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CASA DO ESTUDANTE Proposta de moradia para estudantes da UFFS no centro de Erechim/RS
Elias Rust Barcelos Souza Trabalho final de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim. Orientador: Vinícius Cesar Cadena Linczuk
OBJETIVO GERAL O trabalho se propõe ao desenvolvimento de um projeto arquitetônico de moradia estudantil para discentes da Universidade Federal da Fronteira Sul buscando a permanência dos estudantes, evitando a evasão e consolidando assim a universidade. O projeto tem por objetivo paralelo explorar a madeira como material construtivo sustentável, concebendo um complexo de edifícios. Para a implantação desse complexo foram escolhidos locais no centro urbano de Erechim onde se localizam edificações residenciais de madeira, da época da colonização da cidade. A localização foi pensada como uma maneira de preservar esses conjuntos de valor patrimonial, garantir o direito à cidade para os discentes da UFFS e realizar um exercício de projeto no qual as antigas edificações conviverão harmoniosamente com os novos edifícios propostos, preservando assim o patrimônio ambiental urbano e trazendo novamente o uso da madeira para a cidade, de forma tecnológica, contemporânea e sustentável.
O direito à moradia se materializa quando a moradia serve de um instrumento social, de que dispõe o indivíduo, para a obtenção do direito à educação, e esse, por sua vez, só pode ser concretizado num ambiente urbano com um mínimo de dignidade de moradia para o cidadão.
A universidade tem uma política de permanência baseada em auxílios econômicos, onde depósitos são feitos aos alunos mediante solicitação e de suas respectivas rendas. Com essa política se pretende evitar a evasão, buscando proporcionar a permanência dos estudantes nos cursos. Essas politicas são fundamentais para que a experiência universitária ocorra de maneira completa, dando a possibilidade que os estudantes participem de atividades extracurriculares, tão importantes quanto às aulas para a sua formação. O estudante precisa ter uma segurança financeira, para que o trabalho durante a graduação, caso necessário, seja apenas para complementar a renda, são tomando todo o seu tempo e prejudicando o aprendizado. Esses auxílios financeiros são uma medida paliativa e mesmo com essas políticas de permanência, a UFFS enfrenta o problema da evasão, que é alta nos seus cursos. A evasão ocorre quando o estudante se desvincula do curso, sem que o conclua. A evasão tem sido maior nos cursos noturnos, onde boa parte dos estudantes tem um perfil de trabalhador, com menos tempo de dedicação à universidade fazendo com que a conclusão do curso seja mais difícil. É importante ressaltar que a questão financeira não é o único motivo de evasão. Vários fatores levam a desistência dos estudantes como estrutura curricular do curso, falta de valorização das profissões da licenciatura, a não adaptação a vida universitária, e questões pessoais. Bibliografia de referência: BENINCÁ, Dirceu. Universidade e suas Fronteiras. Outras Expansões, São Paulo, 2011. COSTA, Gerson Carlo de Oliveira. Moradias Estudantis: Uma política pública na consolidação do Direito à Cidade. GARRIDO, Edleusa Nery. Moradia estudantil e a formação do estudante universitário. Dissertação de Mestrado. Unicamp. PEREIRA, Thiago Ingrassia. Classes Populares na Universidade Pública Brasileira e suas Contradições: A Experiência do Alto Uruguai Gaúcho. Editora CRV, Curitiba, 2015. SCOARIS, Rafael Oliveira. O projeto de arquitetura para moradias universitárias. Dissertação de mestrado. USP. São Paulo 2012.
Diante da questão da evasão e de promover condições de permanência a UFFS possui um projeto de construção de um edifício para abrigar moradia para os estudantes. Essa proposta atenderia 96 estudantes no campus Erechim. O projeto é padrão para todos os campus da UFFS, o que se torna algo inadequado visto que o projeto ignora as condicionantes locais. A implantação seria no campus, junto a outras estruturas da universidade. O problema consiste no fato do campus Erechim está localizado a 12km da área urbanizada, situado no meio rural. As moradias não devem ser somente locais de estadia mas sim sociabilidade e convivência, e os estudantes também tem o direito, à saúde, ao lazer e outras coisas proporcionadas pela cidade e que não estão disponíveis no campus e nem no seu entorno. Boa parte dos estudantes da UFFS pertencem às classes que historicamente tiveram o direito à cidade reduzido ou mesmo negado. Nesse contexto se torna fundamental a construção de moradias estudantis no centro urbano como uma política de acesso à cidade e educação.
Cidade CIDADE
UFFS UFFS
02/11 ERECHIM
Intervindo no centro
O direito à cidade é consolidado quando as pessoas moram em locais efetivamente providos de infraestrutura e de urbanidade em razão disto a implantação dessas moradias estudantis seriam favoráveis no centro da cidade. Para determinar locais de possível intervenção, foi levantado um breve histórico urbano e arquitetônico para a identificação de locais com potencial para acomodar as moradias estudantis para a UFFS.
CASAS REMANESCENTES
Características e padrões
Erechim, foi colonizada tardiamente em relação ao restante do estado do Rio Grande do Sul, no começo do século XX com a passagem da ferrovia São Paulo – Rio Grande pela região do Alto Uruguai. Sua formação se deu principalmente por imigrantes oriundos das “colônias velhas” na região da serra gaúcha. O local da colônia era coberto de mata nativa bastante densa, com abundância de araucárias. Isso foi fundamental para a economia da cidade, onde até a década de 1950 era grande produtora de madeira inclusive para a exportação, essa abundância também determinou que as primeiras construções da cidade seriam em madeira. A cidade se desenvolvia rapidamente ganhando importância na região, se tornando uma centralidade e já contando com alguma industrialização e grande crescimento do comércio. No ano de 1931, a administração municipal decide que a cidade deveria ter novas características, isso se refletiu em uma lei que proibia novas construções em madeira no centro. No ano dessa lei haviam somente três edificações em alvenaria, sendo uma delas a estação ferroviária.Desde esse período a área central sofre mudanças sempre se “modernizando” em um ritmo de construção e substituição de edifícios acelerado.
Mapa com a localização de todas as casas remanescentes (vermelho) e a localização do terreno do projeto. (Azul)
Diante de todo esse panorama, ainda resistem no centro de Erechim algumas residências em Madeira que datam do início da ocupação da cidade, que sobreviveram ao tempo e a modernização contínua. Essas casas de interesse histórico e seu entorno, foram entendidas como locais oportunos para a construção das moradias estudantis. Portanto o presente exercício não é o de pregar o congelamento da cidade, mas sim construir respeitando o existente e promover a diversidade de usos e ocupações. As cidades devem ser entendidas como objetos socialmente construídos e suas edificações como fontes de conhecimento, elas devem ser preservadas sob a perspectiva de que são exercícios de cidadania visto que a sua preservação as torna referências da história, da memória e das identidades. A memória é uma relação entre o passado e o presente, ela funciona como um instrumento de identidade e de desenvolvimento, a mudança sem memória é um fator de alienação e desagregação. Atualmente a lógica do mercado se sobrepõe a qualquer outra lógica que atua na cidade, fazendo com que edificações de valor histórico corram risco de desaparecer. Preservar é uma forma de resistência as forças econômicas que reduzem o espaço a mercadoria, preservar é uma forma de se reapropriar da cidade.
Uma cidade viva precisa de diversidade, e os prédios antigos contribuem com isso, eles abrem espaços para a variedade arquitetônica, cultural e social. Novas edificações inseridas de acordo com o contexto contribuem para a preservação, essa é a proposta desse projeto. O novo pode conviver com o antigo sem destruír-lo, mostrando que a preservação, contrariando o senso comum, não conflita com o desenvolvimento econômico. LOCAL PROJETO Esquina Av. Uruguai com Av Getúlio Vargas e esquina Av. Uruguai com a rua Aratiba. Fotos das casas no local.
Desde a implantação da colônia até a década de 1930, a cidade viveu seu auge da construção em madeira. Isso foi possível devido à presença de construtores experientes provenientes de colônias já consolidadas. Essas casas seguiam um certo padrão construtivo. As residências em madeira identificadas caracterizam-se por serem divididas em três pavimentos, um porão ou pavimento semienterrado, o térreo e o sótão. Elas possuíam telhado em duas águas com inclinação muito elevada, o beiral em formato quase reto em relação ao telhado, fazia com que a água fosse projetada com mais velocidade e mais longe das paredes, diminuindo assim o risco de infiltração e protegendo as tábuas da parede da umidade.¹ Eles eram de telhas cerâmicas, sendo a telha do tipo francesa, a mais comum. Havia também as coberturas em telha de zinco. Os porões eram construídos de pedra ou tijolo queimado. Sua existência é principalmente devido à topografia bastante irregular, mas também como forma de evitar o contato da madeira com a umidade vinda do solo. Os demais pavimentos eram feitos de tábuas dispostas no sentido vertical, com as frestas vedadas pelas mata-juntas. Essas tábuas eram pregadas nas vigas mestras da estrutura e sua posição vertical permitia que a água das chuvas escorra sem acumular nas juntas, o que possibilitaria o apodrecimento da madeira. As tábuas possuíam um espaço entre elas variando em até dois centímetros, geravam uma possibilidadde ajuste, espaços que depois eram cobertos pelas mata-juntas. Algumas das casas remanescentes possuiam a fachada feita em tábuas com o encaixe do tipo macho e fêmea para que se tenha um acabamento melhor. Essas construções eram alinhadas às ruas, sem recuo e com recuos laterais, geralmente implantadas no centro ou nas esquinas. Bibliografia de referência: BERRIEL, Andréa. Tectônica e poética das casas de tábuas. Curitiba, PR. Instituto Arquibrasil, 2011. 108p. CRICHYNO, Jorge. Identidade e preservação do patrimônio ambiental da paisagem urbana de Niteroi: Concepções e perspectivas Sócio-Ambientais. Mundo & Vida Vol. 2 – 2001 FÜNFGELT, Karla. História da paisagem e evolução urbana da cidade de Erechim – RS. Mestrado em Geografia – Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 2009. NARDI, Letícia. Patrimônio cultural e cidade contemporânea. Florianópolis: Editora da UFSC, 2012. 280p. PEREIRA, Natália Biscaglia. Características construtivas e a influência na durabilidade: arquitetura em madeira histórica em Erechim-RS. XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira 09-11/Março, 2015, Curitiba, PR, Brasil YÁZIGI, Eduardo. A Conceituação de Patrimônio Ambiental Urbano em Países Emergentes.GEoINoVA12, 2006
Imagem atual
Imagem com as edificações da moradia
03/11 Condicionantes de projeto Área do terreno com possibilidade de construção que preserve as casas.
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Altura máxima de 8 pavimentos ou aproximadamente 25m. Até essa altura o impacto na paisagem em relação a casa da esquina é pequeno. Conforme estudo de visibilidade do TFG 1.
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Rua Aratiba
s Distribuição da moradia em um complexo de edifícios orientados para possibilitar a melhor insolação nos quartos e a possibilitar a ventilação cruzada.
Av. Uruguai
Abertura na esquina e do interior do terreno, para que os edifícios criassem espaços públicos
Implantação e entorno Escala 1:750
Arquivo histórico
Biblioteca
Forma dos edifícios Com o estudo das técnicas construtivas das casas é possivel decompor essas contruções em 3 partes, a base, o corpo e o coroamento. Para manter a relação do novo edifício com as casas existentes no terreno, essas 3 partes foram usadas para compor as novas edificações, usando inclusive os mesmos materiais e funções, a base em alvenaria tem a função de abrigar atividades públicas e comerciais, e o corpo e coroamento são de madeira e tem a função de moradia
Lojas no nível da rua Aratiba, dando continuidade ao padrão existente nesta rua.
04/11 Material
Composição do complexo
Circulações verticais e reservatórios d’água Térreos com atividades públicas e comerciais
Unidades duplex Capacidade: 3 e 5 pessoas 12 unidades
Unidades das pontas Capacidade: 4 pessoas 9 unidades
Unidades com possibilidade de acessibilidade Capacidade: 3 pessoas 11 unidades
Unidades Família Capacidade: 2 pessoas 3 unidades
Unidade Visitantes Capacidade: 24 pessoas 1 unidade
Espaços de convivência coletivos
O complexo foi pensado como edifícios híbridos, sendo o principal componente a madeira. Trazendo assim um novo uso para esse material tradicional e renovável. Suas fundações, subsolo, primeiro pavimento e as caixas de escada e elevadores são feitas de concreto, com fechamento em alvenaria. O restante é composto de painéis em madeira laminada cruzada colada (CLT), que funcionam como lajes, e pilares em madeira laminada colada (GLT). As conexões entre esses elementos são metálicas. Os fechamentos das paredes são em molduras de madeira (Wood Frame) com gesso acartonado internamente e externamente revestimento metálico ou em madeira, variando conforme a fachada. As abreviações utilizadas são referente ao nome em inglês desses materiais/técnicas utilizado. CLT - Cross-Laminated Timber GLT - Glue-Laminated Timber A principal referência estrutural utilizada foi o edifício Brock Commons, uma moradia estudantil da University of Britsh Columbia no Canada. Ele é um edifício híbrido que utiliza deste mesmo principio estrutural e possui 18 pavimentos. Deste projeto, e com o auxílio do livro do Yopanan, foram retiradas as principais bases para pré-dimensionar a estrutura, os pilares e as lajes.
Cozinha Coletiva
Acessado em https://www.naturallywood.com/resources/brock-commons-construction-modelling.
Capacidade total de abrigar 143 pessoas
O complexo necessitará de 876,5m³ de madeira para sua estrutura, evitando o uso de 262* toneladas de cimento e a emissão de 165 toneladas de CO² na atmosfera, fato que ocorreria caso sua estrutura fosse em concreto convencional. Para obter esse volume de madeira são necessários 4hectares de plantados durante 12** anos, o que absorveria cerca de 400*** toneladas de CO² da atmosfera, durante o crescimento das árvores, diminuindo assim ainda mais a pegada ecológica.
Cobertura em telhas metálicas
Reservatórios d’água
Camadas impermeabilizantes
Painéis estruturais em CLT
* Média de 300kg de cimento para cada m³ de concreto estrutural. ** Baseado na produção média de 07m³ de madeira por árvore de pinus. *** Média de 70kg de CO² absorvido por cada árvore em 10 anos de crescimento.
Paredes de verdação em wood frame
Os painéis de CLT, são peças de madeira coladas de modo cruzado, com colas especiais e prensadas. São feitos sob medida e chegam na obra apenas para sua colocação no projeto. Os painéis terão 17mm de espessura e 3 comprimentos diferentes: 3,25m x 7,25; 3,25m x 9m e 3,25x4,5m.
Camada de concreto para melhorar a acústica e a resistência em caso de incêndio
Base e circulação vertical em concreto e alvenaria
Eles são bi ou tri apoiados nos pilares e na caixa de concreto da circulação vertical, e são colocados de forma intercalada conforme esquema abaixo.O uso desses painéis dispensa o uso de vigas, visto que eles são estruturais.
Locação dos painéis sobre a malha de pilares
Encaixe entre os pilares e os painéis
Detalhe do encaixe pilar - painel Escala 1:10
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Planta pav. 1 Escala 1:200
Muro da divisa como tela para expressões artísticas.
Espaço multiuso para reuniões, festas, assembléias, confraternizações de fim de ano, etc.
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Praça seca criada pela conformação do complexo, espaço para a variedade da vida urbana, como shows, feiras e quaisquer atividades pertinentes.
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Acesso estacionamento
01 - Parada de ônibus urbano 02 - Restaurante/bar/lanchonete 03 - Entrada das moradias e espaço de convivência dos estudantes 04 - Shafts elétricos, lógicos e de gás 05 - Lavanderias coletivas 06 - Bicicletário 07 - Central de cilindros de gás 08 - Lixo 09 - Medidor de eletricidade 10 - Biblioteca 11- Arquivo histórico 12 - Espaço multiuso
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Esquema de circulação pelos espaços criados
Percurso caminhantes Percurso acessível Acessos espaços
Espaços públicos cobertos, formando arcadas. Espaço para apropriação urbana, usado pelos bares, feiras e outras atividades diurnas e noturnas.
06/11 Planta pav. 2 Escala 1:200
01 - Espaço esportes 02 - Espaço exercícios físicos 03 - Arquivo histórico 04 - Biblioteca 05 - Cozinha coletiva 06 - Espaço de convivência/estar 07 - Alojamentos visitantes 08 - Unidade para 4 estudantes 09 - Unidade para 3 estudantes com possibilidade de adaptação para assessibilidade 10 - Unidade para 2 estudantes do tipo família
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Corte A
Escala 1:125
Detalhe Calha Escala 1:15
07/11 Planta pav. 3 Escala 1:200
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Unidade 4 pessoas 81m² Unidade 3 pessoas 51m² Unidade família 2 pessoas 34m² Sala de convivência 53m² Sacada
Zona de transição térmica, a fachada que recebe pouco sol e está sujeita ao vento sul de inverno é ocupada com os banheiros e áreas de cozinha, cômodos de menor permância. Eles funcionam como amortecedores térmicos para os quartos.
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As janelas dos quartos estão sempre voltadas para a melhor insolação. Como ocupam mais de 20% da parede, são suficientes para garantir iluminação em todo o ambiente.
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Conforme gráfico acima o desconforto pelo frio é a principal ocorrência na região em que está localizada Erechim. *Dados da cidade de Passo Fundo
Corte P
Perspectivado
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Em todos os ambientes é dada a possibiliadade da ventilação crusada, inclusive a higiênica para dias de inverno, onde aberturas basculantes na parte superior das portas e janelas podem ser abertas. Nas janelas há ainda persianas que permitem o controle da luminosidade dentro dos quartos.
Será entregue para cada estudante morador um manual, para que eles aprendam e possam aplicar como funcionam os controles climáticos manuais, para que assim possam controlar os ambientes.
Ampliação planta tipo
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Escala 1:100
Para uso no interior das moradias foi desenvolvida uma cadeira em madeira, para reforçar a identidade da moradia. Em seu encosto há um recorte com a forma semelhante a forma em perfil dos edifícios.
Os quartos são compactos e por isso seu mobiliário interno foi pensado de forma a otimizar o espaço, para criar um ambiente confortável.
Detalhamento parede externa metálica Escala 1:20
Detalhamento parede externa madeira Escala 1:20
09/11 Planta pav. 4 e 5 Escala 1:200 Saídas de emergência Para adequar o projeto as normas relativas as saídas de emergência foram feitos os seguintes passos para obter a classificação das edificações e fazer o dimensionamento conforme a NBR 9077.
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Conforme tabela da norma o complexo foi classificado como “X” onde a propagarçaõ de fogo é fácil.
02 01 - Duplex 4 pessoas 90m² 02 - Duplex 3 pessoas 68m² 03 - Sala de convivência 45m²
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Com isso se obteve a distância máxima a ser percorrida até um local seguro, de 25m 02
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Local seguro conforme NBR 9077: Espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça. No caso os edifícios possuem escada a prova de fumaça. Distância máxima conforme RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS Nº 11: nas ocupações do grupo residenciais, a distância deverá ser considerada a partir da porta de acesso da unidade autônoma.
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Com isso foi calculada e a população para dimensionar as escadas e corredores. Pavimento mais populoso rua Aratiba: População 38 Largura das saídas: (38/60)= 0,6UN Largura das escadas: (38/45)= 0,8UN Foi então adotado a passagem mínima que é de 2UN ou 1,10m
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Pavimento mais populoso av Uruguai: População 50 Largura das saídas: (50/60)= 0,8UN Largura das escadas: (50/45)= 1,1UN Foi então adotado a passagem mínima que é de 2UN ou 1,10m
Local seguro: Escada à prova de fumaça de material resistente ao fogo(concreto)
Rotas de fuga , distâncias percorridas e locais seguros Escala: 1:500 Uma barreia à construção em madeira, particularmente em edifícios verticais, é a ideia de que a madeira é menos resistente a incêndios do que o aço e a alvenaria. Durante um incêndio enquanto vigas de aço se deformam, as vigas de madeira mantêm as suas propriedades. A madeira arde a 0,7 milímetros por segundo, conseguindo-se portanto 30, 60 e 90 minutos durante a qual resiste aos efeitos do fogo. Para além desta propriedade, a massa total de um elemento de madeira é composta por 15% de água, que numa situaçãode incêndio, vai evaporar e impedir que a madeira queime efetivamente, funcionando como um elemento retardador. (SILVA,2014) Corpo de prova de Viga de GLT queimada, mas como interior intacto. Fonte: SILVA, Tânia Sofia Barbosa. Explorar a Potencialidade deum Edifício Construído com Madeira Lamelada Colada Cruzada
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Planta pav. 6 e 7 Escala 1:200
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Duplex 5 pessoas 108m² Duplex 4 pessoas 68m² Unidade Família 66m² Sala de convivência Sacada
Sistema de águas A projeto insere os reservatórios superiores de água no ultimo andar, junto das unidades duplex e sob o telhado, assim não são visiveis do exterior. As edificações usam um sistema de aproveitamento das águas cinzas, provenientes dos chuveiros e pias dos sanitários e da lavanderia. Essas águas são tratadas e utilizadas para serem usadas nas descargas dos vasos sanitários. Com isso os edifícios tem reservatórios separados para armazenagem da água potável e da água de reuso.
Corte C
Escala 1:125
Detalhe esgoto água potável
Saída águas negras para a rede de coleta
águas cinzas
Tratamento águas cinzas
Entrada água potável da rede
Escala 1:20
Planta Rua aratiba e subsolo
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Escala 1:200
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Corte B
01 - Lojas 02 - Estacionamento 28 vagas 03 - Parada Ă´nibus 04 - Acesso pedestre estacionamento 05 - ReservatĂłrios
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Escala 1:125
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