Portfólio Arquiteto e Urbanista Eleazar Santini Comoreto

Page 1

esc arquiteto&urbanista

PORTFÓLIO



Eleazar Santini Comoreto email eleazar.santini@gmail.com cau-br A145172-3 cidade Porto Alegre-RS


Entrei no mundo da arquitetura através do curso de nível médio, onde desenvolvi minhas aptidões e meu apreço ao desenvolvimento de soluções técnicas e materiais. A faculdade de arquitetura desenvolveu meu senso estético e formal. Ao longo do curso outras habilidades e aptidões foram descobertas: o gosto por conhecer como as cidades funcionam, observar atento aos detalhes que passam desapercebidos no cotidiano, o uso da cidade pelas pessoas, a fotograa, a beleza nas obras e nos movimentos.

Nesse portfólio eu apresento parte da produção acadêmica ao longo dos anos de faculdade, alguns projetos curriculares, outros, de eventos dos quais participei. Quando se trata de obras para serem utilizadas por pessoas, penso que a solução técnica e funcional deve prevalecer sobre a estética, ainda que se observe um balanço harmônico. Quando a obra tem o objetivo de causar sensações, existe para ser observada e apreciada, o senso estético pode prevalecer. A arquitetura e o urbanismo oferecem soluções para ambos os casos.

sobre


AutoCAD SketchUP MsOffice Revit Corel Draw Archicad Lightroom

Portugês entende lê escreve Inglês entende lê escreve Espanhol entende lê escreve

habilidades


formação

estágios

2008 Técnico em Edicações Centro Tecnologico Estadual Parobé

03.2015-12.2017 Assistente de Projetos - LAB Engenharia Projetos de fundações, contenções // Projetos arquitetônicos

2018 Arquiteto e Urbanista Faculdade De Arquitetura - UFRGS

atividades acadêmicas 2011 e 2012 Argentina Viagem de estudos às cidades de Buenos Aires e La Plata // Participação no taller Sudamérica, na FADU, Facultad de Arquitectura, Diseno y Urbanismo na condição de aluno ouvinte; Prof. Marcelo Villa

10.2013-01.2014 Bolsista de Iniciação Cientíca - GEDURB Pesquisa sobre o desenvolvimento urbano das cidades do interior do RS durante a década de 70, sob supervisão da Prof. Célia Feraz de Souza, no gabinete de estudos do urbanismo da Faculdade de Arquitetura da UFRGS

01.2018-02.2018 Japão Curso de Arquitetura Tradicional e Contemporânea Japonesa, National College Of Technollogy, Akashi - Hyogo

06.2018 Faculdade de Arquitetura TCC Praça da Várzea, conjunto de uso misto, abrangendo moradia, serviços e comércio, com praça pública.

06.2012-01.2013 Assistente de Projetos - Diferenciatta/Pardini Arquitetura e Engenharia Projetos arquitetônicos e maquetes virtuais de pavilhões logísticos, industriais e corporativos

03.2011-06.2012 Estagiário de Arquitetura - Depto. Municipal de Habitação DEMHAB Estudos de viabilidade urbanísitica, loteamentos e unidades de habitação de interesse social

03.2010-10.2010 Execute Engenharia e Incorporadora Análise e aprovação de projetos residenciais de acordo com plano diretor interno de condomínios e municípios

03.2008-10.2008 Engemat Serviços Técnicos de Engenharia Recebimento e catalogação de corpos de prova de concreto // Ensaio em prensa hidráulica e geração de relatório de ensaio


outras atividades 06.2014-10.2014 Freelancer - Liane Azevedo Arquitetura Projetos de interiores e acompanhamento de reformas residenciais

2014 III CHIS - Concurso para Estudantes III Congresso de Habitação de Interesse Social // Proposta para um conjunto de habitação social em Porto Alegre

01.2017-atual Autônomo Projetos de fachadas em granito, com especificação de materiais e técnicas, em parceria com outros profissionais // Recuperação de fachadas de edifícios com especificação de materiais e técnicas, em parceria com outros profissionais

01.2018-Japão 23 Kosen Simpósio Kobe City College of Technology Apresentação do projeto Casa Proa

curriculum vitae


Residência unifamiliar na Vila Assunção 2012


O tema do projeto é uma residência unifamiliar térrea em lote amplo na zona sul de Porto Alegre. A casa se destina a um casal refinado, com condição econômica confortável (um publicitário e uma médica) e filhos emancipados. O lote situa-se na Vila Assunção, em Porto Alegre, na esquina da Rua Sargento Nicolau Dias de Farias com a Rua General Rondon. O bairro da zona sul é conhecido pelo contato generoso com o Guaíba e a vegetação abundante. O terreno plano possui 545,00m de superfície.


O programa estabelecido visa proporcionar um exercício abrangente e compatível com o patamar da disciplina. Propicia a utilização de diferentes escalas na resolução do projeto, a configuração de layouts com grau de complexidade adequada, a investigação de questões formais, construtivas e o trato das relações entre a edificação, o espaço exterior imediato e o entorno urbano. O conhecimento empírico do programa doméstico, seus equipamentos e disposição usual, é um aspecto favorável.

PLANTA BAIXA


A casa foi implantada em «L», ocupando todo o perímetro de contato com a rua, preservando toda área de pátio e jardim interna à edicação, onde foi inserida a piscina e para onde se voltam os dormitórios, o estar e a área de churrasqueira e varanda. A relação com a rua, porém, não foi ignorada, a partir do momento em que o gabinete, o estar e a copa se voltam para um jardim lateral que faz contato com a calçada, separado desta por meio de tela e cerca viva, criando um ambiente com sensação de refúgio, contrapondo-se à sensação de enclausuramento e insegurança excessivos das cidades de hoje.


Com dois blocos claramente separados por funções, a área intima é voltada para nordeste, aproveitando a insolação amena da manhã. A área de estar está localizada bloco oposto, no vértice do grande «L», onde uma grande porta-janela em angulo faz o contato generoso com a varanda e em seguida, com a área externa. Na fachada, o tijolo aparece como elemento de vedação nas extremidades dos blocos, como lâmina, que secciona e ao mesmo tempo interrompe um volume «infintito»; a janela quadrada, como uma escotilha, em destaque, quebra a monotonia do grande pano branco.



Área de vivência no Parque das Serpentes 2012


A Artista plástica Cláudia Sperb mantém um sítio-parque-ateliê denominado Parque das Serpentes Encantadas, em Morro Reuter. O local, além dessas funções, é o local de moradia da artista, além de oferecer hospedagem, como uma pousada, para visitantes, hóspedes, passantes, curiosos. Diante desse quadro, deveria surgir um programa de necessidades, e, consequentemente, um projeto que se adequasse à realidade do local, ou seja, deveria vir a contribuir com o conjunto existente, seja de forma prática - quartos, áreas de vivência para servir à função de hospedaria -, seja de forma artística - escultura, mosaicos, intervenção-ou ainda um rearranjo das edificações e funções existentes que viesse a suprir alguma necessidade da artista.


O terreno é localizado no alto de um morro, com grande altitude e visuais impressionantes, ao mesmo tempo, desafiador, pois a topografia é muito acidentada. Orientados pelo professor, deveria ser utilizada a técnica de «collage» durante o processo, desde investigação até o desenvolvimento do projeto. A «collage» consiste em posicionar-se em um ponto fixo, e tirar inúmeras fotos, girando 360 graus, sobre o mesmo ponto. Depois do registro fotográfico, essas fotos deveriam ser unidas, em forma de mandala. Essa técnica nos dá diversas perspectivas e modos de ver um mesmo local ou objeto, abre o horizonte.



IMPLANTAÇÃO


COBERTURA

PLANTA BAIXA


O espaço de convivência foi idealizado dentro do contexto de funcionamento e utilização do parque. Ao mesmo tempo em que proporciona a liberdade de trabalho à artista, no momento em que é retirada a área de refeições do espaço onde funciona o ateliê, estimula as relações entre os usuários do parque e hóspedes da pousada, gerando uma interação benéfica a todos, envolvendo-os no ambiente do parque, da artista, da cultura, enfim, que habita o parque de muitas maneiras distintas. Levando em conta o número de quartos e suas capacidades, esse espaço foi concebido para uso múltiplo e confortável de até 12 pessoas, porém, não foi esquecido o espírito acolhedor da Cláudia: pode-se receber alguns visitantes extras com pequenos rearranjos do espaço.


É baseado na idéia da união em torno do fogão, mas não somente da comida, mas de todo o ritual que envolve essa necessidade humana. A mesma lenha que alimenta o fogo para o preparo dos alimentos também fornece calor ao ambiente, tornando-o muito aprazível e acolhedor principalmente nas épocas frias. A edificação fica incrustada na encosta, só revelando a quem chega de imediato o decktelhado, oferecido para apreciação do visual. Com a aproximação, o rasgo de vidro denuncia que ali embaixo algo acontece, convocando uma visita.




multipli CIDADE 2014


A proposta desse projeto fazia parte da programação de atividades do 3º Congresso Internacional Sustentabilidade e Habitação de Interesse Social, um concurso para estudantes de arquitetura e urbanismo. O objetivo do concurso era o desenvolvimento de propostas de reurbanização e habitação social em uma área da cidade de Porto Alegre, localizada muito próxima à zona central, onde uma ocupação irregular havia acontecido há muitos anos. Englobado nessa área, um conjunto de pavilhões tombados pelo patrimônio histórico que eram utilizados para depósito e oficinas da prefeitura municipal. O resultado final da proposta teria que contemplar a solução urbana, de habitação e a interação desses elementos com as edificações tombadas. Projeto desenvolvido em parceria com Flávia Tonietto.


IMPLANTAÇÃO 01-faixa de casas 02-unidade de saúde 03-acesso sul 04-edfiício de aptos. 05-música

06-área coberta p/ feiras 07-restaurante-escola 08-quadra de esportes 09-recreação fechada 10-biblioteca e auditório 11-creche

06 07 08 09

05

10 11

01 01

04 03 02

02


O contexto do sítio, as edificações e a ocupação de todo o quarteirão oferece alguma sugestão de ocupação: na divisa sul, uma faixa de pequenas casas operárias também inventariadas pelo patrimônio histórico, voltadas para a rua debaixo, formavam uma linha cega, de fundos de lote para a parte principal da área de intervenção. Essa linha reta de divisa serviu de eixo para uma espécie de espelhamento das antigas casas, resultando em uma faixa de casas, em três níveis, mas ainda mantendo uma certa relação de altura entre o novo e o antigo. Os três níveis são acessíveis por meio de passarelas externas, voltadas para a grande praça do conjunto. A praça, além de qualificar o espaço público para os moradores do novo empreendimento, causa um incremento na áreas públicas de lazer da região. Um imóvel que também faz parte do conjunto tombado, um antigo portão com salas contíguas, faz a conexão entre um lado e outro do quarteirão, e as salas, formam agora, uma unidade de saúde. No extremo leste do terreno, acompanhando a linha de divisa, houve uma densificação: um edifício de sete pavimentos. Além de aumentar o número de unidades oferecidas e atender a um número maior de famílias, o edifício forma uma conexão volumétrica e tipológica com a região, onde já se percebe uma renovação imobiliária que substitui as antigas residências unifamiliares por prédios de múltiplos pavimentos. Os pavilhões se tornaram biblioteca e auditório para aulas, cursos e eventos de educação e ensino, quadra poliesportiva, um restaurante-escola para qualificação profissional, um espaço de recreação infantil, espaço para aulas de múscia, além de espaço coberto para a realização de feiras. Uma nova edificação foi projetada junto à lateral do útltimo pavilhão para o funcionamento de uma creche e pré-escola para as crianças da comunidade.


A comunidade habitante dessa área é autogerida. Os moradores construíram suas próprias habitações, umas com mais condições que outras, algumas com espaços suficientes, outras nem tanto. Ao final, por menores que sejam as condições de habitabilidade, por menor que seja o atendimento dos serviços públicos à essas pessoas, suas casas tem identidade, nenhuma é igual a outra. Considerando essa característica, o projeto levou em conta o tamanho das famílias locais, após visitas e conversas com as pessoas, a adaptabilidade da casa quando a família aumenta ou diminui. As unidades residenciais aqui propostas possuem de um a três dormitórios, dispostas ao longo dos três níveis, de modo que a superior tenha um terraço - a laje de cobertura da unidade do nível inferior. Esse espaço poderia, futuramente, servir de ampliação da casa, quando for necessidade da família. Essa margem, além de ter uma função prática, também oferece a possibilidade da personalização da casa. Cada pessoa ou família pode decidir o acabamento ou a cor que a sua ampliação terá, por exemplo. Portanto, ainda que vivendo em um conjunto, as unidades terão identidade, respeitando e valorizando assim a característica genuína da população que vive ali.

CORTE LONGITUDINAL DO CONJUNTO



Retrofit para um hotel 2014


Para esse exercício de projeto, foi fornecido um projeto arquitetônico de um edifício localizado em uma movimentada avenida, perto de atrativos turísticos e de fácil acesso às áreas de interesse da cidade, bem como aeroporto e acessos da cidade. O projeto deveria contemplar todas as áreas e funções típicas desse tipo de empreendimento. Uma premissa do exercício era a manutenção das características do projeto original, não por questões de valor histórico ou arquitetônico, mas sim por que o foco do trabalho era a arquitetura de interiores. Definição de espaços, fluxos, áreas comuns públicas e privativas, além da arquitetura interior dos leitos e linguagem do hotel.


TÉRREO 01-hall e recepção 02-estar 03-concierge

04-sanitários 05-lounge bar 06-restaurante 07-elevadores

02 02 01 06

05

04 03 07


O lounge bar, de funcionamento noturno, foi localizado na extremidade do térreo onde o edifício faz esquina. Cercado de vidro, a noite, se comporta como uma vitrine, para as pessoas verem e serem vistas. O restaurante, de uso contínuo e aberto ao público, apresenta cores mais abertas e maior iluminação, uma atmosfera mais descontraída. As acomodações seguem a neutralidade observada na recepção: cores neutras e frias, madeira e iluminação indireta. A marcenaria oferece apoio ao hóspede, como uma pequena área de trabalho, armário para roupas e malas, e um frigobar reservado dentro desse armário, para que não gere ruídos durante os momentos de descanso.


O perfil do cliente pensado para esse hotel é o do viajante de negócios, executivos de empresas, profissionais liberais em viagens de trabalho e hóspedes de curta duração. Com base nesse perfil, foi feito uma pesquisa de campo em hotéis da cidade, visitas técnicas para conhecer e entender o funcionamento e a dinâmica de empreendimentos desse tipo. Os ambientes apresentam materiais neutros e discretos, numa atmosfera aconchegante e intimista, a meia luz, cores neutras e frias e o uso da madeira com presença significativa.



Estação Sarandi MetrôPoA 2016



Com base na futura linha de metrô de Porto Alegre, surge a necessidade da elaboração dos projetos das estações. Na estação Sarandi, estavam previstos acessos ao subterrâneo de ambos os lados da Avenida Assis Brasil. O primeiro nível abaixo do térreo deveria possuir lojas de pequenos comércios para geração de renda para o metrô, sanitários de uso público, além de toda a infra-estrutura necessária para o bom funcionamento do serviço de transporte. Sala de geradores, sala de conferência e tesouro, espaço para funcionários, gerência, sala de segurança e enfermaria são alguns dos espaços que deveriam ser previstos nesse projeto. No nível da rua, térreo, deveria haver uma estação de pequeno porte de ônibus de linhas municipais e da região metropolitana, para que os usuários fizessem a conexão com o metrô. Na elaboração do projeto, era necessário o desenvolvimento da solução estrutural adotada, com detalhamentos a nível de pequena escala e maquetes.


A região da cidade onde essa estação foi projetada é carente de áreas de lazer públicas. A partir dessa constatação, foi elaborado um projeto de modo a contemplar a necessidade de circulação de transporte de pessoas e o incremento do espaço público disponível. O térreo foi transformado em uma praça, com espaço de estar, arborização e espaço destinado a realização de feiras comunitárias. A praça também dá apoio ao acesso principal da estação de metrô e ao terminal de ônibus.

01

04 1º SUBSOLO/MEZANINO 01-área técnica 02-bilheteria 03-acesso ao térreo/praça

02

04-acesso à estação de ônibus 05-catracas/acesso ao metrô 06-mezanino metrô 07-acesso outro lado da avenida 08-tímpanos(renovação do ar)

03

05

06 08

08

07

N


A área técnica e de apoio do metrô é ventilada e iluminada através de um pátio inglês, que se abre verticalmente para a praça. Os acessos ao metrô, dos dois lados da avenida, e o terminal de ônibus possuem coberturas em concreto aparente, linhas geométricas, conformando esculturas no espaço. A iluminação natural da estação de metrô no primeiro subsolo, se dá através de blocos translúcidos, no teto da estação, que, ao mesmo tempo, forma um caminho no piso da praça. A plataforma de embarque do metrô também possui iluminação natural, por meio de zenitais instaladas no canteiro da avenida.

PLATAFORMA DE EMBARQUE/CORTE 01-plataforma 02-linha 03-acesso ao tímpano 04-tímpanos(renovação do ar) 1

2

3

4

5

7

6

05-acesso outro lado da avenida 06-mezanino metrô 07-acesso à estação do metrô 08-terminal de ônibus 09-praça 8

9

11

10

02

12

13

15

14

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

-13,45

EQUIPAMENTOS

EQUIPAMENTOS -12,4

01

-12,4

PLATAFORMA

01

-12,4

ACESSO AO 1

16

ACESSO AO

31

03

03 -12,4

02

1

2

3

4

5

-13,45

6

7

8

9

10

11

12

13

15

14

16

17

18

19

AVENIDA ASSIS BRASIL

- 6,50m - 6,50m

01 -12,55m

-11,50m

21

22

23

08

0,0m

04

20

24

0,0m

25

26

27

07

28

29

30

31

- 6,50m

- 6,50m

01

-11,50m

-12,55m

33

09 04

06

32

05

34


CORTE 01-plataforma 02-mezanino metrô 03-catracas/acesso ao metrô 04-bilheteria

05-pátio inglês 06-área técnica 07-acesso à estação do metrô 08-terminal de ônibus 09-praça

0,0m AVENIDA ASSIS BRASIL

08

09

0,0m

0,0m

07

- 6,50m

01

-11,50m

-12,55m

01

-11,50m

02

03

- 6,50m

04

- 6,50m

06

05

06




Casa PrOA 2017


A Casa Proa é um projeto de residência unifamiliar, baseado nas regras do concurso internacional Solar Decathlon, promovido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Os principais objetivos do desenvolvimento desse projeto são: sustentabilidade, pré-fabricação, modulação e eficiência energética. Através do uso de painéis fotovoltaicos, a demanda de energia elétrica da casa deve ser totalmente suprida pela produção dessas placas. O sistema de aquecimento de água também deve ser realizado por meio da luz solar, e, a água da chuva deve ser coletada para o uso não-potável. Além disso, estratégias de aquecimento e ventilação passivas e ativas também devem ser propostas. Os edifícios projetados para o concurso, devem ser montados e desmontados no período máximo de uma semana, portanto, o uso de elementos e componentes pré-moldados é uma premissa nesse tipo de projeto.


A escolha do conceito, baseia-se em dois pontos importantes que nortearam o partido: o primeiro foi um estudo histórico, na qual buscou-se um símbolo importante que relacionasse com a localização do projeto, e ao mesmo tempo pudesse reviver a signicativa importância que o Cais de Porto Alegre mantinha com a cidade, e consequentemente com o Guaíba. O segundo ponto é a forma apresentada pelo terreno, com linhas geométricas e uma forma triangular condicionou a equipe estudos que pudessem abarcar essas particularidades. O barco foi usado como ponto de partida para a pesquisa, mas a proa acabou sendo adotada como elemento nal, pois além de ser um componente importante ela apresenta boa adaptação com a forma do terreno. Outros elementos do barco também foram adotados como condicionantes secundárias, tais como: a circulação paralela, o guarda corpo, a materialidade e as visuais.


PLANTA BAIXA 01-rampa de acesso 02-hall 03-cozinha e jantar 04-estar 05-deck

06-circulação externa 07-banheiro 08-dormitório 09-abrigo automóvel 10-armário técnico

06

09 08

07

03

04

05

10 02 01


CORTE LONGITUDINAL 01-deck 02-estar 03-cozinha e jantar 04-banheiro 05-dormitรณrio 06-abrigo automรณvel

FREE DOWNLOAD @ REVITCARS.COM

01

02

03

04

05

06


CORTE TRANSVERSAL 01-circulação externa 02-banheiro 03-hall 04-rampa de acesso 05-cozinha e jantar

01

02

03

04

04

05

01


sequência de montagem dos módulos na fábrica


Os três módulos que compõem a estrutura central da casa são compostos por perfis estruturais de madeira. Os módulos das extremidades - um em cada extremidade - possuem a cobertura com estrutura metálica afim de suportar as cargas decorrentes dos balanços, tanto no abrigo do automóvel, quanto na cobertura do deck, junto ao estar. As paredes e o piso também utilizam estruturas em madeira. Sob o piso de madeira, existe uma estrutura formada por perfis metálicos tipo H, que são conectados à fundação.


PRODUÇÃO 8000,22kWh/ano 60 placas fotovoltáicas 21% eciência 91% aproveitamento

100%

DEMANDA 7373,05kWh/ano eletrodomésticos eletrônicos ar-condicionado bombas d’água

91%

Toda a demanda de energia elétrica da casa é atendida pela produção do conjunto das placas fotovoltáicas instaladas. O excedente entre a produção e o consumo chega a aproximadamente 600 kWh/ano, ou seja, a produção supera em 9% o consumo. A rede elétrica da casa é conectada também à rede de distribuição pública da concessionária de energia; assim, quando há produção além do consumo, o excedente pode ser retornado à rede pública. Ainda, em caso de longos períodos nublados ou com sol insuficiente para a geração de energia através das placas, a casa não fica sem energia, pois será abastecida pela rede pública.

FACHADA NORTE

CD

REDE PÚBLICA DE ENERGIA

PAINEL FOTOVOLTÁICO

MICROINVERSOR

PAINEL FOTOVOLTÁICO

MICROINVERSOR

CONSUMO INTERNO


REDE DE ÁGUA PÚBLICA

BANHEIRO

RESERVATÓRIO 01 500L

RESERVATÓRIO 02 500L

O sistema hidráulico é composto por reservatórios localizados sob a casa e são acessados através de alçapões no abrigo do automóvel. O reservatório de água quente foi instalado no armário técnico, juntamente com todos os comandos de controle do ar condicionado, piso radiante e dispositivos do sistema elétrico. A distribuição dos sistemas a partir do armário para os pontos de consumo da casa se dá através da parede técnica - a única parede longitudinal no interior da casa. Essa parede concentra as redes elétrica e de abastecimento de água.

FACHADA SUL

CONSUMO NÃO-POTÁVEL

CONSUMO POTÁVEL

HALL

AQUECIMENTO 300L

PISO RADIANTE

FILTRO

CALHA PLUVIAL

CONSUMO POTÁVEL

ÁGUA CINZA ÁGUA NEGRA

ÁGUA CINZA ÁGUA NEGRA

REDE PÚBLICA DE ESGOTO




Casa de chรก 2018


A casa de chá compõe parte importante e significativa da arquitetura tradicional japonesa: a arquitetura do chá. Os aspectos relativos ao ambiente, à cerimônia e a apreciação do chá são conhecidos como ‘sukiya’. A sociedade japonesa, bastante conhecida pelo alto desenvolvimento tecnológico e cidades repletas de luzes, também preserva muito da cultura milenar da antiguidade, e isso se reflete fortemente no ritual do chá. O ambiente, os elementos presentes na sala do chá, a sequência de preparação e consumo são cuidadosamente observados e repetidos. Portanto, o processo de criação dessa casa de chá começa no reconhecimento das diversas nuances da cultura, na interação com as pessoas, no entendimento de como as pessoas se expressam, seus valores e principalmente os costumes. Esse projeto resulta da interação entre as culturas brasileira e nipônica, com elementos e costumes bem característicos e distintos. Aqui, nesse projeto, ambas estão representadas e unidas através da arquitetura que preserva e destaca as respectivas características.


opostos japão Chá Sombra Silêncio Sons da água Sons da natureza Omotenashi (hospitalidade)

yaL noohK naG yb detaerC tcejorP nuoN eht morf

brasil Café Sol Conversa Sons das pessoas Música Encontros na cozinha


como conectar? referência formal

sítio N

operação formal

brasil

japão

N


A

B

yaL noohK naG yb detaerC tcejorP nuoN eht morf

Corte A-A A

B

Muito presente na arquitetura japonesa, a natureza é um elemento de composição importante nos ambientes. Para que a fruição do ambiente natural aconteça de maneira harmoniosa entre o exterior e o interior das edificações, alguns elementos arquitetônicos são fundamentais. Dentre esses, o ‘engawa’. Tradicionalmente o engawa é uma extensão do piso interior, que serve para a fruição e contemplação do ambiente externo. Análogo à uma varanda, o engawa é alto do chão, coberto, com o perímetro aberto. Geralmente, junto ao engawa, existe um ‘roji’, um jardim para apreciação que contribui com a atmosfera bucólica da cerimônia do chá.


yaL noohK naG yb detaerC tcejorP nuoN eht morf

Corte B-B

O ‘roji’ é o jardim através do qual se chega na casa de chá. Uma vez atravessado e já dentro da casa, o roji serve de pano de fundo e cenário para a cerimônia de preparação e consumo do ‘matchá’. Através das grandes portas e janelas da casa - shoji -, o roji é integrado visualmente ao ambiente interno. Essas aberturas são tradicionalmente vedadas com o papel de arroz, chamado ‘washi’, que é um elemento opaco. Portanto, na cerimônia do chá, as janelas e portas devem estar abertas para que haja o contato visual da natureza, assim como os sons do ambiente externo também se tornem presentes.




Praรงa da Vรกrzea 2018


Esse projeto foi desenvolvido para a conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, baseado no tema do uso misto, conciliando num mesmo espaço unidades de moradia, lojas e serviços, escritórios e um mercado gastronômico. A diversidade de usos propicia circulação de pessoas em diversos períodos do dia, o que gera uma animação para além dos horários tradicionais de comércio ou movimento de moradores saindo ou chegando para suas rotinas de trabalho. O projeto pode maximizar exponencialmente o aproveitamento desse lote, além de contribuir para a vivacidade urbana dessa região da cidade e oferecer um espaço público que incentive as pessoas no sentido de pertencimento da vida urbana. Localizado junto ao Parque da Redenção e à Avenida José Bonifácio, onde ocorre tradicionalmente aos sábados a feira ecológica, o projeto tira partido dessa força de atração local para definir as atividades públicas do conjunto. Nesse ponto da avenida, seu caráter é predominantemente residencial, e a sua fronteira com o parque não oferece atividades que atraiam grande público. Dentro desse contexto, atividades propostas se alimentam do movimento e das atividades locais aos finais de semana, e durante a semana, a dinâmica do conjunto mantêm a circulação e a atração de pessoas para essa área, extendendo a animação que a avenida tem em direção ao bairro Bom Fim.


TÉRREO 01-acesso residencial 02-lojas 03-cinema 04-acesso escritórios

05-sanitários 06-mercado 07-praça 08-circulação coberta

01

02

02

02

02

03

04

05

02

02

02

08

06

07 02

02

02

02

02


A praça se abre para o lado mais movimentado do terreno, junto a avenida com grande fluxo de veículos e prédios de comércio. Nesse cenário, a grande abertura se torna um refúgio aos pedestres, com área de permanência, vitrines de lojas e um cinema. Na parte aberta e livre da praça, o espaço pode comportar eventos públicos e manifestações culturais. Um eixo central demarcado pela diferença de cor do pavimento indica a passagem de um lado a outro do terreno. Sai da avenida movimentada de um lado e chega ao Parque Farroupilha na ponta extrema.


CORTE LONGITUDINAL / FACHADA 01-praça 02-passagem coberta 03-mercado gastronômico 04-escritórios 05-cobertura mercado / horta

05 04 04 01

02

03


Na volumetria geral, a transição entre as funções públicas e o edifício de apartamentos se faz através de um pavimento em parte vazado, em parte com a fachada recuada. Esse pavimento de transição concentra um terraço, com espaço aberto e espaço coberto, academia e salão de festas de uso condominial. No plano de fachada principal do conjunto, cada segmento de fachada identificado por diferentes acabamentos, revela a diversidade de uso e função do projeto. As lojas no térreo se apresentam através de vitrines, recuadas do plano da fachada, conformando assim a galeria coberta ao mesmo tempo que faz um sombreamento. Os dois pavimentos imediatamente acima onde estão localizadas as salas comerciais e de escritórios, têm uma proteção solar através de brises metálicos, que confere certo grau de privacidade aos usuários. Por fim, os apartamentos são equipados com painéis adequados ao isolamento térmico, que deslizam sobre trilhos e podem controlar a luminosidade e ruídos dentro das unidades. As floreiras, confeccionadas como caixas metálicas, abrigam o equipamento externo ar condicionado.


SEGUNDO NÍVEL 01-salas / escritórios 02-sala multiuso 03-passagem coberta (térreo) 04-cozinha 05-mercado / restaurante

01

01

01

01

01

02

04

03 02 02

05


Voltado para o parque, o térreo do mercado é uma extensão da calçada, convida o pedestre a adentrar e usufruir do seu espaço. Aos finais de semana, quando acontece a feira ecológica, as duas atividades se complementam, pois a idéia é que os próprios feirantes, que são agricultores ecológicos, abasteçam o mercado com seus produtos. A grande sacada no terceiro nível do mercado oferece um ambiente na altura da copas das árvores, com vista privilegiada do parque e do movimento da avenida, ao mesmo tempo que é uma área de refeições do restaurante que funciona junto ao mercado gastronômico. A grande vitrine que é a fachada do mercado, traz o verde do parque e das árvores da avenida para dentro do mercado e dá uma animação a quem observa o movimento pelo lado de fora.





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.