Baú - TFG Eduardo Serman - Arquitetura e Urbanismo

Page 1

Ăş

ba


AL A EM

RT

NO

E

RT

PO

SU

UR

DE LT

CU

TA

EN

VO

TI

LE

CO

AM

RR

FE

CO ADE MU S M DO

ID

IV

AT

ba ú


DE DA SI L ER RA SE IV E UN FED INEN UM

FL

A

:

RA

DO A

ÚL

CA

AN

RI

AD

TA

IEN

OR

HO AL DE O AB TR AL AÇÃ FIN DU

A GR

RM

O: ND UA DO AD R E GR UA T ED LEN N A VA

SE

DE A LA UR CO ET MO ES IT IS QU AN AR URB E

: OR IS RV S PE CIU SU VINÍ TO T NE

14

20

/2


baĂş

4


A G R A D E C I M E N T O S Neste trabalho, dois dos temas pelos quais passei foram o coletivo e a transformação. Eles não fazem parte só do conteúdo deste caderno, mas também do desenvolvimento desta e de tantas outras etapas da minha vida. Me dá um enorme prazer pensar em todas as contribuições que recebi durante toda essa caminhada e todas as pessoas que fizeram com que este exercício fosse coletivo e que transformaram a minha visão, a minha mente, a minha história. Em primeiro lugar, agradeço ao coletivo mais importante da minha vida: a minha família. Aos meus pais, Maria Teresa e Carlos, e irmãos, Daniel, Paula, Bruno e Mariana, responsáveis por transformarem meus dias em completo caos e paraíso. Sou muito feliz por todo apoio que sempre tive de vocês, por todas as lições e todas as emoções que provocaram em mim, desde as mais longas risadas até os mais ardidos tapas. Obrigado por estarem sempre ao meu lado, nos momentos em que eu mais precisava e também nos que eu não encontrava um cômodo vazio em casa para ficar sozinho. Vocês são parte fundamental na minha história. A minha base, minha inspiração, meu lar, sempre cheio. Agradeço também aos novos moradores desse lar, minha cunhadas, Jussara e Natália, e meus sobrinhos, Pedro e Isabel, que há alguns anos passaram a fazer parte da bagunça, trazendo mais cores, mais agitação e fôlego extra pra voltar a trabalhar. Aos meus avós, Marina, César (em memória), Ida e Burih, pelo carinho e amor desde meu nascimento. Anfitriões dos mais animados encontros de família e sempre de portas abertas a receber os netos. Agradeço também aos meus tios, em especial os arquitetos, Hilton e Dorise. As conversas, os incentivos, os livros são lembranças que levarei comigo na minha vida de arquiteto. Aos professores da Escola de Arquitetura e Urbanismo por transformarem o meu olhar sobre arquitetura e sobre a cidade. Por me ajudarem a enxergar além do primeiro plano e entender as conexões entre as pessoas e os lugares. Por cada colaboração na minha formação como arquiteto, urbanista e como pessoa. Em especial, agradeço aos professores Cristina Nacif, Maurício Campbell, Ronaldo Brilhante, Gustavo Martins e Roberto Jermann pela disposição em participar deste projeto com seus conhecimentos pessoais, de forma sempre simpática e cordial. Agradeço também ao professor Jorge Baptista, que, mais que um professor, foi um amigo em um momento em que duvidei se estava no curso certo. E estava! À professora Adriana Caúla, minha orientadora neste projeto final, por me guiar pelas diversas possibilidades que encontrei em seu desenvolvimento. Soube equilibrar perfeitamente a liberdade para eu desenvolver o projeto à minha maneira e a presença para me acompanhar quando era importante, sempre com ideias e referências certeiras.

Aos meus colegas de curso por todas as parcerias formadas nas aulas, no DACA, nas pizzadas, chopadas, por cada canto da faculdade e fora dela, geralmente na Cantareira ou no bar do Neto. Por toda a alegria, que transformou a minha trajetória na graduação em uma saudosa e prazerosa caminhada. Por todas as brincadeiras, conversas, memórias, altinhas, trotes, pizzadas, debates, e demais atividades fora do horário de aula ou mesmo dentro. Sou muito grato pelas contribuições de Camila Ennes, João Paulo Valério, Jéssica Ojana, Fabiana Carvalho, Helena Vianna, Dulce Abigail, Thiago Miranda, entre outras tantas pessoas que, por conversas, ajudas, materiais, acrescentaram ao pensamento e à execução do trabalho. De forma mais especial ainda, agradeço a Isabella Rocha por seu breve, mas importantíssimo, momento como minha estagiária, que certamente lhe renderá valor ao currículo e bons empregos no futuro. Brincadeiras à parte, obrigado por essa demonstração de amizade em um momento tão importante. Aos meus amigos de colégio, à minha “rapeize”, agradeço pelos momentos de encontro real e virtual, que me trazem, além de grande felicidade, muito conhecimento. É interessante ver que, no meio de muita descontração, existe a preocupação de um pelo outro e a motivação para seguirmos cada um por caminho diferente, que se conecta de alguma forma. Aos integrantes do Norte Comum, em especial ao Carlos Meijueiro, por fazerem parte desta obra desde antes dele existir dentro da minha cabeça. A admiração pelo trabalho que desenvolvem, cheio de disposição, personalidade, entusiasmo, riquezas, foi o que me trouxe a ideia de tê-los como tema. Desejo toda sorte na caminhada e que possamos nos encontrar mais vezes nos Geringonças, Ágoras e Saraus pela Zona Norte. E, por fim, a Helene Cordeiro, minha parceira inseparável ao longo de toda essa história. Desde as primeiras ideias até os últimos momentos de revisões, plotagem e entrega. Agradeço pelas conversas, pelas ideias, pelas opiniões, pela companhia madrugadas adentro, pela paciência nos momentos mais tensos, me trazendo sossego. Obrigado por ser minha energia quando eu já estava nas minhas últimas baterias. Minha gratidão não tem tradução por ter tornado esta etapa tão importante em um momento ainda mais incrível. Um breve agradecimento ao meu computador e softwares pelos poucos “fatal errors” e surpresas nesta conclusão, mesmo pela velocidade nem sempre ideal. O processo por que passei para chegar a este resultado aconteceu, em grande parte, fora do papel. Da mesma forma, minha gratidão por cada pessoa que passou, mesmo sem saber ou querer, por este caminho, não está completamente descrita. Nem poderia. Fica o meu desejo para que todos encontrem em seus rumos motivos para agradecer.

5


A P R E S E N T A Ç Ã O

O tema deste projeto é fruto da busca inquieta em que eu, assim como muitos outros estudantes de Arquitetura e Urbanismo, me coloquei no penúltimo período letivo do curso, o anterior ao Trabalho Final de Graduação. Nele, nos confrontamos com a iminente chegada desse desafio que põe à prova os conhecimentos acumulados na faculdade e fora dela e a nossa aptidão em exercer nossa profissão. Foi em uma aula de Projeto de Habitação Popular, com o professor Gerônimo Leitão, que uma primeira luz se acendeu acerca do que me interessaria explorar nesse período de conclusão. Falava sobre os espaços ociosos no bairro da Tijuca que foram resultado da construção da linha e estações de metrô. Tijucano de nascimento e morador até hoje, fiquei entusiasmado com a ideia que me veio de fazer um projeto de urbanismo para a área. Mais que um simples projeto, uma intervenção para despertar o interesse pelo espaço público dessas áreas, que eu conhecia, onde enxergava monotonia e insegurança. Quando me pus a pensar em praças com pessoas reunidas, praticando esportes, fazendo arte, grafite, poesia, teatro, música, não demorou muito até que associasse essas atividades a um grupo, um coletivo cultural chamado Norte Comum. Muito do que passava na minha cabeça era quase uma reprodução do que via nos eventos realizados por eles e seus parceiros. A empolgação se tornou maior quando soube que os integrantes do Norte Comum buscavam um local permanente para se reunirem e a proposta de projeto de urbanismo acabou dando lugar ao projeto arquitetônico de uma sede para o coletivo. A partir desse momento, entre encontros, eventos e pesquisas, as ideias e o e projeto passaram a girar em torno das necessidades deles e esbarrar nos empecilhos burocráticos, econômicos e técnicos que eram encontrados pelo caminho, transformando o produto final deste trabalho.

baú

6


S

U

M

Á

R

I

O

NORTE COMUM 8

INTRO DUÇÃO

12

P R O JETO

13 Mercado imobiliário - “Propriedade não é arquitetura” 14 Cidades para carros 15 A inversão da lógica - o automóvel como utilidade coletiva

16 16 17 26

Opção pelo móvel Partido Arquitetônico Referências

O baú

16

SIMU LAÇÃO

56

30 Estrutura 32 Panorama geral: Layout,

fechamentos, mecanismos e instalações

48 Cobertura externa 54 Mobiliário e luminárias

57 Ágoras Cariocas 58 Geringonça 59 Cinema

BIBLIO GRAFIA

60

7


3

2

1

1

6 5

4

7

IMAGENS 1 A 9: ILUSTRAÇÕES FEITAS POR INTEGRANTES E PARCEIROS DO COLETIVO NORTE COMUM FONTE: FACEBOOK.COM/NORTECOMUM

8

9


N O R T E

C O M U M

Na contramão do fluxo de investimentos e destaques que ganham os eventos culturais no eixo Centro-Zona Sul do Rio de Janeiro, nasceu o Norte Comum, motivado pelo o interesse de um grupo de amigos em exaltar o valor da cultura que se expressava do outro lado da cidade: na Zona Norte. Do questionamento a esse cenário, formaram um grupo interessado em criar novas oportunidades de atividades culturais e fazer com que os eventos que já aconteciam na região chegassem aos ouvidos das pessoas.

“Produtores desconhecidos, os consumidores produzem(...). No espaço tecnocraticamente construído e funcionalizado onde circulam, as suas trajetórias formam frases imprevisíveis, ‘trilhas,’ em parte, ilegíveis. Embora sejam compostas com o vocabulário de línguas recebidas e continuem submetidas a sintaxes prescritas, elas desenham as astúcias de interesses outros e de desejos que não são nem determinados nem captados pelos sistemas onde se desenvolvem.” (CERTEAU, 2012; p.44) Por se manterem como uma organização sem fins lucrativos, os integrantes usam a internet como importante ferramenta para divulgação e comunicação com seus “seguidores” nas redes sociais. No mundo real, também tiram proveito do espaço público, ocupando praças, por vários cantos. Além dissso, fazem parcerias com pessoas e instituições que se identificam com as ideias, fazendo eventos também em espaços privados, mas sempre abertos ao público e com entrada franca.

“Não levamos cultura a lugar nenhum. Os territórios nunca deixam de produzir cultura. Ela começa nas histórias contadas em botecos, terreiros e praças, nas pipas do céu, nas brincadeiras de rua, nos sambas e festas tradicionais

O grupo vem conquistando cada vez mais território, reconhecimento e admiração com encontros que se abrem à colaboração, participação e interação do público, enriquecendo-os com gente diversa, experiências compartilhadas, corpos que dançam e mentes convivem sujeitas a imprevisibilidade do momento.

como a de São Jorge em Quintino ou a de 100 anos da Tia Dorinha no Jacarezinho. Eventos que nunca deixaram de acontecer, mas correm por fora de uma ideia de cultura que só pensa em determinados tipos de eventos e formatos.

Debates, aulas de história, fotografia, teatro, poesia, música, saraus, dança, pintura, grafite, moda, arte. Os eventos tem como lugar diversos pontos da Zona Norte dando destaque a atividades que muitas vezes não fazem parte do “calendário” oficial de eventos do Rio de Janeiro e que muitas vezes ficam ofuscadas e passam despercebidas até mesmo para os moradores da própria área.

O que falta nas zonas Norte, Oeste ou na Baixada não são artistas ou produtores, são espaços e investimentos que permitam a exposição e a continuidade dos trabalhos” Carlos Meijueiro, membro do coletivo em entrevista para O Globo em 13/04/14. Fonte:

http://oglobo.globo.com/cultura/conheca-os-integrantes-do-

-norte-comum-coletivo-que-vem-dando-novos-rumos-cultura-carioca-12183396

9


baĂş

10


EVENTOS Lavagem das Engrenagens

Amostra Grátis

Música/Poesia/Vídeo/Pintura/Fotografia/Cenografia Organização: Norte Comum e Geringonça Local: SESC Tijuca

Música/Dança/Poesia/Fotografia/Pintura/Grafite Organização: Norte Comum e Geringonça Local: SESC Tijuca

Sarau TropiCaos

Encontro Fotográfico com o Desconhecido

Música/Poesia/Fotografia/Teatro/Vídeo Organização: Norte Comum e Hotel da Loucura Local: Hotel e Spada Loucura -Engenho de Dentro

Fotografia Organização: Norte Comum Local: Quinta da Boa Vista

Ocupa Geringonça

Ocupa Nise

Música/História/Vídeo/Quadrinhos/Pintura Organização: Norte Comum e Geringonça Local: SESC Tijuca

Saúde/Ciência/Arte/Teatro/Música/Dança Organização: Norte Comum, Néctar e Hotel da Loucura Local: Hotel e Spada Loucura -Engenho de Dentro

Redemoinho Artístico

Bem Querer -Oficina Fotográfica

Música/Vídeo/Massinha/Teatro Organização: Norte Comum e Geringonça Local: SESC Tijuca

Fotografia/Jornalismo Organização: Norte Comum, Néctar e Geringonça Local: SESC Tijuca

Remixofagia

Caboco Satélite

História Organização: Norte Comum, C. C. Hélio Oiticica e SMC Local: Centro Cultural Hélio Oiticica -Centro

Música Organização: Norte Comum Local: Rua do Matoso -Tijuca, Praia da Bica -Ilha do Governador

Aperte F5 Debate/Arte/Literatura/Música Organização: Norte Comum e Geringonça Local: SESC Tijuca

Ágoras Cariocas História/Cidade Organização: Norte Comum e Luiz Antônio Simas Local: Estácio, Tijuca, Vila Mimosa, Penha e Mangueira

IMAGENS: CARTAZES FEITOS POR INTEGRANTES E PARCEIROS DO NORTE COMUM CONVITE PARA OS EVENTOS REALIZADOS. FONTE: FACEBOOK.COM/NORTECOM

11


I

N

T

R

O

D

U

Ç

Ã

O

““Mas toda vez havia algo que interrompia o prazer desse exerciício e o forçava a voltar às linhas do livro, um incômodo que nem ele entendia bem. Eram os edifícios: todas essas novas construções que surgiam, conjuntos urbanos de seis, oito andares, a reluzir maciços como barreiras de contenção contra o desmoronamento das encostas, debruçando sobre o mar o maior número de janelas e varandas que podiam. (...) as escavadeiras agora reviravam o terreno macio das folhas apodrecidas ou granuloso do pedrisco das aleias, enquanto as picaretas demoliam os sobrados de dois andares e os machados abatiam num chiado de papel os leques das palmeiras washintônias, varridas do céu onde surgiriam os futuros três quartos ensolarados com área de serviço.” (CALVINO, 2011; p. 7-8)

baú

12


Mercado imobiliário“Propriedade não é arquitetura” Não é novidade que a busca por melhores condições de vida baseia-se comumente em cidades grandes, centros urbanos com maiores investimentos governamentais. Desde a década de 1960 o Brasil passou a ser majoritariamente urbano, e atualmente possui mais de 80% da população vivendo em ambientes urbanos. Motivadas pela concentração de investimentos e ooportunidades, pessoas saem de zonas rurais e pequenas cidades peroféricas em direção aos grandes centros. O aumento da densidade demográfica e a consequente demanda por espaço geram efeitos colaterais. Com a crescente necessidade de habitação, abrem-se oportunidades para a especulação sobre os valores de compra e aluguel de imóveis, tanto residenciais quanto comerciais. Com a elevação dos preços, o território urbano sofre o processo de segregação, dividido em áreas de habitantes com diferentes poderes aquisitivos, mantendo os mais ricos nas áreas centrais e forçando os mais pobres a ocuparem periferias ou ainda áreas irregulares. No Rio de Janeiro, principalmente nos últimos anos, esse processo tem contado com fatores mais específicos. Investidores do mercado imobiliário, principais responsáveis pelos efeitos especulativos, tem encontrado condições favoráveis para sua atuação. Com a ocorrência de megaeventos, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, a cidade ganha destaque no panorama mundial, o que demanda um grande volume de intervenções do poder público, necessárias para dar estrutura aos jogos. Na onda dessas mudanças, os investidores atuam sobre áreas específicas que vem sendo valorizadas com a realização de obras públicas de transporte, infraestrutura, urbanismo, inserindo novos empreendimentos. Com o aumento da visibilidade dessas áreas, o patamar dos valores dos imóveis cresce e, como reflexo, também sobem os valores de imóveis de menor preço em áreas da cidade que recebem volumes muito menores de investimentos. Até mesmo as áreas periféricas da região metropolitana passam a ser impraticáveis em quesito fincanceira para a população de baixa renda.

10

14

11

IMAGENS: 1.Reportagem UOL Notícias. Fonte: noticias.uol.com.br/cotidiano 2.Página criada como forma de protesto contra preços abusivos no Rio de Janeiro. Fonte: facebook.com/ riosurrealrio 3.4. Área de proteção destinada a construção de campo olímpico. Fonte: rioonwatch.org.br 5. Reportagem CBN. Fonte: cbn.globoradio.globo.com 6. Projeto do Grand Hyatt Residences. Fonte: skyscrapercity.com/ showthread.php?t=1556028 7.8. Publicidade do empreendimento Riserva Golf. Fonte: riservagolfbarradatijuca.com.br

15

16

12

17

13

13


Cidades para carros

18

19

20

21

Outro mercado, além do imobiliário, que circula grandes investimentos em território brasileiro é o de automóveis. Uma das expressões disso está no planejamento urbano de muitas cidades brasileiras. Dois exemplos importantes são a antiga e a atual capitais federais. Ainda no início do século XX, com Pereira Passos, a cidade do Rio de Janeiro passou por transformações bastante turbulentas com a adesão das ideias inspiradas nas grandes avenidas parisienses de Haussman. Muitos imóveis, em boa parte de população de menor renda, foram derrubados para aberturas de grandes avenidas, como as que hoje são Avenida Rio Branco e Avenida Presidente Vargas. Foi o capítulo inicial para o histórico de transformações e demolições que a cidade ainda passa para atender à concentração de veículos que nela circulam. Décadas depois, nasce Brasília, previamente pensada e desenvolvida com ênfase em grandes vias e quadras. Seria o símbolo do desenvolvimento nacional representado em uma cidade planejada especialmente para ser a nova capital. Plano urbanístico com desenho específico, formas imponentes, longas distâncias para serem percorridas pelos carro, porém nada confortáveis para o fluxo de pedestres.

22 23

24

baú

14

IMAGENS: 18. 19. Demolições e construção de edifícios para construção da Av. Central, atual Av. Rio Branco, 1904/1905 respectivamente. Fonte: educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia/0031 20. 21. Vista panorâmica e escala do pedestre de Brasília. Fonte: planetasustentavel. abril.com.br/blog/cidades-para-pessoas 22. Reportagem Gazeta do Povo. Fonte: gazetadopovo.com.br/economia/governo-anuncia-prorrogacao-de-reducao-do-ipi-para-compra-de-carros-novos 23.Pátio Porto do Rio de Janeiro repleto de automóveis. Fonte: rafaeloliveira-rj.blogspot.com.br/2011/12/novas-montadoras-chegam-ao-rio-de.html 24. Fonte: caosplanejado.com/erosao-das-cidades-pelos-carros

Esse padrão continua destacado em muitas outras médias e grandes cidades brasileiras. Com a força da indústria automobilística e sua influência no produto interno bruto nacional, elas são projetadas e formatadas para comportar a ainda crescente quantidade de automóveis adquiridos pela população. Os investimentos públicos e privados se debruçam sobre a ampliação de vias, construção de viadutos, estacionamentos, recapeamento e manutenção das ruas e estradas, entre outras intervenções. Enquanto isso, pedestres, cisclistas, skatistas, que vivenciam o espaço público de forma muito mais próxima que motoristas e caronas, convivem com a falta de acessibilidade, comcalçadas subdimensionadas, mal pavimentadas, obstruídas e com a ausência de uma malha cicloviária segura. O cenário saturado por carros, torna ociosas diversas áreas que poderiam ser dedicadas ao convívio de pessoas.


A inversão da lógica o automóvel como utilidade coletiva Para a transformação desses quadros, são questionadas diversas mudanças estruturais, que demandam grandes investimentos, importantes intervenções, além de toda uma renovação de pensamentos e costumes cotidianos. Tal metamorfose tem grande dependência das ações de governantes e demais braços da administração pública e seu comprometimento com projetos de longo prazo.

32

Diante desse ambiente, de especulação e transformação do espaço influenciado pelo mercado e com aval do poder público, cidadãos constantemente encontram saídas para se adaptar às condições existentes. Em cidades com imóveis caros e muito espaço destinado aos carros, uma alternativa encontrada é a transformação de uso de automóveis. Inicialmente destinados ao simples transporte de pessoas e cargas, os carros, vans, caminhões, se tornam oportunidades de residir e trabalhar.

25

Vários são os exemplos encontrados com esse tipo de apropriação. Em forma de habitação, os “trailers” e “motor homes” são pouco difundidos no Brasil, mas muito utilizados em outros países. No âmbito comercial, atualmente, as “carrocinhas” de cachorro-quente que se alojavam na traseira de vans vem ganhando maiores proporções e um nome que vem se espalhando pelas grandes cidades brasileiras: os “food trucks”. Mais do que um nome mais pomposo, essa nova modalidade de comércio gastronômico tem levado às ruas mais do que uma banca de venda. Caminhonetes e caminhões são formatados especificamente para abrigar verdadeiras cozinhas para a produção e venda de alimentos na rua ou em eventos.

26

30

27

31

Os altos custos com investimentos em imóveis, construção e reforma, impostos, encargos e burocracias são, em parte, minimizados com a opção pelo pontos sobre rodas. A necessidade de arcar com o valor de um local comercialmente valorizado na cidade muda de perspectiva e ganha facilidades com a mobilidade do automóvel. Ainda que signifiquem mais veículos circulando nas ruas e integrando os congestionamentos, esses veículos tem o potencial de movimentar o espaço onde estacionam. Esse efeito pode ser observado nos frequentes eventos que reúnem “food trucks” e transformam estacionamentos em um grande ponto de encontro e o espaço destinado a carros e tomado por pessoas.

29 33

IMAGENS: 25.Butantan Food Park. Fonte: folha.uol.com.br/saopaulo/2014/11/ 1544824-comida-de-rua-60-food-trucks-e-feirinhas-que-voce-deve-conhecer. shtml 26.Uso do estacionamento para encontro de Food Trucks. Fonte: idgnow.com. br/mobilidade/2014/05/30/com-fome-aplicativo-mostra-onde-ficam-os-pontos-de-food-truck 27. Feira Planetária no Planetário da Gávea, Rio de Janeiro. Fonte: facebook. com/feiraplanetaria 28. Espaço do evento períodico Butantan Food Park que acontece em um estacionamento na cidade de São Paulo. Fonte: app.emaze.com/@AOLZOOIT/ presentation-name#1 29. Tapí Tapioca. Fonte: ela.oglobo. globo.com/vida/gastronomia/tapiocas-gourmet-conquistam-paladar-dos-cariocas-14485670 30. Buzina Food Truck. Fonte: hypeness. com.br/2014/06/6-food-trucks-para-visitar-em-sao-paulo/ 31. Jafé Jaffles. Fonte: http://couponking.com.au/the-10-most-popular-food-trucks-in-sydney 32. Bio Barista Cafés Especiais. Fonte: http: hypeness.com.br/2014/06/6-food-trucks-para-visitar-em-sao-paulo/ 33. Los Mendozitos. Fonte: foodtrucker. com.br/truck/los-mendozitos

28

15


P

J

E

T

O

Partido arquitetônico

A atuação do Norte Comum tem como característica a ocupação de espaços públicos, experimentando o que cada local pode contribuir para as atividades do coletivo. Mais que o lugar em si, abre espaço para que as pessoas atuem acrescentando espontaneidade e imprevisibilidade ao conteúdo dos eventos.

Dentre os modelos móveis estudados, o caminhão “toco” (modelo com dois eixos) com baú de carga foi considerado o mais vantajoso, principalmente por atender a um requisito importante: a mobilidade dentro da cidade. Esse modelo de caminhão de carga tem menos restrições legais e físicas para circulação e estacionamento no perímetro urbano, além de comportar um baú de carga com espaço e capacidade sufiecientes para o projeto.

Esse pensamento foi corroborado pelos obstáculos encontrados na busca por um terreno de fácili acesso na Zona Norte, enquanto, no início dos estudos, o objeto do trabalho era a sede fixa. As condições de mercado dos imóveis que teriam as características ideais de espaço e localização para a inserção do projeto gerariam investimento financeiro muito elevado, tanto na aquisição ou aluguel, quanto na construção ou reforma, sem contar os impostos e encargos periódicos.

” Caminhar é ter falta de lugar. É o processo indefinido de estar ausente e à procura de um próprio. A errância, multiplicada e reunida pela cidade, faz dela uma imensa experiência social da privação de lugar.” (CERTEAU, 2012; p.170) Tirando partido do cenário atual da cidade do Rio de Janeiro em que a especulação imobiliária gera efeitos cada vez mais drásticos na ocupação e na dinâmica social carioca, além do tecido urbano fortemente influenciado pelo uso do automóvel, optou-se, como produto final, pela adoção de uma estrutura móvel para dar suporte para os eventos do coletivo. Essa proposta permitiria lidar de forma mais fácil e eficiente com a logística que envolve os eventos.

16

O

Opção pelo móvel

Baseado nessa reflexão surgiu a indagação de que a ideia inicial de criação de uma sede fixa esbarraria no perfil de ações do coletivo, limitando a mobilidade da atuação deles sobre o território, além de gerar um efeito de institucionalização física do grupo.

baú

R

Os “trailers”, “motor homes” e “food trucks” tem uma condição física em comum: o espaço limitado. O uso de estruturas móveis tem essa desvantagem e esse mesmo desafio foi encontrado no desenvolvimento da sede móvel para o Norte Comum. O caminho para lidar com essa condição é o mesmo utilizado nos projetos desses automóveis adaptados: a flexibilidade. Esse atributo se encontra desde os fechamentos, passando pelas instalações, até os mecanismos de mobiliário. Para conciliar a diversidade de usos propostos ao baú com as dimensões internas pequenas, foi necessário o aprofundamento das necessidades do grupo e dos lugares em que se instalaria o caminhão,. Segundo Robert Kronenburg, em seu livro “Flexible: Architecture that responds to change” , somos todos criaturas flexíveis, nossa existência é baseada em nossa capacidade de movimentação e adaptação. Porém, a possibilidade de mudança leva constantemente em conta pressões econômicas, sociais e culturais no impacto tanto do desenvolvimento da construção quanto as necessidades de infraestrutura. A flexibilidade dos projetos é essencial para a garantia de atendimento dessas demandas com conforto. O ideal é que todo o projeto seja voltado a essa possibilidade de mutações, a fim de criar possibilidades para usos espontâneows e futuros.


tradicional são as características principais que o projeto enfatiza. O projeto contempla um consultório médico no piso térreo, e as entradas de pacientes, visitantes e de serviço se dão pela mesma porta, entretanto com o jogo de telas rotativas é possível direcionar o indivíduo para seu respectivo destino. A divisão espacial interna é customizável pelo deslizamento ou dobradura de telas rotativas de vidro ou folhas de metal perfurado.

PROJETO: MAISON DE VERRE

parências e a justaposição de materiais “industriais” e de decoração para a casa

AUTOR: PIERRE CHARREAU

Exploração da aparência legítima dos materiais, variáveis formas e trans-

Local e data: Paris, França- 1928/1932

Referência de Projeto - Maison de Verre

Pontos de destaque do projeto: - Mobiliário interno versátil pela utilização de acessórios mecânicos; - Difusão da luz pelos blocos de vidro criando ambientes mais aconchegantes; - Flexibilização dos espaços através de mecanismos como a abertura de portas, escadas retráteis e paredes deslizantes.

17


Local e data: Utrecht, Holanda- 1925

Autor: Gerrit Rietveld

PROJETO: RIETVELD SCHRÖDER HOUSE

Referência de Projeto - Rietveld Schröder House

Desenhada em total conformidade com o estilo De Stil¹, a Schröder House tem como prioridade projetual os espaços e suas transformações. A casa de dois andares possui, além de todos os cômodos necessários numa casa, uma sala de estar transformável, quartos e espaço de armazenamento, separados apenas por divisórias portáteis. Cores específicas de pintura são usadas para distinguir os espaços ou funções

Pontos de destaque do projeto: - Cenografia permitida pelo “abrir e fechar” das divisórias criando formações diferentes nos ambientes;

¹Movimento artístico fundado em 1917 que difundia os ideais da arte moderna e marcado pela utilização das cores primárias e ideias puras.

baú

18

- Flexibilidade dos espaços internos, adaptáveis as necessidades de uso.


PROJETO: CAMPER BIKE/ CAMPER KART

Camper Kart: Uma unidade móvel que procura explorar aspectos da habitação e mobilidade sobre um carrinho de supermercado. A estrutura flexível é composta por um carrinho de compras que serve de “fundação” para placas compensadas de madeira parafusadas que criam uma estrutura de sustentação para as aberturas retráteis laterais, que por sua vez recebem o fechamento de lonas.

AUTOR: KEVIN CYR

Camper Bike: Um trailer adaptado, com metade das dimensões de um trailer comum, livre de emissões de carbono. Um dormitório, uma despensa e até uma cozinha com fogão elétrico, formam a residência itinerante conduzida por um triciclo.

Local e data: Itinerantes- 2008/ 2009

Referência de Projeto - Camper Bike/ Camper Kart

Pontos de destaque do projeto: - Transformação de elementos que possuem um uso inicial para concepção de um uso diverso; - Mecanismos de ampliação da estrutura; - Estrutura compactável e móvel.

19


Local e data: Nova York, USA- 1988/1989

AUTOR: KRZYSZTOF WODICZKO

PROJETO: HOMELESS VEHICLE

Referência de Projeto - Homeless Vehicle

O projeto ratifica o entendimento de que a população de rua é parte da arquitetura da cidade, além de funcionar também como meio para o transporte de doações ou coleta de lixo. Nos anos 80 era comum ver moradores de rua de Nova York andando pela cidade empurrando carrinhos de supermercados com todos seus pertences nele. Em resposta a essa demanda, Wodiczko elaborou um produto que pudesse satisfazer as necessidades fundamentais e melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas. A ferramenta tem como base um carrinho de compras adaptado. Na parte superior tem-se um abrigo retrátil, e na parte inferior, criou-se um compartimento para o armazenamento de objetos pessoais ou não. Pontos de destaque do projeto: - Apropriação de uma estética plástica para legitimar um elemento que é cotidianamente “desprezado” transformando-o em uma casa ambulante e dinâmica; - O espaço público visto como um lugar de harmonia social.

baú

20


PROJETO: Y-BIO

AUTOR: ARCHINOMA SISTEM

Com o propósito de relaxamento nas praias, as habitações desmontáveis Y- BIO são compostas por diferentes módulos tetraédricos para a formação de um salão de chá, espaço de massagens e uma pirâmide multi nível com um spa. O sistema Archinoma baseia-se na forma geométrica triangular e no triangulo de Sierpinski² em seus módulos para a melhor estabilidade da habitação sem o auxílio de fundações. Foram utilizadas apenas ferramentas manuais que podem ser colocados em qualquer lado ou cair em cima de qualquer pivô. Os materiais utilizados foram produzidos nas oficinas locais usando materiais encontrados dentro de um raio de 100 km. São tubos conectados por ligações metálicas com parafusos, e com variedade de fechamentos.

Local e data: Popivka, Ucrânia- 2009

Referência de Projeto - Y-BIO

Pontos de destaque do projeto: - Possibilidade de variados fechamentos; - Estrutura tubular com ligações metálicas, apresentando mais um tipo de conexão possível; - Facilidade de montagem da estrutura e inserção sobre o piso.

²O triângulo de Sierpinski é um fractal e atraente conjunto fixo com a forma geral de um triângulo equilátero, subdividido de forma recursiva em menores triângulos equiláteros.

21


Data:2009/2010

AUTOR: JAÏR STRASCHNOW

PROJETO: GRASSWORKS

Referência de Projeto - Grassworks / Off-ground

O projeto é uma série de experimentos de móveis projetados para serem simples, totalmente sustentáveis e que possibilitem economia de espaço. A mobília é feita a partir de folhas de bambu laminado, com um sistema de encaixe dos componentes para a montagem de cada peça com uso mínimo de cola e parafusos. Considerando-se o “espaço” como um recurso, a intenção por trás dessa coleção é a de tentar usá-lo sabiamente com objetos multiusos que se dobram.

“Play is free, is in fact freedom. Play is essential to our well being” (Jair Straschnow) “A brincadeira é livre, é de fato liberdade. Brincar é essencial pro nosso bem estar.” Tubos de aço e mangueiras de incêndio rejeitadas foram os materiais utilizados para esta alternativa de ocupação do espaço público.

baú

22

Local e Data:Copenhagen, Dinamarca, 2013

AUTOR: JAÏR STRASCHNOW

ROJETO: OFF- GROUND

“ Por que os espaços de lazer estão associados à crianças?” “ Por que todas as instalações de lazer no espaço público são na escala de crianças?” Motivado por essas indagações e percebendo que para o adulto, em instalações públicas, a oferta normalmente soma-se a bancos, onde o conforto não é, definitivamente, uma prioridade, Straschnow criou o mobiliário com diferentes possibilidades de acomodações tanto para crianças quanto para adultos.

Pontos de destaque dos projetos: - Flexibilização dos móveis, criando mais de uma forma possível de utilização; - Aproveitamento do espaço; - Sistema de encaixes sem a utilização de parafusos ou cola; - Versatilidade do projeto e suas diversas conformações possíveis; - Interação da população com o mobiliário.


O projeto de mobiliário urbano tem como objetivo discutir a funcionalidade inerente aos objetos urbanos, ser catalizador de ações na cidade, abrindo-se ao acaso e, assim, potencializando as relações entre as pessoas e seus lugares do cotidiano. Pontos de destaque do projeto: - Estrutura simples com a possibilidade de ser construída em vários lugares; - O caráter colaborativo da intervenção na cidade, gerando encontros, brincadeiras e maior interação social; - O imobiliário urbano influenciando na dinâmica das relações entre as pessoas.

PROJETO: MANIFESTO ESPECIAL #01

construídos com recursos disponíveis, doados, encontrados, apropriados, ressignificados.

AUTOR: NIMBU ARQUITETURA

Estruturas com função aberta, “Micro-arquiteturas e outros manifestos espaciais” são dispositivos

Local e data: Florianópolis - 2014

Referência de Projeto - Manifesto Especial #01- Micro- Arquiteturas e outros manifestos especiais

23


referencia estrutural para cobertura externa

AUTOR: SHIGERU BAN

REFÊRENCIA PARA PROJETO ESTRUTURAL

Referência de Projeto - SHIGERU BAN Nascido em Tóquio no ano de 1957, Shigeru Ban estudou arquitetura no Southern California Institute of Architecture (SCI-Arc) entre 1977 e 1980 e na Cooper Union School of Architecture em Nova York no período de 1980 a 1982, sob orientação de John Hejduk, quem lhe serviu de inspiração. O arquiteto tem reconhecimento por utilizar tubos de papelão como elementos estruturais e por suas obras destinadas a abrigar vítimas de catástrofes e comunidades carentes.

Paper emergency shelters for UNHCR Design e construção do protótipo: 1995 – 1996 Ano de execução: 1999 Local: Byumba campo de refúgio, Rwanda

Com média 14m², o projeto foi elaborado para servir de moradia temporária para os mais de dois milhões de habitantes que escaparam do contínuo genocídio na Tanzânia e Zaire (atual República Democrática do Congo). A estrutura é feita com tubos de papelão conectados entre si através de uma ligação de encaixe de plástico, e cobertura de lona.

baú

24

Paper dome Ano de execução: 1998 Local: Masuda, Gifu, Japão

O projeto permanente foi desenhado para atender as necessidades do cliente que exigia um abrigo para atividades externas, para prosseguir com a produção mesmo com mau tempo. Porém, a estrutura deveria ser simples o suficiente para que montagem fosse feita pela sua equipe de carpintaria. A estrutura em arco possui envergadura de 27 metros do telhado, 8 metros de altura no centro e cobre um espaço de 23 metros de largura. Uma vez que os tubos de papel não pode ser curvado, o arco interno foi dividido em 18 tubos retos a cada 1,8 metros de comprimento com um diâmetro externo de 29 centímetros ligados por encaixes de madeira. As 28 linhas transversais de ligação são feitas com tubos de 0,9 metros de comprimento e 14 centímetros de diâmetro. A estabilidade lateral é alcançada através do uso de placas de madeira OSB, cada uma contendo um furo de 50 centímetros de diâmetro para a passagem de luz natural. Sobre a madeira ainda há painéis de policarbonato para proteger a madeira da neve. Os tubos são impermeabilizados com uretano para minimizar a expansão e contração dos tubos de papel provocadas pela humidade ao longo do tempo.


Pavilhão Japonês- Expo 2000

Paper arch, Museu de Arte Moderna- MoMa

Ano de execução: 2000

Ano de execução: 2000

Local: Hannover, Alemanha

Local: Nova York, Estados Unidos

O pavilhão de 3 100m², feito com tubos de papel foi a contribuição japonesa para a feira mundial cujo o foco principal era o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Ao fim da exposição, o pavilhão poderia ser completamente reciclado. Uma concha grande com linhas curvas tridimensionais foi a forma adotada para o pavilhão com 74 metros de comprimento, 25 metros de largura e 16 metros de altura. Utilizando métodos mais low-tech possíveis, as juntas foram feitas com tecidos ou fitas metálicas.

A monumental sala externa do MoMA possui 9 metros de altura e estrutura arqueada. A estrutura montada em Maspeth foi cortada em 8 seguimentos e transportada para o museu. No museu, erguidos por uma grua, os segmentos foram todos emendados. Treliças fazem o contraventamento por tubos e cabos de aço tensionados auxiliam na estabilidade da estrutura.

Pontos de destaques dos projeto: Estruturas de tubos papel leve, prática, de rápida montagem e fácil manuseio; Variedade de conexões em de plástico, madeira e metal para diferentes portes e formatos de tramas; Composições arqueadas que se assemelham à estrutura externa proposta neste trabalho; Possibilidade de reciclagem da estrutura ao término da exposição, no caso do Pavilhão Japonês; Amarrações simples feitas de tecidos ou fitas metálicas; Utilização de caixas com areia para a fundação, o que permite a reutilização da mesma em outros projetos; Aspecto estético do acabamento cru dos tubos de papelão; Cobertura do Pavilhão Japonês, feita com papel a prova de fogo com reforço de fibra de vidro e laminado à prova de fogo de polietileno.

25


O projeto do baú deixou de ser uma simples sede para se tornar uma ferramenta. Além de suprir a

O BAÚ

necessidade de um ponto de encontro para os integrantes e parceiros do coletivo, um local de reunião e conversa na organização das atividades, o caminhão se tornou interessante pela possibilidade de inserção no espaço público. Através da flexibilidade do projeto, foi possível expandir o uso para além das medidas do compartimento interno.

“Charlie Chaplin multiplica as possibilidades de sua brincadeira: faz outras coisas com a mesma coisa e ultrapassa os limites que a determinação do objeto fixavam para o seu uso.” (CERTEAU, 2012; p.165)

Eram novas demandas de espaço uma sala flexível para uso do coletivo, banheiro para atender a esses usuários, copa para alimentações eventuais simples, depósito para transporte de materiais utilizados nos eventos e formas de transformar o baú em elemento que se estica sobre o local onde se instala, virando um atrativo a mais para os encontros com o público. A mescla desses espaços com as condições físicas impostas pelo caminhão, exigiu o estudo de diversos aspectos técnicos: sistema estrutural leve que comportasse a abertura de grandes vãos; otimização das instalações hidráulicas e elétricas; abastecimento de energia independente ao caminhão; métodos de tratamento e retirada de resíduos orgânicos; facilidade na manutenção das instalações; conforto termo-acústico do interior; aberturas nas laterais e teto para ventilação e iluminação naturais; sistema de condicionamento de ar; mecanismos de abertura das laterais para interação com o exterior; mobiliário flexível para uso interno; técnica de montagem de palco simplificada; sistema construtivo leve e de fácil montagem para cobertura da área adjacente ao baú; entre outros pequenos detalhes que careciam de soluções objetivas. Outro foco importante era a qualidade estética do conjunto projetado. No baú, a solução foi a apropriação da forma convencional e o uso de materiais minimalistas que pudessem receber a intervenção posterior do Norte Comum. No interior, o desenho do mobiliário ganha destaque peos mecanismos de montagem. Já a cobertura externa, concilia a leveza e praticidade do sistema com formas e materiais atraentes. O pensamento que acompanha cada resolução do projeto é de participação do coletivo nos diversos aspectos de forma e função da estrutura, desde a organização do espaço interno, passando pelos níveis de interação entre interior e exterior, até o aproveitamento das condições naturais para conforto ambiental.

baú

26

IMAGENS: CROQUIS DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO


27


PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS BAÚ FECHADO SEM ESCALA

A divisão dos espaços internos úteis do projeto é simples: um depósito próximo à cabine do caminhão, seguido pela copa e lavabo, alinhados para otimizar as instalações hidráulicas, e uma sala flexível. O depósito é independente das outras partes do caminhão, tendo acesso pelas duas laterais. Nesse espaço ficam os reservatórios de água tratada e “águas cinzas” oriundas das pias da copa e do lavabo e do dreno do ar condicionado. Nele ficam também a unidade condensadora do ar condicionado e um gerador à gasolina que dá autonomia de energia elétrica ao baú sem que o caminhão precise ficar ligado. Uma alternativa ao gerador é uma tomada de abastecimento externo, semelhante às usadas para abastecer carros elétricos. Tanto o gerador quanto a tomada são ligado ao quadro de luz, que fica no “shaft” de manutenção com acesso facilitado por portas dentro do depósito. Dessa forma, o manuseio das instalações hidráulicas e elétricas é facilitado, já que o “shaft” é adjacente ao lavabo e à copa. O

baú

28

conjunto de sala felxível, lavabo e copa tem acesso por portas laterais e traseiras do baú. O piso é elevado em relação à estrutura para que a passagem dos eletrodutos e demais instalações elétricas possa


PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS BAÚ E PALCO ABERTOS SEM ESCALA

ser feita abaixo dele. O lavabo é composto por uma pia e um vaso sanitário que tem embutido um reservatório onde os resíduos ficam armazenados junto a uma substância líquida que neutraliza odores e inicia o tratamento antes de ser retirado por um tubo de saída para a rede de esgoto externa. Ao lado, a copa possui uma bancaada com pia, além de mobiliário para geladeira automotiva e microondas, atendendo a necessidades básicas dos usuários do interior do baú. A sala flexível é um espaço que permite a variação da composição interna e interação com o exterior. Tem em cada uma das suas laterais dois pares de portas com abertura tipo “camarão”, que proporcionam aberturas de vãos de 4 metros de comprimento por 2,45 metros de altura, Cada folha possui estrutura metálica e fechamento externo em faixas que podem ser abertas como básculas, criando um brise que proporciona a entrada de ventilação e iluminação naturais. Outra ferramenta para o conforto térmico é a cobertura, composta por painéis metálicos pivotantes que podem ser abertos criando mais uma passagem para o ar e a luz.

29


ESTRUTURA

O sistema construtivo adotado para o baú foi o de perfis de aço. Esse material permite sejam vencidos os vãos desejados com peças que tem dimensões da seção adequadas às finalidades do projeto, ocupando menor espaço possível. Os vãos principais são os que comportam as portas “camarão”, nas laterais da estrutura, com comprimento de mais de cinco metros. Outra exigência importante da estrutura, além do seu peso próprio, fechamentos, pisos,

PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS ESTRUTURA APARENTE DO BAÚ SEM ESCALA

mobiliário e equipamentos, é em razão da cobertura externa. Além de sustentar o peso, precisa suportar as cargas laterais geradas pelo vento, que são ampliadas devido ao formato e aos materiais dessa cobertura. Para enrijecer o conjunto, foram colocadas mãos-francesas (peça 1 no quadro da página seguinte)) em alguns encontros de pilares e vigas, além da inserção de pilares diagonais em formato de “V” que desempenham função de contraventamento. Mais uma forma de torná-la mais rígida foi são as vigas transversais no topo da estrutura, alinhadas às mãos francesas de apoio da cobertura externa (peça

baú

30

2) que, junto com as vigas transversais inferiores, transformam o conjunto praticamente em uma viga Vierendeel.

DESENHOS E DIMENSOES


QUADRO DE SEÇÕES

PLANTA BAIXA ESCALA 1:50

PLANTA DE TETO ESCALA 1:50

CORTE AA

ESCALA 1:50

CORTE BB

ESCALA 1:50

CORTE CC

ESCALA 1:50

CORTE DD

ESCALA 1:50

31


PANORAMA GERAL

PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS LAYOUT SEM ESCALA

baú

32


1

Piso elevado - Placas de composto de gesso e fibras resistentes a fogo - 60 x 60 x 2,5cm

25 Forro - Chapa de OSB estrutural 15mm

2

Encaixe metálico para escada ou trilho de carga.

26 Dry Wall - Perfil montante de aço 48mm

3

Porta "camarão" com estrutura de aço cor grafite e brises basculantes em chapa OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 100 x 245cm

27 Tampa de abastecimento do reservatório de água tratada

4

Tomada dupla embutida no piso

28

5

Janela basculante com estrutura em alumínio na cor grafite e fechamento em vidro jateado

29 Viga em aço na cor grafite para sustentação do piso

6

Bancada com pia em aço escovado com armários inferior superior em OSB estrutural

30 Suporte metálico com altura ajustável para piso elevado

7

Quadro geral de energia elétrica

31 Viga retrátil para montagem do palco

8

Porta de acesso ao shaft de manutenção em chapa de OSB estrutural 15 mm

32 Dry Wall - Chapa de OSB estrutural 15mm

9

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 220 x 100cm

33 Interruptor

Gerador a gasolina com capacidade de 6.500 KVa

34

10

11 Tubo de escoamento de água pluvial da cobertura

35 Longarina estrutural do caminhão

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 120 x 210cm

36 Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade evaporadora

13

Tubo de escapamento de gases do gerador

37 Cobertura - Perfil estrutural em alumínio na cor grafite

14

Veneziana em alumínio na cor grafite

38 Cobertura - Brise pivotante em chapa de alumínio na cor branca

15

Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade condensadora

39 Geladeira automotiva com capacidade de 50L

16

Reservatório para "águas cinzas" em fibra de vidro com capacidade de 1000L

40

17

Sanitário com reservatório em fibra de vidro contendo substância líquida de neutralização de odores e digestão de material orgânico

41 Piso em chapa dupla de OSB estrutural 15mm

19

Reservatório para água tratada em fibra de vidro com capacidade de 900L

20 Porta "camarão" em chapa dupla de OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 30 x 210cm cada 21

ESCALA 1:25

Luminária em alumínio na cor verde com quatro lâmpadas fluorescentes compactas

12

18 Shaft de manutenção

PLANTA BAIXA

Estrutura tubular quadrada em aço na cor grafite para sustentação da unidade condensadora do ar condicionado

Calha em chapa metálica para escoamento de água pluvial da cobertura

Cobertura com estrutura de aço na cor grafite e brises 22 pivotantes em chapa de alumínio branco 23 Luminária articulada em alumínio na cor verde com lâmpada LED 24 Forro - Perfil guia de aço 47mm

Perfil de aço na cor grafite para sutentação do reservatório de "águas cinzas"

42 Tubo para esvaziamento de reservatório de "águas cinzas" 43 Tubo para esvaziamento de reservatório do sanitário 44 Tomada dupla média 45

Luminária spot em alumínio na corgrafite com lâmpada dicróica de LED

46 Mão francesa para montagem de cobertura externa Instalações hidráulicas

Instalações elétricas

OBS.: Unidade de medida das cotas: centímetros.

33


PLANTA DE TETO REFLETIDO ESCALA 1:25

baú

34

Reservatório para água tratada em fibra de vidro com capacidade de 900L

1

Piso elevado - Placas de composto de gesso e fibras resistentes a fogo - 60 x 60 x 2,5cm

7

Quadro geral de energia elétrica

13

Tubo de escapamento de gases do gerador

19

2

Encaixe metálico para escada ou trilho de carga.

8

Porta de acesso ao shaft de manutenção em chapa de OSB estrutural 15 mm

14

Veneziana em alumínio na cor grafite

20 Porta "camarão" em chapa dupla de OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 30 x 210cm cada

3

Porta "camarão" com estrutura de aço cor grafite e brises basculantes em chapa OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 100 x 245cm

9

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 220 x 100cm

15

Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade condensadora

21

4

Tomada dupla embutida no piso

10

Gerador a gasolina com capacidade de 6.500 KVa

16

Reservatório para "águas cinzas" em fibra de vidro com capacidade de 1000L

Cobertura com estrutura de aço na cor grafite e brises 22 pivotantes em chapa de alumínio branco

5

Janela basculante com estrutura em alumínio na cor grafite e fechamento em vidro jateado

11 Tubo de escoamento de água pluvial da cobertura

17

Sanitário com reservatório em fibra de vidro contendo substância líquida de neutralização de odores e digestão de material orgânico

23 Luminária articulada em alumínio na cor verde com lâmpada LED

6

Bancada com pia em aço escovado com armários inferior superior em OSB estrutural

12

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 120 x 210cm

18 Shaft de manutenção

Calha em chapa metálica para escoamento de água pluvial da cobertura

24 Forro - Perfil guia de aço 47mm


PLANTA BAIXAE COBERTURA ESCALA 1:25

25 Forro - Chapa de OSB estrutural 15mm

31 Viga retrátil para montagem do palco

37 Cobertura - Perfil estrutural em alumínio na cor grafite

43 Tubo para esvaziamento de reservatório do sanitário

26 Dry Wall - Perfil montante de aço 48mm

32 Dry Wall - Chapa de OSB estrutural 15mm

38 Cobertura - Brise pivotante em chapa de alumínio na cor branca

44 Tomada dupla média

27 Tampa de abastecimento do reservatório de água tratada

33 Interruptor

39 Geladeira automotiva com capacidade de 50L

45

28

Estrutura tubular quadrada em aço na cor grafite para sustentação da unidade condensadora do ar condicionado

34

Luminária em alumínio na cor verde com quatro lâmpadas fluorescentes compactas

40

Perfil de aço na cor grafite para sutentação do reservatório de "águas cinzas"

29 Viga em aço na cor grafite para sustentação do piso

35 Longarina estrutural do caminhão

41 Piso em chapa dupla de OSB estrutural 15mm

30 Suporte metálico com altura ajustável para piso elevado

36 Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade evaporadora

42 Tubo para esvaziamento de reservatório de "águas cinzas"

Luminária spot em alumínio na corgrafite com lâmpada dicróica de LED

46 Mão francesa para montagem de cobertura externa Instalações hidráulicas

Instalações elétricas

OBS.: Unidade de medida das cotas: centímetros.

35


CORTE AA

ESCALA 1:25

baú

36

Reservatório para água tratada em fibra de vidro com capacidade de 900L

1

Piso elevado - Placas de composto de gesso e fibras resistentes a fogo - 60 x 60 x 2,5cm

7

Quadro geral de energia elétrica

13

Tubo de escapamento de gases do gerador

19

2

Encaixe metálico para escada ou trilho de carga.

8

Porta de acesso ao shaft de manutenção em chapa de OSB estrutural 15 mm

14

Veneziana em alumínio na cor grafite

20 Porta "camarão" em chapa dupla de OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 30 x 210cm cada

3

Porta "camarão" com estrutura de aço cor grafite e brises basculantes em chapa OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 100 x 245cm

9

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 220 x 100cm

15

Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade condensadora

21

4

Tomada dupla embutida no piso

10

Gerador a gasolina com capacidade de 6.500 KVa

16

Reservatório para "águas cinzas" em fibra de vidro com capacidade de 1000L

Cobertura com estrutura de aço na cor grafite e brises 22 pivotantes em chapa de alumínio branco

5

Janela basculante com estrutura em alumínio na cor grafite e fechamento em vidro jateado

11 Tubo de escoamento de água pluvial da cobertura

17

Sanitário com reservatório em fibra de vidro contendo substância líquida de neutralização de odores e digestão de material orgânico

23 Luminária articulada em alumínio na cor verde com lâmpada LED

6

Bancada com pia em aço escovado com armários inferior superior em OSB estrutural

12

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 120 x 210cm

18 Shaft de manutenção

Calha em chapa metálica para escoamento de água pluvial da cobertura

24 Forro - Perfil guia de aço 47mm


CORTE BB

ESCALA 1:25 25 Forro - Chapa de OSB estrutural 15mm

31 Viga retrátil para montagem do palco

37 Cobertura - Perfil estrutural em alumínio na cor grafite

43 Tubo para esvaziamento de reservatório do sanitário

26 Dry Wall - Perfil montante de aço 48mm

32 Dry Wall - Chapa de OSB estrutural 15mm

38 Cobertura - Brise pivotante em chapa de alumínio na cor branca

44 Tomada dupla média

27 Tampa de abastecimento do reservatório de água tratada

33 Interruptor

39 Geladeira automotiva com capacidade de 50L

45

28

Estrutura tubular quadrada em aço na cor grafite para sustentação da unidade condensadora do ar condicionado

34

Luminária em alumínio na cor verde com quatro lâmpadas fluorescentes compactas

40

Perfil de aço na cor grafite para sutentação do reservatório de "águas cinzas"

29 Viga em aço na cor grafite para sustentação do piso

35 Longarina estrutural do caminhão

41 Piso em chapa dupla de OSB estrutural 15mm

30 Suporte metálico com altura ajustável para piso elevado

36 Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade evaporadora

42 Tubo para esvaziamento de reservatório de "águas cinzas"

Luminária spot em alumínio na corgrafite com lâmpada dicróica de LED

46 Mão francesa para montagem de cobertura externa Instalações hidráulicas

Instalações elétricas

OBS.: Unidade de medida das cotas: centímetros.

37


CORTE CC

CORTE DD

ESCALA 1:25

baú

38

ESCALA 1:25 Reservatório para água tratada em fibra de vidro com capacidade de 900L

1

Piso elevado - Placas de composto de gesso e fibras resistentes a fogo - 60 x 60 x 2,5cm

7

Quadro geral de energia elétrica

13

Tubo de escapamento de gases do gerador

19

2

Encaixe metálico para escada ou trilho de carga.

8

Porta de acesso ao shaft de manutenção em chapa de OSB estrutural 15 mm

14

Veneziana em alumínio na cor grafite

20 Porta "camarão" em chapa dupla de OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 30 x 210cm cada

3

Porta "camarão" com estrutura de aço cor grafite e brises basculantes em chapa OSB estrutural 15mm - 2 folhas de 100 x 245cm

9

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 220 x 100cm

15

Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade condensadora

21

4

Tomada dupla embutida no piso

10

Gerador a gasolina com capacidade de 6.500 KVa

16

Reservatório para "águas cinzas" em fibra de vidro com capacidade de 1000L

Cobertura com estrutura de aço na cor grafite e brises 22 pivotantes em chapa de alumínio branco

5

Janela basculante com estrutura em alumínio na cor grafite e fechamento em vidro jateado

11 Tubo de escoamento de água pluvial da cobertura

17

Sanitário com reservatório em fibra de vidro contendo substância líquida de neutralização de odores e digestão de material orgânico

23 Luminária articulada em alumínio na cor verde com lâmpada LED

6

Bancada com pia em aço escovado com armários inferior superior em OSB estrutural

12

Porta com estrutura em aço na cor grafite e fechamento em chapa de OSB estrutural 15mm - 120 x 210cm

18 Shaft de manutenção

Calha em chapa metálica para escoamento de água pluvial da cobertura

24 Forro - Perfil guia de aço 47mm


CORTE EE

CORTE FF

ESCALA 1:25

ESCALA 1:25

25 Forro - Chapa de OSB estrutural 15mm

31 Viga retrátil para montagem do palco

37 Cobertura - Perfil estrutural em alumínio na cor grafite

43 Tubo para esvaziamento de reservatório do sanitário

26 Dry Wall - Perfil montante de aço 48mm

32 Dry Wall - Chapa de OSB estrutural 15mm

38 Cobertura - Brise pivotante em chapa de alumínio na cor branca

44 Tomada dupla média

27 Tampa de abastecimento do reservatório de água tratada

33 Interruptor

39 Geladeira automotiva com capacidade de 50L

45

28

Estrutura tubular quadrada em aço na cor grafite para sustentação da unidade condensadora do ar condicionado

34

Luminária em alumínio na cor verde com quatro lâmpadas fluorescentes compactas

40

Perfil de aço na cor grafite para sutentação do reservatório de "águas cinzas"

29 Viga em aço na cor grafite para sustentação do piso

35 Longarina estrutural do caminhão

41 Piso em chapa dupla de OSB estrutural 15mm

30 Suporte metálico com altura ajustável para piso elevado

36 Ar condicionado "split" 1800 btu - unidade evaporadora

42 Tubo para esvaziamento de reservatório de "águas cinzas"

Luminária spot em alumínio na corgrafite com lâmpada dicróica de LED

46 Mão francesa para montagem de cobertura externa Instalações hidráulicas

Instalações elétricas

OBS.: Unidade de medida das cotas: centímetros.

39


VISTA EXTERNA - LATERAL DIREITA ESCALA 1:25

baú

40


VISTA EXTERNA- LATERAL ESQUERDA ESCALA 1:25

41


VISTA EXTERNA - DIANTEIRA ESCALA 1:25

baú

42

VISTA EXTERNA - TRASEORA ESCALA 1:25


DETALHE 1 ESCALA 1:5

DETALHE 2

ESCALA 1:10

DETALHE 3 ESCALA 1:10

DETALHE 4

ESCALA 1:10

DETALHE 5 ESCALA 1:10

DETALHE 6

ESCALA 1:10

43


MONTAGEM DO PALCO

baú

44

#1 - Início de abertura das vigas retráteis

#2 - Montagem da primeira linha de apoios

#4 - Montagem da segunda linha de apoios

#5 - Montagem das barras de contraventamento

#3 - Abertura das vigas até seu travamento

#6 - Montagem das travessas de sustentação do piso


Detalhe 1: Apoio em aço com ajuste de altura rosqueável parafusado na viga retrátil

Detaçhe 2: Barras de aço diagonais parafusadas aos apoios para contraventamento

#7 - Montagem das chapas do piso

Detalhe 3: Travessas de aço e chapa de aço perfurado parafusadas às vigas retráteis

45


PALCO - PLANTA BAIXA ESCALA 1:25

baú

46


PALCO - VISTA FRONTAL ESCALA 1:25

47


COBERTURA EXTERNA

A cobertura externa foi projetada para ser de ágil montagem e desmontagem pelos próprios integrantes do Norte Comum, com o uso de materiais leves que facilitam não só esse processo como o de transporte. O desenho arqueado, além de interessante esteticamente, contribui para a superação do vão, que chega a quinze metros de comprimento. A estrutura da cobertura é dividida em rótulas de apoio, arcos longitudinais, arcos transversais, pilares e bases. As rótulas são feitas de aço e fazem a conexão entre a trama de tubos e o caminhão. Os arcos longitudinais são formados por tubos de papelão de 20 centímetros de diâmetro e 2 centímetros de espessura. No fim de cada um desses arcos há um conjunto de dois pilares, sendo um de tubo de 25 centímetros de diâmetro e 2 de espessura e outro de 15 centímetros de diâmetro e 2 de espessura Já os arcos transversais são formados por tubos de 10 centímetros de diâmetro e 1 centímetro de espessura. As conexões entre os tubos de papelão é feita por encaixes de alumínio, que, por sua vez, são conectados entre si por cabos de aço presos em anéis na parte inferior das peças. Para apoiar a estrutura no chão, são presas bases de aço aos tubos dos pilares. Nessas bases são amarados conjuntos de sacos de areia que exercem peso e mantém a estrutura estável, cumprindo função de sapatas para fixar a estrutura sem afetar a integridade da pavimentação ou piso do local de montagem. Sobre esse conjunto, uma manta de lona leve (material usado em velas de barcos) é amarrada em cada um dos encaixes de alumínio e em pontos no topo e na dianteira e traseira do baú para ga-

baú

48

rantir que o volume de água que venha a escorrer da lona não aobrecarregue as calhas da cobertura.

PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS LAYOUT SEM ESCALA


MONTAGEM DA COBERTURA

#1 - Montagem dos apoios de aço rotulados nas mãos francesas do topo do caminhão. #2 - Montagem da primeira sequência de tubos de papelão longitudnais (20cm) nos apoios rotulados

#3 - Montagem da primeira sequência de conexões de alumínio aos primeiros tubos (20cm) #4 - Montagem da primeira linha de tubos transversais (10cm) nas conexões #5 - Montagem da segunda sequência de tubos longitudinais (20cm) na conexões

#6 - Montagem da segunda sequência de conexões #7 - Montagem da segunda linha de tubos tranversais (10cm) #8 - Montagem da primeira sequência de pares de cabos de aço em anéis na parte inferior das conexões, formando um “X” em cada um dos quadros #9 - Montagem da terceira seqûencia de tubos longitudinais (20cm) nas conexões * Este processo se repete por mais 7 vezes, até a montagem da 10ª sequência de tubos longitudinais (20cm)

Detalhes 3: Ilustração dos passos #6, #7, #8 e #9

Detalhes 2: Ilustração dos passos #3, #4 e #5 Detalhes 1 Ilustração dos passos #1 e #2

49


Montagem do conjuntos de pilares em formado de “V” #10 - Montagem do primeiro tubo de papelão (25cm) na base de aço respectiva #11 - Montagem do segundo tubo de papelão (15cm) na base de aço respectiva #12 - União dos dois pilares à conexão de alumínio no topo dos tubos #13 - Montagem da 10ª linha de tubos transversais (10cm) nas conexões no topo dos pilares

Detalhes 6: Ilustração do passo #12 (pilares das pontas)

Detalhes 7: Ilustração do passo #12 (pilares centrais) Detalhes 8: Ilustração do passo #13 e #14 (pilares das pontas)

Detalhes 4: Ilustração do passo #10

Detalhes 9 Ilustração do passo #13 e #14 (pilares centrais)

Detalhes 5:: Ilustração do passo #11

baú

50


#14 - União do conjuntos de oito pilares à trama de tubos #15 - União de sacos de areia de 50 quilos com fitas de nylon #16 - Amarração dos conjuntos de sacos de areia às bases dos pilares

Amarração da lona leve em anéis no topo, dianteira e traseira do baú, nas laterais dos encaixes das pontas na parte superior dos encaixes centrais *Essas amarrações devem ser feitas ao longo da montagem da estrutura da cobertura externa

51


COBERTURA EXTERNA - PLANTA DE COBERTURA (SEM LONA) ESCALA 1:50

baú

52


COBERTURA EXTERNA - CORTE (SEM LONA) ESCALA 1:50

ORGANIZAÇÃO DA MONTAGEM DA COBERTURA

Para facilitar a identificação das peças na montagem da estrutura, elas foram organizadas com letras e números. Na planta de cobertura, os arcos longitudinais, assim como as rótulas onde são presos, são identificados, cada um, por letras de A a H e cada um de seus tubos são numerados de 1 a 12, sendo os tubos 11 e 12 os que compõem os pilares. Os arcos tranversais são indentificados pelas letras I a R e seus tubos numerados de 1 a 7. Os nomes dos encaixes de alumínio são de acordo com os arcos que conecta. Por exemplo, o encaixe que conecta o arco longitudinal C com o tranversal P é identificado por CP. As bases de aço, onde serão amarrados os sacos de areia, são identificadas por 1, para o tubo de 25 centímetros de diâmetro, e 2, para o de 15 centímetros.

53


MOBILIÁRIO

MESA DE TRABALHO MONTAGEM

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA CONJUNTO

Dois pésde aço são encaixados em aberturas na estrutura da porta “camarão”. Sobre eles, o tampo de mdf é parafusado com porcas tipo “borboleta”.

NICHO PARA LIVROS MONTAGEM baú

54

Dois suportes de aço são encaixados em aberturas na estrutura da porta “camarão”. Sobre eles, o nicho em mdf é parafusado com porcas tipo “borboleta”. Dois elásticos amarrados em furos nas laterais impedem que os livros caiam.

ARMÁRIO / APARADOR MONTAGEM

Dois pés de aço são encaixados em aberturas na estrutura da porta “camarão”. Sobre eles, o armário de mdf é parafusado com porcas tipo “borboleta”.


LUMINÁRIAS LUMINÁRIA ARTICULADA - LÂMPADA LED

Luminária vista de cima

LUMINÁRIA - LÂMPADAFLUORESCENTE

Luminária vista de baixo

A luminária de alumínio tem um gancho na parte superior que pode ser encaixado nas vigas tranversais (5 x 5cm) no alto da Sala Flexível. Um parafuso com porca tipo “borboleta” permite prendê-la com firmeza. A luminária tem dois pivôs, podendo ser girada nos planos horzontal e no vertical. Luminária vista de baixo

Gancho de aço preso a viga no teto.

Para que possa ser manuseada, a luminária tem um cabo de energia externo. Ele é passado por um gancho no alto, preso na viga, depois por outro na parede e desce para um carretel com manivela, onde fica enrolado. A outra ponta é embutida na parede e, por dentro dela, o cabo é conectado ao interruptor.

Gancho de aço preso à parede.

Luminária vista de cima. Esta luminária tem dois ganchos fixos acima para serem enxaicados em uma das vigas transversais (5 x 5cm) no alto da Sala Flexível. Um parafuso com porca tipo /’borboleta” em cada um deles permite firmar a luminária. Um cabo de energia faz a ligação da luminária com uma entrada no forro, por onde a fiação segue para o interruptor.

55


S

I

M

U

L

A

Ç

Õ

E

S

IMAGENS DE DIVERSOS EVENTOS DO COLETIVO NORTE COMUM FONTE: FACEBOOK.COM/NORTECOMUM E FACEBOOK.COM/PROJETOGERINGONÇA

baú

56


ÁGORAS CARIOCAS “O projeto ocorre em parceria com o professor e historiador Luiz Antônio Simas onde aulas abertas de história acontecem na rua, na praça, no bar, em vários bairros do subúrbio/Zona Norte, contando a trajetória de formação dos mesmos por outro viés, e sua importância para o desenvolvimento da cidade.” Seguindo a linguagem do projeto, a estrutura móvel sinaliza o ponto de encontro marcado para a conversa. Utilizando um lucal de menor movimento da praça o caminhão é estacionado, e o palco montado . Com a facilidade do transporte de equipamento de som no próprio depósito a logística para receber o público e o palestrante é simplificada. A abertura dos brises laterais cria uma leve

Imagem base para ilustração. Fonte: Arquivo pessoal

Imagem: Mapa de localização Fonte: google.com.br/maps

transparência do baú

IMAGENS DOS EVENTOS “ÁGORAS CARIOCAS MÉIER” E “ÁGORAS CARIOCAS ESTÁCIO” Fotos por Thiago Diniz Fonte: www.facebook.com/nortecomum

LOCAL: LARGO DO ESTÁCIO BAIRRO: ESTÁCIO DE SÁ

DESENHO ILUSTRATIVO DA APROPRIAÇÃO DO BAÚ 57


GERINGONÇA “Ponto de encontro para troca de experiências artísticas, intercâmbio de linguagens e ideias, voltado para o público que anseia por arte! Rock, blues, samba, vídeo, teatro, poesia, grafite, colagem, moda, dança contemporânea, fotografia, culinária, palhaçaria e o que mais vier, encontram-se num único projeto, construído em reuniões com equipe uma de jovens.” O Geringonça é um evento de variadas atividades e, para acontecer no espaço públco, demanda uma estrutura segura que proteja os equipamentos e as pessoas das intempéries do tempo. Com a agilidade da montagem da cobertura externa e do palco, é possível encontrar novos locais para IMAGENS DE EVENTOS “OCUPA GERINGONÇA” Fonte: https://www.facebook.com/projetogeringonca

recebê-lo. O interior do caminhão pode servir como backstage para shows e outras necessidades da organização. As pessoas podem se acomodar sob a cobertura, sentadas nos sacos de areia da estrutura, na grama da Quinta da Boa Vista ou ficar de pé, dançando e interagindo. Imagem: Mapa de localização Fonte: google.com.br/maps

LOCAL: QUINTA DA BOA VISTABAIRRO: SÃO CRISTÓVÃO Imagem base para ilustração. Fonte: Arquivo pessoal

DESENHO ILUSTRATIVO DA APROPRIAÇÃO DO BAÚ baú

58


CINEMA Uma das novas propostas pensadas pelo Norte Comum para a estrutura móvel é a sua utilização para fazer cinema de rua. Entretenimento que era comum em bairros da Zona Norte antigamente, hoje-em-dia geralmente só se encontra em eventos patrocinados por grandes empresas,

36

longe dessa área da cidade. 34 Não só de praças e ruas, mas pode-se tirar partido de construções como a antiga Estamparia

IMAGENS: 34.Fonte:outraspalavras.net/blog/2013/04/05/ musica-e-cinema-nas-ruas-arte-precisa-ser-para-todos/ 35. Fonte: rapnacional.virgula.uol.com.br/mostra-cultural-da-cooperifa-oferece-9-dias-de-atividades-gratuitas-nas-periferias/ 36.Fonte: ngrevista.com.br/sao-jorge-recebe-cinema-de-rua/

Metalúrgica Vitória, em Benfica. A construção, que hoje é um estacionamento, tem espaço amplo para abrigar o caminhão preparado para a exibição. As duas laterais dele se abrem e, com a abertura de um dos palcos, há distância suficiente para a projeção dos filmes por trás da tela, presa na lateral oposta. Ganha-se um espaço livre ao lado do baú para livre circulação e parada para o público. Neste caso, não haveria necessidade de montagem da cobertura externa, que poderia ser utilizadas em locais a céu aberto.

Imagem base para ilustração. Foto: Bárbara Medeiros

Imagem: Mapa de localização Fonte: google.com.br/maps

35

LOCAL: ESTACIONAMENTO BAIRRO: BENFICA

DESENHO ILUSTRATIVO DA APROPRIAÇÃO DO BAÚ 59


REFERÊNCIA CERTAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

BIBLIOGRÁFICA

ARCHINOMA. Disponível em: <http://www.archinoma.com/index.php/eng/archinoma/>. Acesso em: 28 fev. 2015.

CALVINO, Italo. A especulação imobiliária. São Paulo: Companhia das letras, 2011. Y-BIO. Disponível em: <http://architizer.com/projects/y-bio/>. Acesso em: 28 fev. 2015. McQUAID, Matilda. Shigeru Ban. Nova Iorque: Phaidon Press, 2003. Y-BIO. Disponível em: <http://www.archello.com/en/project/y-bio>. Acesso em: 28 fev. 2015. KRONENBURG, Robert. Flexible: architectural that responds to change. Londres: Laurence King Publishing, 2007.

Nimbu. Disponível em:<http://nimbu.com.br>. Acesso em: 01 mar. 2015.

REBELLO, Yopanan C. P. Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. São Paulo: Zigurate Editora, 2005.

SVEIVEN, Megan. Ad Classics: Rietveld Schroder House/ Gerrit Rietveld. Disponível em: <http://www. archdaily.com/99698/ad-classics-rietveld-schroder-house-gerrit-rietveld/>. Acesso em: 01 mar. 2015.

SALADO, G. C. Construindo com tubos de papelão: um estudo da tecnologia desenvolvida por Shigeru Ban. Dissertação de Mestrado – Escola de Engenharia de São Carlos, Departamento de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo – USP, 2006.

PAGNOTTA, Brian. Ad Classics: Maison de Verre/ Pierre Chareau + Bernard Bijvoet. Disponível em: <http://www.archdaily.com/248077/ad-classics-maison-de-verre-pierre-chareau-bernard-bijvoet/>. Acesso em: 01 mar. 2015.

SANTOS, Alexandra A. R. S. Tecnologia construtiva utilizando tubos de papelão. Artigo publicado – XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Cientifica e IX Encontro Latino Americano de Pós Graduação - Universidade do Vale do Paraíba- São José dos Campos, SP.

Barba, José Juan. Pierre Chareau- La Maison de Verre. Disponível em: <http://www.metalocus.es/ content/en/blog/pierre-chareau-la-maison-de-verre-detail>. Acesso em: 02 mar. 2015.

ENNES, Camila S. B. Estrutura Itinerante Polivalente. Trabalho Final de Graduação - Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense – Niterói, RJ: UFF, 2014. Shigeru Ban Architects. Disponível em: <http://www.shigerubanarchitects.com>. Acesso em: 27 fev. 2015.

ASCHER, Lois. Krzysztof Wodiczko: Public Space: Commodity or Culture. Disponível em: <http://people.lib.ucdavis.edu/~davidm/xcpUrbanFeel/ascher.html>. Acesso em: 02 mar. 2015. Homeless Vehicle Project. Disponível em:<http://artmuseum.pl/en/filmoteka/praca/wodiczko-krzysztof-homeless-vehicle-project>. Acesso em: 02 mar. 2015. Kevincyr. Disponível em: <http://www.kevincyr.net>. Acesso em: 02 mar. 2015

BATES, Anna. Smart furniture by Jair Straschnow. Disponível em: <http://www.iconeye.com/opinion/iconofthemonth/item/4242jairstraschnow?tmpl=component&print=1>. Acesso em: 27 fev. 2015. Jair straschnow. Disponível em: <http://www.straschnow.com>. Acesso em: 27 fev. 2015. Off-ground. Disponível em: <http://cargocollective.com/jairgitte>. Acesso em: 28 fev. 2015

baú

60

FELIX, Gabriel. Artista transforma bicicleta em casa itinerante. Disponível em: <http://ciclovivo.com. br/noticia/artista-transforma-bicicleta-em-residencia-itinerante>. Acesso em: 02 mar. 2015. CYR, Kevin. Camper Kart Project. Disponível em: <https://www.kickstarter.com/projects/1719609460/camper-kart-project?ref=nav_search>. Acesso em: 02 mar. 2015.


61



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.