MarJos - Centro de Musicoterapia para Crianças Autistas

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MarJos Centro de Musicoterapia para crianças autistas

Elías da Silva Paixão


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO ARQUITETURA E URBANISMO

MARJOS CENTRO DE MUSICOTERAPIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS ELÍAS DA SILVA PAIXÃO

Monografia apresentada para obtenção do título em nível de Graduação de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, sob orientação da Professora Ma. Catherine D’Andrea

RIBEIRÃO PRETO 2020 2


Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 P149m Paixão, Elías da Silva. MarJos – Centro de Musicoterapia para Crianças Autistas / Elías da Silva Paixão. – Ribeirão Preto, 2020. 94 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do(a) Prof(a). Ma. Catherine D' Andrea. 1. MarJos. 2. Autismo. 3. Musicoterapia. 4. Altruísmo. I. Título. II. D' Andrea, Catherine.

CDD 720

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Elías da Silva Paixão MarJos - Centro de Musicoterapia para Crianças Autistas

Trabalho final de graduação, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estácio de Sá, como parte dos requisitos necessários a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista Aprovado em 10 de dezembro de 2020. _____________________________________________________

Orientadora: Catherine D'Andrea _____________________________________________________ Professor Convidado: Alexandra Marinelli _____________________________________________________ Professor Convidado: Viviane Carolina Cantarino Mazarini

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Dedico, esse projeto aos meus avós, Dona Maura e o Seu Zé (Maronita e José Inácio) que com carinho, e muita saudade, possam saber, de onde estiverem, que são minhas joias preciosas, sinto muito por não poder abraçar vocês nesse momento de conquista que vivo. O MarJos é por vocês. Obrigado por me ensinarem o que é amor, e por me conceder a maravilhosa família que tenho. Sinto Saudades. Vô, seu violão testa na capa, e só ele. Vó, coloquei uma imagem de Nossa Senhora Aparecida na recepção, em sua homenagem 5


Agradeço, primeiramente a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, os dois sempre me mostraram caminhos, me guiaram, e se não fosse meu imenso amor, para com os dois, talvez nem em mim mesmo acreditaria. Agradeço a minha mãe, Verônica, mais conhecida como Vera, pela paciência, pela educação, pelo carinho, por estar sempre ao meu lado, por nunca me abandonar, e por fazer vários jantares pra mim, mesmo sabendo que eu chegaria esgotado da faculdade, e acabaria dormindo, e não jantan-

do; mãe, obrigado por nunca desistir de mim. Agradeço a minha irmã Elizangela, que em tantos momentos de desistência, me encorajava com mensagens simples, como, por estar orgulhosa, sobre o tio que sou para os 3 presentes que ela já nos deu, Ana Clara, Stefani e Inácio, esse projeto é pra vocês também, tio ama muito vocês. A Katy, que chegou na hora certa na minha vida, me dando ainda mais responsabilidade, me salvando, me tirando de uma depressão, e me enchendo de lambeijos todos os dias. Não posso deixar de agradecer também a minha amiga de início de arquitetura, Camila Araújo, que mesmo estando a quilômetros de distancia, se propôs a me ajudar, nessa reta final. Na faculdade criamos laços, vínculos, e até irmandades, de tão próximos que ficamos, e por ajudarmos, encorajarmos, e por permanecemos no pé um do outro; por isso, agradeço aos meus amigos, Isabella Camporezi, Marcos Rezende, Natacha Cacita, Samantha Ribeiro e Simone Bota, sem vocês, eu teria desistido, eu teria chorado, e não secado as lágrimas; sem vocês, não chegaria onde todos estamos. A TODOS 6


RESUMO

O presente trabalho irá tratar o conjunto musicoterapia e autismo. Temas que conjuntamente, são pouco vistos, ou até trabalhados. O Objetivo é um centro de musicoterapia para autistas. Com especialidade em crianças, mas que poderá abranger a todas as idades. Para a produção foram utilizados sites, livros, revistas, jornais e até entrevistas (que encontram-se no item 'anexo'). Em uma conclusão sucinta, são dispostos os programas necessários, os atendimentos, a forma, e atendendo a demanda necessária imposta pelos entrevistas, como forma de indicações. No projeto poderemos verificar as minuciosas necessidades para um bom atendimento voltado para o desenvolvimento do projeto. Palavras-chave: Autismo; Musicoterapia, Altruísmo

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Sumário 1.

INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................................................09 TEMA/DELIMITAÇÃO DO TEMA...........................................................................................................................................................10 PROBLEMAS..............................................................................................................................................................................................10 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................................................................................10 OBJETIVO GERAL....................................................................................................................................................................................11 METODOLOGIA........................................................................................................................................................................................11

2.

REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................................................................................................................12 MUSICOTERAPIA.....................................................................................................................................................................................12 AUTISMO....................................................................................................................................................................................................16 ARQUITETURA, AUTISMO E MUSICOTERAPIA................................................................................................................................26

3.

REFERENCIA PROJETUAL........................................................................................................................................................................30 ESCOLA E CENTRO RECREACIONAL DE ELVEN..............................................................................................................................31 ESCOLA PRIMÁRIA BEN FRANKLIN....................................................................................................................................................38 JARDIM DE INFÂNCIA E CRECHE KM.................................................................................................................................................51

4.

DIRETRIZ DE PROJETUAL........................................................................................................................................................................56 LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO./ESTUDO PRELIMINAR...........................................................................................................60 PROJETO....................................................................................................................................................................................................77

5.

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................................................................85 ANEXOS....................................................................................................................................................................................................89

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INTRODUÇÃO

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1.

INTRODUÇÃO TEMA/DELIMITAÇÃO DO TEMA MarJos - Centro de Musicoterapia para crianças autistas Área do Projeto: Educação e Saúde Objetivo do Projeto: Centro de musicoterapia para crianças autistas Local: Rua Américo Brasiliense, 429 - Centro, Ribeirão Preto PROBLEMAS O transtorno do espectro autista (TEA) limita a capacidade de um indivíduo perante a sociedade. Influenciando negativamente em con-

quistas pessoas e profissionais. Enquanto alguns indivíduos com TEA, tem a capacidade de viver independente, outros possuem incapacidade e necessitam até de cuidados ao longo da vida. Os cuidados com os TEA, podem exigir uma carga emocional e financeira muito grande. O acesso ao cuido, atendimento e tratamento, pode ser difícil. Logo, o cuidado de profissionais qualificados, passa, a cada dia ser ainda mais necessário no caso de crianças e adolescentes nessas condições. JUSTIFICATIVA Através de relatos de pais, que possuem filhos dentro do espectro autista, pude notar a necessidade de cuidados especiais que são necessários. Mesmo com a inclusão em escolas que não são voltadas diretamente a esse cuidado, a instituição exige dos genitores, um cuidador privado ao aluno. Por este motivo, o centro atenderia a demanda de crianças autistas, afim de que não haja uma necessidade especifica apenas; mas sim, profissionais inteiramente voltados a área. 10


OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS)

1.4.1 Objetivo Geral: Projetar um centro de atendimento para crianças autistas, especializado em musicoterapia, como prática de prevenção ou reabilitação do bem-estar. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: •

Viabilizar o espaço, voltando o mesmo a educação, saúde e bem estar.

Projetar um espaço que atenda às necessidades, de acesso, de atendimento, para crianças com TEA.

Organizar espaços para atendimentos emergenciais, atendimentos específicos, qualificados; área de entretenimento e área de recreação.

Propor ambientes de atendimentos públicos e privados, individuais. METODOLOGIA:

Para um aperfeiçoamento, há a necessidade de seguir algumas etapas:

Leitura de textos, artigos, e livros, que relatam sobre o autismo

Leitura de textos, artigos, e livros, que relatam sobre a musicoterapia

Análise em um todo, da área de intervenção e seu entorno

Pesquisas e conversas com profissionais da área de musicoterapia, para análise das necessidades de uma criança com TEA

Interpretação da acessibilidade ao local, para todas as pessoas, visando a utilização do transporte público, ou não.

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REFERENCIAL TEÓRICO

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2.

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITOS: 2.1.1 MUSICOTERAPIA “Musicoterapia é a utilização profissional da música e seus elementos, para a intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais , Intelectual, espiritual e de saúde e bem estar. Investigação, a educação, a prática e o ensino clínico em Musicoterapia são baseados em padrões profissionais de acordo com contextos culturais, sociais e políticos”. (PASSARINI, 2013, p. 01).

Em GUIA DO ESTUDANTE (2012), a musicoterapia utiliza da música, som, ritmo, melodia e harmonia, para uma melhora física, mental e social de um indivíduo. Através de instrumentos musicais, canto e ruídos, trata pessoas com distúrbio de fala, audição, ou deficiência mental Segundo Biernath (2019), não há dúvidas de que a música possui impacto nas emoções, no comportamento e até na saúde. Quando tocamos um instrumento ou ouvimos uma música, diversas, são as áreas do cérebro instigadas Como estudos, relatos e informações comprovam, em diversas áreas de pesquisa, através da música, podemos obter respostas positivas para cada tipo específico de transtorno.

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A musicoterapia é um campo da ciência que estuda o ser humano, suas manifestações sonoras e os fenômenos que decorrerem da interação entre as pessoas e a música, o som e seus elementos: timbre, altura, intensidade e duração. No âmbito das investigações científicas os estu-

dos dedicam-se a compreender as funções, usos e significados que as pessoas atribuem aos sons, músicas, ritmos, silêncios e outros parâmetros sonoro-musicais que permeiam suas vidas. Por esta ótica, pode-se inserir essa prática em escolas, clínicas, hospitais gerais, psiquiátricos, empresas, instituições de cunho socioeducativo, como também em associações ou outros agrupamentos de pessoas, assim como em programas de atenção à saúde de crianças, jovens, adultos e idosos. (CUNHA & VOLPI, 2008). MUSICOTERAPIA NA ÁREA EDUCACIONAL Na área educacional, a musicoterapia pode ser inserida tanto em ensino especial quanto regular. Relatos de pais informaram que melhorias ocorreram em diversas questões pessoais dos alunos, desde concentração, desenvolvimento, a vida afetiva e social. Onde a música, pode aproximar os alunos à cultura, enriquecendo suas vidas. (CUNHA & VOLPI, 2008).

Nas escolas de ensino especial, a musicoterapia interage com as pessoas cujo padrões se desviam dos considerados normais pela sociedade (padrões físicos, mentais, emocionais ou sociais). (CUNHA & VOLPI, 2008). A relação Musicoterapeuta e aluno, possibilita a comunicação de pensamentos e sentimentos em expressão em melodias e ritmos, diferente da expressão verbal. Desta forma, o contato com a musicoterapia, proporciona ao aluno, uma forma de poder encontrar alternativas para conferir o sentido e significado para questões individuais e coletivas. (CUNHA & VOLPI, 2008). MUSICOTERAPIA NA ÁREA HOSPITALAR No ambiente hospitalar, a musicoterapia atenderá as necessidades de pessoas que se encontram internadas, em atendimento ambulatorial, pré ou pós cirúrgicas, em coma ou em estado terminal. (CUNHA & VOLPI, 2008). 14


Independentemente do tempo de internação, as internações musicais em ambientes hospitalares, contribuem para a humanização, criando momentos de prazer e bem estar, proporcionando aos pacientes novas experiências artísticas e culturais. (CUNHA & VOLPI, 2008).

Quando pacientes entram em contato com melodias ou canções há um processo cognitivo e emocional que ativa recordações e imagens, desencadeando sentimentos. (CUNHA & VOLPI, 2008). Essa possibilidade de expressão e comunicação, colabora com um período de construção hospitalar, proporcionando aos pacientes uma sensação de acolhimento. (CUNHA & VOLPI, 2008). MUSICOTERAPIA NA ÁREA SOCIAL Na área social, a musicoterapia pode trabalhar com vários grupos sendo jovens em situação de risco, famílias, presídios, asilos, empresas, moradores de rua, também em escolas e hospitais, e outros ambientes em que a relação entre as pessoas, requeira estudo, análise ou modificação. (CUNHA & VOLPI, 2008).

Nesta questão, serão diversos profissionais incluindo Musicoterapeuta, psicólogos, antropólogos, pedagogos, médicos, dentistas, sociólogos, de outras áreas, que irão traças estratégias das necessidades e prioridades das pessoas. (CUNHA & VOLPI, 2008). Com o tratamento, a percepção de mudança ocorre em diversos aspectos, como por exemplo, mais convivência no dia-a-dia, adolescentes lidaram com suas expectativas de vida e na integração social. Tornaram a vivencia mais prazerosa e gratificante. (CUNHA & VOLPI, 2008). CONCLUSÃO EM ENTREVISTAS A MUSICOTERAPEUTAS Fora efetuado 6 entrevistas com especialistas na área de Musicoterapia.

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Com base, podemos entender e verificar as dificuldades enfrentadas. Como início a falta de reconhecimento. Hoje a musicoterapia não é bem trabalhada em forma de conhecimento e reconhecimento populacional. Muitas pessoas não possuem se quer entendimento a que se trata, e

se propõem os atendimentos. O que ocasiona necessário um maior esforço para buscar um lugar no mercado de trabalho. Conhecimento este que não se faz entendido, principalmente, na área trabalhada neste projeto, o autismo. A Relação de tratamento terapêutico que o atendimento possui com o paciente autista é de alto potencial, visto que os pacientes utilizam a linguagem não verbal. Por tal pouco entendimento na área, muitas vezes as famílias possuem uma expectativa grande perante os atendimentos, que podem variar de caso a caso. Expectativas essas que muitas vezes podem ocorrer, com um demanda de tempo, e trabalho. Enfim, por se tratar de um tratamento de terapia não-verbal, os recursos da musicoterapia, possibilitam as pessoas com autismo, se expressar livremente, através dos sons, movimentos, música, gestos. Lembrando que nem todos os pacientes, se adaptam a metodologia de trabalho, ou até não ocorra o interesse do mesmo pela música. Porém, os pacientes que fazem o tratamento, apresentam ganhos em áreas afetivas, emocional, física e cognitiva.

2.1.2 AUTISMO

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LINHA DO TEMPO AUTISMO

1965 Temple Grandin, diagnosticada com Síndrome de Asperger, distúrbio que faz parte do espectro autista, criou a máquina

1908 O termo Autismo foi criado pelo psiquiatra suíço Eugen

do abraço, possibilitando acalmar uma pessoa com autismo.

Bleuler. ⎯ ⎯

1978 Michael Rutter propõe em quatro critérios uma definição

1943 Leo Kanner publica a obra " Distúrbios Autísticos do Con-

ao autismo: o atraso e desvio social; problemas de comunicação;

tato Afetivo" que conta a história de 11 crianças que se isolaram

comportamentos fora do comum, como movimentos estereotipa-

desde o início da vida.

dos e maneirismos.

1944 O Psiquiatra e Pesquisador austríaco Hans Asperger escre- ⎯

1980 DSM 3 separou a Esquizofrenia do Autismo.

ve o artigo "a psicopatia autista na infância destacando que me-

ninos, apresentavam ausência de empatia, a não interação social, ⎯ foco intenso e movimentos descoordenados.

1981 A psiquiatra Lorna Wing, da origem ao termo de Síndrome

1952 O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Men- ⎯ tais (DSM 1) publica primeira história de autismo relacionado

1988 O psicólogo Ivar Lovaas publica uma análise de estudo

com esquizofrenia

mentais intensivas; no período de 1980 e 1990 a terapia compor-

de Asperger, em referencia à Hans Asperger.

comportamental informando os benefícios de terapias comportatamental e os ambientes de aprendizagem altamente controlados,

Anos 50 e 60 Leo Kanner informa que o autismo se dava por

surgem como principal meios de tratamento.

causa de pais distantes (nomeado pelo mesmo por "mãe geladeira"); mais tarde Leo tentou se retratar pois a teoria mostrou-se

improcedente.

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1994 DSM 4 com a definição de autismo; a Síndrome de Asper-

tantes quanto a genética; anteriormente atribuía-se a genética

ger é adicionada ao DSM, passando a incluir casos mais leves,

80% a 90% do risco de desenvolvimento de TEA.

em que indivíduos tendem a ser mais funcionais.

⎯ ⎯

2015 A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

1998 A Revista Lancet publicou um artigo do cientista Andrew

(13.145/15) cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência que passa

Wakefield, que afirmava que algumas vacinas poderiam causar o

a proteger os portadores de TEA, ao definir a pessoa com defici-

autismo. Estudo que foi descartado por outros cientistas. Em

ência como sendo aquela que possui impedimento a longo prazo

maio de 2014 o cientista perdeu seu registro médico, e a revista

de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

Lancet se retratou e tirou o estudo dos seus arquivos. (GAIATO, 2018. FERNANDES, 2020.) ⎯

2007 A ONU institui o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo; em 2018, o dia 2 de abril, passa a fazer parte do calendário brasileiro oficial como Dia Nacional de Conscientização do Autismo.

2012 É sancionada, no Brasil a Lei Berenice Piana (12.764/12), que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

2013 O DSM 5 passa a abrigar as subcategorias do autismo em um único diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA).

2014 Estudos revelaram que fatores ambientais são tão impor18


“O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens no desenvolvimento neurológico que podem ser do nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de

Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.” (FERNANDES, 2010, n.p.) De acordo com Batista (2016), há pouco mais de duas décadas, o TEA era uma condição misteriosa, de conhecimento graças ao filme Rain Main, estrelado por Dustin Hoffman. No fim da década de 1980, ano de lançamento do filme, a estimativa no diagnóstico era de 1 criança para cada 5 mil.. Hoje há o conhecimento de que o autismo não é uma doença, e sim, mas sim síndromes que possuem características comuns. Estimativas norte-americanas possuem prevalência de um em cada 50. Segundo Junior (2019), o único projeto de pesquisa neste sentido, foi um estudo realizado em 2011, no interior de São Paulo, em Atibaia; que resultou em 1 autista para cada 367 crianças, a pesquisa realizada foi feita em um bairro com 20 mil habitantes, daquela cidade Com os desenvolvimentos, as estatísticas, e a abrangência do tema em diversos locais do país e do mundo; podemos hoje, ter a ajuda

necessária, os cuidados precisos, saber a forma de agir, saber como lidar, quando o transtorno é diagnosticado. Os profissionais hoje qualificados para tal ajuda, auxiliam, ensinam, e atendem à demanda necessária para uma vida sem muitas dificuldades. Segundo uma pesquisa na análise de comportamento, feita por Goulart e Assis (2002) , há carência de trabalhos voltados ao autismo, e necessidade de programas de prevenção e educação de pais e familiares. Não somente há pessoas ligadas ao transtorno, seja por um parente próximo, ou um amigo, mas a conscientização deveria vir de todos, onde um programa de informações necessárias, poderia adentrar ao tema, explicando, e conscientizando a população em um todo. De acordo com Miranda (2018), a mesma forma que a população de crianças que apresentam este transtorno, também vem aumentando significativamente, e por consequência, elas estão chegando em maior número, às escolas, às quais devem estar preparadas para trabalhar com elas, garantindo-lhes seus direitos de cidadão.

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DIAGNÓSTICOS DE AUTISMO

Dos tipos de diagnósticos, que podem ocorrer em níveis, leve, médio e grave, temos os exemplos: 1- Síndrome de Asperger. Seu curso de desenvolvimento precoce, está marcado por uma retardo clinicamente significativo na linguagem falada ou de percepção, no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre o meio ambiente. (KLIN, 2006). 2- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Inclui manifestação em três domínios: social, de comunicação e comportamental. Não havendo interação social, qualitativamente prejudicada, bem como as habilidade de comunicação. Limitando o comportamento e os interesses, sendo os mesmos, repetitivos e estereotipados. (MERCADANTE, GAAG & SCHWARTZMAN, 2006). 3- Transtorno Autista. Conhecido como transtorno autístico, autismo da infância, autismo infantil e autismo infantil precoce, é o TID mais conhecido. Em tal condição, existe, prejuízo na interação social, alteração da comunicação com padrões limitados ou estereotipados tanto em comportamento quanto em interesses. (KLIN, 2006). 4- Transtorno Desintegrativo da Infância. O diagnóstico inclui transtorno metabólicos e condições neurológicas. Sendo que no último caso a linguagem seja muito mais afetada. Diferencia do autismo pois se observa um desenvolvimento próximo do normal até os primeiros dois anos de vida, em 30% de todos os casos. (MERCADANTE, GAAG & SCHWARTZMAN, 2006).

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AUTISMO É GENÉTICO?

Segundo Progene, pais de crianças autistas questionam: O autismo é genético? Como pode ser genético se não há pessoas na família com essa condição? Qual o risco de ter outro filho com autismo? E que se tiver uma filha o risco será menor que para um menino? Para responder as questões seguinte foi necessário entender que o autismo pode ser causado por uma única alteração genética, por combinação de alterações genéticas ou por associação entre alterações genéticas mais fatores ambientais, chamados de modelos de herança: Modelo monogênico O modelo de herança alterado em um único gene é conhecido cientificamente como modelo monogênico. Exemplo de genes associado ao monogênico de TEA são DYRK1A, CHD8, FMR1 (ligado à síndrome do X-frágil), NF1 e NF2 (neurofibromatose), TSC1 e TCS2 e outros. Esses genes estão associados ao que é conhecido como autismo sindrômico, significa que o comportamento autista faz parte de um conjunto de manifestações clínicas variadas caracterizando essas síndromes.

Essas alterações podem surgir no óvulo ou no espermatozoide que gerou o indivíduo e não estão presente nas células dos pais. Geralmente os pais dessas crianças não apresenta transtorno. Grande variabilidade clínica pode estar presente em um dos pais de forma sutil e outro caso necessário é que essa alteração seja herdada do pai e/ou da mãe para que haja a manifestação do TEA. Esses padrões de herança estão representados na figura a seguir

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Padrões de herança do TEA

A estrela vermelha indica a alteração genética que pode estar presente em ambos os pais (A), em apenas um dos pais (B), em nenhum dos pais (C) ou no cromossomo X da mãe (D). Fonte: (Site Progene, 2020)

Modelo poligênico e multifatorial O modelo poligênico é resultado da soma de muitas alterações genéticas de pequeno efeito individual, são alterações que isoladamente não causa transtorno. Ao ter seu efeito combinado, presente em um mesmo indivíduo, pode ultrapassar um limiar de predisposição ao TEA. Este mesmo princípio explica o modelo multifatorial, além de múltiplas alterações genéticas, os fatores genéticos e ambientais que resultam no TEA quando somados conhecidos também como "fatores de risco". Os modelos poligênico e multifatorial foram utilizados para explicar a herança do TEA. 22


Modelo poligênico/multifatorial.

As bolinhas representam os fatores de risco para o autismo (alterações genéticas e fatores ambientais ou não genéticos) que podem se acumular em um determinado indivíduo). A) Pessoa sem TEA, sem fatores de risco; B) Pessoa sem TEA, com fatores de risco em quantidade suficiente para transpor o liminar de predisposição ao transtorno; C) Pessoa com TEA, em que o número de fatores de risco excedeu o limiar para o transtorno. Fonte: (Site Progene, 2020)

Modelo oligogênico Considerando que a influência de alterações genéticas raras de efeito alto e moderada no modelo oligogênico, pode ser herdada ou de novo, na manifestação do TEA. O número d alterações genéticas de risco é menor que no modelo poligênico. O impacto das alterações genéticas têm sido detectadas em caso de TEA e o número de alterações ultrapassados são ainda desconhecidos. Não podendo excluir a contribuição de fatores ambientais e adicionais de risco. Algumas dessas alterações genéticas pode estar presente em indivíduos portadores de outras condições como esquizofrenia, deficiência intelectual e convulsões. Ainda não se sabe quais alterações genéticas pode levar a cada uma dessas condições. 23


Modelo oligogênico/multifatorial que compara os fatores genéticos e não genéticos causadores de TEA a bolas com diferentes tamanhos proporcionais ao impacto desses fatores da etiologia do TEA

Modelo oligogênico/multifatorial.

A) Cada indivíduo possui um recipiente representando o risco de manifestar TEA. Esses fatores de risco podem ficar abaixo do limiar como em B) ou podem superar o limiar como em C) havendo então manifestação do TEA. Fonte: (Site Progene, 2020)

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Aconselhamento genético - Cálculo de recorrência Com bases nos modelos pode-se concluir o risco de repetição do TEA para a os próximos filhos do casal autista, e alguns casos para

outra pessoa na família. Se for detectado em crianças uma variante de novo( não presente nos pais) o risco de repetição é baixo, se for detectadas alterações genéticas relacionados ao autismo nos pais, mesmo que eles não tenham autismo, a probabilidade de o casal ter outro filho com TEA é maior. Há caso de síndrome monogênicas específicas em que o risco de repetição pode chegar a 50%. Com toda essas razões o aconselhamento genético no TEA é tão complexo e difere para cada família. Modelo oligogênico/multifatorial.

Explicando a ocorrência em uma família. Fonte: (Site Progene, 2020)

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2.1 LEGISLAÇÃO:

Legislações federais e estaduais amparam indivíduos com TEA. Destacando-se em primeiro a Constituição Federal, que impõe em artigos diversos, as questões de proteção social, assistência e igualdade de pessoas portadoras de deficiência, quanto a relação às áreas da saúde, educação e mercado de trabalho. Importância também para a Lei nº 8069 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo direitos à vida, sem discriminação, independente da condição que a criança ou o jovem possua. (BRASIL, 1990). No campo educacional, a Lei nº 9394 determina as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assegurando atendimento especializado e gratuito quem apresentar alguma condição excepcional. (BRASIL, 1996). Destaca-se ainda a lei federal nº 12764, que determina a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, buscando maior amparo a indivíduos que possuem tal condição. (BRASIL, 2012). No Âmbito Estadual, destaca-se a Lei 17158, que determina a Política de Proteção dos direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro

Autista, lei essa que determina a pessoa com TEA, considerada pessoa com deficiência, informa que as pessoas com TEA tem direito a: uma vida digna, a integridade física e moral, proteção contra qualquer forma de abuso e exploração, acesso a serviços e saúde, não será privada de sua liberdade ou convívio familiar, nem sofrerá discriminação, incluindo punição a autoridade, ou gestor escolar, que recusar matricular um aluno com TEA. (TATTO, 2019). 2.2 ARQUITETURA, AUTISMO E MUSICOTERAPIA: "O espaço escolar é uma construção gestada por múltiplos interesses manifestos e ocultos, que podem afetar a vida dos sujeitos, gerando inclusões ou exclusões". (RIBEIRO, 2013, p.104)

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Para que ocorra uma motivação, em pessoas com TEA, diversos aspectos físicos são importantes. São exemplos, acessibilidade, conforto térmico e acústico, iluminação, e algumas características do interior. A arquitetura possui além do dever, quanto a questão de minimizar as

dificuldades encontradas por pessoas autistas. Devido aos seus problemas sensoriais para pessoas com autismo, as soluções arquitetônicas, em um ambiente educacional convencional, apresentam um papel importante, ainda mais impactante, por interagirem e perceberem os ambientes de formas diferentes. (POSAR & VISCONTI, 2018). Quanto a cores, as fortes devem ser evitadas em primeiro instante para os TEA. Espaços de transição, devem conter cores neutras, claramente o que pode também, ter um ponto positivo, e atrativo, a iluminação natural, desta forma podendo manter o nível de estímulos sensoriais baixo. Não disponibilizar muitas cores de uma vez, ter cautela, nestes casos, seria a melhor solução. (POSAR & VISCONTI, 2018). De acordo com Leite (2018), alguns problemas podem ser enfrentados em algumas características para o ambiente de aprendizagem por comportamento, para os TEA, como a dificuldade em prestar atenção (manter o foco), a não capacidade para compreender ideias complexas, incapacidade ou falta de vontade em participar de aulas, evitar contato visual, processamento receptivo, déficit de organização.

Para uma organização de sala-de-aula, começa-se pela disposição natural. Proximidade de janelas e espelhos podem causar distração, o que prejudicaria a aula. Paredes nuas, pois as mesas devem ficar de frente a elas, eliminando distrações. Em alguns casos à a dificuldade em se adaptar a uma sala convencional de aula, com muitos alunos, cadeiras próximas e um quadro a frente, é um problema decorrente do autismo. No entanto, uma sala adaptada, com um espaço amplo ao redor do paciente, e uma mesa de trabalho individual, permitiriam um ambiente melhor para o atendimento. Com objetos postos de forma similar, com identificação, utilizando figuras, ou cores, para ajudá-los nas atividades diárias. Não menos importante também, que o mobiliário seja dimensionado conforme a idade do paciente. Afim de transmitir conforto, já que o profissional, no caso, o professor, estará no mesmo nível do aluno. (ALMEIDA, 2016).

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Para um melhor atendimento, seguindo os procedimentos necessários à utilização correta da disposição do projeto, fora conversado com dois profissionais da área de Musicoterapia, Ricardo Félix e Roberta Paciência, residentes na cidade de Ribeirão Preto/SP.

Com base na conversa, podemos verificar diversas importâncias, necessidades, e melhorias para uma terapia ainda mais completa. De início, deve ser feito uma avaliação. Pois cada criança é de um jeito, tem atitudes, pensamentos, vontades e necessidades. Devido a sensibilidade, alguns tons musicais precisam ser evitados. Por este motivo, para um primeiro atendimento, há a necessidade de uma avaliação para saber o timbre, os sons, e as músicas que a criança se identifica, para que possivelmente a mesma possa vir a se comunicar. Procedimentos como esse são simples, porém complexos na musicoterapia. Tal ajuda, poderá manter um diálogo, e até uma interação entre profissional e paciente. Processos que poderiam acarretar em um simples instrumento, ao qual a criança com o passar do tempo, poderia aprender a solicitar, para que pudesse ter acesso ao mesmo. Os graus hoje do autismo, elevam a vida da pessoa com o transtorno. Em alguns casos vemos até uma necessidade necessária de um profissional, para todos os momentos do dia; do levantar, ao deitar. O autista necessita de atenção especial. Em relatos familiares, que convivem com crianças com tal transtorno, as escolas solicitam um profissional especializado para acompanhar a criança durante o dia, dado essa

informação, os atendimentos seriam individuais. Como o autista possui sensibilidade a barulhos, por se tratar da questão de musicoterapia, o atendimento deve ser feito individualmente, afim que de ocorra e haja um desenvolvimento melhor, continuo e até talvez, mais rápido. O que pode variar, a cada caso, e diagnóstico. Em alguns graus, pós diagnóstico, algumas crianças se isolam, não gostando de barulho, não participando ativamente, não se relacionando com outras crianças. Por este motivo, a música seria a terapia para uma melhora. Seja em qualquer área de contato com outras pessoas. Porém a utilização por outra pessoa, que não possui o conhecimento no assunto, até mesmo uma outra criança, poderia ocasionar em uma hesitação a convivência.

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Com a ajuda, e o profissionalismo de pessoas qualificadas, o processo ocorre de forma gradativa; podendo-se ocorrer somente melhoras. Por este motivo, o atendimento inicial é primordial na ajuda do dia a dia para o tratamento. O atendimento individual, também qualifica

uma melhora, pois a criança ganha carinho, respeito, e confiança pelo profissional. O Centro de Musicoterapia para Crianças autistas, proposto no presente trabalho, terá o intuito de melhorar o convívio, a saúde, as atividades, o relacionamento com pessoas do exterior, fazendo assim com que o paciente, tenha uma outra visão, até outros comportamentos, perante a sociedade e os familiares.

29


LEITURAS PROJETUAIS

30


3.

REFERENCIA PROJETUAL 3.1 ESCOLA E CENTRO RECREACIONAL DE ELVEN:

Localização

Fonte: (Site Google Maps, 2011)

31


FICHA TÉCNICA Arquitetos: Atelier 56S

Projeto: Elven School And Recreational Center Localização: Elven, Bretanha, França Cliente: Município de Elven Acesso, entrada Escola e Centro Recreacional de Elven

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

32


O projeto é dividido conforme a topografia existente. Na parte inferior, o centro recreativo é beneficiado com um pátio, pouco explorado, e possui conexão direta com o espaço público. Pátio inferior Escola e Centro Recreacional de Elven

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

33


Na parte superior, as salas de aula sรฃo direcionadas ao pรกtio da escola.

Pรกtio superior Escola e Centro Recreacional de Elven

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

34


MATERIALIDADE: •

Concreto

Vidro

Aço

Madeira Concreto Aparente

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

35


Corredores com vidro, possibilitando a entrada de luz natural.

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

Aço aparente, utilizado para proteção, também, ventilação e iluminação naturais.

Fonte: (Site Archdaily, 2019) 36


Madeira, utilizada como revestimento externo.

Fonte: (Site Archdaily, 2019)

CONCLUSÃO DO PROJETO A conclusão de ideia principal desse projeto, é trazer mais a materialidade, Utilizar o concreto, para proteção no pavimento inferior, e Madeira no piso superior. Lembrando que o pavimento inferior irá contar com proteção acústica, para uma melhor absorção do trabalho interior musical, afim de que não atrapalhe as salas ao lado. A utilização de iluminação natural, também será levada em conta no projeto proposto.

37


3.2 ESCOLA PRIMÁRIA BEN FRANKLIN: Localização

Fonte: (Site Google, 2019)

FICHA TÉCNICA Arquitetos: Mahlum Architects Projeto: Lake Washington School District Localização: Washington, EUA Funcionalidade: Escola Primária Área: 56.800 m² Conclusão: 08/2005 38


Kirkland, Washington, EUA Mapa Washington, EUA

Fonte: (Site iStock Photo, 2016)

Washington está localizado na região nordeste dos Estados Unidos (EUA). Sua capital é Olympia. Seu nome é em homenagem ao líder das forças americanas da Revolução Americana, George Washington. (DANTAS, 2020). Kirkland é uma cidade localizada no Condado de King, fundada na década de 1880. Possui mais de 89 mil habitantes. O nome da cidade vem de Peter Kirk, um magnata do aço britânico que queria fundar sua própria cidade industrial. Mas crise em 1893 não permitiu a indústria siderúrgica, e a cidade acabou sobrevivendo da produção de lã e da construção naval. (COELHO, 2018).

39


Bahia de Kirkland

Fonte: (Site The Urbanist, 2019)

A Escola Primária Bem Franklin foi planejada buscando reconhecer o acesso a luz natural, e as vista ao ar fresco para beneficiar o aprendizado. Também conta com um gerenciamento de águas pluviais para o local, facilitando a aprovação de estratégias de baixo impacto. (AIA s.d.).

40


Fachada Entrada Escola Primária Bem Franklin

Fonte: (AIA s.d.)

Podendo afetar profundamente o desempenho dos alunos, com a luz do dia e a qualidade do ar, a escola foi projetada para haver um desempenho ainda maior nessas áreas. As salas de aulas são completamente iluminadas e ventiladas naturalmente. O projeto possui também um grande desempenho em economia elétrica. (AIA s.d.)

41


Forma Natural de distribuição para Iluminação e Ventilação

Fonte: (AIA s.d.) 42


Forma Natural de distribuição para Iluminação e Ventilação

Fonte: (AIA s.d.)

Podendo afetar profundamente o desempenho dos alunos, com a luz do dia e a qualidade do ar, a escola foi projetada para haver um desempenho ainda maior nessas áreas. As salas de aulas são completamente iluminadas e ventiladas naturalmente. O projeto possui também um grande desempenho em economia elétrica. Pra redução do calor, foram instalados grandes guarda-sóis ao Sul e saliências. (AIA s.d.) 43


Distribuição Natural de iluminação e Ventilação pavimento térreo

Fonte: (AIA s.d.) 44


A escola foi projetada para se conectar ao meu ambiente, como uma forma de aprendizado. A área arborizada ao extremo norte é avaliada como um atrativo visual. Criar uma conexão com o exterior foi um objetivo principal no processo de criação. O telhado em forma de asas

conectam visualmente os alunos a natureza. Pátios centralizados com plantas e obras de arte integradas, servem como salas de aula ao ar livre. (AIA s.d.) Podendo afetar profundamente o desempenho dos alunos, com a luz do dia e a qualidade do ar, a escola foi projetada para haver um desempenho ainda maior nessas áreas. As salas de aulas são completamente iluminadas e ventiladas naturalmente. O projeto possui também um grande desempenho em economia elétrica. (AIA s.d.) MATERIAIS: Durabilidade e Manutenção: Concreto retro-revestido (três vezes mais resistente que o concreto normal), vidro reciclado, aço, pisos de borracha e tintas com baixa emissão de compostos orgânicos. O acabamento interior das paredes em lã, contribuiu para absorção acústica, re-

fletância da luz, durabilidade e conforto. (AIA s.d.) Concreto Aparente.

Fonte: (AIA s.d.) 45


Piso emborrachado, Vidros, Aรงo.

Fonte: (AIA s.d.)

Piso emborrachado, Pintura das Paredes internas.

Fonte: (AIA s.d.)

46


Pintura interna, Aço aparente, iluminação elétrica e iluminação natural prevalente

Fonte: (AIA s.d.)

ACESSOS Por se encontrar em uma avenida, o acesso ao prédio, através de veículos, é feito por duas entradas. Posicionadas a frente da escola. Para que a população possa acessar, sem utilização de veículos automotores, ha duas entradas na parte de trás da escola. Possibilitando assim, que os pedestres, utilizem essa passagem, com facilidade, a pé, ou até mesmo de bicicleta.

47


Acessos a Escola Primรกria Ben Franklin

Fonte: (Site Google, 2019)

48


A circulação, neste projeto é horizontal. Utilizando apenas escadas. Corredores amplos e várias portas de acesso, possibilitam um grande fluxo de pessoas.

Circulação e acessos.

Fonte: (AIA s.d.)

Acessos, Escadas

Fonte: (AIA s.d.)

49


A circulação, neste projeto, dá-se por grande parte no piso inferior. Já o piso superior, possui acesso apenas por escadas. Corredores amplos e várias portas de acesso, possibilitam um grande fluxo de pessoas.

Corredor refeitório

Fonte: (AIA s.d.)

CONCLUSÃO DO PROJETO Com base no levantamento, podemos analisar fatores positivos e negativos. A iluminação e a ventilação, por se tratar de uma necessidade dos utilizadores, encontra-se bem distribuída, e muito bem trabalhada no mesmo. O que possibilita, sem dúvida alguma, melhoria física, e psicológica para os frequentadores. Os materiais, vidro, aço, concreto (este com uma superfície que requer limpeza a quente, uma facilidade e agilidade ainda maior), valorizam o entorno, que tem vista ampla de dentro do edifício. Este que possui relação, interno/externo, incluído conexão, quando os alunos podem, ao ar livre, ter aulas. Um ponto negativo no projeto, é a falta de acessibilidade. Pela porta principal de entrada, ja encontramos uma visão, apenas de escada. Sem acesso a rampas, o que claramente, quando necessário, ocorre de o aluno, ou um usuário externo, ter de fazer acesso ao prédio, por outros meios, outros lados. 50


3.3 JARDIM DE INFÂNCIA E CRECHE KM

FICHA TÉCNICA: Arquitetos: Hibinosekkei, Youji no Shiro Localização: Osaka, Japão Área: Terreno: 4.230,00m² / Área Construída: 1.244,00 m² Ano do Projeto: 2016 Imagem Jardim de Infância KM

Fonte: (Site Archdaily, 2017)

O projeto do edifício contem um pátio interno, e ao seu redor foi projetado uma rampa que vai desde o primeiro nível até a cobertura. 51


Utilização da madeira como parte da estrutura

Fonte: (Site Archdaily, 2017)

A utilização da madeira como parte da estrutura é bastante eminente, pois traz leveza e aconchego ao ambiente. É um material que facilita a absorção de energia positiva para as crianças. No projeto, a madeira somente está presente no interior da escola, como forma de expandir a criatividade das crianças. 52


Circulação

Fonte: (Site Archdaily, 2017)

Técnica utilizada nesse projeto é a utilização de elementos de aprendizagem nos corredores de circulação. Esses corredores são simples e leves que demonstram a direção para onde seguir.

53


Implantação Geral

Fonte: (Site Archdaily, 2017)

54


Implantação dos Pátios

Fonte: (Site Archdaily, 2017)

CONCLUSÃO DO PROJETO A madeira traz leveza e aconchego ao ambiente. Um material que facilita a absorção de energia positiva para as crianças. A madeira está presente no interior da escola, como forma de expandir a criatividade das crianças.

55


DIRETRIZ PROJETUAL

56


4.

DIRETRIZES DE PROJETO PROGRAMA DE NECESSIDADES. Setores

Ambiente Administração Diretoria

Administrativo

Recepção

Qtd 1 1 1

Dimensão Área Total m²

Descrição

Terreno/Área Total

1.615,87 m²

3x8

área destinada ao atendimento a pais e professores

Área Construída

968 m²

3x8

área destinada a direção do estabelecimento

AC + Estacionamento

1.070 m²

AT - AC - ES

440,87 m²

3x2

102

área para recepcionar os cliente e direcionar ao atendimento sala destinada a estar com controle ponto, área para local de almoço dos funcionários, deverá conter 1 banheiro de funcionários

Copa

1

6x8

Circulação

Corredores

-

-

133

área destinada a circulação nos ambientes e acessos

Estacionamento

Estacionamento

15

2,5x5,5

207

área destinada a funcionários e clientes

Pedagógico

Sala de Atendimento

6

6x8

288

área destinada ao atendimento ao paciente, deve estar próxima aos banheiros

235

área destinada a espera e entretenimento dos pacientes e acompanhantes, deverá estar perto, da área administrativa, e dos banheiros

Recreativo

Pátio

1

-

Dispensa

1

3x3

Serviços

área destinada a uso para guarda de produtos, e ou, mantimentos 105

Banheiros

4

3x8

área destinada a uso de clientes, pacientes e acompanhantes, deverão estar perto das salas e do pátio

57


ORGANOGRAMA

58


FLUXOGRAMA

59


LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO

ESTUDO PRELIMINAR

60


JUSTIFICATIVA DA ÁREA

A área escolhida, encontra-se no quadrilátero central. De fácil acesso, tanto veículo próprio, como transporte público. Encontra-se em frente a Estação Praça da Bandeira 3, um terminal urbano da cidade. Próximo a hospitais, escolas, mercados, agências bancárias, comércios e clínicas de diversos serviços. Facilitando o acesso, até mesmo para pedestres. Possibilitando também que durante o atendimento do paciente, os tutores possam se locomover e realizar outros serviços, permanecendo próximo ao local. Por se tratar de um ambiente com muita movimentação e barulho, por indicação de profissionais e até mesmo analisando que futuramente em outro local, possa haver as mesmas condições da área escolhida. O intuito é de que seja solicitado para que todo paciente chegue para o atendimento, com espaço de tempo curto. Ocasionando assim, que não ocorra o desconforto. Por este motivo, qualquer área, seria necessário apenas que a permanência fora do horário de atendimento, seja mínima possível Visão acesso Principal a área de intervenção

Fonte: googleearth - Editado pelo autor

Visão acesso Principal a área de intervenção

Fonte: googleearth - Editado pelo autor 61


LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO LOCALIZAÇÃO Ribeirão Preto/SP

Fonte: googleearth - Editado pelo autor

Ribeirão Preto/SP

Fonte: pt.wikipedia.org

No interior de São Paulo, a cidade de Ribeirão Preto, localizada na região noroeste. Dados do IBGE, apontam uma área de 650,916 km², com uma população, estimada em 2019 de 703.293 habitantes, com um Índice de desenvolvimento humano municipal 0,800, por sua vez considerado elevado. Cidade universitária. Pioneira na área da saúde, por manter várias pesquisas na área, em conjunto com o HC da USP, este que possui um forte atendimento à população, tanto da cidade quanto da região. Possuindo ainda o famoso Pinguim, estabelecimento localizado no quadrilátero central, ao lado do Teatro Pedro II e California Brasileira, levando o título de reconhecimento como a Capital Nacional do Chopp. 62


ÁREA DE ESTUDO Centro de Ribeirão Preto/SP

Fonte: googleearth - Editado pelo autor

Imagem área central de Ribeirão Preto/SP

Fonte: (Site ribeiraopreto.sp.gov.br, 2019)

A área de estudo para o referente trabalho, localiza-se no Centro do município, com uma área aproximada de 2.286,24m². Considerada uma área de classe alta, por comércios, prédios residenciais e comerciais, terminais urbanos, clínicas de saúde, estética e bem estar .

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USO DO SOLO

Uso do solo da área de estudo é predominantemente comercial, com pouca incidência de residencial e serviços. Com uma incidência maior na área institucional, onde temos igrejas, escolas, centros culturais, biblioteca, museu, dentre outros. Com uma área extremamente escassa de área verde.

64


GABARITO

No gabarito a área é predominante de 1 a 3 pavimentos. Possuindo também, diversas edificações acima de 3 pavimentos

65


FIGURA FUNDO

Através da análise da figura fundo, conclui-se que, na área de estudo, a maioria dos lotes, devido a taxa de ocupação ser de 80% na ZUP, possuí ocupação de edificações, salvo as áreas verdes.

66


HIERARQUIA FUNCIONAL

Na área de estudo, praticamente todas as vias são coletoras, com exceção de algumas vias locais, e também, vias de pedestres.

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MOBILIÁRIO URBANO

68


ÁREA DE INTERVENÇÃO

LOCALIZAÇÃO No local da área de intervenção, hoje encontra-se em funcionamento o Ideal Park Estacionamento, de área ampla que atende a grande demanda da cidade Área de intervenção Área de intervenção

Fonte: googleearth - Editado pelo autor

Fonte: googleearth - Editado pelo autor

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

A área de intervenção está localizada no centro, entre ruas movimentadas, como a Rua Américo Brasiliense, a Rua São Sebastião e a Rua Visconde de Inhaúma. Em frente a Praça das Bandeiras, tendo seu principal acesso, pela Rua Américo Brasiliense, rua esta

de transito intenso para ônibus.

70


ÁREA DE INTERVENÇÃO

O desnível da área de intervenção, é de 2 metros, encontrando -se entre as cotas 542 e 541

71


PARTIDO Blocos conjuntos em união

CONCEITO Liberdade, segurança, altruísmo, e cuidado. Social: Educação e saúde. Com o atendimento: Ajuda, proporcionando um cuidado específico a fim de que hajam melhorias, em primeira instância, no convício social, através da música. DIRETRIZ PROJETUAL O Estacionamento conta com 15 vagas, distribuídas 6 Para uso de pacientes 6 Para musicoterapeutas 1 para Diretoria

1 Para o Administrativo 1 Para Recepção O Setor Administrativo, ficará ao lado do Pátio, para um acesso mais fácil do público. A recepção, a diretoria e o administrativo serão salas de permanência fixa, somente para 1 pessoa. Podendo receber pessoas para permanência rápida. Ambas as salas estarão equipadas com equipamentos de escritório, mesa, cadeiras, armários de arquivos, computador, telefone. A copa, terá mesa com cadeiras, um micro-ondas, e uma máquina de café, para uso exclusivo de funcionários. Visto que o atendimento não ultrapassará a 1h e meia. A dispensa será inteiramente coberta de armários para guardar objetos, utensílios de limpeza, utensílios de cozinha, depósito para todos os tipos de produtos necessários para a manutenção da clínica. O pátio por sua vez, constitui de um ambiente de entretenimento até o prazo da consulta. Contará com uma TV, puffs, brinquedos, mesinha infantil, um sofá... 72


ESTUDO PRELIMINAR PLANO DE MASSAS

73


CROQUIS DE AUTORIA PRÓPRIA

74


CROQUIS DE AUTORIA PRÓPRIA

75


VOLUMETRIA

76


PROJETO

77


O Projeto implantando na área central de Ribeirão Preto, foi elaborado conforme as normas. A volumetria foi pensada para que parecesse uma caixa; seguindo o pensamento de uma caixinha de música, onde aberta, você encontraria surpresas, e música.

Aberturas são realizadas pelo telhado. Ao centro, a abertura do jardim interno. Nos ambientes fechados, Janelas Maxim Ar em aberturas zenitais, que são controladas, eletronica ou manualmente. Criando assim, sensação da famosa 'claraboia'

O telhado elaborado com Telha de termoacustica (mais conhecida como telha sanduiche) embutida, afim de um melhor desempenho térmico e acústico, e claro, econômia de energia

Exemplo de Janela Maxim Ar no telhado Fonte: (Site Google, 2020)


O Pé direito foi pensado amplamente, para que os pacientes não se sintão precinados quando adentrarem o mesmo, afim de evitar incomodos. O Jardim interno que liga os dois ambientes de salas de espera, transporta a imaginação de todos, a céu aberto.

A estrutura do projeto foi executada em concreto armado, com lã de vidro para o revestimento acústico. As paredes externas e das salas de musicoterapia foram elaboradas com concreto armado e internamente com isolamento Térmico e Acústico, utilizando revestimento de lã de vidro.

TÉRREO

Janelas e portas, utilizaram de vidro e esquadrias de alumínio. O jardim de inverno, foi trabalhado com vidro termoacústico, que por se tratar de um local que deve preservar o paciente de incômodos. Ao piso do mesmo, fora utilizado dek de madeira

Pisos dos banheiros e de copa trabalhados com porcelado, antiderrapante

Os pisos trabalhados internamente, com exceção das salas de musicoterapia e áreas molhadas, são emborrachados, afim de evitar eventuais problemas


Rua Tibiriçá

B

34.09 Projeção Beiral

6.45

6.30

6.30

P2 (30/30)

P3 (30/30)

6.45

v101 (64/40)

8.59

P4 (30/30)

P6 (30/30)

P5 (30/20)

3.50

P1 (30/30)

v105 (30/40)

8.45

A 5.02

v102 (30/40)

A

v104 (30/40)

P7 (30/30)

P8 (30/30)

P10 (30/30)

v108 (64/40)

P11 (30/30)

P12 (20/20)

P13 (20/30)

3.45

P9 (30/30)

v107 (62/40)

v106 (20/40)

v103 (30/40)

7.03

v109 P15 P14 (30/30) (30/40) (30/30)

v111 (20/40)

32.25 v113 (20/40)

8.20

v110 (30/40)

32.25 8.45

P17 (20/30)

3.45

v112 (30/40) P19 P18 (30/30) (30/30)

P21 (30/30)

P27 (30/30)

P28 (30/30)

v114 (64/40)

P22 (30/30)

P23 (30/20)

P24 (20/20)

P30 (30/30)

P31 (20/30)

P25 (20/20)

P26 (30/20)

6.45

v118 (64/40)

P29 (30/30)

6.30

8.50

v116 (30/40)

v117 (30/40)

v115 (30/40)

P20 (30/30)

8.45

Rua Américo Brasiliense

P16 (20/20)

6.30

6.45 34.09

B

PLANTA DE ESTRUTURA ESC 1:250

P32 (30/30)

8.59


CORTES As salas de musicoterapia, seguiram a sugestão dos profissionais que solicitaram piso elevado de maderia, para que os pacientes pudessem não só ouvir os sons, mas também, a possibilidade de sentí-los.

ELEVAÇÕES Armários coloridos, afim de estimular os pacientes na hora do atendimento, possibilitando ao mesmo que saiba exatamente o local do instrumento, ou objeto que será utilizado


Implantação

Vista Externa Superior Perspectiva—FUNDOS

Vista Externa Superior Perspectiva—FUNDOS

Vista Externa Superior Perspectiva—FRENTE

Vista Externa Superior Perspectiva—FUNDOS

Vista Externa Superior Perspectiva—LATERAL FUNDOS

Vista Externa Superior Perspectiva—LATERAL FRENTE

Vista Externa Superior Perspectiva—FRENTE

Vista Externa Superior Perspectiva—FRENTE


Recepção

Recepção

Jardim Interno

Jardim Interno

Administrativo/Secretaria

Administrativo/Secretaria

Diretoria

Diretoria

Banheiro Masculino


Banheiro Masculino

Banheiro Feminino

Copa

Copa

Despensa

Recepção de Materiais

Sala de Musicoterapia

Sala de Musicoterapia

Sala de Musicoterapia


CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho abordado mostra uma visão conjunta de musicoterapia, autismo e arquitetura. A musicoterapia é um tratamento alternativo que surgiu nos anos 40 nos EUA, e mesmo muito tempo depois, ainda não possui reconhecido da forma merecida. Onde muitas pessoas não possuem conhecimento, e muitas vezes instruções. Profissionais como Pedagogos e Músicos Bacharéis usam da música para um trabalho de tratamento com pacientes em diversas áreas, principalmente social. A musicoterapia abrange todos os tipos de pessoas tanto para crianças, adultos quanto para idosos. A prática pode ser feita individual ou em conjunto. O objetivo consiste em utilizar a música (som, ritmo, melodia e harmonia), no auxílio a diversos campos, como: aprendizagem, expressão, necessidades físicas, comunicação, emocional, mental e social. E com a continuidade ao tratamento, o paciente pode, sim, ter melhoras. O autismo possui uma descrição como sendo um transtorno do desenvolvimento, este, levando a comprometimentos de comunicação social e comportamentos, que se iniciam nos primeiros anos de vida, restritivos e repetitivos. Em décadas passadas, onde não havia o conheci-

mento a respeito do transtorno, o mesmo havia sido até cogitado, pela forma de criação, com pais ausentes. Vários estudos foram feitos e ainda são, hoje o mesmo não possui causa conhecida, mas evidências de que haja predisposição genética. Com o projeto, concluímos a necessidade de liberdade a altruísmo. Onde com a música, há a intenção de fazer, ou ao menos tentar, a melhora na condição social dos pacientes. O ambiente é bem amplo, para que os mesmos não se sintam em ambientes pequenos. As salas de espera possuem um jardim interligando as duas alas, para que possa haver liberdade para a criança se sentir em um ambiente externo, sem que haja aquela correria, e o barulho excessivo (ocasiões que fazem os TEA se sentirem incomodados). Como forma de estimulação visual, as salas possuem cores para que os pacientes, por si só, possam identificar pela mesma, o objeto, ou o instrumento certo para o atendimento. Mais do que um projeto simples, uma possibilidade de empatia (o que sempre deveria haver), onde foi apresentado uma forma simples para um grade avanço. O autismo e a musicoterapia necessitam ser estudados em correlação. Pois através dos estudos, e entrevistas pude perceber que ainda, há muito a se aprender, se estudar, e reconhecer.

84


REFERÊNCIAS

85


4.

BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, m.s.r. Estratégias escolares para ensinar alunos com autismo. 2016. Disponível em <https://institutoinclusaobrasil.com.br/

estrategias-escolares-para-ensinar-alunos-com-autismo/> Acesso em: 09 Fev. 2020. BATISTA, P. Origem genética do autismo pode ir além de fatores do DNA, diz pesquisa, 2016. Disponível em: <https:// www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2016/02/07/interna_ciencia_saude,516924/origem-genetica-do-autismo-pode-iralem-de-fatores-do-dna-diz-pesquis.shtml>. Acesso em: 25 Fev. 2020 BIERNATH, a. O que é a musicoterapia e qual o seu potencial?, 2019. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e -a-musicoterapia/>. Acesso em: 06 Fev. 2020 BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidente da República. 1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em 11 Abr. 2020. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidente da República. 1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 11 Abr. 2020. BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção do Direitos da Pessoa Com transtorno do Espectro Autista. Brasília, DF: Presidente da República. 1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/ l12764.htm>. Acesso em 11 Abr. 2020. BRASIL, Lei nº 17.158, de 18 de setembro de 2019. Institui a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista - TEA, e dá outras providências. São Paulo, SP: Deputado Enio Tatto. 2019. Disponível em <https://www.al.sp.gov.br/ repositorio/legislacao/lei/2019/lei-17158-18.09.2019.html>. Acesso em 11 Abr. 2020. COELHO, l. Kirkland: a charmosa cidade à beira do Lago Washington. 2018, Disponível em: <https://visiteseattle.com/kirklandcidade-suburbio-seattle/>. Acesso em: 15 Abr. 2020. CUNHA, r., VOLPI, s. A Prática da Musicoterapia em diferentes áreas de atuação. 2008. Disponível em: <http:// periodicos.unespar.edu.br/index.php/revistacientifica/article/view/1627/966>. Acesso em 02 Abr. 2020 86


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que

é

afinal,

Musicoterapia?. 2013. Disponível em: <https://www.centrobenenzon.com.br/pdf/

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ANEXOS

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Entrevistado (a): Éber Marques Profissão: Musicoterapeuta e Psicólogo Cidade onde exerce a função: Goiânia/GO

1. Nome Completo? Éber Marques Júnior. 2. Profissão? Musicoterapeuta e Psicólogo. 3. A quanto tempo exerce a função e Musicoterapeuta? 7 anos. 4. Qual a maior dificuldade dentro do mundo da musicoterapia? Poucas políticas públicas, dificuldades enfrentadas pela ausência da musicoterapia na ANS, necessidade da regulamentação da profissão. Ter que adaptar o setting toda vez que loco ou sub-loco uma sala para não vazar som, atrapalhando os demais profissionais da clínica. 5. Faz atendimentos com crianças autistas? Sim.

planejadas tanto para as crianças terem acesso quanto para só o terapeuta ter acesso. 8. Qual a relação entre a musicoterapia a o autismo? É uma ferramenta, uma intervenção terapêutica eficaz no processo de reabilitação é inserção social, através dela promove-se a ampliação da interação social possibilitando a estimulação da fala. Auxilia no potencial criativo, a organização do pensar dentre outros aspectos da cognição. 9. Todos os casos de autismo apresentam melhora com a musicoterapia? Nos pacientes em que eu atendi sim, alguns com melhor rápidas, outro com pequenas melhoras. Em um processo de reabilitação cada paciente desenvolve de uma forma diferente. Porque? Depende do seu objetivo terapêutico. 10. Qual seria o melhor ambiente para um atendimento? (Por gentileza citar objetos, móveis, etc.)?

6. Qual a maior dificuldade em lidar com o transtorno do espectro autista (TEA)? Em elaboração de atividades músicas, pois apesar de terem TEA cada criança é única e com histórico diferente. 7. Pensando na arquitetura, o que ajudar, ou proporcionaria, um melhor atendimento? Melhor planejamento do setting para atender TEA, vejo que muitos lugares não tem estrutura adequada para atender essa clientela, iluminação, piso, prateleiras

Piso de madeira, setting com banheiro acessível e amplo. Prateleiras com chave. Evitar "quina" nos móveis, evitando que a criança se machuque no canto da mesa ou de outros móveis. Evitar determinados tipos de cortina. Ter um isolamento acústico adequado. Evitar de deixar objetos instrumentos a vista. Acredito que o setting de musicoterapia deva ser todo planejado, não só para atender TEA mas para atender as demandas específicas que só o profissional Musicoterapeuta lida. O setting de um Musicoterapeuta que atende adultos é diferente de um que atende crianças, assim por diante.


Entrevistado (a): Ricardo Fernandes Profissão: Musicoterapeuta Cidade onde exerce a função: Ribeirão Preto/SP

1. Nome Completo? Ricardo Félix Nonato Fernandes. 2. Profissão? Musicoterapeuta. 3. A quanto tempo exercer a função de Musicoterapeuta? Há 20 anos. 4. Qual a maior dificuldade dentro do mundo da musicoterapia? Como toda profissão, o reconhecimento mais efetivo e mais mercado de trabalho. 5. Faz atendimentos com crianças autistas? Sim. 6. Qual a maior dificuldade em lidar com o transtorno do espectro autista (TEA)? A dificuldade de comunicação verbal em alguns casos. 7. Pensando na arquitetura, o que ajudaria, ou proporcionaria, um melhor atendimento?

Uma sala clara, com um pé direito bom, nem tão alto, nem tão baixo, fácil acesso, sem degrau ou colunas. 8. Qual a relação entre a musicoterapia e o autismo? Relação de tratamento terapêutico com alto potencial para auxiliar esses pacientes por usarem muito a linguagem não verbal também. 9. Todos os casos de autismo apresentam melhora com a musicoterapia? Porque? Tudo depende, em toda problemática, seja autismo ou outra, a musicoterapia pode se mostrar benéfica sendo aplicada de forma correta e por um profissional capacitado para tal. 10. Qual seria o melhor ambiente para um atendimento? (Por gentileza citar objetos, móveis, etc.)? Como já havia dito, uma sala clara, com tamanho adequado, de 16 a 30m2, com pé direito adequado, com armário para guardar instrumentos e o mínimo de estímulos, visuais, sonoros e olfativos.


Entrevistado (a): Rosangela Oliveira Profissão: Professora de Música e Musicoterapeuta Cidade onde exerce a função: Ribeirão Preto/SP

1. Nome Completo Rosangela de Oliveira Lambert Dias 2. Profissão Professora de Música (11 anos) e Musicoterapeuta (4 anos) 3. A quanto tempo exercer a função e Musicoterapeuta? Há 4 anos. 4. Qual a maior dificuldade dentro do mundo da musicoterapia? Sua pergunta poderia ser respondida sob muitas óticas, de cunho "existencial", do ponto de vista da profissão e do ponto de vista prático. Não temos regulamentação ainda, o que dificulta nossa valorização e controle sobre seu adequado uso, apenas por profissionais habilitados por curso de graduação ou pós-graduação em musicoterapia. Do ponto de vista prático, diria que são condições mínimas de um setting terapêutico. 5. Faz atendimentos com crianças autistas? Não. 6. Qual a maior dificuldade em lidar com o transtorno do espectro autista (TEA)? Não atuo com este público

7. Pensando na arquitetura, o que ajudar, ou proporcionaria, um melhor atendimento? Sala ampla, clara e com boa acústica. 8. Qual a relação entre a musicoterapia a o autismo? A música tem, em princípio, ligação com todas as pessoas, sejam elas autistas ou não. A música pode contribuir com pessoas autistas por meio do canal não verbal. 9. Todos os casos de autismo apresentam melhora com a musicoterapia? Porque? Não tenho como responder. De qualquer modo, é preciso fazer um levantamento com dados confiáveis, em banco de dissertações e teses por exemplo, ou avaliar, até que ponto a "melhora subjetiva" pode ser avaliada e validada. 10. Qual seria o melhor ambiente para um atendimento? (Por gentileza citar objetos, móveis, etc.)? Sala ampla, clara, com ótimo aparelho de som, instrumentos musicais variados, espaço amplo para locomoção (atividades em pé, por exemplo, de livre expressão), cadeira e possibilidade de sentar-se no chão também.


Entrevistado (a): Wanderley Junior Profissão: Musicoterapeuta Cidade onde exerce a função: São Paulo/SP

1. Nome Completo? Wanderley Alves Junior. 2. Profissão? Musicoterapeuta. 3. A quanto tempo exercer a função e Musicoterapeuta? 16 anos. 4. Qual a maior dificuldade dentro do mundo da musicoterapia? Não diria dificuldade. Por se tratar de uma profissão ainda pouco conhecida se faz necessário um maior esforço para buscar um lugar no mercado de trabalho.

Essa resposta pode variar para cada musicoterapeuta. Para mim um lugar simples, arejado, com natureza ao redor (para se trabalhar os sons da natureza), uma piscina (para trabalho de música na água), salas amplas com piso de madeira suspenso, em uma localidade sem muita poluição sonora urbana e de fácil acesso. 8. Qual a relação entre a musicoterapia a o autismo? Por se tratar de uma terapia não-verbal a musicoterapia possibilita às crianças com autismo recursos para que possam se expressar livremente através da música, sons, movimentos e gestos de forma livre e espontânea. 9. Todos os casos de autismo apresentam melhora com a musicoterapia? Porque?

Sim, desde 2004.

Depende do ponto vista. Essa resposta é muito relativa porque depende do significado da palavra "melhora" para cada um. Eu particularmente penso que a musicoterapia ajuda e acompanha a criança com autismo, buscando expressar o que de mais legítimo ela é.

6. Qual a maior dificuldade em lidar com o transtorno do espectro autista (TEA)?

10. Qual seria o melhor ambiente para um atendimento? (Por gentileza citar objetos, móveis, etc.)?

Também não diria dificuldade, mas é um desafio lidar com as expectativas da família, que na maioria das vezes chega com a fantasia de que a musicoterapia, de forma mágica.

Cada musicoterapeuta tem as suas preferências. Eu particularmente trabalho em uma sala vazia, sem estímulos visuais ou mobiliário. O fundamental no meu ponto de vista é possuir um piso de madeira suspenso para que o paciente sinta em seu corpo a vibração dos instrumentos musicais.

5. Faz atendimentos com crianças autistas?

7. Pensando na arquitetura, o que ajudar, ou proporcionaria, um melhor atendimento?


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