ó
mar sem edição especial fotográfica
nós
A Revista Mar Sem Ó - edição fotográfica foi idealizada e produzida por Amanda Régia, David Lucena, Eduardo Leite e Isadora Machado, estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas, sob a supervisão da Professora Andréa Moreira.
marsemó 04
10
16
22
30
ó
O céu. O sal. O sol. E todos os pormenores de uma cidade explorados por meio de olhares um tanto saudosistas em busca do fim da mistificação do “Paraíso das Águas”. A capital alagoana tem seus belos cursos d’água. Inegável. Mas vai além. Uma cidade multifacetada. Impossível retratá-la por completo em algumas páginas. Mas faz-se o possível para traduzir ao leitor um pouco do muito que é Maceió. Nas páginas seguintes, a Cidade Sorriso se desmistifica. Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi tanta coisa boa, mas também inúmeros infortúnios que fazem da vida do maceioense um mar de contradições. De um lado, o vento que sopra do mar atingindo a face dos que se deleitam ao observar a imensidão azul piscina. Do outro, o mar de caos que só uma das cidades com o maior número de mortes violentas em todo o planeta pode proporcionar a quem nela vive. O trânsito, a desigualdade social, as construções históricas e o movimento cultural popular são alguns dos temas abordados nesta revista. Temas intrínsecos à vida numa cidade de tantos contrastes. A desconstrução da beleza aquífera da cidade. Um verdadeiro Mar Sem Ó, Maceió.
3
CIDADE SORRISO A MÚSICA QUE, COMPOSTA POR EDÉCIO LOPES, SE TORNOU HINO DE UMA CIDADE
marsemó “subi a ladeira do farol fiquei no mirante a olhar os raios dourados do Sol no azul imenso do mar olhei a cidade sorriso e vi Maceió tão feliz mostrando tanta riqueza ao povo deste país...”
6
marsemó
“...eu vi, eu vi, eu vi, eu vi vi tanta coisa boa num mundão de lagoa, um barco a deslizar...”
7
marsemó
“...eu vi, eu vi, eu vi, eu vi trapichão enfeitado CRB no gramado com o CSA a jogar...”
8
marsemó “...eu vi, eu vi, eu vi, eu vi Jatiuca, Pajuçara Ponta Verde, joia rara Avenida, Jaraguá eu vi, eu vi, eu vi, eu vi depois de ver coisas tantas eu vi, afinal de contas que terra mais linda não há!”
9
Minha torturante...
FERNANDES LIMA
marsem贸
Fernandes Lima, a avenida mais movimentada de Macei贸. Sinais verdes, carros parados.
12
marsemó
O obturador da câmera utilizada para fazer esta foto ficou aberto durante 30 segundos. Este foi o movimento dos veículos na avenida captado pelo equipamento durante o período.
13
Esguia moça De vértice impenetrável Impedida de respirar Sem a liberdade das madonas nuas Cheia de todo, sem brechas livres Vive eterna, sem tempo solto Sempre atravancada, sem sorrir Indiferente às minhas queixas Não me deixa alternativas Prende-me em seus braços frios Sem teus longos quadris de pedra e de asfalto Não chegarei a viver em solidão Estarei, sempre Em teus barulhentos sopros de ansiedade Minha torturante…
Fernandes Lima Osvaldo Epifânio
marsemó
MAQUIAGEM URBANA MACEIÓ POR FORA, PERFEITA POR DENTRO, NEM TANTO...
16
marsem贸
17
marsemó
Jatiúca: bairro nobre e turístico da cidade
18
marsem贸
Jaragu谩: bairro hist贸rico e perif茅rico
19
marsem贸
20
marsem贸
21
QUEDA LIVRE
A DECADÊNCIA DO HISTÓRICO EDIFÍCIO BREDA
marsem贸
24
marsemó
Na década de 1960, o Edifício Breda era a grande atração da juventude, que se reunia para observar as orlas marítima e lagunar do terraço do prédio.
25
marsem贸
26
marsem贸
Hoje, o Edif铆cio se encontra em estado de total abandono, abrigando apenas alguns escrit贸rios de advogados e contadores populares, uma sex shop e uma joalheria.
27
marsemó
Muitas são as histórias que envolvem o Breda. A mais chocante de todas é a fama que a construção tem de reunir suicidas. Muitas pessoas se jogaram do terraço do prédio e, provavelmente por isso, todas as janelas e portões têm grades e cadeados.
28
marsem贸
29
CERÚLEO
ADJ. DA COR DO CÉU; AZULADO
marsemó
Celebração a Iemanjá, um mar de tons de azul em plena areia da Praia de Pajuçara.
32
marsem贸
33
marsem贸
34
marsemó Iemanjá, uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
35