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BELÉM, TERÇA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2013
Famílias esperam despejo no Paraíso dos Pàssaros. Página 11.
LITERATURA Estande expõe com sucesso 600 títulos de 150 autores locais
CRISTINO MARTINS - O LIBERAL
Paraenses são destaque na Feira do Livro Cristóvão Tezza afirma, no evento, que net ajuda quem nunca escreveu
A
s noites literárias agitam o público na XVII Feira PanAmazônica do Livro, no Hangar, que desde a abertura da programação, na sexta-feira, dia 26, conta com o estande Escritores Paraenses e outra atrações, como o Encontro Literário, ontem com o escritor paranaense Cristóvão Tezza. “O estande dos escritores paraenses funciona desde a primeira edição da Feira, e este ano estamos com 600 títulos de 150 escritores, com uma média de três títulos por autor”, afirmou o escritor e coordenador do estande, Cláudio Cardoso. As vendas, segundo ele, estão boas, porque de sexta-feira até ontem, foram vendidos 200 títulos, correspondendo a 30% dos livros expostos no estande. A cada hora ocorre um lançamento no estande, como no caso dos escritores Tadeu Henrique Pinheiro Santos e Élida Lima. Tadeu lançou o livro “A Percepção Ambiental dos moradores do entorno do Parque do Utinga, Ananindeua”, pela editora CRV, dissertação de mestrado que desenvolveu na Universidade de Taubaté (SP), em 2010. “Eu gostei da localização do estande”, disse ele. “É
Élida Lima, uma das escritoras paraenses a desfrutar do sucesso no estande local da Feira
boa a divulgação e o comparecimento do público tem sido excelente, tanto que do começo da feira até agora vendemos 60% do que eu trouxe para expor”, afirmou Tadeu Santos. “Um leitor se forma com a presença de livros em casa, desde que a pessoa é criança; se os pais leem os filhos tenderão a ler, também, porque desde pequenos estarão vendo livros
no lar”, destacou o escritor e trovador Antônio Juracy, que lia literatura de cordel trazida pelo pai para a casa deles em Afuá. A escritora Heliana Barriga está na Feira com seu novo livro, “Livre”, com poemas dela e ilustrações da filha Nairama Barriga. Nesse clima de incentivo à leitura, aos 14 anos de idade a publicitária Élida Lima chegou a entrevistar o escritor Max Martins na casa dele, no Conjunto IAPI, em São Brás, para um trabalho de escola. Durante o lançamento, ontem, de seu livro “Cartas ao Max”, pela editora Invisíveis Produções, Élida contou que o afeto com os poemas de Max a motivaram a escrever o livro. Simultaneamente aos lançamentos no estande Escritores Paraenses, o escritor Cristõvão Tezza afirmava, no “Encontro Literário”, que a internet possibilita que muita gente que nunca escreveu ou leu rotineiramente o faça no dia-a-dia. Esse otimismo com a leitura Tezza ratificou ao agradecer o convite à Feira do Livro: “Partilhar é literatura”. Perto do Encontro, alunos do Colégio Nazaré apresentaram a peça “No Moinho”, de Eça de Queiroz, a uma plateia numerosa, em tempos de livros e internet na Amazônia.