Livro Um Poço no Deserto - Pr Neto

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Joaquim Ramos Varanda Neto é pastor e músico. Foi professor na academia de música Lorenzo Fernandez, sob a tutela do mestre Ângelo, que lhe ensinou a arte da música e lhe abriu a oportunidade em tocar com muitos ministros de louvor do Brasil e exterior. Seu chamado ministerial o levou a desenvolver muitos projetos sociais, nos quais experimentou o amor de Deus com mais intensidade. É para retratar os frutos desse amor e para multiplicar a verdadeira esperança, que vem do Autor da vida, que essa obra foi gerada.


Este livro nos inspira a respeito de algo que o mundo atual necessita: a verdadeira esperança. Uma obra de teor profundamente pastoral e bíblico, em que histórias e lições de um ministério de quem se permite ser usado por Deus de forma sobrenatural. Nessas páginas, consegui enxergar uma vida piedosa transcrita em palavras.

O pastor Joaquim Neto sempre foi um gerador de amor e fé. É um excepcional adorador, músico e professor que faz subir aos céus nosso clamor por justiça social. Assim, esta obra vem demonstrar como é grande o amor de Deus na vida dele, a ponto de inspirar outras pessoas a amar com ações e atitudes.

­ Levar esperança a um coração sofrido e desanimado é um dom divino. Neste livro, o autor relata histórias de transformação de vidas através do amor a Deus e ao próximo.


Conheço o pastor Neto há anos, assim como sua autenticidade em nos incentivar a cumprir nosso propósito em Deus. Nesse livro, podemos aprender, de maneira prática, a ser geradores de esperança para resplandecer nossa luz diante dos homens, a fim de glorificarmos ao nosso Deus, que está nos céus. “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” - I João 4:7-8.


1 - A esperança adiada 2 - Amadurecendo para ser um gerador de esperança 3 - Como gerar ambientes de esperança 4 - A unidade gera esperança 5 - A guerra nos tira a esperança 6 - O roubador de esperança 7 - O maior gerador de esperança 8 - Lares geradores de esperança 9 - A presença de Cristo gera esperança 10 - Como despertar os pequenos para serem geradores de esperança 11 - Ser igreja é ser um gerador de esperança 12 - Gerar esperança é transformar vidas 13 - Uma canção de esperança 14 - Os esperançosos invisíveis


Ser um gerador de esperança é transformar vidas que, em sua trajetória, sofreram pela falta de um lar bem estruturado e distantes do amor de Deus. Encontrar um gerador de esperança é como se deparar com um poço de água no meio de um deserto e, nele, a oportunidade de matar a sede. A palavra esperança é derivada do latim “spes”, que significa “confiar em algo positivo” e que deu origem ao verbo “esperar”. No hebraico, o verbo “esperar” apresenta três diferentes interpretações, e uma delas é “Tiqvah” que significa: “esperar confiante e ansiosamente pela ajuda de Deus”. Creio que, através desse livro, o Espírito Santo vai despertar você para algo novo e prático, pois, muitas vezes, a teoria pode ser cansativa, mas a prática nos fortalece. Desejo que sua alma encha dessa esperança que vem da verdadeira fonte de água viva, que é Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” - João 4:14



“A esperança adiada adoece os ossos” - Provérbios. 13:12 O mundo de hoje está cada vez mais acelerado. A tecnologia nos dá a sensação de que tudo precisa ser imediato e instantâneo e, quando isso não acontece, sofremos e ficamos ansiosos e preocupados. Antigamente, utilizávamos as bibliotecas para realizar uma pesquisa e, até mesmo, enfrentávamos uma fila enorme para usar o telefone. Mas tudo mudou – e muito! Hoje, o Google, os smartphones e os aplicativos nos fornecem informações e serviços em poucos segundos. A pressa para que tudo ocorra de maneira imediata leva muitas pessoas a tomarem decisões erradas em seus relacionamentos, casamentos, negócios, e em todas as áreas da vida. Por causa do imediatismo, compramos muitas coisas sem pensar, nos endividamos, e até podemos escolher pessoas erradas para cargos de confiança, por exemplo. Muitas vezes, a falta de paciência nos leva ao fracasso. Por outro lado, a paciência pode nos conceder grandes vitórias. Foi assim que o Vietnã venceu a guerra contra os E.U.A. Os “guerrilheiros adormecidos” do Vietnã, como eram chamados, se escondiam por muito tempo em túneis subterrâneos e bem estreitos, cobertos por folhas. Eles esperavam o momento certo de atacar os americanos e desapareciam logo depois, diante dos seus olhos, entrando pelas frestas estreitas dos túneis. Após vários bombardeios aéreos, ataques por terra, e diante do grande número de mortes de norte-americanos e aliados, os E.U.A se viram pressionados pela opinião pública de se retirarem do Vietnã. No final da guerra, o general vietcong


Vo Nguyen Giap agradeceu aos “guerrilheiros adormecidos”, reconhecendo que a paciência de viver em túneis trouxe a vitória ao seu país. Conosco também é assim. A paciência e perseverança nos fortalecem para vencer diversas situações na vida. “A perseverança e a paciência encontram a graça de Deus, que nos dá um conhecimento mais profundo de seu amor e a sua força soberana” - Edward T. Weich. Por outro lado, há situações em que, por anos, esperamos algo acontecer, mas nada acontece. É o que eu chamo de “esperança adiada”. Essa espera, muitas vezes, nos leva à frustração e até mesmo ao desespero. Contudo, temos que reconhecer que esses longos momentos fazem com que nos acheguemos a Deus, e nos torna mais sábios e resilientes. Sara e Abraão sabiam muito bem o que era ter a esperança adiada. Em Gênesis 18:11 diz: “Ora, Abraão e Sara já eram idosos, com idade muito avançada; e em Sara o ciclo mensal das mulheres já havia cessado”. Eles tinham em seu coração a esperança adiada de ter um filho. Eles eram tão idosos que, diante da notícia que seriam pais, Sara riu e questionou se poderia realmente dar à luz naquela idade - Gênesis 18:13. Somente quem espera por algo durante anos e anos pode imaginar os sentimentos de Sara. Ela passou sua vida esperando em ser mãe e sonhava em poder agradar a seu esposo com um herdeiro. Ela não via a hora de ter o filho da promessa em seus braços. Com o nascimento de Isaque, a promessa se cumpriu, e as angústias e tristezas se transformaram em alegria. A história de Sara e Abraão nos dá a certeza de que vale a pena esperar no Senhor.


“Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra”. - Salmos 130:5. Os fatos bíblicos de Gênesis a Apocalipse nos mostram que muitas promessas de Deus já se cumpriram, mas nos revelam que ainda muitas se cumprirão. É na Palavra que devemos basear nossa identidade, nossos pensamentos, nossas atitudes e a nossa vida para não andarmos ansiosos, mas, sim, com a certeza de que tudo vai se cumprir no tempo de Deus. Há alguns anos, fui convidado para pregar e ministrar o louvor em um presídio feminino. Ao entrar no local, eu estava acompanhado de uma irmã bem idosa e muito corajosa. Os policiais nos conduziram por três portões de grades grossas e depois nos levaram para um pátio pequeno. Os agentes penitenciários trouxeram as reclusas para ouvir a ministração e a Palavra e, logo depois, começamos a ouvir suas histórias de vida. Pudemos ver nos olhos cheios de lágrimas daquelas mulheres, o medo da morte e a saudades dos filhos. A irmã que estava comigo abraçou algumas delas e oramos para que todas elas não perdessem a fé em Deus. Ao sair do presídio, Deus despertou em mim um amor mais intenso aos desfavorecidos, e falou intensamente ao meu coração: “Porque tive fome, e me deste de comer; tive sede, e me deste de beber; era estrangeiro, e me hospedaste; estava nu, e me vestiste; adoeci e me visitastes-me; estive na prisão, e fostes me ver” Mateus 25:35-39. Seja em qualquer tempo das nossas vidas, em qualquer situação, não devemos deixar de fazer o bem: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas maneiras que puder, em todos os lugares que puder, para todas as pessoas que puder, por todo o tempo que puder” - John Wesley.



É da vontade de Deus que todos os seus filhos alcancem a maturidade. Quando ficamos maduros espiritualmente, nos tornamos geradores de esperança para ajudar outros crentes a crescer na caminhada cristã, e não caímos facilmente nas armadilhas do inimigo. Maturidade espiritual não é uma coisa fácil de alcançar, por isso, o apóstolo Paulo nos aconselha: “O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro” - Efésios: 4.14. Para que possamos compreender sobre a maturidade no Reino de Deus, vamos observar o exemplo da ovelha e do pastor. Uma ovelha é totalmente dependente do seu pastor. Se a ovelha cair com as pernas para cima, e se o pastor não a levantar, ela morre sem ar. Isso acontece porque o estômago da ovelha é grande e comprime seu pulmão, a impedindo de respirar. Quando as moscas pousam no ouvido da ovelha, ela sacode a cabeça, anda de um lado para o outro e não se alimenta. Para espantar as moscas, o pastor derrama um bálsamo sobre sua cabeça e, então, ela se acalma. Outra característica é que a ovelha se assusta facilmente, o que alerta seu pastor a se apressar para proteger o todo o rebanho. Mas, por outro lado, quando ela vai morrer, a ovelha fica parada, esperando a morte.


Não é por acaso que a Bíblia compara Jesus a um cordeiro mudo: “Ele foi maltratado, humilhado, torturado; contudo, não abriu a sua boca; agiu como um cordeiro levado ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença dos teus tosquiadores, não expressou nenhuma palavra” - Isaías 53:7. Outro fato interessante é que quando vários pastores levam suas ovelhas para tomar água, elas se misturam, mas quando o pastor as chama, elas se separam dos outros rebanhos, reconhecem a voz do seu pastor e segue apenas ele. Na caminhada cristã também é assim. Jesus é nosso Pastor e nós somos suas ovelhas. Ele sempre cuidará de nós, mas também irá nos corrigir. Quem é sua ovelha, ouve a sua voz, pois, assim disse Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem” - João 10:27. “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e vida em plenitude” - João 10:10. Mas o que significa essa vida em plenitude? Vida em plenitude vem do grego “plethora”, e de “plethein” que significa “estar cheio”, e do latim “repletus”, que significa “totalmente cheio”. Ou seja, essa vida em plenitude é uma vida cheia de Deus. Para viver a plenitude de Deus, devemos nos firmar na Palavra, tomar posse das suas promessas e deixar com que sua glória preencha nossas vidas. A palavra “glória” vem do hebraico “kabod” que significa honra, dignidade e autoridade. Deus derrama em nós essa glória, nos estendendo sua autoridade, fazendo com que deixemos de ter as características das ovelhas (frágeis e amedrontadas) para nos tornar cada vez mais parecidos com Jesus Cristo, citado na Palavra de Deus como o Leão da Tribo de Judá:


“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos” - Apocalipse 5:5. Os discípulos de Jesus também eram frágeis como ovelhas. Mas na ascensão de Jesus aos céus e com a vinda do Espírito Santo, eles deixaram de ser frágeis e se tornaram leões, dispostos a viver ou morrer por amor ao Senhor. O Espírito Santo nos enche de ousadia, de fé e do poder de Deus e nos torna cada vez mais parecidos com Jesus. Podemos escolher a continuar como ovelhas ou a nos tornar leões prontos para viver a plenitude da glória de Deus, oferecendo nossas vidas por amor a Cristo. Jesus nos avisou que teríamos aflições nessa vida, mas Ele também nos motivou a ter bom ânimo, porque Ele venceu todas as coisas: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” - João 16:33 Nessa vida, o cristão deve ser sustentado pela esperança da glória que há de vir, e ser um poço de esperança, do qual a fonte é o Leão da Tribo de Judá. “Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” - Romanos 8:18



Todos nós gostamos de um ambiente agradável, onde possamos nos sentir bem. O ambiente influencia nossas emoções, ações e nosso relacionamento com Deus. Em Mateus, capítulo 5, conhecemos a história da ressurreição da filha de Jairo, um dos principais chefes da sinagoga. Jairo buscou Jesus para salvar sua filha que estava muito doente. Mas, ao chegar em sua casa, encontra um ambiente de muito choro e lamento devido à morte da menina. Mas Jesus disse: Por que chorais? A menina não está morta, mas dorme. “E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele estavam, e entrou onde a menina estava deitada” - Mateus 5:40 Ao pedir para que as pessoas saíssem do local, Jesus gera um novo ambiente, agora, de fé, pois aquelas pessoas eram incrédulas a ponto de rirem de Jesus. Jesus ressuscitou a menina, e o povo se admirou. Quando estamos em um ambiente que nos leva à Presença de Deus, esse ambiente desperta em nós a fé para gerar milagres. Deus habita no meio dos louvores de seu povo: “Porém, tu és Santo, tu que habitas entre os louvores de Israel” - Salmos 22:3. Através das canções que vêm de um coração quebrantado,


grato, e que busca a santidade, podemos atrair a presença do Senhor e gerar ambientes de esperança: seja na igreja, no trabalho, dirigindo o carro, em nosso lar, andando na rua e em qualquer lugar! O louvor e a oração formam o ambiente ideal para gerarmos em nossa alma a dependência de Deus e da Sua Palavra. Mas antes de se tornar algo externo, o ambiente precisa ser gerado dentro de nós. Às vezes, queremos atrair Deus com o coração errado, com motivações carnais. Para isso não acontecer, precisamos ter fome da Sua Presença. Não basta ficar somente glorificando da boca para fora se o coração está distante: “Este povo honra-me com lábios, mas o seu coração está longe de mim” - Mateus 15:8 Precisamos buscar ao Senhor pedindo sua misericórdia, pois somos feitos de carne, e nosso lado carnal e espiritual estão em luta constante: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam” - Gálatas 5:17 Hoje, somos capazes de passar horas no celular ou assistindo séries. Mas temos que ser disciplinados a passar tempo com Deus, e não esperar ter vontade para isso. Temos que decidir buscar as coisas do alto, separando um tempo para estar com o Senhor, pois as distrações, além de roubar nosso tempo, nos distanciam de Deus. Em I Samuel 4, vemos o povo de Deus sofrer por ter se distanciado da Sua Presença. Mesmo que a arca da aliança estivesse no arraial, o povo a via como um talismã, como uma caixa mágica, e não buscavam a Deus com sinceridade.


O livro de Samuel também descreve que o profeta Eli perdeu o governo do seu lar. Seus filhos Hofni e Fineias, que seriam futuros sacerdotes, desrespeitaram a Deus, o templo e seu próprio pai: “Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação” - I Samuel 2:22. Assim, Deus permitiu que a arca fosse capturada pelos Filisteus, e a morte de Eli e de seus filhos. Ao nascer o neto do profeta Eli, sua nora, antes de morrer, deu o nome da criança de “Icabod”, ou seja, “foi-se a glória de Deus”. Ou seja, a presença e a proteção do Senhor já haviam partido e o povo não havia notado. Quando não sentimos fome da Presença de Deus, estamos nos distanciando da Sua glória, e logo ficaremos vazios, por isso, a Palavra nos alerta: “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” - Isaías 55:6.


Certa vez, fui buscar uma jovem que tinha uma deficiência na perna para levá-la ao culto. Ao entrar em sua casa, ela pediu que eu esperasse na sala. Ao me sentar no sofá, percebi que havia pouca luminosidade na casa. Comecei a sentir um ambiente pesado e a minha alma ficou apreensiva. Então, olhei atrás da porta e havia velas vermelhas e pretas acesas e a imagem de um demônio com um tridente na mão. Então, a jovem chegou e partimos. A caminho da igreja, ela me contou que sua mãe era “mãe de santo” e ganhava a vida fazendo trabalhos para “ajudar as pessoas”. Ela não sabia que vivia no engano. Essa jovem aceitou a Cristo, saiu da casa da sua mãe e casou-se.


O ambiente onde ela morava era sombrio, pois as trevas tinham domínio sobre aquele lugar. Quando Jesus entrou no coração da jovem e a luz e a glória de Deus encheram a sua vida, ela já não podia conviver com sua mãe, mas apenas orar e dar amor, pedindo sua libertação desse engano.


Em II Reis 6:1-6, os discípulos de Eliseu propõem a construção de uma casa. Eles tinham o conhecimento de como fazer a obra, mas, no momento em que um machado caiu no rio Jordão, eles não foram capazes de resgatá-lo. Então, chamaram Eliseu e mostraram ao profeta o local onde o machado tinha afundado. Então, o profeta cortou um galho, o lançou nas águas e, por providência divina, o machado flutuou. A passagem diz: “flutuou o ferro” nos revelando o um milagre, afinal, é impossível que o ferro flutue na água. Nessa passagem, o cabo de madeira representa nosso conhecimento e, a parte de ferro, a unção de Deus. Ou seja, somente nosso conhecimento, talentos e habilidades não são capazes de mover o mundo espiritual sem a unção divina. Nossos talentos podem até impressionar os homens, mas de nada valem sem a unção de Deus. No entanto, a unção divina pode nos levar ao impossível e nos tornar vasos na Sua Presença, cheios de graça e amor. Mas em que momentos recebemos a unção divina? Nossa unção vem de Cristo Jesus. Cristo e Messias significam “ungido”. Jesus foi ungido por Deus, com o Espírito Santo, para salvar o mundo. Jesus disse: “O Espírito do Senhor é sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista


aos cegos. A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.” - Lucas 4:18-19 Assim, todo aquele que aceita Jesus como seu Salvador é ungido por Deus, escolhido, como Seu Filho. Quando uma pessoa se converte, ela recebe a unção do Espírito Santo e se torna sacerdote de Deus, consagrado e equipado para servir ao Reino e proclamar o evangelho. A unção de Deus não é um dom reservado apenas a alguns crentes, mas é para todos e indica nossa eleição como povo de Deus: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” - I Pedro 2:9-10. Tudo que fizermos através do nosso talento, de nada valem diante de Deus, pois Ele é o Criador de tudo, é a fonte inesgotável da criatividade, e precisamos aprender a depender somente Dele, para que a glória seja Dele. O conhecimento da Palavra de Deus deve andar junto com a unção para que haja excelência e a visitação da Sua Presença. Em Atos 16:23-26, Paulo e Silas, após serem açoitados e lançados na prisão, começaram a louvar a Deus. Então, houve um grande terremoto, manifestação do poder de Deus naquele lugar. Paulo e Silas não tinham instrumentos, como caixas, nem mesas de som. Não estou dizendo que temos que parar de investir em equipamentos, mas não adianta ter uma grande estrutura e não ter unção. É como se estivéssemos levando Sua Presença em carros de bois, como errou Davi conforme descrito em II Samuel 6:3-8. Havia boa vontade, mas faltou temor a Deus. Assim, aprendemos que jamais devemos realizar o nosso chamado sem temor, humildade, amor, disciplina e um coração ensinável.



A palavra “unidade” vem do hebraico “Ahhadim” que significa “ajuntado em um”, “unido”. A força da unidade entre um povo ou um grupo de pessoas é algo que provoca a nossa fé ao crescimento, nos traz alegria e fortalece o propósito de Deus em nossas vidas. O músico e cantor Guilherme Kerr descreve sobre essa unidade e diversidade na seguinte letra: ‘Da multidão dos que creram Era só um o coração e a alma, Uma só mente, uma semente, Somente uma esperança brotando dentro da gente. Nosso era o pão cada dia, nosso era o vinho, santa folia, O que se parte e reparte, a própria vida, Galho ligado à parreira, vida, em comum, verdadeira. Sempre grande poder: curas, milagres de Deus. Sempre proclamação! Cristo, o Senhor, ressurgiu! Da multidão dos que creram Era só um o coração e a alma, Muita alegria, singela a vida, Na simpatia de todos, nasce a Igreja de novo Povo de Deus, sal e luz pra todos os povos.’ A unidade nos faz alcançar o impossível em Deus, nos tornando instrumentos de salvação. Existe uma unção nova quando todos estão no mesmo propósito, fazendo com que a igreja cresça espiritualmente. O livro de Atos descreve que, nessa unidade debaixo do mover do Espírito Santo, cerca três mil almas foram salvas:


“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” - Atos 2:41 Em Atos 2, podemos perceber a graça de Deus invadindo os corações desses irmãos de uma maneira tão poderosa que todos viviam unidos e tinham tudo em comum. A unidade entre eles era tão intensa que o temor ao Senhor em suas vidas e os prodígios e milagres aconteciam poderosamente no meio deles. A benção do Senhor está na unidade, e a unidade gera salvação. Na perspectiva de atrair fiéis, muitos pregadores criam estratégias para aprisionar seus membros e até usam da má fé, enganando-os, distorcendo os textos bíblicos para interesses próprios. A rotatividade dentro das igrejas e as heresias por si só geram mais “desigrejados”. Líderes tementes a Deus não se preocupam com o enriquecimento da sua igreja e, sim, com a eternidade das suas ovelhas. Reflita no Salmo 133. Ele descreve que o Senhor se agrada da união dos irmãos e que, na unidade, o Senhor ordena a Sua benção. Por essa razão, o apóstolo Paulo nos alerta: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” - Efésios 4:3 Assim, aprendemos que não desfrutamos dos milagres e prodígios de Deus em nossas vidas se andarmos em divisão. Podemos pular, sapatear, gritar, bater palmas, mas tudo não passará de expressões externas. E nada vai acontecer espiritualmente se não houver unidade no corpo de Cristo.


É assim que muitas igrejas começam a definhar. Temos que aprender que a unção vem de cima para baixo, e não ao contrário: “É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.” Salmos 133:2 Quando não existe unidade na liderança, a igreja toda sofre. Por isso, é muito importante saber se estamos na igreja certa, ou seja, com líderes fiéis à Palavra de Deus. Caso contrário, não seremos capazes de amadurecer espiritualmente e dar frutos. Jesus nos alerta que, como cristãos, somos reconhecidos por nossos frutos e que, todo aquele que não os produz não podem ser chamados como filhos de Deus: “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. Mateus 7:17-20 Nas igrejas, o inimigo sempre vai trabalhar para que haja confusão e divisão (visões diferentes: di-visão). Devemos estar atentos para não sermos divisores na igreja, pois essas atitudes desagradam intensamente a Deus e impedem que a Sua unção seja derramada sobre nós. Jesus, conhecendo nossos pensamentos, nos ensina: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.” - Mateus 12:25. Assim motivação e propósito errados nos levarão à confusão e a sermos como árvores infrutíferas. Mas com unidade, motivação e propósito corretos, a igreja dará bons furtos e será fonte da graça de Deus no meio do povo.


A palavra “Babel” tem origem hebraica e vem da palavra “Bahal” que significa confundir. De acordo com a Bíblia, toda terra possuía uma mesma língua, um único idioma, e os homens não tinham dificuldade em se comunicar. Mas um grupo partiu do oriente, e acharam uma planície na terra de Sinar, com propósito de construir uma cidade e uma torre que tocasse os céus. Então, eles se organizaram para fazer tijolos e queimá-los. Gênesis descreve que esse povo era descendente de Cam, um dos filhos de Noé que, ao vê-lo embriagado e nu, ridicularizou seu pai diante de seus irmãos. Após Noé tomar conhecimento do fato, ele amaldiçoa Cam e toda sua descendência - leia Gênesis 9:20-24.


Esse povo tinha em seus corações a motivação errada: além de querer “alcançar a Deus” por suas próprias forças, eles queriam que seus nomes fossem lembrados, ou seja, queriam ser exaltados. Eles eram liderados por um caçador muito valente, denominado Ninrhode, e o orgulho e a soberba os levaram à destruição. Mas o Senhor, sabendo da motivação desse povo, confundiu suas línguas, colocando neles uma limitação que os levou a se dispersarem. Não devemos ter objetivos errados para servir a Deus. Pelo contrário, devemos fazer parte da mesma unidade para servir ao Reino, para tornar o nome de Deus conhecido, e amadurecer na fé, a fim de alcançarmos a santidade e todos os propósitos do Senhor para nossas vidas. Milagres e prodígios acontecerão quando estivermos em unidade, direcionados pela Palavra e pelo Espírito Santo.



Todos nós buscamos a paz. Em nossa mente, em nossos lares, na igreja, nas ruas, nas cidades, em todos os lugares. Contudo, dificilmente a vida nos proporciona essa paz que tanto almejamos. Pelo contrário, a história da humanidade é marcada por guerras e, até hoje, os governos investem bilhões em armamento para proteger seus países. Mesmo dentro dos seus lares, muitas vezes as pessoas não encontram paz. A verdade é que dificilmente encontramos a paz em nós mesmos e, por isso, a Bíblia nos ensina que devemos conservar nossos pensamentos em Deus, pois o Senhor guarda em perfeita paz todo aquele que Nele confia: “E o Senhor guardará em perfeita em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna.” Isaías 26:3-4 Nós, evangélicos, temos o costume de nos saudar com as expressões: “graça e paz”, “a paz”, “a paz do Senhor”. A palavra paz no hebraico é “shalom” que significa: paz, harmonia, integridade, prosperidade, bem-estar e tranquilidade. No entanto, mesmo nos cumprimentando dessa maneira, muitas vezes, não refletimos e não praticamos seu verdadeiro significado. A Palavra diz que a verdadeira paz só é encontrada em Deus, na pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, o Príncipe da paz:


“Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre os teus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, príncipe da paz.” - Isaías 9:6. A Palavra de Deus nos alerta a vivermos em paz, pois essa é uma característica dos filhos de Deus: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” - Romanos 12:18. “Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas e em santificação, sem a qual ninguém verá a Deus.” - Hebreus 12:14.




O inimigo sabe muito bem que, sem paz, nos sentirmos incapazes de amar ao próximo e viver os propósitos de Deus, pois nossa alma ficará decepcionada com Ele, o que nos impossibilita de dar frutos, de ter esperança e de sermos geradores de esperança. Jesus nos alerta: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente” - João 10:10 Muitas vezes, o inimigo coloca pessoas e circunstâncias em nossa vida para tirar a nossa paz, e se não estivermos firmados na Palavra, caímos facilmente em suas armadilhas. No entanto, temos que tomar cuidado com os sentimentos que nos tiram a paz, que algumas vezes surgem em nossos corações, mas, que também, podem ser cultivados pelo inimigo. Existem três sentimentos que nos tiram a paz: 1) Inveja: é um sentimento de angústia, ou mesmo de raiva, perante o que o outro tem. É um rancor gerado pela incapacidade de alcançarmos algo, seja física, intelectual e espiritualmente. 2) Ganância: é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. 3) Ódio: também chamado de raiva, rancor e ira. É um sentimento intenso de aversão, antipatia, desgosto e inimizade contra alguém. Se estivermos firmados na Palavra de Deus, conseguimos identificar os ataques do inimigo e esses sentimentos que surgem em nosso coração para nos roubara paz e a esperança.


Por isso, devemos sempre buscar a renovação da nossa mente na Palavra de Deus: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformemse pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” - Romanos 12:2. Jesus é o nosso maior exemplo de como ser um gerador de esperança. Mesmo sabendo que seria crucificado e que muitos não aceitariam o seu amor, Ele nos ensinou a amarmos o próximo como a nós mesmos: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” - Marcos 12: 30-31. Jesus não veio trazer a paz ao mundo, Ele veio para trazer “a espada” que é a sua Palavra e, com ela, a Sua salvação, libertação, e um novo caminho através do relacionamento com Deus. Esse relacionamento nos traz a paz interior, a verdadeira paz, que não depende das circunstâncias do mundo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27 Assim, Jesus nos ensina que a Palavra é nossa segurança, nosso refúgio, nossa cura, nosso manancial, e a bússola que norteia nossas vidas, e nos faz geradores de esperança em meio ao caos do mundo.


Como diz a canção do ministério “Livres para adorar”: ‘Quando o mundo cai ao meu redor Teus braços me seguram Quando o mundo cai ao meu redor És a esperança pra mim Quando o mundo cai ao meu redor E as forças se vão, encontro abrigo em Ti’.



Quando questionado por um religioso sobre quem é o próximo que devermos amar, Jesus conta a parábola do Bom Samaritano: “Mas querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o próximo? Em resposta disse Jesus: um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita, quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um Samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e teve piedade dele. Aproximou-se dele, enfaixou suas feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois, colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para hospedaria. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver. Então, perguntou Jesus: Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele - respondeu o perito na lei. Então, Jesus lhe disse: Vá e faça o mesmo.” - Lucas 10:25-37 Através dessa parábola, Jesus nos ensina que não basta sermos conhecedores do evangelho, mas é preciso praticar o amor ao próximo. Jesus sabia que estava falando com um especialista na lei. Ao dizer: “Vá e faça o mesmo” Jesus mostrou que ele deveria sair da sua zona de conforto para praticar o amor ao próximo, independente se ele era judeu, grego ou samaritano. Para cumprir esse desafio, esse homem sabia que iria ter


que confrontar seus amigos de ministério e enfrentar embates com os religiosos da época. Não sabemos se ele executou o que Jesus ordenou, mas essa parábola nos mostra que não basta sermos conhecedores da Palavra se não praticarmos a compaixão e o amor de Deus. Certa vez, conheci um irmão em Cristo que era muito inteligente, com três formações acadêmicas. Ele dizia ter um chamado para o ministério pastoral. Eu sempre o perguntava quando ele iria para o campo pastorear, mas ele respondia que não estava pronto e que teria que estudar mais. Ao passar mais alguns anos, ele se formou em mais um curso e, logo depois, teve um câncer e faleceu. Hoje, temos acesso a informações, cursos, tanto conhecimento, mas se não praticarmos o amor puro e simples de Jesus, ficaremos frustrados como aquele perito da lei da parábola do Bom Samaritano. Para praticar o amor é que fomos chamados: “Digo-lhe a verdade: aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, por que eu estou indo para o Pai.” - João 13:12 Jesus não estava se referindo a construções de templos ou eventos religiosos, mas, sim, em praticar o amor em fazer o bem ao próximo. Temos que tomar cuidado em não apenas falar da Palavra, mas praticá-la. Caso contrário, seremos apenas religiosos e não cristãos.




Nossos lares deveriam ser um lugar de segurança, paz, harmonia, amor. Mas devido ao distanciamento de Deus e aos frutos da nossa geração egoísta e amante de si mesma, os lares têm se transformado em um lugar de desrespeito, dor e abusos. Para sermos geradores de esperança, temos que cultivar um lar cheio de amor e harmonia. No entanto, só seremos capazes de ter um lar de paz quando tivermos cultivado, antes, a paz no interior da nossa casa espiritual. Existe uma canção que diz assim: ‘Eu sou sua casa, tua morada, eu sou seu lar mude as coisas de lugar.’ Esta canção pede para Deus mudar as coisas de lugar, mas para isso ser real em nossas vidas, temos que dar acesso e liberdade a Deus. Na parábola da casa edificada sobre a rocha, Jesus disse: “E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-los-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” - Mateus 7:25-27 O versículo 25 retrata a solidez de uma casa quando é construída na rocha. Com suas sapatas feitas na medida certa e sobre


solo resistente, sua armação estrutural fica mais resistente e pronta para aguentar as chuvas e tempestades, o que não seria possível se a casa fosse construída sobre a areia. Com nossa casa interior também é assim. Nosso corpo é templo do Espírito Santo. Essa casa interior deve estar firmada na Rocha, que é Jesus Cristo, para permanecer inabalável. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? O templo de Deus, que sois vós, é santo.” – I Coríntios 3:16-17 A construção de Deus em nós começa assim: 1. O Espírito Santo nos convence que somos pecadores. João 16:8 2. Em seguida, nos arrependemos, reconhecemos que precisamos de Jesus e pedimos perdão pelos nossos pecados. I João 1:9 3. Aceitamos Jesus como único e suficiente Salvador e Senhor das nossas vidas. João 11:25-26/ I João 5:1/ / I João 5:11-12 4. Através do relacionamento com Deus, Ele renova nossa mente, e nossa casa interior fica cada vez mais limpa e livre do domínio das trevas. João 8:32/ Tiago 4:7 5. Deus nos preenche com o fruto do Espírito: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio. Gálatas 5:23 6. Ficamos cada vez mais parecidos com Jesus, cumprindo o chamado de Deus. Mateus 5:13-16/ I Pedro 4:14/ Colossenses 3:10/ Isaías 61:1-4 No entanto, quando nos distanciamos de Deus, voltamos a dar ouvido aos nossos desejos carnais e a sermos presas fáceis nas mãos do inimigo: “Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso e, não o encontrando, diz: ‘voltarei para a casa de onde saí’. Quando chega, encontra a


casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.” - Lucas 11:24-26 Ou seja, quando deixamos as coisas de Deus de lado, acabamos atraindo um morador que havia sido expulso (diabo). Diante da nossa escolha de nos distanciarmos de Deus, damos o direito desse antigo morador de retornar à nossa casa interior e, o que é ainda pior: ele ganha o direito de voltar e ainda trazer mais sete moradores. Por exemplo, quando há uma casa vazia, nela não há vida, pois faltam as pessoas naquele lugar. Se a casa não for cuidada e bem guardada, invasores poderão entrar e tomar conta dela. Por isso, se somos a casa do Senhor e templo do seu Espírito Santo, temos que nos blindar através da sua armadura espiritual descrita em Efésios 6 que é composta pelo: cinto da verdade, couraça da justiça, calçados com o evangelho da paz, escudo da fé, capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.



Zaqueu era um cobrador de impostos e era muito e odiado pelos judeus, pois o povo era oprimido pelo governo romano. Com certeza, essa rejeição deve ter provocado feridas profundas nele e em sua família. Ele era de estatura muito pequena e sua vontade de conhecer Jesus era tanta que ele subiu em uma árvore para conseguir enxergar o Mestre. Aquele homem não deixou que seu cargo e a vergonha o impedissem de conhecer Jesus. Então, ao ver aquele pequeno homem em cima da árvore, Jesus disse: ‘‘Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa.’’ - Lucas 19:5 Ao conhecer Jesus, Zaqueu disse: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais.” - Lucas 12:8. O arrependimento de Zaqueu e a mudança em sua casa interior trouxe salvação para toda sua família e transformação para toda uma cidade.


E é assim em todo lugar. Onde Jesus passa, Ele realiza maravilhas: 1. Quando foi a um casamento em Caná da Galileia, Ele transformou água em vinho. João 2:1-12. 2. Na casa de Pedro, Jesus levou a cura à sua sogra. Mateus 8:14 3. Na casa em Cafarnaum, Jesus levou cura e restauração. Lucas 5:17-26 4. Na casa de Levi, Jesus levou arrependimento. Lucas 5:29-32. 5. Na casa de Simão, Jesus levou unção e perdão. Lucas 7: 36-46. 6. Na casa de Jairo, levou vida. Lucas 8:41-56. 7. Na casa de Marta e Maria, Jesus levou adoração. Lucas 10:38-42. 8. Na casa de Zaqueu, Jesus levou esperança e salvação. Lucas 19:1-10. 9. Na casa no cenáculo, Jesus levou comunhão. Lucas 22:10-14. 10. Na casa em Emaús, Jesus levou a visão do reino espiritual. Lucas 24:13-35 11. Na casa dos discípulos, derramou o Espírito Santo. João 20: 19-23




No mundo moderno, muitos pais estão deixando com que os smartphones “eduquem” seus filhos. Mas Jesus nos ensina o quão é importante prestar e oferecer atenção aos pequenos. A falta de exemplo da família e dos ensinamentos bíblicos faz com que as crianças deixem de conhecer a Jesus ou que abandonem seu relacionamento com Ele conforme elas crescem. No entanto, ao prover um lar cheio de amor e da Presença de Deus, podemos contribuir para despertar a fé nas crianças, fazendo com que elas sejam geradores de esperança desde pequenas. Realizar o culto doméstico, contar histórias bíblicas desde quando são ainda bebês, e sendo exemplo, os pais podem demonstrar o amor de Deus para os filhos fazendo com que eles tenham amor à Palavra. Quando meu filho tinha uns dez anos, fomos jogar bola em campo de futebol próximo a nossa casa. Estava conosco o meu sobrinho, que era adolescente. Quando estava anoitecendo, ele reparou que perdeu sua corrente de ouro e disse: “- perdi minha corrente e minha mãe vai arrancar meu couro se eu aparecer sem ela em casa”. Meu filho, ao ouvir isso, ficou extremamente preocupado, e começamos a procurar pela corrente. Contudo, a iluminação da quadra estava desligada, o que dificultava ainda mais a procura.


Então, meu filho veio e me disse: “- pai, ore para que Deus nos ajude a achar a corrente, pois a mãe do primo vai arrancar o couro dele”. Na cabeça do meu filho, ele imaginava meu sobrinho sofrendo ao ter o seu “couro arrancado”, o que despertou nele um sentimento de fé para achar a corrente. Oramos juntos e, logo depois, uma senhora parou com seu carro, com seus dois filhos, e todos começaram a procurar a corrente. A senhora tinha uma lanterna potente e comentamos com ela que Deus ouviu nossas orações e a levou até ali para nos ajudar. Após uns vinte minutos, eu já estava desistindo e estava pensando o que eu falaria para o meu filho; então, a senhora deu um grito, dizendo que encontrou a corrente. Pronto! Agora a tristeza virou alegria! Essa experiência nos mostra como é importante cultivar a fé nas crianças para que elas sejam, desde pequenas, geradoras de esperança. Como pais e servos de Deus, devemos sempre prestar atenção nas crianças e incentivá-las para que elas cresçam com mesma energia, criatividade e que continuem usando suas habilidades para o Reino dos céus. “Todos os seus filhos serão ensinados pelo Senhor, e grande será a paz de suas crianças.” - Isaías 54:13. “Jesus, porém, disse: - deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus.” - Mateus 19:14 Ao chamar as crianças para perto Dele, Jesus nos ensina como oferecer atenção às crianças é importante, porque delas é o Reino dos Céus.


Nas próximas páginas, contarei algumas experiências, frutos de orações de crianças, nas quais suas famílias foram abençoadas por Deus por causa da fé desses pequeninos.


Uma vez por semana, realizávamos um pequeno culto na casa de uma irmã, que é de origem indígena da tribo dos Parecis. Eles já estavam há um bom tempo vivendo na cidade e não queriam mais voltar a viver na tribo. Após o ensino da Palavra, sempre havia o momento de oração em que as crianças participavam. Foi então que uma das crianças pediu para sua mãe um castelo da Barbie, um brinquedo de valor elevado, e sua condição financeira não favorecia a compra. Colocamos esse pedido em oração. Em todas as reuniões haviam testemunhos de resposta de oração, mas nada do castelo da Barbie. Foi então que, ao descarregar a camionete de doações do projeto social Novo Cântico, eu vi um lindo castelo da Barbie! Na hora lembrei da filhinha dessa irmã! Ao receber o castelo, a mãe, impressionada, chamou a filhinha e fizemos uma oração de agradecimento a Deus. Um dia, o filho dessa mesma irmã estava brincando com uma bolita bem pequena e a introduziu em seu nariz. A mãe ficou desesperada e pediu oração. Oramos junto com a criança e o médico já havia marcado a cirurgia para o dia seguinte. No dia da cirurgia, pela manhã, a mãe me ligou dizendo que, ao levantar, o menino disse que não estava mais sentindo a bolita no nariz e estava respirando bem. Ao olhar na cama, lá estava a bolita! A cirurgia foi desmarcada e nós louvamos a Deus por eles terem recebido essa graça. “Até a criança mostra o que é por suas ações; o seu procedimento revelará se ela é pura e justa.” - Provérbios 20:11.


­ No projeto Novo Cântico, sempre Deus enviava doações de todos os tipos, mas uma doação me chamou atenção: era um kit original para criança de nove a dez anos do time do Vasco da Gama. Sua embalagem era um grande copo prateado que continha uma camisa do Vasco, uma carteira do Vasco, um cartão do clube, shorts e meião original do time. Ao dar aula no projeto, eu perguntei se havia algum vascaíno entre as crianças, mas não havia. No outro dia, em uma nova sala, eu fiz de novo a pergunta e uma aluna me respondeu que seu irmão era torcedor do Vasco. Ao levarmos o kit para o menino, ele vestiu o uniforme e foi todo contente para a escola. Pudemos ver o brilho em seus olhos e a alegria dos pais também com esse presente. Em todas as doações, Deus nos mostra que tudo que Ele coloca em nossas mãos não é por acaso, nem pela força do pensamento positivo, nem por nossa sabedoria e esforço, mas Ela prova que cuida de nós e demonstra seu amor, bondade, misericórdia e fidelidade nos pequenos detalhes da nossa vida. “Cuidado para não desprezar um só destes pequeninos! Pois eu digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu pai celeste.” - Mateus. 18:10.

Era véspera do Dia das Crianças e duas meninas, filhas de uma irmã, escreveram em um papel seus pedidos para Deus. A mãe me ligou falando que elas pediram dois pares de patins em suas orações. Depois de alguns dias, fui pegar uma doação e, no meio dos objetos, havia dois pares de patins. Lembrei na hora das meninas, e fiquei torcendo para que os patins servissem para elas.


Foi então que a mãe me enviou um vídeo das meninas andando com os patins! Louvado seja Deus! O que me surpreendeu nessa história é que as crianças tinham a certeza que Deus iria atender a esse pedido, mesmo se passando da data do Dia das Crianças. “Instrui o menino no caminho que deve andar; e até quando envelhecer, não se desviará dele” - Provérbios 22:6 “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele nos dá” - Salmos 127:3

Era o mês das crianças e em nossa igreja e realizamos um evento onde houve um sorteio de uma bicicleta infantil. No meio de tantas crianças, havia um menino que havia me pedido uma bicicleta. No dia eu expliquei que não teria condições em lhe dar este presente, mas pedi que ele chamasse sua mãe para que pudéssemos orar a respeito desse assunto. No dia do evento, aconteceu o sorteio da bicicleta, mas o Ângelo não foi o ganhador e, claro, ele ficou muito triste. Na outra semana passei em sua casa, e ele veio atrás de mim dizendo: “Pastorzinho, será que Deus não ouviu minha oração? Naquela manhã, oramos de novo. Ao passar uns quinze dias, recebi um telefonema de um irmão pedindo para que fosse em sua oficina, pois ele queria doar duas bicicletas infantis. No mesmo instante, me lembrei do Ângelo. Após ter pego a doação, fomos levar a outra bicicleta para o amiguinho dele. Oramos e agradecemos a Deus pela graça recebida. Naquele ano, recebemos dezessete bicicletas entre novas e usadas, todas revisadas e em perfeitas condições de uso. Deus nos surpreende, nos dando muito além do que pedimos.


“Alguns traziam crianças a Jesus para que Ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: Deixem vir a mim as crianças, não impeçam; pois o reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.” - Marcos 10:13-14.



Ao pastorear em um bairro carente, realizamos muitas visitas e conhecemos a realidade das famílias que tinham muitas dificuldades financeiras e emocionais. Então, para ajudar essas famílias, passamos a juntar sobras de materiais de construção e muitos doadores até se dispunham a comprar materiais novos. Ao conversar com outros irmãos que são profissionais em construção, eles se dispuseram voluntariamente a entrar neste projeto. O mutirão solidário acontecia sempre aos sábados e domingos. Nestes trabalhos, tive a oportunidade de conhecer homens de Deus que não mediam esforços em ajudar. A generosidade, a disposição e o companheirismo de todos marcaram nossos corações. As reformas nas casas começaram e, ao todo, foram concluídas seis casas; algumas receberam apenas pequenas reformas, outras, quase 100% da casa, com nova fossa, pilares da caixa d´água, trocas de portas, armários, camas e colchões. Em outras casas, Deus ajudava as famílias com alimentos, geladeiras, fogões, remédios, máquina de lavar, instalação elétrica, portões, e muitas outras provisões. Ao ver a alegria das famílias e perceber o amor de Deus sendo pregado através da ação, Palavra e oração, nossas vidas também se enchiam de alegria. “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” - Tiago 2:17



Um dia, em uma visita, vimos que a caixa d´água de uma das casas estava no chão, toda remendada; a estrutura a estava totalmente comprometida, e eles estavam há mais de três anos sem água dentro de casa, e também sem energia. O marido dessa irmã que morava na casa estava preso há mais de quatro anos, e ela ficou com cinco crianças para cuidar, sozinha. Havia uma desordem naquela casa, tanto financeira, como emocional. Então, realizamos quatro mutirões para reformar a casa e continuamos a acompanhar a família, sempre levando a Palavra, o alimento, e o amor de Cristo. Estar cheio do Espírito Santo é isso: é nos doar em favor do próximo, proclamando as boas novas do evangelho, pois o Reino de Deus não é só de palavras, mas de atitudes. Com esses exemplos, quero dizer que vale a pena sermos geradores de esperança. Que todas essas histórias registradas aqui sejam para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo. “Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém.” - Romanos 11:36



“Quando nosso foco está voltado para o interior, somos como poços sem fundo, cheios de desejos que jamais serão satisfeitos” - Edward T. Welch. Todo ser humano quer ser feliz. Mas, se idolatrarmos a felicidade, nos tornaremos pessoas carnais, vazias, frustradas, e sem a capacidade de compreender o aprendizado e a maturidade que o sofrimento pode nos trazer. Mas a Palavra de Deus nos ensina que devemos ser felizes em Cristo, independente das circunstâncias, assim como expressa o apóstolo Paulo: “Aprendi a viver contente em qualquer situação… pois, tudo posso Naquele que me fortalece.” - Filipenses 4:11-13. Em Cristo, podemos perceber que cada momento difícil é uma oportunidade para o aprendizado e, principalmente, para nos achegarmos a Deus. No sofrimento do próximo, podemos enxergar que estender a mão a quem precisa é sempre uma maneira de amar honrar ao Senhor. Para servir ao próximo, Deus sempre nos capacita e nos presenteia com novas ideias, recursos e voluntários. Assim foi com o Novo Cântico. No princípio, o projeto tinha o objetivo de ensinar crianças a tocarem um instrumento musical. Mas, ao escutar suas histórias, pudemos perceber que havia muito mais a ser feito. Ao recebermos o convite para uma apresentação musical no Orfanato Lar da Criança, em Cuiabá, nos dedicamos, junto aos monitores do orfanato, aos ensaios para a apresentação.


Aquelas crianças têm uma história muito triste, pois algumas foram encontradas no lixo, outras sofreram maus tratos. Mas, em cada ensaio, tivemos a oportunidade de fazer a diferença na vida delas. Temos a certeza que somos privilegiados em conhecê-las, de aprender e de compartilhar com elas tantos momentos felizes. Depois de ensaios, finalmente chegou o dia da apresentação. Todas estavam nervosas, mas muito empolgadas e tudo deu certo! Juntos, pudemos viver a concretização de um sonho e elas cantaram e tocaram lindamente. Depois da apresentação, pudemos nos reunir com elas para o jantar, e Deus encheu nossos corações de alegria por podermos compartilhar esse momento tão especial. Essas crianças nos ensinaram sobre a importância de deixarmos o nosso egoísmo de lado, para cantarmos uma nova canção de esperança: “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todas as terras.” - Salmo 96:1. “Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele tem feito maravilhas, a sua destra e o seu braço lhe alcançaram a vitória.” - Salmo 98:1. Através do projeto Novo Cântico, pudemos conhecer outros projetos dos quais nos tornamos parceiros, como o Amor gera Amor, que viabiliza recursos para reformas de casas, cursos profissionalizantes e doação de eletrodomésticos. Com essas histórias, quero mostrar que todos nós podemos fazer algo pelo próximo. Basta nos apresentarmos diante de Deus, mesmo que não tenhamos os recursos necessários para isso. Logo depois que começamos a participar desse projeto, a Escolinha do Zico nos forneceu o transporte e o kit com uniformes e chuteiras para nossos alunos, e a Fundetec forneceu orientadores e lanches para as crianças.


E tem sido sempre assim: quando nos dispomos a obedecer a Deus e em ajudar a amar ao próximo, Ele nos sustenta e prova o seu amor e o seu cuidado em cada detalhe.



­ Na caminhada em servir ao próximo, sempre encontramos outros voluntários dispostos a doar seu tempo, seus recursos e sua vida em favor de quem precisa. Podemos ser considerados “esperançosos invisíveis” aos olhos humanos, mas sabemos que não passamos despercebidos diante de Deus, pois foi Ele quem nos chamou para cumprir a Sua vontade. Hoje, existem muitas ONG’s, associações, instituições, igrejas e hospitais que realizam trabalhos voluntários e que atuam até em guerras. Mas o que leva uma pessoa a deixar sua casa, seus bens, sua família, seu trabalho e até seu país? Pessoas como Martin Luther King, Billy Graham, os apóstolos de Jesus, Jorge Muller, Lutero, Moody, os heróis da fé citados no livro de Hebreus, fizeram do servir ao próximo o grande chamado de suas vidas. Todos esses “esperançosos invisíveis” pagaram um preço, pois a natureza nos ensina que antes da semente germinar, ela primeiro deve morrer. Nós, cristãos, também devemos morrer a cada dia para nossas vontades, e passar a viver de acordo com o propósito de Deus para nossas vidas, pois assim estaremos preenchidos da felicidade espiritual, a que dura para sempre. O ano tem 365 dias, e nossa empatia ao próximo não pode ser somente no Dia das Crianças e no Natal. Não podemos negligenciar os outros meses e, sim, estar dispostos a ser geradores de esperança em todos os dias do ano, servindo a quem precisa com sabedoria e conhecimento, sem esperar nada em troca.


A Palavra de Deus diz: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará.” - Gálatas 6:7. Então, para fazer o bem temos que procurar não realizar de qualquer maneira, pois, vamos colher os frutos desse plantio. Que seja de bons frutos!


Nos trabalhos solidários, conheci muitos “esperançosos invisíveis” que investiram suas vidas em servir ao próximo: David e sua esposa Andreia, Irmã Lih, Maurício, Marquinhos, Eduardo, Diel, Manoel e Marisa, Josivam, Carlos, Vilmar, Valmir e sua esposa Cláudia, Sr. Joaquim, Paulo, Eder Jones, Elias, Michel, Tom, Henrique, Karina e Bruno são alguns deles. Mesmo que eu não me lembre de todos os nomes, agradeço pela vida de cada um e oro para que Deus os abençoe sempre. Agradeço também a todos os voluntários que não mediram esforços em ajudar com suas doações e sua mão de obra, sob a orientação do mestre de obra Carlos, minha eterna gratidão. Aos nossos mantenedores, que o Senhor derrame bênçãos sobre suas vidas. Quando estamos no fundo do poço, vocês são aqueles que seguram a corda com firmeza para que possamos retornar. Deus honre suas vidas! Agradeço imensamente à minha amada esposa Rosangela e meu amado filho Nathan que sempre estão comigo, me apoiando com paciência e amor. Minha gratidão também à minha mãe Valdeci que me inspira a viver como Cristo, com mais atitudes e menos palavras, e ao meu pai Giltamy, sustentador dos sonhos de Deus em minha vida. Agradeço sobretudo a Deus por enviar seu Único Filho para nos dar a vida eterna e por nos amar, mesmo sem merecermos. A Ele toda honra e toda glória.


Estudando a vida do Mestre Jesus, podemos observar que Ele andava muito mais com os pobres do que com os ricos. No entanto, a salvação é para todos os que se arrependem e passam a viver uma nova vida com Cristo, como vimos na vida de Zaqueu o coletor de impostos. Já com o jovem rico não aconteceu a mesma coisa, pois seu coração não estava disposto a deixar as coisas passageiras, ou seja, seus bens materiais, para seguir a Cristo. De acordo com o jornal BBC News em um estudo realizado em 2020, havia 115 milhões de pessoas vivendo em miséria no mundo, enquanto os bilionários aumentaram suas riquezas em 27% no ano. No Brasil, há aproximadamente 13,5 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da miséria. Jesus já havia nos avisado que “os pobres sempre tereis convosco, mas, a mim, nem sempre me tendes.” - João 12:8. “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; pelo que eu te ordeno, dizendo: livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra.” Deuteronômio 15:11 O objetivo deste livro é despertar em seu coração o desejo em servir. Oro para que você, que acaba de ler esse livro, seja um gerador de esperança através da sua empresa, da sua igreja ou instituição na qual esteja inserido, visando a diminuir o sofrimento dos desfavorecidos. Que sejamos verdadeiros geradores de esperança para vivermos o Reino de Deus através de atitudes, pois as atitudes falam mais do que palavras. Que possamos levar a verdadeira Fonte de água viva, JESUS, para o mundo.




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