Reflexões da formação docente em biologia na UFRB

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Conhecimento e conteúdo em Paulo Freire Pedro Nascimento Melo

Introdução Para Paulo Freire, a educação é um caminho possível para que homens e mulheres incorporem como práxis autêntica1, em sua existência, o projeto de sua humanização e, assim, possam participar efetivamente da luta pela revolução da sociedade opressora, pela sua transformação. Porém, não é possível atingir esse objetivo por meio de uma educação imobilizante, sufocadora, que negue o diálogo, que não perceba homens e mulheres como seres históricos e que contribua para sua “acomodação ao mundo de opressão” (FREIRE, 1987, p. 38). Freire defendeu uma educação de concepção problematizadora e libertadora para que homens e mulheres – educandos e educandas; educadores e educadoras – possam, em situação de práxis autêntica, evoluir sua consciência sobre a realidade. Trata-se de uma educação superadora do tipo prescritor, transmissor de saberes, depositador de informações e fatos nos/nas educandos/educandas (BOUFLEUER, 2010), passando a ser, na concepção de Freire, uma situação gnosiológica que busca a emersão da consciência para a inserção crítica dos sujeitos cognoscentes na realidade: Aquela em que o ato cognoscente não termina no objeto cognoscível, visto que se comunica a outros sujeitos, igualmente cognoscentes e em que educador-educando e educando-educador são ambos sujeitos cognoscentes diante de objetos cognoscíveis, que os mediatizam (FREIRE, 1983, p. 53). 1  “reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo” (FREIRE, 1987, p. 21).


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