno da mesma equipe dentro de um pequeno círculo desenhado no chão com giz. Os alunos deverão trocar passes e poderão driblar a bola para alcançar o alvo. Sempre que o objetivo for cumprido, a equipe marca um ponto. Recomende aos alunos que evitem tocar no corpo do adversário, tirar-lhe a bola das mãos ou impedir que o aluno que tem a posse de bola faça o passe. No entanto, os passes poderão ser interceptados. Ao aluno que estiver com a bola nas mãos, é permitido dar apenas dois passos. Algumas regras poderão ser estabelecidas ao longo do jogo, a fim de otimizar a circulação da bola e a comunicação entre os alunos, como vetar arremessos de longa distância para a “torre”, impedir que o aluno que fez o último passe receba a bola em seguida etc. Ao final desse jogo pré-desportivo, aponte as semelhanças e aproximações com o basquetebol. Variações: ff divida a quadra em dois ou três campos, segundo o número de alunos da turma, para otimizar a participação. Estabeleça rodízio entre as equipes de modo que os adversários não se repitam. Caso haja alunos excedentes, o rodízio pode ser estipulado conforme um tempo ou um placar previamente acordado; ff explore outras modalidades de quadra, como o handebol ou o futebol, nos quais no lugar da “torre” delimita-se uma área

que simule o gol (com dois cones ou outro objeto), por onde a bola deverá passar. Outra variação possível se refere aos esportes que utilizam o rebater no lugar dos passes, como o voleibol. Caso haja disponibilidade de material, utilize a bola correspondente da modalidade.

Etapa 2 – Três contra três (futebol) Organize os alunos em trios para uma situação de ataque contra defesa, com o objetivo de fazer um gol. Para evitar os chutes de longa distância, determine que o gol somente poderá ser feito dentro da área. Não se pretende enfatizar, neste momento, os chutes de longa distância, mas a troca de passes e a movimentação da bola e dos jogadores para as equipes em situação de ataque, assim como as dinâmicas de marcação para os trios em situação de defesa. O jogo com equipes compostas por poucos alunos (neste caso, três, mas pode haver outras configurações) favorece a participação de todos, tanto no ataque como na defesa, além de tornar possíveis ações técnico-táticas mais simples, favorecendo a compreensão e a aprendizagem.

Etapa 3 – Do jogo ao esporte Após realizar os jogos pré-desportivos, pergunte aos alunos sobre a relação entre os elementos constitutivos do jogo e as modalidades esportivas, definindo e registrando, se possível, as aproximações e as diferenças. Solicite também que os alunos, divididos em grupos, criem jogos “preparatórios” para outras modalidades esportivas, que poderão ser apresentados e vivenciados por todos.

Etapa 4 – Pebolim ou totó humano O objetivo deste jogo pré-desportivo é vivenciar os princípios gerais de ataque e defesa, fazer a bola chegar à meta dos opo-

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nentes, entretanto, sem soltarem uma corda (ou outro meio) que os una e impeça que saiam da formação linear preestabelecida. Pergunte aos alunos quem conhece ou já jogou pebolim de mesa. Curiosidade É possível que algum aluno conheça o jogo por outro nome. Solicite que façam uma pesquisa para verificar outras nomenclaturas possíveis. No Brasil, nas regiões Norte, Nordeste e também no Estado do Rio de Janeiro, ele se difundiu como totó, que representa a abreviação de toque-toque. Em São Paulo, Paraná e sul de Minas, é chamado pebolim. Na região Sul, é conhecido como pacau e, em Porto Alegre, como fla-flu.

Variações: ff idem, mas com a formação do jogo de futsal (apenas cinco jogadores); f f idem, mas prendendo a corda nos pés ou na cintura e utilizando as mãos para rebater a bola, passá-la e arremessá-la ao gol; ff idem, mas sem as cordas para referência.

Professor, atividades como carimbador maluco, pique-bandeira e estafetas também contemplam esse objetivo.

© Conexão Editorial

Peça que mostrem, graficamente, como são distribuídos os jogadores. Estenda oito cordas transversalmente na área que servirá de campo de jogo e peça que os alunos demarquem, no solo, as posições e se coloquem sobre elas, conforme o esquema a seguir:

Solicite aos alunos que identifiquem as posições dos jogadores, conforme o jogo de futebol de campo, e proponham as regras do jogo, baseados no jogo de pebolim de mesa. A bola é rolada para o centro e os jogadores da equipe tentarão fazê-la chegar, por meio de chutes, até a meta do oponente, sem soltarem as mãos das cordas, mas podendo locomover-se lateralmente.

1a corda – um jogador – goleiro da equipe A 2a corda – dois jogadores – defesa da equipe A 3a corda – três jogadores – ataque da equipe B 4a corda – cinco jogadores – meio de campo da equipe A 5a corda – cinco jogadores – meio de campo da equipe B 6a corda – três jogadores – ataque da equipe A 7a corda – dois jogadores – defesa da equipe B 8a corda – um jogador – goleiro da equipe B

Figura 4 – Pebolim humano.

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Situação de Aprendizagem 4 Esporte Coletivo: princípios gerais Os alunos se envolverão em dois jogos, utilizando bola, para enfatizar alguns princípios de ataque e defesa no esporte coletivo. Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos pré-desportivos; esporte coletivo: princípios gerais de ataque, defesa e circulação da bola. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar princípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos; identificar alguns princípios comuns do esporte coletivo. Sugestão de recursos: bolas; garrafas PET.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 4 Etapa 1 – “Passa-dez” Organize equipes com quatro, cinco ou seis alunos, formados, preferencialmente, por meninos e meninas. Duas equipes dividem o mesmo espaço de jogo e uma bola. O objetivo é otimizar a circulação da bola entre os alunos de uma equipe. Toda vez que uma equipe fizer dez passes seguidos, marca-se um ponto. Pode haver restrição quanto à volta da bola para quem fez o passe anterior, por exemplo, perder a posse de bola. Uma variação pode ser o “passa-dez” por tempo, em que os passes serão contados cumulativamente pelas equipes, vencendo a equipe que trocar mais passes no tempo determinado. Os passes poderão ser feitos também com os pés. Outra variação possível é o “passa-dez” com alvo, no qual os jogadores e a bola devem se dirigir ao alvo em área oponente, alternativa que oferece uma noção espacial da quadra e um início de transição ataque-defesa. Nesse momento, como ainda não há a definição da modalidade trabalhada, os alvos podem ser a cesta, a tabela, o gol ou mesmo a linha de fundo da quadra.

É importante destacar que o jogo de “passa-dez” já deve ter sido vivenciado pelos alunos. Nesse momento, porém, ele adquire o caráter de atividade estimuladora de alguns princípios do esporte coletivo, como a rápida circulação de bola, a demarcação e os deslocamentos.

Etapa 2 – Defesa e ataque ao cone Organize equipes com cinco ou seis alunos, formadas, preferencialmente, por meninas e meninos. O objetivo é que uma das equipes proteja um cone (ou uma garrafa PET cheia de areia) colocado no centro de um círculo desenhado com giz na quadra, enquanto outra, trocando passes com a bola, tenta derrubar o cone/garrafa com arremessos. Depois, inverta as funções. A intenção é estimular a criação de uma organização entre os alunos, tanto na defesa quanto no ataque, em relação ao alvo. O jogo pode ser variado, ampliando ou diminuindo a área do cone. Também se pode criar outro círculo mais externo, gerando uma área onde só a defesa possa permanecer, distanciando as ações de ataque. Posteriormente, pode-se fazer a mesma atividade em torno do garrafão ou da linha de três pontos do basquetebol, da área do futsal ou do handebol.

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Nas aulas, você vivenciou várias possibilidades de jogos. Pesquisou os jogos populares, comparou as brincadeiras de hoje com as do passado e viu que algumas permaneceram iguais e outras sofreram adaptações. Participou de jogos em que toda a turma tinha o mesmo objetivo, alcançado pela cooperação, e, em outras situações, competiu e ajudou sua equipe contra a outra.

© Boris Streubel/Bongarts/Getty Images

1. Escreva a que tipo de jogo se refere cada imagem, cooperativo ou competitivo:

© Conexão Editorial

a) Competitivo.

b) Cooperativo.

Professor, antes da avaliação, você pode criar um momento para esclarecer dúvidas, por meio das atividades a seguir. © Tim de Waele/Corbis/Latinstock

Neste jogo, é importante que seja destacada para os alunos a necessidade da organização do ataque e da defesa nas várias modalidades do esporte coletivo.

c) Competitivo. 2. Os jogos populares representam a manifestação da cultura de determinada sociedade e contribuem para divulgar e preservar as tradições ao longo do tempo. São jogos com regras que variam de lugar para lugar, não exigem um espaço específico para sua prática e muitos, também, fizeram parte da infância de pessoas mais velhas, como nossos pais ou avós. Dos jogos a seguir, assinale com um X os que são considerados populares: ( X ) bolinha de gude ( ) voleibol ( X ) amarelinha ( ) basquetebol ( X ) pular corda ( X ) esconde-esconde ( X ) jogo de taco (bétis) 3. Se pensarmos em esportes coletivos, temos aqueles em que os jogadores das equipes se enfrentam diretamente, procurando, a cada ação, alcançar os objetivos do jogo (gol ou cesta, por exemplo) e evitar, ao mesmo tempo,

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dades esportivas individuais nas quais, em certos momentos, são realizadas apresentações em grupo. Assinale com um X as figuras que correspondem aos esportes coletivos: © Tim De Waele/Corbis/Latinstock

© Boris Streubel/Bongarts/Getty Images

que os jogadores da outra equipe alcan­ cem a mesma finalidade. Temos, também, esportes coletivos em que as equipes cooperam entre si para um obje­tivo comum. Há, ainda, modali-

b) ( ) © Wilson Dias/ABr

© Elza Fiúza/ABr

a) ( X )

c) ( ) © Wilson Dias/ABr

© Yves Herman/Reuters/Latinstock

d) ( X )

e) ( X )

f) ( )

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Desafio! Encontre dez palavras que se referem ao tema “Jogo e esporte”. Ataque Brincadeira

Cooperativo Competição

Defesa Esporte

Jogo Popular

Pré-desportivo Regras

As palavras podem estar invertidas, na diagonal, na vertical ou na horizontal. Ao encontrar a palavra no quadro, risque-a da lista acima.

A B V X Z Z

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S D F G R T

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F G R T C F G R T V W V V O G D S

A E W Q Ç O A

Atividade avaliadora Professor, você deve ter observado os alunos durante os vários jogos propostos, avaliando suas ações no sentido tático enfatizado nas atividades. Em vez de avaliar a execução correta de um arremesso ao alvo, ou se uma determinada ação levou à vitória da equipe, ou o número de pontos feitos por um aluno, procure analisar a movimentação tática dos alunos e a intenção de realizar os passes de forma mais inteligente e objetiva, gerando uma movimentação de defesa e de ataque mais organizada, tanto individual como coletivamente.

Ao longo das Situações de Aprendizagem apresente aos alunos algumas questões, como: ff Quais foram os tipos de jogos tratados? ff Quais foram as semelhanças e as diferenças percebidas entre os vários tipos de jogos e as modalidades do esporte? ff Como podemos nos organizar melhor para jogar em equipe? ff O que é cooperação e o que é competição? Como as percebemos durante o jogo? ff Quais são os princípios do esporte coletivo?

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Proposta de situações de recuperação Durante o percurso pelas várias etapas das Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras situações sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou em pequenos grupos, envolvendo todos os alunos ou apenas os que apresentaram dificuldades. Por exemplo:

ff resolução de situações-problema sugeridas pelo professor, referentes a princípios gerais do esporte coletivo; ff reapresentação da Atividade Avaliadora desenvolvida em outra linguagem (por exemplo: descrever verbalmente ou com desenhos as atividades realizadas na quadra); ff atividade-síntese de um determinado conteúdo, em que as várias atividades sejam refeitas em uma única aula e discutidas posteriormente (por exemplo: circuito que contemple diferentes tipos de jogos).

ff roteiro de estudos com perguntas nortea­ doras elaboradas por você, para posterior apresentação por escrito; ff apreciação e análise de filmes ou documentários, orientadas por você; ff apreciação e registro, por parte do aluno, dos próprios movimentos e dos colegas; ff pesquisas em sites ou em outras fontes para posterior apresentação e análise;

Professor, leia agora com a classe a seção “Aprendendo a aprender”, do Caderno do Aluno. Procure mostrar aos seus alunos que se trata de um texto com informações extras e que não está diretamente ligado às Situações de Aprendizagem. Caso haja necessidade, você pode contextualizar a informação utilizando-se de seus próprios conhecimentos.

Além dos conteúdos vivenciados em aula, o Caderno do Aluno apresentará dicas de alimentação e postura para você e toda sua família. Dessa maneira, você poderá contribuir para a saúde de todos. Neste Caderno, a nossa dica é sobre alimentação.

Faça várias refeições Observe se seus hábitos alimentares estão corretos. Para ter uma alimentação saudável, devemos nos preocupar com a quantidade e a qualidade do que comemos. O ideal é fazer de cinco a seis refeições por dia. Precisamos comer a cada três horas para que nosso organismo funcione bem e se torne mais ativo. E quais seriam essas refeições, então? ff café da manhã;

ff lanche da manhã; ff almoço; ff lanche da tarde; ff jantar; ff lanche da noite (opcional). Você já ouviu falar que, na época em que o homem vivia nas cavernas, era preciso caçar para conseguir alimento? Então, não era todo dia que ele tinha alguma coisa para comer e, às vezes, passava vários dias sem comida. Sabe o que o organismo dele fazia para enfrentar esse problema? Quando havia muito alimento, seu corpo guardava a energia (combustível) que sobrava, pois não sabia quando se alimentaria novamente. Nos dias de hoje, não vivemos mais em cavernas, mas não mudamos muito desde

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aquela época. Continuamos adaptados à falta de alimentos. Por isso, nosso corpo ainda guarda aquela informação de que é preciso armazenar quando há comida em grande quantidade. E ele faz isso acumulando a energia que sobra na forma de gordura em diferentes regiões do corpo.

Então, o que fazer para não guardar tanta gordura? Precisamos comer mais vezes, porém em porções menores. Assim, nosso corpo se acostuma a receber sempre o alimento e aproveita melhor os nutrientes de que tanto precisamos. Viu como é importante não passar mais de três horas sem comer?

Dica! No quadro a seguir, você encontra recomendações de lanches saudáveis e outros que você deve evitar. Lanches saudáveis ff sanduíches com pão integral e grãos; ff barras de cereais; ff água de coco e sucos naturais; ff bolo simples (sem recheio ou cobertura); ff biscoitos simples (de amido de milho,

com leite) ou rosquinhas;

ff bolachas salgadas, como as de água e sal; ff bolachas fibrosas, como as de aveia e mel,

e outras integrais; ff bisnaguinhas com requeijão, queijo branco ou geleia; ff frutas; ff iogurte.

Lanches que devemos evitar ff salgadinho de pacote; ff minibolo recheado; ff pipoca doce ou salgada; ff bolacha recheada ou do tipo wafer ; ff biscoitos de polvilho; ff doces, balas e chocolates; ff refrigerantes e sucos artificiais (em pó); ff biscoitos salgados que não sejam de água

e sal; ff amendoins; ff salgadinhos (coxinha, empadinha, rissoles).

Agora, em grupo, discutam as seguintes questões:

Dica!

1. Quantas refeições você faz por dia?

Então, lembre-se: faça de cinco a seis refeições diárias.

Resposta pessoal.

2. Você chega a ficar mais de três horas sem se alimentar? Resposta pessoal.

3. Qual tipo de lanche você costuma fazer? Resposta pessoal.

Preste atenção na quantidade e na qualidade dos alimentos que ingere, comendo mais vezes, porém em porções menores.

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Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BRACHT, Valter. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3. ed. Ijuí: Unijuí, 2005. O autor apresenta elementos teóricos para uma melhor compreensão das críticas que se fazem ao esporte. BROTTO, Fábio O. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar! Santos: Projeto Cooperação, 1997. O autor apresenta estratégias para diferentes situações que envolvem jogos, basea­ das na cooperação entre os participantes, com a intenção de questionar as condutas competitivas. ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. O autor propõe os princípios dos jogos cooperativos – a cooperação, a aceitação, o envolvimento e a diversão – como maneira de mudar as características presentes nos jogos competitivos, como a exclusão, a seletividade, a violência etc.

Artigos CORREIA, Marcos Miranda. Jogos cooperativos e Educação Física escolar: possibilidades e desafios. Lecturas: Educación Fisica y Deportes, Buenos Aires, v. 12, n. 107, abr. 2007. Disponível em: <http://www.efdeportes. com/efd107/jogos-cooperativos-e-educacaofisica-escolar.htm>. Acesso em: 28 out. 2013. O objetivo do autor é relatar sua experiência como professor e pesquisador interessado nos jogos cooperativos, fazendo uma revisão da literatura e apontando possibilidades e desafios para o trabalho na Educação Física escolar. DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de

Ciência & Movimento, Brasília, v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: <http://sistemas. eeferp.usp.br/myron/arquivos/7844237/ a10c682c8393639f3cd41cdbbb312991.pdf>. Acesso em: 22 maio 2013. Partindo das ideias de Claude Bayer sobre o esporte coletivo, este artigo propõe um modelo pendular para o ensino das modalidades coletivas, tendo na sua base os princípios operacionais e na extremidade os gestos técnicos.

Sites Aracati – Caderno de Jogos Cooperativos. Disponível em: <http://aracati.ning.com>. Acesso em: 22 maio 2013. Site de uma organização não governamental que se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de participação juvenil no Brasil. Apresenta a fundamentação pedagógica dos jogos cooperativos e diversos exemplos. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Disponível em: <www.educacao.mg. gov.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresenta orientações curriculares para as disciplinas escolares, com pequenos textos que podem auxiliar o professor em suas aulas, ou ser utilizados como leitura para os alunos.

Filme Uma aventura do Zico. Direção: Antônio Carlos de Fontoura. Brasil, 1998. 93 min. Livre. Uma rede de TV promove uma “peneira” para escolher garotos que serão treinados pelo craque Zico em uma escolinha de futebol. O filho mimado de um milionário não é selecionado, e o pai contrata um cientista, que cria um clone de Zico para treinar seu filho. Aí começam as confusões, com os diferentes estilos de treinamento dos dois “Zicos”: um mais lúdico, que inclui a participação de todos, e outro diretivo, que busca apenas a vitória.

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Tema 2 – Organismo humano, movimento e SAÚDE

– CAPACIDADES FÍSICAS: NOÇÕES GERAIS (AGILIDADE, VELOCIDADE E FLEXIBILIDADE ) E A IMPORTÂNCIA DO ALONGAMENTO E DO AQUECIMENTO A Educação Física possibilita aos alunos a elaboração de uma série de conhecimentos relativos ao Se-Movimentar, e é ao compreender, sentir e manifestar seu movimento que os seres humanos interagem com o ambiente em que vivem. Uma parte desses conhecimentos faz referência aos valores atribuídos à necessidade da prática regular de atividade física para a busca e a manutenção de uma melhor qualidade de vida. Para tanto, é preciso favorecer o pensamento criterioso dos alunos com conhecimentos sobre o funcionamento do organismo humano, de modo a possibilitar o acesso aos saberes que estão atrelados à prática de atividades físicas. Na 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, a introdução ao tema “Organismo humano, movimento e saúde” tem por finalidade levar os alunos a compreender a relação entre essas dimensões fundamentais da nossa vida. Neste Caderno, serão enfocadas algumas capacidades físicas (flexibilidade, velocidade e agilidade) de forma mais sistematizada, fazendo que os alunos não só as vivenciem em aula, mas identifiquem e se apropriem de alguns de seus princípios básicos, como parte do início da construção da autonomia nas práticas da Cultura de Movimento. Outras capacidades físicas serão abordadas no volume seguinte, e suas aplicações e relações com o esporte, a ginástica, a luta e o treinamento físico serão desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. Paralelamente às capacidades físicas, neste volume

também serão abordados o alongamento e o aquecimento, práticas necessárias para a execução de algumas manifestações da Cultura de Movimento.

As capacidades físicas Há um consenso de que as capacidades físicas possuem um componente inato ou intrínseco, modificável pelo ambiente, e que necessitem de ações que as estimulem para seu desenvolvimento. Essas capacidades físicas permitem melhorar a realização de qualquer tipo de movimento, exceto quando há algum comprometimento na estrutura orgânica. Observa-se a importância das capacidades físicas tanto no desempenho dos atletas quanto no das pessoas que não buscam o alto rendimento no esporte, constituindo-se em componentes importantes da saúde, da aptidão física e do bem-estar de qualquer ser humano. Para Tani e colaboradores (1988, p. 67), as capacidades físicas “são características funcionais essenciais na execução de uma habilidade motora. Quando desenvolvidas, proporcionam ao executante uma melhoria do nível de habilidade”. A compreensão das diferentes manifestações das capacidades físicas e suas contribuições para a melhoria funcional do organismo deve ser fomentada no âmbito escolar, para demonstrar a necessidade da realização de atividades físicas regulares, não só durante as aulas de Educação Física, mas por toda a vida.

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Algumas definições: flexibilidade, velocidade, agilidade Flexibilidade: é a capacidade que permite “a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações” (Gobbi; Villar; Zago, 2005, p. 184), sem causar lesão. Para Saba (2004, p. 104), “flexibilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos, utilizando com facilidade a mobilidade articular”. Velocidade: é a capacidade de mover o corpo ou parte dele com rapidez ou no menor tempo possível. Na Educação Física, usualmente, é associada à velocidade máxima, que é “o limite superior de velocidade que um indivíduo consegue desenvolver na realização de uma tarefa motora” (Gobbi; Villar; Zago, 2005, p. 129). Pode ser classificada em diferentes tipos: velocidade de reação, acíclica e cíclica. Agilidade: é a capacidade de “realizar movimentos de curta duração e alta intensidade com mudanças de direção ou alterações na altura do centro de gravidade do corpo, com aceleração ou desaceleração” (Gobbi; Villar; Zago, 2005, p. 130).

Alongamento e aquecimento O organismo humano necessita de encaminhamentos para responder adequadamente às necessidades contextuais e às demandas do ambiente. A intenção de conhecê-los é propiciar aos alunos informações que possibilitem o Se-Movimentar em conformidade com as solicitações das diversas manifestações da Cultura de Movimento, como a percepção e a preservação de uma boa qualidade da saúde orgânica em diferentes situações do cotidiano. Com relação ao alongamento, Saba (2004, p. 121-122) afirma que essa prática favorece a manutenção ou o aumento da capacidade física de flexibilidade. Ainda para o autor, “o alongamento evita o encurtamento da musculatura em razão do seu fortalecimento ou enrijecimento e permite que os movimentos continuem sendo realizados em sua amplitude normal, evitando lesões; e ainda promove uma recuperação mais rápida após esforço com sobrecarga”. Barbanti (2003) classifica o alongamento em dois tipos: dinâmico e estático. Ao considerar o alongamento como um conteúdo a ser tratado neste ciclo de escolarização, há que se pensar na prática, nas condutas e nos conceitos que podem ser socializados em Situações de Aprendizagem. Já

a abordagem do aquecimento requer, inicialmente, uma analogia com aquilo que o ato de aquecer produz no organismo. Se a expressão “aquecimento” pode ser utilizada para o organismo humano, isso significa que ele necessita de uma preparação para realizar uma série de movimentos nas aulas de Educação Física, associados aos diversos elementos da Cultura de Movimento. Olhando por outra perspectiva, o sujeito que Se-Movimenta pode perceber que a alteração do estado de repouso de seu organismo requer respostas fisiológicas e anatômicas compatíveis com as intenções de seus movimentos. Para Saba (2004, p. 122-124), “o aquecimento deve ser realizado no momento transitório entre o repouso ou um estado de menor intensidade fisiológica e o estado de esforço físico, de modo a preparar a estrutura anatômica e fisiológica do organismo humano para alcançar um desempenho desejável na atividade física, evitando, assim, o mal-estar ocasionado pela alteração fisiológica súbita e diminuindo os riscos de estiramentos musculares, problemas cardíacos etc.”. Por exemplo, observar uma partida de voleibol com os jogadores alcançando a

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bola para o ataque em alturas inimagináveis, observar a amplitude de movimentos de uma bailarina na apresentação de um espetáculo de dança, observar um jogador de basquetebol, handebol ou futebol nas constantes corridas de velocidade para a realização de um contra-ataque etc. permite entender que, para a manifestação daquele gesto, é preciso en-

gajar o próprio organismo em um conjunto de ações que o preparem para aquela ação, e, entre elas, está o aquecimento. Além disso, é preciso que os alunos compreendam a importância do aquecimento nas mais variadas atividades cotidianas, de modo a favorecer um estado saudável de manutenção e funcionamento do próprio corpo.

Possibilidades interdisciplinares Professor, o tema “Organismo humano, movimento e saúde” poderá ser desenvolvido de modo integrado com outras disciplinas, na medida em que envolvem conteúdos comuns. Por exemplo: Ciências (estudo do organismo humano, da saúde, da temperatura corporal) e Matemática (elaboração de critérios para quantificação de algumas características). Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.

Situação de Aprendizagem 5 Todos somos capazes A princípio, abordam-se a necessidade e a importância da realização de um aquecimento prévio. Sugere-se desenvolver o conteúdo de práticas de aquecimento de modo integrado com o tema “Jogo e esporte”. Em seguida, a realização de um circuito de exercícios permitirá vivenciar a velocidade e a agilidade e, a seguir, formular conceitos

iniciais dessas capacidades. A etapa seguinte propõe a vivência do alongamento como uma prática propiciadora da flexibilidade, relacionando-a com atividades físicas diversas. Por fim, a avaliação prevê o envolvimento dos alunos na elaboração de uma atividade que contemple os conhecimentos construídos.

Conteúdo e temas: capacidades físicas: agilidade, velocidade e flexibilidade; alongamento e aquecimento. Competências e habilidades: identificar as capacidades físicas de velocidade, agilidade e flexibilidade presentes nas atividades do cotidiano e em algumas manifestações da Cultura de Movimento; reconhecer a importância e as características do aquecimento; reconhecer a importância do alongamento para o organismo humano; relacionar as capacidades físicas de velocidade, agilidade e flexibilidade com as práticas de aquecimento e alongamento. Sugestão de recursos: bola; cronômetro; apito.

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Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 5 Professor, antes de iniciar a Etapa 1, solicite aos seus alunos que realizem as atividades a seguir. Com elas você poderá levantar os conhecimentos prévios da classe acerca do assunto. Você vivenciou os jogos populares, cooperativos e competitivos. Algumas situações de jogo foram prazerosas, outras frustrantes; em determinados movimentos você teve mais facilidade, em outros nem tanto. Chegou a hora de entender um pouco mais sobre o que proporcionou todas essas experiências: seu corpo! Você conhece seu corpo? Tudo bem, é claro que você sabe onde está seu nariz, por onde entra e por onde sai o alimento ingerido e seu excesso. Mas sabe o que acontece com seu corpo enquanto você joga, por exemplo? Vamos ver? Ao ler as frases a seguir, escreva: ff Concordo. – se você concordar com a informação; ff Discordo. – se você discordar; ff Não sei. – se você não tiver certeza. 1. O aquecimento serve para preparar o corpo para a atividade física. Concordo.

2. O suor é consequência do excesso de água no organismo. Discordo.

3. Sua velocidade, flexibilidade e agilidade são as mesmas antes e depois do aquecimento. Discordo.

4. Alongamento só serve para quem faz dança ou ginástica. Discordo.

Etapa 1 – Aquecendo para o jogo Organize o aquecimento destacando, distintamente, as duas fases, geral e específica, de modo que os alunos percebam o encadeamento de ambas nos jogos que serão desenvolvidos. A fase geral começa com caminhadas em ritmos variados, podendo ser introduzida uma leve corrida. Após o término dessa fase, inicie alguns movimentos de alongamento para as partes específicas do corpo que serão mais solicitadas no jogo e, por fim, crie com os alunos alguns exercícios que preparem, gradativamente, as estruturas articulares e musculares envolvidas. Problematize a questão do aquecimento junto aos alunos em quatro momentos: inicialmente, antes do aquecimento, levantando as principais ideias a respeito da atividade; segundo, após a fase geral; terceiro, após a fase específica; e quarto, no final da aula, para que os alunos reflitam sobre a relação entre o aquecimento e o desempenho no jogo. Sugere-se que, ao término dos quatro momentos de problematização, seja construí­ do um painel com as principais hipóteses e confirmações de dados obtidos pelos alunos, para que possam anotá-los ao final da aula.

Etapa 2 – Velozes e ágeis Os alunos vivenciaram as capacidades físicas de velocidade e agilidade ao longo do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. Agora, é possível ampliar essas capacidades físicas, explorando suas aplicações nas diversas manifestações da Cultura de Movimento. Para isso, são sugeridos dois momentos: ff organize um circuito de exercícios que exija as capacidades de agilidade e velocidade diretamente relacionadas. A capacidade de velocidade poderá ser desmembrada em tipos determinados, de acordo com a classificação e adequada à faixa etária: velocidade de reação (exemplo: reagir a um estímulo para apa-

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nhar uma bola e voltar ao local de origem), velocidade de deslocamento (exemplo: corrida veloz em um espaço determinado) e velocidade acíclica (exemplo: corrida para saltos em distância no colchão). Para isso, organize pelo menos quatro estações no circuito, sendo três específicas de velocidade e uma de agilidade (exemplo: levar o maior número de objetos de um ponto a outro, com mudança de direção); ff organize um evento (gincana, torneio de jogos etc.) em que os alunos marquem pontos nas atividades sempre que executarem ações ágeis ou velozes. É importante que os alunos participem do processo de criação da atividade, o que possibilitará que percebam mais facilmente a presença das capacidades físicas em algumas manifestações da Cultura de Movimento. Problematize esta atividade, enfatizando as características que definem cada uma das capacidades de velocidade e agilidade envolvidas em cada exercício.

vocês vivenciarão a flexibilidade, a velocidade e a agilidade. Será que você teve algumas dessas capacidades diminuídas? Vamos descobrir! Pergunte a alguém que o conhece desde quando você era bebezinho, se você era bem “molinho” e se conseguia pôr o pé na boca. Pense um pouco no que lhe disseram e responda: 1. Você conseguia? Ainda consegue? Resposta pessoal. É possível que, nesta fase do desenvolvimento, o aluno já experimente uma diminuição da flexibilidade. A intenção é que esta reflexão desperte a curiosidade para a capacidade física envolvida e o tipo de exercício que se pratica a fim de melhorá-la.

2. Qual capacidade está envolvida nessa execução? Flexibilidade.

3. Que tipo de exercício fazemos para melhorar essa capacidade? Alongamento.

Professor, concluída mais uma etapa desta Situação de Aprendizagem, dê continuidade à sistematização das vivências práticas dos alunos, propondo-lhes as atividades a seguir. Nas situações de jogo, além de compreender a estrutura da atividade, as regras, a origem, cooperar e competir, você precisou correr, saltar, girar, arremessar, equilibrar-se, fintar, driblar (bater bola) etc. Para que você conseguisse fazer tudo isso, precisou usar suas capacidades físicas e já percebeu que, a cada ano, essas capacidades melhoram. Isso acontece por dois motivos: pelo desenvolvimento da sua estrutura física e pela prática de atividades físicas. Já notou que, quando praticamos uma atividade com frequência, fazemos isso cada vez melhor? Você trabalhará essas capacidades físicas com a turma; em especial,

Etapa 3 – Seres elásticos! Como assim? A proposta desta etapa é criar um ambiente de melhoria da amplitude de movimento nas diferentes situações cotidianas da atividade física, enfatizando a flexibilidade. É importante ressaltar que o objetivo não é aumentar o nível de flexibilidade dos alunos em poucas aulas, mas fazê-los compreender que, se essa capacidade for exercitada, é possível realizar melhor diversas atividades da Cultura de Movimento. Sugira aos alunos que realizem exercícios específicos para a flexibilidade de determinadas articulações, envolvidas nos principais movimentos exigidos em alguma etapa de desenvolvimento do tema “Jogo e esporte”, como, por exemplo, em um jogo cooperativo ou pré-desportivo.

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Problematize a atividade, levando em consideração o conceito de flexibilidade, sua relação com o alongamento e, consequentemente, com a necessidade de um aquecimento específico.

importância do aquecimento na preparação para a atividade física, na prevenção das lesões e no desempenho durante o jogo.

Solicite aos alunos que façam as atividades a seguir. Elas são uma oportunidade de rever os conceitos vivenciados nesta Situação de Aprendizagem e solucionar dúvidas que ainda possam existir.

Situação-problema

Muito bem, foi dada a largada para o tema das capacidades físicas, mas antes precisamos “aquecer os motores”.

Digamos que hoje é domingo e que, daqui a pouco, você vai jogar uma partida de taco, futebol ou vôlei ou brincar de esconde-esconde ou pega-pega. Pensando no que você aprendeu nas aulas de Educação Física, como seria seu aquecimento? Resposta pessoal. É possível que, nesta fase do desenvolvimento, o aluno já experimente uma diminuição da flexibilidade. A intenção é que esta reflexão desperte a curiosidade para a

Você vivenciou nas aulas a fase geral e a fase específica do aquecimento e aprendeu a

capacidade física envolvida e o tipo de exercício que se pratica a fim de melhorá-la.

Desafio! Nas modalidades esportivas, todas as capacidades físicas são importantes. Mas, de acordo com a modalidade, uma capacidade é mais evidente na execução dos movimentos do que outras. Por exemplo, um atleta de corrida precisa de flexibilidade e agilidade, mas a velocidade é a capacidade mais evidente no momento da corrida. Nas execuções seguintes, qual capacidade (agilidade, flexibilidade ou velocidade) está mais evidente?

1. Natação © Nikolaevicho/Stone/Getty Images

© Greg Ceo/Taxi/Getty Images

2. Ginástica artística

ff Capacidade: Velocidade.

ff Capacidade: Flexibilidade.

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1. Analise as seguintes situações e anote a capacidade utilizada em cada uma delas. a) Você dribla uma bola e um colega tenta tirá-la de você, mas você consegue fintá-lo, passando por ele. Capacidade: Agilidade b) Você está frente a frente com um colega. Coloca o seu pé sobre o ombro dele e permanece na posição por 20 segundos. Capacidade: Flexibilidade c) Vocês estão em duas fileiras, uma de frente para a outra, a uma distância de dois metros. Uma fileira se chama “dia”

e a outra, “noite”. O professor chama o nome de uma das fileiras, que deve fugir da outra. Capacidade: Velocidade 2. Durante as aulas, você vivenciou diferentes atividades de agilidade, flexibilidade e velocidade. Descreva a que você mais gostou, por que e qual a capacidade utilizada. Resposta pessoal. Pretende-se verificar se o aluno identifica a capacidade estimulada na atividade escolhida por ele.

3. Apresente dois exercícios para melhorar a flexibilidade. Quais seriam? Resposta pessoal. Pretende-se verificar se o aluno identifica os alongamentos como exercícios para melhoria da flexibilidade.

Atividade avaliadora Organize os alunos em três grupos responsáveis por momentos distintos de uma sessão de atividades físicas: um grupo fica responsável pelo aquecimento; outro, por um jogo que envolva algumas das capacidades físicas aprendidas; e o último se responsabiliza pelo alongamento final. Os alunos poderão consultar textos e sites para ampliar seu conhecimento. Será necessário que os grupos conversem entre si, de modo que os momentos distintos da aula tenham uma relação com os propósitos de cada grupo. O plano

da sessão deverá ser apresentado por escrito, com as devidas fases registradas, e vivenciado na quadra, com a participação de todos os alunos. Os indicadores de avaliação estão atrelados à participação dos alunos nas vivências e nas discussões propostas para os momentos de problematização, bem como na organização e reorganização da sessão de atividades físicas proposta pelos grupos, segundo os conhecimentos elaborados ao longo das aulas.

Proposta de situações de recuperação Durante o percurso pelas várias etapas da Situação de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos ou desenvolver as habilidades da forma esperada. É necessário, então, professor, elaborar outras Situações de Aprendizagem, permitindo

ao aluno revisitar o processo de outra maneira. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou em pequenos grupos, envolvendo todos os alunos ou apenas os que apresentaram dificuldades. Por exemplo:

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ff roteiro de estudos com perguntas norteadoras elaboradas por você, para posterior apresentação por escrito; ff pesquisas em sites ou em outras fontes para posterior apresentação e análise; ff apreciação e registro, por parte do aluno,

dos próprios movimentos e dos colegas; ff atividade-síntese do conteúdo em que as várias atividades sejam refeitas em uma única aula e discutidas posteriormente (por exemplo, circuito que contemple as capacidades físicas tratadas neste Caderno).

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educação física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. O autor apresenta definições e conceitos das capacidades físicas na área de Educação Física e esporte. GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Traz extensa abordagem sobre as diferentes capacidades físicas, caracterizando a relação de cada uma delas com a condição de saúde e seu desenvolvimento ao longo da vida. Destaca aspectos relacionados à infância, à adolescência e ao envelhecimento.

ULASOWICZ, Carla; LOMÔNACO, José Fernando B. Educação Física escolar e motivação: a influência de um programa de ensino sobre a prática de atividades físicas. Curitiba: CRV, 2011. O livro trata da influência de um programa de ensino na motivação para a prática de atividades físicas e verifica se as informações sobre os benefícios da atividade física e os malefícios do sedentarismo seriam capazes de motivar os alunos a praticar atividades físicas, aderindo a elas não apenas na escola, mas, principalmente, na vida diária.

Sites

SABA, Fábio. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. São Paulo: Manole, 2004. Aborda a importância do alongamento e do aquecimento e suas implicações para as diversas situações do cotidiano.

O Estudante e os Exercícios Físicos. Disponível em: <http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/ nos/mexa_se.htm>. Acesso em: 26 jul. 2013. O site traz informações sobre aquecimento e a importância do alongamento, acompanhadas de imagens.

TANI, Go; MANOEL, Edison; KOKUBUN, Eduardo; PROENÇA, José E. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/Edusp, 1988. Os autores apontam a importância e as características das capacidades físicas, e suas implicações para a execução de diferentes habilidades.

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.educacao. mg.gov.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresenta orientações curriculares divididas por disciplina escolar, com pequenos textos que podem auxiliar o professor em suas aulas, além de servirem como fonte de leitura para os alunos.

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Tema 3 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA: FUTSAL No Currículo de Educação Física, as modalidades esportivas coletivas são compreendidas a partir da categoria esporte coletivo, que reúne o futsal, o handebol, o basquetebol, o voleibol, o futebol de campo e outras. De fato, em todas elas, duas equipes disputam um implemento (a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo enquanto protegem o próprio alvo das investidas da equipe adversária. Sem dúvida, o voleibol apresenta algumas variações em relação ao alvo, à circulação de bola e à marcação, o que será tratado na 6a série/7o ano. Claude Bayer, estudioso da pedagogia do esporte, sistematizou a ideia do esporte coletivo a partir de suas invariantes, afirmando que todas possuem a mesma estrutura. Todas as modalidades coletivas possuem uma bola ou implemento similar, um alvo a atacar e um alvo a defender, companheiros de equipe, adversários etc. A partir das invariantes, definiu seis princípios operacionais do esporte coletivo, sendo três de ataque e três de defesa (BAYER, 1994, p. 99 e 117). São eles: Em situação de ataque: 1. conservação da posse de bola; 2. progressão da bola e da equipe em direção ao alvo adversário; 3. finalização em direção ao alvo. Em situação de defesa: 1. recuperação da posse de bola; 2. contenção da bola e da equipe adversária em direção ao próprio alvo; 3. proteção do alvo.

Em qualquer situação de prática esportiva das modalidades coletivas, os jogadores sempre realizam um ou mais princípios. Uma vez com a posse de bola, tentam progredir com ela a fim de chegar mais próximo do alvo adversário para tentar a marcação de ponto. Se estiverem sem a posse de bola, tentam recuperá-la ao mesmo tempo em que tentam conter a aproximação da equipe adversária, mantendo-a longe do seu alvo. A vantagem de trabalhar com o esporte coletivo a partir dessa perspectiva é, em primeiro lugar, evitar a especialização precoce em uma modalidade esportiva, buscando o conhecimento da estrutura de todas elas. Em segundo lugar, essa perspectiva estimula os praticantes a compreender a dinâmica tática do esporte coletivo, procurando ações mais inteligentes para a solução das situações-problema que constantemente surgem no jogo. O objetivo da Educação Física escolar não é fazer que os alunos pratiquem uma modalidade esportiva com virtuosismo, mas proporcionar o conhecimento de todas as modalidades para que possam praticá-las nas aulas e também em seus momentos de lazer, durante toda a vida. Além disso, o melhor conhecimento do esporte permitirá ao aluno assistir à transmissão esportiva pelos veículos midiáticos e compreendê-la criticamente. Assim, nessa abordagem, a técnica não se restringe somente à execução perfeita de um movimento específico para o jogo, mas ao conjunto dos modos de fazer (GARGANTA, 1995, p. 14) necessário à sua prática; e a tática não se reduz ao sistema de jogo definido pelo professor, mas às razões do fazer (GARGANTA, 1995, p. 14) que orientam as ações exigidas pela própria situação. A técnica não existe sem a tática e vice-versa. O que deve

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ser feito em uma situação de jogo (a técnica) é demandado pelas exigências da situação (a tática). Tradicionalmente, o basquetebol, por exemplo, foi ensinado a partir de seus elementos técnicos, também chamados fundamentos do jogo: o drible, o passe, a bandeja, o arremesso, o jump etc. O voleibol se resumia à reunião dos fundamentos toque, manchete, cortada, bloqueio e saque. O futsal era dividido em recepção, passe, drible, chute etc. Uma modalidade esportiva era fragmentada em elementos técnicos, e seu ensino seguia hierarquicamente as partes do jogo, que deveriam ser reunidas ao final do processo. A dimensão técnica é necessária para se praticar uma modalidade esportiva, mas não garante uma ação inteligente. É condição necessária, mas não suficiente. A questão principal não é realizar de forma padronizada um arremesso com precisão à cesta, ou um chute forte em direção ao gol, ou uma cortada no voleibol, objetivos que a prática repetitiva pode oferecer, posteriormente, àqueles alunos que o desejarem. O mais importante é saber para que, quando e como executar determinada ação com maior probabilidade de êxito, uma vez que nas modalidades esportivas coletivas há situações imprevisíveis e são necessárias constantes adaptações. Portanto, cabe à Educação Física estimular os alunos a compreender a dinâmica tática do esporte coletivo, sabendo, em uma situação real de jogo, o que taticamente seria melhor fazer, tanto em termos individuais como coletivos. Para realizar com êxito os princípios operacionais do esporte coletivo, Bayer (1994, p. 101) define as regras de ação, ou seja, as ações específicas necessárias à consecução de determinados objetivos. Por exemplo: a fim de

fazer a bola progredir ao ataque, para se chegar mais próximo ao alvo adversário, os praticantes devem criar ações de circulação de bola, para que esta chegue rapidamente ao ataque, além de tentar, com essa circulação, confundir a marcação da defesa adversária. Para fazer a bola circular rápida e objetivamente, os jogadores também precisam de uma movimentação inteligente, não somente em direção à localização da bola, mas prevendo onde ela estará nas jogadas seguintes. Essa lógica serve para quase todas as modalidades coletivas, tanto aquelas mais tradicionais, como futsal, futebol de campo, basquetebol e handebol, quanto as menos praticadas no Brasil, como rúgbi, futebol americano, hóquei, polo aquático e outras. Cabe a você, professor, criar situações de complexidade crescente que estimularão ações inteligentes por parte dos alunos. Para Garganta (1995, p. 20-21), uma metodologia efetiva deve trabalhar com as unidades funcionais das modalidades coletivas, e não com os fundamentos técnicos isolados, que muitas vezes se distanciam da lógica final do jogo pretendido. Tais unidades devem garantir sempre a dinâmica do jogo ou, em outros termos, a dimensão técnica indissociada da dimensão tática. Tais unidades são especificadas em níveis de relação de complexidade crescente: 1. eu-bola; 2. eu-bola-alvo; 3. eu-bola-adversário-alvo. A esses três níveis básicos de relação são acrescidas outras variáveis, como o número de companheiros em cada situação, o número de adversários, a possibilidade de o alvo ser isolado em algumas situações, a alternativa de restrição de espaços etc., gerando várias Situações de Aprendizagem, exemplificadas adiante.

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Para Júlio Garganta (1995), são quatro as fases de desenvolvimento do jogo que devem nortear o processo de aprendizagem dos alunos em relação ao esporte coletivo:

bola e comunicam-se, prioritariamente, de forma verbal para solicitá-la. A intenção é que os alunos possam avançar nas fases do jogo, compreendendo melhor suas características e executando ações mais inteligentes.

“(1) anárquica, (2) descentração, (3) estruturação e (4) elaboração” (p. 19). Essa classificação não depende somente do nível técnico dos praticantes, mas de três variáveis indissociáveis, a saber: a) a comunicação entre os jogadores, b) a estruturação no espaço de jogo, e c) a relação com a bola.

É importante ressaltar que as quatro fases do jogo, de acordo com Garganta, não estão condicionadas a faixas etárias ou fases do desenvolvimento motor, mas a níveis de compreensão do jogo. Desse modo, pode haver grupos de crianças e de jovens adolescentes que já conseguem praticar o esporte de forma mais elaborada e adultos ainda presos a formas anárquicas de prática (GARGANTA, 1998 apud SILVA; DE ROSE JUNIOR, 2005). © Antônio Cruz/ABr

Assim, a forma mais simples de jogo, a anárquica, é aquela em que os praticantes se aglutinam em torno da bola, não utilizam adequadamente os espaços da quadra ou do campo, movimentam-se apenas em torno da

A forma mais elaborada de jogo prevê praticantes com melhor relação com a bola, os quais, mesmo sem a posse dela, se movimentam taticamente pelo espaço de jogo, antecipando os passes e tentando se deslocar para onde a bola deverá ir, sem tanta necessidade da linguagem verbal quando se trata de pedir a bola. Há uma comunicação e uma movimentação inteligente não só de jogador para jogador, mas do grupo como um todo.

Figura 5 – Jogadores disputando a bola no futsal.

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Na 5a série/6o ano, a maioria dos alunos ainda tende a uma forma anárquica de prática do jogo esportivo coletivo, o que não deve ser tomado como falha ou deficiência do grupo. A intenção deverá ser propiciar aos alunos, ao longo das séries/anos do Ensino Fundamental e durante o Ensino Médio, a compreensão cada vez mais ampla do esporte coletivo, para que o pratiquem de maneira elaborada.

O futsal

O Brasil possui vários títulos em âmbito mundial, sendo reconhecido como um dos principais países a praticar o futsal. Sua difusão deve-se à Educação Física escolar, que o desenvolve em suas aulas há muitos anos, principalmente pela existência de quadras, e não de campos, em quase todas as escolas. Para os alunos, sobretudo os meninos, o futsal é a modalidade esportiva mais desejada nas aulas, em virtude, principalmente, da grande difusão do futebol no país. Os professores de Educação Física devem respeitar esse desejo dos alunos e utilizá-lo a favor do incremento da motivação nas aulas tanto para os meninos quanto para as meninas; porém, não devem se render à exclusividade dessa modalidade nem deixar de considerar as regras e princípios táticos específicos do futsal. Embora apresente similaridades com o futebol de campo, o futsal não é uma miniatura daquele.

© Wilson Dias/ABr

O futsal é uma modalidade esportiva relativamente nova, se comparada ao voleibol, ao basquetebol e ao futebol de campo. Há duas versões para o seu surgimento. A primeira afirma que o futsal surgiu na década de 1940, na Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo, pela dificuldade de alguns associados conseguirem campo para a prática do futebol, improvisando o jogo em quadras de basquetebol, com um número menor de jogadores. A outra versão afirma que foi criado em Montevidéu, Uruguai, na década de 1930, por Juan Carlos Ceriani.

Chamava-se, inicialmente, futebol de salão, sendo fundido, na década de 1990, com o “futebol de cinco”, prática reconhecida pela Fédération Internationale de Football Association (Fifa), chegando ao futsal atual.

Figura 6 – Final de futsal, Brasil e Argentina. Rio de Janeiro, 2007.

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Situação de Aprendizagem 6 DESCOBRINDO NOVAS POSSIBILIDADES COM O FUTSAL Pretende-se considerar inicialmente as formas pelas quais os alunos se apropriam, em seu cotidiano, do conhecimento a respeito dessa modalidade esportiva, uma vez que todos os alunos possuem algum conhecimento sobre o futsal, seja pela mídia, seja pela oportunidade

de prática em algum clube ou centro esportivo, seja pelas adaptações do jogo nas ruas e espaços de lazer. A partir daí, deve ser iniciada a sistematização do jogo de futsal por meio de informações históricas sobre as regras específicas da modalidade e sobre a lógica tática do jogo.

Conteúdo e temas: principais regras do futsal; processo histórico do futsal. Competências e habilidades: compreender as principais regras e o processo histórico da modalidade esportiva futsal; identificar a dinâmica básica do futsal como esporte coletivo. Sugestão de recursos: bola de futsal; filmadora; aparelho de DVD; televisão.

Você viu, nos temas anteriores, que existem esportes individuais, lembra? Isso quer dizer que o atleta, ao disputar aquela modalidade com outros atletas, não depende de mais ninguém a não ser dele próprio. Mas existem esportes que são praticados coletivamente, ou seja, você depende de seus parceiros para vencer a equipe adversária. Nesse caso, estamos falando dos esportes coletivos que dependem de ações cooperativas dos membros da equipe para impedir e superar as ações da outra equipe.

a) Caratê: Individual. © Tom Carter/Index Stock Imagery/ Latinstock

Professor, para levantar os conhecimentos prévios dos seus alunos, inicie com a atividade descrita a seguir.

a esportes individuais e aquelas que mostram esportes coletivos. Escreva “individual” ou “coletivo” para cada imagem, conforme o caso: © Dmitriy Shironosov/iStockphotos/ Thinkstock/Getty Images

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 6

O tema que vamos desenvolver agora é uma modalidade coletiva muito praticada no Brasil e da qual boa parte dos alunos gosta muito: o futsal. 1. Vejamos se você consegue identificar, nas imagens a seguir, aquelas que se referem

b) Vôlei: Coletivo.

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© Dennis MacDonald/Alamy/Glow Images

© Dennis MacDonald/Alamy/Glow Images

c) Futebol: Coletivo.

d) Basquete: Coletivo.

Os esportes são praticados em espaços específicos, como quadras, campos, ruas, piscinas, ringues etc. Alguns precisam de implementos (bolas, pesos, discos etc.) e/ou equi-

pamentos (luvas, tacos ou bastões, capacetes, coletes, raquetes etc.) e outros não requerem nada mais do que a presença do atleta (corrida, por exemplo).

2. Veja os esportes mencionados a seguir e escreva onde e com que os jogadores jogam. Vamos ver se você está ligado no mundo dos esportes! Se tiver dúvidas, consulte revistas ou sites. Modalidade

Onde é praticado

Implementos utilizados

Futsal

Quadra

Bola

Basquetebol

Quadra

Bola

Tênis de campo

Quadra

Bola e raquete

Boxe

Ringue

Luvas

Voleibol

Quadra

Bola

Handebol

Quadra

Bola

Maratona

Rua

Nenhum

Campo

Bola

Futebol de campo

3. O futsal, o basquetebol, o voleibol e o handebol – os esportes coletivos mais conhecidos e praticados nas escolas brasileiras – têm alguns aspectos semelhantes. Assinale, na lista a seguir, quais são as semelhanças entre essas modalidades:

( X ) bola ( ) tacos ou bastões ( X ) vários jogadores ( ) luvas ( ) raquetes ( X ) quadra

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Etapa 1 – O futsal possível Forme equipes de cinco alunos e coloque-as em situação de jogo. Deixe os alunos à vontade para jogar o futsal da forma que sabem, sem interferir na maneira como jogam. Nos jogos seguintes, procure apontar as principais regras do futsal, destacando as infrações, as reposições de bola em jogo e as cobranças de tiros livres. Se a escola oferecer recursos de filmagem, procure filmar trechos desses primeiros jogos.

Etapa 2 – Iniciando a sistematização Inicie uma conversa com os alunos explicando o processo histórico do futsal e suas principais regras, procurando fazê-los compreender a importância histórica dessa manifestação e a lógica que a orienta em termos de dinâmica de jogo. É importante, nesse momento, que os jogos praticados na etapa anterior sejam analisados taticamente pelos próprios alunos. Mais do que saber qual equipe ganhou, quem marcou mais gols ou quem chutou mais forte, é importante problematizar com o grupo sobre: ff a movimentação individual e coletiva dos alunos; ff a intenção em cada jogada; ff a circulação de bola; ff a ocupação dos espaços da quadra; ff a comunicação entre os jogadores etc. Procure fazer que os alunos percebam essa modalidade esportiva como um conhecimento a ser adquirido, enfatizando que todos poderão jogar melhor se compreenderem a dinâmica tática do jogo. Se os jogos da etapa anterior foram filmados, será possível analisar em sala os jogos realizados pela turma; se não foram, pode-se analisar algum jogo veiculado pela mídia. Nesta etapa, convém perguntar-se: ff “Qual a movimentação realizada pelos alunos?”;

ff “Os alunos se aglutinaram em torno da bola?”; ff “O que poderia ter sido feito para otimizar a circulação da bola?”; ff “O que seria necessário para o grupo praticar o futsal de forma taticamente mais inteligente?”.

Etapa 3 – Qualificando o jogo Após a análise tática, proponha novas situações de jogos de futsal. Observe se os alunos buscam realizar as recomendações feitas na etapa anterior quanto à movimentação individual e coletiva, à circulação de bola, à ocupação dos espaços etc. Procure interromper o jogo sempre que necessário, a fim de mostrar aos alunos seu posicionamento e o da equipe adversária. Aponte as principais regras da modalidade. Professor, agora que essas etapas foram realizadas, você deve dar continuidade ao trabalho solicitando aos seus alunos que respondam às questões indicadas a seguir. Você já ouviu falar no Falcão? Você sabia que ele é um craque do futsal brasileiro? Já o Ronaldo “Fenô­meno”, o Kaká, a Marta, o Neymar e o Robinho, com suas pedaladas, são craques do futebol de campo. 4. O que faz que esses jogadores sejam craques? Resposta pessoal. Espera-se que o aluno consiga perceber que esses jogadores têm uma ampla e diversificada experiência com os elementos que compõem a Cultura de Movimento, mas que apesar disso são individualistas e precisam aprender a atribuir importância aos outros jogadores.

Eles têm muita facilidade no domínio da bola. Quando os vemos jogar, parece que nasceram com a bola grudada nos pés. Eles “dançam”, gingam, brincam com a bola. Em uma

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modalidade coletiva, os talentos individuais são importantes, mas você já ouviu a frase: “Fulano é fominha, não passa a bola pra ninguém!”?

pessoal), é importante a relação jogador-bola-colega. Sem os demais jogadores da equipe, não daríamos conta do jogo, não é? Portanto, tocar a bola para um companheiro pode ser a grande sacada do jogo.

O que significa essa expressão? Será que a reclamação é, justamente, porque em uma modalidade coletiva os jogadores devem confiar nos seus companheiros, devem passar a bola para o companheiro de equipe que está mais bem posicionado para finalizar a jogada? Será que um único craque é suficiente para ganhar um jogo? As atitudes, conhecidas como “jogadas individuais”, devem ocorrer o tempo todo durante o jogo?

5. Você é capaz de descrever alguma situação vivenciada por você, ou que tenha visto na TV ou assistido no local da competição, em que o jogador tenha deixado de considerar os companheiros de equipe? Qual foi a reação dos companheiros? Resposta pessoal. Espera-se que o aluno mencione os jogadores individualistas, que não passam a bola a seus companheiros de equipe, comprometendo, muitas vezes, o resultado do jogo;

Sabemos que não. Nos esportes coletivos, além da relação jogador-bola (habilidade

que os companheiros reclamam quando o jogador não passa a bola, especialmente quando o resultado é negativo.

Situação de Aprendizagem 7 A DESCONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DO FUTSAL Pretende-se uma “desconstrução” do futsal a fim de realizar situações reduzidas tanto em termos de praticantes quanto em relação aos espaços do jogo. A partir dessas situações reduzidas,

ocorrerá a reconstrução do futsal, inicialmente por meio de níveis de relação, de forma orientada, respeitando o princípio da complexidade crescente e mantendo a lógica final do jogo.

Conteúdo e temas: princípios técnico-táticos do futsal. Competências e habilidades: identificar e aplicar em situações-problema os princípios técnico-táticos do futsal; valorizar o conhecimento dos sistemas de jogo e de táticas como fator importante para a prática do futsal. Sugestão de recursos: bolas de diferentes dimensões; bolas de futsal; garrafas PET; cones.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 7 Etapa 1 – Eu-bola Nesta etapa, procure familiarizar o aluno com a bola de futsal. Inicialmente, podem ser utilizadas bolas de diferentes tamanhos e pesos.

Em seguida, as atividades devem ser com bolas de futsal. Realize atividades de condução, recepção, rebatidas e controle com várias partes do corpo. O importante é que os alunos percebam a necessidade de dominar a bola realizando várias ações. Não imponha apenas uma forma de recepção ou de chute. Procure criar situações para que os alunos utilizem os

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dois pés, recebam a bola com várias partes do corpo, enfim, consigam relacionar-se de diferentes maneiras com a bola. Essas atividades de domínio de bola podem ser realizadas no início de várias aulas, servindo também como aquecimento para outras atividades.

Etapa 2 – Eu-bola-colega(s) Neste momento, a intenção é o controle coletivo de bola com um colega (duplas) e com grupos maiores (trios, quartetos, quintetos). A preocupação ainda não deve ser a consecução de gol ou a marcação dos jogadores adversários, mas a movimentação coletiva do grupo com a bola. Várias atividades podem ser feitas com esse objetivo: trocas de passes em duplas ou trios; trocas de passes sem deixar a bola tocar o solo; trocas de passes explorando várias partes do corpo; deslocamento em duplas ou trios trocando passes; lançamentos para o companheiro, com distâncias variadas; pega-pega com a bola sendo tocada com os pés; pega-pega em trios ou quartetos em que cada equipe possui uma bola e deve pegar jogadores de outras equipes.

Etapa 3 – Eu-bola-alvo Neste momento, a intenção é levar a bola individualmente em direção ao alvo – no caso, a meta do futsal. Várias atividades de controle de bola podem ser utilizadas agora, juntando-se à finalização em direção à meta. Exemplos: chutes com a bola parada; atividades de condução de bola com finalização em direção à meta; chutes à meta com bola em movimento, com ou sem domínio; chutes com diferentes partes do pé; chutes com o pé esquerdo e o pé direito.

Etapa 4 – Eu-bola-colega(s)-alvo Embora neste nível de relação ainda não haja ênfase na marcação por parte dos joga-

dores adversários, já é possível a estruturação de situações de ataque com finalização. Alguns exemplos possíveis nesse nível de relação: ff dois, três ou mais alunos em deslocamento, trocando passes e finalizando; f f a mesma atividade descrita no item anterior, agora com limites de toques na bola – por exemplo: cada aluno pode tocar a bola duas vezes (receber e passar) ou tocar de primeira; ff a mesma atividade descrita no primeiro item, agora com um número de passes predefinido para o grupo, antes de finalizar – por exemplo: a equipe deve trocar apenas três passes antes de finalizar; ff dois alunos em deslocamento servindo um pivô, que distribui a bola para um dos dois finalizar; ff as mesmas atividades anteriores, porém, finalizando com o outro pé.

Etapa 5 – Eu-bola-colega(s)-adversário(s) Neste nível de relação, de forma proposital não será enfatizada a presença de alvo, a fim de estimular os alunos a vivenciar situações de domínio de bola (individual e coletivamente) com confronto, sem necessariamente finalizar. O importante é que os alunos, quando na defesa, desenvolvam ações cooperativas de cobertura para otimizar a marcação e, quando no ataque, criem linhas de passe para gerar mais opções de jogo. Pode ser variada a composição dos grupos, desde a formação em duplas até grupos maiores. Também pode haver desequilíbrio entre o número de atacantes e defensores, ora priorizando o ataque (situação de 2 × 1 ou de 3 × 2), ora priorizando a defesa (situação de 1 × 2 ou 2 × 3). Alguns exemplos: f f dois alunos devem conduzir a bola ao longo da quadra, sendo marcados por outros dois alunos. Cada vez que a bola

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chegar à linha de fundo, a dupla marca um ponto. Pode ser feito também em trios ou quartetos. Pode haver desequilíbrio entre atacantes e defensores – por exemplo, dois alunos conduzem a bola e apenas um marca; ff duas equipes de quatro alunos cada, em um espaço delimitado, disputando uma bola, com o objetivo de trocarem passes. Cada vez que uma equipe alcançar cinco passes consecutivos, marca-se um ponto para a equipe. É possível dificultar as ações impedindo o retorno do passe ao jogador que passou por último.

defesa tentará impedir, ao mesmo tempo em que tentará roubar a bola do trio atacante, momento que as situações serão invertidas. Esta mesma atividade pode ser feita com diferentes composições; ff situação de ataque e defesa próxima à meia quadra de futsal, com finalização à meta e diferentes composições de alunos (2 × 1, 2 × 2, 3 × 2, 2 × 3).

Etapa 6 – Eu-bola-colega(s)-adversário(s)-alvo

6. Há situações em que a jogada individual pode ser necessária. Por exemplo, em um contra-ataque, quando um jogador fica praticamente sozinho na jogada e tem todas as chances para fazer o gol ou a cesta. Nesse caso, temos a relação jogador-bola-alvo. Veja as situações a seguir e assinale a que se refere à relação jogador-bola-alvo:

ff ataque ao cone (ou a uma garrafa PET cheia de areia): os alunos são divididos em trios, sendo um trio na situação de defesa e outro na de ataque. Há um círculo em torno do alvo, no qual nenhum aluno poderá adentrar. O trio de ataque tentará atingir o alvo, enquanto o de

© International Rescue/Stone/Getty Images

Esta etapa é similar à anterior, porém, agora existe um alvo a ser alcançado pela equipe atacante e protegido pela equipe defensora. Na verdade, esse nível de relação reproduz o jogo completo, com ações coletivas de ataque e defesa. Contudo, pode-se desencadear situações com alvos diferentes da meta tradicional, a fim de estimular as ações de ataque e defesa fora da situação normal, e fazer que os alunos atentem para as ações cooperativas necessárias nos dois casos. Pode-se ainda delimitar alguns espaços de circulação tanto para o ataque quanto para a defesa. Pode-se também impedir que os alunos chutem de longa distância nesse momento, a fim de estimular as ações de todos. Outra sugestão é que as tentativas de marcação de gol só possam ser executadas de dentro da área. Alguns exemplos:

Professor, é hora de retornarmos às atividades escritas. Solicite aos alunos que façam os próximos exercícios.

a) (

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b) (

7. A partir das imagens a seguir, veja se você consegue descobrir que outras relações existem além da jogador-bola e da jogador-bola-colega, escrevendo-as na linha abaixo das imagens. Uma dica: as outras possíveis relações envolvem mais pessoas. © Wilson Dias/ABr

© Mike Powell/Allsport Concepts/Getty Images

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© Wilson Dias/ABr

d) (

© Mike Powell/Allsport Concepts/Getty Images

© David Madison/Allsport Concepts/Getty Images

c) ( X )

)

O bom jogador deve ter habilidade individual, mas também deve saber jogar em equipe. Não pode ser “fominha”, nem querer ser a única “estrela”. Isso pode funcionar vez ou outra, mas não faz de você um grande jogador. E os grandes jogadores têm algo a mais, além dos aspectos já mencionados.

Jogador-bola-adversário e jogador-bola-colega-adversário ou eu-bola-colega-adversário.

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8. No entanto, sabemos que muitas vezes temos os melhores jogadores e o melhor jogo, mas nem sempre ganhamos. Você sabe explicar por que isso acontece?

9. Agora, vamos ver o que você diz a respeito das situações a seguir. Coloque a letra entre os parênteses em cada figura: ff A, se a situação da figura for jogador-bola. ff B, se a situação da figura for jogador-bola-colega. ff C, se a situação da figura for jogador-bola-colega-adversário. ff D, se a situação da figura for jogador-bola-adversário.

Falta a finalização – o gol, a cesta, a bola no chão.

Falta a finalização, não é? Essa finalização pode variar segundo o objetivo do jogo – marcar o gol (futebol, futsal, handebol etc.), converter a cesta (basquetebol) ou colocar a bola no chão (voleibol, tchoukball ). Na verdade, há um alvo envolvido (meta, cesta, delimitação da quadra), que será protegido pelo oponente, dificultando a chegada ao objetivo final de toda a equipe. Como você deve estar deduzindo, todos os outros aspectos contribuem para chegar ao objetivo final, que é converter o ponto. Isso quer dizer, então, que temos um outro tipo de relação além das que já foram tratadas anteriormente, que é a relação jogador-bola-colega-alvo ou jogador-bola-cole­ga-adversário-alvo. © Ypps/Mauritius/Latinstock

a relação a relação a relação a relação

© Wilson Dias/ABr

Se você quiser jogar futebol na rua, além de ter a bola, você precisa de...? Jogadores. Isso mesmo. Mas esses jogadores são todos da mesma equipe? Não! Você precisa da sua equipe e de uma outra que jogue contra vocês, não é mesmo? Logo, a outra capacidade que um jogador precisa ter é saber jogar, dentro de uma equipe, fintando ou impedindo a progressão da equipe adversária. É a relação jogador-bola-colega-adversário.

© Colin Anderson/Photographer’s Choice/ Getty Images

a) ( D )

© Frank Paul/Alamy/Glow Images

b) ( A )

Figura 7.

c) ( C )

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© John Lund/Drew Kelly/Getty Images

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d) ( B )

Etapa 7 – Jogos reduzidos Nesta etapa são realizados jogos reduzidos de futsal em meia quadra, partindo da composição 3 × 3, 4 × 3, 3 × 4 e 4 × 4. Os jogos reduzidos são excelentes oportunidades para os alunos compreenderem as demandas táticas e as exigências técnicas do jogo, uma vez que ocorrem em situações simplificadas, porém muito próximas da situação real de jogo. Procure interromper o jogo sempre que necessário, alertando os alunos sobre seu posicionamento e também o dos companheiros e adversários, sem deixar de enfatizar as regras do futsal. Após a realização de várias situações reduzidas, realize alguns jogos com equipes completas, utilizando a quadra toda. Se possível, filme alguns jogos dos alunos e, posteriormente, veja e comente com eles algumas situações vivenciadas. Professor, terminada mais uma etapa desta Situação de Aprendizagem, proponha aos alunos as atividades descritas a seguir. Você sabe dizer se há diferença entre futsal e futebol de salão?

Nome

Sim

Não

Não sei

Faça a mesma pergunta também a amigos e colegas da escola, da 6a série/7o ano, 7a série/8o ano ou 8a série/9o ano, e veja quais serão as respostas deles. Coloque as respostas no próximo quadro. Nome

Sim

Não

Não sei

Agora, compare os dois quadros de respostas e veja quantas respostas de cada tipo você obteve. Sim: Não: Não sei: Você sabe qual é a resposta? Sim? Você está ligado! Não? Não se desespere!

Faça uma pesquisa rápida entre as pessoas que você conhece e que jogam futsal e registre as respostas no quadro a seguir: Pergunta: Para você, futsal e futebol de salão são o mesmo esporte?

Espera-se que o aluno identifique que a maioria das pessoas não sabe a diferença entre futsal e futebol de salão; que, talvez, apenas os praticantes das modalidades saibam a diferença entre elas.

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Lembrando-se das relações estudadas (jogador-bola, jogador-bola-alvo, jogador-bola-colega etc.), cite um exercício para cada uma

dessas situações que você tenha vivenciado em aula. Resposta pessoal que tem relação com as experiências vivenciadas nas aulas de Educação Física.

Atividade avaliadora Proponha situações encontradas nos jogos de futsal, apresentadas como problemas a serem discutidos, vivenciados e solucionados pelos alunos (divididos em grupos de cinco), por escrito ou mediante demonstração na quadra. Com isso, será possível avaliar, a princípio, a capacidade dos alunos de pensar taticamente o jogo de futsal e, em seguida, realizar na quadra as ações pensadas. Não valorize a realização em termos de execução perfeita das ações específicas do jogo ou se a ação proposta culminou na consecução de ponto. Avalie a compreensão por parte dos alunos da situa­ção de jogo proposta e das iniciativas para solucioná-la. Alguns exemplos: ff Como uma equipe de futsal deveria se comportar se estivesse perdendo o jogo e faltasse pouco tempo para o término da partida?

ff Qual a melhor estratégia para uma equipe de futsal realizar uma situação de ataque caso dispusesse de superioridade numérica de jogadores? ff Qual a melhor estratégia para uma equipe de futsal realizar uma situação de defesa caso estivesse em desvantagem numérica de jogadores? Ao final de cada situação de jogo proposta, discuta com os alunos as alternativas apresentadas por equipe e realize as correções necessárias. É importante garantir que os alunos atentem para a organização tática coletiva em vez de recorrerem às iniciativas individuais para a solução das situações propostas.

Proposta de situações de recuperação Durante o percurso pelas Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras Situações de Aprendizagem sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar de outra maneira o processo. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, e envolver todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificuldades. Podem ser desenvolvidas individualmente ou em pequenos grupos. Por exemplo: ff roteiro de estudos com perguntas norteadoras elaboradas por você, professor, para posterior apresentação em registro escrito;

ff resolução de outras situações-problema, não contempladas na Atividade Avaliadora, referentes aos processos técnico-táticos do futsal; ff atividade-síntese de determinado conteúdo, em que as várias atividades serão refeitas em apenas uma aula e discutidas posteriormente. Por exemplo: circuito que contemple diferentes preceitos e sistemas táticos da modalidade em questão. Após a Atividade Avaliadora, solicite aos alunos que realizem as atividades a seguir, tirando as dúvidas que ainda restam acerca do tema.­­­­­

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Com base nas aulas de Educação Física e nas informações deste Caderno, responda se as afirmativas são verdadeiras ou falsas: 1. Esportes coletivos são modalidades em que há a necessidade de ações cooperativas dos membros da equipe para impedir e superar as ações da outra equipe. ( ) falsa ( X ) verdadeira 2. Quando sua equipe está jogando futsal e vocês conseguem o domínio de bola, partindo para o contra-ataque, com um adversário contra dois atacantes, a desvantagem é do ataque. ( ) verdadeira ( X ) falsa

3. Quando treinamos a condução de bola com finalização em chute a gol, estamos melhorando a relação jogador-bola-alvo, o que é muito importante nos momentos de contra-ataque, por exemplo. ( ) falsa ( X ) verdadeira 4. Em esportes coletivos, não basta ser habilidoso. O jogador deve ter bem desenvolvida a capacidade de jogar com os companheiros, nas diferentes ações dos adversários, e ser capaz de finalizar com precisão a sua ação de chute a gol. ( ) falsa ( X ) verdadeira 5. Futsal é uma forma abreviada de denominar o futebol de salão. ( ) verdadeira ( X ) falsa

Desafio! Que tal preencher este diagrama com palavras relacionadas à prática do futsal? Escreva, no diagrama, as palavras em destaque, mas respeite os cruzamentos:

Termos associados à prática do futsal 3 letras

5 letras

7 letras

8 letras

9 letras

Ala

Passe

Domínio

Cabeceio

Arremesso

Gol

Chute

Lateral

Controle

Tiro livre

Finta

Jogador

Marcação

Trave

Goleiro

Proteção

10 letras

Recepção

Competição

Condução

Adversário

4 letras Bola Pivô

6 letras

Fixo

Drible

Jogo

Futsal

11 letras

Equipe

Antecipação

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Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados, 2001. Aborda as possibilidades de inserção do esporte no contexto escolar sem perder os condicionantes sociais e históricos que caracterizam esse conteúdo. BAYER, Claude. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Apresenta

o esporte coletivo como uma categoria, partindo das semelhanças estruturais das modalidades, além de possibi­ lidades pedagógicas. GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos jogos desportivos colectivos. In: OLIVEIRA, Júlio; GRAÇA, Amândio. O ensino dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade do Porto, 1995. O capítulo apresenta possibilidades de intervenção pedagógica na prática das modalidades esportivas coletivas.

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GRECO, Pablo J. (Org.). Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Belo Horizonte: UFMG, 2007. v. 2. Reimpressão. O livro apresenta estratégias para a iniciação esportiva das modalidades coletivas. OLIVEIRA, Júlio; GRAÇA, Amândio. O ensino dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade do Porto, 1995. Propõe uma discussão sobre o processo de ensino-aprendizagem das modalidades esportivas coletivas. PIRES, Giovani L.; NEVES, Annabel N. O trato com o conhecimento esporte na formação em Educação Física: possibilidades para sua transformação didático-metodológica. In: KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação Física, 2. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2004. v. 2. p. 53-97. Os autores discutem as implicações de uma possível transformação do esporte no âmbito da Educação Física. Propõem ações pedagógicas na perspectiva da totalidade técnica, interativa e comunicativa, consideradas necessárias para que os alunos aprendam o esporte com autonomia e competência. SANTANA, Wilton C. Futsal: apontamentos pedagógicos na iniciação e na especialização. Campinas: Autores Associados, 2004. Apresenta proposta metodológica para o ensino do futsal, seja no ambiente de ensino formal ou não, para criança, pré-adolescente e adolescente em qualquer ambiente.

Artigos DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: <http://portalrevistas.ucb.

br/index.php/RBCM/article/view/478/503>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresenta um modelo pendular para o ensino dos esportes coletivos, partindo dos princípios operacionais até os gestos técnicos. SILVA, Thatiana A. F.; ROSE JUNIOR, Dante de. Iniciação nas modalidades esportivas coletivas: a importância da dimensão tática. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 4, n. 4, p. 71-93, 2005. Disponível em: <http:// editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/ article/view/1310/1020>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresenta discussão sobre a importância da dimensão tática na iniciação das modalidades esportivas coletivas.

Sites Há sites sobre futsal que podem auxiliar tanto o aluno quanto o professor em seus estudos e pesquisas para aprofundar-se no tema, com informações oficiais sobre competições e as transmissões pela televisão. Também apresentam as regras oficiais da modalidade, algumas informações históricas, artigos informativos, seleção de fotos, além de alguns pequenos vídeos. Confira: Confederação Brasileira de Futebol de Salão. Disponível em: <http://www.futsaldobrasil. com.br/2009/cbfs/index.php>. Acesso em: 22 maio 2013. Federação Paulista de Futsal. Disponível em: <http://www.cnfsfutsal.com.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Jornal do Futsal. Disponível em: <http://www.jor naldofutsal.com.br/>. Acesso em: 22 maio 2013. Pedagogia do Futsal. Disponível em: <http:// www.pedagogiadofutsal.com.br/historia. aspx>. Acesso em: 22 maio 2013.

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Tema 4 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE

– CAPACIDADES FÍSICAS: NOÇÕES GERAIS (FORÇA E RESISTÊNCIA) E A IMPORTÂNCIA DA POSTURA ADEQUADA A Educação Física possibilita aos alunos a construção de uma série de conhecimentos relativos à Cultura de Movimento e ao Se-Movimentar, pois é manifestando, sentindo e compreendendo seus movimentos que o ser humano interage com o meio ambiente. Uma parte desse conhecimento faz referência aos valores atribuídos à necessidade da prática regular de atividade física para a busca e manutenção de uma boa qualidade de vida. Para tanto, é preciso a mobilização dos alunos para a aquisição de conhecimentos sobre o funcionamento do organismo humano, de modo que possibilite o acesso aos saberes que estão atrelados à prática de atividades físicas.

Na 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, o tema “Organismo humano, movimento e saúde” tem por finalidade levar os alunos a compreender a relação entre essas dimensões fundamentais da vida humana. Neste tema serão enfocadas as capacidades físicas de força e de resistência, de forma mais sistematizada, fazendo que os alunos não só as vivenciem em aula como se apropriem de alguns princípios básicos, como início da construção de sua autonomia no âmbito de algumas

experiências do Se-Movimentar. A abordagem de tais capacidades e de sua inter-relação, além de suas aplicações e relações com o esporte, a ginástica, a luta e o treinamento físico, será desenvolvida ao longo do Ensino Fundamental.

Capacidades físicas As capacidades físicas correspondem às capacidades gerais para realização de tarefas motoras, cujo desenvolvimento acreditamos ser determinado por complexas interações entre fatores ambientais e genéticos, porém influenciado por experiências de aprendizagem. Possuem grande importância no aprimoramento da capacidade funcional, seja voltada ao desempenho atlético ou destinada à promoção e à manutenção do bom estado de saúde. Desse modo, possibilitar maior entendimento sobre as diferentes manifestações e contribuições dessas capacidades físicas para melhoria da capacidade funcional do indivíduo constitui importante meta no âmbito escolar. Entre as capacidades físicas estão a flexibilidade, a velocidade e a agilidade, já abordadas no Tema 2, além da força e da resistência, apresentadas a seguir.

Algumas definições: força e resistência Força: no campo da atividade física, representa o nível de tensão exercido por um músculo contra determinada resistência (carga). Resulta da contração ou tensão muscular, que pode ser máxima ou não, com ou sem movimentação e/ou variação do comprimento do músculo. Pode ser classificada em diferentes tipos: (a) conforme o trabalho produzido pelo músculo, em estática (isométrica) ou dinâmica (isotônica); (b) quanto à forma de aplicação motora, em máxima (pura), rápida (explosiva ou potência muscular) e de resistência. Resistência: é a capacidade que permite sustentar determinada carga de trabalho pelo período de tempo mais longo possível, até o surgimento dos sinais/sintomas de fadiga, sem perda da qualidade de execução do(s) movimento(s). Possui diversas formas de manifestação: (a) quanto à demanda metabólica predominante, divide-se em aeróbia e anaeróbia; (b) quanto à cota de participação muscular, diferencia-se em geral e local (localizada); (c) quanto ao tempo de duração, em curta, média e longa. Fontes: GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005; BARBANTI, 2003; WEINECK, 2000.

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© Theodore Liasi/Alamy/Glow Images

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Figura 8 – Capacidades físicas: força e resistência.

É importante salientar aos alunos que ambas as capacidades físicas, em suas diferentes manifestações, quando adequadamente estimuladas, exercem impacto positivo sobre o estado geral de saúde, auxiliando na prevenção ou recuperação de problemas relacionados ao sistema músculo-esquelético, além de promoverem melhorias metabólicas e cardiovasculares. Devemos considerar também que o desenvolvimento da resistência e da força ao longo da vida sofre interferência de fatores diversos, como gênero, idade e nível de aptidão funcional inicial. Desse modo, embora seja comum atribuir aos meninos maior grau de força que às meninas, até os 12 anos de idade a diferença de força entre os sexos é mínima. Portanto, a realização de tarefas que envolvam força tende a apresentar certo equilíbrio entre meninos e meninas nessa faixa etária, com igual nível de aptidão funcional.

Postura Pensar em “postura”, para alunos de 5a série/ 6o ano, requer olhar para a transição entre a infância e a adolescência, com todas as suas transformações fisiológicas, emocionais, cognitivas e sociais. O estirão de crescimento e as modificações morfológicas ocasionadas pelas elevadas taxas de hormônios levam os alunos a presenciar características que diferenciam seu organismo de um corpo infantil, do mesmo modo que ainda não atingiram a plenitude de corpos adultos. Muitas vezes, a vergonha de exibir esse corpo em plena transformação ocasiona uma postura inadequada à própria estrutura orgânica, levando a problemas posturais dos mais variados. De acordo com Lehmkuhl e Smith (1989), a postura é um termo geral para definir a posição do corpo, o arranjo das partes corporais para sua sustentação ou para uma atividade específica, com o menor gasto energético. Para os

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Cervical

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Torácica C Lombar D Pélvica Vista frontal Figura 9 – Postura: coluna vertebral e suas partes.

Vista de perfil

Figura 10 – Postura: coluna frontal e perfil.

autores, a boa postura é a relação que permite o funcionamento mais eficiente com uma quantidade mínima de tensão dos músculos, dos tendões, dos ligamentos e das articulações.

movimento ou deformidades são as posturas habituais com desconforto por compressão articular, tensão ligamentar, contração muscular contínua ou oclusão circulatória.

Para uma postura adequada em pé, por exemplo, a cabeça deve estar centrada sobre o tronco; os ombros devem estar para trás e para baixo, além de relaxados; e a coluna, com curvas suaves (cervical, dorsal e lombar), vista de lado, e reta, vista de costas. Já em uma postura inadequada, a cabeça acentuada para a frente pode causar dores de cabeça, tontura e dor no pescoço; ombro para a frente pode debilitar a capacidade respiratória; e lordose lombar acentuada pode contribuir com lesões nas costas.

Os autores acrescentam que o corpo pode assumir uma infinidade de posturas que servem para o mesmo objetivo. Por exemplo, em muitas culturas, as pessoas não sentam em cadeiras para descansar o corpo, mas usam uma variedade de posturas sentadas no chão, como de pernas cruzadas, sentadas de lado ou de cócoras.

Segundo Lehmkuhl e Smith (1989), outro fator que pode levar a lesões, limitações de

Compreender a postura requer um olhar para além do alinhamento de membros; significa entender as manifestações do grupo diante das solicitações corporais e das características culturais em que se inserem.

Possibilidades interdisciplinares Professor, os conteúdos “Capacidades físicas” e “Postura” poderão ser desenvolvidos de modo integrado com outras disciplinas, como Ciências e Matemática, pois envolvem conhecimentos sobre organismo humano e cálculos. Em sua escola, converse com os professores responsáveis por essas disciplinas. Essa iniciativa facilitará aos alunos a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada.

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Situação de Aprendizagem 8 FAZENDO FORÇA Os alunos serão orientados a registrar o peso corporal antes da aula. Com base nos pesos registrados, formarão grupos segundo critérios diversos estabelecidos pelo professor e vivenciarão o cabo de guerra para identificar os próprios níveis de força e resistência muscular; a seguir, procurarão relacionar tais níveis com os fatores determinantes do

desempenho obtido na Situação de Aprendizagem. Por fim, pesquisarão, em diversas fontes, imagens de pessoas realizando atividades físicas cotidianas e relacionadas à Cultura de Movimento (dança, esporte etc.) que exigem força e as apresentarão em aula, justificando-as com base nas características do conceito de força.

Conteúdo e temas: formas de manifestação de força e resistência muscular; fatores determinantes, intervenientes no desenvolvimento da força e da resistência muscular. Competências e habilidades: discriminar as diferentes formas de manifestação da força e da resistência muscular, bem como seus fatores determinantes; identificar a capacidade física de força presente nas atividades do cotidiano e em algumas manifestações da Cultura de Movimento. Sugestão de recursos: balança antropométrica ou comum; cordas; folhas de sulfite; canetas.

Professor, para levantar os conhecimentos prévios dos seus alunos, inicie com a atividade descrita a seguir. No Tema 2, você vivenciou as capacidades físicas flexibilidade, velocidade e agilidade. Viu que pode executar movimentos de forma lenta ou bem rápida e, quanto mais você treinar a velocidade, mais veloz ficará. Viu também que, quando faz alongamento, consegue uma abertura maior e alcança onde não alcançava, fica mais flexível. Agora também já sabe que, para fazer a alegria da torcida, tem que ter agilidade para dar aquele “olé”!

Mas será que velocidade, agilidade e flexibilidade bastam como capacidades físicas para a prática esportiva e para nossas atividades diárias? Vamos ver!

4 kg

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Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 8

Figura 11.

Imagine uma coisa que você queira muito! Agora, imagine que ela está dentro dessa caixa e que, para consegui-la, você vai ter que levantar esses quatro quilos. Ah! Imagine que você está aqui dentro deste Caderno também. Muito bem, para ajudá-lo nessa tarefa, vamos utilizar as capacidades físicas que você conhece. Realize os seguintes experimentos.

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Lembre, você está aqui, dentro do Caderno. Tome uma distância de mais ou menos 20 metros, saia correndo a toda velocidade em direção à caixa e só diminua a velocidade quando tiver ultrapassado a caixa em pelo menos dois metros.

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Experimento 1

Agora diga, sua velocidade foi tamanha que você conseguiu provocar um vento suficientemente forte para deslocar a caixa? Claro que não, não é? © Conexão Editorial

Figura 14.

Experimento 3 Chega de dar moleza para essa caixa. Encare-a!

Figura 12.

Experimento 2

© Conexão Editorial

Olhe bem para a caixa, faça pelo menos três alongamentos caprichados, fique pelo menos 30 segundos em cada posição, pode ser até em cima da caixa. E então, a caixa saiu do lugar?

Afaste-se um pouco e parta na direção da caixa. Quando estiver bem próximo dela, faça uma finta desconcertante, desloque-se rapidamente para a direita e para a esquerda. E então, a caixa saiu do lugar? Muito bem, agora que você fez esses três experimentos imaginários, responda: 1. Qual a capacidade física que você utilizou no primeiro experimento imaginário? Velocidade.

2. E no segundo? Flexibilidade.

3. E no terceiro? Agilidade.

4. Que capacidade você deveria ter usado nos três experimentos? Se quiser uma ajuda, olhe as definições das capacidades na seção “Lição de casa” (a seguir). Força (para levantar a caixa).

Figura 13.

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Se você acertou a resposta, a caixa se abriu.

Dentro dela há uma folha que diz: esta caixa pesa apenas 300 gramas; tente levantar a caixa 30 vezes. Agora responda: qual a capacidade que você utilizará para levantar a caixa 30 vezes?

estendida, ao sinal tentarão puxar a equipe adversária até que a faixa (ou fita) no centro da corda ultrapasse o limite da área de dois a quatro metros, ficando mais próxima de seu grupo. Serão realizadas três tentativas, registrando-se como vitoriosas as equipes com melhores resultados. Não é permitido aos integrantes das equipes enrolar a corda nas mãos (risco de machucar-se). Para facilitar a empunhadura da corda, proponha que sejam dados nós, distantes aproximadamente um metro, ao longo dela. O número de integrantes nas equipes também dependerá do comprimento total da corda disponível para a realização desta etapa, de acordo com a descrição sugerida.

Resistência (para levantar a caixa 30 vezes).

Etapa 1 – Cabo de guerra Um ou dois dias antes da aula, solicite que cada aluno registre seu peso corporal, medido em balanças de farmácia ou na própria escola, caso esta disponha de uma balança antropométrica. Oriente os alunos para que, de preferência, se pesem com as roupas que normalmente usam nas aulas de Educação Física. Durante a aula, distribua os alunos em grupos, sob diferentes critérios de formação: mesmo número de integrantes em cada equipe; equipes com somatório de peso corporal equivalente, compostas do mesmo número de integrantes ou não; meninos versus meninas; mais velhos versus mais novos. Após a formação dos grupos, esses se posicionarão em colunas, distantes entre si cerca de dois a quatro metros. Os integrantes de cada coluna serão divididos em duas equipes, colocados frente a frente, segurando uma corda, em cujo centro foi colocada uma faixa (ou fita), posicionada sobre a linha que demarca o centro da área de dois a quatro metros e separa as equipes. Os grupos, segurando a corda e mantendo-a

O cabo de guerra é um exemplo, entre outros, que solicita a capacidade física força. Várias outras atividades de tracionar, empurrar, transportar, levantar, frear etc. podem ser desenvolvidas com o mesmo objetivo. De posse dos resultados obtidos, discuta com os alunos quais fatores tiveram maior importância na determinação do nível de força e de resistência muscular apresentado pelos grupos, procurando garantir que os alunos compreendam as relações entre o desempenho de cada grupo com as variáveis envolvidas: peso corporal, sexo e idade. Estimule os alunos a relatarem situações do cotidiano que exigem desempenho de força similar ao solicitado nesta etapa, como empurrar ou puxar um móvel pesado, relacionando-as com as características do conceito de força.

Etapa 2 – Em que empregamos força? Peça que os alunos reúnam-se em grupos e pesquisem (em revistas, jornais, livros e sites) pelo menos três imagens de pessoas realizando atividades cotidianas

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que exigem força, como arrastar ou levantar objetos pesados; carregar sacolas de supermercado; levantar-se da posição deitada; realizar tarefas domésticas (lavar louça ou varrer o chão) etc., e mais três imagens de manifestações da Cultura de Movimento (dança, esporte etc.) nas quais também se evidencie a exigência da capacidade física de força. Em aula, os grupos apresentarão as imagens selecionadas, justificando-as com base nas características do conceito de força, como proposto no Caderno do Aluno.

Recortem, de revistas ou jornais, imagens de pessoas realizando a capacidade física força em tarefas diárias: carregando compras, arrastando ou levantando objetos etc.; ou imagens de manifestações da Cultura de Movimento: luta, esporte, ginástica etc. Caso seja solicitado, levem essas imagens para a escola e justifiquem a classificação da capacidade física. Espera-se que os alunos tenham compreendido a capacidade trabalhada e selecionem as imagens corretamente.

Situação de Aprendizagem 9 AGUENTA, CORAÇÃO! Após a realização de testes de resistência aeróbia e anaeróbia, os alunos formarão grupos e participarão de uma atividade de estafeta. Eles serão orientados a verificar e registrar a

frequência cardíaca (FC) no início e no final da atividade, bem como após cinco minutos de recuperação, buscando identificar os níveis de resistência aeróbia.

Conteúdo e temas: formas de manifestação metabólica da resistência: aeróbia e anaeróbia; frequência cardíaca em atividades de resistência. Competências e habilidades: discriminar as diferentes formas de manifestação metabólica da resistência (aeróbia e anaeróbia), com destaque para o futsal; avaliar o nível de condicionamento quanto à resistência, por meio da frequência cardíaca. Sugestão de recursos: apito; trena; bastões de giz; cronômetro.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 9 Etapa 1 – Quanto eu resisto? Solicite aos alunos que avaliem seu nível de desenvolvimento quanto às diferentes formas de manifestação de resistência, conforme os testes propostos e o tempo disponível para sua reali-

zação. Não há necessidade de todos os alunos realizarem todos os testes, porém, toda a turma deve se envolver na execução destes, auxiliando no controle e registro de tempos, distâncias etc.

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Sugestões de testes para avaliação da resistência orgânica Resistência aeróbia O teste para avaliar a potência aeróbia proposto por Tanaka (1986) pode ser aplicado a crianças e adolescentes. Ao longo do local escolhido para o teste (quadra, pátio ou outro local), devem ser colocadas marcações (a cada 50 metros ou distâncias menores), a partir da linha de largada, para servir de referência. Após um sinal de partida (apito), os alunos devem percorrer a máxima distância possível durante cinco minutos. Essa distância será registrada com o auxílio de uma trena, contando-se o número de voltas completas mais a distância adicional. Os corredores devem ser orientados a manter um ritmo de corrida que permita realizar o teste de forma contínua (sem parar), pois, quanto maior a distância percorrida, melhor será o resultado do teste. Resistência anaeróbia O teste para avaliar a capacidade anaeróbia proposto por Tanaka (1986) pode ser aplicado a crianças, adolescentes e adultos. Ao longo do local escolhido para o teste (quadra, pátio ou outro local), devem ser colocadas marcações a cada 10 metros, a partir da linha de largada. Após um sinal de partida (apito), os alunos realizarão uma corrida de 40 segundos na máxima velocidade possível, sendo registrada a distância percorrida em metros. Essa distância será registrada com o auxílio de uma trena, e os pontos marcados servirão de referência para a realização da medida. Os corredores devem ser orientados a manter a mais alta velocidade que conseguirem durante o teste, pois, quanto maior a distância percorrida, melhor será o resultado. Fonte: GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005.

Embora vários outros testes possam ser realizados com o intuito de avaliar as capacidades de resistência, os testes propostos possuem como vantagens tanto a especificidade em relação à faixa etária avaliada quanto à simplicidade de execução e de infraestrutura requisitada para sua realização. Além disso, os testes podem ser realizados de forma autônoma e segura pelos alunos, permitindo a prática regular e a comparação com resultados obtidos em testes realizados posteriormente. Alunos com sérias limitações para correr poderão realizar os testes caminhando o mais rápido que conseguirem. Após a realização dos testes, auxilie os alunos na interpretação dos resultados, enfatizando que o principal objetivo dessa atividade está em cada aluno perceber o nível de condicionamento físico em que se encontra, para poder analisar a importân-

cia e a necessidade de aprimorar ou manter apurada a condição da capacidade física de resistência. Solicite que os alunos anotem os resultados utilizando a ficha proposta no Caderno do Aluno. Serão propostos alguns testes em que você terá de correr. Um deles será bem curtinho, mas você terá que correr a toda velocidade; no outro, você correrá um tempo maior, mas não será tão rápido, porque não conseguimos correr a toda velocidade por muito tempo, não é? Pois é, tanto para conseguir correr por mais tempo como para manter a velocidade por mais tempo, precisamos de resistência. Anote na tabela a seguir os seus resultados. Quando os testes forem repetidos, confira se você melhorou, mas lembre: um teste motor compara você com você mesmo, e não com seus colegas.

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Teste

Resultado

Velocidade Resistência

Além do registro do resultado do teste, essa é uma oportunidade para estabelecer as diferenças entre velocidade e resistência.

Etapa 2 – Correndo e resistindo Informe aos alunos o que representa a frequência cardíaca (FC) e sua utilização na monitoração da intensidade de exercitação. Demonstre como pode ser verificada (aferida), solicitando a eles a verificação da própria FC, fazendo as correções individuais necessárias.

Pulso Pulso: o que é? Corresponde ao batimento arterial que se faz sentir em várias regiões do corpo, caracterizando uma representação da frequência cardíaca a distância. Como se mede? A frequência cardíaca é detectada pela palpação das artérias radial, carótida (sugerem-se preferencialmente essas duas), temporal, femoral ou inguinal, umeral, poplítea e pedial. O indivíduo deve permanecer parado e a região a ser medida deve estar em repouso, de preferência apoiada sobre uma mesa, cama ou outro local. A mensuração é realizada pressionando-se levemente a artéria com o dedo médio e o indicador. Escolhido o local, conta-se o número de pulsações que ocorrem no espaço de um minuto, ou durante 15 ou 20 segundos, multiplicando-se o valor encontrado por 4 ou 3, respectivamente, de modo a obter o valor correspondente a um minuto.

Nos minutos iniciais da aula, proponha aos alunos que avaliem e registrem sua FC por meio da verificação de pulsação arterial durante 20 segundos (o resultado deve ser multiplicado por 3 para fornecer a FC em batimentos por minuto). Esses dados serão comparados com as FC observadas ao final da atividade. A seguir, organize os alunos em grupos, utilizando como referência os resultados dos testes de resistência aeróbia e anaeróbia previamente realizados, de modo que as equipes apresentem níveis equivalentes de resistência. Diante de cada equipe (cujos integrantes se dispõem em coluna), são posicionados cones ou outros objetos se-

melhantes, distantes 10 a 20 metros do primeiro integrante da equipe. Este, após sinal do professor, deverá correr até o cone, contorná-lo e retornar até o próximo componente de sua equipe, posicionado no início da coluna. Ao chegar à sua coluna, o corredor deverá segurar seu companheiro com uma das mãos, e ambos correrão até contornar o cone e retornar novamente ao início de sua coluna. A cada retorno à sua coluna, um novo componente deverá se juntar ao grupo que corre para contornar o cone, até que todos os membros de uma mesma coluna, de mãos dadas, tenham realizado a corrida e retornado à posição de saída. Solicite aos alunos que não soltem as mãos

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durante a corrida e que todos os integrantes contornem o cone a cada volta. Registra-se o tempo de cada equipe. Essa etapa pode ser realizada simultaneamente pelas equipes, ou com uma equipe de cada vez, seguindo a orientação de finalizá-la no menor tempo possível. Imediatamente ao final da corrida, e após cinco minutos de recuperação, solicite aos alunos que avaliem sua FC durante 20 segundos (o resultado, multiplicado por 3, informa a FC em batimentos por minuto). Utilizando como referência os tempos para realização das atividades e a diferença entre as FC registradas antes e após a corrida (FC final menos a FC inicial), além daquela verificada

após cinco minutos de recuperação, discuta com os alunos sobre os níveis de resistência apresentados pelos grupos ou individualmente. Identifique as necessidades individuais quanto à melhoria ou manutenção dos níveis alcançados, procurando evidenciar a dinâmica de variação sofrida pela FC à medida que as condições de repouso, atividade física e recuperação se sucedem. Uma variação possível é que as equipes posicionem seus integrantes conforme o nível de resistência destes, de modo que os mais resistentes se coloquem diante dos menos resistentes, tendo em vista que serão exigidos por mais tempo durante a atividade.

Situação de Aprendizagem 10 ATENÇÃO À POSTURA Inicialmente os alunos realizarão posturas estáticas para perceberem as sobrecargas nas musculaturas envolvidas.

Em seguida, experimentarão movimentos do cotidiano a fim de identificar inadequações posturais.

Conteúdo e temas: postura estática; posturas cotidianas; consequências de posturas inadequadas. Competências e habilidades: identificar as capacidades físicas de força e resistência presentes na manutenção de posturas; reconhecer a importância da aquisição e manutenção de uma boa postura estática e dinâmica; compreender as consequências dos hábitos posturais cotidianos inadequados à saúde. Sugestão de recursos: imagens de posturas variadas; garrafas PET; areia; sacolas ou mochilas; caixas de papelão ou similar.

Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 10 Etapa 1 – Estátuas humanas Organize os alunos em grupos de cinco a seis, formados preferencialmente por meninos e meninas, para a realização desta etapa. Cada

grupo receberá uma ficha com figuras humanas em várias posições (apoio em um dos pés, posição do avião, elevação dos membros superiores etc.). Os alunos deverão realizar a posição da figura de sua ficha durante um minuto. A seguir, cada grupo identificará, na mesma ficha, a musculatura utilizada em cada uma das posições e as partes do corpo sobrecarregadas.

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Selecione também imagens de animais e desafie os alunos a permanecer o maior tempo possível em cada posição. Diferentes tipos de materiais podem ser utilizados como sobrepeso para a manutenção de posturas (segurar garrafas ou sacolas cheias de areia, mochilas etc.).

Etapa 2 – Imitando atividades cotidianas Elabore um circuito em que cada estação solicite um movimento do cotidiano. Exemplos: apanhar caixas de papelão do solo e colocá-las em um ponto mais alto; transportar uma caixa (ou outro elemento que contenha um peso suportável) de um ponto para outro no espaço; carregar duas sacolas de supermercado (preenchidas com algo que dê volume); deitar e levantar do colchão. Em grupos, os alunos passarão por todas as estações simultaneamente, fazendo um rodízio a cada dois minutos. Após o rodízio por todas as estações, cada grupo deverá descrever aos outros grupos a postura que considera adequada em cada estação (posicionamento das principais articulações do corpo). Ao final, reúna os alunos e aponte o posicionamento correto do corpo em cada estação, explicando os as-

pectos biomecânicos envolvidos, como a influência da distância do objeto ao tronco no peso (torque), a sobrecarga articular ao flexionar a coluna para pegar o objeto no chão etc. Ao término desta etapa, solicite aos alunos as atividades reproduzidas a seguir. 1. Confira as definições das capacidades físicas: ff agilidade: é a capacidade de executar movimentos rápidos com mudança de direção. Por exemplo, as fintas nos esportes coletivos e as coreografias na dança; ff flexibilidade: é a capacidade de realizar movimentos com amplitude adequada, como nos alongamentos; ff força: é a capacidade de vencer uma resistência por meio de ações musculares; ff resistência: é a capacidade de permanecer o maior tempo possível em uma atividade, sem fadiga, como na corrida de grandes distâncias, ou repetir um gesto muitas vezes; ff velocidade: é a capacidade de executar movimentos no menor tempo possível, como em uma corrida de curta distância em alta velocidade. Observe seus familiares em casa ou seus vizinhos e identifique, nas atividades diárias ou nos momentos de lazer, as capacidades físicas envolvidas. Exemplo:

Nome

Parentesco

Atividade

Capacidade

Ana

Mãe

Varrer a casa

Resistência

Resposta pessoal.

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2. Agora responda: nas atividades que você observou há predominância de alguma capacidade física? Qual?

Espera-se que o aluno identifique a capacidade física predominante nas tarefas diárias observadas.

Desafio!

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2. ( X )

) © Travelshots/Alamy/Glow Images

1. (

© Nick Onken/UpperCut Images/Getty Images

© allOver photography/Alamy/Glow Images

Você deve estar se perguntando: afinal, resistência é quando eu consigo correr ou andar durante um tempo longo, ou quando eu repito um movimento muitas vezes? As duas coisas! Quando andamos, chamamos de resistência aeróbia; quando corremos a toda velocidade, o nome dado é resistência anaeróbia; quando se repete um movimento muitas vezes, como agachar repetidamente, empurrar ou tracionar um objeto, chamamos de resistência muscular. Observe as imagens a seguir e marque um X nas que representam a resistência muscular:

3. (

)

4. ( X )

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atividade avaliadora Após as Situações de Aprendizagem vivenciadas, é importante que os alunos consigam perceber os conceitos envolvidos (força, resistência, postura, frequência cardíaca), tanto nas etapas desenvolvidas especificamente para esse fim quanto na prática da modalidade esportiva futsal, além de conseguirem ampliar esses conceitos para as situações cotidianas. Nesse sentido, divida os alunos em grupos e proponha uma pergunta a cada grupo. Dê um tempo para reflexão e discussão no interior de cada grupo antes da apresentação aos demais alunos. Após a exposição dos grupos, faça as correções necessárias ou destaque algum aspecto importante relatado. Alguns exemplos de questões: ff Quem tem mais força e/ou resistência: meninos ou meninas? Pessoas mais velhas ou mais novas? Mais pesadas ou mais leves?

ff Por que algumas pessoas são mais fortes ou resistentes que outras? ff Em um jogo de futsal, em quais situações necessitamos de força e resistência? ff Quais as variações de frequência cardíaca que ocorrem durante um jogo de futsal? ff Em quais situações do cotidiano utilizamos a força e a resistência? ff Qual o nível de cansaço percebido em tarefas que exigem força ou resistência? ff Como a frequência cardíaca se comporta sob diferentes níveis de exigência física e o que isso representa? ff Quais cuidados em relação à postura devem ser tomados nas situações cotidianas? ff As situações de postura exigem força e resistência? ff Qual a relação da postura com a manutenção da saúde?

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO Durante o percurso pelas Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras Situa­ções de Aprendizagem sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar de outra maneira o processo. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos e envolver todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificuldades. Podem ser desenvolvidas individualmente ou em pequenos grupos. Por exemplo:

ff roteiro de estudos com perguntas norteadoras referentes aos conceitos de força e resistência e posterior apresentação em registro escrito; ff roteiro de estudos com questões referentes à postura e posterior apresentação em registro escrito; ff atividade-síntese de determinado conteúdo, em que as várias atividades serão refeitas em uma única aula e discutidas posteriormente. Por exemplo: circuito com exercícios que exijam força e resistência em várias posturas.

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Com base nas aulas e nas informações deste Caderno, responda às questões a seguir: 1. Das diferentes atividades de resistência e força que você vivenciou, descreva aquela que você mais gostou de aprender, por que gostou mais dela e qual a capacidade predominantemente utilizada nessa atividade. Depende da atividade eleita pelo aluno, mas se espera que ele identifique a capacidade utilizada.

2. Cite dois exercícios de resistência muscular e especifique a região do corpo que está sendo trabalhada. Se preferir, desenhe ou cole as figuras dos exercícios no quadro.

Depende da atividade eleita pelo aluno, mas se espera que ele identifique a capacidade utilizada.

3. Cite duas atividades vivenciadas nas aulas de Educação Física em que você percebeu elevação da frequência cardíaca. Resposta pessoal. Acredita-se que, em função das atividades propostas, o aluno observará a alteração (elevação) da frequência cardíaca nas corridas.

Professor, leia agora com a classe a seção “Aprendendo a aprender” do Caderno do Aluno. Procure mostrar à turma que se trata de um texto com informações extras e que não está diretamente ligado às Situações de Aprendizagem. Caso haja necessidade, você pode contextualizar a informação utilizando-se de seus próprios conhecimentos.

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Após a Atividade Avaliadora, proponha aos alunos as atividades a seguir, tirando as dúvidas que ainda restam sobre o tema.

Meu pé, meu querido pé! Quem se lembra dos coitadinhos que estão confinados nos sapatos, a não ser quando doem? Todos deveriam dar mais atenção a eles, pois são como o alicerce de uma casa. Sustentam todo o nosso corpo. Entretanto, poucos são os que cuidam deles com carinho. Quando vamos à pedicure para fazer o pé, normalmente é por estética e não por saúde. Quando compramos sapatos, geralmente saímos com o mais bonito, o que está na moda, mas nem sempre com o mais confortável e mais adequado para a saúde dos pés. Muitos não sabem que o joanete (aquela saliência ao lado do dedão do pé) é adquirido por uso de calçados inadequados (bico fino, salto muito alto), por exemplo. As calosidades, aqueles dedos que parecem cinco garras, entre outros problemas, são resultado desses descuidos, que afetam nosso equilíbrio e a saúde dos pés.

Figura 15.

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Aí vão algumas dicas para você não perder a postura e escolher bem os seus sapatos! 1. Saiba que o número que vem impresso no sapato pode corresponder a tamanhos diversos, dependendo do fabricante. Por isso, não se prenda exclusivamente ao número, selecione o sapato pelo conforto que lhe confere. 2. Na medida do possível, compatibilize a forma do sapato com a do seu pé. 3. Lembre-se de que o tamanho dos seus pés pode mudar à medida que você vai ficando mais velho. 4. Não deixe de experimentar os dois sapatos, pois um pé, geralmente, é maior do que o outro. Compre o par que melhor se adapte ao pé de maior tamanho.

5. Compre sapatos no final do dia, quando os pés estão ligeiramente maiores. 6. Fique de pé enquanto experimenta os sapatos e verifique se existe espaço adequado para o dedo maior. 7. Não compre sapatos que estejam apertados, esperando que eles se alarguem com o uso. 8. O calcanhar deve adaptar-se confortavelmente ao sapato, com o mínimo de movimento entre ambos. 9. Caminhe com os sapatos para ter certeza de que estão confortáveis. 10. O sapato a ser usado deve ser apropriado para a atividade que queira realizar.

Fonte: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Os pés e os sapatos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/157pes_sapatos.html>. Acesso em: 22 maio 2013.

© Edward Kinsman/ Photoresearchers/Latinstock © Conexão Editorial

© 1/Alamy/Glow Images

Confira como os pés se acomodam nestes modelos de sapatos.

Figuras 16 a 19.

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Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 1

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ALLSEN, Philip; HARRISON, Joyce; VANCE, Barbara. Exercício e qualidade de vida: uma abordagem personalizada. 6. ed. São Paulo: Manole, 2001. Apresenta informações de como elaborar e avaliar um programa de condicionamento físico.

do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Situa os recursos ergogênicos como um dos fatores que afetam a função fisiológica, a transferência de energia e o desempenho nos exercícios.

BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educação física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. Apresenta definições e conceitos usuais a respeito das capacidades físicas na área de Educação Física e esporte.

NAHAS, Marcus V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4. ed. Londrina: Midiograf, 2006. Apresenta conceitos e orientações relativos à elaboração e ao desenvolvimento de um programa de exercícios aeróbios.

GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Aborda as diversas capacidades físicas, caracterizando sua relação com a condição de saúde e seu desenvolvimento ao longo da vida, destacando aspectos relacionados à infância, à adolescência e ao envelhecimento. Traz ainda propostas de avaliação para indivíduos em diferentes idades, bem como referências a parâmetros gerais e específicos que devem ser levados em consideração ao elaborar programas de condicionamento físico destinados ao desenvolvimento das várias capacidades físicas.

ULASOWICZ, Carla; LOMÔNACO, José Fernando B. Educação Física escolar e motivação: a influência de um programa de ensino sobre a prática de atividades físicas. Curitiba: CRV, 2011. O livro trata da influência de um programa de ensino na motivação para a prática de atividades físicas e verifica se as informações sobre os benefícios da atividade física e os malefícios do sedentarismo seriam capazes de motivar os alunos a praticar atividades físicas, aderindo a elas não apenas na escola, mas, principalmente, na vida diária.

LEHMKUHL, L. Don; SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L. Cinesiologia clínica. São Paulo: Manole, 1989. Apresenta ampla análise da atividade muscular, com ênfase na anatomia e em observações clínicas. McARCLE, Willian D.; KATCH, Frank; KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia

WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2000. A obra traz informações a respeito dos efeitos da atividade física e do treinamento esportivo sobre o corpo humano. Problemas cotidianos, como dor muscular, cãibras musculares, “dor de lado”, ponto morto, entre outros, são tão amplamente discutidos quanto os fenômenos de adaptação dos diferentes sistemas orgânicos ao treinamento esportivo.

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QUADRO DE CONTEÚDOS DO

Volume 2

Volume 1

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a série/6o ano

6a série/7o ano

7a série/8o ano

Jogo e esporte: competição e cooperação Jogos populares Jogos cooperativos Jogos pré-desportivos Esporte coletivo: princípios gerais – Ataque – Defesa – Circulação da bola

Esporte Modalidade individual: atletismo (corridas e saltos) – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico

Esporte Modalidade individual: atletismo (corridas, arremessos e lançamentos) – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico

Luta Modalidade: capoeira – Capoeira como luta, jogo e esporte – Princípios técnicos e táticos – Processo histórico

Atividade rítmica Manifestações e representações da cultura rítmica nacional – Danças folclóricas/regionais – Processo histórico – A questão do gênero

Luta Modalidade: caratê. – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico

Atividade rítmica Manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem: hip-hop e street dance – Coreografias – Diferentes estilos como expressão sociocultural – Principais passos e movimentos

Organismo humano, movi­ mento e saúde Capacidades físicas: noções gerais (agilidade, velocidade e flexibilidade) – A importância do alongamento e do aquecimento

Organismo humano, movi­mento e saúde Capacidades físicas: aplicações no atletismo e na atividade rítmica

Organismo humano, movi­mento e saúde Capacidades físicas: aplicações no atletismo e na luta Esporte Modalidade coletiva: a escolher – Técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo – Noções de arbitragem

Esporte Modalidade coletiva: futsal – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico

Esporte Modalidade coletiva: basquetebol – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico

Organismo humano, movi­ mento e saúde Capacidades físicas: noções gerais (força e resistência) – A importância da postura adequada

Organismo humano, movi­mento e saúde Capacidades físicas e aplicações no basquetebol

Esporte Modalidade individual: ginástica artística – Principais gestos técnicos – Principais regras – Processo histórico

Esporte Modalidade individual: ginástica rítmica – Principais gestos técnicos – Principais regras – Processo histórico

Atividade rítmica Manifestações e representações de outros países – Danças folclóricas – Processo histórico – A questão do gênero

Organismo humano, movi­ mento e saúde Aparelho locomotor e seus sistemas

Ginástica Ginástica geral – Fundamentos e gestos – Processo histórico: dos métodos ginásticos à ginástica contemporânea

Ginástica Práticas contemporâneas: ginásticas de academia – Padrões de beleza corporal, ginástica e saúde

Esporte Modalidade coletiva: handebol – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico Organismo humano, movi­ mento e saúde Noções gerais sobre ritmo: jogos rítmicos

Esporte Modalidade coletiva: voleibol – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico Luta Princípios de confronto e oposição – Classificação e organização – A questão da violência

Ginástica Práticas contemporâneas – Princípios orientadores – Técnicas e exercícios

Organismo humano, movimento e saúde Princípios e efeitos do treinamento físico

8a série/9o ano

Esporte Modalidade coletiva: futebol de campo – Técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo – Noções de arbitragem – Processo histórico – O esporte na comunidade escolar e em seu entorno: espaços, tempos e interesses – Espetacularização do esporte e o esporte profissional – O esporte na mídia – Os grandes eventos esportivos Esporte Jogo e esporte: diferenças conceituais e na experiência dos jogadores – Modalidade “alternativa” ou popular em outros países: beisebol – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico Atividade rítmica Organização de festivais de dança Esporte Organização de campeonatos

Esporte Modalidade individual ou coletiva (ainda não contemplada) – Princípios técnicos e táticos – Principais regras – Processo histórico Organismo humano, movimento e saúde Atividade física/exercício físico: implicações na obesidade e no emagrecimento Doping: substâncias proibidas

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque Bomfim EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrella. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

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Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE Impressão e acabamento sob a responsabilidade da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

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GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017 FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini (coordenadora) e Ruy Berger (em memória). AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas * Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). * Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.

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São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; educação física, ensino fundamental – anos finais, 5a série / 6o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adalberto dos Santos Souza, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Sérgio Roberto Silveira. - São Paulo: SE, 2014. v. 1, 72 p. Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB. ISBN 978-85-7849-584-8 1. Ensino fundamental anos finais 2. Educação física 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Souza, Adalberto dos Santos. III. Daolio, Jocimar. IV. Venâncio, Luciana. V. Neto, Luiz Sanches. VI. Betti, Mauro. VII. Silveira, Sérgio Roberto. VIII. Título. CDU: 371.3:806.90

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