Revista Arte Fatos

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Unique Types: a Tipografia inspirada em crianรงas especiais.

ArteFatos

#01

+realidade

aumentada

O futuro chegou

flexografia

O uso na literatura de cordel

portfolio

Um ASpirante a designer

e+ alejandro

chaskielberg

O melhor fotรณgrafo do ano

fredrik raddum E seus Bonecos Bizarros

albert uderzo O ilustrador de Asterix

banksy

Um artista revolucionรกrio



Da redação

C

omo designers podem ajudar as crianças da AACD? Poderia um simples código conter informações e entretenimento ? Poderia uma pessoa de histórico de delinquencia juvenil se tornar um artista conhecido com obras avaliadas em até US$ 200 mil? Esta edição da ArteFatos traz de curiosidades, a mais nova sensação da tecnologia a “Realidade Aumentada” e também conta o trabalho realizado pela Creative Commons para ajudar as crianças atendidas pela AACD, um conteúdo imperdível de arte e fatos.

Diretor Geral: Juan Pablo Diretor Editorial: Sérgio Nogueira Diretor de Mercado Anunciante: Valdyr Carrasco Diretor de Finanças e Recursos: Amaral de Jesus Diretor de Mercado Leitor: João Salustiano

Diretora Editorial Adjunta: Cynthia de Alcântara Diretor de Criação: Eliseu Gomez Editor Chefe: Castro Máximo Editor: Álvaro Sandoval Repórteres: João Gouveia, Castro Moura e Silva, Tomás Bragança, Henrique Severiano e Paulo Yamazuki Editora de Arte: Camila Arnaldo Moreira Diagramadores: Eliseu Gomez e Moisés Alencar Colaboradores: Sandoval Arenas, Marcos Peixoto, Luis de Sá, César Albuquerque e Sarah Veloso Cartas à Redação: artefatos@edcrhonus.com.br Assistente-Executiva: Maria Padrão Publicidade Diretor de Publicidade Centralizada: Eduardo Café, Marco Ribolli, Fia Mascarenhas, Rute Alencar, Mariano Villas Boas, Santiago Peixoto Executivos de Negócios: Saulo Vilela, Tiago Antunes, Letícia de Moura, Paulo Matos, Joaquim Nabuco, Túlio Torres, Tamara Felipe, Eliana Strawski, Marcelo Devianto, Baltazar Godinho, Cornélius Aureus Diretor de Projetos Especiais: Lucas Matos e Luana Santos Gerente de Eventos e Marketing Publicitário: André Jalapão Coordenação de Publicidade: Silas Mantovanni

Sumário 1 Tipografia

pág. 4,5

Projeto Unique Types

Unique Types são fontes especiais, inspiradas nas crianças atendidas pela AACD.

2 Ilustração

pág. 6,7

Albert Uderzo

A biografia do ilustrador de Asterix e Obelix.

3 Arte Urbana Banksy

As intervenções urbanas de um rebelde artista de rua.

4 Design

pág. 10,11

Fredrik Raddum

As bizarras esculturas de Fredrik Raddum

5 Fotografia

pág. 12,13

Eles não são bons só no futebol

Fotógrafo argentino é premiado pelo Sony World Photography Awards com a melhor fotografia de 2011.

6 Tecnologia EliseuGomez Designer Gráfico

ArteFatos é uma revista mensal de distribuição gratuita da Editora Crhonus S.A - Av. João Lopes Medeiros, 1572, Centro - Belo Horizonte, CEP 05368-563 - Tel. 31 3232-3232

ANO I - 6 de junho de 2011

pág. 8,9

pág. 14,15

Realidade Aumentada

Se você pensava que objetos pulando para fora da tela fossem coisa de filme de ficção científica, conheça a Realidade Aumentada.

7 Portfolio

pág. 16,17

Eliseu Gomez

Aspirante a Designer Gráfico

8 Processos de Impressão 18,19,20.

Xilogravura

A Editora Crhonus S.S, consciente da sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. A certificação FSC garante que uma matéria prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado.

pág

A técnica utilizada pelos nordestinos para ilustrar as capas da literatura de cordel.


TIPOGRAFIA

Projeto

Unique Types. Unique Types são fontes especiais, inspiradas nas crianças atendidas pela AACD. Criadas sob licença Creative Commons, as fontes podem ser usadas livre e gratuitamente.

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AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), a Creative Commons e a Agência Click, estão lançando o projeto Unique Types, no qual designers podem participar e ajudar na arrecadação de doações para a AACD, sem gastar nada com isso. Confira esse projeto sensacional.

Da esquerda para a direita, fonte “Escada” por Paulo Terra. Cartaz de divulgação do projeto. Fonte “Pé da Letra” por Diego Araújo, ao lado.

O projeto Unique Types consiste basicamente em convidar designers para criarem fontes inspiradas nas crianças atendidas pela AACD. A Creative Commons permite que as fontes possam ser usadas pelas agências para divulgar o projeto e para ajudar a AACD sem nenhum custo. Para isso, o designer só precisa criar uma fonte e enviar para o site do projeto para download. Por enquanto, somente pessoas convidadas podem enviar os seus trabalhos. No entanto, você pode se cadastrar no site para que eles te avisem quando projeto será iniciado. O primeiro passo é você entrar no site do

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projeto Unique Types. Algumas fontes do projeto Unique Types já estão disponíveis para download. Você poderá ver imagens e vídeos das fontes e também fazer o download delas através do link Pré-lançamento para designers, logo na página inicial do projeto. Além disso, se você quiser oferecer doações para a AACD de outras formas, é só entrar no site da instituição e clicar no link Doações, na parte inferior direita do site. Ajude a divulgar este sensacional projeto entre os seus amigos, parentes e colegas de trabalho. A revista ArteFatos apoia essa ideia, por isso estamos divulgando aqui em nossa sessão de tipografia. Essa é uma maneira fácil e gratuita de ajudar quem precisa.

De cima para baixo fonte “Iguais”, criada por Paulo Bruno, e fonte “Efeito Borboleta” criada por Yuri Chagas Lobo.

Grande abraço e boas criações!

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Unique Types é um movimento contra o preconceito.

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Tipografia

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ILUSTRAÇÃO ,

Albert Uderzo

A biografia do ilustrador de Asterix e Obelix.

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Mesmo depois da morte prematura de Goscinny, Uderzo continua a ilustrar os livros de Astérix.

" ArteFatos

A

lbert Uderzo (Fismes, 25 de abril de 1927) é um desenhista francês famoso por ter criado, em parceria com René Goscinny, o personagem Astérix, e outras personagens como Oumpah-pah. Uderzo nasceu em Fismes, Marne, filho de imigrantes italianos de Oderzo. Durante a infância desejava ser mecânico de aviões, embora já mostrasse algum talento para as artes. Durante a 2ª Guerra Mundial, o jovem Uderzo deixa Paris e viaja para a Bretanha, onde trabalha numa quinta, e ajuda o seu pai no negócio de mobílias. Muitos anos mais tarde, quando foi necessário decidir a localização para a aldeia de Astérix, René Goscinny deixou essa decisão para Uderzo, que prontamente escolheu a Bretanha. Uderzo iniciou a sua carreira de artista em Paris, a seguir à guerra, em 1945, com Flamgerge ou Clopinard, um pequeno idoso perneta, que vence todas as contrariedades. Em 19471948, cria novas personagens, tais como Belloy e Arys Buck. Uderzo e Goscinny Uderzo conhece Goscinny em 1951. Tornam-se grandes amigos, e decidem trabalhar juntos em 1952, na delegação de Paris da empresa belga World Press. Os seus primeiros trabalhos foram Oumpah-pah, Jehan Pistolet e Luc Junior. Em 1958, as aventuras de Oumpah-pah são adaptadas, e publicadas na revista Tintim, até 1962. Em 1959, Goscinny torna-se editor, e Uderzo director artístico, da revista de banda desenhada para crianças, Pilote, criada em 29 de Outubro. A primeira edição da revista publica, pela primeira vez, Astérix, e é um sucesso em França. Paralelamente, Uderzo também trabalhou com Jean-Michel Charlier, na série Michel Tanguy, mais tarde chamada de As Aventuras de Tanguy e Laverdure. Em 1961, após dois anos a serem publicadas na revista Pilote, Em 1967, depois do sucesso do primeiro livro, ambos os autores decidem dedicar-se apenas a este personagem. Mesmo depois da morte prematura de Goscinny, em 1977, Uderzo continua a ilustrar os livros de Astérix (à uma média de um álbum a cada 3 a 5 anos, comparados aos dois livros, por ano, em vida de Goscinny). A autoria dos livros ainda indica Goscinny e Uderzo. Prémios • •

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1985: Cavaleiro da Legião de Honra 2005: Will Eisner Award Hall of Fame EUA


Acima capa da revista Ompa-Pa personagem também criado por Uderzo, ao lado o ilustrador posa com o quadro do Records Guinnes por 320 milhões de cópias vendidas em 111 línguas

Ilustraçao

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Banksy

ARTE URBANA

As intervenções urbanas de um rebelde artista de rua.

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ascido em Bristol, Inglaterra, Banksy iniciou cedo sua carreira: aos 14 anos foi expulso da escola e preso por pequenos delitos. Sua identidade é incerta, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo. É um artivista declarado, e uma das principais marcas de seu trabalho é a criação de pequenas intervenções que geram grandes repercussões. Os pais dele não sabem da fama do filho: “Eles pensam que sou um decorador e pintor”, declarou. Recentemente, ele trocou 500 CDs da cantora Paris Hilton por cópias adulteradas em lojas de Londres, e colocou no parque de diversões Disney uma estátua-réplica de um prisioneiro de Guantánamo. Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras. Um grande mural do “artista guerrilheiro” Banksy foi coberto de tinta por funcionários contratados pela prefeitura da cidade britânica de Bristol para lidar com pichação. O trabalho artístico, com pouco mais de 7 metros de comprimento e que ficava em um muro ao lado de oficinas na cidade, foi coberto com uma grossa camada de tinta preta. O conselho municipal de Bristol disse que quer que o erro seja investigado e determinou a preservação de todas as obras de Banksy na cidade. Em consequencia deste engano, alguém pichou as palavras “wot no Banksy?” (que poderia ser traduzido como “o quê, sem Banksy?”) por cima da tinta preta. O mural, um dos primeiros trabalhos de Bansky, apresentava uma coleção de formas azuis, com o traço que é sua marca registrada. Há outras pichações dele em uma ponte ferroviária na mesma cidade. Gary Hopkins, do conselho municipal de Bristol, disse que os funcionários da empresa contratada, Nordic, receberam a incumbência de apagar uma pichação ao lado da obra de Banksy, mas se enganaram e cobriram os traços do artista. “Nós teremos que tomar providências contra a empresa, porque o conselho municipal não deu instruções para a remoção de nenhum trabalho de Banksy. Estamos cientes de

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que ele é bastante valioso e temos instruções específicas para que nenhum mural de Banksy seja removido”, afirmou. A Nordic e o artista não se pronunciaram sobre o assunto. Algumas das obras de Bansky alcançaram preços altos entre colecionadores. Em fevereiro, uma imagem de aposentados jogando boliche com bombas foi vendida pelo equivalente a quase US$ 200 mil, um recorde para o artista. Mas a galeria Lazarides, em Londres, que vende seu trabalho, disse que seria um erro colocar um preço no antigo mural de Bristol pois isto poderia ser uma tentação para pessoas que poderiam removê-lo. Arte Urbana

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O quê, sem Banksy?

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DESIGN

ArteFatos

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Fredrik Raddum Esculturas Bizarras

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norueguês Fredrik Raddum cria trabalhos bastante inusitados em fotografia, instalação, performance e escultura. Essa última vertente, então, merece destaque. Surreais, as peças criadas pelo artista revelam um mundo bem estranho habitado por personagens nada convencionais. Conheça alguns deles.

Design

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FOTOGRAFIA

Eles não são bons só Fotógrafo argentino é premiado pelo Sony World Photography Awards com a melhor fotografia de 2011.

A

s cenas capturadas pelo fotógrafo argentino Alejandro Chaskielberg, 32, remetem tanto a pinturas impressionistas como a narrativas cinematográficas. São imagens compostas por um detalhismo rigoroso de cor e luz e que formam uma sequência de histórias de pessoas e de costumes. Essas características fizeram Chaskielberg ser considerado um dos 30 novos talentos da fotografia pela revista americana “PDN”. E o trarão ao Brasil, para a sexta edição do Paraty em Foco, evento que acontece na cidade fluminense entre 15 e 19 de setembro (a programação completa está em no site do evento). “Sou um amante da pintura e, principalmente, do impressionismo. Eu comecei no fotojornalismo e a primeira vez que consegui desabrochar uma forma visual de representar a realidade foi com a série ‘High Tide’ [ou ‘La Creciente’, em espanhol]”, diz Chaskielberg à Folha. Fotógrafo desde os 18 anos, ele produziu a série “High Tide” entre 2007 e 2009. Nesse período, conviveu com a população que vive às margens da parte argentina do rio Paraná. Lado a lado, as imagens de “High Tide” nos contam um pouco da vida dessas pessoas assim como as cenas de “Borders”, em que Chaskielberg une homem e água. Se em “High Tide” a lua cheia iluminou as cenas de Chaskielberg, para fazer “Borders” ele usou um flash potente à luz do dia para registrar banhistas em uma área próxima à fábrica de celulose instalada na divisa entre Argentina e Uruguai que gerou atrito entre os países. “No meu trabalho, não intervenho no aspecto digital. Manipulo imagens apenas com a câmera e com a luz”, conta. “Gosto de fotografar à noite, com lua cheia, e de usar longos tempos de exposição, de cinco a dez minutos [nesse tempo, os fotografados permanecem imóveis]. A perspectiva é diferente.”

ArteFatos

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Sou um amante da pintura e, principalmente, do impressionismo.

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no futebol! Graduado pelo Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales, INCAA, da Argentina, Alejandro Chaskielberg começou a trabalhar ainda jovem na imprensa local de Buenos Aires, cujo ensaio “Argentina Crisis” , de 2001, já alcançou destaque pelo tratamento diferenciado dado a imagens jornalísticas. Premiado em 2008 pela National Geographic Society por seu ensaio sobre o delta do Rio Paraná, foi agraciado também em 2009, com a bolsa Emerging Photographer Grant da revista Burn, cujo curador é o fotógrafo David Alan Harvey. É considerado pela prestigiosa revista novaiorquina PDN (Photo District News) como um dos 30 melhores fotógrafos emergentes da atualidade.

Fotografia

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TECNOLOGIA

Realidade Se você pensava que objetos pulando para fora da tela fossem coisa de filme de ficção científica, conheça a Realidade Aumentada.

É

impossível que objetos reais interajam com objetos virtuais, ou vice-versa, certo? Errado! Dê as boas vindas a uma tecnologia que já começou a revolucionar a maneira como o ser humano interage com as máquinas (e as máquinas com o ser humano): a Realidade Aumentada, ou (RA). Não se preocupe: ainda estamos longe de acontecimentos como os ilustrados em filmes como Matrix e Exterminador do Futuro, se é que eles serão possíveis algum dia. No momento, as máquinas estão ganhando mais “personalidade”, mas isso só significa que elas estão cada vez mais cordiais e responsivas às ações humanas. De uma forma simples, Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite que o mundo virtual seja misturado ao real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão na maneira como nós executamos tarefas, ou mesmo as que nós incumbimos às máquinas. Assim, se você pensava que objetos pulando para fora da tela eram elementos de filmes de ficção científica, está na hora de mudar seus conceitos. Aliás, o que acontece com a Realidade Aumentada é o contrário: você pulará para dentro do mundo virtual para interagir com objetos que só estão limitados à sua imaginação. De onde veio isso? Resumidamente, a Realidade Aumentada teve sua origem em algo muito simples: etiquetas. Os códigos de barras não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura. Por isso, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitiam o armazenamento de muito mais informação do que os códigos de barras. O que isso tem a ver com a Realidade Aumentada? Tudo!

Quadrotor Parrot AR.Drone, controlado por iPad/iPhone,guiado com um aplicativo de realidade aumentada. Na lata da Sprite o código QRCode permite ao consumidor interagir com os personagens do jogo no site da marca.

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Aumentada Os códigos bidimensionais são justamente os responsáveis pela possibilidade de projetar objetos virtuais em uma filmagem do mundo real, melhorando as informações exibidas, expandindo as fronteiras da interatividade e até possibilitando que novas tecnologias sejam utilizadas, bem como as atuais se tornem mais precisas. A Realidade Aumentada é utilizada combinando-se um código de duas dimensões com um programa de computador.

Como funciona? Três componentes básicos são necessários para a existência da Realidade Aumentada: 1. Objeto real com algum tipo de marca de referência, que possibilite a interpretação e criação do objeto virtual; 2. Câmera ou dispositivo capaz de transmitir a imagem do objeto real; 3. Software capaz de interpretar o sinal transmitido pela câmera ou dispositivo. O processo de formação do objeto virtual é o seguinte: 1. Coloca-se o objeto real em frente à câmera, para que ela capte a imagem e transmita ao equipamento que fará a interpretação. 2. A câmera “enxerga” o objeto e manda as imagens, em tempo real, para o software que gerará o objeto virtual. 3. O software já estará programado para retornar determinado objeto virtual, dependendo do objeto real que for mostrado à câmera. 4. O dispositivo de saída (que pode ser uma televisão ou monitor de computador) exibe o objeto virtual em sobreposição ao real, como se ambos fossem uma coisa só. O vídeo abaixo é um exemplo de como a Realidade Aumentada pode ser usada. No caso apresentado, são utilizadas impressões aparentemente sem qualquer sentido, mas que já estão programadas no software de interpretação e são transformadas em objetos tridimensionais, como telefones e formas geométricas.

Tecnologia Página 15

O símbolo no verso do Doritos ao ser ativado, libera no site da marca um monstro 3D chamado Doritos Lover. EyePet jogo para PlayStation onde o jogador interage com um pet como se estivesse em sua sala.


PORTFÓLIO

Eliseu Gomez Aspirante a Designer por Lucas Rocha

O

interesse e envolvimento com a arte veio cedo. A vontade de reproduzir os personagens dos quadrinhos e das animações de TV fez com que Eliseu se descobrisse no desenho. O traço corria com facilidade e a representação de suas inspirações era fieis as originais o que levou, com o tempo, há uma evolução natural do lápis e papel para a tela do computador. Transpor tudo aquilo que fazia de forma analógica para o universo digital não foi uma tarefa difícil. Curioso e dedicado o jovem aos poucos foi dominando os softwares e logo descobriu a profissão que iria seguir. Com uma bagagem considerável de softwares e o talento da ilustração Eliseu decide ampliar ainda mais o universo da comunicação se inicia à produção de vinhetas e vídeos promocionais encontrando-se, assim, em um mercado novo e não muito distante do que já fazia: o Motion Design ou Motion Graphics. Sempre em busca do melhor resultado para suas criações Eliseu encara a profissão a sério e ama o que faz. Dinamismo e criatividade acompanham o jovem no vasto e competitivo mundo da COMUNICAÇÃO VISUAL!

Embalagens

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Panfletos, folders, outdoors...

Portf贸lio

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PORTFร LIO

3D

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Ilustração

O

s desenhos e histórias feitos na infância eram apenas o começo do caminho que Eliseu Gomez queria trilhar. Sempre com algum livro nas mãos buscava inspiração para suas próprias histórias ou criações. Hoje aspira o design gráfico não com os mesmos olhos de outrora, mas com a mesma satisfação e desejo pueril d’antes. Faz do criar seu hobby preferido, busca conhecimentos para que o criar não seja rotineiro e cansativo, mas estudado, e cuidado como cria.

Logotipos

Os grandes trabalhos ainda não vieram, o reconhecimento também não, mas, vislumbra num futuro próximo alcançar a posição que julga merecer. Sem perder a visão e sem querer acelerar os passos, cria.

Portfólio

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A técnica utilizada pelos nordestinos para ilustrar as capas da literatura de cordel.

Xilogravura

PROCESSOS DE IMPRESSÃO

ArteFatos

A

xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e uma ou mais ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho planejado. É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista na madeira sairá espelhada na impressão; no caso de haver texto, grava-se as letras ao contrário. Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa. Como podemos constatar, é uma técnica bastante simples e barata; por isso se presta tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda chuva, por exemplo, para conseguirem diferentes efeitos no desenho. A xilogravura já era conhecida dos egípcios, indianos e persas, que a usavam para a estampagem de tecidos. Mais tarde, foi utilizada como carimbo sobre folhas de papel para a impressão de orações budistas na China e no Japão. Com a expansão do papel pela Europa, começa a aparecer com maior freqüência no Ocidente no final da Idade Média (segunda metade do século XIV), ao ser empregada nas cartas de baralho e imagens sacras. No século XV, pranchas de madeira eram gravadas com texto e imagem para a impressão de livros que, até então, eram escritos e ilustrados a mão. Com os tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser utilizadas somente para as ilustrações. A descoberta das técnicas de gravura em metal relegou a xilogravura ao plano editorial no transcorrer da Idade Moderna, mas nunca desapareceu completamente como arte. Tanto que, no final do século XIX, muitos artistas de vanguarda se interessaram pela técnica e a resgataram como meio de expressão. Alguns deles optavam por produzir obras únicas, deixando de lado uma das principais características da xilogravura: a reprodução. No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa para o Rio de Janeiro. A instalação de oficinas tipográficas era proibida até então. Os primeiros xilogravadores apareceram depois de 1808 e se alastraram principalmente pelas capitais, produzindo cartas de baralho, ilustrações para anúncios, livros e periódicos, rótulos, etc. Estas matrizes, que foram produzidas ao longo do século XIX e

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A xilogravura já era conhecida dos egípcios, indianos e persas, que a usavam para a estampagem de tecidos.

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abarrotavam as tipografias nordestinas, aparecem nos primeiros folhetos de cordel impressos, no final deste século (o mais antigo que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de Barros - 1865-1918). Os editores dos livretos decoravam as capas para torná-las mais atraentes, chamando a atenção do público para a estória narrada. Para isso, utilizavam o que estava à mão: poderiam ser os clichês de metal (são como carimbos) que começavam a substituir os de madeira no início do século XX ou simples vinhetas decorativas. A xilogravura como ilustração, feita sob encomenda para determinado título, nasce da necessidade de substituir os clichês de metal já gastos. Por isso, não é difícil encontrar xilogravuras de capas de cordel imitando desenhos e fotografias de clichês. Mas, a xilogravura popular nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas. Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas gravuras soltas além de continuarem a produzir ilustrações para as capas dos cordéis. Gravadores como J. Borges, José Lourenço, Jerônimo e muitos outros, expõem seus trabalhos em importantes instituições no Brasil e no exterior.

Processos de Impressão

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PROCESSOS DE IMPRESSÃO

Passo 1 - Escolha uma base de madeira uniforme para que a

impressão seja homogênea; evite madeiras com defeitos ou nós. A madeira pode ser de qualquer espécie e no Brasil temos muita disponibilidade de madeiras com as características certas como a peróba rosa, a peróba do campo, o pequia marfim , a goiabeira, a canela etc… A regra básica diz que em trabalhos muito detalhados usa-se madeira dura e em trabalhos com grandes áreas menos detalhadas podem ser usadas madeiras mais macias tipo cerejeira, cedro e pinho. Há a necessidade de se preparar a madeira com lixas cada vez mais finas para eliminar qualquer imperfeição e deixar a superfície como se tivesse sido polida. Aí estará pronta para receber o desenho e o entalhe.

Passo 2 - Escolhido o desenho deve-se transferi-lo usando

carbono ou pode-se desenhar diretamente na madeira. Escolha uma maneira de determinar o que será escavado e o que ficará; para isso pode-se usar tinta nanquim nas áreas que ficarão ou achurar (riscar leve e continuamente) com o lápis. Lembre-se, que o desenho ficará invertido; se for escrever algo, as letras deverão estar invertidas da mesma forma que um carimbo

Passo 3 - Depois passa a tinta na madeira e coloque a folha tah pronto!

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