Morte, vida e criação em Portugal
O caminho para Ergo Meus Olhos
Jesu, juva De todas as formas que utilizo para escrever esta é nova. Lá vai uma espécie de diário, entremeado por porções de memórias. Espero que funcione. Portugal, 8 de janeiro de 2016. Eu e Eline estamos viajando em um carro do Porto para Lisboa. Os meses de estudo de Eline haviam terminado e passaríamos o próximo mês e meio em Lisboa servindo às igrejas da capital portuguesa e nos aproximando de amigos. Alugamos um carro para levar nossas malas de forma mais confortável e também para conhecermos as cidades que estavam no caminho do Norte ao Sul do país. Um dos pontos que visitamos foi Piódão, uma antiga cidade na Serra do Açor. Mas o que importa é que, saindo da pequena cidade, ouvi pela primeira vez a música Lazarus, de David Bowie. Lazarus é a faixa de trabalho do último disco de Bowie - artista que sempre me intrigou mas que nunca dei a devida atenção. Lisboa, 10 de janeiro de 2016. Já instalados no apartamento em que passamos os últimos dias, li a respeito da morte de David Bowie. “Que ironia”, pensei, “ouvir a última de suas músicas de trabalho apenas dois dias antes de sua morte”. David Bowie foi um dos artistas que a MTv me apresentou, lá nos idos dos anos 1990. Ashes to Ashes, Heroes, Let’s Dance, Modern Love e muitas outras músicas chegaram pela televisão e, mesmo que não tivessem o peso e apelo do Heavy Metal - gênero que aprecio desde o início da adolescência -, deixaram uma marca profunda em mim.
Piódão
Os dias seguintes a estes são intensos. Muitas conversas, muitos cafés, muitos sorrisos, mais cafés, Igreja, vida em comunidade, acolhimento pela família da fé, novas e profundas amizades que mesmo a distância não apagam. Mas Deus, em Sua infinita bondade, havia reservado o melhor para o final.
João Eleutério e Tiago Cavaco
Lisboa, 27 de janeiro de 2016. Era uma quarta-feira quando entrei na mini-van do Cavaco e fomos juntos até o estúdio onde ele gravaria as vozes e guitarras de um EP que lançaria, chamado “Meia Dúzia de Malhas para Arrebitar”. Participar in loco do processo de gravação do Cavaco (ou Guillul, como queiram) literalmente blew my mind. Em duas horas tínhamos um disco pronto. Conversamos, na ida e na volta do estúdio, sobre como funcionaria a gravação do meu disco enquanto estivéssemos lá. Teríamos poucos dias, mas era algo que eu e ele queríamos muito fazer.
Sou muito fofa. Lisboa, 29 de janeiro de 2016. Eline e eu acordamos e já há alguns dias sentíamos que havia algo de diferente. Dias antes, em uma ida ao supermercado, passamos na farmácia e compramos um teste de gravidez, “por via das dúvidas”. Esquecemos o teste, não falamos mais sobre isso, mas o elefante branco na sala não nos deixava quietos. Pouco depois de acordarmos Eline fez o teste e, 5 minutos depois, descobrimos que seríamos (na verdade, já éramos) pais. Não satisfeitos, um segundo teste de farmácia não deixou dúvidas de que Deus estava nos presenteando. Aquele foi o segundo dia mais feliz da minha vida, daqueles que Deus me concedeu. O primeiro, foi o casamento com Eline. Deus é bom.
Nada disso foi usado.
Lisboa, 11 de fevereiro de 2016. Cavaco e eu nos enfurnamos no apartamento / escritório da Igreja Baptista da Lapa para gravarmos o que seria meu próximo disco. Passei os dias anteriores reescrevendo letras, gravando e testando trechos, enviando as versões finais para amigos lerem e avaliarem. Chegamos e Tiago montou seu equipamento - um minidisc com microfone estéreo. Seria o suficiente para gravarmos as guias que seriam a base para as gravações dos outros instrumentos, vozes, etc. Depois de alguns testes, iniciamos o processo. Iniciamos por Firmeza, releitura do hino 366 do Cantor Cristão, música que Eline canta comigo. O processo seguiu e terminamos esta parte da gravação com 7 faixas. Almoçamos e fomos para o templo da Igreja, onde nos instalamos em uma sala de educação infantil. Lá tentamos dar prosseguimento ao processo. Tentamos. A parte da manhã tomou mais tempo do que tínhamos planejado, e o Cavaco tinha um horário a cumprir (Europeus pontuais, quanto clichê…). Demos o processo por encerrado às 17h30. Cavaco foi embora, eu voltei para o escritório da igreja onde esperei pela carona de um amigo (o Suva, parte importante em todo este processo). Eline à esta hora já tinha ido para casa, e voltei com o equipamento de gravação que me acompanha desde o Guarda o teu Coração. Não esperava muito daquilo que acabara de vivenciar. Ouvindo as guias que gravamos - e por um problema na hora de transferir do minidisc para o computador - não levantei muitas expectativas a respeito deste trabalho. Ficamos por isso mesmo.
Poucos dias depois, voltamos ao Brasil e a um momento novo em nossas vidas: os meses que antecederam a chegada da Sarah. Como pensar em disco novo quando precisávamos preparar nossas vidas para a chegada de um bebê? Deixei de lado o processo para desfrutar outra das bençãos que Portugal nos proporcionou: a paternidade.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2017. Recebo o seguinte e-mail do Cavaco: “Arranjei maneira de sozinho passar do minidisc para o computador!” Trocamos algumas mensagens a respeito deste avanço e recebi a ordem para iniciar a planejar como tudo seria. Meu produtor é mesmo um homem sério. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017. Cavaco me surpreende dizendo que eu receberia um link para os arquivos das faixas. No e-mail, ele diz as seguintes palavras: “Continuo a pensar que temos aqui um disco à moda do primeiro do Cash para a American Recordings. A simplicidade é muito bonita e convincente. Pensa se vale a pena fazer overdubs - essa é uma escolha tua. Eu gosto da coisa como está mas pode ser que ainda queiras adicionar alguma coisa.” A coisa está mais séria do que eu imaginava.
Minidisc
Recebo os arquivos, ouço, e percebo que há algumas coisas que poderiam ser mudadas e melhoradas. Aprendi tudo do que sei sobre o universo Do It Yourself observando e lendo o Cavaco produzir seus discos - e aqui cabe uma referência ao Bowie, que nos acompanha desde o início do texto. Sua música “Heroes” não foi escrita sobre a perspectiva dos heróis que uma pessoa pode ter para si, mas antes sobre sermos heróis nós mesmos. Mas não há como fugir aqui da declaração: Tiago Cavaco é meu herói. E para isso ser esclarecido, preciso retornar a 2008.
Rio de Janeiro, 2008. Considero 2008 como o ano em que minha cabeça explodiu. Duas pessoas foram fundamentais para que tudo aquilo que produzimos nestes quase 10 anos tomasse alguma forma, e estes homens são Stênio Marcius e Tiago Cavaco. Conheci a ambos no mesmo ano. Stênio imprimiu em mim um desejo absurdo por querer ser fiel às Escrituras naquilo que eu escrevia, fosse de forma congregacional, contemplativa, devocional. Eu nunca havia ouvido nada como Stênio, e mesmo depois, ninguém causa em mim tamanho impacto. Já o Cavaco foi quem me fez vislumbrar a possibilidade de tomar conta do processo criativo de um disco, executando tudo o que envolvesse a gravação. Não era uma questão de estética, era uma questão de urgência. Cacei freneticamente tudo o que pude a respeito deste português (ao menos tudo o que a internet de 2008 permitiu encontrar). Baixei seus discos de forma pirata em um extinto blog português chamado Lusodiscos - Cavaco e Samuel Úria tornaram-se referências. Em 2013, a Flor Caveira, editora musical fundada por Cavaco foi a inspiração para que fundássemos a Velhas Verdades Discos. É algo cinematográfico quando temos um herói que se torna nosso amigo. De 2008 para cá muita coisa aconteceu, mas o Cavaco se tornou essa presença que está inconscientemente em todos os meus trabalhos prévios, mas neste, está conscientemente. Voltando à história, o mês de maio marcou o envio do material ao Max Folgado, produtor e membro da banda Velho Irlandês. Enviei as faixas e disse: “opere o milagre que for necessário”. Faixas retornadas e ouvidas, Cavaco deu seus pitacos e eu os meus. Material de volta ao Max para mais um tratamento. Retorno e aprovação geral. Temos um disco!
Primeira versão da capa.
Rio de Janeiro, 7 de junho de 2016. Envio para o cavaco o que seria a capa do disco. Em teoria, temos tudo pronto. O disco se chama Ergo Meus Olhos. Um ano e quase 5 meses depois de gravado, o disco está “pronto”. Basta acertar alguns detalhes: se o lançaremos pela Flor Caveira apenas, se teremos discos físicos… detalhes.
Este é meu 6º trabalho. O terceiro apenas como voz e violão, mas na verdade, o primeiro a não receber um tratamento mais cuidadoso. Há nele diversas falhas - como disse, o resultado final é uma melhoria editada daquilo que seria apenas a guia do disco. Eu relutei em lançar o material desta forma mas a coragem do Cavaco me contaminou e dissipou um pouco do meu pessimismo. Afinal, não é um disco para ele ou para mim. E aqui vão as palavras finais. Tudo o que eu produzo é para a Igreja, e para a glória de Cristo. Certamente creio que tanto a Igreja quanto Cristo merecem algo bem melhor em termos de produção, mas quero voltar ao que disse a respeito do método de produção do Cavaco: há um senso de urgência que suplanta a estética, e embora a estética não esteja lá tão má no caso deste disco, fica a urgência da mensagem - precisamos cantar as Escrituras. Sei que muitas pessoas se beneficiam daquilo que escrevo. Sei pois estas pessoas fazem questão de me dizer isso, talvez dirigidas por Deus a tanto, como uma forma carinhosa Dele me incentivar e me mostrar que Se agrada, como eu disse em 2012 em entrevista ao Yago no documentário Ministérios Fracassados. A certeza que tenho de que Ele, Deus, o Santo, se agrada daquilo que eu, pecador, imperfeito, faço, tem raíz na Escrituras e no testemunho do povo Dele. Sou grato a Deus por falar ainda hoje. Meu desejo é que este trabalho sirva para o proveito espiritual de quem o ouvir. Sempre desejo isso. Não vejo motivos para desejar outra coisa. Que Deus nos abençoe.
SDG
Nas palavras de
Tiago Cavaco
Há uns anos li um texto da revista Época que falava nos novos músicos evangélicos. A verdade é que, do pouco que conheço, nunca gostei muito da música feita por músicos evangélicos brasileiros (e ainda gosto menos da música actualmente feita por músicos evangélicos brasileiros fingindo que não são músicos evangélicos brasileiros). Apesar de eu próprio ser um músico que também é evangélico (ainda que português), a música que geralmente leva o rótulo de “evangélica” destaca-se por um atraso estilístico de vinte anos e más letras. Como os ingleses dizem, não é a minha colher de chá. Mas esse texto da revista Época falava de um rapaz que tinha conhecido há pouco tempo através da internet. Esse rapaz chamava-se Eduardo Mano e era uma voz agradável que, movida por curiosidade pela editora que criei em 1999 com amigos - a FlorCaveira, tinha passado a ouvir. O interesse do Eduardo por nós, aqui na insignificante Lusitânia, tinha-me feito agora a mim curioso pela música que ele próprio fazia. Foi ocasião de eu voltar a dar uma chance à música evangélica brasileira. Quando comecei a ouvir o Eduardo Mano cheguei à mesma conclusão que a revista Veja estava a chegar: havia alguma coisa diferente nestas canções crentes. Já não lhes conseguia detectar aquele artificialismo demodé típico dos músicos evangélicos que, porque vivem em complexos de inferioridade, estão obcecados por mostrar ao mundo que tocam muito. Não. No caso do Eduardo tudo o que era tocado não servia outra coisa que não aquilo que ele estava a cantar. As canções do Eduardo não eram feitas para impressionar mas para dizer alguma coisa. E começaram a dizerme muito a mim.
Por outro lado, as canções do Eduardo transpiravam Keith Green, um dos cantores evangélicos da vaga inicial norte-americana que era realmente inspirador. As letras não tinham medo de ser simples, ao mesmo tempo que eram desavergonhadamente cheias de Bíblia. O Eduardo, ao contrário de muitos da sua geração, não se importava de musicar as Escrituras de um modo que facilmente poderia ser acompanhado pelos ouvintes. Esta simplicidade do Eduardo criou-lhe um problema. O Eduardo era um músico evangélico que não se sentia mal por fazer música cujo objectivo principal era servir o evangelho. Ora, no Brasil a música evangélica pode servir para muitas coisas mas nem sempre serve o evangelho. Por causa disso, o Eduardo era demasiado punk para quem queria ser sofisticado, e demasiado simples para quem queria ser litúrgico. Apesar de o Eduardo chamar a atenção suficiente para chegar à referência da revista mais popular do Brasil, o seu caminho musical ficou num lugar só seu. Uns anos depois, o lugar que durante seis meses se torna do Eduardo e da sua mulher Eline é Portugal. E aqui entro eu. No aeroporto à espera deles (com o Suva Coelho). Como a maior parte do tempo dessa estadia foi passada no Porto, só no último mês pudemos passar mais tempo juntos. Deu para o Eduardo tocar na Igreja da Lapa, onde sou pastor (e onde costumamos cantar algumas das suas canções nos serviços de culto) e deu para sonhar gravar alguma coisa. Apesar de ser início de 2016, continuo a ser um produtor musical bem arcaico. O que tinha para prometer ao Eduardo era um minidisc com um microfone estéreo. No fundo, continuava na boa tradição que levou o Rick Rubin a gravar o Johnny Cash em takes directos sem maquilhagem. Combinámos o dia para assim acontecer.
Havia sete canções para gravar, uma delas com a Eline (a minha canção preferida do Eduardo também é com a Eline, a perfeita “Mais Chegado Que Um Irmão”). Começamos a gravar mas a Eline não se sente bem. Temos de interromper. Recompõe-se e lá conseguimos acertar o take certo. Mais tarde saberia que a razão da má-disposição da Eline era a melhor possível: havia uma Sara dentro dela a oferecer um ritmo novo ao seu ventre. Certamente que esta gravidez contribuiu para que as canções seguissem com uma urgência parecida com um trabalho de parto. O certo é que não foram nove meses que tivemos de esperar para ter este disco cá fora. A gestação foi bem maior, estupidamente dependente de um pequeno problema técnico que me impedia de converter as canções da sua forma interna do minidisc para o digital dos computadores. Mas a hora chegou. E, como em qualquer nascimento, a alegria foi grande. Em toda a sua nudez (uma voz e um violão, como dizem os brasileiros) a criança esperneia (como dizem os portugueses). Não nego que o Eduardo, sendo um pouco menos punk do que eu, não resistiu a um filtros sonoros que arredondam o resultado final. Talvez um dia mais tarde este disco possa ser re-editado com o director’s cut do produtor, esplendoroso em toda a sua crueza. Ainda assim, é com muito sentido de privilégio que a FlorCaveira apresenta a sua primeira edição de um artista brasileiro: mencionado pela Época, demasiado barbudo para o infernal estrelato gospel, encharcado na Bíblia eis Eduardo Mano!
Eline e Sarah, minha esposa e filha, por serem um constante lembrete de que preciso viver as Velhas Verdades diariamente, de forma a servir minha casa da melhor forma possível. Nossos pais, irmãos, avós, sobrinhos, cunhados e amigos. Somos gratos a Deus pela vida de vocês, por todo apoio e por acreditarem em nosso ministério. Família Cavaco, por nos abençoarem de forma tão grande com amizade, carinho e recepção, e por toda ajuda nos primeiros dias de gestação da Eline. Família Coelho, pelos cafés, alimento, risos, passeios e amor que dispensram a nós. Nunca poderemos retribuir à altura. Obrigado pelo microfone, pelo violão e caronas sempre na hora certa,
Agradecimentos
Família Lopes, se temos família espiritual em Lisboa, é por Deus ter cruzado nossos caminhos. Obrigado pelo incentivo, conversas, orações e carinho. Família Harada, pelo acolhimento e por terem sido tão generosos permitindo que servíssemos a Igreja. Guardamos vocês em nossos corações. Igreja Baptista da Lapa, Igreja Baptista da Graça, Primeira Igreja Baptista do Porto, por serem família e por permitirem que utilizemos os dons e talentos que Deus nos deu enquanto estivemos em Portugal.
01
Firmeza
02
Esperança da Glória
Em nada ponho a minha fé, Senão na graça de Jesus; No sacrifício remidor, No sangue do bom Redentor.
Jesus é a imagem do Deus invisível Primeiro entre toda a criação Tudo o que existe nos céus e na terra Foi feito em Seu Nome, para o Seu louvor
Se Lhe não posso a face ver, Na Sua graça vou viver; Em cada transe, sem falhar, Sempre hei de Nele confiar.
Ele é antes de todas as coisas E Dele depende toda a criação Jesus é a cabeça do corpo, da Igreja De tudo o que existe, é pleno Senhor
Seu juramento é mui leal, Abriga-me no temporal; Ao vir cercar-me a tentação, É Cristo a minha salvação.
Reconciliou em Si mesmo Tudo que há na terra e nos céus Ele nos trouxe a paz Pelo sangue vertido na Cruz
Assim que o Seu clarim soar, Irei com Ele me encontrar; E gozarei da redenção Com todos que no céu estão.
Estávamos longe de Deus, Inimigos por nosso pecado E agora reconciliados Unidos a Ele em Sua morte Ele nos santificou, Livrou-nos das acusações E hoje Ele habita em nós E este mistério é A esperança da Glória
A minha fé e o meu amor Estão firmados no Senhor, Estão firmados no Senhor.
03
Refúgio Inabalável Vaguei por tempos sem rumo algum Busquei descanso, refúgio e paz Por toda parte eu procurei No mais alto dos montes, No fundo dos mares, não achei Um grande vazio havia em meu ser Tão poucas certezas, e tantas ilusões Apenas em Cristo o rumo encontrei O caminho verdadeiro, A vida que eu sempre quis viver.
Suas mãos nunca me deixaram, não; E em todo momento Seu amor se mostrou Refúgio inabalável, Ele é a paz que eu buscava. A cada momento neste caminhar, Entendo que Cristo sempre me amou E com alegria, posso afirmar Que eu nem O conhecia E minha vida já estava em Suas mãos.
04
Perfeição
Não há nada em mim que seja Digno de qualquer menção Meus passos são questionáveis Carecem de transformação Se a cada manhã que chega Há vida em meu coração, É obra do Teu grande amor, Fui alvo de pleno perdão Meus pecados são tão graves, Não os posso suportar Meus acertos tão pequenos, Não há lucro em os contar Mas Tua graça vem, E a tudo cobre com tal perfeição, Como Tu és bom pra mim, Como Tu és bom pra mim! O meu coração me leva A ouvir o que o mundo me diz E às vezes me vejo preso No fundo de um poço sem fim Somente por Tua graça Eu posso encontrar salvação Não é o que faço por Ti, Mas sim o que fazes por mim
Zeloso é o Pai por Sua Glória
05
Quem poderá compreender quão extensa é Glória de Deus, Que qual um véu se estende além dos limites visíveis dos céus? Não há quem a possa roubar, Não há quem O possa enfrentar Zeloso é o Pai por Sua Glória, Com ninguém Ele a dividirá Sua Glória é exposta nos céus, estrelas Lhe rendem louvor Os dias e as noites proclamam sem fim as obras das mãos do Senhor Ecoa na Terra Sua voz, Potente qual rio feroz Zeloso é o Pai por Sua Glória, Com ninguém Ele a dividirá Aos homens, nos cabe render eternos louvores a Deus Comprou-nos por preço de grande valor, Amou-nos e chama-nos Seus Se em meu coração há um altar, É Deus quem o há de habitar Zeloso é o Pai por Sua Glória, Com ninguém Ele a dividirá
06
Ergo meus Olhos Os medos se vão quando lembro Do Teu grande amor O apelo do mundo emudece Ao som da Tua voz Se o momento de angústia vier É a Ti que procuro, pois sei Que comigo estás, não importa Por onde eu andar. Estás sempre perto daqueles Que clamam por Ti E Tu não rejeitas aqueles Que chamam Teu nome Se o deserto se torna meu lar E não sei qual caminho seguir Em Jesus deposito minha fé, Esperança e louvor Ergo meus olhos a Ti. Ergo meus olhos a Ti. Ergo meus olhos a Ti.
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