Ele estava sentado no carro, distraído, quando olhou pra frente e a viu atravessando a rua. Encantou-se de cara. Alguma coisa naquela menina pequenininha chamou sua atenção. Seu coração deu um salto e pensou: “é ela”. Ela estava absorta em seus pensamentos e nem notou o rapaz que a olhava de dentro do carro. Ele estava certo de que precisava conhecê-la. Tinha um amigo que era filho de uma amiga dela, e assim foram apresentados. Ela dizia estar com o coração fechado, não queria se apaixonar. Há algum tempo havia tido uma desilusão e estava
aos poucos se recuperando. Ele nunca tinha namorado, era do tipo baladeiro. Já tinha tido várias outras garotas, mas nenhuma o fez querer namorar sério. E pra ele, essa garota era ela. Ele ia praticamente todos os dias em frente à loja que ela trabalhava, com o amigo, filho da colega dela. E eram “ois” rápidos, alguns sorrisos. Ela às vezes se escondia pra não vê-lo pois não queria se envolver. E às vezes pensava: “esse garoto não desiste?”. Ela o achou atirado à primeira vista. Depois com o passar dos dias foi reparando mais e mais. E a cada sorriso que ela ganhava, o enxergava mais belo e mais simpático. Um dia essa
amiga dela a chamou pra ver um filme na casa dela e ele também foi. Como num passe de mágica todos sumiram e eles ficaram a sós. Completamente calculado. No começo ficaram apreensivos, mas depois relaxaram. O coração dela apertava, com medo de estar se apaixonando e sofrer novamente. Não tinha sido fácil, ela ainda era muito insegura. Mas ele era extremamente apaixonante, do tipo que sorri com os olhos, divertido e tinha um senso de humor encantador. Conversaram muito aquela noite. Os gostos dele batiam com os dela e vice-versa. Riam de cada
coisa em comum que descobriam juntos. Ele estava nervoso, estava louco pra beijar aquela garota por quem ele estava encantado. Mas esperaria o tempo que fosse necessário, não queria apressar as coisas e colocar tudo a perder. Depois foi levá-la em casa e se despediram com um “tchau” tímido. A semana começou e a mesma rotina de sempre. Dessa vez ela retribuía os sorrisos e sentia o rosto esquentar quando o via chegar. E ficava o dia todo esperando pra vê-lo no final da tarde. Marcaram de novo de ver mais um filme no final de semana.
Como já era de se esperar, foram deixados sozinhos. Os dois estavam mais à vontade dessa vez, e conversaram sobre tudo. Pareciam ter nascido realmente um pro outro. Nem viram o filme de novo. Tinham coisas mais importantes pra se preocupar. Descobriram agradáveis surpresas um do outro naquela noite. Ela estava ansiosa por um beijo. Olhava nos olhos e em seguida olhava na boca dele. E ele fazia o mesmo, como se quisesse avisá-la de que ele também queria. A atração era grande e não era mais possível voltar atrás. E então acabou o assunto. Eles ficaram um pouco desconfortáveis com aquilo,
porque desde que se conheceram o assunto não acabava nunca. Foi então que, depois de alguns segundos intermináveis de silêncio, ele disse: “posso te pedir uma coisa?”. Ela disse que sim. Ele então olhou dentro dos olhos dela, respirou fundo, e perguntou: “posso te dar um beijo?”. Ela sorriu e consentiu com a cabeça. Fechou os olhos e esperou pelo beijo. Ele acariciou o rosto dela e a beijou. As bocas se encaixaram perfeitamente, num beijo molhado, calmo, interminável, como se as bocas tivessem sido feitas uma pra outra. Os corações aceleraram e começaram a bater no mesmo compasso, ao som da mesma música. E desde então os dois viraram um só.
A história que aqui vamos contar Não é nenhum conto de fadas Nem nunca será. Mas podemos garantir Que igual não há! É uma história de amor Que não tem príncipe e nem princesa, Não tem sapo, nem castelo, Mas que encanta Em sua simplicidade e beleza. Não se sabe ao certo como tudo começou. Eram amigos desde o jardim de infância, Ela adorava desenhar, pintar... Ele adorava jogar bola, lutar... Ela gostava de estudar,
Ele gostava de se aventurar! Ela não sabia fazer retas, Ele não sabia fazer tortas. E na escola, os dois viviam feito rata e gato Ou gata e rato, A brigar. “Oh! Não! Esse garoto de novo não!” Pensava ela quando o encontrava de supetão! Mas no fundo, no fundo, Descompassava o seu coração! Mas como já dizia a canção: “Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão?”
Eis que nasce a paixão! E na praça resolveram se encontrar. No começo até parecia brincadeira, Coisa de adolescente, Paixão passageira... Besteira! Mas com o tempo tudo foi ficando sério... Juntos terminaram o ensino fundamental, E comemoraram a formatura do ensino médio. Foi quando decidiram: vamos noivar! Ela entrou na universidade! Quanta felicidade! E aquele velho ditado: “o que o amor constrói, a faculdade destrói”
Ih! Não vingou! O amor só AUMENTOU! E dez anos se passaram... 10 anos?! Vamos nos casar!!! Epa! Essa parte da história Teremos que adiar... Pois para a universidade ela resolveu voltar! Quem sabe daqui algum tempo, (Breve, muito em breve!) A continuação desta história Vocês possam apreciar. Pois, para esse casal o fim, Ah, o fim... Este nunca existirá!
O ano era 2005, o local, Rio de Janeiro. Era um sábado e eu estava num cyber café. Numa sala de bate-papo eu conheci a Bruna, que mora em Jaú. Demorou um ano e meio para nos conhecermos pessoalmente, e em junho de 2006 resolvi vir pra cá e passar uma única tarde. E foi o suficiente, não tinha ido embora e já estava louco pra voltar. Retornei para o RJ e seis meses depois estava eu aqui para conhecer o futuro sogro.
E foram 2 semanas que confirmaram o que eu já sentia desde a primeira vez que vim pra cá: é ela e é aqui que eu quero ficar. Retornei novamente para o RJ, agora para convencer a família que eu mudaria de Estado por uma paixão. Em junho de 2007 mudei para Jaú definitivamente, aos trancos e barrancos, como um forasteiro que precisa começar do zero em terras estranhas e com altos e baixos, como todo bom relacionamento, seguimos firmes até hoje.
No dia 24 de novembro de 1976, grande parte do povo jauense se dirigiu até o jardim de baixo para a comemoração da vitória política do dr. Alfeu Fabris (apoiado por Waldemar Bauab, com sua camisa vermelha, é claro). Adultos, jovens e crianças se aglomeravam para ver e curtir a carreata e fogos de artifício. Um grupo especial de jovens que sempre se reunia na esquina da Vienense (esquina da Major com a Campos Salles) festejava e jogava conversa fora juntando-se a outros desconhecidos até então... Após algum tempo comemorando nos cansamos de
ficar em pé, sentamos no banco da praça e minha amiga Lu (hoje Frisina) me chamou a atenção: - Quem é aquele cara que tá com o Zé? (Zé Álvaro Griso) Me virando pra Angela perguntei: - Quem é aquele cara que está conversando com teu irmão? - Ah, é amigo dele, Jorge... Repeti a resposta pra Lu, com displicência... continuava olhando a multidão e “vendo a banda passar”... De repente começou a chover...uma pesada chuva
caiu fazendo todo mundo correr pra se abrigar... Corremos pra debaixo da marquise da Vienense e ficamos ali, muitos, lado a lado...minha irmã do meu lado direito e... o tal do Jorge parou do meu lado esquerdo...após alguns minutos ele me diz: - Puxa, quem esperava por uma chuva dessas não? Virei pra responder....nossos olhares se cruzaram... um sorriso...um baita de um arrepio... Uau, que é que é isso??? ...Um pensamento forte e seguro me passou pela cabeça... olhei pra minha irmã e disse:
- Engraçado Elaine,...eu vou me casar com esse cara! - Ah...você e suas intuições...fala sério...quem é ele? - To falando sério, só sei que chama Jorge...mas eu senti isso “ di verdadi...” eu JURO!....( ela não acreditou) Em uma semana começamos a namorar....desde então nunca nos separamos... Hoje temos cinco filhos (três homens e duas mulheres)...e, uma linda história de AMOR a ser lembrada...