ÍNDICE 1. Pílula 2. Métodos hormonais injetáveis 3. Implantes transdérmicos 4. Adesivos cutâneos 5. Anel vaginal 6. Espermicidas
PÍLULA
As pílulas são pequenos comprimidos ingeridos diariamente por via oral durante 21 dias consecutivos, sempre à mesma hora, seguindo-se um intervalo de 7 dias para surgir a menstruação.
São constituídas por hormonas semelhantes às produzidas pelo organismo feminino no ovário (progesterona e estrogénio) com o objetivo de impedir a ovulação. Aumentam a espessura do muco do colo do útero e diminuem a espessura do endométrio.
PÍLULA o Conhecem-se
dois tipos de pílula: a pílula combinada (com hormonas sexuais sintéticas de progesterona e estrogénio a minipílula (apenas com hormonas sexuais sintéticas de progesterona).
PÍLULA Vantagens:
Muito eficaz como método contracetivo (o risco de gravidez é de cerca de 0,1%); Reduz as dores menstruais, diminui o fluxo menstrual e regula o ciclo menstrual; Reduz o risco de quistos do ovário, gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica e cancro do ovário e útero; Diminui os pelos, a oleosidade da pele e o acne; Não interfere com a relação sexual.
PÍLULA Desvantagens:
Exige a toma diária; Não previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis; Contra indicado em mulheres com mais de 35 anos, fumadoras, gravidez, história de AVC s e outras; Pode provocar efeitos secundários tais como: hipertensão arterial, enxaquecas, náuseas, vómitos, varizes, alteração de peso, inchaço e manchas faciais; Pode interferir com outros medicamentos, nomeadamente os antibióticos que reduzem a eficácia da pílula; Pode interferir com o desejo sexual.
MÉTODOS HORMONAIS INJETÁVEIS
Os anticoncecionais injetáveis são constituídos também por hormonas semelhantes às produzidas pelo ovário, que vão sendo libertadas de forma progressiva e têm um efeito de cerca de 1 ou 3 meses, impedindo a ovulação. As injeções administram-se mensal ou trimestralmente por um médico via intramuscular nas nádegas ou braços.
MÉTODOS HORMONAIS INJETÁVEIS Vantagens:
Muito eficaz como método contracetivo (98.5%); Se for administrado nos primeiros 5 dias da menstruação é eficaz de imediato; Duração prolongada; Não exige cuidados diários; Diminui o risco de gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica e cancro do endométrio; Reduz as perdas de sangue menstruais; Seguro após o parto e amamentação, podendo até melhorar a qualidade do aleitamento.
MÉTODOS HORMONAIS INJETÁVEIS Desvantagens:
Pode alterar o ciclo menstrual; A fertilidade só volta 6 a 24 meses após a última injeção; Não previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis; Se a quantidade de hormonas for muito grande pode provocas aumento da circulação sanguínea; Podem surgir efeitos secundários como enxaquecas, aumento do peso, queda de cabelo ou outros; Não deve ser administrado a mulheres com mais de 35 anos e fumadoras.
IMPLANTES TRANSDÉRMICOS
Os implantes transdérmicos são dispositivos com a forma de uma pequena vareta e do tamanho de um fósforo, colocados por um médico ao nível subcutâneo habitualmente no braço. Libertam hormonas progestativas que impedem a ovulação. O seu efeito dura aproximadamente 3 anos.
IMPLANTES TRANSDÉRMICOS Vantagens:
Método prático e de longa duração; Se for administrado nos primeiros 5 dias da menstruação é eficaz de imediato; A fertilidade volta logo que é removido; Prático e indolor; Não interfere com a relação sexual; Melhora as dores menstruais; Não tem os efeitos secundários dos estrogénios; Seguro após o parto e amamentação.
IMPLANTES TRANSDÉRMICOS Desvantagens:
Pode alterar o ciclo menstrual; Não previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis; Tem de ser colocado e retirado por um médico; Dispendioso.
ADESIVOS CUTÂNEOS Os adesivos cutâneos libertam numa dose diária hormonas semelhantes às produzidas pelos ovários, através da pele para a corrente sanguínea, impedindo a ovulação. São aplicados na pele limpa e seca das nádegas, peito, abdómen ou antebraços. Colocam-se semanalmente durante 3 semanas consecutivas e descansa-se na 4ª semana para surgir a menstruação. Devem ser substituídos sempre no mesmo dia da semana.
ADESIVOS CUTÂNEOS Vantagens:
Elevada eficácia (98.5%); Não carece de motivação diária; Fácil utilização, prático e indolor; Não interfere com a relação sexual; Há retorno imediato à fertilidade após ser removido; Proteção com um prazo alargado.
ADESIVOS CUTÂNEOS Desvantagens:
Exige algum controlo do tempo que é usado; Não previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Contra indicado em mulheres que não possam fazer estrógenos.
ANEL VAGINAL
O anel vaginal é uma estrutura em plástico, flexível, suave, transparente e com 5 cm de diâmetro, introduzido dentro da vagina pela mulher e que liberta uma pequena quantidade de progesterona e estrogénios durante 21 dias. É substituído todos os meses no primeiro dia da menstruação e retirado ao fim de 21 dias.
ANEL VAGINAL Vantagens:
Elevada eficácia; Não é necessário tomas diárias; Fácil utilização; Poucos efeitos secundários; Reversível, retomando-se a fertilidade logo após a remoção do anel; Não interfere com a relação sexual.
ANEL VAGINAL Desvantagens:
Irregularidades menstruais; Não previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis; Pode ser desconfortável para algumas mulheres.
ESPERMICIDAS
Os espermicidas são constituídos por substâncias químicas que imobilizam ou destroem a membrana dos espermatozoides, impedindo a fecundação. Apresentamse sob a forma de cremes, espumas, sprays, geleias ou comprimidos.
ESPERMICIDAS
Devem ser colocados 20 minutos antes da relação sexual, dentro da vagina com os dedos ou aplicador. O seu uso é potenciado se for utilizado simultaneamente com o preservativo ou diafragma. Há inclusive preservativos que contém espermicidas.
ESPERMICIDAS Vantagens:
Poucos efeitos secundários; Destroem os espermatozoides.
ESPERMICIDAS Desvantagens:
Interfere com a relação sexual; Pouco eficaz se usado isoladamente; Protege por pouco tempo; Não evita as doenças sexualmente transmissíveis: Aumenta o risco de infeção por HIV; Podem causar irritação na vagina ou pénis ou reações alérgicas; Cada espermicida tem uma utilização diferente.
BIBLIOGRAFIA OAKLEY, P. Choices of Contraception. CurrentObstetrics and Ginecology v.14, p.68-71, 2004.SHUFELT, C.L.; MERZ, N.B SPENCER, A.L.; BONNEMA, R.; MCNAMARA,M.C. Helping Women Choose Appropriate Hor-monal Contraception: Update on Risks, Ben- ets, and Indications. The American Journal of Medicine v.122, p.497-506, 2009 Maria de Lourdes Caltabiano Magalhรฃes; Francisco das Chagas Medeiros Paulla Vasconcelos Valente; Luciano Silveira Pinheiro; Ginecologia baseada em problemas p 337-344 Trabalho realizado por: -Catarina Carvalho nยบ4 -Ester Costa nยบ -Mariana Sousa nยบ14