FILHOS NO CAMINHO DO SENHOR

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FILHOS NO CAMINHO DO SENHOR ATRAVÉS DA FAMÍLIA


DESCOBRINDO A NOSSA RESPONSABILIDADE A PARTIR DO ANTIGO TESTAMENTO


Ensinar/instruir/educar no caminho em que deve andar (Pv 22.6) A ideia de instruir é muito abrangente: Primeiro, instruir no caminho do Senhor. Podemos ver isso nos antepassados (Gn 18.18,19). Abraão tinha da parte de Deus alto conceito: “Devo esconder meu plano de Abraão?” (v.17 NVT). No verso 19 a palavra “escolhido” é ‘yâda’ que tem a ideia muito mais forte de conhecer, de intimidade e proximidade. Será que como pais não podemos ter esse mesmo grau de intimidade com Deus?


Segundo, Instruir para que façam boas escolhas. Isaque disse a Jacó com quem ele não deveria se casar (Gn 28.1 “Não tomarás esposa dentre as filhas de Canaã”). Qual tem sido o nível de comprometimento que temos no aconselhamento dos nossos filhos em relação aos seus futuros cônjuges?


Terceiro, Instruir para que sejam bons cidadãos, cumpridores dos deveres sociais e éticos. Mas essa instrução depende do quanto temos sido bons cidadãos porque nossos filhos se espelham em nossos comportamentos. Pecando nas coisas simples: Sinal da Net, Imposto de Renda, jeitinho brasileiro, linguagem domiciliar, etc


Moisés quando escreveu o Deuteronômio disse o que o Senhor pediu em relação aos Seus estatutos: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te” (Dt 6.6,7). Shânan

‫נן‬ ‫שש נ‬

Aguçar, picar, inculcar, intimar, ensinar, afiar, etc


“Figuradamente, este verbo pode ser usado para denotar palavras agudas que uma pessoa pronuncia a fim de ferir outra. Mas também tem o sentido de imprimir na mente e no coração, assim como se escrevia em pedras com objeto pontiagudo”.


A LXX radicalizou pois no grego a palavra é προβιβάζω probibazō que tem a ideia é de fazer acontecer com força e até com violência; forçar a entrada como o typos da máquina de escrever faz no papel. Figuradamente a gente diz: “Esse menino tem a cabeça dura, nem que eu rache a cabeça dele ele vai aprender”. É quase isso rs


Lá na frente o Espírito Santo vai dizer que: “A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12).


Com tudo isso, fica, portanto, consolidado que a responsabilidade do ensino no caminho é primariamente da família (Assim faziam os pais judeus com os filhos até aos 12 anos). “Ensina-as com dedicação aos teus filhos e aos teus netos” (Dt 4.9). Secundariamente, da igreja. Depois dos 12 anos o jovenzinho judeu já podia assentar-se entre os doutores e mestres no templo/sinagoga.


DESCOBRINDO A NOSSA RESPONSABILIDADE NO NOVO TESTAMENTO, EM PAULO.


O que Paulo tem a nos dizer quando escreveu aos crentes de Éfeso (Ef 6.4). Paulo começa esse texto exortando os filhos para que tivessem boas atitudes em relação aos seus pais (vv 1-3). Mas no verso 4 Paulo exorta aos pais, pedindo que eles tratassem os seus filhos com toda cordialidade possível.


O pr. Nataniel Sabino escreveu: “Ao confiar filhos ao casal, Deus vai requerer dos pais o preparo desses filhos para a vida. Certamente que, com a cobrança da responsabilidade dos pais, Deus também oferece ajuda permanente para a criação dos filhos” (Revista: Resgatando a Alegria do Convívio no Lar – UFMBB).


Paulo nos exorta: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira”. Quando os pais provocam os filhos à ira? Quando são autoritários, quando não há diálogo, quando há conflitos de geração (falta de relacionamento). Paulo nos dá uma dica especial: “Mas tratem de criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor”. Paideia = disciplina: instrução que aponta para o crescimento em virtude.


Nouthesia (nou+thesia), Admoestação, exortação do Senhor. Nous é mente; thesia é colocar. Temos aqui a mesma ideia de Deuteronômio 6.7. Como pais cristãos criamos os nossos filhos tendo como base os ensinos que vêm do Senhor.


Paulo não diz que devemos criá-los de acordo com os melhores (psico)pedagogos, psicólogos e demais profissionais. O drama da criação de filhos se dá quando deixamos de lado a Palavra de Deus e nos cercamos de livros e de profissionais que nos dão a última palavra.


CONCLUSÃO Se nós queremos ver nossos Filhos no Caminho do Senhor através da Família, a família deve conservar a Bíblia como sua regra de fé e prática. Termino com as palavras do Pr. Júlio de Oliveira Sanches (Igrejas em Sorocaba): “Dois procedimentos estabelecidos por Deus: os pais orientam e levam os filhos a Cristo. Não há escolha. Não há como transferir a outrem, seja Igreja, escola ou outro profissional qualquer essa obrigação”.


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