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A Ordem Social Aprovada por Deus
from Desafio Final
Qualquer estudante atencioso das Escrituras pode perceber que ainda não inventaram uma ordem social melhor do que aquela recomendada por Deus, a qual, diga-se de passagem, não coincide na sua totalidade com o modelo capitalista vigente na maioria dos países, muito menos tem similaridade com o modelo socialista (ou comunista) apregoado por muitos.
O socialismo (ou comunismo) derivado de Karl Marx, em sua essência é coletivista,315 e constrói uma visão de mundo derivada do materialismo dialético,316 filosofia que exclui totalmente Deus e Sua Palavra como base da realidade última.
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Atualmente, a religião marxista tem sido a ordem social ideal defendida por muitos intelectuais do mundo acadêmico, pelos meios de comunicação, e pelas massas ao redor do mundo. Todos, ignorantes ou não, do seu caráter revolucionário, 317 que milita contra a conduta veraz e pacífica defendida por Jesus Cristo.
Em parte é até compreensível essa alta popularidade da religião marxista, dada a injustiça social presente em diversos lugares ao redor do mundo. Porém, há múltiplas e complexas razões para essas ―injustiças‖ e como a popularidade e a verdade quase nunca andam de mãos dadas, só porque uma ideia alcance popularidade não significa por isso que seja isenta de equívocos. Até porque onde o socialismo (ou comunismo) foi levado às suas últimas consequências, o resultado foi aterrorizante.
―Não é plano de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes sociais jamais deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que caracteriza nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e desenvolver o caráter [pela solidariedade]. Muitos têm insistido com grande entusiasmo em que todos os homens devem ter parte igual nas bençãos temporais de Deus [ou seja, comunismo]; não era
315 http://livre-pensamento.blogspot.com.br/2005/01/liberalismo-para-leigos-lio-2-tica.html . Visitado em 05/Out/2015. 316 http://minutoprofetico.blogspot.com.br/2008/10/vises-de-mundo-parte-1.html . Visitado em 05/Out/2015. 317 Segundo o filósofo Olavo de Carvalho, a mente revolucionária se caracteriza por uma visão invertida do mundo. 1- Inversão de percepção do tempo: enquanto pessoas normais veem o passado como algo imutável e o futuro como algo ainda a ser definido, revolucionários têm um projeto de futuro na mente e acham que o passado pode ser reescrito ou reinterpretado para acomodar seu projeto. 2- Inversão da moral: os revolucionários consideram que trabalham para um projeto de futuro utópico e perfeito e, portanto, suas ações hoje são perfeitamente justificadas por esse projeto (Os fins justificam os meios). 3- Inversão de sujeito e objeto: se o revolucionário mata alguém que se opõem a ele, a culpa é do opositor que não seguiu o caminho
certo, ou seja, o da revolução. http://laiglesforum.com/olavo-de-carvalho-on-the-revolutionarymind/305.htm . Visitado em 05/Out/2015.
este, porém, o propósito do Criador. Cristo afirmou que sempre teremos conosco os pobres‖ . 318 (Dt 15:11; Mt 26:11).
Por outro lado, se o modelo social capitalista defende corretamente a vida, a liberdade e a propriedade, percebe-se claramente também que, atualmente, ele possui limitações comprometedoras. Dentre elas, podemos mencionar:
* Não há nenhum limite ao acúmulo de posses ou riqueza e consequentemente de poder por parte dos mais ambiciosos. O que de certa forma contraria o princípio bíblico: ―Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos‖. (Lv 25:23). A falta de limites à ganância humana abre caminho a outros males como, por exemplo, à corrupção.
* Não há impedimento algum à prática da usura e opressão econômica: ―Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a seu Deus; porque eu sou o Senhor vosso Deus‖. (Lv 25:17). Os juros excessivos cobrados por empréstimos pelos bancos e agências de crédito alimentam um sistema opressor, porque fazem dos devedores verdadeiros escravos do sistema. ―O que toma emprestado é servo do que empresta‖. (Pv 22:7). Desnecessário é dizer que Deus abomina essa prática: ―[Se] emprestar com usura e receber juros, porventura viverá? Não viverá‖. (Ez 18:13).
* O sistema financeiro mundial muitas vezes escraviza os devedores levando-os à falência sem dar-lhes a oportunidade do perdão dessas dívidas. O ano da remissão ou ano sabático (cada 7 anos), e o ano do jubileu (cada 50 anos) eram oportunidades de cancelamento de dívidas possibilitando o recomeço dos pobres devedores na economia judaica (Lv 25).
Enfim, a ordem social hebraica defendia a vida, a propriedade e a liberdade com responsabilidade. E embora admitisse determinadas desigualdades, nunca se chegava a extremos porque havia limites à ganância de alguns. Por exemplo, as propriedades compradas podiam ser usadas pelo comprador no máximo até o próximo ano jubileu (cada 50 anos), quando então deviam retornar para seus donos originais ou herdeiros, garantindo certo equilíbrio na economia para as gerações seguintes. E mesmo a prática da solidariedade possuía um papel educativo, porque não abria mão da responsabilidade daquele que era ajudado. Pela lei, os donos de terra ao realizarem suas colheitas, não deveriam voltar para recolher aquilo que havia ficado para trás, mas sim deixar para os marginalizados (órfãos, viúvas, pobres), os quais deviam por si mesmos ir buscar o que foi deixado para trás nos campos. Portanto, enquanto os homens não se voltarem para os princípios da Palavra de Deus jamais haverá uma ordem social digna ou justa.
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318 EGW, Conselhos sobre Saúde, p. 230.
319 http://www.ellenwhitebooks.com/livro/index/31/183/200/auxilio-aos-desempregados-e-aosdestituidos-de-lar ; http://www.ellenwhitebooks.com/livro/index/2/530/536/o-cuidado-de-deuspara-com-os-pobres . Visitados em 05/Out/2015.
―Os que seguram as rédeas do governo são incapazes de resolver o problema da pobreza, do pauperismo, e do crime crescente... Dessem os homens mais atenção aos ensinos da Palavra de Deus, e encontrariam uma solução a esses problemas que os desconcertam. Muito se poderia aprender do Antigo Testamento quanto à questão do trabalho e do alívio aos pobres‖ .
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320 EGW, A Ciência do Bom Viver, p.183.